03 de setembro de 2015 - 1 ESPECIAL / Nº 111 / eco regional / 03 de SETEMBRO de 2015 Silo garante a qualidade e reduz perda de milho Sandra Brancher Família Zanella de Putinga apostou na construção de silo para armazenamento de grãos e está satisfeita com o resultado. Obra contou com o acompanhamento da Emater. 03 de setembro de 2015 - 3 2 - 03 de setembro de 2015 ARVOREZINHA Sementes de milho Troca-troca já podem ser retiradas Keroli Lima Keroli Lima Família Zanella apostou na construção de silo para armazenagem de milho iniciaremos neste mês o plantio do milho, onde estaremos auxiliando os agricultores com os serviços gerais desenvolvidos pela Secretaria”, destacou. Keroli Lima O agricultor Ivo Mignoni, de Linha Quarta Baixa, interior de Arvorezinha, ficou surpreendido com o nabo gigante que encontrou em sua propriedade na última semana. Família Zanella juntamente com engenheira agrônoma da Emater Janes mostram o silo muito viável. Além da facilidade de manejo, reduzimos as perdas por conta dos ratos e a qualidade dos grãos de mantém. Teremos milho de qualidade para alimentar os animais o ano todo”, comentaram. A engenheira agrônoma da Emater local, Janes Mezacasa, ressalta que os silos facilitam muito a vida dos agricultores que utilizam milho para consumo na propriedade e que o investimento se paga em alguns anos. Propriedade diversificada Além de milho, a família aposta em fumo, erva-mate, lenha e leite. Com uma estrutura ampla na propriedade, contando com tratores e equipamentos para facilitar o trabalho, os Zanella trabalham unidos. Josmar e Morgana, mesmo sendo um casal novo, não pensam em abandonar o campo. Trabalham e investem na propriedade para poder fazer seu futuro ali. “Muitas vezes é desanimador o preço dos produtos. Por isso temos que investir em mais de uma atividade para poder ter lucratividade”, comentou Josmar. Na última semana a família iniciou o plantio de fumo. Nesta safra serão cultivadas 85 mil mudas. GERAL Cautela de produtores ajuda a explicar previsão de queda na próxima safra de grãos O pé no freio dos produtores antes de investir em insumos e compra de equipamentos deverá refletir no rendimento da próxima safra de grãos, conforme estimativa divulgada na segunda-feira 31 de agosto, pela Emater. Pela previsão da entidade, o Rio Grande do Sul deverá colher 27,95 milhões de toneladas – volume 7% menor do que a safra recorde colhida neste ano. Secretário da Agricultura Reni Guerini Maia Nabo gigante surpreendeu agricultor Sandra Brancher O jovem casal Josmar e Morgana trabalham firmes na agricultura juntamente com João e Marines Cadastro Ambiental Rural Keroli Lima A produção de milho é tradição na família Zanella, de Linha Santo Isidoro, no interior de Putinga. Toda a produção é utilizada para a alimentação dos 29 animais da propriedade, entre vacas leiteiras e terneiros. O armazenamento do milho em espiga até 2014 era feito em um paiol, porém, ao passar alguns meses do armazenamento, quando a família utilizava o milho, percebia a baixa qualidade e a quebra de cerca de 50%, devido à infestação de ratos. Para solucionar estes problemas, a família apostou na construção de um silo para armazenagem de milho a granel. A construção, iniciada no mês de março deste ano, contou com o apoio da Emater do município e do engenheiro agrônomo da Emater de Anta Gorda, Fernando Selayaran. João e Marines, seu filho Josmar e a nora Morgana comentam das facilidades proporcionadas pelo silo. “O investimento de R$ 26 mil para a construção do silo com capacidade para armazenar 700 sacas de milho foi Sandra Brancher Sandra Brancher As sementes de milho Troca-troca da safra 2016 já podem ser retiradas. Os 400 agricultores que fizeram a reserva do milho podem retirá-lo junto a Secretaria de Agricultura, em horário de atendimento da Prefeitura Municipal. A entrega das sementes de milho iniciaram na última semana e se estenderá nos próximos meses, ou até que todas sejam retiradas. A Secretaria de Agricultura vem desenvolvendo um trabalho intenso nos últimos meses, o qual se intensificará ainda mais no mês de setembro, quando iniciará o plantio de milho. O secretário da Agricultura Reni Guerini Maia fala dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos. “Continuamos realizando os serviços gerais junto às comunidades do interior como limpeza de estradas, patiação e escavos. Também A estimativa é de redução até mesmo na safra de soja, que nos últimos três anos bateu sucessivos recordes de produção. Mesmo com uma área 3,14% maior, chegando ao recorde de 5,4 milhões de hectares, o volume a ser colhido deverá ficar um pouco abaixo do histórico deste ano. “Os produtores devem investir somente o que for extremamente necessário para não comprometer o rendimento das lavouras”, disse o presidente da Emater, Clair Kuhn. Ele pondera, no entanto, que a projeção é de uma safra boa, beneficiada especialmente pelas condições climáticas trazidas pelo fenômeno El Niño nos meses de verão. O receio dos agricultores vem do aumento nos custos de produção verificados neste ano. A restrição de crédito agrícola pelos bancos também é um agra- vante. Nos fertilizantes, a maioria cotados em dólar, a alta foi superior a 30%. “O dólar segue subindo. Esse cenário, inevitavelmente, levará o produtor a reduzir o uso de tecnologia, o que não é recomendável do ponto de vista produtivo”, avalia Tiago Sarmento Barata, diretor comercial do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). O nabo encontrado pesa 6,7 quilos, mais que o dobro do peso de nabos convencionais. Segundo Ivo, nunca um nabo tão grande foi encontrado em sua horta. “Plantamos nabo todos os anos e eu nunca tinha colhido um tão grande como este. Toda família ficou surpreendida, sendo que muitas pessoas estão querendo conhecer o legume”, contou. Ivo exibe o nabo gigante que encontrou em sua propriedade O CAR – Cadastro Ambiental Rural foi prorrogado pelo Governo Federal através do Decreto n° 8.439/2015, sendo que o prazo final para inscrição do imóvel rural é o dia 25/05/2016. O que é o CAR? É um cadastro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. Quem precisa fazer o CAR? O Cadastro Ambiental Rural é obrigatório para todos os imóveis rurais (propriedades ou posses) públicos ou privados, inclusive ao pequeno produtor rural, devendo ser realizado pelo proprietário ou posseiro, independentemente da situação da propriedade (com ou sem matrícula, registro de imóveis, escritura pública ou sessão de direitos). Que informações precisam ser declaradas? Deverá ser informada a identificação do proprietário ou posseiro; documentos que comprovem a propriedade ou posse rural; identificação do imóvel rural; delimitação do perímetro do imóvel, das Áreas de Preservação Permanente (APP), das áreas remanescentes de vegetação nativa, de Reserva Legal (RL), áreas de uso restrito (inclinação entre 25° e 45°) e áreas consolidadas (art. 3° da Lei 12.651/2012). Quando o imóvel será considerado regularizado ambientalmente? O CAR é o primeiro passo para a regularização ambiental do imóvel rural. Se o órgão ambiental estadual competente constatar que o imóvel não apresenta passivo ambiental referente à Reserva Legal, Área de Preservação Permanente e Área de Uso Restrito, ele está regularizado. Se houver passivo, o proprietário deverá aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), tendo o prazo máximo de 20 anos para efetuar a regularização ambiental necessária. O que acontece com quem não fizer o CAR? Os proprietários ou posseiros que não realizarem o cadastro até a data limite (25/05/2016) perderão os benefícios previstos na Lei 12.651/2012, como: acesso a financiamentos e créditos agrícolas, possibilidade de aderir ao PRA (Programa de Regularização Ambiental) tendo o direito de recuperar e/ou compensar as áreas desmatadas depois de 22 de Julho de 2008 gradativamente durante os próximos 20 anos, utilizar áreas remanescentes de vegetação nativa para compensação ambiental (arrendamento, cota de reserva ambiental), isenção da averbação da Reserva Legal na matrícula do imóvel dentre outros benefícios previstos em lei. Jonas Pancotte Engenheiro Ambiental Técnico em Agropecuária Pós-graduando em Eng. de Seg. do Trabalho CREA-RS 169.553 4 - 03 de setembro de 2015 Criada a Câmara Setorial Nacional da Erva-mate Engº. Florestal Roberto M. Ferron – Diretor executivo do Ibramate A prova de que juntos seremos fortes, está na criação da Câmara Setorial Nacional da Erva-mate, que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou em correspondência endereçada ao Ibramate, no dia 18 de agosto: “É com grande satisfação que será criada, no âmbito deste Ministério, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Erva-mate. Para isso, a Câmara encaminha aos membros o modelo de ofício, em anexo, para indicação dos representantes que compõem a respectiva entidade. Solicitamos a gentileza de enviarem via postal, ofício devidamente Erva-mate (Arroba) -.....R$ 14 / R$15 Fumo BO1 (Arroba) -...........R$ 138,30 Fumo BO2 (Arroba) -...........R$ 119,70 Fumo Burley B1 (Arroba)- ...R$ 121,65 Milho saca............................R$ 23,50 Soja Transgênica ....................R$ 67,00 Trigo (PH) 78 saca R$............R$ 32,00 Boi (abatido) Kg......................R$ 8,00 Vaca (abatida) Kg..................R$ 7,80 Leite (preço base)..................R$ 0,84 Leite (taxa a frio)...................R$ 0,89 Suíno - Kg...................R$ 3,28 (média) preenchido e assinado (original), indicando os nomes do titular e do suplente”. Há quatro anos, os presidentes dos Sindimate’s do RS, SC, PR e MS reivindicaram ao ministro da Agricultura a atenção especial do Governo Federal à Cadeia Produtiva da Erva-mate, solicitando a criação da Câmara Nacional. Foram muitas idas e vindas a Brasília, batendo na porta dos Ministérios e solicitando ajuda aos deputados da Bancada Federal, aos senadores, e algumas pessoas do RS, que trabalham dentro do próprio Ministério da Agricultura. O setor ervateiro brasileiro se manteve unido, em alerta, e com perseverança e persistência conseguiu o intuito almejado. O que representa a criação da Câma- ra Setorial Nacional da Erva-mate? No meu entender, representa muito, ou seja, abrimos um canal de diálogo direto com os órgãos federais, que tratam da nossa agricultura, silvicultura, tecnologia, meio ambiente, pesquisa, ciência, comércio exterior, entre outras. As demandas dos produtores, viveiristas e industrialistas do mate levantadas e discutidas na nossa Câmara Estadual, e que têm conotação nacional, poderão ser encaminhadas à Câmara Federal, buscando o estabelecimento de políticas setoriais para a erva-mate comum a todos os estados produtores, como RS, SC, PR e MS. Foram poucos que batalharam para que isto ocorresse, vale lembrar do então presidente do Sindimate-RS Alfeu Stra- passon, do atual presidente, Gilberto Heck, do assessor jurídico do Sindimate, advogado Jorge Gustavoto Birck. Méritos aos batalhadores! Essa conquista será aproveitada por todos os atores da cadeia produtiva da erva-mate gaúcha e brasileira. Pois, atingirá o coletivo. Ainda, precisamos urgentemente fortalecer as entidades representativas dos produtores de erva-mate, a Idumate e o próprio Sindimate -RS. Juntos seremos fortes e faremos muito em prol de todos! Pensem nisto, enquanto lhes desejo uma boa semana. Ilópolis, 01 de setembro de 2015