Calorimetria Professor Paulo Henrique Introdução • Em dias quentes transpiramos. Uma brisa causa uma agradável sensação. • Em dias frios usamos roupas de lã, para nos protegermos. Introdução • Tente explicar estes dois fenômenos, do ponto de vista da Física. • A sensação de frio é a sensação de perda de calor. • O calor é muito importante para cozinhar alimentos, aquecer água, gerar energia, etc Noções preliminares • Calorimetria é a parte da Termologia que estuda a medida do calor. • Calor é energia térmica em trânsito entre corpos com temperaturas diferentes. • Temperatura é a medida da agitação das partículas de um corpo. • O calor sempre flui espontaneamente do corpo de maior temperatura para o de menor temperatura, até que se atinja o equilíbrio térmico. Calor Sensível e Latente • Chamamos de Calor Sensível aquele que provoca uma variação de temperatura no corpo. • No entanto, se ocorre uma mudança de estado físico, chamamos este calor de latente. Calor Sensível e Latente • No S.I. a unidade de calor é o joule (que é a unidade de energia). • Porém, é mais usual unidade caloria. • Um múltiplo muito comum é a quilocaloria: 1 kcal 1000 cal • Em nosso organismo, a energia dos alimentos que não é gasta, transforma-se em gordura. Por isso a unidade caloria é muito usada em nutrição. Calor Sensível e Latente • Veja esta tabela: Alimento 100 g de amendoim 100 g de pão francês 100 g de batata frita 100 g de manteiga 1 caneca de cerveja Calorias 600 270 275 754 150 Vale uma regrinha prática: a cada 1 min de caminhada, gastamos 4 cal. Capacidade Térmica • Suponha que um objeto é colocado sobre um bico de bunsen. • Ao absorver certa quantidade de calor (Q) ele irá variar sua temperatura (). Capacidade Térmica • Definimos sua Capacidade Térmica como: Q C • Unidades: Q C C J / K Usualmente: C cal / C • No S.I.: • (Equação dimensional) Equação Fundamental Suponha um corpo de massa m recebendo certa quantidade de calor (sensível). Ele irá sofrer uma variação de temperatura (). Verificamos em laboratório que: Q m.c. Onde a constante c é chamada de calor específico. O calor específico depende da natureza da substância. Equação Fundamental “Calor específico de uma substância é quantidade de calor necessária para elevar em 1°C uma massa de 1g desta substância”. • Unidades: Q c m. (Equação dimensional) • No S.I.: c J / kg.K • Usualmente: c cal / g.C Equação Fundamental • O calor específico e a temperatura ambiente: As cidades litorâneas apresentam pequena amplitude térmica (diferença de temperatura entre o dia e a noite), porque está perto de grandes quantidades de água. Já as cidades distantes do litoral muitas vezes são quentes de dia e muito frias a noite. A água funciona como regulador térmico. Equação Fundamental • O calor específico e a temperatura ambiente: Já que o calor específico da água é muito grande, o calor do Sol recebido durante o dia não é suficiente para fazer grandes variações de temperatura. No deserto é comum a temperatura de dia chegar a 40 °C e a noite 0 °C. Observações 1. Enquanto que a Capacidade Térmica é uma característica do corpo, o Calor Específico é uma característica da substância. Suponha dois blocos de massas e tamanhos diferentes, ambos de cobre. C1 C2 c1 c2 Mesma substância e corpos diferentes. Observações 2. Atenção para os sinais: (Q=m.c.) • O corpo recebe calor: 0 0 Q0 • O corpo perde calor: 0 0 Q0 Experiência de Joule O inglês James Prescott Joule (1818-1889) teve uma participação muito importante na Termologia. Seu famoso experimento demonstrou a equivalência entre calor e energia mecânica. Em seus estudos teve como tutor John Dalton, com o qual aprendeu a importância de se realizar experimentos minuciosamente. Experiência de Joule Dois corpos com massas conhecidas caem de certa altura repetidas vezes. Isso faz com que as palhetas girem, agitando uma massa de água. O atrito com a água provoca elevação na temperatura. 1 cal = 4,185 J Princípio das Trocas de Calor • Considere dois corpos, A e B, com temperaturas diferentes em um ambiente termicamente isolados do meio externo. A quantidade de calor perdida por A é igual ao calor absorvido por B. QA QB QA QB 0 Princípio das Trocas de Calor • De maneira geral, se tivermos n objetos trocando calor em um ambiente isolado, podemos escrever: Q1 Q2 Q3 ... Q n 0 Q 0 Chamamos de Calorímetro o recipiente que isola termicamente seu interior de seu exterior. Princípio das Trocas de Calor Não existem calorímetros perfeitos. Portanto, fique atento à terminologia usada nos problemas: • Calorímetro ideal: não tem capacidade térmica. • Calorímetro real: tem capacidade térmica.