TESIS TECNOLOGIA E QUALIDADE DE SISTEMAS EM ENGENHARIA Referência: ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE SISTEMAS DE COBERTURA COM TELHAS PLÁSTICAS OPACAS, COM ÊNFASE EM PVC Assunto: RELATÓRIO TÉCNICO PARCIAL COM OS RESULTADOS DOS ENSAIOS REALIZADOS A PARTIR DE TELHAS PLÁSTICAS DO FABRICANTE PRECON Documento: 1215/RT003 JANEIRO/2012 TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 1/49 ÍNDICE 1 OBJETIVO 3 2 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E DA DURABILIDADE DAS TELHAS PLÁSTICAS E DE TELHADOS CONSTITUÍDOS DE TELHAS PLÁSTICAS 4 3 NORMALIZAÇÃO UTILIZADA NA AVALIAÇÃO 5 4 REQUISITOS DE CARACTERIZAÇÃO DAS TELHAS PLÁSTICAS 6 5 REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO E DURABILIDADE DE TELHADOS CONSTITUÍDOS DE TELHAS PLÁSTICAS 7 6 CARACTERIZAÇÃO DAS TELHAS PLÁSTICAS 19 7 AVALIAÇÃO DAS AMOSTRAS EM RELAÇÃO AOS REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO E DE DURABILIDADE 21 8 RESUMO DA ANÁLISE DAS AMOSTRAS DE TELHAS PLÁSTICAS AVALIADAS ATÉ O MOMENTO 34 9 RESUMO DA ANÁLISE POR MODELO DE TELHA PLÁSTICA 37 ANEXO 1 – Roteiro de cálculo dos esforços atuantes do vento em coberturas segundo a NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações (Versão Corrigida:1990). TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 2/49 1 OBJETIVO Este relatório tem por objetivo apresentar a avaliação das telhas plásticas enviadas pelo fabricante Precon à Tesis em relação aos requisitos normativos de desempenho e de durabilidade exigidos para telhados constituídos por telhas plásticas. Os telhados que integram o objeto desta avaliação são aqueles formados por telhas plásticas. As telhas plásticas são acopladas entre si por meio de sobreposição ao longo de seu comprimento e em sua largura (transpasse longitudinal e transversal) e ancoradas à estrutura através de fixações mecânicas de parafusos autoatarrachantes. As estruturas de sustentação do telhado convencionais, de madeiras ou metálicas e demais elementos ou componentes não são objeto da avaliação apresentada neste relatório. No relatório são apresentados: - Avaliação da documentação técnica relativa ao produto, incluindo pesquisa de normalização nacional e internacional e de exigências brasileiras legais, incluindo exigências dos Corpos de Bombeiros Estaduais. - Realização dos ensaios visando à determinação do desempenho das telhas, a partir de normalização internacional e exigências brasileiras pesquisadas. - Avaliação do comportamento potencial de telhados construídos a partir dos sistemas de fixação, peças complementares e telhas, em dimensões pré-estabelecidas. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 3/49 2 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO E DA DURABILIDADE DAS TELHAS PLÁSTICAS E DE TELHADOS CONSTITUÍDOS DE TELHAS PLÁSTICAS A TESIS realizou uma busca de normas nacionais e internacionais vigentes, e de referências bibliográficas respectivas aos requisitos de desempenho e durabilidade de telhas plásticas e de telhados montados com telhas plásticas , bem como se fez o estudo das legislações dos Corpos de Bombeiros nos Estados brasileiros quanto ao comportamento ao fogo de telhados e coberturas. A partir desta pesquisa obteve-se: à Não foram encontradas normas nacionais ou internacionais específicas de telhas plásticas opacas. Entretanto, estudou-se a norma DIN EN 1013/3 – “Light-transmitting profiled plastic sheeting for single skin roofing - Part 3: Specific requirements and test methods for sheets of polyvinyl chloride (PVC)” respectiva a telhas translúcidas, onde foram encontradas metodologias de ensaios que poderiam ser adotadas para a caracterização das telhas objeto desta avaliação, como por exemplo, a verificação da es tabilidade dimensional da telha, e a avaliação do comportamento da telha quando exposta ao envelhecimento acelerado. à Nas referências bibliográficas internacionais estudadas, tais como: catálogos técnicos de fabricante e aprovações técnicas internacionais, foram encontradas referências normativas sobre a caracterização do produto, por exemplo, quanto ao envelhecimento acelerado. à Na Norma Brasileira ABNT NBR 15575 – “Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho” foram encontradas as exigências nacionais para sistemas de coberturas . Esta norma é composta por 6 partes, quais sejam: Parte 1: Requisitos gerais; Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais; Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos internos; Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas; Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas e Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários, sendo que se analisou a parte 5 que trata de telhados. Observa-se que na Norma Brasileira ABNT NBR 15575 também foram encontrados requisitos para caracterização da telha, principalmente em relação às questões térmicas e de durabilidade. à Nas legislações dos Corpos de Bombeiros nos principais Estados Brasileiros, foram estudadas as exigências de reação ao fogo dos materiais, que por sua vez também são consideradas na normalização brasileira de edifícios habitacionais. Assim sendo, nos itens a seguir está apresentado o resultado do estudo da documentação técnica, contendo as exigências para telhas e telhados e as respectivas referências normativas adotadas. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 4/49 3 NORMALIZAÇÃO UTILIZADA NA AVALIAÇÃO A seguir listam-se as normas técnicas adotadas no decorrer desta avaliação: • Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 5628/2001 - Componentes construtivos estruturais - Determinação da resistência ao fogo. NBR 6123/1988 - Forças Devidas ao Vento em Edificações. NBR 9442/1986. Materiais de construção - Determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante. NBR 10152/1987 - Níveis de ruído para conforto acústico. NBR 14432/2001 - Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificação – Procedimento. NBR 15220-1/2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 1: Definições, símbolos e unidades. NBR 15220-2/2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações. NBR 15220-3/2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social. NBR 15575-1/2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 1: Requisitos gerais. NBR 15575-2/2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais. NBR 15575-5/2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 5: Requisitos para sistemas de coberturas. CORPO DE BOMBEIROS/ 2001- Instrução Técnica – IT nº 10/2011. Controle de materiais de acabamento e revestimento. • International Organization Standardization (ISO) ISO 140-3:1995, Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building elements. Part 3: Laboratory measurements of airborne sound insulation of building elements. ISO 354/2003- Acoustics - Measurement of sound absorption in a reverberation room. ISO 4892-1:1999 Plastics -- Methods of exposure to laboratory light sources -- Part 1: General guidance ISO 4892-3/2006 Plastics - Methods of exposure to laboratory light sources - Part 3: Flourescent UV Lamp, part 3. NBR ISO 105-A02:2006 (Têxteis – Ensaios de solidez da cor – Parte A02: Escala cinza para avaliação da alteração da cor) • American National Standards Institute (ANSI) ANSI/ASHRAE 74/1988 - Method of measuring solar-optical properties of materials • American Society for Testing Materials (ASTM) ASTM D6110 - 10 Standard Test Method for Determining the Charpy Impact Resistance of Notched Specimens of Plastics ASTM D790 - 10 Standard Test Methods for Flexural Properties of Unreinforced and Reinforced Plastics and Electrical Insulating Materials ASTM G154 - 06 Standard Practice for Operating Fluorescent Light Apparatus for UV Exposure of Nonmetallic Materials ASTM D 2244-11 - Standard Practíce for Calculation of Color Tolerances and Color Differences from Instrumentally Measured Color Coordinates ASTM G155 - 05a Standard Practice for Operating Xenon Arc Light Apparatus for Exposure of Non-Metallic Materials ASTM C518-10 Standard Test Method for Steady-State Thermal Transmission Properties by Means of the Heat Flow Meter Apparatus TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 5/49 ASTM E 662-09 – Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials • Normas européias - EN EN 13823:2010 - Reaction to fire tests for building products - Building products excluding floorings exposed to the thermal attack by a single burning item; EN ISO 11925-2:2010 Reaction to fire tests - Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame - Part 2: Single-flame source test; EN 1013/3:1998 – Light-transmitting profiled plastic sheeting for single skin roofing - Part 3: Specific requirements and test methods for sheets of polyvinyl chloride (PVC) • Diretriz SINAT DIRETRIZ SINAT Nº 004 - Sistemas construtivos formados por paredes estruturais constituídas de painéis de PVC preenchidos com concreto (Sistemas de paredes com formas de PVC incorporada) 4 REQUISITOS DE CARACTERIZAÇÃO DAS TELHAS PLÁSTICAS As principais características das telhas plásticas que formam os telhados e que devem ser objeto de análise são descritas na Tabela 1. Tabela 1 - Requisitos para caracterização das telhas plásticas que formam os telhados objetos desta avaliação Requisitos Indicador de conformidade Metodo de avaliação Espessura da telha Peso próprio das telhas por metro quadrado Conforme especificação de projeto Medição com paquímetro Conforme especificação de projeto Uso de balança digital calibrada Conforme especificação de projeto Observação visual a 1m de distância do corpo-de-prova Cor das telhas Estabilidade dimensional da telha Retenção do perfil = 3% Deformação longitudinal = 2% Impermeabilidade à água da telha A face interna da telha não deve apresentar escorrimento, gotejamento de água ou gotas aderentes. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC EN 1013/3: O ensaio consiste em submeter 5 corpos de prova retirados da telha, com comprimento de 250mm e largura mínima de 200mm (desde que contenha uma onda inteira e seus o vales laterais), em estufa por 60min à temperatura de 60 C. Após o período em estufa, os corpos de prova são retirados da estufa, e mantidos por 10 minutos à o temperatura de (23 ± 2) C. Na seqüência, determina-se a variação longitudinal e transversal sofrida pela telha. NBR 15575-5: O método de ensaio exigido consiste em aplicar sobre a superfície externa da telha uma pressão de água de 250mm em tubo de diâmetro de 35mm por no mínimo 24horas. Após este período deve-se examinar o lado inferior da amostra para verificar se ocorreu passagem de água. 6/49 5 REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO E DURABILIDADE DE TELHADOS CONSTITUÍDOS DE TELHAS PLÁSTICAS 5.1 DESEMPENHO ESTRUTURAL 5.1.1 Resistência a impactos de corpo mole de telhados Atender aos critérios da Tabela 2, conforme NBR 15575-5. Vale destacar que os telhados objeto desta avaliação não se tratam de sistema de coberturas-terraço, e, portanto, o impacto de corpo mole poderá ocorrer quando das atividades de instalação e manutenção do telhado. Tabela 2 – Resistência a impactos de corpo mole de telhado com possibilidade de acesso de pessoas para atividades de instalação e manutenção Energia de Impacto impacto de Critério de desempenho corpo mole J Não ocorrência de ruína, mas são admitidas falhas 480 localizadas (fissuras, destacamentos e outras). Impacto externo 360 (acesso externo 240 do público) Não ocorrência de falhas 180 120 O método de ensaio consiste em submeter um trecho representativo do telhado a impactos de corpo mole, simulando a queda de uma pessoa. Aplica-se um impacto na posição mais desfavorável por meio de saco de areia abandonado em queda livre, adotando-se os valores de massa, altura e energia de impacto mostradas no quadro abaixo. 5.1.2 Resistência a impacto de corpo duro de telhados Atender aos critérios da Tabela 3, conforme NBR 15575-5. Vale destacar que os telhados objeto desta avaliação não se tratam de sistema de coberturas-terraço, e, portanto, o impacto de corpo duro poderá ocorrer quando das atividades de instalação e manutenção do telhado. Tabela 3 – Impactos de corpo-duro de telhado com possibilidade de acesso de pessoas para atividades de instalação e manutenção Energia de Impacto impacto de Critério de desempenho corpo duro J Não ocorrência de falhas inclusive no 3,75 Impacto externo (acesso revestimento externo do público) 20 Não ocorrência de ruptura e transpassamento TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 7/49 O método de ensaio consiste em submeter um trecho representativo do telhado a impactos de corpo duro, simulando a ação da queda de ferramentas e outros. Segundo a NBR 15575 – parte 5, o telhado montado deve ser submetido a 10 impactos, por meio de esferas de aço abandonadas em queda livre, em cada uma das energias apresentadas no quadro abaixo, priorizando a região entre apoios e sem sobreposição. 5.1.3 Ação de granizo e outras cargas acidentais em telhados Não sofrer avarias sob a ação de granizo e de outras pequenas cargas acidentais, ou seja, sob a ação de impactos de corpo duro, o telhado não deve sofrer ruptura ou traspassamento em face da aplicação de impacto com energia igual a 1,0 J. É tolerada a ocorrência de falhas superficiais, como fissuras, lascamentos e outros danos, que não impliquem perda de estanqueidade do telhado. O método de ensaio consiste em submeter um trecho representativo do telhado a impactos de corpo duro de 1J, simulando a ação de granizo, pedras lançadas por crianças e outros. Deve-se aplicar um impacto de 1J na posição mais desfavorável do telhado (região entre apoios e sem sobreposição) por meio de esfera de aço de massa de 65,6 ± 2 g abandonada em queda livre à altura de 1,50m. 5.1.4 Risco de arrancamento pela ação do vento Sob ação do vento, calculada conforme ABNT NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações, não deve ocorrer remoção, ruptura ou deformação de nenhum componente do telhado. O cálculo dos esforços atuantes do vento num dado telhado deve ser desenvolvido considerando as condições de exposição ao vento, incluindo as velocidade básicas máximas de vento no Brasil, o tipo e local da edificação. O anexo 1 apresenta um exemplo de roteiro de cálculo dos esforços atuantes do vento em telhados, considerando altura do telhado em relação ao solo de 5m e 15m, em edifício de planta retangular. O sistema de cobertura quando submetido às pressões, para a região em que ele é utilizado, não deve apresentar ruptura, colapso total ou parcial de qualquer de seus componentes. O cálculo dos esforços atuantes do vento numa dada cobertura deve ser desenvolvido considerando as condições de exposição ao vento, incluindo as velocidade básicas máximas de vento no Brasil, o tipo e local da edificação. Definiu-se velocidade básica de vento (Vo) como a máxima velocidade média medida sobre 3 segundos, que pode ser excedida em média uma vez em 50 anos, a 10m sobre o nível do terreno em lugar aberto e plano. Na figura 1 mostrada a seguir são apresentadas as velocidades básicas máximas de vento (Vo) nas cinco regiões brasileiras, quais sejam: Região I (Vo = 30m/s); Região II (Vo = 35m/s); Região III (Vo = 40m/s); Região IV (Vo = 45m/s) e Região V (Vo = 50m/s). TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 8/49 Figura 1: Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento, “V0” em m/s, no Brasil (NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações (Versão Corrigida:1990).) Conhecida a velocidade básica do vento, as dimensões de uma edificação, a topografia da região do país onde ela estará construída e utilizando a ABNT NBR6123:1988 Forças devidas ao vento em edificações (Versão Corrigida:1990), é possível calcular os esforços atuantes do vento na cobertura, através do roteiro de cálculo apresentado no anexo 1 deste relatório. Observou-se que no cálculo das pressões, a situação mais desfavorável (ou seja, maior pressão de sucção) ocorrerá no beiral. Para a execução do ensaio, conforme esquema abaixo, adotou-se a maior distância entre terças, c onforme indicação do fabricante, por tipo de telha. Figura 2: Câmara de ensaio para verificação da resistência do telhado sob ação de pressão de sucção Para a avaliação do telhado montado com telhas plásticas, objeto desta avaliação, fizeram-se as seguintes principais considerações para o cálculo das pressões de ensaio: - edificação de planta retangular com altura em relação ao solo de 5m e 15m; - telhados com duas águas simétricos, com declividade mínima e incidência do vento de 0 o; - pressão no beiral desprotegido. A partir destas principais considerações, foram calculadas as pressões de ensaio apresentadas na tabela 4. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 9/49 Tabela 4 – Pressões de ensaio calculada s conforme ABNT NBR 6123 Pressão de ensaio (Pa) Pressão de ensaio (Pa) Altura do solo: 5m Altura do solo: 15m situação mais crítica: no beiral situação mais crítica: no beiral 30 500 850 II 35 750 1100 III 40 950 1500 IV 45 1200 1900 V 50 1500 2300 Região do Brasil Velocidade básica Vo (m/s) I No ensaio, o telhado deve ser montado com 3 telhas adotando-se a maior distância entre terças indicada pelo fabricante (vão L) e a distribuição de parafusos indicadas pelo fabricante. As ocorrências são apresentadas em função dos deslocamentos verticais instantâneos e residuais medidos por 3 relógios comparadores posicionados na telha central conforme ilustrado na figura abaixo, após 5 minutos de aplicação de cada pressão de ensaio. Figura 3: Esquema de montagem do telhado e posicionamento dos relógios comparadores L = distância entre terças R1, R2 e R3 - relógios comparadores A exigência normativa da ABNT NBR 15575 – “Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho - Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas” é que sob ação do vento, calculada conforme ABNT NBR 6123, não devem ocorrer remoção ou danos do componente do sistema de cobertura sujeitos a esforços de sucção. Em relação aos deslocamentos limites, a NBR 15575 – “Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho”, em sua Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais estabelece um deslocamento limite final (residual) de L/250 sendo L o vão teórico do elemento, considerando a questão visual e de insegurança psicológica. No caso do deslocamento instantâneo, admite-se 2 x L/250. 5.1.5 Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre o telhado A exigência da NBR 15575 – “Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas” é que o telhado deve propiciar o caminhamento de pessoas, em operações de montagem ou instalação, suportando carga vertical concentrada maior ou igual a 1,2kN nas posições indicadas em projeto e manual do proprietário, sem apresentar ruptura, fissuras, deslizamentos ou outras falhas. Inclusive o projeto deve delimitar as posições dos componentes dos telhados que não possuem resistência mecânica suficiente para o caminhamento de pessoas e indicar a forma das pessoas deslocarem-se sobre os telhados. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 10/49 A carga deve ser transmitida por meio de cutelo de madeira, diretamente sobre a telha, na região central do telhado, entre apoios (entre ripas e entre as sobreposições), ou seja, no vão livre da telha. O cutelo foi conformado com densidade de 800 kg/m 3, comprimento de 20cm e largura de 10cm, para transmitir a carga na direção vertical, intercalando-se um berço de borracha ou outro material resiliente, de dureza Shore A entre 50 e 60, entre o cutelo e a telha. O desenho abaixo ilustra o posicionamento do cutelo de madeira e do berço de borracha. Premissas de projeto: o projeto deve delimitar as posições dos componentes dos telhados que não possuem resistência mecânica suficiente para o caminhamento de pessoas e indicar a forma das pessoas deslocarem-se sobre os telhados. 5.2 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO Os requisitos de segurança contra incêndio de coberturas são expressos por: a) reação ao fogo dos materiais de acabamento constituintes da cobertura, com o objetivo de dificultar a propagação de chamas no ambiente de origem do incêndio e não criar impedimento visual que dificulte a fuga dos ocupantes em situações de incêndio; b) resistência ao fogo do sistema de cobertura. 5.2.1 Reação ao fogo do telhado constituído de telhas plásticas 5.2.1.1 Avaliação da reação ao fogo da face interna do telhado Pode ser adotado um dos três procedimentos para avaliação da reação ao fogo da face interna do telhado, conforme apresentado abaixo, visando à avaliação do produto quanto à propagação de chamas no ambiente de origem do incêndio e desenvolvimento de fumaça. PROCEDIMENTO 1: A superfície inferior do telhado constituído de telhas plásticas deve classificar-se como II A ou III A, conforme tabela abaixo. No caso de cozinhas, a classificação deve ser I ou II A. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 11/49 Tabela 5: Classificação da reação ao fogo da face interna do telhado Método de ensaio Classe I ISO 1182 – Buildings materials – non – combustibility test Incombustível ?T = 30°C; ?m = 50%; tf = 10s II A Combustível III A Combustível NBR 9442 - Materiais de construção determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante - método de ensaio ASTM E 662 – Standard test method for specific optical density of smoke generated by solid materials - - Índice de propagação superficial de chama - Ip = 25 25 < Índice de propagação superficial de chama - Ip = 75 Densidade específica ótica máxima de fumaça Dm = 450 Densidade específica ótica máxima de fumaça Dm = 450 ? t – Variação da temperatura no interior do forno ? m – Variação da massa do corpo de prova tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova PROCEDIMENTO 2: Quando a telha fica aparente na face interna da edificação, o ensaio laboratorial deve seguir a metodologia europeia, que por sua vez considera a maneira como o material é aplicado na edificação, no que diz respeito aos recobrimentos mínimos longitudinal e transversal, fixação dos parafusos e distância entre apoios. Após o ensaio, a superfície inferior do telhado constituído de telhas plásticas deve classificar-se como II A ou III A, conforme tabela abaixo. No caso de cozinhas, a classificação deve ser I ou II A. Tabela 6: Classificação da reação ao fogo da face interna do telhado conforme método europeu Método de ensaio Classe I II A III A ISO 1182 – Buildings materials – non – combustibility test EN 13823 – Reaction to fire tests for building products – Building products excluding floorings exposed to the thermal attack by a single burning item (SBI) EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of building products subjected to direct impingement of flame – Part 2: Single-flame source test (exp. = 30s) Incombustível ?T = 30°C; ?m = 50%; tf = 10s - - Combustível Combustível FIGRA = 120 W/s LFS < canto do corpo de prova THR600s = 7,5 MJ SMOGRA = 180 m²/s² TSP600s = 200 m ² FIGRA = 250 W/s LFS < canto do corpo de prova THR600s = 15 MJ SMOGRA = 180 m²/s² TSP600s = 200 m ² Fs = 150 mm em 60s Fs = 150 mm em 60s ?t – Variação da temperatura no interior do forno ?m – Variação da massa do corpo de prova tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova FIGRA – Índice da taxa de desenvolvimento de calor. LFS – Propagação lateral da chama. THR600s – Liberação total de calor do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas. TSP600s – Produção total de fumaça do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas. SMOGRA – Taxa de desenvolvimento de fumaça, correspondendo ao máximo do quociente de produção de fumaça do corpo de prova e o tempo de sua ocorrência. FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado. Tempo de exposição de 30s. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 12/49 PROCEDIMENTO 3: Quando a telha fica aparente na face interna da edificação, o ensaio deve seguir a metodologia proposta na norma Uniform Building Code Standard 26-3 (UBC 26-3), Room fire test standard for interior of foam plastic systems, que simula uma condição real de incêndio numa edificação com o sistema de cobertura a ser avaliado. Na instalação do telhado devem ser consideradas todas as condições previstas pelo fabricante em relação à declividade mínima, recobrimentos mínimos longitudinal e transversal, fixação dos parafusos e distância entre apoios. Neste caso, os materiais podem ser incluídos na Classe II-A, dispensando a avaliação por meio da ASTM E662, desde que apresentem índice de propagação de chama = 25 (segundo NBR 9442) e sejam submetidos especialmente ao ensaio de acordo com a UBC 26-3 e, nos primeiros 5 minutos deste ensaio, ocorra o desprendimento de todo o material do substrato ou se solte da estrutura que o sustenta e que, mesmo nesta condição, o material não sofra a ignição. 5.2.1.2 Avaliação da reação ao fogo da face externa do telhado A face externa do telhado constituído de telhas plásticas deve apresentar índice de propagação de chama inferior ou igual a 75, de acordo com o método de avaliação da NBR 9442 - Materiais de construção - determinação do índice de propagação superficial de chama pelo método do painel radiante - método de ensaio. No caso de cozinhas, o índice de propagação deve ser inferior ou igual a 25. 5.2.2 Resistência ao fogo Os sistemas ou elementos que integram os edifícios habitacionais devem atender a ABNT NBR 14432 para minimizar a propagação do incêndio, assegurando estabilidade, estanqueidade e isolamento. Este ensaio não é objeto da avaliação apresentada neste relatório, pois é relativo à estrutura do telhado do sistema de cobertura, que poderá ser a convencional em madeira ou em perfis metálicos. 5.3 ESTANQUEIDADE À ÁGUA O telhado deve atender à NBR 15.575-5, considerando-se a ação dos ventos. Premissas de projeto: O projeto deve estabelecer a necessidade do cumprimento da regularidade geométrica da trama da cobertura, durante a vida útil de projeto, a fim de que não resulte prejuízo à estanqueidade do telhado. O sistema de cobertura deve proporcionar condições de salubridade no ambiente habitável, evitando a formação de umidade e, por conseqüência, a proliferação de insetos e microorganismos. Para a definição das condições de ensaio, consideram-se os seguintes fatores climáticos: - índices pluviométricos da região - característica das chuvas (chuvas fortes x garoas prolongadas) - umidade relativa do ar - direção predominante dos ventos - pressão do vento (velocidade das rajadas), conforme gráfico das isopletas da velocidade de vento da figura 4. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 13/49 Figura 4: Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento, “V0” em m/s, no Brasil (NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações (Versão Corrigida:1990). A metodologia de ensaio consiste em aplicar na câmara uma vazão de 4 l/min/m² e pressões de ensaio de 10 Pa, 20 Pa, 30 Pa, 40 Pa e 50 Pa; pressões estas em função da região do país (I, II, III, IV e V) para edificações de até 5 pavimentos. Cada pressão deve ser mantida por um período de 5 minutos, registrando a ocorrência de vazamentos, escorrimentos, manchas ou qualquer outra anomalia na face interna da telha. O tempo total de ensaio é de 30minutos. A figura 5 ilustra a câmara de ensaio de estanqueidade à água. Figura 5: Câmara de ensaio para verificação da estanqueidade à água de telhados Para a execução do ensaio, consideraram-se as recomendações de instalação do fabricante. Pretende-se com este ensaio avaliar os recobrimentos mínimos longitudinais e transversais e a declividade mínima do telhado para edificações de até 5 pavimentos. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 14/49 5.4 DESEMPENHO TÉRMICO A NBR 15575 permite que o desempenho térmico seja avaliado para um sistema construtivo, de forma independente, ou para a edificação como um todo, considerando o sistema construtivo como parte integrante do edifício. A edificação deve reunir características que atendam às exigências de desempenho térmico estabelecidas na NBR 15575, respeitando as características bioclimáticas das diferentes regiões brasileiras definidas na NBR 15220-3. Podem ser adotados três procedimentos alternativos para avaliação do desempenho térmico do edifício: Procedimento Simplificado, Procedimento de Simulação e Procedimento de Medição. Os critérios de desempenho térmico devem ser avaliados, primeiramente, conforme o Procedimento Simplificado e, caso o sistema construtivo alvo da avaliação não atenda às exigências do Procedimento Simplificado, deve-se proceder à análise do edifício de acordo com o Procedimento de Simulação ou de Medição. 5.4.1 Critérios para o Procedimento Simplificado A telha plástica deve apresentar transmitância térmica e absortância à radiação solar que proporcionem um desempenho térmico apropriado para cada zona bioclimática, conforme NBR 15575-5. Tabela 7 – Transmitância térmica e absortância à radiação solar Transmitância térmica (U) W/m 2K Zonas 1 e 2 Zonas 3 a 6 Zonas 7 e 8 α = 0,6 α > 0,6 α = 0,4 α > 0,4 U = 2,30 U = 2,3 U = 1,5 U = 2,3 FV U = 1,5 FV α é absortância à radiação solar da superfície externa da cobertura. NOTA O fator de ventilação (FV) é estabelecido na ABNT NBR 15220-2. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 15/49 5.4.2 Critérios para os Procedimentos de Simulação ou de Medição O Procedimento de Simulação é feito por meio de simulação computacional do desempenho térmico, a partir dos dados de projeto do edifício. Já o Procedimento de Medição é feito por meio de medições em edifícios ou protótipos construídos. Tanto para o Procedimento de Simulação quanto para o de Medição, tem-se que o sistema construtivo alvo da avaliação deve possibilitar que a edificação apresente desempenho térmico que se enquadre, pelo menos, no nível mínimo dos critérios estabelecidos no anexo A da NBR 15575-1, ou seja, para edificações implantadas nas diferentes zonas climáticas brasileiras, considerando as situações limítrofes de calor e frio no interior dessas edificações com relação ao ambiente externo, no verão e no inverno, respectivamente, os critérios de desempenho térmico são os seguintes: a) Desempenho térmico do edifício no verão: o valor máximo diário da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como por exemplo salas e dormitórios, sem a presença de fontes internas de calor (ocupantes, lâmpadas, outros equipamentos em geral), deve ser sempre menor ou igual ao valor máximo diário da temperatura do ar exterior. b) Desempenho térmico do edifício no inverno: os valores mínimos diários da temperatura do ar interior de recintos de permanência prolongada, como por exemplo salas e dormitórios, no dia típico de inverno, devem ser sempre maiores ou iguais à temperatura mínima externa acrescida de 3°C. Na simulação devem ser considerados todos os recintos da unidade habitacional em função das trocas térmicas entre os seus ambientes. Devem ser avaliados os resultados dos recintos dormitórios e salas como explicita a NBR 15575 – parte 1. Exigem-se a descrição dos seguintes dados de entrada para a simulação computacional: - Caracterização da edificação e da sua ocupação: número de ocupantes, período de ocupação, equipamentos e processos no interior da edificação, características térmicas dos materiais e componentes da edificação. - Caracterização das condições de exposição ao clima: identificação de dias típicos para os períodos de verão e inverno para cada uma das 8 zonas bioclimáticas existentes no Brasil. - Áreas de ventilação: vãos livres calculados considerando o tamanho e modelo de caixilho a ser adotado na edificação. - Orientação da unidade habitacional: existência de paredes expostas e obstrução por elementos externos. - Taxa de ventilação do ambiente: quantidades de renovação de ar e sombreamentos. - Absortância à radiação solar das superfícies expostas (a). 5.5 DESEMPENHO ACÚSTICO No caso dos telhados constituintes de telhas plásticas, pode ser considerada a caracterização do desempenho acústico da telha plástica a partir da determinação dos níveis de ruído provocados pelo impacto de chuva em telhados, níveis estes determinados pelo parâmetro “Nível de Potência Sonora”. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 16/49 5.6 DURABILIDADE E MANUTENABILIDADE Manter a capacidade funcional do telhado durante a vida útil de projeto, desde que sejam realizadas as intervenções de manutenção pré-estabelecidas. 5.6.1 Vida útil de projeto da cobertura Manter a capacidade funcional e as características estéticas, ambas compatíveis com o envelhecimento natural dos materiais, durante a vida útil de projeto de acordo com a NBR 15.575-1, se submetidos a intervenções periódicas de manutenção e conservação. Recomenda-se considerar que os elementos da cobertura tenham vida útil de projeto (VUP) no mínimo igual aos períodos sugeridos na NBR 15.575-1 e transcritos na Tabela 8, além de serem subm etidos a manutenções preventivas (sistemáticas) e, sempre que necessário, a manutenções corretivas e de conservação previstas no manual de operação, uso e manutenção. Tabela 8 – Vida útil de projeto mínima Sistema Cobertura VUP anos Mínimo ≥ 20 5.6.2 Manutenabilidade do telhado Manter a capacidade funcional durante a vida útil de projeto desde que submetidos às intervenções periódicas de manutenção especificadas pelos respectivos proponentes do telhado. Estabelecer em manual de uso e manutenção do telhado, os prazos de Vida Útil de Projeto de suas diversas partes, especificando o programa de manutenção a ser adotado, com os procedimentos necessários e materiais a serem empregados em limpezas, serviços de manutenção preventiva e reparos ou substituições de materiais e componentes. Além disso, devem existir informações importantes sobre as condições de uso, como formas de realizar inspeções e manutenções do telhado, eventuais restrições de uso, entre outras informações pertinentes ao uso desse sistem a. As manutenções devem ser realizadas em estrita obediência ao manual de operação, uso e manutenção do sistema construtivo fornecido pelo proponente e/ou executor do telhado. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 17/49 5.6.3 Resistência das telhas plásticas aos raios ultravioletas A telha plástica deve ser avaliada conforme requisitos e critérios a seguir: Requisitos Indicador de conformidade Metodo de avaliação Resistência da telha plástica aos raios ultravioletas (exposição em câmara de CUV-UVB) 2000 horas de exposição em câmara de CUV, com lâmpada de UVB Módulo de Eslasticidade na flexão (antes e após exposição em câmara de CUV) MEapós envelhecimento = 0,70 MEinicial ASTM D790 Resistência ao impacto Charpy (antes e após exposição em câmara de CUV) RIapós envelhecimento = 0,70 RIinicial ASTM D6110 Aspecto visual após ensaio de envelhecimento acelerado As duas faces do corpo de prova devem ser avaliadas: Sem bolhas, sem fissuras, ou escamações, após exposição de 2000 horas em câmara de CUV, com avaliação a 500h, 1000h, 1500h e 2000h Avaliar as duas faces dos corpos-de-prova; Realizar inspeção visual a 0,5m de distância em amostras de no mínimo 5cm x 5cm, antes e após exposição ao envelhecimento acelerado Alteração da cor da telha plástica após exposição em Weather-OMeter Avaliação da alteração da cor nas idades 0 e 1600horas: a face externa da telha pode apresentar grau máximo de alteração 3 na escala cinza após exposição por 1600 h. ASTM G155 – 05a (WeatherO-Meter) NBR ISO 105-A02 e ABNT NBR 15575-5 – Anexo H (escala cinza) Exposição em câmara de CUV, com lâmpada de UVB,por 2000 horas (ASTM G154 e ISO 4892) 5.6.4 Resistência ao envelhecimento natural da telha plástica As telhas plásticas expostas em condições ambientais não devem apresentar, a cada avaliação semestral feita durante dois anos: ocorrência de falhas como fissuras, destacamentos, empolamentos, descoloração e outros danos. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 18/49 6 CARACTERIZAÇÃO DAS TELHAS PLÁSTICAS 6.1 DIMENSÕES E COR As amostras de telhas plásticas objeto da avaliação foram enviadas pelo fabricante PRECON à TESIS. As amostras analisadas apresentam as seguintes características: Modelo de designação pelo fabricante Colonial Minionda Tipo de amostra amostra de telha confeccionada com resina de PVC e polimetilmetacrilato (PMMA) na face externa amostra de telha confeccionada com resina de PVC em ambos os lados Foto de caracterização da amostra Inscrição na telha - Precon VC GRUPO PRECON (31) 3660 3800 31/03/11 11:06 L01 - Precon VC GRUPO PRECON (31) 3660 3800 26/07/11 09:39 - Precon VC X 1,8 MT GRUPO PRECON (31) 3660 3800 09/02/11 03:10 L05 - Precon VC GRUPO PRECON (31) 3660 3800 08/08/11 13:36 1,80m a 2,40m 0,91m 1,5mm cerâmica cerâmica Comprimento Largura Espessura nominal Cor da face interna Cor da face externa 1,96m a 2,30m 0,88m 2,5mm cerâmica cerâmica Modelo de designação pelo fabricante Trapezoidal Ondulada Tipo de amostra amostra de telha confeccionada com resina de PVC em ambos os lados amostra de telha confeccionada com resina de PVC em ambos os lados Foto de caracterização da amostra Inscrição na telha Comprimento Largura Espessura nominal Cor da face interna Cor da face externa Precon VC X 5,0 MT GRUPO PRECON (31) 3660 3800 31/03/11 13:54:57 L05 1,80m 0,92m 2,0mm gelo gelo TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC Precon VC X 2,4 MT GRUPO PRECON (31) 3660 3800 25/03/11 22:23 L03 1,80m 0,92m 2,0mm marfim marfim 19/49 6.2 ESTABILIDADE DIMENSIONAL Utilizou-se como base as exigências da norma DIN EN 1013/3 – Light-transmitting profiled plastic sheeting for single skin roofing - Part 3: Specific requirements and test methods for sheets of polyvinyl chloride (PVC), que por sua vez estabelece que a retenção do perfil não deve exceder 3% a e a deformação longitudinal não deve exceder a 2%. O ensaio foi realizado no laboratório da TESIS e os resultados obtidos estão apresentados no quadro a seguir: RESULTADO DE ESTABILIDADE DIMENSIONAL Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Retenção do perfil (%) 0,3 0,0 0,1 0,1 Deformação longitudinal (%) 0,1 0,0 0,1 0,0 Resultado final considerando a exigência da DIN EN 1013/3: Retenção do perfil = 3% Deformação longitudinal = 2% APROVADA APROVADA APROVADA APROVADA 6.3 IMPERMEABILIDADE À ÁGUA Pela NBR 15575, a telha não deve apresentar escorrimento, gotejamento de água ou gotas aderentes. Aceita-se o aparecimento de manchas de umidade, desde que restritas a no máximo 35 % da área das telhas. O ensaio foi realizado no laboratório da TESIS e os resultados obtidos estão apresentados no quadro a seguir: RESULTADO FINAL DE IMPERMEABILIDADE À ÁGUA Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Ocorrências detectadas após 24horas sob coluna d´água de 250mm Nenhuma ocorrência Nenhuma ocorrência Nenhuma ocorrência Nenhuma ocorrência Resultado final em relação à NBR 15575 APROVADA APROVADA APROVADA APROVADA TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 20/49 7 AVALIAÇÃO DAS AMOSTRAS EM RELAÇÃO AOS REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO E DE DURABILIDADE Este item apresenta a análise das amostras em relação aos requisitos e critérios normativos. 7.1 DESEMPENHO ESTRUTURAL 7.1.1 Resistência a impactos de corpo mole de telhados Para a realização dos ensaios de impacto de corpo mole, fez-se a montagem de telhado representativo, constituído por 4 telhas, conforme condições abaixo: Resultado da avaliação das amostras Condições de instalação do telhado adotadas Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Declividade mínima para 2 águas 20º 20º 20º 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 100mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda Distância entre terças 660mm 600mm* 800mm 800mm Distribuição dos parafusos Conforme ilustração abaixo * no caso das telhas Minionda, foram utilizados parafusos autobrocantes TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 21/49 O quadro abaixo apresenta as exigências da Norma Brasileira e os resultados obtidos nos ensaios de impacto de corpo mole: RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE CORPO MOLE Ocorrências detectadas Energia de impacto Exigência normativa 120J 180J 240J 360J Não ocorrência de falhas 480J Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras) Resultado final Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Nenhuma ocorrência nas energias de impacto 120, 180, 240, 360 e 480J Nenhuma ocorrência nas energias de impacto 120, 180, 240, 360 e 480J Nenhuma ocorrência nas energias de impacto 120, 180, 240 e 360J Sem ruptura nas energias de impacto 120, 180, 240 e 360J. Em 360J ocorreu somente a quebra do parafuso Aprovado em 480J Aprovado em 480J Aprovado em 360J Aprovado em 360J 7.1.2 Resistência a impacto de corpo duro de telhados Para a realização dos ensaios de impacto de corpo duro, fez-se a montagem de telhado representativo, constituído por 4 telhas, conforme condições apresentadas em 7.1.1. O quadro abaixo apresenta as exigências da Norma Brasileira e os resultados obtidos nos ensaios de impacto de corpo duro: RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE CORPO DURO Energia de impacto Ocorrências detectadas Exigência normativa 3,75J massa do dardo=0,5kg diâmetro do dardo=50mm altura de queda 0,75m 20J massa do dardo=1,0kg diâmetro do dardo=63,5mm altura de queda 2,0m Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim não admite-se ocorrência de falhas. Mossas são admitidas Sem ruptura Sem ruptura Sem ruptura Sem ruptura não admite-se ocorrência de ruína e traspassamento, mossas, fissuras e desagregações são admitidas Sem ruptura Sem ruptura Sem ruptura Ruptura no 2º impacto Aprovado com 3,75J e 20J Aprovado com 3,75J e 20J Aprovado com Aprovado 3,75J com 3,75J e Reprovado com 20J 20J Resultado final TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 22/49 7.1.3 Ação de granizo e outras cargas acidentais em telhados Para a realização dos ensaios de impacto de corpo duro, fez-se a montagem de telhado representativo, constituído por 4 telhas, conforme condições apresentadas em 7.1.1. O quadro abaixo apresenta as exigências da Norma Brasileira e os resultados obtidos nos ensaios de ação de granizo: AÇÃO DE GRANIZO E OUTRAS CARGAS ACIDENTAIS EM TELHADOS Ocorrências detectadas Energia de impacto Exigência normativa 1,0 J massa do dardo=0,0656kg diâmetro do dardo=25,3mm altura de queda 1,50m não admite-se ocorrência de ruptura ou traspassamento. São admitidas falhas superficiais, como fissuras, lascamentos e outros danos, que não impliquem perda de estanqueidade do telhado Resultado final Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Sem ruptura Sem ruptura Sem ruptura Sem ruptura Aprovado Aprovado Aprovado Aprovado 7.1.4 Risco de arrancamento pela ação do vento A exigência normativa da ABNT NBR 15575 - Parte 5 é que sob a ação do vento, calculada conforme ABNT NBR 6123, não devem ocorrer remoção ou danos do componente do sistema de cobertura sujeitos a esforços de sucção, bem como não deve apresentar ruptura, colapso total ou parcial de qualquer de seus componentes. Em relação aos deslocamentos limites, a NBR 15575 - Parte 2 estabelece um deslocamento limite final (residual) de L/250 sendo L o vão teórico do elemento, considerando a questão visual e de insegurança psicológica. No caso do deslocamento instantâneo, admite-se 2 x L/250. Fizeram-se as considerações para o cálculo das pressões de ensaio, conforme item 5.1.4, apenas para definir o limite superior da pressão de ensaio, caso não houvesse interrupção devido ao excesso de deformação. Para a realização dos ensaios, o telhado foi montado com 3 telhas adotando-se a maior distância entre terças indicada pelo fabricante (vão L) e a distribuição de parafusos indicadas pelo fabricante, conforme condições a seguir. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 23/49 Amostras avaliadas Condições de instalação do telhado adotadas Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Recobrimentos longitudinal e transversal 100mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda Distância entre terças 660mm 500mm* e 600mm 600mm e 800mm 800mm Distribuição dos parafusos Conforme ilustração abaixo * no caso das telhas Minionda com distância entre terças de 500mm, foram utilizados parafusos autobrocantes As ocorrências são apresentadas em função das ocorrências de ruptura, fissuras ou remoção das telhas e dos deslocamentos verticais instantâneos e residuais medidos por 3 relógios comparadores posicionados na telha central, após 5 minutos de aplicação de cada pressão de ensaio. O quadro a seguir apresenta o resultado final das amostras quanto à resistência sob a ação do vento, considerando as seguintes principais observações: - os deslocamentos residuais obtidos foram inferiores a 0,90mm para todas as amostras avaliadas nas máximas pressões de ensaios, ou seja, bem aquém do limite normativo (L/250 – metade do limite para o deslocamento instantâneo). Em nenhuma situação de ensaio, foi detectada ocorrência de ruptura, colapso total ou parcial da telha. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 24/49 - detectou-se limitação de uso dos modelos telhas, em função das pressões máximas atendidas, sendo que esta limitação se deveu aos valores de deslocamentos instantâneos máximos registrados, conforme mostrado no quadro abaixo. - para alguns modelos de telhas a limitação está associada à distância entre terças adotada, ou seja, numa mesma condição de pressão de ensaio, a redução da distância entre terças resulta no atendimento à pressão correspondente, conforme pode ser observado no quadro abaixo (modelos Minionda e Trapezoidal). Amostras avaliadas Deslocamento vertical máximo (mm) detectado – região central da telha entre apoios Pressão de ensaio (Pa) calculada Colonial Minionda Trapezoidal Ondulada cerâmica cerâmica gelo marfim 500 Distância entre terças L = 660mm 0,79 Distância entre terças L = 600mm 2,64 Distância entre terças L = 500mm 1,84 Distância entre terças L = 800mm 4,97 Distância entre terças L = 600mm 1,59 Distância entre terças L = 800mm 5,38 750 1,05 4,18 2,90 9,48 2,60 9,67 850 1,12 - 3,37 - 2,89 - 950 1,40 6,01 3,73 12,13 3,21 11,37 1100 1,66 - 4,46 - 3,76 - 1200 1,96 7,30 5,04 16,12 4,19 14,12 1500 2,60 - 6,28 - 5,62 - 1500 2,60 - 6,28 - 5,62 - 1900 3,50 - 8,21 - 7,41 - 2300 Deslocamento normativo máximo admissível instantâneo - 2 x L/250 4,58 - 10,57 - 9,53 - 5,28mm 4,80mm 4,00mm 6,40mm 4,80mm 6,40mm 2300Pa (1) 750Pa(2) 950Pa(3) 500Pa(4) 1200Pa (5) 500Pa(6) Pressão máxima atendida (1) A partir das considerações adotadas para o cálculo das pressões de ensaio, o resultado final obtido corresponde ao atendimento às regiões brasileiras I a V para edificação retangular com altura em relação ao solo de 5m e 15m (2) A partir das considerações adotadas para o cálculo das pressões de ensaio, o resultado final obtido corresponde ao atendimento às regiões brasileiras I e II para edificação retangular com altura em relação ao solo de 5m (3) A partir das considerações adotadas para o cálculo das pressões de ensaio, o resultado final obtido corresponde ao atendimento às regiões brasileiras I a III para edificação retangular com altura em relação ao solo de 5m, e região I para altura de 15m (4) A partir das considerações adotadas para o cálculo das pressões de ensaio, o resultado final obtido corresponde ao atendimento à região brasileira I para edificação retangular com altura em relação ao solo de 5m. (5) A partir das considerações adotadas para o cálculo das pressões de ensaio, o resultado final obtido corresponde ao atendimento às regiões brasileiras I a IV para edificação retangular com altura em relação ao solo de 5m, e regiões I e II para altura de 15m (6) A partir das considerações adotadas para o cálculo das pressões de ensaio, o resultado final obtido corresponde ao atendimento à região brasileira I para edificação retangular com altura em relação ao solo de 5m. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 25/49 7.1.5 Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre o telhado Para a realização deste ensaio, fez-se a montagem de telhado representativo, constituído por 4 telhas, nas condições apresentadas no item 7.1.1. A carga foi transmitida por meio de cutelo de madeira, diretamente sobre a telha, na região central do telhado, entre apoios (entre ripas e entre as sobreposições), ou seja, no vão livre da telha. A figura abaixo ilustra o posicionamento do cutelo de madeira e do berço de borracha. O quadro a seguir apresenta os resultados do ensaio: Resultados de Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre o telhado Carga aplicada 1,2kN 1,2kN 1,2kN 1,2kN Tempo de aplicação da carga 15 min 15 min 15 min 15 min Ocorrências durante o ensaio Nenhuma ocorrência Nenhuma ocorrência Nenhuma ocorrência Nenhuma ocorrência Resultado final Colonial cerâmica Aprovado Minionda cerâmica Aprovado Trapezoidal gelo Aprovado Ondulada marfim Aprovado 7.2 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO A avaliação de reação ao fogo das amostras de telhas PRECON ainda está em andamento. 7.3 ESTANQUEIDADE À ÁGUA Pretendeu-se com este ensaio avaliar os recobrimentos mínim os longitudinais e transversais na declividade mínima do telhado, com o objetivo de verificar se o empoçamento de água resulta na perda de estanqueidade do telhado. Não foi realizado o ensaio na declividade máxima, visto que o objetivo da avaliação nesta condição seria verificar a ocorrência de escorregamento da telha durante o ensaio resultando em perda de estanqueidade do telhado, no entanto os telhados que integram o objeto desta avaliação são aqueles formados por telhas plásticas ancoradas à estrutura através de fixações mecânicas de parafusos autoatarrachantes . Ou seja, não há possibilidade de escorregamento de telhas. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 26/49 Para a execução do ensaio, consideraram-se as recomendaç ões de instalação do fabricante, conforme apresentado no quadro abaixo: Amostras avaliadas Condições de instalação do telhado adotadas Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Declividade mínima para 1 água 5º 5º 5º 5º Declividade mínima para 2 águas 20º 20º 20º 20º Recobrimentos mínimos longitudinal e transversal 100mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda Distribuição de parafusos O ensaio foi realizado no laboratório da TESIS e os resultados obtidos estão apresentados no quadro a seguir, observando que a exigência normativa da ABNT NBR 15575 - Parte 5 é que durante o ensaio, não deve ocorrer a penetração ou infiltração de água que acarrete escorrimento ou gotejamento. Quesitos ensaio do telhado e do Amostras avaliadas Colonial cerâmica Minionda cerâmica Pressão de ensaio adotada e tempo de aplicação 50Pa / 30 min 50Pa / 30 min 50Pa / 30 min 50Pa / 30 min Ocorrências durante o ensaio nas duas declividades mínimas Nenhuma ocorrência Nenhuma ocorrência Nenhuma ocorrência Nenhuma ocorrência RESULTADO FINAL - Regiões brasileiras atendidas, considerando edificações até 5 pavimentos I, II, III, IV e V I, II, III, IV e V I, II, III, IV e V I, II, III, IV e V TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC Trapezoidal gelo Ondulada marfim 27/49 7.4 DESEMPENHO TÉRMICO Foram determinados no laboratório do IPT os valores de absortância à radiação solar e de condutividade térmica das amostras de telhas, conforme quadro abaixo, para que se possa fazer a simulação da avaliação do desempenho térmico de edificações através do procedimento de simulação explicado no item 5.4.1. Dados Colonial Minionda Trapezoidal Ondulada cor externa cerâmica cerâmica gelo marfim Refletância à radiação solar 35% 44% 85% - Absortância (alfa) 0,7 0,6 0,2 - Condutividade térmica (W/m.K) 0,16 0,16 0,15 - Espessura (mm) 2,5 1,5 2,0 - 7.5 DESEMPENHO ACÚSTICO A determinação das propriedades necessárias para a avaliação de desempenho acústico das amostras de telhas PRECON está em andamento. 7.6 DURABILIDADE 7.6.1 Exposição acelerada em câmara CUV O ensaio consistiu na exposição de corpos de prova retirados da telha em câmara de ensaio nas condições da exposição: 4h de exposição C-UV - (UVB - 313nm) a 60°C e 4h de condensação a 40°C, conforme ASTM G154 Standard Practice for Operating Fluorescent Light Apparatus for UV Exposure of Nonmetallic Materials. A face externa da telha foi submetida a esta exposição. Nas idades 0, 500, 1000 e 2000 horas foram retirados corpos de prova da câmara de CUV para a realização dos seguintes ensaios: - módulo de elasticidade à flexão conforme ASTM D790 - 10 Standard Test Methods for Flexural Properties of Unreinforced and Reinforced Plastics and Electrical Insulating Materials; TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 28/49 - resistência ao impacto Charpy conforme ASTM D6110 - 10 Standard Test Method for Determining the Charpy Impact Resistance of Notched Specimens of Plastics. Após a exposição, fez-se também a avaliação das duas faces do corpo de prova quanto à ausência de bolhas, fissuras, ou escamações. A seguir estão apresentados os resultados obtidos nas amostras analisadas quanto aos valores determinados de resistência ao impacto Charpy e Módulo de Elasticidade à Flexão, sendo que nenhum dos corpos de prova expostos apresentou na face exposta presença de bolhas, fissuras, ou escamações. Resultados de Resistência ao impacto Charpy modelo cor espessura nominal Resistência ao impacto Charpy (J/m) Resultados de exposição em CUV original 500h Colonial Ondulada gelo marfim 2000h média 40 32 39 38 desvio padrão 2 5 3 5 Variação em relação ao valor inicial inicial - -21% -3% -5% média 63 53 46 60 desvio padrão 7 20 4 4 Variação em relação ao valor inicial inicial - -16% -27% -5% média 76 51 48 49 desvio padrão 5 5 3 2 Variação em relação ao valor inicial inicial - média 56 42 42 43 desvio padrão 6 3 4 2 Variação em relação ao valor inicial inicial - -25% -25% -23% cerâmica 2,5mm Minionda cerâmica 1,5mm Trapezoidal 1000h 2,0mm 2,0mm -33%* -37%* -36%* * resultados superiores aos permitidos nas exigências normativas TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 29/49 Colonial Resistência ao impacto Charpy - Valor médio Minionda Resistência ao impacto Charpy (J/m) Trapezoidal 80 Ondulada 76 70 63 60 60 56 53 51 50 40 40 42 48 46 42 32 39 49 43 38 30 20 original após 500h após 1000h 2000h Queda de propriedade mecânica (%) Impacto Charpy Colonial Minionda Trapezoidal após 500h 0% após 1000h 2000h -3% Ondulada -5% -5% -10% -16% % -20% -21% -23% -25% -25% -27% -30% -36% -33% -37% -40% -50% Resultados de Módulo de elasticidade na flexão modelo cor espessura nominal Módulo de elasticidade na flexão (MPa) Resultados de exposição em CUV média Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal Ondulada gelo marfim 2,5mm 1,5mm 2,0mm 2,0mm original 500h 3532 3226 1000h 3140 2000h 3340 desvio padrão 205 276 138 282 Variação em relação ao valor inicial inicial - -9% -11% -5% média 4437 5472 4384 4360 desvio padrão 198 297 82 406 Variação em relação ao valor inicial inicial - 23% -1% -2% média 3509 3634 3719 4029 desvio padrão 150 72 109 252 Variação em relação ao valor inicial inicial - 4% 6% 15% média 3840 3141 3389 4139 desvio padrão 129 192 133 132 Variação em relação ao valor inicial inicial - -18% -12% 8% TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 30/49 Módulo de elasticidade à flexão - Valor médio Colonial Módulo de elasticidade à flexão (MPa) Minionda Trapezoidal 6000 Ondulada 5500 5472 5000 4500 4000 3500 4437 4384 3840 3532 3509 3634 3719 3389 3226 3141 3000 4360 4139 4029 3340 3140 2500 inicial 500h 1000h 2000h Queda de propriedade mecânica (%) Módulo de elasticidade Colonial Minionda Trapezoidal 30% Ondulada 23% 15% 10% 8% 6% % 4% -10% -2% 2000h -5% -1% após 1000h -11% -12% após 500h -9% -18% -30% O quadro abaixo apresenta a análise final das amostras quanto à queda da propriedade após 2000horas de exposição em relação à idade inicial. A exigência é que a queda máxima da propriedade determinada após 2000horas de exposição não seja superior a 30% em relação ao valor inicial, ou seja, o valor final dever ser pelo menos 0,7 do valor inicial. Assim sendo, observa-se que somente a amostra da telha Trapezoidal gelo obteve queda superior a 30% na propriedade Resistência ao impacto Charpy. Variação após 2000h em relação à idade inicial Dados da amostra Modelo Cor Espessura Colonial cerâmica 2,5mm 5% 5% Aprovada Minionda cerâmica 1,5mm 5% 2% Aprovada Trapezoidal gelo 2,0mm 36% 15% Reprovada Ondulada marfim 2,0mm 23% 8% Aprovada TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC Módulo de Elasticidade à flexão Resultado Final Resistência ao impacto Charpy 31/49 7.6.2 Exposição acelerada em Weather-O-Meter O ensaio foi conduzido no laboratório CCDM da UFSCar, em atendimento à ASTM G155 – ciclo 1 - Standard Practice for Operating Ligth - Exposure Apparatus (Xenon-Arc Type) with and without Water for Exposure of Nonmetallic Materials, nas seguintes condições: Fonte de radiação Lâmpada de xenônio de 6500W, com filtros interno e externo de boro-silicato. Controle • Irradiância de 0,35 W/m 2 a 340 nm; • Temperatura do painel negro: (63 ± 3) 0C; • Umidade: (60 ± 5)%. Ciclo de exposição acelerada 102 minutos de insolação e 18 minutos de insolação e simulação de chuva. Duração do ensaio 1600 horas Após a exposição de 1600 horas, a face exposta das amostras foi submetida à avaliação da alteração de cor pela escala cinza e por delta E, conforme explicações a seguir: Escala cinza pela NBR ISO 105-A02 (Têxteis – Ensaios de solidez da cor – Parte A02: Escala cinza para avaliação da alteração da cor): Delta E pela ASTM D 2244 - Standard Practíce for Calculation of Color Tolerances and Color Differences from Instrumentally Measured Color Coordinates: Todas as amostras analisadas foram aprovadas na escala cinza, e os valores de delta E foram inferiores ou igual a 2, conforme apresentado no quadro abaixo. Entretanto, a exposição será continuada até 3500 horas com avaliações intermediárias após 2000, 2500, 3000 e 3500 horas. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 32/49 Dados Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada Marfim ?L Claro/escuro 0,49 1,29 0,03 0,16 ?a Vermelho/verde 1,18 0,46 0,65 0,17 ?b Amarelo/azul 1,66 0,77 0,77 0,42 ?E 2,09 1,57 1, 01 0,48 3-4 4 4-5 4-5 Aprovada Aprovada Aprovada Aprovada Escala cinza Resultado final A seguir são apresentadas as fotografias registradas das amostras antes e após 1600 horas de exposição acelerada em Weather-O-Meter. Amostra Colonial Amostra Minionda Amostra Trapezoidal Amostra Ondulada 7.6.3 Manutenabilidade do telhado O manual de instalação do fabricante foi analisado em relação à presença de informações relativas aos procedimentos necessários e materiais a serem empregados em limpezas, serviços de manutenção preventiva e reparos ou substituições de materiais e componentes, bem como às condições de uso, como formas de realizar inspeções e manutenções do telhado, eventuais restrições de uso, entre outras informações pertinentes ao uso desse sistema. A análise final do manual contendo sugestões de alteração e/ou incorporação de procedimentos será concluída após a realização de visitas em edificações com telhados constituídos de telhas plásticas, a fim de que avaliar em campo se as informações previstas no manual são suficientes e adequadas. 7.6.4 Resistência ao envelhecimento natural da telha plástica Esta avaliação será realizada semestralmente durante dois anos através de visitas em edificações com telhados constituídos de telhas plásticas. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 33/49 8 RESUMO DA ANÁLISE DAS AMOSTRAS DE TELHAS PLÁSTICAS AVALIADAS ATÉ O MOMENTO Os quadros a seguir apresentam um resumo dos resultados obtidos até o momento nas amostras de telhas de PVC enviadas pelo fabricante PRECON à TESIS, em relação às exigências normativas apresentadas neste relatório, incluindo as condições construtivas adotadas na montagem dos telhados. Trata-se de análise parcial dos resultados, considerando que ainda estão em andamento os seguintes ensaios: reação ao fogo e desempenho acústico. Destaca-se ainda que após a finalização da totalidade dos ensaios, será elaborado o Relatório Técnico de Avaliação – RTA final, de acesso restrito, contendo os resultados e análises finais do produto. Resultado da avaliação Caracterização das telhas plásticas Colonial Minionda Trapezoidal Ondulada cerâmica cerâmica gelo marfim telha confeccionada telha telha telha com resina de PVC e confeccionada confeccionada com confeccionada com polimetilmetacrilato com resina de resina de PVC em resina de PVC em (PMMA) na face PVC em ambos ambos os lados ambos os lados externa os lados Conforme projeto do Conforme projeto Conforme projeto Conforme projeto fabricante do fabricante do fabricante do fabricante Constituição básica Dimensões e cor Estabilidade dimensional APROVADA APROVADA APROVADA APROVADA Impermeabilidade à água APROVADA APROVADA APROVADA APROVADA Desempenho estrutural dos telhados constituídos das telhas plásticas Colonial cerâmica Declividade Resultado da avaliação Minionda Trapezoidal cerâmica gelo Ondulada marfim 20º 20º 20º 20º 100mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda 660mm 600mm* 800mm 800mm Resistência a impactos de corpo mole de telhados APROVADA ATÉ 480J APROVADA ATÉ 480J APROVADA ATÉ 360J APROVADA ATÉ 360J Resistência a impacto de corpo duro de telhados APROVADA COM 3,75J E 20J APROVADA COM 3,75J E 20J Ação de granizo e outras cargas acidentais em telhados APROVADA COM 1,0J APROVADA COM 1,0J APROVADA APROVADA COM 3,75J COM 3,75J REPROVADA E 20J COM 20J APROVADA APROVADA COM 1,0J COM 1,0J Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre o telhado *adoção de parafusos autobrocantes APROVADA COM 1,2kN APROVADA COM 1,2kN APROVADA COM 1,2kN Condições de instalação Recobrimentos longitudinal e transversal Distância mínima entre terças TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC APROVADA COM 1,2kN 34/49 Desempenho estrutural dos telhados constituídos das telhas plásticas Risco de arrancamento pela ação do vento Resultado da avaliação Colonial Cerâmica Minionda Cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Condições de instalação distância mínima entre terças 660mm 600mm 500mm* 800mm 600mm 800mm Pressão máxima atendida considerando as condições de cálculo do item 5.1.4 2300Pa 750Pa 950Pa 500Pa 1200Pa 500Pa I e II I, II e III I I, II, III e IV I - I - I e II - Regiões brasileiras correspondentes às pressões de ensaio máximas atendidas, considerando as condições de cálculo do item 5.1.4 deste relatório Altura em relação ao solo: I, II, III, IV e V Regiões 5m brasileiras Altura em atendidas relação ao solo: I, II, III, IV e V 15m *adoção de parafusos autobrocantes Segurança contra incêndio dos telhados constituídos das telhas plásticas Avaliação da reação ao fogo da face interna do telhado Avaliação da reação ao fogo da face externa do telhado Resistência ao fogo Resultado da avaliação Colonial cerâmica Análise em andamento Minionda cerâmica Análise em andamento Trapezoidal gelo Análise em andamento Ondulada marfim Análise em andamento Análise em andamento Não aplicável (somente para estrutura) Análise em andamento Não aplicável (somente para estrutura) Análise em andamento Não aplicável (somente para estrutura) Análise em andamento Não aplicável (somente para estrutura) TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 35/49 Resultado da avaliação Estanqueidade à água dos telhados constituídos das telhas plásticas Condições de instalação Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Declividade 5º / 20º 5º / 20º 5º / 20º 5º / 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 100mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda 150mm / 1onda I, II, III, IV e V I, II, III, IV e V I, II, III, IV e V I, II, III, IV e V Regiões brasileiras atendidas para edificações até 5 pavimentos (ou 15m) Desempenho térmico dos telhados constituídos das telhas plásticas Resultado da avaliação Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Absortância (alfa)* 0,7 0,6 0,2 - Condutividade térmica (W/m.K)* 0,16 0,16 0,15 - *determinados os valores para a simulação da avaliação do desempenho térmico de edificações através do procedimento de simulação explicado no item 5.4.1 Desempenho acústico dos telhados constituídos das telhas plásticas Caracterização de propriedades Durabilidade dos telhados constituídos das telhas plásticas Envelhecimento acelerado em WOM até 1600h Resultado da avaliação Colonial cerâmica Minionda cerâmica Trapezoidal gelo Ondulada marfim Em andamento Resultado da avaliação Colonial cerâmica APROVADA Minionda cerâmica APROVADA Trapezoidal gelo APROVADA Ondulada marfim APROVADA Envelhecimento acelerado em CUV APROVADA APROVADA REPROVADA APROVADA até 2000h Manutenabilidade Avaliação dependente de análise de edificações com telhados Resistência ao envelhecimento constituídos de telhas plásticas natural TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 36/49 9 RESUMO DA ANÁLISE POR MODELO DE TELHA PLÁSTICA Os subitens a seguir apresentam um resumo dos resultados obtidos até o momento por modelo de telha enviado pelo fabricante PRECON à TESIS, em relação às exigências normativas apresentadas neste relatório, incluindo as condições construtivas adotadas na montagem dos telhados. 9.1 MODELO DE TELHA COLONIAL CERÂMICA Caracterização do modelo de telha Modelo Espessura nominal Colonial amostra de telha confeccionada com resina de PVC e polimetilmetacrilato (PMMA) na face externa 2,5mm Cor da face interna cerâmica Tipo de amostra Cor da face externa cerâmica Estabilidade dimensional APROVADA Impermeabilidade à água APROVADA Desempenho estrutural Condições de instalação Declividade 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 100mm / 1onda Distância mínima entre terças 660mm Resistência a impactos de corpo mole de telhados APROVADA ATÉ 480J Resistência a impacto de corpo duro de telhados APROVADA COM 3,75J E 20J Ação de granizo e outras cargas acidentais em telhados APROVADA COM 1,0J Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre o telhado APROVADA COM 1,2kN Risco de arrancamento pela ação do vento Pressão máxima atendida: 2300Pa Segurança contra incêndio dos telhados Avaliação da reação ao fogo da face interna e externa do telhado Análise em andamento Resistência ao fogo Não aplicável (somente para estrutura) Estanqueidade à água dos telhados Condições de instalação Declividade 5º / 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 100mm / 1onda Regiões brasileiras atendidas para edificações até 5 pavimentos (ou 15m) I, II, III, IV e V conforme mapa de figura 4 Desempenho térmico dos telhados Absortância (alfa) 0,7 Condutividade térmica (W/m.K) 0,16 Desempenho acústico dos telhados Caracterização de propriedades Em andamento Durabilidade dos telhados Envelhecimento acelerado em WOM até 1600h APROVADA Envelhecimento acelerado em CUV até 2000h Manutenabilidade Resistência ao envelhecimento natural APROVADA Avaliação dependente de análise de edificações com telhados constituídos destas telhas TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 37/49 9.2 MODELO DE TELHA MINIONDA CERÂMICA Caracterização do modelo de telha Modelo MINIONDA Tipo de amostra amostra de telha confeccionada com resina de PVC em ambos os lados Espessura nominal 1,5mm Cor da face interna cerâmica Cor da face externa cerâmica Estabilidade dimensional APROVADA Impermeabilidade à água APROVADA Desempenho estrutural dos telhados Declividade 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 150mm / 1onda Distância mínima entre terças 500mm / 600mm com adoção de parafusos autobrocantes Condições de instalação Resistência a impactos de corpo mole de telhados APROVADA ATÉ 480J Resistência a impacto de corpo duro de telhados APROVADA COM 3,75J E 20J Ação de granizo e outras cargas acidentais em telhados APROVADA COM 1,0J Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre o telhado APROVADA COM 1,2kN Risco de arrancamento pela ação do vento Pressão máxima atendida: 750Pa para distância entre apoios de 600mm 950Pa para distância entre apoios de 500mm Segurança contra incêndio dos telhados Avaliação da reação ao fogo da face interna e externa do telhado Análise em andamento Resistência ao fogo Não aplicável (somente para estrutura) Estanqueidade à água dos telhados Condições de instalação Declividade 5º / 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 150mm / 1onda Regiões brasileiras atendidas para edificações até 5 pavimentos (ou 15m) I, II, III, IV e V conforme mapa de figura 4 Desempenho térmico dos telhados Absortância (alfa) 0,6 Condutividade térmica (W/m.K) 0,16 Desempenho acústico dos telhados Caracterização de propriedades Em andamento Durabilidade dos telhados Envelhecimento acelerado em WOM até 1600h APROVADA Envelhecimento acelerado em CUV até 2000h APROVADA Manutenabilidade Resistência ao envelhecimento natural Avaliação dependente de análise de edificações com telhados constituídos destas telhas TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 38/49 9.3 MODELO DE TELHA TRAPEZOIDAL GELO Caracterização do modelo de telha Modelo TRAPEZOIDAL Tipo de amostra telha confeccionada com resina de PVC em ambos os lados Espessura nominal 2,0mm Cor da face interna gelo Cor da face externa gelo Estabilidade dimensional APROVADA Impermeabilidade à água APROVADA Desempenho estrutural dos telhados Condições de instalação Declividade 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 150mm / 1onda Distância mínima entre terças 600mm / 800mm Resistência a impactos de corpo mole de telhados APROVADA ATÉ 360J Resistência a impacto de corpo duro de telhados APROVADA COM 3,75J E 20J Ação de granizo e outras cargas acidentais em telhados APROVADA COM 1,0J Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre o telhado APROVADA COM 1,2kN Risco de arrancamento pela ação do vento Pressão máxima atendida: 500Pa para distância entre apoios de 800mm 1200Pa para distância entre apoios de 600mm Segurança contra incêndio dos telhados Avaliação da reação ao fogo da face interna e externa do telhado Análise em andamento Resistência ao fogo Não aplicável (somente para estrutura) Estanqueidade à água dos telhados Condições de instalação Declividade 5º / 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 150mm / 1onda Regiões brasileiras atendidas para edificações até 5 pavimentos (ou 15m) I, II, III, IV e V conforme mapa de figura 4 Desempenho térmico dos telhados Absortância (alfa) 0,2 Condutividade térmica (W/m.K) 0,15 Desempenho acústico dos telhados Caracterização de propriedades Em andamento Durabilidade dos telhados Envelhecimento acelerado em WOM até 1600h APROVADA Envelhecimento acelerado em CUV até 2000h REPROVADA Manutenabilidade Resistência ao envelhecimento natural Avaliação dependente de análise de edificações com telhados constituídos destas telhas TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 39/49 9.4 MODELO DE TELHA ONDULADA MARFIM Vale observar que a empresa PRECON informou que paralisou a produção do modelo de telha ONDULADA confeccionada com resina de PVC em ambos os lados. Caracterização do modelo de telha Modelo ONDULADA Tipo de amostra amostra de telha confeccionada com resina de PVC em ambos os lados Espessura nominal 2,0mm Cor da face interna marfim Cor da face externa marfim Estabilidade dimensional APROVADA Impermeabilidade à água APROVADA Desempenho estrutural dos telhados Condições de instalação Declividade 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 150mm / 1onda Distância mínima entre terças 800mm Resistência a impactos de corpo mole de telhados APROVADA ATÉ 360J Resistência a impacto de corpo duro de telhados APROVADA COM 3,75J REPROVADA COM 20J Ação de granizo e outras cargas acidentais em telhados APROVADA COM 1,0J Possibilidade de caminhamento de pessoas sobre o telhado APROVADA COM 1,2kN Risco de arrancamento pela ação do vento Pressão máxima atendida: 500Pa Segurança contra incêndio dos telhados Avaliação da reação ao fogo da face interna e externa do telhado Análise em andamento Resistência ao fogo Não aplicável (somente para estrutura) Estanqueidade à água dos telhados Condições de instalação Declividade 5º / 20º Recobrimentos longitudinal e transversal 150mm / 1onda Regiões brasileiras atendidas para edificações até 5 pavimentos (ou 15m) I, II, III, IV e V conforme mapa de figura 4 Desempenho térmico dos telhados Absortância (alfa) NÃO DETERMINADO Condutividade térmica (W/m.K) NÃO DETERMINADO Desempenho acústico dos telhados Caracterização de propriedades Em andamento Durabilidade dos telhados Envelhecimento acelerado em WOM até 1600h APROVADA Envelhecimento acelerado em CUV até 2000h APROVADA Manutenabilidade Resistência ao envelhecimento natural Avaliação dependente de análise de edificações com telhados constituídos destas telhas São Paulo, 13 de janeiro de 2012 _______________________________ Eng. Maíse Vasques Ribeiro Coordenadora TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC ______________________________ Eng. Vera Fernandes Hachich Gerente 40/49 ANEXO 1 – Roteiro de cálculo dos esforços atuantes do vento em coberturas segundo a NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações (Versão Corrigida:1990). TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 41/49 Roteiro de cálculo dos esforços atuantes do vento em coberturas Referência bibliográfica: - Ioshimoto, E. Estudo comparativo entre esforços atuantes devido à ação do vento e esforços resistentes em coberturas com telhas onduladas de cimento amianto. Dissertação de mestrado apresentada à POLI/USP. 1983. - NBR 6123:1988 - Forças devidas ao vento em edificações (Versão Corrigida:1990); - NBR 5643:1983 -Telha de fibrocimento - Verificação da resistência a cargas uniformemente distribuídas. O cálculo dos esforços atuantes do vento numa dada cobertura deve ser desenvolvido considerando as condições de exposição ao vento, incluindo as velocidade básicas máximas de vento no Brasil, o tipo e local da edificação. Defini-se velocidade básica de vento (Vo) como a máxima velocidade média medida sobre 3 segundos, que pode ser excedida em média uma vez em 50 anos, a 10m sobre o nível do terreno em lugar aberto e plano. Na Figura são apresentadas as velocidades básicas máximas de vento (Vo) nas cinco regiões brasileiras, quais sejam: Região I (Vo = 30m/s); Região II (Vo = 35m/s); Região III (Vo = 40m/s); Região IV (Vo = 45m/s) e Região I (Vo = 50m/s). Figura: Gráfico das isopletas da velocidade básica do vento, “V0 ” em m/s, no Brasil (NBR 6123:1988) Conhecida a velocidade básica do vento, as dimensões de uma edificação, a topografia da região do país onde ela estará construída e utilizando a ABNT NBR6123, é possível calcular os esforços atuantes do vento na cobertura, através do roteiro de cálculo apresentado a seguir: TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 42/49 1) Velocidade característica (Vk) Vk = Vo x S 1 x S 2 x S3 onde: Vk – velocidade característica do vento em m/s. Vo – velocidade básica do vento em m/s, segundo gráfico de isopletas da figura acima. S 1 – fator que considera a topografia do terreno (adimensional). O quadro abaixo apresenta os possíveis valores de S 1. Para os casos mais comuns de cobertura deve-se adotar S 1=1,0 quando não há aceleração da velocidade do vento por efeito de afunilamento e outros. Fator S 1 S 2 – fator que considera a rugosidade onde a edificação está construída, suas dimensões e altura acima do terreno (adimensional). O quadro abaixo apresenta a variação do fator S2 pela altura da edificação e tipo do terreno para a classe A (para o caso de telhado ou do elemento de telha). Fator S 2 z – altura em relação ao solo TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 43/49 Onde: Categoria I: Superfícies lisas de grandes dimensões, com mais de 5 km de extensão, medida na direção e sentido do vento incidente. Exemplos: - mar calmo; - lagos e rios; . Pântanos sem vegetação. Categoria II: Terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com poucos obstáculos isolados, tais como árvores e edificações baixas. Exemplos: - zonas costeiras planas; - pântanos com vegetação rala; - campos de aviação; - pradarias e charnecas; - fazendas sem sebes ou m uros. A cota média do topo dos obstáculos é considerada inferior ou igual a 1,0 m. Categoria III: Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes e muros, poucos quebra ventos de árvores, edificações baixas e esparsas. Exemplos: - granjas e casas de campo, com exceção das partes com matos; - fazendas com sebes e/ou muros; - subúrbios a considerável distância do centro, com casas baixas e esparsas. A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual a 3,0m. Categoria IV: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona florestal, industrial ou urbanizada. Exemplos: - zonas de parques e bosques com muitas árvores; - cidades pequenas e seus arredores; - subúrbios densamente construídos de grandes cidades; - áreas Industriais plena ou parcialmente desenvolvidas. A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual a 10 m. Esta categoria também inclui zonas com obstáculos maiores e que ainda não possam ser consideradas na categoria V. Categoria V: Terrenos cobertos por o bstáculos numerosos, grandes, altos e pouco espaçados. Exemplos: - florestas com árvores altas, de copas isoladas; - centros de grandes cidades; - complexos industriais bem desenvolvidos. A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual ou superior a 25 m. Classe A: Todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças individuais de estruturas sem vedação, Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical não exceda 20 m. Classe B: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal esteja entre 20 m e 50 m. Classe C: Toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal exceda 50 m. Para toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície frontal exceda 80 m, o intervalo de tempo correspondente poderá ser determinado de acordo com as indicações do Anexo A na norma TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 44/49 S 3 – fator estatístico que se baseia em conceitos estatísticos e considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. O quadro abaixo apresenta os possíveis valores de S 3. O fator S 3=0,88 se aplica a coberturas, e representa uma probabilidade de 90% da velocidade básica ser excedida ou igualada para um período de recorrência de 50 anos. Fator S 3 2) Pressão dinâmica Estabelecido o valor da velocidade básica e dos coeficientes S1 , S2 e S3, calcula-se a pressão dinâmica pela altura da edificação acima do terreno, pela fórmula: q (Pa) = Vk 2 (m/s) / 1,6 Com os valores da pressão dinâmica é possível calcular a sucção e sobrepressão que ocorrerão no telhado, a partir dos coeficientes de pressão conforme detalhado a seguir. 3) Coeficiente de pressão e de forma externos (Ce/Cpe) Este coeficiente é dado em função da altura da edificação, do ângulo de incidência do vento e da posição do telhado. A NBR 6123 fornece quatro tabelas de coeficiente para os casos de telhados com duas águas, telhados com uma água, telhados simétricos e telhados múltiplos com traves iguais. Para exemplificar, os quadros abaixo apresentam tais valores de coeficiente, retirados na NBR 6123 para os casos de telhados com uma e duas águas. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 45/49 TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 46/49 4) Coeficientes de pressão interna (Cpi) A NBR 6123 prevê para as várias situações incidência do vento e permeabilidade da construção, os valores do coeficiente de pressão interna (Cpi) que variam de +0,6 a 0,9. Entretanto, para efeito de esforços em coberturas, os coeficientes que mais interessam são aqueles que geram sobrepressão no interior da edificação. TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 47/49 Assim sendo, no caso extremo, quando a proporção entre a área da abertura dominante e a área total das aberturas em todas as faces submetidas à sucção for igual a 3 ou mais, o coeficiente de pressão interna será de +0,6. Nos casos de beirais desprotegidos (beiral sem forro) ocorrerá uma sobrepressão, cujo coeficiente poderá atingir no máximo +1. 5) Cálculo da pressão de sucção no telhado ou no elemento da telha A partir das considerações acima, faz-se o cálculo da pressão de sucção que deverá ser aplicada no telhado a partir da metodologia de ensaio da NBR 5643, adotando-se adaptações necessárias para cada telhado. A metodologia de ensaio prescrita na NBR 5643 tem a finalidade de avaliar a resistência dos componentes do SC quando solicitados por cargas uniformemente distribuídas, ou seja, quando solicitados pelos esforços do vento. O método da NBR 5643 estabelece uma forma de reproduzir em ensaio de laboratório o fenômeno da resistência das telhas quando aplicadas em estrutura e solicitadas pela sucção do vento. A sucção do vento ocorre no sentido de tentar arrancar a telha da edificação, e normalmente gera uma situação de risco maior do que aquele gerado pela sobrepressão do vento. A fórmula utilizada no cálculo da pressão de sucção é: P= (Vk ) 2 x ICpI /1,6 onde: P – pressão de ensaio em Pa. Vk – velocidade característica do vento em m/s – Vk = Vo x S 1 x S 2 x S 3 Cp = composição dos coeficientes de pressão e de forma externos e de pressão interna (adimensional). 6) Exemplo de cálculo da pressão de sucção no elemento da telha A seguir é apresentado um exemplo de cálculo para edificaç ão residencial com 15m de altura (cerca de 5 andares) e pavimento-tipo com largura de 6m (h=15m e b=6m), telhado com duas águas, em terreno com muitas obstruções. à cálculo da Velocidade característica do vento Vk: Velocidade básica Vo (m/s) Região I II III IV V 30 35 40 45 50 Velocidade característica do vento Vk (m/s) Edificação com 15m de altura S 1 =1,0 S 2=0,88 S 3 =0,88 23,2 27,1 31,0 34,8 38,7 TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 48/49 à cálculo dos coeficientes de pressão: Considerando ? = 2 0 º (declividade do telhado) e a = 0 o (incidência do vento) Para a região central do telhado, tem-se Ce = - 0,8 e Cpi = +0,6 (adotando o mais crítico para sobrepressão), ou seja, Cp = Ce – Cpi = -0,8 -(+0,6) = -1,4 Para a cumeeira, tem -se Cpe = -1,2 e Cpi = +0,6 (adotando o mais crítico para sobrepressão), ou seja, Cp = Cpe – Cpi = -1,2 -(+0,6) = -1,8 Para o beiral tem-se Cpe = -1,5 e Cpi = +1,0 (adotando o mais crítico para sobrepressão), ou seja, Cp = Cpe – Cpi = -1,5 -(+1,0) = -2,5 A partir do cálculo da Velocidade característica do vento Vk e dos coeficientes de pressão Cp, tem-se o cálculo da pressão de sucção pela fórmula abaixo: P= (Vk ) 2 x ICpI /1,6 Região Velocidade básica Vo (m/s) I II III IV V 30 35 40 45 50 Pressão de ensaio (em Pa) região central do telhado Cp = -1,4 Cumeeira Cp = -1,8 Beiral Cp = -2,5 500 650 850 1100 1300 600 850 1100 1400 1700 850 1100 1500 1900 2300 TESIS – Tecnologia e Qualidade de Sistemas em Engenharia Ltda. Rua Guaipá, 486 – Vila Leopoldina 05089-000 - São Paulo - SP / fone/fax (011) 2137 9666 TPQ-2/1215/RT003/ER/ JOC 49/49