Anais Roda de Conversa: Meio Ambiente ORGANIZAÇÃO: Universidade Federal do Pará - UFPA INSTITUIÇÕES PARCEIRAS A revisão lingüística e ortográfica, assim como o enquadramento às regras da ABNT é de responsabilidade dos autores e coautores. ISBN 978-85-63728-28-9 Horto Ecológico Gema Conte Piccinini1 e Janaína Giordani Longhi2 O Horto Ecológico do PSF Cruzeiro do Sul foi construído em conjunto com a comunidade, a UFRGS e a Equipe da Saúde da Família, em 1996. As pessoas da comunidade vieram ou têm suas origens no interior, e por isso um dos seus objetivos principais do Horto é o cultivo de plantas tradicionais. A partir doconhecimento aprendido e passado de geração em geração, esse espaço torna-se um laboratório vivo de cultivo de plantas de diferentes tipos. É um espaço terapêutico e oportuniza aprendizado e vivências variadas, envolvendo atividade acadêmica e a convivência com a comunidade, compartilhando e socializando conhecimentos, experiências e interações múltiplas. No começo, era um espaço de pesquisa acadêmica, como estudo fitotécnico de plantas medicinais. Com o tempo, o espaço foi se modificando conforme o contato e a participação da comunidade, de visitantes, e de novos trabalhadores, na sua construção e manutenção. É um espaço com biodiversidade física e diversidade cultural, e por isso, outras dimensões de conhecimentos foram sendo somadas. Em 2013, o canteiro em espiral recebeu uma nova disposição das plantas cultivadas, conforme as cores do arco-íris e dos chacras. Além disso, diversas atividades e oficinas são feitas no Horto, com crianças, idosos, visitantes, acadêmicos, etc. No final do ano, foi realizado um curta-metragem sobre o Horto, suas finalidades e atividades feitas. 1 2 Docente de Enfermagem na instituição UFRGS Acadêmica do curso de História na instituição UFRGS Construção de logotipo para projeto de Educação Ambiental em Bacias Hidrográficas Douglas Cordova Azevedo, Teresinha Guerra, Paulo Robinson da Silva Samuel, Vilma Cardoso da Silva, Judite Guerra, Sérgio Luiz de Carvalho Leite, Heinrich Hasenack, Angela Ungaretti, Rodrigo Cavasini e Danielle Paula Martins. A construção de um logotipo é muito importante para um projeto, uma vez que através dele é possível representar ideias e passar informações de uma maneira direta e estabelecer uma associação entre imagem e ideia, no caso, entre logotipo e projeto, através da comunicação visual, sendo essencial um bom design. O objetivo do trabalho era desenvolver um logotipo para o projeto de Educação Ambiental em Bacias Hidrográficas que representasse as ideias e objetivos do projeto. Para isso, a interação com a área de pesquisa foi essencial. A leitura de textos sobre Educação Ambiental, Comitês de Bacias Hidrográficas, saída de campo, reuniões dos bolsistas e a equipe técnica ajudaram a contextualizar e compreender a multidisciplinaridade do projeto e a necessidade de representar isso em um logotipo. A pesquisa em bibliografias de Design foi igualmente importante, pesquisando conceitos e princípios condizentes com os objetivos do projeto. O resultado foi a construção de um logotipo dinâmico e complacente com as diretrizes do projeto de Educação Ambiental em Bacias Hidrográficas, composto a partir da diversidade e da pluralidade da equipe. O objetivo é a troca de ideias e experiências com um grupo inter/multidisciplinar, que exige a compreensão e interação para integrar os conhecimentos e a discussão sobre métodos utilizados e estabelecer diálogo entre estudantes e profissionais de diferentes áreas, com compreensão e respeito nas diversidades para a produção de resultados positivos. Educação Ambiental como ferramenta para a conservação: troca de saberes para a construção de futuros multiplicadores Autores: Beatriz Barros Aydos, Roberto Ely Fonseca e Matheus Kingeski Ferreira Orientadora: Teresinha Guerra Embora prevista na legislação, a educação ambiental ainda não foi implantada nas instituições de ensino. A educação é uma ferramenta fundamental na conservação de ambientes naturais, por proporcionar um maior entendimento e conscientização da problemática ambiental na sociedade. O projeto “Educação Ambiental na Bacia Hidrográfica do Gravataí” visa capacitar professores da rede pública de ensino para serem multiplicadores do tema, e na produção de material para uso nas escolas. Essa bacia engloba 9 municípios, na região metropolitana de Porto Alegre, RS. É uma área bastante degradada por expansão agrícola, principalmente o arroz irrigado, e impactada pela ocupação urbana. Esse rio é usado para captação de água e despejo de poluentes. O Refúgio de Vida Silvestre Banhado dos Pachecos, Unidade de Conservação de Proteção Integral, está inserido nessa bacia e o assentamento “Filhos de Sepé”, que conta com o maior cultivo de arroz orgânico no Brasil. O grupo realizou uma visita ao Refúgio, local que será estratégico para o desenvolvimento do projeto, e participou de uma reunião com representantes de setores da sociedade: gestores ambientais, assentados, órgãos públicos, acadêmicos, professores e do Comitê da Bacia do Gravataí, importante na gestão de recursos hídricos. Essa reunião foi fundamental para troca de conhecimento entre os três principais atores sociais: poder público, universidade e sociedade, o pilar fundamental da extensão. CARONA ECOLÓGICA Áreas temáticas Meio Ambiente; Educação Socioambiental Responsável pelo trabalho Alfen Ferreira de Souza Junior Instituição Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Nome dos Autores Alfen Ferreira de Souza Junior João Paulo Kubaszewski Castilho Resumo A internet é uma ferramenta muito eficiente para colocar em contado pessoas ou grupos de pessoas com interesses em comum. Utilizar essa forma de comunicação para melhorar a mobilidade urbana no entorno do campus do IFSC-Chapecó é o principal objetivo deste trabalho. Par atingir esse objetivo foi desenvolvido um software para funcionar na internet onde é possível ofertar e procurar carona no trajeto para o campus do IFSC-Chapecó de forma simples, rápida e segura. Esse software será capaz de colocar em contato pessoas que queiram se deslocar do centro para o entorno do campus ou vice-versa em um determinado dia e horário. O trabalho foi concluído e está em funcionamento. Palavras-chave Mobilidade urbana; Carona; Sistemas para Internet. Introdução Hoje estamos sob um amplo processo de democratização de informações. Graças aos avanços da tecnologia da informação, vivemos na "sociedade do conhecimento", na qual as qualidades essenciais ao indivíduo são a flexibilidade, a inteligência técnica, a rapidez e a fluidez na busca da informação sempre disponível e, acima de tudo, a capacidade de transformar esse conhecimento em praticidade no dia-a-dia. No centro dessa revolução encontra-se a internet como a fonte maior de informação, permitindo a existência dos mais diversos tipos de sistemas. Outra mudança importante que vem ocorrendo com as pessoas do nosso tempo é a chamada consciência ecológica. Bilhões de seres humanos aprenderam que são parte de um sistema ambiental totalmente interligado e que os recursos naturais são finitos. Um sistema onde as atividades de um grupo de indivíduos influem sobre o planeta e repercutem em todo o sistema. Descobriram a existência da crise climática planetária e de seu papel na conservação dos recursos comuns. Nos últimos anos, houve um crescimento vertiginoso na consciência sobre as questões ecológicas em diversos públicos e segmentos sociais e nas práticas ambientais de indivíduos e organizações. Antes periférico, o tema tornou-se central. Este projeto trata dessas duas grandes mudanças sociais com a proposta de utilizar a internet para disponibilizar informações de oferta e procura de carona no trajeto para o campus do IFSC-Chapecó. Além do campus IFSC-Chapecó, existem na mesma área a Universidade Federal da Fronteira Sul/ UFFS e a Universidade do Oeste de Santa Catarina / UNOESC. Estima-se que sete mil alunos e funcionários dessas instituições freqüentam esse local diariamente, e como o único acesso é feito pela rua Nereu Ramos, que não está preparada para suportar esse volume de tráfego no horário de maior movimento, constatase grandes congestionamentos, poluição por emissão de gases, poluição sonora e até mesmo acidentes de trânsito na entrada e saída dos alunos. A proposta inicial é trabalhar somente com a comunidade interna do IFSC. Posteriormente pretende-se abrir os benefícios do sistema para nossos vizinhos. Atualmente o IFSC-Chapecó possui uma comunidade interna de 780 alunos e 80 servidores. O deslocamento desse público para o campus é feito basicamente de transporte particular (carro, motocicleta ou outros). Essa preferência se dá principalmente pela falta de um transporte coletivo de qualidade que contemple a demanda e horários. Conforme levantamento feito por observação, cada carro transporta, em média uma ou duas pessoas. Considerando que cada carro possui cinco lugares incluindo o motorista, isso representa uma ocupação de pouco mais de 22%, muito próximo do mínimo possível que seria 20% (somente o motorista). Com o sistema proposto nesse projeto pretende-se atingir a média de duas pessoas por automóvel, o que representaria uma ocupação de 40%. Material e Metodologia Inicialmente será oferecido um curso de capacitação para uma turma de 20 alunos do IFSC-Chapecó na linguagem PHP [1,2] e banco de dados MySql [3]. Os alunos que apresentarem os melhores desempenhos e mais interesse serão convidados para trabalhar no projeto com extensionistas. Outros alunos também poderão fazer parte do desenvolvimento do projeto como voluntários. Em paralelo ao curso será elaborada uma pesquisa de campo (com questionário adequado) para conhecer o perfil, as necessidades e sugestões dos possíveis usuários do sistema. De posse de todas as funcionalidades que o sistema deve possuir, será feito o DER (Diagrama de Entidade e Relacionamento) do banco de dados. Posteriormente, será elaborado o StoryBoard das telas do sistema Carona Ecológica. Com a base de dados e as telas de interfaces prontas, terá inicio a programação das funções do sistema na linguagem PHP. Depois de concluir a parte de desenvolvimento, o sistema será implantado no servidor e disponibilizado na internet. A fase seguinte será a divulgação do serviço perante a comunidade interna do IFSC-Chapecó. Para finalizar o projeto serão extraídos relatórios da utilização para verificar a adesão. Os resultados do trabalho serão apresentados através de painéis nos eventos internos e externos do instituto. Resultados e Discussões Depois de seis meses de desenvolvimento o sistema ficou pronto. Como página inicial o usuário é informado do objetivo do projeto e lhe é oferecido um menu com várias opções de como usar o sistema, de cadastro e de login, veja figura-1. Figura 1 - Página inicial do software Carona Ecológica Depois de fazer o login, o usuário é apresentado a outras possibilidades, figura-2: a) Oferecer Carona – Onde será possível cadastrar um roteiro com origem, destino, dia e hora. Esse cadastro será usado para informar a quem precisa fazer o mesmo roteiro. b) Buscar Carona – Assim como o item anterior, aqui o usuário também informa os dados do seu roteiro. O sistema irá buscar entre o cadastro de oferta de carona alguma oferta que combine com a busca. Se houver, os dois usuários (quem busca e quem oferece) receberão um e-mail com o contato do possível parceiro. c) Meus veículos – Aqui o usuário que deseja oferecer carona cadastra seu veículo informando o numero de lugares disponíveis. Assim é possível utilizar o mesmo cadastro de roteiro para oferecer carona para mais de uma pessoa, caso tenha acento no veículo. d) Minha Qualificação – Neste espaço o usuário pode consultar as qualificações e os comentários que seus parceiros de carona fizeram a seu respeito. Figura 2 - Menu de usuário cadastrado Para facilitar o cadastro dos roteiros, o sistema possibilita a inserção de pontos de parada ou de carona. Esses pontos são previamente cadastrados pelo administrador para servirem de referencia pelos usuários quando forem definir seus roteiros. Figura – 3. Figura 3 - Mapa com pontos de carona Conclusão Os resultados desse projeto ainda estão sendo alcançados. Até o presente momento é possível observar que houve um ganho acadêmico com a formação da equipe técnica que trabalhou no desenvolvimento do projeto. Esses alunos e professores deram inicio a outros projetos ligados ao desenvolvimento de programas para internet. Em relação a número de usuários do sistema ainda está abaixo do que era esperado. Para mudar essa situação está previsto uma campanha interna sobre a importância de se utilizar a carona como forma de economizar recursos, sejam eles financeiros em beneficio do próprio usuário e recursos comuns a todos como os recursos ambientais com a diminuição da emissão de gases poluentes na via pública e a ocupação de vagas no estacionamento. Com esta campanha pretende-se atrair adeptos ao sistema “Carona Ecológica” e criar uma cultura de solidariedade e conscientização dos problemas ambientais da nossa sociedade. Referências [1] SICA, Carlos. Programação Segura Utilizando PHP: Fale a Linguagem da Internet. 1 ed. Rio de Janeiro - RJ: Ciência Moderna, 2007. 100 p. 1 vol. vol. 1. ISBN 978-85-7393608-7 [2] DALL'OGLIO, Pablo. PHP Programando com Orientação a Objetos: Inclui Design Patterns. 1 ed. São Paulo: Novatec, 2007. 576 p. ISBN 978-85-7522-137-2 [3] http://www.mysqlbrasil.com.br/ (em português). Página visitada em 19 de Agosto de 2012. UNEMAT SUSTENTÁVEL: UMA FERRAMENTA AOS CUIDADOS EDUCATIVOS E AMBIENTAIS Área Temática: Meio Ambiente Lisanil da Conceição Patrocínio Pereira Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) Waldinéia Antunes Alcântara Ferreira Lori Hack de Jesus RESUMO Este texto relata as ações extensionista em um território com um rico potencial de recursos hídricos. Onde banhados, córregos, igarapés, lagoas e nascentes de rios e cursos d’agua fazem parte deste desenho hidrológico, esta potencialidade hídrica, tem recebido poucos cuidados e tem sido alvo da degradação ambiental. Objetiva-se reinventar a área (antigo colégio agrícola Artur Pinotti, do Município de Juara localizado na porção noroeste do Estado de Mato Grosso, vizinho do Campus da UNEMAT) com trabalhos da Educação Ambiental sensibilizando moradores, autoridades e acadêmicos/as para o cuidado com a mesma. Metodologicamente a ação tem se realizado pela construção de um estudo diagnóstico da localidade, identificação de ações antrópicas negativas e possíveis cuidados na reinvenção da área. Nesse sentido, tem se realizado trabalhos de formação em Educação Ambiental com abordagem geográfica, ambiental, política, antrópica considerando os aspectos legais sobre Área de Preservação Permanente. Junto à formação de EA algumas práticas já foram executadas como: a identificação de nascente e a recuperação de uma trilha ecológica. Outras atividades de cuidados educativos e ambientais estão sendo planejadas dentro do Programa Unemat Sustentável. Universidade Federal Fluminense Pró-Reitoria de Extensão Coordenação de Difusão e Fomento a Extensão - CDFEx Programa Ações Sustentáveis da UFF Coordenação: Maria Lúcia Melo Teixeira de Souza Gestora: Anna Silvana Cavaliere Email: [email protected] Telefone: 21-2629-9972 A UFF vem adotando diversas iniciativas com o intuito de dar a destinação correta e minimizar a produção de resíduos, esforço que encontra respaldo na própria atividade acadêmica. A PróReitoria de Extensão da Universidade Federal Fluminense (UFF) preocupada com a preservação do meio ambiente e considerando a orientação do Governo Federal, que instituiu o Decreto Presidencial n° 5.940/2006 regulamentando a Coleta Seletiva Solidária, realizou em 26/05/2011, uma chamada à Academia para repensar alternativas menos impactantes para o descarte de resíduos. Desta forma, criou-se o Programa Ações Sustentáveis da UFF, que junto à Comunidade tem implementado estratégias Sustentáveis (Econômicas, Ambientais e Sociais) a fim de aumentar a eficiência no uso da matéria prima através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados em um determinado processo. Em parceria com as PróReitorias e diversas Ações Extensionistas da UFF, bem como instituições públicas e privadas, como a ONG Tem Quem Queira, desenvolve práticas educativas voltadas para a sensibilização e redução do uso de materiais com alto impacto ambiental. Além disso, uma das principais questões para a realização desse programa é incentivar a comunidade acadêmica a criar e participar de projetos sustentáveis, mostrando que ações simples e de acesso a todos podem modificar nossos hábitos e melhorar a qualidade de vida, através de ações mais limpas e economicamente viáveis. PUFFS DE PNEUS REUTILIZADOS – PEQUENAS IDEIAS, GRANDES TRANSFORMAÇÕES Área temática: Educação Responsável pelo trabalho: Marcelo Diedrich de Souza Instituição: Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Câmpus Porto Alegre (IFRS-POA) Autores: Marcelo Diedrich de Souza 1; Ingrid Rais da Silva1; Cibele Schwanke2 1 Discente; Bolsista PET (MEC/SESu, SECADI), 2 Docente; Tutora do Grupo Pet-Conexões Gestão Ambiental (MEC/SESu, SECADI) Resumo Pneus descartados no meio ambiente representam um agravante na poluição, sendo, inclusive, associados a doenças. O Grupo PET-Conexões Gestão Ambiental do IFRS-POA, formado por alunos de cursos ligados ao meio ambiente, propõe ações tendo enfoque na Educação Ambiental. Em sua trajetória, realizou ações em escolas envolvendo o uso de pneus, cujas peças restantes foram doadas para o grupo. Com isso, o grupo, envolvido com o descarte destes pneus, propôs sua reutilização de forma limpa, conferindo-lhe uma nova função, útil à comunidade do IFRS. A solução foi a construção de puffs. A ideia foi acatada pela direção, sugerindo sua alocação no espaço de convivência do campus. O grupo PET organizou a inauguração do espaço, incluindo materiais informativos. Com base em pesquisa sobre a confecção de puffs artesanais a partir de reutilização de pneus, selecionou peças em melhores condições, efetuou os furos do cordame que sustenta a almofada, pintou na cor desejada, trançando as cordas de fixação da almofada, completando o puff. Foram disponibilizadas 8 unidades no primeiro dia letivo. Apesar dos puffs serem montados com material reutilizado, sua aceitação foi imediata, despertando a curiosidade e interesse da comunidade, que passou a utilizá-los com freqüência. Tal iniciativa, a princípio simples, tornou-se uma atividade contínua, devido à solicitação de novas peças para o IFRS e a procura de alunos e servidores, que buscam informações para reproduzir a ideia em suas residências. CONSTRUÇÃO SOCIAL DO RISCO E DO DESASTRE: O CASO DAS VOÇOROCAS DE SÃO JOÃO DEL-REI, MINAS GERAIS Éder Jurandir Carneiro Maria Estela Ferreira Myrlene Pereira Santos O trabalho apresenta os resultados das ações do programa de extensão “Cidadania e justiça ambiental: ações de mobilização comunitária em São João del-Rei/MG”, desenvolvidas, pelo Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental (NINJA), da UFSJ, durante o ano de 2013, que já ocorrem desde 2004. O projeto em questão trata de um grave episódio de afundamento e ameaça de deslizamento de trecho da rua Afonso Santana, localizada no bairro São Dimas. A área potencialmente atingida abriga 19 residências em que vivem 83 pessoas. O objetivo das ações se focaliza num trabalho de educação popular e no apoio à organização, mobilização e informação deste público, mobilizando-as a fim de obter do poder público a implantação de equipamentos e serviços de infra-estrutura urbana que garantam condições dignas de saneamento básico e habitabilidade. As ações desenvolvidas pelo extensionista consistem em participar de seminários semanais de discussão de textos sobre “Desigualdades e conflitos ambientais/territoriais”; participação nas reuniões e ações das associações de moradores do bairro São Dimas; acompanhamento e auxílio nas interações entre as lideranças comunitárias e representantes de órgãos públicos. Os resultados obtidos foram auxílio na reestruturação da diretoria da associação de moradores, inclusão das obras da rua no PAC Saneamento Básico que atenderá a cidade, estudo sobre percepção ambiental dos comunitários e mobilização e conscientização de parte dos moradores. CIDADANIA E JUSTIÇA AMBIENTAL: AÇÕES DE MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA EM SÃO JOÃO DEL-REI/MG Myrlene Pereira Santos Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) Introdução O presente artigo apresenta os resultados das ações do programa de extensão “Cidadania e justiça ambiental: ações de mobilização comunitária em São João del-Rei/MG”, desenvolvidas, pelo Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental (NINJA), da UFSJ, durante o ano de 2013, na comunidade São Dimas, em São João del Rei. O projeto em questão trata de um grave episódio de afundamento e ameaça de deslizamento de trecho da rua Afonso Santana, localizada no bairro São Dimas. A área potencialmente atingida abriga 19 residências em que vivem 83 pessoas. Contexto Teórico A Rua Afonso Santana fica situada no Bairro São Dimas, na cidade São João del Rei – MG e conta com famílias que lá habitam atualmente. Os moradores desta sofrem os impactos de uma voçoroca que avança sobre a rua. As casas apresentam rachaduras, há buracos na rua, o solo permanece úmido e instável levando o risco de desabamento de algumas casas. No “buraco” que se alastra, são lançados entulhos e lixo produzido pelos moradores. Há meses, o ônibus que promove o deslocamento até o centro ou outros bairros da cidade não vai até a rua, devido aos impactos da voçoroca. Além disso, o esgoto encontra-se a céu aberto, chegando a invadir algumas casas na região mais baixa da rua em períodos chuvosos. Além do aspecto físico da rua, é difícil o acesso ao lazer e a educação, uma vez que de acordo com questionários aplicados a uma amostra de moradores, os estudantes precisam se deslocar a outros bairros, bem como para atividades de lazer (nos relatos, há apenas uma quadra poliesportiva e igrejas considerados para atividades de lazer para os moradores da rua). O objetivo das ações se focaliza num trabalho de educação popular e no apoio à organização, mobilização e informação deste público, mobilizando-as a fim de obter do poder público a implantação de equipamentos e serviços de infra-estrutura urbana que garantam condições dignas de saneamento básico e habitabilidade. CIRCUITO PLANTAS EXÓTICAS DA VILA DOIS RIOS: UM CAMINHO PARA A CONSTRUÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL Cátia Henriques Callado; Nattacha dos Santos Moreira; Carla Y’ Gubáu Manão & Marcelo Fraga Castilhori Para discutir ações extensionistas que visem à solução de problemas ambientais, apresentamos o Circuito Plantas Exóticas da Vila Dois Rios. A falta de informação sobre quais são e que ameaças podem ocasionar tem sido apontada como uma das principais dificuldades para o controle, manejo e erradicação das espécies vegetais exóticas. Responsáveis pela 2ª maior causa de extinção no planeta, sua proliferação pode conduzir a uma homogeneização das florestas mundiais, degradando de forma irremediável os ambientes naturais. É nesse contexto que o Circuito, em consonância com as estratégias globais de conservação, assume papel fundamental como decodificador e difusor de informação para um público extremamente variado. Estabelecido com base em pesquisas científicas e localizado em um cenário de expressiva diversidade biológica, histórica e cultural, visitado por mais de 20.000 turistas/ano e por um público acadêmico de cerca de 1.500/ano, o Circuito surge como uma perspectiva pioneira, que visa suscitar: o desenvolvimento de atitude crítica e investigadora em relação ao ambiente natural; um repensar de hábitos para uma cultura de valorização do desenvolvimento social, político e econômico comprometida com o respeito ao ambiente; e a prevenção e o controle dos impactos de espécies exóticas invasoras sobre os ecossistemas naturais. O Circuito é composto por plantas já existentes na localidade e integra a coleção de plantas exóticas do Parque Botânico do Ecomuseu Ilha Grande, da UERJ. OFICINA DE COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS ORGANICOS DOMÉSTICOS RESUMO O lixo faz parte da história do homem. A taxa de geração de resíduos sólidos urbanos está relacionada aos hábitos de consumo de cada cultura. Nota-se uma correlação estreita entre a produção de lixo e o poder econômico de uma população. Países altamente industrializados como os Estados Unidos produzem mais de 700 kg/hab/ano. No Brasil, o valor médio nas cidades mais populosas é da ordem de 180 kg/hab/ano. E a geração do lixo ainda é, em sua maioria, de procedência orgânica (Bidone, 1999). A compostagem é um processo na qual a matéria orgânica é submetida a um tratamento que visa à obtenção do composto. O composto é utilizado como adubo, ou como ração animal. Um fator crítico para a compostagem de resíduos é a relação C/N. Se a relação correta não for observada, pode haver a produção de compostos de baixa qualidade e contaminados com metais pesados. Além disso a compostagem, quando implantado com técnicas incorretas, pode causar transtornos às áreas vizinhas, como mau cheiro e proliferação de insetos e roedores (Gonçalves, 1997). Nesta oficina a proposta é realizar a compostagem de resíduos orgânicos, esclarecendo os critérios de separação do lixo doméstico para a compostagem, a sua importância ambiental, descrever os tipos de composteiras e como construí-las, e a utilização do composto produzido. Também é abordado o reaproveitamento de partes de alimentos que normalmente são desprezados como cascas de legumes e frutas. SABER POPULAR DAS PLANTAS MEDICINAIS NA COMUNIDADE QUILOMBOLA CAMPO GRANDE EM SANTA TEREZINHA-BAHIA Jamile Mendes dos Santos1; Floricéa Magalhães Araújo2; Gil Luciano Guedes dos Santos2. 1 Bolsista do Programa de Permanência Qualificada da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (PPQ/UFRB); 2,Professor(a) Adjunta da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (PQ) O objetivo do programa de extensão Estudo Etnobotânico e Fitoquímico de Plantas do Vale do Jiquiriçá é contribuir para a recuperação e valorização do conhecimento popular e da biodiversidade regional buscando um maior comprometimento da comunidade acadêmica com interesses e necessidades da comunidade Quilombola Campo Grande situada do município de Sta Terezinha-BA. O trabalho tem sido conduzido pelo Grupo de Extensão, FitoEtnoBio, com o intuito de reconhecer o saber popular da comunidade acerca do emprego terapêutico de plantas medicinais no cuidado à saúde. Nesta roda de conversa, temos como objetivo expor algumas atividades desenvolvidas pelo programa, abordar propostas futuras e experiências obtidas. Dentre as atividades realizadas, pode-se destacar a realização da pesquisa qualitativa e quantitativa a partir de questionários semiestruturados. O uso do chá é comum entre os membros da comunidade. Pesquisas realizadas pelo grupo apontam para semelhanças e divergências entre as indicações terapêuticas populares e às encontradas na literatura científica. Muitas plantas já apresentam uma composição química definida e outras precisam ser investigadas. Nas visitas técnicas realizadas foram feitas coletas e fotos de materiais para identificação e deposito no Herbário da UFRB. O projeto encontra-se em andamento, com perspectiva de realização de palestras e oficinas na busca promover a valorização e reafirmação do conhecimento popular adquirido a centenas de anos pela comunidade. Palavras-Chaves: plantas medicinais; saber popular; comunidade Quilombola. Conhecimento técnico-científico para a sociedade: ações do Centro de Pesquisas Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (CEADS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Marcos Bastos & Cátia Henriques Callado A produção do conhecimento é resultado de uma complexa teia social, onde se entrelaçam o conhecimento formal, não-formal e informal. Todavia as Universidades enfrentam o grande desafio de decodificar, divulgar, disponibilizar e repartir os benefícios do conhecimento gerado que permitam a acessibilidade ao conhecimento para dos diversos grupos de beneficiários. O CEADS da UERJ, consciente de que toda a pesquisa que produz conhecimento científico e/ou tecnológico deve ser demandada pela sociedade e devolvida a esta, desempenha uma dinâmica acadêmica cujo objetivo é gerar, difundir e aplicar o conhecimento para a melhoria da qualidade do ambiente e, consequentemente, da vida da sociedade fluminense. O CEADS considera as potencialidades da própria região em que se insere e associa os pressupostos da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável. Esse objetivo se concretiza mediante processos integrados de ensino, pesquisa e extensão, que por sua vez são sustentados em princípios de responsabilidade e de respeito à diversidade biológica e sócio-cultural local. O compartilhamento dos resultados obtidos é de suma importância para preencher lacunas existentes e maximizar seus resultados. Entre as ações do CEADS diretamente ligadas à interrelação pesquisa e extensão destacamos as pesquisas voltadas às comunidades e órgãos de conservação locais: (1) Transferência de tecnologia e capacitação em aqüicultura marinha sustentável; (2) Estudos da flora para conhecer e conservar o ambiente terrestre, como suporte as ações de educação ambiental; e (3) Estudos para o Zoneamento e Plano de Manejo do Parque Estadual da Ilha Grande visando dirimir os conflitos pelo uso deste espaço insular. O CEADS é base física de atuação demais de 30 grupos de pesquisa, envolvendo mais de 200 discentes de graduação e pós-graduação envolvidos formalmente em projetos de pesquisa e extensão, o que representa o grande diferencial na formação dos alunos da UERJ. COMUNIDADE QUILOMBOLA DA TABACARIA: UM DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE1 Área Temática: Meio Ambiente Josefa Adriana CAVALCANTE FERRO DE SOUZA2 Universidade Estadual de Alagoas ( UNEAL) Maria Luiza MACIEL FERREIRA3; Rosa de LIMA MEDEIROS NETA4 Resumo Este projeto de extensão teve por objetivo fazer um diagnóstico da situação socioambiental existente na comunidade Quilombola da Tabacaria, zona rural do município de Palmeira dos Índios-AL, tendo como foco a fonte de abastecimento de água para os residentes: as nascentes as quais precisavam ser recuperadas, com vistas para a preservação do meio ambiente. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo com aplicação de questionários e reuniões mensais com rodas de conversas com os moradores para obter informações sobre a real situação da comunidade. O diagnóstico preliminar apresentou os seguintes resultados: problemas de moradia, saneamento básico e água. Portanto, fez-se necessário uma intervenção com ações de caráter educativo e transformador que permitissem os sujeitos envolvidos a busca de possíveis soluções para a melhoria da qualidade de vida dos quilombolas da Tabacaria. Palavras-chave: Comunidade Quilombola, Aspecto Socioambiental, Recuperação de Nascentes. Introdução Na sociedade contemporânea, muitas classes sociais, etnias e povos sofrem preconceitos, principalmente quando se refere aos nativos ou negros. No entanto, é importante lembrar-se de grupos que emergiram nos sistemas sociais locais, como agentes participativos no processo de desenvolvimento do país, a exemplo dos negros. Assim, as comunidades remanescentes de quilombos são grupos sociais cuja identidade étnica os distingue do restante da sociedade. 1 Pesquisa realizada a partir do Projeto de Extensão Universitária “Recuperação de Nascentes no Município de Palmeira dos Índios/AL”, da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), em parceria com alunos do Ensino Médio do Colégio Cristo Redentor, em 2013. 2 Professora do Curso de Geografia da UNEAL/ Campus III e Coordenadora do referido Projeto de Extensão Universitária. [email protected] 3 Professora colaboradora do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Geografia e Meio Ambiente da UNEALCampus III/Palmeira dos Índios/AL. [email protected] 4 Professora do Curso de Geografia e coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Geografia e Meio Ambiente da UNEAL/Campus III. [email protected] 1 No Brasil existem muitas comunidades quilombolas que vivem em diversos estados brasileiros, mas não se sabe ao certo quantas há. De acordo com a estimativa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), acredita-se que em todo o País exista mais de três mil comunidades, distribuídas por todas as regiões brasileiras. Conforme o artigo 2º do Decreto 4887/2003, “consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”. Dos quilombolas existentes no Estado de Alagoas, a Comunidade Quilombola da Tabacaria é a única que se encontra devidamente reconhecida pelo Estado. Dessa forma, esse trabalho teve por objetivo fazer um diagnóstico da situação socioambiental da comunidade com foco nas nascentes que abastecem a comunidade, com ênfase para a preservação do meio ambiente. Segundo Hamze (2009), quilombolas são grupos étnicos, constituído por população negra rural ou urbana que se intitulam a partir das relações com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias. Assim se firma a referida comunidade, a qual está contemplada nos requisitos expostos por Hamze e na prática é confirmada na fala do Sr. Gerson5 “tenho 66 anos, nasci e me criei nessas terras como também meus pais e avós, nós somos a história viva.” Na fala do ancestral é notório a origem na localidade. Assim, o reconhecimento do território foi o primeiro passo para que a comunidade quilombola possa de fato ter condições dignas de vida e receber investimentos públicos. Em posse do território, uma nova batalha surge para estabelecer regras para a organização da comunidade e garantir a infraestrutura necessária para boas condições de vida. A luta da comunidade é constante junto aos órgãos competentes em busca da efetivação dos seus direitos como quilombolas, mesmo com o reconhecimento não há a mínima infraestrutura para que possam ter qualidade de vida. A vida na comunidade é tranqüila, embora as 89 famílias da comunidade ainda necessitem de algumas condições básicas para melhorar a sua condição de vida. Dependem da aposentadoria dos idosos, do Bolsa Família e enfrentam problemas como moradia em casas de lona, precarização do abastecimento de água potável e não há nenhuma estrutura 5 Entrevista realizada dia 15 de março de 2013, com o Sr. Gerson Paulino, remanescente quilombola, em sua residência na Tabacaria, zona rural do município de Palmeira dos Índios/AL 2 básica de saneamento básico e hidráulico. Assim, os moradores sonham com água encanada. A água é um bem indispensável para a natureza humana, vale salientar que este estudo busca o aporte teórico nos escritos de Leff (2007), no qual discorre sobre o saber ambiental nos aspectos da atualidade globalizada e a busca pela sustentabilidade. Bouguerra (2004) expõe sobre a batalha das águas, a luta por este recurso natural que é gerador de tantos problemas e buscou-se em Guerra (2007) subsídios teóricos para entender a realidade no que tange as intervenções do homem com o meio. Constatada a situação de precariedade da água consumida na Tabacaria, o Projeto de Extensão de Recuperação de Nascentes do Município de Palmeira dos Índios/AL6 elegeu uma nascente na comunidade para ser recuperada a fim de contribuir, com a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Material e Metodologia A comunidade quilombola da Tabacaria está localizada no município de Palmeira dos Índios – AL, foi reconhecida e declarada oficialmente como território remanescente de quilombo através da portaria nº 326, de 1º de outubro de 2008. O território foi demarcado em 2007, por uma equipe multidisciplinar do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a mesma possui uma área de 410 hectares, onde vivem 89 famílias e tem como principais atividades a agricultura de subsistência com o de cultivo de feijão, fava, milho e a criação de pequenos animais. Os trabalhos tiveram início com o embasamento teórico e posteriormente o grupo de universitários e discentes da educação básica seguiram para a pesquisa de campo que aconteceu de 5 de março a setembro de 2013, com visitas as famílias residentes no local, entrevistas, aplicação de questionários e visita aos locais das nascentes que abastecem as famílias residentes. As reuniões com a comunidade aconteceram mensalmente através das rodas de conversas para cujo objetivo era o resgate sócio cultural. Nesses encontros foram abordados temas relacionados ao meio ambiente, a importância da água, da agricultura, o manejo ecológico do solo entre outros. Para complementação da pesquisa foram tiradas 6 O projeto faz parte do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Geografia e Meio Ambiente da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, Campus III- Palmeira dos Índios/AL. 3 fotografias do local, documentários em vídeos, identificação das nascentes existentes na comunidade e avaliação da situação ambiental do entorno. Com a coleta de dados foi possível direcionar os trabalhos para os pontos mais cruciais da comunidade quilombola, sistematizando e desenvolvendo as ações propostas para a referida comunidade, como a recuperação e conservação das nascentes, reflorestamento, melhoria na qualidade da água consumida pelos moradores e a viabilização da geração de renda através do cultivo da fruticultura, utilizando o excedente da água das nascentes recuperadas. Principais Resultados e Discussões Os resultados preliminares diagnosticados na comunidade quilombola da Tabacaria apresentam algumas informações acerca da viabilidade de elaboração de uma proposta de desenvolvimento sustentável na localidade. A primeira discorre pela situação socioeconômica da comunidade, como a estrutura habitacional que não condiz com um local digno de uma família residir, casa de lona, sem saneamento forçando os moradores a realizarem suas necessidades fisiológicas a “céu aberto”, nas encostas que contaminam as nascentes. Percebeu-se também que a maioria dos moradores utilizava água de uma barragem, a qual era de uso animal, deixando duvidosa a qualidade da água para o consumo humano. A área territorial dos quilombolas ainda dispõe de uma vegetação nativa em que os moradores foram orientados para utilizá-la com atividades de ecoturismo com trilhas ecológicas, a qual lhes trará uma renda que contribuirá para a comunidade. Portanto, o desenvolvimento de ações ambientais busca a construção e a sistematização de conhecimentos a partir dos próprios quilombolas e a tomada de consciência da realidade do meio no qual estão inseridos. Essa reflexão coletiva visa à construção participativa de toda a comunidade para que os sujeitos envolvidos possam encontrar soluções para resolver seus problemas. Referências Bibliográficas BOUGUERRA, Mohamed Larbi. As Batalhas das águas por um bem comum da humanidade. Petrópolis, RJ Vozes, 2004 . CUNHA, Sandra Baptista da.,GUERRA, Antônio José Teixeira (Org.). A questão ambiental: diferentes abordagens. 3ª ed. – Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007. 4 HAMZE, A. Comunidades Quilombolas. Disponível em: http://www.educador.brasilescola.com/politica-educacional/comunidadesquilombolas.htm. Acesso em: 18 de fevereiro de 2013. LEFF, Enrique. Saber Ambiental. 5 ed. Petrópolis, Vozes, 2007. Tabacaria e o primeiro território reconhecido como quilombo pela União em Alagoas. Disponível em:< http://www.mocambos.org/noticias>. Acesso em: 22de fevereiro de 2013. 5 COMPARTILHANDO SABERES: INTEGRANDO A CADEIA PRODUTIVA DA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS NA BACIA DO RIO MACAÉ - RJ. Luan Gonçalves Castilho; Tatiane Pereira Xavier; Eduarda Rezende Caillava Gomes ; Raquel Tavares Salles de Sousa; Rodrigo Lemes Martins. O crescimento demográfico teve consequências danosas para os sistemas naturais ocasionando a degradação de corpos hídricos. Dentre as dificuldades encontradas para recuperação desses ecossistemas a mais desafiadora é garantir que os proprietários de terra reconheçam a importância da conservação de matas ciliares. Esse projeto apresenta uma experiência voltada para (1) a conscientização sobre a importância dos rios como ecossistemas que integram diferentes populações em uma bacia hidrográfica e (2) a capacitação para a discussão sobre a necessidade de defender e recuperar as matas ciliares. As apresentações foram feitas em escolas rurais do município de Macaé - RJ, para alunos do ensino médio. Nas apresentações foram utilizados slides como elementos norteadores da discussão, trabalhando conceitos sobre a geografia do entorno da escola, por meio de “softwares” livres, usados para mapeamento. Referências geográficas de origem antrópica ou geológica que constituem a bacia hidrográfica foram trabalhadas em conjunto com maquetes simulando efeitos dos fenômenos de lixiviação e erosão em áreas florestadas e desmatadas. A apresentação foi avaliada por meio de uma atividade lúdica chamada Teia da Vida, que interagia os alunos e os conceitos apresentados. Observou-se que os estudantes (proprietários de terra) desconhecem programas fundamentais de recuperação de áreas degradadas, mas entendem a importância da conservação de áreas verdes ao redor de rios. Título: “Meio ambiente em ação”: práticas socioambientais junto a alunos indígenas da Amazônia. Área temática: Meio ambiente Responsável pelo trabalho: Professora Dra. Roberta Sá Leitão Barboza Instituição: Universidade Federal do Pará Autores: Roberta Sá Leitão Barboza (Professora), Cleniuria Narciso, Graciléia dos Santos, Lucélia dos Santos, Macksoara Narciso, Rosinaldo Santos Silva, Silas dos Santos, Valdirene dos Santos (alunos); Resumo: A prática de extensão foi resultado das atividades realizadas durante a disciplina “Desenvolvimento e Meio Ambiente com Ênfase em Ciências Ambientais” junto aos alunos da turma 2009.1 do curso de licenciatura intercultural indígena da Universidade Federal do Amapá. O curso é formado por indígenas das etnias Aparai, Galibi-Marworno, Galibi-Kalina, Karipuna, Palikur, Tiriyo, Kaxyuana, Wajapi e Wayana, de terras indígenas localizadas no Amapá e norte do Pará. Durante a disciplina foi discutido o conceito de desenvolvimento e foram levantadas diversas problemáticas ambientais presentes nas terras indígenas. Dentre estas, a temática lixo foi selecionada pelos alunos para ser desenvolvida uma ação extensionista. Após debates, estudos dirigidos e leituras, foram realizadas visitas nas aldeias Japim e Manga, localizadas na Terra Indigena Uaçá (Oiapoque-Amapá). Durante as visitas os alunos tiveram oportunidade de conversar com os agentes de saúde e moradores das aldeias sobre os principais resíduos sólidos produzidos nessas aldeias e seu destino, incluindo os resíduos do posto de saúde. Em seguida os alunos produziram um jornalzinho alicerçado nas discussões desenvolvidas em sala de aula e visitas realizadas. O jornalzinho intitulado “Meio Ambiente em Ação” contém o conceito de desenvolvimento construído pelos alunos, as entrevistas de campo, jogos educativos e lenda local da mãe natureza. A ação extensionista propiciou aos alunos o conhecimento de realidades in locu, além de intervenção social e produção de material didático e de divulgação sobre uma temática de grande relevância para os povos indígenas. Palavras-chave: alunos indígenas, meio ambiente, lixo, aldeias. FORTALECIMENTO DAS AGROFLORESTAS NO RIO GRANDE DO SUL: FORMAÇÃO DE REDE, ETNOECOLOGIA E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL. O projeto foi uma iniciativa da UFRGS, através do Núcleo de Estudos em Desenvolvimento Rural Sustentável e Mata Atlântica e Núcleo de Estudos em Segurança Alimentar e Nutricional/PGDR/ em conjunto com 11 parceiros, entre eles estão a Emater, a Funai, grupos de agricultores e de comunidades tradicionais e grupos de estudantes vinculados a universidade. O projeto visou desenvolver e difundir o conhecimento e fortalecer as ações de ATER sobre agroflorestas das diferentes regiões fitoecológicas do Rio Grande do Sul implantadas por agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais (PICT), contribuindo para a afirmação de sua autonomia, segurança alimentar e nutricional, inserção em mercados institucionais e articulação em redes, a partir dos princípios da Agroecologia. Ao longo de 2011 e 2012, identificou-se 149 experiências agroflorestais manejadas por agricultores familiares, PICT nas diferentes regiões fitoecológicas, em 75 municípios do RS. Ao final do projeto foi realizado I Seminário de Agroflorestas do RS e o II Seminário de Frutas Nativas do RS, onde foi assinado um documento com as principais demandas e gargalos identificados e debatidos durante os três dias de seminário. O documento foi assinado por mais de 20 instituições e a partir da compilação destes dados e das experiências sistematizadas neste projeto foi elaborada uma carta, a qual foi entregue aos representantes do Legislativo e da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do RS. CNPq, MEC/Sesu, Proext Título: I Simpósio multidisciplinar da UEPA - Marabá: “as problemáticas socioambientais na Amazônia Oriental”. A construção da rodovia Belém-Brasília, a partir de meados da década de 1960, permitiu ligar e integrar o Norte ao Centro-Sul do país por meio rodoviário. As aberturas das rodovias, como a Transamazônica (BR-230), a Cuiabá-Santarém (BR163), a PA-70 (hoje BR-222) e a PA-150, no início da década seguinte, facilitaram a penetração do homem no interior das florestas antes não exploradas no sul e no sudeste paraense. As estradas mudaram o ritmo dessas regiões impondo outras formas de trabalho, de relações, de sociabilidades e de vivências. O caminhão, o automóvel e o ônibus passaram a transportar mercadorias, pessoas e novos hábitos. Mas foi também nesse período que o Governo Federal construiu a Hidrelétrica de Tucuruí e, em seguida, a Estrada de Ferro Carajás e intensificou uma campanha nacional incentivando a migração de amplos contingentes populacionais sem emprego ou submetidos à economia de subsistência em diversas partes do Brasil para a Amazônia. Ainda como parte da política de desenvolvimento que o Governo Federal havia planejado para a Amazônia foi o incentivo e apoio às grandes empresas e pecuaristas do Centro-Sul do Brasil para investirem na criação de gado bovino. Para tanto, não só concedeu terras, mas créditos subsidiados pela política de incentivos fiscais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (MARTINS, 1993). Os programas e os projetos econômicos passaram a impactar diretamente os povos indígenas e a população camponesa que margeavam os rios como aconteceu com diversas famílias de trabalhadores rurais que habitavam as margens dos rios do sul e sudeste do Pará. Esses projetos se materializavam em obras que se apresentavam diante dos povos por meio de pessoas, de relações sociais, econômicas e políticas, de hábitos e de modos de vida diferentes. Hoje, em pleno século XXI, os denominados grandes projetos econômicos incentivados e financiados pelo Estado continuam impactando diretamente as populações na Amazônia, como são os projetos de construção de hidrelétricas, hidrovias, ferrovias. São também os projetos de exploração mineraria e da expansão da pecuária extensiva, por meio de grandes empresas do setor. Tais ações têm causados inúmeros impactos sociais e ambientais na região. A Universidade do Estado do Pará, Campus VIII, de Marabá, tem assumido a missão de produzir e difundir conhecimentos e formar profissionais éticos, com responsabilidade social, para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O que tem designado o compromisso com a produção, transformação e socialização do conhecimento através da análise crítica das experiências provindas e com a tarefa de contribuição via práticas de pesquisa e de extensão. De tal modo, as experiências realizadas pelo Campus, que conta com a presença de acadêmicos de seis cursos de graduação (Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal, Engenharia de Produção e Tecnologia de Alimentos, Ciências Naturais, Biomedicina e Medicina) e dois cursos de pós-graduação lato sensu (Educação Médica e Docência Universitária), tem se destacado com intensos estudos e construção de novas práticas, como por exemplo, com relação à educação ambiental, boas práticas de manipulação de alimentos, manejo florestal, educação inclusive, entre outros. Este universo tem se desdobrados em reflexões em torno das consequências geradas pelos impactos sociais e ambientais. Contudo, acredita-se que a realização de um Simpósio sobre as problemáticas socioambientais dos projetos econômicos implantados na Amazônia Oriental, especialmente no sul e no sudeste do Pará poderá contribuir para que discussões em âmbito local possam tomar uma dimensão mais ampla, extra local além de permitir uma maior integração entre a universidade e diversos segmentos da sociedade. Este Simpósio, além de importante para a comunidade acadêmica, no sentido de possibilitar a sensibilização e o envolvimento dos acadêmicos dos cursos de graduação e pós-graduação lato sensu, da UEPA – Marabá, nas problemáticas que se pretende discutir, será um momento insigne de participação (ou mesmo de formação) de diversos profissionais das instituições ligadas à gestão municipal e de professores da educação básica da rede pública estadual e municipal. Este evento objetiva discutir os impactos socioambientais que os projetos econômicos têm causado à biodiversidade, às culturas, à saúde, às organizações sociais da população local da Amazônia Oriental, com destaque para as regiões sul e sudeste do Pará. Como objetivos específicos destacam-se: sensibilizar e envolver os acadêmicos de graduação e pós-graduação lato sensu das áreas de saúde, educação e das engenharias ambiental, florestal e de alimentos da UEPA-Marabá, na problemática socioambiental da Amazônia Oriental; possibilitar o debate e a troca de experiências entre acadêmicos, profissionais das instituições ligadas à gestão municipal e educadores da rede pública estadual e municipal de ensino; permitir a maior integração entre a universidade e a comunidade local com relação às questões socioambientais; apresentar, debater e difundir pesquisas realizadas e em andamento de estudantes, professores e pesquisadores relativas às problemáticas socioambientais. Como metodologia para o alcance dos objetivos destaca-se: formação de algumas equipes de trabalho envolvendo professores e estudantes: coordenação ampliada, equipe de divulgação e ambientação; equipe de infraestrutura; comitê científico; e equipe pedagógica que iniciarão os preparativos do evento com tempo de antecedência visando boa participação e envolvimento de estudantes, professores e pesquisadores da UEPA e de outras instituições de ensino superior, de professores da educação básica da rede pública estadual e municipal, bem como de profissionais de instituições ligadas à gestão municipal de Marabá. Os interessados em apresentar as suas comunicações frutos de pesquisas, projetos de extensão ou de experiências, deverão fazer as suas inscrições e enviar resumos os quais serão avaliados pelo Comitê Cientifico do evento. As normas serão divulgadas com bastante antecedência ao evento. Os estudantes do Campus VIII terão prioridade para apresentarem as seus trabalhos. Os Grupos Temáticos serão constituídos levando em consideração as áreas de estudos dos cursos de graduação oferecidos no Campus VIII: saúde, educação e engenharias de alimentos, florestal e ambiental. Todos os participantes terão acesso às palestras das mesas redondas devendo optar na hora da inscrição. Da mesma forma para os Grupos Temáticos, segundo os seus interesses. Os debates e as reflexões relativas a temática central deste Simpósio serão realizadas tanto nas Mesas Redondas quantos nos Grupos Temáticos. Espera-se a sensibilização e o envolvimento dos acadêmicos dos cursos de graduação e pós-graduação da UEPA/Marabá nas problemáticas socioambientais; a apresentação, difusão e discussão de trabalhos de pesquisa e de extensão realizados e em andamento em Marabá; a disseminação de práticas e de técnicas específicas para preparo e aperfeiçoamento das demandas que muitos profissionais necessitam para a sua área de atuação; o debate e troca de experiências entre acadêmicos, pesquisadores e professores de instituições públicas de ensino superior, profissionais das instituições ligadas à gestão municipal e educadores da rede pública estadual e municipal de ensino e formação e reflexões sobre os danos à biodiversidade, à cultura, à saúde e à organização social das populações locais. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE SANITÁRIA E AMBIENTAL PARTICIPATIVO COM A COMUNIDADE DO BAIRRO URUMARI, SANTARÉM, PA, BRASIL. Área temática: Meio Ambiente Responsável pelo trabalho: Samira da Costa Bechara Instituição: Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) Integrantes: BECHARA, Samira1, IMBELLONI, Malu2, MEIRA, Rose3. Resumo O trabalho refere-se a um Projeto de Extensão em Educação Sanitária e Ambiental, desenvolvido na Universidade Federal do Oeste do Pará e as comunidades situadas nos entornos dos igarapés Irurá e Urumari, tributários do rio Tapajós em Santarém, PA. Após o levantamento das referidas comunidades, foi selecionado o bairro Urumari como 1ª área de estudo. O diagnóstico foi obtido através de uma reunião com representantes do bairro e da Escola Municipal João Batista Miléo, com o objetivo de conhecer a realidade sanitária e ambiental do bairro, discutindo os principais pontos dos problemas identificados para a construção em conjunto de alternativas de resolução dos mesmos. Os objetivos propostos para esse debate é conhecer as medidas cabíveis a serem tomadas diante a uma situação de grande precariedade sanitária em uma comunidade, discutir ainda a importância da Educação Sanitária e Ambiental nas comunidades carentes e de que forma ela pode ser trabalhada, conhecer trabalhos envolvendo Educação Sanitária e Ambiental. De forma geral, os questionamentos envolverão tópicos que possam sugerir ideias para a execução do trabalho a ser realizado com a comunidade após ser feito o seu diagnóstico, visto que o Projeto de Extensão irá ainda trabalhar com outros bairros além do bairro Urumari, já que os igarapés entornam cerca de 15 bairros. É de fundamental importância que a Roda de Conversa seja feita, pois o conhecimento de dez projetos de extensão poderá nos nortear para as melhores soluções. Palavras-chave: Educação Sanitária e Ambiental, Diagnóstico, Comunidade. ¹,² Bolsistas PROEXT 2014 – Universidade Federal do Oeste do Pará ³ Professora orientadora PROEXT 2014 - Universidade Federal do Oeste do Pará ¹,² Bolsistas PROEXT 2014 – Universidade Federal do Oeste do Pará ³ Professora orientadora PROEXT 2014 - Universidade Federal do Oeste do Pará 2.2 Roda de Conversa A INTERAÇÃO INFANTIL COM O JARDIM DIDÁTICO E EVOLUTIVO DA UNIRIO Área temática: Meio Ambiente Responsável pelo trabalho: Giulia Caminha Instituição: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) Nome dos Autores: Giulia Caminha; João Marcelo Quintiliano; Camila Maistro Patreze Resumo Em 2010 foi criado o Projeto de Extensão Jardim Didático e Evolutivo da UNIRIO, que se divide em seis canteiros, com espécies de plantas terrestres, dispostas em ordem evolutiva e um lago com espécies aquáticas. Os objetivos do projeto são: cultivar plantas aquáticas e terrestres, para uso acadêmico dos cursos das áreas biológicas; oferecer visitas guiadas, visando aprimorar o conhecimento dos estudantes universitários, bem como servir a comunidade local que, por ora ou outra, não tem oportunidade de transpor as barreiras teóricas do conhecimento. A metodologia para manutenção do jardim envolve a irrigação, podas e acompanhamento do desenvolvimento das plantas pelos integrantes do projeto. A visita abordada ocorreu durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2013 e alcançou o público do ensino fundamental do colégio Angelorum, do Rio de Janeiro. Foram realizadas atividades externas de observação dos canteiros, lago e práticas nos laboratórios de microscopia e química. Todo o conteúdo da visita foi elaborado previamente pela equipe. No início e no término da apresentação, foi aplicado um quiz com o intuito de medir o conhecimento prévio e adquirido pelos alunos. Foi notável um extremo interesse por parte das crianças em todo o circuito. Conclui-se que o Jardim Didático e Evolutivo da UNIRIO pode ser utilizado de diversas maneiras, estimulando o questionamento e a pesquisa, uma vez que, o ensino prático promove uma simulação do que é aprendido nos livros. Reativar: lugares, naturezas e culturas As comunidades para as quais as atenções desse projeto são voltadas pertencem ao município de Aparecida de Goiânia-GO, município que protagoniza um complexo fenômeno de conurbação. Tal processo de conurbação revela-nos realidades multifacetadas e complexas, principalmente porque naquele município, outrora rural, evidenciam-se novos campos de tensão marcados pela coexistência assimétrica entre pelo menos três diferentes grupos de moradores: um primeiro grupo caudatário da população tradicional do município; outro constituído de migrantes provenientes das mais variadas localidades do país; e um terceiro composto por uma população flutuante, oriunda de Goiânia e interior, atraída pelas novas possibilidades de emprego - cada um desses dois últimos grupos de moradores buscando alternativas de estabelecimento e vinculação com o novo território. Este projeto lança-se ao seguinte desafio: recuperar, entre os membros da comunidade local, seus conhecimentos tradicionais e práticas de uso da natureza, colocálos em circulação no âmbito da escola, e fazê-los retornar ao domínio da comunidade sob a forma de estratégias alternativas de desenvolvimento humano, destinadas a estruturação de um modelo integrativo de gestão local do ambiente. Essa gestão tem o intuito de desenvolver práticas educacionais e ações integradas de pesquisa, envolvendo escolas, prefeitura e comunidades locais do município de Aparecida de Goiânia, com a finalidade de reativar modelos locais de natureza e reintroduzi-los nas práticas sociais e educacionais dessas comunidades. O projeto visou a introdução da educação ambiental e das práticas de higiene alimentar para crianças nas séries pré-escolar, este foi desenvolvido em setembro de 2012 envolvendo discentes dos cursos de engenharia ambiental e tecnologia agroindustrial de alimentos da UEPA, através da elaboração de um minicurso que realizou-se em uma fundação que desenvolve projetos sociais para crianças de 04 a 07 anos de idade residentes em áreas periféricas do município de Marabá. Para o alcance dos objetivos utilizou-se diferentes ferramentas pelo período de uma semana como: teatro de fantoches, oportunidade de aprender práticas educativas através de brincadeiras, vídeos e diálogos, considerando o contexto local e social. Durante o desenvolvimento do projeto as crianças mostraram-se receptivas e contribuíram inclusive com fatos ocorridos em suas residências. O projeto também previra práticas de higiene e educação alimentar, foi apresentado às crianças a importância da higiene pessoal e dos alimentos para o seu crescimento saudável e como o ambiente equilibrado é importante na produção dos alimentos. Diante do exposto, ao final do curso promoveu-se a integração dos temas abordados demonstrando que deve-se evitar o desperdício dos alimentos e não descartar lixo em locais impróprios ou em corpos d’água, pois estes atos podem prejudicar o meio ambiente e a própria comunidade atingidas durante as cheias dos rios. RESUMO O acelerado desenvolvimento com implementação de tecnologia inadequada aos ecossistemas tem gerado frequentes problemas ambientais irreversíveis. A levar em conta os últimos acontecimentos causados pela ação do homem na natureza, a Preserva Mundi empresa produtora e beneficiadora de Neem (Azadiractha indica), torna-se pioneira na comercialização de derivado alternativo para uso na Agricultura com respeito ao meio ambiente, desenvolvendo defensivos para controle de praga e doenças, fertilizante orgânico que substituir produtos químicos sintéticos, nocivos ao meio ambiente, além dos uso veterinário, cosmético, animal e seres humano. Objetivo deste trabalho é descrever o papel e a importancia do Neem como tecnologia alternativa no controle de pragas e doenças na agricultura, visando correlacionar o sistema produtivo, as dinâmicas de aplicações e efeitos nos organismos. Ainda fazendo uma abordagem metodológica descritiva e analítica das condições e funcionamento dos produtos base do Neem, tornando claro a sua propriedade e procurando proporcionar uma visão prospectiva dos produtos fabricados a base Neem. Além de criar conhecimento acerca do Neem que contribui na mitigação dos impactos Ambientais. Palavras chave: Azadiractha indica, defensivos natural e insertos. OFICINA PARA A PRODUÇÃO DE SABÃO CASEIRO1 Área Temática: Meio Ambiente. Responsável pelo trabalho: Anne Isabelita Sabino de Mendonça Costa Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) Autores: Anne Isabelita Sabino de Mendonça Costa2; Bruno Fernandes da Silva3. Levando em consideração a quantidade de resíduos descartados pela sociedade no ambiente e a necessidade de criarmos alternativas para a reutilização de tais recursos, propõe-se uma atividade de reciclagem de óleo de cozinha, que tem por objetivo discutir a importância da reutilização de resíduos para a preservação dos recursos naturais que há no espaço geográfico, com o intuito de fomentar a educação ambiental na comunidade, por meio da oficina de reutilização de óleo de cozinha para a fabricação de sabão, e alertar sobre as graves consequências do descarte incorreto deste elemento, principalmente, nos recursos hídricos presentes no sistema. Por fim, através de situações reais da comunidade queremos criar uma nova oportunidade de uma fonte de renda, tendo em visto a possibilidade da venda do produto final, o sabão caseiro. Na oportunidade tivemos boa participação da comunidade, contando com a presença de vinte e cinco participantes (tendo sido o número de vagas estipuladas preenchidas), em sua maioria cozinheiras das escolas públicas do município e idosos do Centro de Convivência dos Idosos (CCI) da localidade. Ao final da atividade, contamos com a aprovação dos participantes, observado o envolvimento dos mesmos e o empenho no decorrer da oficina. 1 Uma das atividade executadas pelo Programa de Educação Tutorial de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no ano de 2013, no município de Timbaúba dos Batistas/RN. 2 Graduanda do curso de Geografia Licenciatura Plena da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e bolsista do Programa de Educação Tutorial de Geografia. 3 Graduando do curso de Geografia Licenciatura Plena da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e bolsista do Programa de Educação Tutorial de Geografia.