Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Metodologia da Pesquisa e
Elaboração de Dissertação
4a edição revisada e atualizada
Edna Lúcia da Silva
Estera Muszkat Menezes
Florianópolis
2005
Ficha Catalográfica
(Catalogação na fonte pelo Departamento de Ciência da Informação da UFSC)
S586m
Silva, Edna Lúcia da
Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação/Edna
Lúcia da Silva, Estera Muszkat Menezes. – 4. ed. rev. atual.
– Florianópolis: UFSC, 2005.
138p.
1. Pesquisa – Metodologia. I. Menezes, Estera Muszkat.
II. Título
CDU: 001.8
Sumário
Apresentação .......................................................................................................... 9
O Pesquisador e a Comunicação Científica ..................................................... 13
A Pesquisa e suas Classificações ...................................................................... 19
Métodos Científicos.............................................................................................. 25
As Etapas da Pesquisa ........................................................................................ 29
Revisão de Literatura ........................................................................................... 37
Como Levantar Informações para Realizar Pesquisas em Engenharia de
Produção? ............................................................................................................. 45
Leitura, Fichamento, Resumo, Citações e Referências.................................... 65
Problema e Hipóteses de Pesquisa ................................................................... 83
O Projeto de Pesquisa (dissertação ou tese) .................................................... 91
Elaboração e Apresentação do Relatório de Pesquisa (dissertação/tese) .. 97
Como Apresentar Graficamente seu Relatório de Pesquisa (dissertação ou
tese)...................................................................................................................... 103
Como Elaborar Artigos para Publicação? ....................................................... 121
Referências.......................................................................................................... 127
Apêndice A - Relação de Títulos de Periódicos da Engenharia de Produção
disponíveis no Portal Capes............................................................................. 129
Apresentação
“Curiosidade, criatividade, disciplina e especialmente paixão são algumas exigências para o desenvolvimento de um trabalho criterioso, baseado no confronto permanente entre o desejo e a realidade.”
Mirian Goldenberg
A Metodologia tem como função mostrar a você como andar no
“caminho das pedras” da pesquisa, ajudá-lo a refletir e instigar um novo olhar sobre o mundo: um olhar curioso, indagador e criativo.
A elaboração de um projeto de pesquisa e o desenvolvimento
da própria pesquisa, seja ela uma dissertação ou tese, necessitam, para que seus resultados sejam satisfatórios, estar baseados em planejamento cuidadoso, reflexões conceituais sólidas e alicerçados em conhecimentos já existentes.
Pesquisar é um trabalho que envolve um planejamento análogo ao de um cozinheiro. Ao preparar um prato, o cozinheiro
precisa saber o que ele quer fazer, obter os ingredientes, assegurar-se de que possui os utensílios necessários e cumprir as
etapas requeridas no processo. Um prato será saboroso na
medida do envolvimento do cozinheiro com o ato de cozinhar e
de suas habilidades técnicas na cozinha. O sucesso de uma
pesquisa também dependerá do procedimento seguido, do seu
envolvimento com a pesquisa e de sua habilidade em escolher
o caminho para atingir os objetivos da pesquisa.
A pesquisa é um trabalho em processo não totalmente controlável ou previsível. Adotar uma metodologia significa escolher
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um caminho, um percurso global do espírito. O percurso,
muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa. Precisamos, então, não somente de regras e sim de muita criatividade
e imaginação.
Esta publicação Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação visa fornecer para você informações básicas de metodologia da pesquisa servindo de guia à elaboração do projeto e
da dissertação de mestrado e da tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina. Descreve princípios teóricos
e fornece orientações práticas que ajudarão você a aprender a
pensar criticamente, ter disciplina, escrever e apresentar trabalhos conforme padrões metodológicos e acadêmicos.
Está estruturada da seguinte forma:
l
O Pesquisador e a Comunicação Científica
Descreve os processos de comunicação na pesquisa científica
e tecnológica dando ênfase aos canais de comunicação usados
pelo pesquisador.
2
A Pesquisa e suas Classificações
Apresenta as definições de pesquisa, as formas clássicas de
sua classificação e as etapas de um planejamento de pesquisa.
3
Métodos Científicos
Identifica como se processam as operações mentais no processo de pesquisa científica. Mostra como é a abordagem científica pelos métodos: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico.
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As Etapas da Pesquisa
Sistematiza o processo de pesquisa em etapas e mostra os
procedimentos que precisam ser adotados em cada uma delas.
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5
Revisão de Literatura
Identifica os passos para a elaboração da revisão de literatura
e os procedimentos que devem ser adotados em cada etapa.
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Como Levantar Informações para Realizar
Pesquisas em Engenharia de Produção?
Identifica as fontes disponíveis para pesquisa em Engenharia
de Produção e mostra as possibilidades oferecidas pelas fontes
digitais, fontes impressas em papel e como localizar os materiais necessários à pesquisa.
7
Leitura, Fichamento, Resumo, Citações e Referências
Fornece elementos para que se faça leituras proveitosas e sínteses que facilitem o processo de análise dos textos. Mostra
como devem ser as citações e as referências dos textos nos
moldes da ABNT.
8
Problema e Hipóteses de Pesquisa
Define problema e hipóteses de pesquisa. Identifica parâmetros à formulação do problema e da(s) hipótese(s).
9
O Projeto de Pesquisa (Dissertação ou Tese)
Define o esquema de um Projeto de Pesquisa. Orienta quanto
ao conteúdo de todos os tópicos do projeto.
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Elaboração e Apresentação do Relatório de Pesquisa
(Dissertação ou Tese)
Orienta quanto à forma e ao conteúdo dos elementos que
constituem o relatório de pesquisa. Mostra os tópicos que devem aparecer na dissertação ou tese.
12
11
Como Apresentar Graficamente seu Relatório de Pesquisa
(Dissertação ou Tese)?
Identifica como as normas da ABNT devem ser aplicadas na
apresentação gráfica do relatório de pesquisa.
12
Como Elaborar Artigos para Publicação?
Define, segundo a ABNT, a estrutura de um artigo. Mostra o
conteúdo de cada um dos elementos pré-textuais, textuais e
pós-textuais.
Edna Lúcia da Silva e Estera Muszkat Menezes
Professoras do Departamento de Ciência da Informação da UFSC
O Pesquisador e a
Comunicação Científica
Descrever o processo de comunicação na pesquisa científica e tecnológica;
identificar e descrever os canais de comunicação usados pelos pesquisadores;
apontar as qualidades de um bom pesquisador.
INTRODUÇÃO
Hoje se reconhece que a ciência e a tecnologia se viabilizam
por meio de um processo de construção do conhecimento e
que esse processo flui na esfera da comunicação.
Garvey (1979), um autor clássico da área de Sociologia da Ciência, incluiu no processo de Comunicação Científica “as atividades associadas com a produção, disseminação e uso da
informação, desde a hora em que o cientista teve a idéia da
pesquisa até o momento em que os resultados de seu trabalho
são aceitos como parte integrante do conhecimento científico”.
O SISTEMA DE COMUNICAÇÃO NA CIÊNCIA
O sistema de comunicação na ciência, estudado por Garvey,
apresenta dois tipos de canais de comunicação dotados de diferentes funções. O canal informal de comunicação, que representa a parte do processo invisível ao público, está caracterizado por contatos pessoais, conversas telefônicas, corres-
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pondências, cartas, pré-prints e assemelhados. O canal formal,
que é a parte visível (pública) do sistema de comunicação científica está representado pela informação publicada em forma de artigos de periódicos, livros, comunicações escritas em
encontros científicos, etc.
CANAIS INFORMAIS
Nos canais informais o processo de comunicação é ágil e seletivo. A informação circulada tende a ser mais atual e ter maior
probabilidade de relevância, porque é obtida pela interação
efetiva entre os pesquisadores. Os canais informais não são
oficiais nem controlados e são usados geralmente entre dois
indivíduos ou para a comunicação em pequenos grupos para
fazer disseminação seletiva do conhecimento.
CANAIS FORMAIS
Nos canais formais o processo de comunicação é lento, mas
necessário para a memória e a difusão de informações para o
público em geral. Os canais formais são oficiais, públicos e
controlados por uma organização. Destinam-se a transferir
informações a uma comunidade, não a um indivíduo, e tornam público o conhecimento produzido. Os canais formais são
permanentes, as informações que veiculam são registradas em
um suporte e assim tornam-se mais acessíveis.
FUNÇÃO DOS CANAIS INFORMAIS
Os canais informais, por meio do contato face a face ou mediados por um computador, são fundamentais aos pesquisadores pela oportunidade proporcionada para troca de idéias, discussão e feedbacks com os pares.
O trabalho publicado nos canais formais, de certa forma, já foi
filtrado via canais informais. Os contatos informais mantidos
com os pares pelos pesquisadores foram chamados por Price
(1979) de colégios invisíveis; Crane (1972) e Kadushin (1976)
denominaram de círculos sociais e, mais recentemente, Latour
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(1994) denominou de redes científicas. Latour incorporou às
redes científicas a idéia de que estas não visam propriamente
à troca de informações; representam um esquema operacional
para construção do conhecimento e nesse esquema estão incluídos os híbridos, elementos não-humanos, representados
pelos equipamentos e toda a parafernália de produtos e serviços necessários à produção da ciência e da tecnologia.
Atualmente, com o advento da Internet, as listas de discussão
representam um canal informal semelhante aos colégios invisíveis e os círculos sociais dos tempos passados. As listas de
discussão permitem a criação de comunidades virtuais onde
pessoas que possuem interesses comuns discutem, trocam
informações por meio de um processo comunicacional instantâneo, ágil e, portanto, sem barreiras de tempo e espaço. A
Internet amplia as possibilidades de troca de informação na
medida em que permite ao pesquisador compartilhar e interagir com a inteligência coletiva (LEVY, 1998).
FUNÇÃO DOS CANAIS FORMAIS
Os canais formais, por intermédio das publicações, são fundamentais aos pesquisadores porque permitem comunicar seus
resultados de pesquisa, estabelecer a prioridade para suas descobertas, obter o reconhecimento de seus pares e, com isso,
aumentar sua credibilidade no meio técnico ou acadêmico.
DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE
CANAIS FORMAIS E INFORMAIS
Antes de chegarem a ser publicados os resultados de uma
pesquisa, a informação percorre um longo caminho nesta passagem do domínio informal para o formal. Vale dizer que este
processo não é estanque ou linear e que os avanços tecnológicos e as redes de comunicação têm feito com que as duas
formas de comunicação estejam se sobrepondo e têm tornado
tênues as fronteiras entre os dois domínios da comunicação
(informal e formal).
No quadro a seguir foram sintetizadas por Le Coadic (1996) as
principais diferenças entre os elementos formais e informais
da comunicação científica:
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Diferenças entre os Elementos Formais
e Informais da Comunicação Científica
Comunicação formal
Pública.
Informação armazenada de forma permanente, recuperável.
Informação relativamente velha.
Informação comprovada.
Disseminação uniforme.
Redundância moderada.
Ausência de interação direta.
Comunicação informal
Privada.
Informação não-armazenada,
não-recuperável.
Informação recente.
Informação não-comprovada.
Direção do fluxo escolhida pelo produtor.
Redundância às vezes muito importante.
Interação direta
Fonte: LE COADIC, Y-F. A ciência da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1996.
A freqüência e o uso de um canal informal ou formal são determinados por sua acessibilidade.
O TRABALHO CIENTÍFICO E SUA AVALIAÇÃO
O trabalho científico, propriamente dito, é avaliado, segundo
Demo (1991), pela sua qualidade política e pela sua qualidade
formal. Qualidade política refere-se fundamentalmente aos
conteúdos, aos fins e à substância do trabalho científico. Qualidade formal diz respeito aos meios e formas usados na produção do trabalho. Refere-se ao domínio de técnicas de coleta
e interpretação de dados, manipulação de fontes de informação, conhecimento demonstrado na apresentação do referencial teórico e apresentação escrita ou oral em conformidade
com os ritos acadêmicos.
O PESQUISADOR E SUAS QUALIFICAÇÕES
Alguns atributos pessoais são desejáveis para você ser um bom
pesquisador. Para Gil (1999), um bom pesquisador precisa, além do conhecimento do assunto, ter curiosidade, criatividade,
integridade intelectual e sensibilidade social. São igualmente
importantes: a humildade para ter atitude autocorretiva, a imaginação disciplinada, a perseverança, a paciência e a confiança na experiência.
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Atualmente, o sucesso de um pesquisador está vinculado, cada vez mais, a sua capacidade de captar recursos, enredar
pessoas para trabalhar em sua equipe e fazer alianças que
proporcionem a tecnologia e os equipamentos necessários para o desenvolvimento de sua pesquisa. Quanto maior for o seu
prestígio e reconhecimento, obtido pelas suas publicações,
maior será o seu poder de persuasão e sedução no processo
de fazer aliados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tanto os canais formais quanto os informais são importantes
no processo de construção do conhecimento científico e tecnológico. Os canais informais cumprem suas funções como meio
de disseminação de informação entre você e seus pares, e os
canais formais são responsáveis pela comunicação oficial dos
resultados de uma pesquisa. A publicação proporciona o controle de qualidade de uma área, confere reconhecimento da
prioridade ao autor e possibilita a preservação do conhecimento. Na verdade você, estando em atividade de pesquisa, participa de um processo permanente de transações e mediações
comunicativas.
A Pesquisa e suas Classificações
Definir o que é pesquisa;
mostrar as formas clássicas de classificação das pesquisas;
identificar as etapas de um planejamento de pesquisa.
INTRODUÇÃO
O que é pesquisa? Esta pergunta pode ser respondida de muitas formas.
Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas
para indagações propostas.
Minayo (1993, p.23), vendo por um prisma mais filosófico,
considera a pesquisa como “atividade básica das ciências na
sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e
uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade
de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota,
fazendo uma combinação particular entre teoria e dados”.
Demo (1996, p.34) insere a pesquisa como atividade cotidiana
considerando-a como uma atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na
realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em
sentido teórico e prático”.
Para Gil (1999, p.42), a pesquisa tem um caráter pragmático,
é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do
método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é des-
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cobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.
Pesquisa é um conjunto de ações, propostas para encontrar a
solução para um problema, que têm por base procedimentos
racionais e sistemáticos. A pesquisa é realizada quando se tem
um problema e não se têm informações para solucioná-lo.
CLASSIFICAÇÕES DAS PESQUISAS
Existem várias formas de classificar as pesquisas. As formas
clássicas de classificação serão apresentadas a seguir:
Do ponto de vista da sua natureza, pode ser:
Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis
para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista.
Envolve verdades e interesses universais.
Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema pode ser:
Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de
recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média,
moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação,
análise de regressão, etc.).
Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito
que não pode ser traduzido em números. A interpretação
dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte
direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar
seus dados indutivamente. O processo e seu significado são
os focos principais de abordagem.
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Do ponto de vista de seus objetivos (GIL, 1991) pode ser:
Pesquisa Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a
construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas
com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de
Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.
Pesquisa Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de Levantamento.
Pesquisa Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos.
aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a
razão, o “porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências
naturais, requer o uso do método experimental, e nas ciências sociais requer o uso do método observacional. Assume,
em geral, a formas de Pesquisa Experimental e Pesquisa
Expost-facto.
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos (GIL, 1991), pode ser:
Pesquisa Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado
na Internet.
Pesquisa Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento analítico.
Pesquisa Experimental: quando se determina um objeto de
estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto.
Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação
direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.
Estudo de caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se permita o
seu amplo e detalhado conhecimento.
Pesquisa Expost-Facto: quando o “experimento” se realiza
depois dos fatos.
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Pesquisa-Ação: quando concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
Pesquisa Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas.
O PLANEJAMENTO DA PESQUISA
Pesquisa é a construção de conhecimento original de acordo
com certas exigências científicas. Para que seu estudo seja
considerado científico você deve obedecer aos critérios de coerência, consistência, originalidade e objetivação. Para a realização de uma pesquisa científica, segundo Goldemberg (1999,
p.106), é imprescindível:
“a) a existência de uma pergunta que se deseja responder;
b) a elaboração de um conjunto de passos que permitam
chegar à resposta;
c) a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida”.
O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de
três fases:
fase decisória: referente à escolha do tema, à definição e à
delimitação do problema de pesquisa;
fase construtiva: referente à construção de um plano de
pesquisa e à execução da pesquisa propriamente dita;
fase redacional: referente à análise dos dados e informações
obtidas na fase construtiva. É a organização das idéias de
forma sistematizada visando à elaboração do relatório final.
A apresentação do relatório de pesquisa deverá obedecer às
formalidades requeridas pela Academia.
As etapas envolvidas no planejamento de uma pesquisa estão
detalhadamente abordadas no capítulo 4.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pesquisa científica seria, portanto, a realização concreta de
uma investigação planejada e desenvolvida de acordo com as
normas consagradas pela metodologia científica. Metodologia
científica aqui entendida como um conjunto de etapas ordenadamente dispostas que você deve vencer na investigação de
um fenômeno. Nessas etapas estão incluídos desde a escolha
do tema, o planejamento da investigação, o desenvolvimento
metodológico, a coleta e a tabulação de dados, a análise dos
resultados, a elaboração das conclusões e até a divulgação de
resultados.
Os tipos de pesquisa apresentados nas diversas classificações
não são estanques. Uma mesma pesquisa pode estar, ao
mesmo tempo, enquadrada em várias classificações, desde
que obedeça aos requisitos inerentes a cada tipo.
Realizar uma pesquisa com rigor científico pressupõe que você
escolha um tema e defina um problema para ser investigado,
elabore um plano de trabalho e, após a execução operacional
desse plano, escreva um relatório final e este seja apresentado
de forma planejada, ordenada, lógica e conclusiva.
Métodos Científicos
Mostrar os métodos que proporcionam
as bases lógicas à investigação científica.
INTRODUÇÃO
A investigação científica depende de um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos” (GIL, 1999, p.26) para que
seus objetivos sejam atingidos: os métodos científicos.
Método científico é o conjunto de processos ou operações
mentais que se devem empregar na investigação. É a linha de
raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os métodos que
fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico (GIL,
1999; LAKATOS; MARCONI, 1993).
De forma breve veja a seguir em que bases lógicas tais métodos estão pautados.
MÉTODO DEDUTIVO
Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e
Leibniz que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o objetivo
de explicar o conteúdo das premissas. Por intermédio de uma
cadeia de raciocínio em ordem descendente, de análise do ge-
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ral para o particular, chega a uma conclusão. Usa o silogismo,
construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar
uma terceira logicamente decorrente das duas primeiras, denominada de conclusão (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI,
1993). Veja um clássico exemplo de raciocínio dedutivo:
Exemplo:
Todo homem é mortal. ........................................... (premissa maior)
Pedro é homem. ..................................................... (premissa menor)
Logo, Pedro é mortal. ............................................. (conclusão)
MÉTODO INDUTIVO
Método proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, não levando em conta princípios preestabelecidos. No
raciocínio indutivo a generalização deriva de observações de
casos da realidade concreta. As constatações particulares levam à elaboração de generalizações (GIL, 1999; LAKATOS;
MARCONI, 1993). Veja um clássico exemplo de raciocínio indutivo:
Exemplo:
Antônio é mortal.
João é mortal.
Paulo é mortal.
...
Carlos é mortal.
Ora, Antônio, João, Paulo... e Carlos são homens.
Logo, (todos) os homens são mortais.
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MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
Proposto por Popper, consiste na adoção da seguinte linha de
raciocínio: “quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o problema. Para tentar explicar a dificuldades
expressas no problema, são formuladas conjecturas ou hipóteses. Das hipóteses formuladas, deduzem-se conseqüências que
deverão ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as conseqüências deduzidas das hipóteses. Enquanto no
método dedutivo se procura a todo custo confirmar a hipótese,
no método hipotético-dedutivo, ao contrário, procuram-se evidências empíricas para derrubá-la” (GIL, 1999, p.30).
MÉTODO DIALÉTICO
Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na qual as
contradições se transcendem dando origem a novas contradições que passam a requerer solução. É um método de interpretação dinâmica e totalizante da realidade. Considera que os
fatos não podem ser considerados fora de um contexto social,
político, econômico, etc. Empregado em pesquisa qualitativa
(GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993).
MÉTODO FENOMENOLÓGICO
Preconizado por Husserl, o método fenomenológico não é dedutivo nem indutivo. Preocupa-se com a descrição direta da
experiência tal como ela é. A realidade é construída socialmente e entendida como o compreendido, o interpretado, o
comunicado. Então, a realidade não é única: existem tantas
quantas forem as suas interpretações e comunicações. O sujeito/ator é reconhecidamente importante no processo de
construção do conhecimento (GIL, 1999; TRIVIÑOS, 1992).
Empregado em pesquisa qualitativa.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na era do caos, do indeterminismo e da incerteza, os métodos
científicos andam com seu prestígio abalado. Apesar da sua
reconhecida importância, hoje, mais do que nunca, se percebe
que a ciência não é fruto de um roteiro de criação totalmente
previsível. Portanto, não há apenas uma maneira de raciocínio
capaz de dar conta do complexo mundo das investigações científicas. O ideal seria você empregar métodos, e não um método
em particular, que ampliem as possibilidades de análise e obtenção de respostas para o problema proposto na pesquisa.
Para maior aprofundamento desta matéria consulte a bibliografia indicada nas fontes ao final desta publicação (FEYERABEND, 1989; POPPER, 1993).
As Etapas da Pesquisa
Identificar as etapas da pesquisa;
planejar uma pesquisa.
INTRODUÇÃO
A pesquisa é um procedimento reflexivo e crítico de busca de
respostas para problemas ainda não solucionados.
O planejamento e a execução de uma pesquisa fazem parte de
um processo sistematizado que compreende etapas que podem ser detalhadas da seguinte forma:
1) escolha do tema;
2) revisão de literatura;
3) justificativa;
4) formulação do problema;
5) determinação de objetivos;
6) metodologia;
7) coleta de dados;
8) tabulação de dados;
9) análise e discussão dos resultados;
10) conclusão da análise dos resultados;
11) redação e apresentação do trabalho científico
(dissertação ou tese).
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AS ETAPAS DA PESQUISA
1 Escolha do Tema
Nesta etapa você deverá responder à pergunta: “O que pretendo abordar?” O tema é um aspecto ou uma área de interesse
de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. Escolher
um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida.
A definição do tema pode surgir com base na sua observação
do cotidiano, na vida profissional, em programas de pesquisa,
em contato e relacionamento com especialistas, no feedback
de pesquisas já realizadas e em estudo da literatura especializada (BARROS; LEHFELD, 1999).
A escolha do tema de uma pesquisa, em um Curso de PósGraduação, está relacionada à linha de pesquisa à qual você
está vinculado ou à linha de seu orientador.
Você deverá levar em conta, para a escolha do tema, sua atualidade e relevância, seu conhecimento a respeito, sua preferência e sua aptidão pessoal para lidar com o tema escolhido.
Definido isso, você irá levantar e analisar a literatura já publicada sobre o tema.
2 Revisão de Literatura
Nesta fase você deverá responder às seguintes questões: quem
já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto, que aspectos já foram abordados, quais as lacunas existentes na literatura. Pode objetivar determinar o “estado da arte”, ser
uma revisão teórica, ser uma revisão empírica ou ainda ser
uma revisão histórica.
A revisão de literatura é fundamental, porque fornecerá elementos para você evitar a duplicação de pesquisas sobre o
mesmo enfoque do tema. Favorecerá a definição de contornos
mais precisos do problema a ser estudado (veja o capítulo 5,
que abordará especialmente a Revisão de Literatura).
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3 Justificativa
Nesta etapa você irá refletir sobre “o porquê” da realização da
pesquisa procurando identificar as razões da preferência pelo
tema escolhido e sua importância em relação a outros temas.
Pergunte a você mesmo: o tema é relevante e, se é, por quê?
Quais os pontos positivos que você percebe na abordagem
proposta? Que vantagens e benefícios você pressupõe que sua
pesquisa irá proporcionar? A justificativa deverá convencer
quem for ler o projeto, com relação à importância e à relevância da pesquisa proposta.
4 Formulação do Problema
Nesta etapa você irá refletir sobre o problema que pretende
resolver na pesquisa, se é realmente um problema e se vale a
pena tentar encontrar uma solução para ele. A pesquisa científica depende da formulação adequada do problema, isto porque objetiva buscar sua solução (veja o capítulo 8, que abordará especialmente o Problema de Pesquisa).
5 Determinação dos Objetivos: Geral e Específicos
Nesta etapa você pensará a respeito de sua intenção ao propor
a pesquisa. Deverá sintetizar o que pretende alcançar com a
pesquisa. Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema proposto. O objetivo geral será a síntese do
que se pretende alcançar, e os objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão desdobramentos do objetivo geral. Os
objetivos informarão para que você está propondo a pesquisa,
isto é, quais os resultados que pretende alcançar ou qual a
contribuição que sua pesquisa irá efetivamente proporcionar.
Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo no
infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível de mensuração. Como exemplos de verbos usados na formulação dos
objetivos, podem-se citar para:
determinar estágio cognitivo de conhecimento: os verbos apontar, arrolar, definir, enunciar, inscrever, registrar, relatar, repetir, sublinhar e nomear;
determinar estágio cognitivo de compreensão: os verbos
descrever, discutir, esclarecer, examinar, explicar, expressar, identificar, localizar, traduzir e transcrever;
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determinar estágio cognitivo de aplicação: os verbos aplicar,
demonstrar, empregar, ilustrar, interpretar, inventariar, manipular, praticar, traçar e usar;
determinar estágio cognitivo de análise: os verbos analisar,
classificar, comparar, constatar, criticar, debater, diferenciar,
distinguir, examinar, provar, investigar e experimentar;
determinar estágio cognitivo de síntese: os verbos articular,
compor, constituir, coordenar, reunir, organizar e esquematizar;
determinar estágio cognitivo de avaliação: os verbos apreciar, avaliar, eliminar, escolher, estimar, julgar, preferir, selecionar, validar e valorizar.
6 METODOLOGIA
Nesta etapa você irá definir onde e como será realizada a pesquisa. Definirá o tipo de pesquisa, a população (universo da pesquisa), a amostragem, os instrumentos de coleta de dados e a forma
como pretende tabular e analisar seus dados.
População (ou universo da pesquisa) é a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características definidas para
um determinado estudo. Amostra é parte da população ou do
universo, selecionada de acordo com uma regra ou plana. A
amostra pode ser probabilística e não-probabilística.
Amostras não-probabilísticas podem ser:
amostras acidentais: compostas por acaso, com pessoas que
vão aparecendo;
amostras por quotas: diversos elementos constantes da população/universo, na mesma proporção;
amostras intencionais: escolhidos casos para a amostra que
representem o “bom julgamento” da população/universo.
Amostras probabilísticas são compostas por sorteio e podem ser:
amostras casuais simples: cada elemento da população tem
oportunidade igual de ser incluído na amostra;
amostras casuais estratificadas: cada estrato, definido previamente, estará representado na amostra;
amostras por agrupamento: reunião de amostras representativas de uma população.
33
Para definição das amostras recomenda-se a aplicação de técnicas estatísticas. Barbetta (1999) fornece uma abordagem
muito didática referente à delimitação de amostras e ao emprego da estatística em pesquisas.
A definição do instrumento de coleta de dados dependerá dos
objetivos que se pretende alcançar com a pesquisa e do universo a ser investigado. Os instrumentos de coleta de dados
tradicionais são:
Observação: quando se utilizam os sentidos na obtenção
de dados de determinados aspectos da realidade. A observação pode ser:
observação assistemática: não tem planejamento e
controle previamente elaborados;
observação sistemática: tem planejamento, realiza-se
em condições controladas para responder aos propósitos preestabelecidos;
observação não-participante: o pesquisador presencia o
fato, mas não participa;
observação individual: realizada por um pesquisador;
observação em equipe: feita por um grupo de pessoas;
observação na vida real: registro de dados à medida
que ocorrem;
observação em laboratório: onde tudo é controlado.
Entrevista: é a obtenção de informações de um entrevistado, sobre determinado assunto ou problema. A entrevista pode ser:
padronizada ou estruturada: roteiro previamente estabelecido;
despadronizada ou não-estruturada: não existe rigidez
de roteiro. Pode-se explorar mais amplamente algumas
questões.
Questionário: é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e estar
acompanhado de instruções As instruções devem esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do informante e facilitar o preenchimento.
34
As perguntas do questionário podem ser:
abertas: “Qual é a sua opinião?”;
fechadas: duas escolhas: sim ou não;
de múltiplas escolhas: fechadas com uma série de respostas possíveis.
Young e Lundberg (apud PESSOA, 1998) fizeram uma série de recomendações úteis à construção de um questionário. Entre elas destacam-se:
o questionário deverá ser construído em blocos temáticos obedecendo a uma ordem lógica na elaboração das
perguntas;
a redação das perguntas deverá ser feita em linguagem
compreensível ao informante. A linguagem deverá ser
acessível ao entendimento da média da população estudada. A formulação das perguntas deverá evitar a
possibilidade de interpretação dúbia, sugerir ou induzir a resposta;
cada pergunta deverá focar apenas uma questão para
ser analisada pelo informante;
o questionário deverá conter apenas as perguntas relacionadas aos objetivos da pesquisa. Devem ser evitadas
perguntas que, de antemão, já se sabe que não serão
respondidas com honestidade.
Formulário: é uma coleção de questões e anotadas por
um entrevistador numa situação face a face com a outra
pessoa (o informante).
O instrumento de coleta de dados escolhido deverá proporcionar uma interação efetiva entre você, o informante e a pesquisa
que está sendo realizada. Para facilitar o processo de tabulação
de dados por meio de suportes computacionais, as questões e
suas respostas devem ser previamente codificadas.
A coleta de dados estará relacionada com o problema, a hipótese ou os pressupostos da pesquisa e objetiva obter elementos para que os objetivos propostos na pesquisa possam ser
alcançados.
Neste estágio você escolhe também as possíveis formas de tabulação e apresentação de dados e os meios (os métodos estatísticos, os instrumentos manuais ou computacionais) que serão usados para facilitar a interpretação e análise dos dados.
35
Na Engenharia de Produção, muitas vezes, as dissertações e
teses estão comprometidas com o desenvolvimento de modelos
e produtos. Em tais casos a metodologia não seguirá os passos indicados acima, e sim deve estar adequada à necessidade
requerida para criação específica do modelo ou produto que
está sendo desenvolvido.
7 Coleta de Dados
Nesta etapa você fará a pesquisa de campo propriamente dita.
Para obter êxito neste processo, duas qualidades são fundamentais: a paciência e a persistência.
8 Tabulação e Apresentação dos Dados
Nesta etapa você poderá lançar mão de recursos manuais ou
computacionais para organizar os dados obtidos na pesquisa
de campo. Atualmente, com o advento da informática, é natural que você escolha os recursos computacionais para dar suporte à elaboração de índices e cálculos estatísticos, tabelas,
quadros e gráficos.
9 Análise e Discussão dos Resultados
Nesta etapa você interpretará e analisará os dados que tabulou e organizou na etapa anterior. A análise deve ser feita para
atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas com o objetivo de confirmar ou rejeitar a(s)
hipótese(s) ou os pressupostos da pesquisa.
10 Conclusão da Análise e dos Resultados Obtidos
Nesta etapa você já tem condições de sintetizar os resultados
obtidos com a pesquisa. Deverá explicitar se os objetivos foram atingidos, se a(s) hipótese(s) ou os pressupostos foram
confirmados ou rejeitados. E, principalmente, deverá ressaltar
a contribuição da sua pesquisa para o meio acadêmico ou para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia.
36
11 Redação e Apresentação do Trabalho Científico
Nesta etapa o pesquisador deverá redigir seu relatório de pesquisa: dissertação ou tese. Azevedo (1998, p.22) argumenta
que o texto deverá ser escrito de modo apurado, isto é, “gramaticalmente correto, fraseologicamente claro, terminologicamente preciso e estilisticamente agradável”. Normas de documentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) deverão ser consultadas visando à padronização das
indicações bibliográficas e a apresentação gráfica do texto.
Normas e orientações do próprio Curso de Pós-Graduação
também deverão ser consultadas (veja o capítulo 11, que abordará especialmente esta parte).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As etapas aqui identificadas e as orientações feitas deverão
servir de guia à elaboração de sua pesquisa e não como uma
“camisa-de-força”. Portanto, não devem impedir sua criatividade ou causar entraves à elaboração da pesquisa. A intenção
deste documento é fornecer a você orientações básicas à elaboração de uma investigação científica.
Revisão de Literatura
Mostrar a importância da revisão de literatura no processo de pesquisa;
identificar os passos para a elaboração de uma revisão de literatura.
INTRODUÇÃO
Uma das etapas mais importantes de um projeto de pesquisa
é a revisão de literatura. A revisão de literatura refere-se à
fundamentação teórica que você irá adotar para tratar o tema
e o problema de pesquisa. Por meio da análise da literatura
publicada você irá traçar um quadro teórico e fará a estruturação conceitual que dará sustentação ao desenvolvimento da
pesquisa.
A revisão de literatura resultará do processo de levantamento
e análise do que já foi publicado sobre o tema e o problema de
pesquisa escolhidos. Permitirá um mapeamento de quem já
escreveu e o que já foi escrito sobre o tema e/ou problema da
pesquisa.
Para Luna (1997), a revisão de literatura em um trabalho de
pesquisa pode ser realizada com os seguintes objetivos:
determinação do “estado da arte”: o pesquisador procura
mostrar através da literatura já publicada o que já sabe
sobre o tema, quais as lacunas existentes e onde se encontram os principais entraves teóricos ou metodológicos;
revisão teórica: você insere o problema de pesquisa dentro
de um quadro de referência teórica para explicá-lo. Geralmente acontece quando o problema em estudo é gerado por
38
uma teoria, ou quando não é gerado ou explicado por uma
teoria particular, mas por várias;
revisão empírica: você procura explicar como o problema
vem sendo pesquisado do ponto de vista metodológico procurando responder: quais os procedimentos normalmente
empregados no estudo desse problema? Que fatores vêm afetando os resultados? Que propostas têm sido feitas para
explicá-los ou controlá-los? Que procedimentos vêm sendo
empregados para analisar os resultados? Há relatos de manutenção e generalização dos resultados obtidos? Do que
elas dependem?;
revisão histórica: você busca recuperar a evolução de um
conceito, tema, abordagem ou outros aspectos fazendo a inserção dessa evolução dentro de um quadro teórico de referência que explique os fatores determinantes e as implicações das mudanças.
Para elaborar uma revisão de literatura é recomendável que
você adote a metodologia de pesquisa bibliográfica. Pesquisa
Bibliográfica é aquela baseada na análise da literatura já publicada em forma de livros, revistas, publicações avulsas, imprensa escrita e até eletronicamente, disponibilizada na Internet.
A revisão de literatura/pesquisa bibliográfica contribuirá para:
obter informações sobre a situação atual do tema ou problema pesquisado;
conhecer publicações existentes sobre o tema e os aspectos
que já foram abordados;
verificar as opiniões similares e diferentes a respeito do tema ou de aspectos relacionados ao tema ou ao problema de
pesquisa.
Para tornar o processo de revisão de literatura produtivo, você
deverá seguir alguns passos básicos para sistematizar seu
trabalho e canalizar seus esforços. Os passos sugeridos por
Lakatos e Marconi (1991) são:
ESCOLHA DO TEMA
O tema é o aspecto do assunto que você deseja abordar, provar ou desenvolver. A escolha do tema da revisão de literatura
39
está vinculada ao objetivo da própria revisão que você pretende fazer. A revisão de literatura deverá elucidar o tema, proporcionar melhor definição do problema de pesquisa e contribuir na análise e discussão dos resultados da pesquisa.
Em função da explosão da informação, você deverá definir para onde ele irá dirigir e concentrar seus esforços na revisão de
literatura, porque só assim não ficará perdido no emaranhado
das publicações existentes. Pesquisadores experientes sabem
que o risco de perder tempo e o rumo pode ser fatal neste processo. Além de atravancar todo o desenvolvimento das etapas
da pesquisa, pode até impedir sua realização.
ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO
Para evitar dispersão e perda de tempo no processo de leitura
de textos, é importante levantar os aspectos que serão abordados sobre o tema. Para isso você deve elaborar um esquema
provisório de sua revisão de literatura, onde serão listadas de
forma lógica as abordagens que pretende fazer referentes ao
tema ou problema de sua pesquisa. O esquema servirá de guia
no processo de leitura e na coleta de informações nos textos.
Veja o exemplo na pesquisa indicada abaixo:
Exemplo
ROCHA, Simone Karla da. Qualidade de vida no trabalho: um estudo de caso no setor têxtil. 1998. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia
de Produção, UFSC, Florianópolis.
Nesta pesquisa a autora escolheu para realização de sua revisão de
literatura:
TEMA
Pressupostos básicos que permeiam a qualidade de vida no trabalho.
ESTRUTURA (esquema mostrando os tópicos que seriam abordados)
EVOLUÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS
O ENFOQUE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
A origem e a evolução dos estudos de qualidade de vida no trabalho
40
Os conceitos de qualidade de vida no trabalho
Os modelos para avaliação da qualidade de vida no trabalho:
Modelos de Hackman e Oldham;
Modelo de Westley;
Modelo de Werther e Davis;
Modelo de Walton.
IDENTIFICAÇÃO
Após a definição do que será abordado na revisão de literatura
e a elaboração de um esquema com os aspectos a serem abordados que servirá de guia para organização do processo de
leitura, você deve identificar o material.
A identificação implica fazer um levantamento bibliográfico para
recuperar as informações sobre o que já foi publicado sobre o
tema e os aspectos que constam no esquema/sumário dos tópicos. Esse processo requer o uso de obras de referência para minimizar esforços e recuperar a maior quantidade de informação
possível. Obras de referência, usadas para levantamento bibliográfico, são organizadas especialmente para facilitar a consulta
de itens específicos de informação. Possuem, geralmente, índices
de autores e assuntos/palavras-chave que remetem às informações arranjadas em itens numerados para facilitar a recuperação: Bibliografias, Abstracts e Bases de Dados..
Para efetuar o levantamento bibliográfico na área de Engenharia de Produção você poderá fazer uso de fontes de informação
de referência, como por exemplo:
ABI/Inform;
Compendex;
Computer & Control Abstracts;
Dissertation Abstracts International;
Engineering Index;
Ergonomics Abstracts;
Psychological Abstracts;
Social Sciences Citation Index;
Sociological Abstracts.
41
Outra forma de fazer levantamento bibliográfico é usando as
ferramentas de busca da Internet, as bibliotecas virtuais e os
catálogos on-line de bibliotecas disponibilizados na rede.
Também não devem ser desprezadas as indicações bibliográficas feitas em artigos ou livros disponíveis e lidos sobre o tema
da pesquisa.
No capítulo 6 serão abordadas as Fontes de Informação para
pesquisa em Engenharia de Produção e serão dadas orientações de como fazer busca na Internet.
LOCALIZAÇÃO E COMPILAÇÃO
Realizada a identificação (o levantamento bibliográfico), é necessário que você obtenha os materiais considerados úteis à
realização da pesquisa. É preciso, então, localizá-los. Deve-se
começar pela Biblioteca que está mais próxima e, se essa não
possuir, pode-se consultar outras no País ou no mundo. Veja
como proceder para localização dos materiais no capítulo 6.
Para fazer a compilação, reunião sistemática dos materiais
selecionados e localizados, os seguintes recursos: fotocópias,
impressões e a própria aquisição, quando for indispensável.
FICHAMENTO
Os materiais selecionados para leitura serão analisados e fichados. O Fichamento permite que você reúna as informações
necessárias e úteis à elaboração do texto da revisão. Podem
ser elaborados diversos tipos de fichas, como:
bibliográfica: com dados gerais sobre a obra lida;
citações: com a reprodução literal entre aspas e a indicação
da página da parte dos textos lidos de interesse específico
para a redação dos tópicos e itens da revisão;
resumo: com um resumo indicativo do conteúdo do texto;
esboço: apresentando as principais idéias do autor lido de
forma esquematizada com a indicação da página do documento lido;
42
comentário ou analítica: com a interpretação e a crítica pessoal do pesquisador com referência às idéias expressas pelo
autor do texto lido.
O Fichamento irá permitir: identificação das obras lidas, análise de seu conteúdo, anotações de citações, elaboração de críticas e localização das informações lidas que foram consideradas importantes.
Veja o capítulo 7, que abordará especialmente como elaborar
fichamentos.
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
De posse dos Fichamentos você fará então, a classificação, a
análise, a interpretação e a crítica das informações coletadas.
REDAÇÃO
Na redação do texto final você deve observar os seguintes critérios: objetividade, clareza, precisão, consistência, linguagem
impessoal e uso do vocabulário técnico (veja o capítulo 7).
Recomendações importantes:
o texto deve ter começo, meio e fim.
faça um texto introdutório explicando o objetivo da revisão
de literatura;
revisão de literatura não é fazer colagem de citações bibliográficas; então:
faça uma abertura e um fecho para os tópicos tratados;
preencha as lacunas com considerações próprias;
crie elos entre as citações.
Citação, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(2002, p.1), é a “menção de uma informação extraída de outra
fonte.”
Os tipos de citações que podem ser utilizadas no texto, segundo a NBR 10520 da ABNT (2002), são:
43
citação direta: transcrição textual de parte da obra do autor
consultado;
citação indireta: transcrição livre do texto do autor consultado;
citação de citação: citação direta ou indireta de um texto
em que não se teve acesso ao original.
O capítulo 7 irá mostrar como fazer citações de forma padronizada de acordo com as Normas da ABNT.
45
Como Levantar Informações para
Realizar Pesquisas em Engenharia de
Produção?
Identificar as fontes de informação acessíveis à pesquisa
em Engenharia de Produção;
mostrar as possibilidades oferecidas por cada fonte;
mostrar a Internet como fonte de informação.
INTRODUÇÃO
A Engenharia de Produção caracteriza-se como uma engenharia de métodos e de procedimentos. Seu objetivo é o estudo, o
projeto e a gerência de sistemas integrados de pessoas, materiais, equipamentos e ambientes. Procura melhorar a produtividade do trabalho, a qualidade do produto e a saúde das pessoas (no que se refere às atividades de trabalho).
A área de Engenharia de Produção tem uma abordagem interdisciplinar como suporte da sua construção cognitiva. Nesse
sentido está envolvida com diversas Ciências Humanas, em
particular com a Economia e as ciências da organização (que
envolvem temas ligados à Administração, à Sociologia, às Ciências Ambientais, à Psicologia e à Matemática Aplicada).
Visto que a Engenharia de Produção é uma área interdisciplinar, as fontes de informação para pesquisa podem ser de outras áreas do conhecimento. Tais fontes serão utilizadas
quando você estiver elaborando sua revisão de literatu
ra/pesquisa bibliográfica (conforme foi exposto no capítulo 5)
para identificar referências e possibilitar a recuperação de textos que irão dar fundamentação teórica a sua pesquisa.
FONTES DE INFORMAÇÃO PARA PESQUISA
As fontes de informação destinadas para pesquisa são obras/bases de dados especialmente organizadas para consulta. Apresentam arranjos dos itens de forma a facilitar o processo de busca da informação. Possuem índices de autor, título e assunto. Podem estar apresentadas em formato digital (on
line ou CD-ROM) ou em formato impresso em papel. As obras
digitais são mais indicadas quando se deseja aliar rapidez e
precisão ao processo de busca. Algumas fornecem apenas referências bibliográficas (bases referenciais) e outras, além da
referência bibliográfica, possibilitam acesso ao documento,
são bases com texto completo (full text). As bases digitais devem ser preferidas mesmo quando você tiver que pagar pelo
processo. A relação custo-benefício é bem maior quando se
compara o tempo necessário para se fazer uma busca em formato impresso em papel com a feita via processo digital. Os
meios digitais possibilitam que uma busca que se faria em 15
dias nas obras impressas em papel seja feita em minutos via
recursos digitais. No Brasil, atualmente, existem iniciativas
estatais que disponibilizam para instituições de ensino e pesquisa recursos informacionais digitais que possibilitam que
grande parte das buscas de informações seja agilizada pelo
uso desse meio.
As obras de referência em papel estão paulatinamente sendo
substituídas por obras em formato digital. Para buscas muito retrospectivas às vezes é necessária ainda a consulta de
obras existentes no formato antigo (papel).
As fontes de informação para pesquisa serão usadas para fazer o levantamento bibliográfico de sua pesquisa.
FONTES DE INFORMAÇÃO DIGITAIS
As fontes de informação digitais disponíveis para consulta por
meio de bibliotecas universitárias brasileiras ou de instituições integrantes da Rede Nacional de Pesquisa são:
48
Internet com Acesso Restrito
Portal Brasileiro de Informação Científica (Portal Capes)
A Capes possibilita o acesso à produção científica mundial
atualizada para 152 instituições de ensino superior e de pesquisa em todo o país através deste serviço. Os usuários das
instituições participantes têm acesso livre e gratuito as bases
de dados referenciais ou com texto completo, periódicos com
texto completo ou não e, ainda, outras obras de referências,
arquivos abertos e redes de e-prints, patentes, livros, dados
estatísticos através de qualquer terminal de computador ligado à Internet das instituições participantes ou através de senhas por elas distribuídas.
Na UFSC, você pode ter acesso através dos terminais existentes no Campus Universitário ou através do acesso doméstico
usando a Rede UFSC.
O endereço para o acesso ao Portal Capes é o seguinte:
http://www.periodicos.capes.gov.br/
BASES DE DADOS (Portal Capes)
Como a área de Engenharia de Produção é uma área multidisciplinar você pode optar entre escolher bases de dados dirigidas à área ou usar dependendo do assunto de sua pesquisa
várias bases de outras áreas para uma cobertura mais completa e interdisciplinar.
Bases direcionadas à Engenharia de Produção e áreas
afins:
Applied Science and Technology Full Text
Base referencial de dados nas áreas de Ciências Exatas e da
Terra e Engenharias. Indexa periódicos acadêmicos, industriais e comerciais, catálogos comerciais, trabalhos de congressos e outros materiais. O período disponível online é de 1983
até o presente para indexação e de 1993 até o presente para
resumos. Inclui texto completo de publicações selecionadas
a partir de 1997.
Business Full Text
Base referencial de dados com resumos nas áreas de Administração e Negócios, Contabilidade e Economia. O período disponível online é de 1982 até o presente para indexação e resumos. Inclui textos completos de publicações selecionadas
a partir de 1995.
49
Compendex Ei Engineering Index
Base referencial de dados com mais de 7 milhões de registros
nas áreas de Engenharia Civil, Energia, Engenharia Ambiental, Engenharia Química, Engenharia de Minas, Engenharia
Metalúrgica, Engenharia Térmica, Engenharia Mecânica, Engenharia Aeroespacial, Engenharia Nuclear, Engenharia de
Transportes, Engenharia Naval, Ciência da Computação, Robótica e Controle. Indexa mais de 5.000 publicações periódicas, trabalhos de congressos e conferências, livros e relatórios
governamentais. O período disponível online é de 1969 até a
presente data.
CSA Cambridge Scientific Abstracts
Conjunto de bases de dados na área de Engenharia e Tecnologia. O período disponível online é a partir de 1962. Inclui as
seguintes publicações de possível interesse para a engenharia
de produção:
Aluminium Industry Abstracts
ANTE: Abstracts in New Technologies in Engineering
Ceramics Abstracts / World Ceramics Abstracts
Civil Engineering Abstracts
Composites Industry Abstracts
Computer and Information Systems Abstracts
Cooper Data Center Database
CSA Technology Research Database
Environmental Engineering Abstracts
Engineered Materials Abstracts
Engineered Materials Abstracts: Ceramics
Engineering Research Database
Materials Business File
Materials Research Database with METADEX
WELDASEARCH
Econlit
Base referencial de dados que indexa artigos de mais de 750
periódicos nas áreas de Economia e Administração, além de
livros, trabalhos de congressos e conferências, teses, relatórios
de pesquisa e outras publicações. Inclui a seção bibliográfica
do Journal of Economic Literature (JEL) e os trabalhos publicados no arquivo aberto RePEc Research Papers in Economics. O
período disponível online é de 1969 até a presente data.
50
Guide to Computing Literature
Base referencial de dados contendo mais de 750.000 registros
de mais de 3.000 editores, incluindo a Association for Computing Machinery (ACM). Indexa artigos de periódicos, livros, trabalhos de congressos e conferências, teses e relatórios de pesquisa. O período disponível online é de 1947 até o presente.
Inspec (Institution of Electrical Engineers – IEE)
Base referencial de dados com mais de 8 milhões de registros.
Indexa artigos de mais de 3.400 periódicos, trabalhos de congressos e conferências, teses, livros e outros materiais. O pe
ríodo disponível online é de 1969 até a presente data.
MathSci (American Mathematical Society)
Base referencial de dados que possui uma ampla cobertura
nas áreas de Matemática, Estatística, Ciência da Computação,
Física, Engenharia, Pesquisa Operacional e Econometria. Indexa artigos de mais de 2.600 periódicos, além de livros, teses, trabalhos de congressos, relatórios de pesquisa e a Mathematical Reviews Database. O período disponível online é de
1940 até a presente data.
ProQuest / ABI Inform Global
Base referencial de dados nas áreas de Administração e Negócios, Economia e Contabilidade. Indexa mais de 2.600 periódicos a partir de 1851. Além dos resumos, estão disponíveis os
textos completos de mais de 1.500 publicações periódicas
publicadas a partir de 1905.
RePEc Research Papers in Economics
Base de dados descentralizada cobrindo a área de Economia.
É um esforço cooperativo de mais de 8 mil instituições em 44
países, incluindo o Brasil. Indexa documentos de trabalho,
artigos de periódicos e softwares. Está disponível online e em
grande parte disponibiliza textos completos dos documentos
arrolados.
Social Sciences Full Text
Base referencial de dados que indexa periódicos nas áreas de
Direito, Economia, Administração, Psicologia, Geografia, Estudos Regionais Sociologia, Ciência Política e Serviço Social. O
período disponível online é de 1983 até o presente para indexação e de 1994 até o presente para resumos. Inclui textos
completos de publicações selecionadas a partir de 1995.
51
Exemplos de Bases Multidiciplinares:
Banco de Teses Capes
Banco de dados relativos a teses e dissertações defendidas a
partir de 1987. As informações são fornecidas diretamente à
CAPES pelos programas de pós-graduação, que se responsabilizam pela veracidade dos dados.
CrossRef
Banco de dados que reúne os grandes editores de periódicos
científicos, através de uma codificação única visando a “interlinkagem” entre as referências bibliográficas de periódicos eletrônicos diferentes e/ou de editores diferentes. A intenção é
fornecer códigos numéricos permanentes para documentos
eletrônicos, de modo que eles não se percam, mesmo com a
mudança dos endereços na Internet.
DII Derwent Innovations Index
Banco de Dados de Patentes que reúne mais de 10 milhões de
invenções e 20 milhões de Patentes registradas desde 1963,
com base em 3 categorias: Química, Engenharia Elétrica e Eletrônica.
General Science Abstracts Full Text
Base referencial de dados cobrindo as áreas de Ciências Biológicas e Ciências Exatas e da Terra. Indexa periódicos acadêmicos, populares e de divulgação científica. Inclui textos completos de publicações selecionadas. O período disponível online é de 1984 até o presente para indexação e de 1993 até o
presente para resumos. Inclui textos completos de publicações selecionadas a partir de 1995.
USPTO (US Patent and Trademark Office)
Base de dados de acesso gratuito contendo o texto completo
de patentes e de pedido de patentes americanas a partir de
1790 até a presente data.
Web of Science
Base multidisciplinar que indexa somente os periódicos mais
citados em suas respectivas áreas. É também um índice de
citações, informando, para cada artigo, os documentos por ele
citados e os documentos que o citaram. Possui hoje mais de
9.000 periódicos indexados. É composta por:
Science Citation Index: 1945 até o presente;
Social Science Citation Index: 1956 até o presente;
Arts and Humanities Citation Index: 1975 até o presente.
52
Exemplos de Bases Complementares:
Agricola
Art Full Text
Education Full Text
Eric (CSA)
FSTA (Food Science and Technology Abstracts)
Humanities Full Text
Human Resources Abstracts
MEDLINE/PubMed
MLA International Bibliography
Philosopher’s Index
PsycINFO
Social Services Abstracts
Sociological Abstracts
PERIÓDICOS (Portal Capes)
O Portal de Periódicos disponibiliza, em 2005, 150 títulos de
periódicos classificados para uso da Engenharia de Produção
que você pode consultar no Apêndice - A desta publicação.
Para fazer uma busca mais abrangente, isto é, não somente
nos títulos específicos da área use o recurso de pesquisar pelo tema usando termos para sua busca ou palavras-chaves.
Portal da Pesquisa
O Portal da Pesquisa é produzido pela DotLib e permite acesso
a milhares de bases de dados, livros e periódicos de diversas
áreas do conhecimento. Para acessá-lo, você precisa pertencer
a uma instituição autorizada. O acesso às bases de dados é
permitido através de dois tipos de autenticação: a autenticação por IPs e/ou a autenticação por usuário e senha. Os usuários autorizados têm direito à visualização, sem quaisquer
restrições, ao armazenamento digital (download), à impressão
e à cópia de itens de publicações disponíveis no Portal para
uso individual e em suas atividades de ensino e pesquisa e em
outros programas acadêmicos. Os usuários que tiverem recebido uma senha podem acessar o Portal de qualquer computador via Internet. Os demais usuários podem ter acesso através de computadores ligados à Internet nas instituições parti-
53
cipantes, localizados geralmente em bibliotecas, laboratórios e
escritórios de trabalho ou através de acesso doméstico usando
a rede da instituição.
O acesso ao Portal da Pesquisa será possível pelo endereço:
http://www.portaldapesquisa.com.br
Caso o IP de sua instituição esteja autorizado aparecerá no
alto no canto esquerdo da página inicial do portal o nome de
sua instituição que deverá ser clicado para dar início ao processo de busca de informação no mesmo. Vejam algumas Bases de Dados que poderão ser acessadas através deste Portal:
Exatas
Agroveterinárias
Biomédicas
CAB Abstracts
Biological Abstracts Georef
Econlit
Food Sci. & Tech
Abstracts
Sports Discus
Math Sciences
MLA
Zoological Records
Psycinfo
Iconda
Philosophers
Index
Journals@ovid
Infotrac Custom
Journals
Sociological
Abstracts
Infotrac Custom
Journals
Humanas
Infotrac Custom
Journals
Se você estiver com dificuldades no uso deste Portal acesse o
Manual do Usuário disponibilizado pelo Sistema de Bibliotecas da USP no seguinte endereço:
http://www.usp.br/sibi/biblioteca/Manual_PortaldaPesquisa.pdf
ou
pela Biblioteca Universitária da UFSC no seguinte endereço:
http://www.bu.ufsc.br/ManualPortalPesquisa2004.pdf.
E-livro/ Ebrary
Através deste serviço você tem acesso a coleções exclusivas de
mais de 20.000 livros e outros importantes documentos de
mais de 150 editoras líderes nas áreas acadêmica, comercial e
profissional.
O acesso ao E-livro o é possibilitado no seguinte endereço:
http://www.e-libro.com/
As buscas são permitidas para IP’s autorizados , isto é, através de instituições que possuem assinaturas do serviço. Tais
buscas podem ser feitas por autor, título, editora ou temática.
Para leitura dos documentos é necessária a instalação de um
54
programa específico: Leitor de e-livro. Este software permite
aos usuários ver e buscar documentos e pode ser baixado gratuitamente no próprio portal ou pode ser encontrado já préinstalado nos terminais de usuários das bibliotecas e instituições autorizadas a fazer uso do sistema. Este leitor é compatível para instalação nas plataformas Windows e Macintosh que
usam Netscape ou Internet Explorer.
Na Biblioteca Universitária da UFSC você acessa todos esses
serviços de informação digital (Portal Capes, Portal da Pesquisa e E-Livro) na Biblioteca Virtual que possui link na página
inicial do portal em:
http://www.bu.ufsc.br (Biblioteca Virtual está no canto direito da página)
Na Biblioteca Virtual, o Portal Capes, o Portal da pesquisa e o
E-Livro você irá encontrar no canto esquerdo da página.
Internet com Acesso Público
A Internet é uma rede de computadores conectada a um conjunto de milhares de redes menores, cujo protocolo padrão de
comunicação denominado TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) torna possível o processo de comunicação (OLIVEIRA, 1997).
A Internet é um enorme banco de dados, é um canal de comunicação onde são oferecidos serviços de informação.
Como Buscar Informações de Acesso Público na Internet
Para buscar informações na Internet você deve usar as ferramentas de busca. As ferramentas de busca são sistemas que
fazem a indexação dos documentos. A forma como é feita essa
indexação vai influir diretamente na quantidade e na qualidade
dos resultados que serão obtidos na pesquisa. As ferramentas
de busca mais sofisticadas utilizam programas de indexação denominados “robôs” ou “aranhas”, que periodicamente vasculham a rede em busca de novos documentos a serem indexados
no seu banco de dados, atualizam endereços que tenham mudado e deletam aqueles que já não possuem nenhum documento (BRAD, 1999).
Atualmente estão à disposição para efetuar suas buscas na
Internet diversas ferramentas de busca (nacionais e interna-
55
cionais). Os quadros abaixo mostram o endereço das principais ferramentas:
Ferramentas Nacionais
http://www.achei.com.br/
http://www.brbusca.com/index.html
http://radar.uol.com.br/
http://www.todobr.com.br/
Ferramentas Internacionais
http://www.altavista.com/
http://www.excite.com/
http://www.google.com/
http://search.msn.com/
http://www.webcrawler.com/
http://www.yahoo.com/
Metaferramentas
Ferramentas que possibilitam busca em várias ferramentas simultaneamente.
http://www.jarbas.com.brl/
Busca simultaneamente no Google, Yahoo, Altavista e
Jayde
56
http://www.dogpile.com/
Busca simultaneamente no Google, Yahoo e Ask Jeeves
http://www.metacrawler.com/
Busca simultaneamente no Google, Yahoo, Ask Jeeves,
About, Overture, Findwhat
http://www.search.com/
Busca simultaneamente no Google, AltaVista,
Ask Jeeves, Business.com, Kanoodlle,
LookSmart, MSN, Open Directory Sites
http://www.tay.com.br/
Busca simultaneamente em diversas ferramentas nacionais ou nas ferramentas nacionais escolhidas pelo usuário
Ferramentas Especializadas
http://scholar.google.com/
Busca dirigida a um banco de dados de trabalhos acadêmicos
http://citeseer.ist.psu.edu/
Busca literatura científica
http://www.allonesearch.com/
Busca pessoas na rede
Como Buscar as Informações?
A busca de informações na Internet pode ser feita de duas
maneiras:
por assuntos/categorias: a busca é feita por tópicos que estão indexados por categorias e subcategorias de assuntos;
por assuntos específicos: a busca é feita utilizando as ferramentas de busca. Nesta forma de busca você deve informar a
palavra-chave ou a frase que caracteriza o que quer pesquisar. Essa forma de pesquisa pode ser feita de dois modos:
57
pesquisa simples: pode ser feita na própria página inicial
das ferramentas e oferece a opção de uso de comandos
mais gerais;
pesquisa avançada: ou mais refinada, só pode ser feita na
página das ferramentas de busca, abrindo uma janela
especial, na qual é possível usar comandos mais específicos para aproximar ao máximo o resultado da pesquisa
daquilo que se quer encontrar.
Como Fazer Uso de Comandos e Operadores Booleanos
na Recuperação das Informações na Internet?
Na busca de informações você pode simplesmente digitar uma
palavra (por exemplo, qualidade) na janela indicada e clicar
para buscar. Possivelmente uma lista será mostrada sobre o
assunto com centenas de documentos. Contudo, nem sempre
esse tipo de busca pode ser considerada satisfatória, isto porque você não terá provavelmente tempo para analisar o grande
volume de documentos resultantes de uma pesquisa tão ampla e vaga.
As ferramentas de busca oferecem comandos e recursos para
você resolver este problema, isto é, possibilitar que suas buscas tenham resultados mais depurados e precisos. No sistema
de ajuda de cada ferramenta você identificará quais são os
comandos que poderão ser usados.
Geralmente os comandos utilizados na busca de informações são:
uso de sinais: o sinal de inclusão + (mais), o sinal de exclusão – (menos), aspas " " e o asterisco *;
uso de operadores booleanos: AND (e), OR (ou) e AND NOT
(não) e também o uso dos parênteses ( ).
O emprego dos comandos em buscas simples possibilita:
O uso de aspas " "
As aspas são utilizadas para que a ferramenta de busca considere as palavras como sendo uma frase. Por exemplo, ao colocar duas palavras entre as aspas, “engenharia de produção”,
a busca ficará limitada a documentos que contenham exatamente essa frase.
58
O uso do sinal de mais +
O sinal de inclusão + deve ser utilizado antes de uma palavra
ou frase para informar ao programa de busca que ele deve selecionar os documentos que tenham obrigatoriamente todas
as palavras precedidas do sinal +, em qualquer ordem que seja. Por exemplo:
+engenharia +"inteligência artificial"
o uso do sinal de menos –
O sinal de exclusão deve ser utilizado antes de uma palavra
ou frase para informar ao programa de busca que ele não deve
incluir os documentos que contenha aquela palavra(s) ou frase(s). Por exemplo:
+engenharia –"engenharia de produção"
o uso do asterisco *
O asterisco é utilizado para solicitar ao programa de busca
que busque todos os documentos que contenham a parte inicial da palavra (até o asterisco) com qualquer terminação. Por
exemplo:
produ*
para recuperar produção, produtivo, produto, produtos, produtividade
O uso de sinais pode ser combinado, e estes devem ser utilizados de forma lógica; a primeira palavra ou frase deve ser
sempre a de inclusão. Veja este exemplo:
+"inteligência artificial" –"redes neurais artificiais"
No caso acima, a ferramenta trará como resultado da pesquisa
uma lista de documentos que tenha a expressão “inteligência artificial”, mas não contenha a expressão “redes neurais artificiais”.
A relação lógica entre os termos a serem pesquisados é estabelecida pelos operadores lógicos também conhecidos como operadores booleanos. Tais operadores são derivados da teoria de
conjuntos e são de uso universal para aplicação na recuperação da informação. Os operadores booleanos são usados nas
buscas para possibilitar a ampliação ou a restrição (refinamen-
59
to) dos resultados. Os operadores válidos numa expressão booleana de pesquisa são os seguintes:
Operador Significado Resultado obtido
Busca todos os registros onde exista qualquer um dos
União
OR
termos indicados
Busca todos os registros onde ocorram simultaneamenIntersecção
AND
te os termos indicados
Busca todos os registros onde ocorra o primeiro termo
AND NOT Exclusão
exceto o segundo
O uso de operadores pode ser observado nos exemplos abaixo:
AND: o uso do operador AND traz como resultado da pesquisa páginas que possuam obrigatoriamente todas as palavras
ligadas por esse operador. Por exemplo, na solicitação:
“engenharia genética” AND ética.
O resultado da pesquisa será uma lista com todos os documentos com a expressão “engenharia genética” que também
tenham a palavra ética.
NOT: o uso dos operadores AND NOT traz como resultado
da pesquisa páginas que possuam a palavra que precede o
operador AND e excluam as palavras que sucedem o operador NOT. Por exemplo, na seguinte solicitação:
“engenharia genética” AND NOT ética.
O resultado da pesquisa incluirá todos os documentos que
possuam a expressão “engenharia genética”, mas que não
contenham a palavra ética.
OR: o uso do operador OR traz como resultado da pesquisa
documentos que possuam tanto uma palavra como a(s) outra(s) ligada(s) por esse conectivo. Por exemplo, na solicitação:
“engenharia genética” OR ética.
O resultado da pesquisa incluirá todos os documentos que
possuam a expressão engenharia genética e a palavra ética
não necessariamente no mesmo documento.
PARÊNTESES ( ): os parênteses são utilizados para agrupar
várias palavras ligadas pelos conectivos. Veja o exemplo:
qualidade AND (empresas OR organizações)
60
Como Avaliar a Informação Disponibilizada na Internet?
A Internet, como vimos, é uma fonte inesgotável de recursos.
Você deve utilizá-la para busca de informações, mas deve ser
igualmente seletivo no uso dessas informações. Alguns critérios
de seleção devem ser adotados como, por exemplo, verificar as
credenciais do autor, como está escrito o documento (linguagem, correção ortográfica e gramatical) e a atualidade do site.
Outro cuidado que você deve tomar é com os direitos autorais.
Referenciar os documentos usados e indicar como fontes de
consulta é ético e de bom tom. A ABNT (2002) publicou normas para referenciar documentos digitais na NBR6023.
Como Localizar os Documentos Levantados nas
Bases de Dados da Internet, CD-ROM e Fontes Impressas?
Realizada a identificação (o levantamento bibliográfico) é necessário obter os materiais considerados úteis à realização da
pesquisa. É preciso, então, localizá-los. Deve-se começar pela
biblioteca que está mais próxima e, se a biblioteca não possuir,
pode-se consultar (dependendo do que se procura):
para localizar periódicos: a base de dados do Catálogo Coletivo Nacional de Periódicos do IBICT consulte:
http://www.ct.ibict.br/ccn/owa/ccn_consulta
para localizar periódicos on-line: Portal Livre do CNEN que
cataloga periódicos de livre acesso existentes na Internet
consulte:
http://extranet.cnen.gov.br/cin/livre/
para localizar livros e demais recursos informacionais
Biblioteca da UFSC: http://www.bu.ufsc.br
Biblioteca da UFMG: http://www.bu.ufmg.br
Biblioteca da UFRJ: http://www.minerva.ufrj.br
Bibliotecas da USP – UNICAMP –UNESP:
http://bibliotecas-cruesp.usp.br/bibliotecas/CRUESP.htm
Biblioteca Nacional: http://www.bn.br/
para localizar teses e dissertações nacionais:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD)
http://bdtd.ibict.br/bdtd/
Banco de Teses da Capes
http://www.capes.gov.br/capes/portal/conteudo/10/Teses_Dissertacoes.htm
61
Universia Brasil (Busca teses nas universidades Públicas
Paulistas e na PUC – PR)
www.universiabrasil.net/busca_teses.jsp
Para localizar teses e dissertações de engenharia de produção
(texto integral)
EFEI: http://www.ppg.efei.br/cpgp/dissertacoes.htm
PUC/RIO: http://www.ind.puc-rio.br/public_disserta.htm#
UFRJ: http://www.gpi.ufrj.br/teses.htm
UFSC: http://teses.eps.ufsc.br/
USP: http://www.teses.usp.br/areas.php?codArea=18140/
para localizar teses e dissertações defendidas em instituições estrangeiras:
Biblioteca Miguel de Cervantes (teses em língua espanhola)
http://www.cervantesvirtual.com/tesis/tesis_catalogo.shtml
Caltech Library System (EUA)
http://library.caltech.edu/etd/
Cybertesis (Universidad de Chile)
http://www.cybertesis.cl/
Depósito de Dissertações e Teses Digitais (Portugal e outros países)
http://dited.bn.pt/jsp/user/orgs/start.jsp
Digital Library of Mit Thesis
http://theses.mit.edu/index.html
Networked Digital Library of Theses and Dissertations (NDLDT)
http://www.ndltd.org/
New Jersey Institute of Technology's (EUA)
http://www.library.njit.edu/etd/index.cfm
Tesis Doctorals en Xarxa (Catalunha-Espanha)
http://www.tdcat.cbuc.es/
Theses Canada Portal (Library and Archives Canada) (Canadá)
http://www.collectionscanada.ca/thesescanada/index-e.html
UMI Digital Dissertations (EUA e Europa)
http://www.umi.com/umi/dissertations/
Universidad Complutense de Madrid (Espanha)
http://www.ucm.es/BUCM/2006.htm
Universidad de las Américas (México)
http://www.udlap.mx/~tesis/
University of Kentucky (EUA)
http://www.uky.edu/ETD/
62
Université de Genève – Cybertheses (Suíça)
http://www.unige.ch/cyberdocuments/theses.php
Universidad Veracruzana – Tesis de Posgrado (México)
http://www.uv.mx/usbi_xal/bibdig/tespos/tespos.html
University of Helsinki – E-Thesis (Finlândia)
http://ethesis.helsinki.fi/english.html
Universidad Nacional Mayor de San Marcos - Cybertesis (Perú)
http://cybertesis.unmsm.edu.pe/sdx/sisbib/
University of North Texas (EUA)
http://www.library.unt.edu/theses/
University of Tennessee (EUA)
http://diglib.lib.utk.edu/cgi/b/bib/bib-idx?c=etd-bib;cc=etd-bib;page=index
University of Waterloo (Canadá)
http://etheses.uwaterloo.ca/index.cfm
Acesso a artigos e outros documentos
Para recuperar os documentos de outras instituições procure
a Biblioteca que está mais próxima e pergunte sobre os serviços de:
Empréstimo entre Bibliotecas: convênio ou acordo formal ou
informal realizado entre bibliotecas que possibilita que uma biblioteca possa solicitar emprestado o material necessário para sua
pesquisa em outra biblioteca. Portanto, se precisar de um livro existente em outra biblioteca, procure a bibliotecária de sua biblioteca e pergunte a respeito dessa possibilidade de empréstimo;
Comutação Bibliográfica: serviço que permite a busca de artigos, partes de livros e teses em bibliotecas nacionais e estrangeiras. A Biblioteca Universitária da UFSC ([email protected]) participa de alguns programas que facilitam a localização e recuperação de documentos, como:
COMUT: Programa de Comutação Bibliográfica do IBICT que
possibilita a busca de artigos de periódicos nas bibliotecas brasileiras. O programa cobra uma taxa para a prestação do serviço;
LIGDOC: Interligação de Bibliotecas para Troca de Documentos. Serviço prestado pelo Consórcio ISTEC (The IberoAmerican Science and Technology Education Consortium).
Programa cooperativo entre bibliotecas que possibilita que a
Biblioteca Universitária da UFSC tenha acesso eletrônico aos
documentos da área de engenharia existentes nas Bibliotecas
da Universidade do Novo México, em Albuquerque – EUA; Bibliotecas da Escola Politécnica da USP – SP; Biblioteca Central
da PUCRS – RS; BAE – Biblioteca de Arquitetura e Engenharia
da UNICAMP e Biblioteca da Escola de Engenharia de São
63
Carlos – USP. Podem ser solicitados artigos de periódicos, trabalhos de congressos, capítulos de livros que integram a coleção da CSEL (Centennial Science Engineering Library), desde
que não estejam disponíveis nas bibliotecas brasileiras.
BIREME: Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação
em Ciências da Saúde – Programa que permite a busca de documentos da área da saúde em todas as bibliotecas que fazem
parte do Sistema;
BL: British Library: empresta livros existentes em seu acervo
cobrando uma taxa.
Existem também Sites e Portais Especializados e, ainda, Repositórios de Arquivos Abertos que dão acesso a materiais importantes para subsidiar pesquisas desenvolvidas na área de
Engenharia de Produção, como por exemplo:
Assunto: Ciência Cognitiva
http://cogprints.org/
Assunto: Finanças
http://fisher.osu.edu/fin/journal/jofsites.htm http://www.financeresearch.net/
Assunto: Gestão de Conhecimento e Aprendizagem Organizacional
http://www.kmol.online.pt/ajuda/sobre.html
Assunto: Inteligência Artificial
http://arxiv.org/list/cs.AI/recent
Caso você deseje ou necessite adquirir os livros selecionados, muitas livrarias estão prestando serviços pela Internet.
Você pode comprar livros nas livrarias abaixo relacionadas:
Livrarias existentes em território nacional e no exterior:
BRASIL
EXTERIOR
FNAC
http://www.fnac.com.br
Amazon
http://www.amazon.com
Livraria Cultura
http://www.livrariacultura.com.br
Barnes and Noble
http://www.barnesandnoble.com/
Livraria Saraiva
http://www.saraiva.com.br
Engineering Bookstore
http://www.engineeringbookstore.com/
Livraria Siciliano
http://www.siciliano.com.br
Power Engineering Books
http://www.powerengbooks.com/
Sodiler
http://www.sodiler.com.br
Webboom
www.webboom.pt
64
Para comparar preços em livrarias use:
COMPARAR PREÇOS DE LIVROS
Add ALL (livrarias no exterior)
http://www.addall.com/
Bondfaro (livrarias nacionais)
http://www.bondfaro.com
Compricer (livrarias no exterior)
http://books.compricer.com/
Buscapé (livrarias nacionais)
http://www.buscape.com.br
Book Finder (livrarias no exterior)
http://www.bookfinder.com/
Radar UOL (liv.nacionais e exterior)
http://precos.busca.uol.com.br/
65
Leitura, Fichamento, Resumo, Citações
e Referências
Aplicar princípios na análise e leitura de textos;
identificar pontos importantes de um texto;
identificar os passos para a elaboração de fichamentos de textos;
elaborar sínteses de textos;
formular citações de documentos de acordo com as recomendações da ABNT;
formular referências de acordo com as recomendações da ABNT.
INTRODUÇÃO
Para a realização do projeto de pesquisa e, principalmente,
para a elaboração da revisão de literatura, os processos de
leitura e fichamentos de textos são fundamentais. Ter condições de elaborar resumos é importante na medida em que facilita o processo de síntese e análise dos documentos lidos.
Citações e referências elaboradas de acordo com as normas da
ABNT facilitam o processo de identificação dos documentos
lidos e permitem que você dê crédito, por uma questão de honestidade intelectual, aos autores das idéias usadas em sua
pesquisa.
LEITURA
Saber ler e interpretar um texto é fundamental. Para facilitar o
processo de leitura Severino (2000) recomenda que esta seja
feita com base nas seguintes dimensões de análise:
66
análise textual: preparação do texto para a leitura. Requer o
levantamento esquemático da estrutura redacional do texto.
Objetiva mostrar como o texto foi organizado pelo autor
permitindo uma visualização global de sua abordagem. Devem-se buscar: esclarecimentos para o melhor entendimento do vocabulário, conceitos empregados no texto e informações sobre o autor;
análise temática: compreensão da mensagem do autor. Requer a procura de respostas para as seguintes questões: de
que trata o texto? Qual o objetivo do autor? Como o tema está problematizado? Qual a dificuldade a ser resolvida? Que
posições o autor assume? Que idéias são defendidas ? O
que quer demonstrar? Qual foi o seu raciocínio, a sua argumentação? Qual a solução ou a conclusão apresentada pelo
autor?;
análise interpretativa: interpretação da mensagem do autor.
Requer análise dos posicionamentos do autor situando-o
em um contexto mais amplo da cultura filosófica em geral.
Deve-se fazer avaliação crítica das idéias do autor observando a coerência e validade de sua argumentação, a originalidade de sua abordagem, a profundidade no tratamento
do tema, o alcance de suas conclusões. E, ainda, fazer uma
apreciação pessoal das idéias defendidas.
COMO FAZER OS FICHAMENTOS DOS TEXTOS
1º Passo: você irá definir o tema e, depois, levantar os aspectos
que pretende abordar referentes ao tema (plano de trabalho).
Exemplo
ROCHA, Simone Karla da. Qualidade de vida no trabalho: um estudo de caso no setor têxtil. 1998. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia
de Produção, UFSC, Florianópolis.
Nesta pesquisa a autora escolheu para realização de sua revisão de
literatura:
TEMA: Pressupostos básicos que permeiam a qualidade de vida no
trabalho.
67
ESTRUTURA (sumário mostrando os tópicos abordados)
EVOLUÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS
O ENFOQUE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
A origem e a evolução dos estudos de qualidade de vida no trabalho
Os conceitos de qualidade de vida no trabalho
Os modelos para avaliação da qualidade de vida no trabalho:
Modelos de Hackman e Oldham
Modelo de Westley
Modelo de Werther e Davis
Modelo de Walton
2º Passo: você procederá à leitura dos textos procurando levantar informações importantes para todos os aspectos escolhidos na abordagem já definida anteriormente. O fichamento
de citações é muito útil à elaboração da revisão de literatura.
Veja como proceder para recolher as citações que provavelmente serão usadas em seu texto posteriormente:
PRESSUPOSTOS BÁSICOS QUE PERMEIAM A QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO
ENFOQUE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO.
Os modelos para avaliação da qualidade de vida no
Modelo de Westley
trabalho:
Referência do texto que está sendo lido.
Transcrição da citação “entre aspas” que provavelmente será usada para se
escrever o tópico indicado acima: Modelos de Westley + indicação da página
onde está a citação no texto lido.
Localização do documento lido/consultado: Ex. Biblioteca, Acervo Pessoal
Desta forma, conforme as informações que você for encontrando serão abertas novas fichas. Quanto maior for o número
de fichas maior o número de informações disponíveis para serem usadas como suporte para análise e discussão dos resultados obtidos. A composição de um novo texto síntese do que
68
já foi abordado na literatura sobre o tema será também facilitada.
3º Passo: consiste em agrupar os fichamentos conforme a parte do texto indicada no cabeçalho. Ler e analisar o conjunto
das informações recolhidas, juntando os autores por similaridade ou diferenças na abordagem.
4º Passo: consiste na redação do texto que deve obedecer aos
seguintes critérios, segundo Azevedo (1998):
clareza: o texto deve ser escrito para ser compreendido;
concisão: o texto deve dizer o máximo no menor número
possível de palavras;
correção: o texto deve ser escrito corretamente conforme as
regras gramaticais;
encadeamento: as frases, os parágrafos, os capítulos devem
estar encadeados de forma lógica e harmônica;
consistência: o texto deve usar os verbos nos mesmos tempos, preferencialmente na voz ativa;
contundência: o texto não deve fazer rodeios, e sim ir direto
ao ponto desejado, apresentando as colocações de forma objetiva e firme;
precisão: o texto deve evitar o uso de termos ambíguos ou
apresentar a definição adotada;
originalidade: o texto deve evitar o uso de frases feitas ou
lugares-comuns. Dever se autônomo e apresentar idéias
novas;
correção política: o texto deve evitar o uso de expressões de
conotação etnocentrista ou preconceituosa;
fidelidade: o texto deve respeitar o objeto de estudo, as fontes empregadas e o leitor. Devem estar indicadas as fontes
usadas para escrevê-lo.
RESUMOS
Você deve elaborar os resumos de acordo com a NBR6028 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003), que define
as regras para sua redação e apresentação.
69
Os resumos devem vir sempre acompanhados da referência da
publicação.
Resumo é a apresentação condensada dos pontos relevantes
de um texto. No resumo você deve ressaltar de forma clara e
sintética a natureza e o objetivo do trabalho, o método que foi
empregado, os resultados e as conclusões mais importantes,
seu valor e originalidade. O conteúdo de um resumo deve contemplar o assunto ou os assuntos tratados de forma sucinta,
o objetivo do trabalho, o método ou os métodos empregados,
como o tema foi abordado e suas conclusões.
Requisitos de um Resumo
Concisão: a redação é concisa quando as idéias são bem
expressas com um mínimo de palavras.
Precisão: resultado das seleções das palavras adequadas
para expressão de cada conceito.
Clareza: característica relacionada à compreensão. Significa
um estilo fácil e transparente.
A leitura do resumo deve permitir:
conhecer o documento;
determinar se é preciso ler o documento na íntegra.
Tipos de resumos
Informativo
Contém as informações essenciais apresentadas pelo texto.
Exemplo
SILVA, Edna Lúcia da. A construção dos fatos científicos: das
práticas concretas às redes científicas. 1998. Tese (Doutorado em
Ciência da Informação)– ECO-UFRJ/CNPq-IBICT, Rio de Janeiro.
Pesquisa que aborda a questão das relações entre Ciência e Sociedade e seus desdobramentos no campo da comunicação científica, utilizando como fio condutor de análise o cotidiano, o dia-a-dia da
atividade científica no Laboratório de Pesquisa do Grupo de Pesquisa em Química Bioinorgânica da Universidade Federal de Santa Catarina. As ações dos cientistas, neste espaço estratégico de produção do conhecimento, foram observadas porque se considera que o
70
conhecimento, como produto, é afetado pelas condições sociais de
um contexto específico. Usando como inspiração os Estudos de Laboratório da Nova Sociologia da Ciência, adotando, portanto, uma
perspectiva antropológica, o foco do estudo recaiu em duas questões: 1) Como são os fatos científicos construídos no laboratório e
como a comunicação científica atua nesta construção?; 2) Quais as
redes de relações e comunicações que se estabelecem para viabilizar a construção de fatos científicos? Os resultados mostram como é
feita a Ciência Bioinorgânica no contexto da UFSC e nas contingências verificadas com base na observação in loco do trabalho dos
pesquisadores no laboratório de pesquisas, nas suas falas sobre o
que fazem e nas entrevistas formais ou informais realizadas durante
os dez meses de pesquisa de campo e na análise de documentos
produzidos pelo Grupo. Enfoca a história do Grupo na UFSC, o laboratório como o espaço do fazer científico, o processo da construção
do conhecimento, a produção científica e as redes científicas. Apresenta um parecer analítico sobre o que foi dito como observado,
procurando atrelar concepções diferentes sobre a dinâmica do fazer
científico para compor uma configuração própria e particular sobre a
realidade da construção do conhecimento no Grupo de Pesquisa e
no Laboratório de Química Bioinorgânica da UFSC.
Indicativo ou Descritivo
Não dispensa a leitura do texto completo. Apenas descreve a
natureza, a forma e o objetivo do documento.
Exemplo
SILVA, Edna Lúcia da. A construção dos fatos científicos: das práticas concretas às redes científicas. 1998. Tese (Doutorado em Ciência da Informação)– ECO-UFRJ/CNPq-IBICT, Rio de Janeiro.
Pesquisa que aborda a questão das relações entre Ciência e Sociedade e seus desdobramentos no campo da comunicação científica utilizando como fio condutor de análise o cotidiano, o dia-a-dia da
atividade científica no Laboratório de Pesquisa do Grupo de Pesquisa em Química Bioinorgânica da Universidade Federal de Santa Catarina.
Crítico
Informa sobre o conteúdo do trabalho e formula julgamento
sobre ele.
71
Não existe padronização. É subjetivo, pois depende de interpretação. O seu resultado é produto do repertório particular
de conhecimentos de quem o está elaborando.
Recomendações importantes para a redação do resumo informativo
A estrutura deve ser lógica, isto é, o texto deve ter começo,
meio e fim.
A primeira frase deve ser significativa, expondo o tema principal do documento, isto é, identificando o objetivo do autor
quando escreveu o texto.
As frases subseqüentes devem seguir a lógica de abordagem
do autor, isto é, a seqüência dada às idéias pelo autor, incluindo todas as divisões importantes dando igual proporção a cada uma delas e sempre observando o tema principal
do documento, isto é, objetivo do autor.
Dar preferência ao uso da terceira pessoa do singular e o
verbo na voz ativa (descreve, aborda, estuda, etc.).
Segundo a NBR6028 deve-se evitar no resumo:
o uso de parágrafos;
frases longas;
citações e descrições ou explicações detalhadas;
expressões do tipo: o “autor trata”, no “texto do autor” o
“artigo trata” e similares;
figuras, tabelas, gráficos, fórmulas, equações e diagramas.
A extensão recomendada, segundo a ABNT, para os resumos
informativos é a seguinte:
monografias e artigos = até 250 palavras;
notas e comunicações breves = até 100 palavras;
relatórios e teses = até 500 palavras.
CITAÇÃO
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002,
p.1), citação é a “menção de uma informação extraída de outra
fonte.” Pode ser uma citação direta, citação indireta ou citação
de citação, de fonte escrita ou oral.
A NBR10520 (ABNT, 2002) define os parâmetros para a apresentação de citações em documentos.
72
As citações em trabalho escrito são feitas para apoiar uma hipótese, sustentar uma idéia ou ilustrar um raciocínio por meio
de menções de trechos citados na bibliografia consultada.
Tipos de Citação
Citação direta
É quando transcrevemos o texto utilizando as próprias palavras do autor. A transcrição literal virá entre “aspas”.
Exemplo
Segundo Vieira (1998, p.5) o valor da informação está “diretamente ligado à maneira como ela ajuda os tomadores de decisões a
atingirem as metas da organização.”
Citação indireta
É a reprodução de idéias do autor. É uma citação livre, usando as suas palavras para dizer o mesmo que o autor disse no
texto. Contudo, a idéia expressa continua sendo de autoria do
autor que você consultou, por isso é necessário citar a fonte:
dar crédito ao autor da idéia.
Exemplo
O valor da informação está relacionado com o poder de ajuda aos
tomadores de decisões a atingirem os objetivos da empresa (VIEIRA, 1998).
Citação de citação
É a menção de um documento ao qual você não teve acesso,
mas que tomou conhecimento por citação em um outro trabalho. Usamos a expressão latina apud (“citado por”) para indicar a obra de onde foi retirada a citação. Sobrenome(es) do
Autor Original (apud SOBRENOME(ES)dos autor(es) da obra
73
que retiramos a citação, ano de publicação da qual retiramos
a citação). É uma citação indireta.
Exemplo
Porter (apud CARVALHO; SOUZA, 1999, p.74) considera que “a
vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma
empresa consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o
custo de fabricação pelas empresas.”
Apresentação das citações no texto
Até três linhas: aparece fazendo parte normalmente do texto.
Exemplo
Porter (apud CARVALHO; SOUZA, 1999, p.74) considera que “a
vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma
empresa consegue criar para seus compradores e que ultrapassa o
custo de fabricação pelas empresas.”
Mais de três linhas: recuo de 4 cm para todas as linhas, a partir da margem esquerda, com letra menor (fonte 10) que a do
texto utilizado e sem aspas.
Exemplo
Drucker (1997, p.xvi) chama a nova sociedade de sociedade capitalista. Nesta nova sociedade:
O recurso econômico básico – ‘os meios de produção’,
para usar uma expressão dos economistas – não é mais
o capital, nem os recursos naturais (a ‘terra dos economistas’), nem a ‘mão-de-obra’. Ele será o conhecimento.
As atividades centrais de criação de riqueza não serão
nem a alocação de capital para usos produtivos, nem a
‘mão-de-obra’ – os dois pólos da teoria econômica dos
séculos dezenove e vinte, quer ela seja clássica, marxis-
74
ta, keynesiana ou neoclássica. Hoje o valor é criado pela
‘produtividade’ e pela ‘inovação’, que são aplicações do
conhecimento ao trabalho. Os principais grupos sociais
da sociedade do conhecimento serão os ‘trabalhadores
do conhecimento’ – executivos que sabem como alocar
conhecimento para usos produtivos... .
Sistemas de Chamada das Citações
Sistema numérico – quando é utilizado o número em vez da
data. Essa numeração deve ser única e consecutiva para todo
o documento ou por capítulos.
Exemplo
Segundo Stewart, “o capital humano é a capacidade, conhecimento, habilidade e experiências individuais... .”5
No final do texto, capítulo ou parte, as referências deverão aparecer em ordem numérica como consta no texto onde a referência número 5 será a da obra de Stewart.
Exemplo
5 STEWART, Thomas. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das
empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1997. p.7
Sistema autor-data – Quando é utilizado o sobrenome do autor
acompanhado da data do documento.
Exemplo
Conforme Stewart (1997, p.7) “o capital humano é a capacidade,
conhecimento, habilidade [...] pelo qual os clientes procuram a empresa e não o concorrente”.
75
No sistema autor-data devem ser observadas, segundo a ABNT:
quando houver coincidência de autores com o mesmo sobrenome e data de edição, acrescentam-se as iniciais de
seus prenomes;
Exemplo
Segundo Cintra, O. (1998)...
Conforme Cintra, A. (1998)...
quando existirem citações de diversos documentos do
mesmo autor, publicados no mesmo ano, distinguem-se as
obras pelo acréscimo de letras minúsculas após a data sem
uso do espacejamento;
Exemplo
O domínio da estrutura textual implica o conhecimento das partes... (CINTRA, 1987a).
Na concepção teórica de estratégias de leitura apresentada em
análise documentária Cintra (1987b) concorda com a visão... .
quando o sobrenome do autor for indicado entre parênteses
ele aparecerá todo em letras em maiúsculas, desta forma:
(CINTRA, 1987a) e quando o sobrenome fizer parte do texto
aparecerá escrito normalmente, somente com a primeira letra em maiúscula, desta forma: Cintra (1987b) concorda
com a visão... .
quando forem feitas citações de documentos no texto as referências dos mesmos deverão aparecer por extenso em ordem alfabética no final do documento, considerando para
ordenação primeiramente o sobrenome do autor e após
também na ordem alfabética o título que aparece a seguir.
76
Exemplo
CINTRA, Ana Madalena. Elementos de lingüística para estudos de
indexação automatizada. Ciência da Informação, Brasília, v.15, n.2,
p.5-22, jan./jun.1987a.
CINTRA, Ana Madalena. Estratégias de leitura em documentação.
In: SMITT, Johanna. Análise documentária: análise da síntese.
Brasília: IBICT, 1987b. p.29-38.
REFERÊNCIAS
Referência é o conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de materiais.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002, p.1) na
NBR6023 “fixa a ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para transcrição e apresentação de informação originada do documento e/ou outras fontes de informação.”
Nos trabalhos acadêmicos a referência pode aparecer:
em nota de rodapé ou no final texto;
encabeçando resumos ou recensões (conforme vocês já observaram neste capítulo quando se tratou de resumos).
Para uma melhor recuperação de um documento, as referências devem ter alguns elementos indispensáveis, como:
1. autor (quem?);
2. título (o que?);
3. edição;
4. local de publicação (onde?);
5. editora;
6. data de publicação da obra (quando?).
Você deve apresentar elementos de forma padronizada e na
seqüência apresentada acima.
Uma das finalidades das referências é informar a origem das
idéias apresentadas no decorrer do trabalho.
77
Nesse sentido, você deve apresentá-las com os elementos essenciais, para facilitar a localização dos documentos.
Veja alguns modelos de referencias:
Veja alguns modelos de referências:
Livro no Todo
COPELAND, Tom; KOLLER, Tim; MURRIN, Jack. Avaliação de
empresas: valuation. São Paulo: Makron Books, 2000.
Capítulo de Livro sem Autoria Especial
Onde o autor do livro é o mesmo autor do capítulo.
DRAGOO, Boo. Uma nova visão dos negócios. In: ___. Guia da Ernest & Young para gerenciar o lucro em tempo real. Rio de Janeiro: Record, 1999. cap.10, p.93–100.
Parte de Coletânea
(Capítulo de Livro com Autoria Específica)
Onde o autor do capítulo não é o mesmo autor do livro.
ROY, Bernard. The outranking approach and the foundations of electre methods. In: BANA E COSTA, C. A. Reading in multiple
decision aid. Berlim: Springer-Verlag, 1990. p. 39-52.
Trabalho Apresentado em Congresso
PATON, Claudecir et al. O uso do balanced scorecard como um sistema de gestão estratégica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 6., 1999, São Paulo. Anais... São Paulo: FIPECAFI, 1999. 1CD.
78
Na referência até três autores listam-se os três autores separados por ponto e vírgula. Quando forem mais de três autores,
indica-se o primeiro seguido da expressão “et al”. Quando necessário colocam-se todos os autores.
Exemplo
SILVA, João; SOARES, Carlos; PIMENTA, Paulo.
SILVA, João et al.
Nos sobrenomes que acompanham “Filho”, “Neto” ou “Sobrinho”, esses designativos são grafados junto aos sobrenomes.
Exemplo
COSTA NETO, Francisco.
LIMA SOBRINHO, Sílvio.
REIS FILHO, Juca.
Artigo de Periódico
SIMONS, Robert. Qual é o nível de risco de sua empresa? HSM
Management, São Paulo, v.3, n.16, p.122-130, set./out. 1999.
Artigo de Jornal
FRANCO, Gustavo H. B. O que aconteceu com as reformas em 1999.
Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 26 dez. 1999. Economia, p.4.
79
Tese/Dissertação
HOLZ, Elio. Estratégias de equilíbrio entre a busca de benefícios
privados e os custos sociais gerados pelas unidades agrícolas
familiares: um método multicritério de avaliação e planejamento de
microbacias hidrográficas. 1999. Tese (Doutorado em Engenharia de
Produção)- Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.
No caso de ser uma dissertação, muda-se a nota Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) para Dissertação (Mestrado
em Engenharia de Produção).
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS/DIGITAIS
A ABNT (2002) fixou recomendações para a referenciação de
documentos eletrônicos/digitais. Os exemplos que constam da
NBR6023 são:
Monografia em meio eletrônico
Enciclopédia
KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 98. São Paulo: Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM.
Parte de Monografia
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e organizações ambientais e matéria de meio ambiente. In: ___. Entendendo o meio ambiente. São Paulo, 1999. v.1. Disponível em:
<http://bdt.org.Br/sma/entendendo/atual.htm>. Acesso em: 8 mar. 1999.
80
Publicações em meio eletrônico
Artigo de Revista
RIBEIRO, P. S. G. Adoção à brasileira: uma análise sociojurídica. Datavenia, São Paulo, ano 3, n. 18, ago. 1998. Disponível em: <http://
www.datavenia.informação.Br/frameartig.html>. Acesso em: 10 set. 1998.
Artigo de Jornal Científico
KELLY, R. Eletronic publishing at APS: its not just on-line journalism.
APS News Online, Los Angeles, nov. 1996. Disponível em: <http://
www.aps.org/apsnews/1196/11965.html>. Acesso em: 25 nov. 1998.
Trabalho de Congresso
SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma
da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1966. Disponível em: <http://www.propesq.ufpe.br/anais/
anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.
Programa (Software)
MICROSOFT Project for Windows 95, version 4.1: project planning
software, [S.I.]: Microsoft Corporation, 1995. Conjunto de programas.
1CD-ROM.
Software Educativo CD-ROM
PAU no Gato! Por que? Rio de Janeiro: Sony Music Book Case Multimídia Educacional, [1990]. 1 CD-ROM. Windows 3.1.
81
Documento Jurídico em meio eletrônico
Súmula em Home page
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n° 14. Não é admissível,
por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em
concurso para cargo político. Disponível em: <http://www.truenetm.
com.br/jusrisnet/sumusSTF.html>. Acesso em: 29 nov. 1998.
Legislação
BRASIL. Lei n° 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação
tributária federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 8 dez. 1999. Disponível em: <http://www.in.gov.br/
mp_leistexto.asp?Id=LEI%209887>. Acesso em: 22 dez. 1999.
Súmula em Revista Eletrônica
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n° 14. Não é admissível,
por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em
concurso para cargo público. Julgamento: 1963/12/16. SUDIN vol.
0000-01 PG 00037. Revista Experimental de Direito e Temática.
Disponível em: <http://www.prodau-sc.com.br/ciberjur/stf.html>. Acesso em: 29 nov. 1998.
Problema e
Hipóteses de Pesquisa
Mostrar a importância do problema e das hipóteses no processo de pesquisa;
identificar parâmetros à formulação do problema de pesquisa;
identificar parâmetros à formulação de hipóteses.
INTRODUÇÃO
A pesquisa é fundamentada e metodologicamente construída
objetivando a resolução ou o esclarecimento de um problema.
O problema é o ponto de partida da pesquisa. Da sua formulação dependerá o desenvolvimento da sua pesquisa.
Gewandsznajder (1989, p.4), para ilustrar o processo de pesquisa, faz uma descrição das atividades de um médico esclarecedoras à compreensão do que consiste um problema e o
que são as hipóteses de pesquisa. Observe a descrição:
Cláudia, uma menina de oito anos, foi levada ao médico com dor de
garganta, febre e dificuldades de engolir. O médico constata, imediatamente que há uma doença, mas ainda não sabe sua causa: ele
percebe que há um problema a ser resolvido. Provavelmente, devido
a seus estudos e sua prática, ele imagina rapidamente uma explicação para a doença. Neste caso, a criança talvez esteja com uma
infecção na garganta. Desse modo, ele formula uma hipótese para
resolver o problema. Passa então a procurar outros sinais de infecção: observa a garganta da criança, mede sua temperatura, talvez
mande examinar em laboratório o material recolhido da garganta
da menina, etc. Se a criança estiver com uma infecção, sua garganta estará inflamada, o termômetro deverá indicar febre e o exame
de laboratório acusará a presença de germes causadores da doença. O médico estará então realizando observações e experiências pa-
84
ra testar sua hipótese. Finalmente, ele analisa os resultados dos testes para chegar a uma conclusão. Os exames poderão indicar ou
não a presença de uma infecção. Caso a hipótese de infecção se
confirme, ela será aceita, pelo menos provisoriamente, e o médico
receitará os medicamentos adequados para combater a doença. Se
os testes não indicarem infecção, outras hipóteses terão que ser
testadas ou talvez alguns testes tenham que ser refeitos. Desse
modo, a hipótese poderá ser confirmada ou refutada pela experiência.
A percepção de um problema, então, é que leva ao raciocínio
que gera a pesquisa, e nesse processo você formula hipóteses,
soluções possíveis para o problema identificado.
O QUE É UM PROBLEMA DE PESQUISA?
Na acepção científica, “problema é qualquer questão não solvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento” (GIL, 1999, p.49).
Problema, para Kerlinger (1980, p.35), “é uma questão que
mostra uma situação necessitada de discussão, investigação,
decisão ou solução”.
Simplificando, problema é uma questão que a pesquisa pretende responder. Todo o processo de pesquisa irá girar em
torno de sua solução.
Como exemplos de problemas de pesquisa, Gil (1999) arrola
questões para as quais ainda não se têm respostas.
Qual a composição da atmosfera de Vênus?
Qual a causa da enxaqueca?
Qual a origem do homem americano?
Será que a propaganda de cigarro pela TV induz ao hábito
de fumar?
Qual a relação entre subdesenvolvimento e dependência
econômica?
Que fatores determinam a deterioração de uma área urbana?
A formulação de um problema tem relação com as indagações:
como são as coisas?;
quais as suas causas?; e
quais as suas conseqüências?
85
A ESCOLHA DO PROBLEMA DE PESQUISA
Muitos fatores determinam a escolha de um problema de pesquisa. Para Rudio (2000), o pesquisador, neste momento, deve
fazer as seguintes perguntas:
o problema é original?
o problema é relevante?
ainda que seja “interessante”, é adequado para mim?
tenho possibilidades reais para executar tal pesquisa?
existem recursos financeiros que viabilizarão a execução do
projeto?
terei tempo suficiente para investigar tal questão?
O problema sinaliza o foco que você dará à pesquisa. Geralmente você considera na escolha deste foco:
a relevância do problema: o problema será relevante em
termos científicos quando propiciar conhecimentos novos à
área de estudo e, em termos práticos, a relevância refere-se
aos benefícios que sua solução trará para a humanidade,
país, área de conhecimento, etc.;
a oportunidade de pesquisa: você escolhe determinado problema considerando a possibilidade de obter prestígio ou financiamento.
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA
Na literatura da área de metodologia científica podem-se encontrar muitas recomendações a respeito da formulação do
problema de pesquisa. Gil (1999) considera que as recomendações não devem ser rígidas e devem ser observadas como
parâmetros para facilitar a formulação de problemas. Veja
algumas dessas recomendações:
o problema deve ser formulado como pergunta, para facilitar a identificação do que se deseja pesquisar;
o problema tem que ter dimensão viável: deve ser restrito
para permitir a sua viabilidade. O problema formulado de
forma ampla poderá tornar inviável a realização da pesquisa;
o problema deve ter clareza: os termos adotados devem ser
definidos para esclarecer os significados com que estão
sendo usados na pesquisa;
86
o problema deve ser preciso: além de definir os termos é necessário que sua aplicação esteja delimitada.
Para melhor entendimento de como deve ser formulado um problema de pesquisa, observe os exemplos abaixo (MARTINS,
1994):
Assunto:
Tema:
Problema:
Recursos Humanos
Perfil ocupacional
Qual é o perfil ocupacional dos trabalhadores em
transporte urbano?
Assunto:
Tema:
Problema:
Finanças
Comportamento dos investidores
Quais os comportamentos dos investidores no
mercado de ações de São Paulo?
Assunto:
Tema:
Problema:
Organizações
Cultura organizacional
Qual é a relação entre cultura organizacional e o
desempenho funcional dos administradores?
Assunto:
Tema:
Problema:
Recursos Humanos
Incentivos e desempenhos
Qual é a relação entre incentivos salariais e desempenho dos trabalhadores?
O QUE SÃO HIPÓTESES
Hipóteses são suposições colocadas como respostas plausíveis
e provisórias para o problema de pesquisa. As hipóteses são
provisórias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com
o desenvolvimento da pesquisa. Um mesmo problema pode ter
muitas hipóteses, que são soluções possíveis para a sua resolução. A(s) hipótese(s) irá(ão) orientar o planejamento dos procedimentos metodológicos necessários à execução da sua pesquisa. O processo de pesquisa estará voltado para a procura
de evidências que comprovem, sustentem ou refutem a afirmativa feita na hipótese. A hipótese define até aonde você quer
chegar e, por isso, será a diretriz de todo o processo de investigação. A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta
possível ao problema proposto.
As hipóteses podem estar explícitas ou implícitas na pesquisa.
Quando analisados os instrumentos adotados para a coleta de
87
dados, é possível reconhecer as hipóteses subjacentes (implícitas) que conduziram a pesquisa (GIL, 1991).
Para Luna (1997), a formulação de hipóteses é quase inevitável,
para quem é estudioso da área que pesquisa. Geralmente, com
base em análises do conhecimento disponível, o pesquisador
acaba “apostando” naquilo que pode surgir como resultado de
sua pesquisa. Uma vez formulado o problema, é proposta uma
resposta suposta, provável e provisória (hipótese), que seria o
que ele acha plausível como solução do problema.
CARACTERÍSTICAS DAS HIPÓTESES
Muitos autores já determinaram as características ou critérios
necessários para a validade das hipóteses. Lakatos e Marconi
(1991) listaram onze (11) características já indicadas na literatura. São elas:
consistência lógica: o enunciado das hipóteses não pode ter
contradições e deve ter compatibilidade com o corpo de conhecimentos científicos;
verificabilidade: devem ser passíveis de verificação;
simplicidade: devem ser parcimoniosas evitando enunciados
complexos;
relevância: devem ter poder preditivo e/ou explicativo;
apoio teórico: devem ser baseadas em teoria para ter maior
probabilidade de apresentar genuína contribuição ao conhecimento científico;
especificidade: devem indicar as operações e previsões a
que elas devem ser expostas;
plausibilidade e clareza: devem propor algo admissível e que
o enunciado possibilite o seu entendimento;
profundidade, fertilidade e originalidade: devem especificar os
mecanismos aos quais obedecem para alcançar níveis mais
profundos da realidade, favorecer o maior número de deduções e expressar uma solução nova para o problema.
88
CLASSIFICAÇÃO DAS HIPÓTESES
O problema, sendo uma dificuldade sentida, compreendida e
definida, necessita de uma resposta “provável, suposta e provisória”, que é a hipótese. Para Lakatos e Marconi (1991,
p.104) a principal resposta é denominada de hipótese básica e
esta pode ser complementada por outras denominadas de hipóteses secundárias.
Hipótese Básica
É a afirmação escolhida por você como a principal resposta ao
problema proposto.
A hipótese básica pode adquirir diferentes formas, tais como:
“afirma, em dada situação, a presença ou ausência de certos fenômenos;
se refere à natureza ou características de dados fenômenos,
em uma situação específica;
aponta a existência ou não de determinadas relações entre
fenômenos;
prevê variação concomitante, direta ou inversa, entre fenômenos, etc”.
Hipóteses Secundárias
São afirmações complementares e significam outras possibilidades de resposta para o problema. Podem:
“abarcar em detalhes o que a hipótese básica afirma em geral;
englobar aspectos não-especificados na hipótese básica;
indicar relações deduzidas da primeira;
decompor em pormenores a afirmação geral;
apontar outras relações possíveis de serem encontradas, etc”.
COMO FORMULAR HIPÓTESES
O processo de formulação de hipóteses é de natureza criativa
e requer experiência na área.
89
Gil (1991) analisou a literatura referente à descoberta científica e concluiu que na formulação de hipóteses podem-se usar
as seguintes fontes:
observação;
resultados de outras pesquisas;
teorias;
intuição.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para encerrar a abordagem sobre Problema e Hipóteses de
Pesquisa, apresenta-se um delineamento de uma pesquisa
mostrando:
a definição do problema de pesquisa; e
as hipóteses que nortearão o seu desenvolvimento.
Então, observe:
Assunto:
Tema:
Problema:
Finanças
O investidor diante do risco e o retorno dos investimentos
Como descobrir carteiras (conjunto de aplicações)
que apresentem os maiores retornos esperados para os níveis de risco aceitáveis para o investidor?
Hipóteses
Hipótese Básica
Com a teoria de carteiras (de Markowitz), é possível combinar aplicações em ativos para obter carteiras de maiores retornos para vários níveis de risco.
Hipóteses Secundárias
O modelo de precificação de ativos (CAPM) permite a obtenção de uma relação linear válida de equilíbrio, entre retorno
esperado e risco para todos os ativos.
Com a curva de utilidade do investidor e a relação riscoretorno do modelo CAPM, é possível determinar a carteira
ótima desse investidor.
O Projeto de Pesquisa
(dissertação ou tese)
Identificar os elementos de um projeto de pesquisa;
esclarecer como elaborar um projeto de pesquisa.
INTRODUÇÃO
Agora que você já conhece as etapas de uma pesquisa, é necessário aprender a elaborar um Projeto de Pesquisa.
O Projeto de Pesquisa é um documento que tem por finalidade
antever e metodizar as etapas operacionais de um trabalho de
pesquisa. Nele, você irá traçar os caminhos que deverão ser
trilhados para alcançar seus objetivos. O documento permitirá
a avaliação da pesquisa pela comunidade científica e será
apresentado para se obter aprovação e/ou financiamento para
sua execução (GIL, 1991).
Um projeto deve trazer elementos que contemplem respostas
às seguintes questões:
o que será pesquisado? O que se vai fazer?;
por que se deseja fazer a pesquisa?;
para que se deseja fazer a pesquisa?;
como será realizada a pesquisa?;
quais recursos serão necessários para sua execução?;
quanto vai custar, quanto tempo vai se levar para executála e quem serão os responsáveis pela sua execução?
92
O PROJETO DE PESQUISA
O esquema para elaboração de um projeto de pesquisa não é
único e não existem regras fixas para sua elaboração. No projeto de pesquisa você mostrará o que pretende fazer; que diferença a pesquisa trará para a área a qual pertence, para a universidade, para o país e para o mundo; como está planejada
a execução; quanto tempo levará para a sua execução e quais
as pessoas e os investimentos necessários à viabilização da
pesquisa proposta (BARROS; LEHFELD, 1999).
Um esquema clássico de apresentação de projeto de pesquisa
deverá conter:
1 TÍTULO DA PESQUISA
2 INTRODUÇÃO (O que se vai fazer? e “por quê”?)
Neste capítulo serão apresentados o tema de pesquisa, o problema a ser pesquisado e a justificativa.
Contextualize, abordando o tema de forma a identificar os motivos ou o contexto no qual o problema ou a(s) questão(ões) de
pesquisa foram identificados.
Permita que se tenha uma visualização situacional do problema. Restrinja sua abordagem apresentando a(s) questão(ões)
que fizeram você propor esta pesquisa.
Indique as hipóteses ou os pressupostos que estão guiando a
execução da pesquisa. Hipóteses ou pressupostos são respostas provisórias para as questões colocadas acima.
Arrole os argumentos que indiquem que sua pesquisa é significativa, importante e/ou relevante.
Indique os resultados esperados com a elaboração da pesquisa.
3 OBJETIVOS (para quê?)
Neste item deverá ser indicado claramente o que você deseja
fazer, o que pretende alcançar. Os objetivos podem ser:
93
3.1 OBJETIVO GERAL
Indique de forma genérica qual o objetivo a ser alcançado.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Detalhe o objetivo geral mostrando o que pretende alcançar
com a pesquisa. Torne operacional o objetivo geral indicando
exatamente o que será realizado em sua pesquisa.
4 REVISÃO DE LITERATURA (O que já foi escrito sobre o tema?)
Neste capítulo você realizará uma análise comentada do que já
foi escrito sobre o tema de sua pesquisa procurando mostrar
os pontos de vista convergentes e divergentes dos autores.
Procure mostrar os enfoques recebidos pelo tema na literatura
publicada (em livros e periódicos) e disponibilizada na Internet
(veja o capítulo 5 que abordou como fazer uma Revisão de Literatura).
5 METODOLOGIA (como? onde? com que?)
Neste capítulo você mostrará como será executada a pesquisa
e o desenho metodológico que se pretende adotar: será do tipo
quantitativa, qualitativa, descritiva, explicativa ou exploratória. Será um levantamento, um estudo de caso, uma pesquisa
experimental, etc.
Defina em que população (universo) será aplicada a pesquisa.
Explique como será selecionada a amostra e o quanto esta corresponde percentualmente em relação à população estudada.
Indique como pretende coletar os dados e que instrumentos
de pesquisa pretende usar: observação, questionário, formulário, entrevistas. Elabore o instrumento de pesquisa e anexe ao
projeto.
Indique como irá tabular os dados e como tais dados serão
analisados.
Indique os passos de desenvolvimento do modelo ou produto se
a dissertação ou tese estiver direcionada para tal finalidade.
A denominação Metodologia poderia ser substituída por Procedimentos Metodológicos ou Materiais e Métodos
94
6 CRONOGRAMA (quando? em quanto tempo?)
Neste capítulo você identificará cada etapa da pesquisa: Elaboração do projeto, Coleta de Dados, Tabulação e Análise de
dados, Elaboração do Relatório Final.
Apresente um cronograma estimando o tempo necessário para
executar cada uma das etapas.
7 ORÇAMENTO (quanto vai custar?)
Neste capítulo você elaborará um orçamento com a estimativa
dos investimentos necessários, isto é, que tornem viável a realização da pesquisa.
Faça um quadro mostrando as Rubricas: Material de Consumo (papel A4, disquetes, cartuchos para impressora, etc.); Outros Serviços e Encargos (fotocópias, transporte, alimentação,
etc.); Material Permanente (equipamentos, móveis, etc.).
Arrole quantidades e valores em reais (R$). Apresente um somatório com o valor global.
8 EXECUTOR(es) (quem vai fazer?)
Neste capítulo você indicará os participantes do projeto. Indique o nome e a função de cada um no projeto, por exemplo:
Coordenador, Pesquisador, Auxiliar de Pesquisa. No caso de
teses e dissertações indique o nome do Orientador, Coorientador, Linha de Pesquisa e nome do mestrando ou doutorando.
REFERÊNCIAS
(que materiais foram citados?)
Neste capítulo você irá arrolar as referências, de acordo com a
NBR 6023 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (2002).
Faça a referência dos documentos de onde você extraiu as citações feitas na revisão de literatura (capítulo 4 do projeto).
APÊNDICE(s)
Local destinado para disponibilizar cópias documentos de sua
autoria elaborados para complementar sua exposição ou ar-
95
gumentação na sua dissertação. (por exemplo: cópia do questionário, do formulário, do roteiro de entrevista).
ANEXO(s)
Local destinado para disponibilizar documentos não elaborados por você mas que serviram de fundamentação, comprovação e ilustração na sua dissertação (por exemplo: organograma da empresa).
Elaboração e Apresentação
do Relatório de Pesquisa
(dissertação/tese)
Elaborar e apresentar um relatório de pesquisa.
Um trabalho científico é um texto escrito para apresentar os
resultados de uma pesquisa. Os cursos de pós–graduação têm
por objetivo aprimorar a formação científica e cultural do estudante visando a produção de conhecimentos. Nos cursos de
pós–graduação stricto sensu, mestrado e doutorado, os relatórios de pesquisa são chamados de dissertação e tese, respectivamente.
Dissertação de mestrado é o relatório final da pesquisa realizada no curso de pós–graduação para a obtenção do título de
mestre. Tese de doutorado é o relatório final de pesquisa realizada no curso de pós–graduação para a obtenção do título de
doutor.
A dissertação de mestrado e a tese de doutorado são trabalhos
científicos. As diferenças entre elas não se resumem à extensão do trabalho, mas se referem ao nível da abordagem. Da
tese de doutorado os cursos exigem da pesquisa realizada
uma contribuição original, e da dissertação de mestrado as
exigências nesse aspecto são menores. A dissertação de mestrado representa o primeiro passo de inserção do pesquisador
no mundo da ciência.
98
Para Salvador (1978), a contribuição que se espera da dissertação é a sistematização dos conhecimentos; a contribuição
que se deseja da tese é uma nova descoberta ou uma nova
consideração de um tema velho: uma real contribuição para o
progresso da ciência.
Quanto à estrutura física do trabalho científico você adotará o
modelo abaixo que está baseado na NBR14724 – Informação e
Documentação – Trabalhos Acadêmicos – Apresentações (ABNT,
2002). O relatório de pesquisa (dissertação ou tese) deve conter:
Elementos Pré-Textuais
Capa ..................................................................(obrigatório)
Folha de rosto ....................................................(obrigatório)
Errata ....................................................................(opcional)
Folha de aprovação .............................................(obrigatório)
Dedicatória ............................................................(opcional)
Agradecimentos......................................................(opcional)
Epígrafe .................................................................(opcional)
Resumo na língua vernácula e estrangeira ..........(obrigatório)
Listas de ilustrações, tabelas,abreviaturas
e siglas, símbolos ...................................................(opcional)
Sumário ..............................................................(obrigatório)
Elementos Textuais
Introdução
Revisão de Literatura
Metodologia
Resultados (Análise e Discussão)
Conclusão
Elementos Complementares e Pós-Textuais
Referências .........................................................(obrigatório)
Glossário................................................................(opcional)
Apêndice ................................................................(opcional)
Anexo.....................................................................(opcional)
ELEMENTOS TEXTUAIS
Quanto à organização dos elementos textuais (texto propriamente dito) do relatório da pesquisa, não existe uma única
99
maneira de realizá-la, seja o texto uma tese ou uma dissertação. Há nomenclaturas que diferem de autor para autor, de
instituição para instituição. Porém há pontos em comum, que
indicam que tais relatórios de pesquisa devem possuir os itens
a seguir.
Introdução
Mostra claramente o propósito e o alcance do relatório. Indica
as razões da escolha do tema. Apresenta o problema e as hipóteses que conduziram a sua realização. Lista os objetivos da
pesquisa.
Revisão da Literatura/Fundamentação Teórica
Mostra, por meio da compilação crítica e retrospectiva de várias publicações, o estágio de desenvolvimento do tema da
pesquisa (AZEVEDO, 1998) e/ou estabelece um referencial
teórico para dar suporte ao desenvolvimento o trabalho.
Metodologia (Procedimentos Metodológicos ou Materiais e Métodos)
Deve:
fornecer o detalhamento da pesquisa. Caso o leitor queira
reproduzir a pesquisa, ele terá como seguir os passos adotados;
esclarecer os caminhos que foram percorridos para chegar
aos objetivos propostos;
apresentar todas as especificações técnicas materiais e dos
equipamentos empregados;
indicar como foi selecionada a amostra e qual o seu percentual em relação à população estudada;
apontar os instrumentos de pesquisa utilizados (observação, questionário, entrevista, etc.);
mostrar como os dados foram tratados e como foram analisados.
100
Resultados (análise e discussão)
Descrevem analiticamente os dados levantados, através de
uma exposição sobre o que foi observado e desenvolvido na
pesquisa. A descrição pode ter o apoio de recursos estatísticos, tabelas e gráficos, elaborados no decorrer da tabulação
dos dados. Na análise e discussão, os resultados estabelecem
as relações entre os dados obtidos, o problema da pesquisa e o
embasamento teórico dado na revisão da literatura. Os resultados podem estar divididos por tópicos com títulos logicamente formulados.
Conclusão
Apresenta a síntese interpretativa dos principais argumentos
usados, onde será mostrado se os objetivos foram atingidos e
se a(s) hipótese(s) foi (foram) confirmada(s) ou rejeitada(s).
Devem constar da conclusão a recapitulação sintetizada dos
capítulos e a autocrítica referente ao desenvolvimento da pesquisa, onde você fará um balanço dos resultados obtidos.
Andrade (1995) ressalta que a conclusão deve ser “breve, exata e convincente.”
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências
Apresentar a bibliografia citada é obrigatório, pois todo o trabalho científico é fundamentado em pesquisa bibliográfica (revisão de literatura, fundamentação teórica). Todas as publicações utilizadas no decorrer do texto deverão estar listadas de
acordo com as normas para a elaboração de referências NBR6023 da ABNT (2002).
Se necessário, outras referências poderão ser apresentadas e
organizadas por grau de autoridade (obras citadas, consultadas e indicadas).
101
Glossário
Nem sempre usual nas dissertações e teses, consiste em uma
lista de palavras ou expressões técnicas que precisam ser definidas para o entendimento do texto.
Apêndices
Aparece no final do trabalho (opcional). Apêndice, segundo a
NBR14724 da ABNT (2002) consiste em um texto ou documento elaborado pelo próprio autor, a fim de complementar
sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas
consecutivas (A, B, ...), travessão (-) e pelos respectivos títulos.
Exemplo
APÊNDICE A –
APÊNDICE B –
Anexos
Aparece no final do trabalho (opcional). Anexo, segundo a NBR14724 da ABNT (2002), consiste em um texto ou documento,
não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, comprovação e ilustração. Os anexos são identificados por letras
maiúsculas consecutivas (A, B, ...) seguido de travessão (-) e
pelos respectivos títulos.
Exemplo
ANEXO A –
ANEXO B –
Como Apresentar Graficamente seu
Relatório de Pesquisa
(dissertação ou tese)
Definir parâmetros para apresentação gráfica das dissertações e teses de acordo
com as normas da ABNT.
INTRODUÇÃO
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) recomenda a utilização das seguintes normas na apresentação de trabalhos escritos:
Sumário
Referências
NBR6027 (2003)
NBR6023 (2002)
Numeração progressiva das
seções de um documento
NBR14724 (2002)
NBR6024 (2003)
Resumos
NBR6028 (2003)
Citações em documento
NBR10520 (2002)
Trabalhos acadêmicos
Títulos de lombada
NBR12225 (2004)
104
COMO NORMALIZAR A APRESENTAÇÃO
GRÁFICA DE TESES E DISSERTAÇÕES
No caso do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção da UFSC, será mostrado, passo a passo, como será
o emprego das normas para a apresentação gráfica das dissertações e teses com referência aos elementos pré-textuais, textuais, complementares e pós-textuais. Os itens devem estar
apresentados na seqüência apresentada a seguir.
Capa
Devem constar os elementos essenciais necessários à identificação do documento. A capa deve ser preta e dura em vulcapel com letras douradas.
Dorso ou Lombada
Deve constar na parte superior a sigla da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), do Centro Tecnológico (CTC) e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP); a
palavra “dissertação” ou “tese”. No meio, de cima para baixo, o
nome do autor, e na parte inferior o ano da defesa.
UFSC
CTC
PPGEP
Universidade Federal de Santa Catarina
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção
Dissertação
João da Silva Costa
João da Silva Costa
1999
MODELOS DE AMBIENTES
INTELIGENTES PARA A
APRENDIZAGEM NO
ENSINO A DISTÂNCIA
Dissertação de Mestrado
Florianópolis
1999
Observação: todos
os nomes de pessoas citadas nos
exemplos são fictícios.
105
Elementos pré-textuais
Folha de rosto
João da Silva Costa
MODELOS DE AMBIENTES
INTELIGENTES PARA A
APRENDIZAGEM NO
ENSINO A DISTÂNCIA
Folha obrigatória onde
aparecem todos os elementos para identificação da dissertação
ou tese.
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção da
Universidade Federal de Santa Catarina
como requisito parcial para obtenção
do grau de Mestre em
Engenharia de Produção
Orientador: Prof. José de Souza, Dr.
Florianópolis
1999
Verso da
folha de rosto
Ficha Catalográfica
Deve conter a ficha
catalográfica de acordo com o Código de
Catalogação Angloamericano – CCAA.
Consulte um bibliotecário para a sua elaboração.
106
Folha de aprovação
João da Silva Costa
MODELOS DE AMBIENTES
INTELIGENTES PARA A APRENDIZAGEM
NO ENSINO A DISTÂNCIA
Esta dissertação foi julgada e aprovada para a
obtenção do grau de Mestre em Engenharia de
Produção no Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção da
Universidade Federal de Santa Catarina
Florianópolis, 12 de abril de 1999.
Prof. Fulano de Tal, Ph.D.
Coordenador do Programa
Folha obrigatória na
qual consta o nome e a
instituição dos membros da banca (em duas colunas, com espaço
para assinatura) a data
da defesa e o título obtido.
Essas páginas são
contadas contudo a
numeração não aparecerá grafada, somente
a partir da introdução.
BANCA EXAMINADORA
Prof. Peter Bell, Ph.D.
Prof. Fulano de Tal, Ph.D.
University of Berkley
Universidade Federal de Santa Catarina
Orientador
Profa. Maria Cabral, Ph.D.
Universidade de Minho
Prof. Roberto Silva, Dr.
Universidade Federal de Santa Catarina
Dedicatória
Folha opcional onde o
autor presta homenagem ou dedica a dissertação a alguém.
A minha esposa, Joana
pelo apoio constante.
A meus filhos João e Maria.
107
Agradecimentos
Agradecimentos
À Universidade Federal de Santa Catarina.
À Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior – CAPES
Ao orientador Prof. Fulano de Tal,
pelo acompanhamento pontual e competente.
Aos professores do Curso de Pós-Graduação
...
Folha opcional onde o
autor agradece o apoio
recebido na elaboração do trabalho.
...
A todos os que direta ou indiretamente
contribuíram para a realização
desta pesquisa.
Epígrafe
Folha opcional onde o
autor apresenta uma
citação, seguida de
autoria, relacionada
com a matéria tratada
no corpo do trabalho.
“Uma descoberta, seja feita
por um menino na escola ou por um
cientista trabalhando na fronteira do
conhecimento, é em sua essência uma
questão de reorganizar ou transformar
evidências, de tal forma que se possa ir
além delas assim reorganizadas,
rumo a novas percepções”.
Jerone Bruner
108
Resumo (obrigatório)
Resumo
COSTA, João da Silva. Modelos de ambientes
inteligentes para a aprendizagem no ensino a
distância. 1999. 120f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Produção) - Programa de PósGraduação em Engenharia de Produção, UFSC,
Florianópolis.
Xxxxxxxxx xxxxxxxx xx xxxxx xxxx xxxx
Resumo informativo em português xxxx
xxxxxxx. Xxxx xxx xxxxxxxxxxx xxxxxx xx
xx xxxxxxxxxxxx. Xxxxxxxxxxxx xx xxxxx
x xxxxxxxxx. Xxxxxx xxxxxxxxxxx xxxx x
xxxxxxx xxxxxxxxxx xxxxxxxxxx xxxxxxxx.
...até 500 palavras.
Texto informativo que
sintetiza o conteúdo
da tese ou dissertação
ressaltando o objetivo,
o método, os resultados e as conclusões do
trabalho (veja o capítulo 7). As palavraschave são separadas
por ponto.
Palavras-chave: Aprendizagem. Ensino a
distância. Inteligência.
Abstract (obrigatório)
Abstract
COSTA, João da Silva. Modelos de ambientes
inteligentes para a aprendizagem no ensino a
distância. 1999. 120f. Dissertação (Mestrado em
Engenharia de Produção) - Programa de PósGraduação em Engenharia de Produção, UFSC,
Florianópolis.
Xxxxxxxxx xxxxxxxx xx xxxxx xxxx xxx
Resumo informativo em inglês xxxx xx xxxx
xxxxxxxxxxx. Xxxx xxx xxxxxxxxxxx xxxx
xx xxxxxxxxxxxx. Xxxxxxxxxxxx xx xxxxx
x xxxxxxxxx. Xxxxxx xxxxxxxxxxx xxxx x
xxxxxxx xxxxxxxxxx xxxxxxxxxx xxxxxxxx.
...até 500 palavras.
Key words: Learning. Education in the
distance. Intelligence.
Tradução do resumo
para o inglês que, nas
teses e dissertações,
aparece logo após o
resumo em português
As key words são separadas por ponto.
109
Lista de ilustrações
Lista de mapas
Mapa 1: mapa cognitivo........................32
Mapa 2: mapa semantico......................41
Lista de quadros
Quadro 1: O mundo em dados..............29
Quadro 2: O Brasil em dados................37
Quadro 3: ..............................................39
Quadro 4: ..............................................53
Quadro 5: A comunicação global...........65
(Recomenda-se apresentação de listas
próprias para cada
tipo de ilustração:
fotografias, quadros,
gráficos, organogramas, fluxogramas,
esquemas, etc.). Veja
o exemplo das listas
de mapas e quadros
apresentadas ao lado.
Lista de tabelas
Lista de tabelas
Tabela 1: Computadores no Mundo . . . 28
Tabela 2: Computadores no Brasil . . . . 32
Tabela 3: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Tabela 4: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Tabela 5: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Tabela 6: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Tabela 7: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Tabela 8: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Tabela 9: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Informações tratadas
estatisticamente. Recebem numeração
consecutiva no texto
e são elaboradas de
acordo com a norma
de apresentação tabular do IBGE.
110
Lista de abreviaturas
e siglas
Lista de abreviaturas,
siglas e símbolos
Abreviaturas
eng. = engenheiro
ex. = exemplo
Siglas
ABNT Associação Brasileira de
Normas Técnicas
EAD Ensino a Distância
Símbolos
Elemento opcional
com a relação alfabética das abreviaturas,
siglas usados no texto, seguido das expressões correspondentes grafadas por
extenso. Lista própria
para cada tipo de redução.
Lista de símbolos
Elemento opcional,
que deve ser elaborado de acordo com a
ordem apresentada
no texto, com o devido significado.
© Copyright
Sumário
Sumário
1 INTRODUÇÃO....................................13
2 REVISÃO DE LITERATURA..............18
3 METODOLOGIA.................................22
...
...
REFERÊNCIAS...................................115
APÊNDICE..........................................120
APÊNDICE A - Questionário.............121
APÊNDICE B - Instituições...............123
Elemento obrigatório
que enumera as principais divisões, seções e outras partes
do trabalho, na mesma ordem e grafia em
que a matéria nele se
sucede.
111
Elementos textuais
13
1 INTRODUÇÃO (fonte 14)
A história da ciência no Brasil...
fonte 12 e espaçamento 1,5
(Corpo do trabalho).
Página em que começa a aparecer a numeração das páginas.
O texto, propriamente dito, começa com uma introdução e
nesta página começa a ser grafada a numeração em algarismos arábicos, lembrando que as páginas anteriores são contadas. A estrutura do texto de relatório de pesquisa (dissertação ou tese) será composta por:
Introdução;
Revisão de literatura;
Metodologia;
Resultados (Análise e discussão);
Conclusão.
O corpo do trabalho é numerado progressivamente por seções,
que são partes em que se divide o texto de um documento e que
contém as matérias consideradas afins na exposição ordenada
do assunto. As seções são numeradas com algarismos arábicos.
O indicativo numérico em algarismos arábicos (1, 2, 3, 4, etc.)
de uma seção precede o título.
112
Exemplo
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
4.1 A metáfora do hipertexto
4.1.1 O hipertexto
4.1.2 A comunicação e o hipertexto
(seção primária)
(seção primária)
(seção primária)
(seção primária)
(seção secundária)
(seção terciária)
(seção terciária)
As seções correspondem aos capítulos onde são feitas a apresentação, a delimitação, a justificativa, a argumentação, apresentados
os resultados, a discussão e a conclusão da dissertação ou tese.
Os títulos das seções devem estar claramente identificados e
hierarquizados através CAIXA ALTA em negrito ou sublinhado,
CAIXA ALTA e baixa em negrito ou sublinhado e CAIXA ALTA
e baixa sem negrito.
Exemplo
3 PROCESSO DECISÓRIO
3.1 O Processo Decisório
3.1.1 Um esquema geral do processo decisório
3.1.2 A tomada de decisão
As seções primárias (capítulos) do texto devem começar em
lauda própria (nova) e em páginas ímpares, isto se o material
for impresso nos dois lados da folha.
Nas dissertações da Pós-graduação em Engenharia de Produção da UFSC usa-se o espaçamento 1,5 cm nas entrelinhas no
texto e 2 entre as seções e subseções. A ABNT (2002) recomenda que o espaçamento entrelinhas seja duplo e entre as
seções sejam usados dois espaços duplos. Nas citações de
mais três linhas, notas e referências, legendas e ficha catalográfica recomenda o uso do espaço simples.
113
Exemplo
2 O PROCESSO DE PESQUISA
O pesquisador no processo de pesquisa é movido por dois objetivos básicos: a busca do conhecimento e o reconhecimento dos pares.
2.1 Busca do conhecimento
Parece sensato considerar que o objetivo mais perseguido pelo
ser humano seja o de “capturar a realidade”.
O espírito científico é movido pelo desejo de apreender o sentido
do universo e desvendar os segredos da natureza.
2.2 Reconhecimento dos pares
O pesquisador...
O início de parágrafos e alíneas será feito dando seis toques
(0,6 cm) a partir da margem esquerda.
As transcrições (citações diretas) de mais de três linhas aparecem recuadas em 4 cm, a partir da margem esquerda.
Exemplo
Drucker (1997, p.16) chama a nova sociedade de sociedade
capitalista. Nesta nova sociedade:
O recurso econômico básico – ‘os meios de produção’,
para usar uma expressão dos economistas – não é mais o
capital, nem os recursos naturais (a ‘terra’ dos economistas), nem a ‘mão-de-obra’. Ele será o conhecimento. As
atividades centrais de criação de riqueza não serão nem a
alocação de capital para usos produtivos, nem a ‘mão-deobra’ – os dois pólos da teoria econômica dos séculos de-
114
zenove e vinte, quer ela seja clássica, marxista, keynesiana ou neoclássica. Hoje o valor é criado pela ‘produtividade’ e pela ‘inovação’, que são aplicações do conhecimento ao trabalho. Os principais grupos sociais da sociedade
do conhecimento serão os ‘trabalhadores do conhecimento’ – executivos que sabem como alocar conhecimento
para usos produtivos...
As ilustrações e as tabelas devem aparecer no texto, segundo a
NBR14724 da ABNT (2002), de forma padronizada.
Ilustrações são quadros, gráficos, diagramas, desenhos, fotografias, mapas, etc. que complementam visualmente o
texto.
Tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente
e devem ser elaboradas de acordo com a norma de apresentação tabular do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (1993).
As ilustrações aparecem acompanhadas da palavra designativa conforme sua classificação, seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto em algarismos arábicos e a fonte
(indicação do autor da figura ou da publicação de onde ela foi
retirada) também na parte inferior caso não tenha sido elaborada pelo autor da dissertação ou tese.
A fonte, ou seja, a indicação da autoria da ilustração ou tabela
se esta não for a mesma da dissertação ou tese, deve aparecer
na parte inferior do quadro ou tabela.
As tabelas têm numeração independente e consecutiva; o título é colocado na parte superior precedido da palavra “tabela” e
de seu número de ordem, as demais ilustrações aparecem na
parte inferior.
115
Exemplo
Passado
Elevados volumes e lotes de produção
com longos ciclos de vida;
Maximizar lucros sobre os ativos fixos;
Hoje
Baixos volumes, lotes reduzidos e ciclos de vida curtos;
Minimizar perdas, maximizar o valor
agregado;
Pequeno número de produtos com Elevado número de variados produtos
reduzida diversificação em um mercado em um mercado internacional;
doméstico;
Elevada participação do Custo Direto Relativamente elevado custo tecnológicom mão-de-obra, elevado custo de co, relativamente baixo custo de proprocessamento de informação;
cessamento de informação;
Pequena relação Custos Indiretos/
Elevada relação Custo Indiretos/Custos
Custos Fixos em comparação com Fixos em comparação com custos de
custos de mão-de-obra direta/Ativos mão-de-obra direta/Ativos Fixos;
Fixos;
Elevado número de ilhas de conheci- Elevado número de centros de conhementos com pouca interação e troca de cimento integrados e em contínua troca
informação, trabalhando isoladamente. de informações e participações conjuntas.
Quadro 1: Diferenças no ambiente organizacional
Fonte: Adaptado de Sullivan (1991)
______________________________________________________
Exemplo
Diagrama1: Fatores sistêmicos para a qualidade e produtividade dos sistemas
produtivos.
Fonte:QUELHAS, Osvaldo Luis Gonçalves. Articulação dos programas de qualidade e de saúde do trabalhador. Disponível em: <http://www.geocities.com/ CapeCanaveral/4045/saude.html>. Acesso em: 29 dez. 1999.
_____________________________________________________________
116
Exemplo
Tabela 2: Reserva Extrativista “Chico Mendes”
Força de Trabalho Familiar
Faixa Etária
0 até 9
10 até 19
20 até 29
30 até 39
40 até 49
50 até 59
60 até 69
TOTAL
Homens
2
86
30
24
31
13
6
192
Mulheres
0
39
16
18
7
2
0
82
Total
2
125
46
42
38
15
6
274
%
0,7
45,6
16,8
15,3
13,9
5,5
2,2
100
As equações e as fórmulas (expressões matemáticas ou químicas) aparecem destacadas e na seqüência normal do texto.
Exemplo
Para uma amostra de N companhias, o resíduo médio RM por período pode ser definido pela expressão:
RMT = 1/N . EjT
Elementos pós-textuais
Referências
Lista de elementos descritivos de um documento, que permite
a sua identificação. Aparecem em ordem alfabética de sobrenome de autor, quando o sistema de citação adotado for autor-data e em ordem numérica quando as citações forem feitas
pelo sistema numérico. Listam-se as obras citadas para fundamentação teórica do trabalho ou que forneceram algum
subsídio a sua elaboração. Se necessário pode-se subdividir
esta lista em: obras citadas, consultadas e indicadas.
117
Exemplo
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, V. M. R. H. de. Estudo dos canais informais de comunicação técnica:
seu papel na transferência de tecnologia e na inovação tecnológica. Ciência da
Informação, Rio de Janeiro, v. 8, n. 2, p. 79-100, 1979.
BOURDIEU, P. O campo científico. In: ORTIZ, R. (Org.). Pierre Bourdieu: sociologia. São Paulo: Ática, 1983a . p. 123-155.
BOURDIEU, P. Esboço de uma teoria prática. In: ORTIZ, R. (Org.). Pierre Bourdieu: sociologia. São Paulo: Ática, 1983b. p. 46-81.
CALLON, M.; LAREDO, P.; RABEHARISOA, V. Gestion des programmes publics
et réseaux technico-économiques. In: VINCK, D. (Coord.). Gestion de la recherche. Bruxelles: De Boech, 1991. p. 279-307.
Glossário
Elemento opcional que apresenta em ordem alfabética as palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido
obscuro, acompanhadas das definições.
Exemplo
GLOSSÁRIO
Análogo – semelhante, comparável.
Autonomia – independência, faculdade de se governar por si mesmo.
...
Evocação - ato de trazer alguma coisa à lembrança ou à imaginação.
...
Inadvertência – imprevidência, descuido.
...
Versar – praticar, exercitar.
Apêndice
Elemento opcional que consiste em um texto ou documento
elaborado pelo autor, para complementar a sua argumentação.
Exemplo
APÊNDICES
APÊNDICE A - Questionário
118
APÊNDICE B – Lista de Instituições
Anexos
Elemento opcional que consiste em um texto ou documento
não elaborado pelo autor da dissertação. Serve de fundamentação, comprovação e ilustração.
Exemplo
ANEXOS
ANEXO A – Lei 9.394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
ANEXO B – Exemplos de Sistemas Tutoriais Inteligentes: Scholar, Sophie, West, Guidon, Hydrive
Normas gerais de apresentação
Para apresentação de trabalhos acadêmicos e relatórios de
pesquisa (tese ou dissertação) deve-se usar folha branca em
papel no formato A4 (21x29,7 cm). A tinta usada na digitação
dever ser de cor preta no corpo do texto e nas ilustrações podem ser usadas tintas coloridas.
Na escrita deve-se fazer uso da ortografia oficial.
O tipo da letra deve ser de tamanho médio e redondo (Arial),
evitando tipo inclinado e de fantasia. Para o texto usar fonte
de tamanho 12 e para os títulos fonte de tamanho 14. Para
citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação,
legendas usar fonte de tamanho 10.
A folha deve apresentar margem superior e à esquerda, de
3 cm, e inferior e à direita, de 2 cm.
A numeração das páginas deve aparecer no canto superior direito da lauda, duas linhas acima da primeira linha do texto, usando-se fonte tamanho 10.
119
13
2 cm
3 cm
3 cm
2 cm
Como Elaborar Artigos para Publicação?
Apresentar a norma NBR 6022 da ABNT usada na elaboração de artigos;
identificar os diversos tipos de artigos;
apresentar recomendações para a redação de artigos.
INTRODUÇÃO
No decorrer do próprio curso muitas disciplinas exigem como
produto final a elaboração de um artigo para obtenção da sua
aprovação na disciplina. Se este artigo receber recomendação
do professor ou mesmo do orientador poderá ser encaminhado
para avaliação em publicações periódicas (revistas) específicas
da área ou áreas afins.
Durante o processo de elaboração da sua dissertação ou tese
muitos artigos são gerados quando está se escrevendo os capítulos ou a própria revisão de literatura. Tais artigos também
podem ser encaminhados para avaliação em publicações
periódicas, quando autorizados pelo orientador, antes da defesa e obtenção dos resultados finais da pesquisa.
Publicações periódicas, segundo o Macrotesauros em Ciência
da Informação (1982, p.47), são “publicações que aparecem
em intervalos regulares, com conteúdos e autores variados
que registram conhecimentos atualizados e garantem aos autores prioridade intelectual nos resultados de pesquisa.”
122
No sistema de comunicação na ciência, o periódico é considerado a fonte primária mais importante para a comunidade
científica. Por intermédio do periódico científico, a pesquisa é
formalizada, o conhecimento torna-se público e se promove a
comunicação entre os cientistas. Comparado ao livro é um canal ágil, rápido na disseminação de novos conhecimentos.
Para Herschman (1970), a importância do periódico no sistema
de comunicação na ciência deve-se a três funções básicas: a)
função memória; b) função de disseminação; c) função social. A
função memória lhe é conferida quando representa o instrumento de registro oficial e público da ciência; a função de disseminação quando se constitui em instrumento de difusão de informações; e a função social quando confere prestígio e recompensa
aos autores, membros de comitês editoriais e editores.
Para escrever artigos e submetê-los à apreciação de comitês
editorais de periódicos (revistas), você precisa conhecer as
normas de editoração de cada periódico/revista.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003, p.1) por
meio da NBR 6022 – Informação e documentação- artigo em
publicação periódica impressa – "estabelece um sistema para
a apresentação dos elementos que constituem o artigo em publicação periódica científica impressa."
Para facilitar sua vida acadêmica nesta hora, seguir as recomendações da ABNT é um bom começo, isto porque as normas editoriais dos periódicos/revistas seguem em linhas gerais essas orientações.
O QUE É UM ARTIGO CIENTÍFICO?
Artigo científico, segundo a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (2003, p.2), é parte de "uma publicação com autoria
declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, processos,
técnicas e resultados nas diversas áreas do conhecimento."
TIPOS DE ARTIGOS
A ABNT reconhece dois tipos de artigos:
123
artigo original: quando apresenta temas ou abordagens próprias. Geralmente relata resultados de pesquisa e é chamado em alguns periódicos de artigos científicos.
artigo de revisão: quando resume, analisa e discute informações já publicadas. Geralmente é resultado de pesquisa
bibliográfica.
QUAL A ESTRUTURA
RECOMENDADA PARA OS ARTIGOS?
Elementos pré-textuais
Título: o artigo dever ter um título que expresse seu conteúdo.
O título e o subtítulo (se houver) devem figurar na página de
abertura do artigo, diferenciados tipograficamente ou separados por (:) dois pontos e na língua do texto.
Autoria: o artigo deve indicar o(s) nome(s) do(s) autor(es) acompanhado de suas qualificações na área de conhecimento do artigo.
Tanto o breve currículo, com os endereços postal e eletrônico, devem aparecer em rodapé indicado por asterisco na página de abertura ou, opcionalmente, no final dos elementos pós-textuais, onde
também devem ser colocados os agradecimentos do(s) autor(es) e a
data de entrega dos originais à redação do periódico.
Resumo na língua do texto: parágrafo que sintetiza os objetivos
do autor ao escrever o texto, a metodologia e as conclusões
alcançadas. Não devendo ultrapassar 250 palavras. Para elaborar o resumo, veja a NBR 6028 da ABNT.
Palavras-chave na língua do texto: termos escolhidos para indicar o conteúdo do artigo. Pode ser usado vocabulário livre
ou controlado, antecedida da expressão Palavra-chave e separadas entre si por ponto (.) e finalizadas por ponto (.).
Elementos textuais
Texto: composto basicamente de três partes: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Se for divido em Seções, deverá seguir o
Sistema de Numeração Progressiva conforme a NBR 6024 da
ABNT.
124
A Introdução expõe o objetivo do autor, a finalidade do artigo e
a metodologia usada na sua elaboração.
O Desenvolvimento mostra os tópicos abordados para atingir o
objetivo proposto. Nos artigos originais, quando relatam resultados de pesquisa, o desenvolvimento mostra a análise e a
discussão dos resultados.
A Conclusão sintetiza os resultados obtidos e destaca a reflexão conclusiva do autor, reportando-se aos objetivos e hipóteses.
São considerados elementos de apoio ao texto notas, citações,
quadros, fórmulas e ilustrações. As citações devem ser apresentadas de acordo com a NBR10520 da ABNT.
Elementos pós-textuais
Título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira: diferenciados tipograficamente ou separados por dois pontos (:) precedem o resumo em língua estrangeira.
Resumo em língua estrangeira: versão do resumo na língua do
texto, para idioma de divulgação internacional (em inglês Abstract).
Palavras-chave em língua estrangeira: versão das palavras na
língua do texto para a mesma língua do resumo em língua estrangeira (em inglês Key words).
Nota(s) Explicativa(s) : a numeração da notas explicativas é
feita em algarismos arábicos, devendo ser única e consecutiva
para cada artigo.
Referências: lista de documentos citados nos artigos de acordo
com a NBR 6023 da ABNT.
Apêndice: documento elaborado pelo autor que complementa
o artigo.
Anexo: documento não elaborado pelo autor que serve de ilustração, comprovação ou fundamentação.
125
Nota Editorial: currículo do autor, endereço para contato, agradecimentos e data de entrega dos originais.
Observações
É necessário que o artigo agregue valor à área de estudo, apresente uma aplicação ou idéias novas. As frases devem ser
curtas e fáceis de serem compreendidas. Veja as recomendações dadas no capítulo 7 no item como fazer fichamentos dos
textos, 3° passo.
Referências
ANDRADE, Maria Margarida de. Como
preparar trabalhos para cursos de pósgraduação: noções práticas. São Paulo:
Atlas, 1995.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS. NBR6028: informação e documentação: resumos- apresentação. Rio de
Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS. NBR10520: informação e documentação - apresentação de citações em
documentos. Rio de Janeiro, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS. NBR6029: informação e documentação: apresentação de livros. Rio de
Janeiro, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS. NBR12225: informação e documentação – lombada- apresentação. Rio
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TÉCNICAS. NBR6023: informação e documentação - referências - elaboração. Rio de
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Apêndice A - Relação de Títulos de Periódicos
da Engenharia de Produção disponíveis no Portal
Capes
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Research Societies
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2003AACE International Transactions (American Association of Cost Engineers)
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1998AI EDAM Artificial Intelligence for Engineering, Design, Analysis and
Manufacture
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1998AIHA Journal (American Industrial Hygiene Association)
Observação: periódico com texto completo disponível:2002-2003.
AIHAJ (American Industrial Hygiene Association)
Observação: periódico com texto completo disponível: 2000-2001.
Accident Analysis and Prevention
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Accreditation and Quality Assurance: Journal for Quality, Comparability and Reliability in Chemical Measurement
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1996American Industrial Hygiene Association Journal
Observação: periódico com texto completo disponível: 1997-2000.
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Annals of Occupational Hygiene
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Annals of Operations Research
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Annals of the ICRP
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Applied Ergonomics: Human Factors in Technology and Society
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Asia Pacific Journal of Operational Research
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1996Assembly
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1990Assembly Automation
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1992Automotive Design and Production
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1987Canadian Packaging
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1990Chemical Health and Safety
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Cognition, Technology and Work
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Components, Packaging and Manufacturing Technology. Part C:
Manufacturing, IEEE Transactions on
Observação: periódico com texto completo disponível: 1996-1998.
Computational Optimization and Applications
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Computer Integrated Manufacturing Systems
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Computers and Industrial Engineering
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995-
131
Computers and Operations Research
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Computers in Industry
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Concurrent Engineering: Research and Applications
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002Converting Magazine
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2001Cost Engineering
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1987Creativity and Innovation Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1997Design Studies
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Displays
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Dynamics and Control
Observação: periódico com texto completo disponível: 1997-2001.
EMC Toxicologie Pathologie
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2004Electronics Packaging Manufacturing, IEEE Transactions on
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Engineering Economist
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Engineering Management Journal
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1991Engineering Management Journal (EMJ)
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1997Engineering Management Review, IEEE
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002Engineering Management, IEEE Transactions on
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1998-
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European Journal of Operational Research
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995European Journal of Purchasing and Supply Management
Observação: periódico com texto completo disponível: 1996-2002.
Fire Safety Journal
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Fire Technology
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1997Fuzzy Optimization and Decision Making: A Journal of Modeling and
Computation Under Uncertainty
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002Gestão e Produção
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002Human Factors
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1998IIE Solutions
Observação: periódico com texto completo disponível: 1995-2002.
IIE Transactions (Institute of Industrial Engineers)
Observação: periódico com texto completo disponível: 1997-2002.
IMA Journal of Management Mathematics
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2001IMR Industrial Management Review
Observação: periódico com texto completo disponível: 1963-1970.
INFOR
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1992IOMA's Safety Director's Report (Institute of Management and Administration)
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2003Industrial Engineer
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2003Industrial Engineering
Observação: periódico com texto completo disponível: 1987-1995.
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Industrial Maintenance and Plant Operation
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002Industrial Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Industrial Management Review
Observação: periódico com texto completo disponível: 1996-1963.
Industrial Management and Data Systems
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Industrial Marketing Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Industrial Robot
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1992Industrial and Commercial Training
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1992Industry Applications Magazine, IEEE
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Industry Applications, IEEE Transactions on
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1998Industry Week
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1997Integrated Manufacturing Systems
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1992Interfaces
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2001International Archives of Occupational and Environmental Health
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1996International Journal of Advanced Manufacturing Technology
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999International Journal of Agile Management Systems
Observação: periódico com texto completo disponível: 1999-2000.
International Journal of Applied Quality Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999-
134
International Journal of Flexible Manufacturing Systems
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999International Journal of Industrial Ergonomics
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Journal of Manufacturing Technology Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2004Journal of Occupational Health
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1996Journal of Occupational Health Psychology
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1996Journal of Occupational and Organizational Psychology
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Journal of Operations Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Journal of Process Control
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Journal of Product Innovation Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1984Journal of Productivity Analysis
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Journal of Purchasing and Supply Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2003Journal of Quality Management
Observação: periódico com texto completo disponível: 1996-2001.
Journal of Quality Technology
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1997Journal of Quality in Maintenance Engineering
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Journal of Safety Research
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Journal of Scheduling
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2003-
135
Journal of Strategic Information Systems
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Journal of Sustainable Product Design
Observação: periódico com texto completo disponível: 2001-2002.
Journal of the Operational Research Society
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1999Location Science
Observação: periódico com texto completo disponível: 1995-1998.
Logistics and Transportation Review
Observação: periódico com texto completo disponível: 1987-1996.
MSI: Information Technology for Manufacturing Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2001Manufacturing Automation
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1996-
Manufacturing Engineer
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1994Manufacturing Engineering
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1998Manufacturing Systems
Observação: periódico com texto completo disponível: 1987-2000.
Manufacturing Technology, IEEE Transactions on
Observação: periódico com texto completo disponível: 1972-1977.
Material Handling Engineering
Observação: periódico com texto completo disponível partir de 2000Mathematical Methods of Operations Research
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1997-
Mathematics of Operations Research
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002Mix
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002Modern Machine Shop
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1997-
136
Modern Materials Handling
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1998.
Modern Materials Handling: Warehousing Management Edition
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2003Mécanique et Industries
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2000OR Spectrum: Quantitative Approaches in Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1997Occupational Hazards
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1997Occupational Health
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002Occupational Health and Safety
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1992Occupational Health and Safety
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1992Omega: The International Journal of Management Science
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Operations Research
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1987Operations Research Letters
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1995Organization Science
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002PM Network
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2003Package Printing
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2003Packaging Digest
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2001Penton's Controls and Systems
Observação: periódico com texto completo disponível: 1987-1992..
137
Pesquisa Operacional
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2000Occupational Health and Safety
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1992Plant Engineering
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1996Probability in the Engineering and Informational Sciences
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1999Product Engineering and Production, IEEE Transactions on
Observação: periódico com texto completo disponível: 1963-1965.
Product Engineering and Production, IRE Transactions on
Observação: periódico com texto completo disponível: 1961-1961.
Product Management and Development: Brazilian Journal of Management of Product Development
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002Production Techniques, IRE Transactions on
Observação: periódico com texto completo disponível: 1956-1959.
Production and Inventory Management Journal
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1987Production and Operations Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1999Produção Online: Revista Eletrônica de Engenharia de Produção
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de2001Professional Safety
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1997Pump Industry Analyst
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1995Quality Progress
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1997R & D Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1997Relatórios de Pesquisa em Engenharia de Produção da UFF
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2002-
138
Reliability Engineering and System Safety
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1995Research Technology Management
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1988Research in Engineering Design
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de1998Reuse Recicle Newsletter
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de2002Revista Pesquisa e Desenvolvimento: Engenharia de Produção
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 2003Robotics and Computer-Integrated Manufacturing: An International
Journal of Manufacturing and Product and Process Development
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Safety Management
Observação: periódico com texto completo disponível: 2003-2003.
Safety Science
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Safety and Health Practitioner
Observação: periódico com texto completo disponível: 1997-2001.
Semiconductor Manufacturing, IEEE Transactions on
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1988Site Selection
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Supervision
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995TQM Magazine
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1993Technovation: An International Journal of Technical Innovation and
Entrepreneurship
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1995Theory and Decision
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1993Tooling and Production
Observação: periódico com texto completo disponível a partir de 1993-
Download

Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação