10 years
Porto Vivo, SRU
Rehabilitate to
Revitalize
10portoanos
vivo, sru
Reabilitar para Revitalizar
“Programa de Acção Para a Reabilitação Urbana do Eixo Mouzinho/Flores_CH.2”
Edição
Porto Vivo, SRU
Coordenação
Paulo de Queiroz Valença
José Pacheco Sequeira
Grafismo e Produção
Porto Novo, Lda
Imagens
Francisco Piqueiro (Capa e p.3)
Porto Vivo, SRU (p.4 e p.5)
Gabinete Alexandre Soares
(restantes)
Impressão
Diário do Porto, Lda
Tiragem
3 000 exemplares
ISBN
978-989-98335-7-9
Depósito Legal
381084/14
Fotografia aérea do
Eixo Mouzinho/Flores
Aerial photography of the
Mouzinho/Flores Axis
p. 4
10UmaAnos
década de Porto Vivo, SRU
Constituída a 27 de novembro de
2004 como empresa de capitais
públicos, sendo 60% do IHRU
– Instituto da Habitação e da
Reabilitação Urbana, I.P., e 40%
do Município do Porto, a Porto
Vivo, SRU tem, ao longo da última
década, assumido o objetivo
de promover a reabilitação e
reconversão do património
degradado da Baixa e do Centro
Histórico do Porto.
Uma missão que visa orientar
o processo de reabilitação, mas
também definir a estratégia
de intervenção e atuar como
mediador entre proprietários e
investidores, entre senhorios e
arrendatários. Em concreto, agir
na qualidade de facilitador das
vontades de intervir.
A Porto Vivo, SRU tem como
território global de atuação
a designada Área Crítica de
Recuperação e Reconversão
Urbanística (ACRRU), com cerca
de 1.000 hectares (cerca de 25% do
concelho do Porto). No entanto,
p. 5
10 Years
A decade of Porto Vivo,
SRU
Created on November 27, 2004 as
a public company, with 60% of the
capital belonging to the national
Institute of Housing and Urban
Rehabilitation (IHRU – Portuguese
acronym for “Instituto da Habitação
e da Reabilitação Urbana, I.P.”) and
40% to the City Council of Porto,
Porto Vivo, SRU has, over the last
decade, aimed the promotion of the
rehabilitation and conversion of the
degraded heritage of the downtown
and the Historic Centre of Porto.
A mission that aims to guide the
rehabilitation process, but also define
the intervention strategy and act
as mediator between owners and
investors, and between landlords
and tenants. Specifically, acting as a
facilitator of the wills to intervene.
Porto Vivo, SRU has as the global
intervention territory the designated
Critical Area of Urban Rehabilitation
and Conversion (ACRRU– Portuguese
acronym for “Área Crítica de
Recuperação e Reconversão
Urbanística”), with about 1,000 ha
(which represent 25% of the city of
Porto). However, it was defined as
priority intervention zone, with about
500 ha, the territory confined by the
Constituição Street and the Douro
River, the King Pedro V Street and the
east edge of Bonfim civil parish.
This area, where the urban
rehabilitation has been given
Rua Sousa Viterbo
(após intervenção)
Sousa Viterbo Street
(after the intervention)
emphasis, includes the Historic
Centre of Porto, listed by UNESCO as
World Heritage, and the traditional
downtown, which are included in the
ancient civil parishes of Bonfim, Santo
Ildefonso, Massarelos and Cedofeita,
territories that correspond to the
growth of the city in the 18th and 19th
centuries.
Porto Vivo, SRU work began with
the preparation of a Masterplan,
which defined the objectives and
targets to achieve with the project,
strategy, and operational instruments
designed to leverage the process
of physical, economic and social
transformation. It was set up the
big goals for the project, which are
the re-housing, the development
and promotion of business in
Porto’s downtown, boosting trade,
p. 6
definiu como zona de intervenção
prioritária (ZIP), com cerca de 500
hectares, o espaço compreendido
entre a Rua da Constituição e o
Rio Douro, e a Rua de D. Pedro V e
o limite nascente da freguesia do
Bonfim.
Esta área, onde se concentra o
esforço de reabilitação urbana,
engloba o Centro Histórico
do Porto, classificado pela
UNESCO como Património
Mundial, e a Baixa tradicional, e
inclui-se nas freguesias antigas
do Bonfim, Santo Ildefonso,
Massarelos e Cedofeita, territórios
correspondentes ao crescimento
da cidade nos séculos XVIII e XIX.
O trabalho da Porto Vivo, SRU
iniciou-se com a elaboração de um
Masterplan, no qual se definiram
os objetivos e as metas a atingir
com o projeto, a estratégia, e
os instrumentos operativos
para alavancar o processo de
transformação física, económica
e social.
Desenharam-se os grandes
objetivos para o projeto, que são a
re-habitação, o desenvolvimento e
promoção do negócio na Baixa do
Porto, a dinamização do comércio,
turismo, cultura e lazer, e a
requalificação do espaço público.
Ao longo da última década, o
desafio da Porto Vivo, SRU foi
criar condições para se reabilitar
um património inestimável
para os seus habitantes, mas
também para um número
crescente de visitantes, gerando
consequentemente um efeito
catalisador na revitalização de um
território tão nobre e fundamental
para a cidade e para a região.
Aliados, Carlos Alberto, Infante, Sé
e Vitória foram os primeiros pólos
de intervenção.
Uma ação mais profunda e mais
global teve como mais recente
e feliz exemplo a requalificação
de todo o Eixo Mouzinho/Flores,
onde se desenvolveu uma das
10 ações integradas do Centro
Histórico, a par de uma outra
desenvolvida no Morro da Sé.
O Protocolo da Parceria para a
Regeneração Urbana, assinado
em outubro de 2008, entre
diversas entidades públicas
e privadas – o Município do
Porto, a Porto Vivo, SRU, a
Associação Porto Digital, a Santa
Casa da Misericórdia do Porto,
a Fundação da Juventude,
a Sociedade de Transportes
Colectivos do Porto, S.A., a
TRENMO-Engenharia, S.A., e a
SPOT – Sociedade Portuense
Outras Tendências, Lda. –
permitiu lançar um programa
estratégico de valorização,
reabilitação e revitalização desta
zona central do Centro Histórico
Património Mundial.
Reabilitar para revitalizar tem
sido o desafio da Porto Vivo, SRU
ao longo dos seus 10 anos de
existência. Assim continuará a
ser no futuro, de forma a cumprirse a visão de uma cidade mais
competitiva, mais atrativa e mais
valorizada física e imaterialmente,
uma cidade que está a saber
renovar-se na Baixa e no Centro
Histórico, onde a dinâmica se
sente mais forte do que nunca e
onde os atores da mudança são
cada vez mais proativos.
Rua das Flores
(após intervenção)
/ Cidade das Profissões
Flores Street
(after the intervention)
/ Cidade das Profissões
p. 7
tourism, culture and leisure, and the
redevelopment of public space.
Over the last decade, the challenge
of Porto Vivo, SRU was to create
conditions to rehabilitate a priceless
heritage for its inhabitants,
but also for a growing number of
visitors, thereby generating a catalyst
effect in the revitalization of a
noble and crucial territory for the city
and the region.
Aliados, Carlos Alberto, Infante, Sé
and Vitória were the first areas of
intervention.
A deeper and more global action had
as the most recent and successful
example the redevelopment of
the entire Mouzinho/Flores Axis,
where it was developed one of the
10 integrated actions of the Historic
Centre, along with another developed
in Morro da Sé. The Protocol for the
Urban Regeneration Partnership,
signed in October 2008 between
various public and private entities
– City Council of Porto, Porto Vivo,
SRU, Porto Digital Association, Santa
Casa da Misericórdia of Porto, Youth
Foundation, Public Transport Society
of Porto, TRENMO-Engineering, and
SPOT - Sociedade Portuense Outras
Tendências, Lda. –, made it possible
to launch a strategic program
of recovery, rehabilitation and
revitalization of this central area of
the Historic Centre, World Heritage.
Rehabilitate to revitalize has been the
challenge of Porto Vivo, SRU over its
10 years of existence. It will remain
so in the future, in order to fulfill the
vision of a more competitive, more
attractive and more physical and
immaterially valuable city, which
is being renewed in the downtown
and in the Historic Centre, where the
dynamics is felt stronger than ever
and where the agents responsible for
change are increasingly proactive.
p. 8
história
O Eixo Mouzinho/Flores
ao longo dos Séculos
Fruto de uma semelhante
necessidade de ligação da cota
baixa à cota alta da cidade
nasceram a Rua das Flores e a
Rua de Mouzinho da Silveira.
Em tempos diferentes, é certo.
Planeada e desenvolvida no
século XVI como um eixo de
crescimento ou de saída da
povoação ribeirinha para
uma zona ainda rural, a Rua
das Flores foi construída em
terrenos que eram propriedade
do Bispo, do Cabido e da
Misericórdia, como ligação
da cidade ao Convento de São
Bento da Avé Maria, que em
finais do século XIX viria a dar
lugar à Estação de São Bento.
Já nos finais do século XIX,
deu-se a abertura da Rua
de Mouzinho da Silveira,
que surgiu como um trajeto
paralelo à Rua das Flores. O seu
traçado aproveitou o percurso
do Rio da Vila, resolvendo um
dos mais evidentes problemas
de salubridade pública do
centro urbano, ao promover o
seu entubamento.
Até à primeira metade do
século XX, além da ligação
entre a zona ribeirinha e a
Baixa, ambas as artérias se
destacavam pelo dinamismo
económico que os seus
comércios emprestavam à
cidade. Chegados ao século
XXI, esta área havia perdido
boa parte do dinamismo
económico de outrora. Menos
lojas e menos residentes eram
alertas para a necessidade de
uma intervenção cada vez
mais premente.
A reabilitação deste
território, que inclui toda a
zona compreendida entre
o Quarteirão Cardosas e a
Praça do Infante D. Henrique,
passando pelo Largo dos Lóios
e pelo Largo de São Domingos,
revelou-se portanto
fundamental para revitalizar o
coração da cidade.
Por conseguinte, dois eixos
que surgiram na cidade como
sinais de modernidade no
planeamento e na gestão
urbana, hoje, séculos depois
de serem construídos, são, de
novo, o embrião de uma nova
modernidade, desta feita a da
revitalização do núcleo central
do Centro Histórico do Porto.
History
The Mouzinho/Flores
Axis over the centuries
As product of the necessity for a link
between the lowest and the highest
levels of the city, Flores and Mouzinho da
Silveira Streets were born. In a different
time, obviously.
Planned and developed in the 16th
century as a growth or exit axis from
the riverside village to a still rural zone,
Flores Street was built on land owned
by the Bishop, the Collegiate and the
Holy House of Mercy of Porto, as a link
between the city and the “São Bento da
Avé Maria” Convent, which in the late
19th century would be replaced by the
São Bento Train Station.
In the late years of the 19th century,
Mouzinho da Silveira Street was opened,
which emerged as a parallel route to
Flores Street. Its layout took the itinerary
of the Vila River, solving one of the most
obvious problems of public health of the
urban centre, with the promotion of its
concealment in a subterranean tunnel.
Until the first half of the 20th century, as
addition to the connection between the
riverside zone and the downtown area,
both arteries were highlighted by the
economic growth lent to the city by the
shops. Having reached the 21th century,
this area had lost much of the economic
dynamism of the old days. Fewer shops
and fewer residents were alerts to the
need for increasingly urgent intervention.
The rehabilitation of this territory, which
includes the entire area between the
Cardosas Block and Prince Henrique
Square, through Lóios and São Domingos
Squares, proved really crucial to revitalize
the heart of the city.
Therefore, two axis that emerged in the
city as signs of modernity in planning
and urban management, today,
centuries after they were built, are
again the embryo of a new modernity,
this time by way of the revitalization
process of the central core of the
Historic Centre of Porto.
Rua das Flores
(antes da intervenção)
Flores Street
(before the intervention)
p. 10
1. Rua de Mouzinho Silveira (antes da intervenção)
2. Rua de Mouzinho Silveira (após intervenção)
3. Rua das Flores (após intervenção)
4. Casa da Companhia – Fundação de Juventude
5. Largo dos Lóios (antes da intervenção)
6. Edifício Douro – Palácio das Artes/Fábrica de Talentos
7. Largo de S. Domingos (durante a intervenção)
4
1
2
5
3
6
1. Mouzinho da Silveira Street (before the intervention)
2. Mouzinho da Silveira Street (after the intervention)
3. Flores Street (after the intervention)
4. Casa da Companhia – Youth Foundation
5. Lóios Square (before the intervention)
7
6. Douro Building – Arts Palace / Talents Factory
7. São Domingos Square (during the intervention)
p. 11
intervenção
Os Pressupostos do “Programa
de ACção do Eixo Mouzinho/Flores”
Gerada para executar um
programa estratégico de
valorização, reabilitação e
revitalização de um território
fulcral para o Centro Histórico
do Porto, a Parceria para
a Regeneração Urbana do
Eixo Mouzinho/Flores criou
um Programa de Ação que
foi executado com o apoio
de fundos comunitários,
no âmbito do Programa
Operacional Regional do
Norte 2007/2013, ON.2 – O
Novo Norte. Encontrou-se
assim um apoio financeiro
de cerca de 6,5 milhões
de euros, que alavancou
um investimento total
estimado de perto de 70
milhões de euros, 80% dos
quais de iniciativa privada.
Ou seja, gerou-se um efeito
multiplicador do apoio
comunitário bastante
relevante, pois 1 euro de
comparticipação do ON.2
promoveu 10 euros de
investimento público e
privado.
Esta intervenção,
desenvolvida ao longo de
cinco anos, foi crucial para
mudar a face do Centro
Histórico do Porto, tornando-o
mais atrativo para novas
atividades económicas e
novos residentes e visitantes,
reforçando também o seu
excecional valor urbanístico,
arquitetónico, arqueológico, e
sociocultural.
O Eixo Mouzinho/Flores
voltou a assumir centralidade
no Centro Histórico e na
cidade do Porto.
Rua das Flores
e Sousa Viterbo
(antes da intervenção)
Flores and
Sousa Viterbo Streets
(before the intervention)
Intervention
Guidelines of the Action
Programme of the
Mouzinho/Flores Axis
Generated to execute a strategic
recovery, rehabilitation and
revitalization program of a key territory
for the Historic Centre of Porto, the
Urban Regeneration Partnership for
the Mouzinho/Flores Axis created an
Action Programme that was performed
with the support of EU funds, under
the Northern Region Operational
Programme 2007/2013, ON.2. This
financial support of around 6.5 million
Euros leveraged a total estimated
investment of nearly 70 million Euros,
in which 80% represent the private
initiative. This means that a relevant
multiplier effect of the funding was
generated; 1 euro from the ON.2
Operational Programme leveraged 10
euros of public and private investment.
This intervention, developed over five
years, was crucial to change the face
of the Historic Centre of Porto, making
it more attractive for new economic
activities and new residents and visitors,
by also reinforcing its exceptional
urban, architectural, archaeological, and
sociocultural values.
The Mouzinho/Flores Axis regained
centrality in the Historic Centre and in
the city of Porto.
p. 12
Reabilitar
eO Novo
revitalizar
Eixo Mouzinho/Flores
No coração do Centro Histórico,
na interligação entre a Baixa e
a Ribeira, e na articulação entre
a cidade oitocentista e a cidade
medieval, a intervenção no Eixo
Mouzinho/Flores representou
um desafio maior em termos
de reabilitação e revitalização
urbana, unindo e concertando
vivências, destacando valores
urbanísticos e arquitetónicos.
Desde logo, porque alterou
as condições deterioradas do
funcionamento do espaço
público, e também porque
contrariou a degradação física
que apresentava o edificado – à
data do arranque do projeto,
apenas 23% estava em bom
estado de conservação, 30% em
razoável estado de conservação
e 42% em mau estado, estando
os restantes edifícios em ruínas.
p. 13
Rehabilitate
for Revitalize
The new Mouzinho/
Flores Axis
At the heart of the Historic Centre,
in the interconnection between the
downtown area and the riverside,
and in the articulation between
the 19th century city and the
medieval city, the intervention in the
Mouzinho/Flores Axis represented
a major challenge in terms of urban
rehabilitation and revitalization,
uniting and matching experiences,
highlighting urban and architectural
values. Because it changed the
deteriorated conditions of the
functioning of the public space,
and also because it contradicted
the physical deterioration of the
built fabric– in the time the project
started, only 23% were in good
condition, 30% in a reasonable state
of conservation and 42% in poor
condition, while the remaining
buildings were in ruins.
There was, therefore, the need to plan
and execute profound interventions.
The primary objectives were based
on the qualification of urban living
conditions, increasing buildings’
comfort standards, improving
parking conditions to favor the
residential sector, redeveloping
the infrastructure networks, the
streets’ pavement and the urban
environment. But there was also
a consolidation of vitality linked
to innovation and creativity, an
increase of the offer of tourism
support services, as well as the
implementation of a policy of Urban
area Management in order to give
continuity to the dynamics that were
set in this location.
Urban regeneration through public
Praça do Infante D. Henrique
/ Mercado Ferreira Borges
Prince Henrique Square
/ Ferreira Borges Market
p. 14
Houve, pois, a necessidade
de planear e executar
intervenções profundas.
Os objetivos primordiais
basearam-se na qualificação
das condições de vivência
urbana, aumentando o conforto
no edificado, melhorando as
condições de estacionamento
para favorecer o setor
residencial, requalificando
as redes de infraestruturas, a
pavimentação de arruamentos
e o ambiente urbano.
Mas houve também uma
consolidação de vitalidade
ligada à inovação e à
criatividade, um aumento da
oferta de serviços de apoio
ao turismo, bem como a
implementação de uma política
de Gestão de Área Urbana que
desse perenidade à dinâmica
estabelecida no local.
A reabilitação urbana com
investimento público e,
em especial, a opção por
apostar decididamente
na requalificação do
espaço público leva a uma
revitalização do espaço urbano
com a atração de investimento
privado. Isso verificou-se,
precisamente, ao longo de todo
o Eixo Mouzinho/Flores.
A instalação de um hotel
no Quarteirão Cardosas,
a promoção de habitação
de qualidade e a abertura
de novas lojas e espaços de
restauração na Rua das Flores
e de Mouzinho da Silveira, mas
também na zona envolvente
ao Largo de São Domingos,
bem como a dinamização do
Palácio das Artes – Fábrica de
Talentos, do Mercado Ferreira
Borges, e a instalação do Museu
e Arquivo da Santa Casa da
Misericórdia, exemplos claros
do Centro Histórico renovado.
A Modernização dos Ninhos
de Empresas da Fundação da
Juventude (sita na Casa da
Companhia, na Rua das Flores),
o surgimento do Gabinete de
Apoio ao Empreendedorismo,
criado logo em setembro de
2009, na Cidade das Profissões,
são ainda ações importantes
para o incremento da economia
local.
Há que distinguir e divulgar
todos estes exemplos e
resultados alcançados, pois
são o fruto de um processo de
revitalização que está a mexer
com a cidade e com o seu centro
histórico. São estes também
frutos da experiência e da
reflexão dos 10 anos da Porto
Vivo, SRU.
p. 15
investment, and, in particular, the
option to strongly trigger the public
space redevelopment, this leads to a
revitalization of the urban space with
the attraction of private investment.
This was precisely confirmed along
the whole Mouzinho/Flores Axis.
The installation of an hotel in the
Cardosas Block, the promotion of
high-quality housing and the opening
of new shops and restaurants at
Flores and Mouzinho da Silveira
Streets, but also in the surrounding
area of São Domingos Square, as
well as the animation of the Arts
Palace – Talents Factory, the Ferreira
Borges Market, and the installation
of the Museum and Archive of the
Holy House of Mercy of Porto, these
are clear examples of the renovated
Historic Centre. The Modernization
of the Business Incubators in the
Youth Foundation (located at Casa da
Companhia, in Flores Street), and the
emergence of the Entrepreneurship
Support Office, established as early
as September 2009, in Cidade das
Profissões, these are still important
actions for the local economy boost.
Is it necessary to distinguish and to
communicate all these examples
and achievements, as they are the
fruit of a revitalization process that is
transforming the city and its Historic
Centre. These are also the results of
the experience and reflection of 10
years of Porto Vivo, SRU.
Rua dos Caldeireiros
(antes da intervenção)
Caldeireiros Street
(before the intervention)
p. 16
Largos dos Lóios
(após intervenção)
Lóios Square
(after intervention)
Que
futuro?
Os desafios da Porto Vivo, SRU
na reabilitação e revitalização urbana
A Porto Vivo, SRU adotou
um papel inovador na
condução do processo de
reabilitação. Colocou em
prática metodologias de
simplificação dos processos de
planeamento, licenciamento
e execução de obras, e,
sobretudo, implementou uma
gestão territorial mais próxima
dos interessados e mais
integrada nas suas diferentes
componentes. Prestou um
serviço público que se tornou
exemplar para um conjunto
p. 17
What future?
The challenges of Porto
Vivo, SRU in the urban
rehabilitation and
revitalization
Porto Vivo, SRU has adopted an
innovative role in the conduction of
the rehabilitation process. Has put into
practice methodologies designed to
simplify the processes of planning,
licensing and execution of works, and,
above all, has implemented a territorial
management closer to the stakeholders
and more integrated into its various
components. Provided a public service
that has become an example for a set
of Portuguese and even foreign cities,
because they found in the of urban
rehabilitation project of the centre of
Porto a case study.
Models as the ones followed in Cardosas,
in Carlos Alberto or in King João I blocks,
selecting the private partner by public
tender, or in the Corpo da Guarda block,
by joining the owners in order to start the
joint rehabilitation of the buildings, such
as the Urban Regeneration Partnerships
for Morro da Sé and Mouzinho/Flores
Axis, these examples must be replicated
and adapted in the work that follows in
the coming years.
de cidades portuguesas e
mesmo estrangeiras, pois
encontraram no projeto de
reabilitação urbana do centro
do Porto um caso de estudo.
Modelos como os seguidos
nas Cardosas, em Carlos
Alberto ou em D. João I,
selecionando o parceiro
privado por concurso público,
ou no quarteirão do Corpo da
Guarda, associando-se
aos proprietários para
proceder à reabilitação
conjunta dos respetivos
edifícios, tal como as
Parcerias para a Regeneração
Urbana do Morro da Sé e
do Eixo Mouzinho/Flores,
são exemplos a replicar e a
adaptar no trabalho que se
inicia para os próximos anos.
Novos desafios se colocam
agora para o projeto de
reabilitação urbana do
centro do Porto. Estão a ser
discutidas propostas de
novas Áreas de Reabilitação
Urbana, nomeadamente,
Bonfim, Cedofeita, Aliados,
Miragaia, Lapa e Santos
Pousada, acrescentando-se
New challenges are now set for the
urban rehabilitation project of the
centre of Porto. There are being
discussed proposals for new Urban
Rehabilitation Areas, in particular, Bonfim,
Cedofeita Aliados, Miragaia, Lapa and
Santos Pousada, adding to the already
established Urban Rehabilitation Are of
the Historic Centre of Porto, and whose
management is the responsibility of
Porto Vivo, SRU.
These new decisions aim to provide
the other areas, beyond the Historic
Centre, with a strategic orientation for
the future, balancing the multifunctional
character of Porto’s downtown and
giving a clear signal to investors
and entrepreneurs of the strong
commitment of the public sector in the
rehabilitation of the city.
p. 18
àquela já constituída no âmbito
do Centro Histórico do Porto
e cuja gestão foi acometida à
Porto Vivo, SRU.
Estas novas decisões visam
dotar outras áreas, para além
do Centro Histórico, de uma
orientação estratégica para
o futuro, equilibrando o
carácter multifuncional da
Baixa do Porto e dando um
claro sinal aos investidores
e empreendedores do forte
compromisso do setor público
na reabilitação da cidade.
Este caminho da reabilitação
urbana está a ser percorrido de
forma cada vez mais confiante e
os indicadores comprovam-no,
sobretudo através da vitalidade
económica que os territórios
intervencionados apresentam
nos dias de hoje, não obstante a
conjuntura de crise económica
que o país vivenciou ao longo
dos últimos anos. Note-se que,
no período de atividade da
Porto Vivo, SRU, entre 2005 e
2013, o investimento público
em reabilitação urbana e
valorização do património (o
qual engloba investimento
não só da Porto Vivo, SRU,
mas também do Município do
Porto e de outras entidades
públicas), atingiu um valor
total de 58 milhões de euros,
o que permitiu alavancar
cerca de 700 milhões de
euros de investimento
privado. O esforço do setor
público foi assim largamente
recompensado por força do
dinamismo renovado do setor
privado.
Há pois que continuar e ir
ainda mais longe. Com todos
os atores, nomeadamente, em
parceria com a Administração
Central, a Câmara Municipal
do Porto, as empresas, os
comerciantes e associações
comerciais, bem como um
sem número de especialistas
e especialidades que operam
neste setor. Sem esquecer os
proprietários, os senhorios e os
novos investidores, pois estão
aliás no epicentro deste projeto,
e que se acercam todos os dias
da Baixa e do Centro Histórico,
recriando estes espaços, e com
isso valorizando-os.
This path of urban rehabilitation is being
driven in an increasingly confident manner
and indicators prove it, especially through
the economic vitality that the intervened
territories show nowadays, despite the
environment of economic crisis the
country experienced over the recent years.
Notice that, in the period of Porto Vivo,
SRU activity, between 2005 and 2013,
public investment in urban rehabilitation
and valorization of heritage (which
includes not only investment of Porto
Vivo, SRU, but also of the Council of Porto
and other public entities), reached a total
value of 58 million Euros, which leveraged
approximately 700 million Euros of private
investment. The effort of the public sector
was then rewarded through the renewed
dynamism given by the private sector.
It is imperative therefore to continue and
go further beyond. With all stakeholders,
namely, in partnership with the
Governmental Entities, the City Council of
Porto, the companies, the shopkeepers
and the commerce associations, as well
Praça da Liberdade / Hotel
Intercontinental – Palácio das
Cardosas
Liberdade Square / Intercontinental
Hotel – Cardosas Palace
as a number of specialists and specialties
that operate in this sector. Without
leaving behind the owners, the landlords
and the new investors, because they are
indeed in the epicentre of this project,
who come every day to Porto’s downtown
and Historic Centre, recreating these
spaces, and thus valuing them.
Porto Vivo, SRU
Rua de Mouzinho da Silveira, 208 a 214
4050-417 Porto
Telefone: 22 2072700
Fax: 22 2072709
www.portovivosru.pt/
www.portovivosru.pt/mouzinho/flores
Cofinanciamento:
Download

porto vivo, sru