Níveis de Linguagem Cada um de nós tem uma maneira própria e exclusiva de se expressar através de um código comum chamado Língua Portuguesa. Dependendo das circunstâncias que se apresentam, podemos alterar nosso vocabulário, alternando esses Níveis de Linguagem. Nível Elevado No nível elevado a linguagem se encontra acima da linguagem padrão. Dentro desse nível estão a linguagem culta e literária. Linguagem culta Usada em atos de fala ou escrita que apresentam certa importância, pelo falante dotado de bom conhecimento do léxico e das normas gramaticais. Ex.: “Meu pai ficou atônito com o desenlace, e quer-me parecer que não morreu de outra coisa. Eram tantíssimos os sonhos que não podia vê-los esboroados, sem padecer um forte abalo no organismo.” Linguagem literária No uso literário, a linguagem apresenta efeitos estéticos próprios, empregando, muitas vezes, a linguagem figurada. Ex.: “Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, ‘olhos de cigana oblíqua e dissimulada’. Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira, eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora da contemplação creio que lhe deu outra idéia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles...” Nível Técnico No nível técnico as disciplinas ou matérias científicas utilizam de modo especial os recursos da linguagem. Há um léxico e até conceitos peculiares que não são facilmente compreendidos pelo leitor comum, leigo, ou não especialista no assunto. Ex.: “Cada cromossomo, no leptóteno, é formado por duas cromátides-irmãs e, nessa fase, inicia-se a sua condensação. Possuindo a mesma distribuição ao longo dos cromossomos homólogos, as regiões mais condensadas chamam-se cromômeros.” Nível Médio Neste nível, incluímos a linguagem comum ou padrão. Essa linguagem é também chamada de culta informal e é usada em muitas situações do dia-a-dia, por exemplo, em cartas comerciais, ou em conversas entre pessoas que não têm um relacionamento muito íntimo. Ex.: “ - Permite que o acompanhe? Perguntou Helena. - Com uma condição, disse ele; é que há de ter juízo. A égua é aparentemente mansa, convém não brincar com ela. Já que vejo que vejo que tu és capaz de muitas coisas mais... - Prometo que vou em paz.” Nível Familiar, Coloquial ou Informal Quando, entre emissor e receptor, há um grau de convivência e de intimidade que permite uma comunicação mais livre, geralmente com amigos,por exemplo. Utilizam-se construções sintáticas muito simples. Ex.:”- Demorei? - Foi britânica. Poxa, como tu tá bem! - Tu também, não mudou nada. - Quanto tempo,hein, Ana! - Pois é... Quanto tempo! Duas semanas... Como está o escritório - Uma zorra. E o Rio? - Outra. A última novidade é o aumento da gasolina.” Nível Relaxado Neste nível, há claros desvios da linguagem-padrão(nível médio), com o emprego de gírias ou, mesmo, de calão nas quais há, também desvios das normas gramaticais. Ex.:”- Não sei explicar. Acho que o senhor chega mais perto de nós. Eu gostei pra caramba daquele barato do senhor falar quem o senhor era, e mandar a gente papear sobre a gente mesmo. Sabe, aqui na escola, a gente tem pouca chance de falar. Só ouve e escreve no caderno. Uma droga...” Variabilidade linguística A língua é dinâmica: está sempre se modificando. Determinadas palavras vão caindo em desuso, substituídas por outras que são incorporadas à língua. A língua ainda sofre outros tipos de variação: Variação sociocultural: Relaciona-se ao grupo social ao qual o falante pertence Variação geográfica: Refere-se à maneira própria de falar de determinada região. Variação histórica: Imposta pelos acontecimentos e mudanças comportamentais da sociedade através dos tempos, sofre variações constantes. As palavras sofrem alterações na grafia ou mudam de sentido. Linguagem Culta Vocabulário incomum Linguagem Literária Uso da linguagem figurada Nível Técnico Vocabulário próprio Nível Médio Linguagem culta informal Nível Coloquial Comunicação “livre” Nível Relaxado Emprego de gírias e calões Variabilidade lingüística sociocultural, regional ou histórica Carta ao Papai Noel Prezado Papai Noel, Você na certa vai achar estranho te escrever hoje, dia 26 de dezembro, mas quero falar logo da minha reação ao receber os presentes que você deixou na minha árvore ontem, dia de natal. Como você bem deve se recordar, eu tinha pedido uma bicicleta, um trem elétrico, um Nintendo e um par de patins. Pois bem, quero lhe informar que durante o ano passado inteiro eu me matei de estudar, fui um dos primeiros da turma, tirei dez em todas as matérias. Ouso informar, inclusive, que ninguém, ninguém, se comportou melhor do que eu, nem com os pais, nem com os irmãos e nem com os vizinhos. Tem mais, cumpri todas as minhas tarefas e obrigações sem cobrar nada. Ajudei velhinhos a atravessar as ruas, não houve nada que eu não fizesse de bom e de gentil aos meus semelhantes. Mesmo assim, com uma tremenda cara-de-pau, você Papai Noel de bosta, me deixou de baixo da árvore a porcaria de um pião, uma porra de uma corneta e uma merda de um par de meias, seu barrigudo miserável de uma figa. Ou seja, comporto-me como um imbecil de merda o ano inteiro e você me faz uma putaria dessas. E o que é pior, ao filho da vizinha, esse viado filha-da-puta, sem educação, mal-criado e desobediente, que grita com a mãe e chama o pai de corno, pra esse a...pá...pá...pára essa música agora. Pra esse anormal você trouxe tudo o que ele pediu. Por isso estou desejando do fundo de minha alma, que aconteça um terremoto para irmos juntos todos à puta que nos pariu, já que com um Papai Noel incompetente e retardado como você, é melhor que a terra nos engula. Olha, mas mão deixe de vir no Natal que vem, se o terremoto não acontecer, Papai Noel, ta? Pois, eu pretendo arrebentar a sua cara seu filha-da-puta, e encher de pedradas as putas das tuas renas, começando por esse homossexual do Rudolf, que tem nome de bicha enrustida, ta? Vou espancar essas renas todas, para que você se foda e tenha que andar a pé como eu velho broxa. É, a bicicleta que eu pedi pra ir pra escola, filha-da-puta, que fica longe pra cacete da merda da minha casa, tu não me deu seu puto. E eu não quero, nem devo me despedir sem mandar você tomar no olho do seu cú...há há há... nem mandar você tomar no olho de seu cú seu filha da puta. Espero que quando você estiver no seu trenó, aquela bosta vire com você dentro seu porra, para que você se arrebente no chão feito um pacote de cocô gordo e vermelho. É, e agora pode botar a porra da musiquinha de Natal agora, pra esse filha-da-puta desse Papai Noel, pode botar. Isso, isso, bonito, bonito. Isso é um aviso, e no ano que vem filha-da-puta você vai ficar sabendo o que é um garoto mal-educado, doido pra se vingar, ta? Tenho 12 anos, meu nome? Osama Bin Laden, tchau, tchau, há há há.... Papo Reto – Charlie Brown Jr. Você deixou ela de lado pra falar com seus amigos, sobre as suas coisas chatas... Ela deu brecha eu me aproximei porque eu me fortaleço é na sua falha Ela estava ali sozinha querendo atenção e alguém pra conversar Você deixou ela de lado vai pagar pela mancada pode acreditar... Então já era... Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer Se for já era... Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer Você falou pra ela que eu sou louco e canto mal, que eu num presto que sou um marginal Que eu num tenho educação, que eu só falo palavrão, e pra socialite eu não tenho vocação... Sei que isso tudo é verdade mas... eu quero que se foda esta porra de sociedade Pago minhas contas, sou limpinho, não sou como você filho da puta viadinho. Então já era... Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer Se for já era... Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer Se não quiser ficar só, cuide dela bem melhor, ou vai ficar só o pó, ou vai ficar só o pó Ferro na boneca, pedrada na vidraça, tudo que eu tenho eu conquistei na raça eu não sou simpático a ninguém, hoje eu vou de limusine mas eu já andei de trem Djavan - Pétala O seu amor reluz que nem riqueza asa do meu destino clareza do tino pétala de estrela caindo bem devagar Oh! Meu amor viver é todo sacrifício feito em seu nome quanto mais desejo um beijo um beijo seu muito mais eu vejo gosto em viver... viver Por ser exato o amor não cabe em si por ser encantado o amor revela-se Por ser amor invade e fim