Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível é infração ética. Impresso Especial 9912188130 - DR/BA CREMEB CORREIOS Página 4 Publicação Trimestral ano 2009 N° 139 Novembro e Dezembro 2009 Até quando? Entidades Médicas lutam para reverter a defasagem dos Honorários Médicos, que tem causado prejuízo para profissionais e pacientes Página 9 Editorial 2009 – Um ano de conquistas Presidente Jorge Raimundo de Cerqueira e Silva Vice-presidente José Abelardo Garcia de Meneses Primeira Secretária Nedy Maria Branco Cerqueira Neves Segundo Secretário Otávio Marambaia dos Santos Tesoureiro Luiz Carlos Cardoso Borges Corregedor Marco Antonio Cardoso de Almeida Primeira Vice-Corregedora Teresa Cristina Santos Maltez Segundo Vice-Corregedor José Augusto Costa Conselheiros Estamos vendo findar-se 2009 e iniciar o ano de 2010, ocasião propícia para passar em revista o que foi realizado em um e planejar ações que deverão ser desenvolvidas no outro. A retrospectiva, em que pese os inúmeros percalços, é positiva para a categoria médica brasileira. Em 2009 tivemos oportunidade de revisar o Código do Processo Ético Profissional e, na memorável IV Conferência Nacional de Ética Médica, conseguimos atualizar e aprimorar nosso Código que passará a viger em 13 de abril de 2010, conforme amplamente divulgado. Também obtivemos expressiva vitória quando, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 7703/06 que regulamenta a profissão médica, enviando-o ao Senado, onde esperamos que seja aprovado sem demora, coroando o intenso trabalho desenvolvido ao longo de 07 anos pelas entidades médicas do país. No âmbito do CREMEB muitas foram as realizações. Além das medidas administrativas internas com a reformulação do PCCS, visando melhorar a situação dos nossos funcionários, reformas e readaptações foram viabilizadas a fim de 2 melhor servir aos médicos jurisdicionados e a todos os que nos procuram. O Corpo de Conselheiros, empenhou-se em cumprir o seu papel, elaborando pareceres, a serem discutidos nas Câmaras e no Pleno, a fim de responder a consultas de médicos, da sociedade e instruir processos éticos. Findamos pois, o ano de 2009 com a tranquila sensação de que fizemos tudo o que foi possível realizar. Importantes eventos foram realizados como por exemplo, os Seminários sobre Responsabilidade Médica; Desafios na Gestão Hospitalar; Encontro de Ética em Oftalmologia; Reuniões com Diretores Técnicos, além de todas as atividades relacionadas ao Tribunal de Ética e ao Departamento de Fiscalização, sempre contando com a Assessoria Jurídica. Trabalho intenso tem sido desenvolvido para o recadastramento de todos os médicos do Estado. Além de tudo isso, juntamente com ABM e SINDIMED que constituem o Conselho Superior das Entidades Médicas, desenvolvemos atividades que interessam à política médica promovendo assembléias, frequentes reuniões para discutir modos de ação, visando sempre os interesses da categoria médica e da sociedade como um todo. Findamos pois, o ano de 2009 com a tranquila sensação de que fizemos tudo o que foi possível realizar. Agora, já de olhos voltados para o nascente 2010, tendo as esperanças renovadas, confiamos que melhores tempos virão, como fruto de incessantes lutas travadas por todos os médicos em parceria com os demais profissionais da saúde e outros segmentos da sociedade, sempre visando o bem estar dos médicos no seio de uma comunidade bem assistida e por isso sadia. Cons. Jorge Cerqueira, Presidente. * Os artigos encaminhados ao Cremeb devem ter, no máximo, 4.200 caracteres ou 80 linhas em corpo 14, espaço simples, fonte Times New Roman. A Comissão Editorial reserva-se o direito de publicá-los ou não. www.cremeb.org.br Alessandro Glauco dos Anjos Vasconcelos, Álvaro Nonato de Souza, Antônio Carlos Caires Araújo, Antônio José Pessoa da Silveira Dórea, Augusto Manoel de Carvalho Farias, Carlos Eduardo Aragão de Araujo, Cremilda Costa de Figueiredo, Débora Sofia Angeli de Oliveira, Diana Viégas Martins, Dorileide Loula Novaes de Paula, Eduardo Nogueira Filho, Eliane Noya Alves de Abreu, Esdras Cabús Moreira (licenciado), Hermila Tavares Vilar Guedes, Iderval Reginaldo Tenório, Isa Urbano Bessa, Jecé Freitas Brandão, Jorge Raimundo de Cerqueira e Silva, José Abelardo Garcia de Meneses, José Augusto da Costa, José Márcio Villaça Maia Gomes, Leuser Americano da Costa Filho, Lícia Maria Cavalcanti Silva, Luiz Augusto Rogério Vasconcellos, Luiz Carlos Cardoso Borges, Marco Antônio Cardoso de Almeida, Marco Aurélio de Miranda Ferreira, Maria Lúcia Bomfim Arbex, Maria Madalena de Santana, Nedy Maria Branco Cerqueira Neves, Otávio Marambaia dos Santos, Paulo José Bastos Barbosa, Paulo Sérgio Alves Correia Santos, Raimundo José Pinheiro da Silva, Rita Virgínia Marques Ribeiro, Robson Freitas de Moura, Rodrigo José Felipe, Rosa Garcia Lima, Silvio Porto de Oliveira, Sumaia Boaventura André, Teresa Cristina Santos Maltez, Ubaldo Porto Dantas. Delegados Regionais Alagoinhas: José Alberto Lins de Faria; Barreiras: Paulo Henrique Costa de Souza; Bom Jesus da Lapa: Edson Willer F. Bittencourt; Brumado: Dante Coelho Guedes; Caetité: Fred Wesley da Silveira; Cruz das Almas: Aécio Mendes Santos; Eunapolis: Luiz Alberto Andrade; Feira de Santana: Aderbal Mendes Freire D’Aguiar; Ilhéus: Laiz Carvalho de Jorge Goulart; Irecê: Jefferson Luciano Oliveira; Itaberaba: Carlos Souto Aderne; Itabuna: Almir Alexandrino do Nascimento; Itapetinga: Luiz Carlos Costa Faleiro; Jacobina: Maria Elisabete Alves de Carvalho; Jequié: Fernando Costa Vieira; Juazeiro: Carlos Augusto da Cruz; Paulo Afonso: Frederico Augusto Costa Reis; Santo Antonio de Jesus: Vilma Carla Sarmento dos Reis; Senhor do Bonfim: Jamile Soares de Araújo; Serrinha: Augusto Agripino Brauna; Teixeira de Freitas: Cláudio Ferreira Chagas; Vitória da Conquista: Luis Cláudio Menezes Carvalho. Informativo Oficial do Cremeb Endereço: Rua Guadalajara, 175 - Barra (Morro do Gato). Cep: 40140-460. Salvador - Bahia. Tel.: (71)3339-2800/Fax: (71)3245-5751 E-mail: [email protected] Site: www.cremeb.org.br Comissão Editorial: Jorge Raimundo de Cerqueira e Silva (Coordenador), Jecé Freitas Brandão, José Abelardo Garcia de Meneses, José Márcio V. Maia Gomes, Marco Antonio Cardoso de Almeida, Nedy Maria Branco Cerqueira Neves e Otávio Marambaia dos Santos. Jornalista responsável: Marla Barata (3230 DRT-BA) Editoração eletrônica e diagramação: Tuppi Propaganda (71) 3346-1800 Fotografia: Prophoto Digital Redação: Carlene Fontoura, Julien Karl e Marla Barata Impressão: Santa Clara Editora Tiragem: 16 mil exemplares. NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 Ética Médica Crédito: Prophoto Seminário discutiu desafios na Gestão Hospitalar O Cons. Luiz Augusto Vasconcellos compartilhou a experiência de implantação do Prontuário eletrônico do Hospital São Marcos, do qual é diretor técnico NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 to de indicadores, estabelecimento de plano de ação, conscientização e motivação da equipe, aderência a protocolos e rotinas, e gestão de processos e pessoas. O Cons. José Abelardo Meneses falou sobre risco em sala cirúrgica, apresentando algumas das principais causas de erro: distração, falta de comunicação entre a equipe e fadiga. Apresentou ainda uma solução de baixo custo para prevenir erros: o chekclist da World Health Organization, já adotado pelo Hospital do Coração, em São Paulo. Crédito: Prophoto Como implantar o prontuário médico eletrônico? Como gerir riscos no ambiente hospitalar? Estas e outras questões foram discutidas durante o Seminário Desafios na Gestão Hospitalar, promovido pelo Cremeb em 27 de novembro, em Salvador para diretores técnicos (médicos) e gestores de clínicas e hospitais da Bahia. Na abertura, o presidente, Cons. Jorge Cerqueira e a Consª. Cremilda Figueiredo, coordenadora do evento, receberam o Conselheiro Federal do CFM Jecé Brandão e o vice-presidente executivo da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia, Ricardo Pereira Costa. Durante a primeira mesa o Cons. Jecé levantou questões sobre a importância do preenchimento correto do prontuário médico. O Cons. Luiz Augusto Vasconcellos explicou o processo de planejamento e implantação de um sistema de prontuário eletrônico, usando como exemplo o Hospital São Marcos, do qual é diretor técnico. Para o conselheiro, as maiores vantagens do sistema são o armazenamento e busca de dados, a padronização de documentos e o controle de estoque e de recursos de glosas. Dra. Liliana Ronzoni e Dra. Ana Verena Mendes, diretora técnica e gerente da diretoria médica do Hospital São Rafael, contribuíram mostrando o processo de implantação do sistema usado no Hospital, que reúne informações sobre atendimentos, prescrições e estoque de suprimentos, entre outros dados. Quando questionada sobre o sigilo médico dos prontuários em um sistema, Dra. Ana explicou: “Há a assinatura de um termo de compromisso pelos funcionários, mas na prática, esta é uma questão de ética que deve ser cuidada na admissão de profissionais que têm acesso a documentos sigilosos”. A segunda mesa contou com a apresentação de Dra. Maíra Dantas. A assessora da gerência técnica do Hospital Português apontou os principais desafios de um diretor técnico: notificação, conhecimen- Dra. Alcina Andrade alertou sobre a importância da notificação para o sistema de saúde A última palestrante da manhã, Dra. Alcina Andrade, Diretora da Vigilância Epidemiológica da Sesab, falou sobre a importância da correta notificação de agravos pelas clínicas e hospitais. “A vigilância epidemiológica ajuda a garantir adoção de medidas em tempo hábil na assistência à saúde” – explicou. Durante a discussão da mesa, a Consª. Sumaia Boaventura destacou a importância da motivação dos colaboradores para realizar as mudanças necessárias para gerir riscos. E completou: “Precisamos parar de encarar as mudanças como custos, e tratá-las como investimento.” No início da tarde a primeira mesa-redonda tratou do gerenciamento de corpo clínico. Cons. Álvaro Nonato, gerente técnico do Hospital Português, apresentou aspectos do setor privado. Segundo ele, é na gestão dos 1700 médicos cadastrados que se con- www.cremeb.org.br centram os problemas. “Temos somente 220 médicos contratados. Nosso corpo clínico não é somente aberto, mas sim escancarado”, observou com bom humor. Para o Cons. Álvaro está acontecendo uma invasão hospitalar fruto de uma abertura indiscriminada de escolas de medicina. “Os médicos estão se cadastrando nos hospitais tendo em vista que há uma redução do ingresso no setor público e uma quase extinção do paciente particular. Isso pode gerar uma relação efêmera com a instituição e consequentemente o descompromisso”, explicou. Como soluções, o conselheiro defende um maior rigor no cadastro médico, a criação de indicadores de performance para estimular os médicos e o fortalecimento das Comissões de Ética Médica (CEM). Embora lide com uma realidade bem diferente – a da rede pública de saúde, o Cons. Paulo Barbosa, Diretor Geral do Hospital Roberto Santos, concorda que a constituição e fortalecimento das CEM é um passo fundamental. Outro desafio é a grande rotatividade de pessoas. “Temos um total de 5500 funcionários, se contarmos os terceirizados. Além disso, há uma grande rotatividade de pessoas principalmente na emergência”. O diretor acredita que o principal desestímulo do funcionário vem da desorganização do ambiente de trabalho somada a uma grande demanda de atendimento, e sugere que se promova o cuidado com o profissional, acompanhando o gerenciamento dos contratos, dando capacitação e benefícios. Em seguida, Cássia Barreto, assessora jurídica do Cremeb, palestrou sobre responsabilidade jurídica e ética do médico gestor. Para ela a responsabilidade do gestor está em não deixar defeitos no serviço realizado. Como exemplo de defeitos citou uma infecção hospitalar, mas ressaltou que é preciso analisar os casos concretos para definir o que é um defeito. A mesa-redonda “Gestão de informações hospitalares” fechou o evento. O primeiro palestrante, Dr. Marcelo Freitas, apresentou o modelo de gestão aplicado em sua empresa que valoriza a cultura no trato das informações e a geração de líderes capazes de dar o processamento correto às informações. O professor do departamento documentação e informação da Universidade Federal da Bahia, Francisco Pedroza, apresentou a rede InovarH-BA. De acordo com o professor, a Rede de Inovação e Aprendizagem em Gestão Hospitalar cumpre o papel de conectar e difundir as boas práticas de gestão dos segmentos de saúde pública e privada na Bahia, através do tratamento de dados brutos, os indicadores. Para saber mais consulte o site da rede em www.inovarh.ufba.br. Em função da grande demanda de inscrições, que deixou alguns interessados sem vaga para assistir as discussões, o Cremeb está estudando a possibilidade de fazer uma nova edição do Seminário em 2010. 3 3 Ética Médica Crédito: Arquivo pessoal Comentário ao Código de Ética Médica Consª. Sumaia Boaventura André Art.39 (Código em Vigor) – É vedado ao médico: Receitar ou atestar de forma secreta ou ilegível, assim como assinar em branco folhas ou receituários, laudos, atestados ou quaisquer outros documentos médicos. Art.11 (Novo Código) - É vedado ao médico: Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos. Comunicar é partilhar sentido (Pierre Lèvy), o que constitui tarefa difícil. A comunicação é fundamental na vida, e na esfera profissional dos médicos é uma garantia da viabilidade das ações. Se falamos para nossos pacientes “gota”, “com- 4 primido”, “colher das de chá”, temos que nos assegurar de que o entendimento deles a respeito destas palavras é o mesmo entendimento nosso. Isso é partilhar sentido. A comunicação escrita tem que preencher esse requisito, buscando a clareza na redação. Se prescrevemos um medicamento para ser usado três vezes por dia, o intervalo em horas entre as doses deve estar explicitado. Além disto, a adequação dos horários ao biorritmo deve ser buscado. Neste exemplo, é conveniente que as doses sejam às 8h, 16h e 22h, ou próximo, preservando-se o período correspondente ao sono. A definição da via de administração (oral, intra-venosa, sub-lingual) deve ser escrita por extenso, bem como a indicação dos usos interno e externo. A legibilidade da letra é outro requisito da comunicação escrita. As receitas indecifráveis fazem parte do anedotário popular, colocando a letra ilegível ou ruim como característica da profissão médica. Genival Veloso de França considera o ato ilegível de receitar uma modalidade de negligência profissional, que também pode acarretar ações cíveis ou penais para o emissor da receita quando houver dano ao paciente. A troca de medicamentos decorrentes do não entendimento da receita é considera- www.cremeb.org.br da por este autor como responsabilidade do médico, por negligência, pela previsibilidade de seu ato poder acarretar um dano, e do farmacêutico que, por imprudência, despacha um remédio cuja prescrição não lhe dava clareza absoluta. Frequentemente, médicos emitem receitas manuscritas com problemas de legibilidade, explicam aos pacientes essas prescrições, mas isto não os exime da responsabilidade referente à legibilidade da letra. Se existe dificuldade para melhorar a letra manuscrita, o recurso da informática viabiliza a legibilidade com a receita impressa. O Decreto n° 20.931, de 11 de janeiro de 1932, ainda em vigor, estabelece no Art. 15 que são deveres do médico “escrever as receitas por extenso, legivelmente, em vernáculo, nelas indicando o uso interno ou externo dos medicamentos, o nome e a residência do doente, bem como a própria residência ou consultório”. Receitar de forma secreta, de acordo com Genival Veloso de França, é o artifício usado pelo médico com a finalidade de beneficiar a si, familiares ou prepostos, para favorecê-lo economicamente ou de outra forma, usando meios de identificação que somente eles podem entender. É considerada infração ética, e podemos tomar como exemplo a prescrição de receitas médicas como medicamentos nominados de forma única, que só podem ser comprados em uma farmácia; se a receita for aviada em outra farmácia, o medicamento não será reconhecido e não poderá ser vendido. Deixar assinados em branco folhas de receituário, laudos, atestados ou outro tipo de documento médico, qualquer que seja a razão invocada, mesmo a de “facilitar” o atendimento de interessados, é considerado por Genival Veloso de França, imprudência profissional e vedado pelo Novo Código de Ética Médica, que entra em vigor em abril de 2010. Imaginemos a multiplicidade de usos, inclusive ilícitos, que podem ter estas folhas de receituários, laudos ou qualquer tipo de documento médico. Imaginemos também, na hipótese de extravios destes documentos assinados em branco, o tempo e os recursos financeiros que o médico que assinou estes laudos dispenderá, até que consiga provar que não foi o responsável pelo preenchimento dos mesmos. Portanto, qualquer provável benefício se extingue diante dos riscos incomensuráveis que esta prática pode acarretar. A boa técnica, a prática adequada, não pode ser reduzida a procedimento técnico-instrumental. Corresponde a um elenco de ações que se iniciam com a recepção do paciente pelo médico, e no caso de uma consulta médica com uma receita compreensível e com letra inteligível. Não devemos esquecer que nas pequenas ações, nos detalhes, está a reafirmação do nível de qualidade do que realizamos. NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 Olho Clínico Crédito: Arquivo HGRS Hospital Roberto Santos comemora 30 anos cretário de Saúde do Estado em cuja gestão o hospital foi inaugurado. Diretores de outras unidades hospitalares, como HGE, João Batista Caribe, Maternidade Tsylla Balbino e Ana Neri participaram das comemorações, assim como deputados, secretários estaduais e dirigentes de entidades representativas dos profissionais de saúde, como Sindimed e SindSaúde. Cremeb lança 2ª Edição do livro de Pareceres Consulta O Governador da Bahia, Jaques Wagner, participou da inauguração dos novos leitos do HGRS Para comemorar o 30° aniversário do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), foram inaugurados, no dia 27 de outubro, 14 novos leitos, sendo nove de tratamento intensivo e cinco de tratamento semi-intensivo para atender crianças de 0 a 13 anos. Segundo o Secretário de Saúde, Jorge Solla, os novos leitos vão atender a uma demanda crescente da população, que tem no Hospital Roberto Santos a referência de atendimento. “Há muito tempo um governo do estado não investe tanto em infra-estrutura de saúde. A nossa meta é inaugurar, até o final de 2010, 1.100 novos leitos na rede hospitalar”. Os novos leitos contam com modernos equipamentos de saúde, entre eles, monitores multiparamétricos, respiradores artificiais, desfibriladores, eletrocardiógrafo, além de outros itens. Durante a solenidade, Jorge Solla apresentou o projeto de ampliação e reforma do hospital. “Vamos inaugurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que vai funcionar como urgência e emergência 24 horas. Só em casos mais graves os pacientes serão levados para a emergência do hospital. Isso vai aumentar a capacidade do Roberto Santos”, explicou, informando que também será construído um prédio anexo ao hospital. O presidente do Cremeb, Cons. Jorge Cerqueira, esteve presente na inauguração, e ressaltou a representatividade do Hospital como referência de avanço na assistência à saúde pública ao longo dos anos. “Para mim em particular, é uma NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 satisfação muito grande ver a instituição - que tive a honra de dirigir há duas décadas e pela viabilidade da qual tanto lutei junto aos demais servidores -, encontrar-se hoje como unidade de excelência sob a direção de Paulo Barbosa, um jovem, competente e dedicado profissional que sabiamente agrega toda a comunidade do hospital”, afirma. No dia anterior à ampliação da UTI pediátrica, foi realizada uma comemoração antecipada ao dia do servidor com performances artísticas apresentadas pelos funcionários: canto coral, canto solo, show de teclados, violão e percussão e performances de teatro e poesia. Homenagem A homenagem ao ex-governador Roberto Santos, idealizador e responsável pela construção do hospital, também foi realizada na solenidade dos 30 anos. “Essa unidade foi pensada para ser o vértice da rede pública de saúde na Bahia e até hoje cumpre esse papel. Fico muito orgulhoso disso”, afirmou Dr. Roberto, que recebeu uma placa comemorativa das mãos do funcionário mais antigo, o piauiense Irineu Silva do Vale, coordenador do Apoio Administrativo que começou a trabalhar no HGRS ainda na fase de construção. Um dos primeiros ex-diretores do hospital presente na solenidade foi o médico Jairo Macedo Maia, além do Dr. José Alberto Hermógenes, ex Se- www.cremeb.org.br A nova edição do livro “Pareceres Consulta: questões e dilemas éticos do dia a dia médico” foi publicada em novembro e traz como acréscimo à 1ª edição, pareceres do ano de 2008. A seleção feita pela Consª. Nedy Neves aborda temas como reprodução assistida, esterilização, transfusão sanguínea, sigilo médico, entre outros. “Este é um documento importante, pois auxilia os colegas a sanarem dúvidas e saberem conduzir diversas situações. Muitos desses pareceres são produzidos com base em leis e em outros pareceres. É uma compilação de documentos e, por isso, facilita o acesso às informações”, afirma a Consª. Nedy. Nesta 2ª edição foram impressos 250 exemplares, distribuídos para os Conselhos Regionais de Medicina do Brasil, Associação Bahiana de Medicina (ABM), Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) e para as Delegacias Regionais do Cremeb. 5 5 Informes Conheça os novos membros das Delegacias Regionais do Cremeb Durante os meses de outubro, novembro e dezembro aconteceram as cerimônias de posse dos médicos eleitos para coordenar as atividades das Delegacias Regionais do Cremeb. Oficialmente, no dia 01 de outubro, iniciou-se a gestão dos membros eleitos, mas desta vez o Cremeb realizou uma cerimônia de Posse em cada Regional, na qual a gestão foi simbolicamente transferida dos antigos aos novos membros, com participação de Conselheiros. Estas cerimônias foram de outubro de 2009 a janeiro de 2010. As eleições para membros das Delegacias foram realizadas no interior da Bahia através dos correios, em julho de 2009, juntamente com as eleições para Conselheiros Federais. No dia 20 de novembro o Encontro Especial das Delegacias Regionais do Cremeb reuniu, na sede do Conselho, em Salvador, os novos membros das Delegacias baianas. Durante o evento, os médicos receberam informações e esclareceram dúvidas sobre as atividades que desempenharão nas Delegacias. As Delegacias Regionais do Cremeb desempenham um importante papel na descentralização das atividades do Conselho, permitindo que os médicos e o público em geral do interior baiano disponham de um canal de comunicação direto e uma representação mais atenta às questões locais. Acesse www.cremeb.org.br e veja os endereços e telefones locais, e os membros eleitos para cada Delegacia. DELEGACIA REGIONAL DE ALAGOINHAS EFETIVOS Dr. José Alberto Lins de Faria – Cremeb 2969 Dra. Maria Francisca Tereza Almeida Guerra – Cremeb 9711 Dra. Betania Gama Botelho – Cremeb 19121 SUPLENTES Dra. Kelita Verônica Silva Gonçalves Lago – Cremeb 6540 Dr. Luciano Augusto de Carvalho Severo – Cremeb 16244 Dra. Maria Madalena Nóbrega – Cremeb 5417 DELEGACIA REGIONAL DE EUNÁPOLIS DELEGACIA REGIONAL DE BRUMADO EFETIVOS Dr. Dante Coelho Guedes – Cremeb 2867 Dr. Luiz Henrique Maron de Freitas – Cremeb 6511 Dra. Carol Maria Junquilho Trindade – Cremeb 15675 SUPLENTES Dr. Luciano da Silva Abreu – Cremeb 12789 Dr. Irineu dos Santos Viana – Cremeb 12302 Dr. Cláudio Sergio Trindade Ramos – Cremeb 6315 DELEGACIA REGIONAL DE CAETITÉ Dr. Pablo Machado Loureiro, Dr. Paulo Chaves de Souza Reges, Dr. Edvaldo Andrade da Silva, Dr. Luiz Alberto Gonçalves de Andrade, Dr. Filinto Anibal Alagia Vaz EFETIVOS Dr. Luiz Alberto Gonçalves de Andrade – Cremeb 6587 Dr. Edvaldo Andrade da Silva – Cremeb 8536 Dr. Filinto Aníbal Alagia Vaz – Cremeb 17361 SUPLENTES Dr. Pablo Machado Loureiro – Cremeb 19919 Dr. Anderson Apolinário Arruda – Cremeb 14407 Dr. Paulo Chaves de Souza Reges – Cremeb 9793 DELEGACIA REGIONAL DE FEIRA DE SANTANA EFETIVOS Dr. Aderbal Mendes Freire D’Aguiar – Cremeb 8967 Dr. Juliano Mosquera Simões – Cremeb 9460 Dra. Maridelia Jalles Cohim Moreira – Cremeb 1710 Frente: Dr. Alex Fabian, Dra. Adélia Lins, Dr Fred Silveira, Dr. Renato Assunção. Atrás: Dr. Carlos Santos e Dr. Luiz Mariano Lopes EFETIVOS Dr. Fred Wesley da Silveira – Cremeb 15540 Dr. Alex Fabian Mendes Xavier – Cremeb 18414 Dr. Renato Silveira de Assunção – Cremeb 16304 SUPLENTES Dr. Erico Guanais Mineiro Neto – Cremeb 3852 Dr. Francisco José Medauar Albuquerque – Cremeb 8968 Dr. Bruno Souza Tavares – Cremeb 15130 DELEGACIA REGIONAL DE ILHÉUS SUPLENTES Dr. Luiz Mariano Fernandes Lopes – Cremeb 7078 Dra. Adelia Carla Rodrigues Lins – Cremeb 13355 Dr. Carlos Roberto Rohenkohl E. Santos – Cremeb 14500 DELEGACIA REGIONAL DE CRUZ DAS ALMAS Dr. Viriato Corrêa e Dra. Laiz Goulart SUPLENTES Dr. Hakel Azi de Carvalho Souza – Cremeb 16696 Dr. Ygor Veloso Gomes Silva – Cremeb 17490 Dra. Margareth de Santana Maciel – Cremeb 12944 EFETIVOS Dra. Laiz Carvalho de Jorge Goulart – Cremeb 8077 Dr. Viriato Luiz Correa Neto – Cremeb 6630 Dr. Ademir Hildo de Medeiros – Cremeb 3664 DELEGACIA REGIONAL DE BARREIRAS SUPLENTES Dr. Nei Dortas Montargil – Cremeb 3529 Dr. Ernesto Leite da Silveira – Cremeb 7641 Dr. Jayme de Oliveira Junior – Cremeb 6003 Dr. Julio Cezar Velame, Dr. Aécio Mendes, Dr. Luis Antonio Rocha, Dr. Ivan Barreto da Silva e Dr. Martinho Fernandes Lemos Dr. Luciano Argolo Reale, Dr. Peres Embiruçu Barreto Junior, Dr. Paulo Henrique Costa de Souza, Dra. Maria Madalena Nóbrega, Dra. Kelita Verônica Silva Lago e Dr. Luciano Augusto de Carvalho Severo EFETIVOS Dr. Aécio Mendes Santos – Cremeb 12585 Dr. Ivan Barreto da Silva – Cremeb 10470 Dr. Julio Cezar Vieira dos Santos Velame – Cremeb 14963 EFETIVOS Dr. Paulo Henrique Costa de Souza – Cremeb 11025 Dr. Peres Embiruçu Barreto Junior – Cremeb 13133 Dr. Luciano Argolo Reale – Cremeb 16563 SUPLENTES Dr. Martinho Fernandes Ivo Lemos - Cremeb 10790 Dr. Paulo Sergio Freire Dias - Cremeb 6752 Dr. Luis Antonio Oliveira Rocha – Cremeb 5509 6 www.cremeb.org.br DELEGACIA REGIONAL DE IRECÊ Da esquerda para a direita (atrás): Dr. Jefferson de Oliveira, Dr. Antônio Carlos Almeida e Dr. Marciel Franca. Da esquerda para a direita (frente): Dr. Allan de Oliveira, Dra. Edda Patrícia de Carvalho e Dra. Joelma Vaz de Matos NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 EFETIVOS Dr. Jefferson Luciano Batista de Oliveira – Cremeb 12946 Dr. Antonio Carlos Oliveira Almeida – Cremeb 9911 Dr. Marciel Dourado Franca – Cremeb 15542 SUPLENTES Dr. Allan Batista de Oliveira – Cremeb 12123 Dra. Joelma Vaz Bastos de Matos - Cremeb 14243 Dra. Edda Patrícia Pinto de Carvalho – Cremeb 12511 DELEGACIA REGIONAL DE ITABERABA EFETIVOS Dr. Carlos Souto Aderne – Cremeb 2802 Dr. José Amâncio Ramos Prisco – Cremeb 3512 Dr. Eudes Ferreira da Silva – Cremeb 9810 EFETIVOS Dr. Fernando Costa Vieira – Cremeb 12908 Dr. Luiz Cláudio Teixeira de Rezende – Cremeb 17510 Dr. José Silva Andrade – Cremeb 2594 SUPLENTES Dr. Suterlanio Teixeira Rocha - Cremeb 5408 Dr. Alessandro Luigi Passos Costa - Cremeb 14766 Dra. Ana Claudia Sampaio Oliveira – Cremeb 12356 EFETIVOS Dra. Jamile Soares de Araújo – Cremeb 6554 Dr. Roberto Micol Bidart – Cremeb 6935 Dr. Joede Siloni Azevedo Alves – Cremeb 13565 DELEGACIA REGIONAL DE JUAZEIRO DELEGACIA REGIONAL DE SERRINHA Dra. Luciene Nascimento Seixas, Dr. Carlos Augusto Cruz, Dr. André Luiz Barbosa Rocha e Dra. Candice Oliveira Benevides Dr. Pedro Augusto Nonato Costa, Dr. Augusto Agripino Braúna, Regiane Silva Souza, Cons. Marco Antonio , Dr. Renato Hermes B. Gonsalves Junior e Dr. José Andrade da Silva EFETIVOS Dr. Carlos Augusto da Cruz – Cremeb 5325 Dr. André Luiz Barbosa Rocha – Cremeb 14237 Dra. Candice de Oliveira Benevides – Cremeb 18638 EFETIVOS Dr. Augusto Agripino Braúna – Cremeb 3874 Dr. José Andrade da Silva – Cremeb 4205 Dr. Luiz Delfino Mota Lopes – Cremeb 8773 SUPLENTES Dra. Luciene Nascimento Seixas – Cremeb 17432 Dr. Lindon Jonhson Batista de Oliveira – Cremeb 12577 Dr. Joismar Sento-Sé Souza Duarte – Cremeb 17307 SUPLENTES Dra. Maria Walkiria Moreira Nunes – Cremeb 4523 Dr. Pedro Augusto Nonato Costa – Cremeb 2342 Dr. Renato Hermes Borges Gonsalves Junior – Cremeb 14241 SUPLENTES Dra. Josefa Monteiro dos Santos – Cremeb 9749 Dr. Marco Antonio Gomes de Araújo - Cremeb 7997 Dr. Renato Jaime Almeida Souza – Cremeb 11929 SUPLENTES Dr. Geraldo José de Araújo Bensabath – Cremeb 7044 Dr. Benelson Alves de G. Carvalho – Cremeb 4585 Dr. Wilson Luiz Andrade Bastos – Cremeb 4972 DELEGACIA REGIONAL DE ITABUNA EFETIVOS Dr. Almir Alexandrino do Nascimento – Cremeb 5772 Dra. Doris Marta Ladeia Vilas Boas Reis – Cremeb 4974 Dra. Neyde Vinhatico Pontes – Cremeb 7846 SUPLENTES Dr. Emmanuel Conrado Sousa – Cremeb 8868 Dr. Marcelo Araújo – Cremeb 9992 Dra. Angela Viana Setenta Afonso Ferreira – Cremeb 5642 DELEGACIA REGIONAL DE ITAPETINGA EFETIVOS Dr. Luiz Carlos Costa Faleiro – Cremeb 3244 Dr. Jivago Nascimento Queiroz – Cremeb 15357 Dra. Adriana Souza da Fonseca Cruz – Cremeb 12338 SUPLENTES Dr. Artur Emilio de Carvalho Franca – Cremeb 11376 Dra. Maria José Alves de Souza Pinto – Cremeb 3371 Dr. Carlos Alberto Brito Pio – Cremeb 5324 DELEGACIA REGIONAL DE JACOBINA DELEGACIA REGIONAL DE TEIXEIRA DE FREITAS DELEGACIA REGIONAL DE PAULO AFONSO EFETIVOS Dr. Frederico Augusto Costa Reis – Cremeb 17477 Dr. Ronald Coelho Rodrigues Filho – Cremeb 8958 Dr. Celidone Luiz Tenório Barboza de Deus – Cremeb 9955 SUPLENTES Dra. Maria Gleide Batista – Cremeb 11321 Dr. Francisco Pereira de Assis - Cremeb 6159 Dr. Homero Henrique de Almeida Barbosa – Cremeb 16896 DELEGACIA REGIONAL DE SANTO ANTONIO DE JESUS Em pé da direita para a esquerda: Dra. Maria da Conceição Moraes Coelho P. Ferreira, Dra. Maria Elisabete Alves de Carvalho, Dr. Adelço Mota Carvalho, Dra. Amélia Augusta Gomes de Pinho e Dra. Vânia Julita Ferreira Bulhões Maia EFETIVOS Dra. Maria Elisabete Alves de Carvalho – Cremeb 6551 Dra. Amélia Augusta Gomes de Pinho – Cremeb 11478 Dra. Maria da Conceição Moraes Coelho P. Ferreira – Cremeb 7588 SUPLENTES Dra. Vânia Julita Ferreira Bulhões Maia – Cremeb 5124 Dra. Ivana Cristina Lima Aquilo Ferreira – Cremeb 9024 Dr. Adelço Mota Carvalho – Cremeb 5454 DELEGACIA REGIONAL DE JEQUIÉ Dr. Marcel Coelho Soares Machado, Dr. Cláudio Ferreira Chagas, Dra. Cidália Maria L. de Araújo Auad, Dr. Saulo Edward Oliveira Menezes e Dr. José Ronaldo da Silva EFETIVOS Dr. Cláudio Ferreira Chagas – Cremeb 11730 Dra. Cidália Maria Limoeiro de Araújo Auad – Cremeb 9640 Dr. Carlos Alberto Araújo Junior – Cremeb 12972 SUPLENTES Dr. Saulo Edward Oliveira Menezes – Cremeb 14717 Dra. Marcel Coelho Soares Machado - Cremeb 18353 Dr. José Ronaldo da Silva – Cremeb 11790 Dra. Ana Cristina Wanderley, Dra. Maria Nazarth, Dr. Domingos Freitas, Dra. Vilma Carla dos Reis, Dr. Gilvandro Couto, Cons. Carlos Caires e Dr. Jorge Eloy EFETIVOS Dra. Vilma Carla Sarmento dos Reis – Cremeb 10309 Dra. Ana Cristina Marcilio Fiusa Wanderley – Cremeb 6658 Dr. Gilvandro Sacramento Couto – Cremeb 9182 SUPLENTES Dr. Domingos Claudison Freitas – Cremeb 9226 Dra. Maria Nazareth Veiga Pessoa Coni - Cremeb 7384 Dr. Jorge Elias Eloy – Cremeb 13623 DELEGACIA REGIONAL DE SENHOR DO BONFIM DELEGACIA REGIONAL DE VITÓRIA DA CONQUISTA EFETIVOS Dr. Luis Cláudio Menezes de Carvalho – Cremeb 9068 Dra. Valéria Ladeia Santos – Cremeb 8636 Dr. Joás Meira Cardoso – Cremeb 8219 SUPLENTES Dra. Vitória Maria Dantas Muniz – Cremeb 4194 Dr. Jô Luis Passos Andrade – Cremeb 13888 Dr. Nilton Coutinho Garcia – Cremeb 9352 DELEGACIA REGIONAL DE BOM JESUS DA LAPA EFETIVOS Dr. Edson Willer Flores Bittencourt – Cremeb 5706 Dr. Ceres Leonidia Leão de Magalhães – Cremeb 9280 Dra. Carla Rejane dos Santos e Souza – Cremeb 18222 SUPLENTES Dr. Flávio Roberto Gondim Gomes - Cremeb 5535 Dra. Maria Aparecida Almeida David da Silva – Cremeb 7982 Dr. Flávio Gontijo Maciel – Cremeb 17609 Dr. Luiz Cláudio Rezende, Dr. José Andrade, Dr. Suterlanio Rocha, Dra. Ana Cláudia Oliveira, Dr. Fernando Vieira e Dr. Alessandro Costa NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 Dr Joede Siloni Azevedo Alves, Dra. Jamile Soares de Araújo e Dr. Roberto Micol Bidart www.cremeb.org.br As fotos desta seção foram enviadas pelas próprias Delegacias Regionais, conforme solicitação da presidência do Cremeb. 7 7 Ética Médica Crédito: Prophoto Curso aborda o Direito Médico na Anestesiologia Dr. Caires Meira (Sindimed), Cons. Jorge Cerqueira e Cons. Federal Jecé Brandão 8 advogada Camila Vasconcelos, mestre em Bioética e professora do curso de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Para a palestrante, o princípio da autonomia e a eficiência comunicativa devem ser valorizados do início ao fim da relação. À tarde, as atividades foram reabertas com o deCrédito: Prophoto O vice-presidente do Cremeb e anestesiologista, José Abelardo Meneses, coordenou o Curso bate sobre transfusão de sangue para Testemunhas de Jeová. Camila Vasconcelos explicou que há um conflito entre o direito à vida e o direito à liberdade de culto, ambos resguardados por nossa Constituição. Mais à frente, Dr. Gamil Föppel tratou novamente da recusa de tratamentos por pacientes: “Se o médico concorda com a recusa do tratamento, pode ser processado por omissão de socorro e homicídio culposo; se discorda e trata o paciente, pode ser acusado de constrangimento ilegal”, explanou. O Cons. Federal Jecé Brandão apresentou o tema Medidas Preventivas de Erros Médicos em Anestesiologia. “A poderosa medicina tecnológica atual provoca, entretanto, danos a pacientes decorrentes de iatrogenias e de atos médicos culposos. A freqüência destes danos pode torná-los o principal problema de saúde pública no Ocidente neste século XXI”, explicou. Apresentou também quatro deveres do médico em exercício: informação, atualização, vigilância e abstenção de abuso. Um dos pontos altos de sua apresentação foi a ênfase no equilíbrio www.cremeb.org.br Crédito: Prophoto O Cremeb participou do Curso de Direito Médico realizado no dia 14 de novembro, como atividade Pré-Congresso Brasileiro de Anestesiologista (56ª edição). O curso foi coordenado pelo anestesiologista e vice-presidente do Cremeb Cons. José Abelardo Meneses e contou com a presença do presidente do Cremeb, Cons. Jorge Cerqueira, do presidente do Sindimed-BA, José Caires Meira e dos representantes da Bahia no CFM, Conselheiros Federais Jecé Brandão e Ceuci Nunes. A abertura do Curso foi realizada pelo Cons. Jorge Cerqueira, que falou sobre o Novo Código de Ética Médica, aprovado em setembro. O primeiro a palestrar foi o advogado especializado em direito médico, Leonardo Vieira, apresentando uma questão polêmica: os procedimentos médicos devem ser realizados tendo o médico uma obrigação de meios ou de resultados? Vieira explicou que as correntes jurídicas se dividem. Enquanto muitos acreditam que um médico age sob obrigação de garantir resultados, tendo que provar sua inocência, ele acredita que na medicina não se pode indenizar em regra, ou seja, sem que se prove a culpa do profissional. Em seguida, a Consª. Federal suplente Ceuci Nunes fez uma explanação sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais e esclareceu que qualquer processo tem início em uma denúncia que chega ao Conselho por meio escrito, formal ou de ofício, quando de conhecimento público. A Consª. Lúcia Arbex ressaltou em sua palestra a importância da documentação na Anestesiologia que funciona não apenas para resguardar o médico, mas também como fonte de informação para outros profissionais da saúde ou futuras anestesias do paciente. Aponta quatro registros a serem preenchidos pelo anestesiologista: ficha de avaliação pré-anestésica, termo de consentimento informado, ficha de anestesia e ficha de recuperação pós-anestésica. O tema relação médico - paciente foi resgatado pela psico-emocional dos médicos e na concentração no “aqui e agora” como medida de prevenção de erros. “É fundamental investir na qualidade de vida e estabilidade psíquica para estar inteiro no momento do atendimento”, afirmou. Na palestra seguinte, Dr. Fernando Santana ressaltou a função da prova como aproximação entre a verdade formal e a verdade material, destacando que a prova pericial pode afastar a necessidade de demais provas. “Quando o delito deixa vestígios é indispensável a perícia, que não pode ser suprida nem mesmo pela confissão do réu” explicou. Dr. Ricardo Maurício Freire, professor de Direito da Ufba e da Faculdade Baiana de Direito, apresentou o tema Dignidade da Pessoa Humana Como Valor Ético-Jurídico na Relação Médico-Paciente, ressaltando a importância da comunicação e do reconhecimento da autonomia do paciente. “O resgate da aproximação na relação médico-paciente é um elemento capaz de diminuir tensões e aumentar a satisfação do paciente”, completou. Na última palestra do Curso, o Desembargador Miguel Kfouri Neto expôs algumas peculiaridades da anestesiologia, enfatizando que é considerada, pela doutrina atual, como uma obrigação de meio. “Aqui se encontra o ponto fundamental: a anestesia nunca representa um fim em si mesma, mas o meio necessário à realização de outros atos médicos, particularmente cirúrgicos.” - afirmou. Por isto caberia ao paciente que se sentiu lesado provar a culpa do médico anestesiologista. Dr. Fernando Santana foi um dos palestrantes da área do direito Para o Cons. José Abelardo Meneses, o Curso foi mais uma oportunidade de interação e troca de experiências entre os profissionais de medicina e direito, desta vez voltada para os colegas anestesiologistas. “O Cremeb já tem promovido este tipo de encontro, a exemplo do Seminário sobre Responsabilidade Médica, realizado anualmente. Trazer a discussão interativa entre doutrina e prática para dentro de um congresso nacional é uma iniciativa que devemos reproduzir” – explicou. NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 Olho Clínico Crédito: Sindimed-ba Assembleias reforçam luta por honorários médicos dignos Cons. José Márcio Maia apresentou as propostas de reajuste da Unidas e Promédica Em 30 de novembro a Assembleia dos Médicos, realizada na sede da Associação Baiana de Medicina (ABM), foi marcada pela unânime necessidade de reforçar a luta em prol de honorários justos para os médicos. A reunião foi convocada pelo Sindicato dos Médicos no Estado da Bahia (Sindimed), Cremeb e ABM e apontou a necessidade de nacionalização e fortalecimento do movimento para a adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Os assuntos em pauta foram a relação dos médicos com a saúde suplementar e o piso salarial para os setores público e privado dos médicos baianos. O aumento do piso salarial do setor privado para R$7 mil é defendido pelo Projeto de Lei 3.734/2008 que está em tramitação na Câmara Federal. Em relação ao setor público, debate-se a criação de uma carreira de estado para os médicos, como já existe para os profissionais do direito. Os assuntos da assembleia constituem polêmicas e questões fundamentais ligadas à prática da profissão médica e sua remuneração, mas a questão central foi a negociação de honorários com operadoras de planos de saúde. Foi ponto comum entre os participantes que as remunerações concedidas pelos planos de saúde estão aquém do que seria digno para uma boa prática da medicina. E para os médicos uma boa prática está condicionada à possibilidade de atender os pacientes com tempo suficiente para investigar a integralidade do contexto que pode influenciar em seu estado de saúde, realizando exames e procedimentos com as melhores técnicas disponíveis para o tratamento ou diagnóstico. A realidade atual tem levado grande parte da classe médica a assumir cargas intensas de trabalho, atender sob pressão de curto tempo a grande número de pacientes, e descartar os melhores recursos disponíveis em função do custo superior ao NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 que as tabelas dos planos de saúde cobrem. A Assembleia também teve o importante papel de apresentar os avanços da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM), que desde 2004 busca negociações com operadoras de saúde para melhorar a remuneração dos médicos. Na ocasião, foram apresentadas as propostas de reajuste de honorários pelas empresas Promédica e Unidas, feitas a partir da mediação da CEHM. A proposta da Promédica foi recusada por prever remunerações diferenciadas para as especialidades. A proposta do grupo Unidas, que eleva o valor unitário das consultas de R$42 para R$45 e reajusta em 5% os portes (grupos de procedimentos médicos) foi aprovada e deve ser implantada a partir de 1º de janeiro de 2010. De acordo com o Coordenador da CEHM, Cons. José Márcio Maia, “o problema dos honorários é nacional mas, com o reajuste do grupo Unidas estamos entre as melhores situações em relação aos outros estados do Brasil. Este segmento é o que se tem mostrado mais receptivo desde o início do Movimento pela Valorização dos Honorários Médicos” – afirma. O presidente do Sindimed, José Caires Meira, faz uma ressalva: “É uma proposta que ainda não alcança o patamar mínimo da última edição da CBHPM. Nossa intenção é manter a mobilização e o diálogo constante com as operadoras para a valorização dos honorários.” O Presidente da ABM, Antonio Carlos Vieira Lopes, manifestou opiniões incisivas com relação à saúde suplementar brasileira. Para ele, os honorários mal pagos forçam o médico a ferir o Código de Ética Médica, por não poder oferecer as condições de atendimento ideais para o paciente. “Com as baixas remunerações, o médico não pode arcar com os custos da medicina que ele pratica”, explica Vieira Lopes. Como solução para este problema, vai mais longe: “Defendo o descredenciamento dos médicos dos planos de saúde, o médico não deveria ter envolvimento com o plano. O paciente deveria pagar e depois buscar seu reembolso” – afirma. Para Dr. Caires esta seria uma solução ideal para a categoria, mas foge à realidade. “Como sindicalista, meu compromisso é defender o que a maioria dos médicos quer, e o descredenciamento é uma proposta sem adesão, pois o número de médicos que gostaria de continuar credenciado é muito grande. O papel das entidades é lutar pelo ideal e abraçar o que é possível. Sabemos, no entanto, que é preciso uma mobilização da categoria para conseguir resultados melhores. Nossa idéia é de que a CBHPM seja adotada e que os honorários sigam o que ela determina.” Para o presidente do Cremeb, Cons. Jorge Cer- www.cremeb.org.br queira, o ponto mais importante é a retomada da luta pela dignidade médica, pela CBHPM, e por uma remuneração justa para os médicos. “Este movimento nasceu na Bahia e esperamos que renasça com força e se espalhe pelo Brasil”, afirmou. Negociação com a Promédica Para deliberar exclusivamente sobre a nova proposta da Promédica, uma nova assembleia aconteceu em 14 de dezembro na sede da ABM. Na ocasião, o coordenador da CEHM, Cons. José Márcio Maia, apresentou o valor único para todas as especialidades, obtido através de nova negociação com a operadora: R$38 para consultas ambulatoriais (antes era R$33,60). O conselheiro falou também sobre o compromisso reafirmado pela Promédica de unificar o valor de consultas hospitalares em quarto e enfermaria, que passa a ter o valor adotado para consulta em quarto. Cons. José Márcio informou que a Comissão Estadual está em contato com a Golden Cross e com Medial – recentemente incorporada à operadora Amil – para obter propostas de reajuste destas empresas. Discussões nacionais A Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da CBHPM esteve reunida com os representantes das Comissões Estaduais de Honorários Médicos em 1º de dezembro, na sede da AMB, em São Paulo. Um dos principais pontos discutidos na reunião foi a tramitação do PLC 39/07, que referenda o uso da CBHPM. O Cons. José Márcio informou que as Comissões buscam uma audiência com o Senador Sérgio Guerra para acelerar a tramitação do Projeto de Lei de autoria do deputado Inocêncio de Oliveira. A audiência com o Senador relator deve contar também com a presença de representantes do Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Federação Nacional dos Médicos. Em 22 de janeiro uma reunião da Comissão Nacional com representantes das Comissões Estaduais acontece em Brasília, para discutir assuntos de interesse da categoria com a Comissão de Saúde Suplementar do Conselho Federal de Medicina. Em 2010 as assembleias serão bimestrais Em âmbito estadual, ficou decidida a realização de assembleias bimestrais, reunindo as entidades médicas (Cremeb, Sindimed e ABM), sociedades de especialidades e todos os médicos interessados. O Portal do Cremeb divulgará, assim que definida, a agenda de assembleias para discussão de honorários médicos. 9 9 Homenagem Crédito: arquivo pessoal Cons. Ubaldo Porto Dantas recebe Medalha de Mérito Oswaldo Cruz Recebendo a medalha Oswaldo Cruz do Ministro da Saúde José Gomes Temporão Em 18 de novembro o Conselheiro Ubaldo Porto Dantas recebeu, das mãos do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a Medalha Oswaldo Cruz, na categoria Ouro. A medalha Oswaldo Cruz foi criada através do decreto 66.988, de 31 de julho de 1970. A honraria é destinada a personalidades nacionais e estrangeiras de destaque na área da saúde pública que tenham contribuído, direta ou indiretamente, para o bemestar físico e mental da coletividade brasileira. A escolha dos nomes é feita anualmente pelo presidente da república, mediante a apresentação de uma lista de candidatos fornecida pelo ministro da Saúde. A Medalha de Mérito Oswaldo Cruz é concedida nas categorias bronze, prata e ouro. A cerimônia aconteceu durante a abertura da 9ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças, no Golden Tulip Brasília Alvorada, na capital nacional. Saiba mais sobre o médico, professor, ex-secretário de saúde, ex-prefeito, ex-deputado e Conselheiro Ubaldo Dantas Nascido em 1937, em Itabuna, Ubaldo Porto Dantas tem orgulho de dizer que nasceu na sombra do cacau: “Venho de família simples, e sonhava os sonhos de cidade de interior. Quando vim pra capital, as pessoas falavam de profissões que eu nem sabia que existiam. Mas eu sabia que ser médico era importante. Eu pensava: o médico pode salvar vidas” – comenta. Mas Ubaldo Dantas não é um médico que salvou vidas como a maioria dos médicos o faz. Se formou em medicina, pela UFBA, fez residência em clínica no Hospital Universitário Professor Edgard Santos e estágio em cardiologia no Hospital das Clínicas da 10 USP. Montou uma clínica em Itabuna, e participou da fundação do Hospital Santa Maria Goretti. Até ali sua trajetória não era completamente diferente da de muitos médicos. A história começou a mudar quando, por causa dos efeitos da Crise do Cacau em seu consultório, deixou a cidade de Itabuna. Em Salvador, trabalhou na “Clínica Atemde”, onde conheceu o médico Jorge Cerqueira (atual presidente do Cremeb) e se tornou Professor Assistente do Departamento de Medicina Preventiva da FMBUFBA. Foi nessa época que diz ter se aproximado do socialismo e começado a se incomodar profundamente com a dependência do dinheiro para se ter assistência à saúde no país. Em 1972 se mudou para Londres, com a esposa, Maria Rita Coelho Dantas e os 3 filhos “ainda pequenos”. Durante o mestrado em Medicina Social, na London School of Hygiene and Tropical Medicine, começou a se preparar para dar sua grande contribuição à saúde brasileira: participar da construção do Sistema Único de Saúde – o SUS. Retornando ao Brasil, em 74, Ubaldo foi convidado pelo professor Roberto Santos para viajar pelo interior baiano. “Em Londres estudei os sistemas de saúde comparados de muitos países, estudei o mundo, e aqui vi o panorama da saúde no nosso estado. Era feio, difícil” - relembra. Quando Roberto Santos foi eleito governador da Bahia, o intimou para ajudar a transformar esta realidade. “Ele me chamou e disse: você vai ser Secretário de Saúde do Estado. E isso mudou inteiramente a minha vida. Para certos cargos, como esse, é preciso ter disponibilidade integral”. Ubaldo aponta alguns dos marcos de sua gestão como Secretário de Saúde: a construção de mais de 400 unidades de saúde e 23 hospitais – entre eles o Hospital Geral Roberto Santos – e o treinamento intensivo dos profissionais de saúde do Estado. www.cremeb.org.br De 1978 a 1983 Ubaldo foi deputado federal, usando, desde sua primeira campanha, o slogan Saúde para todos. “A OMS lançou a campanha com este lema bem depois” – se vangloria. O Deputado Ubaldo coordenou o 1º Simpósio de Política Nacional de Saúde, que teve em sua pauta assistência pública, saneamento e nutrição. “Foi a primeira vez em que o governo discutiu as políticas de saúde com mais de 700 profissionais de saúde. Estávamos caminhando em direção ao SUS” – comenta. Durante seu mandato defendeu e aprovou a ampliação do Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS) para as zonas de maior concentração de pobreza, adaptado às realidades de cada local. “O PIASS foi o precursor do Programa de Saúde na Família (PSF)” – explica. Ubaldo foi prefeito de Itabuna de 1983 a 1989, numa gestão que afirma ter sido marcada por obras de saneamento e ações de saúde. “Itabuna foi um laboratório para diversos programas em convênio com o Governo Federal nas áreas de moradia, educação e saúde. Ser prefeito é fazer clínica geral” – reflete, comparando a gestão com sua profissão. Antes de assumir o cargo de deputado federal novamente, como suplente de Jutahy Magalhães (em 1996), Ubaldo ocupou ainda o cargo de Assessor Especial da Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, função que exerceu até 1998. Já aposentado, em 2008, Ubaldo decidiu buscar um novo desafio, se candidatando às eleições para Conselheiro do Cremeb. A chapa da qual fazia parte foi vitoriosa, e desde então tem contribuído com sua experiência e competência para promover o exercício ético da medicina na Bahia. Quando perguntado sobre a possibilidade de voltar ao cenário político como deputado, não hesitou: “Se mudassem as regras do jogo (fala sobre eleição por partidos e financiamento de campanha) eu seria candidato novamente. O SUS merece uma atividade de reforma e evolução muito grande, o PSF também. Os profissionais de saúde precisam de uma carreira no estado e a educação primária precisa se tornar federal”. E fechou sua fala com frases de efeito, que merecem nossa reflexão: “O mundo não está terminado. A democracia é um método, e não um fim, e por isso precisa ser revista e aperfeiçoada.” Quando questionado sobre a Medalha de Mérito, Ubaldo foi humilde: “Eu nem sei direito por que me deram esta Medalha. Eu devo ter contribuído mesmo” – disse, rindo. Veja na versão do Portal do Cremeb as fotos da trajetória do Cons. Ubaldo. NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 Olho Clínico Crédito: Programa Bem Nutrir Programa da Fundação José Silveira combate a desnutrição Os resultados da pesquisa foram apresentados em palestra no IBIT A fome hoje é resultante não só da pouca disponibilidade de alimentos para os grupos de baixa renda, mas também da má qualidade dos alimentos – esta é a justificativa para a criação do Programa Bem Nutrir, da Fundação José Silveira. Desenvolvido para combater as doenças agravadas pela má nutrição através de ações educativas e complementação alimentar, o Programa realiza a avaliação nutricional e acompanhamento de pacientes entre 2 e 15 anos. Desde 1999, dos 7.775 participantes atendidos pelo Bem Nutrir nos municípios de Itaparica, Nazaré e Santo Amaro da Purificação, na Bahia, 21% apresentaram diagnóstico nutricional alterado, o que corresponde a 1.640 crianças e adolescentes. Em 2009 o Bem Nutrir completou 10 anos, e o presidente do Cremeb, Cons. Jorge Cerqueira, foi um dos convidados especiais na sessão comemorativa ocorrida no auditório do IBIT, em 26 de novembro. A sessão apresentou os resultados da pesquisa “Situação Clínica, Nutricional e Social de Crianças e Ado- lescentes Acompanhadas pelo programa Bem Nutrir em Áreas de Vulnerabilidade Social”, que levantou, de abril a outubro de 2009 os dados coletados entre 2005 e 2008. O trabalho é de autoria da médica Dolores Fernandez e da nutricionista Adriana Leal, que atuam no Programa. 78% dos pacientes avaliados pela pesquisa sofriam de desnutrição A pesquisa selecionou 75 participantes de Salvador que tiveram acompanhamento por 02 anos consecutivos. As autoras abordaram diversos aspectos, desde a renda familiar à estatura média das crianças e adolescentes, além do período de amamentação e análise de ocorrências de parasitoses e infecções. O estudo confirmou que desnutrição e deficiências alimentares estão diretamente ligadas ao nível sócio-econômico da população – 60,3% das crianças com baixo peso e risco nutricional vivem em famílias com renda mensal menor que 01 salário mínimo. Um total de 78,7% dos pesquisados apresentou algum grau de desnutrição: 34,7% apresentou risco nutricional, 42,7% baixo peso para idade e 1,3% peso muito baixo para idade. Cresce também o número de crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade (21,3%). De acordo com a pesquisa, nestes casos o risco está na fome “oculta”, provocada pela má qualidade alimentar. Esta fome, caracterizada pela obesidade, também pode ser considerada como uma doença da pobreza, pois advém da alimentação desequilibrada, favorecendo deficiências nutricionais. Para os profissionais de saúde, a influência dos pais tem um papel importante na definição de hábitos e escolhas alimentares dos filhos. Outro fator preocupante e diretamente ligado à desnutrição e às condições ambientais na qual a criança vive é a baixa estatura para idade. Dentre os avaliados, 36% apresentaram déficit de estatura (crescimento aquém do esperado) enquanto no mundo todo, incluindo o Brasil, a prevalência é de 7%. O Nordeste, em particular, apresenta porcentagem de desnutrição por baixa estatura para idade de 5,7% (dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher do ano de 2006). Dentre as conseqüências dos déficits de crescimento na infância, encontram-se prejuízos no desenvolvimento psicomotor, baixo rendimento escolar e menor capacidade produtiva na vida adulta e em meninas adolescentes, como complicações no parto e maior incidência de recém-nascidos com baixo peso. Para saber mais sobre o Programa Bem Nutrir acesse o site da Fundação José Silveira – www.fjs.org.br Recadastramento Médico: Cremeb aguarda 75% dos médicos baianos até maio Apesar da chegada do prazo final para o Recadastramento Médico, em de maio de 2010, o último Relatório do Conselho Federal de Medicina de 2009 mostrou que somente 25% dos médicos baianos realizaram o processo integral que inclui as etapas online e presencial do processo. Isso se comprova em dados que colocam a Bahia em 4° lugar na realização da etapa online (com 52% dos inscritos) e em 8° lugar na realização das duas etapas. O Recadastramento é gratuito e obrigatório e tem como objetivo atualizar os dados dos médicos e emitir uma nova cédula de identidade médica. Confeccionado na Casa da Moeda do Brasil, o documento garante mais segurança na identificação e NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 contratação de profissionais inscritos e ativos. A grande preocupação neste momento é com a etapa presencial, que consiste em entrega de documentos e coleta de assinatura na sede do Cremeb ou Delegacia Regional em horário previamente agendado. Desde setembro o Cremeb tem realizado mutirões em sábados determinados para atender aos médicos que têm dificuldade de horários durante a semana. Sem a conclusão da etapa presencial, o Recadastramento não tem validade. Como 75% dos médicos ainda não a realizaram, até maio a demanda será crescente, e o atendimento, que hoje pode ser agendado para o mesmo dia, deve ficar mais concorrido. www.cremeb.org.br Para aqueles que já concluíram o Recadastramento, é necessário buscar a carteira na sede do Cremeb ou Delegacia Regional. De acordo com o relatório do Recadastramento, 1.465 carteiras estão disponíveis e não foram retiradas. Embora o CFM esteja encarregado de enviar o e-mail avisando sobre a disponibilidade do novo documento, o Cremeb tem reforçado a mensagem para os médicos inscritos na Bahia. Para saber se sua nova cédula médica já está disponível, envie um e-mail para [email protected] ou ligue para 71 3339 2801. 11 Não deixe para se recadastrar na última hora, acesse www.cremeb.org. br e inicie seu Recadastramento. 11 Artigo A Residência Médica e o SUS: distorções e propostas de soluções Criada no final do século XIX, a Residência Médica (RM) chegou ao Brasil nos anos 40, e no Nordeste em 1958, onde o primeiro programa foi implantado no Hospital das Clínicas da UFBA. Embora outras pós-graduações tenham surgido, a RM continua sendo mundialmente a mais importante forma de especialização médica (TavaresNeto, 2009). Inicialmente elitizada, a RM ampliou-se, abrangendo desde áreas gerais até as altamente especializadas. Com o vertiginoso aumento do conhecimento e das competências exigidos para o exercício da Medicina; e com as deficiências dos cursos de graduação, a RM tornou-se passagem obrigatória antes da plena prática profissional. Os concursos de RM passaram a ter mais importância para os estudantes que a formação, e o internato deixou de ser encarado como etapa fundamental de treinamento, para ser visto como um “impedimento” à preparação para os processos seletivos. A ampliação da RMs, essencialmente financiadas pelo setor público (SUS), mesmo quando inseridas em serviços privados, faz com que hoje os candidatos disputem mais os serviços do que as vagas. Áreas como Pediatria e Nefrologia permanecem sem ocupar todas as vagas oferecidas. Será importante fazer a transição das atuais provas de seleção, para a adoção de um sistema que valorize também a avaliação processual dos candidatos ao longo de sua formação acadêmica, sem cair no subjetivismo das entrevistas nem nas custosas fórmulas importadas de provas com simulações práticas. Os programas de RM, com a ampliação, passaram a ser forma de utilização de mão de obra barata e sem direitos trabalhistas, nas instituições privadas e públicas. As décadas de 70 e 80 foram marcadas por lutas dos Médicos Residentes (MR) por direitos trabalhistas mínimos, como piso salarial, definição de jornada de trabalho, e licença-maternidade. Essas lutas culminaram com a constituição 12 da Comissão Nacional de RM ligada ao MEC, e na promulgação de leis que regulam o sistema de RM (Presidência da República, 1977). A regulamentação, por essas leis, da formação preliminar em áreas gerais, antes das especializadas, fez com que essas grandes áreas passassem a ser vistas por muitos apenas como uma etapa de menor valor. Se as conquistas trabalhistas foram necessárias para a valorização da RM, por outro lado, criaram conflitos entre treinamento e trabalho. Vista como um emprego provisório, a RM perde em aprendizado vivencial, e joga para um futuro imprevisto a aquisição de competências, já postergada no internato. A quebra da dedicação exclusiva, sem dúvida necessária para a sobrevivência dos MR, fez com que muitos jovens se dividam entre a RM e plantões externos, com sobrecarga de trabalho, reduzindo a presença nos serviços. Não é incomum que MRs recusem plantões da RM sob alegação de falta de supervisão adequada, enquanto dão plantões externos “selvagens” de emergência, sozinhos. As reduções “informais” de carga horária da RM, longe de resolver essa sobrecarga, só aumentam os vínculos externos. Esses aspectos são problemas hoje discutidos em vários países. É necessário rever as condições para permanência nos locais de treinamento, incluindo melhoria da remuneração profissional e da supervisão. (Lypson, Hamstra et al., 2009). A despeito do maciço financiamento pelo SUS, os egressos da RM não necessariamente retornam a serviços públicos ao término da especialização. A fixação dos médicos no setor público ao fim da RM depende de vários fatores, como remuneração, condições de trabalho e valorização profissional. Entretanto, mesmo em áreas onde o SUS remunera bem, a carência de especialistas nos serviços públicos faz com que os gestores questionem a manutenção de programas de RM e redefinam áreas estratégicas para sua implementação (SEGTS/SeSu, 2009). O descompromisso das RMs para com as necessidades do SUS torna inevitável o questionamento do financiamento público, ameaçando essa forma de pósgraduação. Repensar os programas, valorizando atividades nos níveis primários e secundários de atenção; fortalecer o acesso à atenção especializada através dos sistemas de regulação; valorizar a referência e contra-referência, e a continuidade de cuidados através da atenção domiciliar e dos programas de saúde da família, bem como inserir as RMs nos programas de capacitação profissional do SUS, são estratégias essenciais para a sobrevivência das RMs. A valorização das RMs passa inegavelmente pelo reconhecimento e qualificação dos preceptores, muitos dos quais ocupam mais do que seu tempo profissional com a supervisão de internos e residentes, sem obrigação de fazê-lo. Nem sempre essa vocação pedagógica é reconhecida e muitos preceptores, sem titulação de mestrado ou doutorado, não têm disponibilidade para se submeter às pós- É necessário rever as condições para permanência nos locais de treinamento, incluindo melhoria da remuneração profissional e da supervisão. (Lypson, Hamstra et al., 2009). www.cremeb.org.br graduações acadêmicas. As escolas médicas não valorizam essa experiência pedagógica nos concursos para professores, pois os critérios de aprovação terminam por pontuar mais a produção científica dos candidatos. Por outro lado, sem formação em metodologia científica, dificilmente os preceptores de RM poderão produzir reflexões críticas sobre seus campos de atuação, importantes para as tarefas de supervisão da formação abrangente prevista nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médico. (Ministerio da Educação, 2001). Nesse contexto, a iniciativa da Faculdade de Medicina da Bahia (UFBA) de criar um Mestrado Profissional para a formação de Preceptores de RM no Estado da Bahia vem preencher importante lacuna. O curso, que tem como objetivo capacitar preceptores com formação científica e pedagógica para supervisionar o treinamento de MR e internos, terá atividades presenciais quinzenais aos fins de semana, com duração de dois anos, e atividades de educação à distância. Os trabalhos finais de conclusão deverão enfocar aspectos das áreas profissionais dos preceptores, nos serviços onde atuam. A titulação conferida tem o mesmo valor de um mestrado acadêmico na prestação de concursos e na valorização profissional. O projeto conta com o clarividente apoio da Secretaria Estadual de Saúde e da Escola Estadual de Saúde Publica, que, empenhados na valorização do corpo de preceptores, se comprometeram com o financiamento. A meta inicial é a titulação de quarenta preceptores em dois anos, com processo seletivo inicial previsto para o segundo semestre de 2010. Informações: [email protected] Dr. Jorge Guedes. Professor do Departamento de Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia- UFBA Consulte as referências deste artigo na versão disponível no Portal do Cremeb ww.cremeb.org.br NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 Olho Clínico Crédito: Mutirão do Diabético Mutirão do Diabético em Itabuna atende 1.000 pacientes em um dia 1.000 pacientes foram atendidos durante o Mutirão Prevenção e tratamento do diabetes foram os principais objetivos do 5º Mutirão do Diabético, realizado no Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, em Itabuna. Sob a coordenação do Dr. Rafael Andrade, diretor do Centro Avançado de Retina e Vítreo do Hospital de Olhos Beira Rio, o projeto tem parceria com a Associação dos Diabéticos de Itabuna (ASDITA), a Prefeitura de Itabuna/Secretaria Municipal de Saúde, a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e a Unimed. “O Mutirão do Diabético tem contribuído para o sucesso do programa inovador no Estado, já consolidado como uma das principais campanhas de saúde pública do Norte Nordeste em Diabetes”, afirma o Dr. Rafael Andrade. O evento fez parte das celebrações do Dia Mundial do Diabetes, com ações em mais de 150 países e que este ano teve como tema “Educar para Prevenir”. Cerca de 1000 pacientes diabéticos foram atendidos no Hospital de Olhos Beira Rio e realizaram mapeamento de retina, fotocoagulação a laser, além de avaliação renal, feita por uma equipe de nefrologistas. Os pacientes também foram submetidos a exame do pé diabético, sendo que os casos mais graves foram encaminhados para avaliação com a equipe de cirurgia vascular. Todas as informações clínicas e epidemiológicas (olhos, rins e pés) foram armazenadas a fim de contribuir com o programa de estatística para pesquisa clínica e levantamento de dados do perfil do diabético local. Programação especial Durante todo dia, uma programação especial foi realizada em um palco montado na via pública: palestras, depoimentos de diabéticos e profissionais da saúde, apresentações artísticas com depoimentos de artistas e músicos locais. Uma grande feira de saúde foi montada na Praça Rio Cachoeira e contou com o trabalho de uma equipe integrada por oftalmologistas com especialidade em retina, endocrinologistas, angiologistas, nefrologistas, enfermeiras, universitários e auxiliares de enfermagem. Serviços como medida de glicemia capilar, medida de pressão arterial, avaliação cardio-metabólica, auxílio psicológico, oficina de nutrição, exposição de produtos diets, prevenção bucal, apoio jurídico e atividade física foram disponibilizados ao público. Também foram montados vários estandes para avaliações preventi- vas, além da distribuição de material sobre diabetes e outras doenças. Em torno de 3 a 4 mil pessoas compareceram à feira, segundo informações da polícia militar. Para a Cons.ª Diana Viegas, que atende pacientes diabéticos, iniciativas de atendimento coletivo e multidisciplinar causam um impacto muito superior ao gerado pelo atendimento individual. “A cidade de Itabuna e os coordenadores deste evento devem ser parabenizados não somente pela divulgação do tema do Dia Mundial do Diabético “Diabetes - Educar para Prevenir” mas pela sua prática efetiva”- comentou. No dia anterior, os moradores da cidade organizaram uma campanha para iluminar diversos pontos e monumentos importantes da cidade com luz azul – símbolo da luta contra a diabetes usado em todo o mundo. Dia mundial do diabetes O dia 14 de novembro foi escolhido para ser o Dia Mundial do Diabetes por ser a data do nascimento do cientista canadense Frederick Banting. Ele e Charles Best projetaram a ideia que levou à descoberta da insulina. Neste ano, o tema do Dia Mundial do Diabetes foi “Diabetes – Educar para Prevenir”. A finalidade da campanha foi informar e conscientizar todos aqueles que estão envolvidos com os cuidados com diabetes para que tenham conhecimento dos sintomas e dos riscos da doença. Para que o diabetes ganhe destaque, a International Diabetes Federation incentiva a realização de centenas de atividades pelo mundo inteiro, apoiada pelas entidades filiadas, entre elas, a Sociedade Brasileira de Diabetes, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas (ONU). Cremeb participa de Seminário para internos da Ufba O II Seminário de Internato da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB / Ufba) foi realizado em 09 e 10 de dezembro em Salvador sob a coordenação do Colegiado de Graduação em Medicina, com grande participação dos Conselheiros do Cremeb. Alguns dos temas abordados nas palestras foram urgência e emergências, relações interpessoais e interprofissionais, obstinação terapêutica, exercício ilegal da medicina, sigilo médico, recusa de tratamento e autonomia, pacientes homo e transexuais. Na ocasião foi realizada ainda uma atividade sobre o tema “Vivências de Internato”, a fim de discutir temas ligados ao dia-a-dia dos alunos, tais NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 como a convivência com o ambiente hospitalar, internato em outros estados, lazer e saúde. O Cremeb participou do Seminário com palestras realizadas pelos Conselheiros Álvaro Nonato, Sumaia Boaventura, Rita Virgínia Ribeiro e Diana Viegas – membros da Comissão de Educação Médica em Ética e Bioética (Cemeb). Também participaram do evento o Diretor do curso de Medicina, José Tavares Neto, e professores do curso, representantes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), do Hospital Geral do Estado (HGE), da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e da Escola Bahiana de Medicina (EBM). www.cremeb.org.br 13 13 Ementário A íntegra deste pareceres encontra-se à disposição no Portal do Cremeb ou no CEDOC/Cremeb. PARECER 56/2008 (Aprovado pela 3ª Câmara em 04/12/2008) ASSUNTO: Uso de formulários do SUS em clínicas privadas e necessidade de confecção As solicitações podem ser feitas através do telefone (71) 3339 2800, do fax (71) 3245 5751, do e-mail [email protected] ou no site www.cremeb.org.br PARECER 05/ 2009 (Aprovado em Sessão da 2a Câmara de 05 de março de 2009) ASSUNTO: Indicação de cirurgia refrativa para trabalhador que necessite de utilizar de prontuário médico equipamento de proteção individual (EPI) incompatível com o uso de óculos RELATOR: Consa. Dorileide Loula Novais de Paula RELATOR: Consª. Nedy Neves EMENTA: É vedado ao médico utilizar-se de formulários de instituições públicas para o uso EMENTA: A cirurgia refrativa pode ser indicada para trabalhadores que estejam impossibili- em clínica privada e deve o médico elaborar o prontuário para cada paciente. tados de usar óculos, desde que estejam de acordo com as normas emanadas pelo CFM e que sejam devidamente acompanhados pelo oftalmologista, assistente que PARECER 01/2009 deverá fazer a indicação do procedimento. (Aprovado em Sessão da 2a Câmara de 08 de janeiro de 2009) ASSUNTO: Solicitação de cópia de laudo médico pericial sem determinação judicial pelos clientes DETRAN, principalmente portadores de deficiência física, PARECER 06/ 2009 (Aprovado em Sessão da 2a Câmara de 05 de março de 2009) ASSUNTO: Aplicação de medicamento em unidade hospitalar sem médico plantonista pleiteantes de isenção de impostos na compra de carro novo na emergência RELATOR: Consª. Rita Virginia Marques Ribeiro EMENTA: O exame de aptidão física e mental para condutores de veículos automotores RELATOR: Consª. Rita Virginia Marques Ribeiro é um ato médico pericial, seguindo assim as diretrizes normatizadas para as EMENTA: A Resolução CFM nº 1.451/95 proíbe ausência de médico em unidade de emergên- atividades periciais. O médico poderá encaminhar a cópia da ficha ou pron- cia. A equipe médica dos estabelecimentos de Prontos Socorros Públicos e Privados tuário médico diretamente ao paciente, à autoridade requisitante, se houver deverá estar em regime de plantão no local, que deverá estar estruturado para autorização expressa do paciente ou do seu representante legal. prestar atendimento a situações de urgência/emergência, devendo garantir todas as manobras de sustentação da vida, permanecendo à disposição da população de forma ininterrupta. O Diretor Técnico é o principal responsável pelos atos médicos PARECER 02/2009 ali realizados e a declaração de óbito é da responsabilidade do médico que atestou (Aprovado em Sessão Plenária de 20 de janeiro de 2009) a morte, exceto em casos de mortes não naturais ou violentas. ASSUNTO: Proposição de “Novo Modelo de Gestão” por plano de saúde RELATOR: Cons. Jecé Freitas Brandão EMENTA: Solicitações genéricas de autorizações, formuladas pelos serviços contratantes de saúde, que visam encaminhar indiscriminadamente médicos para acompanhar procedimentos executados pelos médicos assistentes, ainda que com prévia anu- PARECER 07/ 2009 (Aprovado em Sessão da 2a Câmara de 05 de março 2009) ASSUNTO: Acesso a prontuário de pacientes suspeitos ou portadores de doenças de notificação compulsória ência destes e do paciente, extrapolam o que foi facultado pela Resolução CFM n° 1.614/2001, sendo incompatíveis com o Código de Ética Médica. Apenas em si- RELATOR: Consª. Lícia Maria Cavalcanti Silva tuações excepcionais, diante de indícios de irregularidades na prática profissional, EMENTA: O médico tem o dever de colaborar com as autoridades sanitárias e de cumprir a poderá ocorrer tal acompanhamento mediante solicitação de autorização específi- legislação vigente. É lícito permitir aos profissionais da Saúde publica, o acesso ca, fundamentada, demonstrando: a necessidade de tal intervenção; manutenção aos prontuários dos pacientes suspeitos e ou portadores de doenças de notificação da integridade da liberdade profissional do médico assistente e garantir a saúde compulsória. do paciente. PARECER 03/ 2009 PARECER 09/ 2009 (Aprovado em Sessão da 1a Câmara de 05 de janeiro de 2009) ASSUNTO: Exames toco-ginecolóligicos sem acompanhamento de enfermeira ou de acompanhante e obrigatoriedade de preenchimento de BPA pelo médico (Aprovado em Sessão da 1a Câmara de 05 de março 2009) ASSUNTO: Termo de responsabilidade assinado por médico RELATOR: Cons. José Abelardo Garcia de Meneses EMENTA: Documento médico com conteúdo sigiloso só deve ser encaminhado a outro mé- RELATOR: Cons. José Augusto da Costa dico, ficando este responsável pelas informações contidas.Havendo cumprimento EMENTA: É recomendável que o médico realize exame da mama ou ginecológico na à norma que estabelece os critérios para planejamento familiar, inclusive a esteri- presença de auxiliar da área de saúde/ familiar ou acompanhante. Compete lização cirúrgica, não há que ser imposta responsabilização dos entes envolvidos ao gestor da Unidade de Saúde compor seu quadro de pessoal para dar o aten- quando acionados por tais razões. dimento a que se propõe. O BPA sendo de caráter estatístico e administrativo deverá ser preenchido pelo Auxiliar Administrativo ou Atendente de Sala. PARECER 04/ 2009 PARECER 10/ 2009 ASSUNTO: Obrigatoriedade de estar presente ao plantão em hospital de emergência (Aprovado em Sessão da 2a Câmara de 05 de março de 2009) quando antes seria sobreaviso RELATOR: Cons. Robson Freitas Moura ASSUNTO: Glosas de antiinflamatórios em pronto socorro e ambulatório EMENTA: A disponibilidade de médicos em sobreaviso constitui prática usual em instituições RELATOR: Consª. Rita Virginia Marques Ribeiro EMENTA: As indicações do uso de antiinflamatórios em pronto socorro e ambulatório são de exclusiva responsabilidade e determinação do médico assistente. A sua prescrição deve estar fundamentada no quadro clínico e anamnese, que deverão estar adequadamente descritos em prontuário médico. 14 (Aprovado em Sessão da 3a Câmara de 08 de janeiro de 2009) de saúde, devendo a sua execução obedecer a normas de funcionamento que garantam a boa prática médica. É responsabilidade do Diretor Técnico e do Diretor Clínico decidir sobre as especialidades necessárias para disponibilidade em sobreaviso, resguardando o direito do corpo clínico em decidir livremente sobre a sua participação nessa atividade. www.cremeb.org.br NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 Oficiais CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DA BAHIA CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DA BAHIA. CNPJ 14855787/0001-88 EDITAL DE NOTIFICAÇÃO O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia - CREMEB, notifica a Dra. Neuza de Oliveira ARQUIVAMENTO DE PROCESSO DE REGISTRO Chaves, CREMEB 3363, que se encontra em lugar incerto e não sabido, para que atualize seu endereço RESOLUÇÃO CREMEB Nº 271/05 perante este Regional, no prazo de 5 (cinco) dias, tendo em vista as inexitosas tentativas de sua locali- O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia – CREMEB, informa a quem interessar possa que zação, bem como para fins de comparecimento à Secretaria da 3ª Câmara para tomar conhecimento e no uso de suas atribuições, os membros do Pleno nas Sessões de 20.10.2009 e 17.11.2009 decidiram manifestar-se por escrito sobre o teor do Expediente Denúncia nº 138.427/07, na sede deste Conselho, proceder ao Arquivamento do Pedido de Registro das empresas abaixo relacionadas, nos termos da na Rua Guadalajara, 175, Morro do Gato - Barra. Resolução CREMEB 271/05, por descumprirem as determinações da Resolução CFM nº 1716/04: Cliame – Clínica de Atendimento Médico Ltda, CNPJ 03.713.130/0001-60, Clipo – Serviços Médicos SS Ltda, CNPJ não apresentado, Clínica Guia Ltda, CNPJ 09.592.341/0001-78, Ângelo Alberto Sousa Ribeiro – Salvador, 17 de dezembro de 2009. Firma Individual, CNPJ 03.814.123/0001-54, Clínica Endomec – Endoscopia Medica e Cirurgia Ltda, Cons. Jorge R. de Cerqueira e Silva CNPJ 07.853.895/0001-56, Cetrad – Centro de Estudo e Tratamento do Aparelho Digestivo Ltda, CNPJ Presidente. 08.538.106/0001-55, SEPAM – Serviços Especializados em Psiquiatria, Psicoterapia e Auditoria Ltda, CNPJ 05.802.641/0001-83, Cligob - Serviços Médicos Especializados em Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia Ltda, CNPJ 03.178.119/0001-47 e Bueno & Bueno Serviços Oftalmológicos S/S Ltda, CNPJ Publicada no Diário Oficial do Estado e Jornal A Tarde em 22/12/2009 07.213.345/0001-72, Novo Mundo Consultoria Médica SC, CNPJ não informado, Perfomance Participações Administrativas e Gerenciamento Hospitalar SS Ltda, CNPJ 03.281.059/0001-93, Uni Saúde Administradora de Planos de Saúde Ltda, CNPJ 03.505.391/0001-94, Mastermed Administradora de Planos de Saúde – Filial, CNPJ não informado, Radiare Serviços de Saúde Ltda, CNPJ 08.191.262/0001- CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DA BAHIA 92, Matos Sobral Serviços Médicos Ltda, CNPJ 08.068.336/0001-06, Climater Clínica de Imagem e GineEDITAL DE RECESSO cologia Ltda, CNPJ 02.906.976/0001-53, Clínica Nossa Senhora de Lourdes Ltda, CNPJ 07.080.413/0001- O Presidente e o Corregedor do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia, no uso de suas 72, KRONOS – Serviços Médicos Ltda, CNPJ não informado, OFTCARE – Oftalmologia Clínica Catarata atribuições, FAZEM SABER aos que o presente edital virem, ou dele notícias tiverem, que o Tribunal e Refrativa Ltda, CNPJ não informado, Duarte Bosh Serviços Médicos Ltda, CNPJ 07.909.139/0001-00, de Ética e Corregedoria deste Regional entrarão em RECESSO, no período de 01 a 28 de fevereiro de CONSULT – Consultório Médico de Ultra Sonografia e Cir. Geral Ltda, CNPJ 04.179.571/0001-96, Bahia 2010, quando o atendimento externo e os prazos processuais estarão suspensos, cabendo ao Setor de Gastro Center Ltda, CNPJ 08.236.938/0001-17, MEDTRAF – Clínica de Medicina do Tráfego Ltda, Protocolo do CREMEB o recebimento de petições destinadas ao referido Tribunal e Corregedoria, nos CNPJ 10.451.517/0001-50. termos da Portaria nº 65/2009. Salvador, 09 de dezembro de 2009. Salvador, 15 de dezembro de 2009 Cons. Jorge R. de Cerqueira e Silva. Cons. Jorge R. de Cerqueira e Silva Presidente Presidente Cons. Marco Antônio Cardoso de Almeida Publicada no Diário Oficial do Estado em 22/12/2009 Corregedor Publicada no Diário Oficial do Estado em 11/12/2009 e e Jornal A Tarde em 23/12/2009 CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DA BAHIA CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DA BAHIA NOTA DE DESAGRAVO PÚBLICO CNPJ 14855787/0001-88 O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia – CREMEB, em Sessão Plenária de 04/12/09, cumprindo o art. 26 do Código de Ética Médica, aprovado pela Resolução CFM 1246/88 e de acordo com a EDITAL DE SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL Resolução CFM 1899/2009, decidiu conceder DESAGRAVO PÚBLICO ao Dr. Paulo Roberto Mendonça, O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia - CREMEB, em cumprimento à decisão tomada nos CREMEB nº 4569, por ter sido desrespeitado no exercício da profissão pelo Sr. Sifredo Dias de Almeida autos do Processo Ético Profissional nº. 083/2005, aplica ao médico Dr. ANDERSON SEPÚLVEDA PE- quando este distribuiu na comunidade panfletos, faixas e livretos com fotografias, utilizando a mídia REIRA – CREMEB 13.326, a penalidade disciplinar prevista na alínea “d”, do art. 22, da Lei n.º 3.268/57, falada, escrita e internet para macular a imagem do profissional, com infundadas acusações de erro mé- SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL POR 30 DIAS, por infração aos artigos 4º, 6º, 135 e 142 dico vez que a esposa do acusador recebeu os cuidados adequados, restando comprovado que o médico Código de Ética Médica, conforme Acórdão nº 163/08 dos membros da 3ª Câmara do Tribunal de Ética foi prudente, atencioso e responsável na condução do caso, haja vista, decisão de absolvição prolatada Médica, tendo em vista conduta inadequada em face da constatação de adulteração em certificado de com trânsito em julgado. especialidade. Salvador, 04 de dezembro de 2009 Salvador, 16 de novembro de 2009. Cons. Jorge R. de Cerqueira e Silva Cons. Jorge R. de Cerqueira e Silva. Presidente Presidente Publicada no Diário Oficial do Estado e Jornal A Tarde em 11/12/2009 15 Publicada no Diário Oficial do Estado e Jornal A Tarde em 11/12/2009 NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009 www.cremeb.org.br 15 O processo de recadastramento visa atualizar o cadastro dos médicos em todo território nacional e emitir a nova cédula de identidade médica que será confeccionada pela Casa da Moeda do Brasil. Segundo a Resolução nº 1.827/2007 do Conselho Federal de Medicina, todos os médicos com inscrição primária no seu respectivo Conselho Regional deverão fazer o recadastramento. O recadastramento teve início no dia 12 de novembro, e se estenderá por 18 meses. Não perca tempo, acesse www.cremeb.org.br leia as instruções e preencha o formulário via web. Em seguida agende uma data e horário convenientes para concluir seu recadastramento na sede do CREMEB em Salvador ou em qualquer das Delegacias Regionais. 2 2 3 CARTEIRA DE IDENTIDADE 1 4 ELEMENTOS DE SEGURANÇA 1 IMAGEM LATENTE Presente nos dois espelhos da carteira, a sigla CFM é visível observando-se o documento inclinado e sob uma fonte de luz; 2 MICROLETRAS EM NEGATIVO A tarja vertical é ladeada pelo texto “CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA” e as tarjas horizontais possuem o texto “IDENTIDADE MÉDICO”, ambas impressas em caligrafia; 2 2 3 MICROLETRAS EM POSITIVO Na área da fotografia, impressão ofsete cinsa, observa-se o texto “ CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA”, em linhas onduladas; 4 FUNDO NUMISMÁTICO O fundo numismático apresenta as Armas da República e a sigla CFM; 5 IMPRESSÃO EM TINTA INVISÍVEL LUMINESCENTE As Armas da República e a palavra “AUTENTICO” surgem repetidas sobre o documento, sob luz ultravioleta; Dados variáveis e fotografia impressos nas dependencies da Casa da moeda do Brasil; 4 1 2 2 Simulação do documento sob luz ultra violeta. 5 Papel filigranado CMB 94g/m2 exclusivo da Casa da Moeda do Brasil. Mais Informações: CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DA BAHIA Rua Guadalajara, 175, Barra (Morro do Gato) Salvador - BA CEP: 40140-460 Tel.: 71 3339-2840 • www.cremeb.org.br e-mail:[email protected] CASA DA MOEDA DO BRASIL 16 FAÇA LOGO O SEU! Ministério da Fazenda www.cremeb.org.br NOVEMBRO / DEZEMBRO 2009