TÍTULO: RACISMO E HOMOFOBIA NO ESPAÇO UNIVERSITÁRIO
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
SUBÁREA: SECRETARIADO EXECUTIVO
INSTITUIÇÃO: FACULDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DE APUCARANA
AUTOR(ES): DANIEL PEREIRA DOS SANTOS
ORIENTADOR(ES): LATIF ANTONIA CASSAB
1. RESUMO
Este trabalho tem como proposta investigativa conhecer os preconceitos e
discriminação de raça e gênero no âmbito universitário, através dos acadêmicos
negros e homossexuais matriculados nos cursos da Universidade Estadual do
Paraná, Campus Apucarana. A pesquisa em desenvolvimento é de natureza
qualitativa, com caráter descritivo e exploratório. Compreendemos que os
estereótipos tem como consequência o racismo e a homofobia, e se encontram
diluídos na sociedade brasileira. A importância deste estudo encontra-se no
desvelamento da intensidade de tais condições – preconceito e discriminação – no
espaço estudantil. Pretende-se que a produção do conhecimento subsidie iniciativas
acadêmicas de enfrentamento a essa questão social.
2. INTRODUÇÃO
Estereótipos são generalizações atribuídas por uma pessoa à outra, sobre
comportamentos ou características, como sua linguagem, aparência, cultura, entre
outros. O preconceito advém dos estereótipos, pois se cria um conceito, através de
julgamentos precitados sobre a forma de ser de uma pessoa. Neste sentido, o
preconceito remete à discriminação, ou seja, define, quase sempre, os lugares que a
pessoa deve ocupar na sociedade, de acordo com as oportunidades e dificuldades
enfrentadas na vida social. As violências racistas e homofóbicas muitas vezes
acontece de forma velada, ainda assim, é um ato de preconceito e discriminação.
Por conseguinte, infringe os direitos humanos, deslegitimando à diversidade racial,
sexual e de gênero.
3. OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é conhecer se os estudantes negros e
homossexuais, da UNESPAR/Campus de Apucarana sofrem racismo e homofobia
no âmbito universitário.
4. METODOLOGIA
A pesquisa em desenvolvimento é de natureza qualitativa de caráter
descritivo e exploratório se desenvolverá através da documentação indireta:
pesquisa bibliográfica e em fontes estatísticas e, pela documentação direta: eleição
da ambiência investigativa, ou seja, a Universidade Estadual do Paraná, Campus de
Apucarana, PR. Sujeitos da pesquisa são os estudantes dos Cursos da UNESPAR,
Campus Apucarana. Quanto ao instrumento será um questionário, com questões
abertas e fechadas, aplicado mediante a anuência dos sujeitos em participarem da
investigação, através de um termo de compromisso previamente assinado.
Realizada a coleta das informações, as mesmas serão sistematizadas e
interpretadas a partir de um constructo teórico, desvelando o objeto investigativo.
Sobre o relatório da pesquisa, o mesmo será o mais descritivo possível,
denotando um trabalho de abstração, ou seja, interpretando as categorias empíricas.
5. DESENVOLVIMENTO
No Brasil, as classificações das raças encontram-se baseada na aparência
física, na cor da pele, como “branca”, “preta” e “vermelha”. Em muitos estudos, o
racismo é tido como intolerância em decorrência da raça, cor ou etnia, já que muitas
vezes esses conceitos se misturam, podendo variar conforme o país. No entanto, o
racismo pode estar vinculado a qualquer comportamento discriminatório, e contra
qualquer grupo ameaçado que possua uma identidade entre si, como os judeus,
ciganos, negros, índios, nordestinos, etc.
Não longe da situação de preconceito e discriminação racial encontra-se a
homofobia 1, compreendida como a repugnância, e rejeição a homossexualidade 2. A
homofobia pressupõe o preconceito, a discriminação, discreta e/ou sútil, às mais
diversas
minorias
sexuais,
como
(lésbicas,
gays,
bissexuais,
transexuais,
transgêneros, travestis e intersexuais (LGBTI). Enquanto uma inevitável decorrência
da heteronormatividade, a homofobia representa um modo de identificar e buscar
punir todo e qualquer distanciamento ou “desvio” em relação ao parâmetro
1
Usamos o termo homofobia abrangendo neste a lesbofobia e a transfobia (forte rejeição a lésbicas e
a travestis e transexuais, respectivamente) e, ainda, o termo homofóbica/o, estamos incluindo
lesbofóbica/o e transfóbica/o.
2
É preciso termos “[...] cuidado de não mais falar em homossexualismo, pois o sufixo ‘ismo’ está
relacionado a patologias, portanto, hoje devemos falar em homossexualidade. (GAVRANIC).
heterossexual institucionalizado, uma vez que este é socialmente imposto a
todos/as.
O desrespeito e a repulsa são manifestações de ofensas à diversidade
humana e às liberdades básicas garantidas pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos e pela Constituição Federal do Brasil, de 1988. (GUIA DE DIREITOS).
6. RESULTADOS PRELIMINARES
Este constructo teórico previamente estudado, revela o preconceito e
discriminação que os estudantes sofrem no âmbito universitário. Neste sentido, é
preciso investir em iniciativas de enfrentamento ao racismo e à homofobia, nos
âmbitos público e privado, na perspectiva dos direitos humanos, do respeito à
cidadania, da diversidade, a fim de superar o paradigma patriarcal e machista,
secularmente instaurado em nosso país. Pretendemos que a experiência
investigativa adquirida, bem como a produção do conhecimento subsidie outros
trabalhos investigativos e ações no espaço universitário, de enfrentamento ao
preconceito e discriminação.
7. FONTES CONSULTADAS
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Breves considerações sobre racismo e
intolerância
racial.
A
Lei
Nº
7.716/89.
Disponível
em:
http://www.revistapersona.com.ar/Persona70/70Andreucci.htm Acesso em: 03 jul.
2015.
ÁVILA Thaís Coelho. Racismo e injúria racial no ordenamento jurídico brasileiro.
Revista da Faculdade de Direito da UFU, v.24. n. 2. Uberlândia/MG: Universidade
Federal de Uberlândia, 2014.
BRASIL. Caderno escola sem homofobia. 2011.
BRASIL. Constituição Federal, 1988.
DESCHAMPS, Denise. Homofobia, o que é? De onde Vem? O que ocasiona?
Disponível
em:
http://eduhonorato.wordpress.com/2009/06/20/de-onde-vem-a-
homofobia-–-por-denise-deschamps/ Acesso em: 19 abr. 2015.
GUIA
DE
DIREITOS.
Homofobia.
Disponível
em:
http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1039:
homofobia&catid=231:crimesdeodio Acesso em: 20 abr. 2015. SP: Delegacia de
Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI).
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