Termos utilizados Aqui você aprende um pouco mais sobre aqueles temas que estão frequentemente em jornais, revistas e televisão, mas que nem todos nós sabemos bem o que significam. 1 - Índices de Atividade Econômica – Brasil Aqui você encontra a descrição e data de anúncio dos principais indicadores de atividade econômica do mercado brasileiro. Com exceção do indicador de nível de atividade que é divulgado pela FIESP, todos os outros são divulgados pela FIPE, FGV ou IBGE. Abaixo agrupamos os indicadores por órgão divulgador. Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE IPC / FIPE Divulgado na 1a ou 2a semana do mês O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) é divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas todos os meses. A pesquisa de preços é feita na cidade de São Paulo, entre pessoas que ganham de 2 a 6 salários mínimos. A coleta dos dados vai do primeiro ao último dia de cada mês. Fundação Getúlio Vargas - FGV IPC-RJ / FGV Divulgado na 1ª ou 2ª semana do mês O IPC-RJ (Índice de Preços ao Consumidor) é divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas. Ele avalia o movimento médio de preços de um conjunto de bens e serviços no mercado varejista, ou seja, diretamente ao consumidor. A pesquisa é restrita à região metropolitana do Rio de janeiro, e leva em consideração a população com renda mensal de 1 a 33 salários mínimos. IGP-M / FGV Divulgado aproximadamente no último dia útil do mês O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) é divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas. Esse índice, bastante utilizado pelo mercado, mede a evolução geral de preços na economia, criando assim uma medida da inflação nacional. O IGP-M é composto pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC - peso de 30%), Índice de Preços no Atacado (IPA - peso de 60%) e Índice Nacional de Construção Civil (INCC - peso de 10%). O período de coleta de preços para o índice se dá entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês de referência. IGP-DI / FGV Divulgado aproximadamente na 2ª semana do mês O IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) é divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas. Esse índice mede a evolução geral de preços na economia, criando assim uma medida da inflação nacional. O IGP-DI é composto pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC - peso de 30%), Índice de Preços no Atacado (IPA - peso de 60%) e Índice Nacional de Construção Civil (INCC - peso de 10%). O período de coleta de preços para o índice é o mês cheio, ou seja, do primeiro ao último dia do mês. IGP-10 / FGV Divulgado aproximadamente na 3ª semana do mês O IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) é divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas. Esse índice, bastante utilizado pelo mercado, mede a evolução geral de preços na economia, criando assim uma medida da inflação nacional. O IGP-10 é composto pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC - peso de 30%), Índice de Preços no Atacado (IPA - peso de 60%) e Índice Nacional de Construção Civil (INCC - peso de 10%). O período de coleta de preços para o índice se dá entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE INPC / IBGE Divulgado aproximadamente no 8º dia útil do mês, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística todos os meses. O objetivo desse índice é acompanhar a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços definidos. O público-alvo do índice é formado por famílias, com rendimento mensal entre 1 e 8 salários mínimos, cujo chefe seja assalariado em sua ocupação principal. A pesquisa de preços é feita nas principais regiões metropolitanas do país, entre o primeiro e último dia de cada mês. IPCA / IBGE Divulgado aproximadamente no 8º dia útil do mês O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é utilizado pelo Banco Central do Brasil para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação. É um índice mensal, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ele acompanha a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços. O público alvo do índice é a população com faixa de renda entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte dessa renda, nas principais regiões metropolitanas do país. A pesquisa de preços é feita entre o primeiro e último dia de cada mês. IPCA-15 / IBGE Divulgado aproximadamente na última semana de cada mês. Esse índice é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês. É o período de coleta que se constitui na diferença entre os dois índices: no caso do IPCA-15, a pesquisa é feita entre os dias 15 de cada mês. Pesquisa Industrial Mensal Divulgado na 1ª ou 2ª semana do mês (dados referentes ao mês retrasado), a Pesquisa Industrial Mensal, relatório divulgado pelo IBGE, acompanha a evolução da produção e do mercado de trabalho na indústria. Os indicadores calculados a partir dessa pesquisa apresentam resultados para todo o Brasil, e para vários gêneros de indústria, focando-se na indústria geral, extrativa mineral e de transformação. Para a obtenção de índices reais, as variáveis monetárias da pesquisa são deflacionadas através de índices do IBGE e da FGV. Consideram-se algumas variáveis, tais como: Pessoal Ocupado na Produção (POP), Admissões (ADM), Desligamentos (DESL), Número de Horas Pagas na Produção (NHP), Valor dos Salários Contratuais (VSC), Valor das Horas Extras Pagas (VHE), Valor da Folha de Pagamento (VFP), Valor da Produção (VP) e Taxa de Rotatividade. PME Divulgado na última semana do mês A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) é um relatório divulgado mensalmente pelo IBGE, que trata de mão-de-obra e rendimento do trabalho. Os dados são obtidos de uma amostra probabilística de aproximadamente 38.500 domicílios situados nas Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A Pesquisa segue as recomendações da Organização Internacional do Trabalho. Ela objetiva produzir resultados que facilitem a análise de sua série em conjunto com as contas nacionais, e que viabilizem a comparação a nível internacional. A PME separa os indivíduos que trabalham daqueles que não trabalham (os que procuram trabalho e os inativos). Fundação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP INA Divulgado na última semana do mês O INA (Indicador de Nível da Atividade) é divulgado pela FIESP/CIESP mensalmente. Seu propósito é o de estimar o índice de produção física da indústria de transformação do estado de São Paulo. Como o índice real é divulgado pelo IBGE, o valor do INA é substituído assim que se conhece o dado efetivo. Para se aperfeiçoar o cálculo do INA da indústria agregada, foram incorporados dois itens ao modelo: heterogeneidade dos gêneros industriais e as variáveis macroeconômicas. 2 - Índices de Atividade Econômica – EUA O modo mais dinâmico de se analisar a economia dos Estados Unidos é através da análise de índices. Esses índices podem medir tanto a variação nos preços quanto atividade econômica, e são divulgados por várias organizações nos EUA. Há uma infinidade de índices, alguns mais importantes e acompanhados pelo mercado do que outros. Veja abaixo uma descrição dos principais índices, de acordo com a classificação da Infomoney: Índices mais importantes! Índices de importância média. Índices pouco acompanhados pelo mercado... The Employment Report Divulgado na primeira Sexta-feira do mês, o Employment Report é um relatório completo sobre emprego, divulgado todo mês pelo Departamento de Trabalho norte-americano. Ele é dividido em duas partes. A primeira estima a taxa de desemprego (unemployment rate), através de uma pesquisa feita em quase 60.000 residências. A segunda parte consiste numa pesquisa realizada em cerca de 375.000 empresas. Ela produz vários índices importantes: o número de empregos gerados na economia excetuando-se agricultura e pecuária (nonfarm payrolls), a média de horas trabalhadas por semana (average workweek), e a média de ganhos por hora (average hourly earnings). O Employment Report é um dos indicadores mais importantes da atividade econômica nos EUA. Ele é muito utilizado pelo mercado financeiro - em especial o índice nonfarm payrolls. Retail Sales Divulgado aproximadamente na metade do mês. O Retail Sales é um relatório que mede as vendas totais do mercado varejista, ou seja, vendas diretas ao consumidor. As variações na receita são muito acompanhadas pelo mercado, pois estão intimamente ligadas ao consumo. Um aumento da receita pode ser um indício de aquecimento na economia, assim como uma diminuição pode indicar um desaquecimento. No entanto, esse índice não engloba o setor de serviços. Muitos analistas desconsideram a receita de venda de automóveis, pois ela tende a variar muito de mês para mês, utilizando o índice ex-autos. O Retail Sales é divulgado todos os meses pelo Departamento de Comércio dos EUA. CPI (Consumer Price Index) Divulgado aproximadamente na metade do mês CPI é um índice de preços ao consumidor, calculado pelo Departamento de Trabalho norte-americano. Ele mede o custo de uma cesta pré-definida de bens e serviços. O CPI é largamente utilizado pelo Governo dos EUA. O CPI pode ser muito influenciado por variações nos preços de alimentação e energia. Como estes preços são muito voláteis, criou-se uma variação do CPI, também largamente utilizado como medida de inflação. É o Core CPI, que exclui os custos de alimentação e energia. O Core CPI é o indicador de inflação mais acompanhado pelo mercado financeiro. Employment Cost Index Divulgado no final do mês posterior ao trimestre. Este índice trimestral é calculado pelo Departamento de Trabalho norte-americano. Ele mede o custo da mão-de-obra, sendo muito utilizado pelo mercado como um indicador de inflação. Caso o custo de mão-deobra aumente em determinado trimestre, por exemplo, isso pode ser um indício que os empregadores repassarão estes custos a seus produtos e serviços, pressionando a inflação para cima. PPI (Producer Price Index) Divulgado aproximadamente no 10º dia do mês. O PPI é um índice de preços no atacado, ou seja, preços cobrados pelos produtores. Calculado pelo Departamento de Trabalho norte-americano. Depois do CPI, este é o índice de preços mais acompanhado pelo mercado. Uma variação deste índice, também largamente utilizada por economistas, é o Core PPI. O Core PPI não leva em consideração os preços de energia e alimentos, que são considerados muito voláteis. Através deste índice, portanto, podese ter uma ideia mais realista da inflação. NAPM Index (National Association of Purchasing Managers Index) Divulgado no 1º dia útil do mês. O NAPM (National Association of Purchasing Managers) faz parte de um relatório abrangente, que mede o nível de atividade industrial nos EUA. O índice é composto por sub-índices, que levam em consideração os seguintes fatores da indústria norte-americana: número de pedidos, produção, emprego, número de entregas e estoques. Cada um desses itens tem um peso relativo no índice final. O NAPM é muito importante devido à sua abrangência, e é divulgado todo começo de mês pela Associação de Executivos de Compras dos EUA. Durable Good Orders Divulgado no final do mês. Esse índice mede o volume de pedidos e entregas de bens duráveis. É uma medida, portanto, do nível de atividade industrial na economia. Um número crescente de pedidos indica que o setor industrial está aquecido. O Durable Good Orders é calculado pelo Departamento de Comércio dos EUA. GDP (Gross Domestic Product) Divulgado no fim do mês posterior ao trimestre GDP é a sigla em inglês para Produto Interno Bruto. Ele é calculado pelo Departamento de Comércio norte-americano. O PIB mede todos os bens e serviços produzidos na economia em determinado período. Ele é formado por cinco componentes: consumo, investimento, gastos governamentais, nível de estoque e saldo de comércio exterior. O consumo representa quase 2/3 do PIB norteamericano, e é um dos componentes menos voláteis. Consumer Confidence Divulgado na última Terça-feira do mês (dados do mês corrente). Esse índice mede a confiança dos consumidores em cerca de 5.000 lares norte-americanos. Ele é dividido em duas categorias: situação econômica atual do país, e expectativa para o futuro. A primeira categoria representa 40% do índice, enquanto a segunda representa 60%. O relatório é produzido por uma organização sem fins lucrativos chamada Conference Board. Initial Claims Divulgado toda Quinta-feira (dados referentes à semana anterior). O Initial Claims mede o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. É um índice muito importante, pois dá uma boa idéia do nível de atividade econômica. Um número crescente de pedidos mostra que o desemprego está aumentando, o que provavelmente indica desaquecimento da economia. Um número de pedidos cada vez menor reflete baixo desemprego e um bom desempenho da economia, o que por outro lado pode trazer pressões inflacionárias. O Initial Claims é divulgado pelo Departamento de Trabalho norte-americano. Personal Income Divulgado no 1º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado). Este índice mede a renda individual dos cidadãos norte-americanos. O Personal Income é produzido pelo Departamento de Comércio dos EUA, e leva em consideração os salários, rendas de aluguel, auxílios governamentais e renda financeira. O nível de renda é um bom indicador do consumo e conseqüentemente da atividade econômica no país. Business Inventories Divulgado na metade do mês. O Departamento de Comércio mostra, todos os meses, o nível de vendas e estoques das empresas norte-americanas. Esse índice leva em consideração tanto o setor industrial como os setores de atacado e varejo. Consumer Credit Divulgado no 5º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado). O FED divulga esse índice durante os primeiros dias de cada mês. O Consumer Credit mede, nos EUA, o total de crédito ao consumidor. O índice é divulgado muito tarde, por exemplo no começo de Setembro com dados referentes a Julho. Por esse motivo, os analistas não costumam dar muita importância ao Consumer Credit. Treasury Budget Divulgado na 3ª semana do mês. Os resultados fiscais do Governo norte-americano são divulgados no final de cada mês, pelo Departamento de Tesouro. É interessante analisar esses dados em base anual, comparando determinado mês com o mesmo do ano anterior, pois os resultados variam muito de mês para mês. Além disso, deve-se prestar muita atenção em Abril, pois é nesse mês que o Tesouro recebe os pagamentos de Imposto de Renda. Productivity and Costs Divulgado no começo do segundo mês posterior ao trimestre. Esse índice mede a produtividade e os custos de mão-de-obra de toda a economia norte-americana, excluindo-se a agricultura e a pecuária. O estudo é feito pelo Setor de Estatísticas do Departamento de Trabalho norte-americano, e os dados são referentes a um período de três meses. Produtividade e custos de mão-de-obra são fatores determinantes na inflação. Leading Indicators Divulgado nos primeiros dias do mês (dados referentes ao mês retrasado). O Leading Indicators é um relatório que compreende vários índices já divulgados, como pedidos de auxílio-desemprego, custo de mão-de-obra, permissões para construção e etc. O relatório é produzido por uma organização sem fins lucrativos chamada Conference Board. Beige Book (Summary of Commentary on Current Economic Conditions by Federal Reserve District) Divulgado oito vezes ao ano. O "Beige Book" (livro bege) é um relatório sobre a atualidade econômica norte-americana, publicado pelo FED. Os doze Federal Reserve Banks, os bancos centrais regionais, coletam informações sobre a situação econômica de suas áreas de atuação. Essas informações provêm de relatórios elaborados por bancos e entrevistas com economistas, analistas financeiros, acadêmicos e homens de negócio. O Beige Book reúne esse material, sendo dividido por regiões e setores da economia. Apesar de não expressar a opinião do FED, o Beige Book é importante, pois fornece informações sobre a atividade econômica regional. Philadelphia FED Index Divulgado na terceira Quinta-feira do mês. Este índice é produzido pelo Federal Reserve Bank da Philadelphia. É uma pesquisa que mede o nível de atividade industrial nos EUA. Um índice igual a zero indica que a atividade industrial está estabilizada, enquanto um índice maior que zero significa que ela está em expansão. University of Michigan Consumer Sentiment Index Divulgado na quarta Sexta-feira do mês (dados do mês corrente). Esse índice mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana, sendo dividido em duas categorias: situação atual e expectativas para o futuro. A pesquisa é conduzida pela Universidade de Michigan. Housing Starts Divulgado na metade do mês Housing Starts é nada mais do que o número de casas que começam a ser construídas, nos EUA, em determinado período. Um número crescente de casas pode indicar que a economia está aquecida. Quem calcula este índice é o Departamento de Comércio norte-americano. Building Permits Divulgado na metade do mês. Este índice mostra o número de autorizações para construção imobiliária, em grande parte do território norte-americano. O calculo é feito pelo Departamento de Comércio dos EUA. Industrial Production Divulgado na metade do mês. Este índice, produzido pelo FED, retrata a produção industrial norte-americana. A industria mineradora também é incluída no índice. Além do Industrial Production, o FED faz uma estimativa da capacidade industrial utilizada. Este índice é muito importante, pois pode ser uma estimativa de inflação futura. Uma indústria que opera em plena capacidade, por exemplo, não pode aumentar sua produção. Caso a demanda seja maior do que a oferta, o produtor poderia aumentar seus custos sem prejudicar suas vendas, o que pressionaria os índices de inflação para cima. International Trade Divulgado aproximadamente no 20º dia do mês (dados referentes ao mês retrasado). O Departamento de Comércio dos EUA divulga, todo mês, os resultados da Conta Corrente, incluindo a Balança Comercial - Importações e Exportações. Estes dados são importantes, pois aliados a outros indicadores, mostram o desempenho da economia em determinado período. Além disso, os resultados da Balança Comercial afetam a cotação do dólar frente a outras moedas. New Home Sales Divulgado no último dia útil do mês. Esse relatório mostra o número de casas novas, construídas pela iniciativa privada, vendidas e postas à venda. É um indicador do nível de atividade do setor imobiliário, um setor importante dentro da economia. O New Home Sales é produzido pelo Departamento de Comércio dos EUA. PCE (Personal Consumption Expenditures) Divulgado no 1º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado). O Departamento de Comércio norte-americano calcula, todos os meses, o nível de consumo individual nos EUA. O PCE é dividido em três categorias: bens duráveis, bens não duráveis e serviços. O consumo individual influencia fortemente a atividade econômica. Existing Home Sales Divulgado aproximadamente no 25º dia do mês. Esse índice, divulgado pela associação norte-americana de corretores de imóveis, mede as vendas de casas usadas nos EUA. Associando-se o Existing Home Sales com o índice de vendas de casas novas (New Home Sales), pode-se ter uma boa idéia de como anda o mercado imobiliário norteamericano. Wholesale Inventories Divulgado aproximadamente no 5º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado). Esse relatório contém informações sobre as vendas e os estoques do setor atacadista norte-americano. O estudo é preparado pelo Departamento de Comércio dos EUA. Factory Order Divulgado nos primeiros dias do mês (dados referentes ao mês retrasado). Esse índice mede o volume de pedidos, feitos à industria como um todo, de bens duráveis e bens não duráveis. O relatório sobre bens duráveis (Durable Good Orders) é divulgado anteriormente pelo Departamento de Comércio dos EUA, a mesma instituição que divulga esse relatório. Construction Spending Divulgado no 1º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado). Esse índice mede os gastos públicos e privados em construção de imóveis. Os dados são divulgados pelo Departamento de Comércio dos EUA. 3 - Federal Reserve Departament – FED O FED (Federal Reserve System), Banco Central dos EUA, é a entidade governamental responsável pela formulação e execução de política monetária norte-americana. Além disso, o FED age como regulador e supervisor do sistema bancário, serve como "banco" do Governo e o assessora em operações financeiras. Uma de suas características mais importantes é a independência em relação ao Governo Federal dos EUA, garantindo assim a boa condução da política monetária. Quem participa do FED? O FED foi criado pelo Congresso norte-americano em 1913. Ele é formado por uma equipe de sete membros escolhidos pelo Governo (Board of Governors), com sede em Washington DC, e por doze bancos regionais localizados nas principais cidades dos EUA (Federal Reserve Banks). Os sete membros do Board of Governors são nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado, para um mandato de 14 anos - maior do que o do Presidente da República. Os membros devem, de acordo com a lei norte-americana, representar os interesses dos setores agrícola, industrial e comercial, e também as divisões geográficas do país. Dois destes membros são indicados pelo Presidente e confirmados pelo Senado como Chairman e Vice Chairman do FED, desta vez por um período de quatro anos. A principal responsabilidade do Board of Governors é a formulação de política monetária, através do FOMC. Para a execução das atividades diárias de Banco Central, o Governo dos EUA dividiu o país em 12 distritos. Cada um destes distritos possui um Federal Reserve Bank, uma espécie de Banco Central responsável pela sua região. Estes bancos trabalham em conjunto com o Board of Governors na condução da política monetária, fornecem informações sobre o desenvolvimento econômico de seus distritos e supervisionam as instituições bancárias de sua região. Cada um dos doze Federal Reserve Bank é dirigido por um presidente eleito por uma equipe de nove membros, o Board of Directors. Três destes membros representam os bancos comercias do distrito de atuação do Federal Reserve Bank. Os outros seis membros representam os consumidores e os demais setores da economia. O FED e a Política Monetária? O FED possui três instrumentos de condução de política monetária: depósitos compulsórios, taxas de redesconto e operações de mercado aberto (open market). As operações de mercado aberto compra e venda de títulos públicos - são o instrumento mais importante de política monetária de que o Banco Central dispõe. Mas afinal quem decide a taxa de juros? O Federal Open Market Committee (FOMC) é o membro mais importante do Federal Reserve System (FED) no que se refere à política monetária. É o FOMC quem define a meta da taxa de juros Norte-americana, e conduz as operações de mercado aberto de acordo com a meta de juros estipulada. Além desta atividade, o FOMC dirige as operações do FED com moedas estrangeiras. Ele é, portanto, responsável pela formulação de uma política capaz de promover crescimento econômico, pleno emprego, estabilidade de preços e o equilíbrio do Balanço de Pagamentos. Entendendo as diversas taxas de juros... Federal Funds Rate é taxa pela qual os bancos norte-americanos emprestam ou tomam emprestado recursos no mercado interbancário. Bancos com excesso de liquidez, ao final do dia, emprestam dinheiro a outros bancos para que estes últimos equilibrem seus caixas. A taxa é, deste modo, definida pelo mercado. Quando se diz que o FOMC modificou a taxa de juros, por exemplo, isto significa que ele mudou sua meta para o Federal Funds Rate. A partir daí, o FOMC vai utilizar seus instrumentos de política monetária para que o Federal Funds Rate se mantenha de acordo com o estipulado. Discount Rate, por sua vez, é a taxa de redesconto. Bancos com dificuldades financeiras podem tomar emprestado recursos de curto prazo com o FED, utilizando a Discount Rate. Esta taxa é geralmente mais baixa do que o Federal Funds Rate, mas os recursos não são disponíveis para bancos "saudáveis". A dinâmica das operações de mercado aberto As operações de mercado aberto afetam fortemente o nível de moeda em circulação na economia e, consequentemente, os custos e disponibilidade de dinheiro e crédito no mercado. Vendendo títulos públicos, o FOMC diminui o nível de moeda em circulação. Inversamente, quando o FOMC compra títulos públicos ele aumenta a quantidade de moeda. Os bancos podem então fazer novos investimentos e empréstimos, o que em geral pressiona as taxas de juros para baixo. Ao contrário das operações de mercado aberto, a compra e venda de títulos públicas por bancos, empresas e pessoas físicas não altera o nível de moeda. Estas operações apenas redistribuem o total de moeda em circulação. Quem toma as decisões? O FOMC é formado pelos sete membros do Board of Governors do FED (escolhidos pelo governo norte-americano), e por cinco presidentes de Federal Reserve Banks (Bancos Centrais regionais). O presidente do Federal Reserve Bank de Nova York é membro do FOMC de modo contínuo, os demais presidentes são membros de maneira rotativa pelo período de um ano. Todos os anos, durante sua primeira reunião, os membros do FOMC elegem um Chairman e um Vice Chairman. Tradicionalmente, o Chairman do Board of Governors é eleito Chairman do FOMC, e o presidente do Federal Reserve Bank de Nova York é eleito Vice Chairman. Desse modo, os cargos de Chairman do Board of Governors e Chairman do FOMC se concentram na mesma pessoa. Estas posições são ocupadas atualmente por Alan Greenspan. A Estrutura do FED As famosas "Reuniões do FED" Pela lei, o FOMC deve se reunir no mínimo quatro vezes ao ano na capital Norte-americana, Washington D.C.. No entanto, desde 1980 o FOMC vem se encontrando oito vezes ao ano, em intervalos de cinco a seis semanas. Caso haja necessidade, os membros podem ser chamados para uma reunião especial, ou podem votar em determinada proposta por telefone ou telegrama. Em cada evento são escolhidas as políticas a serem adotadas até o próximo encontro, incluindo a determinação da taxa de juros e seu viés. Ao menos duas vezes ao ano, o Comitê também define os objetivos monetários de longo prazo. A participação nestas reuniões é bastante restrita, pois as informações discutidas são confidenciais. Como são as Reuniões? Os encontros do FOMC começam com apresentações orais sobre a atualidade econômica, as condições do mercado e o desenvolvimento financeiro internacional. As apresentações são feitas por uma equipe especializada do FED. O próximo passo é o debate entre os membros do FOMC. Eles levam em consideração fatores como: elevação de preços e tarifas, nível de emprego, níveis de produção dos diversos setores, renda per capita e consumo, construção residencial e comercial, investimentos em negócios e estoques, mercados financeiros internacionais, taxas de juros, agregados monetários, crédito e política fiscal. Após a discussão, os membros do FOMC se voltam para a política monetária. Cada membro dá sua opinião sobre a economia e sobre os rumos a serem seguidos. A seguir, os integrantes dão suas recomendações sobre a forma de conduzir a política monetária até o próximo encontro. Finalmente, o FOMC chega a um consenso sobre a manutenção ou mudança da meta de juros e seu viés. Estas políticas são repassadas ao Federal Reserve Bank de Nova York - o banco responsável pela execução das operações de mercado aberto. O Chefão do FED Alan Greenspan é o principal responsável pela condução da política monetária Norte-americana. Em Junho deste ano ele foi reeleito Chairman do FED, por um período de mais quatro anos. É o quarto mandato consecutivo de Greenspan, que já havia sido indicado pelos Presidentes Reagan e Bush, além de Clinton. O poderoso economista de 76 anos é membro do Board of Governors do FED desde 1987. Ele foi renomeado por Bill Cinton, em 1992, por mais 14 anos. Alan Greenspan é Ph.D. em economia pela Universidade de Nova York e possui vasta experiência profissional em empresas públicas e privadas Norte-americanas. Além disso, já recebeu inúmeros prêmios de universidades como Harvard, Yale, Pennsylvania, Notre Dame e Leuven (Bélgica). Ao longo destes anos, inúmeros analistas de mercado se especializaram em prever os próximos passos de Greenspan. Cada discurso dele é estudado a fundo, e muito se especula sobre o significado de suas palavras. Tornou-se comum uma análise dos índices da economia dos EUA através da filosofia "No que Greenspan presta mais atenção?". 4 - Índices de Ações EUA DowJones, S&P, Nasdaq... saiba mais sobre os índices de ações americanos: Dow Jones Average - 30 Industrial É um dos índices mais antigos e mais utilizados pelo mercado. Ele é composto por 30 ações - as mais importantes e mais representativas de cada setor da economia. Estas ações representam cerca de um quinto de todas as ações negociadas nos EUA, e cerca de um quarto das negociadas na Bolsa de Valores de Nova York. Alguns exemplos de empresas que fazem parte do índice: Coca-Cola, Walt Disney, Alcoa, General Motors, Intel, McDonald's, AT&T, IBM e Microsoft. http://averages.dowjones.com/djia_cos.html S&P 500 Index O S&P 500 Index é formado pelas principais empresas norte-americanas, de acordo com: valor de mercado, representatividade no setor em que atuam e liquidez das ações. O peso de cada companhia no índice está relacionado ao seu valor total de mercado. Atualmente, cerca de 75% das empresas que fazem parte do índice são do setor industrial, 8% do setor de serviços, 15% do setor financeiro e 2% do setor de transportes. É um índice muito importante, largamente utilizado no mercado norte-americano e internacional. http://www.spglobal.com/ssindexmain500text.html Nasdaq Composite Index O índice representa todos os ativos, norte-americanos e estrangeiros, listados na Nasdaq. O Nasdaq Composite é ponderado pelo valor de mercado das empresas. Esse valor é calculado multiplicando-se o preço de fechamento pelo número total de ações da empresa. Desse modo, cada ativo afeta o índice apenas na proporção de seu valor de marcado. O Nasdaq Composite é composto atualmente por cerca de 4.800 companhias. Devido à sua abrangência, este índice é muito acompanhado pelo mercado financeiro. http://dynamic.nasdaq-amex.com/dynamic/composite_0.stm NYSE Composite Index Esse índice foi criado em 1966 pela NYSE (New York Stock Exchange), a Bolsa de Valores de Nova York. Este índice é composto por todas as ações ordinárias negociadas na NYSE, de acordo com seu valor de mercado. Além disso, o NYSE Composite Index é dividido em quatro sub-índices: Industrial, Transportes, Serviços e Financeiro. http://www.nyse.com/listed/listed.html Amex Composite A Amex (American Stock Exchange) é uma integração das Bolsas de Valores de Boston, Filadélfia, Chicago e São Francisco. O Amex Composite representa todos os ativos listados nesse mercado, tanto nacionais quanto estrangeiros. Os ativos compõem o índice de acordo com seu valor de mercado. Desse modo, o peso de cada ação no Amex composite varia no dia-a-dia. http://www.amex.com/asp/symbols.asp?exchange=1&type=E S&P 100 Index Da mesma forme que o S&P 500 Index, esse índice é formado pelas 100 principais empresas dos diferentes setores da economia. A participação de cada empresa varia de acordo com o valor de mercado de suas ações. http://www.spglobal.com Nasdaq 100 Index Esse índice representa as 100 maiores empresas listadas no Nasdaq, de acordo com sua capitalização de mercado. O Nasdaq 100 Index não leva em consideração empresas financeiras, mas conta com a participação de companhias norte-americanas e estrangeiras. É um índice muito utilizado, devido à importância das companhias que fazem parte dele. http://dynamic.nasdaq-amex.com/dynamic/nasdaq100_activity.stm Fortune 500 Index Criado pelos editores da revista Fortune. Esse índice é baseado na lista das 500 maiores empresas sediadas nos EUA, divulgada todos os anos pela revista. O índice é restrito às empresas da lista que têm ações listadas e amplamente negociadas no mercado. A participação de cada empresa no Fortune 500 Index é definida de acordo com seu valor diário de mercado. http://www.fortune.com/fortune/indexes/com.html Frank Russell 3000 Index Esse índice mede o desempenho das 3000 maiores companhias norte-americanas, de acordo com seu valor de mercado. Isso corresponde a aproximadamente 98% do mercado acionário dos EUA. http://www.russell.com/us/content/russell_indexes/us_indexes/index_membership/ r3000.pdf 5 – Nasdaq O que é a Nasdaq? Nasdaq é a sigla em inglês para National Association of Securities Dealers Automated Quotation System. A Nasdaq é uma bolsa eletrônica que funciona no mercado de balcão norte-americano, ligando diretamente compradores e vendedores. Atualmente, a Nasdaq possui mais de 4.800 empresas listadas, com um valor de mercado de US$ 5,2 trilhões. A Nasdaq funciona num sistema de múltiplos participantes, onde cerca de 1.000 operadores podem negociar por uma rede de comunicação informatizada. Além disso, todos os participantes têm acesso às informações de mercado em tempo real, através de mais de 350.000 terminais espalhados no mundo todo. A Nasdaq é conhecida por abrigar ações de empresas de tecnologia, tanto novas quanto já consolidadas no mercado. Apesar disso, um grande número de empresas da economia tradicional faz parte da Nasdaq. Alguns exemplos de companhias listadas na Nasdaq: Amazon.com, Apple Computer, Cisco Systems, Microsoft, Dell Computer, Intel, Oracle, Qualcomm, Sun Microsystems e Yahoo!. Bolsa de Valores - As Bolsas de Valores são instituições organizadas, normalmente com uma sede física própria.Todas as negociações ocorrem num lugar específico,somente entre os membros da Bolsa. Ela é também responsável pela liquidação das operações e divulgação dos resultados. Mercado de Balcão - O mercado de balcão funciona sem um lugar físico específico. As negociações ocorrem através do casamento de ordens de compra e venda de ações, geralmente através de um sistema informatizado. Como funciona? A Nasdaq funciona através de dois sistemas. Pelo sistema de cotações, os Market Makers (operadores independentes) são obrigados a indicar preços de compra e venda para qualquer ativo que desejam negociar. Eles não podem, por exemplo, indicar somente o preço que pagariam por determinada ação. Eles são obrigados a mostrar ambas as cotações, e devem honrar qualquer operação oferecida a eles nestas condições. Além do sistema de cotações, funciona na Nasdaq o sistema de ordens. Neste sistema, investidores podem fazer ofertas de compra ou venda de ativos através de uma rede chamada ECN (Eletronic Communication Networks). Ao contrário dos Market Makers, as ordens feitas por ECN são limitadas em volume, e designadas apenas à compra ou venda. Por exemplo: uma ordem de compra de US$ 10.000 em ações XYZ. Os terminais da Nasdaq mostram aos vários participantes, em tempo real, todas as cotações do mercado. Além disso, o sistema mostra o melhor preço de compra e venda de cada ativo - tanto dos Market Makers quanto ofertas feitas através dos ECN. Desse modo, as transações são sempre feitas pelo melhor preço do mercado. O clearing das operações é feito automaticamente pelo sistema de computadores da Nasdaq. A direção da bolsa supervisiona os participantes e acompanha de perto as transações. Quais são os participantes? A Nasdaq é formado por três tipos de participantes. Os Market Makers são dealers (operadores) independentes, que competem pelas ordens dos investidores. Existem cerca de 500 dealers credenciados. Todos eles têm acesso ao sistema eletrônico da Nasdaq. São os Market Makers que conferem liquidez ao mercado, pois eles têm estoques dos ativos que negociam, e são obrigados a manter cotações de compra e venda no sistema informatizado da Nasdaq. Os Market Makers precisam honrar suas cotações, caso contrário podem receber punições da Nasdaq. Muitos deles oferecem uma ampla variedade de serviços, com o intuito de criar interesse entre os investidores: distribuição de análises de ações, assistência a empresas em processos de abertura de capital (IPOs) e em operações financeiras. Os ECN (Eletronic Communication Networks) são sistemas que permitem aos investidores emitir ordens de compra ou venda de ativos. Eles foram introduzidos na Nasdaq em 1997, e podem ser utilizados por Market Makers ou Order-Entry Firms. Um aspecto interessante é que as ordens emitidas por ECN são anônimas. Os participantes podem "esconder" suas estratégias, o que tende a aumentar a concorrência e tornar o mercado ainda mais líquido. Já as Order-Entry Firms funcionam como corretoras. Elas têm acesso às cotações de mercado, e entram com as ordens dos investidores no sistema da Nasdaq. Ao contrário dos Market Makers, as Order-Entry Firms não mantêm estoques de ações e não mantém cotações de compra e venda para os ativos que desejam negociar. Um pouco de história 1961 A Nasdaq surgiu a partir de uma iniciativa da SEC (Securities and Exchange Commission), o órgão regulador do mercado de capitais norte-americano. A intenção da SEC era automatizar o mercado de balcão dos EUA, até então fragmentado e sem eficiência. 1968 O sistema começou a ser criado pela associação norte-americana de operadores, a NASD (National Association of Securities Dealers). 1971 A Nasdaq foi inaugurada em Fevereiro, apresentando cotações médias de mais de 2.500 ativos. Foi a primeira bolsa a conectar eletronicamente compradores e vendedores. 1980 A Nasdaq começou a apresentar, em seus terminais, a melhor oferta de compra e de venda de cada ativo. Essa política tornou o mercado mais eficiente, fazendo com que os spreads (diferença entre preço de compra e de venda) caíssem mais de 85%. 1997 Por determinação da SEC, foi incluído na Nasdaq o sistema de ordens. Esse sistema funciona do mesmo modo que nas Bolsas tradicionais. Os participantes podem definir a quantidade de ativos que desejam comprar ou vender, e a que preço. A Nasdaq passa então a funcionar tanto no sistema de cotações quanto no de ordens. 1998 A Nasdaq se une a Amex (American Stock Exchange), uma integração das Bolsas de Valores de Boston, Filadélfia, Chicago e São Francisco. A fusão criou o Nasdaq-Amex Market Group. A Nasdaq compreende dois mercados diferentes: Nasdaq National Market - É o mercado para empresas maiores e de mais volume, contando com mais de 4.400 ativos. Para ser listada neste mercado, a companhia deve cumprir condições de saúde financeira e de capitalização, definidas pela direção da Nasdaq, além de preencher requisitos governamentais. Nasdaq Small Cap Market - É um mercado para empresas menores, na maioria das vezes empresas novas. Os requisitos financeiros para que uma empresa seja listada nesse mercado são mais flexíveis do que o do National Market. O Small Cap Market tem atualmente cerca de 1.800 ativos listados. Muitas empresas nascem nesse mercado e depois migram para o mercado principal. A Nasdaq subiu... Mas que índice? Há uma infinidade de índices que acompanham os ativos da Nasdaq. Os índices são compostos por ações de empresas de acordo com o seu tamanho, o setor em que atuam, o volume negociado e etc. Quando se diz que "a Nasdaq caiu" ou "subiu X%", por exemplo, é necessário saber a que índice a informação se refere. Alguns deles são: Nasdaq 100 Index - Esse índice representa as 100 maiores empresas listadas no Nasdaq, de acordo com sua capitalização de mercado. O Nasdaq 100 Index não leva em consideração empresas financeiras, mas conta com a participação de companhias norte-americanas e estrangeiras. É um índice muito utilizado, devido à importância das companhias que fazem parte dele. Nasdaq Composite Index - O índice representa todos os ativos, norte-americanos e estrangeiros, listados na Nasdaq. O Nasdaq Composite é ponderado pelo valor de mercado das empresas. Esse valor é calculado multiplicando-se o preço de fechamento pelo número total de ações da empresa. Desse modo, cada ativo afeta o índice apenas na proporção de seu valor de marcado. O Nasdaq Composite é composto atualmente por cerca de 4.800 companhias. Devido à sua abrangência, este índice é muito acompanhado pelo mercado financeiro. Nasdaq National Market Composite Index - É uma subdivisão do Nasdaq Composite. Este índice representa todas as empresas do Composite que fazem parte do Nasdaq National Market. Nasdaq Financial -100 Index - Esse índice é composto pelas 100 maiores instituições financeiras listadas no Nasdaq National Market. 6 – Rating O que é um "Rating"? Trata-se de um mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, ou país. O "rating"; de uma empresa (ou país) tem como objetivo classificar o risco da empresa (ou do país) não ser capaz de cumprir com suas obrigações financeiras. Essa classificação é feita pelas agências de classificação de risco, que periodicamente, revisam suas opiniões sobre o "rating"; de uma empresa (ou país). Nada mais natural, já que a qualidade de crédito (ou risco de inadimplência) de uma empresa (ou país) pode se altera drasticamente de um período ao outro. Entre as principais agências internacionais de classificação de risco estão Standard & Poor´s, Moody´s e a Fitch (surgida da fusão da Fitch IBCA com a DCR), entre as brasileiras temos a SR Rating. Explicando a metodologia Para estabelecer um "rating"; as agências de classificação de risco levam em consideração todos os fatores que possam afetar a qualidade de crédito das obrigações emitidas por uma empresa e/ou país. No caso de empresas as principais variáveis analisadas são: nível de endividamento, flexibilidade de re-financiamento (ou aumentar endividamento), liquidez, participação de mercado, desempenho relativo a outras empresas do setor, capacidade administrativa, situação macroeconômica, leis e regulamentação de mercado, etc. Além das variáveis relacionadas acima, o "rating"; de países também é função da condução da política fiscal e monetária, do endividamento interno e externo, da vulnerabilidade com relação ao mercado internacional, assim como o ambiente legal e regulamentar no país. Rating Soberano O "rating", soberano não foi criado para comparar países, mas sim para classificar a capacidade relativa do país em pagar suas obrigações financeiras (qualidade de crédito relativa). Em geral esse "rating"; estabelece um teto para "rating"; das obrigações das empresas deste país. Contudo há exceções, como é o caso de empresas que lançam títulos securitizados, vinculados a um recebimento. Por exemplo, recentemente a Vale do Rio Doce emitiu um título securitizado com base nos recebimentos de suas exportações de minério de ferro, que recebeu uma classificação de risco melhor que a do Brasil, ou seja, acima do rating soberano. Isso porque, em caso de inadimplência da empresa esses recebimentos futuros vindos do exterior podem ser repassados para os investidores. Um outro exemplo são as empresas que tem operações internacionais que suportem por si só manter os fluxos de pagamentos de suas obrigações. Por exemplo, uma empresa mexicana que tem um grande volume em operações nos EUA pode ter um "rating"; melhor que o próprio México. Isso porque o volume gerado nos EUA é suficiente para que ela honre suas obrigações financeiras mesmo em caso de moratória do México. Rating País Standard Moody´s & Poor's Argentina BBB- B1 Bolívia BB+ B1 Brasil BB- B1 Canadá AAA Aa1 China BBB Ba2 Colômbia BBB Ba2 Dinamarca AAA Aaa Equador Caa2 B- Hong Kong A A3 Estados Unidos AAA Aaa Zona do Euro* AAA Aaa Indonésia B- B3 Japão AAA Aa1 Coréia A Baa2 Malásia BBB Baa2 México BB+ Baa3 Paraguai BB- BB- Peru BBB- Ba3 Filipinas A+ Ba1 Polônia A+ Baa1 Rússia B- B3 Singapura AAA Aa1 África do Sul A- Baa3 Suíça AAA Aaa Turquia B+ B1 Uruguai BBB+ Baa3 Venezuela B B2 Tailândia BBB- Baa3 Classificação de Investimento ("Investment Grade") A classificação de risco (ou rating) aumenta a transparência do mercado como um todo. De um modo geral ajuda aos investidores (principalmente os pequenos) na sua tomada de decisão. Isso porque eles podem escolher entre retornos mais baixos a um risco mínimo, ou vice-versa. Ou seja, são capazes de analisar o retorno ajustado para risco do investimento. As classificações de risco de AAA/Aaa até no mínimo BBB-/Baa3, são consideradas como "investment grade", enquanto as abaixo são consideradas como "speculative grade";. Essa divisão é particularmente importante para investidores institucionais, já que por restrições legais e estatutárias eles só podem investir em obrigações de emissores com rating acima de "investment grade". Em geral esses emissores (empresas ou países) possuem melhor qualidade de crédito, e menor risco de inadimplência. Por sua vez, aqueles com classificação abaixo de "investment grade"; têm maior risco de não serem capazes de cumprir (ou atrasar) com as suas obrigações financeiras. Escala de "Rating" Depois de analisados todos os fatores que podem influenciar o "rating", as empresas recebem uma classificação que varia de AAA ou Aaa para segurança máxima nos recebimentos, até D que inclui empresas em processo de concordata ou falência. A tabela abaixo compara a classificação de risco usada pelas três maiores agências de classificação de risco internacionais: Serviço de Rating Explicação sobre Rating Standard Moody´s Fitch & Poor's Segurança Máxima AAA Aaa AAA AA+ Aa1 AA+ AA Aa2 AA AA- Aa3 AA- A+ A1 A+ A A2 A A- A3 A- BBB+ Baa1 BBB+ BBB Baa2 BBB BBB- Baa3 BBB- BB+ Ba1 BB+ BB Ba2 BB BB- Ba3 BB- B+ B1 B+ Alta Segurança Segurança Média Alta Segurança Média Baixa Investment Grade Especulativo Altamente Especulativo B B2 B B- B3 B- Risco de Insolvência CCC Caa CCC Risco Substancial CC Ca CC C C Probabilidade de Insolvência C Alto risco de Insolvência DDD DDD DD DD D D Upgrade / Downgrade Quando uma empresa (ou país) apresenta uma melhoria significativa na sua qualidade de crédito as agências tendem a rever o seu "rating"; para cima, ou seja, dão um "upgrade". O inverso acontece quando a qualidade de crédito sofre uma deterioração significativa, as agências revisaram o "rating"; para baixo, e dão um "downgrade";. O "upgrade"; e "downgrade"; são muitos importantes já que tem implicações diretas não só no custo de financiamento da empresa (ou país), mas também no universo de investidores potenciais. Um "upgrade"; reflete uma redução no risco de crédito da empresa e em geral acarretar numa redução significativa dos seus custos financeiros. O inverso ocorre em caso de "downgrade". Outlook Além de determinar o rating, algumas agências como a Moody´s introduziram o conceito de outlook. O outlook reflete como as agências entendem o futuro das empresas e países analisados. Existem três tipos de outlook: Positivo, Neutro e Negativo. Positivo: quando a classificação de risco está em processo de melhora, e o "rating"; pode ser revisto para cima ("upgrade"). Neutro: quando a classificação de risco está estável e não deve sofrer alterações no curto prazo. Negativo: quando a qualidade do crédito está piorando e existe uma forte tendência de deterioração no "rating"; ("downgrade"). A Importância do Rating O mecanismo de "rating" é benéfico tanto para emissores (empresas e países) quanto para investidores. Como as agências de classificação de risco são entidades independentes, o mecanismo de "rating" ajuda a aumentar a transparência do mercado como um todo. Emissor (empresa ou país) Investidores sentem-se mais confortáveis com empresas que receberam uma classificação de risco, pois isso significa que a empresa foi analisada por agências especializadas. Com exceção de classificações muito ruins de risco, investidores preferem empresas que possuem um "rating"; ou seja, receber um "rating"; tende a aumentar o universo de investidores. A classificação de risco tem implicações diretas no custo de financiamento e flexibilidade financeira do emissor. Um "upgrade";(melhoria no "rating") reflete menor risco de inadimplência e, tende a reduzir os custos de financiamento do emissor; já que o número de investidores dispostos a comprar as obrigações dessa Empresa aumenta. Além disso, a queda do custo financeiro de uma empresa tem um impacto positivo no preço de suas obrigações e ações; já que sugerem um aumento de lucratividade e consequentemente melhora as perspectivas de crescimento futuro. Investidores Investidores se beneficiam do mecanismo de classificação de risco, pois a classificação de risco facilita sua decisão de investimento. Isso porque permite que eles decidam como aplicar seu dinheiro e quanto cobrar de juros sobre os empréstimos concedidos. Quanto pior a classificação, maior o risco e mais elevados tendem a ser os juros cobrados. Em última instância a classificação serve como guia para os investidores analisarem melhor a relação entre o risco e o retorno de um investimento. Por exemplo, assumindo que juros pagos pelas empresas W e Y é de 5%, mas tem uma classificação de respectivamente A e BB. É bem provável que o investidor escolha comprar obrigações da empresa W, pois essa apresenta uma classificação de risco menor. Vale notar que esse é um exemplo bem simples, pois como discutido na nossa seção Perfil do Investidor, a decisão de investir não é função apenas do retorno e do risco; mas também do seu perfil como investidor. Por exemplo, investidores institucionais não poderiam investir na empresa Y, pois ela tem uma classificação de risco abaixo de "investment grade". Fonte: InfoMoney Termos e condições: As informações e análises contidas neste site, oriundas de fornecedores independentes ou geradas pelo próprio Banco do Brasil, têm o propósito exclusivamente informativo, não consistindo em recomendações financeiras, legais, fiscais, contábeis ou de qualquer outra natureza, e, não necessariamente, refletem a opinião do Banco. 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