Folha de ROSTO
Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
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INSTITUTO HERMES PARDINI LTDA
Presidente
Hermes Pardini
Vice-Presidente
Carlos Olney Soares
Responsáveis Técnicos - Divisão Veterinária
Cid Bastos Fóscolo - RT Veterinário (CRMMV-MG 5620)
Patrícia Pimentel de Barros - RT DNA Animal (CRMMV-MG 7158)
Assessoria de Marketing
Gemerson Sander Silva
Renata Félix
Samuel de Paiva Gê
Assessoria de Imprensa
Maria Juliana Horta Soares
Impressão
Parque Gráfico IHP
Tiragem
5 mil
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Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
APRESENTAÇÃO
O Setor de Veterinária é um antigo sonho, que guardava há muitos
anos. Sempre fomos questionados pelos médicos veterinários, que não
entendiam a razão pela qual nós não os atendíamos. E então surgiram, na
hora certa, veterinários experientes e professores da área que nos
mostraram que nosso serviço, com algumas modificações, estava apto a
atender praticamente todas as áreas da patologia veterinária.
A partir de janeiro de 2002 um amplo espectro de ação na área
veterinária pôde ser oferecido em um único laboratório, não havendo
necessidade de fracionar amostras, dividindo-as para serviços em locais
diferentes, o que certamente dificultava o trabalho dos nossos clientes.
Agora podemos dizer com segurança que com uma amostra do material
colhido dos animais você pode fazer todos os exames em um só
laboratório. Enviamos os resultados no menor prazo possível, inclusive via
Internet.
Atualmente o Instituto Hermes Pardini oferece o exame de DNA
Animal para BOVINOS e EQÜINOS. Esse exame permite a realização de
estudos refinados de parentesco com alta precisão e a construção de
bancos de dados com finalidade de arquivo permanente. Os exames de
DNA animal do IHP seguem os mais altos padrões de qualidade
internacional, respeitando rigorosamente as normas da ISAG (International
Society of Animal Genetics) e garantindo, assim, a qualidade dos exames e
a confiabilidade dos resultados.
Temos escritórios por todo o Brasil, o que possibilita a entrega de
materiais em local próximo a sua fazenda e/ou clínica veterinária. Existindo
qualquer dúvida, não hesite em nos telefonar ou mandar um e-mail para
[email protected]. A nossa Divisão Veterinária estará
sempre pronta a atendê-los.
Sempre à disposição,
Prof. Hermes Pardini
Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
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Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
INSTITUTO HERMES PARDINI LTDA
Fundado em agosto de 1959, o Instituto Hermes Pardini iniciou suas atividades em
uma pequena sala no Centro de Belo Horizonte. A primeira filial foi construída em
1975, na Rua Aimorés, número 33. Hoje, o Instituto Hermes Pardini conta com 26
unidades na região metropolitana e cerca de 3000 colaboradores.
Além de atender em BH, o IHP oferece apoio a laboratórios em todo o País. A
Central de Apoio a Laboratórios (CAL) funciona 24 horas por dia, permitindo fluxo
contínuo de amostras aos setores técnicos. Recebendo amostras de todo o Brasil,
a CAL conta com cerca de 450 funcionários e sua estrutura permite atender 1100
cidades por dia e cerca de 5000 laboratórios conveniados. Através de logística de
transporte eficiente, que inclui aeronaves próprias, as amostras são rapidamente
transportadas a BH. Todas as amostras colhidas são sempre identificadas com
códigos de barra em sistema informatizado, utilizando rigorosos controles de
biossegurança e material totalmente descartável.
O crescimento do Instituto Hermes Pardini foi sempre acompanhado de perto por
programas de controle de qualidade. Desde 1977, o Instituto participa de
Programas Externos de Controle da Qualidade, como a certificação internacional
ISO, totalizando, nos dias de hoje, mais de 30 Programas. A finalidade desses
programas é monitorar e avaliar os sistemas analíticos dos ensaios, principalmente
em relação aos parâmetros de exatidão e precisão. A qualidade dos serviços
também é garantida pela qualificação e treinamento contínuos de toda a equipe e
aquisição de equipamentos de última geração.
Além de exames laboratoriais, o IHP oferece serviços de Genética Humana,
Anatomia Patológica, Citologia, Vacinas, Medicina Nuclear, Diagnósticos por
Imagem, Banco de Sangue de Cordão Umbilical (Criovida) e Divisão Veterinária.
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Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
NOSSOS SERVIÇOS - DIVISÃO VETERINÁRIA
Contamos com equipe especializada em todos os setores e com um serviço de
apoio que atende a laboratórios, clínicas veterinárias e veterinários em todo Brasil.
A divisão veterinária executa hoje mais de 200 tipos de exames nas mais diversas
especialidades:
Exames laboratoriais
Bioquímica
Endocrinologia
Genética Veterinária - DNA Animal
Biologia molecular
Hematologia
HPLC
Imunologia
Microbiologia
Cultura especiais
Coprologia
Toxicologia
Uroanálise
Anatomia Patológica Veterinária
Citologia Veterinária
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Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
UNIDADES DE ATENDIMENTO
BELO HORIZONTE – MG
Matriz - Funcionários: Rua Aimorés, 66
Alípio de Melo: Av. Abílio Machado, 2655
Bairro Ouro Preto: Rua Conceição do Mato Dentro, 317
Barbacena: Av. Barbacena, 670* **
Barreiro: Av. Sinfrônio Brochado, 115
Barroca: Av. Amazonas, 2904
Belvedere: Av. Luíz Paulo Franco, 629
Buritis: Av. Mário Werneck, 1278
Carijós: Rua Carijós, 127
Cidade Jardim: Av. Prudente de Morais, 31
Cidade Nova: Av. Cristiano Machado, 597
Felício Rocho: Rua Uberaba, 500-A*
Ipiranga: Av. Cristiano Machado, 2711
Lifecenter: Av. Contorno, 4747* **
Mangabeiras: Av. Bandeirantes, 1808
Padre Eustáquio: Rua Pará de Minas, 867
Pampulha: Av. Antônio Carlos, 7781
Pedro II: Av. Pedro II, 2087
Região Médica: Av. Bernardo Monteiro, 842
São Paulo: Rua São Paulo, 893
Tupis: Rua Tupis, 343
Venda Nova: Av. Vilarinho, 901
Vila da Serra: Alameda da Serra, 499*
* Unidades hospitalares
** Unidades 24 horas
BRASIL
Temos representantes em todos os estados. Entre em contato conosco.
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Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
CALL CENTER - Central de Relacionamento
A Central de Relacionamento do Instituto Hermes Pardini tem como objetivo centralizar as
informações, padronizar os serviços e informar com precisão.
Conta com uma infra-estrutura de tecnologia moderna com garantia de funcionamento sem
interrupções (24x7), que permite atender todo o tráfego de ligações recebidas ou executadas.
Nossos equipamentos são de alto nível tecnológico com linhas de transmissão por fibra ótica, que
garantem a qualidade das nossas comunicações.
O Call Center do IHP coloca à disposição dos clientes os seguintes serviços:
‚
Esclarecimentos quanto ao preparo de exames, orçamentos e outras
informações:
(31) 3228 6200
(31) 2121 6200
(31) 4501 6200
ƒ
Atendimento a Laboratórios Conveniados (Brasil):
(31) 3228 1800
(31) 2121 1800
Fale Conosco
Dispomos de serviço de atendimento a sugestões e reclamações via internet no
endereço www.hermespardini.com.br ou e-mail [email protected].
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Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
AOS LABORATÓRIOS CONVENIADOS
Para envio de amostras, devem ser observadas as condições dispostas apenas no HELP DE
EXAMES, que são continuamente atualizadas. Consulte a nossa homepage:
www.hermespardini.com.br (link Divisão Veterinária).
Colocamos à disposição de nossos laboratórios conveniados os seguintes serviços
on line:
HELP DE EXAMES
Informações atualizadas relativas a todos os exames realizados pelo Instituto
Hermes Pardini, com valores de referência, marcação, condição, impressos etc.
ERRATA ON LINE
Atualização de todas as informações do Manual de Exames.
COMUNICADOS & NOVIDADES
Toda nova informação chegando on line para você.
INFORMATIVOS TÉCNICOS
Revisões de literatura e dados para interpretação de exames podem ser acessados
em formato PDF.
CONSULTA ON LINE AO NOSSO BANCO DE DADOS
Pesquisa de resultados, motivos da não-realização de exames, data de resultados,
faturamento etc.
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Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
ISO 9001/2000
Missão
Realizar com excelência serviços de apoio diagnóstico e produtos relacionados à saúde, atendendo
e superando as expectativas dos nossos clientes.
Visão
Ser referência na prestação de serviços de saúde, com reconhecimento de qualidade e gestão.
Valores
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ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Respeito ao cliente
Altos padrões éticos
Confiabilidade dos serviços prestados
Inovação tecnológica
Educação continuada
Qualidade no antendimento
Motivação e respeito para com os colaboradores
Política da Qualidade
Manter o compromisso da qualidade na prestação de serviços, através da
satisfação de nossos clientes e melhoria contínua dos processos.
Objetivos da Qualidade
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Melhorar a qualidade no atendimento
Aumentar a capacitação da equipe
Garantir a confiabilidade dos serviços
Otimizar o sistema de gestão
Melhorar os processos técnicos / analíticos
Buscar inovações tecnológicas
Dr. Carlos Olney Soares
R.D. ISO 9001/2000
Vice-presidente
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Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
ÍNDICE
Apresentação
Instituto Hermes Pardini Ltda
Nossos Serviços
Unidades de Atendimento
Call Center – Central de Relacionamentos
Aos Laboratórios Conveniados
ISO 9001/2000
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MANUAL DE COLETA
Introdução
Acondicionamento e envio de material biológico
Conseqüências de um material mal acondicionado
Exames urgentes
Coleta de material para anatomia patológica
- Tipos de exames e padrões mais utilizados
- Coleta de material para exame histopatológico
- Conservação do material / Preparação do tecido
- Identificação do material / requisição de exames
- Múltiplas amostras acondicionadas em um mesmo frasco
- Exames com imunohistoquímica
- Citologia punção de líquidos
Coleta para exame citológico
- Citologia por decalque (imprint ou claps)
- Citologia por esmagamento (squash)
- Citologia aspirativa por agulha fina
Coleta para Microbiologia
- Hemocultura
- Bactérias anaeróbias para cultura
- Gram
- Material proveniente de animais com mamite
- Coleta de materiais diversos: feridas, abscessos e exsudatos
- Coleta de raspado de pele
- Cultura de fungos
- Coleta de secreção de ouvido
- Coleta para cultura de urina
- Coleta para cultura de fezes (coprocultura)
Coleta para exames hematológicos
- Esfregaço sangüíneo
- Sangue total e Anticoagulantes
- Soro sangüíneo e Plasma sangüíneo
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Coleta de sangue – passos básicos para uma boa coleta
Coleta de materiais diversos
- Coleta de fluídos sinovial, peritonial e pleural
- Líquor (LCR)
- Coleta para Uroanálise
- Cálculos urinários
- Coleta de fezes para exame parasitológico
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ÍNDICE DO MANUAL DE EXAMES POR SETORES
Este manual tem caráter informativo e a função de estimular uma pesquisa mais
profunda de cada tema. Os exames aqui citados podem ser excluídos, substituídos
ou alterados sem aviso prévio. As informações atualizadas sobre os exames que
oferecemos estão descritas no nosso site na Internet (Help de Exames) ou então
por consulta telefônica ao setor técnico veterinário.
Anatomia Patológica
Bacteriologia
Biologia Molecular
Bioquímica
Citologia
Coprologia
Culturas Especiais
Endocrinologia
Genética Veterinária
Hematologia
HPLC
Imunologia
Toxicologia
Uroanálise
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ÍNDICE POR EXAMES
Exame
Ácido Fólico
Ácido Láctico
Ácido Láctico - Líquor
Ácido Úrico
ACTH Hipersensível
Adenosina Deaminase
Aldolase
Amilase
Amônia
Anemia Infecciosa Eqüina
Anticorpos anti-raiva - Veterinário
Artrite Encefalite Caprina
Bactérias Anaeróbias, cultura
Beta Caroteno
Bilirrubinas
Bilirrubinas - urina
Biopsia com coloração especial
Biopsia simples
Brucelose Bovina (Antígeno Acidificado Tamponado)
Brucelose Bovina (Prova lenta e 2 mercaptoetanol)
Brucelose Canina - Brucella canis
Cálcio
Cálcio Iônico
Cálculo Biliar, Análise Físico/Química
Cálculo Renal, Análise Físico/Química
Campylobacter, cultura
Capacidade Livre de combinação do ferro
Capacidade Total de combinação do ferro
Ciclosporina
Cinomose - sorologia
Cinomose - Pesquisa de Corpúsculo de inclusão viral
Citologia de Punção de Líquidos Anatomia
Citologia Oncótica Geral
Citologia Oncótica Geral + 1 lâmina
Citometria + Citologia - Líquidos Corporais
Cloretos
Cobre
Colesterol HDL
Colesterol LDL
Colesterol Total
Colesterol VLDL
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151
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66
137
137
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41 e 87
87
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66
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67
67
68
68
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Colinesterase
Coprocultura
Cortisol
Creatinina
Creatinina, Clearence
Creatinofosfoquinase - CPK
Cristais com luz polarizada, urina
Cristais com luz polarizada, urina 24 horas
Cultura + Antibiograma
Cultura sem antibiograma
Dehidrogenase Láctica
Dehidrogenase Láctica - Líquor
Diarréia Bovina a Vírus
Difenilhidantoína
Digoxina
Dirofilariose
Dirofilariose Ehrlichia Lyme
Ectoparasitas pesquisa
Ehrlichia
Eletroforese de proteínas
Enzima Conversora de Angiotensina
Exame Direto a fresco
Fenobarbital
Ferro Sérico
Fibrinogênio
FIV/FELV - Leucemia viral felina / Imunodeficiência felina
Fosfatase Ácida
Fosfatase Alcalina
Fósforo
Fungos, Cultura
Fungos, Cultura com Antifungigrama
Gama GT
Gastrina
Giardia - Antígeno fezes - ELISA
Glicemia Jejum
Glicose, pesquisa urina
Glicose, pesquisa urina 12 horas
Glutationa Peroxidase
Gram (Bacterioscopia)
Hematócrito
Hemocultura
Hemocultura Automatizada
Hemograma
Hemoparasitas - Pesquisa
Hormônios Tireoideanos
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71
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127
102
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138
49
139
139
71
50
128
72
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140
72
73
73
50
51
74
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91
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75
51
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52
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Imunohistoquímica
Inseticidas Organofosforados
Leishmaniose Canina - PCR
Leishmaniose Canina - Pesquisa direta do agente
Leishmaniose Canina - IgG e RIFI
Leptospirose - Soroaglutinação microscópica
Leptospirose, cultura
Lipase
Lípides Totais
Lúpus Eritematoso
Lyme
Magnésio
Micobactérias, Cultura
Micobactérias, Cultura Automatizada
Micológico Direto
Mycoplasma, cultura
Osmolaridade
Painéis de imunohistoquímica para tumores indiferenciados
Parasitológico - larvas (Baermann e Moraes)
Parasitológico - OPG (Kato Katz)
Parasitológico - HPJ (Hoffman – Pons e Janer)
Paratormônio PTH Intacto
Parvovírus - antígeno fezes
Peça cirúrgica radical simples
Peritonite Infecciosa Felina - PIF
Pesquisa de mutação tobiana - pelagem pampa
Piócitos, Pesquisa e Contagem - urina
Potássio
Primidona
Progesterona
Proteína Glicosilada
Proteínas Totais
Proteínas Totais e Fracionadas
Razão Proteína / Creatinina - urina
Reticulócitos
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina - IBR
Rotina - líquido ascítico
Rotina - líquido pleural
Rotina - líquido sinovial
Sedimentoscopia urina
Sexagem de Aves por PCR
Sódio
T3 Total
T4 Livre
T4 Total
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96
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91
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107
107
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Tempo de Atividade de Protrombina (RNI)
Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP)
Teste de Supressão com Dexametasona (Alta dose)
Caninos e felinos
Teste de Supressão com Dexametasona (Baixa dose)
Caninos e felinos
Teste de Supressão com Dexametasona - Eqüinos
Testosterona
Tipagem por DNA e vínculo genético para raças bovinas e eqüinas
Toxicológico completo - Veterinário
Toxoplasmose IgG - Cão/Gato
Transaminase Oxalacética
Transaminase Pirúvica
Triglicérides
TSH canino
Uréia
Urina, Cultura e Antibiograma
Urina, Rotina
Urobilinogênio, Pesquisa urina
Vitamina A
Vitamina B12
Vitamina D3
Zinco
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105
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84
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154
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108
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INTRODUÇÃO
Este Manual de Exames, em sua versão 2007/2008, tem como objetivo auxiliar o
médico veterinário na coleta e envio de amostras. A padronização da coleta de
material é uma forma de garantir a qualidade do resultado dos exames. Além de
informar ao médico veterinário sobre os exames rotineiramente realizados, o
Manual de Exames também esclarece as principais dúvidas a respeito das
variáveis pré-analíticas que possam vir a interferir nos exames:
ƒ Relativo ao paciente: idade, raça, sexo, gestação.
ƒ Atividade física: imediatamente após exercício extenuante ocorrem
elevações de lactato, amônia, creatinoquinase, ALT, AST, fósforo,
fosfatase ácida, creatinina, ácido úrico e contagem de leucócitos. Um
decréscimo pode ser observado na dosagem de albumina, ferro e sódio.
ƒ Dieta e tempo de jejum: quando o jejum específico para cada exame não é
respeitado, pode haver interferência em muitos analitos, especialmente
bilirrubina, proteína total, ácido úrico, uréia, potássio, triglicérides, fosfatase
alcalina e fósforo.
ƒ Estresse (no momento da coleta, animal bravio).
ƒ Volume inadequado.
ƒ Uso do tubo com anticoagulante correto: é fundamental para preservação
da amostra e a correta determinação do analito, de acordo com o
especificado em cada exame. Vários analitos têm concentrações no
plasma e no soro diferentes. Quando vários tubos são usados durante uma
única punção, tubos sem aditivos devem ser utilizados primeiro para que se
evite contaminação.
ƒ Hemólise: hemólise leve tem pouco efeito sobre a maioria dos exames.
Hemólise significativa causa aumento na atividade plasmática da fosfatase
alcalina, TGO, desidrogenase láctica e nas dosagens de potássio,
magnésio e fosfato. A hemólise diminui a concentração de insulina, dentre
outros.
ƒ Contaminação da amostra.
ƒ Garroteamento prolongado.
ƒ Tempo e armazenamento da amostra: a amostra deve ser preservada
desde o momento da coleta até o momento em que será analisada. Plasma
ou soro devem ser separados das células o mais rápido possível. Se o soro
não puder ser analisado no momento, ele deve ser mantido refrigerado ou
congelado. As amostras devem ser centrifugadas tampadas para se reduzir
evaporação e aerolização. Nas amostras urinárias, deve-se dar especial
atenção àquelas que necessitam de acidificação e/ou refrigeração,
principalmente em amostras de 12 ou 24 horas. O tempo requerido para o
transporte de amostras biológicas, a partir do momento da coleta até a sua
execução, pode variar de minutos até dias, desde que estas estejam bem
conservadas, devendo-se consultar cada exame.
ATENÇÃO: Todo resultado liberado pelo laboratório é conseqüência da
qualidade da amostra recebida.
Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
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ACONDICIONAMENTO E ENVIO DE
MATERIAL BIOLÓGICO
O acondicionamento das amostras é uma etapa de suma importância para a
manutenção da qualidade. Cada material biológico deve ser acondicionado
conforme o exame solicitado.
Para a maioria dos exames laboratoriais, o acondicionamento sobre refrigeração
entre 2 e 8°C é o ideal. Alguns exames exigem o congelamento da amostra até o
momento da execução. Nesses casos, deve-se utilizar gelo seco para melhor
conservação. Pode-se ainda fazer um "sanduíche", ou seja, colocar a amostra entre
dois gelos recicláveis e congelá-los juntamente.
Alguns exames devem ser mantidos em temperatura ambiente, já que a
refrigeração ou congelamento pode alterar a amostra e conseqüentemente impedir
a realização do exame.
É importante lembrar também que para a realização de alguns exames é
necessário que o material biológico venha protegido da luz.
A solicitação de exame deve vir separada dos demais materiais, para que não se molhe.
As citologias, biópsias e urinas devem ser enviadas separadamente do restante do
material.
CONSEQÜÊNCIAS DE UM MATERIAL MAL
ACONDICIONADO
Um acondicionamento mal feito pode resultar em deterioração do material biológico
(impedindo a realização do exame), resultado alterado, quebra ou vazamento do
material, rótulos molhados e ilegíveis, requisições ilegíveis e molhadas (quando
enviadas junto com o material).
EXAMES URGENTES
É preciso ter um cuidado todo especial com materiais biológicos considerados
urgentes e/ou com curto prazo e conservação. Este material deve ser colhido e
enviado imediatamente ao laboratório, onde será triado e enviado imediatamente
ao setor técnico para a execução do exame.
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Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
COLETA DE MATERIAL PARA ANATOMIA PATOLÓGICA
Todo material destinado a histopatologia deve vir acompanhado da requisição de
exame devidamente preenchida. É sempre necessário o envio de informes
clínicos do caso a ser estudado.
W TIPOS DE EXAMES E PADRÕES MAIS UTILIZADOS
Peça cirúrgica radical simples: amostragem de uma área/órgão com 3,0 cm ou
mais de diâmetro.
Biopsia simples: amostragem de uma área/órgão, abrangendo no mínimo 0,3 cm
de espessura por 0,5 cm de profundidade.
Biopsia com pesquisa de H. pylori: gengiva, esôfago, estômago, duodeno, etc.
Biopsia com coloração especial (BCE): biópsia simples com pesquisa de agentes
etiológicos como fungos, protozoários, dentre outros, por meio de colorações
especiais.
Citologia de punção de líquidos: punção de órgãos variados: tireóide, cistos,
nódulos etc.
Colorações especiais: serão realizadas em materiais como fígado e medula
óssea, em casos de explicitação médica ou quando for necessária a pesquisa de
glicogênio, substância amilóide, depósito de ferro, depósito de cobre (consultar o
setor em caso de dúvidas).
W COLETA DE MATERIAL PARA EXAME HISTOPATOLÓGICO
A coleta de material para exame histopatológico é a operação mais delicada da
técnica histológica, pois exige grande habilidade e atenção do Médico Veterinário
responsável. São considerados aspectos importantes:
ƒ O cirurgião ou o clínico, ao realizarem a biópsia, devem ter sempre ao lado
o instrumental cirúrgico e o(s) frasco(s) contendo o líquido fixador.
ƒ As incisões devem ser feitas de modo rápido, com instrumento afiado,
evitando-se esmagar o tecido.
ƒ Os fragmentos de tecidos devem ter no mínimo 0,3 cm de espessura, faces
planas e paralelas e atingir no mínimo 0,4 cm de profundidade.
ƒ As superfícies de corte devem compreender, sempre que possível, uma
parte da lesão e outra do tecido normal adjacente, evitando-se o centro e
as bordas da lesão.
ƒ Imediatamente após a colheita, os fragmentos de tecido devem ser
acondicionados diretamente no líquido fixador, em frascos de boca larga.
Nunca utilizar frascos menores que a amostra, evitando-se, assim, a
deformação do material.
ƒ Os tecidos que tendem a flutuar (pulmão e medula óssea) devem ser
envolvidos em gaze ou algodão.
Instituto Hermes Pardini X Divisão Veterinária
25
ƒ
Nunca acondicionar o material em soro fisiológico ou água, pois tais meios
maceram os tecidos, inutilizando-os para estudo histológico.
W CONSERVAÇÃO DO MATERIAL / PREPARAÇÃO DO TECIDO
Devido à grande importância da análise anátomo-patológica, deve-se ter um
cuidado especial na preservação (fixação) e acondicionamento das amostras, pois
se trata de um material biológico nobre e de recoleta difícil.
Para a histopatologia convencional, o fixador utilizado na rotina é a solução aquosa
de formalina, formol a 10% (1 parte de formol para 9 partes de água).
Particularmente para o sistema nervoso, utiliza-se a fixação em formol a 20% (2
partes de formol em 8 partes de água) para melhor preservação do órgão. O
volume ideal corresponde à cerca de 20 vezes o volume da peça obtida. O tempo
de fixação, utilizando-se o formol, está entre 8 e 48 horas, conforme o seguinte
índice de fixação: 8 horas para cada milímetro de espessura da amostra. O fixador
pode ser escorrido para se evitar derramamento durante o transporte, somente
após 24 horas de fixação para amostras menores que 3 cm e após 48h para
amostras maiores que 3 cm.
Para o exame citológico podem ser utilizados fixadores como o álcool etílico a 95°
ou o álcool absoluto, sendo 1 hora o tempo ideal de fixação e o mínimo de 15
minutos. O volume ideal corresponde a 20ml para cada lâmina de esfregaço.
W IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL / REQUISIÇÃO DE EXAMES
Os exames enviados ao setor de Anatomia Patológica devem vir rotulados com a
identificação do paciente e acompanhados da requisição médica e relatório clínico
devidamente preenchido e protegido (plástico etc.) do restante do material.
É imprescindível que o relatório clínico contenha a especificação do material
coletado e a identificação do animal (espécie, raça, sexo e idade). O médico
responsável pela coleta deve fornecer uma descrição detalhada e objetiva das
lesões macroscópicas, de tal forma que retrate claramente o material examinado,
assim como explicite o(s) local(is) e o número de amostras coletadas e enviadas ao
laboratório.
Deve-se salientar a importância do fornecimento de informes clínicos (tempo de
evolução, tratamentos anteriores, sintomatologia clínica etc.) ao anátomopatologista, já que estes dados constituem uma ferramenta de grande importância
no diagnóstico histopatológico.
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W MÚLTIPLAS AMOSTRAS ACONDICIONADAS EM UM MESMO FRASCO
A requisição do exame deve ser clara e objetiva quanto ao número e origem de
amostras em um mesmo frasco, uma vez que enviadas ao departamento todas as
amostras serão processadas e cobradas isoladamente. O médico requisitante deve
sempre informar, na ficha médica, se houve o fracionamento da amostra e seu
acondicionamento em mais de um frasco. Esta informação é útil sobretudo para se
evitar a cobrança de biópsias desnecessárias.
É freqüente o recebimento de amostras de locais diferentes em um mesmo frasco.
Exemplo:
Pele:
Caracterizam-se como um (1) exame a ser cobrado:
- Amostras de pele coletadas de uma mesma região anatômica (ex: dorso).
Caracterizam-se como mais de um (1) exame a ser cobrado:
- Amostras de pele coletadas em regiões anatômicas diferentes (ex: um fragmento
de pele do dorso, um fragmento do pescoço, um fragmento do abdômen). Cada
fragmento será cobrado como uma biópsia isoladamente.
Amostras de pele coletadas de regiões anatômicas diferentes (ex: axila e
pavilhão auditivo) devem vir acondicionadas, devidamente identificadas e
com especificação da região a que correspondem, em frascos diferentes para
maior segurança diagnóstica.
Outros órgãos:
- Será cobrado cada um dos órgãos enviados em um mesmo frasco (ex: fígado,
pulmão, alça intestinal).
A escolha da melhor amostra a ser processada fica a critério do Médico
Veterinário requisitante durante a coleta do material; caso contrário, poderá
ocorrer atraso na liberação do resultado ou até mesmo a recusa do material pelo
laboratório. O Médico Patologista não será responsabilizado pela escolha da
amostra a ser processada.
W EXAMES COM IMUNOHISTOQUÍMICA
A Anatomia Patológica moderna apresenta situações em que a coloração rotineira
(Hematoxilina-Eosina) deve ser complementada com métodos de imunohistoquímica, como a seguir e quando for necessário:
ƒ Auxiliar na diferenciação entre estados proliferativos benignos e neoplasias.
Ex: linfomas x estados reacionais de linfonodos.
ƒ Definir a histogênese de neoplasias morfologicamente indiferenciadas.
Ex: linfomas x carcinomas x sarcomas.
ƒ Imunofenotipagem de neoplasias já classificadas pela morfologia rotineira.
Ex: linfomas de células T x linfomas de células B.
ƒ Entre outros.
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W CITOLOGIA - PUNÇÃO DE LÍQUIDOS
Materiais diversos: punção de mama, líquido ascítico, líquido sinovial, líquido
pleural, líquido pericárdio, punções de coleções superficiais, urina, lavado vesical,
gástrico, peritoneal, lavado tráqueo-brônquico.
O envio do líquido é preferencial e este material deve ser enviado depois de
misturado e homogeneizado com álcool etílico (70%), volume a volume. Desta
forma teremos material de melhor qualidade para exame. Em caso de esfregaço
de lâmina, este deve ser enviado e fixado em álcool etílico (70%).
COLETA PARA EXAME CITOLÓGICO
O exame citológico é indicado para diferenciação de processos inflamatórios
agudos x crônicos e neoplásicos benignos x malignos. O exame citológico
apresenta como vantagens principais a rapidez no diagnóstico, a baixa invasividade
e a necessidade de pequena quantidade de material. Uma das suas limitações é a
necessidade ocasional de confirmação diagnóstica por meio da histopatologia, por
não proporcionar a visualização da arquitetura do tecido alterado. Podemos dividir
em 3 formas de obtenção do material:
W CITOLOGIA POR DECALQUE (IMPRINT OU CLAPS)
Colhe-se fragmento de 1-2 cm do órgão ou nódulo a ser examinado, retira-se o
excesso de sangue com um papel toalha e faz-se a impressão em uma lâmina
limpa. É uma técnica muito utilizada em sala de necropsia para confirmação
diagnóstica de suspeitas levantadas a macroscopia, com resposta rápida.
W CITOLOGIA POR ESMAGAMENTO (SQUASH)
Esta técnica consiste em colocar uma lâmina sobre a outra (contendo um
fragmento de 2 mm do material a ser examinado), comprimindo-as e espalhando o
material.
W CITOLOGIA ASPIRATIVA POR AGULHA FINA
É uma técnica interessante por colher células de lesões profundas, podendo-se
obter células de vários planos do tecido.
Colocar o material imediatamente em álcool comercial a 95° (não deixar secar
antes da fixação) e manter a temperatura ambiente. Pode-se enviar a amostra em
seringa ou transferir para um tubo estéril. Manter em geladeira ou conservar em
álcool a 50%. O material deve ser enviado em partes iguais: material biológico +
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álcool. Encaminhar, imediatamente, ao laboratório. O material deve vir
acompanhado de histórico detalhado, descrição da lesão e técnica de colheita.
COLETA PARA MICROBIOLOGIA
Em Bacteriologia o material colhido deve ser representativo do processo infeccioso
investigado. A coleta ou transporte inadequado pode ocasionar falha no isolamento
do agente etiológico e favorecer o desenvolvimento da flora contaminante,
induzindo a um tratamento inapropriado.
Para realização da coleta de material para análise microbiológica é
fundamental observar os seguintes itens
ƒ Colher antes da antibioticoterapia, sempre que possível;
ƒ Colher do local onde o microorganismo suspeito tenha maior probabilidade
de ser isolado;
ƒ Quantidade suficiente de material deve ser coletado para permitir uma
completa análise microbiológica;
ƒ O pedido do exame deve conter dados do animal tais como espécie, raça,
sexo, idade, além da suspeita clínica, indicação do uso de antibióticos, tipo
de material e o local de coleta;
ƒ Usar frascos adequados para cada tipo de material enviado (meio de
transporte, frascos estéreis);
ƒ A anotação da hora da coleta é um dado extremamente importante para o
controle da qualidade e análise da viabilidade da amostra.
As principais causas de rejeição de amostra para análise microbiológica são:
ƒ Teste a ser realizado não especificado;
ƒ Falta de identificação da amostra (local da coleta);
ƒ Não especificação do local de coleta;
ƒ Material clínico recebido em solução de fixação (formalina);
ƒ Frascos não estéreis;
ƒ Swab seco (enviado sem estar no meio de transporte);
ƒ Culturas para anaeróbios recebidas em condições inapropriadas.
W HEMOCULTURA
Realizar preferencialmente punção venosa por trazer mais benefícios na
recuperação de microorganismos quando comparada com punção arterial.
Não se recomenda a troca de agulhas entre coleta e distribuição do sangue nos
frascos específicos.
O método de coleta do sangue e o volume coletado influem diretamente no sucesso
de recuperação de microorganismos e uma interpretação adequada dos resultados.
Para uma boa coleta proceder da seguinte forma:
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ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Lavar e secar as mãos;
Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer anti-sepsia
prévia nas tampas com álcool 70%;
Realizar tricotomia, anti-sepsia de pele, deixar secar. Selecionar uma veia
adequada. Esta área não deverá mais ser tocada com os dedos;
Fazer a anti-sepsia com álcool 70% de forma circular e de dentro para fora;
Aplicar solução de iodo (tintura de iodo 1 a 2% ou PVPI 10%), também com
movimentos circulares e de dentro para fora. Para ação adequada do iodo,
deixar secar por 1 a 2 minutos antes de efetuar a coleta;
Identificar cada frasco e enviar ao laboratório, juntamente com a solicitação
médica veterinária devidamente preenchida.
Volume de sangue coletado por frasco
ƒ O volume ideal corresponde a 10% do volume total do frasco de coleta.
ƒ O volume recomendável para cães de grande porte é de 5 a 10 mL (usar
frasco adulto).
ƒ Cães de pequeno porte ou gatos: 1ml (usar frasco pediátrico).
ƒ As amostras que não forem coletadas nos frascos próprios devem ser
coletadas em tubos estéreis com solução anticoagulante (Citrato, heparina,
SPS).
ƒ Quanto maior o volume de sangue inoculado no meio de cultura, por
amostra, melhor a recuperação do microorganismo, respeitando-se a
proporção sangue/meio citada, pois o sangue em desproporção com o
meio pode inibir o crescimento de microorganismos.
ƒ Frasco disponível: hemocult
Transporte
ƒ Nunca refrigerar o frasco.
ƒ Manter o frasco em temperatura ambiente e encaminhar o mais rápido
possível para o laboratório.
W BACTÉRIAS ANAERÓBIAS PARA CULTURA
A maioria dos microrganismos anaeróbios não sobrevive à exposição ao oxigênio
por mais de 20 minutos, portanto este tipo de coleta deve seguir regras rigorosas.
A coleta deve ser feita evitando-se contaminação com a flora normal endógena.
Sempre que possível, a amostra deve ser coletada através de aspirado com agulha
e seringa ou através de fragmentos do tecido infectado O material aspirado deve
ser precedido da eliminação do ar residual.
Aspirados de abscesso, material de biópsia, líquor, aspirado para cultura de urina,
sangue, aspirado profundo de feridas abertas obtidos após descontaminação da
pele.
Nunca deixar amostra em contato prolongado com o ar. O material colhido por
swab não é o ideal. Como a maioria das infecções por Anaeróbios é mista,
recomenda-se sempre fazer em paralelo a cultura para Aeróbios e Gram.
30
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As amostras devem ser de preferência, imediatamente inoculadas no meio de
Tioglicolato 135C que serve como meio de transporte e como meio de cultura
inicial. Manter em temperatura ambiente.
W GRAM
Coletar a amostra assepticamente, com os mesmos cuidados da cultura.
Preparar pelo menos dois esfregaços em lâminas limpas e desengorduradas. Os
esfregaços devem ser feitos com movimentos circulares, a partir do centro da
lâmina, homogeneamente.
Deixar secar ao ar. Passar a lâmina com o lado oposto ao esfregaço rapidamente 3
a 5 vezes sobre o fogo do bico de Bunsen. A lâmina deve ser passada rapidamente
para não desidratar as células, o que prejudica a correta identificação dos
elementos.
Após correta fixação pelo calor brando, protegê-los para transporte.
As amostras de secreção (feridas cutâneas, conjuntiva, nasofaringe, orofaringe,
ouvido externo, uretra, vagina, cervix uterino etc) são conservadas em esfregaços
fixados pelo calor.
As amostras de fezes, esperma e amostras de consistência líquida (urina, líquidos
corporais etc) são encaminhadas em frasco estéril o mais rápido possível ou sob
refrigeração (2 a 8°C) nos casos em que a refrigeração não comprometa exames
solicitados concomitantemente na mesma amostra.
W MATERIAL PROVENIENTE DE ANIMAIS COM MAMITE
Para diagnóstico e controle de Mastite devemos proceder aos exames
bacteriológicos para determinar o agente etiológico e se necessário o teste de
sensibilidade antimicrobiana (antibiograma).
As amostras podem ser colhidas de animais com quadro clínico ou subclínico desde que não
tenham recebido medicação local ou parenteral.
Preparação: é de extrema importância que amostras de leite de animais com
mamite sejam coletadas com assepsia rigorosa, pois a superfície do úbere possui
uma flora bacteriana rica, além da contaminação com fezes, solo, cama etc.
As seguintes recomendações devem ser adotadas na coleta do leite para exame
bacteriológico:
ƒ Lavar as mãos com água e sabão e desinfetá-las com álcool 70%.
ƒ Limpeza do úbere e tetas: devemos utilizar papel toalha e certificar que
estão bem secos. Aplicar álcool 70% na teta com atenção especial ao
orifício da mesma.
ƒ Coletar a amostra de leite em frasco estéril, que pode ser um tubo de
ensaio estéril. A rolha deve ser segurada no mindinho de forma que não
haja contaminação da mesma.
ƒ Os primeiros jatos de leite devem ser desprezados para então se iniciar a
coleta de aproximadamente 8 mL..
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31
ƒ
Após a coleta, o tubo deve ser imediatamente fechado e lacrado. Deve ser
feita também a identificação com o número ou nome do animal e o quarto
coletado (AD - Anterior Direito, AE - Anterior Esquerdo, PE - Posterior
Esquerdo, PD - Posterior Direito)
O ideal é a coleta de uma amostra composta de leite, ou seja, um pouco de leite de
cada quarto. Amostras separadas por quartos só devem ser coletadas quando há
necessidade de investigação da afecção de cada glândula mamária.
É importante também que a amostra de leite seja coletada antes de submeter o
animal a qualquer tratamento, principalmente com antibióticos. O espécime deve
ser enviado ao laboratório sob refrigeração.
Armazenamento do material coletado
Após a coleta do leite proveniente de animais com mamite ou dos swabs deve-se
manter este material sob refrigeração até o envio ao laboratório. Caso o material
não possa ser enviado em um prazo de 48 horas, deve ser congelado.
W COLETA DE MATERIAIS DIVERSOS: FERIDAS-ABSCESSOS-EXSUDATOS
O termo “secreção de feridas” é inapropriado como informação da origem do
material coletado. A descrição do sitio anatômico específico, bem como
informações adicionais (material de ferida superficial ou profunda), são
extremamente valiosos para o laboratório, auxiliando na interpretação dos
resultados.
Principais passos para realização da coleta:
ƒ As margens e superfície da lesão devem ser descontaminadas com PVPI e
soro fisiológico.
ƒ Coletar o material purulento localizado na parte mais profunda da ferida,
utilizando-se, de preferência, aspirado com seringa e agulha.
ƒ Swabs serão utilizados quando os procedimentos acima citados não
puderem ser realizados. A cultura de lesões secas e crostas não são
recomendadas, salvo não ser possível colher exsudato.
W COLETA DE RASPADO DE PELE
No exame de raspados cutâneos pode-se pesquisar ectoparasitos e fungos. Em
algumas afecções de pele, este é um procedimento imprescindível para o
estabelecimento de um diagnóstico decisivo. Para aumentar a sensibilidadeespecificidade do teste é importante seguir os passos relacionados abaixo:
1. Preferencialmente não estar em uso de medicamentos tópicos por no mínimo
duas semanas, evitando desta forma resultado falso-negativo.
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2. Deve-se fazer uma boa assepsia no pêlo do animal utilizando álcool 70°(não
esfregar) devido à presença de microorganismos saprófitos que podem
interferir no resultado do exame.
3. Para colheita de material de pele em animais de pêlos longos, realizar
tricotomia parcial, deixando os pêlos com no máximo 0,5 a 1,0 cm de
comprimento. Incluir pêlos partidos associados a lesões, pêlos íntegros
retirados de dentro dos folículos com pinça hemostática e descamação, mas
deve-se evitar o exsudatos.
4. O raspado deve ser profundo e realizado na periferia da área lesionada quando
estas forem descamativas. Quando a suspeita é de sarna demodécica, deve-se
comprimir fortemente a pele com os dedos porque esta sarna se localiza
profundamente na pele. No caso de micose, arrancar pêlos junto com o
raspado.
5. A coleta do material deve ser feita nas áreas mais extensas das lesões.
Escamas, fragmentos de unhas, pêlos, cabelos opacos, quebradiços e curtos
ou de aspectos de pontos negros.
6. Raspar nos diversos locais do corpo em que tiver lesões. A amostra enviada
deve ser representativa da lesão, pois pouco material dificulta o exame e pode
acarretar em resultado falso-negativo.
7. Utilizar preferencialmente lâmina de bisturi e evitar o uso da tesoura por não
ser o instrumento próprio para o raspado de pele.
8. Os materiais obtidos devem ser colocados em frascos limpos ou estéreis e
identificados separadamente para cada sítio a ser investigado.
9. Enviar em frascos bem vedados.
10. Evitar enviar somente pêlo; é necessária a presença de células de
descamação.
W CULTURA DE FUNGOS
É um exame cujo resultado demora em torno de 20 a 30 dias, tempo necessário
para o crescimento da maioria dos fungos. Quando houver positividade em
qualquer prazo antes dos 30 dias, o resultado será comunicado imediatamente.
Para um resultado fidedigno deste exame deve-se fazer uma assepsia bem feita e
o material deve ser enviado em frasco coletor universal bem vedado ou em
envelopes apropriados, em temperatura ambiente. Não enviar amostras em tubos
tapados com rolhas de algodão, pois o algodão pode reter o material.
Contaminantes externos podem interferir no crescimento dos fungos.
W COLETA DE SECREÇÃO DE OUVIDO
Limpar a parte externa do ouvido com uma solução degermante suave.
Obter, com auxílio de um swab, o material da parte mais profunda, incluindo
secreções “frescas”. Evitar tocar nas paredes externas do ouvido.
Os swabs devem ser enviados em meio de transporte adequado (meio de
transporte Stuart). Amostras do lado direito e esquerdo devem ser identificadas.
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W COLETA PARA CULTURA DE URINA
Colher amostra de urina preferencialmente com sonda ou por cistocentese (mais
recomendado). Acondicionar em recipiente apropriado (frasco estéril) uma
quantidade mínima de 10 mL.
Refrigerar imediatamente (2 a 8°C) e enviar ao laboratório sob refrigeração em um
prazo máximo de 12 horas após a coleta. Se o período de transporte da amostra
até o laboratório exceder 12 horas, deve-se enviar a amostra em lâminocultivo.
W COLETA PARA CULTURA DE FEZES (COPROCULTURA)
Devem ser coletadas na fase aguda da doença, quando os patógenos estão
usualmente presentes em maior número e, preferencialmente, antes da
antibioticoterapia.
Fezes recém excretadas antes da administração de antimicrobianos.
Coletar as fezes e colocar em um frasco contendo o meio para transporte (Cary
Blair), em quantidade equivalente a uma colher de sobremesa. Preferir sempre as
porções mucosas e sanguinolentas.
Fechar bem o frasco e agitar o material.
Se a amostra não puder ser entregue em um prazo de até 2 horas da coleta,
manter sob refrigeração a 4°C, no máximo por um período de 12 horas.
COLETA PARA EXAMES HEMATÓLOGICOS
W ESFREGAÇO SANGUÍNEO
Usado para pesquisa de hemoparasitos (Anaplasma, Babesia, Filaria, Ehrlichia e
Trypanosoma), deve-se colher sangue periférico. Realizados ainda para verificar as
características morfológicas dos eritrócitos, para contagem diferencial de
leucócitos, contagem de plaquetas, eritroblastos.
Como fazer um esfregaço
1. Manter a lâmina horizontalmente entre o polegar e o indicador.
2. Colocar uma pequena gota de sangue na extremidade da lâmina.
3. Com uma segunda lâmina colocar o seu rebordo livre contra a superfície da
primeira, em frente à gota de sangue, formando um ângulo de 45°.
4. Realizar um movimento para trás de modo que entre em contato com a
gota de sangue, pressionando-a até que a gota se espalhe por toda a
borda da lâmina.
5. Impelir a lâmina, guardando sempre o mesmo ângulo, em um só
movimento, firme e uniforme, sem separar uma lâmina da outra. Forma-se
então uma delgada camada de sangue.
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6. Secar rapidamente ao ar, conservar em temperatura ambiente e identificar
com lápis na extremidade da lâmina sobre o próprio esfregaço, depois de
seco ao ar.
Observações
ƒ É conveniente fazer vários esfregaços ao mesmo tempo.
ƒ O esfregaço deve ser feito com sangue recém colhido sem anticoagulante.
ƒ A lâmina tem que estar limpa e desengordurada.
ƒ A gota de sangue não deve ser muito grande. Quanto maior for a gota,
mais espesso será o esfregaço.
ƒ A distensão deve ser feita rapidamente, antes que comece a coagulação.
ƒ Com uma gota de tamanho adequado, a distensão medirá mais ou menos
3 cm.
ƒ A espessura da distensão está na dependência do ângulo formado pelas
duas lâminas, da pressão exercida e da velocidade da mesma.
ƒ O esfregaço não deve cobrir toda a lâmina.
ƒ O aspecto da distensão deve ser liso e nivelado, sem ondulações, poros ou
saliências.
ƒ A ausência de cauda prejudica a pesquisa microscópica.
ƒ A identificação pode ser feita diretamente na lâmina a lápis ou em etiquetas
de papel.
W SANGUE TOTAL
Indicado para hemograma completo (contagem global de hemácias, leucócitos,
plaquetas, determinação do hematócrito, VCM; HCM; CHCM, e dosagem de
hemoglobina), dosagem de pH e de metabólitos sangüíneos (glicose, corpos
cetônicos, ácido láctico, amônia), presença quantitativa de algum metal (chumbo,
zinco, manganês, molibdênio e cádmio). Utilizar sangue com EDTA.
Colher por punção venosa utilizando o frasco a vácuo ou puncionar a veia com
seringa e colher de 1,5 a 3 mL de sangue. Este procedimento deve demorar no
máximo 2 minutos. Tampar e homogeneizar por movimento pendular por no mínimo
30 segundos.
Para hemograma, leucograma, avaliação de plaquetas e pesquisa de
hematozoários, realizar esfregaço sangüíneo. Acondicionar os esfregaços em
temperatura ambiente.
Manter a amostra de sangue com EDTA refrigerada (2 e 8°C).
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W ANTICOAGULANTES
EDTA (tampa roxa)
É comercializado em forma de sal di-potássico, di-sódico e tri-potássico, sendo os
dois últimos os mais utilizados. É o anticoagulante de eleição para hematologia, se
utiliza 1mg para 1mL de sangue ou 0,5 mL de solução a 1% para 5 mL de sangue
ou 0,1 mL de solução a 1% para 1 mL de sangue. A coagulação se evita pela
eliminação do cálcio do sangue.
HEPARINA (tampa azul-escuro)
É um anticoagulante natural. Não é o anticoagulante de eleição para hematologia.
Atua interferindo na conversão de protombina em trombina. É usado uma
concentração de 0,2 mL de heparina saturada por cada mL de sangue. Uma das
vantagens da heparina é que é excelente para determinações de perfis
bioquímicos. Embora as contagens 12 a 24 horas após a coleta possam ser feitas,
produzem sérios danos nos esfregaços o que faz totalmente inviável. O esfregaço
deve ser feito imediatamente. As alterações que ocorrem são: degeneração nuclear
dos neutrófilos, degeneração citoplasmática dos neutrófilos e monócitos.
CITRATO DE SÓDIO (tampa azul turquesa)
É o anticoagulante ideal para estudos de coagulação. Utiliza-se a concentração de
uma parte de citrato de sódio para 9 partes de sangue total. É imprescindível
manter a relação anticoagulante/sangue para realizar as provas de coagulação. Os
valores obtidos sem esta relação não têm nenhum valor diagnóstico. Atua quelando
o cálcio, formando um complexo com o mesmo e impedindo o processo de
coagulação.
FLUORETO (tampa cinza)
Similar ao citrato, recomendado especificamente para a dosagem de glicose, pois
inibe o processo de glicólise que ocorre nas hemácias, mantendo os níveis in vitro
deste metabólito por mais tempo.
W SORO SANGUÍNEO
É a porção do sangue após a separação do coágulo. O soro puro é preferível para
exames. Colher de 5 a 10 mL de sangue de cada animal. Deixe o sangue coagular
em temperatura ambiente. Para coleta de soro utiliza-se frasco com tampa
vermelha ou amarela (fornecida pelo Instituto)
W PLASMA SANGUÍNEO
É o sobrenadante do sangue após centrifugação das células do sangue animal com
anticoagulante. É indicado para determinar os fatores de coagulação e certos
metabólitos.
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Centrifugação: para a completa separação da parte líquida do sangue (soro ou
plasma) das células, é necessária uma centrifugação a 3000 rpm, por um período
de 7 a 15 minutos, que pode ser em temperatura ambiente ou sob refrigeração,
conforme a exigência do exame.
COLETA DE SANGUE
Local mais indicado para coleta de sangue nos animais domésticos:
ƒ Ruminantes: veia jugular, coccígea média e mamária.
ƒ Eqüinos: veia jugular.
ƒ Caninos e felinos: veia jugular, cefálica ou safena lateral e safena medial.
ƒ Suínos: veia cava anterior, cefálica ou safena lateral.
W PASSOS BÁSICOS PARA UMA BOA COLETA
ƒ
ƒ
ƒ
ƒ
Verificar sempre, antes da coleta, a necessidade ou não de anticoagulante
e o anticoagulante a ser utilizado.
Verificar se o exame exige um cuidado especial com o paciente ou com a
coleta.
Exames em que a coleta precisa ser feita em tempos diferentes,
comuniquem ao proprietário e cumpra rigorosamente estes tempos.
Verifique sempre o volume recomendado de material para realização de
cada exame e procure enviar uma quantidade maior que a necessária, para
possíveis repetições ou transtorno no transporte.
COLETA DE MATERIAIS DIVERSOS
W COLETA DE FLUÍDOS SINOVIAL, PERITONIAL E PLEURAL
Colher o fluído com uma seringa plástica e passar cerca de 3 mL para o frasco de
tampa vermelha e cerca de 3 mL em frasco de tampa roxa. Manter em geladeira (28°C). Realizar também um esfregaço fino (interrompido, sem cauda) e secá-lo ao
ar, colocá-lo em porta lâmina e manter a temperatura ambiente.
W LÍQUOR (LCR)
Colher LCR com uma seringa plástica e passar cerca de 1-2 mL para o frasco de
tampa vermelha e cerca de 1-2 mL em frasco de tampa roxa. Manter em geladeira
(2 a 8°C). Realizar também um esfregaço fino (interrompido, sem cauda) e secá-lo
ao ar, colocá-lo em porta lâmina e manter a temperatura ambiente.
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W COLETA PARA UROANÁLISE
A urina deve ser colhida com a máxima assepsia. As amostras de urina destinadas
aos exames químico e microscópico devem ser colhidas em recipiente limpo e
estéril. Não utilizar conservador e remeter a urina para análise, no prazo máximo de
12 horas.
W CÁLCULOS URINÁRIOS (coletor universal)
Colocar os cálculos em frasco limpo e seco. Manter a temperatura ambiente. Não é
necessário uso de conservantes.
W COLETA DE FEZES PARA EXAME PARASITOLÓGICO (coletor universal)
Colher amostras de fezes frescas, não expostas ao sol. O ideal é coletar
diretamente do reto; caso não seja possível, coleta-se da porção que não entrou
em contato com o solo. A amostra deve ser coletada em recipiente apropriado. As
amostras podem ser destinadas a exames parasitológicos, bacteriológicos e
químicos.
Em caso de rebanho, pode-se fazer o O.P.G. (Ovos por Grama de Fezes), que é
um exame apenas quantitativo.
Refrigerar imediatamente (2 a 8°C). Nunca congelar amostras de fezes.
Quantidade: 10 a 20 g ou 10 a 20 mL.
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ANATOMIA PATOLÓGICA
(CAPA)
Instituto Hermes Pardini X Anatomia Patológica
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40
Instituto Hermes Pardini X Anatomia Patológica
ANATOMIA PATOLÓGICA
Biópsia Simples
Comentários
Utilizada para diagnóstico anátomo-patológico geral.
Material
Diversos
Método
Anatomia Patológica convencional
Conservação para envio
Formol a 10% (uma parte de formaldeído para 9 partes de água)
Biópsia com coloração especial
Comentários
Utilizado em casos em que são necessárias colorações especiais. Por exemplo, quando a suspeita
clínica é micose implica pesquisa de fungo (Grocott ou PAS), escabiose (Pesquisa de Sarcoptes PAS), dentre outras.
Material
Diversos
Método
Anatomia patológica usando colorações histoquímicas para pesquisa de agentes etiológicos,
depósitos metabólicos, dentre outros
Conservação para envio
Formol a 10% (uma parte de formaldeído para 9 partes de água)
Citologia de Punção de Líquidos - Anatomia
Comentários
O exame visa diagnosticar processos inflamatórios agudos ou crônicos, patologias benignas, bem
como, lesões pré-malignas ou malignas dos sítios anatômicos acima descritos ou provenientes de
metástase de outros órgãos. A interpretação dos esfregaços baseia-se em aspectos morfológicos
previamente conhecidos. Alguns aspectos morfológicos de graduação das lesões dependem, até
certo ponto, de interpretação subjetiva. Sua maior limitação é não proporcionar a visualização da
arquitetura do tecido alterado, como ocorre no exame histopatológico. Os métodos de colheita são:
punção aspirativa, impressões (claps ou imprints) e esmagamento (squash).
Material
Materiais diversos: punção de mama, líquido ascítico, líquido sinovial, líquido pleural, líquido
pericárdio, punções de coleções superficiais, cistos e nódulos
Método
Microscopia convencional
Conservação para envio
ƒ Lâmina: colocar imediatamente após a coleta em álcool a 95° (comercial). Enviar no máximo três
lâminas.
ƒ Líquido: álcool etílico na proporção de 20mL para cada lâmina de esfregaço, ou refrigerado.
Instituto Hermes Pardini X Anatomia Patológica
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Observação
O envio do líquido é preferencial e este material deve ser enviado depois de misturado e
homogeneizado com álcool etílico, volume a volume. Desta forma, tem-se material de melhor
qualidade para exame.
Peça Cirúrgica Radical Simples
Comentários
Amostragem de uma área/órgão com 3,0 cm ou mais de diâmetro
Material
Diversos
Método
Anatomia Patológica convencional
Conservação para envio
Formol a 10% (uma parte de formaldeído para 9 partes de água)
Imunohistoquímica
Comentários
A imunohistoquímica representa um conjunto de procedimentos que utilizam anticorpos (policlonais
ou monoclonais) como reagentes de grande especificidade para a detecção de antígenos que
marcam estruturas teciduais e celulares.
Numa época onde o diagnóstico preciso determina o tratamento e o prognóstico das neoplasias, o
uso da imunohistoquímica se faz indispensável.
Sendo a imunohistoquímica um conjunto de métodos de detecção de antígeno em cortes
histológicos altamente dependente do processo de fixação, o mesmo deve ser realizado de forma
bem criteriosa. A fixação é o princípio da preservação antigênica. Para que haja reação antígenoanticorpo durante a reação imunohistoquímica, a fixação adequada se faz necessária. O tempo de
fixação, o volume do fixador, as dimensões dos fragmentos devem ser adequados para que se
tenha boa penetração no tecido. A quantidade de fixador deverá ser de 20 a 50 vezes maior do que
o fragmento. O tempo ideal para uma boa fixação é de 12 a 24 horas com solução de formalina 10%
tamponada.
Material
Material processado e incluído em bloco de parafina ou tecido fixado formalina 10% tamponada:
ƒ Formaldeído (solução 35-40%)
100 mL
4,0 g
ƒ Fosfato de sódio monobásico monohidratado P.A. (NaH2PO4H2O)
ƒ Fosfato de sódio dibásico anidro P.A. (Na2HPO4)
6,0 g
ƒ Água destilada
900 mL
Tempo de liberação do resultado
Em geral, as reações são complexas e levam cerca de sete (07) dias para terem seu laudo final
emitido.
Resultados – tipo de laudo
O laudo emitido explicita os anticorpos usados e apresenta o resultado documentado em
microfotografias coloridas, chamando atenção para a positividade ou não da reação, sua
intensidade e sua localização no tecido e nas células neoplásicas, de forma que o médico
veterinário solicitante terá clara noção do que representa a reação descrita em relação ao conjunto
de células neoplásicas amostrada.
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Instituto Hermes Pardini X Anatomia Patológica
Lúpus Eritematoso - Imunofluorescência em tecido
Comentários
Vantagem do teste: não requer o uso de reagente espécie-específico.
Material
Pele
Condições
Álcool etílico a 70%
Painéis de Imunohistoquímica para Tumores Indiferenciados
Método
Reação imunoenzimática para caracterização do imunofenótipo de células malignas
Material
Diversos
Instituto Hermes Pardini X Anatomia Patológica
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Instituto Hermes Pardini X Anatomia Patológica
BACTERIOLOGIA
(CAPA)
Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
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Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
BACTERIOLOGIA
Bactérias Anaeróbias - Cultura
Comentários
O exame auxilia no diagnóstico de infecções em que microorganismos anaeróbios possam estar
envolvidos. As bactérias anaeróbias podem ser encontradas principalmente no trato gastrointestinal,
como as integrantes do gênero Clostridium, causadoras do botulismo, tétano, colite
pseudomembranosa, enterotoxemia, dentre outras moléstias. É essencial que o material seja
coletado em Condição de anaerobiose.
Método
Semeadura em meios específicos incubados em atmosfera de anaerobiose
Condição
Aspirados de abscessos fechados, material de biopsia, urina coletada por cistocentese, aspirado
transtraqueal, lavado traqueobrônquico, líquor, sangue, punção de seios nasais.
Observação
Qualquer material colhido por swab (garganta, nasofaringe, secreções, etc) é inadequado, assim
como fezes, escarro expectorado e urina obtida por micção espontânea ou cateterização.
Como a maioria das infecções por anaeróbios são mistas, é recomendável fazer em paralelo cultura
para aeróbios e Gram.
Conservação para envio
ƒ As amostras devem ser imediatamente inoculadas no meio de Tioglicolato 135C com rolha de
borracha. Sangue e líquido ascítico devem ser enviados em frascos para hemocultura destinados
para a cultura de anaeróbios. Para transporte rápido (inferior a 30 minutos) de material coletado
com seringas, a agulha deve ser obstruída com borracha e a seringa deve ser esvaziada de todo
o ar.
ƒ Enviar em frasco próprio e manter a temperatura ambiente.
Observação
Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.
Campilobacter - Cultura
Comentários
Bactérias do gênero Campylobacter são bastonetes Gram-negativos móveis que apresentam forma
de gaivota. Normalmente estão associados a infecções do trato reprodutivo, causando aborto
(ruminantes, suínos) e do trato digestivo (ruminantes, suínos, cães e gatos).
Método
Semeadura em meio específico
Condição
ƒ Fezes recentes in natura e em meio de transporte (Cary-Blair).
ƒ Colocar de 1 a 2 gramas, preferencialmente, com muco, pus ou sangue no meio de Cary-Blair.
ƒ O animal não deve estar em uso de antimicrobianos.
Conservação para envio
As fezes in natura devem ser enviadas até 2 horas.
O meio Cary-Blair deve ser transportado entre 2°C e 8°C até 48 horas.
Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
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Coprocultura
Comentários
A cultura de fezes identifica microorganismos enteropatogênicos em casos de diarréia aguda ou
crônica. São consideradas indicações de coprocultura: diarréia sanguinolenta, febre, tenesmo,
sintomas severos e persistentes e história de exposição a agentes bacterianos. No Instituo Hermes
Pardini, as culturas são direcionadas para pesquisa de Salmonella spp, Shigella spp, E. coli
enteropatogênicas, yersinia enterocolítica, campylobacter ssp., entre outros eventuais patógenos.
Método
Semeadura em meios de cultivos específicos, seguida de identificação e determinação das
sensibilidades aos antimicrobianos quando aplicável
Condição
ƒ Fezes recentes In natura e em meio de Cary-Blair
ƒ Colocar de 1 a 2 gramas, preferencialmente, com muco, pus ou sangue no meio de Cary-Blair.
ƒ O animal não deve estar em uso de antimicrobianos.
ƒ A positividade das coproculturas é maior quando a amostra é colhida nos primeiros dias da
doença.
Conservação para envio
As fezes in natura devem ser enviadas até 2 horas
O meio Cary-Blair deve ser transportado entre 2 e 8°C até 48 horas
Cultura + Antibiograma
Comentários
O exame identifica as bactérias presentes no material enviado, bem como sua susceptibilidade aos
antimicrobianos. Pode-se enviar qualquer material suspeito de contaminação bacteriana. Método
muito útil também na escolha da terapêutica em otites e outras infecções crônicas. Importante
especificar o local da coleta e enviar o material o mais rápido possível, em meio de Stuart, fornecido
pelo laboratório. Para análise de leite, enviar refrigerado em frasco estéril.
Amostras de animais tratados recentemente com antibióticos têm pouco valor no isolamento de
bactérias. A coleta deve ser feita de modo asséptico, evitando o aparecimento de microorganismo
contaminante.
Método
Sistema de isolamento e identificação, antibiograma
Condição
ƒ Secreções diversas, líquidos corporais, conjuntivas e outros materiais (ex: leite)
ƒ Não ter feito uso de antimicrobianos nos últimos 7 dias
ƒ Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta
Conservação para envio
ƒ As amostras de secreções devem ser imediatamente inoculadas em meio de transporte Stuart
ƒ Amostras de líquidos corporais devem ser colhidas em frascos estéreis e enviadas in natura, o
mais rápido possível
ƒ O leite deve ser enviado em frascos estéril e refrigerado entre 2 e 8°C
ƒ Alguns materiais necessitam inoculação imediata em meio de transporte para anaeróbios ou
meios de cultura específicos
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Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
Cultura sem Antibiograma
Comentários
O exame identifica as bactérias presentes no material enviado. Pode-se enviar qualquer material
suspeito de contaminação bacteriana, preferencialmente antes da administração de
antimicrobianos.
Método
Isolamento e Identificação
Condição
ƒ Bactéria isolada deve ser enviada em placa de meio de cultura (preferencialmente Agar sangue)
em temperatura ambiente
ƒ Secreções diversas, líquidos corporais, conjuntivas e outros materiais (ex: leite)
ƒ Não ter feito uso de antimicrobianos nos últimos 7 dias
ƒ Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta
Conservação para envio
ƒ As amostras de secreções devem ser imediatamente inoculadas em meio de transporte Stuart
ƒ Amostras de líquidos corporais devem ser colhidas em frascos estéreis e enviadas in natura, o
mais rápido possível
ƒ O leite deve ser enviado em frascos estéril e refrigerado entre 2 e 8°C
ƒ Alguns materiais necessitam inoculação imediata em meio de transporte para anaeróbios ou
meios de cultura específicos
Ectoparasitas Pesquisa (Microscopia Direta)
Comentários
O exame é utilizado para o diagnóstico diferencial de lesões cutâneas, quando há suspeita clínica
de infestação por ectoparasitas: sarna demodécia (Demodex canis), sarna sarcóptica (Sarcoptes
scabiei), sarna otodécia (Otodectes cynotis, Notoedris cati).
Método
Microscopia direta
Condição
O material enviado deve ser proveniente de raspados de pele e pêlos ou swab de secreção
auricular. No caso de pesquisa de sarna demodécica, deve-se realizar um raspado profundo (que
provoque até mesmo uma pequena escoriação com sangramento) na pele do animal, visto que este
ácaro encontra-se no interior dos folículos pilosos. Se a suspeita for sarna sarcóptica, deve-se
realizar um raspado superficial, de modo a obter pele e pêlos. Os raspados devem ser realizados
em várias áreas lesionadas e o animal, preferencialmente, não deve estar em uso de
medicamentos. Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.
Conservação para envio
Até 14 dias, em temperatura ambiente. Enviar em frascos ou placas de vidro bem vedados.
Obs: na presença de secreções, conservar em solução salina refrigerada entre 2 e 8°C, por no
máximo 48h.
Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
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Exame Direto a Fresco
Comentários
Pesquisa direta de fungos, protozoários, leveduras e parasitas em diversos materiais clínicos.
Método
Microscopia direta
Condição
Pode ser enviado qualquer material suspeito de contaminação. O animal preferencialmente não
deve estar em uso de medicamentos.
Conservação para envio
Colher o máximo de material possível com swab e colocar em salina estéril, em temperatura
ambiente ou em frascos esterilizados.
Enviar para processamento o mais rápido possível. O agente etiológico pode ser perdido ou
contaminado devido à falta de cuidados no manuseio de amostras.
Obs:Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.
Fungos, Cultura
Comentários
O exame identifica fungos presentes no material enviado. Pode-se enviar qualquer material suspeito
de contaminação fúngica. Útil no controle e terapêutica de micoses sistêmicas, dermatofitoses,
otites crônicas. Pode-se enviar raspado superficial da pele, swab de secreções oculares, auditivas,
vaginais, lavado traqueobrônquico, biópsia de lesões, entre outros. O material deve ser
acondicionado em frasco de coleta universal, fornecido pelo laboratório. Evitar enviar material entre
lâminas de microscopia. Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos orais ou tópicos,
antimicóticos ou antibióticos. Aguardar 15 dias da suspensão do tratamento antes de proceder à
coleta se for clinicamente admissível. De um modo geral as amostras devem ser enviadas sob
refrigeração, exceto nos casos de pele, pêlos e unhas, já que alguns dermatófitos podem não tolerar
a refrigeração.
Sempre que possível deve-se ressaltar a suspeita clínica na requisição, o que direciona melhor a
pesquisa. Os passos mais importantes para o isolamento dos agentes etiológicos das micoses são;
coletas adequadas (preferencialmente fazer assepsia no local da coleta para evitar contaminação
bacteriana), o rápido transporte até o laboratório, seu pronto e adequado processamento e a
inoculação em meios apropriados.
Método
Semeadura em meios específicos
Condição
Pode ser enviado qualquer material suspeito de contaminação (raspado de lesões de pele, unhas,
pêlos, secreções de feridas, lavado brônquico, fezes, punção de linfonodos e biópsia de lesões).
Preferencialmente, o animal não deve estar em uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos.
Obs: Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.
Conservação para envio
Até 48 horas para biópsia de tecido, entre 2 e 8°C.
Pêlos, raspado cutâneo descamativo e unha, em temperatura ambiente.
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Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
Fungos - Cultura com Antifungigrama
Comentários
Orienta na escolha do antifúngico adequado ao tratamento de infecções fúngicas causadas por
leveduras (Cândida spp., Cryptococcus spp.).São testados: Econazol, Miconazol, Fluconazol,
Cetoconazol, Clotrimazol, Anfotericina B e Nistatina. Pode-se enviar raspado superficial da pele,
swab de secreções oculares, auditivas, vaginais, lavado traqueobrônquico, biópsia de lesões, entre
outros. O Antifungigrama só será processado se o isolado for uma espécie de Cândida ou
Cryptococcus. Não estar em uso de antifúngicos. Salienta-se que não são realizados
antifungigramas para outros fungos que não as leveduras.
Método
Isolamento em meio específico com teste de difusão em meio específico.
Condição
ƒ Raspado de lesões de pele, unhas, pêlos, secreções de feridas, lavado brônquico, fezes, punção
de linfonodos e biópsia de lesões.
ƒ Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos.
ƒ Leveduras (Candida spp., Cryptococcus spp.) já previamente isoladas em meios de cultura.
ƒ Obs: Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.
Conservação para envio
ƒ Até 48 horas para biópsia de tecido, entre 2 e 8°C
ƒ Pêlos, raspado cutâneo descamativo e unha: em temperatura ambiente
ƒ Para leveduras já isoladas, enviar em meio apropriado (ágar Sabouraud glicosado), sob
refrigeração, em cultivo de no máximo 48 horas. Não utilizar meios suplementados com
antimicrobianos
Gram (Bacterioscopia)
Comentários
O exame bacterioscópico ao Gram permite um estudo acurado das características morfo-tintorais
das bactérias e outros elementos (fungos, leucócitos, outros tipos celulares, etc.). Fornece
informações importantes e rápidas para o início de terapia dando idéia semiquantitativa em algumas
infecções e estabelece diagnóstico em muitos casos.
Método
Microscopia - Coloração pelo Gram
Condição
Pode-se enviar qualquer material de região suspeita de infecção por microorganismo, especificando
sempre o tipo de material e o local de coleta. O material deve ser coletado assepticamente, com os
mesmos cuidados dispensados às amostras coletadas para cultura. Deve-se preparar pelo menos
dois esfregaços em lâminas limpas e desengorduradas. Os esfregaços devem ser feitos com
movimentos circulares a partir do centro da lâmina homogeneamente. Deixar secar ao ar e, após
correta fixação pelo calor brando, protegê-los para transporte.
Conservação para envio
As amostras de secreção (feridas cutâneas, conjuntiva, nasofaringe, orofaringe, ouvido externo,
etc.) são conservadas em esfregaços fixados pelo calor até 14 dias.
Fezes, esperma e amostras de consistência líquida (urina, líquidos corporais, etc.) são
encaminhados em frasco estéril até 48 horas e sob refrigeração (2 a 8°C).
Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
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Hemocultura
Comentários
Diagnóstico de processos infecciosos sistêmicos, útil na identificação de agentes causadores de
septicemia resistente a antibióticos. Alguns fatores podem interferir no resultado da hemocultura
como possibilidade de contaminação com flora normal da pele, volume do sangue cultivado, tipos
de meios utilizados e uso de antibióticos.
Método
Sistemas de isolamento e identificação.
Condição
ƒ Deve-se enviar sangue total, em frasco próprio para hemocultura. A coleta deve ser realizada de
forma asséptica, antecedida por tricotomia e assepsia do vaso a ser puncionado. Calçar luvas
estéreis, garrotear e puncionar, sem apalpar a veia. Injetar assepticamente o sangue no meio de
cultura próprio, evitando hemólise, e misturar demoradamente. O sangue não deve ser
refrigerado.
ƒ O ideal é coletar 3 amostras de locais diferentes em intervalos de 30 minutos. A sensibilidade do
exame está diretamente relacionada ao volume de sangue colhido. Quanto maior a amostra,
maior a possibilidade de isolar a bactéria. A especificidade aumenta quando as coletas são feitas
em sítios diferentes. O melhor índice de recuperação bacteriana ocorre quando a coleta é feita 1
hora antes do pico febril.
ƒ Informar se está em uso de antimicrobianos. O volume recomendável para cães de grande porte
é de 5 a 10 ml (usar frasco adulto). Cães de pequeno porte ou gatos: 1ml a 5 ml (usar frasco
pediátrico).
Conservação e envio
Deve-se enviar sangue total, em frasco próprio para hemocultura e inoculados imediatamente após
a coleta.
Os meios devem ser armazenados em temperatura ambiente, protegido da luz. As amostras que
não forem coletadas nos frascos próprios devem ser coletadas em tubos estéreis com solução
anticoagulante (Citrato, heparina, SPS) por até 24 horas.
Hemocultura Automatizada
Comentários
A hemocultura automatizada permite contínua monitorização e detecção do crescimento bacteriano,
24 horas ao dia. Alguns fatores podem interferir no resultado da hemocultura como a possibilidade
de contaminação com flora normal da pele, volume do sangue cultivado, tipos de meios utilizados e
uso de antibióticos. O número de amostras necessárias e o intervalo entre as coletas variam de
acordo com a suspeita clínica.
Método
Detecção rápida computadorizada de microorganismos aeróbios e anaeróbios por formação e/ou
consumo de gases do metabolismo bacteriano.
Condição
ƒ Deve-se enviar sangue total em frascos de meio de cultivo específico. Os meios devem ser
armazenados em temperatura ambiente, protegido da luz.
ƒ O volume recomendável para cães de grande porte é de 5 a 10 ml (usar frasco adulto). Cães de
pequeno porte ou gatos: 1ml a 5 ml (usar frasco pediátrico).
ƒ Preferencialmente não estar em uso de antimicrobianos.
Coleta
ƒ Não coletar em ambiente aberto com corrente de ar.
ƒ Lavar as mãos cuidadosamente.
ƒ Desinfetar a tampa do meio de cultura e colocar uma gaze estéril protegendo a tampa, enquanto
é feita a punção.
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Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
ƒ Garrotear, fazer desinfecção rigorosa com água e sabão neutro, começando do local onde será
feita à punção, em círculos concêntricos (do centro para as bordas), sem voltar com a gaze para
o centro. Secar com gaze estéril da mesma maneira, ou seja, concentricamente. Fazer nova
desinfecção, em círculos centrífugos, com álcool iodado. Esperar 2 minutos para que o iodo atue.
Retirar o álcool iodado com gaze embebida em álcool a 77%. Deixar secar.
ƒ Como não existe anti-séptico instantâneo, lembramos que o álcool iodado deverá permanecer por
2 minutos sobre o local da coleta para que atue efetivamente.
ƒ Nunca se esqueça de que a principal dificuldade deste exame consiste em se definir se o agente
isolado é ou não contaminante. Portanto, o técnico tem obrigação de se desdobrar nos cuidados
de anti-sepsia.
Conservação para envio
Amostras coletadas em tubos estéreis com solução anticoagulante (citrato, heparina ou SPS): em
temperatura ambiente por até 24 horas.
Amostras coletadas nos frascos próprios do equipamento Bactec: em temperatura ambiente por
mais de 24 horas.
Micobactérias - Cultura Automatizada
Comentários
A cultura automatizada permite a detecção computadorizada rápida de micobactérias por formação
e/ou consumo de gases do metabolismo bacteriano. Apresenta grande utilidade na investigação de
pacientes com febre de origem obscura, permitindo, ainda, a identificação de micobactérias atípicas.
Método
Detecção computadorizada rápida de micobactérias por formação e/ou consumo de gases do
metabolismo bacteriano.
Condição
ƒ Deve ser enviado o volume de 5 a 10 ml de sangue total heparinizado.
ƒ Líquidos corpóreos (nos casos de líquidos sanguinolentos, coletar em tubo contendo
anticoagulante heparina para evitar que o bacilo fique preso na rede de fibrina)
ƒ Preferencialmente, não estar em uso de antimicrobianos.
Conservação para envio
ƒ Toda amostra sujeita a ressecamento deve ser protegida com acréscimo de soro fisiológico e
manter entre 2 a 8°C
ƒ Lavado gástrico: deve ser previamente alcalinizado com 100 mg de bicarbonato de sódio. Toda a
amostra sujeita a ressecamento deve ser protegida com acréscimo de soro fisiológico
ƒ Sangue e aspirado medular: não refrigerar. Enviar em temperatura ambiente
ƒ Demais amostras: manter entre 2 e 8°C por até 36 horas. As amostras deverão ser enviadas em
frascos limpos
Micológico Direto (Microscopia Direta)
Comentários
Utilizado no diagnóstico rápido de infecções fúngicas em diversos materiais clínicos. A
dermatofitose é uma infecção de tecidos ceratinizados por fungos dos gêneros Epidermophynton,
Microsporum e Tricophyton. A dermatofitose é diagnosticada por cultura fúngica, exame com
lâmpada de Wood e exame microscópico direto dos pêlos ou das escamas cutâneas. O exame
microscópico direto dos pêlos ou dos raspados cutâneos pode permitir um diagnóstico precoce pela
demonstração das hifas ou dos artrosporos característicos na amostra. Devem-se examinar os
pêlos e os raspados provenientes da periferia das lesões.
Método
Microscopia
Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
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Condição
Descamação de lesões de pele, pêlos e unhas. Não usar anti-micóticos por pelo menos 10 dias
antes da coleta.
Procedimento para uma boa prática na coleta:
ƒ Preferencialmente não estar em uso de medicamentos tópicos por no mínimo duas semanas,
evitando desta forma resultado falso-negativo.
ƒ Deve-se fazer uma boa assepsia no pêlo do animal utilizando álcool devido à presença de
microorganismos saprófitas que podem interferir no resultado do exame.
ƒ Para colheita de material de pele em animais de pêlos longos, realizarem tricotomia parcial,
deixando os pêlos com no máximo 0,5 a 1,0 cm de comprimento.
ƒ O raspado deve ser profundo e das bordas de lesões quando estas forem descamativas. Quando
a suspeita é de sarna demodécica, deve-se comprimir fortemente a pele com os dedos porque
esta sarna se localiza profundamente na pele. No caso de micose, arrancar pêlos junto com o
raspado.
ƒ A coleta do material deve ser feita nas áreas mais extensas das lesões. Escamas, fragmentos de
unhas, pêlos, cabelos opacos, quebradiços e curtos ou de aspectos de pontos negros.
ƒ Raspar em diversos locais do corpo em que houver lesões. A amostra enviada deve ser
representativa da lesão, pois pouco material dificulta o exame e pode acarretar em resultado
falso-negativo.
ƒ Utilizar preferencialmente lâmina de bisturi e evitar o uso da tesoura por não ser o instrumento
próprio para o raspado de pele.
ƒ Os materiais obtidos podem ser colocados em placa de Petri estéril, frasco estéril e identificados
separadamente para cada sítio a ser investigado.
ƒ Enviar em frascos ou placas de vidro bem vedados.
ƒ Evitar enviar somente pêlo; é necessária a presença de células de descamação.
Conservação para envio
O material deve ser enviado em temperatura ambiente. Não enviar amostras em tubos tapados com
rolhas de algodão, pois o algodão pode reter o material. O ideal é enviar a amostra em frasco de
coleta, evitando a perda de material que costuma ocorrer quando o mesmo é enviado entre lâminas
de microscopia.
Obs: Importante sempre identificar tipo de material enviado e local da coleta.
Urina - Cultura e Antibiograma
Comentários
Aplica-se no diagnóstico de infecções microbianas no sistema urinário. É um método de grande
auxílio no tratamento de infecções urinárias, devendo a urina ser coletada por cistocentese e o
animal não estar em uso de antimicrobianos.
Método
Sistemas de Isolamento e identificação
Condição
A urina deve ser coletada através de cistocentese em frasco próprio estéril ou laminocultivo
Conservação para envio
Deve ser conservada entre 2 e 8°C. Amostras de fora da região metropolitana de Belo Horizonte
que não sejam enviadas em laminocultivo não poderão ser processadas.
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Instituto Hermes Pardini X Bacteriologia
BIOLOGIA MOLECULAR
CAPA
Instituto Hermes Pardini X Biologia Molecular
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56
Instituto Hermes Pardini X Biologia Molecular
BIOLOGIA MOLECULAR
Leishmania - PCR
Comentários
A Leishmaniose é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Leishmania. O
número de casos está aumentando expressivamente nos últimos anos. É transmitida pela picada de
um flebótomo, normalmente encontrado nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. Durante o
ciclo vital, o vetor flebotomíneo, infectado pela Leishmania, introduz no hospedeiro as formas
promastigotas (flageladas), que nas células do sistema fagocítico mononuclear se transformam em
formas amastigotas (sem flagelo). Essas se multiplicam e rompem as células infectadas, invadindo
outras células fagocitárias do hospedeiro vertebrado. Os reservatórios de Leishmaniose incluem
roedores, cães, outros animais e seres humanos infectados. O cão tem sido considerado o
reservatório mais importante nas áreas urbanas e, quando infectado com a L chagasi, apresenta um
amplo espectro de características clínicas: de aparentemente sadio até manifestações graves da
doença.
Vários estudos têm demonstrado que a PCR é altamente específica e mais sensível do que
métodos microbiológicos e imunológicos clássicos utilizados para o diagnóstico da LV. A PCR pode
ser utilizada em qualquer amostra biológica incluindo pele, sangue, biópsia de linfonodo e medula
óssea. Para a Leishmaniose Visceral Canina, a PCR é um método altamente sensível e específico
quando comparado com outros métodos convencionais, permitindo a detecção de cães
assintomáticos e, algumas vezes, soronegativos.
Método
Reação em cadeia da polimerase – PCR. A reação de amplificação define a presença do DNA do
cinetoplasto da Leishmania sp.
Condição
ƒ Aspirado de medula óssea e linfonodos; 5,0 mL de sangue total (EDTA); biopsia de lesões (sem
formol).
ƒ O material deve ser enviado em tubo ou frasco estéril. Biopsia, enviar em etanol e congelar
imediatamente.
ƒ Não usar medicação tópica nas 48 horas que antecedem o exame.
Conservação para envio
Aspirado de medula óssea e linfonodos: enviar em temperatura ambiente em 24 horas. Sangue total
(EDTA): enviar as amostras na temperatura ambiente. As amostras devem ser processadas, até no
máximo 72 horas após a coleta.
Biopsia: até 48 horas em etanol com gelo seco.
Limitações do teste
Reações falso-negativas podem ocorrer quando a quantidade de DNA está abaixo da sensibilidade
de detecção do teste ou na presença de inibidores da PCR na amostra.
Valor de referência
Amostra negativa para Leishmania sp.
Observação
Este exame pode apresentar, embora raramente, resultados falso-positivo e falso-negativo, que é
uma característica do método. A presença de sorologia positiva para leishmania com PCR negativa
pode ocorrer quando não existe a presença de parasitas circulantes no sangue periférico.
Considerando a inexistência de padronização dos primers de diagnostico utilizados na técnica de
pcr, onde os resultados encontrados podem apresentar divergências entre outras instituições que
executam a mesma técnica. Considerando ainda que a PCR seja uma técnica molecular de elevada
sensibilidade/especificidade e que pode haver discordância entre resultados obtidos por técnicas
sorológicas. Serão considerados para fins de conclusão de diagnóstico os resultados obtidos por
Instituto Hermes Pardini X Biologia Molecular
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técnicas sorológicas, conforme preconizado pelo ministério da saúde - manual de vigilância e
controle da leishmaniose visceral canina. Pg.28-29, 2003 (www.saude.gov.br/editora/livros).
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Instituto Hermes Pardini X Biologia Molecular
BIOQUÍMICA
Instituto Hermes Pardini X Bioquímica
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Instituto Hermes Pardini X Bioquímica
BIOQUÍMICA
Ácido Lático (Lactato)
Comentários
O ácido lático (lactato) é um intermediário do metabolismo dos carboidratos, sendo o principal
metabólito do glicogênio em anaerobiose. O teste é útil na avaliação do metabolismo anaeróbio
celular. Causas mais freqüentes de acidose láctica: edema pulmonar, diabete, insuficiência renal e
hepática, exercício muscular intenso e distúrbios neuromusculares.
Método
Enzimático
Condição
ƒ 0,5 a 0,8 mL de plasma fluoretado (tubo tampa azul escuro), sem hemólise
ƒ Animal deve estar em repouso há, no mínimo, 30 minutos
ƒ Evitar estresse no momento da coleta
ƒ Centrifugar e separar o plasma imediatamente após a coleta
Conservação para envio
Plasma: até 6 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 2 a 13 mg/dL
ƒ Bovinos: 5 a 20 mg/dL
ƒ Eqüinos: 10 a 16 mg/dL
Ácido Lático (Lactato) - Líquor
Comentários
Níveis elevados de lactato no líquor são encontrados na meningite bacteriana, ao contrário da
meningite viral, em que os níveis permanecem normais.
Método
Enzimático
Condição
0,8 mL de líquor
Conservação para envio
Até 24 horas entre 2 e 8°C
Valor de referência
Eqüinoss: 2,1 a 2,5 mg/dL
Ácido Úrico
Comentários
Composto nitrogenado produto do metabolismo das purinas derivadas de nucleoproteínas. Alguns
fatores como: sexo, idade, peso, raça, predisposição genética, medicamentos ou diabetes, estão
relacionados ao distúrbio do Ácido Úrico Sérico. Níveis elevados também são encontrados na
insuficiência renal, cetoacidose diabética, pré-eclâmpsia, dieta rica em purinas, neoplasias, pósquimioterapia e radioterapia, uso de paracetamol, ampicilina. Diminuição dos níveis é encontrada na
dieta pobre em purinas, defeitos dos túbulos renais, uso de tetraciclina, alopurinol e corticóides.
Método
Colorimétrico enzimático
Instituto Hermes Pardini X Bioquímica
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Condição
ƒ 0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise
ƒ Jejum obrigatório de 8 horas ou conforme orientação do Médico Veterinário.
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 0,2 a 0,9 mg/dL
ƒ Felinos: 0 a 0,5 mg/dL
ƒ Eqüinos: 0,1 a 0,4 mg/dL
ƒ Bovinos: 0,7 a 2,1 mg/dL
Adenosina Deaminase
Comentários
A adenosina deaminase é uma enzima que catalisa a conversão da adenosina a inosina,
participando do processo de diferenciação de linfócitos. Níveis elevados são indicadores indiretos
de tuberculose meníngea, pericárdica e peritoneal.
Método
Enzimático
Condição
ƒ 0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise
ƒ 0,8 mL de líquido ascítico sem hemólise
ƒ Centrifugar a amostra antes do envio
Conservação para envio
Líquidos corporais: até 2 dias entre 2 e 8°C.
Soro: até 5 dias entre 2 e 8°C.
Valor de referência
Caninos:
- soro: 8 a 20 U/L
- líquido ascítico: menor que 40 U/L
Aldolase
Comentários
Essa enzima é utilizada na avaliação dos quadros de fraqueza muscular. Níveis elevados são
encontrados nas fases iniciais das doenças musculares como distrofia muscular. Níveis elevados
também podem ser encontrados em doenças hepáticas, na pancreatite, no infarto do miocárdio e
em neoplasias. Valores baixos podem ser encontrados nas fases avançadas das miopatias.
Método
Enzimático
Condição
0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise
Conservação para envio
Até 7 dias, entre 2 e 8°C
Valores de referência
Caninos: 3,5 a 11,0 U/L
Felinos: 3,5 a 11,1 U/L
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Amilase
Comentários
Hiperamilasemia pode ser indicativo de injúria aos ácinos pancreáticos e obstrução do ducto
pancreático, podendo ocorrer, também, secundariamente a patologias extra-pancreáticas. Diversos
órgãos no cão, como o intestino, os rins e o útero, já demonstraram ter atividade pancreática. Desta
forma, no caso de pancreatite no cão, considera-se que os níveis de amilase devem estar 3 a 4
vezes maiores que os valores de referência, para terem valor diagnóstico nessa patologia. No
entanto, valores normais não descartam a hipótese de pancreatite. Sugere-se a avaliação dos níveis
séricos de lipase paralelamente ao da amilase. No gato, ao contrário do cão, não se observa
hiperamilasemia na pancreatite aguda, mas uma hipoamilasemia. Nos Eqüinoss, a pancreatite tem
sido relacionada a hiperamilasemia. Um aumento nos níveis séricos de amilase, de até mesmo 2 a
5 vezes os valores de referência, também é observado em animais com insuficiência renal.
Método
Cinético PNP
Condição
0,5 a 0,8 mL de soro
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 269 a 1500 U/L
ƒ Felinos: 370 a 1190 U/L
ƒ Eqüinos: 45 a 190 U/L
ƒ Bovinos: 41 a 100 U/L
Amônia
Comentários
Uma das principais funções do fígado é a síntese de uréia a partir da amônia. Em certas patologias,
como os desvios portossistêmicos (shunts), a concentração sérica de amônia aumenta, levando os
sinais neurológicos. A principal fonte de amônia é o trato gastrointestinal, a partir do metabolismo de
aminoácidos por enzimas bacterianas.
Método
Enzimático UV
Condição
ƒ 0,8 mL de plasma heparinizado (tubo tampa azul escuro)
ƒ Fazer a coleta sem estase venosa (sem garroteamento)
ƒ Centrifugar a amostra em tubo heparinizado tampado
ƒ Separar o plasma antes de 30 minutos
ƒ Congelar imediatamente
Conservação para envio
Até 24 horas a -20°C
Valor de referência
ƒ Caninos: 14,67 a 54,00 µmol/L
ƒ Felinos: 17,61 a 58,70 µmol/L
ƒ Eqüinos: 7,63 a 63,40 µmol/L
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63
Bilirrubinas
Comentários
A bilirrubina é um pigmento originado da degradação do heme. A bilirrubina não conjugada é
transportada no plasma ligada à albumina. No hepatócito, a bilirrubina é conjugada ao ácido
glicurônico – bilirrubina conjugada, sendo excretada através dos canalículos biliares. Análise útil na
avaliação das icterícias, bem como sua classificação: pré-hepática, hepática e pós-hepática. O
aumento da concentração de bilirrubina pode estar relacionado ao aumento da produção (hemólise),
alteração no transporte, na captação, conjugação e excreção (obstrução biliar) ou outros
mecanismos.
ƒ Não Conjugada: produto de quebra das moléculas de hemoglobina no sistema reticuloendotelial,
liberada e carreada pela albumina para o fígado.
ƒ Bilirrubina Conjugada: os hepatócitos removem a bilirrubina da albumina e formam um
diglucuronide, transformando-a em bilirrubina direta que vai constituir a bile.
ƒ Bilirrubina Total: a mensuração da bilirrubina total inclui tanto a bilirrubina conjugada, quanto a
não-conjugada.
ƒ Para diferenciar a icterícia em pré-hepática ou não é necessário se fazer outros exames
bioquímicos hepáticos, além de examinar o sistema biliar.
Método
Colorimétrico
Condição
0,8 mL de soro
Enviar em frasco protegido da luz (frasco âmbar)
Conservação para envio
Até 48 horas entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Total:
Caninos: 0,1 a 0,6 mg/dL
Felinos: 0,1 a 0,6 mg/dL
Eqüinos: 0 a 2,0 mg/dL
Bovinos: 0,1 a 0,5 mg/dL
ƒ Conjugada:
Caninos: 0 a 0,3 mg/dL
Felinos: 0 a 0,3 mg/dL
Eqüinos: 0 a 0,4 mg/dL
Bovinos: 0,04 a 0,14 mg/dL
ƒ Não conjugada:
Caninos: 0,1 a 0,3 mg/dL
Felinos: 0 a 0,5 mg/dL
Eqüinos: 0,2 a 2,0 mg/dL
Bovinos: 0 a 0,3 mg/dL
Cálcio
Comentários
O cálcio é um mineral que exerce importante papel na manutenção da homeostase dos vertebrados,
participando dos processos de contração muscular, coagulação sanguínea, atividade enzimática,
excitabilidade neuronal, secreção hormonal, adesão celular, além de ser um componente estrutural
essencial do tecido ósseo.
A hipercalcemia ocorre em decorrência da secreção excessiva de PTH, absorção aumentada de
cálcio por excesso de vitamina D, aumento da reabsorção óssea, diminuição da excreção renal de
cálcio ou aumento das proteínas ligantes do cálcio sérico, sem aumento da fração ionizada. Essas
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alterações ocorrem no hiperparatireoidismo, hipervitaminose D, hipervitaminose A, insuficiência
renal crônica, hipertireoidismo, hipoadrenocorticismo, neoplasias. A hipercalcemia se manifesta
através de alterações gastrointestinais, neuromusculares, cardiovasculares e renais. Pode ocorrer
uma redução da motilidade intestinal, que leva à anorexia, vômito ou constipação. Alterações
neuromusculares se caracterizam por fraqueza generalizada, tremores, além de coma e convulsões.
A hipercalcemia também gera arritmias cardíacas, com bloqueio átrio ventricular de primeiro grau e
fibrilação nos casos mais severos. Hipocalcemia pode ocorrer no hipoparatireoidismo, deficiência de
vitamina D, má absorção intestinal, nefropatias, osteomalacia.
Método
Colorimétrico
Condição
0,8 mL de soro
Conservação para envio
Até sete dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 8,6 a 11,2 mg/dL
ƒ Felinos: 8,0 a 10,7 mg/dL
ƒ Eqüinos: 11,2 a 13,6 mg/dL
ƒ Bovinos: 9,7 a 12,4 mg/dL
Cálcio Iônico
Comentários
A maior parte do cálcio corporal, 99%, se encontra na matriz óssea inorgânica na forma de cristais
de hidroxiapatita. O cálcio remanescente está distribuído entre as células (0,9% se encontra ligado à
membrana plasmática e ao retículo endoplasmático). Dessa forma, o fluido extracelular contém
0,1% do cálcio corporal. Desse cálcio total, 50% se encontra na forma ionizada, que é
biologicamente ativa. A concentração de cálcio ionizado sofre interferência do pH e pode acusar
falha renal e toxicidade cardíaca.
Método
Eletrodo seletivo com correção automática para variação do pH
Condição
ƒ 0,8 mL de soro sem hemólise, congelado em Eppendorf ou tubo de soro (tubo gel)
ƒ A amostra deve ser centrifugada e o soro separado imediatamente após a coleta
ƒ O exame não pode ser realizado no caso de hemólise e frasco inadequado
Conservação para envio
Até 4 dias entre 0 e -20°C
Valores de referência
ƒ Caninoss: 5,2 a 6,0 mg/dL ou 1,3 a 1,5 nmol/L
ƒ Felinoss: 4,3 a 5,9 mg/dL ou 1,07 a 1,5 nmol/L
ƒ Eqüinoss: 6,0 a 7,2 mg/dL ou 1,5 a 1,8 nmol/L
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Capacidade Livre de Combinação do Ferro
Comentários
A transferrina usualmente é mensurada como a capacidade de combinação com o ferro.
Normalmente, 1/3 dos sítios de ligação da transferrina estão ocupados pelo ferro. Assim, a
transferrina tem uma considerável capacidade latente de ligação ao ferro, a Capacidade de
Combinação Latente ou Livre de Ferro. A quantidade máxima de ferro que pode se ligar a
transferrina é a Capacidade Total de Combinação do Ferro
Valores aumentados são encontrados em anemias ferroprivas e hipossideremias. Valores
diminuídos são encontrados em anemia hemolítica e perniciosa, hemocromatoses e
hipersideremias.
Método
Schade
Condição
0,5 a 0,8 mL de soro não hemolisado
Conservação para envio:
Até 6 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência:
ƒ Caninos: de 165 a 418 µg/dL
ƒ Eqüinos: de 200 a 262 µg/dL
ƒ Bovinos: de 63 a 186 µg/dL
Capacidade Total de Combinação do Ferro
Comentários
Valores aumentados são encontrados em anemias ferroprivas e hipossideremias. Valores
diminuídos são encontrados em anemia hemolítica e perniciosa, hemocromatoses e
hipersideremias.
Método
Cálculo baseado no ferro e capacidade livre
Condição
0,5 a 0,8 mL de soro não hemolisado
Conservação para envio
Até 6 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
ƒ Caninos: de 170 a 222 µg/dL
ƒ Felinos: de 105 a 205 µg/dL
Cloretos
Comentários
Íon extracelular que, juntamente com o sódio, é responsável pela manutenção da homeostase
osmótica do plasma. Sua determinação é útil na avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácidobásicos. Níveis elevados são encontrados na desidratação, deficiência de mineralocorticóides,
acidose metabólica, infusão salina excessiva, perdas gastrointestinais, acidose tubular renal, terapia
com brometo e hiperparatireoidismo. Níveis baixos ocorrem na hipervolemia, secreção inadequada
de ADH, vômitos, acidose respiratória crônica, alcalose metabólica, cetoacidose diabética.
Método
Eletrodo seletivo
66
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Condição
0,5 a 0,8 mL de soro não hemolisado
Conservação para envio
Até cinco dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
ƒ Caninos: 105 a 115 mEq/L
ƒ Felinos: 117 a 123 mEq/L
ƒ Eqüinos: 95 a 106 mEq/L
ƒ Bovinos: 94 a 105 mEq/L
Colesterol HDL
Comentários
O colesterol é o precursor dos hormônios esteróides, vitamina D, ácidos biliares, além de ser o
principal constituinte das membranas celulares e das micelas biliares. Níveis elevados são
encontrados na colestase, doenças endócrinas (hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, diabetes
melitus), após a alimentação, na síndrome nefrótica, na hiperlipidemia, hipercolesterolemia
idiopática dos cães, hiperquilomicronemia primária dos gatos e na deficiência de
lipoproteinaslipases dos gatos. Níveis diminuídos podem ser encontrados na enteropatia perdedora
de proteínas, no shunt portossistêmico, linfagiectasia, insuficiência hepática, hipoadrenocorticismo,
síndrome de má-absorção
Método
Colorimétrico enzimático
Condição:
ƒ 0,5 a 0,8 mL de soro
ƒ Jejum obrigatório de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário
Conservação para envio
Até 3 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 40 a 78 mg/dL
ƒ Felinos: 40 a 86 mg/dL
Colesterol LDL
Comentários
O colesterol é o precursor dos hormônios esteróides, vitamina D, ácidos biliares, além de ser o
principal constituinte das membranas celulares e das micelas biliares. Níveis elevados são
encontrados na colestase, doenças endócrinas (hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, diabetes
melitus), após a alimentação, na síndrome nefrótica, na hiperlipidemia, hipercolesterolemia
idiopática dos cães, hiperquilomicronemia primária dos gatos e na deficiência de
lipoproteinaslipases dos gatos. Níveis diminuídos podem ser encontrados na enteropatia perdedora
de proteínas, no shunt portossistêmico, linfagiectasia, insuficiência hepática, hipoadrenocorticismo,
síndrome de má-absorção.
Método
Colorimétrico enzimático
Condição
ƒ 0,5 a 0,8 mL de soro
ƒ Jejum obrigatório de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário
Conservação para envio
Até 3 dias entre 2 e 8°C
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Valores de referência
ƒ Caninos: 31 a 71 mg/dL
ƒ Felinos: 20 a 40 mg/dL
Colesterol Total
Comentários
O colesterol é o precursor dos hormônios esteróides, vitamina D, ácidos biliares, além de ser o
principal constituinte das membranas celulares e das micelas biliares. Níveis elevados são
encontrados na colestase, doenças endócrinas (hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, diabetes
melitus), após a alimentação, na síndrome nefrótica, na hiperlipidemia, hipercolesterolemia
idiopática dos cães, hiperquilomicronemia primária dos gatos e na deficiência de
lipoproteinaslipases dos gatos. Níveis diminuídos podem ser encontrados na enteropatia perdedora
de proteínas, no shunt portossistêmico, linfagiectasia, insuficiência hepática, hipoadrenocorticismo,
síndrome de má-absorção.
Método
Colorimétrico enzimático
Condição
ƒ 0,5 a 0,8 mL de soro
ƒ Jejum obrigatório de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário
Conservação para envio
Até 3 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 125 a 270 mg/dL
ƒ Felinos: 80 a 205 mg/dL
ƒ Eqüinos: 75 a 150 mg/dL
ƒ Bovinos: 80 a 100 mg/dL
Colesterol VLDL
Comentários
O colesterol é o principal lipídeo associado à doença vascular aterosclerótica. Também é utilizado
na produção de hormônios esteróides, ácidos biliares e na constituição das membranas celulares.
Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo transportado no sangue por lipoproteínas (70% por LDL,
25% por HDL e 5% por VLDL).
Método
Cálculo baseado no Triglicérides
Condição
ƒ 0,8mL de soro
ƒ Jejum obrigatório de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário
Conservação para envio
Até 3 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
Até 16 mg/dL
68
Instituto Hermes Pardini X Bioquímica
Colinesterase Plasmática
Comentários
Níveis diminuídos são encontrados em intoxicação (exposição aguda) por organofosforados e
carbamato. Apresenta meia-vida de 8 dias, tendo pouco valor nas intoxicações crônicas. A
recuperação da atividade da pseudocolinesterase nas intoxicações por carbamatos ocorre após 24
horas. Na intoxicação por organofosforados inicia-se em 72 horas.
Método
Enzimático
Condição
0,5 a 0,8 mL de soro
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
ƒ Caninos: 800 a 4000 U/L
ƒ Felinos: 500 a 4000 U/L
Creatinina
Comentários
É o teste mais utilizado na avaliação da taxa de filtração glomerular. A formação diária de creatinina
depende da quantidade total de creatina corporal, que está relacionada com a ingestão dietética,
massa muscular e taxa de síntese de creatina. É o produto de degradação da creatina, sendo sua
concentração sérica não só dependente da taxa de filtração renal, mas também da massa muscular,
idade e alimentação. Em todas as espécies de mamíferos, a creatinina é livremente filtrada nos
glomérulos e sua concentração no filtrado glomerular é igual à concentração plasmática. Dessa
forma, qualquer alteração na taxa de filtração glomerular, reflete-se nos níveis séricos de creatinina.
Encontra-se aumentada na azotemia, seja ela renal, pós-renal ou pré-renal (incluindo-se aí a
desidratação).
Método
Colorimétrico (Jaffé mod.)
Condição
ƒ 0,5 a 0,8 mL de soro ou plasma (EDTA/fluoreto)
ƒ Alimentação: a ingestão de alimentos é causa potencial da variação de creatinina. O aumento de
creatinina no plasma (em até 50%) pode ser observado de 1 a 4 horas após uma refeição,
especialmente quando for servida comida cozida. Esse aumento é explicado pela absorção
intestinal de creatinina exógena proveniente da creatina muscular durante o cozimento. Por esse
motivo, provavelmente prefere-se colher amostras de cães em jejum (de pelo menos de 8 a 10
horas).
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 0,6 a 1,6 mg/dL
ƒ Felinos: 0,8 a 1,8 mg/dL
ƒ Eqüinos: 1,2 a 1,9 mg/dL
ƒ Bovinos: 1,0 a 2,0 mg/dL
Observação
As altas concentrações de bilirrubina, lipídios e glicose podem interferir na creatininemia e muitas
vezes poderão levar a uma superavaliação dos valores de creatinina no plasma. Cefalosporinas
podem aumentar os valores de creatinina no plasma determinados pelo método de Jaffé em até
50%.
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Creatinina, Clearence - Sangue + Urina
Comentários
Teste útil na avaliação da taxa de filtração glomerular. Os valores séricos e urinários são medidos e
a depuração calculada e corrigida em função do peso corporal.
Método
Colorimétrico (Jaffé mod.)
Condição
ƒ 0,8 mL de soro não hemolisado + 5,0 mL de urina de 12 ou 24h
ƒ Urina: medir rigorosamente todo o volume urinário coletado
ƒ Refrigerar desde o início da coleta OU usar HCL 50% 20ml/L
ƒ Informar peso e raça do animal
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 2,0 a 4,5 mL/min/Kg
ƒ Felinos: 1,6 a 3,8 mL/min/Kg
Observação
O resultado é corrigido para o peso.
Creatinofosfoquinase - CPK
Comentários
A fraqueza muscular é a principal manifestação clínica das desordens neuromusculares. A
avaliação dos distúrbios neuromusculares deve sempre incluir a mensuração de enzimas
musculares. A creatinina fosfoquinase é uma enzima encontrada principalmente na musculatura
estriada, cérebro e coração. Participa do processo de fosforilação do ADP, formando ATP
necessário para a contração muscular, e catalisa a fosforilação da creatina em fosfágeno, que é
uma forma de reserva energética abundante nos músculos. A localização essencial da CFK é na
fibra muscular. Encontra-se aumentada nas miosites, infecções por Toxoplasma e Neospora, na
polimiopatia por hipocaliemia, na deficiência por taurina, nos traumas musculares, pirexia,
hipotermia, distrofia muscular, exercícios físicos e decúbito prolongado.
Método
Enzimático
Condição
0,5 a 0,8 mL de soro
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência:
ƒ Caninos: 20 a 200 U/L
ƒ Felinos: 50 a 450 U/L
ƒ Eqüinos: 86 a 140 U/L
ƒ Bovinos: 66 a 120 U/L
70
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Dehidrogenase Láctica - LDH
Comentários
É uma enzima que catalisa a conversão de lactato a piruvato, sendo liberada na ocorrência de dano
celular. Elevação dos níveis de LDH ocorre em neoplasias, hipóxia, cardiopatias, anemia hemolítica,
necrose hepática, anemia hemolítica, necrose de músculo esquelético, choque e hipóxia intensos.
Como a ação da LDH está presente em vários tecidos, sua elevação não é órgão específica.
Hemólise pode levar a resultados falsamente aumentados.
Método
Enzimático
Condição
0,8 mL de soro sem hemólise
Conservação para envio
Até 24 horas entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 50 a 495 U/L
ƒ Felinos: 75 a 490 U/L
ƒ Eqüinos: 162 a 412 U/L
ƒ Bovinos: 8 a 302 U/L
Dehidrogenase Láctica – Líquor
Comentários
Níveis normais de LDH no líquor são 10% da LDH no sangue. Níveis elevados são encontrados no
acidente vascular cerebral, tumores do sistema nervoso central e meningites. Sua determinação
deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.
Método
Enzimático
Condição
ƒ 0,8 mL de soro sem hemólise
ƒ Centrifugar e refrigerar a amostra logo após a coleta (para separação dos elementos celulares)
Conservação para envio
Até 24 horas entre 2 e 8°C.
Valor de referência
ƒ Eqüinos: 12 a 34 U/L
ƒ Bovinos: 2 a 25 U/L
ƒ Felinos: 0 a 24 U/L
Enzima Conversora de Angiotensina
Comentários
A enzima conversora de angiotensina está concentrada na superfície de células do endotélio
pulmonar. A maior parte da ECA circulante teve origem no pulmão, contudo outros tecidos, incluindo
epitélio tubular e células endócrinas, contêm esta enzima. A atividade da ECA sérica está alterada
em doenças pulmonares que cursam com a lesão do endotélio alveolar.
Método
Enzimático
Condição
0,5 a 0,8 mL de soro
Instituto Hermes Pardini X Bioquímica
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Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
Caninos: 8 a 45 U/L
Ferro Sérico
Comentários
A determinação do ferro sérico é utilizada no diagnóstico diferencial de anemias, hemocromatose e
hemossiderose. Encontra-se aumentado nas hemólises e diminuído nas perdas sanguíneas
crônicas, infecção crônica, processos malignos, nefrose e deficiências dietéticas. Aumento:
hemocromatose, hepatite viral.
Método
Ferene-S
Condição
ƒ 0,5 a 0,8 mL de soro
ƒ Desejável jejum de 8 horas
Conservação para envio
Até 6 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 30 a 180 µg/dL
ƒ Felinos: 68 a 215 µg/dL
ƒ Eqüinos: 105 a 277 µg/dL
ƒ Bovinos: 113 a 226 µg/dL
Fosfatase Ácida
Comentários
A fosfatase ácida é uma enzima presente na próstata, ossos, hemácias, leucócitos, plaquetas,
pulmões, rins, baço, fígado e pâncreas. Encontra-se aumentada em diversos tipos de neoplasias,
como as de próstata e do sistema urinário. Também é um indicador de reabsorção óssea.
Método
Enzimático
Condição
0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise
Conservação para envio
Até 3 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
ƒ Caninos: 5 a 25 U/L
ƒ Felinos: 5 a 24 U/L
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Fosfatase Alcalina
Comentários
Esta enzima está presente principalmente no fígado, nos ossos, no epitélio intestinal e na placenta.
Em animais normais, a grande maioria da fosfatase alcalina sérica é originada do fígado e dos
ossos. Elevações nos níveis séricos são observadas nos animais em crescimento ou em adultos
com aumento da atividade osteoblástica. Encontra-se aumentada nas patologias que resultam em
colestase, como a hiperplasia nodular, lipidose hepática felina, colangite, colangiohepatite,
colecistite, neoplasias biliares, entre outras. Também há um aumento da fosfatase alcalina na
pancreatite, nos animais em crescimento, pacientes em uso de glicocorticóides e/ou
anticonvulsivantes, osteossarcoma, hiperparatireoidismo, hiperadrenocorticismo, hipertireoidismo e
nas enterites.
Quando se tem severa lipemia e hemólise, pode estar falsamente aumentada. A fosfatase pode
estar falsamente diminuída se a amostra tiver contato com EDTA, arsênico, citrato e compostos
sulfadrílicos.
Método
Enzimático
Condição
ƒ 0,5 a 0,8 mL de soro sem hemólise
ƒ Separar e refrigerar o mais rápido possível
Conservação para envio
Até 3 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 20 a 150 U/L
ƒ Felinos: 15 a 80 U/L
ƒ Eqüinos: 143 a 395 U/L
ƒ Bovinos: 90 a 170 U/L
Fósforo
Comentários
Principais causas do aumento: insuficiência renal, hipoparatireoidismo, hipervitaminose D,
osteoporose, mieloma, diabetes descompensada, desidratação.
Diminuição: hiperparatireoidismo, hipotireoidismo, osteomalácia, hipovitaminose D, raquitismo,
hemodiálise.
Método
Cinético U.V.
Condição
0,8 mL de soro sem hemólise
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 2,2 a 5,5 mg/dL
ƒ Felinos: 1,6 a 6,4 mg/dL
ƒ Eqüinos: 3,1 a 5,8 mg/dL
ƒ Bovinos: 5,6 a 6,5 mg/dL
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73
Gama GT
Comentários
A GGT é considerada um marcador primário de colestase extra ou intra-hepática. Também se
apresenta elevada nos animais em uso de anticonvulsivantes e glicocorticóides. Ao contrário da
fosfatase alcalina, não é um marcador ósseo, podendo ser utilizada para diferenciar doença
hepatocelular e doença óssea.
Método
Cinético Colorimétrico
Condição
0,8 mL de soro sem hemólise
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 1,0 a 10,0 U/L
ƒ Felinos: 1,0 a 10,0 U/L
ƒ Eqüinos: 4,0 a 13,4 U/L
ƒ Bovinos:11,0 a 24,0 U/L
Glicemia Jejum
Comentários
Os níveis séricos da glicose são úteis no diagnóstico e monitoramento terapêutico de várias
patologias. Encontram-se elevados no diabetes melitus, hiperadrenocorticismo, acromegalia,
pancreatite, estresse (principalmente em Felinoss) e nos animais em uso de fármacos como a
xilazina, progestágenos, glicocorticóides e soro glicosado. Hipoglicemia pode ocorrer na
insuficiência hepática, hipoadrenocorticismo, hipoptuitarismo, neoplasia, hiperinsulinismo,
septicemia, policitemia, leucemia, doenças do armazenamento do glicogênio e em filhotes e cães de
raças toy.
Método
Colorimétrico enzimático
Condição
ƒ 0,5 a 0,8 mL de plasma fluoretado sem hemólise
ƒ Coletar no tubo com fluoreto (tubo de tampa cinza)
ƒ Jejum de 8 horas
Conservação para envio
Até 48 horas entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 60 a 109 mg/dL
ƒ Felinos: 70 a 150 mg/dL
ƒ Eqüinos: 25 a 120 mg/dL
ƒ Bovinos: 45 a 74 mg/dL
ƒ Suíno: 65 a 94 mg/dL
ƒ Ovino: 50 a 80 mg/dL
74
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Glutationa Peroxidase
Comentários
A glutationa peroxidase (GPX) é uma enzima de ação antioxidante, representando proteção
orgânica contra os radicais livres. Apresenta selênio em sua composição e age catalisando a
redução de hidroperóxidos orgânicos e inorgânicos. Sua atividade está reduzida nos quadros de
hipóxia, havendo aumento da quantidade de radicais livres formados durante a reperfusão (como no
pós-cirúrgico de dilatação volvulo-gástrica) quando se restabelecem os níveis de oxigênio.
A atividade da GPX nos eritrócitos correlaciona-se diretamente com a concentração sanguínea de
selênio em ruminantes e Eqüinoss.
Método
Enzimático
Condição
ƒ 3,0 mL de sangue total heparinizado.
ƒ Informar o valor da hemoglobina do animal ou enviar sangue total em EDTA para mensuração de
hemoglobina
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2° e 8°C
Valor de referência
ƒ Bovinos: 34 a 155 U/G Hb
ƒ Eqüinos: 70 a 120 U/G Hb
Lípides Totais
Comentários
Os lípides totais provêm da absorção intestinal das gorduras e da síntese hepática e encontram-se
no plasma sob a forma de complexos lipídicos e lipoprotéicos. Hiperlipidemia é o aumento da
concentração plasmática de colesterol, triglicérides ou ambos. Pode ter origem idiopática, ser
decorrente de um defeito primário no metabolismo lipídico ou conseqüência de uma doença
sistêmica. As principais causas de hiperlipidemia primária são: hiperlipoproteinemia idiopática do
Schnauzer miniatura, hiperquilomicronemia idiopática do gato, deficiência de lipase lipoprotéica do
gato, hipercolesterolemia idiopática. Dentre as causas secundárias em cães e gatos estão:
hipotireoidismo, diabetes mellitus, hiperadrenocorticismo, pancreatite, colestase, insuficiência
hepática, síndrome nefrótica. Os glicocorticóides e o acetato de megestrol são drogas capazes de
induzir hiperlipidemia.
Método
Cálculo baseado no colesterol total e triglicérides
Condição
0,5 a 1,0 mL de soro ou plasma (EDTA)
Jejum de 9 horas ou conforme orientação do médico veterinário
Conservação para envio
Até 3 dias entre 2 e 8°C.
Valor de referência
ƒ Caninos: 400 a 960 mg/dL
ƒ Felinos: 380 a 700 mg/dL
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75
Lipase
Comentários
O pâncreas é a principal fonte de lípase sérica. Valores aumentados podem ser encontrados na
pancreatite aguda, mas também na insuficiência renal, corpos estranhos duodenais, gastrite crônica
e carcinomas abdominais. Também ocorrem aumentos após cirurgias de laparotomias e nos
animais em uso de dexametasona. Seu valor sérico não corresponde à severidade da pancreatite e
tem, portanto, sensibilidade e especificidade questionáveis.
Método
Enzimático Colorimétrico
Condição
0,8 mL de soro
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2° e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 25 a 750 U/L
ƒ Felinos: 25 a 375 U/L
ƒ Eqüinos: 12 a 39 U/L
ƒ Bovinos: 1 a 35 U/L
Magnésio
Comentários
Magnésio sérico deve ser mensurado em cães e gatos com fatores predisponentes à
hipomagnesemia (anorexia, distúrbios gastrointestinais, pancreatite aguda, colestase,
glomerulonefrite, fluidoterapia intravenosa prolongada, cetoacidose diabética, hipertireoidismo,
sepse, nutrição parenteral total) e hipermagnesemia (insuficiência renal, ingestão excessiva de
substâncias que contêm magnésio – antiácidos, laxantes).
Trata-se de um dos principais cátions do sangue, co-fator de diversas reações enzimáticas. O
magnésio é necessário para a manutenção dos níveis celulares de potássio. Sua deficiência pode
levar à depleção do potássio intracelular e excreção excessiva de potássio. Tem ação nos níveis de
acetilcolina e a hipomagnesemia pode levar a um aumento de acetilcolina nas placas motoras, o
que resulta em tetania.
Método
Azul de Xilidil
Condição
0,8 a 0,5 mL de soro sem hemólise
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2° e 8°C.
Valor de referência
ƒ Caninos: 1,8 a 2,4 mg/dL
ƒ Felinos: 1,6 a 2,2 mg/dL
ƒ Eqüinos: 1,2 a 2,0 mg/dL
ƒ Bovinos: 1,7 a 2,2 mg/dL
76
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Osmolaridade
Comentários
Refere-se à água corporal total. Os maiores compartimentos são o extracelular e o intracelular. Este
equilíbrio é feito principalmente pela bomba cátion/ânion. As propriedades osmóticas envolvem
solução e soluto. As alterações neste equilíbrio podem ser indicativas de patologias clínicas como,
por exemplo, desidratação, hiponatremia, avaliação renal.
Método
Crioscopia
Condição
0,5 mL de soro ou plasma heparinizado (tubo de tampa azul escuro)
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 280 a 305 mosmoL/kg/H2O
ƒ Felinos: 280 a 305 mosmoL/kg/H2O
Potássio
Comentários
A mensuração de potássio está indicada na anorexia prolongada, vômito, diarréia, fraqueza
muscular, bradicardia, arritmias supraventriculares, oligúria, anúria e poliúria. Também é indicada no
hipoadrenocorticismo, cetoacidose diabética, obstrução uretral, nos animais em uso de diuréticos e
de inibidores da enzima conversora da Angiotensina.
É o principal cátion intracelular. O uso de fluidoterapia intravenosa pobre em potássio pode
aumentar a perda renal e levar a hipocaliemia em um animal anoréxico. Podemos ainda encontrar
hipocaliemia associada a perdas gastrointestinais (vômitos e diarréia) que pode ser exacerbada pela
ingestão dietética adequada.
Obs: A pseudo-hipercaliemia pode ocorrer secundária a um atraso na separação do soro do sangue
com leucocitose intensa ou trombocitose, elementos celulares ricos em potássio. Pode ocorrer ainda
quando se tem hemólise em Eqüinoss e Bovinoss, quando a coleta foi feita em heparina potássica,
quando a coleta foi feita através de um cateter intravenoso usado previamente para administração
de potássio. Uma peculiaridade racial tem sido notada no cão Akita em que o atraso da separação
da amostra coagulada pode resultar em um aumento nos valores de potássio.
Método
Eletrodo seletivo
Condição
0,8 mL de soro sem hemólise.
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2° e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 3,7 a 5,8 mEq/L
ƒ Felinos: 3,8 a 4,5 mEq/L
ƒ Eqüinos: 2,4 a 4,7 mEq/L
ƒ Bovinos: 3,9 a 5,8 mEq/L
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Proteína Glicosilada - Frutosamina
Comentários
Também conhecida por frutosamina, a mensuração de proteína glicosilada se faz útil na
monitoração do controle glicêmico em cães e gatos. A proteína glicosilada é resultante de uma
ligação da glicose à albumina independentemente da insulina, não enzimática e irreversível. Dessa
forma, a extensão da glicosilação das proteínas séricas está diretamente relacionada à glicose
sangüínea. Não sofre interferência do estresse. Por se tratar de uma proteína glicosilada com meia
vida curta, entre duas a três semanas, este teste é útil no acompanhamento do paciente diabético
em curto prazo.
Método
Colorimétrico (Redução do NBT).
Condição
ƒ 0,8 mL de soro sem hemólise
ƒ Jejum obrigatório de 8 horas
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
Caninos: 1,7 a 3,38 mmoL/L
Felinos: 2,19 a 3,47 mmoL/L
Proteínas Totais
Comentários
A análise das proteínas totais está indicada especialmente nos animais anêmicos, com edema,
ascite, coagulopatias, diarréias, perda de peso e doença renal ou hepática.
ƒ Hiperproteinemia: desidratação, processos infecciosos crônicos, leishmaniose, peritonite
infecciosa felina.
ƒ Hipoproteinemia: Perdas renais, deficiências nutricionais, infecções graves e prolongadas,
esteatorréia, anemias graves, gastroenteropatias exudativas.
Método
Biureto
Condição
0,8 mL de soro
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 5,4 a 7,7 g/dL
ƒ Felinos: 5,4 a 7,6 g/dL
ƒ Eqüinos: 5,2 a 7,9 g/dL
ƒ Bovinos: 6,7 a 7,5 g/dL
Proteínas Totais e Fracionadas
Comentários
Mensura os valores de albumina e globulina. Hiperalbuminemia ocorre na desidratação. A
hipoalbuminemia e hipoglobulinemia ocorrem na hemorragia, em lesões exudativas, enteropatias
perdedora de proteína. Hipoalbuminemia ocorre na insuficiência hepática crônica, ingestão protéica
inadequada, má-digestão, má-absorção, nefropatias, efusões corporais. Hiperglobulinemia ocorre
nas infecções crônicas, como as infecções virais felinas, leishmaniose e em algumas neoplasias.
78
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Método
Biureto e verde Bromocresol.
Condição
1,0 mL de soro
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos:
albumina: de 2,3 a 3,8 g/dL
globulinas: de 2,3 a 5,2 g/dL
totais: de 5,4 a 7,7 g/dL
ƒ Felinos:
albumina: de 2,1 a 3,9 g/dL
globulinas: de 1,5 a 5,7 g/dL
totais: de 5,4 a 7,8 g/dL
ƒ Eqüinos:
albumina: de 2,6 a 3,7 g/dL
globulinas: de 2,6 a 4,0 g/dL
totais: de 5,2 a 7,9 g/dL
ƒ Bovinos:
albumina: de 3,0 a 3,6 g/dL
globulinas: de 3,0 a 3,5 g/dL
totais: de 6,7 a 7,5 g/dL
Razão Proteína/Creatinina - Urina
Comentários
Indicada na mensuração da magnitude da proteinúria. Deve ser realizada uma urinálise completa
com uma alíquota da mesma amostra enviada.
Método
Colorimétrico
Condição
2,0 mL de urina refrigerada logo após a coleta.
Conservação para envio
Até 48 horas entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos
Menor que 0,2: normal
0,2 a 1,0 : questionável
Maior que 1,0: anormal
ƒ Felinos
Menor que 0,6: normal
0,26 a 1,0: questionável
Maior que 1,0 anormal
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Rotina - Líquido Ascítico
Equivale às seguintes análises
ƒ Bacterioscopia (Gram): na peritonite bacteriana isola-se, em geral, bactérias gram-negativas
(E.coli, Klebsiella pneumoniae) ou gram-positivas (S. pneumoniae, Enterococcus sp e outros
Streptococcus). A peritonite bacteriana secundária é, em geral, polimicrobiana.
ƒ Citometria e citologia: polimorfonucleares acima de 250/mm3 sugerem peritonite bacteriana.
Percentagem de neutrófilos acima de 50% é presuntiva de peritonite bacteriana. Predomínio de
mononucleares sugere peritonite carcinomatosa ou malignidade. Citologia oncótica é positiva em
50% a 90% dos casos de carcinomatose peritoneal.
ƒ Caracteres físicos (cor/aspecto/pH/densidade): apresenta-se opalescente na ascite quilosa,
turvo nos quadros infecciosos e hemorrágico nas neoplasias, traumas e punção de vasos.
ƒ Amilase: níveis elevados de amilase em valores três vezes maiores que no soro são indicativos
de pancreatite. Também se eleva na perfuração de vísceras e neoplasias de ovário. Cerca de
10% dos casos de pancreatite têm amilase sérica no líquido ascítico normal.
ƒ Desidrogenase lática (LDH): normalmente níveis de LDH no líquido ascítico são 50% dos
valores séricos. Está elevada nas peritonites (espontâneas e secundárias), tuberculose peritoneal
e carcinomatoses. Razão LDH pleural/sérica maior que 0,6 sugere exsudato.
ƒ Glicose: normalmente, as concentrações no líquido ascítico são similares às do soro. Na
presença de leucócitos e bactérias, há consumo da glicose e redução dos níveis: peritonites
bacteriana espontânea, bacteriana secundária, tuberculosa e carcinomatose peritoneal.
ƒ Proteínas: valores abaixo de 2,5 g/dl são indicativos de transudatos (ex.: cirrose, insuficiência
cardíaca). Valores acima de 3 g/dl são indicativos de exsudatos (ex.: carcinomatose, ascite
quilosa, pancreatite). Uso de diuréticos pode transformar transudatos em exsudatos. O gradiente
de albumina entre o sangue e o líquido ascítico acima de 1,1g/dL sugere hipertensão porta.
Volume recomendável
ƒ Citometria e citologia, cor, aspecto, pH, densidade: 1,0mL
ƒ Proteínas: 0,8mL
ƒ Amilase: 0,8mL
ƒ DHL: 0,8mL
ƒ Glicose: 1,0mL
ƒ Bacterioscopia: 0,5mL
Conservação para envio
ƒ Citometria e citologia: até 6 horas entre 2 e 8°C
ƒ Proteínas: até 4 dias entre 2 e 8°C
ƒ DHL: até 24 horas entre 2 e 8°C
ƒ Amilase: até 7 dias entre 2 e 8°C
ƒ Glicose: até 48 horas entre 2 e 8°C (coletada em fluoreto)
ƒ Bacterioscopia: imediatamente entre 2 e 8°C
Laboratórios
Os testes bioquímicos somente serão válidos se a amostra for centrifugada para separação dos
elementos celulares logo após a coleta e refrigerada
80
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Rotina - Líquido Pleural
Equivale às seguintes análises
ƒ Bacterioscopia (Gram): não afasta infecção em caso de resultados negativos.
ƒ Citometria e citologia: contagem de hemácias acima de 100.000 ocorrem no hemotórax,
neoplasias e tromboembolismo. Linfocitose pode ocorrer na tuberculose, neoplasias e sarcoidose.
Linfocitose e ausência de células mesoteliais sugerem tuberculose. Polimorfonucleados são
encontrados nos processos infecciosos, inclusive na fase inicial da tuberculose pleural. Eosinofilia
pode ser encontrada no hemotórax, pneumotórax, infarto pulmonar, infecções parasitárias e
fúngicas. Resultados citológicos negativos para malignidade não excluem a possibilidade de
neoplasias.
ƒ Caracteres físicos (cor/aspecto/pH/densidade): valores de pH inferiores a 7,2 podem ocorrer
no empiema, artrite reumatóide, derrame parapneumônico complicado, tuberculose, malignidade,
fístula esofago-pleural e acidose sistêmica.
ƒ Amilase: níveis elevados de amilase nos líquidos pleural e ascíticos estão associados à
pancreatite, ruptura de esôfago e adenocarcinomas de pulmão e ovário.
ƒ Colesterol: a dosagem do colesterol no líquido pleural é útil na diferenciação entre transudatos e
exsudatos. Níveis de colesterol maiores de 45mg/dL predizem exsudatos com sensibilidade de
90% e especificidade de 100%. A associação de colesterol elevado e LDH maior que 200UI/L tem
sensibilidade de 99% no diagnóstico de exsudatos.
ƒ Glicose: níveis de glicose abaixo de 60 mg/dl ou 50% dos valores séricos ocorrem no derrame
parapneumônico, empiema, colagenoses, tuberculose pleural e derrames malignos. Sua
determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.
ƒ Proteínas: valores abaixo de 2,5g/dL são indicativos de transudatos (ex.: cirrose, insuficiência
cardíaca, síndrome nefrótica). Valores acima de 3 g/dL são indicativos de exsudatos (ex.:
neoplasias, infecções, pancreatite, colagenoses, embolia, quilotórax). A razão líquido pleural/soro
acima de 0,5 indica exsudato.
ƒ Desidrogenase lática (LDH): é um critério para diferenciação entre exsudato e transudato. A
relação LDH pleural/sérica > 0,6 e LDH pleural > 200U/L indicam exsudato, com sensibilidade de
98% e especificidade entre 70 e 98%. Níveis de LDH acima de 1.000U/L são encontrados em
neoplasias e empiema. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.
Volume recomendável
ƒ Citometria e citologia, cor, aspecto, pH, densidade: 1,0mL.
ƒ Proteínas: 0,8mL.
ƒ Amilase: 0,8mL.
ƒ DHL: 0,8mL.
ƒ Glicose: 1,0mL.
ƒ Bacterioscopia: 0,5mL.
ƒ Colesterol: 1,0mL
Conservação para envio
ƒ Citometria e citologia: até 6 horas entre 2o e 8oC.
ƒ Proteínas: até 4 dias entre 2o e 8oC.
ƒ Amilase: até 7 dias entre 2o e 8oC.
ƒ DHL: até 24 horas entre 2o e 8oC.
ƒ Amilase: até 7 dias entre 2o e 8oC.
ƒ Glicose: até 48 horas entre 2o e 8oC (coletada em fluoreto).
ƒ Bacterioscopia: imediatamente entre 2o e 8oC.
ƒ Colesterol: até 3 dias entre 2o e 8oC.
Laboratórios
Os testes bioquímicos somente serão válidos se a amostra for centrifugada para separação dos
elementos celulares logo após a coleta e refrigerada.
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Rotina - Líquido Sinovial
Equivale às seguintes análises
ƒ Citometria e citologia: contagens com menos de 2.000 leucócitos sugerem processo nãoinflamatório. Valores entre 2.000 e 50.000 leucócitos sugerem artrite inflamatória e séptica.
Valores entre 50.000 e 100.000 são encontrados nas artrites sépticas, reumatóide e induzidas por
cristais. Leucócitos abaixo de 50% sugerem quadro não inflamatório. Leucócitos abaixo de 90%
são encontrados na artrite reumatóide. Leucócitos acima de 80% ocorrem na artrite séptica e
induzida por cristais.
ƒ Caracteres físicos (cor/aspecto/pH/densidade): torna-se purulento na artrite séptica e turvo em
processos inflamatórios.
ƒ Ácido úrico: valores até 8 mg/dl são considerados normais, estando aumentados na artrite
gotosa.
ƒ Pesquisa de cristais com luz polarizada: a pesquisa de cristais no líquido sinovial pode ser útil
na determinação da etiologia do quadro articular. Os microcristais podem ser encontrados no
interior das células ou livres no líquido articular. Os cristais de monourato de sódio são
encontrados na artrite gotosa. Cristais de pirofosfato de cálcio são encontrados principalmente
dentro de leucócitos e macrófagos na pseudogota.
ƒ Glicose: normalmente, as concentrações no líquido sinovial são similares às do soro. Nos
derrames articulares inflamatórios e infecciosos níveis de glicose inferiores a 50% dos valores
plasmáticos são encontrados. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem
sérica.
ƒ Proteínas: elevação ocorre nos processos inflamatórios articulares.
ƒ Bacterioscopia (Gram): útil na avaliação presença de infecção bacteriana.
Volume mínimo
ƒ Citometria e citologia, cor, aspecto, pH, densidade: 0,5 mL.
ƒ Cristais: 0,5mL.
ƒ Proteínas: 0,3mL.
ƒ Glicose: 0,3mL.
ƒ Bacterioscopia: 0,5mL.
ƒ Ácido úrico: 0,3mL.
Conservação para envio
ƒ Citometria e citologia: até 6 horas entre 2 e 8°C.
ƒ Cristais: até 7 dias entre 2 e 8°C.
ƒ Proteínas: até 4 dias entre 2 e 8°C.
ƒ Glicose: até 48 horas entre 2 e 8o C (coletada em fluoreto).
ƒ Bacterioscopia: imediatamente entre 2 e 8°C.
ƒ Ácido úrico: até 5 dias entre 2 e 8°C.
Laboratórios
Os testes bioquímicos somente serão válidos se a amostra for centrifugada para separação dos
elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.
Sódio
Comentários
É o principal cátion extra celular. Os sais de sódio são os principais determinantes da osmolaridade.
Alguns fatores regulam a homeostasia do balanço do sódio, tais como, aldosterona e hormônio antidiurético. A mensuração de sódio está indicada nas doenças sistêmicas caracterizadas por vômito,
diarréia, polidipsia e poliúria, alterações do estado mental, convulsões, edema e efusões pleural e
peritoneal. O teste é útil na avaliação dos distúrbios hidro-eletrolíticos. A hiponatremia ocorre
através da perda gastrointestinal (vômitos, diarréia), se for severa, pode levar a acidose metabólica.
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Instituto Hermes Pardini X Bioquímica
Outras causas que levam a hiponatremia são: insuficiência cardíaca congestiva, administração de
diuréticos, diabete mellitus e hiperaldosteronismo. A hipernatremia está associada com a
desidratação secundária, a ingestão inadequada de água ou perda excessiva de água pura,
principalmente, no diabetes insipidus, se o paciente tiver restrição de água. Ocorre ainda na cirrose
e pode se desenvolver em pacientes com insuficiência renal crônica, com inadequada ingestão de
água, que irá levá-lo a uma hipovolemia hipernatrêmica.
Método
Eletrodo seletivo
Condição
0,8 mL de soro sem hemólise
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 141 a 153 mEq/L
ƒ Felinos: 147 a 156 mEq/L
ƒ Eqüinos: 132 a 146 mEq/L
ƒ Bovinos: 132 a 152 mEq/L
Transaminase Oxalacética (TGO/AST)
Comentários
A mensuração dessa enzima está indicada nas doenças sistêmicas que incluem perda de peso,
hepatomegalia, vômito, diarréia, icterícia, ascite, depressão e anorexia. Está presente em grande
quantidade nos hepatócitos, principalmente no interior das mitocôndrias. Seu aumento está
relacionado a uma lesão hepatocelular profunda. No entanto, não é um teste específico para o
fígado, já que essa enzima também está presente em grandes quantidades no tecido muscular e
nos eritrócitos. Atividade física e injeções intramusculares podem levar a um aumento da AST
sérica.
Método
Enzimático
Condição
0,8 mL de soro sem hemólise
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 10 a 88 UI/L
ƒ Felinos: 10 a 80 UI/L
ƒ Eqüinos: 226 a 366 UI/L
ƒ Bovinos: 78 a 132 UI/L
Transaminase Pirúvica (TGP/ALT)
Comentários
A mensuração dessa enzima está indicada nas doenças sistêmicas que incluem perda de peso,
hepatomegalia, vômito, diarréia, icterícia, ascite, depressão e anorexia. É uma enzima com boa
especificidade para o fígado, mas tem baixa sensibilidade, podendo apresentar-se normal mesmo
em pacientes com cirrose ou neoplasia hepática. Qualquer droga que cause dano hepatocelular
pode elevar os valores da ALT, uma enzima localizada no citosol do hepatócito.
Método
Enzimático
Instituto Hermes Pardini X Bioquímica
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Condição
0,8 mL de soro sem hemólise
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 10 a 88 UI/L
ƒ Felinos: 10 a 80 UI/L
ƒ Eqüinos: 34 a 113 UI/L
ƒ Bovinos: 14 a 38 UI/L
Triglicérides
Comentários
Sua mensuração está indicada nos pacientes com hiperlipidemia ou hipercolesterolemia,
especialmente quando estão associados a convulsões, sinais gastrointestinais, lipemia retinal,
neuropatia periférica.
Método
Colorimétrico enzimático
Condição
0,8 mL de soro (volume mínimo de 0,5 mL)
Jejum obrigatório de 9 horas
Conservação para envio
Até 3 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 20 a 112 mg/dL
ƒ Felinos: 10 a 114 mg/dL
ƒ Bovinos: 25 a 120 mg/dL
Uréia
Comentários
É a principal fonte de excreção do nitrogênio. Os níveis séricos de uréia devem ser mensurados em
todos os animais doentes como método de detecção de insuficiência renal. Deve ser avaliado
concomitantemente aos níveis de creatinina. Os níveis de uréia são afetados por fatores extrarenais, como a dieta. Estão aumentados na insuficiência renal, hemorragia gastrointestinal, trauma,
febre e nos animais em uso de corticosteróides e drogas nefrotóxicas. Os níveis de uréia estão
reduzidos na insuficiência hepática, poliúria e na baixa ingestão protéica.
Método
Colorimétrico Enzimático
Condição
0,8 mL de soro sem hemólise ou plasma (fluoreto)
Jejum obrigatório de 8 horas
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 12,0 a 25,0 mg/dL
ƒ Felinos: 10,0 a 30,0 mg/dL
ƒ Eqüinos: 10,0 a 24,0 mg/dL
ƒ Bovinos: 20,0 a 30,0 mg/dL
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CITOLOGIA
Instituto Hermes Pardini X Citologia
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Instituto Hermes Pardini X Citologia
CITOLOGIA
Citologia de Punção de Líquidos - Anatomia
Comentários
O exame citológico apresenta como característica principal a rapidez do diagnóstico quando
comparado ao exame histopatológico. A interpretação dos esfregaços baseia-se em aspectos
morfológicos previamente conhecidos. O exame visa diagnosticar patologias benignas, bem como
lesões pré-malignas ou malignas dos sítios anatômicos alvo ou provenientes de metástases de
outros órgãos.
Condição
Qualquer líquido obtido por meio de punção: punção de mama, líquido ascítico, líquido pleural,
líquido de coleções superficiais etc.
Conservação para envio
ƒ Lâmina: colocar imediatamente após a coleta em álcool a 96° (comercial), deixar no mínimo 30
minutos. Enviar no máximo três lâminas.
ƒ Líquido: álcool a 50% em proporção igual ao volume da amostra ou refrigerado por, no máximo 24
horas.
Citologia Oncótica Geral
Comentários
O exame visa diagnosticar patologias benignas, lesões pré-malignas de diversos sítios anatômicos,
lesões provenientes de metástase de outros órgãos. A interpretação dos esfregaços baseia-se em
aspectos morfológicos previamente conhecidos, podendo também ajudar no diagnóstico de
patologias benignas. Alguns aspectos morfológicos de graduação das lesões dependem, até certo
ponto, de interpretação subjetiva.
Principais aplicações clínicas
É possível diagnosticar: agentes infecciosos, tais como bactérias, fungos, parasitas e vírus;
processos proliferativos benignos; anormalidades epiteliais benignas dos epitélios escamoso e
glandular; alterações inflamatórias crônicas e agudas; alterações epiteliais ocasionadas por
agressão ao epitélio. Ex: radioterapia, cauterizações.
Condição
Líquidos corpóreos e derrames cavitários (secreção mamilar, lavado vesical, lavado brônquico,
lavado gástrico, lavado peritoneal)
Conservação para envio
ƒ Lâmina: colocar o esfregaço pronto imediatamente em álcool a 96° (comercial). Enviar no máximo
três lâminas.
ƒ Líquido: álcool a 50% em proporção igual ao volume da amostra ou refrigerado
Instituto Hermes Pardini X Citologia
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Citologia Oncótica Geral + 1 Lâmina
Comentários
Quando o Médico Veterinário envia mais de 1 (uma) lâmina do mesmo material.
Observações
ƒ Para efeito de cobrança, os líquidos enviados em lâminas ou os esfregaços confeccionados pelos
Médicos Veterinários serão cobrados separadamente a partir da quarta lâmina enviada. Sendo
assim, a partir da quarta lâmina e para as subseqüentes será cobrado o valor de 50% do exame.
ƒ Os líquidos enviados em seringa ou frascos serão processados no laboratório. Para estes exames
será cobrada apenas 1 (uma) lâmina, a não ser que o Médico Veterinário solicite mais de uma
lâmina ou queira que o material seja esgotado.
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Instituto Hermes Pardini X Citologia
Coprologia - capa
Instituto Hermes Pardini X Coprologia
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Instituto Hermes Pardini X Coprologia
COPROLOGIA
Giardia - Antígeno nas Fezes
Comentários
Detecção qualitativa de antígenos específicos da giárdia em amostras de fezes. A Giardia lamblia é
um protozoário intestinal que infecta humanos e animais com transmissão fecal-oral, por água e
alimentos contaminados. Trata-se de um imunoensaio enzimático que detecta proteínas específicas
da parede do cisto. Apresenta sensibilidade entre 85% e 98% e especificidade superior a 90%.
Método
ELISA
Condição
Fezes recentes a fresco (sem conservante)
Enviar rapidamente ao laboratório
Conservação para envio
Até 2 dias entre 2 e 8°C e até uma semana congelado
Valor de referência
Negativo
Parasitológico - Larvas (Baermann & Moraes)
Comentários
É usado para isolar larvas de amostras fecais, sendo mais específico para estrongilóides. Se as
fezes de animais utilizadas estiverem secas ou velhas, os ovos de alguns parasitas podem eclodir
ou nematóides de vida livre podem invadir a amostra, tornando a identificação do nematóide muito
mais difícil.
Método
Baermann & Moraes
Condições
ƒ Fezes recentes sem conservante
ƒ Não está indicada a coleta de material muito liquefeito
Conservação para envio
Até 6 horas e não deve ser refrigerada.
Parasitológico - OPG (KATO KATZ)
Comentários
O exame parasitológico pela metodologia Kato-Katz, além de ser útil no diagnóstico das infestações
parasitárias causadas por alguns helmintos, fornece também a quantificação desta infestação por
grama de fezes, sendo de grande importância para o acompanhamento do tratamento. Cistos de
protozoários podem não ser identificados por este método.
Método
KATO KATZ (qualitativo e quantitativo)
Condições
ƒ Fezes recentes sem conservante
ƒ Não é recomendado o envio de fezes líquidas, muito duras ou no M.I.F
Conservação para envio
Até 6 horas não refrigeradas
Até 12 horas entre 2 e 8°C
Instituto Hermes Pardini X Coprologia
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Parasitológico - HPJ (Hoffman - Pons & Janer)
Comentários
Muito útil na identificação das diversas infestações parasitárias (ovos e larvas de helmintos e cistos
de protozoários) e na triagem das infecções intestinais. A intensidade do parasitismo influi no
número de formas parasitárias eliminadas. É recomendável o exame de fezes em 3 amostras
colhidas em dias diferentes, pois a ausência de parasitas em uma amostra de fezes não elimina a
possibilidade da presença do mesmo no organismo.
Método
HPJ (Hoffman - Pons & Janer) - Método de Lutz com centrifugação e sedimentação espontânea.
Condições
ƒ
Fezes recentes
ƒ
Amostras colhidas no M.I.F de 3 a 5 dias
Conservação para envio
ƒ
Até 6 horas em temperatura ambiente
ƒ
Até 12 horas entre 2 e 8°C
ƒ
M.I.F até 10 dias em temperatura ambiente
Parvovírus - Antígeno nas Fezes
Comentários
Parvovirose canina é primariamente uma infecção entérica caracterizada por vômitos e diarréia
geralmente hemorrágica. Leucopenia geralmente acompanha os sinais clínicos. Cães suscetíveis de
qualquer idade podem ser afetados, porém a mortalidade é maior em filhotes. Filhotes de 4-12
semanas de idade acometidos pela doença ocasionalmente podem apresentar miocardite que pode
resultar em deficiência aguda do coração após doença breve e imperceptível. Após a infecção,
muitos cães são refratários à doença por um ano ou mais. O resultado positivo no teste indica a
presença de proteína antigênica de superfície do parvovírus canino (inclusive expelidas nas fezes
de cães infectados). A detecção do vírus nas fezes ocorre a partir do terceiro dia de infecção.
Método
Imunocromatografico
Condição
ƒ Fezes recentes refrigeradas em meio Stuart
ƒ Enviar rapidamente ao laboratório
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2 e 8°C e até uma semana congelado
Valor de referência
Negativo
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Instituto Hermes Pardini X Coprologia
CULTURAS ESPECIAIS
Instituto Hermes Pardini X Culturas Especiais
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Instituto Hermes Pardini X Culturas Especiais
CULTURAS ESPECIAIS
Leptospirose - Soroaglutinação Microscópica
Comentários
A leptospirose é uma doença causada por vários sorovares imunologicamente distintos. As
infecções podem ser assintomáticas ou apresentarem ampla gama de sintomas, como icterícia,
hemoglobinúria, insuficiência renal, infertilidade e abortos. Após uma infecção aguda, a Leptospira
sp. com freqüência se localiza nos rins e órgãos reprodutores, sendo eliminada pela urina por
meses ou anos. O teste de aglutinação microscópica é a prova sorológica mais utilizada para o
diagnóstico de leptospirose. Os títulos do teste de aglutinação microscópica sobem rapidamente e
depois caem para níveis moderados, que podem persistir por meses ou anos. Um único teste
soropositivo, em rebanhos, tem valor diagnóstico limitado, pois pode ser resultado de vacinação
recente, imunidade passiva ou infecção atual ou anterior. O diagnóstico poderá ser confirmado por
um título crescente em amostras pareadas, se a primeira delas for coletada na fase aguda e a
segunda depois de 7 a 10 dias, ou por meio de um título alto único (>1:800) em um animal com
doença clínica compatível com leptospirose. Esse teste detecta os sorovares: andamana, australis,
autumnalis, ballum, bataviae, bratislava, butembo, canicola, castellonis, celledoni, copenhageni,
cynopteri, djasiman, grippothyphosa, hardjo, hebdomalis, icterohaemorragiae, javanica, panama,
patoc, pomona, pyrogenes, shermani e wolffi.
Método
Soro aglutinação microscópica com antígenos vivos
Condição
ƒ 1,0 mL de soro do animal suspeito
ƒ No caso de rebanhos: coletar amostras de animais sintomáticos e assintomáticos e enviá-las
separadamente (não fazer pool)
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 a 8°C
Nota
Título igual a 1:100, dependendo da clínica, pode ser considerado negativo. Alguns animais
portadores, nos quais a infecção é localizada e apresenta demora no aumento dos títulos dos
anticorpos, podem apresentar resultado falso-negativo. Nos casos suspeitos, o exame deve ser
repetido em até 3 semanas para confirmação.
Leptospirose - Cultura Urina/ Sangue Total
Comentários
Indicado no diagnóstico em animais onde o ambiente seja potencialmente contaminado por
Leptospira (presença de roedores etc.). A leptospirose é uma doença generalizada, febril, causada
por espiroquetas do gênero Leptospira sp., podendo acometer o homem e animais. As leptospiras
são classificadas em sorotipos com base em suas características antigênicas e podem ser
cultivadas, geralmente, nos primeiros 10 dias de doença, quando se utiliza sangue para o
isolamento. Na urina, as leptospiras são preferencialmente isoladas a partir da segunda semana de
doença, podendo a cultura persistir positiva por várias semanas após a convalescença. A
contaminação da urina com outras bactérias pode impedir a identificação das leptospiras. Deve ser
realizada em paralelo com a soroaglutinação microscópica.
Método
Cultura em meio específico
Condição
ƒ 2,0 mL de sangue total (EDTA)
Instituto Hermes Pardini X Culturas Especiais
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ƒ Urina recente: colher a urina em frasco estéril contendo 2,0 ml de bicarbonato de sódio a 8,4%.
Completar o volume com a urina até a marca de 20 ml ou realizar a proporção correspondente.
Conservação para envio - Somente para conveniados de Belo Horizonte
Até 4 horas, refrigerado entre 2 e 8°C
Observação
Este exame pode apresentar resultados falso-negativos que é uma característica do método. Deve
ser realizado em paralelo com a leptospirose, soro aglutinação microscópica.
Mycoplasma Veterinário - Cultura
Comentários
Os Mycoplasmas são potenciais causadores de patologias no sistema respiratório, urogenital,
glândula mamária, articulações, sistema nervoso e conjuntiva ocular. As doenças genitais em
bovinos contribuem sensivelmente para a diminuição da produção de leite e carne, sendo ainda os
agentes infecciosos responsáveis por sérios problemas na reprodução, produzindo abortos e,
conseqüentemente, infertilidade. Microrganismos pertencentes ao gênero Mycoplasma sp. são
apontados como responsáveis por diversas patogenias genitais de bovinos, podendo levar a
repetição de cio por impedimento da fertilização ou interferência no desenvolvimento inicial do
embrião.
Método
Isolamento em meio de cultura
Condição
ƒ Secreção uretral
ƒ Secreção vaginal
ƒ Lavado traqueobrônquico
ƒ Secreção ocular
ƒ Qualquer outra amostra suspeita (Meios para FIV e TE)
ƒ Como os Mycoplasmas possuem uma forte afinidade pelas membranas mucosas, é importante
retirar o excesso de secreção, obtendo também células.
Conservação para envio
Enviar em meio de transporte específico fornecido pelo laboratório, o mais rápido possível (meio
Dulbecco’s)
Até 12 horas em temperatura ambiente ou 24 horas entre 2 e 8°C.
Micobactérias - Cultura
Comentários
As micobactérias são bacilos álcool-ácido resistentes. A cultura para micobactérias é realizada para
identificar o animal com suspeita de tuberculose. Realizada também para rebanhos leiteiros em
amostras de leite de animais suspeitos.
Método
Cultura em meio específico
Condições
ƒ Lavado gástrico - 5 a 10 mL
ƒ Lavado brônquico - 5 a 10 mL
ƒ Aspirado transtraqueal - 5 a 10 mL
ƒ Secreção de feridas - 5 a 10 mL (somente se não for possível a obtenção de aspirados ou
biópsias, o swab pode ser utilizado e colocado em meio de transporte de Stuart).
ƒ Punção de linfonodo - 5 a 10 mL
ƒ Líquidos corporais (líquor, líquido pleural, líquido ascítico ou peritoneal, líquido sinovial, líquido
pericárdico) - 5 a 10 mL
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Instituto Hermes Pardini X Culturas Especiais
ƒ Urina recente: pequenos animais - enviar todo o volume da 1ª micção da manhã
ƒ Sêmen (paleta)
ƒ Leite - 30 a 40 mL
ƒ Swabs não devem ser utilizados.
ƒ O uso de antibióticos interfere com o resultado
ƒ Usar frascos estéreis e descartáveis
Instruções de coleta
ƒ Urina: colher todo o volume conseguido por cistocentese em coleta matinal.
ƒ Secreções e feridas: procurar colher sempre por aspiração. Evitar o uso de swab.
ƒ Líquidos corporais: nos casos de líquidos sanguinolentos, coletar em tubo contendo
anticoagulante (EDTA ou heparina) para evitar que o bacilo fique preso na rede de fibrina.
ƒ Biópsia: amostra enviada em água destilada ou salina fisiológica estéril.
ƒ Leite: fazer anti-sepsia rigorosa. Coletar em frasco estéril desprezar os primeiros jatos.
ƒ Não estar em uso de antibióticos.
Conservação para envio
ƒ Toda amostra sujeita a ressecamento deve ser protegida com o acréscimo de soro fisiológico
estéril ou água destilada.
ƒ Manter as amostras protegidas da luz solar
ƒ Urina: Até 6 horas a temperatura ambiente ou em 24 horas entre 2 e 8°C.
ƒ Outros materiais: Até 48 horas entre 2 e 8°C.
Instituto Hermes Pardini X Culturas Especiais
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Instituto Hermes Pardini X Culturas Especiais
Endocrinologia - capa
Instituto Hermes Pardini X Endocrinologia
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Instituto Hermes Pardini X Endocrinologia
ENDOCRINOLOGIA
Ácido Fólico
Comentários
O ácido fólico atua na maturação das hemácias e participa do processo de síntese das purinas e
pirimidinas, componentes nucléicos. Sua mensuração é indicada nas diarréias de intestino delgado,
perdas de peso inexplicáveis ou suspeita de doença do intestino delgado. É um teste auxiliar no
diagnóstico da síndrome de má-absorção.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,6 a 1,0 mL de soro não hemolisado
ƒ Amostras lipêmicas, com coágulo ou fibrina sofrem interferência no resultado.
ƒ O animal deve estar em jejum de 4 horas
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
Caninos: 4,0 a 13,0 ng/mL
Felinos: 12,0 a 20,0 ng/mL
Eqüinos: 1,5 a 6,1 ng/mL
ACTH Hipersensível
Comentários
O ACTH é dosado principalmente para diagnóstico de desordens do eixo hipotálamo-hipófiseadrenal. Teste útil na diferenciação do hiperadrenocorticismo pituitário dependente (síndrome de
Cushing) de um tumor da glândula adrenal. No hiperadrenocorticismo os níveis de ACTH
geralmente estão elevados, enquanto nos tumores de adrenal os níveis de ACTH encontram-se
diminuídos.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ Recomendado jejum de 4 horas
ƒ 0,5 a 0,7 mL de plasma (EDTA)
ƒ Coletar a amostra pela manhã
ƒ Coletar preferencialmente em seringa de plástico refrigerada com EDTA
ƒ Transferir a amostra imediatamente para um tubo de plástico também refrigerado
ƒ Centrifugar a amostra em menos de dez minutos
Conservação para envio
ƒ As amostras devem ser enviadas congeladas para o laboratório
ƒ Até 30 dias a -20°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 20 - 100 pg/mL
ƒ Felinos: 20 - 100 pg/mL
Instituto Hermes Pardini X Endocrinologia
101
Cortisol
Comentários
O cortisol é secretado pelo córtex da adrenal em resposta ao hormônio adrenocorticotrópico
(ACTH). É essencial para o metabolismo e funções imunológicas. Sua concentração encontra-se
elevada nos casos de Síndrome de Cushing e estresse. Apresenta-se reduzido nos casos de
hipopituitarismo (com produção deficiente de ACTH). Dosagens após supressão por dexametasona
possuem utilidade diagnóstica para hipercortisolismo e dosagens após estímulo com cortrosina
(ACTH sintético), para insuficiência adrenal primária. Teste útil em pacientes suspeitos de
hiperadrenocorticismo e hipoadrenocorticismo.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,5 mL de soro
ƒ Recomendado jejum de 4 horas
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
Caninos: 0,5 a 5,5 µg/dL
Felinos: 1,0 a 4,5 µg/dL
Digoxina
Comentários
A Digoxina é um fármaco da classe dos glicosídeos digitálicos, amplamente prescrito para o
tratamento da insuficiência cardíaca, fibrilação e sopro auricular, taquicardia supraventricular e
outros transtornos cardíacos. A digoxina fortalece a contração do músculo cardíaco e reduz os
batimentos cardíacos, aprimorando o fluxo cardíaco. A dosagem dos níveis séricos de digoxina está
indicada na monitoração da terapia e nos pacientes em risco de toxicidez. A dosagem após 6 e 8
horas da administração permite equilibrar os níveis de digoxina sérica e tissular. A monitoração dos
níveis séricos, combinada com dados clínicos, auxilia nas prescrições e no ajuste de dose.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,5 mL de soro
ƒ Coletar a amostra entre 2 e 5 horas após a medicação (quando ocorre o pico plasmático da
digoxina) ou de preferência antes da próxima dose do medicamento
ƒ Recomendado jejum de 6 horas
ƒ Informar medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da última dose
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C.
Nível terapêutico
ƒ Caninos: de 1,0 a 2,5 ng/mL
ƒ Felinos: de 0,8 a 2,0 ng/mL
ƒ Eqüinos: de 0,5 a 2,0 ng/mL
Observação
Concentrações acima de 2,6 - 3,0 ng/mL se associam com uma probabilidade crescente de
toxicidade.
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Instituto Hermes Pardini X Endocrinologia
Gastrina
Comentários
A dosagem sérica de gastrina está indicada em pacientes com vômito crônico, diarréia, perda de
peso, suspeita de gastrinoma e ulceração gástrica ou duodenal de causa desconhecida.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,5 mL de soro congelado
ƒ jejum de 12 horas
ƒ Recomendada a suspensão de medicamentos inibidores da bomba de prótons (omeprazol) por
dez dias (sua utilização pode levar a um aumento no nível de gastrina)
ƒ Recomendada a suspensão de medicamentos bloqueadores de H2 (cimetidina, ranitidina) por no
mínimo 4 dias
Conservação para envio
Até 7 dias congelado
Valores de referência
ƒ Caninos
Jejum: 10 a 40 pg/mL
15 minutos após alimentação: 30 a 180 pg/mL
30 minutos após alimentação: 40 a 170 pg/mL
45 minutos após alimentação: 20 a 170 pg/mL
60 minutos após alimentação: 30 a 100 pg/mL
ƒ Felinos: menor que 123 pg/mL
ƒ Eqüinos: 40 a 140 pg/mL
Paratormônio PTH Intacto
Comentários
O PTH tem ação em três órgãos alvos: osso, rins e mucosa intestinal. A principal função do PTH é a
manutenção de um nível sérico de cálcio normal através de sua ação sobre as células-alvo. A ação
principal ocorre pela mobilização do cálcio dos ossos, mas também inclui o incremento da
reabsorção de cálcio e a ação sobre a mucosa intestinal para promover sua absorção. O PTH
estimula a excreção de fósforo pelos túbulos renais para promover a manutenção do equilíbrio
cálcio-fósforo. A mensuração do PTH é indicada no diagnóstico do hiperparatireoidismo primário e
no hipoparatireoidismo. Recomenda-se a mensuração de cálcio sérico para melhor interpretação
dos resultados do PTH.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,6 mL de soro congelado em recipiente de plástico
ƒ A coleta deve ser feita em tubo de plástico
ƒ Centrifugar a amostra imediatamente após a coleta
ƒ Jejum de 4 horas
Conservação para envio
Até 6 meses entre -5 a -25°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 18 a 102 pg/mL
ƒ Felinos: 0 a 41 pg/mL
Instituto Hermes Pardini X Endocrinologia
103
Progesterona
Comentários
É produzida pelo corpo lúteo, sendo o marcador de sua existência (por conseqüência da ocorrência
de ovulação) e de sua funcionalidade. Na gestação, eleva-se rapidamente nas primeiras semanas,
refletindo o funcionamento do corpo lúteo e da placenta. Utilizado para confirma ovulação e
demonstra tecido ovariano remanescente. Pode-se avaliar período de ovulação, manutenção de
gestação. Não deve ser usado como diagnóstico de prenhes.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,8 mL de soro
ƒ Jejum de 4 horas
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos
Anestro ou proestro: menor que 1,00 ng/ml
Estro ou final de diestro/gestação: de 1,00 a 30,00 ng/ml
Fase ovulatoria (durante o estro): de 4,00 a 8,00 ng/ml
Diestro/gestação: maior que 30,00 ng/ml
Macho: menor que 0,20 ng/ml
Macho castrado: não avaliado
ƒ Bovinos
Sem atividade luteal: menor que 1,00 ng/ml
Em atividade luteal : de 4,00 a 10,00 ng/ml
Inicio de gestação: 10,00 a 20,00 ng/ml
Final de gestação: 5,00 ng/ml
Macho: menor que 0,20 ng/ml
ƒ Eqüinos
Estro/anestro: menor que 1,00 ng/ml
Diestro: maior que 5,00 ng/ml
Macho: menor que 0,20 ng/ml
Macho castrado : não avaliado
ƒ Felinos
Estro/anestro: menor que 1,00 ng/ml
Gestação/falsa gestação: maior que 5,00 ng/ml
Macho: menor que 0,20 ng/ml
Macho castrado: não avaliado
Teste Supressão com Dexametasona (Baixa Dose) - Caninos e Felinos
Comentários
Usado para diferenciar cães normais daqueles com Síndrome de Cushing (hiperadrenocorticismo).
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 1,0 mL de soro
ƒ Jejum de 8 horas
ƒ Coletar as amostras pela manhã
ƒ Primeira coleta: imediatamente antes da aplicação intravenosa de 0,015 mg/kg de dexametasona
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Instituto Hermes Pardini X Endocrinologia
ƒ Segunda e terceira coletas 4 e 8 horas após a aplicação de dexametasona
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Normal:
1ª coleta após supressão: menor que 1,4 µg /dl
2ª coleta após supressão: menor que 1,4 µg /dl
ƒ Tumor da adrenal ou PDH:
1ª coleta após supressão: maior que 1,4 µg/dl
2ª coleta após supressão: maior que 1,4 µg /dl
ƒ Apenas PDH:
1ª coleta após supressão: menor que 1,4µg /dl
2ª coleta após supressão: maior que 1,4 µg /dl
Aproximadamente 5% dos cães com PDH têm resultados normais. Falso positivo pode ocorrer em
animais estressados.
Drogas anticonvulsivantes podem interferir no metabolismo da dexametasona e,
conseqüentemente, no resultado do teste.
Teste supressão com Dexametasona (Alta Dose) - Caninos e Felinos
Comentários
Usado para diferenciar o hiperadrenocorticismo dependente da pituitária de um tumor da adrenal em
cães e para confirmar o hiperadrenocorticismo em gatos.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 1,0 mL de soro
ƒ Jejum de 8 horas
ƒ Coletar as amostras pela manhã
ƒ Coletar a segunda amostra após 4 horas de administração de Dexametasona (0,1mg/kg IV)
ƒ Coletar a terceira amostra após 8 horas da administração da Dexametasona
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valores de referência
ƒ Tumor Adrenal: níveis de cortisol maiores que 1,4 µg/dl durante as oito horas do teste
ƒ Pituitária dependente (PDH): níveis de cortisol menores que 1,4 µg/dl às 4 horas do teste e
maiores que 1,4µg/dl após as 8 horas
ƒ Hiperadrenocorticismo em Felinoss: níveis de cortisol maiores que 1,4 µg/dl após 8 horas
Teste de Supressão com Dexametasona - Eqüinos
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 1,0 mL de soro
ƒ Coletar a primeira amostra às 17 horas e aplicar dexametasona na dose de 40 µg/kg por via
intramuscular
ƒ Coletar a segunda amostra às 8 horas da manhã
ƒ Coletar a terceira amostra às 12 horas
ƒ Identificar as três amostras claramente
ƒ Se o animal faz uso de prednisona, esperar 48 horas antes do teste
Instituto Hermes Pardini X Endocrinologia
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ƒ Se o animal faz uso de acetato de prednisolona, esperar seis semanas antes do teste.
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Normais: pré- teste: 3 a 10 µg/dL
ƒ 13 horas depois: menor que 1,0 µg/dL
ƒ 19 horas depois: menor que 1,0µg/dL
Testosterona
Comentários
A mensuração da testosterona sérica está indicada na avaliação de animais criptoquirdícos ou
intersexos e na identificação de certas causas de infertilidade.
Método
Quimioluminescência
Condição
0,5 mL de soro
Jejum de 4 horas
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos
Macho: 1,00 a 7,00 pg/mL
Castrado: menor que 0,20 pg/mL
Fêmea: menor que 0,20 pg/mL
ƒ Felinos
Macho: 1,00 a 6,00 pg/mL
Castrado: menor que 0,50 pg/mL
Fêmea: menor que 0,20 pg/mL
ƒ Eqüinos
Macho - servindo: 1,00 a 4,00 pg/mL
Macho - sem servir: menor que 1,00 a pg/mL
Castrado: menor que 0,20 pg/mL
Fêmea: menor que 0,10 pg/mL
Hormônios Tireoidianos
Comentários
A avaliação do status funcional da glândula tireóide depende da mensuração da concentração
sérica de seus hormônios da tiroxina (T4), triiodotironina (T3) e tiroxina livre (T4L). A mensuração da
tiroxina é indicada na suspeita de hipotireoidismo Caninos e hipertireoidismo Felinos, bem como a
mensuração do TSH sérico. Também pode ser utilizada no acompanhamento da terapia do
hipertireoidismo e do hipotireoidismo.
A mensuração de T4 é um teste de valor para cães com suspeita de hipotireoidismo, mas apenas se
o histórico, os achados dos exames físicos forem consistentes com os aspectos da doença. Baixas
concentrações de T3 e T4 com, elevado valores de TSH é considerado diagnóstico de
Hipotireoidismo primário, e quando os valores de TSH estão baixos é considerado diagnóstico de
hipotireoidismo secundário.
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Instituto Hermes Pardini X Endocrinologia
T3 Total
Comentários
A triiodotirosina total é produzida, primariamente, pela deiodinação do T4 e é também secretada
diretamente pela glândula tireóide. T3 no sangue é predominantemente ligado a proteínas
plasmáticas. A secreção do hormônio da tireóide é controlada pela liberação de tirotropina (TSH),
que é controlada pela ação do hormônio TRH (hormônio liberador da tirotropina). Qualquer redução
no nível de T3 estimula a liberação de TRH e sua redução implica em um aumento na produção de
TRH.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,5 mL de soro
ƒ Jejum de 4 horas
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 0,45 a 1,10 ng/ml
ƒ Bovinos: 0,78 a 1,65 ng/ml
ƒ Felinos: 0,40 a 1,10 ng/ml
ƒ Eqüinos: 0,30 a 1,15 ng/ml
T4 Livre
Comentários
Hormônios tireoidianos são transportados no sangue ligados a várias proteínas de ligação. A
concentração de T4 livre está indicada na avaliação dos animais suspeitos de hipotireoidismo e nos
gatos com hipertireoidismo oculto.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,5 mL de soro
ƒ Jejum de 4 horas
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 0,50 a 1,60 ng/dl
ƒ Felinos: 1,00 a 3,00 ng/dl
T4 Total
Comentários
Tiroxina (T4) é o maior produto secretado pela glândula tireóide. A concentração total de T4
geralmente reflete a atividade secretória da glândula Tireóide. A mensuração dos níveis de tiroxina
é o principal teste indicado no diagnóstico de hipotireoidismo e hipertireoidismo, juntamente com o
TSH e T4 livre.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,5 mL de soro
ƒ Jejum de 4 horas
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Conservação para envio
Até 4 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência
ƒ Caninos: 1,2 a 4,0 µg /dl
ƒ Eqüinos: 2,5 a 4,5 µg /dl
ƒ Felinos: 1,2 a 4,8 µg /dl
TSH Específico Caninos
Comentários
A medida sérica do TSH é um dos mais importantes exames no diagnóstico de desordens
tireoidianas. Hormônio secretado pela hipófise anterior. Regula a secreção do T4 e T3. A síntese e
secreção são reguladas pelo feedback negativo de T3 e T4. Sua mensuração está indicada,
juntamente com T4 total e T4 livre, no diagnóstico do hipotireoidismo e do hipertireoidismo,
aumentando a acurácea do diagnóstico. O TSH aumentado é observado nos casos de
hipotireoidismo primário e hipertireoidismo.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,5 mL de soro
ƒ Jejum de 4 horas
Conservação para envio
Até 4 dias entre 2° e 8°C
Valores de referência
Caninos: 0,04 a 0,40 ng/mL
Vitamina B12
Comentários
A Vitamina B12 tem papel importante na hematopoiese, na função neural, no metabolismo do Ácido
Fólico e na síntese adequada de DNA.
Método
Quimioluminescência
Condição
ƒ 0,8 mL de soro
ƒ Centrifugar e separar o soro rapidamente
ƒ Enviar em frasco âmbar
ƒ Jejum de 4 horas
ƒ Informar medicamentos em uso
Conservação para envio:
Até 4 dias entre 2 e 8°C.
Valores de referência:
Caninos: 170 - 180 pg/mL
108
Instituto Hermes Pardini X Endocrinologia
GENÉTICA - CAPA
Instituto Hermes Pardini X Genética Veterinária
109
110
Instituto Hermes Pardini X Genética Veterinária
GENÉTICA VETERINÁRIA
Os programas mais avançados do mundo de produção e melhoramento genético animal,
envolvendo inseminação, controle de pedigree e registro de animais, estão utilizando de forma
crescente metodologias de alta precisão para a identificação genética e determinação de
paternidade de animais baseadas no exame direto do DNA. Utilizando tecnologia de vanguarda
envolvendo marcadores microssatélites detectados em seqüenciador automático de DNA, a tipagem
do DNA oferece uma alternativa muito mais acurada do que os métodos tradicionais de tipagem
sangüínea. Existem muitas razões para se realizar uma identificação genética em animais com base
do DNA. A mais comum tem sido a confirmação de paternidade ou maternidade visando à
manutenção precisa de registros de pedigrees. Uma vez que o valor genético de um animal é
baseado em grande parte no desempenho de sua progênie, é essencial que os registros dessa
progênie sejam absolutamente acurados e confiáveis. O exame de DNA permite ao criador a
construção de pedigrees detalhados e a certificação genética de seu produto com a mais alta
tecnologia e qualidade, resultando em uma vantagem adicional em um mercado altamente
competitivo.
Vantagens do Exame e DNA
ƒ Permite discriminar animais com máxima precisão, mesmo em situações de forte parentesco.
ƒ Permite determinar ou excluir a paternidade ou maternidade de animais.
ƒ Permite estudos refinados de distância genética, parentesco e derivação genética.
ƒ Requer apenas algumas pequenas gotas de sangue que podem ser coletadas de forma muito
simples na própria fazenda.
ƒ Pode ser realizado utilizando-se grande variedade de amostras biológicas, tais como pêlo, sêmen,
tecidos e ossos, o que permite análises inclusive de animais que já morreram.
ƒ Custo acessível e rapidez na geração de um resultado que certifica com máxima confiabilidade a
origem genética do animal.
Laudo técnico
Completo, realizado e assinado por geneticistas e veterinários com ampla experiência em biologia
molecular. O prazo de liberação do laudo é de 15 dias úteis, contados a partir da entrada do exame
no nosso laboratório. O laudo é emitido seguindo instruções normativas número 74 do MAPA.
Tipagem por DNA e Vínculo Genético para Raças Bovinas e Eqüinas
Comentários
Exame realizado para todas as raças de Bovinos e Eqüinos, utilizando a tecnologia mais avançada
de análise genética, com base na detecção fluorescente em uma bateria de marcadores
microssatélites em plataforma Megabace. Os locus genéticos avaliados são os recomendados pela
ISAG (International Society of Animal Genetics) e amplamente reconhecidos e aceitos pelas
maiores e mais renomadas Associações de Criadores do mundo. Hoje o Instituto Hermes Pardini
utiliza 14 marcadores para Bovinos e 16 marcadores para Eqüinos. Isso faz com que o laudo de
DNA seja facilmente interpretável e tecnicamente válido em qualquer país do mundo.
Método
Detecção fluorescente em bateria de marcadores microssatélites em plataforma Megabace
Condição
ƒ Coleta de amostra de sangue (colher em tubo de EDTA de cada animal. Volume mínimo
recomendado 2 mL. Identificar obrigatoriamente o tubo e a ficha de coleta (enviada junta do Kit).
ƒ Fichas de identificação e autorização para a coleta presentes no kit fornecido pelo laboratório
deverão ser preenchidas
ƒ Não congelar.
Instituto Hermes Pardini X Genética Veterinária
111
ƒ Coleta de amostras de pêlo (coletar do bovino pêlo da cauda e eqüinos pêlos da crina. Enviar de
10 a 20 fios com presença do bulbo no Kit próprio para envio de pêlos identificando cada cartão
com o animal coletado)
Conservação para envio
Manter tubos de sangue e pêlos em temperatura ambiente
Os pelos devem ser mantidos sempre em envelope de papel
Pesquisa de Mutação Tobiana
Comentários
A pelagem de um cavalo (ou capa) é o conjunto de pelos que cobre quase a totalidade de seu
corpo. Animais de capas PAMPAS e PINTADAS apresentam, em suas pelagens, pelos brancos
formando malhas brancas ou pintas da cor outra que se conjuga com a tonalidade básica da capa
do animal. No caso das malhas temos as pelagens conhecidas como PAMPAS ou TOBIANAS. No
caso das pintas temos a definição das capas como OVEIRAS.
No Brasil, as pelagens PAMPAS ou TOBIANAS e as OVEIRAS são típicas das raças Pampa (que
incluem do Crioulo ao Campolina) e Paint Horse, enquanto que as pintadas da Appaloosa.
A pesquisa de mutação tobiana define o desenvolvimento de fenótipos malhados em eqüinos. Tal
análise é especialmente aplicável a animais TOBIANOS, já que a certeza do desenvolvimento de
malhas na pelagem desses animais leva à um acréscimo de seu valor comercial.
A região do DNA analisada pelo teste designado Homozigose Tobiana se caracteriza por apresentar
efeito dominante. Assim, animais que possuem a mutação tobiana em um dos cromossomos
herdados de seus genitores (heterozigotos tobianos) apresentarão a pelagem TOBIANA e terão de
50 a 100% de probabilidade de originar descendentes malhados (dependendo do genótipo do
animal com o qual for feito o cruzamento). Por outro lado, animais que possuem a mutação tobiana
no par de cromossomos herdados de seus genitores (homozigotos tobianos) apresentarão a
pelagem TOBIANA e ainda a certeza de que 100% de sua progênie apresentará a capa malhada.
Método
PCR-RFLP para mutação pontual do protooncogene kit (mutação tobiana)
Condição
ƒ Sangue colhido em EDTA
ƒ Pêlos contendo bulbo (raízes)
ƒ Exame disponível somente para as raças Paint Horse, Manga Larga e Campolina. Exame de
animais de outras raças entrar em contato
Conservação para envio
Manter tubos de sangue e pelos em temperatura ambiente.
Os pêlos devem ser mantidos sempre em envelope de papel.
Valores de referência
Interpretação
Negativo
ƒ O animal não apresenta a mutação tobiana em nenhum dos seus dois cromossomos (Homozigoto
Selvagem).
ƒ Não apresenta pelagem pampa ou tobiana.
ƒ Animal não malhado.
Positivo
ƒ Apresenta a mutação tobiana em um (Heterozigoto) ou dois (Homozigoto Tobiano) de seus
cromossomos.
ƒ Animal malhado.
A diferença básica entre os animais Heterozigotos Tobianos e Homozigotos Tobianos é a
expectativa quanto aos seus descendentes ou sua progenie.
112
Instituto Hermes Pardini X Genética Veterinária
Uma vez que o genótipo mutado apresenta-se fenotipicamente como característica dominante,
animais homozigotos tobianos apresentam maior probabilidade de originar descendentes pampas
ou malhados que os animais heterozigotos.
Sexagem de Aves por PCR
Comentários
Método rápido e eficaz para determinação de sexo em aves não-ratitas. Este exame é utilizado
somente para determinação de sexo, não detectando anomalias genéticas.
Método
PCR alelo específico
Condição
Sangue total de aves em EDTA
Penas novas (3 ou 4 penas) enviadas em temperatura ambiente.
Instituto Hermes Pardini X Genética Veterinária
113
114
Instituto Hermes Pardini X Genética Veterinária
HEMATOLOGIA
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
115
116
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
HEMATOLOGIA
Cinomose - Pesquisa de Corpúsculo de Inclusão Viral
Comentários
A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa que atinge todos os canídeos. Cães jovens e
não vacinados são os mais acometidos. A doença é normalmente multissistêmica, com
envolvimento multifocal progressivo do sistema nervoso central. Cães mais velhos podem
desenvolver uma forma mais insidiosa, com gradual perda da consciência e progressiva paresia
posterior. Apresenta duas formas: sobreaguda, caracterizada por febre repentina e morte súbita, e
aguda, quando os animais apresentam sinais de febre, prostração, inapetência, secreções nasal e
ocular, vômitos e diarréia, podendo ocorrer posteriormente sintomas neurológicos, como paralisia,
convulsões e morte. O agente da cinomose é um RNA - vírus da família Paramyxoviridae, gênero
Morbilivirus.
Método
Microscopia direta – Coloração May Grünwald-Giemsa
Condição
ƒ 0,5 a 1,0 mL de sangue total (EDTA)
ƒ De preferência dois esfregaços sangüíneos não corados quando for enviado fora da região de
Belo Horizonte
ƒ As lâminas do esfregaço sangüíneo devem ser identificadas com o nome do paciente
Conservação para envio
Até 72 horas entre 2 e 8°C
Citometria + Citologia - Líquidos Corporais
Comentários
O estudo dos líquidos corporais é ferramenta indispensável para o diagnóstico, monitoração e
prognóstico de processos infecciosos, inflamatórios, hemorrágicos e mesmo neoplásicos das
cavidades. É utilizado para diferenciação dos processos em agudos ou crônicos, locais ou
sistêmicos, bacterianos, viróticos ou fúngicos. Os aumentos de celularidade e suas particularidades,
como predomínio das formas polimorfonucleares ou linfomonocitárias, aliadas às determinações
bioquímicas, exames bacteriológicos e imunológicos, definem a presença e resposta ao tratamento
de meningites, pneumonias, artrite e peritonites.
Método Citometria
Contagem manual
Método Citologia
Microscopia – Coloração May Grünwald-Giemsa
Condição
ƒ Líquidos Corporais (ascítico, pleural em EDTA, sinovial, líquor): 1,0 mL
ƒ Lavado broncoalveolar: 5,0 mL (informar volume recuperado). Não usar fixadores ou
conservantes.
Conservação para envio
ƒ Líquidos corporais: até 6 horas entre 2 e 8°C.
ƒ Lavado broncoalveolar: enviar até no máximo 1 hora depois de colhido, sob refrigeração
Observação
Para se obter celularidade total no lavado broncoalveolar, deve-se multiplicar o valor da
citometria/mm3 x 10 elevado à terceira potência x número de mL recuperado.
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
117
Fibrinogênio
Comentários
O fibrinogênio é uma proteína de fase aguda, cujos níveis aumentam no início das moléstias
inflamatórias e permanecem elevados até a resolução da inflamação. Os níveis de fibrinogênio
estão diminuídos na coagulação intravascular disseminada, fibrinólise e doença hepática. Estão
elevados nos estados inflamatórios agudos.
Método
Coagulométrico
Condição
ƒ 1,0 mL de plasma (Citrato)
ƒ Coletar o sangue em tubo com citrato, centrifugar imediatamente e separar o plasma
ƒ Jejum de 4 horas
Conservação para envio
Enviar preferencialmente até 2 horas após a coleta ou até 7 dias congelado em temperatura inferior
a - 4°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 200 a 400 mg/dL
ƒ Felinos: 50 a 300 mg/dL
ƒ Eqüinos: 0 a 200 mg/dL
ƒ Bovinos: 100 a 600 mg/dL
Hematócrito
Comentários
O hematócrito é um indicador do número de hemácias na circulação ativa e, conseqüentemente,
constitui um indicador da capacidade transportadora de oxigênio. Valores reduzidos estão
associados à anemia e valores elevados à desidratação ou policitemia. Recomenda-se a avaliação
juntamente com o valor das proteínas totais.
Método
Automatizado
Condição
0,5 a 1,0 mL de sangue total (EDTA)
Conservação para envio:
Até 72 horas entre 2 e 8°C
Valores de referência:
ƒ Caninos: 37 a 55 %
ƒ Felinos: 24 a 45 %
ƒ Bovinos: 26 a 42 %
ƒ Eqüinos: 32 a 52 %
Hemograma
Comentários
Constitui importante exame de auxílio diagnóstico não somente para doenças hematológicas, como
também para muitas outras doenças de variadas etiologias. Rotineiramente indicado para avaliação
de anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias agudas e crônicas,
acompanhamento de terapias medicamentosas e avaliação de distúrbios plaquetários. Fornece
dados para classificação das anemias de acordo com alterações na forma, tamanho, cor e estrutura
das hemácias e conseqüente direcionamento diagnóstico e terapêutico. Orienta na diferenciação
entre infecções viróticas e bacterianas, parasitoses, inflamações, intoxicações e neoplasias através
118
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
das contagens global e diferencial dos leucócitos e avaliação morfológica dos mesmos. Através de
avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas, sugere o diagnóstico de patologias congênitas e
adquiridas.
Método
Contagem automatizada através de citometria de fluxo.
Condição
ƒ 0,5 a 1,0 mL de sangue total (EDTA)
ƒ De preferência dois esfregaços sangüíneos não corados quando for enviado fora da região de
Belo Horizonte
ƒ As lâminas do esfregaço sangüíneo devem ser identificadas com o nome do paciente
Conservação para envio
Até 72 horas entre 2 e 8°C
Valores de referência
Hemograma Canino
Hemácias/mm3
Hemoglobina - g/dl
Hematócrito - %
VCM - fl
CHCM - g/dl
Leucócitos - Global/mm3
Neutrófilos Bastonetes/mm3
Neutrófilos Segmentados/mm3
Linfócitos/mm3
Monócitos/mm3
Eosinófilos/mm3
Basofilo/mm3
Metamielócitos/mm3
Mielócitos/mm3
ProMielócitos/mm3
Blastos/mm3
Plaquetas/mm3
5.5000.000-8.5000.000
12,0-18,0
37-55
60-72
31-37
5.500-16.900
0,0-299
3.000-12.000
1.000-4.900
100-1.400
100-1.490
RAROS
175.000-500.000
Hemograma Felino
Hemácias/mm3
Hemoglobina - g/dl
Hematócrito - %
VCM - fl
CHCM - g/dl
Leucócitos - Global/mm3
Neutrófilos Bastonetes/mm3
Neutrófilos Segmentados/mm3
Linfócitos/mm3
Monócitos/mm3
Eosinófilos/mm3
Basófilos/mm3
Metamielócitos/mm3
Mielócitos/mm3
ProMielócitos/mm3
Blastos /mm3
Plaquetas/mm3
5.000.0000-10.000.000
8,0-15,0
24-45
37-49
30-36
5.500-19.500
0,0-299
2.500-12.500
1.400-7.000
100-790
100-790
RAROS
175-500
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
119
Hemograma Eqüino
Hemácias/mm3
Hemoglobina - g/dl
Hematócrito - %
VCM - fl
CHCM - g/dl
Leucócitos - Global/mm3
Neutrófilos Bastonetes/mm3
Neutrófilos Segmentados/mm3
Linfócitos/mm3
Monócitos/mm3
Eosinófilos/mm3
Basófilos/mm3
Metamielócitos/mm3
Mielócitos/mm3
ProMielócitos/mm3
Blastos/mm3
Plaquetas/mm3
7.000.0000-13.000.000
11,0-19,0
32-52
36-50
31-38
6.000-12.500
0.0-900
2.500-8.000
1.500-6.500
100-1.000
100-1.000
RAROS
90.000-350.000
Hemograma Bovino
Hemácias/mm3
Hemoglobina - g/dl
Hematócrito - %
VCM - fl
CHCM - g/dl
Leucócitos - Global/mm3
Neutrófilos Bastonetes/mm3
Neutrófilos Segmentados/mm3
Linfócitos/mm3
Monócitos/mm3
Eosinófilos/mm3
Basófilos/mm3
Metamielócitos/mm3
Mielócitos/mm3
ProMielócitos/mm3
Blastos/mm3
Plaquetas/mm3
5.000.000-8.000.000
8,0-14,0
26-42
37-54
26-36
4.100-12.000
0,0-190
1.500-5.000
3.000-7.500
100-1.500
100-1.500
RAROS
175.000-620.000
Hemograma Suíno
Hemácias/mm3
Hemoglobina - g/dl
Hematócrito - %
VCM - fl
CHCM - g/dl
Leucócitos - Global/mm3
Neutrófilos Bastonetes /mm3
Neutrófilos Segmentados/mm3
Linfócitos/mm3
Monócitos/mm3
120
5.000-8.000
10,0-18,0
33-50
50-67
30-34
10.000-22.000
0,0-500
3.200-10.000
4.500-13.500
100-2.000
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
Eosinófilos/mm3
Basófilos/mm3
Metamielócitos/mm3
Mielócitos/mm3
ProMielócitos/mm3
Blastos/mm3
Plaquetas /mm3
200-2.000
RAROS
300.000-700.000
Hemograma Ovino
Hemácias/mm3
Hemoglobina - g/dl
Hematócrito - %
VCM - fl
CHCM - g/dl
Leucócitos - Global/mm3
Neutrófilos Bastonetes/mm3
Neutrófilos Segmentados/mm3
Linfócitos/mm3
Monócitos/mm3
Eosinófilos/mm3
Basófilos/mm3
Metamielócitos/mm3
Mielócitos/mm3
ProMielócitos/mm3
Blastos/mm3
Plaquetas/mm3
8.000-15.000
8-16
24-49
23-48
29-35
4.000-12.000
0,0-100
1.000-5.000
2.000-9.000
2.000-9.000
100-750
RAROS
300.000-800.000
Hemoparasitas - Pesquisa
W RICKETSIAS
ƒ Mycoplasma e Haemobartonella: agentes causadores da hemobartonelose felina (M.
haemofelis) e canina (H. canis). O método mais eficiente para identificar o parasito é a coloração do
esfregaço sangüíneo. O maior problema na detecção da M. haemofelis é a sua parasitemia cíclica.
Por isso os esfregaços sangüíneos devem ser examinados em dias consecutivos entre pelo menos
10 a 14 dias. A M. haemofelis é removida dos eritrócitos por agentes quelantes, como o EDTA.
Assim, em amostras de sangue armazenadas com EDTA, o número de eritrócitos com M.
haemofelis decresce com o tempo. Desta forma os esfregaços devem ser feitos sobre sangue
fresco
ƒ Anaplasma: aparecem como pequenos pontos escuros no citoplasma do eritrócito, sendo que o
A. marginale possui sempre localização periférica e é mais numeroso e o A. centrale é de
localização central.
ƒ Ehrlichia: a infecção por Ehrlichia canis freqüentemente causa um diagnóstico polêmico, porque
os sinais clínicos são inespecíficos. Na fase aguda, observa-se febre, secreção óculo-nasal,
anorexia, depressão, perda de peso, cianose, estertores pulmonares, petéquias etc. Os sinais
clínicos desaparecem, na maioria dos casos, sem tratamento, dentro de uma a quatro semanas,
porém o hospedeiro permanece com a infecção subclínica. Na hematologia, observa-se uma
anemia moderada, trombocitopenia com aumento do número de plaquetas imaturas circulantes e
variações na contagem de leucócitos. As alterações bioquímicas na fase aguda são caracterizadas
por hiperproteinemia (33%), hiperglobulinemia (39%), hipoalbuminemia (43%), ALT (43%), ALP
(31%) e hiperbilirrubinemia. Proteinúria e hematúria podem ser detectadas em cães com ou sem
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
121
azotemia na fase crônica. A identificação da mórula de Ehrlichia canis no esfregaço sangüíneo
corado é demorada e não tem resultado satisfatório, já que as mórulas são encontradas
esporadicamente e em pequeno número. A chance de se identificar um leucócito infectado pode ser
aumentada pelo exame feito sobre a fina camada de papa de leucócitos ou pelo esfregaço feito do
sangue periférico da ponta da orelha ou cauda
ƒ Babesia (Piroplasma): o método mais usual para confirmar a suspeita de uma babesiose aguda
é a detecção de eritrócitos infectados em todo o esfregaço sangüíneo, mas a percentagem de
células infectadas pode ser bastante variável. São vistos no interior dos eritrócitos como gotas
únicas ou duplas, unidas pelo vértice (em eqüinos podem aparecer em número de quatro no mesmo
eritrócito). O esfregaço sanguíneo fixado na coloração de May Grünwald-Giemsa é um método
simples e barato e tem alta especificidade, no entanto estudos de infecções experimentais têm
mostrado que a parasitemia não é constante e baixos números de eritrócitos infectados podem
requerer uma avaliação microscópica extensa. Esfregaços obtidos do sangue capilar (ponta da
orelha e ponta da cauda) têm uma maior percentagem de células infectadas, mas uma amostra
recente e boas técnicas de esfregaço não são sempre possíveis em um procedimento clínico.
Método
Microscopia direta – Coloração May Grünwald-Giemsa
Condição
ƒ Esfregaço sangüíneo de sangue periférico (ponta de orelha ou ponta da cauda do animal) e/ou
sangue total em EDTA
ƒ Identificar as lâminas do esfregaço com o nome do paciente
Conservação para envio
ƒ Sangue total em EDTA até 48 horas entre 2 e 8°C
ƒ Esfregaço sanguíneo sem corar até 7 dias em temperatura ambiente
Leishmaniose - Pesquisa Direta
Comentários
A pesquisa direta do parasita nas lesões é mais usada para o diagnóstico da leishmaniose
tegumentar. Atualmente é realizada para pesquisa em aspirados de medula e linfonodo em animais
vacinados ou com sorologia discordantes. De modo geral, as formas amastigotas são mais
abundantes na fase inicial da doença, tornando-se raras em lesões antigas (resultados falsonegativos). A pesquisa direta apresenta sensibilidade de 80% nos casos de leishmaniose
tegumentar e de 60% a 70% em aspirados de medula e linfonodo.
Método
Coloração pelo May Grünwald-Giemsa
Condição
ƒ 2 a 3 esfregaços de raspado de úlceras ou de aspirados de medula e linfonodos;
ƒ Lavar abundantemente a lesão com solução fisiológica estéril (essa limpeza deve ser feita para
que não haja contaminação do esfregaço por cocos que, normalmente, recobrem a úlcera);
ƒ Secar a lesão com gaze esterilizada e raspar com alça bacteriológica as bordas da lesão
tentando, delicadamente, alcançar a região do fundo da úlcera, logo abaixo da borda;
ƒ Esperar a exsudação do plasma e colhê-lo com alça bacteriológica;
ƒ Fazer no mínimo 3 esfregaços em locais diferentes, usando lâminas limpas e desengorduradas;
ƒ Deixar os esfregaços secarem ao ar;
ƒ Outro método simples consiste em comprimir a lâmina contra a superfície cruenta da lesão, após
remover crostas ou escarificar as lesões não ulceradas, forçando a saída do exsudato onde
poderão ser encontrados os parasitos. Esse método dá bons resultados em lesões iniciais sem
infecção bacteriana associada;
ƒ Enviar o mais rápido possível.
Conservação para envio
ƒ Até 72 horas em temperatura ambiente, sem corar
ƒ Não refrigerar
122
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
Reticulócitos
Comentários
A contagem de reticulócitos é útil para avaliar atividade eritropoiética, sendo que valores
aumentados indicam hiperatividade da medula óssea (reticulocitose) e valores diminuídos,
hipoatividade da medula óssea (reticulocitopenia). É importante também para o diagnóstico
diferencial das anemias e para acompanhar tratamento.
Observação: a contagem de reticulócitos deve ser corrigida pelo grau de anemia através da
fórmula: %corrigida de reticulócitos = % reticulócitos x hematócrito do paciente/hematócrito normal
da espécie. Considerando valor de hematócrito canino = 45 e felino = 37.
Método
Azul de cresil brilhante
Condição
0,5 a 1,0 mL de sangue total (EDTA) sem coágulo ou hemólise
Conservação para envio
Até 48 horas em temperatura ambiente
Valores de referência
Caninos e Felinos: percentual de 0,5 a 1,0%
Obs: reticulocitose não é encontrada no sangue de eqüinos, bovinos, caprinos e ovinos saudáveis
Tempo Atividade Protrombina (RNI)
Comentários
As utilizações mais comuns são para monitoramento de terapia anticoagulante oral, doenças
hepáticas, deficiência de vitamina K e coagulação intravascular disseminada, situações nas quais o
tempo de Protrombina/RNI pode encontrar-se prolongado.
Método
Coagulométrico
Condição
ƒ 0,5 a 1,0 mL de sangue total em tubo com citrato (tubo de tampa azul)
ƒ Jejum de 4 horas
ƒ Enviar no máximo 2 horas após a coleta
ƒ Coletar com o mínimo de trauma, sem garrotear
ƒ Centrifugar rapidamente após a coleta
Conservação para envio
Até 6 horas em temperatura ambiente
Valor de referência:
Maior ou igual a 70% do plasma controle
Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP)
Comentários
O PTT é o mais sensível teste para avaliação dos fatores XII, XI, IX, VIII (VIA INTRÍNSECA), mas
não para o FATOR VII (VIA EXTRÍNSECA). É o teste mais usado para avaliação do decréscimo da
atividade de um ou mais fatores. Indicado nos casos em que há tendência a hemorragia, antes de
intervenções cirúrgicas.
As causas mais comuns de PTT prolongado são: coagulação intravascular disseminada, doença
hepática, anticoagulantes circulantes, terapia heparínica, deficiência do fator VIII, deficiência do fator
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
123
IX, uso de anticoagulantes orais, deficiência de vitamina K, hipofibrinogenemia, envenenamento por
anticoagulantes.
Método
Coagulométrico
Condição
ƒ 0,5 a 1,0 mL de sangue total em tubo com citrato (tubo de tampa azul)
ƒ Jejum de 4 horas
ƒ Enviar no máximo 2 horas após a coleta
ƒ Coletar com o mínimo de trauma, sem garrotear
Conservação para envio
Até 4 horas em temperatura ambiente
Valor de referência
Até 10 segundos acima do plasma controle
124
Instituto Hermes Pardini X Hematologia
HPLC
Instituto Hermes Pardini X HPLC
125
126
Instituto Hermes Pardini X HPLC
HPLC
Beta Caroteno
Comentários
O beta caroteno é o principal representante dos carotenóides, provitaminas A do grupo das
vitaminas lipossolúveis. O papel nutricional do beta caroteno está ligado à vitamina A. Possui
propriedades fotoprotetoras e antioxidantes. A redução do nível sanguíneo do beta caroteno está
relacionada com a má absorção de gorduras. Encontra-se diminuído na desnutrição e nos distúrbios
da absorção digestiva e em níveis elevados no suprimento excessivo (alimentar e medicamentoso),
nas hipercolesterolemias, diabetes, hipotireoidismo e hiperlipemia.
Método
Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)
Condição
ƒ 1,0 mL de soro em frasco protegido da luz (âmbar)
ƒ Centrifugar e separar o soro rapidamente após a coleta
ƒ Jejum obrigatório de 8 horas
ƒ Informar medicamentos em uso
Conservação para envio
Até 14 dias em temperatura entre 0 e – 10°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 35 - 90 µg/dL
ƒ Bovinos: 25 - 950 µg/dL
ƒ Eqüinos: 20 - 175 µg/dL
Difenilhidantoína
Comentários
A difenilhidantoína ou fenitoína é utilizada como anticonvulsivante. Sua dosagem é útil na
monitorização dos níveis terapêuticos e toxicidade. O metabolismo é hepático, sendo que o estado
de equilíbrio é alcançado em uma a cinco semanas. A principal causa de níveis baixos é a não
aderência do tratamento.
Método
Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)
Condição
ƒ 0,5 mL de soro sem hemólise
ƒ Jejum de 8 horas
ƒ Coletar imediatamente antes da administração da próxima dose do medicamento
ƒ Informar medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da última dose administrada
Interferentes
Ácido valpróico e salicilatos podem elevar o nível de difenilhidantoína
Conservação para envio
Até 14 dias entre 2 a 8°C
Valores de referência
Caninos: 10 a 20 µg/mL
Felinos: 10 a 20 µg/mL
.
Instituto Hermes Pardini X HPLC
127
Fenobarbital
Comentários
O fenobarbital é um dos anticonvulsivantes menos tóxicos e mais eficazes. É o medicamento de
escolha para o tratamento de convulsões tônico-clônicas e parciais complexas. Sua dosagem é útil
para monitorização dos níveis terapêuticos e toxicidade. Pico plasmático ocorre em duas a quatro
horas após absorção. Possui metabolismo hepático, sendo um indutor enzimático potente.
Método
Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)
Condição
ƒ 0,5 mL de soro
ƒ Jejum de 8 horas
ƒ Coletar imediatamente antes da administração da próxima dose do medicamento
ƒ Informar medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da última dose administrada
Conservação para envio
Até 14 dias entre 2 e 8°C
Nível terapêutico
Caninos e Felinos: 15 a 45 µg/mL
Primidona
Comentários
A primidona é um anticonvulsivante utilizado nas crises convulsivas tônico-crônicas e parciais. Seu
metabolismo é hepático, sendo seu principal metabólito ativo o fenobarbital, cujo nível também deve
ser monitorizado durante o uso da primidona.
Método
Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)
Condição
ƒ 0,5 mL de soro
ƒ Jejum de 8 horas
ƒ Coletar imediatamente antes da administração da próxima dose do medicamento
ƒ Informar medicamentos em uso, dosagem, dia e hora da última dose administrada
Interferentes
ƒ Isoniazidas e ácido valpróico aumentam a meia-vida da primidona
ƒ Fentoínas diminui a meia-vida da primidona
Conservação para envio
Até 14 dias entre 2 a 8°C
Nível terapêutico
Caninos: de 20,0 a 45,0 µg/mL
Vitamina A
Comentários
A expressão vitamina A refere-se aos retinóides que têm atividade biológica do retinol. Uma
ingestão excessiva resulta em hipervitaminose.
Método
Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)
Condição
ƒ 1,5 mL de soro em frasco protegido da luz (frasco âmbar)
ƒ Jejum de 8 horas
128
Instituto Hermes Pardini X HPLC
ƒ Centrifugar e separar o soro rapidamente após a coleta
Conservação para envio
Até 14 dias entre 0 a – 10°C
Valores de referência
ƒ Caninos: 0 - 5 µg/mL
ƒ Felinos: 50 - 194 µg/mL
ƒ Bovinos: 10 - 30 µg/mL
ƒ Eqüinos: 9 - 16 µg/mL
Vitamina D3
Comentários
A tentativa de diagnóstico de hipervitaminose D deve ser estabelecida a partir do histórico, sinais
clínicos, hipercalcemia e azotemia. Hiperatividade da paratireóide ou tumores associados com
hipercalcemia (ex. linfossarcoma) podem produzir valores séricos de cálcio similar a uma
intoxicação por colecalciferol. No caso de envenenamento, menos de 0,01% da substância ingerida
vai estar no estômago ou no vômito, daí a vantagem de se procurar a substância no soro. O teste
de HPLC é o mais indicado para esta avaliação.
Método
Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC)
Condição
ƒ 2,0 mL de soro em frasco protegido da luz (frasco âmbar)
ƒ Jejum de 8 horas
ƒ Centrifugar e separar o soro rapidamente após a coleta
Conservação para envio
Até 14 dias em temperatura entre 0 a – 10°C
Valores de referência
ƒ Menor que 30,0 pg/mL: normal
ƒ Maior que 30,0 pg/mL: potencialmente tóxico
ƒ Maior que 50,0 pg/mL: tóxico
Instituto Hermes Pardini X HPLC
129
130
Instituto Hermes Pardini X HPLC
IMUNOLOGIA - CAPA
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
131
132
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
IMUNOLOGIA
Anemia Infecciosa Eqüina - AIE
Comentários
Doença contagiosa de eqüinos causada por um RNA vírus do gênero Lentivirus, da família
Retrovírus. O vírus, uma vez instalado no organismo do animal, nele permanece por toda a vida
mesmo quando não há manifestação de sintomas. Todas as raças e idades de eqüídeos são
susceptíveis. O cavalo doente é o principal elo na cadeia epidemiológica. Os eqüinos são os únicos
animais suscetíveis ao vírus da AIE e não há contágio direto de um animal a outro. Os vetores
naturais envolvidos são as moscas do estábulo e a mosca de cavalo. A anemia infecciosa eqüina é
hoje diagnosticada pela prova de imunodifusão em gel de Agar (IDGA). O transporte e a
movimentação de eqüinos ficam condicionados à obtenção do atestado negativo do exame (IDGA).
Somente laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento estão
autorizados a emitir estes atestados. Para fins de viagens, ingresso em exposições e similares, o
atestado é válido por 60 dias.
Método
Imunodifusão em gel de Agar
Condição
ƒ 1,0 a 2,0 mL de soro refrigerado
ƒ Requisição própria do Laboratório Hermes Pardini (3 vias) devidamente preenchida e assinada
pelo médico veterinário requisitante
ƒ Não serão aceitas requisições incompletas
Conservação de envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Observação
É necessário que a amostra seja coletada pelo médico veterinário e que venha acompanhada da
seguinte documentação: requisição e resultado do exame de imunodifusão em gel de Agar – AIE,
oficial do Hermes Pardini, em 3 vias devidamente preenchidas, assinadas e carimbadas pelo
médico veterinário solicitante. No estado de Minas Gerais é obrigatório também o termo de
compromisso.
Valor de referência
Negativo
Anticorpos Anti-Raiva - Veterinário
Comentários
De acordo com o Regulamento (CE) número 998/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de
26 de maio de 2003, “aplicáveis à circulação sem caráter comercial de animais de companhia”, os
animais devem estar acompanhados de um passaporte emitido por um veterinário que ateste a
vacinação, eventualmente revacinação, contra a raiva e uma titulação de anticorpos neutralizantes
≥ 0,5 UI/mL, realizada em laboratório credenciado, com a colheita pelo menos 30 dias após a
vacinação e três meses antes da viagem. Não é necessário renovar a titulação em animal
submetido à revacinação nos prazos previstos pela OMS. O prazo de três meses não se aplica em
caso de reintrodução de um animal de companhia cujo passaporte comprove titulação positiva (≥
0,5 UI/mL) antes do animal ter deixado o território da Comunidade Européia.
A introdução de animais de companhia com menos de três meses, não vacinados e provenientes de
países fora da comunidade pode ser autorizada quando a situação desses países, no que se refere
à raiva, justifique-a.
Método
Cultura de células
133
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
Condição
ƒ 1,0 a 2,0 mL de soro refrigerado
ƒ Obrigatório o envio do questionário totalmente preenchido
Conservação de envio
ƒ Até 5 dias entre 2 e 8°C
ƒ Acima de 5 dias congelado a - 20°C
Valor de referência
Menor que 0,5 ui/ml
Artrite Encefalite Caprina - CAE
Comentários
CAE é uma enfermidade infecciosa viral específica de caprinos, de difícil controle, sobretudo pela
indisponibilidade de vacinas e pela ampla distribuição da doença em plantéis de excelente
qualidade zootécnica e grande valor econômico. A enfermidade geralmente tem evolução crônica,
caracterizando-se por apresentar longo período de incubação, com evolução clínica lenta,
progressiva e inexorável, estando todos os tipos raciais de caprinos susceptíveis à infecção e à
doença. Quando comparado com imunoprecipitação, a imunodifusão em gel de Agar, para detecção
do anticorpo anti-CAE e usando antígeno específico, tem 92% de sensibilidade e 100% de
especificidade.
Método
Imunodifusão em gel de Agar
Condição
2,0 mL de soro
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C.
Valor de referência
Negativo
Brucelose Bovina - Antígeno Acidificado Tamponado
Comentários
A doença no bovino é causada pela Brucella abortus e se caracteriza por abortos nos estágios finais
da gestação, tendo grande importância econômica. Após coleta do sangue, dessorar rapidamente.
O Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
aprovou em 2001 o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
Animal (PNCEBT).
O Programa tem como objetivo diminuir o impacto negativo dessas zoonoses na saúde comunitária
e de promover a competitividade da pecuária nacional. O PNCEBT introduziu a vacinação
obrigatória contra brucelose bovina e bubalina em todo o território nacional e definiu uma estratégia
de certificação de propriedades livres ou monitoradas onde essas enfermidades são controladas
com rigor.
Exames preconizados no PNCEBT para Brucelose:
ƒ Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), que é muito sensível e de fácil execução,
constitui o único teste de triagem, realizado por médicos veterinários habilitados. Os animais que
reagirem àquele teste poderão ser submetidos a um teste confirmatório, o 2 mercaptoetanol, que
é mais específico, sendo esta prova executada em laboratórios credenciados ou em laboratórios
oficiais credenciados;
ƒ O Teste de Fixação de Complemento (FC), ou outro que o substitua, é realizado em laboratórios
oficiais credenciados para efeitos de trânsito internacional e para diagnóstico de casos
inconclusivos ao teste do 2 mercaptoetanol;
134
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
ƒ O Teste do Anel em Leite (TAL) pode ser utilizado para monitoramento da condição sanitária de
propriedades certificadas.
Método
Soro Aglutinação
Condição
ƒ Favor consultar o laboratório sobre a disponibilidade do exame
ƒ 1,0 a 2,0 mL de soro refrigerado sem hemólise
ƒ Não usar anticoagulante
ƒ Centrifugar a amostra e separar o soro rapidamente após a coleta
Questionário obrigatório
Na requisição é obrigatório informar:
ƒ Nome da propriedade
ƒ Nome do proprietário
ƒ Município onde o animal se encontra
ƒ Nome e carimbo do Médico veterinário requisitante
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C.
Valor de referência
Negativo
Brucelose Bovina - Prova Lenta e 2 mercaptoetanol
Comentários
A doença no bovino é causada pela Brucella abortus e se caracteriza por abortos nos estágios finais
da gestação, tendo grande importância econômica. Após coleta do sangue, dessorar rapidamente.
A prova lenta e o 2 mercaptoetanol são utilizados como teste confirmatório para brucelose bovina.
Método
Prova lenta e 2 mercaptoetanol em tubo
Condição
ƒ 2,0 a 3,0 mL de soro refrigerado sem hemólise
ƒ Não usar anticoagulante
ƒ Centrifugar a amostra e separar o soro rapidamente após a coleta
Questionário
Na requisição é obrigatório informar:
ƒ Nome da propriedade
ƒ Nome do proprietário
ƒ Município onde o animal se encontra
ƒ Nome e carimbo do Médico veterinário requisitante
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
(continua)
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
135
Valor de referência
Interpretação do teste 2 mercaptoetanol para fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses,
vacinadas entre três e oito meses de idade
Teste de soroaglutinacao lenta (UI/mL)
Teste do 2-me (UI/mL)
Interpretação
MENOR OU IGUAL A 50
MENOR QUE 25
NEGATIVO
MAIOR OU IGUAL A 100
MENOR QUE 25
INCONCLUSIVO
MAIOR OU IGUAL A 25
MAIOR OU IGUAL A 25
POSITIVO
Interpretação do teste do 2 mercaptoetanol para fêmeas não vacinadas e machos,
com idade superior a oito meses
Teste de soroaglutinacao lenta (UI/mL)
Teste do 2-me (UI/mL)
Interpretação
MENOR OU IGUAL A 25
MENOR QUE 25
NEGATIVO
MAIOR OU IGUAL A 50
MENOR QUE 25
INCONCLUSIVO
MAIOR OU IGUAL A 25
MAIOR OU IGUAL A 25
POSITIVO
UI = Unidade Internacional
Brucelose Canina – Brucela Canis
Comentários
A brucelose canina é uma doença infecto-contagiosa de cães que se caracteriza por aborto,
infertilidade, comprometimento de tecidos linfóides e bacteremia prolongada. A doença se
manifesta, em cadelas, com metrite e aborto depois de 30 a 50 dias de gestação; já nos machos,
caracteriza-se por orquite e epididimite. Como na brucelose de outros animais, infecção com B.
canis não interfere no ciclo estral normal dos animais.
Importante
ƒ Quando a bactéria migra para os tecidos, o nível de anticorpos detectáveis decai
consideravelmente, interferindo de forma negativa no resultado dos testes sorológicos.
ƒ Para se garantir que um animal seja considerado negativo, é aconselhada a realização de três
testes consecutivos negativos com intervalos de 30 a 45 dias.
ƒ Caso a doença seja confirmada em pelo menos um animal da propriedade, será preciso testar
todos os outros por métodos sorológicos. A escolha do método de diagnóstico a ser empregado
está na dependência do tempo de infecção, pois animais infectados por menos de 4 a 12
semanas podem apresentar resultados falso-negativos.
ƒ Os testes sorológicos devem ser conduzidos mensalmente até que a infecção seja
completamente eliminada, ou seja até o momento em que 3 testes sorológicos consecutivos
resultarem negativos para cada animal da propriedade. Sempre deve-se levar em conta que os
animais podem eventualmente estar em diferentes estágios da doença, o que significa que alguns
testes sorológicos podem apresentar resultados falso-negativos.
Método
Soroaglutinação e 2 mercaptoetanol
Condição
ƒ 1,0 mL de soro refrigerado sem hemólise
ƒ Não usar anticoagulante
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
Negativo
136
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
Ciclosporina
Comentários
A ciclosporina é utilizada como imunossupressor especialmente em transplantados. A monitorização
dos seus níveis sanguíneos é imperativa, tendo em vista sua farmacocinética complexa.
Método
Imunoensaio enzimático
Condição
ƒ 3 mL de sangue total em EDTA
ƒ Coletar a amostra preferêncialmente antes da próxima dose do medicamento ou conforme
orientação do médico veterinário. Se o interesse for pelo pico do medicamento, coletar a amostra
2 a 4 horas após medicação
ƒ Informar se o animal está em uso de Sandimun® ou algum outro medicamento
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Nível terapêutico sugerido
Caninos: 400 a 600 ng/mL
Cinomose - Sorologia
Comentários
A cinomose é uma doença viral altamente contagiosa que atinge todos os canídeos. Cães jovens e
não vacinados são os mais acometidos. A doença é normalmente multissistêmica, com
envolvimento multifocal progressivo do sistema nervoso central. Cães mais velhos podem
desenvolver uma forma mais insidiosa com gradual perda da consciência e progressiva paresia
posterior. Apresenta duas formas: sobreaguda, caracterizada por febre repentina e morte súbita e
aguda, quando os animais apresentam sinais de febre, prostração, inapetência, secreções nasal e
ocular, vômitos e diarréia, podendo ocorrer posteriormente sintomas neurológicos, como paralisia,
convulsões e morte. O agente da cinomose é um RNA - vírus da família Paramyxoviridae gênero
Morbilivirus.
Condição
Favor consultar o laboratório sobre a disponibilidade do exame
Diarréia Bovina a Vírus
Comentários
A BVD é uma das mais importantes doenças viroses patogênicas do rebanho bovino, afetando tanto
o rebanho leiteiro quanto o de corte. A doença causa perdas reprodutivas, abortos, natimortos ou
mortes prematuras. É uma doença que deprime o sistema imunológico do animal, permitindo que
outras doenças virais e bacterianas se estabeleçam esse disseminem. Muitos animais portadores
do vírus da BVD não apresentam sinais da infecção, embora eliminem, intermitentemente, o vírus.
Em tais casos leves, uma febre fraca, tosse e poucas úlceras pequenas na boca podem ser os
únicos sinais detectáveis. Esses bovinos podem continuar a eliminar os vírus por períodos
prolongados e acredita-se que sejam os principais responsáveis pela disseminação e persistência
dos vírus em um rebanho. O aborto e defeitos no nascimento são os mais importantes problemas
econômicos que ocorre em tais bovinos.
Método
Soroneutralização
Condição
2,0 mL de soro sem hemólise
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
137
Conservação para envio
Até 7 dias Refrigerado entre 2 e 8°C
Valor de referência
Negativo
Dirofilariose
Comentários
A Dirofilariose é uma doença parasitária, transmitida por mosquitos infectados com Dirofilaria
immitis, um verme que se aloja no coração e nas artérias pulmonares dos animais. Os sintomas da
doença são falta de resistência a exercícios, cansaço, tosse crônica, apatia, respiração ofegante,
perda de peso e morte. Parasita relacionado a ambientes litorâneos e/ou a animais que morem em
áreas diferentes e que foram à praia.
Método
Imunoensaio Enzimático
Condição
1,0 mL de soro
Conservação para envio
Até 7 dias refrigerado entre 2 e 8°C.
Valor de referência
Negativo
Dirofilariose - Ehrlichia - Lyme
ƒ Dirofilariose: a Dirofilariose é uma doença parasitária, transmitida por mosquitos infectados com
Dirofilaria immitis, um verme que se aloja no coração e nas artérias pulmonares dos animais. Os
sintomas da doença são falta de resistência a exercícios, cansaço, tosse crônica, apatia, respiração
ofegante, perda de peso e morte. O parasita está relacionado a ambientes litorâneos e/ou a animais
que more em áreas diferentes e que foram à praia.
ƒ Ehrlichia: a ehrlichiose é uma doença que acomete cães, sendo causada principalmente pela
Ehrlichia canis e é transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus. As Ehrlichias fazem parte
do grupo das Rickettsias. A erliquiose canina é uma importante doença infecciosa cuja prevalência
tem aumentado significativamente em várias regiões do Brasil. Dentre os sinais clínicos da
enfermidade destaca-se, na fase aguda, febre, anorexia, apatia, linfadenopatia e alterações
oculares e na fase crônica, perda de peso, palidez de mucosas, tendência a hemorragias. As
alterações laboratoriais freqüentemente envolvidas incluem trombocitopenia, anemia arregenerativa,
hiperglobulinemia, dentre outras. O sucesso do tratamento depende de um diagnóstico precoce.
ƒ Lyme: o agente etiológico é a Borrelia burgdorferi. O cão e os animais silvestres representam o
foco natural da doença. A transmissão se dá pela picada de carrapatos, que levam a enfermidade
do animal doente para outros animais e o homem.
Método
Imunoensaio Enzimático
Condição
1,0 mL de soro
Conservação para envio
Até 7 dias refrigerado entre 2 e 8°C.
Valor de referência
Negativo
138
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
Eletroforese de Proteínas
Comentários
A eletroforese de proteínas é de grande importância no diagnóstico diferencial de algumas
enfermidades e na avaliação da gravidade de alterações clínicas, hematológicas, no diagnóstico de
processos inflamatórios, gamopatias e disproteinemias.
As proteínas que fazem parte do plasma exercem funções de suma importância para o
funcionamento do organismo. O fibrinogênio participa da fisiologia da hemostasia sanguínea,
auxiliando a formação da rede de fibrina. Além desta função, esta proteína desempenha um papel
de defesa contra bactérias, por meio da formação de um exudato fibrinoso, impedindo a
disseminação do agente. As proteínas globulinas também possuem um importante papel de defesa
do organismo contra agentes infecciosos.
Valores elevados de proteína plasmática ocorrem em função da hemoconcentração (policitemia) ou
do aumento da produção de globulinas, este geralmente associado a processos inflamatórios.
O aumento da concentração sérica das proteínas plasmáticas por hemoconcentração ocorre na
desidratação. A desidratação pode causar hipotensão e levar a complicações anestésicas. A
hemoconcentração também pode ser fisiológica, em casos de contração esplênica.
A eletroforese de proteínas é indicada quando a hiperglobunemia não é conseqüência da
hemoconcentração, a globulina é alta o suficiente para suspeitar de uma gamopatia ou quando se
suspeita de imunodeficiências humorais. Também tem sido utilizada no acompanhamento de
pacientes com leishmaniose.
As principais causas de gamopatias nos cães são decorrentes de uma infecção ou inflamação
persistentes, quando ocorrem aumentos das frações gama e beta, como infecções crônicas
bacterianas, parasitárias, virais, protozoárias, neoplasias ou doenças autoimunes.
Nos felinos, a peritonite infecciosa felina é uma causa comum de gamopatia, em que a fração gama
é mais elevada.
ƒ Hipoalbunemia: encontrada na síndrome nefrótica, cirrose hepática, desnutrição, enteropatias
com perda protéica, processos inflamatórios crônicos.
ƒ Hipogamaglobunemia: mieloma múltiplo não secretor ou produtor de cadeias leves.
ƒ Hipergamaglobunemia: policlonal, na cirrose hepática, infecções subagudas e crônicas, doenças
autoimunes.
ƒ Valor baixo de proteína plasmática pode ser reflexo de uma nefropatia com perda protéica
resultando em proteinúria. Uma enteropatia com perda protéica, como, por exemplo, a perda
crônica de peso e diarréia, também pode levar a baixos valores de proteína plasmática, bem
como a diminuição da produção hepática de proteína.
Método
Eletroforese capilar
Condição
ƒ 0,5 mL de soro sem hemólise
ƒ Jejum de 8 horas
ƒ Evitar lipemia acentuada
Conservação para envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C..
Valores de referência
Caninos
albumina: 2,3 a 3,8g/dL
alfa 1: 0,2 a 0,54 g/dL
alfa 2: 0,35 a 1,1 g/dL
beta: 1,2 a 2,2 g/dL
gama: 0,8 a 1,8 g/dL
relação a/g: 0,5 a 1,7
proteínas totais: 5,4 a 7,7 g/dL
(continua)
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
139
Felinos
albumina: 2,1 a 3,9 g/dL
alfa 1: 0,2 a 1,1 g/dL
alfa 2: 0,4 a 0,9 g/dL
beta: 0,7 a 1,6 g/dL
gama: 1,5 a 3,5 g/dL
relação a/g: 0,45 a 1,7
proteínas totais: 5,4 a 7,6 g/dL
Ehrlichia
Comentários
A ehrlichiose é uma doença que acomete cães, sendo causada principalmente pela Ehrlichia canis e
é transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus. As Ehrlichias fazem parte do grupo das
Rickettsias. A erliquiose canina é uma importante doença infecciosa cuja prevalência tem
aumentado significativamente em várias regiões do Brasil. A doença pode ser dividida em três
fases: aguda, subaguda e crônica. Dentre os sinais clínicos da enfermidade, destacam-se, na fase
aguda, febre, anorexia, apatia, linfadenopatia e alterações oculares e na fase crônica, perda de
peso, palidez de mucosas, tendência a hemorragias. As alterações laboratoriais freqüentemente
envolvidas incluem trombocitopenia, anemia arregenerativa, hiperglobulinemia, dentre outras. O
sucesso do tratamento depende de um diagnóstico precoce.
Método
Imunoensaio enzimático
Condição
1,0 de soro
Conservação para envio
Até 7 dias refrigerado entre 2 e 8°C
Valor de referência
Negativo
FIV / FELV - Leucemia Viral Felina - Imunodeficiência Felina
Comentários
A Leucemia Felina (FELV) e a Imunodeficiência Felina (FIV) são duas doenças provocadas por dois
vírus diferentes, da família do retrovírus. O gato contaminado pelo vírus da FELV pode passar um a
dois anos sem manifestação de sintomas clínicos e na infecção pelo vírus da FIV, o prazo para o
aparecimento dos sintomas pode ultrapassar cinco anos. A infecção por um desses retrovírus leva à
diminuição progressiva da resposta imunológica do animal. Este efeito de imunodepressão priva o
gato das suas defesas contra os agentes infecciosos e abre caminho a toda uma série de afecções.
Além disso, a infecção pelo FELV acompanha freqüentemente o desenvolvimento de tumores ou de
leucemias fatais.
Método
Imunoensaio Enzimático
Condição
0,8 mL de soro ou plasma refrigerado
Conservação de envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
Negativo
140
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
Leishmaniose Canina - IgG (Elisa) e RIFI
Comentários
A leishmania é um protozoário intracelular de macrófagos, uma célula do sistema imunológico do
organismo, que atinge homens, cães e muitos animais silvestres. Ocorrem dois tipos de
Leishmaniose: cutânea e visceral. Os vetores são flebotomíneos hematófagos. Podemos encontrar
anemia normocrômica, leucopenia com neutropenia, eosinopenia, monocitose e pode haver
linfocitose relativa. Plaquetopenia em graus variados quando associada a fenômenos hemorrágicos.
Pode ocorrer inversão das frações albumina e globulina. Transaminases elevadas além de
bilirrubinas discretamente alteradas, proteinúria, hematúria, alterações da função renal podem
ocorrer quando há comprometimento deste órgão. O material deve ser colhido através de punção
venosa. Deve ser enviado apenas o soro na quantidade mínima de 1 mL. Não enviar amostra
coletada em papel filtro. Por se tratar de um método sorológico em que o resultado está ligado ao
sacrifício do animal, o diagnóstico da leishmaniose dever ser sempre interpretado em conjunto com
os achados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais.
Método
ƒ Imunoensaio enzimático
ƒ Reação de imunofluorescência Indireta
Condição
1,0 mL de soro refrigerado
Conservação de envio
Até 7 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
ƒ Reagente
ELISA: valor acima da linha do corte recomendado pelo fabricante do kit
RIFI: resultado com titulo igual ou superior a diluição 1:40
ƒ Indeterminado: resultados com valores limites que os testes não foram capazes de determinar
como reagente ou não reagente. Recomenda-se um novo teste apos 30 dias do ultimo exame.
Pode corresponder ao inicio da soroconversão, reações cruzadas e/ou inespecifica, falência do
sistema imune.
ƒ Não reagente: resultado sem titulo de anticorpos.
Nota: O exame está sujeito, embora raramente, à ocorrência de falso-negativo e falso-positivo, que
é uma característica de variações pré-analíticas e das metodologias. Sugerimos o acompanhamento
médico veterinário dos sinais e sintomas clínicos.
Aviso importante
As duas técnicas sorológicas são recomendadas pelo ministério da saúde para o diagnóstico da
LVC. Em caso de divergências entre as duas técnicas, considera-se o RIFI como confirmatório.
Fonte: Ministério da Saúde - Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral canina. Pp.
28-29, 2003. (www.saude.gov.br/editora/livros).
Lyme
Comentários
Doença de cães originada no carrapato e causada pela Borrelia burgdoferi. Artrite e febre são
manifestações clínicas predominantes em cães. Os resultados do perfil hematológico e bioquímico
rotineiro são normais.
Método
Imunoensaio enzimático
Condição
1,0mL de soro
Conservação para envio
Refrigerado entre 2 e 8°C
Instituto Hermes Pardini X Imunologia
141
Peritonite Infecciosa Felina - PIF
Comentários
A peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença severa causada por um vírus (do grupo
coronavírus) e que atinge os gatos domésticos e alguns gatos exóticos. Caracteriza-se por uma
vasculite, que pode resultar em efusões abdominais e torácicas (forma exudativa) ou formação de
granulomas nos órgãos abdominais e peritôneo (forma não exudativa ou seca). O resultado da
sorologia deve ser analisado juntamente com o quadro clínico do animal, hemograma e valores de
albumina e globulina.
Condição
Favor consultar o laboratório sobre a disponibilidade do exame
Rinotraqueíte Infecciosa Bovina - IBR
Comentários
IBR é uma doença altamente contagiosa. Em adição aos problemas respiratórios, o vírus pode
causar conjuntivite, aborto, encefalite e infecção sistêmica generalizada. Embora os sintomas
clínicos sejam altamente sugestivos de IBR, a confirmação laboratorial se faz necessária.
Método
Soroneutralização
Condição
2,0 mL de soro sem hemólise.
Conservação para envio
Até 7 dias Refrigerado entre 2 e 8°C
Valor de referência
Negativo
Toxoplasmose IgG: Cão e Gato (Imunofluorescência)
Comentários
O Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose, tem o gato como hospedeiro definitivo e o
homem e outros animais como hospedeiros intermediários. Os alimentos vegetais contaminados
com oocistos e os de origem animal, principalmente produtos suínos e ovinos com cistos, são os
maiores responsáveis pela infecção humana e no cão. Além destes alimentos, estão envolvidos,
ainda, o solo contaminado e roedores infectados, ingeridos parcial ou totalmente, como
conseqüência do hábito de carnivorismo exercido por estes animais. Esta doença pode provocar
graves lesões sistêmicas, variando de sinais neurológicos, ósteo-musculares, respiratórios a
oculares, dentre outros. O apoio dos testes sorológicos baseados na identificação de anticorpos
possibilita o rastreamento da infecção e seu devido tratamento.
A sorologia para T. gondii, em cães e gatos, é tradicionalmente o método mais utilizado para
confirmação diagnóstica, sendo na maioria das vezes baseado na identificação de IgG.
A soroconversão ocorre após duas a quatro semanas da infecção, com um pico que ocorre nas
quatro a seis semanas posteriores. Os títulos se mantêm com níveis altos, durante meses a anos.
Para detectar uma infecção recente é necessário verificar um aumento contínuo por um período de
duas a quatro semanas. Muitas vezes os sinais clínicos podem se apresentar previamente a
soroconversão.
A sorologia, para a pesquisa de IgG, é difícil de se interpretar e muitas vezes um só título poderá ser
insuficiente.
De uma forma prática, os resultados dos exames sorológicos, em cães e gatos, devem ser
interpretados da seguinte maneira:
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ƒ Os títulos de anticorpos iguais ou maiores que 1:512 geralmente indicam uma infecção ativa
recente;
ƒ Títulos de 1:128 a 1:256 geralmente indicam uma infecção recente, porém bloqueada;
ƒ Títulos de 1:32 a 1:64 em geral indicam infecções anteriores e inativas;
ƒ Títulos iguais ou inferiores a 1:16 ou 1:32 podem ser encontrados no início do curso da moléstia
aguda, porque os títulos podem não se tornar detectáveis por quatro a seis semanas após a
infecção inicial ou uma a duas semanas após o surgimento dos sintomas clínicos;
ƒ A obtenção de título baixo em cães ou gatos, com sintomas clínicos sugestivos de toxoplasmose,
não deve ser considerada resultado negativo até que estejam disponíveis os resultados de uma
segunda amostra de soro coletada e examinada duas a quatro semanas mais tarde, o que se
denomina de sorologia pareada, com obtenção de amostra no período agudo da doença e outra
na convalescença. A demonstração de ascensão de quatro vezes ou superior no título dos
anticorpos, entre a primeira e a segunda amostra, confirma uma infecção ativa atual.
Deve se recordar que a eliminação de oocistos e a soroconversão ocorrem também em gatos
assintomáticos. Portanto, as provas podem indicar uma recente infecção, mas não provê um
diagnóstico definitivo de toxoplasmose clínica.
Os anticorpos não estão diretamente correlacionados com a Toxoplasmose clínica. Não existe
nenhum teste sorológico disponível atualmente que acuradamente prevê quando um gato
soropositivo libera um oocisto.
Método
Imunofluorescência indireta
Condição
0,5 mL de soro
Conservação para envio
ƒ Até 5 dias entre 2 e 8°C
ƒ Até 6 meses após congelar a temperatura inferior a – 4°C
Valor de referência
Para cães e gatos:
IgG menor que 1:16 = negativo
IgG de 1:32 até 1:256 = fraco positivo
IgG maior que 1:256 = positivo
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TOXICOLOGIA
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TOXICOLOGIA
Cobre
Comentários
A deficiência do cobre pode causar defeitos na pigmentação, sistema cardíaco, vascular e no
esqueleto. Desempenha importante função no metabolismo do ferro. Pode estar diminuído em
queimaduras etc. A intoxicação por cobre pode acontecer com a ingestão de soluções e alimentos
contaminados, além de exposição a fungicidas que contenham o metal.
Método
Espectrofotometria de absorção atômica (Chama)
Condição
ƒ 1,0 a 2,0 mL de soro
ƒ Informar espécie, raça, sexo, idade.
ƒ Informar prenhez ou uso de anticoncepcional
Conservação para envio
Refrigerar entre 2 e 8°C.
Valores de referência
Caninos: 100 - 200 µg/dL
Inseticidas Organofosforados
Comentários
A monitorização de exposição aos organofosforados pode ser feita pela determinação dos mesmos
inalterados, em sangue e/ou urina, e está indicada somente se as amostras forem colhidas até 6
horas após a exposição.
O mecanismo fundamental da toxicidade dos organofosforados é a sua ligação de forma irreversível
com a acetilcolinesterase, enzima responsável pela hidrólise da acetilcolina. Resulta, assim, no
acúmulo desse neurotransmissor nas sinapses nervosas e placas motoras, ocasionando sua
hiperestimulação e conseqüentemente, toda a síndrome clínica.
Método
Cromatografia gasosa
Condição
ƒ 5,0 a 10,0 mL de sangue total em tubo com heparina (tubo de tampa azul escuro)
ƒ Amostras coletadas no máximo até 6 horas após a exposição
Conservação para envio
Refrigerar entre 2 e 8°C
Valor de referência
Não detectável
Toxicológico Completo - Veterinários
Comentários
Há muitos tipos de veneno que o cão pode ingerir. Normalmente não se sabe qual foi o tipo de
veneno que o cão ingeriu. O cão tanto pode ter comido um rato que ingeriu veneno como um
pedaço de carne envenenado.
Alguns sintomas conforme os agentes do envenenamento:
ƒ Inseticida: excesso de saliva, lacrimação, diarréia, vômitos, constrição das pupilas, contrações
musculares, respiração alterada, convulsões.
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ƒ Raticidas: vômitos e diarréia, manchas vermelhas, roxas ou negras na pele e nas gengivas.
ƒ Estricnina: espasmos, dilatação de pupilas e contrações musculares.
Os 10 agentes testados são: Arsênico, Carbamatos, Chumbo, Cianeto, Cumarinico, Estriquinina,
Mercúrio, Organoclorados, Organofosforados e Piretróide.
Método
Cromatografia Gasosa
Condição
ƒ Material de necropsia (fígado, estômago e rim)
ƒ Outros materiais: conteúdo estomacal, urina
Conservação para envio
ƒ Estabilidade da amostra:
Até 24 horas: refrigerado
Apos 24 horas: congelado
Zinco
Comentários
O Zinco (Zn) é um oligoelemento essencial, amplamente encontrado na natureza, sendo, após o
ferro, o segundo oligoelemento mais abundante no corpo. A principal aplicação industrial do Zn é na
galvanização de aço e outros metais. A dosagem do Zn sérico não é um indicador patognomônico
de intoxicação ou deficiência desse metal. Os níveis séricos são insensíveis para deficiências leves,
alterando-se apenas em deficiências moderadas a graves, e podem se apresentar normais em
quadros de intoxicação.
Método
Espectrofotometria de absorção atômica (chama)
Condição
2,0mL de soro
Laboratórios
ƒ Colher em tubo “Trace” sem aditivo e sem ativador de coagulação
ƒ Dessorar rapidamente.
ƒ Transferir o soro para tubo plástico com tampa/rolha de plástico
ƒ Utilizar obrigatoriamente o kit para coleta de metais
Conservação para envio
Até 5 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
ƒ Caninos: 0,65 a 1,24 mg/l
ƒ Bovinos: 0,8 a 1,4 ppm (nota: 1 ppm = 1 mg/l)
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UROÁNALISE
Instituto Hermes Pardini X Uroanálise
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UROANÁLISE
Bilirrubinas - Urina
Comentário
O aparecimento de bilirrubina na urina é a primeira indicação de hepatopatias como hepatite,
cirrose ou doenças da vesícula biliar. Bilirrubinúria excessiva em cães ou qualquer sinal de
bilirrubina em gatos é indicativo para medição de bilirrubina sérica (soro).
Método
Colorimétrico
Condição
ƒ 10 a 30 mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã)
ƒ Frasco protegido da luz (frasco âmbar)
ƒ Evitar contato com o ar
Conservação para envio
ƒ Até 6 horas em temperatura ambiente
ƒ Até 2 dias entre 2 e 8°C
ƒ Até 1 semana entre 0 e -10°C
Valores de referência
Felinos: negativo
Caninos: negativo*
*machos podem ter pequenos valores, especialmente com uma densidade maior ou igual a
1:030
Cálculo Biliar, Análise Físico/Química
Comentário
Fornece informações sobre a etiopatogenia da formação do cálculo biliar.
Méodo
Análise Físico-Química
Valor de referência
É liberado laudo com as características físicas e químicas do cálculo
Condição
Cálculo em frasco de vidro limpo e seco
Conservação para envio
Até 7 dias em temperatura ambiente
Cálculo Renal, Análise Físico/Química
Comentários
Fornece informações sobre a etiopatogenia da formação do cálculo renal
Método
Análise Físico-Química
Condição
Cálculo em frasco de vidro limpo e seco
Conservação para envio
Até 7 dias em temperatura ambiente
Valor de referência
É liberado laudo com as características físicas e químicas do cálculo
Instituto Hermes Pardini X Uroanálise
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Cristais Com Luz Polarizada - Urina
Comentários
A identificação dos cristais na urina é muito importante, pois alguns tipos de cristais (anormais)
podem representar distúrbios, como doença do fígado, erros inatos do metabolismo ou lesão
renal causada pela cristalização de metabólitos (cálculos). Determinação de urato amônio em
Dálmatas e Bulldog inglês podem sugerir insuficiência hepática. Oxalato de cálcio em animais
com falha renal aguda pode sugerir ingestão de etileno-glicol.
Método
Microscopia com luz polarizada
Condição
10 a 30 mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã)
Conservação para envio
ƒ Até 6 horas à temperatura ambiente
ƒ Até 2 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
Ausente: a presença de estruvita é normal na maioria dos caninos e felinos
Cristais Com Luz Polarizada - Urina de 24 Horas
Comentários
A identificação dos cristais na urina é muito importante, pois alguns tipos de cristais (anormais)
podem representar distúrbios, como doença do fígado, erros inatos do metabolismo ou lesão
renal causada pela cristalização de metabólitos (cálculos) Determinação de urato amônio em
Dálmatas e Bulldog inglês podem sugerir insuficiência hepática. Oxalato de cálcio em animais
com falha renal aguda pode sugerir ingestão de etileno-glicol.
Método
Microscopia com luz polarizada
Condição
ƒ 10 a 30 mL de urina 24 horas
ƒ Seguir as instruções de coleta de urina 24 horas
ƒ Informar volume total de urina
ƒ Homogeneizar bem a urina antes de separa a alíquota
Conservação para envio
Até 2 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
Ausente: a presença de estruvita é normal na maioria dos caninos e felinos
Glicose - Pesquisa Urina
Comentários
A presença de glicose na urina depende de sua concentração no sangue (glicose sangüínea
maior que 180mg/dL em cães e maior que 300 mg/dL em gatos). Em caso de resultado positivo,
recomenda-se a mensuração da glicose sérica. A pesquisa de glicose na urina é muito
importante para auxiliar no diagnóstico de patologias como: diabetes melittus, síndrome de
Fanconi, doença renal avançada, casos de hiperglicemia não diabética e outras. Presença de
glicosúria na ausência de glicemia sugere disfunção tubular.
Método
Colorimétrico / enzimático
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Instituto Hermes Pardini X Uroanálise
Condição
ƒ 2 a 30 mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã)
ƒ Usar frasco limpo e próprio para coleta de urina
Conservação para envio
ƒ Até 6 horas em temperatura ambiente
ƒ Até 2 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
Negativo
Glicose - Pesquisa Urina de 12 Horas
Comentários
A presença de glicose na urina depende de sua concentração no sangue (glicose sangüínea
maior que 180mg/dL em cães e maior que 300 mg/dL em gatos). Em caso de resultado positivo
recomenda-se a mensuração da glicose sérica.
Presença de glicosúria na ausência de glicemia sugere disfunção tubular.
A pesquisa de glicose na urina é muito importante para auxiliar no diagnóstico de patologias
como: diabetes melittus, síndrome de Fanconi, doença renal avançada, casos de hiperglicemia
não diabética e outras.
Método
Colorimétrico / enzimático
Condição
ƒ 2 a 30 mL de urina de 12 horas e informar o volume total coletado
ƒ Usar frasco limpo e próprio para coleta de urina
ƒ Seguir as instruções de coleta de urina de 12 horas
Conservação para envio
Até 2 dias entre 2 e 8°C
Valor de referência
Negativo
Piócitos - Pesquisa e Contagem Urina
Comentários
Um aumento de leucócitos (piócitos) na urina indica processo inflamatório das vias urinárias,
podendo estar localizado desde os glomérulos até a uretra e podendo ser ou não de causa
infecciosa. Para confirmar a presença de infecção, há necessidade da demonstração do agente
infeccioso através de exame bacterioscópico ou técnicas de isolamento e cultura. Há numerosas
causas de leucocitose com a urocultura habitual negativa: glomerulonefrites exsudativas,
glomerulonefrites proliferativas, nefrites tubulo-intersticiais, pós-operatórios de prostatectomia,
calculos das vias urinárias etc. Este teste tem um valor maior que os feitos com fitas
diagnósticas, que nem sempre têm a sensibilidade necessária.
Método
Microscopia ótica direta
Condição
ƒ 5 a 20 mL de urina recente, jato médio ou primeiro jato
ƒ Manter dieta hídrica habitual
Conservação para envio
ƒ Até 2 horas em temperatura ambiente
ƒ Até 1 dia entre 2 e 8°C
Valor de referência
Até 8 piócitos por campo
Instituto Hermes Pardini X Uroanálise
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Sedimentoscopia Urina
Comentários
A sedimentoscopia urinária fornece informações importantes sobre a presença de leucócitos
(piócitos), eritrócitos, cilindros, cristais, bactérias, parasitas e fungos. Muito importante na
triagem das diversas patologias que afetam a função renal.
Método
Sedimentoscopia por microscopia ótica convencional
Condição
ƒ 5 a 30 mL de urina recente (jato médio)
ƒ Usar frasco limpo e adequado para coleta de urina
ƒ Manter dieta hídrica habitual
Conservação para envio
ƒ Até 2 horas em temperatura ambiente
ƒ Até 04 horas entre 2 e 8°C
Urina Rotina
Comentários
O exame de urina rotina é muito importante para avaliar a função renal, podendo diagnosticar uma
patologia, monitorar o progresso desta patologia, acompanhar a eficácia do tratamento e constatar a
cura.
O exame compreende três etapas:
ƒ caracteres gerais: corresponde à avaliação das propriedades físicas da urina
ƒ pesquisa de elementos anormais: corresponde à pesquisa química feita na urina
ƒ sedimentoscopia: corresponde ao exame microscópico da urina
Condição
ƒ 5 a 30 mL de urina recente (jato médio da primeira urina da manhã) ou urina com no máximo
4 horas após a última micção
ƒ Manter dieta hídrica habitual
ƒ Usar frasco limpo e adequado para coleta de urina
Interferentes
ƒ Ácido homogentisico, aspirina, ácido ascórbico (vitamina c), clorpromazina, metabólitos da
fenazopiridina, levodopa, ácido p-aminobenzóico, indol e sulfixazolo, p-aminobenzóico, azo,
fenazopiridina, riboflavina
ƒ Contaminação do frasco
Conservação para envio
Até 04 horas entre 2 e 8°C
Urobilinogênio - Pesquisa Urina
Comentários
O urobilinogênio, presente na urina, é um pigmento biliar resultante da degradação da
hemoglobina. O aumento da concentração da urobilinogênio na urina (>1mg/dL) é encontrado
nas hepatopatias, nos distúrbios hemolíticos e na porfirinuria. A ausência do urobilinogênio na
urina e nas fezes significa obstrução do ducto biliar, que impede a passagem normal de
bilirrubina para o intestino. O resultado deste teste isoladamente tem pouco valor diagnóstico.
Método
Colorimétrico (Ehrlich)
Condição
15 a 30 mL de urina recente (jato médio da 1ª urina da manhã)
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Instituto Hermes Pardini X Uroanálise
Conservação para envio
Até 6 horas em temperatura ambiente. Até 2 dias, entre 2 e 8°C
Valor de referência
Normal (de 0,1 a 1,0 unidades Ehrlich)
Instituto Hermes Pardini X Uroanálise
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Anotações
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Anotações
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Anotações
Instituto Hermes Pardini X Uroanálise
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Anotações
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Manual de Exames 2006/2007