CURSO DE EXTENSÃO Neurofisiologia Profa. Ana Lucia Cecconello Transmissão Sináptica Informação sensorial (dor) é codificada Comportamento: erguer o pé Neurônio pré-sináptico Neurônio pós-sináptico sinapse local de contato entre neurônios. Revisão sobre bioeletrogênese: Potencial de Membrana de Repouso Como o potencial de membrana de repouso é formado? Bicamada lipídica = barreira para passagem de íons (cargas elétricas) Canais iônicos permitem o movimento dos íons (Na+, K+, Ca++, Cl-) através da membrana O que influencia o movimento da carga elétrica? Presença de canais iônicos Diferença (gradiente) de concentração Diferença (gradiente) de cargas elétricas Gradiente de concentração: Sem canais: não há movimento Difusão: Transporte do meio mais concentrado para o menos concentrado Estabelecimento do equilíbrio Concentrações iônicas quando a membrana neuronal está em repouso Mas... Por que não há o equilíbrio???? Por que os dois lados da membrana não possuem a mesma quantidade de cada íon???? Bomba Sódio/Potássio Potencial da membrana no repouso é negativo Importante lembrar! Tanto o meio intracelular quanto o meio extracelular são eletricamente neutros!!!! Observe a distribuição de cargas elétricas nas faces interna e externa da membrana plasmática Porque o potencial de membrana de repouso medido é – 65 mV???? •A permeabilidade relativa da membrana neuronal é alta para K+ e baixa para Na+ •A bomba de Na+/ K+ coloca 3 Na+ para fora da célula e 2 K+ para dentro Logo: Sai mais carga positiva do que entra, resultando em um saldo negativo de cargas dentro da célula Equação de Goldman – Hodgkin - Katz (a 37º): E se esta membrana sofrer um estímulo???? 1. 2. 3. 4. Se este estímulo provocar abertura de outros canais de Na+... Ou... Se o estímulo abrir outros canais de K+ Ou canais de Cl- ... Ou ainda... Se o estímulo provocar fechamento dos canais de K+... O que ocorrerá com a polaridade da membrana???? Despolarização ou hiperpolarização? Estimulação ou inibição? Potencial de Ação Mudanças na permeabilidade dos canais iônicos geram sinais elétricos a) Potenciais graduados b) Potenciais de ação a) Canais iônicos controlados por ligantes ou controlados mecanicamente b) Canais iônicos dependentes de voltagem Potenciais graduados que podem se somar (dendritos e corpo celular) Se a despolarização chegar a zona de disparo com uma determinada voltagem (limiar) será desencadeado o potencial de ação que se propaga ao longo do axônio em uma só direção até o terminal axonial Potencial de Ação Estímulo:liberação de neurotransmissor ou estiramento da membrana Abertura de canais de sódio: despolarização Se atingir o limiar (voltagem) Imediatamente Abertura de canais de Na+ dependentes de voltagem (entra Na+) Após 1 ms (respondem lentamente) Fechamento de canais de Na+ abertura de canais de K+ (reduz entrada de Na+ e sai K+) Mais despolarização (ciclo de retroalimentação positiva) Repolarização e Hiperpolarização Volta ao repouso Fase Ascendente: Na+ é o principal íon canais voltagem dependente com portão para Na+ Fase Descendente: K+ é o principal íon canais voltagem dependente com portão para K+ Canais de Na+ dependentes de voltagem com portões: Período refratário absoluto: •Tempo necessário para que estes canais voltem a posição de repouso. • Não ocorre um segundo potencial de ação sem que o primeiro acabe. • Potencial de ação não pode se sobrepor e não se propaga para trás. Período refratário relativo: • Segue o período refratário absoluto • Alguns canais de Na+ dependentes de voltagem podem ser abertos por um potencial graduado maior que o normal • canais de K+ dependentes de voltagem ainda estão abertos Bainha de Mielina e o diâmetro do axônio X velocidade do Potencial de Ação Condução saltatória do potencial de ação Junção Neuromuscular Neurotransmissor: Acetilcolina Tipos de sinapses: Sinapse elétrica Sinapse química Sinapse Química É lenta, ocorre liberação de neurotransmissor Pode ser excitatória ou inibitória Principais Neurotransmissores Aminoácidos: Transmissão sináptica rápida Aminas: Glutamato (principal neurotransmissor excitatório) GABA (principal neurotransmissor inibitório) Glicina Acetilcolina (Ach) Noradrenalina Humor, movimentos e atenção Dopamina (DA) Serotonina (5-HT) Humor, comportamento emocional, sono Peptídeos Encefalinas; somatostatina; neuropeptídeo Y; substância P; etc... Síntese de Neurotransmissor Síntese: Colina + Acetil CoA colina-acetil-transferase Acetilcolina Liberação do Neurotransmissor Potencial de ação chega ao terminal axonal pré-sináptico Abertura de canais de cálcio dependentes de voltagem Entrada de cálcio no terminal pré-sináptico Liberação do conteúdo da vesícula na fenda sináptica (exocitose) A vesícula é reciclada por endocitose Receptores para Neurotransmissores Canais iônicos ativados por neurotransmissores (Ionotrópicos) Receptores acoplados a proteína G (Metabotrópicos) Auto-receptores: podem ser canais ou acoplados a proteína G, mas localizam-se na membrana pré-sináptica Receptor Ionotrópico Muda a conformação quando neurotransmissor liga-se ao canal Abre seu poro Movimento de íons Exemplo: Exemplo de potencial inibitório pós-sináptico (PIPs) Liberação de neurotransmissor inibitório (ex: GABA) Abertura de canal iônico (receptor) permissível ao cloro que tem carga negativa Entrada de cargas negativas na membrana da célula pós-sináptica (hiperpolarização ou PIPs) Afasta a possibilidade de ocorrência do potencial de ação Exemplo de potencial excitatório pós-sináptico (PEPs) Liberação de neurotransmissor excitatório (ex: glutamato) Abertura de canal iônico (receptor) permissível ao sódio ou a outro íon com carga positiva Entrada de cargas positivas na membrana da célula pós-sináptica (despolarização ou PEPs) Se atingir o valor limiar: potencial de ação Receptor metabotrópico: acoplado a Proteína G Ativa vias de sinalização intracelular com segundo mensageiros e enzimas com o objetivo de abrir ou fechar canais iônicos Retirada do excesso de neurotransmissor da fenda sináptica SISTEMA NEUROVEGETATIVO OU AUTÔNOMO Luta / Fuga Respouso / Disgestão UM SISTEMA DE ADPTAÇÃO FRENTE ÀS MODIFICAÇÕES NO AMBIENTE Atividade Parassimpática Atividade Simpática Silverthorn, 2003 TECIDOS ALVO DIVERGÊNCIA DO SINAL E AÇÃO DIFUSA SINAPSE MODIFICADA NEUROTRANSMISSÃO Silverthorn, 2003 Silverthorn, 2003 SISTEMA SIMPÁTICO Lent, 2004 Inervação Simpática SISTEMA PARASSIMPÁTICO Lent, 2004 F ig u ra1 4 .1 2 . Q u a n d oo sfis io lo g is ta se s tim u la mu mn e rv op a ra s s im p á tic o(A ) re g is tra mm e n o r fre q ü ê n c iad e p o te n c ia isd ea ç ã on a sfib ra sm u s c u la re sc a rd ía c a s(q u ep ro v o c ab ra d ic a rd ia ).Q u a n d oe s tim u la m u m n e rv os im p á tic o (B )o c o rreoc o n trá rio :a u m e n tod afre q ü ê n c iad ep o te n c ia isd ea ç ã oc a rd ía c o s(q u ep ro v o c ata q u ic a rd ia ).M o d ific a d od e O .F .H u tte reW .T ra u tw e in(1 9 5 6 )J o u rn a lo fG e n e ra lP h y s io lo g y3 9 :7 1 5 -7 3 3 . SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO Figura 14.16. O controle do sistema digestivo pelo SNA envolve diferentes etapas (numeradas de acordocomadescriçãono texto). Referências Bibliográficas BEAR, M.F., E COLS. Neurosciências – Desvendando o Sistema Nervoso. 2° ed. Artmed. Porto Alegre. 2002. LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios – Conceitos Fundamentais de Neurosciências. Atheneu. 2004. PURVES, D., E COLS. Neurosciências. 4° ed. Artmed. 2010. SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana. Uma Abordagem Integrada. 2°ed. Manole. 2003.