O subprocurador da Consultoria Adalberto Robert Alves abordou uma reportagem, publicada em 18/01 no Conjur (clique aqui para acessar), que tratou do ex-presidente da Jucesp Armando Luiz Rovai. O teor da reportagem mencionou um desentendimento entre ele e o procurador José Procópio (ex-presidente do Sindiproesp). Ademais, o dr. Rovai teceu algumas críticas à PGE, apontando como um dos motivos por ele ter pedido exoneração da Junta Comercial a visão míope da Procuradoria. “Tomamos conhecimento disso na segunda-feira (20/01). O dr. José Renato determinou que fosse elaborada uma nota, que foi encaminhada pelo assessor de imprensa da PGE ao Consultor Jurídico e foi publicada”. O PGE adjunto explicou que a nota não foi exatamente publicada, pois o Conjur tem um sistema de atualizar a reportagem incorporando as informações encaminhadas pela assessoria de imprensa: “eles incorporaram, em grande medida, as informações que constavam da nota da PGE”. O dr. Adalberto prosseguiu: “especificamente aos fatos, eles ocorreram no dia 13/12, que foi a nossa última sessão do Conselho. Logo após o almoço, eu vim tomar conhecimento (do ocorrido) no final da tarde do dia 13. O dr. Procópio me ligou. Ele estava na delegacia de polícia registrando uma ocorrência. E eu já entrei em contato com ele, disse que a PGE estava à disposição e daria o suporte institucional. (...) Era o último dia de trabalho dele. Ele entrou em gozo de férias ou licença. Pelo que eu sei foi instaurado um procedimento a pedido do Dr. Nelson na Corregedoria da Junta Comercial. Então, tem um procedimento instaurado lá para apurar os fatos. O dr. Procópio ao retornar de férias conversou comigo e manifestou o seu interesse de deixar a Consultoria. Ele entendeu que não tinha mais condições de lá continuar por conta desse lamentável episódio. Até porque o ex-presidente é advogado ainda, tem acesso à Junta Comercial, ele tem clientes e tem que transitar lá. Nós acolhemos o pedido do dr. Procópio. Ele entendeu por bem tirar mais 15 dias de férias, cujo pedido foi protocolizado na semana passada. Ele volta no começo de fevereiro e será designado a pedido para uma outra Consultoria Jurídica. A exoneração do ex-presidente da Jucesp saiu no dia 8/01, retroativa ao dia 14/11. Tudo isso foi encaminhado ao dr. José Renato, que prontamente entrou em contato com o titular da Pasta a qual a autarquia é vinculada, o secretário Rodrigo Garcia, que se encontra em gozo de férias. Então, o dr. José Renato conversou com o adjunto, mas não teve possibilidade de conversar com o próprio titular. Eu acho que é importante esse esclarecimento de que desde o primeiro momento nós sempre apoiamos o Procópio. Eu tenho certeza absoluta – quem conhece o dr. Procópio sabe da sua educação e que ele é uma pessoa extremamente cordial – que se houve algum excesso, se houve algo reprovável, não foi da parte dele. Foi da parte do ex-presidente da Junta Comercial. Eu sugeri ao dr. Procópio que nós façamos uma sessão de desagravo aqui neste Conselho – daí o porque eu estou trazendo a notícia – e ele pediu para pensar. Talvez ele não queira se expor. Ele, como o ofendido, tem o direito de dizer se gostaria da sessão de desagravo ou não. Mas eu queria dizer que institucionalmente ele recebeu o apoio desde o primeiro momento. Depois desses episódios, eu conversei pessoalmente com ele umas três vezes e outras por telefone. Há esse procedimento instaurado na Corregedoria da Junta Comercial e assim que o secretário Rodrigo Garcia retornar de férias isso será tratado, penso eu, diretamente com ele. Foram fatos lamentáveis assistidos por outros colegas e por outras pessoas da Junta Comercial. Até onde eu sei, todos disseram – apesar do destempero desse senhor – que o Procópio manteve uma postura impecável. Eu queria trazer essa questão ao Conselho – alguns colegas provavelmente viram essa matéria no Conjur – e dizer que nós estamos apoiando o dr. Procópio. Ao longo desses anos, ele foi um excelente chefe na Junta Comercial – uma Procuradoria de Autarquia que pela sua matéria é extremamente complexa e complicada. Ele foi um excelente chefe. Então, a pedido dele – e eu acho que ele está coberto de razão e eu entendo as razões pessoais – isso foi levado ao dr. José Renato, que também desde o primeiro momento entendeu que se é vontade dele não continuar lá, nós temos que o apoiar irrestritamente nesse momento. Então, gostaria de trazer o assunto a este Conselho e espero que isso seja superado. Tenho certeza que tomaremos as medidas institucionais necessárias, quer seja para dar retaguarda ao dr. Procópio mas também para a própria instituição da PGE. É inadmissível que qualquer um venha tratar um procurador como esse senhor o fez. (...) É uma questão delicada e lamentável. Eu não tinha dito nada até o momento até para preservar o dr. Procópio. Mas tendo em vista a notícia veiculada no Conjur, que não conseguiu localizar o dr. Procópio porque ele estava em férias (como foi dito na nossa nota), eu entendo por bem comunicar isso ao Conselho”. O PGE adjunto consignou: “foi um episódio lamentável e muito desagradável envolvendo um colega nosso: chefe de uma Procuradoria importante, que é a da Junta Comercial. O trabalho da PGE naquela Unidade é muito antigo e importante. Funciona muitíssimo bem e o Procópio é um excelente chefe. Isso dito por todos os colegas que trabalham lá e dito por quem já atuou na Junta Comercial. Eu estou me referindo aqui à dra. Eliana Bertachini, que hoje é chefe da PAT, mas que já foi chefe da Procuradoria da Junta Comercial e diz que o Procópio é um procurador irrepreensível. Mas, independentemente disso, o fato é que um procurador-chefe de uma Unidade da PGE foi ‘atacado’ por um dirigente daquela autarquia. Desde que o episódio ocorreu, estamos acompanhando muito de perto esse acontecimento para que possamos dar rapidamente as respostas - já que é algo que diz respeito à defesa das prerrogativas dos procuradores. Temos a absoluta convicção de que realmente foi um ato de destempero do ex-dirigente da Junta Comercial. O assunto está sendo acompanhado na esfera policial, porque ambos representaram – tanto o ex-presidente da Juscesp quanto o nosso colega. Obviamente, a Corregedoria da Junta Comercial (está apurando). Antes que perguntem o motivo da nossa Corregedoria não estar atuando: é porque não é imputada ao Procópio nenhuma conduta. A conduta agressão veio da parte do outro agente nessa discussão. Estamos acompanhado muito de perto para dar ao procurador todo o amparo e toda a guarida necessária do ponto de vista institucional. Era isso que o dr. Adalberto queria relatar e eu acredito que em algum momento isso terá que ser formalizado. Se existe uma proposta de desagravo, isso tem que ser formalizado. A ideia é essa, não é Adalberto? Ou você quer esperar o Procópio retornar de férias?”. O dr. Adalberto disse ter achado necessário trazer o tema ao Conselho após ter sido veiculado no Conjur: “temos dois aspectos. O aspecto institucional e temos a questão pessoal do Procópio. Penso que na ponderação dessas duas coisas, eu tendo a consultar o Procópio para ver se ele realmente gostaria desse desagravo – independentemente das medidas que tomaremos junto ao secretário a quem a autarquia está vinculada. Em síntese, eu não sei se ele quer mais ou menos exposição. (...) É complexo, mas hoje tendo a conversar com ele. Se o Procópio disser que quer passar uma ‘borracha’ no assunto, talvez não seja o caso (do desagravo). Independentemente das outras atitudes que tomaremos em relação à autarquia (...)”. O PGE adjunto disse: “o que importa é que reação está ocorrendo. Estamos ao lado do Procópio o tempo todo, porque acho importante a Instituição ficar ao lado dele. Estamos dando as respostas. Eu estou conversando com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O secretário Rodrigo Garcia está fora de São Paulo, mas com o Nelson Baeta (que é o adjunto) eu já conversei em duas oportunidades. A própria Secretaria está um pouco ‘absurdada’ (como dizia um colega de Osasco) com o que aconteceu, porque é algo inusitado. Então, estamos acompanhando com alguma cautela para que não haja uma exposição exagerada do episódio”. O corregedor geral José Luiz Borges registrou: “antes de esperar a palavra chegar a mim, eu quero falar desse episódio. No dia da última sessão desse Conselho no ano passado (13/12), o dr. Procópio ligou para a Corregedoria da PGE e explicou o que tinha acontecido. Ele estava muito nervoso e emocionado ao telefone. Eu orientei o colega a se acalmar um pouco, pensar com a cabeça mais fria, procurar uma delegacia de polícia, registrar os fatos e procurar os colegas que presenciaram aquilo como testemunhas. Depois, eu procurei o dr. José Renato e o dr. Adalberto para reportar os fatos. Ficamos de conversar sobre isso posteriormente. Só que depois encerrou o ano e eu saí de férias. Voltei na última sexta-feira (17/01) e aí que eu fiquei sabendo de mais desdobramentos – ou seja, esse artigo no Conjur. (...) Então, o dr. José Procópio recebeu de imediato a solidariedade da Corregedoria e também dos seus companheiros de trabalho. Posso atestar que estivemos lá em correição no ano de 2012. O dr. Procópio tem uma chefia absolutamente isenta, os colegas gostam muito de trabalhar com ele, os processos estavam absolutamente em ordem e não havia nada atrasado naquela procuradoria jurídica. Os funcionários fizeram questão de elogiar a chefia. Os métodos de trabalho do dr. Procópio foram aprovados por todos. Naquela oportunidade, ele me levou para conhecer o então presidente da Junta – que era outra pessoa– que também teceu enormes elogios à atuação da Procuradoria Jurídica da PGE e também ao dr. Procópio. Reitero o apoio a esse nosso colega e que não há nada que macule a atuação dele na chefia daquela Procuradoria”. O conselheiro Daniel Pagliusi registrou que de “fato é uma situação muito grave, que envolve um colega nosso. Um colega com que tive a oportunidade de trabalhar quando eu estava na Associação e o Procópio no Sindicato. Trabalhamos em alguns projetos juntos e é um colega realmente muito dedicado, que veste a camisa da PGE. Ele realmente merece o nosso amparo (...) Fica já de pronto, se o dr. José Procópio estiver de acordo, o meu apoio irrestrito à sessão de desagravo”.(Ouça o trecho entre 01h05min e 01h25min). O subprocurador do Contencioso Geral Fernando Franco externou a sua solidariedade ao dr. Procópio – um excelente procurador e um ser-humano incrível, educado, gentil e respeitoso. “Sem conhecer detalhes dos fatos, eu tenho absoluta certeza da postura adotada pelo Procópio. É um sujeito que mesmo em situações delicadas, sempre teve uma postura impecável. É um procurador que por onde passou na Procuradoria sempre trabalhou de forma muito correta, comprometida e séria. Os quatro anos à frente da presidência do Sindicato ilustram bem isso. Foi um grande presidente e eu quero deixar aqui registrada a minha solidariedade ao Procópio” (Ouça o trecho entre 01h25min e 01h27min).