ÁRVORE DAS IDEIAS
VISITA-JOGO
Concepção
Carlos Carrilho e Sara Inácio
Orientação
Carlos Carrilho, Sara Inácio e Susana Pires
Público – alvo
Crianças dos 1º e 2º ciclos do Ensino Básico
Duração da Visita-Jogo
1h - 1h30m
Sinopse
Lançar sementes, colher os frutos, saboreá-los, ver as árvores a crescer são
actividades que raramente associamos aos museus de artes. Mas o que
pensar quando esses frutos se transformam em obras? E quando as sementes
que se lançam são as perguntas que nos fazem percorrer as galerias em
busca de novas ideias?
Nesta visita os alunos trabalham em pequenos grupos num percurso de
descoberta e muita conversa sobre as várias obras que constituem a colecção
do CAM e as múltiplas relações que podem existir entre elas. São
incentivados percursos diferentes consoante os grupos e as obras a conhecer
sendo as conclusões também sempre muito diversificadas em função da
participação e criatividade de cada um.
Objectivos
Trabalhar o olhar e as capacidades de análise, descrição e organização.
Estimular o envolvimento com as obras da colecção, em particular,
e com as obras de arte em geral, partindo da simbologia
de um elemento referencial e do seu quotidiano como
a árvore.
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Conceitos
Simbologia da árvore e dos seus respectivos componentes. Como símbolo a
árvore representa a vida, o crescimento, a transformação, os ciclos, a criação
e implica a possibilidade de renovação, inclusive através da reciclagem. As
raízes representam o nosso alimento e as nossas fundações.
Estrutura da actividade
1. Introdução
A visita-jogo inicia-se com uma conversa onde, para além das apresentações,
se colocam questões, a partir do próprio título, que fomentam o envolvimento
e a reflexão dos participantes, criando, em simultâneo, alguma expectativa
sobre o que vai ser a actividade. Por exemplo:
Que árvores conhecem?
O que nos dão as árvores?
Onde existem?
De que necessitam para crescer?
2. Relação com o CAM e as obras de arte da sua colecção
De que forma podemos encontrar árvores ou vestígios de árvores dentro do
CAM?
Na madeira das molduras, nos cabos dos pincéis que foram usados para
pintar os quadros, em certas cores, em algumas esculturas, na resina que
algumas tintas contêm, no papel usado para desenhar, em algumas
instalações, em certas representações. As árvores também podem ter
ajudado os artistas a ter mais inspiração.
Será que quando estamos numa floresta nos sentimos mais inspirados
e cheios de ideias?
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3. Esclarecimentos adicionais e desenvolvimento da actividade
E o que será uma árvore das ideias?
Onde estão as ideias que vão crescer nessa árvore?
Onde nascem as vossas ideias? De onde vêm? Onde as guardam?
O que nos acontecerá se comermos os frutos da árvore das ideias?
Talvez fiquemos com os sentidos mais aguçados e despertos e isso vai ajudarnos a desvendar e descobrir algumas obras da colecção do CAM.
Com os sentidos bem despertos, como se fossemos antenas ou radares que
tudo captam, vamos observar algumas obras – cores, formas, materiais,
texturas, temas...
Os frutos também nos podem deixar com tanta imaginação que só de
olharmos para as obras de arte nos lembramos de histórias ou
acontecimentos que queremos partilhar com o resto do grupo.
4. Jogo
A turma é dividida em cinco ou seis grupos de três ou quatro crianças, no
máximo. Cada grupo escolhe o nome de uma árvore para se identificar. A
cada grupo é atribuído um cartão com a imagem de uma obra pertencente à
colecção do CAM que não está presente na exposição. Em grupo observam a
imagem e descrevem-na aos restantes grupos. As dúvidas que surgirem
tornam-se questões que vão ser pistas para as descobertas que se seguem,
nomeadamente durante um passeio em conjunto pela galeria onde cada
grupo escolhe uma obra que possa relacionar-se com a imagem do cartão.
Os elementos de cada grupo fazem então uma análise da obra e o
levantamento do maior número de ideias que surjam ao estarem perante ela.
A seguir, cada grupo apresenta aos restantes a obra escolhida e faz a sua
leitura.
No fim, todos reunidos à volta da árvore, colocam-se os cartões
na sua copa. Podem diferenciar-se várias zonas para colocação
destes cartões – a da pintura, a da escultura, a da fotografia,
instalação, ou de acordo com os materiais, se é abstracta
ou figurativa, etc...
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5. Conclusão
Afinal, os frutos que esta árvore especial nos dá são as ideias que nasceram
em nós através das obras da colecção do CAM e, por isso, vão connosco,
acompanham-nos, tornando-nos mais criativos e mais disponíveis para o
mundo que nos rodeia.
Materiais de Apoio
Duas árvores em feltro, planas, para desenrolar no chão, sobre as quais se
colocam as imagens/reproduções no final
Cartões (Imagens/reproduções de obras pertencentes à colecção e que
não estão expostas)
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