Termos utilizados
Aqui você aprende um pouco mais sobre aqueles temas que estão frequentemente em jornais,
revistas e televisão, mas que nem todos nós sabemos bem o que significam.
1 - Índices de Atividade Econômica – Brasil
Aqui você encontra a descrição e data de anúncio dos principais indicadores de atividade
econômica do mercado brasileiro. Com exceção do indicador de nível de atividade que é divulgado
pela FIESP, todos os outros são divulgados pela FIPE, FGV ou IBGE. Abaixo agrupamos os
indicadores por órgão divulgador.
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - FIPE
IPC / FIPE
Divulgado na 1a ou 2a semana do mês O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) é divulgado pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas todos os meses. A pesquisa de preços é feita na
cidade de São Paulo, entre pessoas que ganham de 2 a 6 salários mínimos. A coleta dos dados vai
do primeiro ao último dia de cada mês.
Fundação Getúlio Vargas - FGV
IPC-RJ / FGV
Divulgado na 1ª ou 2ª semana do mês O IPC-RJ (Índice de Preços ao Consumidor) é divulgado
mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas. Ele avalia o movimento médio de preços de um
conjunto de bens e serviços no mercado varejista, ou seja, diretamente ao consumidor. A pesquisa
é restrita à região metropolitana do Rio de janeiro, e leva em consideração a população com renda
mensal de 1 a 33 salários mínimos.
IGP-M / FGV
Divulgado aproximadamente no último dia útil do mês O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado)
é divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas. Esse índice, bastante utilizado pelo
mercado, mede a evolução geral de preços na economia, criando assim uma medida da inflação
nacional. O IGP-M é composto pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC - peso de 30%), Índice
de Preços no Atacado (IPA - peso de 60%) e Índice Nacional de Construção Civil (INCC - peso de
10%). O período de coleta de preços para o índice se dá entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20
do mês de referência.
IGP-DI / FGV
Divulgado aproximadamente na 2ª semana do mês O IGP-DI (Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna) é divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas. Esse índice
mede a evolução geral de preços na economia, criando assim uma medida da inflação nacional. O
IGP-DI é composto pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC - peso de 30%), Índice de Preços no
Atacado (IPA - peso de 60%) e Índice Nacional de Construção Civil (INCC - peso de 10%). O
período de coleta de preços para o índice é o mês cheio, ou seja, do primeiro ao último dia do mês.
IGP-10 / FGV
Divulgado aproximadamente na 3ª semana do mês O IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) é
divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas. Esse índice, bastante utilizado pelo
mercado, mede a evolução geral de preços na economia, criando assim uma medida da inflação
nacional. O IGP-10 é composto pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC - peso de 30%), Índice
de Preços no Atacado (IPA - peso de 60%) e Índice Nacional de Construção Civil (INCC - peso de
10%). O período de coleta de preços para o índice se dá entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10
do mês de referência.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
INPC / IBGE
Divulgado aproximadamente no 8º dia útil do mês, o INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor) é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística todos os meses. O
objetivo desse índice é acompanhar a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços
definidos. O público-alvo do índice é formado por famílias, com rendimento mensal entre 1 e 8
salários mínimos, cujo chefe seja assalariado em sua ocupação principal. A pesquisa de preços é
feita nas principais regiões metropolitanas do país, entre o primeiro e último dia de cada mês.
IPCA / IBGE
Divulgado aproximadamente no 8º dia útil do mês O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) é utilizado pelo Banco Central do Brasil para o acompanhamento dos objetivos
estabelecidos no sistema de metas de inflação. É um índice mensal, divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. Ele acompanha a variação de preços de uma cesta de
produtos e serviços. O público alvo do índice é a população com faixa de renda entre 1 e 40
salários mínimos, qualquer que seja a fonte dessa renda, nas principais regiões metropolitanas do
país. A pesquisa de preços é feita entre o primeiro e último dia de cada mês.
IPCA-15 / IBGE
Divulgado aproximadamente na última semana de cada mês. Esse índice é calculado segundo a
mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês. É o período de
coleta que se constitui na diferença entre os dois índices: no caso do IPCA-15, a pesquisa é feita
entre os dias 15 de cada mês.
Pesquisa Industrial Mensal
Divulgado na 1ª ou 2ª semana do mês (dados referentes ao mês retrasado), a Pesquisa Industrial
Mensal, relatório divulgado pelo IBGE, acompanha a evolução da produção e do mercado de
trabalho na indústria. Os indicadores calculados a partir dessa pesquisa apresentam resultados
para todo o Brasil, e para vários gêneros de indústria, focando-se na indústria geral, extrativa
mineral e de transformação.
Para a obtenção de índices reais, as variáveis monetárias da pesquisa são deflacionadas através
de índices do IBGE e da FGV. Consideram-se algumas variáveis, tais como: Pessoal Ocupado na
Produção (POP), Admissões (ADM), Desligamentos (DESL), Número de Horas Pagas na Produção
(NHP), Valor dos Salários Contratuais (VSC), Valor das Horas Extras Pagas (VHE), Valor da Folha
de Pagamento (VFP), Valor da Produção (VP) e Taxa de Rotatividade.
PME
Divulgado na última semana do mês A PME (Pesquisa Mensal de Emprego) é um relatório
divulgado mensalmente pelo IBGE, que trata de mão-de-obra e rendimento do trabalho. Os dados
são obtidos de uma amostra probabilística de aproximadamente 38.500 domicílios situados nas
Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto
Alegre. A Pesquisa segue as recomendações da Organização Internacional do Trabalho. Ela
objetiva produzir resultados que facilitem a análise de sua série em conjunto com as contas
nacionais, e que viabilizem a comparação a nível internacional. A PME separa os indivíduos que
trabalham daqueles que não trabalham (os que procuram trabalho e os inativos).
Fundação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP
INA
Divulgado na última semana do mês O INA (Indicador de Nível da Atividade) é divulgado pela
FIESP/CIESP mensalmente. Seu propósito é o de estimar o índice de produção física da indústria
de transformação do estado de São Paulo. Como o índice real é divulgado pelo IBGE, o valor do
INA é substituído assim que se conhece o dado efetivo. Para se aperfeiçoar o cálculo do INA da
indústria agregada, foram incorporados dois itens ao modelo: heterogeneidade dos gêneros
industriais e as variáveis macroeconômicas.
2 - Índices de Atividade Econômica – EUA
O modo mais dinâmico de se analisar a economia dos Estados Unidos é através da análise de
índices. Esses índices podem medir tanto a variação nos preços quanto atividade econômica, e
são divulgados por várias organizações nos EUA. Há uma infinidade de índices, alguns mais
importantes e acompanhados pelo mercado do que outros.
Veja abaixo uma descrição dos principais índices, de acordo com a classificação da Infomoney:
Índices mais importantes!
Índices de importância média.
Índices pouco acompanhados pelo mercado...
The Employment Report
Divulgado na primeira Sexta-feira do mês, o Employment Report é um relatório completo
sobre emprego, divulgado todo mês pelo Departamento de Trabalho norte-americano.
Ele é dividido em duas partes. A primeira estima a taxa de desemprego (unemployment
rate), através de uma pesquisa feita em quase 60.000 residências. A segunda parte
consiste numa pesquisa realizada em cerca de 375.000 empresas. Ela produz vários
índices importantes: o número de empregos gerados na economia excetuando-se
agricultura e pecuária (nonfarm payrolls), a média de horas trabalhadas por semana
(average workweek), e a média de ganhos por hora (average hourly earnings). O
Employment Report é um dos indicadores mais importantes da atividade econômica nos
EUA. Ele é muito utilizado pelo mercado financeiro - em especial o índice nonfarm
payrolls.
Retail Sales
Divulgado aproximadamente na metade do mês. O Retail Sales é um relatório que mede
as vendas totais do mercado varejista, ou seja, vendas diretas ao consumidor. As
variações na receita são muito acompanhadas pelo mercado, pois estão intimamente
ligadas ao consumo. Um aumento da receita pode ser um indício de aquecimento na
economia, assim como uma diminuição pode indicar um desaquecimento. No entanto,
esse índice não engloba o setor de serviços. Muitos analistas desconsideram a receita
de venda de automóveis, pois ela tende a variar muito de mês para mês, utilizando o
índice ex-autos. O Retail Sales é divulgado todos os meses pelo Departamento de
Comércio dos EUA.
CPI (Consumer Price Index)
Divulgado aproximadamente na metade do mês CPI é um índice de preços ao
consumidor, calculado pelo Departamento de Trabalho norte-americano. Ele mede o
custo de uma cesta pré-definida de bens e serviços. O CPI é largamente utilizado pelo
Governo dos EUA. O CPI pode ser muito influenciado por variações nos preços de
alimentação e energia. Como estes preços são muito voláteis, criou-se uma variação do
CPI, também largamente utilizado como medida de inflação. É o Core CPI, que exclui os
custos de alimentação e energia. O Core CPI é o indicador de inflação mais
acompanhado pelo mercado financeiro.
Employment Cost Index
Divulgado no final do mês posterior ao trimestre. Este índice trimestral é calculado pelo
Departamento de Trabalho norte-americano. Ele mede o custo da mão-de-obra, sendo
muito utilizado pelo mercado como um indicador de inflação. Caso o custo de mão-deobra aumente em determinado trimestre, por exemplo, isso pode ser um indício que os
empregadores repassarão estes custos a seus produtos e serviços, pressionando a
inflação para cima.
PPI (Producer Price Index)
Divulgado aproximadamente no 10º dia do mês. O PPI é um índice de preços no
atacado, ou seja, preços cobrados pelos produtores. Calculado pelo Departamento de
Trabalho norte-americano. Depois do CPI, este é o índice de preços mais acompanhado
pelo mercado. Uma variação deste índice, também largamente utilizada por
economistas, é o Core PPI. O Core PPI não leva em consideração os preços de energia
e alimentos, que são considerados muito voláteis. Através deste índice, portanto, podese ter uma ideia mais realista da inflação.
NAPM Index (National Association of Purchasing Managers Index)
Divulgado no 1º dia útil do mês. O NAPM (National Association of Purchasing Managers)
faz parte de um relatório abrangente, que mede o nível de atividade industrial nos EUA.
O índice é composto por sub-índices, que levam em consideração os seguintes fatores
da indústria norte-americana: número de pedidos, produção, emprego, número de
entregas e estoques. Cada um desses itens tem um peso relativo no índice final. O
NAPM é muito importante devido à sua abrangência, e é divulgado todo começo de mês
pela Associação de Executivos de Compras dos EUA.
Durable Good Orders
Divulgado no final do mês. Esse índice mede o volume de pedidos e entregas de bens
duráveis. É uma medida, portanto, do nível de atividade industrial na economia. Um
número crescente de pedidos indica que o setor industrial está aquecido. O Durable
Good Orders é calculado pelo Departamento de Comércio dos EUA.
GDP (Gross Domestic Product)
Divulgado no fim do mês posterior ao trimestre GDP é a sigla em inglês para Produto
Interno Bruto. Ele é calculado pelo Departamento de Comércio norte-americano. O PIB
mede todos os bens e serviços produzidos na economia em determinado período. Ele é
formado por cinco componentes: consumo, investimento, gastos governamentais, nível
de estoque e saldo de comércio exterior. O consumo representa quase 2/3 do PIB norteamericano, e é um dos componentes menos voláteis.
Consumer Confidence
Divulgado na última Terça-feira do mês (dados do mês corrente). Esse índice mede a
confiança dos consumidores em cerca de 5.000 lares norte-americanos. Ele é dividido
em duas categorias: situação econômica atual do país, e expectativa para o futuro. A
primeira categoria representa 40% do índice, enquanto a segunda representa 60%. O
relatório é produzido por uma organização sem fins lucrativos chamada Conference
Board.
Initial Claims
Divulgado toda Quinta-feira (dados referentes à semana anterior). O Initial Claims mede
o número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. É um índice muito importante,
pois dá uma boa idéia do nível de atividade econômica. Um número crescente de
pedidos mostra que o desemprego está aumentando, o que provavelmente indica
desaquecimento da economia. Um número de pedidos cada vez menor reflete baixo
desemprego e um bom desempenho da economia, o que por outro lado pode trazer
pressões inflacionárias. O Initial Claims é divulgado pelo Departamento de Trabalho
norte-americano.
Personal Income
Divulgado no 1º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado). Este índice mede a
renda individual dos cidadãos norte-americanos. O Personal Income é produzido pelo
Departamento de Comércio dos EUA, e leva em consideração os salários, rendas de
aluguel, auxílios governamentais e renda financeira. O nível de renda é um bom
indicador do consumo e conseqüentemente da atividade econômica no país.
Business Inventories
Divulgado na metade do mês. O Departamento de Comércio mostra, todos os meses, o
nível de vendas e estoques das empresas norte-americanas. Esse índice leva em
consideração tanto o setor industrial como os setores de atacado e varejo.
Consumer Credit
Divulgado no 5º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado). O FED divulga
esse índice durante os primeiros dias de cada mês. O Consumer Credit mede, nos EUA,
o total de crédito ao consumidor. O índice é divulgado muito tarde, por exemplo no
começo de Setembro com dados referentes a Julho. Por esse motivo, os analistas não
costumam dar muita importância ao Consumer Credit.
Treasury Budget
Divulgado na 3ª semana do mês. Os resultados fiscais do Governo norte-americano são
divulgados no final de cada mês, pelo Departamento de Tesouro. É interessante
analisar esses dados em base anual, comparando determinado mês com o mesmo do
ano anterior, pois os resultados variam muito de mês para mês. Além disso, deve-se
prestar muita atenção em Abril, pois é nesse mês que o Tesouro recebe os pagamentos
de Imposto de Renda.
Productivity and Costs
Divulgado no começo do segundo mês posterior ao trimestre. Esse índice mede a
produtividade e os custos de mão-de-obra de toda a economia norte-americana,
excluindo-se a agricultura e a pecuária. O estudo é feito pelo Setor de Estatísticas do
Departamento de Trabalho norte-americano, e os dados são referentes a um período de
três meses. Produtividade e custos de mão-de-obra são fatores determinantes na
inflação.
Leading Indicators
Divulgado nos primeiros dias do mês (dados referentes ao mês retrasado). O Leading
Indicators é um relatório que compreende vários índices já divulgados, como pedidos de
auxílio-desemprego, custo de mão-de-obra, permissões para construção e etc. O
relatório é produzido por uma organização sem fins lucrativos chamada Conference
Board.
Beige Book (Summary of Commentary on Current Economic Conditions by
Federal Reserve District)
Divulgado oito vezes ao ano. O "Beige Book" (livro bege) é um relatório sobre a
atualidade econômica norte-americana, publicado pelo FED. Os doze Federal Reserve
Banks, os bancos centrais regionais, coletam informações sobre a situação econômica
de suas áreas de atuação. Essas informações provêm de relatórios elaborados por
bancos e entrevistas com economistas, analistas financeiros, acadêmicos e homens de
negócio. O Beige Book reúne esse material, sendo dividido por regiões e setores da
economia. Apesar de não expressar a opinião do FED, o Beige Book é importante, pois
fornece informações sobre a atividade econômica regional.
Philadelphia FED Index
Divulgado na terceira Quinta-feira do mês. Este índice é produzido pelo Federal Reserve
Bank da Philadelphia. É uma pesquisa que mede o nível de atividade industrial nos
EUA. Um índice igual a zero indica que a atividade industrial está estabilizada, enquanto
um índice maior que zero significa que ela está em expansão.
University of Michigan Consumer Sentiment Index
Divulgado na quarta Sexta-feira do mês (dados do mês corrente). Esse índice mede a
confiança dos consumidores na economia norte-americana, sendo dividido em duas
categorias: situação atual e expectativas para o futuro. A pesquisa é conduzida pela
Universidade de Michigan.
Housing Starts
Divulgado na metade do mês Housing Starts é nada mais do que o número de casas
que começam a ser construídas, nos EUA, em determinado período. Um número
crescente de casas pode indicar que a economia está aquecida. Quem calcula este
índice é o Departamento de Comércio norte-americano.
Building Permits
Divulgado na metade do mês. Este índice mostra o número de autorizações para
construção imobiliária, em grande parte do território norte-americano. O calculo é feito
pelo Departamento de Comércio dos EUA.
Industrial Production
Divulgado na metade do mês. Este índice, produzido pelo FED, retrata a produção
industrial norte-americana. A industria mineradora também é incluída no índice. Além do
Industrial Production, o FED faz uma estimativa da capacidade industrial utilizada. Este
índice é muito importante, pois pode ser uma estimativa de inflação futura. Uma
indústria que opera em plena capacidade, por exemplo, não pode aumentar sua
produção. Caso a demanda seja maior do que a oferta, o produtor poderia aumentar
seus custos sem prejudicar suas vendas, o que pressionaria os índices de inflação para
cima.
International Trade
Divulgado aproximadamente no 20º dia do mês (dados referentes ao mês retrasado). O
Departamento de Comércio dos EUA divulga, todo mês, os resultados da Conta
Corrente, incluindo a Balança Comercial - Importações e Exportações. Estes dados são
importantes, pois aliados a outros indicadores, mostram o desempenho da economia em
determinado período. Além disso, os resultados da Balança Comercial afetam a cotação
do dólar frente a outras moedas.
New Home Sales
Divulgado no último dia útil do mês. Esse relatório mostra o número de casas novas,
construídas pela iniciativa privada, vendidas e postas à venda. É um indicador do nível
de atividade do setor imobiliário, um setor importante dentro da economia. O New Home
Sales é produzido pelo Departamento de Comércio dos EUA.
PCE (Personal Consumption Expenditures)
Divulgado no 1º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado). O Departamento
de Comércio norte-americano calcula, todos os meses, o nível de consumo individual
nos EUA. O PCE é dividido em três categorias: bens duráveis, bens não duráveis e
serviços. O consumo individual influencia fortemente a atividade econômica.
Existing Home Sales
Divulgado aproximadamente no 25º dia do mês. Esse índice, divulgado pela associação
norte-americana de corretores de imóveis, mede as vendas de casas usadas nos EUA.
Associando-se o Existing Home Sales com o índice de vendas de casas novas (New
Home Sales), pode-se ter uma boa idéia de como anda o mercado imobiliário norteamericano.
Wholesale Inventories
Divulgado aproximadamente no 5º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado).
Esse relatório contém informações sobre as vendas e os estoques do setor atacadista
norte-americano. O estudo é preparado pelo Departamento de Comércio dos EUA.
Factory Order
Divulgado nos primeiros dias do mês (dados referentes ao mês retrasado). Esse índice
mede o volume de pedidos, feitos à industria como um todo, de bens duráveis e bens
não duráveis. O relatório sobre bens duráveis (Durable Good Orders) é divulgado
anteriormente pelo Departamento de Comércio dos EUA, a mesma instituição que
divulga esse relatório.
Construction Spending
Divulgado no 1º dia útil do mês (dados referentes ao mês retrasado). Esse índice mede
os gastos públicos e privados em construção de imóveis. Os dados são divulgados pelo
Departamento de Comércio dos EUA.
3 - Federal Reserve Departament – FED
O FED (Federal Reserve System), Banco Central dos EUA, é a entidade governamental
responsável pela formulação e execução de política monetária norte-americana. Além disso, o FED
age como regulador e supervisor do sistema bancário, serve como "banco" do Governo e o
assessora em operações financeiras.
Uma de suas características mais importantes é a independência em relação ao Governo Federal
dos EUA, garantindo assim a boa condução da política monetária.
Quem participa do FED?
O FED foi criado pelo Congresso norte-americano em 1913. Ele é formado por uma equipe de sete
membros escolhidos pelo Governo (Board of Governors), com sede em Washington DC, e por
doze bancos regionais localizados nas principais cidades dos EUA (Federal Reserve Banks).
Os sete membros do Board of Governors são nomeados pelo Presidente da República e
aprovados pelo Senado, para um mandato de 14 anos - maior do que o do Presidente da
República. Os membros devem, de acordo com a lei norte-americana, representar os interesses
dos setores agrícola, industrial e comercial, e também as divisões geográficas do país. Dois destes
membros são indicados pelo Presidente e confirmados pelo Senado como Chairman e Vice
Chairman do FED, desta vez por um período de quatro anos. A principal responsabilidade do
Board of Governors é a formulação de política monetária, através do FOMC.
Para a execução das atividades diárias de Banco Central, o Governo dos EUA dividiu o país em 12
distritos. Cada um destes distritos possui um Federal Reserve Bank, uma espécie de Banco
Central responsável pela sua região. Estes bancos trabalham em conjunto com o Board of
Governors na condução da política monetária, fornecem informações sobre o desenvolvimento
econômico de seus distritos e supervisionam as instituições bancárias de sua região.
Cada um dos doze Federal Reserve Bank é dirigido por um presidente eleito por uma equipe de
nove membros, o Board of Directors. Três destes membros representam os bancos comercias do
distrito de atuação do Federal Reserve Bank. Os outros seis membros representam os
consumidores e os demais setores da economia.
O FED e a Política Monetária?
O FED possui três instrumentos de condução de política monetária: depósitos compulsórios, taxas
de redesconto e operações de mercado aberto (open market). As operações de mercado aberto compra e venda de títulos públicos - são o instrumento mais importante de política monetária de
que o Banco Central dispõe.
Mas afinal quem decide a taxa de juros?
O Federal Open Market Committee (FOMC) é o membro mais importante do Federal Reserve
System (FED) no que se refere à política monetária. É o FOMC quem define a meta da taxa de
juros Norte-americana, e conduz as operações de mercado aberto de acordo com a meta de juros
estipulada.
Além desta atividade, o FOMC dirige as operações do FED com moedas estrangeiras. Ele é,
portanto, responsável pela formulação de uma política capaz de promover crescimento econômico,
pleno emprego, estabilidade de preços e o equilíbrio do Balanço de Pagamentos.
Entendendo as diversas taxas de juros...
Federal Funds Rate é taxa pela qual os bancos norte-americanos emprestam ou tomam
emprestado recursos no mercado interbancário. Bancos com excesso de liquidez, ao final do dia,
emprestam dinheiro a outros bancos para que estes últimos equilibrem seus caixas. A taxa é, deste
modo, definida pelo mercado.
Quando se diz que o FOMC modificou a taxa de juros, por exemplo, isto significa que ele mudou
sua meta para o Federal Funds Rate. A partir daí, o FOMC vai utilizar seus instrumentos de política
monetária para que o Federal Funds Rate se mantenha de acordo com o estipulado.
Discount Rate, por sua vez, é a taxa de redesconto. Bancos com dificuldades financeiras podem
tomar emprestado recursos de curto prazo com o FED, utilizando a Discount Rate. Esta taxa é
geralmente mais baixa do que o Federal Funds Rate, mas os recursos não são disponíveis para
bancos "saudáveis".
A dinâmica das operações de mercado aberto
As operações de mercado aberto afetam fortemente o nível de moeda em circulação na economia
e, consequentemente, os custos e disponibilidade de dinheiro e crédito no mercado. Vendendo
títulos públicos, o FOMC diminui o nível de moeda em circulação. Inversamente, quando o FOMC
compra títulos públicos ele aumenta a quantidade de moeda. Os bancos podem então fazer novos
investimentos e empréstimos, o que em geral pressiona as taxas de juros para baixo.
Ao contrário das operações de mercado aberto, a compra e venda de títulos públicas por bancos,
empresas e pessoas físicas não altera o nível de moeda. Estas operações apenas redistribuem o
total de moeda em circulação.
Quem toma as decisões?
O FOMC é formado pelos sete membros do Board of Governors do FED (escolhidos pelo governo
norte-americano), e por cinco presidentes de Federal Reserve Banks (Bancos Centrais regionais).
O presidente do Federal Reserve Bank de Nova York é membro do FOMC de modo contínuo, os
demais presidentes são membros de maneira rotativa pelo período de um ano.
Todos os anos, durante sua primeira reunião, os membros do FOMC elegem um Chairman e um
Vice Chairman. Tradicionalmente, o Chairman do Board of Governors é eleito Chairman do FOMC,
e o presidente do Federal Reserve Bank de Nova York é eleito Vice Chairman.
Desse modo, os cargos de Chairman do Board of Governors e Chairman do FOMC se concentram
na mesma pessoa. Estas posições são ocupadas atualmente por Alan Greenspan.
A Estrutura do FED
As famosas "Reuniões do FED"
Pela lei, o FOMC deve se reunir no mínimo quatro vezes ao ano na capital Norte-americana,
Washington D.C.. No entanto, desde 1980 o FOMC vem se encontrando oito vezes ao ano, em
intervalos de cinco a seis semanas. Caso haja necessidade, os membros podem ser chamados
para uma reunião especial, ou podem votar em determinada proposta por telefone ou telegrama.
Em cada evento são escolhidas as políticas a serem adotadas até o próximo encontro, incluindo a
determinação da taxa de juros e seu viés. Ao menos duas vezes ao ano, o Comitê também define
os objetivos monetários de longo prazo. A participação nestas reuniões é bastante restrita, pois as
informações discutidas são confidenciais.
Como são as Reuniões?
Os encontros do FOMC começam com apresentações orais sobre a atualidade econômica, as
condições do mercado e o desenvolvimento financeiro internacional. As apresentações são feitas
por uma equipe especializada do FED.
O próximo passo é o debate entre os membros do FOMC. Eles levam em consideração fatores
como: elevação de preços e tarifas, nível de emprego, níveis de produção dos diversos setores,
renda per capita e consumo, construção residencial e comercial, investimentos em negócios e
estoques, mercados financeiros internacionais, taxas de juros, agregados monetários, crédito e
política fiscal.
Após a discussão, os membros do FOMC se voltam para a política monetária. Cada membro dá
sua opinião sobre a economia e sobre os rumos a serem seguidos. A seguir, os integrantes dão
suas recomendações sobre a forma de conduzir a política monetária até o próximo encontro.
Finalmente, o FOMC chega a um consenso sobre a manutenção ou mudança da meta de juros e
seu viés. Estas políticas são repassadas ao Federal Reserve Bank de Nova York - o banco
responsável pela execução das operações de mercado aberto.
O Chefão do FED
Alan Greenspan é o principal responsável pela condução da política monetária Norte-americana.
Em Junho deste ano ele foi reeleito Chairman do FED, por um período de mais quatro anos. É o
quarto mandato consecutivo de Greenspan, que já havia sido indicado pelos Presidentes Reagan e
Bush, além de Clinton.
O poderoso economista de 76 anos é membro do Board of Governors do FED desde 1987. Ele foi
renomeado por Bill Cinton, em 1992, por mais 14 anos. Alan Greenspan é Ph.D. em economia pela
Universidade de Nova York e possui vasta experiência profissional em empresas públicas e
privadas Norte-americanas. Além disso, já recebeu inúmeros prêmios de universidades como
Harvard, Yale, Pennsylvania, Notre Dame e Leuven (Bélgica).
Ao longo destes anos, inúmeros analistas de mercado se especializaram em prever os próximos
passos de Greenspan. Cada discurso dele é estudado a fundo, e muito se especula sobre o
significado de suas palavras. Tornou-se comum uma análise dos índices da economia dos EUA
através da filosofia "No que Greenspan presta mais atenção?".
4 - Índices de Ações EUA
DowJones, S&P, Nasdaq... saiba mais sobre os índices de ações americanos:
Dow Jones Average - 30 Industrial
É um dos índices mais antigos e mais utilizados pelo mercado. Ele é composto por 30 ações - as
mais importantes e mais representativas de cada setor da economia. Estas ações representam
cerca de um quinto de todas as ações negociadas nos EUA, e cerca de um quarto das negociadas
na Bolsa de Valores de Nova York. Alguns exemplos de empresas que fazem parte do índice:
Coca-Cola, Walt Disney, Alcoa, General Motors, Intel, McDonald's, AT&T, IBM e Microsoft.
http://averages.dowjones.com/djia_cos.html
S&P 500 Index
O S&P 500 Index é formado pelas principais empresas norte-americanas, de acordo com: valor de
mercado, representatividade no setor em que atuam e liquidez das ações. O peso de cada
companhia no índice está relacionado ao seu valor total de mercado. Atualmente, cerca de 75%
das empresas que fazem parte do índice são do setor industrial, 8% do setor de serviços, 15% do
setor financeiro e 2% do setor de transportes. É um índice muito importante, largamente utilizado
no mercado norte-americano e internacional.
http://www.spglobal.com/ssindexmain500text.html
Nasdaq Composite Index
O índice representa todos os ativos, norte-americanos e estrangeiros, listados na Nasdaq. O
Nasdaq Composite é ponderado pelo valor de mercado das empresas. Esse valor é calculado
multiplicando-se o preço de fechamento pelo número total de ações da empresa. Desse modo,
cada ativo afeta o índice apenas na proporção de seu valor de marcado.
O Nasdaq Composite é composto atualmente por cerca de 4.800 companhias. Devido à sua
abrangência, este índice é muito acompanhado pelo mercado financeiro.
http://dynamic.nasdaq-amex.com/dynamic/composite_0.stm
NYSE Composite Index
Esse índice foi criado em 1966 pela NYSE (New York Stock Exchange), a Bolsa de Valores de
Nova York. Este índice é composto por todas as ações ordinárias negociadas na NYSE, de acordo
com seu valor de mercado. Além disso, o NYSE Composite Index é dividido em quatro sub-índices:
Industrial, Transportes, Serviços e Financeiro.
http://www.nyse.com/listed/listed.html
Amex Composite
A Amex (American Stock Exchange) é uma integração das Bolsas de Valores de Boston, Filadélfia,
Chicago e São Francisco. O Amex Composite representa todos os ativos listados nesse mercado,
tanto nacionais quanto estrangeiros. Os ativos compõem o índice de acordo com seu valor de
mercado. Desse modo, o peso de cada ação no Amex composite varia no dia-a-dia.
http://www.amex.com/asp/symbols.asp?exchange=1&type=E
S&P 100 Index
Da mesma forme que o S&P 500 Index, esse índice é formado pelas 100 principais empresas dos
diferentes setores da economia. A participação de cada empresa varia de acordo com o valor de
mercado de suas ações. http://www.spglobal.com
Nasdaq 100 Index
Esse índice representa as 100 maiores empresas listadas no Nasdaq, de acordo com sua
capitalização de mercado. O Nasdaq 100 Index não leva em consideração empresas financeiras,
mas conta com a participação de companhias norte-americanas e estrangeiras. É um índice muito
utilizado, devido à importância das companhias que fazem parte dele.
http://dynamic.nasdaq-amex.com/dynamic/nasdaq100_activity.stm
Fortune 500 Index
Criado pelos editores da revista Fortune. Esse índice é baseado na lista das 500 maiores
empresas sediadas nos EUA, divulgada todos os anos pela revista. O índice é restrito às empresas
da lista que têm ações listadas e amplamente negociadas no mercado. A participação de cada
empresa no Fortune 500 Index é definida de acordo com seu valor diário de mercado.
http://www.fortune.com/fortune/indexes/com.html
Frank Russell 3000 Index
Esse índice mede o desempenho das 3000 maiores companhias norte-americanas, de acordo com
seu valor de mercado. Isso corresponde a aproximadamente 98% do mercado acionário dos EUA.
http://www.russell.com/us/content/russell_indexes/us_indexes/index_membership/ r3000.pdf
5 – Nasdaq
O que é a Nasdaq?
Nasdaq é a sigla em inglês para National Association of Securities Dealers Automated Quotation
System. A Nasdaq é uma bolsa eletrônica que funciona no mercado de balcão norte-americano,
ligando diretamente compradores e vendedores. Atualmente, a Nasdaq possui mais de 4.800
empresas listadas, com um valor de mercado de US$ 5,2 trilhões.
A Nasdaq funciona num sistema de múltiplos participantes, onde cerca de 1.000 operadores
podem negociar por uma rede de comunicação informatizada. Além disso, todos os participantes
têm acesso às informações de mercado em tempo real, através de mais de 350.000 terminais
espalhados no mundo todo.
A Nasdaq é conhecida por abrigar ações de empresas de tecnologia, tanto novas quanto já
consolidadas no mercado. Apesar disso, um grande número de empresas da economia tradicional
faz parte da Nasdaq.
Alguns exemplos de companhias listadas na Nasdaq: Amazon.com, Apple Computer, Cisco
Systems, Microsoft, Dell Computer, Intel, Oracle, Qualcomm, Sun Microsystems e Yahoo!.
Bolsa de Valores - As Bolsas de Valores são instituições organizadas, normalmente com uma sede
física própria.Todas as negociações ocorrem num lugar específico,somente entre os membros da
Bolsa. Ela é também responsável pela liquidação das operações e divulgação dos resultados.
Mercado de Balcão - O mercado de balcão funciona sem um lugar físico específico. As
negociações ocorrem através do casamento de ordens de compra e venda de ações, geralmente
através de um sistema informatizado.
Como funciona?
A Nasdaq funciona através de dois sistemas. Pelo sistema de cotações, os Market Makers
(operadores independentes) são obrigados a indicar preços de compra e venda para qualquer ativo
que desejam negociar. Eles não podem, por exemplo, indicar somente o preço que pagariam por
determinada ação. Eles são obrigados a mostrar ambas as cotações, e devem honrar qualquer
operação oferecida a eles nestas condições.
Além do sistema de cotações, funciona na Nasdaq o sistema de ordens. Neste sistema,
investidores podem fazer ofertas de compra ou venda de ativos através de uma rede chamada
ECN (Eletronic Communication Networks). Ao contrário dos Market Makers, as ordens feitas por
ECN são limitadas em volume, e designadas apenas à compra ou venda. Por exemplo: uma ordem
de compra de US$ 10.000 em ações XYZ.
Os terminais da Nasdaq mostram aos vários participantes, em tempo real, todas as cotações do
mercado. Além disso, o sistema mostra o melhor preço de compra e venda de cada ativo - tanto
dos Market Makers quanto ofertas feitas através dos ECN. Desse modo, as transações são sempre
feitas pelo melhor preço do mercado.
O clearing das operações é feito automaticamente pelo sistema de computadores da Nasdaq. A
direção da bolsa supervisiona os participantes e acompanha de perto as transações.
Quais são os participantes?
A Nasdaq é formado por três tipos de participantes.
Os Market Makers são dealers (operadores) independentes, que competem pelas ordens dos
investidores. Existem cerca de 500 dealers credenciados. Todos eles têm acesso ao sistema
eletrônico da Nasdaq. São os Market Makers que conferem liquidez ao mercado, pois eles têm
estoques dos ativos que negociam, e são obrigados a manter cotações de compra e venda no
sistema informatizado da Nasdaq.
Os Market Makers precisam honrar suas cotações, caso contrário podem receber punições da
Nasdaq. Muitos deles oferecem uma ampla variedade de serviços, com o intuito de criar interesse
entre os investidores: distribuição de análises de ações, assistência a empresas em processos de
abertura de capital (IPOs) e em operações financeiras.
Os ECN (Eletronic Communication Networks) são sistemas que permitem aos investidores emitir
ordens de compra ou venda de ativos. Eles foram introduzidos na Nasdaq em 1997, e podem ser
utilizados por Market Makers ou Order-Entry Firms. Um aspecto interessante é que as ordens
emitidas por ECN são anônimas. Os participantes podem "esconder" suas estratégias, o que tende
a aumentar a concorrência e tornar o mercado ainda mais líquido.
Já as Order-Entry Firms funcionam como corretoras. Elas têm acesso às cotações de mercado, e
entram com as ordens dos investidores no sistema da Nasdaq. Ao contrário dos Market Makers, as
Order-Entry Firms não mantêm estoques de ações e não mantém cotações de compra e venda
para os ativos que desejam negociar.
Um pouco de história
1961
A Nasdaq surgiu a partir de uma iniciativa da SEC (Securities and Exchange Commission), o órgão
regulador do mercado de capitais norte-americano. A intenção da SEC era automatizar o mercado
de balcão dos EUA, até então fragmentado e sem eficiência.
1968
O sistema começou a ser criado pela associação norte-americana de operadores, a NASD
(National Association of Securities Dealers).
1971
A Nasdaq foi inaugurada em Fevereiro, apresentando cotações médias de mais de 2.500 ativos.
Foi a primeira bolsa a conectar eletronicamente compradores e vendedores.
1980
A Nasdaq começou a apresentar, em seus terminais, a melhor oferta de compra e de venda de
cada ativo. Essa política tornou o mercado mais eficiente, fazendo com que os spreads (diferença
entre preço de compra e de venda) caíssem mais de 85%.
1997
Por determinação da SEC, foi incluído na Nasdaq o sistema de ordens. Esse sistema funciona do
mesmo modo que nas Bolsas tradicionais. Os participantes podem definir a quantidade de ativos
que desejam comprar ou vender, e a que preço. A Nasdaq passa então a funcionar tanto no
sistema de cotações quanto no de ordens.
1998
A Nasdaq se une a Amex (American Stock Exchange), uma integração das Bolsas de Valores de
Boston, Filadélfia, Chicago e São Francisco. A fusão criou o Nasdaq-Amex Market Group.
A Nasdaq compreende dois mercados diferentes:
Nasdaq National Market - É o mercado para empresas maiores e de mais volume, contando com
mais de 4.400 ativos. Para ser listada neste mercado, a companhia deve cumprir condições de
saúde financeira e de capitalização, definidas pela direção da Nasdaq, além de preencher
requisitos governamentais.
Nasdaq Small Cap Market - É um mercado para empresas menores, na maioria das vezes
empresas novas. Os requisitos financeiros para que uma empresa seja listada nesse mercado são
mais flexíveis do que o do National Market. O Small Cap Market tem atualmente cerca de 1.800
ativos listados. Muitas empresas nascem nesse mercado e depois migram para o mercado
principal.
A Nasdaq subiu... Mas que índice?
Há uma infinidade de índices que acompanham os ativos da Nasdaq. Os índices são compostos
por ações de empresas de acordo com o seu tamanho, o setor em que atuam, o volume negociado
e etc. Quando se diz que "a Nasdaq caiu" ou "subiu X%", por exemplo, é necessário saber a que
índice a informação se refere. Alguns deles são:
Nasdaq 100 Index - Esse índice representa as 100 maiores empresas listadas no Nasdaq, de
acordo com sua capitalização de mercado. O Nasdaq 100 Index não leva em consideração
empresas financeiras, mas conta com a participação de companhias norte-americanas e
estrangeiras. É um índice muito utilizado, devido à importância das companhias que fazem parte
dele.
Nasdaq Composite Index - O índice representa todos os ativos, norte-americanos e estrangeiros,
listados na Nasdaq. O Nasdaq Composite é ponderado pelo valor de mercado das empresas. Esse
valor é calculado multiplicando-se o preço de fechamento pelo número total de ações da empresa.
Desse modo, cada ativo afeta o índice apenas na proporção de seu valor de marcado.
O Nasdaq Composite é composto atualmente por cerca de 4.800 companhias. Devido à sua
abrangência, este índice é muito acompanhado pelo mercado financeiro.
Nasdaq National Market Composite Index - É uma subdivisão do Nasdaq Composite. Este índice
representa todas as empresas do Composite que fazem parte do Nasdaq National Market.
Nasdaq Financial -100 Index - Esse índice é composto pelas 100 maiores instituições financeiras
listadas no Nasdaq National Market.
6 – Rating
O que é um "Rating"?
Trata-se de um mecanismo de classificação da qualidade de crédito de uma empresa, ou país. O
"rating"; de uma empresa (ou país) tem como objetivo classificar o risco da empresa (ou do país)
não ser capaz de cumprir com suas obrigações financeiras.
Essa classificação é feita pelas agências de classificação de risco, que periodicamente, revisam
suas opiniões sobre o "rating"; de uma empresa (ou país). Nada mais natural, já que a qualidade
de crédito (ou risco de inadimplência) de uma empresa (ou país) pode se altera drasticamente de
um período ao outro.
Entre as principais agências internacionais de classificação de risco estão Standard & Poor´s,
Moody´s e a Fitch (surgida da fusão da Fitch IBCA com a DCR), entre as brasileiras temos a SR
Rating.
Explicando a metodologia
Para estabelecer um "rating"; as agências de classificação de risco levam em consideração todos
os fatores que possam afetar a qualidade de crédito das obrigações emitidas por uma empresa
e/ou país. No caso de empresas as principais variáveis analisadas são: nível de endividamento,
flexibilidade de re-financiamento (ou aumentar endividamento), liquidez, participação de mercado,
desempenho relativo a outras empresas do setor, capacidade administrativa, situação
macroeconômica, leis e regulamentação de mercado, etc. Além das variáveis relacionadas acima,
o "rating"; de países também é função da condução da política fiscal e monetária, do
endividamento interno e externo, da vulnerabilidade com relação ao mercado internacional, assim
como o ambiente legal e regulamentar no país.
Rating Soberano
O "rating", soberano não foi criado para comparar países, mas sim para classificar a capacidade
relativa do país em pagar suas obrigações financeiras (qualidade de crédito relativa). Em geral
esse "rating"; estabelece um teto para "rating"; das obrigações das empresas deste país.
Contudo há exceções, como é o caso de empresas que lançam títulos securitizados, vinculados a
um recebimento. Por exemplo, recentemente a Vale do Rio Doce emitiu um título securitizado com
base nos recebimentos de suas exportações de minério de ferro, que recebeu uma classificação de
risco melhor que a do Brasil, ou seja, acima do rating soberano. Isso porque, em caso de
inadimplência da empresa esses recebimentos futuros vindos do exterior podem ser repassados
para os investidores.
Um outro exemplo são as empresas que tem operações internacionais que suportem por si só
manter os fluxos de pagamentos de suas obrigações. Por exemplo, uma empresa mexicana que
tem um grande volume em operações nos EUA pode ter um "rating"; melhor que o próprio México.
Isso porque o volume gerado nos EUA é suficiente para que ela honre suas obrigações financeiras
mesmo em caso de moratória do México.
Rating
País
Standard
Moody´s
& Poor's
Argentina
BBB-
B1
Bolívia
BB+
B1
Brasil
BB-
B1
Canadá
AAA
Aa1
China
BBB
Ba2
Colômbia
BBB
Ba2
Dinamarca
AAA
Aaa
Equador
Caa2
B-
Hong Kong
A
A3
Estados Unidos AAA
Aaa
Zona do Euro*
AAA
Aaa
Indonésia
B-
B3
Japão
AAA
Aa1
Coréia
A
Baa2
Malásia
BBB
Baa2
México
BB+
Baa3
Paraguai
BB-
BB-
Peru
BBB-
Ba3
Filipinas
A+
Ba1
Polônia
A+
Baa1
Rússia
B-
B3
Singapura
AAA
Aa1
África do Sul
A-
Baa3
Suíça
AAA
Aaa
Turquia
B+
B1
Uruguai
BBB+
Baa3
Venezuela
B
B2
Tailândia
BBB-
Baa3
Classificação de Investimento ("Investment Grade")
A classificação de risco (ou rating) aumenta a transparência do mercado como um todo. De um
modo geral ajuda aos investidores (principalmente os pequenos) na sua tomada de decisão. Isso
porque eles podem escolher entre retornos mais baixos a um risco mínimo, ou vice-versa. Ou seja,
são capazes de analisar o retorno ajustado para risco do investimento.
As classificações de risco de AAA/Aaa até no mínimo BBB-/Baa3, são consideradas como
"investment grade", enquanto as abaixo são consideradas como "speculative grade";. Essa divisão
é particularmente importante para investidores institucionais, já que por restrições legais e
estatutárias eles só podem investir em obrigações de emissores com rating acima de "investment
grade". Em geral esses emissores (empresas ou países) possuem melhor qualidade de crédito, e
menor risco de inadimplência. Por sua vez, aqueles com classificação abaixo de "investment
grade"; têm maior risco de não serem capazes de cumprir (ou atrasar) com as suas obrigações
financeiras.
Escala de "Rating"
Depois de analisados todos os fatores que podem influenciar o "rating", as empresas recebem uma
classificação que varia de AAA ou Aaa para segurança máxima nos recebimentos, até D que inclui
empresas em processo de concordata ou falência.
A tabela abaixo compara a classificação de risco usada pelas três maiores agências de
classificação de risco internacionais:
Serviço de Rating
Explicação sobre Rating
Standard
Moody´s Fitch
& Poor's
Segurança Máxima
AAA
Aaa
AAA
AA+
Aa1
AA+
AA
Aa2
AA
AA-
Aa3
AA-
A+
A1
A+
A
A2
A
A-
A3
A-
BBB+
Baa1
BBB+
BBB
Baa2
BBB
BBB-
Baa3
BBB-
BB+
Ba1
BB+
BB
Ba2
BB
BB-
Ba3
BB-
B+
B1
B+
Alta Segurança
Segurança Média Alta
Segurança Média Baixa
Investment Grade
Especulativo
Altamente Especulativo
B
B2
B
B-
B3
B-
Risco de Insolvência
CCC
Caa
CCC
Risco Substancial
CC
Ca
CC
C
C
Probabilidade de Insolvência C
Alto risco de Insolvência
DDD
DDD
DD
DD
D
D
Upgrade / Downgrade
Quando uma empresa (ou país) apresenta uma melhoria significativa na sua qualidade de crédito
as agências tendem a rever o seu "rating"; para cima, ou seja, dão um "upgrade". O inverso
acontece quando a qualidade de crédito sofre uma deterioração significativa, as agências
revisaram o "rating"; para baixo, e dão um "downgrade";.
O "upgrade"; e "downgrade"; são muitos importantes já que tem implicações diretas não só no
custo de financiamento da empresa (ou país), mas também no universo de investidores potenciais.
Um "upgrade"; reflete uma redução no risco de crédito da empresa e em geral acarretar numa
redução significativa dos seus custos financeiros. O inverso ocorre em caso de "downgrade".
Outlook
Além de determinar o rating, algumas agências como a Moody´s introduziram o conceito de
outlook. O outlook reflete como as agências entendem o futuro das empresas e países analisados.
Existem três tipos de outlook: Positivo, Neutro e Negativo.
Positivo: quando a classificação de risco está em processo de melhora, e o "rating"; pode ser
revisto para cima ("upgrade").
Neutro: quando a classificação de risco está estável e não deve sofrer alterações no curto prazo.
Negativo: quando a qualidade do crédito está piorando e existe uma forte tendência de
deterioração no "rating"; ("downgrade").
A Importância do Rating
O mecanismo de "rating" é benéfico tanto para emissores (empresas e países) quanto para
investidores. Como as agências de classificação de risco são entidades independentes, o
mecanismo de "rating" ajuda a aumentar a transparência do mercado como um todo.
Emissor (empresa ou país)
Investidores sentem-se mais confortáveis com empresas que receberam uma classificação de
risco, pois isso significa que a empresa foi analisada por agências especializadas. Com exceção de
classificações muito ruins de risco, investidores preferem empresas que possuem um "rating"; ou
seja, receber um "rating"; tende a aumentar o universo de investidores.
A classificação de risco tem implicações diretas no custo de financiamento e flexibilidade financeira
do emissor. Um "upgrade";(melhoria no "rating") reflete menor risco de inadimplência e, tende a
reduzir os custos de financiamento do emissor; já que o número de investidores dispostos a
comprar as obrigações dessa Empresa aumenta.
Além disso, a queda do custo financeiro de uma empresa tem um impacto positivo no preço de
suas obrigações e ações; já que sugerem um aumento de lucratividade e consequentemente
melhora as perspectivas de crescimento futuro.
Investidores
Investidores se beneficiam do mecanismo de classificação de risco, pois a classificação de risco
facilita sua decisão de investimento. Isso porque permite que eles decidam como aplicar seu
dinheiro e quanto cobrar de juros sobre os empréstimos concedidos. Quanto pior a classificação,
maior o risco e mais elevados tendem a ser os juros cobrados.
Em última instância a classificação serve como guia para os investidores analisarem melhor a
relação entre o risco e o retorno de um investimento. Por exemplo, assumindo que juros pagos
pelas empresas W e Y é de 5%, mas tem uma classificação de respectivamente A e BB. É bem
provável que o investidor escolha comprar obrigações da empresa W, pois essa apresenta uma
classificação de risco menor.
Vale notar que esse é um exemplo bem simples, pois como discutido na nossa seção Perfil do
Investidor, a decisão de investir não é função apenas do retorno e do risco; mas também do seu
perfil como investidor. Por exemplo, investidores institucionais não poderiam investir na empresa Y,
pois ela tem uma classificação de risco abaixo de "investment grade".
Fonte: InfoMoney
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