ESTUDO COMPARATIVO SOBRE AS AÇÕES DOS GESTORES DE
ESTABELECIMENTOS DE ENSINO ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE
CÁCERES/MT, NAS SITUAÇÕES DE CONFLITO E DE VIOLÊNCIA NO
AMBIENTE ESCOLAR.
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1 Coordenadora do Projeto: Maria do Horto Salles Tiellet
1.2 E-mail da coordenadora: [email protected]
2. ÁREA (S)/LINHA (S) DE PESQUISA ENVOLVIDAS
2.1 Grande Área de Conhecimento(Segundo CNPq): Ciências Humanas
2.2 Área de Conhecimento (Segundo CNPq): Educação
2.3 Sub- Área de Conhecimento (Segundo CNPq): Política Educacional
2.4 Linha de pesquisa envolvida do Programa de Pós-graduação em Educação da
UNEMAT
2.4.1- Linha Formação de Professores, Políticas e Práticas Pedagógicas.
2.5 Linhas de pesquisa envolvidas do Grupo de pesquisa Juventudes, Cultura e
Políticas Públicas
2.5.1- Linha Movimentos Sociais, Políticas e Gestão Educacional;
2.5.2- Linha Pensamento Pedagógico e Trabalho Educativo.
2.6 Portaria e Vigência
Portaria nº 987/2012
Vigencia 01/08/2012 a 01/08/2014
3. RESUMO
Tendo como palco Cáceres com suas características de cidade localizada na fronteira,
pretende-se realizar um estudo comparativo sobre as ações da equipe gestora de escolas
públicas ― estadual e municipal ― em situação de conflito e de violência no ambiente
escolar; planeja-se identificar as variáveis que interferem nas escolhas dos gestores na
resolução dos conflitos, aspira-se mapear as ações tomadas e as dificuldades
encontradas. A pesquisa, de cunho descritivo, com abordagem quanti-qualitativa,
realizar-se-á em escolas do ensino fundamental e os sujeitos pesquisados são os
membros que compõem a equipe diretiva das escolas selecionadas.
4. PALAVRAS-CHAVE: Violência na escola, Conflito, Gestão Escolar, Política
Educacional.
5. EQUIPE
5.1 Pesquisadores
1 – Drª. Maria do Horto Salles Tiellet
Unemat
243883350-53
2 – Ms. José Ferreira da Costa
Unemat
504243000-87
3- Dr.Aparecido de Assis
Unemat
568704771-91
4- Ms. Maria da Penha Fornanciari Unemat
Antunes
352765171-34
Linha Formação de
professores, Políticas e
Práticas Pedagógicas
Linha
Movimentos
Sociais, Políticas e
Gestão Educacional
Linha
Pensamento
Pedagógico e Trabalho
Educativo
Linha
Movimentos
Sociais, Políticas e
Gestão Educacional
5.2 Bolsistas Iniciação Científica/UNEMAT
1 – José Carlos Henrique dos Reis
História
025266631-30
2 – José João Fornanciari Neto
Direito
050981421-21
4- Rauni Vilasbôas Valentim
História
041031541-95
Linha Formação de
professores, Políticas e
Práticas Pedagógicas
Linha
Movimentos
Sociais, Políticas e
Gestão Educacional
Linha
Movimentos
Sociais, Políticas e
Gestão Educacional
6. INTRODUÇÃO
Um número pequeno de estudos relacionam a gestão escolar aos conflitos e à violência.
Destacamos três dissertações que tratam pontualmente sobre essa questão: Gestão,
poder e violência escolar de Nazaré Maria de Albuquerque Hayasida de 2005; Gestão
escolar e violência: um estudo de caso sobre as ações gestoras em situações de
violência, de Ronaldo Figueiredo Venas, de 2008, e o estudo A organização escolar: a
relação entre clima e violências de Adriana Lira da Silva, de 2010. Entre os trabalhos de
doutorado é possível destacar as pesquisas: Clima organizacional: fator de prevenção à
violência escolar de Sônia Lopes Lanzoni e As ações das escolas, através de seus
gestores, no processo de enfrentamento da violência escolar de José Eduardo Costa de
Oliveira, ambos de 2009. Todos os estudos acima citados foram selecionados do Banco
de Teses da Capes de onde também destacamos as pesquisas, que tratam sobre a
violência no contexto mato-grossense, entre elas: a tese de Maria Jacobina da Cruz
Bezerra (2009) e de Naldson Ramos da Costa (2004) e as dissertações de Beatriz Alves
de Castro Soares (2008), Denise Hunsche Klein (2007), Eliana de Lourdes Cândido
(2008), Enjy Riad Danif (2009), Kátia Simone da Rosa Bianchi (2004), Léa Lima Saul
(2004) e Marinete Aparecida Zacharias Rodrigues (2008). Trabalhos que consideramos
importantes na discussão sobre a temática da violência no Estado de Mato Grosso. Não
encontramos teses ou dissertações sobre a temática violência escolar que fizessem
relação gestão escolar e violência.A pesquisa, financiada pela FAPEMAT, intitulada
Conflitos e violências em escolas públicas estaduais em uma região de fronteira,
Cáceres/MT: a percepção dos professores, desenvolvida no período de 2008 a 2010
levou-nos a questionar o papel da gestão escolar junto à problemática da violência, a
partir das seguintes constatações: 1. O corpo técnico pedagógico das escolas estaduais
cacerenses pesquisadas pareceu-nos inseguro quanto ao tratamento que deve ser dado
aos conflitos, se considerarmos as dificuldades observadas em caracterizá-los, somadas
à falta de ações concretas de redução e prevenção dos mesmos no meio escolar oriundas
da Secretaria de Estado de Educação; 2. Constata-se que a localização da escola não
determina a intensidade dos conflitos e da violência, na tipologia dos atos, nas
motivações nem no sentimento de insegurança e medo no interior ou no entorno da
escola, embora a localização deva ser uma variável presente na avaliação e na projeção
das iniciativas de redução e prevenção dos conflitos e da violência no meio escolar. Em
escolas estaduais localizadas em zona central da cidade de Cáceres ocorrem conflitos e
até atos de violência física com maior ou igual intensidade do que nas escolas
localizadas em bairros periféricos, e também foi possível encontrar escolas estaduais
situadas em bairros afastados do centro cidade, onde os conflitos e a violência
encontram-se em níveis inferiores aos de escolas localizadas no centro, assim "acreditase que a gestão deva ser uma variável a ser considerada nos estudos sobre o conflito e a
violência no ambiente escolar? (TIELLET, 2010, p.53).
7. OBJETIVO GERAL
Saber se no enfrentamento dos conflitos e da violência no ambiente escolar, existem
diferenças de atuação entre gestores das escolas públicas estaduais e municipais e
compreender os critérios utilizados pela equipe de gestores das escolas públicas
estaduais e municipais de Cáceres na definição das ações a serem adotadas.
7.1 Objetivos específicos
7.1.1 Categorizar os conflitos e os desregulamentos que ocorrem nos estabelecimentos
públicos de ensino;
7.1.2 Quantificar as manifestações de conflito e de seus desregulamentos que ocorrem
por escola pesquisada;
7.1.3 Conhecer os critérios utilizados pelo gestor das escolas pesquisadas na escolha das
atitudes tomadas no enfrentamento dos conflitos e da violência no meio escolar;
7.1.4 Analisar as atitudes dos professores das instituições de ensino públicas frente aos
conflitos e a violência no ambiente escolar para que possamos discutir propostas e
atitudes para uma cultura de não-violência.
7.1.5 Relacionar as ações pedagógicas, projetos e programas de redução e de prevenção
dos conflitos e da violência desenvolvidos pelas escolas pesquisadas;
7.1.6 Compreender a relação entre as atitudes dos gestores no enfrentamento dos
conflitos e da violência e os motivos que os geram do ponto de vista da equipe gestora;
7.1.7 Saber se é a percepção dos gestores das instituições públicas de ensino sobre a
violência que define os alunos considerados violentos e determina a atuação sobre esses;
7.1.8 Verificar se existe relação entre as iniciativas dos gestores no enfrentamento das
ações de conflito e violência e a localização da escola ou até mesmo do município de
Cáceres;
8. JUSTIFICATIVA
Tendo como palco Cáceres que apresenta entre as cidades mato-grossense
características diferenciadas de outros municípios do Estado, tendo em vista, o fato de
ser uma cidade de fronteira e ser considera a principal rota do tráfico de armas e de
drogas que alimenta grandes centros urbanos do país, o grupo de pesquisa “Juventude,
Cultura e Sociedade” da Unemat desenvolveu duas pesquisas sobre o tema violência em
ambiente escolar, sendo a primeira intitulada “Brincadeiras que humilham:
manifestação de incivilidade”(TIELLET;COSTA, 2007) executada em 2005-2007 com
financiamento da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa e da Extensão (FDPEx) da
Unemat, através da qual foi possível mapear nas escolas as manifestações recorrentes,
apreender a percepção sobre a violência e o pensamento dos discentes sobre a atuação
do corpo técnico pedagógico frente aos conflitos e a violência no inteiro da escola.
A pesquisa seguinte, “Conflitos e violências em escolas públicas estaduais em uma
região de fronteira, Cáceres/MT: a percepção dos professores“ (TIELLET, 2010),
desenvolvida no período de 2008 – 2010,sendo financiada pela FAPEMAT, foi possível
revelar o entendimento dos professores sobre violência e os motivos geradores, cujos
resultados nos pareceu os definidores das ações do corpo técnico pedagógico da escola.
Constatou-se também, que embora sintam-se inseguros frente aos conflitos e a
violência, nos projetos pedagógico não foi constatado ações voltadas especificamente
para tratar do problema. Apenas em três escolas foi observado o desenvolvimento de
projetos executado por ONG e outras intervenções pontuais não permanentes.
Observou-se que os professores comumente têm apontado a família como responsável
pelos problemas relacionados aos conflitos e a violência no meio escolar, sendo que a
solução apontada tem sido a transferência de responsabilidade para agentes externos
como a Delegacia Especializado do Adolescente (DEA); Conselho Tutelar (CT) e até
mesmo a Policia Militar (PM) dependendo da idade do jovem ou do episódio em que se
envolveu. Não há critérios bem definidos pela equipe gestora sobre o tipo de sanção
adotar para cada uma das ação de conflito e de violência na escola. Outras alternativas
usadas pela escola para a redução dos problemas relacionados aos conflitos e a violência
é o “convite” feito ao aluno e a família para procurarem outro estabelecimento de ensino
ou a evangelização e a oração antes do início da aula como ação preventiva. Constatouse que o corpo técnico pedagógico das escolas estaduais pesquisadas se apresentou
inseguro quanto ao tratamento a ser dado aos conflitos, o que se soma a falta de ações
concretas de redução e prevenção dos mesmos no meio escolar oriundas da Secretaria
de Estado de Educação, embora o ambiente escolar cacerense se apresente de forma
diferente de outras localidades do estado. Encontramos na cidade de Cáceres alguns
estabelecimentos de ensino estaduais mais tensos e conflituosos que outros
independente da localização dos mesmos.
Nesse sentido pretendemos ampliar as informações que já possuímos sobre os conflitos
e a violência nas escolas do perímetro urbano do município de Cáceres, nos
concentrando nas soluções dadas pelos gestores as manifestações que ocorrem no
interior da escola, mapeando as ações, identificando as dificuldades encontradas pelos
gestores das escolas frente à problemática dos conflitos e da violência e se essas ações
definem os níveis de conflito ou de violência nas escolas cacerenses independe da
localização das mesmas.
O diagnóstico sobre os conflitos e a violência que ocorre nas escolas públicas do
município de Cáceres, seja do ponto de vista do discente quanto do docente somado ao
estudo proposto sobre a atuação da equipe de gestores possibilitará a identificação dos
atos corriqueiros enfrentados e as soluções encontradas pela equipe gestora da escola, as
dificuldades encontradas na execução de iniciativas de redução e prevenção do conflito
e da violência na escola como também a relação de ações que tiveram resultado e
podem contribuir para a solução de episódios semelhantes em outras escolas.
9.PROBLEMA E HIPOTESE
Qual o papel da gestão na redução e prevenção dos conflitos e da violência no ambiente
escolar? Quais as variáveis que interferem nas escolhas dos gestores na resolução dos
conflitos, e quais são as dificuldades? Existem diferenças de atuação no enfrentamento
dos conflitos e da violência no ambiente escolar entre gestores das escolas públicas
estaduais e municipais?
A percepção sobre violência e os motivos geradores, nos parece definidores das ações
do corpo técnico pedagógico da escola. O corpo técnico pedagógico das escolas
publicas parece-nos inseguro quanto ao tratamento a ser dado aos conflitos pelas
dificuldades de caracterizá-los, somado à falta de ações concretas de redução e
prevenção dos mesmos no meio escolar oriundas da Secretaria de Estado de Educação.
A localização da escola não determina a intensidade dos conflitos e da violência, a
tipologia dos atos, as motivações nem no sentimento de insegurança e medo no interior
ou no entorno da escola, embora a localização deva ser uma variável presente na
avaliação e na projeção das iniciativas de redução e prevenção dos conflitos e da
violência no meio escolar.
10. METODOLOGIA
É descritivo, com abordagem quali-quantitativa, considerando-se que esse tipo de
pesquisa adapta-se melhor à busca pela compreensão da realidade que se pretende
pesquisar. Mesmo em um estudo de cunho qualitativo há a composição do corpus
empírico da pesquisa, isto é, a definição de quantos e quem serão os sujeitos
pesquisados. Assim, o entendimento que se tem para o trabalho em pauta, é a de que os
sujeitos da pesquisa estão reunidos na categoria equipe de gestores constituída pelos
diretores e coordenadores pedagógicos das escolas da rede pública de Cáceres.
Considerando-se que o estudo é de cunho qualitativo, o uso da amostragem estatística
foi descartado, buscando-se nas amostragens não-probabilísticas, definidas por Gil
(2007b),aquela que mais se adeque às necessidades do estudo.
Acredita-se que nesse estudo à amostragem não-probabilística é a que mais se adeque
seja por tipicidade ou intencional. Esse tipo de amostragem “constitui-se em selecionar
um subgrupo da população que, com base nas informações disponíveis, possa a ser
representativo a toda a população” (GIL, 2007b, p.104). E segundo Gil (2007b), requer
considerável conhecimento da população e do subgrupo selecionado.
Utilizou-se, como critério para a escolha dos diretores o porte, a localização, a oferta da
educação fundamental e o número de alunos. Assim, foram adotadas dez das quinze
escolas estaduais, e das 23 escolas da rede municipal também foram selecionadas dez
Para a escolha das 20 escolas públicas considerou-se a distribuição por igual entre as
diferentes dependências administrativas e entre os bairros, abarcando quatro escolas
localizadas no centro da cidade e uma por bairro, atingindo o percentual de 37% dos 43
bairros da cidade ― Bairro Junco, Cidade Nova, Cavalhada I, DNER, Jardim Padre
Paulo, Cidade Alta, São Luiz da Ponte, Cohab Velha, Cohab Nova, Santo Antônio,
Rodeio, Santo Dumont, Vila Nova Era, Vila Nova, Vila Irene, e Vitória Régia. Assim
entendemos que as 20 escolas localizadas em diferentes pontos da cidade poderão
auxiliar a identificar as possíveis variáveis que possam existir na atuação dos gestores, e
os níveis de conflito e violência na escola. As vinte escolas envolverão quarenta
sujeitos, constituindo-se da seguinte forma: serão 20 diretores e 20 coordenadores
pedagógicos ou dois sujeitos por escola.
Em relação aos instrumentos de coleta de dados para atingir os objetivos propostos,
utilizar-se-á: observação, formulario e entrevista. As fontes documentais serão
utilizadas para consulta, levantamento de dados e informações. Utilizaremos somente os
documentos públicos do período de 2007-2012, quer sejam eles: livro de registro ou
outra peça utilizada pela escola para registro das ocorrências de conflito e violência;
documentos oficiais, registros estatísticos, planos de ação, relatórios, decretos,
circulares e termos de cooperação, o projeto pedagógico da escola, contratos, convênios
elaborados no período que se propunham reduzir e prevenir a violência nas escolas.
Utilizar-se-a formulários para a coleta de informações sobre os projetos de prevenção e
redução da violência desenvolvidos nas escolas públicas e o formulário de coleta de
informações dos livros de ocorrência de conflitos e violência. Para a observação,
elaborar-se-á protocolo. Somente a observação e o trabalho junto às fontes documentais
serão realizados por bolsistas de iniciação científica com o acompanhamento e
supervisão de um pesquisador.
Para a entrevista por pauta "o roteiro deve se apoiar nas variáveis e indicadores
considerados essenciais e suficientes para a construção de dados empíricos” (MINAYO,
2005, p.136). A entrevista será executada por pesquisadores, utilizando-se um gravador,
com o consentimento dos informantes.
11.RISCOS
Destaca-se algumas possibilidades como: a negativa dos gestores de participar da
pesquisa e; greve dos professores que pode atrasar a pesquisa.
12.BENEFICIOS
O beneficio será social à medida que diagnosticarmos de que modo os gestores atuam
frente aos conflitos e a violência na escola e apontar intervenções que proporcionem a
redução e a prevenção da violência entre os jovens promovendo a cidadania e não a
exclusão do processo formativo que os façam engrossar no exército de excluídos do
país. E quanto aos impactos científicos apontamos o conjunto de informações que
viabilizam o diagnóstico a respeito da violência que sofre e que exerce a população
jovem, além de alimentar as políticas públicas tanto do ponto de vista educacional
quanto de segurança.
13. METODOLOGIA DE ANÁLISE DE DADOS
Ampliação do conhecimento sobre os conflitos e a violência que ocorrem nos
estabelecimentos públicos de ensino de Cáceres/MT, mediante a realização de
levantamento, em cada escola, dos conflitos e seus desregulamentos atendidos pela
equipe de gestores. Para tanto, utilizar-se-á de fontes documentais (livro de registro das
ocorrências) e de observações realizadas durante período ainda a definir;
Categorização dos conflitos que ocorrem nos estabelecimentos públicos de ensino e
também seus desregulamentos, após sua sistematização;
Quantificação das manifestações de conflito e de seus desregulamento que ocorrem, por
escola pesquisada, utilizando-se registros oficiais da escola, destacando as ações
tomadas e os reincidentes;
Confrontamento das ações pedagógicas, os projetos e os programas de redução e de
prevenção dos conflitos e da violência escolar através de levantamento junto à equipe
gestora da escola, utilizando de fontes documentais (projeto político pedagógico da
escola, documentos, ofícios, contratos, convênio);
Conhecimento dos critérios utilizados pelos gestores das escolas pesquisadas na escolha
das atitudes tomadas no enfrentamento dos conflitos e da violência no meio escolar,
realizando entrevista semi estruturada com os gestores;
Compreensão da relação entre as atitudes dos gestores no enfrentamento dos conflitos e
da violência e os motivos que os geram do ponto de vista da equipe gestora obtida
através de entrevista semi estruturada;
Compreensão da percepção dos gestores das instituições públicas de ensino sobre a
violência que define os alunos considerados violentos e determina a atuação sobre esses,
através de entrevista semi estruturada;
Verificação da existência de relação entre as iniciativas dos gestores no enfrentamento
das ações de conflito e violência e a localização da escola ou até mesmo do município
de Cáceres, informações estas que se poderá obter através de entrevista e de
observações;
Analise das atitudes dos professores das instituições de ensino públicas frente aos
conflitos e a violência no ambiente escolar para que se possa discutir propostas e
atitudes para uma cultura de não-violência, cujas informações devem ser obtidas através
de observações.
Elaboração de uma base de dados sobre os conflitos e a violência nas escolas
cacerenses, com a localização da escola no espaço físico através da elaboração de um
programa (software) específico.
14. RESULTADOS, PRODUTOS, AVANÇOS E APLICAÇÕES ESPERADAS
Propiciar, a partir das informações obtidas em cada estabelecimento de ensino, o
desenvolvimento de ações e projetos tanto da parte da escola quanto das Secretarias de
Educação ―municipal e estadual―, que objetivem inibir manifestações de violência e
promovam o diálogo e a cultura da paz como fatores apontados e reconhecidos pela
UNESCO, definidos em Resolução 53/25 onde reza que a educação para a paz e a nãoviolência deve abordar e transmitir às crianças e aos adolescentes o respeito pelo outro,
a dignidade e os valores democráticos.
O estudo proposto deve ampliar as investigações já realizadas ou que estão em
andamento sobre a juventude, a violência e os conflitos nas escolas cacerenses. Como
deve também desenvolver e contribuir com a iniciação científica dos acadêmicos da
Universidade do Estado de Mato Grosso. Nessa pesquisa, em particular, ampliamos o
lócus de estudo incluindo as escolas da rede municipal o que possibilita a ampliação do
diagnóstico sobre os conflitos e a violência no ambiente escolar na cidade de Cáceres e
pontualmente sobre as iniciativas dos gestores frente a essa problemática.
Constituir-se-á um banco de dados acerca dos conflitos e das violências, sobre as
iniciativas de enfrentamento promovidas pelas escolas pesquisadas e a localização dos
estabelecimentos de ensino por bairro.
Elaboração de propostas para política pública municipal de redução e prevenção dos
conflitos e da violência nas escolas do município de Cáceres.
15. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Identificação da Etapa
Inicio (dd/mm/aaaa)
Término (dd/mm/aaaa)
Contato e consulta a comunidade
escolar e aos sujeitos da pesquisa
para explicar os objetivos e os
Termos (TAP; TCLE).
26/02/2013
15/03/2013
Categorizar os conflitos e os
desregulamentos que ocorrem nos
estabelecimentos públicos de ensino
(observação)
18/03/2013
18/04/2013
Quantificar as manifestações de
conflito e de seus desregulamentos
que ocorrem por escola pesquisada
19/04/2013
17/05/2013
Relacionar as ações de conflito e de
violência registradas no livro de
ocorrência das escolas e as ações
propostas pelos diretores e/ou
coordenadores pedagógicos do
período de 2007 a 2012
(Formulários).
18/03/2013
19/05/2014
Relacionar as ações pedagógicas,
projetos e programas de redução e de
prevenção dos conflitos e da
violência desenvolvidos pelas
escolas pesquisadas do período de
2007 a 2012 (Formulärios)
18/03/2013
20/05/2013
Saber se é a percepção dos gestores
das instituições públicas de ensino
sobre a violência que define os
alunos considerados violentos e
determina a atuação sobre esses
(Entrevista).
03/06/2013
30/09/2013
Conhecer os critérios utilizados pelo
gestor das escolas pesquisadas na
escolha das atitudes tomadas no
enfrentamento dos conflitos e da
violência no meio escolar
(Entrevista)
03/06/2013
30/09/2013
Analisar as atitudes dos professores
das instituições de ensino públicas
frente aos conflitos e a violência no
ambiente escolar para que possamos
discutir propostas e atitudes para
uma cultura de não-violência
01/10/2013
03/02/2014
Compreender a relação entre as
atitudes dos gestores no
enfrentamento dos conflitos e da
violência e os motivos que os geram
04/02/2014
04/06/2014
Identificação da Etapa
Inicio (dd/mm/aaaa)
Término (dd/mm/aaaa)
06/06/2014
01/08/2014
do ponto de vista da equipe gestora
Relatório Final
16. EXISTÊNCIA DE FINANCIAMENTO DE OUTRAS FONTES
O projeto conta com o apoio do Centro de Pesquisa em Ciências Humana - CPECH, da
Universidade do Estado de Mato Grosso que disponibilizará, 4 gravadores, 1 notebook,
2 computadores, mobiliário e o espaço físico para a realização das atividades ( estudos,
reuniões, orientações) do grupo de pesquisadores envolvidos, lugar onde é guardado
(arquivos e armários) os dados coletados (cópia de documentos e das transcrições das
entrevistas) assim como a bibliografia utilizada (estante), e onde instala-se o banco de
dados. Financiamento de 3 bolsistas (2 pelo PROBIC1 e 1 pela FAPEMAT2).
16.1 Detalhamento do Orçamento
Identificação do Orçamento
Tipo
Valor em Reais (R$)
3 bolsistas de Iniciação Científica
Bolsas
15.000,00
1000l combustível (Gasolina); 50
pacotes papel A4; 10 tinta para
impressora
Custeio
4.980,00
4 gravadores, 200 livros,1
notebook,1 impressora,4
computadores, mobiliários
Capital
19.434,70
Total em Reais (R$):
39.414,70
17. BIBLIOGRAFIA
BEZERRA, Maria Jacobina da Cruz. A violência na escola e estratégias de prevenção
e redução: a necessária interlocução dos saberes. 2009. 301p. Tese (Doutorado em
Serviço Social). Pós-graduação em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul. RS. 2009.
BIANCHI, Kátia Simone da Rosa. A Violência e suas Representações Sociais: um
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(Mestrado em Educação) Pós Graduação da Universidade Federal de Mato Grosso. MT.
2004.
1
2
Programa de Bolsa de Iniciação Científica/UNEMAT
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso
CANDIDO, Eliana de Lourdes Violência: a voz de professores e funcionários de uma
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pesquisa Qualitativa:enfoques epistemológicos e metodológicos.petrópolis.
RJ:Vozes,2010, p.295-316.
COSTA, Naldson Ramos da. Violência policial, segurança pública e práticas
civilizatórias no Mato Grosso. 2004. 397p. Tese (Doutorado em Sociologia). Pósgraduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. RS. 2004.
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DUARTE,Ana lídia Silva. Violência na escola: a ação dos gestores diante do
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209p. Dissertação (Mestrado em Educação), Pós Graduação da Universidade do
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(Mestrado em Educação) Pós Graduação da Universidade Federal de Mato Grosso. MT.
2007.
LANZONI, Sonia Lopes. Clima organizacional: fator de prevenção à violência
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Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita. Araraguara. SP. 2009.
MINAYO, Maria Cecília; ASSIS, Simone Gonçalves; SOUZA, Edinilsa Ramos de.
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SAUL, Léa Lima. As faces da violência: um estudo das Representações Sociais de
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2010. 204p Dissertação (Mestrado em Educação). Pós Graduação da Universidade
Católica de Brasília. DF. 2010.
TIELLET, Maria do Horto Salles; COSTA, José Ferreira.Brincadeiras que
Humilham: manifestações de incivilidade,2005.UNEMAT-MT, Departamento
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TIELLET, Maria do Horto Salles. Conflitos e violências em escolas públicas
estaduais em uma região de fronteira, Cáceres/MT: a percepção dos professores.
2010. UNEMAT-MT, Departamento Pedagogia, Campus Cáceres, Relatório de
Pesquisa, nov.2010
VENAS, Ronaldo Figueiredo. Gestão escolar e violência: um estudo de caso sobre as
ações gestoras em situações de violência. 2008. 172p. Dissertação (Mestrado em
Educação). Pós Graduação da Universidade Federal da Bahia. BA. 2008.
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estudo comparativo sobre as ações dos gestores de