Professor Rodrigo Gonçalves Majewski Quem nunca ouviu essa frase: “A letra mata, mas o Espírito vivifica” ??? Qual a frequência dos cultos públicos na sua congregação? E na escola dominical, como é essa frequência? É igual a dos cultos? Motivação é interesse e vigor físico e mental para alcançar um objetivo ou para fazer alguma coisa. Ela tem a ver, portanto, com a vontade, que por sua vez se dirige às necessidades de cada pessoa. Para estudar e entender a motivação dos alunos, devemos descobrir o que os motiva. Desenvolvimento de capacidades. “Autorealização”. Felicidade. Autoestima, confiança, independência, reconhecimento das outras pessoas, respeito, glória, status, fama, dignidade. Amizade, companheirismo, afeto, amor, participação e aceitação em grupos sociais. Segurança física, saúde, emprego, família, propriedade, finanças. Comer, respirar, dormir, defecar, beber, fugir da dor A EBD tem o potencial de satisfazer as necessidades mais superiores do indivíduo (as 3 últimas escalas da pirâmide), mas é importante percebermos que se nossos jovens não satisfazerem suas necessidades mais básicas (fisiológicas, por exemplo), eles provavelmente não se interessarão por satisfazer as necessidades superiores, até porque provavelmente nem sentirão estas necessidades e viverão em torno de coisas mais fúteis e/ou básicas (comida, mera sobrevivência). Assim, o professor estará falando no vazio, falando de coisas desinteressantes e irrelevantes para os alunos. Portanto, se o professor percebe que o aluno tem necessidades básicas (por exemplo: passa fome, não tem dormido o suficiente, está sempre cansado), deve procurar entender o que se pode fazer para supri-las. Isso envolve uma série de coisas que o professor só poderá saber se souber algo sobre a vida do aluno, por isso é importante que ele o conheça e procure desenvolver, ainda que minimamente, um relacionamento que vá além do superficial e do "despejar conteúdos". Aqui entra o papel social da igreja e a EBD: ajudar os necessitados a satisfazerem suas necessidades mais básicas, como alimentação, vestuário, etc. A motivação está fortemente ligada com a autorealização, o que significa que o aluno perguntará: que benefícios terei em comparecer a uma aula sobre a Bíblia nos domingos pela manhã? No que vou crescer no meu relacionamento com Deus? No que vou prosperar, no que vou ser edificado? Isto vai me ajudar a me tornar uma pessoa melhor, mais capacitada para servir a Deus e ao próximo? E de que forma isso vai me ajudar? Se o professor não estiver motivado, seu trabalho não irá a lugar algum. É importante que o professor se dê conta que a motivação dos outros começa consigo mesmo. Ele deve estar continuamente se automotivando, independentemente das condições em que se encontra o seu trabalho. Esta automotivação pode ser feita de várias maneiras: pedindo a Deus, em oração, lendo e estudando a palavra, aperfeiçoando-se nos conhecimentos teológicos através da leitura de literatura evangélica, refletindo sobre a EBD e sobre o seu trabalho. Isso tudo certamente o ajudará a se manter motivado. Descobrir os interesses dos alunos; Procurar atender os interesses dos alunos desde que estes não contrariem os princípios da Palavra de Deus; Estar preparado para a aula que ministrará: demonstrar preparo e interesse/motivação; Transformar o aluno em protagonista do seu aprendizado: a participação do aluno é importante na EBD. É ele que deve aprender, o que significa que o professor não despeja conteúdos, não faz lavagem cerebral; Não ser repetitivo; Usar recursos audiovisuais; Integrar o trabalho da EBD com o trabalho da juventude e se possível com os demais trabalhos da igreja; Conhecer os assuntos que interessam os jovens de sua igreja e tentar apresentar o conteúdo das lições de forma que se aborde estes temas; Atividades de integração - almoços, passeios, etc. Promover o efetivo exercício do “Sacerdócio universal de todos os santos”; Elogiar os bons alunos; Demonstrar que a EBD vai ser útil na vida de cada aluno; Ter boas expectativas em relação ao aluno: o aluno costuma render o que o professor espera dele. ATENÇÃO: De nada adianta fazer tudo isso e ao mesmo tempo desenvolver atividades paralelas que desviam o jovem da EBD: ex: fazer vigília de jovens sábado à noite. No outro dia, nenhum jovem comparecerá na EBD, evidentemente. Por isso a importância do bom relacionamento com a liderança da juventude da igreja, a fim de que os eventos se complementem, e não se oponham.