CIRCUITOMATOGROSSO
OPINIÃO PG 2
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CUIABÁ, 20 A 26 DE NOVEMBRO DE 2014
Foto: Ednei Rosa
EDITORIAL
ENTRE ASPAS
“Não vamos fazer a
inversão de fases, ainda
não temos a preocupação
em falar em nomes, isso
será feito após a aprovação
do novo organograma.”
“A partir do processo licitatório, cabe
à prefeitura fazer as análises, mas
acerca da vida pregressa das empresas
que participam dos processos no
município nós não fazemos
pesquisas.”
Prefeito de Várzea Grande, Walace
Guimarães, sobre empresa que alterou
sua razão social passando de sapataria a
construtora, seis meses antes de vencer
licitação no município.
‘Malandro é
malandro...’
“Malandragem jurídica’. Esta é
a forma como alguns classificam a
dupla tributação utilizada na base
de cálculo para a cobrança dos
tributos na conta de energia
elétrica em Mato Grosso. Não
bastassem os altos valores, o
consumidor ainda tem de arcar com
a duplicidade, sistema que faz com
que nós paguemos os impostos
duas vezes. O resultado: tributos
que podem chegar a 45%. Embora o
Estado se utilize de instrumentos
legais nesta sistemática, a prática
é inconstitucional, conforme
apontam advogados tributaristas.
Sabe aquela história: é legal, mas é
imoral? E deste jeito as coisas vão
caminhando. Contas que de um mês
para o outro são reajustadas em
mais de 150%, sob a justificativa
de que erros em leituras anteriores
acarretaram o aumento. E o
consumidor é quem pago o pato,
quer dizer, a conta. E não para por
aí: a partir de janeiro do ano que
vem, um novo sistema de bandeiras
tarifárias entra em vigor... O
último a sair, por favor, apague a
luz!
“Não foi possível
entregar no prazo, mas
foi possível entregar no
momento em que
tivemos condições de
executar.”
Governador Silval
Barbosa (PMDB) durante
inauguração da
trincheira Jurumirim, na
capital.
Prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes
(PSB), após anúncio de redução no
número de secretarias – de 24 para
15 – no Executivo municipal.
“Poderia ter dado tudo
certo? Sim, mas seria
um milagre diante de
tudo aquilo que
precedeu a escolha
desse modal.”
Promotor do Ministério
Público do Estado
(MPE-MT) Clóvis de
Almeida Júnior, também
sobre a obra do VLT.
“A ação é por conta dos transtornos
causados à sociedade mato-grossense, por
conta do rebaixamento da qualidade de vida
da sociedade durante o transcorrer das
obras, além da quebra da expectativa
legítima da execução desse modal a tempo
da Copa do Mundo de 2014.”
Procuradora do Ministério Público Federal
(MPF) Bianca Britto de Araújo, sobre ação de
responsabilização a gestores e empreiteiras
diante dos atrasos na obra do VLT.
#BOMBOUNAREDE
#
Com muito humor, o perfil do Facebook ‘K-beça
pensante’ vem caindo no gosto popular. A imagem do
‘Ronaldinho Gaúcho’ em uma unidade de saúde de
Cuiabá, mais precisamente na UPA Morada do Ouro,
rendeu boas risadas entre os internautas. Menos de
cinco horas após ser postada, a foto já tinha mais de
300 curtidas e 80 compartilhamentos.
MORRO DO DESPRAIADO
Quatro casas ‘resistem’ à obra
Moradores aguardam a Justiça liberar pagamentos das indenizações para deixar os imóveis
Camila Ribeiro
Quem passa pela
Avenida Miguel Sutil, nas
proximidades do viaduto do
Despraiado, percebe um
‘novo visual’ no local.
Passado o imbróglio em
torno dos problemas na
encosta do viaduto, as obras
parecem caminhar em ritmo
acelerado. Ainda assim,
quatro famílias permanecem
em casas que ficam no alto
do morro, localizadas na Rua
dos Xavantes.
Os valores referentes às
desapropriações já foram
depositados pela Secretaria
Extraordinária da Copa
(Secopa) – em 9 de
novembro –, no entanto as
famílias aguardam a liberação
dos valores por parte da
Justiça. Enquanto isso, as
obras de reconformação da
encosta do viaduto, que
tiveram início em outubro,
avançam. A execução é feita
pela empresa PPO
Pavimentação e Obra Ltda.
que firmou contrato com a
Secopa no valor de R$ 1,9
milhão.
Segundo a assessoria de
imprensa da pasta, já foram
executados no local cortes
em talude na encosta no
morro e, enquanto aguardam
a saída das famílias, os
operários realizam outras
frentes de serviços.
À época da realização
do procedimento licitatório
para escolha da empresa que
realizaria os serviços, o
assessor especial da Secopa,
Jamir Sampaio, explicou à
reportagem que no local
seriam realizados esses
cortes acentuados na encosta
do morro. Segundo ele, os
cortes são necessários para
que os puxões de terra sejam
minimizados, estabilizando o
talude e acabando com o
deslizamento existente no
local. Ainda de acordo com o
engenheiro, foi verificado
que não existia a necessidade
de construção de um muro
de contenção. “É necessária
apenas a reconformação da
encosta, instalando ainda
dispositivos de drenagem e,
por fim, o revestimento da
vegetação no local”, explicou
ele.
ERRO
O erro no corte do
morro foi denunciado
com exclusividade pelo
Circuito Mato Grosso em
setembro do ano
passado. Durante a
edificação do viaduto,
cujo custo foi de R$ 18,9
milhões, as empreiteiras
responsáveis pela obra
fizeram um corte no
barranco sem que se
houvesse planejado a
construção de um muro
de arrimo no local para
evitar deslizamentos.
À época, o geólogo do
Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia
(Crea-MT) Mário Cavalcanti
de Albuquerque disse ao
Circuito que o corte
praticado colocou a rocha
em exposição, abrindo a
possibilidade de
deslizamentos em época de
chuva, o que veio a se
concretizar meses depois.
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Quatro casas `resistem` à obra