Especialistas destacaram o papel do pediatra e do profissional ligado à atividade física e desporto no Simpósio da AEP “Implementação da atividade física, um objetivo essencial para a saúde pública” O pediatra e o profissional ligado à atividade física e desporto são prescritores chave para o fomento da atividade física nas crianças e jovens A atividade física contribui para o desenvolvimento da criança e do adolescente O consenso científico recomenda a prática da atividade e exercício físico de forma moderada a vigorosa pelo menos uma hora por dia durante os cinco dias da semana Lisboa, 12 de junho de 2104 -A atividade e o exercício físico são essenciais para a manutenção da saúde, mas além disso, na infância são essenciais para potenciar diversos processos físicos, prevenir diferentes patologias que se podem desenvolver na idade adulta –como o excesso de peso e a obesidade- e ajudar a fomentar o bem-estar psicológico. Estes foram alguns dos aspetos em análise durante o Simpósio “Implementação da atividade física, objetivo essencial para a saúde pública”, iniciativa que acaba de ter lugar durante o Congresso Extraordinário da Associação Espanhola de Pediatria (AEP) em Madrid. Os especialistas que participaram no Simpósio destacaram o papel do pediatra e do profissional ligado à atividade física e ao desporto como figuras chave na prescrição de hábitos saudáveis desde a infância, especialmente aqueles relacionados com o fomento da atividade física desde tenra idade. A moderadora do Simpósio, Dra. Rosaura Leis, Coordenadora da Unidade de Gastrenterologia e Nutrição Pediátrica do Hospital Clínico Universitário de Santiago de Compostela e Professora Titular de Pediatria da USC destacou que “o relevante aumento da obesidade em Espanha nos últimos anos tem uma estreita relação com as profundas e importantes alterações ocorridas nos hábitos dos espanhóis como a diminuição da atividade física e o aumento da inatividade e do lazer passivo”. Para o Dr. Gerardo Rodriguez, membro do Grupo de Atividade Física da Associação Espanhola de Pediatria e outro dos especialistas que participou no Simpósio, “o sedentarismo é um grave problema para a saúde e pode ser equiparado a outros fatores como a hipertensão, a hipercolesterolemia e o tabagismo”. De acordo com este especialista “o mais recente estudo de Saúde efectuado em Espanha refere que 12% das crianças entre os 5 e 14 anos e 45% entre os 15 e 24 anos praticam pouca ou nenhuma atividade física”. Sobre este tema Javier Rico, Diretor da Fundação Deporto Galego e outro dos especialistas que participou no Simpósio “Implementação da atividade física, um objectivo o essencial para a saúde pública”, defende uma intervenção nos centros escolares como forma de fomentar a atividade física pois “intervir nos centros educativos permite atuar sobre 100% da população em idade escolar”. Segundo a Professora Marcela González-Gross, do Departamento de Saúde e Rendimento Humano da Faculdade de Ciências da Atividade Física e do Desporto – INEF da Universidade Politécnica de Madrid e membro do CIBERobn, uma das oradoras do Simpósio, “a atividade física proporciona um equilíbrio psicofísico e um aumento da capacidade funcional dos diversos sistemas orgânicos. Mas além disso, na infância é determinante para potenciar o crescimento e o desenvolvimento, tanto neurológico como músculo-esquelético, facilitando uma maior mineralização dos ossos e melhorando assim a saúde óssea na idade adulta. A prática da atividade física desde muito cedo favorece a maturação do sistema nervoso motor e aumenta a destreza motora para além de ajudar ao controlo do excesso de peso e obesidade, prevenindo a obesidade na idade adulta. Também melhora o estado anímico e aumenta a autoestima, fomenta a sociabilidade e aumenta a autonomia e integração social”. Segundo a especialista, “atualmente as condições de vida urbana, segurança, horários de atividades curriculares e de ócio condicionam o tempo, locais e modalidades de atividade física mas é importante que a criança e o adolescente adoptem a atividade desportiva como um estilo de vida, no qual o tem um papel fundamental”. Globalmente o consenso científico recomenda a prática da atividade física de uma forma moderada a vigorosa pelo menos uma hora por dia durante os cinco dias da semana e que as atividades sedentárias não educativas não excedam as duas horas por dia. Não obstante é importante adaptar a atividade física às diferentes etapas de crescimento. Neste contexto a Prof. González-Gross diferencia entre a idade pré-escolar, a idade escolar e a pré-adolescência e a adolescência: “entre os 2 e os 5 anos o objectivo passa por estimular a percepção sensorial, a coordenação motora e o sentido de ritmo, enquanto que entre os 6 e os 12 anos trata-se de encontrar o domínio e o controle do equilíbrio com a adopção e aperfeiçoamento de movimentos automáticos. Entre os 10 e os 11 anos é importante não insistir no carácter competitivo do desporto e fomentar a prática de diferentes atividades e na adolescência é relevante evitar o abandono do exercício físico”. Para mais informações: Gabinete de Comunicação de Saúde e Nutrição da Coca-Cola em Portugal AndreiaSá - Jorge Azevedo 91 338 66 20 / 91 329 95 42 e-mail: [email protected] - [email protected]