TEMPERATURAS EXTREMAS
FRIO E CALOR
As condições ambientais influem diretamente no desempenho do trabalho humano. Quando se fala em temperaturas
extremas, pensa-se nos ambientes quentes, mas também
existem os ambientes frios.
A capacidade do organismo em se adaptar às mudanças
climáticas é complexa, mas limitada, no momento em que
os indivíduos ficam expostos em demasia ao calor ou ao
frio sem proteção.
No entanto, um minucioso estudo do problema permite,
não só criar critérios adequados a quantificação dos riscos
envolvidos, mas também definir condições de trabalho
compatível com a natureza humana.
TEMPERATURAS EXTREMAS
CALOR
CALOR
Os problemas de sobrecarga
térmica são comuns em ambientes
de trabalho que apresentam
processos com liberação de
grandes quantidades de energia
térmica, tais como: usinas
siderúrgicas, fábricas de vidro e
cerâmica, de ladrilhos, lavanderias,
minas e muitos outros, assim como,
em atividades executadas ao ar
livre, tais como a construção civil,
pecuária concessionárias públicas,
agricultura, pesca, militares e tipos
de trabalho sob intempéries em
climas quentes.
CALOR
Os efeitos sobre o organismo provenientes da realização de
trabalhos em ambientes de alta temperatura podem ser:
fadiga, diminuição de rendimento, erros de percepção e
raciocínio, perturbações psicológicas, etc., que podem
conduzir a esgotamentos e prostrações.
Portanto devemos conhecer como se processa a interação térmica entre o organismo humano e o meio ambiente, conhecer
seus efeitos e determinar como quantificar e controlar esta
interação
MECANISMOS DE TROCA TÉRMICA
CONDUÇÃO / CONVECÇÃO:
Condução é a propriedade de um corpo transmitir calor a outro com o
qual esteja em contato. No caso do organismo humano, se a temperatura da superfície do corpo for mais elevada do que a temperatura do
meio ambiente, o organismo cederá calor às moléculas do ar pelo
fenômeno da condução. A movimentação do ar, renovando mais
rapidamente a camada de ar em contato com a superfície do corpo,
também aumentará o gradiente de troca de calor por convecção.
Porem se a temperatura do ar for mais elevada do que a superfície do
corpo, este ganhará calor, invertendo-se o mecanismo.
MECANISMOS DE TROCA TÉRMICA
IRRADIAÇÃO:
Irradiação é a transmissão de
calor por um corpo, sob forma de
ondas eletromagnéticas da faixa
do infravermelho. No homem, em
condições ambientais normais, a
irradiação é responsável por 60%
da perda calórica do indivíduo.
O corpo humano absorve muito
bem o calor irradiado por outras
fontes (cerca de 97%), não
havendo diferença de absorção,
seja o indivíduo branco ou
negro.
MECANISMOS DE TROCA TÉRMICA
EVAPORAÇÃO:
Nesta forma de perda de calor, o suor é aquecido pelo calor do
organismo, até passar para a fase de vapor e deixar a
superfície do corpo.
A umidade do ar indica, em porcentagem, qual a porção de ar
que está saturada com vapor de água. Assim, em ambientes
muito úmidos quase todo o ar está saturado com vapor e a
evaporação do suor se torna muito difícil. O suor produzido
adere-se à pele e escorre pelo corpo, com pequena perda de
calor e com grande desconforto térmico. Ao contrário, em
ambientes secos todo suor produzido é evaporado, não se
prendendo ao corpo, com grande diminuição da temperatura
corpórea e conseqüente bom conforto térmico.
O ambiente bem ventilado também favorece a evaporação,
levando o ar saturado para longe do organismo e
possibilitando que mais suor evapore. A corrente de ar que
favorece a evaporação do suor é aquela em que o ar está à
temperatura mais baixa que a do corpo humano.
MECANISMOS DE TROCA TÉRMICA
SOBRECARGA TÉRMICA:
É a quantidade de calor a ser dissipada para que o organismo
atinja o equilíbrio térmico e é diferente da sensação ou do
conforto térmico.
REAÇÕES DO ORGANISMO AO CALOR:
Quando aumenta o calor ambiental, ocorre uma reação no
organismo humano no sentido de promover um aumento de
perda de calor, mas estas reações, provocam outras alterações
que, somadas, resultam em um distúrbio fisiológico.
Os principais mecanismos de defesa do organismo humano,
quando submetido a calor intenso, são:
vasodilatação: Implica num maior fluxo de sangue na superfície
do corpo e num aumento da temperatura da pele.
Sudorese: O número de glândulas sudoríparas ativadas é
diretamente proporcional ao desequilíbrio térmico existente.
PERTURBAÇÕES DEVIDAS AO CALOR
 Golpe de calor: colapsos, convulsões,
alucinações, delírio, desmaio e coma;
 Síncope pelo calor: enjôo, palidez,
dor de cabeça;
 Cãimbras de calor;
 Prostração hídrica devida ao calor:
desidratação;
 Prostração térmica devida à queda de teor de cloreto de
sódio: fadiga, tonturas, anorexia, náuseas, vômitos e
cãimbras musculares;
 Edema pelo calor: inchaço;
 Outros efeitos do Calor: Aumento da susceptibilidade a
outras enfermidades, Diminuição da capacidade de rendimento, Cataratas, Efeitos a longo prazo para a saúde.
TROCAS TÉRMICAS
Existem diversos fatores ou variáveis que influem nas trocas
térmicas entre o corpo humano e o meio ambiente, e que
definem desta forma, a severidade da exposição ao calor.
Entre os inúmeros fatores que influem nas trocas térmicas,
cinco principais devem ser considerados na quantificação da
sobrecarga térmica, são eles:
 Temperatura do ar
 Umidade relativa do ar
 Velocidade do ar
 Calor radiante
 Tipo de atividade
TEMPERATURA DO AR:
Pode ser avaliada, observando a defasagem, positiva ou
negativa, existente entre a temperatura ambiente e a
temperatura da pele
TROCAS TÉRMICAS
UMIDADE RELATIVA DO AR
Influi na troca térmica que ocorre
entre o organismo e o meio ambiente
pelo mecanismo de evaporação. Se a
umidade relativa do ar for 100% este
estará saturado de vapor de água,
dificultando a evaporação do suor
para o meio ambiente, por outro lado,
se a umidade relativa do ar for 0%,
haverá condição para o organismo
perder 600 Kcal/hora para o ambiente.
Quanto maior é a umidade relativa do
ar, menor será a perda de calor por
evaporação.
TROCAS TÉRMICAS
VELOCIDADE DO AR:
Pode alterar o intercâmbio de calor
entre o organismo e o ambiente,
interferindo, tanto na troca térmica
por condução-convenção, como na
troca térmica por evaporação.
O aumento da velocidade do ar
acelera a troca de camadas de ar
próximas ao corpo, aumentando o
fluxo de calor entre estes e o ar.
TROCAS TÉRMICAS
CALOR RADIANTE:
Quando um indivíduo se
encontra em presença de
fontes apreciáveis de calor
radiante (radiação
infravermelha), o organismo
humano ganhará calor pelo
mecanismo da radiação.
Este fator contribui
significativamente para a
elevação da sobrecarga
térmica.
TROCAS TÉRMICAS
TIPO DE ATIVIDADE:
Quanto mais intensa for a
atividade física exercida pelo
indivíduo, tanto maior será o
calor produzido pelo mecanismo
do corpo. Para indivíduos que
trabalham em ambientes
quentes, o calor decorrente da
atividade física constituirá parte
de calor total ganho pelo
organismo e, portanto, deve ser
considerado na quantificação da
sobrecarga térmica.
AVALIAÇÕES
Na avaliação do calor, deve-se levar em consideração todos os parâmetros que influem na sobrecarga térmica a que estão submetidos os
trabalhadores. Para tanto é necessário quantificar cada um destes
parâmetros, obtendo-se assim resultados finais que expressem as
condições reais de exposição.
O índice utilizado no Brasil para avaliar Sobrecarga Térmica / Calor é o
IBUTG - Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo
NR-15 - Anexo nº 3 - item 2.
Os aparelhos usados nessa avaliação são:
 Termômetro de Bulbo Úmido Natural  tbn
 Termômetro de Globo  tg
 Termômetro de Mercúrio Comum  tbs
As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o
trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.
O regime de trabalho intermitente será definido no Quadro nº 1
Os limites de tolerância para calor são dados segundo o Quadro nº 2.
A determinação do tipo de atividade (leve, moderada ou pesada) é feita
consultando-se o Quadro nº 3
NHO-06 - 2002 - NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO CALOR
OBJETIVO: Estabelecer metodologia.
APLICAÇÃO: Avaliar calor em ambientes internos e externos,
com ou sem carga solar, visando à caracterização do risco
potencial à saúde.
DEFINIÇÕES: Ciclo de Trabalho; Ponto de Trabalho; Situação
Térmica; Limite de Tolerância.
INSTRUMENTAL NECESSÁRIO/EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES:
PROCEDIMENTO: Montagem e Posicionamento do equipamento.
NHO-06 - 2002 - NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO CALOR
MEDIÇÕES:
 Medições em cada situação térmica;
 Leituras devem ser iniciadas após 25 minutos de estabilização;
 Tempo de permanência do trabalhador na situação térmica em
cada ciclo de trabalho;
 Identificar as atividades físicas exercidas pelo trabalhador
(Quadro 1)
 Tempo de duração de cada atividade física;
 Tabela padronizada para anotação das medições.
CÁLCULOS: São as leituras médias segundo critério desta norma.
Usar fórmulas: IBUTG =
0,7 tbn + 0,3 tg -Para ambientes externos ou internos sem carga solar.
0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs - Para ambientes externos com carga solar.
NR- 15 - ANEXO Nº3 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR
QUADRO Nº 1
REGIME DE TRABALHO
INTERMITENTE COM
DESCANSO NO PRÓPRIO
LOCAL DE TRABALHO
(por hora)
TIPO DE ATIVIDADE
LEVE
MODERADA
PESADA
Trabalho contínuo
Até 30,0
Até 26,7
Até 25,0
45 minutos trabalho
15 minutos descanso
30 minutos trabalho
30 minutos descanso
15 minutos trabalho
45 minutos descanso
30,1 a 30,6
26,8 a 28,0
25,1 a 25,9
30,7 a 31,4
28,1 a 29,4
26,0 a 27,9
31,5 a 32,2
29,5 a 31,1
28,0 a 30,0
Acima de
32,2
Acima de 31,1
Acima de
30,0
Não é permitido o trabalho,
sem a adoção de medidas
adequadas de controle
QUADRO Nº 2
LIMITES DE TOLERÂNCIA
M (Kcal/h)
MÁXIMO IBUTG
175
200
250
300
350
400
450
500
30,5
30,0
28,5
27,5
26,5
26,0
25,5
25,0
NR- 15 - ANEXO Nº3 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR
QUADRO Nº 3
TAXAS DE METALISMO POR TIPO DE ATIVIDADE
TIPO DE ATIVIDADE
Kcal/h
SENTADO EM REPOUSO
100
TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos moderados com braços
e tronco(ex.: datilografia)
125
Sentado, movimentos moderados com braços
e pernas (ex.: dirigir)
150
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada,
principalmente com os braços.
150
TRABALHO MODERADO
Sentado, movimentos vigorosos com braços e
180
pernas.
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada,
175
com alguma movimentação.
De pé, trabalho moderado em máquina ou
220
bancada, com alguma movimentação.
Em movimento, trabalho moderado de levantar
300
ou empurrar.
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou
440
arrastar pesos (ex.: remoção com pá)
550
Trabalho fatigante
Um estudo mais detalhado pode ser obtido através da norma ISO 8996 de 1990.
EXEMPLOS
Um empregado trabalha em um forno com o seguinte regime de
trabalho: Gasta 3 minutos carregando o forno, aguarda 4 min.
para que a carga atinja a temperatura esperada. Durante o tempo
que aguarda, faz anotações no mesmo local. Em seguida, gasta
outros 3 minutos para descarregar o forno. Este ciclo de trabalho é continuamente repetido durante toda a jornada de trabalho
Determinando-se os parâmetros necessários ao cálculo do
IBUTG obteve-se:  tbn: 26ºC e tg: 35ºC
Quadro nº 3  Atividade Moderada.
IBUTG  0,7 x tbn + 0,3 x tg  0,7 x 26 + 0,3 x 35 = 28,7ºC
Quadro nº 1  Para 28,7ºC o empregado deverá trabalhar 30 min
e descansar (fazendo anotações) 30 minutos no ciclo de 1 hora.
Conclusão:
Considerando que o empregado trabalha 36 minutos e descansa
24 minutos o regime de trabalho tem que ser alterado para estar
compatível.
EXEMPLOS
Suponhamos que o mesmo empregado com regime de trabalho cujo
descanso é fora do local de trabalho, ou seja, o operador faz anotações
em local afastado do forno. Temos pelo quadro nº 3 a taxa de metabolismo de 300 kcal/h (trabalho moderado) e 150 kcal/h (trabalho leve).
Então:
M = M1 x t1 + M2 x t2 +... Mn x tn
__
60
M = 300 x 36 + 150 x 24 = 240 kcal/h (média ponderada)
60
No local de descanso obtivemos:  tbn: 20ºC e tg: 28ºC
IBUTG  0,7 x tbn + 0,3 x tg  0,7 x 20 + 0,3 x 28 = 22,4ºC
_____
IBUTG: 28,7 x 36 + 22,4 x 24 = 26,18 ºC
60
Dirigindo-se ao quadro nº 2, não encontramos o valor de 240 kcal/h,
passamos ao valor imediatamente superior que é 250kcal/h e máximo
IBUTG de 28,5ºC. Portanto, para as condições observadas, o ciclo de
trabalho é compatível com a atividade física do trabalhador.
AVALIAÇÕES
ACGIH - ESTRESSE TÉRMICO “SOBRECARGA TÉRMICA
E SOBRECARGA FISIOLÓGICA POR CALOR”
 Pode-se usar qualquer outro tipo de sensor de
temperatura que dê leitura idêntica à fornecida pelo
termômetro de mercúrio sob as mesmas condições.
 O pavio do Termômetro de Bulbo Úmido Natural deve
ser mantido úmido com água destilada por no mínimo
meia hora antes de se fazer a leitura da temperatura.
 Quando as vestimentas utilizadas impedem a remoção
do calor, o calor metabólico pode gerar uma sobrecarga fisiológica que implica risco de vida, mesmo em
condições ambientais consideradas amenas.
AVALIAÇÕES
IBUTG - Não deve ser utilizado para avaliação de
conforto térmico
Temperatura efetiva - Não deve ser usada para
avaliação de sobrecarga térmica
TEMPERATURA EFETIVA
Índice de Conforto Térmico
 CONSIDERA:
 Temperatura do ar (tbs e tbu)
 Umidade relativa do ar
 Velocidade do ar
 NÃO CONSIDERA:
 Calor radiante
 Tipo de atividade exercida
AVALIAÇÕES
TEMPERATURA EFETIVA
Índice de Conforto Térmico
Portaria 3214/78 - Redação
23.11.1990 - NR-17 do MTE
 Entre 20°C e 23 °C
 Velocidade do ar não superior
a 0,75 m/s
 Umidade relativa do ar não
inferior a 40%
AVALIAÇÕES
AR CONDICIONADO
NBR – 6401
Ministério da Saúde
Portaria MS n. 3523 de 28.08.98
 Condições de conforto para o inverno em escritórios:
20 a 22 °C e 35 a 65% URA
 Condições de conforto para o verão em escritórios:
Recomendável: 23 a 25 °C e 40 a 60% URA e
Máxima de: 26,5 °C e 65% URA
 Velocidade do ar entre 0,025 a 0,25 m/s
AVALIAÇÕES
FATORES AGRAVANTES
 Temperatura externa;
 Atividades físicas;
 Tempo de exposição;
 Proteção coletiva;
 Proteção Individual;
MEDIDAS DE CONTROLE POR
SOBRECARGA TÉRMICA
 MEDIDAS AMBIENTAIS
 Circulação do ar;
 Ventilação  Exaustão e Insuflação;
 Proteção contra Calor Radiante:
Barreiras refletoras de alumínio; névoa úmida;
 Isolante térmico para telhados;
 Mecanização/Automação das Operações;
 Ar condicionado;
 Locais de descanso e Instalações Sanitárias.
MEDIDAS DE CONTROLE POR
SOBRECARGA TÉRMICA






MEDIDAS PESSOAIS
Exames médicos periódicos;
Aclimatação;
Consumo de água e de sal;
Roupa e Equipamento de
Proteção Individual;
Treinamento (Educação Sanitária);
Limitação do tempo de exposição.
ALTERAÇÕES
 Temperatura do ar; velocidade
do ar; URA; calor radiante.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
FRIO
A exposição ocupacional ao frio intenso pode constituir problema sério, implicando em uma série de inconvenientes que alterarão a saúde, o conforto e a eficiência do trabalhador.
Trabalhos ao ar livre em climas frios são encontrados em regiões
a grandes altitudes, bem como em algumas zonas temperadas,
no período de inverno
Fora das atividades ao ar livre, o frio intenso
é ainda encontrado em ambientes artificiais,
como câmaras frigoríficas de conservação,
que implicam em exposições e temperaturas bastante reduzidas.
A Legislação Brasileira, através da Portaria 3214/78,
NR15, anexo nº 9, determina que as atividades ou operações
executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em
locais que apresentem condições similares, que
exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção
adequada, serão consideradas insalubres em decorrência
de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
CRITÉRIO FUNDACENTRO
TABELA COM FAIXAS DE TEMPERATURA E TEMPOS MÁXIMOS DE EXPOSIÇÃO
A tabela fixa o tempo máximo de trabalho permitido a cada faixa de
temperatura, desde que alternado com recuperação térmica em local
for a do ambiente considerado frio
Limites de tempo para exposição a baixas temperaturas para pessoas
adequadamente vestidas para exposição ao frio
Faixa de
temperatura de
bulbo seco (°C)
15,0 a -17,9 (*)
12,0 a -17,9 (**)
10,0 a -17,9 (***)
-18,0 a -33,9
Máxima exposição diária permissível para
pessoas adequadamente vestidas para
exposição ao Frio
Tempo total de trabalho no ambiente frio de
6 horas e 40 minutos, sendo quatro períodos
de 1 horas e 40 minutos alternados com 20
minutos de repouso e recuperação térmica,
fora do ambiente frio.
Tempo total de trabalho no ambiente frio de
4 horas, alternando-se 1 hora de trabalho
com 1 hora de repouso e recuperação
térmica, fora do ambiente frio.
CRITÉRIO FUNDACENTRO
Faixa de
temperatura de
bulbo seco (°C)
Máxima exposição diária permissível para
pessoas adequadamente vestidas para
exposição ao Frio
-34,0 a -56,9
Tempo total de trabalho no ambiente frio de
1 hora, sendo dois períodos de 30 minutos
com separação mínima de 4 horas para
repouso e recuperação térmica, fora do
ambiente frio.
-57,0 a -73,0
Tempo total de trabalho no ambiente frio de
5 minutos, sendo o restante da jornada
cumprida
obrigatoriamente
fora
do
ambiente frio.
abaixo de -73,0
Não é permitida exposição ao ambiente frio
seja qual for a vestimenta utilizada.
(*)
Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona
climática quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE.
(**)
Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona
climática subquente, de acordo com o mapa oficial do IBGE.
(***)
Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona
climática mesotérmica, de acordo com o mapa oficial do
IBGE.
EFEITOS DO FRIO INTENSO
Inicialmente observa-se uma palidez na extremidades dos
membros, ocasionada por uma vasoconstrição periférica, cuja
finalidade é diminuir a perda de calor do organismo. Á medida
que caem as temperaturas, a palidez toma conta dos membros
inteiros e o trabalhador principia a tremer independentemente da
sua vontade. Se a tremedeira não for suficiente para produzir o
calor necessário, poderá ocorrer a queda da temperatura do
núcleo do corpo abaixo de 35°C. Este fenômeno é chamado de
hipotermia e pode ter conseqüências graves, conforme a queda
da temperatura do núcleo do corpo.
Quando isso ocorre, poderão se manifestar sintomas como
confusão mental, alucinações e até mesmo rigidez muscular.
Lesões do frio: Enregalamento dos membros (gangrena e
amputação); Pés de Imersão (pés umedecidos); Ulcerações do
frio (feridas, bolhas, rachaduras e necrose dos tecidos
superficiais).
EFEITOS DO FRIO INTENSO
AVALIAÇÃO DO FRIO
A capacidade de resistir ao
frio irá depender de fatores
físicos e subjetivos do
indivíduo. Inegavelmente,
certos aspectos como raça,
tipo físico e alimentação irão
influir na “sensação” de frio
que o indivíduo sente.
MEDIDAS DE CONTROLE
 Vestimentas (Roupas pesadas e isolantes)
 Calçados adequados
 Barreiras, toldos
 Ambientes fechados (tendas)
 Medidas pessoais (Alimentos, líquidos
quentes, atividades físicas, treinamento
Download

Temperatura do ar - portal ocupacional