Comissão julgadora do Corecon-PE elege os vencedores do IX Prêmio Pernambuco de Economia Dirceu Pessoa 2015 Por Fausto Muniz Cons. Rodolfo Silva, Prof. Adriano Dias, Presidente Ana Cláudia Arruda, Cons. André Martins, Prof. Ivo Pedrosa e Prof. Fred Katz As diferentes visões de estudantes pernambucanos acerca das mais variadas temáticas no âmbito econômico foram mais uma vez reconhecidas com o IX Prêmio Pernambuco de Economia Dirceu Pessoa, tradicionalmente realizado pelo Corecon-PE. Para decidir sobre os trabalhos vencedores, o órgão reuniu na segunda-feira, 13 de julho, em sua sede, no Edifício Círculo Católico, no Recife, um time afinado de acadêmicos da área, que analisaram a relevância e contribuição dada por cada monografia apresentada ao certame. O primeiro lugar foi dado a Bruna Lima Aquino, aluna do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal Rural de Pernambuco – Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE-UAST), com o título Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e suas contribuições no município de Santa Cruz da Baixa Verde – PE: O caso da Associação Mulher Flor do Campo. O texto realizou uma análise da efetividade das ações desenvolvidas pelo referido programa junto às beneficiárias, apontando êxitos, falhas e questionamentos acerca de sua aplicação. Além de receber a quantia de R$3 mil, o trabalho vencedor representará Pernambuco no Prêmio Brasil de Economia, promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), e sua autora será homenageada na solenidade de premiação do Economista do Ano, realizada pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), em São Paulo. O segundo lugar foi ocupado por Flávio Ramos Terto Júnior, também da UFRPE, que versou sobre a dinâmica econômica do centro de confecções do Agreste pernambucano. Já o terceiro lugar ficou com Marcela Santos de Souza Almeida, da Universidade Federal de Pernambuco – Centro Acadêmico do Agreste, em Caruaru – que investigou os prováveis motivos responsáveis pela desaceleração da economia brasileira nas últimas décadas, fazendo um paralelismo com o avanço chinês. A Menção Honrosa, por sua vez, foi concedida a Luísa da Rocha Macedo, também da UFPE. “Ao longo de nove edições, o Prêmio Dirceu Pessoa tem sido um grande propulsor da atividade acadêmica e acreditamos que, mais uma vez, conseguimos reunir um número significativo de trabalhos. Ficamos muito satisfeitos com o resultado e esperamos que essas obras despertem proveitosas reflexões em toda sociedade”, comenta Ana Cláudia Arruda Laprovitera, Presidente do Corecon-PE. Para o Vice-Presidente do Corecon-PE, Fernando Aquino, a avaliação criteriosa da comissão escolhida para análise dos textos é essencial para reforçar o peso do Prêmio Dirceu Pessoa. “Observamos aspectos qualitativos e quantitativos nas monografias e prezamos pela excelência e relevância das abordagens dissertadas. Desse modo, acreditamos que estamos selecionando trabalhos que vão contribuir para aprofundar importantes discussões dentro do painel das ciências econômicas”, disse. COMISSÃO Membro da comissão julgadora, o professor aposentado da UFPE e da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Frederico Jayme Katz, é também diretor da Sociedade Brasileira de Economia Política e integrante do Fórum Universitário Mercosul. Para ele, alguns trabalhos conseguiram enxergar além do simplismo e avançar em novas perspectivas temáticas. “Foi uma grata surpresa participar da seleção, que nos trouxe diferentes concepções acadêmicas, algumas bem ousadas. Minha atividade de ensino sempre foi pluralista, de modo a abrir espaço para todas as visões, desde que bem embasadas, e nós buscamos valorizar os variados pontos de vista apresentados”, relata. Para Ivo Pedrosa, professor da UPE e representante da instituição no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), em termos de qualidade, os temas ficaram muito semelhantes, com destaque para o estudo sobre a associação de mulheres no Sertão pernambucano. “É bastante interessante saber quando as políticas públicas no país funcionam, assim como entender as dificuldades na sua execução e os obstáculos no acesso a outros programas que possam contribuir para a melhoria da vida dessa população”, comenta. Já Adriano Batista Dias, professor titular do Departamento de Economia da UFPE, integrante da Coordenação de Ciência e Tecnologia da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) e membro do Conselho Superior da Facepe, destacou a continuidade da premiação. “Anunciado com antecedência e mantida sua edição com periodicidade anual, o (prêmio) Dirceu Pessoa tem despertado estudantes de todas as regiões do Estado para competir saudavelmente pelas melhores pesquisas. É uma iniciativa louvável e de grande utilidade pública”. “Quanto aos resultados do Prêmio deste ano, quero registrar a satisfação - compartilhada pelo restante da Comissão Organizadora, que presidi, e pela Comissão Examinadora - de ver, entre os alunos premiados (que estão todos de parabéns), duas alunas de centros acadêmicos localizados no interior do estado. Em pouco menos de uma década, a interiorização do ensino superior público já mostra efetivos resultados”, enfatizou André Martins, coordenador do Prêmio Dirceu Pessoa e membro do Corecon-PE