CONDIÇÕES CRÔNICAS: PESQUISA DOCUMENTAL SOBRE AS
PUBLICAÇÕES DA OMS1
Camila de Oliveira Ribeiro2, Laura Filomena Santos de Araújo3, Marilene
Hiller4, Roseney Bellato5
Este estudo abarca as Diretrizes Oficiais em saúde que direcionam a atenção às
doenças-condições crônicas publicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Tal
organização instituiu, em 2003, o conceito “condições crônicas” como uma nova e
abrangente definição que abarca problemas de saúde que persistem no tempo e têm, em
comum, a necessidade de certo nível de cuidados permanentes e, assim sendo, requer
gerenciamento efetivo e eficaz pelos sistemas de saúde. Propõe, assim, o modelo
“Cuidados Inovadores para Condições Crônicas” como modo de organizar os serviços
de saúde em escala mundial. O objetivo deste estudo foi elencar a produção oficial que
trata das doenças-condições crônicas pela OMS, evidenciando seu foco de atenção.
Trata-se de pesquisa documental. Acessamos tal produção no site da OMS, no campo
“busca avançada” com o termo “condição crônica". Resultou um total de 1190
documentos. Para análise utilizamos uma tabela com número de ordem, datação da
publicação, autoria, título, destinação/público-alvo, termo empregado, foco da diretriz e
observações pelo pesquisador. Os primeiros resultados evidenciam uma enormidade de
documentos que, geralmente, tratam de algum agravo prevalente em determinada
população, sem referência ao modelo acima proposto; outras vezes, ainda utilizam o
termo "doença crônica", o que pode evidenciar um retrocesso no próprio discurso da
OMS em relação à abordagem mais ampla e inovadora de 2003. Passados dez anos da
instituição do conceito de “condições crônicas”, ainda há descompasso em relação às
diretrizes da própria OMS, ao abarcarem a clássica divisão das doenças entre
transmissíveis e não transmissíveis, mostrando pouca aderência à proposta de modelo. É
necessário discutir acerca do modelo de cuidado na condição crônica, dada sua
aderência à longitudinalidade com vistas à Integralidade.
Estudo vinculado à pesquisa matricial “As Instituições de Saúde e do Poder Judiciário como
mediadores na efetivação do direito pátrio em saúde: análise de itinerários terapêuticos de
pessoas/famílias no SUS/MT”
2
Aluna de Graduação em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal
de Mato Grosso (FAEN/UFMT). Membro do Grupo de Pesquisa Enfermagem, Saúde e
Cidadania (GPESC). Email: [email protected]
3
Orientadora. Doutora em Enfermagem e docente da FAEN/UFMT. Líder do GPESC. E-mail:
[email protected]
4
Co-orientadora. Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela FAEN/UFMT. Membro do GPESC.
E-mail: [email protected]
5
Co-orientadora. Doutora em Enfermagem e docente da FAEN/UFMT. Membro do GPESC. Email: [email protected]
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CONDIÇÕES CRÔNICAS: PESQUISA