UEM - Universidade Estadual de Maringá
IPARDES - Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social
Observatório das Metrópoles/UEM - Nucleo Região Metropolitana de Maringá
Coordenação Geral
Ana Lúcia Rodrigues - UEM
Equipe Técnica
Amália Maria Goldberg Godoy - DCO/UEM
Ana Lúcia Rodrigues - DCS/UEM
Anael Pinheiro de Ulhôa Cintra - IPARDES
Paulo Roberto Delgado - IPARDES
Rosa Moura - IPARDES
Luiz Donadon Leal - Observatório das Metrópoles/UEM
Equipe de Apoio Técnico
Daniela Caroline Tinos Hernandes
Jair Mega Junior
Wesley Ferreira de Souza
Wesley Oliveria Furriel
Arte da Capa
Elise Savi - PPU/UEM
Diagnóstico da Região da COMCAM
Fevereiro de 2013
Sumário
Apresentação
p. 4
1
A REGIÃO DA COMCAM
p. 5
2
URBANIZAÇÃO E POPULAÇÃO
p. 10
3
ATIVIDADES E EMPREGO
p. 18
4
O SETOR AGROPECUÁRIO
p. 30
5
INDICADORES
p. 41
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 41
Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 42
IDEB e Prova Brasil: desempenho em Português e matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 45
Taxa de alfabetização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 46
PIB per capita e renda média familiar per capita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 47
Taxa de pobreza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 49
Taxa de mortalidade infantil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 50
Índice de Gini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 51
Indice Firjan de Gestão Fiscal-IFGF: a eficencia finaceira e gestão do endividamento . . . . . . p. 51
IFGF receita própria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 53
IFGF pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 54
IGFG liquidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 54
IGFG investimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 55
IFGF custo da dívida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 56
Índice de Desempenho do SUS - IDSUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 57
Cobertura das equipes básicas de saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 59
Proporção de nascidos vivos com mais de 7 consultas pré-natal . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 60
1
Exames de mamografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 61
Parto normal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 61
6
CONSIDERAÇÕES FINAIS
p. 63
7
Referências
p. 65
Sites consultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 66
8
Anexos
p. 67
2
A palavra cidadania é irmã siamesa de cidade. As duas nasceram no mesmo
berço: a Grécia do século V a.C. Além dos jogos olímpicos e de muitas palavras
de nosso dicionário, herdamos do mundo grego antigo muitas ideias políticas.
Cidadania é uma destas ideias. Para os gregos as cidades eram um lugar bom de
viver e conviver. Mas este lugar não nascia pronto, nem caía do céu. Naquela
época já era preciso que ele fosse sonhado, pensado, construído. E quando as
pessoas decidem participar do sonho e da construção das cidades, elas estão
fazendo política, estão sendo cidadãs, estão exercendo sua cidadania.
Esta cidadania é atingida com maior efetividade quando há a reunião de
objetivos e a reunião dos povos de uma região. Afinal, são as cidades unidas
que formam uma região.
Participemos todos juntos da construção de nossas cidades para que nossa
região possa ser fortalecida e de destaque. A região somos nós!
FÁBIO D’ALÉCIO
Presidente da COMCAM
3
Apresentação
O Observatório das Metrópoles, núcleo de pesquisa da Universidade Estadual de Maringá em conjunto com o
Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social-IPARDES, órgão da Secretaria de Planejamento do
Estado do Paraná, realizaram esse trabalho de diagnóstico socioeconômico em atendimento a uma demanda da
COMCAM-Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão. O objetivo do trabalho foi identificar o
perfil atualizado da região para contribuir na busca de respostas aos problemas que os 25 municípios enfrentam.
Neste sentido, o estudo se constitui em um conjunto de indicadores demográficos, sociais, econômicos e fiscais
que oferece aos prefeitos eleitos subsídios para o planejamento regional e municipal.
O diagnóstico realizado destaca problemas relativos ao incremento da informalidade do trabalho, o que impacta
diretamente no rebaixamento dos níveis salariais, o que, por sua vez, aumenta as taxas de pobreza em praticamente
todos os municípios da região. O atendimento à população com mais de 65 anos de idade também se mostra como
uma das principais necessidades, pois, esta foi a única faixa etária que apresentou aumento populacional na última
década. Enfim, urgem ações para o enfrentamento da problemática regional visando principalmente à diminuição
das disparidades entre os entes municipais que devem cooperar por meio de ações coletivas. Consequentemente,
com base no diagnóstico e no diálogo haverá a possibilidade de estabelecer ações de enfrentamento a muitos
dos problemas que se mostraram comuns ao conjunto das municipalidades. Defende-se que a necessidade mais
urgente é a criação de políticas regionais para reverter o esvaziamento populacional, presente na região desde
1970. Destacamos que a partir desse pressuposto, a cooperação pode e deve ser levada a cabo. Afinal os estudos
da questão regional no Brasil vêm advertindo aos gestores públicos que ambientes urbanos em que não há coesão
interna, que não são integrados sob todos os aspectos, têm sido preteridos, inclusive pelos investimentos, em
especial os multinacionais.
Um importante passo ocorreu, no dia 23 de novembro de 2012, com a reunião de todos os prefeitos eleitos e
re-eleitos para apresentação do presente estudo. Essa iniciativa aponta para a conscientização existente de que o
diálogo com base em diagnósticos, que se referem a cada município e este dentro da COMCAM, é o caminho a
ser perseguido. A continuidade das ações conjuntas nesta territorialidade construirá processos de solidariedade,
possibilitando a geração de círculos virtuosos no sentido de fomentar cooperação, confiança, harmonia e condições
de bem estar para as coletividades envolvidas. Para isso é necessário que as soluções em cooperação sejam
vantajosas para todos os municípios envolvidos. Deve ser um arranjo em que todos ganhem, ou porque tenham
à disposição mecanismos para governar problemáticas de escala regional, ou porque questões comuns só serão
resolvidas da única forma que podem ser, ou seja, coletivamente. A COMCAM está, neste sentido, avançando no
caminho certo (RODRIGUES, 2013).
ANA LÚCIA RODRIGUES
Coordenadora do Observatório das Metrópoles - Núcleo UEM/Maringá
4
1
A REGIÃO DA COMCAM
A Região Centro-Ocidental paranaense corresponde ao que se denomina COMCAM- Comunidade dos Municípios de Campo Mourão. Daqui para frente trataremos por essa última denominação. Esta região está localizada
na Regiao Sul do Brasil, no estado do Paraná, como pode ser visualizado nos mapas (1).
Figura 1: A localização da COMCAM no Brasil e Paraná.
Fonte: Observatório das Metrópoles Maringá (2012)
A COMCAM (Mesorregião Centro-Ocidental) está localizada, em toda a sua extensão territorial, no Terceiro Planalto ou Planalto do Trapp do Paraná, o qual é constituído por derrames basálticos que conformam uma
paisagem bastante uniforme, em relevo suavemente ondulado, determinado pelas formas de mesetas (pequenos
planaltos) e patamares (planaltos pouco elevados, em geral arenosos). Possui como principais divisas geográficas
o rio Piquiri, configurando-se como limite a oeste, e o rio Ivaí, como limite a leste. Sua área é de 1.191.893,6 ha,
o que representa 5,96% da área do estado do Paraná. A cobertura florestal corresponde a 63.443,7, ou seja, 2,50%
da área de cobertura do Estado (IPARDES, 2004, p.12).
Ela se caracteriza por apresentar uma condição ambiental muito modificada, com a cobertura vegetal reduzida a
5
poucos fragmentos florestais nativos. A região, que originalmente possuía cerca de 95% de seu território com florestas, em 1950 ainda apresentava 70,5% de sua área com cobertura florestal original. A condição de depauperação
ambiental que se deu após 1950 é atualmente acentuada devido à ausência de áreas significativas com reflorestamento (0,6% da área do território da mesorregião). Esse vasto desmatamento foi consequência do processo de
ocupação com a extração de madeiras nobres por meio da indústria madeireira e, posteriormente, o avanço da
agricultura, que exterminou a cobertura vegetal existente (IPARDES, 2004). Hoje é, porém, possível encontrar
paisagens que ainda possuem parte da vegetação original preservada. Esse é o caso de municípios como Roncador,
Terra Boa e Luiziana. Um dos motivos para a manutenção de área parcial com mata nativa é a impossibilidade de
avanço de áreas agricultáveis nesses locais (RAMOS E LIMA, 2011, p.23).
A região possui 31 Unidades de Conservação, sendo 30 de proteção integral nos âmbitos de governo estadual
e municipal, e uma de uso sustentável estadual. Entre as áreas protegidas, destacam-se o Parque Estadual Vila
Rica do Espírito Santo, em Fênix, com 353,9 hectares, o qual é patrimônio natural representado pelas florestas
existentes é contemplado por ruínas que são vestígios arqueológicos da presença dos jesuítas, nos séculos XVI e
XVII, nesse município; o Parque Estadual Lago Azul, com 1.749,0 hectares; e a Reserva Florestal de Figueira,
com 100,0 hectares de floresta nativa. As áreas dessas Unidades de Conservação, somadas às demais áreas de
Parques Municipais e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), conferem à região 4.675,3 hectares
de florestas nativas protegidas, representando respectivamente 0,4% do território e 7,4% do total da cobertura
florestal da mesorregião. Segundo o IPARDES (2004, p.13), o município de Roncador se destaca com 7.836ha,
equivalente a 12,4% da cobertura da mesorregião, seguido de Terra Boa, com 6.019,9ha (9,5% da cobertura da
região) e Luiziana, com 5.223,3ha (8,2% da região). No Outro extremo, com escassez de cobertura florestal, taxa
abaixo de 0,5%, encontram-se os municípios de Boa Esperança, Farol, Janiópolis e Rancho Alegre d?Oeste. O
potencial hídrico da região é caracterizado pela presença de duas bacias hidrográficas, a do rio Ivaí e a do Piquiri,
ambos com curso parcial na região (IPARDES, 2004, p.13).
Ela possui 25 municípios, como se pode visualizar no mapa (2).
Dentre estes, se localizam a Microrregião de Campo Mourão, com 14 municípios (composta pelos municípios de Araruna, Barbosa Ferraz, Campo Mourão, Corumbataí do Sul, Engenheiro Beltrão, Farol, Fênix, Iretama,
Luiziana, Mamborê, Peabiru, Quinta do Sol, Roncador e Terra Boa) e a de Goioerê, com 11 municípios (composta
pelos municípios de Altamira do Paraná, Boa Esperança, Campina da Lagoa, Goioerê, Janiópolis, Juranda, Moreira Sales, Nova Cantu, Quarto Centenário, Rancho Alegre D´Oeste e Ubitarã). Destaca-se também o município
de Goioerê, cujo nome se deu devido às primeiras fazendas de café se estabeleceram às margens do rio Goioerê,
nome dado pelos índios Caingangue, que ainda habitam regiões do Paraná. O maior contingente populacional foi
de 100.360 habitantes, no ano de 1975. À época, a população foi atraída pelo cultivo do algodão tornando-se a
Capital do Algodão Brasileiro. Com o fim do plantio, na década de 1990, e a emancipação de seus distritos, o
município passou a perder população e, no ano de 2010, ter 29.000 habitantes.
A ocupação da região intensificou-se, na década de 1940, período em que houve o encontro de três fluxos migratórios, que podem ser visualizados no mapa (3). O primeiro ligado à expansão da cafeicultura, vindo do Norte
do Paraná, formado por paulistas, mineiros e nordestinos; o segundo originado do oeste e sudoeste do Paraná,
composto por gaúchos e catarinenses, descendentes de colonos europeus, ligados à policultura familiar (que atravessam o rio Iguaçu até a altura de Campo Mourão), atraídos pelo projeto de colonização e, o terceiro, sulistas que
instalam fazendas de gado, exploram a madeira e de erva-mate (fazendeiros guarapuavanos). Como propulsores
da atração existiam a implantação de colônias pelo governo do Estado e a atuação das companhias colonizadoras
privadas. Essas colônias eram glebas de terras de 5 mil a 10 mil hectares, divididas em lotes rurais, com previsão
de área urbana, e deram origem aos municípios.
6
Figura 2: A COMCAM e seus municípios.
Fonte: Ipardes (2004)
Segundo o IPARDES (2004, p.19), por meio do loteamento das terras para venda em pequenas parcelas, as
empresas de colonização atraíram para a região milhares de trabalhadores, que, juntamente com suas famílias,
formaram pequenas e médias propriedades voltadas à produção para consumo próprio e para comercialização.
No entanto, diferentemente do que ocorreu no Norte, o café não se instalou na área do Centro-Ocidental com a
mesma força (devido à maior possibilidade de geadas), dividindo com outras culturas (milho, arroz, feijão, hortelã,
algodão, etc.), com a suinocultura e com a exploração madeireira. No período 1960-1970, a população passou
de 369.906 habitantes para 532.143 habitantes (acréscimo de 162.237 habitantes), ou seja, um significativo incremento demográfico de 43,85%.
No início dos anos 1970, a região passou a fazer parte do movimento mais amplo de modernização agrícola. A
Região Sul, inclusive o Paraná, entra em um processo de introdução de novas técnicas na agricultura, que visavam
7
Figura 3: Frentes de migração do Paraná.
Fonte: Westphalen et allii (1968)
melhorar a produtividade e, para isso, foram intensivos em capital, ou seja, utilizaram equipamentos como tratores
e colheitadeiras assim como adubos químicos, entre outras técnicas, particularmente nas culturas da soja e trigo.
Com isso, passaram a utilizar áreas bem superiores relativamente às que predominavam, ou seja, passou a haver
um processo de concentração das terras, ocorrendo a liberação de grande contingente de trabalhadores rurais, que
emigraram para as regiões metropolitanas, com destaque para Curitiba e São Paulo. O novo modelo de uso do
solo e a falta de alternativas para o desenvolvimento resultou em diminuição acentuada de população, que viu
na migração para os centros urbanos maiores uma saída para o desemprego em que se encontravam (COSTA E
ROCHA, 2009, p.115 e 116). É a denominada modernização excludente do setor agropecuário.
Segundo o IPARDES (2004, p.63), a transformação tecnológica dos processos produtivos e a mudança na pauta
de cultivo regional ocorreram simultaneamente, quase como condição uma da outra. Esse processo, caracterizado
pelo tripé da modernização agrícola (mecanização, melhoramento genético das sementes e insumos químicos,
para elevação da fertilidade dos solos e controle das pragas e doenças) alterou a trajetória produtiva, econômica
e populacional da região. A soja, trigo, algodão e mais recentemente o milho se expandiram acentuadamente.
O Estado viabilizou e incentivou esse processo via investimentos em infra-estrutura e crédito, que possibilitou o
surgimento das agroindústrias, inclusive através do movimento cooperativista. Como resultado, a região modernizada passou a expulsar população.
Esse movimento modernizante tanto excluiu trabalhadores como inviabilizou a sobrevivência de pequenos produtores rurais (antigos meeiros, parceiros, arrendatários, ocupantes, além de pequenos proprietários), que passaram
a se instalar na periferia das cidades ou deslocaram-se para as zonas de fronteira agrícola da Amazônia ou do
Paraguai (HESPANHOL,1993, p. 26).
De acordo com Costa (2008) e Andrade (2005), na Mesorregião Centro-Ocidental Paranaense o processo de modernização não foi homogêneo. Os espaços com relevo pouco acidentado, na forma de médios platôs, como em
8
Farol, Fênix, Boa Esperança, Quinta do Sol, Rancho Alegre d’Oeste, Quarto Centenário e Fênix apresentaram características mais adequadas ao processo de modernização das técnicas, que facilitaram a utilização de máquinas
agrícolas como tratores e colheitadeiras. Nos espaços com relevo acentuado, a modernização foi menor, como em
Corumbataí do Sul e Altamira do Paraná. No entanto, em ambos os espaços a evasão populacional foi intensa.
A passagem da agricultura tradicional para moderna resultou em acentuado processo de saída de população da
Mesorregião Centro-Ocidental Paranaense. Em 1980 a população caiu para 403.902; passou para 387.451 em
1991; em 2000 caiu para 346.431 habitantes e o censo do IBGE, de 2010, apontou a presença de 334.125 habitantes. Com esse processo, a taxa de crescimento populacional na região foi de -1,24% ao ano no período entre 1991
a 2000.
No Paraná, duas regiões perderam população entre 1991 e 2010. A região da COMCAM foi a que apresentou a
queda mais acentuada de população, ou seja, perdeu 53.326 habitantes enquanto que a região Norte Pioneiro perde
9.115 pessoas no mesmo período. Todas as demais regiões paranaenses aumentaram o número de habitantes (vide
Tabela (14), do Anexo).
Na Mesorregião Centro-Ocidental Paranaense ocorreu um fluxo migratório intra-estadual mais intenso do que interestadual. Entre 1986 e 1996, adveio uma migração intra-estadual na ordem de 63.730 e migração interestadual
na ordem de 15.678 habitantes (KLEINKE et al., 1999). Entre os principais destinos interestaduais em ordem
decrescente estão: São Paulo, Mato Grosso, Espírito Santo e Santa Catarina.
Diante desse contexto que a apresenta brevemente, passa-se a discutir a situação da região, apontando para possíveis fatores causais do esvaziamento populacional.
9
2
URBANIZAÇÃO E POPULAÇÃO
Essa região é constituida por 25 municípios sendo que 22 possuem até 20.000 habitantes, sendo que a maioria
dos municípios tem uma população de, no máximo, 14.000 moradores. Dois municípios são os que estão entre
20.000 a 50.000 habitantes (Iretama e Ubiratã) e o município de Campo Mourão, com 81.780 habitantes, que se
destaca como sede da região e da maior cooperativa do Brasil, a COAMO (Cooperativa Agropecuária Mourãoense
Ltda, atualmente, COAMO-Agroindustrial Cooperativa), com 22 mil associados. Ainda possui, em 2010, 7 municípios com menos de 5.000 habitantes, (Altamira do Paraná, Boa Esperança, Corumbataí do Sul, Farol, Fenix,
Quarto Centenário e Rancho alegre D´Oeste). O comportamento demográfico pode ser visto nos seus detalhes no
gráfico (4).
Como se pode observar é uma região caracterizada pelo esvaziamento populacional. Desde 1970, ela vem perdendo população, portanto, não é um fenômeno recente e aponta que a região, através dos arranjos socioeconômicos existentes, não tem conseguido reter ou estancar esse processo.
A região passa de 528.734 habitantes, em 1970, para 334.125 habitantes (- 36,8%), em 2010. Contudo uma perda
significativa ocorre no setor rural, que passa de 428.104 para 65.957 pessoas (- 84,59%) o que pode ser considerado um processo excludente avassalador.
Ao se considerar o período recente de consolidação da agricultura moderna, 1991-2010, percebe-se que o processo
não apresenta ruptura com o período anterior (1970-1980), que dizer, aumenta a população urbana (+166,49%),
diminui a população rural e como resultado a população total diminuiu.
São raros os municípios que apresentaram crescimento populacional entre 1991-2000 e 2000-2010 (Araruna,
Campo Mourão, Peabiru e Terra Boa). A maioria deles perdeu população o tempo todo, com exceção de Campo
Mourão e Peabiru, no último período, como se observa na Tabela (5), do presente texto.
Ao se considerar o tamanho da população e a densidade, segundo NT-IPARDES (2010, P.9), a COMCAM
possui 22 dos 25 municípios com população até 20.000 habitantes e densidade até 80 hab/km2 .
Apesar de Campo Mourao e Goioerê concentrarem 116.944 habitantes, ou seja, 33,74% da região, em 2010, dos
dois, somente Campo Mourão apresentou variação populacional positiva no período. Goioerê vem perdendo,
sistematicamente, sua população, como se pode observar na mesma Tabela (5).
Pela mesma, todos os 4 municípios que cresceram, ou seja, que tiveram valores positivos (Araruna, Campo
Mourão, Peabiru e Terra Boa), foi com taxa inferior a 1% ao ano indicando a incapacidade de sustentar o crescimento vegetativo (baseado nas taxas de nascimento e óbito da população). Os demais municípios apresentaram
taxas negativas de crescimento e alguns com taxas negativas elevadas como Altamira do Paraná (-4,74 a.a.), Corumbataí do Sul (-2,1% a.a.), Janiopolis (-2,11% a.a.) e Nova Cantu (-2,85%). Em termos populacionais a situação
da mesorregião é de perda, com maior taxa de evasão rural e menor ritmo de incremento urbano, de sorte a se
tornar a região de menor peso populacional dentre as mesorregiões paranaenses.
Chama a atenção o fato de que mesmo as áreas urbanas apresentaram saldos e taxas líquidas de migração nega-
10
Figura 4: População total, urbana e rural da Centro ocidental: 1970 a 2010.
Fonte: IBGE (2010)
tivas, reforçando o caráter expulsor da Mesorregião Centro-Ocidental e o predomínio das perdas populacionais
para fora da região. Embora essa mesorregião receba consideráveis fluxos imigratórios, particularmente vindos de
outras áreas do Estado, suas perdas são bem mais volumosas, provocando um saldo negativo nas trocas populacionais (IPARDES, 2004, p.20). Tal situação leva ao que Moura e Kleinke (1999) afirmam sobre a concentração e o
esvaziamento da população:
(...) a principal característica da rede urbana sulina, comum nos três estados, é a constituição de
espacialidades de concentração e de esvaziamento. Num extremo, a conjunção de municípios cada
vez mais populosos que demarcam áreas de aglomeração (...). Noutro extremo, é significativo o
número de municipalidades que se enquadra na categoria de crescimento menor que 1% a.a. ou
com decréscimo de população. No período 1980-1991, esse número chega a representar 76,2%
dos municípios do Paraná, 54,9% dos de Santa Catarina e 66,6% dos municípios do Rio Grande
do Sul (MOURA E KLEINKE, 1999, p.07).
Isso aponta para dois processos complementares, o êxodo rural e a urbanização, a qual, por sua vez, não
chega a compensar a perda populacional. Nesse aspecto é necessário averiguar mais profundamente o processo
que ocorre. Para isso, apresentam-se os dados a seguir.
Pelo gráfico (6) se pode visualizar que 24 dos 25 municípios possuem urbanização acima de 50%, sendo que
somente o município de Altamira do Paraná possui taxa de 49,58% (vide (15), no anexo). Destaca-se que taxa de
urbanização refere-se ao montante de moradores na área urbana do município.
Como se pode observar pelo gráfico, alguns municípios superam a marca de 80% de moradores na cidade,
11
Figura 5: Tabela - População Total Residente, incremento absoluto e relativo e taxa de crescimento anual, segundo municípios
da Mesorregião Centro-Ocidental - Paraná - 1991/2010.
Fontes: IBGE - Censo Demográfico; IPARDES
como Campo Mourão (94,82%) e Engenheiro Beltrão (88,29%).
Segundo o IPARDES (2004, p.29), desde 1970 Campo Mourão manteve-se como o município mais urbanizado da
mesorregião, apresentando relativo desnível em relação aos demais. Naquela época, apenas 36,0% de sua população vivia nas cidades. Em 2000, seu grau de urbanização atingiu 92,9%. Goioerê, era o segundo município mais
urbanizado, detinha o grau de 18,5%, alcançando 86,9%, no último período. Em terceiro lugar está Engenheiro
Beltrão com 88,29%. Outros municípios como Terra Boa e Ubiratã têm uma urbanização intermediária aonde se
pode verificar também uma industrialização em crescimento.
12
Figura 6: COMCAM: taxa de urbanização - 2010.
Fonte: Ipardes (2012)
Embora uma grande parcela da população dos municípios dependa das atividades agropecuárias, muitos dos produtores moram na área urbana, em busca de maior acessibilidade a infra-estrutura (saúde, educação, entre outros)
e o campo passa a ser concebido como um espaço de fonte de renda e área de lazer. Segundo o IPARDES (2010),
as políticas inclusivas implementadas, a partir da década de 1990, em particular a aposentadoria rural, influenciaram e continuam influenciando o comportamento da população: "...é pertinente supor que esteja ocorrendo um
deslocamento em direção à sede dos municípios ? não necessariamente desvinculando-se da atividade agropecuária ?, onde os serviços bancários e estabelecimentos de saúde e educação, entre outros, encontram-se mais
acessíveis"(IPARDES, NOTA TÉCNICA, 2010, p.9).
A urbanização, portanto, não implica que não há pessoas no campo dirigindo a propriedade. Na região, 59,1% dos
estabelecimentos são dirigidos por pessoas que moram na propriedade, 33,0% dos que dirigem moram no urbano
e rural do município e somente 7,8% moram fora do município.
Segundo Pagliarini Jr e Colavite (2010, p.5), Altamira do Paraná, o município com menor taxa de urbanização, apresenta sua economia baseada principalmente na agropecuária e na plantação de algodão. Destaca-se que
Campo Mourão, o município mais industrializado com 93% da sua área urbanizada, é considerado pólo produtor de alimentos dado ao nível de sua industrialização. Outra questão importante é a faixa etária da população
residente, pois, tanto a gestão pública quanto a privada têm que levar em consideração essa situação. Para isso
apresenta-se o Gráfico (7).
É nítido o processo de envelhecimento da população da região, sendo que entre as mulheres é maior o número
do que entre os homens. Por outro lado, atingindo diretamente as políticas educacionais, sob a responsabilidade
dos municípios (creches, ensino fundamental-primeiros anos), o número de crianças diminuiu no período. A base
larga, que representava maior proporção de crianças e entre os mais velhos mudou e vai se tomando a forma de
taça no topo, com continua redução do peso dos grupos de crianças e aumento dos jovens e adultos.
Na faixa de 0 a 14 anos estavam 100.469 pessoas e com 65 anos ou mais existiam 22.505, no ano de 2000. No ano
de 2010, essa situação se modifica: na faixa de 0 a 14 anos existem 62.726 pessoas (-37,57%) e na faixa de mais
de 65 anos existem 30.372 habitantes (+34,96%). Essa situação pode ser melhor visualizada pelo Gráfico (8).
Existem três pontos de inflexão na região da COMCAM:
13
Figura 7: Pirâmide Etária da COMCAM - 1970, 1991 e 2010
Fonte: Ipardes (2012).
1. Uma inflexão ocorre na faixa de 0 a 19 anos: se, no ano de 2000, existia maior proporção de crianças e
jovens (0 a 19 anos), no ano de 2010, isso se inverte no ano de 2010;
2. Outra é a faixa acima de 40 anos: no ano 2000, a proporção era menor que no ano de 2010 fazendo com que
se verifique maior proporção de adultos e idosos na região (acima de 40 anos).
3. Um fator também preocupante é a faixa de população de trabalhadores jovens (25 a 39 anos), que diminuiu
no período indicando a possível procura de empregos fora da região.
Isso indica, por sua vez, que o gestor público, em pouco tempo, terá maiores preocupações com o aumento da
faixa etária populacional o que significa maiores despesas com tratamentos de doenças crônicas e busca de alternativas de lazer e cultura. Ao mesmo tempo, também como foco de preocupação, proporcionalmente, diminuirá
a população infantil, o que significa menores transferências financeiras para a educação básica (sob as normas
vigentes). Não se pode deixar de mencionar que, ao lado da diminuição no número de habitantes da região, ocorre
diminuição no número de filhos por família (declínio da fecundidade), a diminuição da mortalidade e aumento da
expectativa de vida de 65 anos para 72 anos na região (IPARDES, 2004, p.23). Dados mais pormenorizados dos
municípios estão na Tabela (16) (em anexo).
Como conseqüência desse processo de envelhecimento, a População Economicamente Ativa-PEA (pessoas com
10 anos ou mais que procuram emprego ou estão trabalhando) ganha maior proporção na COMCAM, como se
pode observar no Gráfico 9).
Em 2000, a população economicamente ativa (PEA), na mesorregião Centro-Ocidental, era composta por 157.882
mil pessoas e representava 3,4% do total paranaense que era de 4.651.830. Em 2010, a PEA da região era de
171.210 pessoas (um aumento de 8,4%) e passou a representar 3,06% da PEA paranaense. A PEA do Paraná, em
2010, era de 5.587.963 (vide Tabela (17), em anexo).
14
Figura 8: COMCAM: proporção da população residente segundo grupos de idade: 2000 - 2010
Fonte: Ipardes (2012).
O gráfico 9) apresenta a situação da PEA, no período de 1970 a 2010.
Figura 9: Proporção da PEA na COMCAM: 1970-2010
Fonte: IBGE (2010).
Na COMCAM, de maneira geral, a PEA passou de 30,78%, em 1970, para 51,24%, em 2010, com dinâmicas
diferenciadas. A primeira ocorre no setor urbano, no período 1970-80, em que a PEA aumenta de 29,09% para
37,11% em 1980, o que reflete o processo de modernização do setor agropecuário. A segunda ocorre no próprio
15
setor rural, no período 2000-2010 que passa de 41,87% para 51,70%, o que pode estar indicando a estabilidade
do setor, pois, este passa por esvaziamento demográfico, mas a população que permanece no campo possui as
mesmas características que a urbana.
Então, o que se tem?
• diminuição da população;
• concentração populacional urbana;
• crescente participação da PEA na população tanto no setor urbano quanto rural, sendo que a distribuição
percentual é muito semelhante.
Ao se realizar um cruzamento de dados entre a PEA, urbana e rural, e aqueles que estão ocupados, a situação
se apresenta como mostra o gráfico (10) (baseado na Tabela (17), em anexo).
No setor rural os que estão em idade de trabalhar estão trabalhando. Contudo, essa situação se apresenta, ao
longo do tempo, diferente para o setor urbano. No ano de 2000, ocorre a situação de grande desemprego (há um
hiato) que, todavia, diminuiu no ano de 2010. Portanto, mesmo com o processo de esvaziamento populacional,
a população ativa ainda tem dificuldades de encontrar emprego no mundo urbano da região (vide Tabela (17),
em anexo). Como se pode ver pelos dados apresentados, no mundo rural, ao contrário, a grande maioria dos
moradores que compõem a PEA estão trabalhando.
Figura 10: COMCAM: PEA e ocupados no setor urbano e rural: 1991, 2000 e 2010
Fonte: IBGE (2010)
Além disso, a cada 100 pessoas de 10 anos ou mais de idade, 56 estavam inseridas no mercado de trabalho,
o que representa uma das menores taxas de atividade do Paraná, conforme Gráfico (11):
16
1. No ano de 2010, Araruna (63,7), Corumbataí do Sul (64,6), Quinta do sol (62,7) e Terra Boa (64,5) estão acima da média paranaense (62,3) e da COMCAM (59,3). A taxa de atividade, nesses casos citados,
representa aumento da PEA, ou seja, a população, que está com a idade entre 10 e 65 anos, que procura
emprego ou está empregada relativamente ao grupo de pessoas que estão nessa faixa etária do município. A
população empregada, portanto é parte dessa análise (vide Tabela (18), em anexo).
Figura 11: Taxa de atividade do Parana, COMCAM e seus municípios: 2000-10.
Fonte: Dados trabalhados do Ipardes(2012).
2. todos os municípios no período 2000-10 aumentaram a taxa de atividade, com exceção de Janiópolis, que
passou de 53,56 para 53, decorrente da diminuição da PEA (passou de 3.544 para 3.040, ou 14,2%). Quer
dizer, existe uma proporção menor de pessoas procurando emprego ou empregada porque existem menos
pessoas nessa faixa;
3. a média do Paraná está sempre acima da COMCAM, com exceção de Araruna (60,2) em 2000 e dos municípios de Araruna (63,7), Corumbataí do Sul (64,6), Quinta do Sol (62,7) e Terra Boa (64,5) em 2010.
17
3
ATIVIDADES E EMPREGO
A PEA, bem como a taxa de ocupação e desocupação no período recente na região, apresenta-se na Tabela
(1).
Para relembrar os dados apresentados, sob uma nova ótica, enquanto no Paraná a população cresceu, na COMCAM houve decréscimo populacional (não se pode esquecer, contudo, que apenas em metade dos municípios
paranaenses houve crescimento). No período de 1991/2000 a região perdeu população (-10,52%), o que correspondeu a passar de 387.451 pessoas para 346.686 e no período 2000-2010 continuou a perda, correspondente a
334.125 pessoas (- 3,6%).
A PEA total (10 a 64 anos), por sua vez, no período 1991-2000 diminuiu (-1,4%) e passa de 160.124 pessoas para
157.882 pessoas, realçando que essa diminuição ocorre particularmente no setor rural (que no período passa de
59.161 para 39.911 pessoas). No período seguinte, 2000-2010, ocorre aumento na PEA total e passa de 157.882
para 171.210 pessoas (8,4%) sendo que no setor rural o processo de perda de pessoal em idade ativa continua acentuado (-14,6% o que corresponde a 34.100 pessoas em 2010). A perda ocorre em todos os municípios, conforme
se pode constatar pela Tabela (18) (em anexo).
18
19
59160,5
PEA rural
Fonte: IBGE (2010)
98193,0
58726,2
100963,6
PEA urbana
Ocupados urbana
Ocupados rural
160124,1
149503,0
PEA total
PEA 15 a 64 anos
156919,2
146868,4
151221,8
Pop.rural
Ocupados total
Ocupados 15 a 64 anos
387451,0
236229,2
Pop.total
Pop.urbana
98865,4
37312,9
136178,3
130041,1
39910,8
117971,4
157882,2
149932,0
95329,2
346686,0
251357,0
CENTRO-OCIDENTAL
1991
2000
128674,3
33119,3
161793,6
154069,3
34099,8
137110,6
171210,3
163107,3
65957,0
334125,0
268168,0
2010
0,7
-36,5
-13,2
-11,5
-32,5
16,8
-1,4
0,3
-37,0
-10,5
6,4
Variação
1991/
2000
30,2
-11,2
18,8
18,5
-14,6
16,2
8,4
8,8
-30,8
-3,6
6,7
2000/
2010
2570471,7
915132,4
3485604,1
3612631,0
8448713,0
PARANÁ
1991
3271069,0
784670,3
4055739,4
4651830,0
9563458,0
2000
Tabela 1: Paraná e COMCAM: População, PEAe ocupados - 1991 a 2010.
4506168,0
801655,0
5307823,1
5587968,0
10444526,0
2010
27,3
-14,3
16,4
28,8
13,2
Variação
1991/
2000
37,8
2,2
30,9
20,1
9,2
2000/
2010
Pode-se também dizer que a PEA da maioria dos municípios aumentou, no período 2000-2010, com exceção
de Altamira do Paraná, Corumbataí do Sul, Farol, Janiopolis, Moreira Sales, Nova Cantu, Rancho Alegre D´Oeste
e Ubiratã. Isso aponta que, com base na população, na PEA e na população ocupada, quem fica no município é
quem está trabalhando.
Em termos dos municípios componentes, apresenta-se o Gráfico (12).
Como se pode observar a situação da COMCAM se mostra muito heterogênea em relação ao conjunto dos municípios. Considerando a PEA como 100%, pode-se constatar que o peso relativo da taxa de desocupação é alto em
alguns municípios, como é o caso de Fenix (11%) e Farol (8,5%).
Os demais municípios encontram-se na faixa de 5% da PEA desocupada, ou como o outro lado da moeda, com
taxa de ocupação de 90%. Isso aponta que, embora ocorra o processo de esvaziamento populacional, de certa
forma, a população residente encontra formas de trabalho. Ou, por outro lado, a PEA permanece nos municípios
se existe a perspectiva de emprego ou emprego (vide tabelas (17) e (18), em anexo).
Figura 12: População Economicamente Ativa: Taxa de Ocupação e Desocupação 2010.
Fonte: IPARDES (2012).
Um outro aspecto importante é a maior concentração de atividades e emprego em algumas cidades. Nesse
aspecto, o município de Campo Mourão se destaca como se pode averiguar no Gráfico (13).
Paulatina e constantemente o município de Campo Mourão tem caminhado para o aumento do número de
pessoal ocupado na região e, no ano de 2010, participa com mais de 1/4 dessa ocupação da região.
O gráfico (14) apresenta a situação ao longo do tempo para a COMCAM. Os comportamentos populacionais
na PEA do Paraná são resultado ou impactam o número de ocupados. No período 1991/2000 houve perdas em
termos ocupacionais e passa de 156.919 para 136.178 ocupados (-13,2%) e recuperação no período seguinte que
passa para 161.794 ocupados (18,8%). Atenta-se que essa ocupação concentra-se no setor urbano (crescimento
de 30,2%), no período 2000-2010, pois, no rural, ocorreu a contínua de perda de postos de trabalho (-11,46%, no
período), como também se pode verificar na Tabela (17), em anexo). Relembrando que quem fica é porque está
trabalhando.
Especificamente, na COMCAM ocorrem comportamentos diferentes.
No período 1991-2000, ocorreram perdas na população total (predominantemente rural), de população em
idade de trabalhar e pessoal ocupado. No período 2000-2010, embora continue a perda de população, cresce a
PEA total e a ocupação, reiterando o que foi dito anteriormente, a população que fica é a que tem ocupação,
principalmente, no rural.
20
Figura 13: Participação de Campo Mourão no total de ocupados da COMCAM.
Fonte: Ipardes (2012).
Figura 14: Paraná e COMCAM: variações da população total, da PEA total e do percentual de ocupados.
Fonte: IBGE (2010).
Com relação às atividades desenvolvidas na região, formal e informalmente, as pessoas ocupadas passaram de
156.919, em 1991 para 136.178 em 2000 e 161.793, em 2010, o que aponta para um processo de recuperação no
último período, mas que ainda não chegou aos valores existentes em 1970. A Tabela (2) apresenta a distribuição
setorial do emprego total, na COMCAM.
Pela tabela a quantidade total de pessoas empregadas diminuiu em 772, considerando o período de 1970 a
2010. Contudo, particularmente, houve queda acentuada na agricultura, que diminuiu em 93.740 empregos. É
nítido o declínio contínuo de pessoas envolvidas com a agricultura, que passa de 134.056 pessoas, em 1970, para
40.316, no ano de 2010.
Ao se considerar o período recente de 2000 -2010, no total, houve o crescimento de 25.616 empregos na região porque passou de 136.178 para 161.794. Nesse período recente, praticamente em todos os setores houve
21
Tabela 2: Distribuição setorial do emprego - 1970 a 2010.
Agricultura
Ind. transformação
Ind. construção
Outras ind.
Comércio
Serv. apoio à produção
Serv. natureza pública
Serviços - outros
Serviços - domésticos
Outros
Total
Ano Censo
1970
Abs.
134.056
3.761
2.248
154
6.888
3.538
6.937
3.473
28
1.483
162.566
1980
Abs.
97.245
6.355
4.082
608
13.505
8.307
9.154
4.220
5.846
472
149.794
1991
Abs.
74.355
10.666
7.051
1.854
17.582
13.694
13.169
8.442
9.586
520
156.919
2000
Abs.
44.987
12.880
7.357
682
22.279
9.714
17.401
8.554
11.640
684
136.178
2010
Abs.
40.316
20.566
11.423
1.234
28.001
12.882
20.651
9.276
11.534
5.910
161.794
Fonte: Ipardes (2012)
crescimento, com exceção já apontada da agricultura. Destes, a indústria merece destaque (acréscimo de 33.223
empregos, sendo que a indústria da transformação concentrou 61,90% e a da construção 34,38%, na última década). Os serviços públicos também cresceram e passaram de 17.401 para 20.651, em 2010, ou seja, um aumento
de 18,67%.
Chama muito a atenção a ocupação com os serviços domésticos que eram declarados por 28 pessoas, em 1970 e
passaram a 11.534, em 2010.
Contudo, esse aumento no número de pessoas ocupadas não ocorreu em todos os municípios. Em Altamira do
Paraná, Corumbataí do Sul, Janiopolis, Nova Cantu a população ocupada diminuiu. O município de Farol passou
de 1555 para 1562 pessoas ocupadas no período (vide Tabela (18), em anexo).
A proporção de pessoal ocupado por atividades encontra-se no Gráfico (15). O gráfico (15) reflete claramente o
processo ocorrido de transformação no campo. Na região, em 1970, 80% da população estava ocupada com a
agricultura. As atividades que se destacavam, além da agricultura, eram as ligadas ao setor terciário, como o setor
público, comércio e outros serviços. Com o tempo, a proporção ocupada com a agricultura diminuiu e tomou
maior proporção as indústrias de transformação e da construção sem o abandono das atividades tradicionais como
comércio, serviços públicos e serviços domésticos. Não se pode deixar de mencionar que, apesar da indústria de
transformação, nos anos 1990, ter tido expressivos investimentos, não houve reversão em empregos suficientes
para absorver a massa de desempregados e reter o processo de esvaziamento populacional.
Por outro lado, como reflexo da diminuição da população total, o número de pessoas desocupadas também
diminuiu, em todos os municípios, com exceção de Fenix e Quinta do Sol.
Uma questão ligada ao emprego é a formalização do mesmo, ou seja, a participação do trabalhador com carteira
assinada. O gráfico (16) apresenta a taxa de emprego formal e informal das economias da região. Como se
visualiza, a taxa de formalização do emprego é relativamente baixa, com exceção de Terra Boa (77,4%) seguido
de Campo Mourão (75,5%). As menores taxas de formalização são as dos municípios de Corumbataí do Sul
(37,1%) seguido de Nova Cantu (42,3%). O que mostra os grandes problemas nas relações de trabalho existentes.
Os dados por municípios estão na Tabela (11), do anexo.
Contudo se observarmos a proporção do emprego formal no período 2000-2010, pode-se dizer que, apesar
de serem altos os índices, eles melhoraram em todas as atividades econômicas, com exceção de outras indústrias
(passou de 7,62% para 6,08%, no período) e outros serviços, em que se inserem os domésticos (passou de 30,44%
22
Figura 15: Proporção de pessoas ocupadas por atividades - anos 1970 a 2010
Fonte: Ipardes (2012).
para 18,40%). Existem atividades em que a participação de formais melhorou no período, como a indústria da
construção (4,54% para 17,20%) e comércio (28,32% para 53,71%), como se pode verificar no Gráfico (17) e
Tabela (3).
23
Figura 16: Taxa de Formalização do Emprego - 2010.
Fonte: RAIS; IPARDES (2012).
Figura 17: Emprego total e informal
24
25
Fonte: MTE/RAIS apud IPARDES (2012)
Agricultura
Indust.transformação
Outras industrias
Ind. Construção
Comércio
Serv. Apoio prod.
Serviço público
Outros serviços
Total
Atividades
44.987
12880
682
7357
22279
9714
17401
20878
136178
TOTAL
6.037
5.806
52
334
6.311
2.096
10.134
6.356
37.126
FORMAL
2000
16,26
15,64
0,13
0,9
17
5,65
27,3
17,12
100
%total
13,42
45,08
7,62
4,54
28,32
21,58
58,24
30,44
27,26
%FORMAL
40316
20566
1234
11423
28001
12882
20651
26720
161794
2010
6.188
11.808
75
1.965
15.039
3.550
13.806
4.917
57.348
Q
10,79
20,59
0,13
3,43
26,22
6,19
24,07
8,58
100
Variação
abs.
%total
Tabela 3: COMCAM -distribuição do emprego formal e informal por tipo de atividade, 2000-10.
15,35
57,42
6,08
17,2
53,71
27,56
66,85
18,4
35,45
%FORMAL
151
6.002
23
1.631
8.728
1.454
3.672
-1.439
20.222
Na média, em 2000, dos 136.178 trabalhadores, apenas 37.178 eram formais, ou seja, 27,30% ou o outro
lado da questão o emprego informal representava 73,7%. Em 2010, o número de trabalhadores era de 161.793 e
os formais somavam 57.348, o que representa 35,45%, uma melhora na situação, ou seja, a informalidade era de
64,55%, o que era altamente preocupante. A participação de cada setor pode ser visualizada no Gráfico (18).
Figura 18: COMCAM - Participação do emprego formal no emprego total - 2000 e 2010
Fonte: RAIS/IPARDES (2012).
Voltando à tabela (3),no mercado de trabalho formal, a região da COMCAM gerou 20.222 empregos formais,
no período. O total de empregos na indústria de transformação passou de 5.806, no ano de 2000 para 11.808 em
2010 e o peso percentual que passa de 15,64% para 20,59%. Os maiores acréscimos de emprego estiveram concentrados na área têxtil e açúcar e álcool, com 48,58% da variação total. Segundo o IPARDES (2004) existiam
2 indústrias na área de açúcar e álcool e 118 na área têxtil e confecções. A indústria da construção, apesar de
aumentar 1.631 empregos, tem um peso é de apenas 3,43% no emprego total.
A agricultura, embora diminuísse o total de emprego, aumentou o seu contingente formal, mas seu peso relativo
diminui no período e passa de 16,26% para 10,79%. Na área de serviços o setor público é o de maior representatividade com 13.806 empregos, ou seja, aumentou seu contingente formal em 3.672 pessoas e a variação no período
2000-2010 passou a ser de 66,85%. A participação no ano de 2010 foi de 24,07%. Observa-se que diminuiu o
contingente em outros serviços, o que repercutiu em variação negativa. Os empregos, em 2010, concentram-se
em têxtil e confecções (3.632), alimentos e bebidas (1.939), açúcar e álcool (1.623) e móveis (1.792). A maior
capacidade de dispersão pelos municípios são as áreas de alimentos e bebidas e de móveis, que somam 47,18%
dos empregos formais (IPARDES, 2012).
Um outro aspecto ligado às atividades econômicas refere-se ao Valor Adicionado, que representa a formação ou
agregação de valor ao produto no município e corresponde às saídas, deduzidas as entradas ocorridas no território
de cada município, durante o ano civil. A Tabela (4) apresenta o Valor Adicionado por setor, anos 1997 e 2003,
para o Paraná e COMCAM.
Tabela 4: Paraná e COMCAM: participação percentual do valor adicionado por setor.
COMCAM
PR
1997
primário
58,3
17,2
Secundário
12,5
48,1
terciario
29,3
34,7
total
100
100
Fonte: SEFA
26
2003
primário
56,6
19,5
Secundário
14
51,2
terciário
29,4
29,3
Total
100
100
Como se pode observar no período 1999-2003, a estrutura do Valor Adicionado da região diferiu muito da
média paranaense. No Paraná ocorre alta participação do setor secundário (48,1% em 1997 e 51,2% em 2003)
seguido pelo setor terciário (34,7% para 29,3%, em 2003). Na COMCAM predomina o setor primário (58,3%
em 1997 e 56,6%, em 2003) seguido pelo setor terciário (basicamente 29,3%). Isso implica que embora tenha
diminuído o emprego na agricultura, esse setor ao se tornar parte do modelo modernizante, passa a ter maior
representatividade no valor gerado seguido pelo terciário, outro setor de suporte importante para a agricultura.
O setor secundário aumenta a sua participação, no período em 1,5%. Como já comentado, grande parte desse
resultado é devido à presença de cooperativas e empresas de maior porte como a empresa aviária multinacional Tyson do Brasil, a Sabarálcool (usina produtora de álcool e açúcar, localizada no município de Engenheiro
Beltrão), a Pinduca (responsável pela produção de derivados da mandioca, localizada no município de Araruna),
entre outras. São municípios que, em termos de geração de valor, têm sua base no agropecuário e no comércio,
em grande parte, ligado ao setor agrícola.
Com relação ao setor industrial, a variação no número de indústrias, no período de 2000 a 2010 é apresentada no
Gráfico (19) e na Tabela (5).
Figura 19: COMCAM: variação no número de indústrias formais: 2000-10
Fonte: Ipardes (2012).
Os empregos formais na indústria de transformação tiveram a composição conforme a Tabela (5).
O emprego formal aumentou em 100% apesar da grande informalidade existente na região. Os grandes contribuidores dessa situação estão nas áreas de alimentos e bebidas, têxtil e confecções, açúcar e álcool e moveis que
somados representam 76,09%, sendo que o setor têxtil e confecções além de dobrar em quantidade participa com
30,75% do emprego formal, em 2010.
Segundo o IPARDES (2012), o setor que mais variou a formalidade foi o de papel e celulose e equipamentos
médico-hospitalares, em 1.000%, contudo a quantidade e a participação percentual são baixas (3,02%).
Um dos grandes fatores que contribuem para essa formalidade é que a região possui várias cooperativas. A
COAMO atua no ramo de margarina, óleos vegetais, moagem de trigo, beneficiamento e fiação de algodão; a Cooperativa Agropecuária de Produção Integrada do Paraná (Integrada) beneficia cereais (Goioerê, Ubiratã, Quarto
Centenário) e algodão (Goioerê); Cooperativa Agropecuária Goioerê (Coagel), com beneficiamento e fiação de
algodão (Goioerê); a Cooperativa Central Agro-industrial (Concepar) no ramo de laticínios (Quarto Centenário);
27
Tabela 5: COMCAM: empregos formais na industria de transformação: 2000-10
Setores
Alimentos e bebidas
Textil e confecções
Açúcar e álcool
Móveis
Celulose e papel
Ap.equip.médico-hospitalares
Máq.equip.proces.dados
Outras industrias
TOTAL
2000
Quant
%
2010
Quant
%
968
1861
478
1009
32
39
0
1419
5806
0,17
32,05
8,23
17,37
0,55
0,67
0
24,44
100
1939
3632
1623
1792
357
224
188
2053
11808
16,42
30,75
13,74
15,18
3,02
1,89
1,59
17,39
100
Var.Quant
Var.%
971
1771
1145
783
325
185
188
634
6002
100,3
95,16
239,54
77,6
1000,16
400,74
44,67
100,03
Fonte: IPARDES (2012).
Cooperativa de Laticínios de Mandaguari (Colari), com laticínios (Campina da Lagoa e Barbosa Ferraz); e Cooperativa Agropecuária União (Coagru), com trigo (Campina da Lagoa). As usinas Sabarálcool, de Engenheiro
Beltrão, e Usina Goioerê, de Moreira Sales, atuam no segmento de açúcar e álcool.
A distribuição do emprego formal, nos municípios, no ano de 2010, é apresentada no Gráfico (20) (veja os dados
na Tabela (20), em anexo).
Figura 20: Municípios da COMCAM - distribuição percentual do emprego formal - 2010.
Fonte: ipardes (2012).
É possível verificar a diversificação nos 20.222 empregos formais quando se trata dos municípios. Os empregos de natureza pública predominam em Altamira do Paraná (68,1%) e Rancho Alegre D’Oeste (55,9%),
Corumbataí do Sul (53,9%) e Farol (59,2%), mostrando a importância do setor.
O setor industrial, por sua vez, particularmente nos municípios em que se encontram as agroindústrias, gera grande
parte do emprego formal, tais como: Engenheiro Beltrão possui 52,8% do emprego formal na indústria, Araruna
(69,1%), Terra Boa (61,7%). Em outros municípios predomina o setor terciário (comércio e serviços), tais como
Campo Mourão com 53,5%, Goioerê (53,4%) e Ubiratã (53,4%) (vide tabelas 7 e 8, em anexo).
Pode-se, portanto dizer que os municípios que atraíram grandes agroindústrias e cooperativas, esta presença gerou
maior ou menor dependência dessas empresas da existência de empregos formais. Entre os menos dependentes
estão Campo Mourão, onde está instalada a COAMO, a Colacril Auto Adesivos Paraná Ltda (maior fábrica de
28
produtos adesivados da América Latina), a VRI Eletrônica, como também o grupo norte-americano Tyson Foods,
maior processador de carnes do mundo, empresa com 70% de participação no Complexo Industrial da Frangobras,
entre outros, o setor industrial gera 22,9% do emprego formal. Em Araruna (Pinduca e Helce) que gera 69,1%
de dependência, Goioerê (Amitec) com a empresa de algodão (10,4%); Engenheiro Beltrão com a Sabaraalcool
(52,8%); a Amafil em Terra Boa (61,7%) e a Kvitschal e Rieke, em Quinta do Sol (13,9%), conforme IPARDES
(2010). Obviamente, tem que se considerar que as indústrias que são de capital intensivo geram, proporcionalmente, menor emprego. Como conseqüência, os empregos formais nas indústrias de transformação concentram-se
em alguns municípios, como se pode observar pelo Gráfico (21).
Figura 21: COMCAM: Empregos formais em Indústrias de transformação - 2010.
FONTE: Rais/Ipardes (2012).
Os municípios de Campo Mourão (3.281), Terra Boa (2.360), Araruna (2.120), Engenheiro Beltrão (1.633),
concentram 9.394 dos 11.808 empregos formais, ou seja, 79,56% do total. Por outro lado, Fênix possui 6 empregos
formais na indústria de transformação, Farol tem 4 e Boa Esperança somente 2 empregos (vide Tabela (22),
no anexo). Como se pode deduzir, os municípios além de serem pequenos, terem menor capacidade de atrair
atividades diversificadas e intensivas em mão-de-obra ainda possuem baixo nível de participação no emprego
industrial formal gerado.
29
4
O SETOR AGROPECUÁRIO
O Paraná registrou um pequeno aumento no número total de estabelecimentos agropecuários, ou seja, passou
de 369.875 para 371.051 (+0,3%), na comparação entre 1996 e 2006. Contudo, o movimento foi contrário na
região da COMCAM, pois, diminuiu o número de estabelecimentos que passou de 24.041 para 21.310 (-11,36%),
no mesmo período e aumentou a área ocupada, que passou de 1.094.808ha para 1.111.175ha (+1,49%), o que
aponta claramente para um processo de concentração de terras na região (Tabelas (6) e (7), do presente texto).
Como se pode verificar na Tabela (6), no Paraná, o único estrato que aumentou área foi o de 100 a menos de
1.000 hectares, cuja importância relativa no total da área dos estabelecimentos passou de 41,1% para 44,6%.
Com relação aos estabelecimentos no Paraná, contudo, houve diminuição e passou de 25.432 (6,8% do total de
estabelecimentos) para 25.112, 96,8% do total). Esse fenômeno se repete na COMCAM no que se refere à área,
que passa de 49,9% para 56,0% do total com respectivo aumento no número de estabelecimentos, que passa de
2.160 para 2.278 (9,0% para 10,7% do total).
30
31
4,47
-14,53
Área/estab.2006
Variação A/Est.
1,50%
30,14
q
355.527
312.978
5.405.907
4.791.744
29,68
Q
51.485
37.484
792.119
725.549
5,23
Fonte: IBGE (1996, 2006)
49,8
48,7
50,9
45,9
%
2.160
2.278
25.432
25.112
Q
9
10,7
6,9
6,8
%
100 a 1000ha
78
67
1.450
1.191
1.000ha
mais
Q
0,3
0,3
0,4
0,3
%
ou
%
32,5
28,2
33,9
31,3
7,93%
273,01
Q
546.349
621.923
6.550.666
6.814.290
252,94
100 a 1000ha
%
49,9
56
41,1
44,6
14,23%
2.071,49
1.000ha
mais
Q
141.447
138.790
3.197.940
2.954.951
1813,42
%
12,9
12,5
20,1
19,3
ou
Tabela 7: Paraná e COMCAM: Área dos estabelecimentos: 1996 e 2006.
11.977
10.384
188.305
170.403
COMCAM 1996
COMCAM 2006
Paraná 1996
Paraná 2006
Área/esta.1996
%
4,7
3,4
5
4,7
40,9
39,4
41,8
44,6
10-100ha
9.826
8.388
154.620
165.513
-10ha
Fonte: IBGE (1996, 2006).
COMCAM 1996
COMCAM 2006
Paraná 1996
Paraná 2006
Q
Q
%
10-100ha
-10ha
0,9
0
2,4
%
q
-
%
-
n.declarado
193
68
8.832
q
n.declarado
Tabela 6: Paraná e COMCAM: Número de estabelecimentos, por tamanho: 1996-2006
Q
1.094.808
1.111.175
15.946.632
15.286.534
Total
24.041
21.310
369.875
371.051
Q
Total
%
100
100
100
100
100
100
100
100
%
Se observarmos, para 2006, a distribuição dos estabelecimentos por estrato de área, da região em estudo,
temos que a maioria dos mesmos se concentram nas faixas que vão até 100 ha (88,1%), conforme Tabela (6).
Contudo essa mesma faixa concentra apenas 31,6% das terras, apontando o processo altamente concentrador de
terras existentes (Tabela (7)).
Segundo IPARDES (2012), do total de 1.117.084 pessoas ocupadas, no Paraná, em 2006, 1.051.938 possuíam mais
de 14 anos (94,17%) e somente 65.146 pessoas (5,83%) menos de 14 anos. Na COMCAM, das 64.498 ocupados,
62.108 tinham mais de 14 anos (96,29%) e 2.390, menos de 14 anos (3,7%) apontando para uma população mais
envelhecida envolvida na atividade do que a média paranaense. Destas, 1.474 estão na Micro-Região (MR) de
Campo Mourão e 916 estão na MR de Goioerê. Portanto, essa situação pode estar indicando a saída da população
jovem do campo resultando em um problema de continuidade da agricultura familiar.
A situação do Paraná encontra-se no mapa (22).
Figura 22: Distribuição percentual dos estabelecimentos segundo o tamanho das terras nas mesorregiões geográficas: Paraná 2006.
Fonte: Ipardes (2010, p.15)
Ao se analisar a área média de todos os estratos, na região estudada, conforme a Tabela 8, pode-se verificar
que a única faixa que perde área é a de menos de 10ha., pois passa de 5,23ha por estabelecimento, em 1996, para
4,47ha por estabelecimento em 2006. Os demais estratos de área aumentaram a área média, mas não na mesma
proporção. Enquanto os estabelecimentos pertencentes à faixa de 100 a 1.000 ha passam de 252,94 ha/est. para
273,01 ha/est. (+7,93%), o estrato de mais de 1.000ha, passa de 1.803,42 ha/est. para 2.071,49 ha/est. (14,23%)
32
mostrando, novamente, o processo concentrador da propriedade da terra existente na região.
Um dos fatores explicativos desse processo concentrador é que a economia da Mesorregião é baseada na agroindústria: estima-se que 77% dos solos da Centro-Ocidental sejam aptos à prática agrícola mecanizável (IPARDES,
2010).
A Tabela (9) mostra que no Paraná, 80,29% dos estabelecimentos estão nas mãos dos proprietários e que os
arrendamentos e parcerias representam 15,07%. Essa situação é um pouco diferente para a região de estudo, que
tem menor percentual de proprietários (76,99%) e maior de parceiros e arrendatários (23,28%) apontando para
arranjos diferenciados na região.
O Mapa (23) mostra a situação de posse das terras para o Paraná.
Figura 23: Condição legal de acesso as terras, segundo mesorregiões geográficas 2006.
Fonte: IPARDES (2011, p.46)
33
34
Fonte: IBGE (2006)
AREA MEDIA COMCAM
COMCAM 2006
Paraná 2006
AREA MEDIA PR
Fonte: IBGE (2006)
COMCAM 2006
Paraná 2006
36,17
q
160.959
1.364.112
31,12
Q
887.049
13.051.376
43,8
54,06
arrendados
Próprios
%
79,83
85,37
%
20,88
11,81
Q
519
12.117
parceria
%
2,4
3,26
Sem titulação
definitiva
Q
%
485
12.876
-
%
14,49
8,92
53,88
Q
27.965
327.274
27,01
parceria
%
2,5
2,14
51,84
Sem titulação
definitiva
Q
%
25.142
307.390
23,87
9,67
q
10.061
236.387
10,61
ocupadas
q
1.040
22.284
ocupadas
Tabela 9: Paraná e COMCAM: distribuição da área por condição do produtor - 2006
Q
4.449
43.825
Q
16.407
297.935
%
76,99
80,29
arrendados
Próprios
Tabela 8: Paraná e COMCAM: Distribuição dos estabelecimentos por condição do produtor - 2006
%
-
%
-
%
100
100
52,14
Q
1.111.176
15.286.534
41,19
Total
Q
21.310
371.051
Total
%
100
100
35
Fonte: IBGE (2006)
-29,71%
Variação
CAM/PR
COM-
432.885
402.312
-30573
Paraná 1996
Paraná 2006
Variação PR
33,6
36
10,52%
653.116
516.046
137.070
28.674
-14.420
19.320
-9.084
Centro-ocidental 2006
Variação COMCAM
30
q
43.094
Q
28.404
Centro-ocidental 1996
%
31,6
10-100ha
-10ha
50,7
46,2
44,5
%
47,9
16,01%
170.969
138.239
32.730
10.722
-5.239
Q
15.961
100 a 1000ha
13,3
12,4
16,6
%
17,7
33,00%
30.550
39.399
8.849
5.402
2.918
1.000ha
mais
Q
2.484
2,4
3,5
8,4
%
2,8
ou
112
21.088
380
q
0
1,9
0,6
%
n.declarado
Tabela 10: Paraná e COMCAM: distribuição do pessoal ocupado por tamanho de área - 2006.
1.287.632
1.117.084
64.498
Q
89943.
Total
100
100
100
%
Outro aspecto que chama a atenção é a área. Na região de estudo a participação da área nas mãos dos
proprietários é menor (79,83%) do que a do Paraná (85,37%). Ainda os dados mostrem que a participação da área
nas mãos de arrendatários e parceiros é maior (16,99%) do que a do Paraná (11,06%).
Pode-se apontar que a existência de direitos de propriedade mal definidos que se exteriorizam ou pela falta de
titulação definitiva ou pelas terras ocupadas é perceptível, ainda, no Paraná, pois, essa indefinição atinge 35.160
estabelecimentos e corresponde a 543.777 ha., enquanto que na COMCAM, atingem 1.945 estabelecimentos
(5,5% dos estabelecimentos nessa situação) e 35.203 ha., o que representa 6,47% das mesmas. Se levarmos em
conta a área média, tem-se que a área média sem titulação definitiva é de 51,84 ha. (média acima da do Paraná
que é de 23,87ha) e a das terras ocupadas é de 9,67 ha. (a do Paraná é de 10,61ha).
Com relação ao pessoal ocupado no setor agropecuário, a Tabela (10) mostra as perdas/expulsão dos trabalhadores
tanto no Paraná quanto na região em estudo. O Paraná, no período de 1996 a 2006 perdeu 200.373 pessoas no
campo e passou de 1.287.632 para 1.117.084 pessoas, no período, uma diminuição de 170.548 (-13,25%). Destas,
28.743 eram da região da COMCAM, que passou 89.943 pessoas para 64.498, quer dizer, menos 28,29%. O único
estrato que aumenta o pessoal ocupado é o de acima de 1.000 ha.: no Paraná foi de 8.849 e na COMCAM com
acréscimo de 2.918 pessoas. Esse aumento na região, por sua vez, é significativo, pois, representa variação de
33% no número de pessoas trabalhando, o que aponta a dinâmica do estrato que, por sua vez, por ser intensivo em
capital, não repõe as perdas ocorridas nos estratos inferiores.
Com relação aos estratos que perderam população ocupada, a situação é preocupante, pois, o segmento mais
atingido é o de menos de 10 ha., que perde 9.084 pessoas, o que representa 29,71% da perda ocorrida no PR.
Outro estrato que perde em número é o de 10 a 100 ha (14.420) o que representa -10,52% do total de perda do PR.
Ainda com relação aos 25 municípios, 8 possuem projetos de assentamentos (mapa (??)), sendo eles: Altamira do
Paraná, Farol, Iretama, Luiziana, Nova Cantu, Peabiru, Quinta do Sol e Roncador. O fato de poucos municípios
apresentarem projetos de assentamentos pode ser justificado pela presença de um grande número de vilas rurais
na mesorregião.
Aprofundando para a situação da agricultura familiar, o IBGE disponibilizou alguns dados, com parâmetro
na Lei n.o 11.326, de 24 de julho de 2006. Dos 371.051 estabelecimentos existentes no Paraná, 302.907 foram
caracterizados como sendo de agricultura familiar representando 81,6% dos estabelecimentos agropecuários e
68.144 estabelecimentos (18,4%) como agricultura não familiar. Com relação à condição do produtor tem-se a
Tabela (11).
Em todas as regiões paranaenses as menores faixas de terras que caracterizam a agricultura familiar1 são preponderantes e chegam a atingir níveis mais de 80%. Na região Centro-Ocidental (COMCAM) essa participação é
menor e representa 78,7% do total.
Do total da região, 4.540 estabelecimentos correspondem à agricultura não familiar (21,3%) enquanto que 16.770
(78,7%) ocupam-se na agricultura familiar, mostrando a importância social desse segmento (IBGE, 2006).
Tabela 11: Paraná e COMCAM: Número de estabelecimentos agropecuários, segundo a condição do produtor e a agricultura
familiar - 2006.
Paraná
COMCAM
Total
371.051
21.310
100
100
Não familiar
68.144
4.540
18,4
21,3
Familiar
302.907
16.770
81,6
78,7
Fonte: IBGE (2006)
Entre os produtos mais típicos da agricultura familiar, destacam-se os alimentos básicos da dieta alimentar do
1A
agricultura familiar (na região, a média é de 80ha = 4 módulos fiscais).
36
Figura 24: COMCAM: localização dos assentamentos rurais, 2011.
Fonte: Incra (2010) apud Ramos e Lima (2011).
brasileiro, como o feijão e a mandioca. Essa participação no Paraná, em 2006, passou para 75,5% do feijão-preto
e 81% da mandioca, 43,7% do milho e 31,2% da soja (IPARDES, 2010), como se pode observar no gráfico (25).
Figura 25: Paraná: participação dos estabelecimentos e quantidade produzida dos produtos mais significativos da agricultura
familiar - 2006.
No caso do leite, o Paraná se destaca com 67,7% da produção que se origina da agricultura familiar, a qual
foi alavancada por políticas públicas federais e estaduais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA),
Leite das Crianças, PRONAF Investimento, entre outras. O peso relativo da Agricultura Familiar na produção de
aves e suínos (85%) indica sua participação junto às indústrias e, portanto, uma forte participação dos menores
37
estratos nos produtos típicos das empresas integradoras.
A importância da produção de fumo decorre das relações contratuais existentes com as empresas integradoras,
pois, 40% da produção é entregue às mesmas (IPARDES, 2010, p.42).
Este comportamento mostra a tendência de integração da agricultura familiar às empresas instaladas na região, o
que, no mínimo, nos faz pensar sobre a questão da dependência e que, no caso da soja e bovinos, produtos que
exigem maiores extensões de terra e/ou maior capital, se estas não vão contra as políticas públicas de diversificação da produção da Agricultura familiar.
No setor agropecuário, o valor adicionado da região no ano de 2006, segundo a condição do produtor teve comportamento como se apresenta na Tabela (12).
Tabela 12: Paraná e COMCAM - valor adicionado segundo a condição do produtor - 2006.
Total
Paraná
Centroocidental
%no total Paraná
R$ 1.000,00
%
15.897.868
1.041.676
100
100
Agricultura não familiar
R$
%
1.000,00
9.057.533
57
734.398
70,5
7,96%
-
8,11%
-
Agricultura familiar
R$
1.000,00
6.840.335
307.278
%
7,62%
-
43
29,5
Fonte: IBGE (2006).
O valor adicionado paranaense dos estabelecimentos agropecuários foi de R$ 15.897.868,00 mil, sendo que
57,0% se originaram da agricultura não familiar e 43,0% da agricultura familiar.
Na região da COMCAM, a situação difere bastante e vai ao encontro do constatado anteriormente, a geração do
valor adicionado teve maior participação ainda da agricultura não familiar, com 70,50%. A agricultura familiar
contribuiu com 29,50%, no ano de 2006, como se pode constatar no Gráfico (26). A região participou com 7,96%
na produção paranaense sendo que 8,11% foi da agricultura não-familiar e 7,62% foi a da familiar.
A situação se explica devido ao alto grau de tecnificação e especialização existente na região. Segundo
IPARDES (2011), a geração do VBPA2 está concentrada em apenas 20 produtos; num total de aproximadamente
509 produtos. Em 2008, dois produtos respondem por cerca de 31,59% da pauta de produção (soja, 19,90%, e
frango de corte, com 11,69%) seguidos por milho e leite. A região em estudo contribui com essa pauta, pois, em
todos os municípios domina uma dessas culturas, em grande parte influenciada pelas cooperativas e agroindústrias
existentes. No Paraná, assim como em quase todos os lugares onde ocorre a produção em grande escala, esta é
realizada sob o sistema de integração do produtor com as cooperativas e empresas, que distribuem o produto nos
mercados interno e externo.
Segundo dados em 2008, a região teve como R$ 2.457.827.472, 17 de VBP, decorrente de 1912 estabelecimentos
e 6.440 empregos agropecuários, sendo que a COAMO é responsável pela transformação agroindustrial da soja
como sua principal atividade, com sua comercialização praticamente voltada para o mercado externo e responsável
pela maior geração de emprego e renda da mesorregião em questão.
A produção de grãos, especialmente de soja, milho e trigo, está no topo das principais atividades econômicas da
região. Em 2008, apresentou a quarta maior área plantada (8,48%) de soja do estado. Em segundo plano estão as
produções de cana-de-açúcar, mandioca, algodão, melancia, maracujá e limão. Em relação à produção pecuária, a
produção de aves está no topo da lista, seguida da produção de bovinos (IBGE, 2006).
2 O cálculo do VBPAgropecuária, no Paraná, ou seja, o faturamento total do setor, é produzido pelo DERAL (Departamento de Economia
Rural) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SEAB).
38
Figura 26: Participação da agricultura familiar e não familiar no valor adicionado do Paraná e da COMCAM 2006.
Fonte: Ipardes (2010).
Como se pode observar no Gráfico 27 existe uma tendência grande de a agricultura familiar participar de algumas
commodities importantes (como o milho, café, entre outros), que em parte também se destinam à alimentação de
animais.
Figura 27: Paraná e COMCAM: participação da agricultura familiar no Valor Bruto da produção - principais produtos - 1995.
fonte: Ipardes (2003, p.26).
Segundo o IPARDES (2010, p. 22) os dados de 2006, apontam para a importância da agricultura familiar. Se,
por um lado, a relação com as indústrias facilitam a inserção do produtor no mercado (exportador e/ou nacional),
é preciso também considerar a tendência de especialização que vem acompanhada de uma maior dependência das
políticas para o setor e dos humores dos mercados.
39
Como se pode observar, os produtos do avanço da modernização da agricultura (trazendo consigo a presença
de agroindústrias, as monoculturas, a concentração fundiária, dentre outros fatores) fez com que resultasse em
municípios completamente atrelados à modernização do campo e outros com dificuldades.
O valor adicionado e a concentração em poucos produtos, particularmente os intensivos em capital e que exigem
grandes extensões de terra podem ser visto na tabela (13).
Tabela 13: COMCAM: Valor Bruto da Produção 2010.
Valor Bruto (R$)
VBP/hab.
Altamira do Paraná
33.994.181,08
7.894,61
Três maiores
51%
Araruna
115.432.715,18
8.602,18
72%
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da lagoa
68.920.832,43
82.049.966, 47
151.532.079,42
5.445,70
17.961,90
9.843,58
44%
90%
69%
Campo Mourão
Corumbatai do Sul
Engenheiro Beltrão
181.469.398,90
32.731.556, 05
99.143.360,25
2.081,21
8.178,80
7.129,54
71%
62%
86%
Farol
Fenix
64.253.089,51
55.763.987,96
18.506,07
11.612,66
77%
87%
goioere
Iretama
janiopolis
Juranda
Luiziana
mambore
Moreira sales
114.524.746,57
59.519.206,89
80.476.106,83
105.434.080,29
159.311.906,73
208.146.939,75
73.734.143,89
3.946, 68
5.644,06
12.320,29
13.798,47
21.778,80
14.909,17
5.849,13
80%
52%
79%
92%
71%
76%
59%
Nova Cantu
Peabiru
72.625.866,77
92.669.149,29
9.781,26
6.801,90
69%
70%
Quarto Centenário
Quinta do Sol
94.928.781,12
72.757.107,75
19.548,76
14.299,75
88%
87%
Soja (51%),frango decorte (11%), milho (9%)
Café (38%), soja (12%), boi de corte (12%)
Soja (43%), cana-de-açúcar (24%), milho
(19%)
Soja (60%), milho (11%), trigo (6%)
Soja (40%), milho (36%), cana-de-açúcar
(11%)
Soja (48%), milho (25%), leite vaca (7%)
Garrote (21%), soja(17%), frango corte (15%)
Soja (60%), milho (15%), mandioca (4%)
Soja (59%), milho (30%), trigo (4%)
Soja (51%), trigo (12%), batata inglesa (8%)
Soja (54%), trigo (15%), milho (7%)
Soja (30%), cana-de-açúcar (16%), mandioca
(13%)
Soja (47%), boi corte (11%), leite vaca (10%)
Soja (40%), milho (16%), frango de corte
(14%)
Soja (53%), milho (24%), frngo corte (12%)
Soja (44%), milho (35%), cana-de-açúcar (8%)
Rancho alegre d´Oeste
Roncador
Ubiratã
57.406.927,27
111.364.186,63
242.194.767,21
20.164,01
9.652,79
11.234,57
94%
56%
92%
Soja (54%), milho (34%), frango corte (5%)
Soja (38%), trigo (9%), garrote (9%)
Soja (42%), milho (29%), frango corte (20%)
MUNICÍPIOS
Produtos
Boi para corte (23%), bezerro (15%) e cria de
vacas(13%)
Soja (38%); mandioca (26%) e frango de
corte(8%)
Soja (23%), leite (11%) e milho (10%)
Soja (59%), trigo (17%) e milho (14%)
Soja (41%), milho (21%), frango de corte (7%)
Fonte: SEAB/DERAL (2012)
A situação na Tabela (13) 14 mostra a dependência dos estabelecimentos das agroindústrias. Em todos os
municípios pelo menos dois produtos principais (às vezes os três) estão ligados às empresas agroindustriais e
cooperativas e exigem maiores extensões de terra ou arranjo da produção. O que chama a atenção é que em 5
municípios da região os três produtos representavam mais de 90% do VBP (Boa Esperança, Juranda, Rancho
Alegre D’Oeste e Ubiratã), o que é um fator preocupante. Além disso, os dados mostram que a agricultura
intensiva em capital está, aos poucos, avançando sobre aqueles denominados de agricultores familiares.
40
5
INDICADORES
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
O IDHM é importante para explicitar as desigualdades sociais existentes nos municípios, contudo os dados
disponibilizados referem-se aos anos de 1991 e 2000. O índice leva em conta três variáveis: saúde (expectativa de
vida ao nascer), renda (PIB1 per capita) e educação (taxa de alfabetização e taxa de escolarização) da população.
A educação e a saúde estão, em parte, sob a responsabilidade do gestor municipal e a renda, sob a forte égide do
setor privado.
De maneira geral, o indicador melhorou do ano de 1991 para 2000, em todos os municípios da COMCAM.
Para o ano de 2000, a média no Brasil foi de 0,813 (PNUD, 2010), a média do estado do Paraná foi de 0,82. Na
Mesorregião Centro-Ocidental Paranaense, o menor valor corresponde ao município de Altamira do Paraná (0,677)
e o maior é o do município de Campo Mourão (0,77), contudo, ambos abaixo da média nacional e paranaense,
como se pode observar no gráfico (28).
A região apresenta alguns dos mais baixos IDHM do Estado do Paraná, o que expressa os problemas sociais
e econômicos existentes. O município de Altamira do Paraná, em 2000, com valor de 0,677, era o menor da
região, tinha população de 6.999 habitantes, dos quais 4.069 pessoas estavam em situação de pobreza (52,37%),
seu desempenho na prova Brasil (português e Matemática) é um dos que estão abaixo da meta estabelecida e a
renda média per capita é de R$ 398,00 (discute-se esses indicadores a seguir). O município de Corumbataí do Sul
também apresenta problemas semelhantes, com uma população total de 4.946 habitantes, com 48,60% de taxa de
pobreza, desempenho na prova Brasil abaixo da meta e renda média per capita de R$ 374,00.
Os dados, referentes ao ano de 2000, podem ser melhor visualizados a seguir (29).
Essa situação pode ser aprofundada, na medida em que se analisa o comportamento das variáveis componentes do IDHM, conforme Gráfico (30), abaixo;
O IDHM-Renda da região sempre apresenta os menores valores relativamente às duas outras variáveis.
Decorrente desse fato, a variável provoca o rebaixamento do valor do Índice Global. A renda per capita (variável
componente) revela os baixos níveis de renda, relativamente à média paranaense. O pior índice é encontrado no
município de Corumbataí do Sul, com valor de 0,56 seguido de Janiópolis (0,59) e o melhor em Campo Mourão
com 0,72 seguido de Engenheiro Beltrão (0,70).
O IDHM-Educação apresenta sempre valores maiores na mesorregião, portanto, é a variável que eleva o resultado
do IDHM e tem forte influencia do gestor público. O município de Campo Mourão possui o valor de 0,89 e o pior
é de 0,75, que corresponde a Altamira do Paraná (vide Tabela (22), no anexo).
Com relação ao IDHM-longevidade, ligado às políticas de saúde, que visam garantir melhor qualidade de vida,
todos os resultados estão abaixo dos encontrados para a educação. Pode-se dizer que 16 municípios estão com
1 Produto Interno Bruto é a soma do valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos por uma economia em um período
determinado.
41
Figura 28: IDHM dos municípios da COMCAM, 1991-2000.
Fonte: Ipardes (2012).
valor abaixo de 0,70, índices bem abaixo da média brasileira, que é de 0,77. A expectativa de vida de uma pessoa
dentro da Mesorregião Centro-Ocidental está entre 70 a 75 anos, o que acompanha a média nacional que é de 72,9
anos (PNUD, 2010). O melhor índice de IDH-L encontra-se em Terra Boa (0,753) seguido de Fenix (0,751) e o
pior foi de Boa Esperança (0,645). Os dados municipais podem ser vistos na Tabela ((22) em anexo).
O que apontam esses resultados é que os indicadores sob a égide do gestor público se apresentam melhores do que
aquele que está sob a responsabilidade predominante do gestor privado (renda).
Mostra também que existem grandes diferenças nos resultados da gestão tanto comparando o mesmo indicador
entre todos os municípios (melhor e pior) quanto comparando os indicadores em um mesmo município. Podese apontar que os gestores têm dificuldades em melhorar as duas áreas sob sua responsabilidade, em grande
medida, ou privilegiam a educação ou a saúde. Como exemplos temos Iretama, Boa Esperança, Campina da
Lagoa, Campo Mourão e Janiopolis, que apresentam melhores resultados em Educação do que em saúde enquanto
que Mamborê, Juranda, Moreira Sales, Quarto Centenário e Rancho Alegre apresentam melhores resultados em
saúde (Longevidade) do que em Educação apontando para dificuldades na gestão de dois setores estratégicos do
desenvolvimento local.
Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM)
Esse índice tem a vantagem de que são disponibilizados dados mais atualizados (2012) e publicação anual, o
que permite acompanhar no tempo a sua evolução. Ele permite também o acompanhamento do desenvolvimento
socioeconômico brasileiro. Assim como o IDHM, sistematiza três componentes: Emprego&Renda, Educação e
Saúde. O índice varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade.
Além disso, sua metodologia possibilita comparar se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas específicas, ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios.
Ele é composto pelas seguintes variáveis, como segue a Figura 31, conforme FIRJAN (2012):
Os resultados para a COMCAM estão no gráfico (32) (os valores estão na Tabela (23), no anexo).
Como se visualiza, o único município com índice acima de 0,80 é o de Campo Mourão. Contudo, ainda
abaixo da média paranaense que é de 0,82. Os demais municípios, em sua maioria estão na faixa de 0,66 (Al42
Figura 29: COMCAM- IDHM por município - 2000.
Fonte: Pagliarini e Colavite (2010).
Figura 30: IDHM renda, longevidade e educação dos municípios da COMCAM - 2000.
fonte: Ipardes (2012).
tamira do Paraná) a 0,75 (Terra Boa) indicando a relativa variação, no índice global sendo, portanto, necessário
desmembrar as variáveis componentes, como se apresenta no Gráfico (33).
O que se pode apontar:
1. os comportamentos das variáveis (renda e emprego; educação e saúde) são distintos;
2. os índices mais discrepantes encontrados foram em emprego e renda, pois, em todos os municípios estiveram muito abaixo da média paranaense (0,8022), com a única exceção de Campo Mourão (0,8252). Dez
43
Figura 31: Resumo das variáveis componentes do IFDM - por área de desenvolvimento.
Fonte: FIRJAN (2012).
Figura 32: IFDM por município da COMCAM - 2011.
Fonte: FIRJAN (2012).
municípios estiveram com o índice abaixo de 0,40 (Barbosa Ferraz, Boa Esperança, Campina da Lagoa, Corumbataí do sul, Fenix, Goioerê, Moreira Sales, Nova Cantu, Peabiru, Quinta do Sol) , ou seja, estão abaixo
da metade da média paranaense, inclusive Goioerê, cidade que se destaca por ser pólo da microrregião. O
menor índice foi o de Corumbataí do Sul (0,3392) seguido do de Goioerê (0,3415);
3. como comentado para o IDH, também no IFDM se constata que os melhores valores estão sob a responsabilidade do gestor público (saúde e educação). Contudo, como foram consideradas outras variáveis adicionais
(IDEB, taxa distorção idade-série, consultas pré-natal, óbitos infantis por causas evitáveis, entre outros), os
resultados se inverteram. Na educação os valores são menores do que os encontrados na saúde. Na educação o melhor valor se encontra no município de Boa Esperança (0,8762) e o pior em Luiziana (0,6585). Na
44
Figura 33: IFDMunicipal: Paraná e municípios da COMCAM, 2009.
Fonte: FIRJAN (2012).
saúde, o melhor valor foi encontrado no município de Rancho Alegre d’Oeste (1,0) e o pior em Altamira do
Paraná (0,8220), apontando para as diferentes gestões existentes, como pode ser visto na Tabela (23) (em
anexo).
IDEB e Prova Brasil: desempenho em Português e matemática
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado em 2007 para medir a qualidade de cada
escola e de cada rede de ensino, particular e pública, no Brasil. Ele é calculado com base na taxa de rendimento
escolar (aprovação e evasão) e no desempenho dos alunos no SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Básica) e na Prova Brasil (matemática e português). Quanto maior for a nota da instituição no teste e quanto
menor a taxa de repetência e de desistência que ela registrar, melhor será a sua classificação, numa escala de zero
a dez.
As notas do IDEB de 2009 e 2011 estão apresentadas no gráfico (34).
Figura 34: COMCAM - notas IDEB por município - 2009 e 2011.
fonte: Inep (2012).
45
A maior nota alcançada em 2011 foi no município de Terra Boa (6,0) e a pior foi em Iretama (4,20) seguido
de Campina da Lagoa (4,3). Chama a atenção o caso de Iretama, pois, em 2009, alcançou a nota 5,1, portanto,
piorou a sua nota, que estava entre as maiores da região, como pode ser visto na tabela (24) (em anexo).
Como se pode observar, 6 municípios pioraram as suas notas IDEB, no período 2009-2011 (Altamira do Paraná,
Boa Esperança, Campina da Lagoa, Iretama, Nova Cantu e Ubiratã) e as notas de 2 municípios permaneceram
iguais (Farol e Quinta do sol), portanto são 8 municípios que permaneceram com as mesmas notas ou pioraram
(32É necessário, também, verificar os desempenhos dos alunos nas provas. O governo brasileiro a cada 2 anos
avalia os níveis de ensino fundamental e médio, rural e urbano, público e privado. A meta estabelecida para o ano
de 2011 foi de 200 pontos para matemática (em um total de 350 pontos) e de 225 pontos para português (em um
total de 425 pontos). Pelos resultados alcançados na prova de matemática tem-se que, apenas, 4 municípios não
alcançaram a meta (Altamira do Paraná, Campina da Lagoa, Luiziana e Nova Cantu). Para se ter um referencial,
as notas alcançadas enquadram a COMCAM no nível 4 de desempenho num total que vai até o nível 9 (aqueles
que alcançam 350 pontos) - vide tabela (25) (em anexo).
Por outro lado, a situação dos municípios com relação à nota de Português é preocupante, como se visualiza no
gráfico (35).
Figura 35: COMCAM: notas português e matemática na prova Brasil 2011.
Fonte: INEP (2012).
Pelos dados coletados, nenhum município atingiu a meta (que é baixa, 225 pontos, o que corresponde a nota
5, no total de pontos). A melhor situação é a de Terra Boa, com 216,3 pontos seguido de Engenheiro Beltrão
(206,4 pontos), os dois únicos municípios que tiveram nota acima de 200 pontos, mas abaixo da meta. As notas
alcançadas pelos municípios da COMCAM são enquadradas no nível 3 de um total de 12 níveis (nota máxima de
425 pontos), portanto, havendo muito espaço de atuação do município.
Taxa de alfabetização
A situação dos municípios da COMCAM é apresentada no Gráfico (36) e se pode visualizar que existem
situações bem diferenciadas na região.
Todos os municípios estão abaixo da média paranaense que é de 94%, sendo que Corumbataí e Janiopolis
possuem os índices mais baixos (82,5% e 83,8%, respectivamente) enquanto que Campo Mourão é o que apresenta
melhor índice (93,3%) seguido de Terra Boa (92,1%).
46
Figura 36: municípios da COMCAM - Taxa de alfabetização - 2010.
Fonte: MEC (2010)
PIB per capita e renda média familiar per capita
Antes de se discutir é necessário frisar que a renda familiar per capita é o resultado do somatório de toda
a renda recebida pelas pessoas (salários, aposentadorias etc.) dividido pelo número de componentes da família,
enquanto que o PIB per capita é o total de riqueza gerada nos municípios dividido pelo número de habitantes em
cada um. O Gráfico (37) mostra a variação do PIB per capita, no período 2008-2009, no Paraná e para a região.
Figura 37: PIB per capita 2008-2009
Fonte: Ipardes (2012).
Os dados apontam que nesse período, na média, o PIB per capita do Paraná e da região aumentaram, com
dinâmicas diferenciadas, ou seja, enquanto o Paraná aumenta 5,03% o da região aumenta em 0,3%. Contudo,
embora ocorra isso, o comportamento dos municípios é diferenciado, como pode ser observado no Gráfico (38).
47
Figura 38: Variação do PIB dos municípios da COMCAM: 2008-2009.
fonte: Ipardes (2012).
Como se observa, nesse curto espaço de tempo de 2 anos, a variação na geração da renda foi muito grande.
A maioria dos municípios diminuiu seu PIB, com exceção de 8 municípios, cujos PIBs tem valores bem distintos
um em relação ao outro: Altamira do Paraná com PIB de R$ 37.563,43; Araruna com CR$ 186.316,37; Campo
Mourão, com PIB de R$ 1.710.904,82; Iretama, com PIB de R$ 76.621,31; Moreira Sales, com PIB de R$
145.827,89; Nova Cantu, com PIB de R$ 79.525,18; Roncador, com PIB de R$ 148.181,60 e Terra Boa com
PIB de R$ 135.372,40, em 2009. Outro aspecto que chama a atenção são as variações negativas muito altas dos
municípios de Juranda (-35,9%), Rancho Alegre D´Oeste, Farol (-19,16%) e Quinta do Sol (-16,66%), o que
impacta negativamente o setor privado assim como o setor público, ambos afetando a dinâmica local.
Outra questão é como as gerações dessas riquezas repercutem na renda média da população. Para isso elaborou-se
o Gráfico (39), que mostra o PIB per capita e a renda média familiar per capita.
Figura 39: PIB per capita e renda familiar média per capita dos municípios da COMCAM 2009
Fonte: IBGE (2012).
Pode-se dizer que a riqueza gerada pelas populações de cada município assim como no estado é muito maior
do que a renda que ela recebe em suas mãos. O efeito espraiamento da riqueza, na região, se apresenta baixo. É
possível observar também que existem muitas diferenças na geração do PIB e PIB per capita entre os municípios.
Somente Boa Esperança, Campo Mourão, Farol, Luiziana e Mambore possuem valores pouco acima da média
paranaense, que é de PIB per capita de R$ 17.779,11, em 2009 (vide tabela (26), no anexo).
O maior valor foi em Boa Esperança com PIB per capita de R$ 11.349,00 a preços correntes de 2009 seguido
48
de Campo Mourão (R$ 19.918,33). O menor valor foi em Iretama com R$ 6.656,93 seguido de Barbosa Ferraz
(R$ 6. 901,28). Esses valores mostram as discrepâncias existentes na geração de riqueza de cada município (vide
Tabela (26) em anexo).
Com relação à renda familiar per capita, a média paranaense é de R$747,00, a preços correntes de 2009. Pelos
dados levantados, somente o município de Campo Mourão supera pouco a média com R$765,00. Os demais além
de estarem abaixo da média encontram-se com renda bastante baixa, tais como: Altamira do Paraná (R$ 398,00),
Corumbataí do Sul (R$ 374,00), Nova Cantu (R$ 393,00) mostrando a situação extremamente problemática dessas
populações.
Taxa de pobreza
Refere-se ao percentual de famílias com renda familiar mensal per capita até 1/2 salário mínimo em relação
ao número total de famílias residentes na área em estudo (IPARDES, 2004, p.33).
Na região além da variação negativa do PIB municipal e do baixo IFDM-renda se constata uma grande porcentagem da população que vive em situação de pobreza.
Nos 25 municípios pertencentes a esta mesorregião, segundo dados do IPARDES (2012) 41,23% da população
encontra-se em situação de pobreza, ou seja, quase que 138.000 mil habitantes, dos 334.125 existentes, são pobres.
Esse total de pobres pode ser considerado um número altíssimo.
Figura 40: Taxa de pobreza dos municípios da COMCAM - 2010.
Fonte: IBGE (2010) e Ipardes (2012).
Na Mesorregião, a situação de pobreza piorou na década de 2000 a 2010. Em 2000, existiam 32.320 famílias
pobres, o que levava a uma taxa de pobreza de 31,64% enquanto que a média paranaense correspondia a 20,87%
(IPARDES, 2003, p.10). Em 2010, esse número passou a ser de 34.733 famílias em situação de pobreza sendo
que 3,60% são extremamente pobres. A predominância de pequenos municípios com índices altos de pobreza se
apresenta como um grave problema para o gestor público.
A maior taxa de pobreza situa-se no município de Altamira do Paraná (52,37%) seguido por Corumbataí (48,6%),
Nova Cantu (46,53%) e Roncador (46,25%).
O índice que pode ser considerado menos pior é o de Terra Boa (18,75%), o único nessa faixa, seguido por Campo
Mourão (20,74%) e Engenheiro Beltrão (24,18%). Enfim, se pode inferir que todos os índices são altíssimos
e evidenciam a situação problemática dos municípios, como se pode verificar no Gráfico (40) (tabela (27), em
anexo).
Dentre os benefícios que as famílias pobres recebem, o programa Bolsa Família atinge mais de 80% das famílias
49
pobres (vide Tabela (29), em anexo), como nos municípios de Campo Mourão (86,33%) e Iretama (86,54%),
segundo aponta os dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS (julho de 2012).
Também se observa que no município de Terra Boa, somente 9,93% das famílias pobres recebem o programa,
como se pode observar no Gráfico (41).
Figura 41: Proporção de famílias pobres que recebem bolsa-família (julho de 2012).
Fonte: MDS (2012).
Taxa de mortalidade infantil
Apesar de a taxa de mortalidade infantil ter diminuído de 19,6 óbitos a cada 1000 nascidos vivos, em 2000
para 11,6 em 2010, e estar abaixo da média paranaense, que é de 12,5, em 2010, ou seja, em uma condição melhor,
a situação difere muito se considerarmos os municípios da região, como mostra o Gráfico (42).
Figura 42: Óbitos por mil nascidos vivos - 2010.
Fonte: IPARDES (2012).
Dez municípios encontram-se acima da média, ou seja, com maior taxa de mortalidade e, dentre eles, alguns
apresentam taxas altamente preocupantes como Nova Cantu (32,0), Ubiratã (21,5), Campina da Lagoa (21,1),
Juranda (20,20) e Araruna (16,4). Por outro lado, existem municípios que apresentam índices extremamente
baixos, quer dizer, em situação bem melhor, como em Mambore (1,9), Fênix (6,9), Farol (7,2), Quarto Centenario
50
(6,0), Quinta do Sol (5,0) e Roncador (7,0) (vide Tabela 29) em anexo). Essa situação, no mínimo sugere que as
políticas locais têm resultados diferenciados e que parece depender da gestão municipal.
Índice de Gini
O Índice de Gini mede o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos
20% mais pobres e dos 20% mais ricos. Numericamente, varia de zero a um, sendo que o valor zero representa
a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda e o valor um a extrema concentração, isto é, uma só
pessoa detém toda a riqueza. A situação da COMCAM é apresentada no Gráfico (43).
Figura 43: Municípios da COMCAM: índice de Gini, 2000.
fonte: Ipardes (2012).
O Indice de Gini do Paraná é de 0,607 (IPARDES, 2012). Para os 25 municípios pertencentes à região, o
município de Nova Cantu é o que apresenta o pior valor (0,63), acompanhado por Iretama (0,62), Campina da
Lagoa (0,62), Altamira do Paraná (0,62), quer dizer, apresentam os maiores graus de concentração de renda e
estão acima da média paranaense (vide em anexo a Tabela (30)).
Os municípios de Barbosa Ferraz (0,60) e Farol (0,60) também estão próximos e a concentração de renda se
apresenta mais acentuada. O melhor valor é encontrado em Terra Boa (0,47), portanto, o município com menor
desigualdade, fato que pode em parte ser explicado pela grande quantidade de empregos gerados pela indústria da
confecção. Na seqüência temos Corumbataí do Sul (0,52), Araruna (0,52) e Rancho Alegre d’oeste (0,51), que
fazem parte da segunda melhor classe de Gini (0,47 a 0,54). Araruna, assim como Terra Boa apresentam um pólo
industrial bem desenvolvido empregando grande parcela da população, o que aponta para menor desigualdade. O
mapa (44) mostra essa situação.
Indice Firjan de Gestão Fiscal-IFGF: a eficencia finaceira e gestão do endividamento
O Índice é composto por cinco indicadores: Receita Própria (verifica o grau de autonomia das receitas),
Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida. Os quatro primeiros tem peso 22,5% e o custo da dívida 10%
no resultado final2 .
2 Ele tem como base de dados as estatísticas oficiais disponibilizadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional, constituídas por
informações orçamentárias e patrimoniais prestadas pelos próprios municípios.
51
Figura 44: Indice de Gini do Paraná - 2000.
Fonte: Pagliarini Jr e Colavite (2011).
A pontuação varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município no ano em
observação. Além disso, é possível analisar qualitativamente a gestão, com base nos valores alcançados nas
variáveis:
• Conceito A (Gestão de Excelência): resultados superiores a 0,8 pontos.
• Conceito B (Boa Gestão): resultados compreendidos entre 0,6 e 0,8 pontos.
• Conceito C (Gestão em Dificuldade): resultados compreendidos entre 0,4 e 0,6 pontos.
• Conceito D (gestão critica): resultados inferiores a 0,4 pontos (FIRJAN, 2012).
Segundo a FIRJAN (2012), a indústria paranaense cresceu 14,2% em 2010 e a economia gerou 143 mil novos
empregos. Decorrente desse crescimento ocorreu aumento nas transferências de 4,1% e arrecadação tributária
municipal na ordem de 13,7%, em relação a 2009. Os gastos públicos, por sua vez, aumentaram 9%. Os municípios gastaram a mais R$ 560 milhões em pessoal, R$ 392 milhões em investimentos e R$ 735 milhões em outras
despesas de custeio e capital.
O reflexo, em termos de gestão fiscal dos municípios que compõem a COMCAM, está no gráfico (45) (vide dados
Tabela (31), em anexo) .
Como se pode observar, os valores variam bastante. Se adotarmos a qualificação é possível ver que nenhum
município possui conceito A (gestão de excelência), 10 municípios estão com o conceito C (gestão em dificuldade)
e 7 municípios com conceito D (gestão crítica).
52
Figura 45: COMCAM - Índice Firjan de Gestão Fiscal - 2010.
Fonte: FIRJAN (2012).
Como resultado, 70% dos municípios possui índices que apontam para problemas que as prefeituras vivenciam.
Chama a atenção que o município de Quarto Centenário está entre os 10 piores resultados do Paraná (FIRJAN,
2012).
Essa análise, por sua vez, merece aprofundamento nas variáveis componentes.
IFGF receita própria
Metodologicamente, Receita própria é a receita corrente menos as receitas de transferências.
Segundo a classificação, quanto mais próximo de 1 for o IFGF, menor a dependência de transferências constitucionais e voluntárias de outros entes. Como o federalismo fiscal pressupõe constitucionalmente um sistema de
transferências intergovernamentais, quando o município não gera receita própria ele recebe valor 0,0 e municípios
que geram 50% de Receita corrente liquida (RCL) 3 ou mais, recebem 1,0.
Os resultados para a COMCAM estão no Gráfico (46).
Figura 46: COMCAM: Receitas Próprias - 2011.
Fonte: FIRJAN (2012).
3 Receita
corrente liquida (RCL)= receita corrente ? deduções da receita corrente ? contribuições sociais (IFGF, 2012, p.5)
53
O gráfico mostra os problemas de arrecadação tributária resultante de todo o processo discutido até o momento. Pode-se dizer que 21 dos 24 municípios (87,5%) foram classificados como em situação crítica, com
exceção de Campo Mourão (conceito B). Os municípios de Barbosa Ferraz, Peabiru e Ubiratã receberam o conceito C, ou seja, possuem uma gestão com grandes dificuldades (vide Tabela (32), em anexo).
Chama a atenção o município de Altamira do Paraná (0,06), o menor conceito observado. A situação desse município vem se apresentando preocupante desde o ano de 2006, ano em que o índice foi de 0,098, o mais elevado
(FIRJAN, 2012) Aponta-se o alto grau de transferência intergovernamental na região, pois, parte dela está engessada, é carimbada (como no caso da saúde e da educação), o que coloca dificuldades no planejamento de longo
prazo.
IFGF pessoal
As despesas com pessoal são importantes e representam cerca de 50% da RCL, consequentemente, o comprometimento excessivo com dessa despesa repercute em redução de despesas para outros fins, afetando as políticas
públicas. A lei de Responsabilidade Fiscal limitou o gasto a 60% da RCL. Para o calculo do IFGF adotou-se que
o município que superar 60% receberá 0,0 e o que registrar percentual inferior a metade receberá 1,0. Quanto
mais próximo de 1,0, menor é o comprometimento do orçamento com folha de salários e maior é o espaço para
desenvolver políticas públicas (IFGF, 2012).
A situação da COMCAM é apresentada no Gráfico (47) e Tabela (32) (em anexo).
Figura 47: IFGM pessoal - municípios da COMCAM - 2011.
fonte: FIRJAN (2012).
No que se refere aos gastos com pessoal, percebe-se que a maioria está com conceito B (boa gestão), ou seja,
notas entre 0,6 e 0,8. Ocorre exceção de 4 municípios (Campina da lagoa, Farol, Moreira Sales, Peabiru e Quarto
Centenário), que possuem conceito C (abaixo de 0,4), ou seja, há um maior comprometimento com a folha de
salários resultando em uma gestão considerada critica nesse item (vide tabela (32), em anexo).
IGFG liquidez
É outro componente do índice. A LRF, no art.42 estabeleceu que, em último ano de mandato, a gestão
municipal possua recursos suficientes para fazer frente ao montante inscrito em restos a pagar. Com essa lógica
foi construído o índice liquidez. Metodologicamente, considerou-se que esse princípio é valido para todos os anos
54
da gestão, na medida em que iniciar um ano com mais dividas com fornecedores do que recursos em caixa é um
problema que afeta a gerência financeira e a credibilidade do município.
Portanto, o município que apresente mais restos a pagar do que ativos financeiros terá pontuação 0,0, os que têm
menos restos a pagar estarão mais próximos de 1,0. Excetua-se o município que está postergando pagamentos
para o exercício seguinte sem a devida cobertura.
Com relação à liquidez, a situação mostra-se diversa. Em alguns municípios a situação é preocupante, como
mostra o Gráfico (48):
Figura 48: IFGM liquidez dos municípios da COMCAM - 2011.
Fonte: FIRJAN (2012).
Pelos dados anteriores se observa que a grande maioria dos municípios são enquadrados como de gestão em
dificuldade e gestão crítica. O município de Corumbataí do Sul se apresenta com boa gestão e Campo Mourão,
Mambore, Moreira Sales, Peabiru, Rancho Alegre, Terra Boa e Ubiratã com gestão de excelência (vide Tabela
(32), em anexo).
IGFG investimento
Esse índice tem como base que para criar as condições para o crescimento econômico da economia e o fornecimento de serviços a população, o investimento é fundamental. Escolas, hospitais, postos de saúde equipados,
ruas pavimentadas, saneamento, iluminação, são tidos como investimentos municipais que fomentam as atividades econômicas e geram bem-estar para a população (IFGF, 2012, p.6).
Metodologicamente, os municípios que investiram mais de 20% da RCL receberiam nota 1,0, quer dizer, quanto
mais próximo de 1,0 mais investimentos foram realizados pelas prefeituras e quanto mais próximos de 0,0 menos
ou nenhum investimento foi realizado. O Gráfico (49) apresenta a situação dos municípios da COMCAM.
Pelos dados anteriores, quatro municípios se destacam pela boa gestão no que se refere aos investimentos
(Farol, Janiopolis, Juranda e Ubiratã). Contudo se cruzarmos os dados de investimento e a boa administração de
restos a pagar (liquidez), a situação se modifica e somente Ubiratã se destaca nos dois itens.
Chama a atenção também que 7 municípios estão enquadrados no conceito C (gestão em dificuldade) e 6 municípios em gestão critica (vide tabela (32), em anexo).
55
Figura 49: IFGF investimentos dos municípios da COMCAM - 2011.
Fonte: FIRJAN (2012).
IFGF custo da dívida
Metodologicamente, partindo do cenário pós-LRF, de que o gasto com juros e amortizações das dívidas
se apresenta crescente em um ambiente de dividas de prazos menores e do fato de existirem recursos próprios
limitados. O estudo aponta que o resultado é um ambiente perverso no sentido de diminuir os recursos livres para
a plena execução dos programas de governo. Nesse contexto, o IFGF custo da dívida avalia o peso dos encargos da
dívida em relação às receitas líquidas reais, de acordo com o estabelecido pela Resolução n.43 do Senado Federal
(IFGF, 2012, p.9), que é de 13% da RLreal4 . Sua formula é: juros + amortização/RLR se o resultado é maior que
13% o índice é igual a 0,0 e for igual a zero o IFGF é igual a 1 (IFGF, 2012, p.9).
Com relação aos municípios da COMCAM, a situação se apresenta como no Gráfico (50).
Figura 50: COMCAM: IFGF custo da dívida. 2011.
Fonte: FIRJAN (2012).
Pelo mesmo o ambiente é diverso. Encontra-se um conjunto de municípios com situação bem problemática
(índice até 0,4), portanto, com encargos financeiros que comprometem a realização das políticas propostas (Ubiratã, Moreira Sales e Peabiru). Em situação um pouco melhor (entre 0,4 e 0,6) estão a maioria dos municípios e,
somente, 3 municípios encontram-se com boa e ótima gestão, que são Altamira do Paraná, Luiziana e Roncador,
4 A Receita Liquida Real apura o limite de pagamento da divida dos estados e municípios. Para os municípios a RLR exclui do total de
receitas provenientes de operações de crédito, de alienação de bens, de transferências voluntárias, ou doações recebidascom o fim especifico
de atender despesas de capital. Sua formula é: juros + amortização/RLR se o resultado é maior que 13% o índice é igual a 0,0 e for igual a
zero o IFGF é igual a 1 (IFGF, 2012, p.9).
56
apesar de, ou talvez, por estar em uma situação problemática em termos econômicos e sociais (vide tabela Tabela
(32), em anexo).
Índice de Desempenho do SUS - IDSUS
O IDSUS é um indicador síntese, que afere o desempenho do Sistema de Único de Saúde (SUS) quanto ao
acesso (potencial ou obtido) e à efetividade da Atenção Básica, das Atenções Ambulatorial e Hospitalar e das
Urgências e Emergências. Avaliou o acesso e os serviços do SUS em todo o país, entre 2008 e 2010 e foi lançado
no dia 1o . de março de 2012. Ele também é um indicador importante para o gestor público, na medida em que
permite a comparação no tempo e no espaço e em todas as instâncias governamentais.
Segundo o SUS (2012) a metodologia leva em conta os seguintes componentes, conforme a figura (51).
Figura 51: Modelo de avaliação do SUS.
Fonte: SUS (2012).
O IDSUS 2012 é resultado do cruzamento de 24 indicadores, sendo 14 que avaliam o acesso e outros 10
para medir a efetividade dos serviços. No quesito acesso, é avaliada a capacidade do sistema de saúde em garantir
o cuidado necessário à população em tempo oportuno e com recursos adequados. Entre esses indicadores estão
a cobertura estimada de equipes de saúde; a proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas
pré-natal; e a realização de exames preventivos de cânceres de mama, em mulheres entre 50 e 69 anos, e de colo
do útero, na faixa de 25 a 59 anos.
d Já na avaliação de efetividade, ou seja, se o serviço foi prestado adequadamente, encontram-se itens como a cura
de casos novos de tuberculose e hanseníase; a proporção de partos normais; o número de óbitos em menores de
15 anos que foram internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI); e o número de óbitos durante internações
57
por infarto agudo do miocárdio. O levantamento de dados para divulgação do IDUS 2012 será realizado a cada
três anos. Os pesos que possuem cada um dos componentes e que formam o IDSUS é apresentado na Figura (52).
Figura 52: Pesos relativos dos componentes do IDSUS.
Fonte: SUS (2012).
O Ministério da Saúde criou ainda seis grupos homogêneos, dividindo as cidades de acordo com o tamanho
e as estruturas oferecidas. Os grupos 1 e 2 agrupam municípios com melhor estrutura e condições de atendimento
- nenhuma cidade da COMCAM se enquadrou neste grupo. Os grupos 3 e 4 são compostos por cidades com
pouca estrutura de média e alta complexidade (Goioerê e Ubiratã). Os grupos 5 e 6 são compostos por municípios
que não têm estrutura para atendimentos especializados (Os municípios se do grupo 6 são 3 (Corumbataí do Sul,
Iretama e Altamira do Paraná) e os demais enquadram no grupos 5.
A média do IDSUS do Paraná foi de 6,23 e as das regionais de saúde do Paraná, que é apresentado na sequência
(53).
Figura 53: IDSUS das regionais do Paraná - 2012.
Fonte: SUS (2012).
Pelo mapa, a situação das regionais de saúde do Paraná apresenta-se relativamente homogênea (entre 5 e
5,99). Com relação à região da COMCAM ela se apresenta, na média, em uma situação pior e varia entre 4 e 4,99.
A situação da COMCAM é apresentada no Gráfico (54) (vide tabela (33), em anexo).
Como se observa os valores alcançados pelos municípios tem uma variação grande. O menor valor é o de
58
Figura 54: COMCAM - valor do IDSUS por município.
Fonte: SUS (2012).
Roncador (4,51) seguido de Moreira Sales (5,41) e Araruna (5,46) e o maior valor é de Quarto Centenário (6,77)
seguido de Boa Esperança (6,44).
O comportamento de alguns componentes é apresentado a seguir. Dentre os 24 estudos existentes, primeiramente,
apresentam os parâmetros de acesso, complexidade básica e modalidade ambulatorial. O primeiro é o da cobertura
populacional das equipes de saúde.
Cobertura das equipes básicas de saúde
Mede a cobertura das equipes básicas de saúde (ESF) ou clínica médica, ginecologia e pediatria. Maior
cobertura indicaria maior oferta de serviços das clínicas básicas e facilidade de acesso (vide gráfico (55) para a
região).
Metodologicamente, ele é calculado pelo No de equipes de saúde da família (ESF) + no de equipes da atenção
básica, formada por 60h semanais de clínica médica, ginecologia e pediatria para cada 3 mil pessoas residentes no
município, no ano.
Cálculo:100% cobertura considerando uma equipe para 3 mil habitants. SE resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE
resultado < parâmetro nota decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Figura 55: IDSUS cobertura populacional das equipes de saúde - 2011.
fonte: SUS (2012).
59
A situação dos municípios se apresenta muito heterogênea. Existe um grupo de 17 municípios que obtiveram nota acima de 9,0, ou seja, 68,0% dos municípios. Contudo os demais municípios merecem atenção, pois,
enquanto 7 obtiveram notas entre 7,42 (Ubiratã) e 8,67 (Campo Mourão) apontando caminhos a serem trilhados
pelas prefeituras, Fenix obteve 6,66, Peabiru 6,98 e Roncador 3,34, o que aponta para soluções de curto e médio
prazos (vide Tabela (34), em anexo).
Proporção de nascidos vivos com mais de 7 consultas pré-natal
Outro componente sob a responsabilidade do gestor municipal, quer dizer, que é de complexidade básica, é a
proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal.
A Cobertura do atendimento pré-natal identifica situações de desigualdades. O parâmetro de avaliação é 90% das
mães com sete consultas de pré-natal ou mais.
A pontuação se mostra um pouco mais complexa. Existe uma pontuação principal que consiste em: SE resultado
= parâmetro (90%) nota = 10.
SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Além disso, existe uma pontuação de "acréscimo"para o acompanhamento do município de gestantes com menos
de sete meses de gestação. Para o % de mães com menos de sete consultas de pré-natal, o município receberá
uma pontuação que será somada à pontuação principal da seguinte forma: SE resultado = 100% das mães com
quatro a seis consultas nota = 6. SE resultado < 100% das mães com quatro a seis consultas nota = decrescente
proporcional ao % de mães com quatro a seis consultas. Se resultado = 100% das mães com uma a três consultas
nota = 1.
Os resultados para os municípios da COMCAM são apresentados no Gráfico (56).
Figura 56: Proporção nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal.
Fonte: SUS (2012).
Os resultados apontam que existem dificuldades por parte do município em atender, pelo menos 90% das
gestantes em, no mínimo, 7 consultas. Quer dizer, quando as gestantes procuram o atendimento elas estão em
período de gestação maior do que 2 meses. Por outro lado, os resultados encontrados para os municípios apontam
que a grande maioria do atendimento concentra-se em 4 a 6 consultas, o que evidencia trabalho a ser realizado
pelas secretarias de saúde (vide anexo Tabela (35)).
60
Exames de mamografia
Ainda considerando o acesso e passando agora para apresentação de resultados que contemplam complexidade média e é ambulatorial. Elegeu-se a razão de exames de mamografia realizados em mulheres de 50 a 69 anos
e população da mesma faixa etária. Portanto, analisa-se o no de exames de mamografia realizados em mulheres de
50 a 69 anos residentes e a população feminina nesta faixa etária, em determinado município e ano. Esse parâmetro permite conhecer o número de mamografias realizadas em mulheres de 50 a 69 anos e apontar as desigualdades
no acesso à mamografia e no rastreamento do câncer de mama nas mulheres de 50 a 69 anos.
O parâmetro considerado é 70% das mulheres de 50 a 69 anos com um exame a cada dois anos. Se resultado >
parâmetro nota = 10. Se resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro.
Apresentam-se os resultados para os municípios da COMCAM, no Gráfico (57).
Figura 57: Razão de exames de mamografia realizados em mulheres de 50 a 69 anos e população da mesma faixa etária.
Fonte: SUS (2012).
Como se observa todos os municípios no parâmetro de atender pelo menos 70% de mulheres nessa faixa etária
considerada, com exames de mamaografia apresentam muitas dificuldades. A maioria dos municípios apresenta
baixo atendimento. Dentre estes, destacam-se Roncador (avaliação 1,03), Luiziana (1,99) e Iretama (2,23). Entre
os que atenderam em proporção maior estão Quarto Centenário (nota 6,46) seguido de Ubiratã (5,97), novamente,
apontando para ações na área de saúde ambulatorial (vide Tabela (36), em anexo).
Parto normal
Outra variável considerada foi o parto normal. Este, por sua vez, relacionado a menores taxas de complicações do parto e do recém-nascido.
O cálculo é o no de nascidos vivos por parto normal ÷ pelo no de nascidos vivos. O parâmetro para avaliação é
70% de parto normal. Se resultado ≥ parâmetro nota = 10. SE resultado < parâmetro nota = decrescente proporcional ao % do parâmetro. Os resultados para os municípios da COMCAM estão no Gráfico (58) e Tabela (37)
(em anexo).
Novamente, temos uma situação preocupante (vide também Tabela (??), em anexo). Nenhum município
obteve 70% de partos normais (nota 10). Os municípios que realizam proporção bem baixa de partos normais
são Araruna (nota 3,4), Juranda (3,6) e Ubiratã (3,7). Os que realizam uma proporção um pouco maior, contudo
abaixo do parâmetro, são Nova Cantu (6,57), Rancho Alegre D’Oeste (6,44).
61
Figura 58: Proporção de Parto Normal.
Fonte: SUS (2012).
62
6
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pensar o desenvolvimento tem duplo significado. De um lado, é alcançar as metas e objetivos desejáveis
de bem-estar social (construídos socialmente) e, por outro, refere-se ao processo através do qual estas metas e
objetivos podem ser alcançados. A proposta de desenvolvimento da COMCAM incita a destacar que o desenvolvimento deve levar em conta as dimensões políticas, a gestão pública financeira e de recursos humanos e os
aspectos econômicos, sociais, físicos e ambientais, os quais estão integradas e são interdependentes, que faz de
cada uma deles, ao mesmo tempo, uma meta e um recurso que condiciona e é condicionado pelo processo em que
estão envolvidos as demais dimensões, como afirma Arnoletto (2005, p.8).
O desenvolvimento regional e/ou local é multidimensional, complexo e exige disposição política dos agentes
econômicos, sociais e públicos envolvidos.
A questão fundamental é: qual (ou quais) fatores ou barreiras que se quer eliminar ou diminuir para caminhar
no sentido da construção social negociada do desenvolvimento da COMCAM? Existem fatores críticos: baixos
salários, alta informalidade, que dificulta a sobrevivência e propicia ambiente adequado à desnutrição que, por sua
vez, se reflete em menor condição de adquirir conhecimentos e obter produtividade, acesso ao sistema educativo
e de saúde de qualidade, falta de trabalho e seguridade social, a falta de oportunidade para opinar e decidir e de
oportunidades econômicas e de trabalho.
Nesse contexto, alguns resultados do levantamento são sistematizados e visam servir de base para o inicio da
discussão regional. Podemos verificar que a situação da região é preocupante:
• a diminuição da população total é, fundamentalmente, decorrente da contínua e sistemática diminuição da
população no setor rural;
• a população urbana é crescente, mas não repõe a saída do homem do campo e as migrações existentes; no
campo, quem fica é quem tem trabalho e, no setor urbano, são as crianças, adultos acima dos 40 anos que
trabalham bem como idosos;
• o trabalho informal domina todos os municípios;
• a criação de empregos formais está concentrada em poucos municípios;
• os municípios têm PIB per capita altos e muito baixa renda familiar per capita que chega às mãos das
famílias, o que mostra que a relação entre renda gerada e salários, entre geração de bens e serviços e
qualidade de vida não são estreitas e automáticas. Nesse aspecto pode-se afirmar que a informalidade e
baixos salários são barreiras às possibilidades de crescimento e desenvolvimento local e regional;
• a pobreza atinge todos os municípios e é marcada pela renda baixa, o analfabetismo, o despreparo para
o enfrentamento das novas demandas do trabalho, tecnologias, entre outros. Operações de trabalho são
realizados com tecnologias cada vez mais sofisticadas que exigem maior e contínua capacitação. As novas
63
formas organizativas e de gestão da produção e da empresa tendem a diminuir o número de pessoas e
substituir a força de trabalho com baixo nível de qualificação por trabalhadores com maior nível educativo
e habilidades adquiridas com educação formal, capacitação formal e informal e aprendizagem no trabalho;
• quem migra é, predominantemente, o jovem trabalhador. Existe uma relação entre as expectativas de trabalho melhor remunerado e a decisão de se estabelecer ou continuar em uma localidade ou região. O
trabalho tem um significado econômico e social, pois, "os efeitos da deterioração do mercado de trabalho
ultrapassam a significação econômica (principal fonte de renda da grande maioria dos lugares), pois, ele,
frequentemente, organiza o cotidiano dos sujeitos e famílias, é um fator muito importante de socialização
das pessoas e as provê de todo um mundo de relações e valorizações pessoais"(BECCARIA E LÓPEZ,
1996, p. 11);
• a educação formal na região da COMCAM é questionável, pois os desempenhos nas provas nacionais necessitam ser revistos. Existe um consenso de que mesmo os locais que contam com poucos recursos financeiros
podem expandir e melhorar seus níveis de educação e saúde. A tendência observada é que pessoas (jovens e
adultos) sem determinada formação e habilidades educativas têm maiores dificuldades ou não conseguem se
inserir no mercado de trabalho e ocupar as vagas que exigem, cada vez mais, conhecimentos especializados.
As demandas gerais da indústria estão na capacidade de auto-aprendizagem, de compreensão do processo e
do funcionamento das máquinas, de comunicação verbal, oral, escrita e visual, capacidade de tomar iniciativa, capacidade de trabalhar em grupo, entre outros que são decorrentes da educação, inclusive, formal. Os
governos municipais têm administrado no sentido de melhorar os índices (IDSUS, IDEB, educação e saúde
integrantes do IDH). Contudo só têm condições de melhorar uma área ou outra e acabam por priorizar uma
delas. Assim, como os gestores municipais não têm como interferir na renda, esse indicador puxa para baixo
todos os índices municipais;
Existem municípios com situações muito preocupantes em termos de pobreza, tais como Altamira do Paraná,
Farol, Roncador, Nova Cantu, Quarto Centenário.
As decisões do setor público em termos de oferta e prestação de serviços em funções como educação, saúde,
justiça, assistência social e políticas de conservação e preservação do meio ambiente (chaves para o crescimento
econômico) podem ser discutidas através de mecanismos coletivos de decisão (conselhos, fóruns, entre outros).
Nesse contexto, a diversidade de administrações municipais que perseguem e compartem objetivos comuns para
áreas geográficas próximas pode estimular o desenvolvimento através de experimentação e inovações sociais, de
maneira a atrair fatores mais produtivos (tratamento fiscal) e melhorar a qualidade dos fatores existentes (equidade) de maneira a resultar em maior renda familiar.
Contudo, para lembrar, a guerra fiscal não é uma solução. O resultado global desta é a redução contínua dos recursos próprios em uma região que tem grande dependência das transferências governamentais e o setor público como
grande gerador de emprego. Resumindo, se pode concluir que, coletivamente, enquanto municípios integrantes
da COMCAM existem espaços de atuação importantes que devem ser implementados. A saída vislumbrada é a
execução de um sistema de cooperação entre os atores e setores, tais como:
1. estabelecimento de instrumentos de cooperação entre os municípios e setores sociais envolvidos com o
desenvolvimento regional;
2. diminuição das desigualdades municipais por meio da criação e reforço de instâncias de cooperação;
3. formatação de políticas regionais a partir da identificação de objetivos comuns entre os governos locais.
64
7
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RODRIGUES, Ana Lúcia. Planejamento e gestão das regiões metropolitanas: da funcionalidade anômica à
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2013.
Sites consultados
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=38678
http://www.direito.caop.mp.pr.gov.br/arquivos/File/diagnostico2.pdf
http://www.sescpr.com.br/inventario/regioes.php?cod=2
66
8
Anexos
67
68
641.084
346.648
1.829.068
548.190
623.356
1.138.582
472.626
533.317
377.274
3.053.313
9.563.458
655.509
387.451
1.638.677
555.339
547.559
1.016.481
478.126
501.428
348.617
2.319.526
8.448.713
10.444.526
678.319
334.125
2.037.183
546.224
689.279
1.219.558
497.127
544.190
404.779
3.493.742
100
% TOTAL POP.
PR
6,49
3,2
19,5
5,23
6,6
11,68
4,76
5,21
3,88
33,45
1.114.745
881.068
2000-10
(Abs.)
37.235
-12.523
208.115
-1.966
65.923
80.976
24.501
10.873
27.505
440.429
1991-00
(Abs.)
-14.425
-40.803
190.391
-7.149
75.797
122.101
-5.500
31.889
28.657
733.787
2010
1991
2000
INCREMENTO
POPULAÇÃO TOTAL RESIDENTE
Fontes: IBGE - Censo Demográfico; IPARDES
Noroeste
Centro-Ocidental
Norte Central
Norte Pioneiro
Centro-Oriental
Oeste
Sudoeste
Centro-Sul
Sudeste
Metropolitana de
Curitiba
PARANÁ
MESORREGIÕES
GEOGRÁFICAS
100
RELATIVO
AO PR (%)
4,23
-1,42
23,62
-0,22
7,48
9,19
2,78
1,23
3,12
49,99
1,4
-0,25
-1,24
1,24
-0,15
1,46
1,28
-0,13
0,69
0,89
3,13
0,89
0,57
-0,37
1,08
-0,04
1,01
0,69
0,51
0,2
0,71
1,36
TAXA
GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO (%a.a.)
1991-00
2000-10
85,33
83,4
80,26
91,63
80
84,7
85,61
69,58
67,08
58,58
91,57
2010
GRAU URBANIZAÇÃO
Tabela 14: POPULAÇÃO TOTAL RESIDENTE, INCREMENTO ABSOLUTO E RELATIVO, TAXA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO ANUAL E GRAU DE URBANIZAÇÃO, SEGUNDO
MESORREGIÕES GEOGRÁFICAS - PARANÁ - 1991/2010
Tabela 15: Municípios da COMCAM - Taxa de urbanização - 2010.
85,33
PARANÁ
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
49,58
78,06
75,7
57,79
81,57
94,82
53,15
88,29
58,12
83,19
86,99
58,25
61,82
76,42
65,02
64,35
78,8
55,27
80,81
59,97
74,9
80,89
61,71
82,73
85,34
Fonte: Ipardes (2012).
69
Tabela 16: População total e por faixa etária, taxa de crescimento populacional - 2010.
Total
0 a
anos
10.444.526
4.306
13.419
12.656
4.568
15.394
87.194
4.002
13.906
3.472
4.802
29.018
10.622
6.532
7.641
7.315
13.961
12.606
7.425
13.624
4.856
5.088
2.847
11.537
15.776
21.558
MUNICÍPIOS
PARANÁ
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho
Alegre
D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
5
6 a 14 anos
15 a
anos
865.706
339
992
938
308
1.273
6.791
283
1.062
285
329
2.186
805
463
504
665
1.130
957
574
1.031
374
400
215
1.525.794
723
1.888
1.814
594
2.347
12.372
603
1.945
538
672
4.162
1.788
899
1.171
1.175
2.035
1.824
1.229
2.039
673
733
412
565.912
262
765
701
230
902
4.824
242
725
223
301
1.532
638
383
404
431
752
676
531
803
297
304
160
2.144.283
774
2.524
2.213
809
2.591
18.134
665
2.677
580
846
5.580
1.789
1.120
1.421
1.459
2.642
2.134
1.202
2.578
936
952
537
4.171.876
1.649
5.531
4.929
1.953
6.125
35.280
1.587
5.670
1.404
1.924
11.652
4.092
2.606
3.212
2.768
5.673
5.087
2.918
5.388
1.953
1.985
1.160
934
1.132
1.579
1.785
2.134
2.910
637
868
1.185
2.138
3.233
3.876
4.539
6.212
8.970
Fonte: Ipardes (2012)
70
17
18 a
anos
29
30 a
anos
59
60 anos e
mais
Grau de
urbanização
(%)
1.170.955
559
1.719
2.061
674
2.156
9.793
622
1.827
442
730
3.906
1.510
1.061
929
817
1.729
1.928
971
1.785
623
714
363
Taxa de
crescimento
2000 /
2010
(%)
0,89
-4,74
0,26
-1,08
-1,22
-1
0,8
-2,1
-0,13
-1,31
-0,29
-0,25
-0,65
-2,11
-0,62
-0,3
-0,82
-0,61
-2,85
0,1
-0,93
-1,23
-0,9
1.504
2.197
3.038
-1,65
0,75
-0,47
61,71
82,73
85,34
85,33
49,58
78,06
75,7
57,79
81,57
94,82
53,15
88,29
58,12
83,19
86,99
58,25
61,82
76,42
65,02
64,35
78,8
55,27
80,81
59,97
74,9
80,89
71
151.222
299.093
238.693
160.124
149.503
100.964
59.161
156.919
146.868
98.193
58.726
53,5
98,0
População rural
PIA total
PIA 15 a 64 anos
PEA total
PEA 15 a 64 anos
PEA urbana
PEA rural
Ocupados total
Ocupados 15 a 64 anos
Ocupados urbana
Ocupados rural
Taxa de atividade (%)
Taxa de ocupação(%)
Fonte: Ipardes (2012)
387.451
236.229
População total
População urbana
1991
86,3
56,0
98.865
37.313
136.178
130.041
39.911
117.971
157.882
149.932
282.083
223.655
95.329
346.686
251.357
2000
CENTRO-OCIDENTAL
94,5
59,3
128.674
33.119
161.794
154.069
34.100
137.111
171.210
163.107
288.832
229.420
65.957
334.125
268.168
2010
0,7
-36,5
-13,2
-11,5
-32,5
16,8
-1,4
0,3
-5,7
-6,3
-37,0
-10,5
6,4
Variação
1991/2000
30,2
-11,2
18,8
18,5
-14,6
16,2
8,4
8,8
2,4
2,6
-30,8
-3,6
6,7
2000/2010
2.570.472
915.132
3.485.604
3.612.631
6.580.428
8.448.713
1991
PARANÁ
3.271.069
784.670
4.055.739
4.651.830
7.753.440
9.563.458
2000
Tabela 17: Paraná e COMCAM População, PEA e ocupação - 1991, 2000 e 2010.
4.506.168
801.655
5.307.823
5.587.968
8.962.587
10.444.526
2010
27,3
-14,3
16,4
28,8
17,8
13,2
Variação
1991/2000
37,8
2,2
30,9
20,1
15,6
9,2
2000/2010
Tabela 18: municípios da COMCAM - Taxa de atividade e População Economicamente Ativa - PEA - 2000 e 2010.
Paraná
COMCAM
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
Taxa de Atividade
2000
2010
60,0
62,3
56,0
59,3
54,8
60,8
60,2
63,7
51,3
54
49,7
61,1
55,4
60,5
58,9
61,4
56,8
64,6
57,4
57,7
54,2
57,2
50,3
57,1
58,0
58,8
53,3
56,6
53,6
53
54,4
58,7
51,9
55,7
51,6
56,4
57,7
55,7
56,5
58,5
57,9
56,4
51,5
56
46,8
62,7
54,3
55
52,9
61,3
59,2
64,5
53,9
57
Fonte: IPARDES (2012).
72
PEA
2000
4651830
157883
3050
6414
5938
2156
7631
38566
2315
6579
1717
2001
14168
4877
3544
3571
3111
6364
6335
4366
6288
2233
2144
1375
5860
7167
10113
2010
5587963
171209
2229
7464
5938
2449
7950
46283
2234
6956
1708
2401
14744
5129
3040
3888
3434
6773
6094
3738
6640
2361
2763
1349
6042
8899
10703
73
Fonte: IPARDES (2012)
Paraná
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho
Alegre
D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
TOTAL COMCAM
%
87,2
88,4
88,6
90,5
84,2
83,8
83,2
93,6
87,7
90,6
88,2
84,4
88,4
89,8
85,6
85,3
81,7
91,5
91,7
86,4
89,1
95,5
90,2
88,5
91,4
81,9
86,3
2000
OCUPADA
4055739
2697
5680
5374
1815
6394
32070
2166
5768
1555
1766
11962
4309
3182
3057
2653
5198
5798
4006
5434
1991
2047
1241
5188
6548
8281
136178
672
619
1832
21705
DESOCUPADA
596091
353
734
564
341
1237
6496
149
811
162
235
2206
568
362
514
458
1166
537
360
854
242
97
134
11,5
8,6
18,1
13,7
%
12,8
11,6
11,4
9,5
15,8
16,2
16,8
6,4
12,3
9,4
11,8
15,6
11,6
10,2
14,4
14,7
18,3
8,5
8,3
13,6
10,9
4,5
9,8
5860
7167
10113
157883
TOTAL
4651830
3050
6414
5938
2156
7631
38566
2315
6579
1717
2001
14168
4877
3544
3571
3111
6364
6335
4366
6288
2233
2144
1375
5768
8547
10243
161793
2010
OCUPADA
5307823
2110
7075
5638
2270
7438
43265
2146
6557
1562
2135
13946
4972
2956
3651
3264
6354
5809
3644
6259
2226
2648
1310
95,5
96,0
95,7
94,5
%
95,0
94,7
94,8
94,9
92,7
93,5
93,5
96,1
94,3
91,5
89,0
94,6
97,0
97,2
93,9
95,0
93,8
95,3
97,5
94,3
94,3
95,8
97,1
Tabela 19: Municípios da COMCAM - PEA - ocupados e desocupados 2000 e 2010.
274
353
460
9417
DESOCUPADA
280140
118
390
300
179
513
3018
88
399
146
265
799
156
84
237
170
419
285
94
381
135
115
39
4,5
4,0
4,3
5,5
%
5,0
5,3
5,2
5,1
7,3
6,5
6,5
3,9
5,7
8,5
11,0
5,4
3,0
2,8
6,1
5,0
6,2
4,7
2,5
5,7
5,7
4,2
2,9
6042
8900
10703
171210
TOTAL
5587963
2228
7465
5938
2449
7951
46283
2234
6956
1708
2400
14745
5128
3040
3888
3434
6773
6094
3738
6640
2361
2763
1349
Tabela 20: Taxa de formalização do emprego.
Municípios
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
Empregados
Formais
51,7
65,7
55,5
51,3
53
75,5
37,1
73,8
64,8
66
64,6
55,3
47
55,5
59,8
64
66,9
42,3
72,3
65,2
66,4
61,8
49,4
77,4
53,8
Fonte: Rais e Ipardes (2012).
74
Empregados
Informais
48,3
34,3
44,5
48,7
47
24,5
62,9
26,2
35,2
34
35,4
44,7
53
44,5
40,2
36
33,1
57,7
27,7
34,8
33,6
38,2
50,6
22,6
46,2
Tabela 21: Total e distribuição do emprego formal por município - 2010.
TOTAL
Paraná
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
TOTAL COMCAM
2783715
392
3117
1164
601
1742
20720
382
3115
338
441
5463
1183
565
728
1089
1828
2406
606
1467
602
582
338
1257
3918
3304
57348
Agrosilvipastoril
3,9
8,9
3
8,3
16,6
16,2
4,4
13,9
6
24,6
6,1
16
9,7
15,8
12,9
40
21,5
41
21,6
15,5
26,2
22,3
10,1
26,1
4,3
4,7
75
Indústria
29,1
3,6
69,1
15,3
9,5
3,8
22,9
9,9
52,8
1,5
1,4
10,4
6,4
9
7,3
12,2
8,4
21
3,1
19,6
11,8
13,9
6,5
4,2
61,7
13,9
Serviços
blico
22,4
68,1
14,2
37,7
41,6
41,6
19,3
53,9
16,1
59,2
46
20,2
36,9
45,7
27,9
33,2
26,7
20,8
42,2
27,1
35,7
38,7
55,9
36,5
14,2
28,1
pú-
Comércio e outros
44,7
19,4
13,7
38,7
32,3
38,3
53,5
22,3
25,1
14,8
46,5
53,4
47
29,6
51,9
14,5
43,4
17,1
33
37,8
26,2
25,1
27,5
33,2
19,8
53,4
76
FONTE: http://www.pnud.org.br/.
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
Paraná
MUNICÍPIO
0,589
0,639
0,633
0,67
0,634
0,703
0,58
0,691
0,615
0,657
0,678
0,605
0,652
0,676
0,635
0,66
0,636
0,625
0,661
0,631
0,648
0,653
0,614
0,667
0,692
1991
IDHM
0,509
0,561
0,548
0,638
0,564
0,671
0,47
0,605
0,546
0,565
0,655
0,52
0,618
0,633
0,567
0,643
0,572
0,582
0,601
0,599
0,578
0,634
0,555
0,58
0,653
IDHMRenda
0,631
0,635
0,677
0,638
0,631
0,655
0,611
0,709
0,607
0,653
0,638
0,643
0,638
0,676
0,667
0,607
0,653
0,636
0,646
0,629
0,658
0,638
0,607
0,709
0,68
IDHMLongevidade
0,627
0,721
0,673
0,735
0,707
0,784
0,658
0,758
0,693
0,754
0,74
0,652
0,701
0,718
0,672
0,73
0,684
0,656
0,737
0,666
0,707
0,688
0,68
0,712
0,742
IDHMEducação
0,677
0,732
0,7
0,722
0,71
0,774
0,678
0,762
0,701
0,736
0,746
0,699
0,692
0,731
0,704
0,745
0,703
0,698
0,736
0,7
0,712
0,698
0,701
0,744
0,734
IDHM
2000
IDHM
Tabela 22: COMCAM - IDHM 1991-2000.
0,576
0,647
0,618
0,641
0,647
0,715
0,566
0,7
0,621
0,633
0,679
0,62
0,598
0,652
0,607
0,638
0,635
0,614
0,656
0,608
0,623
0,613
0,601
0,655
0,647
IDHMRenda
0,709
0,717
0,694
0,645
0,656
0,717
0,694
0,731
0,691
0,751
0,688
0,706
0,669
0,696
0,694
0,725
0,656
0,656
0,694
0,656
0,701
0,656
0,685
0,753
0,696
IDHMLongevidade
0,747
0,833
0,788
0,881
0,826
0,891
0,775
0,856
0,792
0,824
0,872
0,772
0,808
0,846
0,81
0,872
0,819
0,824
0,859
0,835
0,812
0,825
0,818
0,823
0,859
IDHMEducação
Tabela 23: IFDM dos municípios da COMCAM - 2011.
0,8226
emprego
renda
0,8022
Altamira do Paraná
0,6648
0,4137
0,7587
0,8220
Araruna
0,6911
0,4529
0,7742
0,8461
Barbosa Ferraz
0,6713
0,3784
0,7615
0,8740
Boa Esperança
0,7272
0,3685
0,8762
0,9369
Campina da Lagoa
0,6668
0,3909
0,7652
0,8443
Campo Mourão
0,8514
0,8252
0,8147
0,9144
Corumbataí do Sul
0,6750
0,3392
0,7576
0,9281
Engenheiro Beltrão
0,7308
0,4284
0,8373
0,9266
Farol
0,6942
0,4111
0,8003
0,8711
Fênix
0,6830
0,3905
0,8003
0,8584
Goioerê
0,6884
0,3415
0,7901
0,9336
Iretama
0,6945
0,4046
0,7307
0,9482
Janiópolis
0,7133
0,4085
0,7731
0,9585
Juranda
0,7282
0,4755
0,7908
0,9183
Luiziana
0,6666
0,4600
0,6585
0,8812
Mamborê
0,7275
0,4292
0,8244
0,9288
Moreira Sales
0,6891
0,3586
0,7736
0,9350
Nova Cantu
0,6917
0,3810
0,7800
0,9141
Peabiru
0,7119
0,3959
0,8547
0,8850
Quarto Centenário
0,7405
0,4778
0,7774
0,9665
Quinta do Sol
0,6816
0,3960
0,7485
0,9004
Rancho Alegre D’Oeste
0,7490
0,5065
0,7403
1,0000
Roncador
0,6891
0,4467
0,7451
0,8755
Terra Boa
0,7561
0,4541
0,8597
0,9544
Ubiratã
0,7176
0,4285
0,8089
0,9152
Paraná
IFDM
Fonte: FIRJAN (2012).
77
e
Educação
Saúde
0,7759
0,8898
Tabela 24: COMCAM - notas do IDEB - 2009-2011.
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
2009
2011
4,90
4,80
5,30
5,30
4,40
4,60
5,10
5,40
4,40
5,00
5,10
5,30
4,70
3,80
5,10
4,50
5,10
5,40
4,10
4,60
4,40
4,80
5,80
5,20
4,60
5,50
5,50
5,20
4,30
4,90
5,90
5,40
5,40
5,20
4,20
5,40
4,80
4,40
5,20
5,10
4,40
5,70
5,40
4,60
5,80
5,50
6,00
4,90
Tabela 25: Prova Brasil - notas de português e matemática - 2011.
Meta Brasil
PR
Altamira do PR
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
portugues
matemática
225
196,5
196,5
192,6
196
195,3
179,6
171,9
206,4
186,1
192,8
195
184,5
191,4
181,6
177
198,3
187,4
176,9
198,2
193,3
186,9
197,5
198,6
216,3
188
200
220,6
197,1
232,9
224,3
217,2
195,6
212
233,7
218,1
221,4
218,5
203,6
218,2
204,5
196,9
218,1
217,4
198,4
219,7
220,8
213,7
223,7
219,5
234,2
217,1
78
Tabela 26: Renda média familiar per capita, PIB per capita dos municípios da COMCAM - 2009.
Paraná
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
Renda média
familiar
per
capita
747
398
507
451
531
511
765
374
581
448
488
598
444
508
491
421
537
463
393
551
575
511
514
416
582
571
Fonte: Ipardes (2012).
79
PIB per capita
PIB
17 779,11
9 887,72
14 374,07
6 901,28
22 349,00
10 558,54
19 918,33
7 201,09
14 992,99
18 161,91
13 618,23
10 803,58
6 656,93
11 487,99
16 850,75
19 915,42
18 393,43
11 015,86
10 630,29
9 755,96
17 756,65
13 086,68
8 149,72
12 038,48
8 983,50
13 459,10
189 991 949
37 563
186 317
96 583
105 979
171 502
1 710 905
30 389
214 100
60 915
68 323
320 909
76 621
80 221
131 807
146 518
263 615
145 828
79 525
130 213
86 670
67 907
33 275
148 182
135 372
290 151
Tabela 27: Taxa de pobreza, famílias e população pobre.
altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da lagoa
Campo Mourão
Corumbatai do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fenix
Goioere
Iretama
Janiopolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre d´Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
total
%pobreza
familias
pessoas
pessoas/fam
52,37
27,61
41,87
35,83
37,2
20,74
48,6
24,18
45,3
30,1
27,69
43,5
39,09
35,76
41,12
38,26
32,79
46,53
31,9
42,07
35,49
35,44
46,25
18,75
33,16
932
1065
1752
541
1838
4996
667
1043
509
455
2433
1397
967
838
876
1759
1358
1230
1312
625
586
308
1756
3242
2248
34733
4069
4008
6768
2047
7357
18861
2873
3938
2054
1765
8797
5648
3604
3460
3551
6346
5051
5151
4944
2458
2369
1234
7207
15948
8461
137969
4,4
3,8
3,9
3,8
4,0
3,8
4,3
3,8
4,0
3,9
3,6
4,0
3,7
4,1
4,1
3,6
3,7
4,2
3,8
3,9
4,0
4,0
4,1
4,9
3,8
4,0
Fonte: Ipardes (2012).
80
Tabela 28: famílias que recebem bolsa família, quantidade de famílias pobres e percentual de famílias pobres que recebem
bolsa família - 2012.
Paraná
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
TOTAL DA COMCAM
bolsa-familia
familias pobres
% com bolsa
449
627
898
304
1178
4313
304
668
259
290
1179
1209
453
311
477
744
1065
792
897
363
255
205
961
322
1139
19662
932
1065
1752
541
1838
4996
667
1043
509
455
2433
1397
967
838
876
1759
1358
1230
1312
625
586
308
1756
3242
2248
34733
48,18
58,87
51,26
56,19
64,09
86,33
45,58
64,05
50,88
63,74
48,46
86,54
46,85
37,11
54,45
42,3
78,42
64,39
68,37
58,08
43,52
66,56
54,73
9,93
50,67
56,61
Fonte: Ipardes (2012).
Tabela 29: Taxa de mortalidade infantil.
12,5
Paraná
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
12,1
16,4
12,5
13,7
21,1
13,4
12,1
10,5
7,2
6,9
15,9
10
4,9
20,2
9
1,9
13
32
6,2
6
5
0
7
13,2
21,5
81
Tabela 30: Indice de Gini - 2000.
0,62
Altamira
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
corumbatai do Sul
Engenheiro Beltrao
Farol
Fenix
Goioere
Iretama
Janiopolis
Juranda
Luiziana
Mambore
moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenario
Quinta do sol
Rancho Alegre dOeste
Roncador
Terra Boa
Ubirata
0,52
0,6
0,54
0,62
0,57
0,52
0,59
0,6
0,54
0,58
0,62
0,54
0,59
0,55
0,58
0,55
0,63
0,55
0,54
0,56
0,51
0,59
0,47
0,55
Tabela 31: IFGF 2011.
IFGF
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
0,56
0,3
0,54
0,38
0,73
0,62
0,38
0,41
0,36
0,51
0,48
0,49
0,44
0,63
0,49
0,48
0,52
0,29
0,34
0,56
0,51
0,61
0,75
82
Tabela 32: Indice Firjan de Gestão fiscal dos muncipios 2011.
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
Receita Própria
Pessoal
Investimentos
Liquidez
0,06
0,24
0,36
0,23
0,63
0,12
0,27
0,10
0,19
0,28
0,14
0,27
0,19
0,29
0,26
0,08
0,45
0,13
0,17
0,08
0,21
0,29
0,49
0,70
0,62
0,62
0,53
0,83
0,70
0,74
0,58
0,81
0,79
0,69
0,62
0,65
0,67
0,58
0,83
0,55
0,58
0,61
0,66
0,67
0,71
0,73
0,81
0,19
0,51
0,62
0,49
0,84
0,21
0,88
0,34
0,27
0,99
1,00
0,64
0,63
0,20
0,57
0,15
0,30
0,37
0,47
0,42
0,49
0,94
0,51
0,00
0,66
0,00
1,00
0,84
0,22
0,00
0,00
0,64
0,04
0,00
0,02
0,92
0,95
0,43
1,00
0,00
0,07
0,98
0,58
1,00
1,00
Tabela 33: COMCAM - IDSUS por município.
6,2
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
5,46
6,01
6,44
5,97
5,97
6,39
6,01
6,23
5,78
6,23
5,67
6,15
6,07
5,57
6,2
5,41
5,73
5,75
6,77
5,83
6,29
4,51
6,64
5,72
83
Custo da Dívida
0,96
0,61
0,60
0,68
0,63
0,62
0,57
0,59
0,61
0,65
0,58
0,65
0,99
0,66
0,43
0,49
0,41
0,62
0,67
0,70
0,89
0,51
0,34
Tabela 34: Cobertura populacional estimada pelas Equipes Básicas de Saúde.
Cobertura
populacional
estimada pelas
Equipes
Básicas
de
Saúde
10,00
10,00
10,00
10,00
9,74
8,67
10,00
10,00
10,00
6,66
10,00
8,48
9,86
9,00
8,20
10,00
8,39
9,56
6,98
10,00
10,00
10,00
3,34
10,00
7,42
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
Fonte: Ipardes (2012).
84
Tabela 35: Proporção nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal.
Proporção nascidos vivos de
mães com 7 ou
mais consultas
de pré-natal
8,05
8,33
9,61
10
9,42
9,4
9,77
9,29
8,76
9,21
10
9,09
10
9,99
9,26
9,62
10
10
8,8
10
8,82
10
7,06
10
10
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
85
Tabela 36: Razão de exames de mamografia realizados em mulheres de 50 a 69 anos e população da mesma faixa etária.
Razão
de
exames
de
mamografia
realizados em
mulheres
de
50 a 69 anos e
população da
mesma
faixa
etária
4,43
4,24
2,86
4,01
3,67
3,56
3,44
3,6
3,28
3,45
3,98
2,23
4,35
2,88
1,99
3,02
2,22
2,44
4,58
6,46
3,06
3,94
1,03
4,45
5,97
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
86
Tabela 37: Proporção de Parto Normal.
Proporção de
Parto Normal
5,45
3,4
4,64
5,47
5,54
4,91
6,06
4,09
4,69
4,73
5,69
4,59
4,87
3,6
6,08
5,82
6,2
6,57
4,98
5
4,82
6,44
5,51
6,01
3,7
Altamira do Paraná
Araruna
Barbosa Ferraz
Boa Esperança
Campina da Lagoa
Campo Mourão
Corumbataí do Sul
Engenheiro Beltrão
Farol
Fênix
Goioerê
Iretama
Janiópolis
Juranda
Luiziana
Mamborê
Moreira Sales
Nova Cantu
Peabiru
Quarto Centenário
Quinta do Sol
Rancho Alegre D’Oeste
Roncador
Terra Boa
Ubiratã
87
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Diagnóstico Regional Comcam - Observatório das Metrópoles