PROJETO DE COOPERAÇÃO SUL-AMERICANA EM IDENTIFICAÇÃO DE PROPRIEDADES FÍSICAS EM TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA Caracterização Termofísica de Materiais por Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC) Eduardo Kirinus Tentardini, D.Sc Toseli de Farias Matos, M.Sc Sumário • análise térmica • como funciona um DSC? • metodologia de uso do DSC • quais as aplicações do DSC? • interpretações de curvas de DSC • DSC Q1000 • análise de casos • projetos ANÁLISE TÉRMICA Análise térmica é o conjunto de técnicas que permite medir as mudanças de uma propriedade física de uma substância e/ou de seus produtos de reação em função da temperatura e do tempo, enquanto a substância é submetida a uma programação controlada de temperatura. COMO FUNCIONA UM DSC? Gás de arraste: entrada saída Tampa do forno DSC é a técnica que mede R temperatura e fluxo de calor A associados a transições em Disco termoelétrico Fonte de calor Termopares materiais como uma função do tempo e da temperatura em uma atmosfera controlada. COMO FUNCIONA UM DSC? ∆TT dTa Rr − Ra ∆ + (Cr − Ca ) + ∆T0 qq == − dt Rr Ra RRr Fluxo de calor d∆T − Cr dt Diferença entre razão Diferença entre a resistência e capacidade térmica entre a amostra e a de aquecimento entre a amostra e a referência referência (calor específico) (fusão) exo Fluxo de calor mW/mg)) Reação exotérmica Transição vítrea Reação endotérmica Temperatura (ºC) Exemplo de uma curva obtida por DSC As transições de primeira ordem apresentam variação de entalpia - endotérmica ou exotérmica - e dão origem à formação de picos. As transições de segunda ordem caracterizam-se pela variação de capacidade calorífica porém sem variações de entalpia. Não geram picos nas curvas de DSC, apresentando-se como um deslocamento da linha base. METODOLOGIA DE USO DO DSC • preparação da amostra; • panelas; • calibração do equipamento; • atmosfera; • aquecimento e resfriamento. ^exo Taxa de aquecimento alta 20 mW Taxa de aquecimento baixa 160 180 DEMO Version 200 220 240 260 280 °C METTLER TOLEDO STARe System Diferença entre diferentes taxas de aquecimento na análise por DSC QUAIS AS APLICAÇÕES DO DSC? • transição vítrea (mudança de linha base) • calor específico (mudança de linha base) • fusão (endotérmico) • cristalização (exotérmico) • oxidação (exotérmico) • pureza (endotérmico) • cinética de reação (endo e exotérmico) • estabilidade térmica (endo e exotérmico) INTERPRETAÇÃO DAS CURVAS DE DSC 1 4 6 2 3 5 Curva de DSC da análise de um polímero hipotético Metodologia de obtenção das curvas 1. Escolher as condições experimentais de acordo com os fenômenos esperados; 2. Verificar os resultados comprovando o peso e com uma inspeção visual; 3. Considerar a influência da atmosfera, taxa de aquecimento, material do cadinho e pressão sobre a reação ou transição. Tzero™ e MDSC® Autosampler/Autolid Mass Flow Touch Screen Display Sensibilidade dos DSC linha Q Autosampler Controlador mass flow LNCS RCS Análise de pureza por DSC Sample: indio Size: 9.3810 mg Method: Ramp Comment: DSC - teste de repetibilidade (10X) File: Repetição 01 indio - DSC - LNCS - H m... Operator: Eduardo e Toseli Run Date: 2005-05-10 14:49 Instrument: DSC Q1000 V9.0 Build 275 DSC 2 156.61 156.60 140.00°C Heat Flow (W/g) 156.59 -2 156.58 Purity: 100.0mol % Melting Point: 156.60°C (entered) Depression: -0.04°C Delta H: 3.263kJ/mol (entered) Correction: 20.00% Molecular weight: 114.8g/mol Cell Constant: 1.000 Onset Slope: 0.0000mW/°C RMS Deviation: 0.17°C Temperature (°C) 175.00°C 0 156.57 Total Area / Partial Area -4 140 Exo Up -2 0 145 2 150 4 155 6 160 Temperature (°C) 8 10 165 12 170 156.56 175 Universal V4.1D TA Instruments Formação de intermetálicos Al+H13 - reações começam em temperaturas abaixo de 500oC. - reações ocorrem muito perto uma da outra, o que dificulta parar o processo entre aos picos. P.F. alumínio - em altas taxas de aquecimento a reação inicial provavelmente inicia as reações subseqüentes, produzindo um pico único. H13+Al Intensidade Relativa Intermetálicos Fe-Al Fe Al o 20 C/min 20 30 40 50 2θ 60 70 80 90 1 0 Al+TiN - reações ocorrendo em 587º C e 660ºC. exo mW/mg -1 -2 - reações ocorrem muito perto uma da outra, o que dificulta parar o processo entre os picos. -3 -4 -5 - sem indícios de fusão de alumínio. -6 -7 200 400 600 800 o Temperatura ( C) 1000 TiN (Ti,Al)N Al TiAl3 Al+TiN ! θ " #" CrN +Al - reação exotérmica 810ºC. em Al CrN $% $ % & o Temperatura ( C) θ 2 1 Amostra A / Al exo mW/mg 0 (Ti,Al)N (70/30) +Al - reação exotérmica em 700ºC. o 15 C/min -1 o 20 C/min o -2 5 C/min -3 o 10 C/min -4 200 400 600 o Temperatura ( C) 800 1000 Amostra A / Al Intensidade Relativa Al (Ti,Al)N TiAl3 após DSC o 1000 C (Ti,Al)N (70/30) +Al como depositado 20 30 40 50 2θ 60 70 80 90 2 amostra C / Al 1 0 (Ti,Al)N (50/50) +Al - picos exotérmicos acima de 800ºC. - reações ocorrem muito perto uma da outra, o que dificulta parar o processo entre aos picos. 0 mW/mg 20 C/min -1 0 15 C/min -2 0 10 C/min -3 o 5 C/min -4 200 400 600 o Temperatura ( C) 800 1000 Amostra C / Al Al (Ti,Al)N Intensidade Relativa TiAl3 após DSC 0 1000 C (Ti,Al)N (50/50) +Al como depositado 20 30 40 50 60 2θ 70 80 90 3 Amostra E / Al 2 mW/mg 1 (Ti,Al)N (30/70) +Al -sem presença de picos exotérmicos, sendo o único pico visível o da fusão do alumínio. exo o 20 C/min 0 o -1 15 C/min o 10 C/min -2 -3 o 5 C/min -4 -5 200 400 600 o Temperatura ( C) 800 1000 Amostra E / Al Intensidade Relativa Al (Ti,Al)N após DSC 0 1000 C (Ti,Al)N (30/70) +Al como depositado 20 30 40 50 60 2θ 70 80 90 Projetos DSC INMETRO • análises de óleos lubrificantes; • pureza de etanol; • análise de polímeros a temperaturas subzero; • testes proficiência; • produção de material de referência; • parcerias com laboratórios que possuam DSC;