do Espírito Santo | # 03/2014 de bem com seus pés Cuidar da saúde começa de baixo Revista Calçados do Espírito Santo 1 O Brasil possui mais de 8,2 mil fabricantes que empregam 345 mil pessoas. A produção nacional 864 milhões de pares, gerando divisas de U$ 12,2 bilhões. O país é o mundial, respondendo por 4,4% da produção mundial, e o 10º maior exportador supera os produtor 3° maior com 1% do comércio global. Em 2013, a balança comercial do superávit de US$ 522,9 milhões, Estados setor registrou sendo que Unidos, Argentina e França foram os principais compradores dos nossos produtos. O consumo per capita no Brasil é de 4,1 pares, chegando ao total de 786,7 milhões de pares. Da produção brasileira, 56% é voltada para o público feminino, enquanto 21% masculino e 20,2% para o público infantil/ bebê. Os investimentos do setor para aquisição de para o máquinas e equipamentos e em P&D chegaram a US$ 584,4 O Espírito Santo possui 196 fábricas milhões. especializadas na produção dos segmentos infantil (40%), feminino (40%) e masculino (20%). Elas empregam quase 4000 pessoas de forma direta e indireta, produzindo diariamente, mais de 39 mil pares de calçados. Fonte: Dados de 2013 do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), e do Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo (Sindicalçados). ARTIGO PALAVRA DO PRESIDENTE EXPEDIENTE SINDICALÇADOS – Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo Av. Nossa Sra. da Penha, 2.053 – Ed. Findes – 3º andar – Santa Lúcia, Vitória/ES CEP: 29.056-913 Telefone: (27) 3334-5686 / (27) 3334-5635 Fax: (27) 3225-1833 www.sindicalcados-es.com.br Edição encerrada no dia 06/02/2014 Produção: Iá! Comunicação (27) 3314-5909 Jornalista Responsável: Eustáquio Palhares [email protected] Edição: Thiago Lourenço [email protected] Textos: Camilla Caldeira, Lui Machado e Thiago Lourenço Colaboração: Altamir Alves Martins, Bruna Lozer, Leidiana Peçanha, Louize Lima, Mayra Camilo, Fernanda Gomes, Caroline Csaszar, Priscila Norbim e Assessorias de Comunicação dos Apoiadores Projeto Gráfico e Diagramação: Mayelle Silva Fotos: Iá! Comunicação, Arquivo e Divulgação Impressão: Gráfica GSA Tiragem: 1000 exemplares Distribuição gratuita DIRETORIA 2011-2014 Presidente: Altamir Alves Martins Secretário: João José Augusto Tesoureiro: José Augusto Rocha Suplentes José Tavares Azevedo Brito Antonio Tavares Azevedo Brito Jorge Ernani Barcellos da Costa Conselho Fiscal Efetivos Edson Mendes Lopes Olnei Campanha Roseira Ricardo Silva Tavares Brito Suplentes Eloysio Cuzzuol Fernando T. Brito Monteiro Rômulo Raulino Pinheiro Delegados Representantes Junto à Findes Efetivos Altamir Alves Martins Antonio Tavares Azevedo Brito Suplentes José Augusto Rocha José Tavares Azevedo Brito Altamir Alves Martins Presidente do Sindicalçados Os pés. Em nossas edições anteriores da “Revista Calçados do Espírito Santo”, falamos sobre tendências em calçados, mostramos como o produto influencia no comportamento das pessoas e se tornou objeto de adoração, destacamos o que ele diz sobre a personalidade de quem o utiliza e também demos dicas para você saber o que usar em determinada ocasião. Dessa vez, resolvemos ir além e falar diretamente sobre essas duas partes fundamentais para o funcionamento da máquina humana. Mais que se preocupar com o design, o valor agregado, os insumos utilizados e o que cada calçado representa, o calçadista tem também a preocupação de garantir conforto e bem estar para quem adquire um de seus produtos. Por isso, nesta edição resolvemos dar a nossa contribuição e passar algumas dicas para que você também possa fazer a sua parte e tomar atitudes simples que, ao serem adotadas na rotina diária, podem fazer com que seus pés fiquem sempre saudáveis. Trazemos ainda boas notícias do setor calçadista capixaba, mas dessa vez na área de negócios. Em 2013, as indústrias do Espírito Santo ampliaram sua participação no mercado externo e conseguiram aumentar suas exportações no mesmo patamar que a média brasileira, além de registrar resultado ligeiramente superior em valores. Isso significa que nossos produtos estão mais valorizados e contribuindo com bons resultados para a balança comercial brasileira. Essa conquista, além de beneficiar as indústrias diretamente envolvidas e seus colaboradores, reforça positivamente a política desenvolvida pelo Sindicalçados. A instituição sai à campo nacionalmente para levar o que há de melhor sendo produzido no Estado e incentiva suas associadas a fazerem o mesmo. O produto capixaba está ‘na rua’, cada vez mais conhecido e sendo prospectado em diferentes partes do mundo. De norte a sul, do Chile à China, temos condições de atender as demandas mais diversificadas e de fazer com que o calçado made in Espírito Santo se torne referência mundial em conforto, qualidade, design e sofisticação. Tenha uma boa leitura! Nesta edição 22 exportação de calçados capixabas cresce 8% em 2013 28 diagnóstico do Sebrae-ES contribui com atualização profissional e empresarial em Cachoeiro de Itapemirim 38 57 48 Saúde começa nos pés e é importante para manter corpo e mente em dia escola 68 tendências em calçados que você vai usar em 2014 de Corte e Costura capacita mais de 640 pessoas em quatro anos entrevista Heitor Klein - Presidente-executivo da Abicalçados Balança comercial de calçados pode zerar nos próximos anos “A Abicalçados não se posiciona contra as importações, que para nós é uma condição essencial para o livre mercado”. Esta é a posição do presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, sobre a concorrência de produtos importados, principalmente de países asiáticos como a China, que está crescendo no país e ameaçando a indústria nacional, a partir de práticas como triangulação e circunvenção para burlar as medidas antidumping adotadas pelo governo brasileiro. Nesta entrevista para a “Revista Calçados do Espírito Santo”, Klein faz um diagnóstico do setor em 2013, comenta os diferenciais do calçado brasileiro no mercado externo e fala o que o ES precisa fazer para se tornar um polo calçadista como São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará. Nos últimos anos, a Abicalçados acabou se tornando o símbolo maior da defesa da competitividade brasileira em relação à importação de produtos orientais, principalmente da China. Este é um fantasma que ainda assusta a indústria nacional? A Abicalçados não se posiciona contra as importações, que para nós é uma condição essencial para o livre mercado. A nossa reivindicação é de que sejam acionados os mecanismos de defesa comercial já existentes para coibir processos de elisão fiscal, como a circunvenção e triangulação das importações. Depois de 2010, com a adoção do antidumping contra o calçado chinês – quando o calçado daquele país foi taxado em US$ 13,85 por par -, os importadores de produtos asiáticos adotaram outra estratégia, passando a importar os mesmos calçados através de países 6 Revista Calçados do Espírito Santo vizinhos como Vietnã, Indonésia, Malásia, Camboja e até via Paraguai, sem pagar qualquer imposto já que este é membro do Mercosul. Eles só levam o carimbo de outro país, mas é o mesmo produto. Também identificamos, e alertamos o Governo, de que os produtos chineses entram desmontados no Brasil, pagando imposto menor do que o de importação de calçados – o imposto para importação de calçados é 35% e o de importação de componentes 18%. O sistema de defesa brasileiro não tem sido eficiente em coibir tais práticas de elisão fiscal, o que tem prejudicado enormemente a indústria brasileira, que vê todo o potencial de consumo do brasileiro ser aproveitado pelos importadores. A triste tendência que identificamos é de que, mantidas as condições atuais de perda de competitividade do nosso produto e aumento das importações, a balança comercial de calçados pode chegar a zero nos próximos anos. A queda das importações chinesas foi acompanhada pelo crescimento das importações provenientes de outros países, como Vietnã e Indonésia. Esta é uma evidência da prática conhecida como triangulação? Sim, é um caso que temos alertado as autoridades brasileiras. Temos um mecanismo de defesa comercial muito importante, o problema é que não tem sido aplicado. Que iniciativas deveriam ser adotadas pelo Governo Federal e também pelo setor produtivo para garantir competitividade neste cenário de concorrência desleal? Acionar os mecanismos de defesa comercial já existentes e estender o antidumping contra os países que violam as regras comerciais e exportam produtos com preços muito abaixo dos praticados no mercado internacional. A Argentina, outrora principal parceiro comercial do Brasil no Mercosul, tem dificultado a entrada de diversos produtos brasileiros no país, entre eles os calçados. O que leva o Governo argentino a adotar essas barreiras comerciais? Somos como uma China para eles? A Argentina tem enfrentado um sério problema econômico, com dificuldades de acesso ao crédito internacional, quedas consecutivas na balança comercial e de reservas internacionais. A inflação é outro problema grave no país vizinho. Neste contexto, nosso comércio bilateral com a Argentina teve um superávit de US$ 1,5 bilhão em 2012. A forma que o Governo de Cristina Kirchner tem encontrado para a resolução dos problemas econômicos, que não são poucos, é o aumento do protecionismo, inclusive no contexto do Mercosul, o que para nós é inadmissível. Não estamos fazendo um julgamento político, queremos apenas a manutenção do nosso segundo principal mercado. Não podemos arcar com mais este ônus para a indústria brasileira. Por outro lado, o argumento argentino de controle de fluxos não é utilizado para a contenção das importações de calçados chineses, por exemplo, que têm aumentado. Em 2013 vimos nossas exportações cair, em dólares, 13% para a Argen- tina. Já as importações de calçados de outros países, com destaque para os asiáticos, cresceram 8,5%. Perguntamos, então, qual é o papel do Mercosul? De toda forma, a Abicalçados tem trabalhado junto ao governo brasileiro para uma solução do impasse o mais breve possível, por enquanto sem sucesso. O calçado brasileiro possui diferenciais no mercado externo? Quais? O calçado brasileiro é reconhecido internacionalmente por unir qualidade e moda. O Brasil é um dos poucos países do mundo que é autossuficiente na produção de calçados, temos toda a cadeia aqui. O que nos atrapalha é a constante perda de competitividade, tanto no mercado interno como externo, decorrente da alta carga tributária, da legislação trabalhista arcaica, problemas logísticos, entre outros, que formam o chamado “Custo Brasil”. No cenário de ampliação do déficit no saldo da balança comercial do setor calçadista, qual a importância do mercado interno para a sobrevivência do setor? As oscilações cambiais e a crise internacional que abalou os principais mercados mundiais a partir de 2009 fizeram com que o calçadista brasileiro se voltasse mais ao mercado interno. Atualmente, cerca de 15% da nossa produção é exportada, número que já foi superior a 25%. Poderíamos estar melhor posicionados no mercado interno se não fosse, além da perda de competitividade atribuída ao Custo Brasil, as importações predatórias de produtos subfaturados e que entram no País, em muitos casos, através de processos fraudulentos. Em 2013, a exportação de calçados cresceu 8,5% em pares, chegando a 122,9 milhões exportados e de 0,2% em valores, atingindo movimentação total de US$ 1,095 bilhão na comparação com 2012. Por que o crescimento em valores não acompanha o volume? Isso indica que o calçado brasileiro está menos valorizado no mercado externo? O fato é que a cotação do >> Revista Calçados do Espírito Santo 7 BBN BRASIL | ITAPUÃ entrevista Heitor Klein - Presidente-executivo da Abicalçados dólar em patamares mais elevados faz com que os exportadores brasileiros consigam trabalhar com um preço mais acessível, tornando o produto mais atrativo para os importadores. Na mesma direção, as iniciativas de desoneração das exportações que foram implementadas pelo Governo Federal têm possibilitado a redução de nossos custos e, por extensão, dos preços aos compradores. Então, a redução observada deveu-se à transferência destes benefícios aos compradores, gerando maiores volumes, o que era precisamente o objetivo perseguido. No sentido contrário, o dólar mais elevado tem um efeito importante sobre as importações, encarecendo os produtos estrangeiros. O Nordeste, principalmente o Ceará, vem crescendo sua participação na produção brasileira de calçados. Quais as especificidades da região que estão colaborando com esse avanço? Os Governos do Nordeste trabalham com fortes incentivos para a atração de indústrias, não só de calçados, mas de outros segmentos econômicos. Além das desonerações fiscais, a mão de obra mais barata acaba sendo determinante para os empresários migrarem para a região. A produção dos Estados do Nordeste, com destaque para o Ceará, vem crescendo, o mesmo vale para as exportações, especialmente de produtos de verão. Que investimentos precisam ser feitos para tornar o Espírito Santo um polo nacio- nal de expressão como Rio Grande do Sul, São Paulo e Ceará? Acredito que o caminho é o mesmo que poderá devolver a competitividade para a indústria nacional. O investimento em qualificação de mão de obra, a contínua desoneração tributária, reforma trabalhista, melhoria na logística – tanto em custos como em qualidade – entre outros pontos. O Brasil é um país fantástico para se produzir e vender calçados, mas precisamos de condições favoráveis. Finalmente, no caso particular do Espírito Santo, penso ser importante definir e implementar uma política industrial voltada à indústria calçadista, em ação conjunta das forças vivas da sociedade. questões pontuais que de alguma forma afetem a competitividade da indústria calçadista. Merecem destaque, de forma particular, as ações do Programa Brazilian Footwear (promoção comercial do calçado brasileiro no mercado internacional), do Programa Calçado Brasileiro (capacitação das empresas de pequeno e médio portes),além da investigação de práticas de dumping nas importações. Quantas empresas a Abicalçados representa no Brasil? O Brasil possui mais de 8,2 mil indústrias de calçados. A Abicalçados é a associação do setor e tem como principal objetivo o desenvolvimento do segmento. Quais são as principais ações realizadas pela Associação? A Abicalçados tem como principais pilares de sua atividade a representação institucional, o desenvolvimento da competitividade, a promoção comercial e a defesa comercial, além de Revista Calçados do Espírito Santo 9 www.pimpolho.com.br Esses pezinhos vão ganhar o mundo. ARTIGO Cenários, desafios e oportunidades Mesmo sem nenhum estudo ou levantamento estatístico sobre o fechamento da produção física industrial brasileira e capixaba, infelizmente, podemos adiantar um cenário ainda nebuloso para a indústria. Medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial nacional tende encerrou 2013 registrando leve alta. Já a produção capixaba fechou em queda, uma vez que é constituída, em boa parte, por commodities, caracterizada pelo alto grau de dependência de poucas e grandes empresas, as quais, por sua vez, dependem do mercado internacional, que segue instável. Projetos, ações e avanços em sintonia com governos federal e estadual revelam o baixo desempenho do setor industrial e o tímido crescimento de nossa economia. A desoneração da folha de pagamentos, a redução de impostos para alguns produtos de setores específicos, somados aos investimentos anunciados em infraestrutura, entre outros, não surtiram o efeito necessário para estimular o setor produtivo. A indústria tem pressa e precisamos de política industrial de curto, médio e longo prazo por parte do governo federal, pois estudos comprovam que o Brasil e o Espírito Santo perdem em competitividade por falta de infraestrutura, principalmente em logística; nossa produtividade é baixa, os juros altos, a carga tributária escorchante e a burocracia, excessiva, enquanto, em contrapartida, o Governo gasta alto para oferecer serviços públicos de baixa qualidade, sobretudo em educação, saúde, segurança e transporte. Para tentar contornar os desafios, em 2013 realizamos intensos contatos com diferentes esferas do poder público e privado, comprovando que podemos, juntos, fazer um Espírito Santo ainda mais forte. Essa consolidação pode gerar importantes resultados, entre eles, a inovação, desburocratização, linhas de crédito específicas, ampliação da qualificação da mão de obra, diversificação da indústria e interiorização do desenvolvi- mento, com mais oportunidades para os capixabas. Em 2014, temos que ser ousados, criativos e estratégicos. Vamos trabalhar para transformar os desafios em oportunidades, a exemplo do “dragão chinês”. A identidade de um Estado se consolida por uma indústria forte, diversificada e em diferentes regiões. Lutamos pela consolidação de um ambiente mais favorável aos negócios e por um país melhor. Entendemos que a indústria gera inovação, desenvolvimento tecnológico e emprego de qualidade. É essencial, portanto, ao progresso brasileiro e capixaba. Divulgação Findes Marcos Guerra é presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES) Revista Calçados do Espírito Santo 11 Estão abertas as inscrições para um futuro melhor. AULAS DE EMPREENDEDORISMO E EDUCAÇÃO FINANCEIRA Matrículas abertas, vagas limitadas. LEGO ZOOM E LEGO ROBÓTICA Valor de mensalidade diferenciado para o trabalhador da indústria. LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EQUIPADO COM LOUSA DIGITAL Sesi: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. O Sesi é uma escola completa, que além de oferecer da Educação Infantil ao Ensino Médio, também prepara o seu filho para o mundo do trabalho, em parceria com o Senai. Com 11 unidades em oito municípios, o Sesi é uma escola aberta para toda a comunidade. Matricule seu filho e dê a ele a chance de ter uma grande formação e um grande futuro. Vitória: Jardim da Penha e Maruípe Vila Velha: Araçás e Cobilândia Serra: Laranjeiras Cariacica: Porto de Santana e Campo Grande Interior: Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e Linhares 12 Revista Calçados do Espírito Santo LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS FIXO E MÓVEL PROJETO INTENSIVO ENEM CURSO TÉCNICO DO SENAI ARTICULADO COM ENSINO MÉDIO DO SESI (INTEGRAL) www.sesi-es.org.br ARTIGO Sebrae-ES e o desenvolvimento dos pequenos negócios As micro e pequenas empresas (MPE) ocupam posto fundamental na história da economia do Brasil. São elas que ajudam a manter o equilíbrio econômico do país, sendo responsáveis pela totalidade dos empregos líquidos – resultado total das admissões menos as demissões – gerados. Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que as MPE brasileiras contribuíram, em outubro de 2013, com 101.747 postos de trabalho no país, enquanto as médias e grandes empresas geraram um saldo negativo de 7.486. A Administração Pública, por sua vez, registrou saldo positivo de 632 postos. No Espírito Santo, as MPE também têm se destacado na geração de empregos. Apenas em outubro, os pequenos negócios foram responsáveis pela geração de 3.318 postos de trabalho, enquanto as médias e grandes empresas geraram um saldo negativo de 771 e a administração pública, 2. Como principal agente de apoio aos pequenos negócios, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES) desenvolve projetos para promover e estimular o desenvolvimento e a sustentabilidade das MPE, contribuindo para melhores resultados e fomentando a cultura do empreendedorismo em solo capixaba. Por meio de projetos, cursos, palestras, consultorias, promoção e acesso ao mercado e a serviços financeiros a quem deseja abrir o seu próprio negócio ou garantir condições de se manter no mercado, o Sebrae ES contribui de forma significativa para o fomento da economia capixaba e para a geração de empregos e benefícios claramente voltados para a sociedade. Outro fator fundamental para o desenvolvimento das MPE no Estado foi a descentralização dos atendimentos, com a criação das Agências de Desenvolvimento Regional do Sebrae (ADRs), que nasceram para levar dinamismo econômico às microrregiões do Estado. Atualmente, o Sebrae conta com oito ADRs, além de Vitória: Aracruz, Linhares, Anchieta, Colatina, Cachoeiro de Itapemi- rim, São Mateus, Nova Venécia e Venda Nova do Imigrante. Além dessa interiorização, o Sebrae-ES também intensificou o atendimento a pequenos comércios com o projeto Comércio Total, desenvolvido pioneiramente pela instituição. Desde 2009, quando o projeto teve início, 10.944 empresas foram atendidas, em 68 municípios capixabas. Para essa tarefa, contamos com parceria do governo do Estado. E é com esses números positivos que esperamos esperançosos por um 2014 melhor e por uma economia crescente, com o desenvolvimento constante das micro e pequenas empresas capixabas. Divulgação Sebrae-ES José Eugênio Vieira é diretor superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES) Revista Calçados do Espírito Santo 13 www.cindes.org.br UMA HISTÓRIA DE SUCESSO COM UM FUTURO PROMISSOR Depois de quarenta anos não é possível pensar na indústria capixaba sem lembrar a atuação do Cindes. Trabalhando lado a lado com o setor, integrando e promovendo debates que transformaram nossa indústria no que ela é hoje, exemplo de sucesso, desenvolvimento e sustentabilidade. Case de sucesso, sempre com os olhos voltados para o futuro, o Cindes formou gerações inteiras de líderes empresariais e aposta no Cindes Jovem para dar continuidade a essa história. Arte mkt findes Mjoaquim CINDES. Uma entidade do Sistema Findes. Criado pela indústria. Feito para você. www.cindesjovem.org.br 14 Revista Calçados do Espírito Santo ARTIGO Caminhos trilhados para o desenvolvimento Há pouco mais de dez anos, as incertezas eram muitas quando se pensava em políticas de governo para microempresas. No início da década de 90, tínhamos somente sinais de que as coisas poderiam melhorar, pois o Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte acabara de ser aprovado e sancionado. Até então, era somente um conjunto de boas intenções que partiram da instância federal e logo surgiu uma primeira versão da simplificação tributária: o simples nacional, que reuniu todos os tributos federais em uma única guia de pagamento. Em meados desta década surgem fatos mais concretos com a Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e, em 2007, surge o tão esperado Supersimples, unindo e simplificando todos os tributos federais, estaduais e municipais, enfim, um posicionamento mais afirmativo em direção a esse segmento econômico. Não foi fácil, enquanto de um lado quase 5000 empreendedores de todo o Brasil estavam em Brasília para pressionar o Congresso Nacional a aprovar a Lei Geral, do outro, auditores fiscais estaduais distribuíam panfletos dizendo que uma Lei Federal não poderia tirar receitas dos Estados e Municípios. Tudo isso faz parte da recém-história de luta de milhares de empreendedores brasileiros que buscam construir um país melhor e mais empreendedor, com menos desigualdade social. Porém, é importante salientar que o avanço da Lei Geral e o Supersimples não estão sendo suficientes para determinar o tratamento diferenciado a essas empresas. Muitos burocratas de carteirinha, postulados em seus cargos, continuam agindo como se nada disso existisse, criando regras complicadas para resolver questões rotineiras, ou seja, transformam o óbvio em calvário. Para o meu alívio, as conquistas dos últimos anos estão servindo de motivação para uma boa parcela dos gestores públicos em nosso país que procuram respeitar a Constituição Federal, preci- samente em seu artigo 179, que determina um tratamento diferenciado e favorecido às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. O governador Renato Casagrande, quando deputado federal, foi o relator responsável por incluir, por meio de emenda constitucional, a possibilidade do nosso Supersimples. O Espírito Santo tem a sua Lei Geral Estadual aprovada e sancionada desde 2012 e executa políticas importantes para esse setor produtivo, como políticas bem definidas de compras públicas, capacitação de empreendedores, incentivo à formalização, entre tantas outras que vem sendo desenvolvidas. Divulgação Aderes Pedro Rigo é diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes). Revista Calçados do Espírito Santo 15 econômicas Setor calçadista capixaba em números: Número de empresas: 196 Empregos gerados: 1900 diretos e 2000 indiretos Faturamento: R$ 215 milhões, referente a 2012 Produção diária: média de 39 mil pares Produção anual: cerca de 14,2 milhões de pares Especialidades: infantil (40%), feminino (40%) e masculino (20%) Principal polo: Cachoeiro de Itapemirim - 40% das indústrias do setor Inflação do vestuário cai em 2013 A inflação do setor de vestuário caiu em 2013 e reduziu seu impacto no total do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, a variação acumulada nos doze meses foi de 5,38%, índice 7,08% menor que o registrado em 2012 (5,79%). A taxa também ficou 3,23% inferior à inflação total do período, que foi de 5,91%. O impacto no setor foi de 0,36 pontos percentuais, redução de 7,69% em relação ao impacto causado em 2012. Hermanos Hermanos, negócios à parte Mesmo com a política protecionista do Governo de Cristina Kirchner, a Argentina foi o segundo maior comprador de calçados brasileiros. Segundo a Abicalçados, foram 8,9 milhões de pares de sapato comercializados em 2013, US$ 118,8 milhões em valores, perdendo apenas para os Estados Unidos. O mercado argentino continua tendo grande importância para o setor calçadista brasileiro, a despeito de todas as barreiras comerciais impostas ao longo dos últimos anos. O país vizinho adotou uma postura de liberar ou proibir lotes de produtos brasileiros de forma aleatória. Em 2013, 700 mil pares de calçados negociados foram impedidos de entrar na Argentina, acarretando prejuízos da ordem de US$ 13 milhões. No mês de dezembro, o assunto foi pauta de uma reunião entre representantes da Abicalçados e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimental, realizada em Brasília (DF). Na ocasião, Pimentel revelou que esteve com uma equipe econômica do Governo argentino para solucionar o impasse. No aguardo. Outra ameaça chinesa Não é só a indústria de calçados que sofre com a concorrência chinesa. Fabricantes de bolsas e assessórios também estão tentando inibir a importação irregular desses produtos provenientes da China. A Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Couro e Artigos de Viagens (Abiacav) e a Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) criaram o Grupo Setorial de Bolsas, Artefatos de Couro e Artigos de Viagem, para apresentar à Receita Federal do Brasil o pedido de adoção de licença não-automática para produtos provenientes da China. A medida é semelhante à adotada pela Argentina para controlar a entrada de calçados e outros produtos brasileiros. Dados da Assintecal indicam que bolsas de material sintético fabricadas na China entram nas fronteiras brasileiras ao preço de US$ 1,66. Porém, no próprio mercado de origem custa entre US$ 8 e US$ 9. Dos US$ 101,24 milhões de bolsas de plástico importadas em 2011, 84% foram de produtos chineses, o equivalente a US$ 84,90 milhões. Razão ou emoção? Esse é um questionamento que passa longe da cabeça de grande parte dos compradores de calçados. É o que revela um estudo divulgado pelo Núcleo de Inteligência de Mercado do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) sobre o Comportamento de Compra do Consumidor de Calçados – veja mais detalhes na coluna “Louca por Calçados”, na página 70. Mais de 61% dos entrevistados apontaram a emoção como motivo para a compra de um sapato, graças a itens como proximidade do cliente com o produto e o encantamento provocado pela vitrine e pelo bom atendimento prestado na loja. Motivos práticos como substituição de peça antiga ou aquisição para uma festa e evento especial, totalizam os outros 37,8% dos casos. A pesquisa do IEMI foi baseada na última compra dos 3.260 entrevistados. A amostra é composta por consumidores voluntários de ambos os sexos, com idade acima de 15 anos, de todas as classes sociais e residentes em diferentes Estados do país. REPRESENTANTES REPRESENTADOS No dia 16 de janeiro DE 2014, enquanto participava da Couromoda, em São Paulo, o Sindicalçados integrou a reunião que resultou na fundação da Associação Brasileira dos Representantes de Calçados, Bolsas e Acessórios (Abrecal). Entre os objetivos da instituição, está o de ser uma via de acesso para as reivindicações da categoria, como a aprovação do projeto de Lei Complementar que está na Câmara dos Deputados e trata da inclusão da atividade de Representante Comercial no Simples Nacional. Na ocasião, ainda foram escolhidos os representantes que formarão a comissão para escolha da chapa de toda diretoria. 2013 | EM AÇÃO Um balanço do que o Sindicalçados faz ou apoia O calendário nacional de eventos do setor calçadista começa logo em janeiro, com a Couromoda, que recebe tradicionalmente o Sindicalçados. Na foto, o presidente do Sindicato, Altamir Martins, ao lado do gerente nacional de vendas da Itapuã Calçados, João Luiz Gimenes. O Vitória Moda 2013, realizado de 23 a 25 de julho, gerou movimentação financeira de R$ 12 milhões. O Sindicalçados marcou presença, ao lado de outros Sindicatos filiados à Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). Na foto, Martins e a presidente do Sindicato da Indústria de Confecções de Roupas em Geral (Sinconfec), Clara Orlandi. A diretoria do Sindicalçados se reúne periodicamente para acompanhar as metas estabelecidas no Planejamento Estratégico da Instituição. Este encontro aconteceu em março de 2013. Na 26ª Espírito Santo Calçados, que aconteceu de 13 a 15 de agosto de 2013, o Sindicalçados apoiou as empresas associadas presentes no evento, além de participar com seu estande corporativo apresentando os produtos e serviços que a instituição oferece. A foto do estande da Pimpolho, ao lado do representante comercial da empresa, Renato Antunes. De 23 a 26 de julho, aconteceu a Mec Show – feira voltada para o setor metalmecânico, que contou com a participação da Ducouro. O presidente do Sindicalçados esteve no evento para apoiar a associada e aparece na foto ao lado do diretor industrial da empresa, José Augusto Rocha. Em 2014, o evento acontecerá de 22 a 25 de julho, no Pavilhão de Carapina. Como parte das comemorações dos 55 anos da Findes, foi lançado o livro “Associativismo para uma Indústria Forte”, que conta a história da Federação pelo ponto de vista dos Sindicatos – entre eles, o Sindicalçados. O lançamento da publicação aconteceu durante cerimônia realizada no Itamaraty Hall, em Vitória, no dia 26 de julho de 2013. Em 2013, o tradicional Encontro de Integração dos Sindicatos, realizado pelo Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS) da Findes chegou a sua 5ª edição. O evento aconteceu no dia 08 de novembro, no cerimonial Itamaraty Hall, em Vitória, e reuniu 550 convidados, entre eles os diretores do Sindicalçados Antonio Brito, José Tavares Brito e José Augusto Rocha (da esquerda para a direita), na foto ao lado de Martins. No dia 06 de dezembro, o Sindicalçados promoveu um almoço de confraternização entre sua diretoria e funcionários do Sistema Findes e do CAS, que ao longo do ano contribuem nas ações promovidas pelo Sindicato. O evento aconteceu no Salão da Indústria, que fica no 1º andar do edifício Findes, em Vitória. O Sindicalçados tem acompanhado de perto as demandas dos calçadistas de Cachoeiro de Itapemirim, principal polo produtor do Espírito Santo. No dia 13 de novembro, foi realizada uma reunião entre empresários da região, Sindicato e Sebrae-ES, onde foi possível detectar as ações que serão prioritárias em 2014. Entre as demandas identificadas, está a missão empresarial para a Fimec, que acontece em março. Altamir Martins e o presidente da Findes, Marcos Guerra, durante o 8º Enai, em Brasília. Um grupo de 60 empresários e líderes sindicais do Espírito Santo estiveram no 8º Encontro Nacional da Indústria (Enai), realizado em Brasília nos dias 11 e 12 de dezembro. Na foto, o presidente do Sindicalçados, Altamir Martins, com presidentes de sindicatos industriais de setores como borracha e recauchutagem de pneus, cerâmica vermelha, marcenaria e indústria mecânica. criatividade Prêmio Francal Top de Estilismo leva designer para estudar de graça em Milão Eders Ovídio Kunrath, designer de São Leopoldo (RS), estudará três meses na escola italiana Moda Pelle Academy A festa do 19º Prêmio Francal Top de Estilismo, realizada no dia 28 de outubro de 2013, em São Paulo, marcou uma guinada na carreira do designer Eders Ovídio Kunrath, de São Leopoldo (RS). Além do prêmio em dinheiro e troféu referente à terceira colocação na categoria “Bolsa”, o gaúcho foi contemplado com o prêmio máximo da noite ao ser sorteado para estudar três meses na Moda Pelle Academy, de Milão, uma das mais importantes escolas de design em calçados e bolsas do mundo. Kunrath não fez questão de esconder a emoção e revelou que ainda não assimilou todas as vitórias conquistadas por meio do Prêmio. “A ficha mal tinha caído com o troféu, quanto mais a bolsa de estudos em Mi- lão. Quero aprender e absorver tudo o que puder nesses meses de viagem. Vou de mente aberta”, contou. Para ter a oportunidade de estudar três meses na Itália, foi necessário que Eders ficasse entre os três primeiros de sua categoria e ainda tivesse seu nome sorteado ao final da cerimônia de premiação. Na abertura, o presidente da Francal Feiras, Abdala Jamil Abdala, destacou a importância e representatividade do concurso no âmbito nacional, ao citar que esta edição contou com 182 amostras inscritas por participantes de 17 estados. “O que realmente vende é aquilo que agrada às pessoas. E o que agrada nasce na criatividade. Neste ano, 141 pessoas Divulgação Francal Categoria Calçado Feminino: 1º Lugar: Erick Cardoso dos Santos (Buritizal/SP) 2º Lugar: Marília Dultra (Orlândia/SP) 3º Lugar: Clécio Jose de Lacerda Lima (Belo Jardim/PE) Vencedores do 19º Prêmio Francal Top de Estilismo, que contou com 182 amostras inscritas por participantes de 17 Estados 20 depositaram seus sonhos no Prêmio Francal Top de Estilismo, que há 19 edições lança novos talentos ao mercado e ajuda a promover a moda que ocupa vitrines por todo o Brasil e também no exterior”, disse Abdala na abertura da premiação. Durante a festa também foram premiados outros onze participantes. Os primeiros colocados em cada uma das quatro categorias levaram prêmio em dinheiro de R$ 2.250,00 e assinatura de 12 meses do portal de pesquisa online e da revista impressa UseFashion. Os segundos e terceiros colocados receberam R$ 1.750,00 e R$ 1.250,00, respectivamente. Confira a relação de vencedores do 19ª Prêmio Francal Top de Estilismo: Revista Calçados do Espírito Santo Categoria Calçado Masculino: 1º Lugar: Cesar Fernandes Sousa (Franca/SP) 2º Lugar: Giovanni Feliciano (Franca/SP) Divulgação Francal Sorteio foi realizado entre os três primeiros colocados nas quatro categorias 3º Lugar: Lincoln Stéfano de Oliveira (Franca/SP) Categoria Bolsa: 1º Lugar: Antonio Cláudio Pereira (Rio de Janeiro/RJ) 2º Lugar: Caroline Marry Cavazzana (Londrina/PR) 3º Lugar: Eders Ovídio Kunrath (São Leopoldo/RS) Categoria Calçado ou Bolsa em Material Reciclado: 1º Lugar: André Luís Garlet Denardin (Porto Alegre/RS) 2º Lugar: Samuel Pasqual Xavier (Franca/SP) 3º Lugar: Aulameides Pedrosa da Silva Costa (Denise/MT) Realizada na “00 São Paulo”, no bairro Jardins, em São Paulo, a cerimônia de premiação do 19º Prêmio Francal Top de Estilismo contou com a presença de empresários, designers, modelistas e dirigentes ligados à indústria da moda em calçados e acessórios, como o presidente e diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Artefatos de Couro e Acessórios de Viagem (Abiacav), Vidal Veicer e Mário Frassati; o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein; o presidente da Associação Brasileira dos Estilistas de Calçados e Afins (Abeca), Valdemar da Silva; o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca), José Carlos Brigagão do Couto; a proprietária da Felipe Krein, Ineide Krein; e José Rivera, da Moda Pelle Academy. Parceria Por sua importante colaboração à moda nacional em calçados e acessórios, o Prêmio Francal Top de Estilismo conta com a colaboração das principais entidades representativas do setor: Abeca, Abiacav, Abicalçados, e Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro Calçados e Artefatos (Assintecal), além da parceria com a Moda Pelle Academy (MPA). Especializada no design italiano, a MPA é uma das mais conceituadas escolas de estilismo de calçados e acessórios do mundo. Os cursos estimulam a criatividade e a fantasia dos estudantes sem deixar de orientar quanto aos parâmetros comerciais, fabris e de marketing. Ao longo do período de estudos, os participantes desenvolvem seus projetos na prática, num ambiente que simula as condições reais de trabalho de um estúdio de design e preparam suas coleções tanto do ponto de vista estético quando comercial. O corpo de instrutores da Moda Pelle Academy é formado por qualificados profissionais que reúnem não só o conhecimento acadêmico, mas também a experiência em consultoria para marcas líderes no segmento na Itália e em outros países. Revista Calçados do Espírito Santo 21 Comércio Exterior Por Lui Machado Exportação de calçados capixabas cresce 8% em 2013 Jorge Luiz Sagrilo Foram comercializados mais de 282 mil pares que geraram uma movimentação financeira de quase US$ 3,5 milhões Exportações representam cerca de 4% do faturamento da Pimpolho, mas tendência é de crescimento Os calçados capixabas continuam ampliando seu espaço no exterior. Em 2013, a exportação das indústrias do Espírito Santo cresceu 8% em número de pares, na comparação com 2012, chegando a mais de 282 mil produtos comercializados. O resultado acompanha o crescimento médio nacional do período, que foi de 8,5% na quantidade de pares exportados. Essas informações constam em 22 Revista Calçados do Espírito Santo relatório elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). O volume de dólares comercializado pelas empresas no Espírito Santo também cresceu neste período, mas em menor proporção. Se entre janeiro e dezembro de 2012 as expor- tações movimentaram US$ 3.389.962, em 2013 o montante passou para US$ 3.453.791, aumento de 1,9% e pouco mais que o crescimento de 0,5% na média brasileira. Os principais compradores dos produtos capixabas foram Equador (22%), Colômbia (10,3%), Arábia Saudita (7,4%), Angola (7,3%) e Bolívia (6,3%). Outros países como Estados Unidos, Peru, México e Paraguai também aparecem na lista de principais consumidores. Na avaliação do presidente do Sindicalçados, Altamir Martins, esse aumento é explicado pelos investimentos que as indústrias locais têm realizado nas fábricas e em design. “Os calçados capixabas estão mais valorizados tanto no mercado interno quanto externo”, analisa. De modo geral, o setor calçadista brasileiro registrou resultados positivos em 2013. Ao longo do ano passado, foram exportados 122,9 milhões de pares, gerando movimentação financeira de US$ 1,095 bilhão. Entretanto, as importações cresceram 9,8% em volume e 12,5% em dólares, uma vez que os brasileiros compraram 39 milhões de pares pelos quais foram pagos US$ 572,37 milhões. Desde 2010, a balança comercial brasileira de calçados vem registrando queda. Naquele ano, o saldo ficou positivo em US$ 1,2 bilhão, mas caiu 56,4% e fechou 2013 em US$ 522,9 milhões, o pior da história. Quem exporta Uma das empresas capixabas que faz negócios no mercado externo é a Itapuã Calçados, como explica o gerente de exportação da marca, Saulo Altoé. A participação da fábrica em exposições e feiras como a Micam, em Milão, Itália, e a MosShoes, em Moscou, Rússia, contribui com a notoriedade necessária para fomentar as vendas, possibilitando negócios com países como Itália, Rússia, Equador, Espanha, Estados Unidos e Arábia Saudita. “As vendas tem aumentado anualmente, o que mostra boa aceitação dos nossos produtos nesses países. Em 2013, desenvolvemos coleções especiais atendendo as demandas e expectativas dos nossos clientes e como resultado, conseguimos superar as vendas em comparação ao ano de 2012 em cerca de 10%”, afirma Altoé. Entretanto, o gerente da Itapuã revela que 2013 não foi apenas de maravilhas para as exportações, visto que a variação do dólar provocou instabilidade e, consequentemente, dificultou o fechamento de alguns contratos. Em 2014, porém, a expectativa é de continuar crescendo. “Nosso compromisso com os clientes/consumidores não pode parar, que é oferecer estilo, moda e conforto”, afirma Altoé. As exportações também têm sido um ponto importante para a Itapuã. De acordo com Saulo Altoé, durante os últimos 17 anos, a empresa que também está presente no Rio de Janeiro e Minas Gerais, já vendeu cerca de 10 milhões de pares de calçados. “As exportações representam cerca de 10% do nosso faturamento”, finaliza. Outra empresa que está encontrando nas exportações uma forma de ampliar suas vendas é a Pimpolho, embora esta ainda não seja uma receita significativa. “Em 2013, as exportações representaram cerca de 4% do faturamento da Pimpolho, mas a tendência é de crescimento”, afirma o diretor comercial da empresa, Ricardo Brito. Todo o portfólio disposto no Brasil, como sapatos, sandálias, tênis, bolsas maternidades, brinquedos e bodies infantis – uma novidade para 2014 - também são comercializados no exterior. Entre os destinos dos produtos estão Paraguai, Uruguai, Costa Rica, Estados Unidos, Angola, Líbia e Emirados Árabes. Segundo Brito, mesmo diante de um dólar instável e o mercado internacional incerto, a Pimpolho conseguiu atingir os objetivos traçados. “Algumas barreiras comerciais de países vizinhos, como Argentina e Venezuela, impediram um maior crescimento prospectado previamente. Em contrapartida, atingimos crescimento em mercados com grande potencial como os Estados Unidos e entramos em outros que não esperávamos, como Cingapura que está bem próximo da China, um de nossos principais concorrentes no mercado internacional”, avalia. Para Ricardo Brito, a tendência é que haja um grande crescimento no próximo ano, uma vez que serão feitos mais investimentos em viagens internacionais e campanhas de vendas para os distribuidores. Uma das oportunidades que devem surgir em 2014 é a realização da Copa do Mundo no Rio de Janeiro. “O evento atrairá as atenções para o Brasil. Já tivemos um potencial cliente do Japão, que nos contatou justamente porque muitos produtos brasileiros estão sendo comercializados no país graças a Copa”, conclui Brito. Principais destinos das exportações capixabas de calçados (nº de pares / movimentação financeira) Equador 56.802/US$ 764.627 Colômbia 29.688/US$ 355.777 Arábia Saudita 17.760/US$ 255.249 Angola 30.151/US$ 251.656 Bolívia 14.289/US$ 219.291 Revista Calçados do Espírito Santo 23 21 NA MESA, NA COZINHA, NA SUA CASA. A INDÚSTRIA ESTÁ EM TODO LUGAR. É por isso que um dos grandes apoiadores da indústria não sai da sua memória. 1 LUGAR O Senai conquistou o 1º lugar no Recall de Marcas de A Gazeta e no Marcas Ícones da Rede Vitória, porque apoia a indústria e é líder em Inovação e Tecnologia a Serviço da Educação Profissional. O Senai apoia a indústria. Apoia a sua vida. 24 Revista Calçados do Espírito Santo Instituição Arces: fortalecimento da cadeia calçadista Thiago Lourenço Criada em 1993, Associação dos Representantes de Calçados do Espírito Santo (Arces) contribui para o fortalecimento e o crescimento da atividade Messias Altoé, presidente da Arces: “Atendemos as melhores marcas do país e com a maioria dos profissionais sendo residentes no Estado” Propiciar o fortalecimento de representantes e lojistas de calçados no Estado e fomentar o crescimento da atividade. Foram estes os objetivos da criação da Associação dos Representantes de Calçados do Espírito Santo (Arces), há 21 anos, em 1993. Com 58 membros associados, a entidade sediada em Vitória conquistou projeção em nível nacional por sua boa sua organização e ações voltadas à integração entre seus associados. A Arces oferece diversos convênios, como hotéis e autopeças, para facilitar o trabalho e reduzir custos operacionais dos representantes. De acordo com o presidente da Arces, Messias de Jesus Altoé, a instituição surgiu a partir da necessidade de dar competitividade aos representantes capixabas e torná-los mais fortes diante da concorrência de outros Estados. “Hoje, com a Arces, atendemos as melhores marcas do país e o que é mais importante: com a maioria dos profissionais sendo residentes no Estado, uma vez que antes tínhamos muitas pessoas do Rio de Janeiro e Minas Gerais que estavam disputando mercado com os representantes locais”, explica. ES Calçados A Arces também é a idealizadora do principal evento de exposição de produtos do setor calçadista do Espírito Santo. A feira Espírito Santo Calçados se tornou uma das principais do país, sendo realizadas duas vezes ao ano: uma no 1º semestre para abastecer as lojas com as tendências outono-inverno, e no 2º semestre para apresentar as novidades de primavera-verão. Com cerca de 400 marcas do Brasil inteiro e tendo uma média de 1500 visitantes por evento, a Espírito Santo Calçados está entre as maiores do país, atrás apenas da Couromoda e da Francal - ambas realizadas em São Paulo -, da Fenova, em Minas Gerais, e da Zero Grau, em Porto Alegre. “As melhores marcas do país estão presentes todos os anos no evento, o que mostra a força desta feira tão importante para o segmento calçadista do Estado”, diz Altoé. Serviço: Arces Associação dos Representantes de Calçados do Espírito Santo (27) 3227-6300 www.arces.com.br Revista Calçados do Espírito Santo 25 Incentivo, formalização e capacitação. A Aderes tem tudo que o pequeno empreendedor precisa para crescer. O Governo do Espírito Santo promove o crescimento do Estado investindo no desenvolvimento humano e profissional dos capixabas. Por meio da Aderes, capacita e qualifica o cidadão, bem como incentiva e fortalece o empreendedorismo entre os micro e pequenos negócios. Assim, gera oportunidades, ajuda a ampliar a inclusão produtiva e social e contribui para dinamizar e diversificar a economia capixaba. 26 Para participar dos cursos e obter mais informações, procure a Aderes: Av. Nossa Senhora da Penha, 714 - 5º andar - Ed. RS Trade Tower - Praia do Canto - Vitória/ES - CEP: 29055-130 (27) 3636-8552 | www.aderes.es.gov.br Revista Calçados doTel: Espírito Santo Conheça as áreas de atuação da Aderes Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais Artesanato Capixaba Inclusão Produtiva Cooperativismo Agroindústria Familiar Bancos Comunitários Economia Solidária lançamento Portfólio Pimpolho 2014: beleza, conforto e ousadia Empresa sediada na Glória, em Vila Velha (ES) prevê expansão de vendas com lançamentos arrojados e esportivos O portfólio 2014 da Pimpolho, empresa especializada na fabricação de produtos para bebês e crianças, conta com uma combinação de beleza, conforto e ousadia. Nessa nova safra, a marca oferece novas linhas para a próxima temporada fria inspirada na grande obra-prima brasileira de Toquinho, “Aquarela”. Em design diferenciado, chega a série “dois em um” que abrange até os quatro meses e pode ser usado nos dois lados com estampas fincadas na aquarela tão retomada pelo artista Toquinho. Já a coleção de slipper para as meninas com numerações de 20 a 25, mostra cabedais em veludo cheios de detalhes de coroas, enquanto a linha eco traz a alpargata feita com insumos naturais para as pequeninas de quatro a oito meses. E a série esportiva apresenta o tema “Viagem Urbana” com o tênis masculino com tonalidades acinzentadas bem ao estilo dos skatistas, além da Nação Baby com referências à Copa do Mundo de 2014 que traz estampas com a bandeira brasileira e atinge as crianças até oito anos. A expectativa da Pimpolho é que essas novidades sejam grande sucesso em vendas. Os lançamentos chegam num período de grande expansão para a companhia. “Nossa expectativa é crescer focando em inovações, mas sempre com estabilidade e maturidade” diz Ricardo Brito, diretor comercial da Pimpolho. No ano de 2013 a empresa aumentou uma faixa na sua escala de numeração padrão, que agora abrange também o número 25. “Sentimos a necessidade de aumentar a grade em um número para acompanhar a mudança do tamanho das crianças, que estão cada vez maiores”, explica Brito. Localizada no bairro Glória, em Vila Velha (ES), a Pimpolho fabrica 20 mil pares de calçados por dia e está presente em todo Brasil por meio de mais de 100 escritórios de representação. Fora do território nacional, a marca está em mais de 40 países. Revista Calçados do Espírito Santo 27 Thiago Lourenço Oficinas treinam funcionários de onze indústrias em Cachoeiro de Itapemirim Cursos de logística de produção atendem demanda de empresários das fábricas de calçados da região Profissionais mais capacitados e empresas com seus setores de produção mais organizados. Este foi o saldo deixado pela consultoria realizada pelo Sebrae-ES nas indústrias calçadistas de Cachoeiro de Itapemirim em 2013, com o objetivo de promover o aumento da competitividade e inovação de grupo de empresas inseridas no polo industrial, por meio de capacitações e assessorias tecnológicas. Onze empresas participaram do programa que teve apoio do Sindicalçados. Para George Silveira Hemmerly, um dos empresários que participou do programa, 28 Revista Calçados do Espírito Santo a consultoria veio ao encontro de uma necessidade antiga de várias empresas da região, principalmente no que tange a qualificação de seus funcionários. “Precisávamos treinar melhor e capacitar a nossa mão de obra para ocupar cargos de chefia, como a de supervisão de fábrica, por exemplo. Ao invés de levar os trabalhadores para municípios como Vitória, onde a capacitação já é oferecida, decidimos trazer as oficinas para Cachoeiro”, disse. O empresário revela que esta não é a única ação de consultoria e capacitação que sua empresa, a Vestige Calçados, esteve envolvida, mas a parceria entre Sindicalçados e Sebrae-ES tem gerado boas oportunidades para a atividade. “Trazemos cursos para Cachoeiro sempre que possível. Em 2014, pretendemos fortalecer o trabalho realizado em 2013, com a segunda parte da consultoria e início do curso de Recursos Humanos”, contou. A oficina Segundo a gestora do projeto Desenvolvimento do Setor de Vestuário Capixaba do Sebrae-ES, Carla Bessetti, a demanda surgiu dos próprios Empresários do polo de Cachoeiro de Itapemirim tem participado efetivamente das ações realizadas pelo Sindicalçados e parceiros como o Sebrae-ES empresários da região, através da representação do Sindicalçados, interessados em tornar a gestão de suas organizações mais bem preparadas. Foram realizadas reuniões para identificar as maiores necessidades das indústrias e elaborado um diagnóstico do setor. A partir daí, o Sebrae-ES montou um programa para realizar visitas às empresas do polo calçadista de Cachoeiro de Itapemirim, entrevistar gestores e colaboradores, bem como execução de observações locais identificando os pontos fortes existentes, as necessidades de melhoria e emissão de um relatório final individual para execução do trabalho. Após os estudos preliminares, que contou com subsídio de 80% do valor do programa para funcionários de empre- sas associadas, deu-se início às oficinas que duraram dez meses. “O papel do projeto é de desenvolver melhorias nas gestões das empresas e aprimorar seus profissionais”, diz a coordenadora. O projeto foi realizado à noite, após o horário de trabalho dos funcionários das onze empresas participantes. As oficinas foram promovidas semanalmente nos seus próprios parques fabris, separadas por temas/módulos (turno da noite), conforme as assessorias tecnológicas aplicadas durante o dia nas mesmas empresas. A duração das assessorias tecnológicas, assim como as capacitações puderam sofrer variações de acordo com a necessidade do grupo de empresas e temas abordados. Temas As oficinas abordaram temas como Otimização Industrial, Indicadores de Desempenho, Cronometragem/Cronoanálise (Métodos e Processos), Processos de Fabricação, Troca Rápida de Modelos, Gestão da Produção e Micro Lay-Out. Todos eles foram definidos a partir da demanda dos empresários durante as reuniões. Cada um dos assuntos foi dividido nas fases de “Assessoria Tecnológica” e “capacitação”, sendo a primeira abordando a teoria, como orientações, identificação de setores e indicadores atuais; e a segunda relativa à parte prática do curso, em que os funcionários aplicam o aprendizado com o objetivo de solucionar as problemáticas apresentadas. Empresas que participaram das Oficinas de Logística de produção 1. Aviabras Indústria E Comércio Ltda. 2. Gm Calçados Indústria E Comercio Ltda. – Epp. 3. J. E. B. Da Costa Me 4. J. Vieira Calçados 5. Lune Calçados Indústria Ltda. – Epp. 6. Marb Indústria E Comercio de Calçados Ltda. 7. Mic Calçados Indústria E Comercio Ltda. - Epp. 8. Millennium Calçados Ind. E Com.ltda. – Epp. 9. Stilos Indústria E Com. De Calçados Ltda. – Me. 10. Top Calçados Ltda – Epp 11. Vestige Calçados Indústria E Comércio Ltda Revista Calçados do Espírito Santo 29 negócios Feiras no ES movimentam mais de R$ 14 milhões Lui Machado Lojistas do setor de calçados e acessórios contam com a Espírito Santo Calçados e a Feira de Material Escolar para abastecer seus estabelecimentos Presidente do Sindicalçados, Altamir Martins, faz tour pela ‘Espírito Santo Calçados’ para se manter antenado com o setor Expor tendências e novidades do segmento e reunir fabricantes e varejistas em um mesmo espaço, para aproximação, troca de informações e futuros contatos. Esses são apenas alguns dos motivos que atraem anualmente centenas de empresários a participar das principais feiras de calçados e acessórios do Espírito Santo: a ‘Feira de Material Escolar’ e as duas edições da ‘Espírito Santo Calçados’. Os eventos realizados em 2013 contaram com a 30 Revista Calçados do Espírito Santo presença estimada de 5 mil pessoas, entre lojistas e visitantes, reunindo 520 marcas e gerando negócios da ordem de R$ 14 milhões. Considerado um dos principais eventos do país e com 400 marcas de todo o Brasil expostas, a Espírito Santo Calçados teve a 25ª edição no mês de fevereiro de 2013, no Centro de Convenções de Vila Velha. As cerca de 1500 pessoas que visitaram os estandes das empresas presentes puderam ver de perto as tendências para a estação outono-inverno 2013, como botas, sapatos fechados e flats. Já a 26ª edição da Feira, ocorrida no mês de agosto do mesmo ano, reuniu produtos provenientes de 70 fábricas de todo o Brasil, voltados para a estação primavera-verão de 2014 expostos produtos. Com isto, as duas edições movimentaram em 2013, cerca de R$ 9 milhões, com aproximadamente 112 mil pares de sapato comercializados e au- Materiais escolares custa R$ 2 milhões, por exemplo. Por isso, vale mais a pena investir em feiras regionais, em que se tem um contato maior com o cliente, sabendo das necessidades do mercado e tendo um custo menor para isso”, afirma Borgo. Equipe da Pimpolho, empresa que vem percebendo crescimento da ‘Espírito Santo Calçados’ Thiago Lourenço Outro evento importante foi a VI Feira de Material Escolar do Espírito Santo, que ocorreu entre os dias 10 e 12 de setembro, também no Centro de Convenções de Vila Velha. A feira reuniu expositores com produtos como mochilas, pastas, materiais para escritórios, artigos de Natal e brinquedos e contou com a presença de empresários, distribuidores atacadistas e varejistas. O evento movimentou cerca de R$ 5 milhões, aumento de 25% nas vendas e no número de participantes, segundo a empresa organizadora. De acordo com o organizador Sérgio Borgo, a feira é essencial para as empresas do setor por abastecer o período de volta às aulas, que chega a representar 90% das vendas do ano inteiro. Além disso, vale mais a pena participar das feiras regionais, que das de maior porte. “As feiras a nível nacional estão ficando muito caras para as empresas. Em São Paulo, o estande Lui Machado mento de 8% em relação ao volume de negócios no ano anterior. “As vendas do final de ano proporcionaram esse crescimento, com os lojistas já se abastecendo para as próximas estações, mesmo com a economia brasileira não indo bem”, analisa o presidente da Associação dos Representantes de Calçados do Espírito Santo (Arces), Messias de Jesus Altoé. Uma das empresas que participam do evento é a Pimpolho. A companhia tradicionalmente expõe seus produtos na feira e, segundo seu diretor comercial, Ricardo Brito, tem obtido bons resultados. “Já participamos há alguns anos e percebemos que a feira vem crescendo sempre em número de visitantes e de pedidos. Além disso, ela representa a vitrine ideal para negócios dentro do Espírito Santo e um instrumento importante para fortalecer o relacionamento com o cliente”, afirma. Além de novidades e tendências em calçados, feiras do ES são oportunidades para troca de informações e realização de contatos comerciais Revista Calçados do Espírito Santo 31 ROTSEN COM. DE COUROS E PLÁSTICOS LTDA. Rua João dos Santos Neves, 85 - Vila Rubim Vitória/ES - CEP: 29025-023 32 Revista Calçados do Espírito Santo consolidação Calçados Itapuã, uma empresa genuinamente nacional Há quase 60 anos, a empresa se consolidou nos mercados nacional e internacional com o reconhecimento e qualidade de seus produtos Fundada em 1956, em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, pelo empresário Severino Matias de Souza, a Calçados Itapuã é fruto de sua dedicação, honestidade e simplicidade. Tudo começou com uma lojinha e uma pequena fábrica de calçados ao fundo, que mais tarde se tornou a Indústria Itapuã. Em 1976, a empresa chamou a atenção do setor calçadista brasileiro inaugurando a sua primeira grande fábrica Itapuã. Na década de 80, fez da fábrica um grande complexo industrial e não parou mais de crescer. As sandálias masculinas ganharam grande reconhecimento de lojistas e consumidores de todo o Brasil, tornando-se “a sandália masculina do Brasil”. A Itapuã comercializa três marcas para lojistas do Brasil e do exterior: Sandálias Itapuã, New Face e ItSandal. Desse modo, os calçados e sandálias Itapuã chegam aos consumidores do Brasil e do mundo. Os calçados da Itapuã, hoje, já podem ser encontrados nos Estados Unidos, Portugal, Espanha, Grécia, Árabia Saudita, Rússia e Itália, centro da moda no mundo. Segundo o diretor comercial da empresa, Carlos Paganini, os resultados continuam surpreendendo, a despeito da situação econômica internacional. A Itapuã participa de todas as principais feiras nacionais do setor. Em 2013, a empresa também participou de eventos internacionais com as feiras Mosshoes na Rússia, Mican na Itália e de show room na Arábia, na cidade de Djedah. “A produção, atualmente, chega à casa dos 300 mil pares de calçados por mês e deve aumentar em função dos lançamentos de novos modelos”, revela. O sonho de Severino, fundador da empresa, tornou-se a realidade de milhares de colaboradores, fornecedores, clientes lojistas do Brasil e do mundo, além de milhões de consumidores. O sucesso foi conquistado com a competência e dedicação da empresa nos seus quase 60 anos de existência. Revista Calçados do Espírito Santo 33 34 Revista Calçados do Espírito Santo Valéria Couros: negócio Familiar que deu certo Lui Machado Com mais de 20 anos de atuação, empresa planeja expandir mercado em 2014 A Valéria Couro possui dez funcionários e oferece mais de 5000 itens A Valéria Couros existe há 20 anos e surgiu para dar seguimento a um negócio da família de Valéria Melo Barroca, que já possuía experiência com a produção e revenda de produtos de couros em Minas Gerais. Mas foi o marido, Marcus Tullius Barroca, que deu o empurrãozinho necessário para abrir a primeira loja, em Santo Antônio. No início da década de 1990, a crise financeira resultou em cortes em diversas grandes empresas, entre elas a antiga CST, em que Barroca atuava como engenheiro. Na contramão, a loja ia bem e ganhava cada vez mais espaço no mercado. Foi o momento ideal que ele encontrou para entrar de cabeça e ajudar a esposa a tocar um negócio que já parecia ser promissor. “As vendas estavam indo bem e minha esposa não estava dando mais conta de suprir todas as demandas. Foi quando eu também entrei definitiva- mente para o negócio”, afirma. A partir daí, com foco maior na loja, o casal resolveu entrar de cabeça nos negócios. Primeiro, veio a compra de um local maior para ampliar o atendimento aos clientes. O espaço escolhido foi um antigo prédio comercial localizado na Vila Rubim, no centro de Vitória. Outro investimento feito posteriormente foi a aquisição de um terreno para servir como estacionamento dos clientes. Hoje, empregando dez funcionários e oferecendo aos consumidores cerca de 5000 itens como couros, adesivos, plásticos e linhas, a loja possui de tudo um pouco para atender a demanda de fábricas de todos os tamanhos que produzem desde sapatos e estofamentos a selas para cavalos. “Não focamos em apenas um produto. Oferecemos um leque variado de opções para conseguirmos satisfazer as mais diversas ne- cessidades”, diz Barroca. Esta variedade de clientes tem sido fundamental para manter a empresa firme, mesmo após a crise de 2008 deflagrada nos EUA, que afetou vários setores da indústria, influenciando a produção e consequentemente as vendas. Mesmo assim, a empresa se manteve bem, chegando a crescer cerca de 5% em 2013. O segredo, diz Barroca, é a forma com que a empresa se apresenta no mercado. “O diferencial da Valéria Couros está no bom preço, no atendimento e no estoque variado, sempre pronto a atender as demandas” afirma. Para 2014, os planos envolvem uma troca no comando da loja e a expansão da empresa no mercado, que já abrange clientes no Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais. “Pretendo dar lugar à minha filha. Ela tem boas ideias e vai injetar sangue novo na Valéria Couros”, revela. Revista Calçados do Espírito Santo 35 Ensino Sesi: educação empreendedora para um futuro melhor Além de oferecer educação de qualidade, instituição também preza pela saúde, lazer e atividades sociais Tatiana Ribeiro-Comunicação Findes Com cerca de 11.500 alunos nas unidades da Grande Vitória e interior, o Sesi oferece educação desde o infantil ao ensino médio Em 2014, a Rede Sesi de Ensino completa 63 anos de história no Espírito Santo, consolidada como uma das maiores redes de ensino privado do Estado, com cerca de 11.500 alunos na Grande Vitória e interior, chegando a mais de 13 mil se somados os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). São seis décadas de atuação sempre com olhar para o futuro. Além de oferecer uma educação com qualidade, a entidade também preza pela saúde, lazer e atividades sociais, com o envolvimento da escola, alunos e comunidade. “É um conjunto que faz da instituição uma referência. Esse resultado positivo aumenta nossa responsabilida- 36 Revista Calçados do Espírito Santo de de fazermos nosso trabalho cada vez melhor”, destaca a superintendente do Sesi-ES, Solange Siqueira. Na educação básica, o Sesi oferece desde a Educação Infantil até o Ensino Médio articulado com a Educação Profissional, além do Projeto Intensivo para o Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. “Nos nove anos do ensino fundamental, o Sesi segue as Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais. A entidade também contempla outros princípios, como a importância da saúde, da qualidade de vida, da cultura e do exercício da cidadania”, explica a gerente do Departamento de Educação de Sesi-ES e Senai- -ES, Lucia Helena Cunha. Estímulo O estudante é estimulado a desenvolver o empreendedorismo e habilidades como trabalho em equipe, liderança e autonomia desde a Educação Infantil até o Ensino Fundamental II. “O material de empreendedorismo é próprio do Sesi e a disciplina faz parte do currículo do aluno. No ensino médio o tema é trabalhado transversalmente por meio de projeto específico”, ressalta a gerente da Divisão de Educação Básica do Sesi-ES, Josefina Prezentino. “Como forma de estimularmos também a responsabilida- de e o bom uso dos recursos financeiros, incluímos no material de empreendedorismo da Rede Sesi ações e atividades de educação financeira.”, completa a gerente. mundo do trabalho Também faz parte da proposta da Rede Sesi de Ensino formar pessoas para o mundo do trabalho. Nessa direção, o Sesi optou por começar a reforma de seu currículo pelo Ensino Médio. “Queremos preparar os alunos para o vestibular, mas também dar a eles a oportunidade de ter uma profissão ao final do Ensino Médio”, enfatiza Lucia Helena Cunha. Tal objetivo é alcançado por meio da parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no programa Educação Básica Articulada com Educação Profissional, o Ebep, que permite aos alunos da Ensino Médio complementar os estudos com um curso técnico. “Assim, ao cursar a Educação Básica com um curso profissionalizante, jovens e adultos se qualificam para ingressar no mercado de trabalho”, finaliza a gerente. Lousas digitais e robótica Atualmente, o Sesi conta com 11 escolas no Estado. Todas possuem lousas digitais e também desenvolvem trabalhos com o projeto Lego Zoom, que oferece kits educacionais Escolha a unidade do Sesi mais próxima da sua casa e garanta a matrícula do seu filho! aos alunos, assessoria às escolas e capacitação de educadores, sendo voltado para alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio. O objetivo é preparar os alunos para não serem apenas Fábio Martins-Comunicação Findes usuários de ferO projeto Sesi Robótica utiliza princípios de engenharia para ramentas tecnológicriar e programar um robô de um material desenvolvido cas, mas capazes de pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) criar, solucionar problemas e usar vários tipos de tecnologias de forma ras sobre o tema em questão. eficiente, efetiva e significatiAmbos projetos passam por va. “O Lego possibilita trabaseletivas dentro das escolas lho em equipe, organização, do Sesi, podendo se classificar raciocínio lógico, solução dos para etapas nacionais e mesmo desafios, expressão escrita e internacionais. Além disso, os oral. É um ótimo recurso para projetos desenvolvidos são exiinteragir e desenvolver diverbidos anualmente na Mostra sas competências, desde peInova Findes, que faz parte da queno”, explica a analista de Semana Estadual de Ciência e Programas Institucionais do Tecnologia. Departamento de Sesi-ES e Senai-ES, Olivia Costa de Oliveira. Já o Sesi Robótica, que utiProjetos e liza a metodologia Lego Zoom, diferenciais do Sesi promove junto aos alunos da 7ª e 8ª séries do Ensino FundaEbep: Educação Básica mental e estudantes do Ensino Articulada com Educação Médio projetos de Robótica e Profissional; de Pesquisa. O primeiro utiliza Empreendedorismo e princípios de engenharia para educação Financeira a partir da Educação Infantil; criar e programar um robô Lego Zoom e Lego Robótica; de um material desenvolvido Projetos como: pelo Massachusetts Institute - Consciência Cidadã of Technology (MIT) em par- Feira de Negócios dos ceria com o Lego Group, que Alunos Empreendedores terá de cumprir várias tarefas - Sesi ONU (estímulo à e soluções ligadas ao tema diversidade cultural selecionado para cada ano. O - Semana das Profissões projeto de Pesquisa, por sua - Olimpíada de Matemática - Jogos Interclasses vez, envolve a busca de soluções inteligentes e inovado- Informações Sesi Jardim da Penha | (27) 3334-7300 Sesi Araçás | (27) 3329-8656 Sesi Porto de Santana | (27) 3336-4573 Sesi Campo Grande | (27) 3336-6738 Sesi Cobilândia | (27) 3326-4156 Sesi Maruípe | (27) 3134-9305 Sesi Laranjeiras | (27) 3328-3896 Sesi Aracruz | (27) 3256-2333* Sesi Colatina | (27) 3722-5070 Sesi Linhares | (27) 3264-1591 Sesi Cachoeiro de Itapemirim | (28) 3521-3055 *Nesta unidade, as inscrições são realizadas por meio de processoRevista seletivoCalçados do Espírito Santo 37 Fique em dia com a saúde dos seus pés Sapatos bonitos combinam com pés saudáveis. Conheça e saiba como driblar os inimigos dos seus pés 38 Revista Calçados do Espírito Santo capa Por Camilla Caldeira Um pé saudável é indispensável para manter a qualidade de vida de qualquer pessoa. Por se encontrarem na base do corpo, os pés acabam sendo deixados em último plano, quando na verdade merecem o máximo de atenção para que possam desempenhar suas funções corretamente. Nos pés também estão localizados pontos sensoriais que remetem a outros órgãos e regiões do corpo humano. Um sapato inadequado, uma caminhada mal executada ou até mesmo um calo que passou despercebido leva a problemas graves e prejuízos à saúde. Muitas vezes o ritmo do dia-a-dia, ou até mesmo a falta de conhecimento, leva ao abuso da capacidade dos pés e os problemas só chamam a atenção quando o caso já ficou sério. Basta uma pequena lesão para prejudicar todo o sistema locomotor, causando um gasto extra de energia e sobrecarga das articulações. O ideal é ficar atento e não desprezar a menor dor ou anomalia. Ficar em dia com os cuidados básicos já é percorrer boa parte do caminho para manter os pés saudáveis. Uma boa dica é cortar rente as unhas a cada 15 dias para evitar que encravem e evitar lixar muito a sola para que o pé não engrosse e forme calosidades. Mas, cuidado! O uso de objetos contaminados, deixar os pés úmidos e andar descalço próximo a áreas não higiênicas são atitudes que abrem as portas para germes e bactérias causadoras de sérias micoses. A podóloga Sandra Machado chama a atenção para a necessidade de hidratação para evitar a formação de racha- duras na planta do pé. “Assim como as mãos, os pés precisam de hidratação especial, pois possuem pele mais fina e propensa ao ressecamento. É importante procurar por produtos que contenham ureia ou lanolina, que são reconstrutores. Manter a maciez evita a formação de fissuras, que podem dar margem para infecções ou micoses”, afirma. Sandra alerta ainda para o descuidado com a umidade. “Os pés precisam se manter sempre secos e os calçados também. A umidade facilita a formação de fungos que propiciam o aparecimento de micoses. Se o pé for do tipo que transpira muito, opte por produtos em pó ou spray. O abuso dos hidratantes também pode ser perigoso. Abuse da quantidade, mas não deixe que o produto se acumule entre os dedos ou no canto das unhas”, afirma Machado. De olho no salto alto Agulha, cone, quadrado, Anabela, plataforma, meia-pata, não importa. O salto alto é um dos principais aliados da beleza feminina, pois acrescenta centímetros à altura, modela a silhueta e empina o bumbum. Para algumas, o desejo de comprar é influenciado pelo tamanho do salto. Porém, especialistas advertem para lesões e danos permanentes causados pelo uso contínuo destes ‘agentes da beleza’. Saltos muito altos mantêm os músculos da panturrilha sempre contraídos, chegando ao encurtamento devido ao Revista Calçados do Espírito Santo 39 capa Por Camilla Caldeira uso prolongado. A diminuição destas fibras causam dores e ao longo do tempo desencadeia um desequilíbrio na estrutura corporal, levando a lesões principalmente nas coxas e coluna. Mas, com algumas dicas e cuidados é possível se manter na moda sem prejudicar a saúde. O ortopedista e professor Ruy Rocha Gusman diz que as precauções começam desde a compra do calçado – veja box da Página X. “Ao se fazer uma compra muitos aspectos devem ser considerados, mas a prioridade deve ser para o conforto e estabilidade. Obviamente, se a mulher procura algo para uma festa de gala ela vai optar por um salto. Neste caso é bom pen- sar em quanto tempo ficará em pé no evento e escolher um calçado que a sustente e valorize a caminhada”, aponta o médico. A ex-modelo Esthela Barbará, 21, passou a moderar o uso contínuo dos saltos assim que deixou as passarelas. “Mesmo sendo muito alta a função me obrigava a usar sapatos com saltos acima de 10 centímetros todos os dias. Sempre chegava ao fim do dia com dores nas panturrilhas e calcanhar, sem falar nas bolhas. Hoje só uso salto em eventos que exijam o traje, assim acho que faço bem melhor pela minha saúde”, conta Barbará. A boa notícia é que os saltos não precisam ser completamente abolidos do universo feminino. “Se uma mulher compra um sapato de salto para usar durante algumas horas não há prejuízos, mas se uma mulher usa salto de 15 centímetros para trabalhar todos os dias aí sim temos um problema. Para o dia a dia o ideal é não usar saltos acima de 5 centímetros e dar preferência para os sapatos tipo Anabela, que apesar do salto mais elevado, não apontam grandes diferença entre a parte anterior e posterior dos pés”, afirma Gusman. Fique por dentro dos riscos Aborpos adios porehendem lame quatibus ilitiis simpos dolut laborestin endant. 40 Revista Calçados do Espírito Santo É comum a aparição de doenças e deformidades em quem tem o uso habitual de calçados inadequados. O uso exagerado de sapatos que deixam os dedos espremidos ou que sobrecarreguem a parte anterior dos pés leva a ocorrência do hálux valgo, popularmente conhecido como joanete. “Esta anomalia consiste em uma calosidade óssea que se forma próxima ao dedão e não tem idade certa para começar a aparecer. Apesar de ser de difícil tratamento, é indicado o procedimento cirúrgico para lidar com boa parte dos casos, mas produtos da ortopedia técnica também são amplamente utilizados na profilaxia”, indica Gusman. Os joanetes são mais comuns entre as mulheres e podem ficar piores com o passar do tempo e sem os devidos cuidados. “Comecei a usar salto muito cedo e sou apaixonada por modelos scarpin e bico-fino, mas com o passar do tempo começou a formação do joanete nos dois pés. Foram ficando mais salientes e tive que trocar os modelos que gosto por sapatilhas e sandálias baixas”, afirma a universitária Rayane Kiefer, de 22 anos. Outro problema comum causado pela sobrecarga nos pés é a fascite plantar, ou esporão de calcâneo. Esta doença está relacionada à falta de alongamento nos membros inferiores e o uso de sapatos inadequados. O problema aparece quando há inflamação pelo uso excessivo do tecido que liga o calcanhar aos dedos do pé e não deve ser ignorado. Para evitar o surgimento da doença e de outras dores é recomendado exercícios de alongamento nos pés e panturrilhas sempre antes e depois de usar os sapatos. “As medidas para aliviar as dores são de fácil acesso. Quando o problema já foi diagnosticado, recomenda-se que o paciente evite esforços foto 2 Aborpos adios porehendem lame quatibus ilitiis simpos dolut laborestin endant. na região por algumas semanas, realize alongamentos no calcanhar, aplique gelo nas áreas doloridas e utilize proteção nos tornozelos. Nos casos mais graves já é necessário o uso de calçados e acessórios ortopédicos”, recomenda Ruy Gusman. Ortopedia técnica no Estado Alguns pacientes possuem danos estruturais mais complexos e precisam recorrer aos produtos da ortopedia técnica. Esta área busca suprir a demanda por órteses, que são 5 passos para ficar de bem com os pés Confira o ritual de beleza para manter os pés saudáveis e longe de infecções. 1º Passo – Limpo e seco Na hora de higienizar, lave bem com espoja, água e sabão. Depois de lavar, seque bem sem esquecer a parte interna dos dedos, cantos e unhas para evitar aparição de fungos causadores de micoses. Se seu pé transpira muito, use talco ou antitranspirantes em spray. 2º Passo – Bem hidratado Mantenha a pele dos pés bem hidratada e macia para evitar rachaduras. Após higienizar, use um bom hidratante e certifique-se de que o produto foi bem espalhado e absorvido antes de usar um calçado. Use produtos à base de lanolina ou ureia, que são ativos reconstrutores. 3º Passo – Unhas bem aparadas Não deixe de cortar as unhas. O recomendado é mantê-las aparadas a cada 15 dias. O corte deve ser rente, evitando as bordas para que não corra o risco de que a unha encrave. 4º Passo - Conforto é prioridade Ainda que o sapato seja lindo na prateleira, na hora de comprar o conforto tem de estar em primeiro lugar. Opte sempre pelo calçado mais maleável e flexível. Se busca um sapato de salto para o dia-a-dia, prefira saltos de até cinco centímetros e que ofereçam estabilidade ao andar. 5º Passo - Fique de olho neles Sempre observe seus pés no fim do dia e não deixe de dar atenção a qualquer aparência anormal. Manchas avermelhadas, calos, feridas e outras anomalias devem ser bem observados. Se o caso se agravar, não tente resolver tudo sozinho, procure um médico ou especialista. Revista Calçados do Espírito Santo 41 capa Por Camilla Caldeira Aborpos adios porehendem lame quatibus ilitiis simpos dolut laborestin endant. aparelhos e acessórios de uso temporário ou não, que têm o objetivo de dar suporte, alinhar, prevenir, melhorar ou corrigir deformidades das partes móveis do corpo, caso das muletas e andadores. Há mais de 40 anos, a Gonçalves Pereira Ortopedia Técnica surgiu no Estado como pioneira no ramo e hoje beneficia mais de 6 mil clientes, dentre pessoas física e jurídica, com os produtos e serviços. O principal objetivo da empresa é melhorar a qualidade de vida do ser humano. “Hoje há um fator preocupante que é a compra muitas vezes desnecessária dos produtos. O resultado é um material de boa qualidade usado de forma incorreta, gerando insatisfação. Mas para um cliente que perdeu uma perna, por exemplo, oferecer a ele uma perna mecânica para que possa recuperar pelo menos boa parte das funções que perdeu, isso não tem preço”, afirma o dire- 42 Revista Calçados do Espírito Santo tor técnico da empresa, Pedro Paulo Gonçalves Pereira. Diabéticos, cuidado! Pessoas com diabetes precisam de cuidado redobrado com os pés. O açúcar elevado no sangue pode afetar os nervos do pé, levando a uma perda lenta de sensibilidade. A pele se torna seca, sem transpiração e sujeita ao aparecimento de fissuras. Além disso, os vasos que levam a circulação para os pés também são prejudicados, dando aparência pálida e fria. Com a falta de circulação, estes pés se tornam mais suscetíveis a infecções e feridas. De acordo com estimativa do Ministério da Saúde, atualmente há cerca de 8 milhões de brasileiros entre 30 e 60 que sofrem com diabetes, e até 2025 este número deve duplicar. Segundo o órgão, no desenvolvimento do pé diabético está entre os principais motivos de amputações no Brasil. A prevenção acaba sendo o melhor remédio para evitar o desenvolvimento do ‘pé diabético’. É importante observar diariamente a aparência dos pés, notando se há alteração de cor, feridas ou inchaços. “É imprescindível manter a higiene básica dos pés, mantendo-os limpos, secos e com as unhas bem aparadas. Não é recomendado que o paciente trate sozinho suas lesões, é preferível que sempre procure um médico ou especialista. Na hora de comprar o sapato procure um que seja confortável e que não aperte ou ofereça muitas pressões ao pé. Além disso, fumar prejudica a circulação sanguínea e se o fumante for diabético, essa é a hora de parar”, alerta o ortopedista Ruy Rocha Gusman. capa Por Camilla Caldeira Saltos que você pode confiar Três modelos que oferecem mais conforto, sem afetar a elegância. Salto Anabela – O modelo Anabela completo, com plataforma e salto, é o mais indicado para a saúde. Dá mais estabilidade e é mais recomendado para quem vai passar muitas horas em pé. Salto quadrado – Este modelo oferece uma base de apoio maior para o calcanhar e diminui a pressão sobre os dois primeiros dedos do pé. Além de confortável, este salto está entre as maiores tendências de 2014. Salto meia-pata – Este salto é uma variação do salto plataforma. Apesar de haver modelos muito altos, quando encontrado com um salto mais grosso e uma boa plataforma dianteira, este salto também oferece boa estabilidade. Revista Calçados do Espírito Santo 43 ATM do Sambão do Povo ofereceu cursos como almoxarife, aderecista, costureiro industrial e soldador eletrodo Sistema Findes investe em capacitação no interior do ES Agência de Treinamento Municipal (ATM) leva serviços profissionalizantes do Sistema Sesi/Senai/IEL através de parcerias com governos locais Com objetivo de avançar na qualificação da mão de obra para a indústria capixaba, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) lançou em 2013 o projeto das Agências de Treinamento Municipal (ATM’s). A ATM é um novo conceito para a educação tecnológica e profissional, que se baseia na grande demanda por mão de obra qualificada no Estado. 44 Revista Calçados do Espírito Santo Por meio dela, municípios têm acesso aos serviços profissionalizantes oferecidos pelo sistema Sesi/Senai/IEL, em parceria com os governos locais. Já foram inauguradas as Agências de Ibiraçu, São Gabriel da Palha e Vitória, no Sambão do Povo. Para 2014, está prevista a implantação de mais cinco ATMs: Castelo, Guaçuí, Itarana–Itaguaçu, Santa Teresa e Vila Pavão. De acordo com dados do Sistema Findes, a demanda por mão de obra, que já era crescente, nos próximos anos será de 152,9 mil profissionais capacitados. “Queremos avançar em parcerias com os municípios para progredirmos na articulação e mobilização junto à sociedade, pois estamos trabalhando com foco na interiorização do desenvolvimento para tornarmos nossa indústria mais forte, diversificada e com maior valor agregado” afirma o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra. Segundo Guerra, o modelo da ATM é mais rápido, barato, eficaz e flexível para atender as demandas específicas de cada município. “Nossa meta é avançar na qualificação. O formato da Agência de Treinamento permite aproveitar um espaço subutilizado pela gestão municipal para ofertar cursos e serviços para sociedade. É uma parceria de benefícios múltiplos”, disse. Para a implantação de uma ATM é necessário realizar a avaliação da demanda local, por meio de um estudo de viabilidade no município. Uma vez comprovada a possibilidade da iniciativa, a prefeitura encaminha um projeto de lei para a Câmara Municipal, para garantir o amparo legal necessário. Para a avaliação da demanda serão considerados critérios como: a demanda industrial de profissionais qualificados; o nível de formação profissional dos trabalhadores residentes no município; e as perspectivas de crescimento industrial do município e região. As Agências de Treinamentos podem ficar no município por tempo indeterminado. Porém, o mais provável é que caminhem não só para a manutenção como para a ampliação dos projetos, pois a formação e qualificação de mão de obra são processos contínuos, em função da evolução tecnológica e da busca por melhor remuneração. A ideia é que as Agências de Treinamento sejam o passo inicial de um processo evolutivo, de acordo com o desenvolvimento do município. Revista Calçados do Espírito Santo 45 sucesso Cresce participação de capixabas na FIMEC Divulgação Feira realizada em Novo Hamburgo (RS) é uma das mais importantes do mundo e apresenta novidades em máquinas e insumos Cerca de 1200 marcas estarão expostas na 28ª Fimec, que acontece em março No mês de março, empresários do setor calçadista do Espírito Santo tem destino certo para conhecer novidades em máquinas e insumos para a fabricação de calçados e bolsas. É que no período acontece a Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes (Fimec), em Novo Hamburgo (RS), segundo evento mais importante do mundo voltado para o complexo coureiro-calçadista. Em 46 Revista Calçados do Espírito Santo 2014, o evento chega a sua 38ª edição e está marcado para os dias 18, 19, 20 e 21, quando todos os espaços dos pavilhões da Fenac – Centro de Eventos e Negócios, receberão cerca de 1200 marcas. Algumas novidades estão sendo preparadas para a 38ª Fimec e começam a movimentar expositores e profissionais envolvidos com o setor coureiro-calçadista. Entre as ações já confirmadas para o evento está o Estúdio Fimec, espaço aberto que reunirá a capacidade de criação e design das empresas ligadas aos setores de componentes e matérias primas. Nos últimos anos, o Espírito Santo tem marcado presença na Fimec, visto que este já se tornou um evento consagrado no calendário internacional, reunindo ainda milhares de visitantes de outros Estados e de países como Estados Unidos, Argentina e Portugal. Em 2013, a feira voltada para tecnologia do segmento de calçados, con- Divulgação sucesso Setor de calçados e bolsas está entre os atendidos pela feira que tem recebido empresários do Espírito Santo tou com a exposição de produtos como couros e peles, passando por produtos químicos, componentes, máquinas e tecnologias para calçados e curtumes. Dessa forma, os visitantes puderam acompanhar de perto as principais tendências do setor, além de condições adequadas a agilidade e a velocidade com que o mercado vem trabalhando. De acordo com Jorge Ernane, diretor comercial da JB Calçados, e que participou do grupo do Sindicalçados que visitou a feira em 2013, a experiência não poderia ter sido melhor, pois essa é a grande oportunidade para que técnicos, empresários e profissionais de toda cadeia produtiva tenham contato com o que há de mais moderno no mercado. “Essa é uma das melhores feiras do país, então é extremamente importante atualizarmos nossos conceitos a respeito do que está sendo produzido no Brasil e no mundo”, afirmou. Entre as novidades que chamaram sua atenção, Ernane destaca a cola a base de água, utilizada em várias empresas e que é bem menos agressiva que a normalmente utilizada pela indústria. Ele revela ainda que chegou a fechar negócios na feira. “Adquiri uma máquina de costura eletrônica que deverá otimizar bastante a produção de sapatos de couro”, disse. Novidades Segundo o diretor do Sindicalçados e diretor industrial da Ducouro Calçados, José Augusto Rocha, além da possibilidade de levar algumas das máquinas expostas para sua própria empresa, o evento permite aos industriais verem novos conceitos que podem ser aplicados dentro de suas realidades. “Às vezes você se interessa por algo, mas ele não atende exatamente a sua necessidade ou é muito caro para fechar negócio. Porém, se você vê com um pouco de criatividade, pode tirar o conceito do equipamento e desenvolver uma tecnologia própria capaz de atender sua demanda”, explicou. Rocha ainda destaca a variedade de novos produtos expostos. “Algumas coisas chamam muita atenção pela qualidade, como couros com curtimentos diferenciados, forros de qualidade que deixam o pé transpirar dentro do calçado e materiais sintéticos que imitam perfeitamente o couro verdadeiro, inclusive o cheiro”, revela. “O importante é que a FIMEC está sempre se atualizando, acompanhado as necessidades do setor, de seus expositores e também do público visitante. Este é um evento que, como diz o próprio slogan, é o único que tem tudo. Certamente teremos um cenário positivo para o lançamento de produtos, a troca de informações e o encaminhamento de negócios”, destaca o diretor-presidente do Centro de Eventos e Negócios (Fenac), Elivir Desiam. Serviço 38ª Fimec Feira Internacional de Couros, Produtos Químicos, Componentes, Máquinas e Equipamentos para Calçados e Curtumes Quando: 18 a 21 de março de 2014 Onde: Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul Informações: www.fimec.com.br Revista Calçados do Espírito Santo 47 Thiago Lourenço Já foram oferecidos cursos como costureiro de calçados, montagem e acabamento de calçados e manutenção em máquinas de costura e calçados Escola de Corte e Costura capacita mão de obra no sul do Estado Iniciativa que reúne Sindicalçados, Findes e Senai já matriculou 641 pessoas em quatro anos Qualificar e aperfeiçoar a mão de obra para a indústria de calçados do sul do Espírito Santo. Este é o objetivo do projeto Escola de Corte e Costura, idealizado pelo Sindicalçados e oferecido pelo Sistema Findes, através do Senai-ES, nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim e Atílio Vivacqua, região sul do Estado. Desde 2010, o projeto já matriculou 641 pessoas em 48 Revista Calçados do Espírito Santo cursos como costureiro de calçados, montagem e acabamento de calçados e manutenção em máquinas de costura e calçados. Cachoeiro é o município que mais recebeu os cursos, com 547 alunos passando pelas salas de aula nos últimos três anos, a grande maioria para Corte e Montagem de Calçados. Segundo a gerente da Divisão de Educação Profissional do Sesi/Senai, Zilka Teixeira, além de muito oportuna, a ação tem se revelado bastante produtiva. “Para 2014, a tendência é que o projeto se expanda mais, atendendo o setor calçadista e de confecção em Cachoeiro de Itapemirim e nos arredores”, diz. Zilca explica que a demanda pela qualificação profissional foi oficializada ao Senai no ano de 2010 e que imediatamente buscou-se a elaboração de um plano de cursos que atendesse a demanda de formação de mão de obra para o setor. Necessidade Na visão do aluno Tarsis Ribeiro, 28 anos, foi uma das funcionárias da GM Calçados que participou do curso de Costureira na Escola de Corte e Costura. Há alguns anos na empresa, ela viu nas aulas de capacitação uma oportunidade para crescer profissionalmente. “Eu tinha muita vontade e queria evoluir no emprego, ter uma profissão com salário melhor. A empresa me perguntou se tinha interesse e eu logo aceitei fazer”, diz. Hoje atuando como costureira de produção, Tarsis diz que já sabia costurar, mas o curso deu outra visão para o trabalho e ajudou a desenvolver a técnica que já possuía. “Depois que eu fiz as aulas, sinto que melhorei 100% a minha costura porque aprendi várias regras e técnicas que eu não conhecia”, afirma Tarsis. Um dos motivos do sucesso do curso, destaca Tarsis, é a estrutura e a qualidade dos professores. Segundo ela, a forma com que o curso é conduzido e oferecido, possibilita aos alunos tirarem o melhor de si e adquirirem o conhecimento necessário para se qualificar. “É tudo excelente, os professores são muito atenciosos, prestativos, tinha muita paciência conosco, o que é fundamental para quem está aprendendo. Além disso, toda a estrutura foi bem montada, com segurança, uniforme e equipamentos em ótima qualidade”, conta. Divulgação A necessidade de mão de obra qualificada não é nenhuma novidade para o setor calçadista. O déficit de profissionais capacitados é apontado como uma das principais dificuldades que a indústria capixaba possui em viabilizar um maior crescimento da indústria no Espírito Santo, que produz em média 39 mil pares por dia, chegando a mais de 14 milhões de pares por ano. O segmento, que gera 1900 empregos diretos e 2000 indiretos, é uma das principais atividades econômicas da região sul do Estado. De acordo com Sebastião Ailton Marques, da empresa GM Calçados, a Escola de Corte e Costura está sendo essencial para a qualificação de seus funcionários, tanto que a empresa participa em média de quatro cursos por ano. “A capacitação atende o nosso maior gargalo que é a falta de pessoal com qualificação específica para o trabalho. Sem essa ação, ficaria inviável levar os funcionários para se prepararem melhor”, explica ele. Marques revela que atualmente possui 12 funcionárias que passaram de armadeiras para costureiras em sua fábrica e outras três que são recém-formadas nos cursos. Marques conta ainda que o aproveitamento dos alunos que participam é bom, com cerca de apenas 20% de desistência, mas lembra aos empresários que é importante ter paciência com os alunos que participam do projeto. “É fundamental lembrar que são pessoas que estão aprendendo e não se deve colocar tanta cobrança neles. Não dá para aproveitar 100% dos funcionários, mas é o melhor caminho e é o que tem nos abastecido, servindo como um importante ponto de apoio”, afirma. Tarsis Ribeiro, funcionária da GM Calçados, percebeu melhora em sua costura após buscar qualificação na Escola de Corte e Costura do Sindicalçados Revista Calçados do Espírito Santo 49 evento Couromoda 2014 abre ano com vendas expressivas Expectativa de crescimento do setor em 2014 é de 3,5% em relação ao ano anterior A 41ª edição da Couromoda, maior feira de calçados e acessórios de moda das Américas, teve seu encerramento no dia 16 de janeiro, em São Paulo, marcado por vendas positivas para o setor. O evento abriu o calendário 2014 de negócios do setor de calçados e recebeu 79 mil lojistas (35 mil visitantes únicos) de todo o Brasil, importadores e empresários, que puderam conhecer as novidades de 2.000 coleções de calçados, bolsas e acessórios – veja flashes na página 52. Levando-se em conta o momento econômico do início de 2014, os negócios fechados e encaminhados durante os quatro dias do evento revelaram uma visitação expressiva e de alta qualidade. Para o presidente da Couromoda, Francisco Santos, “este cenário abre perspectivas de um bom ano de negócios, com possibilidade de crescimento de 3,5% sobre a produção do ano anterior, que foi de 864 milhões de pares”. A valorização do dólar frente ao real também contribuiu para aguçar novamente o interesse de compradores internacionais, e a Couromoda registrou nesta edição importadores de 66 países, o que demonstra sinal positivo para as exportações de produtos 50 Revista Calçados do Espírito Santo com maior valor agregado. Negócios Empresas expositoras de todas as regiões do País comemoraram bons negócios fechados na Couromoda. Do Espírito Santo, partiu uma comitiva de 450 pessoas, a bordo de quatro ônibus. Na avaliação do presidente do Sindicalçados, Altamir Martins, a Couromoda contribui com o setor capixaba por apresentar as tendências e os lançamentos para o inverno 2014, que deverão chegar nas lojas a partir do mês de maio, além de repor o estoque de produtos da moda verão. “Cerca de 35% das vendas anuais do setor são iniciadas ou encaminhadas durante o evento. Trata-se do pontapé inicial do ano para os lojistas, visto que na Couromoda se inicia o ano produtivo das principais marcas brasileiras. Em termos de negócios e lançamentos de tendências, apresenta um panorama geral do setor e nos permite projetar o restante do ano”, explica. Com 100% de suas expectativas atingidas, o empresário Jorge Bischoff, dono da marca de mesmo nome, bateu recorde de vendas já no primeiro dia. “Atendemos lojistas de todo o país e também garantimos exportações para os cinco continentes, fortalecemos laços com vários dos 40 países com os quais trabalhamos. A Couromoda é uma feira efetiva para fechar negócios e vender sapatos”, definiu Bischoff. Com estande sempre movimentado, a marca Luiza Barcelos também registrou alto número de pedidos durante a Couromoda. “Fizemos novos clientes, fechamos muitas vendas, inclusive para os Estados Unidos e Rússia. Acredito que o fechamento das vendas da feira vai revelar um crescimento considerável em relação à edição de 2013”, disse Marina Trivelatto, coordenadora de estilo da Luiza Barcelos. Para a Wirth, marca com 60 anos de tradição na produção de calçados, as vendas também foram aquecidas. “O crescimento de negócios girou em torno de 20%”, comemorou o diretor Fernando Wirth. Já a Beira Rio, uma das maiores indústrias de calçados do país, aproveitou a feira para consolidar suas posições de vendas e confirmar a entrada em operação, no 2º semestre, de uma nova unidade industrial na cidade de Candelária (RS). Divulgação Feira que abre o calendário de eventos de 2014 do setor calçadista recebeu 35 mil visitantes “Utilizando mão de obra de excelente qualidade, a fábrica acrescentará um volume significativo de pares à já alta produção da empresa, disse Maribel Silva, diretora de marketing da Beira Rio”. A próxima edição da Couromoda já está confirmada para 11 a 14 de janeiro de 2015. Retomada das exportações A alta do dólar e a continuidade das ações de promoção comercial devem oportunizar a retomadas das exportações brasileiras de calçados em 2014. Com isso, é possível que a receita dos embarques volte a aproximar-se de US$ 2 bilhões ao ano nos próximos anos. A boa notícia foi dada pelo presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, durante entrevista co- letiva realizada no dia 15 de janeiro, na Couromoda, que teve a presença de jornalistas estrangeiros. Conforme Klein, a atual cotação do dólar (considerada adequada pela entidade, mas que deve melhorar, segundo previsões dos economistas) permite a formação de preços competitivos para as operações dos calçadistas no mercado internacional, o que deve resultar no imediato fechamento de novos negócios. O presidente-executivo da Abicalçados aposta num crescimento linear das exportações para mais de 150 países, que, mesmo tendo reduzindo os volumes, não deixaram de comprar do Brasil nos últimos anos. “Isso é algo positivo, pois indica uma certa fidelidade por parte dos clientes internacionais, que apenas diminuíram as compras em função dos preços mais altos praticados pelos fornecedores brasileiros”, afirma. Heitor Klein destaca que o ímpeto exportador dos empresários calçadistas este ano será favorecido pelo trabalho de promoção comercial que vem sendo realizado há 12 anos, que privilegia a venda de produtos com marcas próprias e de maior valor agregado, a diversificação de mercados e a valorização da imagem institucional do Brasil como fornecedor de calçados para o mercado global. Atualmente, os produtos made in Brasil são comercializados em mais de 150 países, número cerca de 50% superior ao do início das ações de marketing no exterior, o que indica a assertividade das estratégias que vêm sendo adotadas. Reserve a data A Couromoda 2015 está marcada para acontecer de 11 a 14 de janeiro, nos pavilhões do Expo Center Norte, em São Paulo (SP). Revista Calçados do Espírito Santo 51 Fotos: StudioF Imagem/ Agência Preview / JR Comodo. Abertura Couromoda 2014: Importância do setor calçadista para a economia do país foi destaque nos pronunciamentos. Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou da Abertura Oficial da Couromoda e foi recebido pelos dirigentes da feira, Waleska e Francisco Santos. Em jantar que reuniu expositores da Couromoda e lideranças setoriais, Carlos Ajita (diretor do Grupo Ajita), Roberto Argenta (presidente da Beira Rio), Marconi Mathias (Calçados Itapuã - indústria e rede de lojas) e Antoniel Lordelo (presidente da Ablac). Cônsules Couromoda no jantar que reuniu representantes comerciais de todo Brasil. Heitor Klein, presidente da Abicalçados, fala para os jornalistas brasileiros e Revista Calçados do Espírito estrangeiros sobre os desafios e conquistas do Santo setor calçadista. Gabriela Baumgart (diretora do Complexo Cidade Center Norte), Waleska Santos (vice-presidente da Couromoda) e Kirsten Deutemolser (diretora da feira GDS - International Event for Shoes & Accessories). 52 Revista Calçados do Espírito Santo 53 Iniciativa criada em 2010 já recebeu personalidades como Jonice Tristão (segundo, da esquerda para a direita) Contando Histórias que ajudaram a construIR o ES Projeto do Cindes faz um resgate histórico da construção do Estado a partir do ponto de vista de personalidades capixabas O projeto Contando Histórias é realizado pelo Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes) e tem o objetivo de fazer um resgate histórico sob o ponto de vista de pessoas que vivenciaram e participaram da construção do Estado, mediante suas referências e seu imaginário. De outubro de 2010 a novembro de 2012, dez personalidades passaram pelo projeto para contar suas lembranças. Do político ao jornalista, do escritor ao empresário e executivo, todos eles fizeram e fazem parte da memória viva do Espírito Santo. Foram nomes como Gerson Camata, Cacau Monjar- 54 Revista Calçados do Espírito Santo dim e Élcio Álvares. Todos os depoimentos da primeira temporada foram gravados e estão registrados num livro que tem o mesmo nome do projeto, lançado em junho de 2013. Com novo cenário e o formato descontraído que fez sucesso na primeira temporada, a nova edição do projeto começou em 2013, com o jornalista Hélio Dorea. O segundo contador foi o empresário Jonice Tristão. Ao final de cada evento, o “contador de histórias” da noite recebe uma homenagem do Sistema Findes. A obra, intitulada “O Contador de Histórias” é uma escultura em bronze do renomado artista plástico Penithência. Idealizado pelo ex-presidente da Findes, Lucas Izoton, e mantido na gestão Marcos Guerra, o Contando Histórias é realizado por meio do Cindes. A entidade integra socialmente os empresários, propiciando troca de informações, debates, lazer e cultura, difundindo o conhecimento e intercâmbio de ideias e informações, auxiliando assim o desenvolvimento de empreendedores para o futuro e se posicionando frente aos diversos projetos voltados para a indústria local. Cecilia Milaneze Elcio Alvares QUEM CONTOU HISTÓRIAS Fotos: Comunicação Findes Helcio Rezende Dias José Armando Helio Dorea Guia empresarial Indústria de Calçados e Acessórios do Espírito Santo Revista Calçados do Espírito Santo 57 A ABT Tudo em Brindes Ltda. ABT Tudo em Brindes Ltda. Aviabras Indústria e Comércio Ltda. ADB Bergamini - Indústria e Comércio de Bolsas Blue Leather Bag Comércio e Artesanatos Ltda. Av. Carlos Lindenberg, 3165, Pavimento 1 - Sala 101, Nossa Senhora da Penha Cep: 29110-175, Vila Velha Rua Campos do Jordão, 32 Quadra 44 - 2º Pavimento, Marcílio de Noronha Cep: 29135-000, Viana Ademar Guss Rua Soldado Antônio Faria, 31 - Pavimentos 1 e 2, Parque Moscoso Cep: 29018-150, Vitória Ademir de Souza Fernandes Com. e Ind. de Bolsas HAD Rua Apóstolo São Paulo, 410, Santo André Cep: 29032-312, Vitória Contato: Ademir de Souza Fernandes Telefone: (27) 3322-2926 E-mail: [email protected] Adilson Luiz Tozatto Avenida Ibiraçu, 192, Shell Cep: 29901-510, Linhares Rua Judith Castelo Leão, 85, São Lourenço Cep: 29176-860, Serra Boni Indústria de Comércio Ltda. Avenida Ministro Salgado Filho, 1183 B, Soteco Cep: 29106-010, Vila Velha Contato: Juliano Telefone: (27) 3229-4494 E-mail: [email protected] Site: www.bonibolsas.com.br Brasluvas Indústria e Comércio Ltda. Rua Santa Priscila, 28, Maria Ortiz Cep:29070-590, Vitória Contato: Eloyzio Cuzzuol Telefone: (27) 3327-5270 E-mail:[email protected] Brito e Cia Ltda. Alexandre Nonato de Oliveira Rua Valdivino Vieira, 153, Glória Cep: 29122-010, Vila Velha Contato: Antônio Tavares Azevedo Telefone: (27) 2104-0555 E-mail: [email protected] Site: www.pimpolho.com.br All Bag - Indústria e Comércio de Bolsas e Brindes Ltda. BYL E KA Bolsas Indústria Confecção Ltda. Rua São Pedro, 100, Alvorada Cep: 29117-350, Vila Velha Rua Campos do Jordão, 32, Quadra 44, 1º pavimento, Marcílio de Noronha Cep: 29135-000, Viana Altoé e Vargas Ltda. Avenida Goiânia, 08, Chac. 08 e 10, Serra Dourada II Cep: 29171-201, Serra AS Lima - J A Bolsas Rua Monte Belo, 18 A, Cruzeiro do Sul Cep: 29144-230, Cariacica 58 Rua Aristóteles Menicucci, 43, Fundos, Waldir Furtado Amorim Cep: 29313-185, Cachoeiro de Itapemirim Revista Calçados do Espírito Santo Rua Cláudio Saqueto, 354 B, Sala 01, Nossa Senhora Aparecida Cep: 29703-740, Colatina C.L. Bahia Areza Calcados Rua Sete de Julho,120, Térreo, Bela Vista Cep: 29027-410, Vitória C.R.Z Confecções Ltda. Avenida Vitória, 471, Subsolo, Maria das Graças Cep: 29705-115, Colatina D Deide Aparecida Bergamim Dutra Fernandes Calçados Itapuã S/A Avenida Aristides Campos, 250, Gilberto Machado Cep: 29300-900, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Adalton Leoncio Júnior Telefone: (27) 2124-7775 E-mail: [email protected] Calçados Itapuã S/A Copertine Industria Ltda. Avenida Ângelo Altoé, 2040, Bananeiras Cep: 29375-000, Venda Nova do Imigrante Contato: Marllus Axer Telefone: (28) 3546-6276 E-mail: [email protected] Site: www.protercapas.com.br Avenida Aristides Campos, 250, Fundos, Gilberto Machado Cep: 29300-900, Cachoeiro de Itapemerim Couro Come Comércio Indústria Ltda. Capixaba Couros Ltda. Couroada Comercial e Representações Ltda. Rua Projetada, 30, Industrial Cep: 29730-000, Baixo Guandu Contato: Fernando Moura Telefone: (27) 3732-1251 E-mail: [email protected] CAS Confecção do Vestuário e Acessórios Ltda. Avenida Ministro Salgado Filho, 1192, Andar 1, Soteco Cep: 29106-010, Vila Velha Catiana T da Silva Paula Confecções de Bolsas Rua Romano Paschoal, 125, Andar Alto, São Sebastião Cep: 29460-000, Bom Jesus do Norte Célio Alvarenga de Freitas Rua São Pedro, 160, Novo Horizonte Cep: 29163-300, Serra Sítio Juparana, s/n, Córrego da Saúde Cep: 29927-000, Sooretama Couronorte Ind. e Com. Exportação e Importação Ltda. Rua Projetada, s/n, Distrito Industrial Cep: 29730-000, Baixo Guandu Curtume Juparanã Ltda. Sítio Juparana, s/n, Córrego da Saúde Cep: 29927-000, Sooretama D. O. Shiavo Rua Rosa Ribeiro, 01 B, Vila Rica Cep: 29301-280, Cachoeiro de Itapemirim D Boldrini Rua Frederico Arthur Loss, 133, Moacir Brotas Cep: 29701-690, Colatina Rua Horácio Piassi, 320, Lotes 27, 28, 29 e 30 - Loja 02, Santa Bárbara Cep: 29360-000, Castelo Clima Indústria de Calçados Eireli Delically Calçados Finos Ltda. Rodovia 489, Amapa, Centro Cep: 29490-000, Atilio Vivacqua Contato: Carlos Alexandre Correa Telefone: (28) 3538-1323 E-mail: [email protected] Comércio de Couros Venova Ltda. Rodovia Pedro Cola, 1667, Providencia Cep: 29375-000, Venda Nova do Imigrante Rua Santa Cruz, 55, loja B, Glória Cep: 29102-930, Vila Velha Deide Aparecida Fernandes Bergamim Dutra Rua Martinho José dos Reis, 217, Centro Cep: 29770-000, Mantenópolis Revista Calçados do Espírito Santo 59 d Donatti e Castagna Ltda. Donatti e Castagna Ltda. Avenida Carlos Lindemberg, 3165, Sala 201, Nossa Senhora da Penha Cep: 29108-335, Vila Velha Duarte Villar Indústria de Artefatos Ltda. Rua Pedro Pereira Fonseca, 24, Sala 201, Santa Lúcia Cep: 29056-280, Vitória Ducouro Industrial e Comercial S/A Rodovia BR 262, s/n, km 3, Pavimento 1, Campo Grande Cep: 29146-901, Cariacica Contato: Dalzira Barbosa Telefone: (27) 3089-0422 E-mail: [email protected] Site: www.ducouro.com.br E de Oliveira Hammer Confecções Rua Manoel Bandeira, 520, Ataíde Cep: 29119-210, Vila Velha E Teixeira Machado Rua Honorina de Oliveira Silva, 15, Ferroviários Cep: 29308-060, Cachoeiro de Itapemirim Edson Mendes Lopes Rua Joaquim Miranda Silva, 20, 1º andar, Itanguá Cep: 29149-780, Cariacica Contato: Edson Mendes Lopes Telefone: (27) 3336-9137 E-mail: [email protected] Elaine de Oliveira Pereira Rua Tenente Antônio Pereira, 160, Vila Garrido Cep: 29116-220, Vila Velha Elmar Confecções Ltda. Rua Aimorés, 20, loja 02, Aquidaban Cep:29308-370, Cachoeiro do Itapemirim Elton Rodrigues Torres Rua Beira Alta, 44, São Marcos I Cep: 29177-121, Serra 60 Revista Calçados do Espírito Santo Evabras Indústria e Comércio Ltda. Rua Joacyr Pereira, s/n, Zona Rural Cep: 29480-000, Muqui Contato: Acácio Esquetine Telefone: (28) 3521-5080 E-mail: [email protected] Exoticapergaminho Couros e Peles Ltda. Rua 2, lote 16, Distrito Industrial Cep: 29285-000, Piúma Contato: João José Telefone: (28) 3520-3008 E-mail: [email protected] Site: www.exoticapergaminho.com Fabiana Carvalho Almeida Neves Rua Aymorés, 66 Frente, Lagoa do Meio Cep: 29904-130, Linhares Felipe Alves Mota Rua Romero Lofego Botelho, 151, Loja 01, Praia da Costa Cep: 29101-063, Vila Velha Flor do Campo Indústria e Comércio de Estofados Ltda. Rua do Lirios, 110, Santo André Cep: 29144-666, Cariacica Forms Indústria e Comércio de Calçados Ltda. Rua Projetada, s/n, Quadra Poliesportiva, Caixa Postal 031, Alto Niterói Cep: 29490-000, Atílio Vivácqua Contato: Christiano Marques da Rocha Telefone: (28) 3521-4119 E-mail: [email protected] Francoase A. T. Sian Bolsas e Acessorios do Vestuário Rua Castro Alves, 210, Andar 1, Adélia Giuberti Cep: 29702-805, Colatina j J. J. Ferreira Confecções Frassi Indústria de Calçados Ltda. Rua Belas Artes, 40, Aribiri Cep: 29120-305, Vila Velha Contato: Eusana Sílvia Telefone: (27) 3339-1437 E-mail: [email protected] GM Calçados Indústria e Comércio Ltda. Rua Aristoteles Menicucci, 62, bloco 01, Waldir Furtado Amorim Cep: 29313-810, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Sebastião Ailton Telefone: (28) 3521-4119 E-mail: [email protected] [email protected] Gabilu Indústria e Comércio de Bolsas e Acessórios Ltda. Avenida Olívio Lira, 96 Térreo, Centro Cep: 29100-450, Vila Velha Garra Indústria e Comércio Ltda. Rodovia BR 262, s/n, km 03, 1º pavimento, Campo Grande Cep:29146-901, Cariacica Contato: José Augusto Telefone: (27) 3089-0422 E-mail: [email protected] Genedyr Correia Rua Cristóvão Colombo, 130, Térreo, Vila Amélia Cep: 29706-330, Colatina Girlane Vieira dos Santos Rua Vasco Fernandes Coutinho, 65, Pavimento 3, Novo Porto Canoa Cep: 29167-589, Serra H & H Indústria e Comércio de Bolsas Ltda. Rua Ana Toledo, 6, Andar 2, São Francisco Cep: 29145-460, Cariacica HG Indústria e Comércio de Bolsas Ltda. Avenida Abdo Saad, 3080, Jacaraípe Cep: 29173-510, Serra Indústria de Calçados Linha Livre Ltda. Avenida Cariacica, 20, Prolar Cep: 29154-840, Cariacica Indústria de Calçados Sabrina Ltda. Avenida Padre Acácio Valentim de Moraes, 1500, Ayrton Senna Cep: 29705-590, Colatina Indústria de Calcados Tendencia Ltda. Rua Um, 290, Pro Lar II Cep: 29154-754, Cariacica Indústria e Comércio de Artefatos de Couro Simonassi Ltda. Avenida Doutor Valério, s/n, Quadra 017, Lote 0106, Unidade 1, Centro Cep: 29785-000, Vila Valério Indústria e Comércio de Calçados Eplana Ltda. Rua Antero Santos França, 01, Nova Brasília Cep: 29301-818, Cachoeiro de Itapemirim Iraci Cordeiro Costa Sítio Cupido, s/n, Juerana A Cep:2997-000, Sooretema J E B da Costa Rua Walter Schuwan, 10, 2º piso, Vila Rica Cep: 29310-260, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Ernane Barcelos Telefone: (28) 3522-0777 E-mail: [email protected] [email protected] J. C. O. dos Santos Córrego Trevo de Iúna, s/n, BR 262, km 170, Zona Rural Cep: 29395-000, Ibatiba J. J. Ferreira Confecções Rua Aimorés, 20, Aquidaban Cep: 29308-370, Cachoeiro de Itapemirim Revista Calçados do Espírito Santo 61 j J Vieira Calçados Vieira J Vieira Calçados Vieira Rua Walter Shwan, 23/31, Vila Rica Cep: 29301-015, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Joel Vieira Telefone: (28) 3522-7387 E-mail: [email protected] J.A. Indústria e Comércio Ltda. Avenida Rio Branco, 1083, Loja 01, Praia do Canto Cep: 29055-642, Vitória JBS S/A Rua Projetada, 40, Distrito Industrial Cep: 29730-000, Baixo Guandu Jeniffer F. Villar Coelho Indústria de Artefatos Rua Pedro Pereira Fonseca, 24, sala 201, Santa Lúcia Cep: 29056-280, Vitória Jodefi Indústria e Comércio de Calçados Ltda. Rua Virgílio José Alves, 13, Ibitiquara Cep: 29307-172, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Degazito Fideles Telefone: (28) 3517-0641 José Aníbal Fernandes Rodovia Serafim Derenze, 3530, 2º andar, Fundos, Conduza Cep: 29033-020, Vitória Contato: José Aníbal Telefone: (27) 3233-2547 Julião & Chaves Ltda. Rua Sete de setembro, 170, Centro Cep: 29015-000, Vitória Contato: João Julião Telefone: (27) 3223-2158 E-mail: [email protected] Kleaner indústria e Comércio de Calçados Ltda. Avenida Alexandre Buaiz, 182, Ilha do Príncipe Cep: 29020-300, Vitória 62 Revista Calçados do Espírito Santo L. C. Brumatti Avenida São Paulo, 180, fundos, Aviso Cep: 29901-150, Linhares Laboratório de Prótese Dentária VIP Avenida Nossa Senhora da Penha, 565, Loja 22, Santa Lúcia Cep: 29055-131, Vitória Lebana Acessórios Ltda. Rua Oswaldo de Andrade, 7, Pavimento 2, Boa Vista I Cep: 29102-670, Vila Velha Legg’s Indústria e Comércio de Bolsas Ltda. Avenida Rufino de Carvalho, 314, Loja B, Shell Cep: 29901-505, Linhares Linda Bolsas Indústria e Comércio Ltda. Rua Francisco Assumpção de Carvalho, 87, Santa Inês Cep: 29123-600, Vila Velha Lindalva Alves Ramos Rua São Carlos, 03, São Francisco Cep: 29145-390, Cariacica Lindinalva Rodrigues dos Santos Avenida João XXIII, 680, Dom José Dalvit Cep: 29931-180, São Mateus Luceni do Espírito Santo Pessoa Avenida Duarte Lemos, 211, Sala 107, Vila Rubim Cep: 29025-220, Vitória Lune Calçados Indústria e Comércio Ltda. Rua João Bosco Fiório, 4, Marbrasa Cep: 29313-655, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Neurisete Ferreira Telefone: (27) 3517-8576 E-mail: [email protected] M & M Benevenuto Ltda. Rua Nossa Senhora dos Milagres, 27, Zumbi Cep: 29302-020, Cachoeiro de Itapemirim Mundo do Cavalo Indústria e Comércio Ltda. M A M Saes - Indústria e Comércio Rua B5, 171, 3º Andar, Conjunto Carapina I Cep: 29160-307, Serra M. C. Almeida Gomes Rua Santa Terezinha, 757, 2º andar, Cristóvão Colombo Cep: 29106-570, Vila Velha m Maridith Indústria e Comércio de Calçados Ltda. Rua Walter Schuwam, 10, Vila Rica Cep: 29301-260, Cachoeiro de Itapemirim MIC Calcados Indústria e Comércio Ltda. Rua São Roque, 09, Térreo, São Francisco Cep: 29145-387, Cariacica Rua Aristóteles Menecucci, 62, Bloco 02, Waldir Furtado Amorim Cep: 29313-810, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Marilza Rios Teixeira Telefone: (28) 9991-4363 / 3521 4119 E-mail: [email protected] M.J Sanches Canoa Quebrada Michely Vieira Santos M. da Penha R. Dias Rua Eduardo dos Santos, s/n, Sala 5B, Loja 4, Andar 1, Vila Rubim Cep: 29025-160, Vitória Marb Indústria e Comércio de Calçados Ltda. Rua Rosa Ribeiro, 04, Vila Rica Cep: 29301-280, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Alessandro Neves Bandeira Telefone: (28) 3511-4424 E-mail: [email protected] Maria Aparecida Thomazini Rodovia Boa Esperanca a Santo Antônio, s/n, Polo Industrial Cep: 29845-000, Boa Esperança Maria Pimenta Comércio e Calçados Ltda. Ladeira Doutor Gerson da Silva Freire, 202, Ipiranga Cep: 29201-070, Guarapari Contato: Leandro Lemos Telefone: (27) 3362-6870 E-mail: [email protected] Mariane de Souza Rodrigues Rua Alcebíades Sarmento, 25, Fundos/Térreo, Luiz T. da Fonseca Cep: 29303-160, Cachoeiro de Itapemirim Rua Duarte Carino de Freitas, 73, Térreo, Nossa Senhora da Penha Cep: 29110-120, Vila Velha Contato: Roberta Miranda Vieira Santos Telefone: (27) 3391-1889 E-mail: [email protected] Millenium Art, Bolsas Personalizadas Ltda. Rua Mafalda Galimberti, 201, Vila Lenira Cep: 29702-370, Colatina Millennium Calçados Indústria e Comércio Ltda. Rua Walter Schuwan, 10, Térreo, Vila Rica Cep: 29301-260, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Solange Machado Costa Telefone: (28) 3511-1397 E-mail: [email protected] Monte Carlo Indústria e Comércio do Vestuário Ltda. Rua Dona Maria Rosa, 327, Bomba Cep: 29045-370, Vitória Mundo do Cavalo Indústria e Comércio Ltda. Avenida João XXIII, 680, Dom José Dalvit Cep: 29931-180, São Mateus Revista Calçados do Espírito Santo 63 n N A Dian N A Dian Rua Aristóteles Menicucci, s/n, BNH Cep: 29308-843, Cachoeiro de Itapemirim Navalhas Cachoeiro Ltda. Rua Deca Correia 20 Nossa Senhora da Glória Cep: 29310-000, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Jorge Marcos Tel: (28) 3522-1163 Nillu’s Indústria Ltda. Avenida Ademar Vieira da Cunha, 1215, Vila Nova Cep: 29390-000, Iúna Nova Aliança Ltda. Avenida Theodorico Ferraço, 33, Gilson Carone Cep: 29310-566, Cachoeiro de Itapemirim Oceania Indústria e Comercio de Calçados Ltda. Rua Manoel Fonseca, 22, Fundos, 4 andar B, Ferroviários Cep: 29308-010, Cachoeiro de Itapemirim Ortopedia Alexandrina Ltda. Rua Bernardino Monteiro, 34, Centro Cep: 29018-080, Vitória Contato: Sérgio Ventura Telefone: (27) 3222-7519 E-mail: [email protected] 64 Revista Calçados do Espírito Santo Ortopedia Gonçalves Pereira Indústria e Comércio Ltda. Rua Hermes Curry Carneiro, 576, Pavimento 01, Monte Belo Cep: 29053-202, Vitória Contato: Pedro Paulo Telefone: (27) 3222-4563 E-mail: [email protected] Paraíso Bordados Ltda. Rua Pedro Rizzo, s/n, Lote 70, Paraiso Cep:29304-064, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Cleotônio Tel: (28) 3517-5043 E-mail: [email protected] Pimpolho Produtos Infantis Ltda. Rua Fernando Antônio, 13, Dom Bosco Cep: 29147-330, Cariacica Contato: José Tavares de Azevedo de Brito Tel: (27) 2104-0591 E-mail: [email protected] P. R. de Souza Calçados Avenida Santa Leopoldina, 2300, Coqueiral de Itaparica Celp: 20102-040, Vila Velha Contato: Paulo Roberto de Souza Tel: (27) 3319-4221 e-mail: [email protected] s Subene Indústria e Comércio de Calçados Ltda. Protercapas Ltda. Sapataria Paulista R. A. de Souza Indústria SBP Indústria e Comércio Ltda. Avenida Ângelo Altoé, 2040, Loja 01, Bananeiras Cep: 29375-000, Venda Nova do Imigrante Contato: Eliana Clemente Machado Telefone: (28) 3546-6276 E-mail: [email protected] Rua Antônio Pereira, 18, Andar 03, Vila Garrido Cep: 29116-220, Vila Velha Contato: Renato Tel: (27) 3326-4531 Email: [email protected] Realce Representações Ltda. Rua Frederico Ozanan, 519, Santa Tereza Cep: 29026-846, Vitória Contato: Altamir Alves Martins Telefone: (27) 3343-0449 / 3323-3692 Email: [email protected] Record Couros Ltda. Sítio São José, s/n, Córrego da Saúde Cep: 29927-000, Sooretama Revaro Indústria e Comercio Ltda. Rua Projetada, s/n, Aeroporto Cep: 29312-178, Cachoeiro de Itapemirim Risioneth Guariza Ribeiro Avenida João Quiuqui, s/n, Centro Cep: 29795-970, Águia Branca Rosilda Kinake Nogueira Mirra Essência da Moda Rua São Jorge, 62, 1º andar, Itacibá Cep: 29150-140, Cariacica SAES Indústria e Comércio de Material Esportivo Ltda. Rua Rio Itabapoana, 42, Hélio Ferraz Cep: 29160-548, Serra Contato: Ademir Saes Telefone: (27) 3238-0057 E-mail: [email protected] Avenida Brasil, 310, loja 03, Novo Horizonte Cep: 29163-331, Serra Contato: Felipe Carias Email: [email protected] Telefone: (27) 3218-6114 Rua Goiânia, 05, Itapoã Cep: ,29101-780, Vila Velha Schettini Indústria e Comércio de Calçados Ltda. Fazenda São Francisco, s/n, Zona Rural Cep: 29480-000, Muqui Sebastião Cerqueira Gomes Rua Monteiro da Gama, 455, Centro Cep: 29500-000, Alegre Contato: Sebastião Gomes Selaria Arlu Ltda. Avenida Carlos de Medeiros, 590, Sede Cep: 29730-000, Baixo Guandu SMC Calçados Ltda. Rua Walter Shwan, 23/31, 1º andar, Vila Rica Cep: 29301-015, Cachoeiro de Itapemirim Stampo Industrial Ltda. Rua Maria Francisca de Oliveira, 80, Sala 01, Centro Cep: 29560-000, Guaçuí Stilos Indústria e Comércio de Calçados Ltda. Avenida Jones dos Santos Neves, 1062, Agostinho Simonato Cep: 29311-743, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Romário Abílio Telefone: (28) 3521-5226 E-mail: [email protected] Subene Indústria e Comércio de Calçados Ltda. Rua Manoel Fonseca, 22, 4º Andar, R V J Alves 13, Ferroviário Cep: 29308-010, Cachoeiro de Itapemirim Revista Calçados do Espírito Santo 65 t Taisan Calçados Ltda. Taisan Calçados Ltda. Vice Versa Confecções Ltda. Top Calçados Ltda. Viflex Indústria e Comércio Ltda. Avenida Nossa Senhora da Consolação, 166, 3º piso, Vila Rica Cep: 29303-212, Cachoeiro de Itapemirim Rua Aristóteles Menicucci, 40, Bloco 04, Waldir Furtado Amorim Cep: 29313-810, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Assis Gonçalves Ferreira Telefone: (28) 3526-7988 E-mail: [email protected] V S Indústria e Comercio Ltda. Rua August Saint Hilaire, 748, Manguinhos Cep: 29173-000, Serra Valmir Oliveira de Melo Rua Tabelião Manoel Moraes, 29, subsolo, Pito Cep: 29390-00, Iúna Valdirene de Souza Coutinho Hilário Rua São João, 31, Comercial 3, Pavimento 1, Itacibá Cep: 29149-370, Cariacica Vestige Calçados Indústria e Comércio Ltda. Rua Aristóteles Menicucci, 40, Bloco 03, Waldir Furtado Amorim Cep: 29313-185, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Georges Silveira Hemerly Telefone: (28) 3518-6230 E-mail: [email protected] Vestsul Indústria de Calçados Ltda. Rua Aristóteles Menicucci, 62, Bloco 3-A, Waldir Furtado Amorim Cep: 29313-810, Cachoeiro de Itapemirim Contato: Elysangela Assis Vale Telefone: (28) 3518-6230 E-mail: [email protected] 66 Revista Calçados do Espírito Santo Rua Duarte Carino de Freitas, 73, Térreo, Nossa Senhora da Penha Cep: 29110-120, Vila Velha Rodovia BR 262, s/n, km 04, Campo Grande Cep: 29157-405, Cariacica Contato: Túlio Telefone (27) 3336-7066 W F Indústria Ltda. Rua Silva Savier, 42, 2º andar, Cristóvão Colombo Cep: 29106-460, Vila Velha Welder de Aquino Silva Rua Planalto, 133, 1º andar, Mata da Serra Cep: 29168-138, Serra Witangela S Francisco Av Carlos de Medeiros, 590 A, Centro Cep: 29730-000, Baixo Guandu Zarrano Indústria e Comércio de Calçados Ltda. Rua Castelândia, 251, Cobilândia Cep: 29111-310, Vila Velha associe-se O Sindicalçados oferece uma série de benefícios a seus associados, como: Assessoria jurídica, trabalhista e consultorias; Atendimento médico e odontológico (Sesi); Laboratório de análises clínicas a preços diferenciados; Capacitações; Escolas de ensino fundamental e médio, pós-graduação, entre outros. Informe-se sobre as vantagens que o Sindicalçados oferece a você e à sua família. Torne-se já um sócio da entidade. Mais informações pelo telefone (27) 3334-5686 e www.sindicalcados-es.com.br moda Por Camilla Caldeira Tendências em calçados para 2014 Certa vez, a apresentadora norte-americana Oprah Winfrey disse: “Eu ainda mantenho meus pés no chão, apenas uso sapatos melhores”. E não há nada de errado em querer mais e mais sapatos, mas são tantas lojas com prateleiras lotadas de modelos e grifes de todos os estilos que até mesmo a atriz Cláudia Raia poderia sentir que os 300 pares de sapato que possui não são o suficiente. Também não é um crime querer o melhor, o grande lance é que quando se trata de sapato e mulher-fã-de-sapato, não tem jeito: o melhor é sempre o da próxima coleção. Pensando em confortar o coração (ou melhor, os pés!) das indecisas, a ‘Revista Calçados do Espírito Santo’ traz um pouco do que as coleções de 2014 reservam para os seus pés. Assim como o sol ilumina o verão, os modelos que vêm na estação mais quente do ano estão bem coloridos e trazendo para os pés tendências que em 2013 marcaram as roupas, caso das estampas étnicas e o tropical, mas sem deixar de fora o tradicional e estiloso preto e branco. Quem promete mar- car presença nos pés das moças são os modelos metalizados, que trarão cores marcantes desde o verde-esmeralda às cores neon e tons pastéis. Os sapatos também ganharam destaque nos detalhes, que deram espaço para bordados, adornos e aplicações em pedraria. Ah, e os saltos? Quem vai pisar lindos e confortáveis nas calçadas e salões são os saltos-grossos. Mas calma, pois ainda tem muito mais. Enquadrado por muito tempo como ‘sapato da vovó’, os saltos mais grossos e quadrados foram se remodelando ao longo dos anos e conquistando cada vez mais espaço entre mulheres de todas as idades. Apesar de darem uma aparência mais ‘pesada’ à estética do calçado, esses modelos priorizam o conforto e a estabilidade. Por isso, são os aliados de quem tem o salto alto como peça obrigatória no look profissional, além de se tornarem verdadeiros salva-vidas das mulheres em festas e eventos sociais por várias horas. Nas coleções de inverno de 2013, esses ‘idosos’ se mostraram jovens tomando conta das passarelas e prometem se manter firmes e fortes durante este verão. O inverno 2014 traz algumas ten- dências que já tinham espaço no gosto das moças, mas que voltaram repaginadas este ano. Um velho e glamouroso conhecido que retorna este ano é o Scarpin, que sob o talento do estilista brasileiro Lino Villaventura pisou com ousadia no São Paulo Fashion Week – Coleções 2014, trazendo uma combinação harmônica nas estampas étnicas, principalmente indígenas, além de bordados em pedrarias tchecas. Outros modelos indicados são os de bico-fino em acabamento acetinado adotado pelo estilista Rodrigo Rosner. Outra marca deste inverno é a beleza selvagem, que trará estampas animalescas em vários estilos e ainda dará prioridade para a mescla de texturas como as peles de cobra, pelos de onça e listras de zebra. Pensando em suportar os dias mais frios e úmidos, quem aparece em todas as cores e saltos são os Botins e Botas Altas, os quais algumas empresas optaram por acabamentos em camurça. As slippers e sabrinas, que tiveram destaque nas coleções de 2013, acompanharão a moda com aplicações de fivelas laterais e estampas variadas. De estilo básico e raso, estes calçados também adotaram os acabamentos em metal e cores vivas para o inverno. Durante todo o ano, quem também dominará as prateleiras são sandálias de tiras finas, largas, com saltos mais grossos ou gladiadoras. Sapatos sem salto em tons coloridos e alegres, que podem ser usados em diversas ocasiões. Os calçados em modelo plataforma e Anabela também não ficaram de fora por serem casuais e modernos. E ainda, este ano os detalhes em transparência entraram em todos os modelos. Eles na moda O verão traz sapatos também para eles. Apesar dos tons básicos e formas clássicas não ficarem de fora do guarda-roupa, as coleções masculinas para este ano vêm com cores vivas e modelagens diferenciadas que transformam o visual sério dos homens e dão espaço para um look mais moderno e divertido, principalmente para o verão. Abotinados, tênis, chinelos, sandálias, mocassins, dock sides, oxfords e loafers estão no topo da lista de opções para eles. O sol e o calor ampliam o leque de possibilidades para uma série de materiais que irão compor os looks masculinos. Os tecidos e couros, juntamente com as fitas, jeans e materiais vinílicos fazem parte dos modelos que predominam na estação. Outra valorização será a presença de trabalhos manuais como o tressê. Os solados da temporada priorizaram o conforto e flexibilidade para os pés, apostando na tendência das ‘solas coloridas’. As modelagens para a estação trazem dianteiras arredondadas desde os modelos mais largos aos mais estreitos. Além disso, a ousadia nos adornos também não ficou de fora e apostou nos pelos, spikes, correntes e fechos. lOUCA POR SAPATOS Ludmylla Altoé é jornalista, personal stylist e editora do blog www.loucapormoda.com Que tipo de consumidor você é? Que tipo de consumidor de calçados é você: multiplicador, seguidor, funcional ou independente? Em 2013, o Núcleo de Inteligência de Mercado do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) divulgou um estudo sobre o Comportamento de Compra do Consumidor de Calçados. O material foi feito a partir de entrevistas com 3.260 pessoas para que fabricantes e varejistas do setor possam adotar ou rever suas estratégias de negócios. A partir das informações coletadas, foram elaborados quatro perfis. Veja abaixo em qual caso você se enquadra: FUNCIONAL (53,6%) O consumidor funcional é aquele que escolhe seus sapatos de acordo com o que já possui. Prático, busca realizar compras em épocas de liquidações. SEGUIDOR (25,1%) Esse grupo adquire os produtos no auge de sua venda e gosta de estar na moda. Consome por impulso. INDEPENDENTE (20%) O consumidor independente é aquele que consome calçado em último caso, impulsionado pela necessidade. MULTIPLICADOR (1,3%) Desse grupo fazem parte as pessoas que adoram novidades, buscam status e identidade por meio dos calçados que possuem. São promotores do crescimento de vendas de produtos inovadores. A tabela a seguir mostra o peso que diversas motivações tem em cada grupo. Para conhecer o estudo completo, acesse o site www. iemi.com.br. MOTIVO DE COMPRA MULTIPLICADOR FUNCIONAL SEGUIDOR INDEPENDENTE Substituir uma peça antiga 5,6% 26,6% 20,1% 36,8% Queria me dar um presente 22,2% 22,7% 21,7% 18,7% Faltava um produto como este em meu armário 27,8% 18,6% 16,3% 21,0% Vontade de me sentir bonito(a)/ bem vestido(a) 25,0% 13,8% 22,6% 9,1% Uma festa ou um evento especial (viagem, casamento, etc.) 13,9% 12,0% 13,3% 11,1% Comprei por impulso 5,5% 5,8% 5,4% 2,9% Um(a) amigo(a) comprou e eu quis igual 0,0% 0,5% 0,6% 0,4% Fonte: IEMI 70 Revista Calçados do Espírito Santo Calçados fazem um bilionário Ao ouvirem o nome Grendene, é bem provável que a maioria dos brasileiros o relacione a uma marca de sapatos ou à modelo Gisele Bündchen. A partir de 2014, o sobrenome que batiza a empresa de capital aberto sediada no Rio Grande do Sul também será associado à uma fortuna bilionária. É que a Revista Forbes, publicação americana que divulga uma lista com os bilionários do mundo, identificou seis novos integrantes brasileiros e um deles é Alexandre Grendene Bartelle, dono de 41% da empresa. Mesmo não tendo a fábrica de calçados como seu único negócio, visto que o empresário também atua nos setores de móveis, hotéis e produção de açúcar, é inegável a contribuição da Grendene na construção de seu patrimônio – estimado em US$ 1,4 bilhão. Só a linha de sandálias assinada por Gisele vende até 25 milhões de pares por ano e responde por 60% das exportações anuais, que em 2013 geraram US$ 250 milhões para a empresa. O consumo Se confirmadas as estimativas do Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope Inteligência, os brasileiros gastaram mais de R$ 40 bilhões com calçados em 2013, crescimento de 10% em relação a 2012. De acordo com o instituto, o consumo per capita é de cerca de R$ 245, sendo a classe C a maior consumidora, respondendo por 42% do consumo total, seguida pelas classes B (40%), A (10%) e D e E (8%). Curiosidade Quantas cevadas você calça, 35 ou 36? A pergunta parece estranha à primeira vista, mas foi assim que surgiu a numeração de calçados, na Inglaterra, durante o século 14. Na época, o rei Eduardo I decretou que fosse considerada como uma polegada a medida de três grãos secos de cevada colocados lado a lado. A partir daí, os sapateiros ingleses passaram a fabricar sapatos em tamanho padrão, baseados no grão de cevada. Assim, um calçado infantil que media 13 grãos de cevada, passou a ser conhecido como tamanho 13. Atualmente, existem três sistemas básicos universais: inglês, americano e francês. Os dois primeiros são baseados na polegada, que corresponde a 1/3 do pé, ou 2,54 cm. Entre um número e outro há uma diferença de 8,466 mm. Já o francês, baseia-se no centímetro, com uma diferença entre um número e outro de 6,666 mm. O padrão que utilizamos no Brasil é modificado a partir da escala francesa. Alguém que calça 37 na França, corresponde a um pé 35 no modelo brasileiro. A revistA que vale uma fortunA “o mais importante na comunicação é ouvir o que não foi dito”. Peter Drucker. Não temos ideia da quantidade de informações que apenas uma revista carrega, além, é claro, dos negócios que ela gera. Às vezes não damos valor a certas coisas por parecerem de pouco valor ou por não apresentarem soluções, mas é aí que nos enganamos. A propaganda reforça nossa marca e, como disse Drucker, diz o que não ouvimos todos os dias, ela fixa a imagem, grava um pensamento em nós. Nem sempre as pessoas dizem que viram seu anúncio na revista, mas uma coisa é certa: a propaganda fica na mente das pessoas. Muitas coisas são feitas pelo simples passar de uma página, relacionamentos são estabelecidos, parcerias são solidificadas e no final nem paramos para pensar que tudo começou por uma mensagem publicada em uma página de revista. Nestas mensagens temos um tesouro nas mãos, basta saber utilizá-lo. A Risa se solidificou e se tornou referência na mídia como meio de divulgação e de busca de informações sobre o setor calçadista. A única revista segmentada do setor além da “Revista do Calçado”, publica a “Máquinas e Componentes” e a “Revista do Comércio”. São três publicações que com seriedade e eficiência divulgam marcas e produtos e trazem benefícios para os leitores e anunciantes com geração de negócios e obtenção de informações. Uma história de empreendedorismo, sabedoria, honestidade e persistência que cria oportunidades, dá ênfase à qualidade do que é propagado, envolve e orienta o consumidor já por dezesseis anos. 72 Revista Calçados do Espírito Santo “Nunca deixe alguém convencer você – principalmente se esse alguém for do sexo masculino – de que o saltinho com menos de 5 cm é sexy” Camila Morton, jornalista e autora do livro “Como Andar de Salto Alto” ROTSEN COM. DE COUROS E PLÁSTICOS LTDA. Sindicato da Indústria de Calçados do Estado do Espírito Santo