UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Marcel Suehara da Costa Patrícia Aparecida da Silva Thiago Salles Sallazar Viviane Onodera Faustini EMPREENDEDORISMO Incubadora de Empresas de Lins – SP LINS – SP 2008 MARCEL SUEHARA DA COSTA PATRÍCIA APARECIDA DA SILVA THIAGO SALLES SALLAZAR VIVIANE ONODERA FAUSTINI EMPREENDEDORISMO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob orientação do Prof. M. Sc. Paulo Jair Viotto e orientação técnica da Profª Esp. Ana Beatriz Lima. LINS – SP 2008 Costa, Marcel Suehara; Silva, Patrícia Aparecida; Sallazar, Thiago Salles; Faustini, Viviane Onodera Empreendedorismo: Incubadora de Empresas de Lins / Marcel Suehara da Costa; Patrícia Aparecida da Silva; Thiago Salles Sallazar; Viviane Onodera Faustini. – – Lins, 2008. 119p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2008 Orientadores: Paulo Jair Viotto; Ana Beatriz Lima. 1. Empreendedorismo. 2. Desenvolvimento econômicol. 3. Gestão empresarial. I Título. CDU 658 MARCEL SUEHARA DA COSTA PATRÍCIA APARECIDA DA SILVA THIAGO SALLES SALLAZAR VIVIANE ONODERA FAUSTINI EMPREENDEDORISMO Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em: ____/____/____ Banca Examinadora: Profº Orientador: Paulo Jair Viotto____________________________________ Titulação: M. Sc. em Comunicação pela UNIMAR (Universidade de Marília). _______________________________________________________________ Assinatura: ________________________________ 1º Prof (a): ______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ________________________________ 2º Prof (a): ______________________________________________________ Titulação: _______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura: ________________________________ DEDICATÓRIA À minha mãe, Que ao me dar à benção da vida, entregou a sua. Que sempre ao lutar por mim, esqueceu de si mesma. Que ao desejar o meu sucesso, abandonou os seus anseios. Que ao vibrar com as minhas vitórias, esqueceu seus próprios méritos, que nos momentos de dificuldades, sempre respondeu com amor e que desde o meu nascimento pediu a Deus que me protegesse por toda a vida, o meu mais sincero agradecimento. À memória de meu pai, Que sempre me ensinou a ser persistente, esforçado, honesto e a dar o melhor de mim buscando os meus objetivos. Quantos dias e quantas noites passou trabalhando na busca de proporcionar o melhor para os seus filhos. Deus o levou para um lugar melhor, mas os ensinamentos e a saudade que deixou permanecerá eternamente em meu coração. À minha avó, Sempre com seus conselhos, seu carinho, sua orientação e suas orações contribuiu para que eu me tornasse o que sou hoje. Uma mulher de fibra e de garra e que tenho como exemplo por toda a vida. À minha família, Minha filha, Beatriz Yumi que é um presente de Deus e que deixa o meu dia melhor apenas com um sorriso. À minha esposa Patrícia que sempre permaneceu ao meu lado toda vez que precisei e com quem eu sempre posso contar. Aos meus irmãos, Que são pessoas maravilhosas, sempre com suas brincadeiras e palavras me apoiaram e sempre me ajudaram nos planos e objetivos que tracei. Aos meus amigos, Com quem sempre pude contar em todos os momentos da minha vida, nas angústias e nos momentos de alegria, nas minhas proezas e fracassos. Marcel Suehara da Costa Aos meus pais, Que com muito amor e muito sacrifício sempre me apoiaram nesta caminhada e são os principais responsáveis pela minha formação como pessoa, como profissional. Assim dedico a eles a concretização deste trabalho e agradeço por tudo que fizeram por mim. Á minha família, Minha filha Beatriz Yumi, razão da minha vida. Ao meu marido, Marcel, meu companheiro e amigo. Helena, por ter me dado sua ajuda, assim pude concluir mais esta etapa em minha vida. Aos meus amigos, Agradeço pela força, por sempre torcerem por mim e por termos compartilhado bons momentos. Muito obrigada! Patrícia Aparecida da Silva A todos que me apoiaram e acreditam nesta vitória, Guilherme, Marcel, Patrícia, Helena, Juliana, Márcia, Hamilton, Gabriel Foz, Herculano, Amélia, Anderson, Nayara, Silas, Milena, Rafael, Vitor, Vanderlei, Gabriel, Leonardo, Guilherme Pimentel, Heitor, Fernando, Helton, Jose Rubens, Wlademir, Jader, André, Thaise, Ary, Adriano, Eduardo, Ademir, Prof. Ricardo Gonçalves, Paulo. Algumas pessoas marcam a nossa vida para sempre, umas porque nos vão ajudando na construção, outras porque nos apresentam projetos de sonhos e outras ainda porque nos desafiam a construí-los. Thiago Salles Sallazar Dedico à pessoa que mais amo, minha Mãe Doroty Onodera, modelo de dedicação e paciência, com quem tenho a honra de dividir minhas alegrias e conquistas. Viviane Onodera Faustini AGRADECIMENTO A Deus, Em todos momentos pude contar com sua misericórdia, sei que tudo que almejo vou conseguir no tempo certo, como esta etapa da minha vida que estou vencendo e muitas outras que irei vencer. Obrigado senhor por ter me dado a vida, por sempre me guiar nos caminhos corretos e por eu aprender a tirar uma lição dos momentos bons e ruins que passei. Ao nosso orientador, Msc Paulo Jair Viotto Um dos responsáveis pela realização e conclusão de nosso trabalho. Transmitindo sempre o conhecimento necessário para que pudéssemos atingir nosso objetivo com eficácia. À Incubadora de Empresas de Lins e ao Sr. Flávio Anequini, Que propiciou a oportunidade de nos aprofundarmos no projeto, com sugestões e observações necessárias para o melhor resultado do mesmo. Marcel Suehara da Costa A Deus, Por nos dar a vida, força e sempre nos guiar em nosso caminho. És bondoso e nos fortaleceu, nos deu sabedoria e paciência para concretizar este trabalho. Ao nosso orientador, Prof. Paulo Viotto, Que nos atendeu e orientou. Muito obrigada pela paciência e pelo conhecimento que nos transmitiu ao longo deste trabalho. Serei eternamente grata. A Incubadora de Empresas, aos Incubados, ao Sr. Flávio José Anequini, Que nos receberam de braços abertos, transmitiram suas experiências e conhecimentos que foram vitais para o desenrolar deste projeto. Muito obrigada, e o meu sincero desejo de que tenham muito sucesso e prosperidade. Patrícia Aparecida da Silva A Deus Por me dar forças pra nunca desistir, por iluminar e guiar meus passos em busca de meus sonhos e projetos. À Família Pelo apoio, pelas orações, energias positivas que me impulsionavam a seguir em frente. Aos Amigos Que foram essências durante toda a jornada, principalmente nos primeiros passos, sempre me incentivando a dar continuidade neste sonho. Aos de Turma Que estavam sempre ao meu lado, estudando junto, elaborando os trabalhos, dividindo as experiências, as alegrias e angustias. Ao meu Orientador Pelo apoio, por acreditar em nosso projeto, e por dedicar seu tempo, nos orientando de forma fundamental no presente trabalho. A Incubadora de Empresas de Lins Por nos fornecer dados importantes na elaboração deste projeto. Thiago Salles Sallazar A Deus Por me manter confiante. À minha Mãe Por sempre apoiar e acreditar nos meus sonhos. Ao meu “know-who”, Flávio José Anequini Pela confiança, apoio, oportunidades e principalmente por sua generosidade em sempre compartilhar seus conhecimentos. À Incubadora de Empresas de Lins Por ter me proporcionado um crescimento profissional baseado na ética e no bem comum. Viviane Onodera Faustini RESUMO O empreendedorismo atualmente é de suma importância estratégica para o desenvolvimento econômico dos países. É um fenômeno global, um “colchão” para o desemprego e um dos fatores essenciais para melhorar as condições de vida dos cidadãos. No Brasil, pode-se dizer que o movimento empreendedor está apenas começando, porém é cada vez maior o número de brasileiros que está trocando o trabalho como funcionário em uma empresa ou mesmo driblando o desemprego com a montagem de um negócio próprio. Diante deste cenário, o trabalho de conclusão de curso realizado tem como finalidade demonstrar que a busca de capacitação empreendedora é necessária para navegar nesse oceano de adversidades que é o mercado e que através das incubadoras de empresas, os empreendedores conseguem apoio para os novos empreendimentos, já que lhes são proporcionados inúmeros benefícios para o nascimento, desenvolvimento e consolidação de novas empresas, aumentando as chances de sobrevivência do negócio. Assim, a IEL - Incubadora de Empresas de Lins, inaugurada oficialmente em abril de 2003, tem como missão preparar empreendedores para viabilizar empresas competitivas, inovadoras e de sucesso, difundindo a cultura empreendedora e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social sustentável do município e da região. Apesar de ser uma incubadora jovem, já possui uma história de sucesso e conquistas. Com a parceria de entidades como SEBRAE/SP, ADETEC Lins e a Prefeitura Municipal de Lins, promove a participação e integração de alunos, profissionais e a comunidade em suas atividades, sendo referência em gestão empresarial. Então é possível perceber, com a análise do trabalho, que a Incubadora de Empresa de Lins e suas parcerias contribuem para o desenvolvimento de novas empresas, soluções para o mercado e o desenvolvimento local e regional e que com estímulo, a prática empreendedora se desenvolverá, contribuindo para o crescimento do PIB do município, gerando empregos, renda e mais dinheiro na economia municipal. Palavras-chave: Empreendedorismo. Desenvolvimento econômico. Gestão empresarial. Incubadoras de Empresas. ABSTRACT Entrepreneurship is currently of great strategic importance to the economic development of countries. It is a global phenomenon, a "cushion" to unemployment and one of the key factors for improving the living conditions of citizens. In Brazil, we can say that the entrepreneur movement is just beginning, but it is increasing the number of Brazilians who is replacing the work as an employee in a company or even dribble unemployment with the assembly of a business. In this scenario, the completion of course work done is to demonstrate that the search for entrepreneurial training is necessary to navigate this ocean of adversity which is the market and that through business incubators, the entrepreneurs get support for new ventures, since it´s offered them many benefits for the birth, development and consolidation of new businesses, increasing the chances of survival of the business. Thus, the IEL – Incubadora de Empresas de Lins, inaugurated officially in April 2003, aims to prepare entrepreneurs to make competitive, innovative and successful companies, spreading the entrepreneurial culture and contributing to sustainable economic and social development of the municipality and region. Despite being an young incubator, it already has a history of success and achievements. With the partnership of organizations such as SEBRAE / SP, ADETEC Lins and the Municipality of Lins, it promotes the participation and integration of students, professionals and the community in its activities, being a reference to business management. Then it´s possible to realize, with the analysis of the work, that the Incubadora de Empresas de Lins and its partnerships contribute to the development of new businesses, solutions to the market and the local and regional development and that with encouragement, the practice will develop entrepreneurial, contributing to the GDP growth of the city, generating jobs, income and more money in the municipal economy. Keywords: Entrepreneurship. Economic development. Business management. Business incubators. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Número de empresas no Brasil (percentual)................................. 99 Figura 2: Número de pessoas ocupadas (percentual).................................. 100 Figura 3: Evolução do número de incubadoras no Brasil............................. 101 Figura 4: Fachada da Incubadora de Empresas de Lins ............................. 48 Figura 5: O processo e planejamento estratégico do negócio..................... 63 Figura 6: Organograma da Incubadora de Empresas de Lins...................... 116 Figura 7: Fluxograma da Incubadora de Empresas de Lins......................... 117 Figura 8: Croqui da Incubadora de Empresas de Lins................................. 118 Figura 9: Treinamento realizado na Incubadora de Empresas de Lins........ 119 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Cursos, treinamentos e palestras realizados pela IEL................. 73 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Número de empresas formais no Brasil por porte e setor de atividade........................................................................................ 28 Tabela 2: Número de pessoas ocupadas nas empresas formais, por porte e setor de atividade....................................................................... 29 Tabela 3: Raio X do sistema de Incubadoras no Brasil - (2007)................... 46 Tabela 4: Evolução do faturamento da Incubadora (2003 – 2007)............... 74 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ADETEC Lins - Agência de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Lins AMPROTEC - Associação Nacional de Entidades Promotoras Empreendimento de Tecnologia Avançada APAE - Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social CONFAZ - Conselho Nacional de Política Fazendária de CNPq - Conselho Nacional Desenvolvimento Científico e Tecnológico CPF - Cadastro Pessoa Física CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido DECA - Declaração Cadastral DNRC - Departamento Nacional de Registro de Comércio EMAD - Empresa de Materiais e Adaptações para Deficiências EMPRETEC - Consultoria Empresarial e Tecnológica, programa da UNCTAD, órgão ligado a ONU. EUA - Estados Unidos da América FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo FISCO - Refere-se, em geral, ao Estado enquanto gestor do Tesouro Público GENESIS - Geração de Novas Empresas de Software, Informação e Serviços GEM - Global Enterpreneuship Monitor (Monitor Global de Empreendedorismo) HP - Hewlett & Packard IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IAL – Instituto Americano de Lins IEL - Incubadora de Empresa de Lins INSS - Instituto Nacional do Seguro Social INATEL - Instituto Nacional de Telecomunicações INOVATES - Centro de Inovações Tecnológicas ISS - Imposto Sobre Serviços IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica MPME´s - Micro, Pequenas e Médias Empresas NIRE - Número de Identificação do Registro da Empresa ONU - Organização das Nações Unidas PAE - Posto de Atendimento do Trabalhador PARQ TEC - Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos PIB - Produto Interno Bruto PIS - Programa de Integração Social PN - Plano de negócio SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio a Pequenas Empresas SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SINCOMÉRCIO – Sindicato do Comércio Varejista SIGEOR - Sistemas de Informação da Gestão Estratégica Orientada para Resultados SOFTEX - Sociedade Brasileira Para Exportação de Software TAM - Táxi Aéreo Marília UNCTAD - United Nations Conference on Trade and Development (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento) UNIMED - Unidade Médica UNIMEP - Universidade Metodista de Piracicaba SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................. 14 CAPÍTULO I – EMPREENDEDORISMO 1 CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO.......................................... 17 1.1 Surgimento do empreendedorismo.................................................... 18 1.2 Perfil do empreendedor...................................................................... 19 1.3 Empreendedorismo no Brasil.............................................................. 20 1.4 A importância do empreendedorismo................................................. 23 1.5 As características dos empreendedores de sucesso......................... 25 1.6 A importância das micro, pequenas e médias empresas para a economia............................................................................................ 28 1.7 Os processos para a abertura de uma empresa................................ 29 1.8 As ferramentas para uma gestão eficaz............................................. 35 1.9 Os principais erros que levam empresas a falência........................... 39 CAPÍTULO II – AS INCUBADORAS DE EMPRESAS 2 O CONCEITO DE INCUBADORA DE EMPRESAS.......................... 42 2.1 Os objetivos das incubadoras de empresas....................................... 42 2.2 O movimento das incubadoras de empresas..................................... 43 2.3 Tipos de incubadoras de empresas.................................................... 44 2.4 Incubadoras de empresas no Brasil................................................... 45 2.5 Histórico da Incubadora de empresas de Lins................................... 47 2.6 A missão da Incubadora de Empresas de Lins.................................. 50 2.7 Requisitos necessários para a empresa ser incubada....................... 50 2.8 O que a Incubadora de Empresas de Lins faz pelo empreendedor... 51 2.9 O ambiente da Incubadora de Empresas de Lins.............................. 53 2.10 O papel da Incubadora de Empresas de Lins no desenvolvimento de novos empreendimentos............................................................... 54 2.11 A distribuição logística da Incubadora de Empresa de Lins .............. 56 2.12 As parcerias estabelecidas................................................................. 57 2.13 A importância das parcerias no desenvolvimento local e regional..... 60 2.14 O plano de negócios........................................................................... 62 CAPÍTULO III – A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO.................................................................................... 70 3.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS........................................................ 71 3.2 Procedimentos para incubação de empresas.................................... 74 3.3 Taxa de incubação das empresas...................................................... 75 3.4 Metodologia de graduação das empresas......................................... 75 3.5 Empresas residentes.......................................................................... 75 3.6 Empresas associadas........................................................................ 76 3.7 Empresas pré-residentes................................................................... 76 3.8 Empresas graduadas......................................................................... 77 3.9 Resultado da pesquisa....................................................................... 77 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................. 79 CONCLUSÃO............................................................................................... 81 REFERÊNCIAS............................................................................................ 82 APÊNDICES................................................................................................. 89 ANEXOS....................................................................................................... 98 14 INTRODUÇÃO Atualmente, as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e são responsáveis, em muitos países, por mais de 50% do Produto Interno Bruto e pelo maior volume de exportações, além de serem as maiores geradoras de inovações tecnológicas desde a Segunda Guerra Mundial. No Brasil, a rapidez com que essas empresas crescem é de vital importância para a economia, pois esse crescimento também será refletido no índice de empregabilidade e renda existente hoje. É evidente que, quanto maior o número de empresas bem administradas, maior será o número de empregos com carteira assinada. É bem verdade que, da mesma forma em que elas criam oportunidades de empregos com rapidez, do mesmo modo essas oportunidades podem desaparecer com a mesma rapidez. Analisando o outro lado da moeda, verifica-se que essas micro, pequenas e médias empresas são as que mais enfrentam dificuldades, o que geralmente é comum no Brasil. Isso afeta diretamente a qualidade de vida dos indivíduos. Por outro lado, quando essas empresas vão bem, a riqueza do país aumenta, os empregos crescem, a concentração de renda diminui e as pessoas passam a desfrutar de uma vida melhor. Desta forma é necessário dar ênfase ao papel desempenhado pelas incubadoras de empresas junto ao profissional empreendedor. Justamente, devido às crises, o empreendedorismo no Brasil é muito forte, já que o povo brasileiro aprendeu a passar por várias situações de risco, além da mistura de culturas que faz com que seja um país muito criativo, fazendo com que os empresários e empreendedores sejam os mais preparados para administrar uma empresa. Em contrapartida, mesmo com todo esse preparo mais de 50% das empresas ainda fecham as suas portas em seus primeiros anos de vida, ao contrário das que foram incubadas que têm essa mesma taxa menor que 20%. Nesse cenário, a criação e desenvolvimento das incubadoras de empresas é um instrumento que permite estimular os negócios emergentes e assim contribuir para a geração de conhecimento. No Brasil, elas vêm crescendo e são consideradas importantes aliadas das políticas de inovação e 15 desenvolvimento. Seguindo esta tendência, a Incubadora de Empresas de Lins situada na Avenida Floriano Peixoto, 1093, região central da cidade, atua em diversas ações do município e, em todas elas, sua atuação é pautada pela convicção de que é essencial trabalhar em conjunto e fortalecer as relações entre instituições, poder público e comunidade. Inaugurada em 2003, a Incubadora de Empresas de Lins nasceu com o propósito de apoiar pequenos negócios e vem atingindo seu objetivo, seja introduzindo inovação e tecnologia nas empresas apoiadas ou proporcionando conhecimento que as ajudam no competitivo mercado globalizado. Diante destes fatos, os objetivos deste trabalho foram: conceituar o empreendedorismo a fim de compreender seus princípios; mostrar o papel da Incubadora de Empresas de Lins no processo de desenvolvimento dos novos empreendimentos; salientar a importância das alianças regionais estabelecidas pela Incubadora de Empresas de Lins; verificar a importância de uma gestão com base no conhecimento mercadológico e na ética para obter bons resultados; demonstrar os processos necessários para abrir uma empresa; analisar os principais erros que levam muitas empresas a falência. Através destas situações surgiu o seguinte questionamento: Até que ponto é determinante o papel da Incubadora de Empresas de Lins e suas parcerias no surgimento e sobrevivência das empresas? Para respondê-lo, formulou-se a hipótese de que o auxílio da Incubadora de Empresas de Lins juntamente às parcerias firmadas contribui positivamente para o crescimento e evolução dos novos empreendimentos que surgem na região, favorecendo o aumento do PIB e a formação de novos empregos. Para demonstrar na prática a veracidade da hipótese, foi realizada pesquisa de campo na Incubadora de Empresas de Lins, no período de fevereiro a outubro de 2008. Os métodos e técnicas utilizados para realização da pesquisa estão descritos no Capítulo lll do trabalho. O trabalho divide-se nos seguintes capítulos: Capítulo l: abordagem do tema, expondo seus conceitos, sua evolução histórica, importância na atualidade, perfil do empreendedor, importância das micro e pequenas empresas e suas vantagens para o crescimento da 16 economia de uma região. Capítulo ll: apresentação da instituição, englobando sua história, origem, conceito, estrutura organizacional, serviços, sua missão e objetivos como também as principais vantagens e projetos. Capítulo lll: expõe o resultado da pesquisa e confronta a teoria e a prática. Por fim, é apresentada a proposta de intervenção e a conclusão. 17 CAPÍTULO I EMPREENDEDORISMO 1 CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO Atualmente, há poucas dúvidas de que uma sociedade com mercado livre é capaz de produzir mais riqueza. Mas há uma condição primordial para que isso aconteça, uma característica sem a qual o mercado mais livre pode se tornar o menos aproveitado de todos: capital humano. Sem pessoas capazes de criar e aproveitar oportunidades, melhorar processos e inventar negócios, de pouco adiantaria ter o mercado mais livre do mundo. É onde entra o empreendedorismo, entendido como a vontade e aptidão para realizar algo, deixar sua marca, fazer diferença. É uma forma de ver o mundo, aliada a um conjunto de técnicas e conhecimentos, que permite criar oportunidades e atuar de forma a obter resultados. Schumpeter (1942, apud COHEN, 2000) consolidou e esclareceu o conceito de empreendedorismo, distinguindo as invenções das inovações do empreendedor. Ele argumentou que os empreendedores inovam não apenas pela identificação de formas de usar as invenções, mas também pela introdução de novos meios de produção, novos produtos e novas formas de organização. Essas inovações, segundo ele, precisam de tanta ousadia e habilidade como o processo de invenção. O espírito empreendedor é um dos fatores essenciais para aumentar a riqueza do país e melhorar as condições de vida de seus cidadãos. Porém, não é simplesmente a coragem de abrir um negócio. Ele está intimamente ligado a inovação, ao crescimento, a exploração de uma brecha que ninguém ousara até então, as atividades de quem se dedica a geração de riquezas, seja na transformação de conhecimentos em produtos ou serviços, na geração do próprio conhecimento ou na inovação em áreas como marketing, produção, organização, ajudando a avaliar e a minimizar os riscos, de forma que os fracassos possam ser encarados como uma etapa no processo de aprendizado. É a esse processo que se refere o espírito empreendedor, algo bem diferente do espírito de aventura e fundamentado em bases muito mais 18 sólidas, sendo assim, definitivo para a ampliação das possibilidades de uma economia. Além de criação de riquezas, considera-se também o processo empreendedor como uma fonte de realização pessoal. A empresa é uma forma de materialização de sonhos, a projeção da imagem interior, do íntimo. Sob este prisma, o empreendedorismo é também um campo intensamente relacionado com o processo de entendimento e construção da liberdade humana. 1.1 Surgimento do empreendedorismo “Existem homens e mulheres que desejam participar, não apenas como observadores, da construção de um mundo novo”. (PRÉVOST, P; DORION, E, 1999, apud DOLABELA, 1999, p. 15). Analisando historicamente o desenvolvimento da teoria do empreendedorismo, (DORNELAS, 2005), verifica-se que o primeiro uso do termo pode ser creditado a Marco Pólo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como empreendedor, Marco Pólo assinou um contrato com um homem que possuía dinheiro (capitalista) para vender suas mercadorias. Enquanto o capitalista assumia o risco de forma passiva, o empreendedor assumia papel ativo, correndo todos os riscos físicos e emocionais. Na Idade Média, o termo empreendedorismo foi utilizado para definir o gerenciamento de grandes projetos de produção. Os indivíduos não assumiam grandes riscos, e apenas gerenciavam os projetos, utilizando recursos disponíveis, geralmente provenientes do governo do país. No século XVII ocorreram os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo, onde o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos, com preços prefixados. Qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor. No final do século XVIII o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados devido ao processo de industrialização que ocorria no mundo. O economista Jean-Baptiste Say foi o primeiro a dar fundamentos ao tema 19 atribuindo o desenvolvimento econômico como resultado da criação de novos empreendimentos, sendo assim considerado o pai do empreendedorismo. No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram confundidos com administradores, sendo analisados do ponto de vista econômico como aqueles que organizam a empresa, pagam empregados, planejam, dirigem e controlam as ações organizacionais. Porém, o empreendedor tem características e atitudes extras que o diferenciam do administrador tradicional. Atualmente, admite-se que os empreendedores são de suma importância estratégica para o desenvolvimento econômico dos países. O espírito empreendedor é um fenômeno global, um colchão para o desemprego, já que a criação de novos empreendimentos é responsável pela absorção de uma boa parte da mão-de-obra disponível. 1.2 Perfil do empreendedor “O empreendedor é alguém que acredita que pode colocar a sorte a seu favor, por entender que ela é produto do trabalho duro”. (DOLABELA, 1999, p. 44). Outra abordagem sugere que empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, sendo um exímio identificador de oportunidades, curioso e atento às informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta. Ele detecta uma oportunidade, define por si mesmo o que vai fazer e em que contexto será feito, assumindo riscos calculados e levando em conta seus desejos, preferências, o estilo de vida que deseja ter. Desta forma consegue dedicar-se intensamente, já que seu trabalho se confunde com prazer. As pesquisas nos dizem que ele é um ser social, produto do meio em que vive. Se uma pessoa está em ambiente em que ser empreendedor é visto como algo positivo, então terá motivação para criar seu próprio negócio, sendo assim um fenômeno regional, ou seja, existem cidades, regiões, países mais ou menos empreendedores que outros, por exemplo, a taxa de empreendedores iniciais é relativamente menor nos países de alta renda, de modo especial na União Européia e no Japão. O perfil do empreendedor ainda 20 pode variar de lugar para lugar. No Brasil são cerca de 13,7 milhões de empreendedores iniciais. Fortin (1992, apud DOLABELA, 1999, p. 68) classifica o empreendedor como uma pessoa capaz de transformar um sonho, um problema ou uma oportunidade de negócio em uma empresa viável. Segundo Dolabela (1999), há ainda os seguintes aspectos sobre o empreendedor que podem ser observados: a) Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz; b) Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa transformando o ambiente social e econômico onde vive; c) Aceita assumir os riscos calculados e possibilidade de fracassar. d) Procura sempre introduzir inovações, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir, fazer propaganda de seus produtos e /ou serviços, agregando novos valores; e) Até mesmo um empregado que introduz inovações em uma organização, provocando o surgimento de valores adicionais é considerado um empreendedor. Contudo, não se considera empreendedora uma pessoa que, por exemplo, adquira uma empresa e não introduza qualquer inovação (seja na forma de vender, produzir, tratar os clientes), mas somente gerencie o negócio. 1.3 Empreendedorismo no Brasil No Brasil, pode-se dizer que o empreendedorismo está apenas começando (DOLABELA, 1999, p. 54). Este movimento teve o início na década de 1990, quando o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente não se falava em empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. Os ambientes político e econômico do país não eram propícios, e o empreendedor praticamente não encontrava informações para auxiliá-lo na jornada empreendedora. O SEBRAE é um dos órgãos mais conhecidos do pequeno empresário brasileiro, que pode buscar junto a essa entidade todo suporte de que precisa 21 para iniciar sua empresa, bem como consultorias para resolver pequenos problemas pontuais de seu negócio. Já a entidade SOFTEX foi criada com o intuito de levar empresas de software do país ao mercado externo, por meio de várias ações que proporcionam ao empresário de informática a capacitação em gestão e tecnologia. Com seus programas criados junto às incubadoras de empresas e universidades/cursos de ciências da computação e informática, o tema empreendedorismo começou a despertar na sociedade brasileira. Até então, palavras como plano de negócio eram praticamente desconhecidas e até ridicularizadas pelos pequenos empresários. Passados 15 anos é possível dizer que o Brasil entra neste novo milênio com todo potencial para desenvolver um dos maiores programas de ensino de empreendedorismo de todo mundo, comparável apenas aos Estados Unidos, onde mais de 1.500 escolas ensinam empreendedorismo. É ainda muito importante citar algumas ações históricas recentemente desenvolvidas que disseminaram o conhecimento e estimularam o espírito empreendedor por todo Brasil, (MADRUGA, M. C. S, 2006): a) Os programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas Empresas de Software Informação e Serviços), até pouco tempo apoiavam atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino da disciplina em universidades e a geração de novas empresas do ramo. O programa SOFTEX foi reformulado e continua em atividade. b) O programa “Brasil Empreendedor”, uma iniciativa do Governo Federal, lançado em 1999 que foi dirigido à capacitação de mais de 6 milhões de empreendedores em todo país, destinando recursos financeiros a esses empreendedores. c) Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas Empretec e Jovem Empreendedor do Sebrae, que são líderes em procura por parte dos empreendedores e com ótima avaliação. d) Os diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasileiras para o ensino do empreendedorismo. e) Houve ainda um evento que depois se dissipou, mas que também contribuiu para a disseminação do empreendedorismo. Trata-se da explosão do movimento de criação de empresas pontocom no país nos anos de 1999 e 2000, motivando o surgimento de entidades 22 como o Instituto E-cobra, de apoio aos empreendedores, com cursos, palestras e prêmios aos melhores planos de negócios de empresas start-up de internet, desenvolvidos por jovens empreendedores. f) Na internet há inúmeros sites que orientam o empreendedor e oferecem informações sobre novos negócios e até mesmo cursos sobre como iniciar e conduzi-los. g) Finalmente, o enorme crescimento do movimento das incubadoras de empresas no Brasil. Dados da ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologia Avançada) mostram que, entre novembro de 2005 e junho de 2006, o número de incubadoras no Brasil passou de 339 para 359, e até 2007, este número já estava em 393, um aumento de 16%. Segundo pesquisa do GEM (Global Enterpreneuship Monitor) realizada em 2000, para cada oito brasileiros em idade adulta, um estava abrindo ou pensando em abrir um negócio. Em 2007, no ranking mundial, o Brasil se aproximou mais dos principais países empreendedores do mundo, passando de 10º para 9º lugar. A pesquisa revelou também que de cada 100 empresas brasileiras, 98 eram micro ou pequenas empresas, que juntas empregavam quase 40 milhões de trabalhadores, mais da metade de toda mão-de-obra do país. No entanto, a probabilidade de manter um novo negócio por mais de três anos é relativamente baixa. Uma das principais razões é a falta de políticas que viabilizem a consolidação de novos empreendimentos. Apesar de todos os avanços, o país ainda não apresenta um cenário muito acolhedor ao pequeno empreendedor. Há poucas linhas de crédito e a falta de financiamento, em muitos casos, impede a realização do negócio, os juros são altos e, além disso, os tributos e as obrigações trabalhistas constituem uma pesada carga para o empreendedor. Segundo estudo do Banco Mundial (2006), o Brasil faz feio em matéria de apoios aos empreendedores, ficando na 119ª posição em uma lista de 155 países. Ainda segundo as conclusões deste estudo, as empresas consomem em média 2.600 horas por ano para pagar seus tributos, 152 dias para abrir um negócio e 460 para obter uma licença. Apesar das dificuldades, o Brasil certamente apresenta perspectivas 23 positivas em relação ao empreendedorismo. O número de brasileiros que está trocando o trabalho como funcionário em uma empresa ou mesmo driblando o desemprego com a montagem de um negócio próprio está crescendo. Melhor do que isso, aqueles que optaram pelo empreendedorismo têm conseguido permanecer no mercado de forma mais sustentada. O percentual das empresas que se mantêm estabelecidas no mercado tem crescido regularmente, passando de 7,6%, em 2003, para 12,09%, no ano de 2006, para um total de 14,2 milhões de empreendimentos. O número de empreendedores estabelecidos (mais de quatro anos de mercado) já chega a superar o de iniciantes (que estão em fase de implementação do negócio ou que já o mantêm por 42 meses). A taxa de empreendedores iniciais no Brasil em 2006 (11,7% do total das empresas), manteve-se praticamente inalterada em relação ao ano anterior, que foi de 11,3%. Mas a taxa de empreendedores estabelecidos vem crescendo muito. Eram 7,8% do total, em 2002, e chegaram a 12,9%, no último ano. Outro grande ganho apontado pelo SEBRAE (2007) é a unificação dos impostos pagos pelas empresas nas três esferas (municipal, estadual e federal) em uma única alíquota. A lei unifica e simplifica a arrecadação de seis impostos e contribuições federais (IRPJ, PIS, COFINS, IPI, CSLL e INSS), além do ICMS (Estados) e ISS (municípios). A renúncia fiscal prevista é de R$ 5,4 bilhões ao ano. Este é um grande facilitador que inicia a verdadeira reforma tributária. As alíquotas, tanto para as micro quanto para as empresas de pequeno porte, variam de acordo com 20 faixas de enquadramento da receita bruta em 12 meses e de acordo com o tipo de empreendimento. Segundo o presidente do SEBRAE Nacional, Paulo Okamoto (2007), esse ineditismo sugere um ambiente mais propício ao negócio próprio, atribuído, sobretudo à estabilidade econômica. Se realmente se confirmar essa tendência, podemos somar a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas como um fator para consolidar um clima favorável ao surgimento e manutenção de novas empresas. 1.4 A importância do empreendedorismo Muitas das pessoas mais prósperas do mundo começaram a vida como 24 pequenos empreendedores. Pessoas como Henry Ford, Bill Gates foram além da criação de empresas. Eles transformaram a tecnologia, o modo de fazer negócios e a própria sociedade. Não apenas se tornaram prósperos, mas também trouxeram a prosperidade para muitos outros. Essas pessoas são muito visíveis, mas o mundo dos negócios é feito de grandes corporações e de uma enorme quantidade de pequenos empreendedores. Sejam eles acionistas de grandes corporações ou proprietários de pequenos negócios, eles pagam impostos, salários, juros, aluguéis e compram suprimentos, gerando e distribuindo riqueza e aumentando o padrão de vida e a qualidade de vida. Quanto mais riqueza as empresas criam, mais estes fatores aumentam. Não surpreende que as sociedades com padrão e qualidade de vida mais altos do mundo sejam aquelas em que o empreendedorismo é mais ativo (MAXIMIANO, 2006). As condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento precisam de empreendedores que aproveitem as oportunidades e que, através de sua liderança, capacidade e de seu perfil, disparem e coordenem o processo de desenvolvimento. O empreendedorismo assim cria e aloca valores para os indivíduos e para a sociedade, sendo um fator de inovação tecnológica e de crescimento econômico. Os valores empreendedores são favoráveis ao surgimento de novas idéias e projetos, entre eles, a dimensão humana da comunidade surge como um dos elementos mais essenciais. Em uma economia movida pelas grandes empresas e pelo estado, nada mais que natural do que formar empregados. Este modelo, dirigido a criação de empregados para as grandes empresas, cumpriu sua missão. Esgotou-se diante das profundas alterações nas relações de trabalho e de produção. Ao ter seu eixo deslocado para os pequenos negócios, as sociedades se vêem induzidas agora a formar empregadores, pessoas com uma nova atitude diante do trabalho e com uma nova visão do mundo. As pesquisas do GEM (2006) endossam o argumento de que o empreendedorismo faz a grande diferença para a prosperidade econômica e que um país sem altas taxas de criação de novas empresas corre o risco da estagnação econômica. Nações que são capazes de renovar o estoque de empresas e têm a capacidade de acomodar a volatilidade e a turbulência no setor empresarial estão em melhores condições de competir efetivamente. 25 Portanto, se no passado – e ainda hoje – desenvolvemos grande habilidade em incutir em nossos filhos, valores como emprego, estabilidade financeira e nível universitário como instrumentos fundamentais de realização pessoal, temos agora a obrigação de educar nossas crianças e jovens dentro de valores como autonomia, independência, capacidade de gerar o próprio emprego, de inovar e gerar riqueza, capacidade de assumir riscos e crescer em ambientes instáveis, porque, diante das condições reais do ambiente, são esses os valores sociais capazes de conduzir países ao desenvolvimento. 1.5 As características dos empreendedores de sucesso Baseado em estudo de Timmons (2000, apud COHEN, 2000), os empreendedores devem ter total comprometimento, determinação e perseverança. A dura realidade de lançar-se e de construir um empreendimento é altamente exigente e estressante, assim, o empreendedor deve estar preparado para abrir mão de muitas coisas. Para isso, ganhará muitas vantagens a seu favor, em relação às outras pessoas, se for totalmente comprometido, determinado e perseverante. São dirigidos internamente pelo forte desejo de competir, de exceder contra os próprios limites, definem e perseguem metas desafiadoras além de ter senso de oportunidade e orientação por metas altas, porém, atingíveis. Isso os habilita a focalizar suas energias e ser seletivo na escolha de oportunidades. Ter metas e direção também os ajuda a definir as prioridades e a possibilidade de medir e de comparar o próprio desempenho. Os empreendedores desejam colocar-se em situações nas quais são pessoalmente responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso de operações. Gostam de tomar iniciativa e são persistentes. Os bem-sucedidos possuem um elevado grau de determinação e um intenso desejo de superar obstáculos e barreiras, de resolver problemas e de completar o trabalho. Não são intimidados pela dificuldade da situação, também não se precipitam na superação dos empecilhos que possam impedir seu negócio. Em geral, apresentam uma grande consciência de suas forças e de suas fraquezas, e da própria competitividade e sabem o que podem e o que não podem fazer. 26 Demonstram a habilidade de conservar o senso de perspectiva, o otimismo e o humor até mesmo nas situações mais difíceis. Isso faz o empreendedor rir e conseguir uma situação favorável nas mais diversas situações. Os empreendedores mostram um insaciável desejo para saber se estão se desempenhando bem e precisam obter feedback continuamente. Buscar e usar feedback é um hábito essencial para poder aprender com os erros e a lidar com o inesperado. Por essa razão também, os bons empreendedores são freqüentemente descritos como excelentes ouvintes e pessoas de rápida aprendizagem. Para eles, o sucesso ou o fracasso de seu empreendimento não será governado pelos fatos, pela sorte ou por alguma influência externa, acreditando que os resultados de suas realizações dependem de seu próprio controle e influência. Esse atributo é relacionado à motivação orientada para a realização pessoal, para o desejo de tomar responsabilidades pessoais e à confiança própria, mas demonstram tolerância ao stress, à ambigüidade e à incerteza, já que esta é um componente inerente a todo empreendimento. Nesse ambiente, os empreendedores defrontam-se com atividades indefinidas e incertas que mudam continuamente e o tempo nunca parece ser o suficiente, vislumbram as adversidades com naturalidade, como apenas um obstáculo a mais a ser transposto. Os empreendedores bem-sucedidos não são apostadores, conseqüentemente, quando decidem tomar uma decisão, agem de uma maneira calculada, muito bem pensada e avaliada, fazendo todo o possível para adquirir vantagens a seu favor, evitando riscos desnecessários e são guiados pela sede de realização e criação. Seus feitos bem-sucedidos trazem status e poder que são o resultado de suas atividades. A integridade e a confiabilidade são a fibra que unem o sucesso pessoal e as relações de trabalho, fazendo-as perdurar. Tristemente, a tentação por pequenos ganhos, freqüentemente, seduz alguns aspirantes a empreendedor e comprometem sua integridade, fazendo-os, muitas vezes, perder uma grande oportunidade mais adiante. Um dos paradoxos com os quais os empreendedores se defrontam é a necessidade simultânea de obter soluções imediatas e de alcançar resultados de longo prazo. É necessário, portanto, ter paciência para gerenciar essas ações. Eles são realizadores e visionários, lidam bem com o fracasso e utilizam suas experiências como um modo de aprendizagem, de maneira a 27 evitar problemas similares. Em conseqüência disso, não se desapontam, não se desencorajam ou se deprimem quando se deparam com um obstáculo ou um fracasso. Os empreendedores formam equipes, não concentrando os esforços de todas as realizações em si mesmos. Reconhecem que, raramente, é possível construir um empreendimento substancial trabalhando sozinho. Demonstram uma rara habilidade de despertar o herói que existe dentro das pessoas que eles atraem para o empreendimento, dando responsabilidade e dividindo os méritos pelas realizações. Pode-se dizer também que o empreendedor tem um modelo, uma pessoa que o influencia, autonomia, energia. É um trabalhador incansável e se dedica intensamente ao trabalho, concentrando seus esforços para alcançar resultados, lutando contra padrões impostos, ocupando um espaço não ocupado por outros no mercado, descobrindo nichos e tem forte intuição. Como no esporte o que importa não é o que se sabe, mas o que se faz. Ele crê no que faz e sabe buscar, utilizar e controlar recursos. Embora racional, usa também a parte direita do cérebro. É líder e cria um sistema próprio de realizações com empregados, seguindo um tema, um objetivo, aceita o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho. Ele tece sua rede de relacionamentos e a utiliza intensamente como suporte para alcançar seus objetivos. A rede de relações internas (com sócios e colaboradores) é mais importante que a externa. O empreendedor de sucesso cultiva a imaginação e aprende a definir visões, traduz seus pensamentos em ações, define o que deve aprender. É pró-ativo diante daquilo que deve saber: define o que quer, aonde quer chegar, depois busca o conhecimento que lhe permitirá atingir o objetivo. Preocupa-se em aprender, porque sabe que no seu dia-a-dia será submetido a situações que exigem a constante apreensão de conhecimentos que não estão nos livros criando um método próprio de aprendizagem. Tem uma grande capacidade de influenciar as pessoas com as quais lida e a crença de que pode mudar algo no mundo. Sempre busca muitas informações sobre seu ramo de atuação, altera a idéia inicial quando necessário agregando novas características, mudando alguma coisa, descobrindo ou inventando novos processos de produção, distribuição ou vendas. Esse processo é contínuo, contribuindo para melhorar e crescer cada vez mais. 28 1.6 A importância das micro, pequenas e médias empresas para a economia No contexto mundial, as micro, pequenas e médias empresas sempre ocuparam lugar de grande importância na economia. Foram elas as responsáveis pela alavancagem econômica, podendo-se citar os Estados Unidos, França, Itália, entre outros países. Como exemplo, em Portugal, as mpme´s representam 99,5% do tecido empresarial, geram 74,7% dos empregos e realizam 59,8% do volume de negócios nacional. As mpme´s são no Brasil em número disparadamente maior que as empresas de grande porte. Daí sua importância para a economia, já que as empresas de grande porte empregam em massa, mas não são tantas quanto às pequenas. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o total de empresas em atividade no Brasil em 2002, alcançava 4.918.370 unidades, nos setores da indústria, construção, comércio e serviços. As micro empresas representavam 93,6% do total de firmas, sendo o setor de comércio o mais representativo, com mais 95,4% de firmas desse porte. O conjunto das micro e pequenas empresas alcança 99,2% do total. As empresas de grande porte (as que empregam 500 ou mais pessoas na indústria e 100 ou mais pessoas no comercio e serviços), representam 0,3% do total de firmas, com 15.102 unidades. Tabela 1 – Nº de empresas formais no Brasil, por porte e setor de atividade Micro Pequena Média Total Grande Indústria Nº 439.013 % 90,7 Nº 37.227 % 7,7 Nº 6.548 % 1,4 Nº 1.430 % 0,3 Nº 484.218 % 100 Construção 116.287 91,9 8.282 6,5 1.694 1,3 221 0,2 126.484 100 Comércio 2.337.889 95,4 105.891 4,3 4.862 0,2 2.846 0,1 2.451.488 100 Serviços 1.712.418 92,3 122.609 6,6 10.548 0,6 10.605 0,6 1.856.180 100 TOTAL 4.605.607 93,6 274.009 5,6 23.652 0,5 15.102 0,3 4.918.370 100 Fonte: IBGE; SEBRAE, 2002. A geração de empregos nas empresas formais alcançava o total de 27.561.924 em 2002, representando 42% de toda a população economicamente ativa no meio urbano. Deste total, 57,2% estavam empregadas em micro e pequenas empresas, alcançando 15.757.076 pessoas. 29 O setor que mais emprega nas micro empresas é o comércio, que ocupa 58,9% dos empregos neste setor, seguido do setor de serviços, com 28,8% do total. Tabela 2 – Nº de pessoas ocupadas nas empresas formais, por porte e setor de atividade. Micro Pequena Média Total Grande Nº 1.571.608 % 23,7 Nº 1.471.254 % 22.2 Nº 1.322.673 % 20,0 Nº 2.256.721 % 34,1 Nº 6.622.256 % 100 356.660 27,3 339.777 26,0 327.135 25,0 284.005 21.7 1.307.577 100 Comércio 4.664.545 58,9 1.772.233 22,4 327.443 4,1 1.161.426 14,7 7.925.647 100 Serviços 3.374.388 28,8 2.206.611 18,8 722.852 6,2 5.402.593 46,2 11.706.444 100 TOTAL 9.967.201 36,2 5.789.875 21,0 2.700.103 9,8 9.104.745 33,0 27.561.924 100 Indústria Construção Fonte: IBGE; SEBRAE, 2002. Segundo Dolabela (1999), as pequenas e médias empresas são responsáveis pelas taxas crescentes de emprego, de inovação tecnológica, de participação no PIB (Produto Interno Bruto) de exportação. O eixo está deslocado para os pequenos negócios, as sociedades se vêem induzidas a formar empregadores, pessoas com uma nova atitude diante do trabalho e com uma nova visão do mundo. O que se lamenta diante dos dados acima é a ação ineficiente dos governos em relação as mpme´s. Se está tão clara a sua importância para a economia e também na geração de empregos, é necessário que elas tenham a devida atenção, que sejam vistas como a solução de alguns problemas governamentais e que a carga tributária seja reduzida para que tenham melhores condições de se firmar no mercado. Investimentos em educação empreendedora e infra-estrutura, mais crédito, dinheiro mais barato, menos burocracia, mudanças na legislação brasileira poderia elevar o nível de empreendedorismo no Brasil e conseqüentemente o número de mpme´s. A abertura de mpme´s deve ser menos burocratizada, ou seja, elas precisam ser tratadas como empresas necessárias e não com desdenho pelos órgãos governamentais. 1.7 Os processos para a abertura de uma empresa Não é segredo para ninguém que registros de documentos no Brasil são 30 processos burocráticos e demorados. Salvo honrosas exceções, depender de agilidade nessas rotinas não é algo viável . Atualmente, o tempo médio para a abertura de uma empresa no Brasil é de 152 dias. Esta demora para que o empreendedor comece seu negócio, no entanto, não é um privilégio nosso, mas uma marca dos países subdesenvolvidos. Quem decidiu abrir seu próprio negócio, deve estar preparado para um longo processo burocrático, que envolverá órgãos federais, estaduais e municipais. Para se ter uma idéia, em média, são necessários 6 procedimentos, 8 por cento do rendimento per capita, e 27 dias para começar um negócio em um país rico. Já em um país pobre, ou de rendimento médiobaixo, o mesmo processo implica 11 procedimentos, 122 por cento do rendimento per capita, e 59 dias. Em mais de doze países pobres, demora mais que 100 dias para registrar uma nova empresa - entre estes, o Brasil. E, alterar as definições após a abertura do negócio é um procedimento ainda mais traumático - e muito caro. Assim, é necessário planejar precisamente o que é preciso fazer, estudar cada etapa e, principalmente, conhecer com clareza as particularidades do mercado em que a empresa irá atuar, devendo-se estar ciente, no entanto, que alguns tipos de negócio exigem processos específicos. Primeiramente é preciso fazer um levantamento de todos os fatores que influenciam na atuação da sua empresa. Colocar em um papel tudo o que será necessário para a operação - local, instalações, maquinário, número de funcionários, material que será trabalhado, investimentos e custos. A partir dos dados levantados, é necessário um estudo de acordo com a legislação da cidade em que a empresa irá operar. Inicialmente, de que maneira ela se encaixa na lei de zoneamento, ou seja, em qual região ela pode atuar. Se deixar isso para o fim, pode existir a desagradável surpresa de descobrir que o prédio alugado não pode ser utilizado para o que é pretendido. Em seguida, levar em conta o tipo de operação e os materiais utilizados. Isso é decisivo, uma vez que o impacto ambiental pode ser um sério entrave para a atuação de uma empresa. Se estes itens já estão definidos, é hora de juntar os documentos dos donos da empresa - todos os documentos pessoais (RG, CPF, Certidões, Atestados), com cópias autenticadas. Com isso em mãos, pode-se ir a um cartório de registro civil para abrir firma – registrar a 31 assinatura - esse procedimento será fundamental nas etapas subseqüentes. O primeiro passo do registro legal deve ser dado na junta comercial do estado, ou o respectivo órgão de registro de empresas, que incluirá a companhia no DNRC (Departamento Nacional de Registro do Comércio), é como se fosse a certidão de nascimento no caso das pessoas físicas. A partir desse registro, a empresa existe oficialmente - o que não significa que ela pode começar a operar. Para fazer o registro na junta comercial, é preciso apresentar os documentos pessoais de cada sócio e o contrato social. O contrato social é a peça mais importante do início da empresa. Sem dúvida, o documento mais relevante no processo de abertura. Nele, devem estar definido claramente os seguintes itens: interesse das partes; objetivo da empresa; descrição do aspecto societário e a maneira de integralização das cotas. Para ser válido, o documento deverá ter a chancela de um advogado, e não apenas de um contador. Na junta comercial, o empresário irá obter o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa). Se o empresário for o único dono, ele pode fazer o registro diretamente no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, ou então na Junta. Os preços e prazos para abertura variam de estado para estado, o ideal é consultar o site da junta comercial de cada estado. Com o NIRE em mãos, é a hora de fazer o registro de contribuinte. Ou seja, obter o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e a DECA (Declaração Cadastral). Na prática, esses dois registros servem para dizer ao poder público que a empresa já está apta a pagar impostos - mais ou menos com o CPF para pessoas físicas. O CNPJ para tributos federais e a DECA, para estaduais. O registro do CNPJ é um dos mais práticos na abertura de empresa. Ele é feito exclusivamente pela internet, no site da Receita Federal, através do download de um programa específico. Os documentos necessários são enviados por sedex para a Receita Federal e a resposta é dada, também, pela internet. O DECA - cadastro no sistema tributário estadual deve ser feito junto à Secretaria Estadual da Fazenda. Em geral, ele não pode ser feito pela internet, mas isso varia de estado para estado. Atualmente, a maioria dos estados possui convênio com a Receita Federal, o que permite obter possui a DECA 32 junto com o CNPJ, através de um único cadastro. Sobre o cadastro de contribuinte da empresa é importante ficar atento para adequar cada negócio a um determinado regime de tributação, fazer os cálculos na ponta do lápis e optar por aquele que for menos oneroso para a empresa. Mas nem todas as empresas podem optar pelo Simples, principalmente as empresas de serviço. Assim, ao fazer o cadastro no CNPJ, é preciso escolher a atividade que a empresa irá exercer. Essa classificação será utilizada não apenas na tributação, mas também na fiscalização das atividades da empresa. Portanto, antes de fazer a inscrição no CNPJ, deve-se consultar os tipos de empresa que não se aplicam ao Simples. Após o cadastro do CNPJ, é a vez de ir à prefeitura fazer o cadastro e receber o Alvará de Funcionamento. O alvará é uma licença concedida pela prefeitura, permitindo a localização e o funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, agrícolas, prestadores de serviços, bem como de sociedades, instituições, e associações de qualquer natureza, vinculadas a pessoas físicas ou jurídicas. Para obtê-lo, o empresário deve se dirigir à secretaria de finanças do município. Em algumas cidades, como São Paulo, o serviço pode ser feito diretamente pela internet, sem custo algum. Se o empresário tomou o cuidado de adequar sua empresa à legislação local, não terá problemas ao solicitar o seu alvará. Se deixar para conhecer a legislação só neste momento, com certeza vai esbarrar na legislação. É necessário ficar atento, pois muitos empresários ignoram o alvará de funcionamento e passam a operar a empresa após a obtenção do CNPJ. No entanto, a operação sem alvará caracteriza o estabelecimento como ilegal e pode acarretar seu fechamento e punição dos responsáveis como previsto em lei. Para conhecer a legislação, bem como a documentação e formulários a serem apresentados, pode-se consultar a Prefeitura local. Após a concessão do alvará de funcionamento, a empresa já está apta a entrar em operação. No entanto, ainda faltam duas etapas fundamentais para o seu funcionamento. A primeira é o cadastro na Previdência Social, para contratar funcionários e arcar com as obrigações trabalhistas sobre eles. Ainda que seja um único funcionário, ou apenas os sócios inicialmente, a empresa precisa estar cadastrada na Previdência Social e pagar os respectivos tributos. Assim, estando de posse do CNPJ e do Contrato Social, o representante 33 deverá dirigir-se à Agência da Previdência de sua jurisdição para solicitar o cadastramento da empresa e seus responsáveis legais. O prazo para cadastramento é de 30 dias após o início das atividades. Vale lembrar que as empresas que optam pelo Simples como regime de tributação já pagam o INSS incluso no imposto sobre o faturamento. Uma vez cumpridas todas estas etapas, falta apenas preparar o aparato fiscal para entrar em operação. Para iniciar as atividades, será necessário solicitar a impressão de notas fiscais e a autenticação de livros fiscais. Para tanto, as empresas de prestação de serviços deverão dirigir-se à prefeitura local. As empresas que se dediquem às atividades de indústria e comércio deverão ir à Secretaria de Estado de Fazenda. Uma vez que o aparato fiscal está pronto, registrado e tudo ocorreu bem durante os procedimentos anteriores, a empresa pode começar a operar. Se o negócio diz respeito a uma profissão regulamentada, precisa ter registro na agência ou órgão de controle da categoria. Todo este processo é cheio de detalhes, idas e voltas, por isso, deve-se procurar manter a organização. Alterar esses registros depois que a empresa está aberta é algo oneroso e ainda mais demorado, por isso é importante procurar fazer certo na primeira vez. O burocrático processo de abertura de empresa no Brasil é fruto de muitas discussões. Entre as muitas propostas já discutidas está a da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que foi proposta pelo SEBRAE. A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas em vigor desde 01/07/2007 pretende simplificar a burocracia que empreendedores são obrigados a encarar para constituir ou mesmo manter um pequeno empreendimento. Além disso, com a unificação da cobrança de impostos e sua conseqüente simplificação, espera-se que aquelas empresas que atuam informalmente sejam incentivadas a se formalizar e passar a contribuir com o pagamento de tributos. Hoje para cada empresa formalizada existem duas não formalizadas. Esta Lei Geral é baseada em três grandes vertentes básicas: a desburocratização e simplificação dos processos de constituição e gestão de pequenos empreendimentos; a unificação e simplificação tributária e o estímulo oficial à inovação neste segmento. 34 Com a desburocratização e a simplificação, há um cadastro unificado onde a empresa, para se registrar em nível municipal, estadual e federal, basta apenas um registro. Ela recolhe de uma vez só, em um único lançamento, todos os seus tributos de acordo com sua especificidade: se é micro ou pequena. A divisão dos recursos entre os três níveis de governo será feita da maneira automática, que a lei prevê. A segunda questão é a tributária. Os tributos incidem de uma maneira proporcional ao desenvolvimento e ao faturamento da empresa, sem haver degraus que existem hoje em que o pessoal pula de faixa, e aí fica resistindo a não sair de uma faixa para cair na outra, incentivando o crescimento, pois crescendo elas vão pagar mais, além de aumentar o limite do que é micro e do que é pequena empresa de forma a ter uma abrangência um pouco maior. O terceiro eixo da lei é o da inovação, no sentido de despertar no pequeno empreendedor sempre a sua força para poder se superar, não só nos níveis de gestão, como nos níveis de competitividade, de efetividade ou de inovação tecnológica, garantindo acesso para que a pequena empresa possa aplicar também recursos no seu próprio desenvolvimento e entrando definitivamente na cadeia produtiva. Apesar de buscar um objetivo nobre, que é estimular o pequeno empreendedor brasileiro a constituir empreendimentos formais e produtivos, a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas não foi uma unanimidade. O grande problema foi que, segundo avaliam gestores governamentais, principalmente nos estados, a lei promoveria uma redução da arrecadação de todas as unidades nacionais. Além disso, as desigualdades características entre cada unidade de nosso país poderia provocar profundos danos aos estados mais pobres caso a lei seja única em todo o país. O principal ponto de preocupação dos estados foi a conceituação uniforme em todo território nacional da faixa de faturamento que será usada para definir quais empresas se enquadram na denominação de micro ou pequenas, ponto previsto no anteprojeto. Foi então criado pelo CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária) um grupo de técnicos para analisar o anteprojeto da lei e detectar pontos que são de atenção, pois poderiam causar prejuízo à captação de recursos para os estados. Porém, os estados compreenderam que a adoção da Lei Geral deve estimular realmente a formalização de parte da economia 35 informal do país. No entanto, foi importante levar em consideração a perda inicial que tal legislação representaria aos cofres públicos. Em resposta aos temores dos estados com a perda de arrecadação, espera-se o aumento do número de empresas formais, e conseqüente crescimento da arrecadação. A Lei Geral é compatível com a realidade e com a verdade da maioria dos países que já têm legislação sobre esse assunto, como também uma resposta a uma agenda positiva que o Brasil precisa ter, para que as empresas sejam colocadas de vez na economia, contribuindo econômica e socialmente para o país. 1.8 As ferramentas para uma gestão eficaz A última pesquisa de mortalidade de micro, pequenas e médias empresas do SEBRAE (08/2007) trouxe números animadores. Ela afirma que o percentual de fechamento dessas empresas é hoje de 22%. Há cinco anos chegava-se a quase 50%. O atual cenário positivo deve-se a melhorias na conjuntura de mercado, na política monetária e até a novos pacotes na carga tributária favorecendo os pequenos. Sem dúvida, são pontos relevantes, mas não necessariamente determinam o tempo de vida de um empreendimento. O fator primordial que condiciona a sobrevida de uma organização é a gestão. O conhecimento de um sistema de gestão eficaz propicia ao empreendedor a capacidade de análise e a visão sistêmica necessários para navegar nesse oceano de adversidades que é o mercado. E esse conhecimento, tão vital, costuma ser ignorado pelas escolas na formação profissional. Os números positivos foram alcançados graças aos esforços desses empresários que, desesperadamente, buscaram em instituições paralelas o que lhes deveria ter sido dado na escola ou na universidade. No mundo de hoje, dos novos paradigmas, observa-se que a demanda de recursos humanos é por profissionais preparados para enfrentar ambientes de risco, vale dizer, de pessoas aptas a tomar decisões em cenários que envolvem riscos de várias naturezas; pessoas capacitadas a identificá-los, avaliá-los e mitigá-los. Junte-se a esta qualidade capacidades de liderança, de 36 trabalho em grupo, de busca da inovação, e tem-se o perfil de um empreendedor. Ao contrário do que muitos pensam, o empreendedor é intuitivo, mas não impulsivo, nem imediatista. Tem que ser um profissional bem preparado, ter consciência de que colocar suas idéias em prática requer uma visão sistêmica e de futuro do negócio. Sabe da necessidade de gerir processos e pessoas, de gerar valor, conhecer seu cliente e o mercado, se relacionar com a sociedade de forma responsável e montar alianças e parcerias. De modo geral, nosso sistema educacional ainda não encontrou o melhor caminho para a formação de profissionais com essas características. De fato, são não desprezíveis os diversos desafios na concretização dessa tarefa. Um primeiro refere-se ao próprio método de ensino, que evidentemente não pode ser o tradicional, ao qual fomos acostumados no passado: professor em sala de aula, de um lado, transmitindo conhecimentos a alunos, de outro. Zero de exposição do aluno a um ambiente de risco. Quem opta pelo próprio negócio, além de todos os desafios já conhecidos, enfrenta ainda mais um problema: buscar uma capacitação empreendedora que a universidade geralmente não lhe dá. E é só por esse esforço extra, mobilizado pelo instinto de sobrevivência, que faz os índices de pesquisa mudarem positivamente. “O sucesso das pequenas e médias empresas nacionais está intimamente relacionado à capacitação do empresário na gestão de seu negócio”, (BASILE, A, 2003). Assim, conduzir um negócio rumo à perenidade exige várias práticas, algumas citadas abaixo: a) Ter iniciativa é um pré-requisito e uma das características mais marcantes de um empresário bem sucedido. Agir, em vez de esperar as coisas acontecerem sozinhas. Isto, sem dúvida, vale também para os que já possuem seu negócio, mantenha sempre uma atitude próativa mesmo nestes momentos mais difíceis. b) Ser criativo é desafio permanente e não esporádico. Sempre procurar idéias que diferenciem da concorrência. Muitas vezes, ser criativo significa abandonar o que não deu certo. Deixar para trás idéias antigas é tão importante quanto ter novas idéias. c) Automotivar-se é mais do que fundamental para o sucesso do 37 negócio. É preciso ser autoconfiante. Mas isto ainda não é suficiente. Ter bom senso, porque o excesso de autoconfiança distancia da realidade e pode levar ao fracasso. Para muitos, um bom mecanismo para manter-se motivado é definir objetivos e metas mensuráveis. d) Ser o melhor no que faz no segmento em que se atua. Todo empreendimento só se consolida caso se torne a melhor opção para algum serviço ou produto, dentro da sua área de atuação específica. É preciso saber quem são os principais concorrentes, como eles trabalham, quais são as novas tendências do setor, etc. Apenas desta forma, será possível desenvolver uma estratégia vencedora e diferenciar-se, tornando-se a melhor opção perante o público-alvo. e) Planejar deve servir como um norte para os negócios. Habituar-se a reservar um tempo, a cada semana ou a cada mês, para planejar. Um bom método é desenvolver cenários - otimista, realista e pessimista - elaborar ações para cada um deles para evitar surpresas. f) Entender as necessidades dos clientes é fundamental. Não basta ouvi-lo. É um exercício difícil, mas procurar colocar-se no lugar dele. Como todos nós em algum momento também somos consumidores, fica fácil imaginar o que sentimos quando somos mal atendidos, quando não recebemos o que compramos ou como ficamos satisfeitos quando tudo aconteceu como queríamos. Outro ponto, antes de presumir o que o cliente quer, é perguntando a ele. Com certeza, muitas respostas ajudarão a definir uma estratégia voltada aos clientes. g) Manter o foco mesmo correndo riscos, pois o fato é que é preciso definir exatamente quais serviços ou produtos serão oferecidos e para quem. h) Controlar os custos, pois nada é mais fatal, para uma pequena que uma estrutura com custos altos. Ser conservador e cauteloso nesta área. Lembrar que equipe tomará as atitudes do empreendedor como exemplo. Será muito difícil envolver os colaboradores em uma administração enxuta de custos se eles perceberem que o empreendedor é um grande gastador. 38 i) Terceirizar deixando para outras empresas tarefas que não agreguem valor para o cliente final. Exemplo: além da terceirização das áreas de limpeza, entregadores e contabilidade, algumas pequenas e médias empresas, estão terceirizando, também, o seu departamento de marketing. j) Tomar cuidado com empréstimos tradicionais, pois recorrer a empréstimos para crescer e se desenvolver faz parte da vida de qualquer empresário, em um país desenvolvido. Por aqui a história é bem diferente. Existem poucas linhas de crédito de longo prazo e os juros bancários são indecentes, para não dizer imorais. O governo já começou a baixar os juros, mas isto ainda não refletiu de maneira significativa nos juros bancários. k) Tornar o funcionário um vendedor. O Comandante Rolim Adolfo Amaro (2003), ex-presidente da TAM, formulou uma frase que sintetiza muito bem o título acima: “Se a crise vier, e ela está sempre por perto, não dispense pessoas. Coloque-as para vender". Ele já disse tudo. l) Não misturar as contas pessoais com as da empresa. Nenhum negócio merece ter que sustentar a família do empresário. Com o desejo de usufruir os lucros do negócio, muitos empresários, absorvem estes recursos para gastos pessoais e acabam sucateando suas empresas, perdendo competitividade no mercado. m) Reconhecer os erros demonstra maturidade profissional. Se for notado que algo está fora dos trilhos, como um produto que necessita de ajustes ou uma pessoa que não se encaixa numa função, deve-se encarar o problema de frente e tomar uma decisão. n) Procurar ajuda quando for preciso é sinal de inteligência e bom senso. O empresário não é obrigado a dominar todas as áreas, assim, se necessitar fazer uma ação da qual não se tem conhecimento, procurar alguém do ramo. Sem dúvida, existem outros fatores importantes, que podem ajudar a direcionar os negócios. A leitura de livros, artigos, participação em palestras também é muito importante para conhecer os conceitos e as tendências atuais de sucesso, garantindo assim que o empreendimento prospere. 39 1.9 Os principais erros que levam empresas a falência A maior parte das empresas não se encaixa na definição de espírito empreendedor. Segundo uma sondagem feita em 1997 nos balcões do SEBRAE, 32% dos novos empresários decidiram abrir seu negócio porque estavam desempregados ou insatisfeitos no emprego – um motivo legítimo, mas insuficiente para denotar o espírito empreendedor. Outra forte razão para abrir uma empresa (também 32%) foi ter tempo disponível. Identificar uma oportunidade, que é a condição primordial para iniciar qualquer negócio, foi uma razão indicada por apenas 57% dos empresários na sondagem (a questão admitia mais de uma resposta). A descontinuidade dos negócios, bem como os motivos que levam uma empresa a ser fechada, também foram analisados em uma pesquisa da GEM (2006). A média global de fechamento totaliza 3,8% das empresas. Em relação aos fatores que inibem o empreendedorismo no Brasil, cerca de 70% das menções feitas por especialistas concentra-se em três condições: políticas governamentais, especialmente a elevada tributação e o excesso de burocracia; apoio financeiro, como a dificuldade de acesso a crédito e política de juros altos; e educação e treinamento, por não explorar o tema empreendedorismo no ensino formal. Já os empreendedores têm dificuldade de obter não apenas informações sobre legislação, políticas públicas e linhas de crédito, como também acesso ao próprio crédito para investimento. De acordo com o estudo, 56% dos empreendedores entrevistados têm como fonte de recursos os parentes próximos e 53,6% utilizam dinheiro próprio. No mais, daqueles que fecharam suas empresas, 31% alegaram excessiva competição e falta de clientes, ao passo que 9,7% informaram ter arrumado um bom trabalho. Estes são alguns pontos que podem levar uma empresa à falência e o fim do sonho do próprio negócio, segundo Cruz (2008): a) A falta de empregos leva um grande contingente de pessoas a se aventurar no próprio negócio. Assim, muitas das micro e pequenas empresas que surgem em nosso país são frutos não de uma atitude planejada com objetivos concretos, desesperada em busca da sobrevivência. mas de uma tentativa 40 b) A falta de reserva de capital que força o empreendedor a buscar empréstimos com juros altos para suportar os gastos da empresa. O acúmulo de dívidas, utilização de recursos emprestados junto à ansiedade do retorno do investimento e a retirada constante de dinheiro do caixa da empresa, leva a uma descapitalização e a uma falência inevitável. c) A falta de um bom gerenciamento também leva grande parte das micro e pequenas empresas do país a falência num curto período de vida. Dentre os fatores que levam a esta situação, se encontra a falta de um mínimo de estudo sobre a carga tributária que a empresa responde. Geralmente, pelo fato das microempresas e empresas de pequeno porte possuírem uma menor responsabilidade para com o FISCO após a criação de sistemas de simplificação tributária (Simples e agora Simples Nacional), estas não criam banco de dados sobre seus números, como também, infelizmente, não se utilizam do trabalho contábil para a escrituração de seus tributos. Tais fatos revelam uma total falta de planejamento e controle, identificando uma situação que está ligada diretamente à falta da utilização de uma série de fatores, que engloba desde a falta de aptidões, na condução do negócio, como também o desconhecimento de ferramentas de gestão, como também na falta de um melhor planejamento tributário. d) Outro erro comum muito sério, segundo o SEBRAE – SC (2004) é o de confundir gastos pessoais com gastos da empresa. O patrimônio da empresa não deve ser misturado ao patrimônio dos donos. e) A ausência de um plano de negócios compatível à realidade do mercado. f) O investimento não planejado, ou seja, investir, e fixar metas, sem uma avaliação precisa das necessidades operacionais. g) A ausência de controle dos custos, bem como de outros controles internos ligados à capacidade de gerenciamento de uma empresa, tais como: compras, vendas, estoques, finanças, contabilidade, recursos humanos. h) O estabelecimento de prazos de venda sem levar em conta o capital de giro. 41 i) Fazer vendas a prazo, sem adotar uma análise de crédito criteriosa, como comprovante de renda ou residência, referências, consultas de crédito. j) A inexperiência dos sócios no ramo de atividade escolhido para o empreendimento. k) E a remuneração dos sócios incompatível com a situação financeira da empresa. Contudo, a importância da constante capacitação do empresário deve ser ressaltada, assim como a busca de uma visão prática que encontre uma solução feita para cada negócio. 42 CAPÍTULO II AS INCUBADORAS DE EMPRESAS 2 CONCEITO DE INCUBADORAS DE EMPRESAS As incubadoras empresariais proporcionam inúmeros benefícios para o nascimento, desenvolvimento e consolidação de novas empresas. Segundo Dornelas (2007), a definição de incubadora está relacionada a mecanismos mantidos por entidades governamentais, universidades, grupos comunitários entre outros que utilizam um ambiente no qual são oferecidas facilidades para o surgimento e o crescimento de novos empreendimentos. Além de assessorar na gestão técnica e empresarial da organização, oferecem também a possibilidade de serviços compartilhados como laboratórios, telefone, internet, segurança, espaço físico, proporcionando aos usuários maior flexibilidade em um clima motivador e encorajador. As incubadoras são organizações que podem estar vinculadas a instituições de ensino públicas ou privadas, prefeituras e, até mesmo, iniciativas empresariais independentes. A base de sustentação de um programa de incubação está alicerçada na difusão da cultura empreendedora, do conhecimento e da inovação. Através das incubadoras é possível apoiar novos empreendimentos de projetos inovadores, por meio da oferta de inúmeras facilidades e apoio aos empreendedores, tais como: consultorias especializadas, orientações e capacitações gerenciais, espaço físico e infra-estrutura operacional, administrativa e técnica. 2.1 Os objetivos das incubadoras de empresas Segundo a INATEL (Instituto Nacional de Telecomunicações), o objetivo geral das incubadoras é acelerar o processo de criação de micro e pequenas empresas aumentando suas chances de sobrevivência. Os objetivos específicos devem estar alinhados com as expectativas regionais e locais, buscando sempre: 43 a) Reforçar o espírito empreendedor; b) Capacitar os empresários; c) Estimular a associação entre as universidades e as empresas; d) Estimular a parceria entre as empresas; e) Apoiar a geração de empregos e de renda; f) Apoiar a introdução de novos produtos, processos e serviços no mercado; g) Facilitar o acesso a tecnologias; h) Apoiar projetos de revitalização de empresas; i) Consolidar micro e pequenas empresas que apresentem potencial de crescimento; j) Reduzir a taxa de mortalidade de novas micro e pequenas empresas. 2.2 O movimento das incubadoras de empresas O surgimento das incubadoras de empresas, segundo pesquisadores, foi em 1938, nos EUA. Partiu da iniciativa de dois estudantes da Universidade de Stanford, cujos sobrenomes se perpetuaram no mundo empresarial: Hewlett & Packard. Dali, para a HP tornar-se uma empresa global. Além da iniciativa dos sócios HP, em 1959, no estado de Nova Iorque, foi fechada um fábrica da Massey Ferguson e provocou a demissão de milhares de trabalhadores. Então, o comprador da fábrica decidiu alugar o espaço para pequenas empresas iniciantes que, por sua vez, atuavam em regime de compartilhamento de recursos. Já no continente europeu, foi na Inglaterra que surgiram as primeiras incubadoras, sendo que a origem do movimento foi a partir do fechamento de uma subsidiária do British Steel Corporation, estimulando a criação de pequenas empresas naquele espaço fabril, ora em disponibilidade, e que atuavam em segmentos relacionadas com a produção do aço. Mas, foi na década de 70 que o modelo de incubação se consolidou nos EUA e Europa face o elevado nível de desemprego industrial motivado pela recessão da economia mundial (crise do petróleo). Assim, as incubadoras se constituíram como uma porta de entrada para que empreendedores independentes pudessem constituir seus próprios negócios. 44 Estas iniciativas resultaram, por exemplo, na criação do Vale do Silício americano, através da expansão do movimento de incubação no seio acadêmico. 2.3 Tipos de incubadoras Em 2006, o Centro Inovates (Centro de Inovação Tecnológica), caracterizou a incubadora como “um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas industriais ou de prestação de serviços, empresas de base tecnológica ou de manufaturas leves, por meio da formação complementar do empreendedor em seus aspectos técnicos e gerenciais”. Ainda destaca que as incubadoras se diferenciam em diversos tipos e métodos de auxiliar e orientar novos empreendedores a montar sua empresa de forma segura e preparada às dificuldades do mercado, descritos abaixo: a) Incubadora de empresas de base tecnológica: Organização que abriga empresas cujos produtos, processos ou serviços resultam de pesquisa científica, para os quais a tecnologia representa alto valor agregado. Abriga empreendimentos na área de informática, biotecnologia, química fina, mecânica de precisão e novos materiais. Distingue-se da incubadora de empresa de setores tradicionais por abrigar exclusivamente empreendimentos oriundos de pesquisa científica. b) Incubadora de empresas de setores tradicionais: Organização que abriga empreendimentos ligados aos setores da economia que detêm tecnologias largamente difundidas e que queiram agregar valor aos seus produtos, processos ou serviços, por meio de incremento em seu nível tecnológico. Esses empreendimentos devem estar comprometidos com a absorção e o desenvolvimento de novas tecnologias. c) Incubadora mista: Organização que abriga ao mesmo tempo empresas de base tecnológica e de setores tradicionais. d) Incubadora setorial: Organização que abriga empreendimentos de apenas um setor da economia. 45 e) Incubadora cultural: Apóia empreendimentos voltados para a área da cultura, como, por exemplo, música, escultura, fotografia, cinema, eventos, entre outras do mesmo grupo de atuação. f) Incubadora social: São incubadoras que apóiam empreendimentos oriundos de projetos sociais, ligados aos setores tradicionais, cujo conhecimento é de domínio público, e que atendam à demanda de emprego e renda e de melhoria da qualidade de vida da comunidade. g) Incubadora agroindustrial: Organização que abriga empreendimentos de produtos e serviços agropecuários, com vistas a facilitar o processo de empresaria mento e inovação tecnológica. h) Incubadora de cooperativa: Incubadora que apóia cooperativas em processo de formação e/ou consolidação instaladas dentro ou fora do município. Estrutura que apresenta características tanto das incubadoras tradicionais como do processo de incubação à distância, com o objetivo de criação de trabalho e renda. As empresas incubadas têm, em média, três anos para deixar o ambiente comum e partir para competição de mercado. A partir de então são classificadas como graduadas e, a critério, podem ser categorizadas como associadas da incubadora. 2.4 Incubadoras de empresas no Brasil No Brasil, o trabalho com incubadoras de empresas teve seu início em 1984, quando por iniciativa do então presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), professor Lynaldo Cavalcanti, cinco fundações tecnológicas foram criadas, em Campina Grande (PB), Manaus (AM), São Carlos (SP), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC). Essas instituições tinham por finalidade promover a transferência de tecnologia das universidades para o setor produtivo. Após a implantação do ParqTec – Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos, em dezembro de 1984, começou a funcionar a primeira incubadora de empresas no Brasil, a mais antiga da América Latina, com quatro empresas instaladas, sendo que nessa década quatro incubadoras foram constituídas no país. 46 Em 1987, foi criada a ANPROTEC que iniciou a articulação do movimento de criação de incubadoras de empresas no país, afiliando incubadoras de empresas ou suas instituições gestoras. Em 1991, o SEBRAE passou a apoiar ações destinadas à implantação, desenvolvimento e fortalecimento das incubadoras de empresas, entendendo serem elas uma alternativa importante à criação e desenvolvimento de micro e pequenas empresas. Esse apoio tem ocorrido através da viabilização dos produtos e serviços que o sistema dispõe, bem como o repasse de recursos financeiros para operação das incubadoras. Em 1998, o SEBRAE publicou seu primeiro edital com vistas a apoiar, por meio de recursos financeiros, os empreendimentos já existentes e o surgimento de novas incubadoras através do fomento ao estudo de viabilidade técnica e elaboração de planos de negócios de novas incubadoras. Esse edital passou então a ser lançado anualmente o que possibilitou a regionalização e interiorização do Programa Incubadora de Empresas por todo o país. O levantamento da ANPROTEC (2006, apud MARQUES, 2006), indica uma tendência de descentralização entre incubadoras e cidades brasileiras. Foi apontado que a maioria destas entidades, 51%, está instalada em cidades com menos de 200 mil habitantes. Das demais, 23,12% estão em cidades com mais de 300 mil e menos de um milhão de habitantes, enquanto 25,5% delas estão em cidades grandes, com população acima de um milhão de pessoas. De acordo com dados da ANPROTEC (2007), mais de 1,5 mil empresas já se graduaram em incubadoras e hoje, cerca de 2,8 mil residem nas 393 incubadoras em operação no país, além de 2 mil associadas (também incubadas, mas sem usufruir da estrutura física). Tabela 3: Raio X do sistema de Incubadoras no Brasil - (2007) Incubadoras no Brasil 393 Empresas graduadas 1,5 mil Empresas residentes 2,8 mil Empresas associadas 2 mil Tempo médio de incubação 4 anos Tamanho de equipe das incubadoras Média de 5 Empregos gerados por incubadoras e parques tecnológicos 33 mil Taxa de mortalidade das empresas incubadas Fonte: Revista Empreendedor, Dezembro 2007. Menor que 20% 47 Responsáveis pela geração de 33 mil empregos diretos, as incubadoras preparam as empresas para um mercado de vulto. Nos últimos 20 anos, aproximadamente R$ 400 milhões em impostos. Somente em 2006, a participação das empresas graduadas e incubadas na economia brasileira foi de R$ 2 bilhões. Diante deste cenário, segundo a INATEL, cabe ressaltar e incluir outros parâmetros que os coordenadores dos Programas de Incubação devem atentar no dia-a-dia da gestão de uma Incubadora, para elevar a taxa de sucesso dos empreendimentos incubados: a) Rigoroso processo de seleção, sobretudo, na avaliação das características empreendedoras dos indivíduos; b) Acompanhamento efetivo do planejamento empresarial; c) Monitoramento e acompanhamento sistemático; d) Apoiar na prospecção e ampliação da rede de relacionamentos; e) Buscar capacitações específicas no que diz respeito à inovação em produtos e serviços, alavancagem de vendas e gerenciamento por resultados; f) Apoiar a captação de recursos quer sejam reembolsáveis ou não reembolsáveis; g) Promover constantemente a difusão do programa de incubação, de modo a construir massa crítica junto dos stakeholders (consumidores, fornecedores, agentes financeiros, agentes governamentais, instituições de ciência e tecnologia, associações de classe, investidores de risco, etc). 2.5 Histórico da Incubadora de Empresas de Lins A IEL - Incubadora de Empresas de Lins, inaugurada oficialmente em abril de 2003, foi um sonho acalentado durante muitos meses que envolveu inúmeras parcerias. Para por o projeto em prática, a ADETEC Lins (Agência de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Lins), a Prefeitura Municipal de Lins e o SEBRAE se uniram a Universidades (Fundação Paulista de Educação e Tecnologia/Unilins e Unisalesiano), Associação Comercial de Lins, empresas particulares e assim viabilizaram a implantação da Incubadora, que tem por 48 objetivo ser um centro de referência em capacitação empresarial de Lins e região. Fonte: Incubadora de Empresas de Lins Figura 4: Fachada da Incubadora de Empresas de Lins O Programa, ao longo de quase seis anos de existência, tem abrigado empresas de diversos ramos de atividade: alimentício, confecções, informática, artesanato, adaptações para deficiência, reprodução animal, tecnologia da informação, etc, caracterizando-a como incubadora mista. Para consolidar o programa no município e tornar-se um centro de referência empresarial em Lins, a Incubadora tem como objetivos articular, juntamente com os parceiros que viabilizam o projeto, a realização de uma série de ações. A manutenção de um Edital Permanente (Fluxo Contínuo) para recebimento de propostas de empreendimentos é uma delas. A divulgação do programa e das empresas – de várias formas diferentes - também está contemplada nesse plano, uma vez que manter a incubadora com 90% de ocupação nos próximos 12 meses é outro objetivo a ser alcançado, assim como a graduação de empresas, que abrirá vagas para o ingresso de novos empreendimentos. Outros destaques ficam por conta das iniciativas para capacitação empresarial, com a oferta de serviços customizados aos incubados: consultorias de marketing e finanças, assessorias, cursos e treinamentos e também a realização de eventos empresariais, como o Café do Empreendedor e o Happy Hour Empresarial. 49 Desde 2006, a IEL integra o SIGEOR (Sistema de Informação da Gestão Estratégica Orientada para Resultados) que propicia o acompanhamento e monitoramento das ações das empresas residentes e pré-residentes. A primeira leitura dos indicadores do SIGEOR foi realizada em dezembro de 2006. Em maio de 2007, nova análise foi realizada. Em dezembro de 2007 houve outra análise, com um resultado bastante animador, onde foi possível constatar um aumento de 95% das receitas entre as seis empresas incubadas analisadas no período de um ano. Nos outros itens, como percentual de lucratividade e rentabilidade operacional também houve avanços. Em 2008, a Incubadora consolidou ferramentas para divulgar o programa, como espaço na mídia, boletim eletrônico, produção de boletim impresso especial e criou o Programa Café do Empreendedor no rádio, em parceria com o PAE (Posto de Atendimento ao Trabalhador), para disseminar a cultura empreendedora em Lins e região e divulgar ações do Programa. Outro item importante são as parcerias: a Incubadora vai concentrar esforços na manutenção das bem sucedidas parcerias de que dispõe com as instituições de ensino e outras entidades e trabalhar, proporcionando aumento na rede de relacionamento dos envolvidos com o projeto, especialmente os empresários, que possibilitará o acesso a novas tecnologias e conhecimentos. A Incubadora de Lins não possui personalidade jurídica própria e é vinculada a ADETEC Lins, que mantém convênio com o SEBRAE-SP e a Prefeitura Municipal de Lins. As empresas incubadas, pré-incubadas e associadas se vinculam ao Programa Incubadora através de dois documentos assinados entre o residente, o pré-residente e o associado e a ADETEC Lins denominados Regimento Interno e Contrato de Compartilhamento. ADETEC Lins e SEBRAE são gestores do programa. A Incubadora é composta em sua estrutura organizacional pelo Conselho Deliberativo e gerência. O Conselho Deliberativo foi formado inicialmente pela ADETEC Lins, Prefeitura Municipal de Lins e SEBRAE. Além disso, empresas e instituições que apresentaram termo de compromisso, indicando ações/contribuições apoiadoras, também puderam integrar o Conselho. A saber: Assistência Saúde São Lucas, Associação Comercial de Lins, Construtora Alcântara Vianna, Eletro Montanha Ltda., Fundação Paulista de Educação e Tecnologia, Instituto 50 Americano de Lins; Sincomércio, Telha Forte, Unimed Lins, Unimep e Unisalesiano Lins. Já aprovada também, a inclusão da FIESP/SENAI e Grupo Bertin. O Conselho possui 18 membros e nas ações em que há necessidade de votação, cada entidade tem direito a um voto, independente do número de representantes que possui no Conselho, que é presidido pelo presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Lins. O Conselho Fiscal é composto por seis membros (três titulares e três suplentes – são dois membros da comunidade, dois do Conselho Deliberativo e dois empresários residentes) e suas atribuições são analisar, conferir e emitir pareceres sobre as despesas de rateio e compartilhamento entre os empresários residentes e pré-residentes, prestação de constas da Incubadora e utilização dos recursos observando as diretrizes do convenio. A Gerência, formada por pessoa jurídica, é o órgão de administração da Incubadora, encarregada do cumprimento das decisões, diretrizes e normas estabelecidas pelo Conselho Deliberativo. A gerência conta com um profissional, em período integral e dois estagiários. 2.6 A missão da Incubadora de Empresa de Lins A Incubadora de Empresas de Lins tem como missão preparar empreendedores de Lins e região para viabilizar empresas competitivas, inovadoras e de sucesso; apoiar o desenvolvimento de empresas sólidas e competitivas agregando tecnologia aos seus produtos e processos e difundir a cultura empreendedora na região, pautada na ética e na responsabilidade social, contribuindo assim, para o desenvolvimento econômico e social sustentável do município e região. 2.7 Requisitos necessários para a empresa ser incubada O público alvo da Incubadora de Lins é compreendido por pequenas unidades de negócios informais, empreendedores, acadêmicos, micro e pequenas empresas nascentes e em processo de consolidação, micro e pequenas unidades de negócios que necessitam de apoio tecnológico e/ou 51 gerencial, universidades e instituições de ensino/pesquisa. Os setores atendidos são o tecnológico, industrial, prestação de serviços e agropecuária, nos segmentos de confecção, alimentício, eletroeletrônica, informática, saúde, educacional, cultural e artesanato. 2.8 O que a Incubadora de Empresas de Lins faz pelo empreendedor O Programa, ao longo de quase seis anos de existência, tem abrigado empresas de diversos ramos de atividade: alimentício, confecções, informática, artesanato, adaptações para deficiência, reprodução animal, tecnologia da informação etc caracterizando-a como incubadora mista. Os empresários residentes, pré-residentes e associados recebem acompanhamento gerencial, com consultores de finanças, marketing, comunicação, regularmente e outras consultorias, como recursos humanos e qualidade, sob demanda. Com isso, os empresários estão sendo preparados para o mercado que a cada dia fica mais competitivo. Além de oferecer todo o suporte na área gerencial, a Incubadora tem disponibilizado a participação das empresas em algumas feiras que são ligadas ao seu ramo de atividade: BRASILTEC – Feira de Tecnologia, Fenit, Reatech Couromoda, Fiaflora, entre outras. Nessas oportunidades, os empresários puderam ter acesso a informações e adquiriram conhecimento tecnológico para alocação em suas empresas. Outro serviço de relevância oferecido pela Incubadora são as rodadas de negócios, missões empresariais e entre os destaques nesse período de funcionamento, está a participação de empresa incubada na Missão Paulista, realizada na Bolívia em 2004. Os empresários incubados também têm acesso a cursos, treinamentos, palestras e à participação em eventos criados pela própria Incubadora para sua divulgação institucional, dos parceiros e para ampliação da rede de relacionamento dos empresários, como Café Empreendedor, realizado desde 2004 e o Happy Hour Empresarial, implantado em 2006 com grande sucesso. Em 2008, criou, em parceria com o PAE, o Café do Empreendedor no rádio, um programa semanal para divulgar ações da Incubadora e disseminar a cultura empreendedora. A divulgação da Incubadora permite que as empresas incubadas 52 também conquistem seu espaço em veículos do meio jornalístico e institucional (eventos, banners, folders); boletim eletrônico mensal da incubadora; Coluna da Incubadora, semanal, em jornal local e site da Incubadora com espaço destinado à divulgação das empresas; Café do Empreendedor no rádio, semanal, para divulgar noticias da Incubadora e empresas assistidas. Além da Incubadora e empresas residentes e pré-residentes contarem com o apoio da mídia espontânea para divulgação de suas atividades, a Incubadora ainda produz alguns materiais de divulgação: a) Folders informativos das empresas: esse material é distribuído em feiras, exposições, reuniões. b) Banners da Incubadora e empresas utilizados em eventos e apresentações. c) Painel informativo externo: com logotipo das empresas e agenda de atividades da Incubadora. d) Boletim informativo eletrônico com logotipo das empresas e agenda de atividades da incubadora. e) Coluna da Incubadora em jornais locais, com matérias de interesse das empresas incubadas e divulgação da agenda de atividades e eventos. f) Site institucional da Incubadora e das empresas. g) Eventos: Programação estruturada de eventos, como Café do Empreendedor, Happy Hour, Jornadas de Capacitação. Os empresários assistidos pelo programa também contam com suporte gerencial, garantido pela presença de um gerente em tempo integral, que também atua como facilitador e articulador de oportunidades para o empresário. Através da formalização de convênios ou contatos, o empresário é colocado em contato com instituições de ensino ou tecnologia, especialmente a Fundação Paulista de Tecnologis (Unilins), Unisalesiano e Senai. A parceria formada com a Unisalesiano disponibiliza os serviços da Empresa Júnior dos cursos de Administração e Ciências Contábeis. Esse serviço é utilizado como reforço do serviço de consultoria oferecido pela Incubadora, gratuito aos empresários. Os empresários contam também com as visitas técnicas promovidas pela incubadora, onde são possibilitadas a troca de informações com 53 empresários de outras incubadoras e instituições, com custo subsidiado pelo programa. Além destes benefícios, os empresários assistidos contam com uma estrutura física especialmente planejada para atender as suas necessidades. 2.9 O ambiente da Incubadora de Empresas de Lins “Incubadora de empresas pode ser definida como ambiente flexível e encorajador no qual são oferecidas facilidades para o surgimento e crescimento de novos empreendimentos”. Essa é a definição usada por José Carlos Dornelas em seu livro Planejando Incubadoras de Empresas (2007), que cita a ANPROTEC. O autor também complementa que “além de assessoria na gestão técnica e empresarial da organização, a incubadora oferece a possibilidade de serviços compartilhados”. “Assim, a Incubadora é um mecanismo - mantido por entidades governamentais, universidades, grupos comunitários, etc. - de aceleração do desenvolvimento de empreendimentos, mediante um regime de negócios, suporte e serviço técnico compartilhado, além de orientação prática e profissional”. (DORNELAS, 2007, pág. 21). A Incubadora de Empresas de Lins se enquadra nessa definição e tem como escopo atrair para apoiar e orientar as micro e pequenas empresas em sua fase inicial, ou que já estejam no mercado e que precisam de orientação para se consolidar, com o propósito de diminuir os riscos de "mortalidade", pois, apesar de pesquisa recente apontar para redução nesses índices, o percentual de 57% de mortalidade – nos primeiros cinco anos de existência ainda é bastante alto. A Incubadora de Empresas de Lins oferece aos empresários residentes uma infra-estrutura física, serviços e recursos a seguir listados: a) Infra-estrutura de comunicação (fone/fax) e sistema de comunicação interna; b) Acesso à internet através dos serviços de provedor próprio e Speedy; c) Área física para 14 residentes com variação de 40 a 70 m2 cada módulo, contendo pontos de acesso à comunicação interna, 54 energia, água, esgoto, telefonia; d) Sala de reunião; e) Amplo espaço, adequado para eventos comerciais, tais como feiras e exposições; f) Serviços de limpeza, segurança e copa; g) Auditório com capacidade para 80 pessoas, contendo TV, vídeo, retro-projetor, mesas, cadeiras, ar-condicionado split e projetor multimídia; h) Estacionamento próprio com 10 vagas; i) Banheiros masculino e feminino, reformados para atender aos empresários residentes e funcionários; j) Salas de administração contendo computadores, fax, máquina de xerox para melhor atender os residentes e comunidade; k) Refeitório para utilização pelos empresários, funcionários e parceiros. 2.10 O papel da Incubadora de Empresas de Lins no desenvolvimento de novos empreendimentos A incubadora de Lins tem como objetivo promover o desenvolvimento das micro e pequenas empresas de Lins e região, nascentes ou não, através da disponibilidade de uma estrutura física adequada e qualificação dos empresários, permitindo acesso às novas tecnologias, ao mercado, à capacitação empresarial, fortalecendo e proporcionando a sustentabilidade das empresas, através de apoio técnico e gerencial para o desenvolvimento de produtos e serviços que capacitem os empreendedores a enfrentar o mercado, através de consultoria, cursos, treinamentos, exposições, seminários e feiras. Oferece, também, a possibilidade de implantar e operar empreendimentos com baixo custo graças à formatação do programa que oferece espaços e serviços compartilhados e a credibilidade dos parceiros e seu comprometimento com o programa, além dos benefícios listados abaixo: a) Apoio da Prefeitura Municipal de Lins que, através de convênio com a ADETEC Lins, formalizou o Programa no município; b) Ter um orçamento apropriado para o desenvolvimento dos objetivos 55 do programa; c) Capacitação constante do gerente da Incubadora; d) Serviços customizados oferecidos aos residentes (consultorias, assessorias e treinamentos); e) Oportunidade para os empreendedores vivenciarem um ambiente empresarial; f) Presença de instituições de tecnologia – universidades - no município que melhoram a qualidade da mão-de-obra e contribuem para geração de projetos com potencial para incubação; g) Visibilidade do programa na mídia que expõe de forma positiva as empresas incubadas; h) Infra-estrutura adequada: espaço individualizado, área compartilhada e acesso à tecnologia, como internet e telefonia; i) Localização privilegiada com facilidade de acesso e estacionamento; j) Parceria com o Unisalesiano que proporciona trabalho da Empresa Júnior, complementando as consultorias e treinamentos recebidos pelos empresários; k) Existência de biblioteca para consulta dos empresários; l) Parceria forte com as universidades locais, permitindo o acesso das empresas a laboratórios e outros espaços pelos empresários; m) Grande número de ações voltadas para público externo, proporcionando o fortalecimento das parcerias já existentes e ensejando o surgimento de outras; n) Sala de treinamento do Senai dentro da Incubadora, em parceria com o Grupo Bertin e sala de treinamento em parceria com a Bracol (pertencente ao Grupo Bertin); o) Auditório com capacidade para até 80 lugares que pode ser utilizado pelos empresários residentes em suas atividades, como a promoção de cursos e treinamentos aos seus empresários ou voltados para outro público de interesse, como clientes, fornecedores, parceiros; p) Participação da Incubadora nas ações de desenvolvimento local; q) Existência de Conselhos (Deliberativo e Fiscal), com ampla participação comunitária; r) Existência de um calendário estruturado de ações; 56 s) Reconhecimento da Incubadora pelos parceiros e comunidade; t) Canais abertos de comunicação com instituições e poder público; u) Incubadora com empreendimentos diversificados, o que possibilita maior troca entre os empresários; v) Atividades de integração que proporcionam um ambiente profícuo e agradável e que facilite troca de serviços entre as empresas. Exemplos: Happy Hour, Café do Empreendedor e reuniões informais; w) Atividades de acompanhamento do desempenho das empresas, com o objetivo de avaliar os resultados alcançados, detectar os pontos fracos das empresas e apresentar prováveis soluções para os problemas. 2.11 A distribuição logística da Incubadora de Empresas de Lins A Incubadora localiza-se no município de Lins, no centro-oeste do Estado de São Paulo. A região é servida por uma boa estrutura rodoviária que facilita o escoamento da produção e o acesso a grandes centros consumidores: a) Lins a Bauru: 106 km – SP 300; b) Lins a Marília: 70 km - BR153; c) Lins a Araçatuba: 100 km – SP300; d) Lins a São José do Rio Preto: 120 km – BR 153. A Incubadora de Empresas de Lins está implantada num prédio térreo, situado na principal avenida da cidade - Floriano Peixoto, 1093 – região central da cidade, com grande tráfego de veículos e pedestres, próxima a vários setores da economia: comércio, prestação de serviços, faculdades, escolas públicas, cooperativas de saúde, entre outras. O prédio, alugado pela municipalidade, possui área construída de 1500m², composta de 14 módulos para instalação de empresas residentes com áreas variáveis de 40 a 70 m²; espaço destinado à gerência, sala de reuniões, auditório, recepção, refeitório e sanitários – masculino e feminino estacionamento externo e interno. Cada módulo está equipado com medidor de energia individual e um ponto para acesso à Internet Banda Larga - Speedy. Existem 07 módulos contendo instalações para água e esgoto. A sala de reuniões é utilizada para reuniões entre a gerência e empresários, de 57 empresários com funcionários ou fornecedores e clientes e por parceiros do programa. O auditório possui capacidade para até 80 pessoas, é utilizado para treinamentos, cursos palestras, com empresários residentes, pré-residentes e associados e também em eventos em parceria. Ele é equipado com TV, vídeo, retroprojetor e projetos multimídia. Também pode ser utilizado pelas empresas para treinamentos aos seus funcionários ou eventos empresariais. A sala da administração é utilizada para as atividades do gerente da Incubadora com computador, telefone e mobiliário de escritório. A recepção é utilizada pelos estagiários para atividades de secretaria e atendimento ao público, com um telefone/fax, computadores, xerox e interfone (central). A incubadora possui ainda um estacionamento externo, refeitório equipado com fogão, geladeira, mesas e cadeiras, almoxarifado para equipamentos, material de consumo, material de construção para a Incubadora e empresas incubadas, Sala de Treinamentos do SENAI, que promove Telecurso 2000 a funcionários do Grupo Bertin. Também foi adequada e está em funcionamento a nova sala de treinamento para o Curso de Corte e Pesponto, parceria da ADETEC Lins com a Bracol – divisão EPI’s. 2.12 As parcerias estabelecidas Os parceiros da Incubadora de Empresas de Lins são: SEBRAE-SP, ADETEC Lins e a Prefeitura Municipal de Lins. O SEBRAE é responsável pelos recursos financeiros para operacionalização do projeto e pelo desenvolvimento e aplicação de programas de incentivo ao empreendedorismo. A participação do SEBRAE-SP é importante por sua natureza e objetivos institucionais em possibilitar o desenvolvimento e capacitação de pequenas e micro-empresas, pelo leque de serviços que disponibiliza para as micro e pequenas empresas, pela experiência e capacitação de seu corpo de consultores e em particular pelo seu programa de rede de incubadoras de empresas. Integrar a Incubadora de Empresas de Lins ao programa de Rede de Incubadoras constituído pelo SEBRAE-SP permite interagir com o corpo 58 técnico de consultores a ele anexado, participar dos programas de treinamento oferecido aos gerentes de incubadoras de empresas e aos empresários das pequenas e micro-empresas incubadas, participar de eventos de comercialização promovidos e/ou oferecidos, promover, em parceria com o SEBRAE-SP, eventos técnicos científicos e comerciais, em áreas tecnológicas e de atuação das atuais e futuras empresas incubadas e/ou filiadas, participar e interagir em projetos que o SEBRAE-SP estiver gerindo e moderando, no que tange aos objetivos do SEBRAE-SP e da sociedade em participar de feiras, rodadas de negócios e Workshops. A ADETEC Lins atua como instituição gestora e é responsável pela articulação com outros parceiros. Além disso, a gestora também disponibiliza recursos financeiros na Incubadora. A Prefeitura Municipal de Lins é responsável pela cessão do prédio onde estão instaladas as empresas e também pelos serviços de vigilância e limpeza. A Fundação Paulista de Tecnologia e Educação, o Unisalesiano e o Grupo Bertin contribuem com recursos econômicos e financeiros, via ADETEC, para o Programa. A parceria com a Missão Salesiana - Unisalesiano disponibilizou os serviços da Empresa Júnior dos cursos de Administração e Ciências Contábeis, sob o acompanhamento, orientação e coordenação de professores e coordenadores de área. Este serviço é utilizado como reforço ao serviço de consultoria oferecido pela Incubadora, uma vez que seus recursos não permitiam visitas regulares ficando grandes intervalos de tempo sem atendimento o que afetava o ritmo e os resultados desejados. Este fato que foi melhorado devido ao complemento das orientações pelos alunos que acompanham semanalmente os empresários residentes, seguindo a metodologia já aplicada pelos consultores. Até o presente momento 20 alunos participaram do programa e tiveram a oportunidade de vivenciar o ambiente empresarial, aplicar a teoria recebida na Universidade, além de participar das palestras, cursos e eventos organizados pela Incubadora. A Empresa Júnior atendeu 22 empresas e empreendedores da Incubadora, totalizando: 59 a) 40 horas em 2004; b) 126 horas em 2005; c) 150 horas em 2006; d) 124 horas até agosto de 2007. Em virtude dos bons resultados, a IEL recebeu as visitas da Incubadora e Empresa Júnior de Marília, Incubadora de Barra Bonita e da FIP (Faculdade do Interior Paulista) e Gerente do SEBRAE – ER Ourinhos que vieram conhecer o projeto e o trabalho desenvolvido pelos alunos. Outro projeto importante, iniciado em agosto de 2007 com o Unisalesiano, é o desenvolvimento de um software de gerenciamento de estoque atendendo as necessidades das empresas assistidas pela Incubadora. Este projeto está a cargo do Coordenador do Curso de Tecnologia, Professor M. Sc. Luiz Eduardo Bergamo e do Professor Anderson Pazin. A Fundação Paulista, instituição parceira da Incubadora, é mantenedora do CETEC – Unilins, contribuindo com recursos financeiros para o projeto Incubadora através da ADETEC Lins. A Fundação ocupa uma cadeira no Conselho Consultivo da Incubadora. Por sua vez, o CETEC oferece um expressivo portfólio de produtos através de quatro setores, altamente especializados: CTGEO – Centro de Tecnologia em Geoprocessamento; LACI – Laboratório de Análises Químicas e Controle Industrial; CTE – Centro de Tecnologia em Engenharia e o CTGIM – Centro de Tecnologia em Gestão, Inovação e Marketing. As empresas assistidas pela Incubadora desfrutam desta parceria, visto que a Fundação é uma instituição credenciada ao SEBRAE. Destacam-se os seguintes serviços utilizados pelas empresas assistidas: LACI - análise nutricional dos alimentos e do CTGIM – desenvolvimento da identidade visual. A Universidade Metodista de Piracicaba – campus Lins é membro do Conselho Consultivo da Incubadora. A Unimep tem apoiado as empresas assistidas através de seu laboratório de análises, especificamente do setor alimentício. A parceria SENAI - Incubadora está possibilitando a formação técnica de empresários através de consultorias e o trabalho social junto aos funcionários das empresas do Grupo Bertin, um dos maiores grupos empresariais exportadores de carne bovina do Brasil, através da aplicação do 60 Telecurso 2000, contribuindo assim com a formação escolar de 100 alunos. A nova parceria técnica entre a ADETEC Lins e a Bracol – divisão EPI’s, empresa do Grupo Bertin, está possibilitando a capacitação de 50 alunos no Curso de Corte e Pesponto. A Incubadora tem sido visitada por outras incubadoras, universidades, instituições, Rotary Canadá, para conhecer o modelo de administração. 2.13 A importância das parcerias no desenvolvimento local e regional As consultorias de finanças, administração, marketing e treinamentos aos empresários residentes têm sido prática constante na Incubadora. Além destas, foram incluídas as consultorias em Recursos Humanos e Comunicação com ênfase em assessoria de imprensa aos residentes. Isso tudo evidencia o amadurecimento da Incubadora como ambiente que propicia o desenvolvimento empresarial e atinge além de suas fronteiras o empresariado linense e da região. Baseado neste crescimento e fortalecimento das parcerias, a Incubadora de Lins tem propostas de ampliar seu espaço físico, continuar promovendo cursos, palestras técnicas, treinamentos gerenciais para a formação continuada dos empresários, professores e universitários de Lins e região, aumentar o número de empresas incubadas, ampliar os atendimentos empresariais, motivar os empresários para criarem empresas pela busca de oportunidades de negócios, fortalecer as parcerias com o Grupo Bertin, SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Fundação Paulista, Missão Salesiana - Unisalesiano, Unimep – Campus Lins, Associação Comercial de Lins, Sindicato do Comércio de Lins, Unimed, Saúde São Lucas e Prefeitura Municipal de Lins. Desde a implementação efetiva da IEL, foram realizadas reuniões envolvendo os representantes da comunidade local, o meio empresarial local, órgãos de apoio e desenvolvimento científico, tecnológico e industrial. Conseqüentemente a partir dessa iniciativa foi formado o Conselho Consultivo da Incubadora de Empresas de Lins, composto das Instituições locais que estarão envolvidas diretamente nas ações a serem desenvolvidas. São elas: Prefeitura Municipal de Lins; Fundação Paulista de Tecnologia e Educação; 61 Missão Salesiana de Mato Grosso (Unisalesiano); Associação Comercial de Lins; Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP - Campus Lins; Sindicato do Comércio Varejista de Lins; Assistência Saúde São Lucas de Lins; Eletro Montanha Ltda; Tegi Comércio de Materiais para Construção Ltda; Unimed de Lins; Instituto Americano de Lins; Ceavil Construtora, Grupo Bertin e FIESP/SENAI; A Missão Salesiana do Mato Grosso – Unisalesiano e a Fundação Paulista de Tecnologia e Educação contribuem mensalmente neste convênio, através da ADETEC Lins, com recursos financeiros. Como resultado da participação das universidades neste atual convênio, destacam-se a realização de palestras técnicas nas duas Instituições, 1º e 2º Fórum de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico; formação do GEADE – Grupo de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento; palestras na Incubadora; fundação da EPTICA – Empresas e Profissionais de Tecnologia de Informação e Comunicação Associados; a efetiva participação da Empresa Júnior - Unisalesiano na Incubadora de Empresas, através de acompanhamento dos alunos junto aos empresários residentes, sob coordenação e supervisão da Gerência da Incubadora, do Consultor de Administração e Finanças e supervisão dos Professores do Unisalesiano (Cursos de Administração de Empresas e Ciências Contábeis). Pode-se citar também a pesquisa de clima organizacional feita pelas alunas do curso de Psicologia, cujo resultado foram ações no sentido de melhorar a comunicação e integração entre administração da Incubadora, empresários e colaboradores. Inclusive, um dos resultados da pesquisa foi a falta de conhecimento dos colaboradores quanto aos benefícios da Incubadora. Além dos recursos financeiros da Fundação Paulista e Unisalesiano, a Incubadora conseguiu atrair mais um parceiro para apoiar financeiramente o programa. O Grupo Bertin, segundo maior grupo exportador de carnes do Brasil, apoiará a Incubadora de Lins, com recursos financeiros mensalmente. Trata-se de uma grande empresa apoiando às micro e pequenas empresas, contribuindo decisivamente para fortalecer as ações voltadas ao desenvolvimento local. Estas parcerias objetivam proporcionar uma maior integração com a Incubadora de Empresas de Lins, promovendo a participação e integração de 62 alunos, profissionais e a comunidade nas atividades da Incubadora, a geração de novos negócios para a Incubadora, a capacitação dos empresários residentes, a especialização dos alunos da Empresa Júnior e o desenvolvimento de novas pesquisas e tecnologias. Nestes 52 meses de operacionalização a Incubadora de Empresas de Lins se firmou como referência em gestão empresarial, apoiando os micro e pequenos empresários da cidade de Lins e região, através de ações voltadas para os empresários residentes e não residentes. A capacidade de ocupação que era de 10 empresas foi ampliada para 14 empresas durante a execução do último convênio. Outra ação importante foi a criação do Conselho Fiscal da Incubadora de Empresas de Lins com a participação de membros da comunidade. Este Conselho foi criado com a seguinte formação: um representante da comunidade, um representante do Conselho Deliberativo e um empresário, representante dos empresários residentes. A função deste Conselho Fiscal é de analisar, conferir e emitir pareceres sobre as despesas de rateio e compartilhamento entre os residentes, prestações de contas da Incubadora e utilização dos recursos observando as diretrizes do convênio. Posteriormente o Conselho Deliberativo também avalia as ações pertinentes à Incubadora, assim como todos os planos de negócios, propostos pelos interessados em participar do Projeto, além de acompanhar os resultados das empresas instaladas através das informações fornecidas pelo Gerente da Incubadora. Importante destacar a inclusão de duas novas instituições no Conselho a partir de 2007: Grupo Bertin e FIESP/SENAI. Durante a sua existência a Incubadora não se limitou a apoiar as empresas residentes, pré-residentes e associadas, mas também desenvolveu uma série de ações voltadas à comunidade com o objetivo de apoiar o desenvolvimento sustentável de Lins e região. 2.14 O plano de negócios Segundo Longenecker, Moore and Petty (1998, apud MENDES, L. A), o plano de negócios descreve a idéia básica de um novo empreendimento e 63 projeta os aspectos mercadológicos, operacionais e financeiros do negócio proposto para os três a cinco primeiros anos. O plano de negócios é um documento pelo qual o empreendedor formalizará os estudos a respeito de suas idéias, transformando-as em um negócio. Nele estarão registrados os conceitos do negócio, os riscos, os concorrentes, o perfil da clientela, as estratégias de marketing, bem como todo o plano financeiro que viabilizará o novo negócio. Além de ser um ótimo instrumento de apresentação para o empreendedor que procura sócio ou um investidor. O planejamento estratégico do negócio pode ser dividido em etapas, conforme mostra a figura abaixo: Fonte: Kotler, 1999 Figura 5: O Processo de Planejamento Estratégico do Negócio A partir da visão e missão da empresa, pode-se estabelecer ações que serão implementadas, analisadas e acompanhadas visando atingir os objetivos e metas estipulados. Para isso, elabora-se uma estratégia corporativa. O plano de negócios de uma empresa deve contemplar de forma objetiva essa formulação estratégica da empresa. O plano de negócios não tem um caráter estático, mas sim, dinâmico. Na medida em que haja mudanças do cenário do mercado, da economia, da tecnologia ou das ações dos competidores, deve ser feita a revisão do plano de negócios. Isso em geral requer uma revisão semestral, mas, dependendo do tipo de negócio e da situação do mercado, é necessário fazer essa revisão em períodos maiores ou menores. Sem fazer uma revisão periódica do PN, o empreendedor não estará acompanhando a evolução do mercado, de seus 64 competidores, da situação econômica e tecnológica. Segundo o SEBRAE (2004), é muito importante que o empreendedor compreenda a importância deste documento e que a elaboração do PN traz os seguintes benefícios: a) Permite ao empreendedor aprimorar sua idéia, tornando-a clara, precisa e de fácil entendimento. Para isso, ele terá de buscar informações completas e detalhadas sobre o mercado e o seu negócio, assegurando uma visão do todo, sabendo diferenciar e analisar uma idéia de uma oportunidade, que são diferentes. b) Permite ao empreendedor conhecer todos os pontos fortes e fracos do futuro negócio. Com isso, possibilita a diminuição dos riscos de fracassar. c) Facilita a apresentação do negócio a futuros sócios, investidores, bancos, fornecedores e clientes potenciais, contribuindo para as negociações de apoio. d) Analisa o volume de recursos que será necessário para a implantação, a lucratividade e a rentabilidade do negócio. e) Permite a simulação de situações favoráveis e desfavoráveis. f) Permite que os sócios negociem claramente as funções de cada um. g) É importante para a contratação de funcionários e para a orientação deles na execução de suas tarefas, apresentando as perspectivas de crescimento para o negócio. h) Permite redirecionar esforços de marketing e redefinições dos serviços e/ou produtos, conforme pesquisa de mercado realizada. i) O plano de negocio orienta o empreendedor na tomada de decisões estratégicas que evitem fatores de risco devidamente identificados; j) Proporciona uma avaliação previa do negocio, antes de ser colocada em pratica uma nova idéia, reduzindo, assim, as possibilidades de se desperdiçarem recursos em um negócio inviável. k) O PN é uma oportunidade para refinar estratégias e cometer erros no papel em lugar da vida real, examinando a viabilidade da empresa sob todos os pontos de vista, tais como o mercadológico, o financeiro e o operacional. l) É parte fundamental da prudência e cautela que o empreendedor 65 deve ter para transformar a sua idéia ou sonho em realidade. m) O PN é o primeiro assunto nas reuniões periódicas dos membros da empresa. Deve ser discutido e comentado nessas reuniões de forma a comprometer todos os colaboradores. Ser um "Manual de Referência" para as suas ações. n) O plano é um documento de investigação para mapear integralmente a idéia do empreendedor. o) Permite ao empreendedor decidir se é ou não o momento de investir, calculando inclusive o retorno do capital investido em termos de tempo. O pequeno empresário não pode errar. Se perder o pouco capital que conseguiu juntar, talvez não consiga se recuperar. O PN, ao analisar a viabilidade ou não de uma idéia reduz sensivelmente este risco. p) Amplia a visão do empreendedor, possibilitando ter uma ampla perspectiva do atual ou novo negócio. q) Permite definir e avaliar a linha de produtos e serviços a serem oferecidos ao mercado, orientando a personalização dos mesmos na busca de garantia da satisfação dos clientes. r) Serve como guia das ações do empreendedor com relação ao seu negócio, possibilitando novas estratégias em face da dinâmica do mercado. s) O PN é uma importante ferramenta de acompanhamento sistemático da vida da empresa, sendo necessário sua revisão, atualização com eventuais implementações de estratégias para alcance de metas, e ou correção de foco. t) O plano de negócio é uma descrição detalhada das informações sobre o negocio que será criado, de forma sistemática, no sentido de descrever passo a passo, o que o empreendedor deve conhecer e fazer, para minimizar os seus riscos de investimentos. u) É um meio de comunicação entre o empreendedor e seus clientes internos e externos. v) Aumenta em até 60% as chances de sucesso do empreendedor. Durante a elaboração do Plano de Negócios, o empreendedor tem a oportunidade única de olhar para o negócio de maneira objetiva, pois reúne 66 ordenadamente todas as idéias e assim permite uma visão de conjunto do negócio, evitando a parcialidade que pode induzir ao erro. Segundo Dornelas (2005), não existe uma estrutura rígida e específica para se escrever um plano de negócios, pois cada negócio tem particularidades e semelhanças, sendo impossível definir um modelo padrão de plano de negócios que seja universal e aplicado a qualquer negócio. Porém, é fundamental manter uma organização e seqüência que facilitem o entendimento de seu conteúdo. Dornelas ainda sugere, como uma linha bastante adequada de montagem do plano de negócios, a estrutura apresentada abaixo. Esse padrão de estrutura de um plano de negócios foi definido com base em estudos e observação de planos de empresas reais. a) Capa A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do Plano de Negócios, pois é a primeira coisa que é visualizada por quem lê o Plano de Negócios, devendo, portanto, ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes. b) Sumário O sumário deve conter o título de cada seção do Plano de Negócios e a página respectiva onde se encontra. c) Sumário executivo O sumário executivo é a principal seção do Plano de Negócios. Por meio dele, o leitor decidirá se continua ou não a ler o Plano de Negócios. Portanto, deve ser escrito com muita atenção, revisado várias vezes e conter uma síntese das principais informações que constam no Plano de Negócios. Deve ainda ser dirigido ao público-alvo e explicitar o objetivo do Plano de Negócios em relação ao leitor (ex: requisição de financiamento aos bancos, capital de risco, apresentação da empresa para potenciais parceiros ou clientes). O Sumário Executivo deve ser a última seção a ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano para ser feita. d) Análise estratégica A seção de planejamento estratégico é onde são definidos os rumos da empresa,assim como sua situação atual, metas e objetivos de negócio, 67 bem como a descrição da visão e da missão da empresa. É a base para o desenvolvimento e implantação das demais ações do negócio. e) Descrição da empresa Nesta seção a empresa deverá ser descrita, seu histórico, o crescimento e/ou faturamento dos últimos anos, sua razão social, impostos, estrutura organizacional, localização, parcerias, serviços terceirizados, entre outros. f) Produtos e serviços Nesta seção, o Plano de Negócios deve descrever quais são os produtos e serviços, como são produzidos, ciclo de vida, fatores tecnológicos envolvidos, pesquisa e desenvolvimento, principais clientes atuais, se detém marca e/ou patente de algum produto, entre outros detalhes. g) Plano operacional Essa seção deve apresentar as ações que a empresa está planejando em seu sistema produtivo e o processo de produção, indicando o impacto que essas ações terão em seus parâmetros de avaliação de produção, contendo informações operacionais atuais e previstas. h) Plano de Recursos Humanos Aqui devem ser apresentados os planos de desenvolvimento e treinamento de pessoal da empresa. Essas informações estão diretamente relacionadas com sua capacidade de crescimento. Devem ser indicadas as metas de treinamento associadas às ações do Plano Operacional, as metas de treinamento estratégico, o nível educacional e a experiência dos executivos, gerentes e funcionários operacionais, indicando os esforços da empresa na formação de pessoal. i) Análise de mercado A seção de análise de mercado deverá mostrar que se conhece muito bem o mercado consumidor do produto ou serviço - através de pesquisas de mercado: como está segmentado, as características do consumidor, análise da concorrência, a participação de mercado e a dos principais concorrentes, os riscos do negócio e demais fatores. j) Estratégia de marketing O Plano de Marketing apresenta como se pretende vender o produto ou 68 serviço e conquistar os clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a demanda. Deve abordar os métodos de comercialização, diferenciais do produto ou serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção, comunicação e publicidade. k) Plano financeiro A seção de finanças deve apresentar em números todas as ações planejadas da empresa e as comprovações, por meio de projeções futuras (quanto precisa de capital, quando e com que propósito), de sucesso do negócio. Deve conter itens como fluxo de caixa com horizonte de três anos, balanço, ponto de equilíbrio, necessidades de investimento, lucratividade prevista, prazo de retorno sobre investimentos, etc. l) Anexos Esta seção deve conter todas as informações julgadas relevantes para o melhor entendimento do Plano de Negócios. Por isso, não tem um limite de páginas ou exigências a serem seguidas. A única informação que não pode faltar é a relação dos curriculum vitae dos sócios da empresa. Poderão ser anexadas ainda, informações como fotos de produtos, plantas da localização, roteiro e resultados completos das pesquisas de mercado realizadas, material de divulgação do negócio, folders, catálogos, estatutos, contrato social da empresa, planilhas financeiras detalhadas e demais dados relevantes. Não existe um tamanho ideal ou quantidade exata de páginas para o Plano de Negócios. A estratégia e a quantidade de páginas dependem de qual será o público-alvo do negócio. A seguir encontra-se uma descrição dos possíveis tipos e tamanhos de um Plano de Negócios segundo (JIAN, 1997): a) Plano de Negócios completo: O Plano de Negócios completo pode ser utilizado quando se pleiteia uma grande quantidade de dinheiro, ou se necessita apresentar uma visão completa do negócio, apresentando diversos dados específicos da área de atuação e do público-alvo. Pode variar de 15 a 40 páginas, além do material anexo. b) Plano de Negócios resumido: Costuma-se utilizar este tipo de Plano de Negócios quando se necessita apresentar algumas informações 69 resumidas a um investidor, por exemplo, com o objetivo de chamar sua atenção para que ele lhe requisite um Plano de Negócios completo. Deve mostrar os objetivos macros do negócio, investimentos, mercado e retorno sobre o investimento e deverá focar as informações específicas requisitadas. Geralmente varia de 10 a 15 páginas. c) Plano de Negócios operacional: Esta forma de estruturar o Plano de Negócios é muito importante para ser utilizada internamente na empresa pelos diretores, gerentes e funcionários. É excelente para alinhar os esforços internos visando a atingir os objetivos estratégicos da organização. Seu tamanho é variável e depende das necessidades específicas de cada empresa em termos de divulgação aos funcionários. Independentemente da forma como o Plano de Negócios será estruturado, o fundamental é que o material contenha a estrutura apresentada anteriormente ou, no mínimo, algo próximo do que foi proposto. Conclui-se então que através do plano de negócio têm-se uma visão bem clara do empreendimento, sendo possível avaliar com muito mais precisão todos os aspectos que o envolvem. Toda iniciativa empreendedora tem riscos, mas através de um Plano de Negócios bem elaborado, que preveja todos os setores da empresa, que receba informações periodicamente e que seja maleável e adaptável às novas características do mercado, esses riscos podem ser previstos e calculados. 70 CAPÍTULO III A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO O empreendedorismo vem assumindo cada vez mais um papel de destaque na economia mundial. Através de seus fundamentos e preceitos, pessoas têm constituído empresas inovadoras, gerando novos postos de trabalho e proporcionando a melhoria da qualidade de vida de todos os envolvidos. Com o nascimento de novas empresas, também surgem inovações tecnológicas nas áreas de marketing, publicidade e propaganda, técnicas de vendas, produção, o que contribui profundamente para o progresso de uma região, já que a competição de mercado faz com que as empresas busquem sempre serem melhores do que seus concorrentes, aperfeiçoando seus produtos e serviços. Segundo Dornelas (2006) “Empreendedores com idéias criativas, com grande potencial de viabilidade têm chances de acelerar e efetivamente fazer o seu negócio acontecer ao buscar os serviços das incubadoras: empresas incubadas têm mais chance de sobrevivência e sucesso que aquelas iniciadas fora da incubadora”. Desta forma, a Incubadora de Empresas de Lins, inaugurada em abril de em 2003, vêm conseguindo destaque e sucesso em seus projetos, atuando em diversas ações do município, juntamente com suas parcerias, oferecendo acompanhamento altamente especializado a novos empreendimentos, permitindo sua formação e consolidação no mercado, de forma que se tornem rentáveis e assimilem os princípios da sustentabilidade. Os métodos e técnicas da pesquisa de campo utilizados para demonstrar que a Incubadora de Empresas de Lins e suas parcerias são determinantes no no surgimento e sobrevivência das empresas, no período de fevereiro a outubro de 2008 foram: Método de estudo de caso: foi realizado um estudo dentro da Incubadora de Empresas de Lins analisando as parcerias e orientações prestadas as 71 empresas e sua contribuição para o seu desenvolvimento. Método de observação sistemática: foram observados, analisados e acompanhados os procedimentos de inclusão dos novos empreendimentos e seu desempenho a partir de então. Método histórico: foi averiguada a evolução histórica da Incubadora de Empresas de Lins em relação ao seu faturamento total, levando-se em consideração o número de empresas atendidas, desde sua fundação até os dias de hoje. As técnicas utilizadas para a pesquisa foram as seguintes: Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A); Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B); Roteiro do Histórico da Incubadora de Empresas de Lins (Apêndice C); Roteiro de Entrevistas para o Gerente Administrativo (Apêndice D); Roteiro de Entrevista para o presidente da Adetec (Apêndice E); Roteiro de Entrevista para o Vice-Presidente da Adetec (Apêndice F); Roteiro de Entrevista para o Consultor (Apêndice G); Roteiro de Entrevista para o Empresário (Apêndice H); 3.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS Segue a apresentação de alguns dados referentes às atividades da Incubadora de Empresas de Lins que também demonstram seu apoio aos empreendedores: a) Consultorias de finanças, administração, marketing e treinamentos aos empresários são práticas constantes na Incubadora, além da consultoria de comunicação com ênfase em assessoria de imprensa aos residentes 100% subsidiados pelo programa. A o todo foram 1090 horas de consultoria, 1793 horas de cursos; 880 horas de seminários; 27 horas de palestras e 104 horas de workshops. b) A participação em Feiras Setoriais, onde a empresa pode coletar informações para seu negócio, tendências para o setor, identificação de clientes e fornecedores, além de trocar informações com outros empresários do ramo. Nessa ação, o empresárioa participaram de 22 feiras: Fenit (2004, 2005 e 2006); Reatech (2004, 2005 e 2006); 72 Feimaco (2004), Comdex (2004); Brasiltec (2004); Fiaflora (2005); Agrishow (2005); XI Exposição Nacional das Raças Bovinas de Corte; Couromoda (2006 e 2007); Fenatec (2006); Chocolândia (2006 e 2007); Feira Regional de Produtos – Lins (2007); 10º Open Cidade Maravilhosa (2007); 3ª Bijóia Express/SP; 39ª e 40ª Bijóia SP (2007); Art Mund – Feira Mundial de Artesanato (2007). c) Visitas Técnicas, onde os empresários têm condições de trocar informações e conhecer detalhes de processos ou produtos interessantes ao seu negócio. Já ocorreram visitas às Incubadoras de Sertãozinho, Cietec-USP, Botucatu, Penápolis, Campinas, Jaú e Limeira. Além destas, houve ainda visitas ao Senai-Jaú, SoftexCampinas e ao Cenpra-Campinas. d) A Incubadora proporcionou a participação de empresários residentes em fóruns, cursos, seminários, palestras técnicas, tais como: Fórum Técnico Jurídico Factoring; XVIII e XIX Jornada Odontológica para Pacientes Especiais; 17º Congresso Internacional de Odontologia (2006); Encontrander; 1º Congresso APAE; XX Reunião do SBTE – 2006; XXI Curso de Treinamento de Congelamento de Sêmem e Inseminação Artificial em Ovinos e Caprinos – Bariloche/Argentina (2007); 1º Fórum de Design de Limeira (2007). e) Parceria com o SENAI, que está possibilitando a formação técnica de empresários através das consultorias e o trabalho social junto aos funcionários do Grupo Bertin. É feita a aplicação do Telecurso 2000 na Incubadora. Em 2007, 95 alunos (45 no ensino médio e 40 no ensino fundamental) foram matriculados no programa. f) Desde junho de 2007 está em atividade na Incubadora o curso de Corte e Pesponto, envolvendo a parceria da ADETEC Lins, Bracol Epi´s, Prefeitura Municipal e o CTGIM. É formada mão-de-obra qualificada num segmento onde há demanda. g) O Café do Empreendedor teve um grande sucesso, e por conta disso a Incubadora incrementou a ação criando o Happy Hour Empresarial. Ao todo foram seis “Café do Empreenderor”, e dois Happy Hour, com em média 50 pessoas cada, totalizando 400 participantes. No período de abril de 2003 a fevereiro de 2008, a Incubadora de 73 Empresas de Lins, contabilizou cerca de 1700 pessoas que foram atendidas em cursos e treinamentos e também 24 palestras realizadas, e destas, 18 em parceria. Todas estas ações são oferecidas a toda comunidade, contribuindo para disseminação de conhecimento e da cultura empreendedora. Cursos e treinamentos realizados Qualidade Máxima em atendimento ao Cliente Planejamento Estatágico Liderar Motivação de Equipe e Comunicação Vendas Externas: É visitando que se vende e Vendas Externas: As melhores táticas para sua equipe Como avaliar o mercado e buscar novas oportunidades de negócios Jornadas de Capacitação - totalizando 11 cursos Cursos de Costura Industrial Básico em parceria com o SENAI Fóruns de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico Diagnósticos empresarias no setor de confecção (Sebraetec) Oficinas Sebretec – confecção Suporte tecnológico para as empresas incubadas Aperfeiçoamento tecnológico Oficinas de Boas Práticas de Alimentação Curso de Plano de Negócios Palestras em parceria que foram realizadas Palestras no auditório da Incubadora: “O futuro pelas Mulheres”; (5) “Empretec”; “Acesso ao Crédito para micro e pequenas empresas” e “Empreendedorismo” para os alunos de Corte e Pesponto Palestra na Semana da Administração do Unisalesiano (Tema: Empresa Júnior e Incubadora) ministrada pelo Gerente da IEL Palestras na Unilins (SEBRAE na rua) Palestras na Unilins para alunos do curso de Marketing Palestra no IAL (Tema: A importância da IEL no desenvolvimento local e regional) ministrada pelo Gerente da IEL Palestras no Centro Paula Souza (Tema: A importância da IEL no desenvolvimento local e regional) ministrada pelo Gerente da IEL Palestra na Diretoria Regional de educação sobre empreendedorismo, ministrada pelo Gerente da IEL. Palestras no Unisalesiano Palestras na Fundação Paulista em Lins Palestra em Cafelândia juntamente com a Associação Comercial local Fonte: Boletim da Incubadora de Empresas de Lins, Fevereiro de 2008 Quantidade 3 1 1 1 2 1 3 2 2 10 2 60 horas 100 horas 9 1 Quantidade 9 1 3 2 1 1 1 3 2 1 Quadro 1 – Cursos, treinamentos e palestras realizados pela IEL Um outro aspecto importante verificado é a leitura dos indicadores do SIGEOR. A primeira foi realizada em dezembro de 2006. Em maio de 2007 ouve uma nova análise e em dezembro de 2007 também foi feita esta verificação. Foi possível constatar um aumento de 95 % das receitas entre as seis empresas incubadas que foram analisadas no período de um ano. De janeiro a dezembro de 2007, a Receita Operacional Bruta das seis empresas 74 integrantes do SIGEOR foi de R$ 991.262,35 e o lucro líquido do exercício de R$ 164.287,77. O faturamento em 2007, de todas as empresas incubadas no período, chegou a R$ 1.485.218,54. Estima-se que em o valor em impostos recolhidos (valor aproximado), chegou a 136.840,00 (ou 140.000,00). Tabela 4: Evolução do faturamento da Incubadora (2003 – 2007) Evolução do faturamento nos cinco Média de postos de anos da Incubadora trabalho 2003 – R$ 185.831,14 2003 – 18,5 2004 – R$ 383.403,03 2004 – 31,6 2005 – R$ 561.459,62 2005 – 42,16 2006 – R$ 892.805,70 2006 – 38,41 2007 – R$ 1.485.218,54 2007 – 32,0 Fonte: Boletim da Incubadora de Empresas de Lins, Fevereiro de 2008. Estes são números expressivos e importantes que contribuem com e economia do município. 3.2 Procedimento para incubação de uma empresa Resumidamente, o processo de incubação engloba as seguintes etapas: a) O lançamento do Edital para Seleção de Empresas; b) Inscrição, feita através do preenchimento do “Meu Negócio”, onde será abordada uma descrição da empresa, assim como de suas atividades e também a realização de uma entrevista do proponente com a gerência da Incubadora; c) Feita a devolução do “Meu Negócio”, é realizada uma entrevista com o Consultor Financeiro da Incubadora; d) Se o parecer do consultor for positivo, a proposta é enviada para o Conselho Gestor para votação; e) Com a aprovação, a empresa está apta a entrar na Incubadora; f) Após o ingresso na Incubadora, a empresa participará de uma oficina ou curso para elaboração do Plano de Negócios, com assessoria gratuita na própria Incubadora; g) Explanação das Normas e Procedimentos do Programa de Incubação; h) Assinatura do Contrato de Incubação; 75 i) Início das operações empresariais; j) Abertura da Empresa, através do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ em 06 meses, podendo ser prorrogado por até 01 ano; k) Avaliação e acompanhamento mensal dos indicadores financeiros do empreendimento realizado pelo consultor financeiro. 3.3 Taxa de Incubação das empresas Pela utilização de todos os benefícios proporcionados pelo programa, os empreendedores arcam com uma taxa mensal de compartilhamento de área, proporcional ao tamanho do Box e o rateio das despesas de material de consumo. Para o primeiro semestre de incubação, há 50% (cinqüenta por cento) de desconto no valor do m². Para o segundo semestre de incubação, 40% (quarenta por cento) e para o terceiro semestre de incubação, 20% (vinte por cento) de desconto. 3.4 Metodologia de graduação das empresas Pelo contrato de incubação, a empresa poderá ficar na Incubadora durante 24 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses, desde que devidamente justificado e aprovado pelo Conselho Gestor. Findo este prazo, a empresa deverá passar pelo processo de graduação, desde que tenha atendido aos requisitos do regulamento e dos indicadores gerenciais. O processo de graduação dá-se da seguinte forma: a) A empresa formaliza o desligamento da Incubadora; b) Empresa providencia sua saída da Incubadora; c) A empresa deve participar da Cerimônia de Graduação. Esta cerimônia é atividade que faz parte do calendário de eventos da Incubadora. 3.5 Empresas residentes A forma de incubação que recebe a denominação de empresa residente consiste na organização que está abrigada na Incubadora de Empresas 76 recebendo todo o apoio técnico, gerencial e financeiro da rede de instituições constituída especialmente para criar e acelerar o desenvolvimento de pequenos negócios. Atualmente são elas: a) Ágata Bijuterias: fabricação de bijuterias, e acessórios para uso pessoal. A produção é direcionada para lojistas e vendedoras autônomas. b) Chocolins: fabricação de derivados de chocolate com vendas no atacado e varejo para Lins e região. Atualmente, a Chocolins fabrica trufas, bombons, pães de mel, pirulitos artesanais, cestas para presentes e tem produtos específicos para datas especiais como Páscoa e Natal. c) Edaz Comunicação: empresa que trabalha na área de comunicação visual, com elaboração de material institucional e comercial para empresas. d) Tomatony: fabricação de alimentos desidratados em conserva. e) GR Trans Sat: atuante na área de gerenciamento de risco. 3.6 Empresas associadas O empreendimento ou empresa que recebe suporte da Incubadora, mas não está instalado fisicamente na incubadora é conhecido como associado, contando-se atualmente as seguintes empresas: a) Brenner: empresa graduada, prestadora de serviços na área de biotecnologia (reprodução animal). b) Ori-Gen: empresa já graduada, atuante na área de confecção de quimonos para lutas esportivas. c) Cuccina D´Arte: fabricação artesanal de massas, molhos e sobremesas. d) Senha Alarmes: Prestação de serviços na área de segurança patrimonial. 3.7 Empresas pré-residentes A pré-incubação tem o objetivo de preparar os empreendimentos para ingresso na Incubadora, visando estimular o empreendedorismo e a preparar 77 os projetos. Nesta fase dá-se grande ênfase ao plano de negócios, à pesquisa de mercado e à preparação dos empreendedores sobre gestão de negócios. Atualmente, a BGI Informática, empresa da área de tecnologia da informação que atua no desenvolvimento de softwares de georeferenciamento é uma empresa pré-incubada da IEL. 3.8 Empresas graduadas A organização que passa pelo processo de incubação e que alcança desenvolvimento suficiente para ser habilitada a sair da Incubadora devido ao seu conhecimento e gerenciamento consolidados, estando, por isso, apta a desenvolver suas atividades sem a necessidade de apoio direto da incubadora é conhecida como empresa graduada, citando-se: a) Anairam Lingerie: confecção de lingeries dia e noite. b) Brenner: continua como Associada da IEL. c) Emad (Empresa de Materiais e Adaptações para Deficiências): atua com uma linha de equipamentos para serem utilizados nos tratamentos odontológicos de portadores de necessidades especiais. d) Ori-Gen: continua como associada da IEL. e) Multi Micro Informática: empresa atuante na área de tecnologia da informação. f) Santa Renda Lingerie: confecção de lingeries dia e noite. g) TWR Assessoria em Equipamentos de Informática: voltada para o segmento de informática mantém clientes em Lins e região, prestando assessoria em servidores e redes oferecendo respaldo técnico operacional com configuração de rede física e wireless. 3.9 Resultado da Pesquisa Como já demonstrado ao longo deste trabalho, o empreendedorismo é uma tendência muito forte e cada vez mais assume um papel de destaque na economia, porém para se inserir neste modelo, é necessário maior estímulo 78 para que novos empreendimentos se desenvolvam. Através da pesquisa, conclui-se que a Incubadora de Empresas de Lins é uma entidade que contribui para este fim e, apesar de ser uma incubadora jovem, vem ganhando destaque entre outras incubadoras da região e já possui uma história de sucesso, conquistas e muitos parceiros. Mas, verifica-se também que são necessárias mais ações de apoio e divulgação da Incubadora assim como de suas atividades de incentivo ao empreendedorismo e benefícios dados aos empreendedores. É importante estabelecer vários canais de comunicação que auxiliem neste propósito, contando com a mobilização dos parceiros, instituições de ensino, poder público e privado para que seus objetivos e metas possam ser cada vez maiores no que diz respeito à transmissão do conhecimento e no desenvolvimento de gestores voltados a sustentabilidade em seus negócios. A Incubadora também é voltada à comunidade, atingindo empreendedores, empresários, produtores rurais, estudantes entre outros, que buscam conhecimento, melhorando seu desempenho profissional. Diante de todo exposto, pode-se dizer então que a Incubadora de Empresas de Lins, juntamente com suas parcerias, é muito importante para o desenvolvimento de novas empresas, soluções para o mercado e o crescimento da economia local, abrangendo até mesmo aspectos da economia regional. 79 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Após a pesquisa realizada e verificação dos dados, observa-se que historicamente a Incubadora de Empresas de Lins, nunca atingiu sua capacidade total de ocupação. Este fato é decorrente da falta de cultura empreendedora e do não conhecimento da Incubadora e seus benefícios por parte da comunidade, o que conseqüentemente provoca ociosidade de recursos humanos, financeiros e econômicos, assim como do espaço físico da Incubadora de Empresas, o que prejudica a formação de empreendimentos sustentáveis e o crescimento do município. Para que esta situação seja revertida, é necessária a continuidade das ações de fomento ao empreendedorismo, maior divulgação da Incubadora pela ADETEC Lins e a participação ativa dos parceiros no processo de comunicação. Pode-se afirmar também que os cursos de administração carecem da inclusão de uma matéria na grade escolar que trate mais profundamente o empreendedorismo, já que o ambiente universitário é um dos mais propícios para surgimento de novas idéias de negócios, fornecendo ferramentas, informações e indicando as incubadoras e o SEBRAE como grandes aliados na capacitação de quem deseja ter um negócio próprio. Inegavelmente com este procedimento muitas empresas terão seu início na própria universidade com propostas partindo dos alunos da instituição. A Incubadora também poderia ir até a universidade, no início das aulas e na Semana do Administrador, realizando palestras ou cursos, fazendo o cadastro de alunos enviando assim material de divulgação da incubadora através de correio eletrônico. Entre outras ações importantes, é interessante mencionar as visitas técnicas e o balcão de atendimento que pode ser instalado nas universidades em épocas de eventos e em pontos estratégicos no centro da cidade, onde funcionários ou alunos voluntários seriam treinados para dar orientação a quem deseja ter um negócio. Uma noite empreendedora que convide a comunidade em geral, alunos, parceiros e empresários já atuantes também é extremamente interessante. Neste encontro seria organizada uma rodada de negócios, expondo sugestões 80 de crescimento, áreas de destaque e dicas sobre gestão empresarial. A implantação de um concurso de planos de negócios, onde as empresas juniores das mais diferentes universidades de Lins poderiam trabalhar e pré selecionar potenciais candidatos, com plano de negócios, préanalisados para que pudessem ser submetidos à avaliação da incubadora. O plano vencedor seria pré-incubado na universidade e receberia toda a assistência da incubadora e os recursos oferecidos, com foco no incentivo a gestão empresarial e qualificação profissional. A associação comercial, também poderia estimular ou mesmo lançar um concurso que torna-se-ia público, atraindo participantes para a empresa junior. A prefeitura, sempre é procurada por empresários ou candidatos a empresários, poderia também ajudar a estimular o desenvolvimento do espírito empreendedor. Uma boa divulgação é importante, mas o mais importante é a Incubadora, estabelecer convênios mais forte daquele que já tem hoje. com estas entidades, com elo 81 CONCLUSÃO A Incubadora de Empresas de Lins, oferece apoio necessário e inúmeros benefícios para que as empresas desenvolvam-se e tenham o risco de mortalidade diminuído, sendo esta a principal função das Incubadoras de Empresas. Para isso são firmadas várias parcerias entre as quais estão universidades, poder público, associação comercial e instituições não governamentais que também contribuem para este fim. É importante ressaltar também seu empenho na disseminação da cultura empreendedora, através da promoção de vários cursos, palestras e muitos eventos voltados para toda a comunidade. Porém, sendo a cidade de Lins conhecida como a cidade das escolas, possui toda a estrutura necessária para disseminar a “Educação Empreendedora”, de forma muito mais ampla, gerando assim muitos frutos no presente e principalmente no futuro, contribuindo certamente com a retenção do capital intelectual em nosso município e região. Havendo o estímulo necessário, a prática empreendedora se desenvolverá cada vez mais, e através da abertura de novos empreendimentos ocorrerá o crescimento do PIB do município, geração de empregos e impostos que injetarão mais dinheiro na economia municipal. Com este propósito, a Incubadora contribui sempre com as informações necessárias e todo suporte para os novos empreendedores que muitas vezes ainda não tem um plano de negócios e as ferramentas necessárias para que se desenvolvam através do conhecimento e de uma gestão eficaz. Assim, pode-se afirmar a hipótese de que Incubadora de Empresas de Lins e suas parceiras contribuem de forma exemplar para o surgimento e sobrevivência das empresas, prestando importantes serviços de acessória, consultoria e orientação a quem deseja ter um negócio próprio, que é sempre um grade desafio. O assunto abordado é muito amplo, podendo ser estudado sob vários outros aspectos por outros acadêmicos, afim de aprofundá-lo e redirecioná-lo. REFERÊNCIAS ANDRADE, S.A. O empreendedor: como se tornar um líder de sucesso. São Paulo: Larousse, 2007. ARANHA, J.A.S. Modelo de gestão para incubadoras de empresas. Rio de Janeiro: Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro, 2002. AUGUSTO, A. Os Benefícios do Plano de Negócios. Administradores, [s.l], 20 jun. 2006. Disponível em:<http://www.administradores.com.br/artigos/beneficios_do_plano_de_negoc ios/12402/ >. Acesso em: 26 jul. 2008. BASILE, A. Pequenas e Médias Empresas, Sobrevivendo em um Mundo Competitivo. Empresário, [s.l.], 10 dez 2003. 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Sebrae, Sistema de Gerenciamento de Incubadoras. Dados das Empresas e Período de Incubação, Ano: 2007. Disponível em:<http://incubadoras.sp.sebrae.com.br/relatórios/dadosdasempresaseperiod odeincubação> Acesso em: 15 set.2008. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀSMICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Sebrae, Sistema de Gerenciamento de Incubadoras. Gestão Empresarial, Projetos e Eventos – Incubadora de Empresas de Lins. Disponível em: <http://incubadoras.sp.sebrae.com.br/relatórios/gestãoempresarialprojetoseeve ntos> Acesso em: 30 ago.2008. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀSMICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Sebrae, Sistema de Gerenciamento de Incubadoras. Relatório de Faturamento da Incubadora, Ano: 2007. Disponível em: http://incubadoras.sp.sebrae.com.br/relatórios/relatório/faturamentodeincubador as/relatóriodefaturamentodaincubadora> Acesso em: 29 set.2008. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀSMICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Sebrae, Sistema de Gerenciamento de Incubadoras. 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APÊNDICES APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso 1 INTRODUÇÃO Apresentação e caracterização da Incubadora de Empresas de Lins: localização, histórico, atividades realizadas junto aos empreendedores que contribuem para o sucesso dos novos negócios. 2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO ESTUDADO a) Descrição das atividades realizadas, tais como cursos, consultorias, fóruns, palestras relacionadas à gestão empresarial. b) Depoimentos dos responsáveis envolvidos, tais como: o gerente da Incubadora de Empresas de Lins, o presidente e a vice-presidente das entidades coligadas, consultores e empresários assistidos. 3 DISCUSSÃO Confrontar-se-á a teoria existente sobre a importância da Incubadora de Empresas de Lins para o desenvolvimento empresarial. 4 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES MELHORIAS OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS. SOBRE APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Empresa:................................................................................................................ Localização: ........................................................................................................... Atividades realizadas: ............................................................................................ II – ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS 1 Histórico da empresa 2 Orientação 3 Empresas assistidas 4 Tipos de consultorias realizadas APÊNDICE C – Roteiro de Histórico I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Empresa:................................................................................................................ Localização: ........................................................................................................... Atividades realizadas: ............................................................................................ II – ASPECTOS A SEREM DESCRITOS 1 Fundação 2 Número de funcionários 3 Empresas incubadas 4 Parcerias APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista com Gerente da Incubadora I – IDENTIFICAÇÃO Tempo na Incubadora:........................................................................................... Cargo / função:....................................................................................................... Escolaridade: ......................................................................................................... Experiência profissional: ........................................................................................ II – PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Qual a vocação econômica de Lins e região? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2 Comente sobre a evolução do faturamento da Incubadora de Empresas de Lins. ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 3 Como é o processo seletivo para entrada dos empreendimentos na Incubadora? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 4 Cite as dificuldades encontradas para quem ingressa na Incubadora. ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 4.1 E as dificuldades para a incubadora em mantê-los? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... APÊNDICE E – Entrevista para o Presidente da Adetec Lins I – IDENTIFICAÇÃO Tempo na empresa: ............................................................................................... Cargo / função:....................................................................................................... Escolaridade: ......................................................................................................... Experiência profissional: ........................................................................................ II – PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Os empreendedores são em maioria por vocação ou por necessidade? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 1.2 Essas pessoas têm noção dos riscos? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 1.2.1 Há excesso de confiança na abertura de um novo negócio? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2 Qual o perfil das pessoas que tentam abrir um negócio? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2.1 Qual a formação acadêmica? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... APÊNDICE F – Roteiro de Entrevista para a Vice-Presidente da Adetec Lins I – IDENTIFICAÇÃO Tempo na empresa: Cargo / função:....................................................................................................... Escolaridade: ......................................................................................................... Experiência profissional: ........................................................................................ II – PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 As faculdades formam empreendedores ou ainda deixam a desejar? Por quê? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2 Os empresários valorizam as parcerias que a Incubadora firma com outras empresas e instituições? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2.1 Depois de graduados eles procuram mantê-las? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 3 Qual a finalidade da Adetec? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... APÊNDICE G – Roteiro de Entrevista para o Consultor Financeiro I – IDENTIFICAÇÃO Tempo na empresa: ............................................................................................... Cargo / função:....................................................................................................... Escolaridade: ......................................................................................................... Experiência profissional: ........................................................................................ II – PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 Quais as maiores dificuldades se tratando do controle do dinheiro da empresa? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2 Qual a importância de não misturar as despesas da empresa com as pessoais. ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 3 Comente a frase: “O dinheiro do caixa não é do empresário” ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 4 Qual a importância do fluxo de caixa? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 5 Como é feito o planejamento tributário? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... APÊNDICE H – Roteiro de Entrevista para o Empresário I – IDENTIFICAÇÃO Tempo na empresa: ............................................................................................... Cargo / função:....................................................................................................... Escolaridade: ......................................................................................................... Experiência profissional: ........................................................................................ II – PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1 O que o levou a procurar a Incubadora de Empresas de Lins? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2 Que benefícios tem o empreendedor ao ir em eventos oferecidos? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 3 As parcerias contribuem no desenvolvimento social do município e da região? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 4 Vocês buscam firmar novas parcerias por conta própria? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 5 Sentem-se mais competitivos que seus concorrentes após serem graduados? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ANEXOS ANEXO A - Número de empresas no Brasil (percentual) Fonte: IBGE; SEBRAE, 2002 ANEXO B - Número de pessoas ocupadas (percentual) Fonte: IBGE; SEBRAE, 2002 ANEXO C - Evolução do número de incubadoras no Brasil Fonte: Revista Empreendedor, Dezembro 2007 ANEXO D – Incubadora / Meu Negócio 1) O que é uma Incubadora de Empresas? É um espaço físico especialmente configurado para transformar idéias em produtos, processos ou serviços, onde o empreendedor, cujo plano de negócios tenha sido aprovado, possa desenvolver, durante um prazo determinado, a sua empresa com assistência técnica e / ou gerencial. (SEBRAE) Um ambiente especialmente planejado para acolher micro e pequenas empresas nascentes e em operação, que buscam a modernização de suas atividades de forma a transformar idéias em produtos, processos e serviços.(SEBRAE) 2) Principal objetivo e resultado de uma Incubadora de empresas: É a graduação de novos e preparados empreendedores que por meio de suas empresas, produzirão riqueza, trabalho e renda, contribuindo para o desenvolvimento econômico da cidade e região. 3) Benefícios: a)Estrutura Física Instalações básicas (Box individualizado com medidor de energia próprio para a instalação da empresa) Banheiros Estacionamento Cozinha Sala de reunião Auditório com equipamentos áudio visual Espaço para show room Telefone Internet (speedy) Computador Fax Xerox Homepage Apoio administrativo Vigilantes 4) Estrutura de Qualificação Biblioteca Acesso a feiras e exposições Acesso a rodadas de negócios Consultoria de finanças Consultoria de marketing Assessoria de imprensa Assessoria de comunicação Cursos e treinamentos do Sebrae, Fiesp, Senai Café do Empreendedor Parcerias com Unisalesiano (Empresa Junior) e Fundação Paulista (UNILINS), UNIMEP e FAL Prezado Candidato Este roteiro tem por finalidade orientá-lo para elaboração da proposta para a etapa de pré-seleção, considerando as dimensões técnicas, econômica financeira, mercadológica e gerencial do projeto. Deve-se tentar fornecer o máximo de informações sobre cada item, podendo incorporar outros aspectos não abordados neste roteiro, que julgue serem relevantes para uma melhor avaliação da proposta. MEU NEGÓCIO 1). Identificação 1.1. Informações Gerais Nome: Endereço: CEP: Cidade: Telefone: Estado: Fax: E-mail: Escolaridade: Ocupação principal: 2). Atividades 2.1.Ramo de atividade (Qual o ramo de atividade em que atua ou pretende atuar?) 2.2. Objetivos do empreendimento (Qual o principal objetivo do negócio?). 2.3. Composição societária (Quem serão os sócios da empresa?) Nome Função % 3). Aspectos Mercadológicos 3.1.Oportunidade de negócio (Como surgiu a idéia de montar um negócio?) 3.2. Descrição dos produtos (Descrever os principais produtos da empresa) 3.3. Vantagens competitivas (O que seus produtos oferecerão a mais que os produtos dos concorrentes para atrair o cliente?) 3.4. Clientes (Quais serão os clientes potenciais da empresa, quais as suas preferências, e qual o tamanho do mercado?) ( ) Indústrias ( ) Comércio atacadista ( ) Comércio varejista ( ) Consumidor final ( ) Empresas de prestação de serviços ( ) Empresas agrícolas ( ) Prestação de serviços 4). Aspectos Operacionais 4.1. Pessoal (relacionar todas as funções, as habilidades necessárias, e o número de pessoas necessárias, incluindo os sócios, nos seis primeiros meses de operação). 4.2. Outras informações operacionais Área necessária Demanda de energia elétrica ( ) sim Necessita de água no processo de fabricação? ( ) sim ( ) não Necessita de licença da Vigilância Sanitária? ( ) sim ( ) não Necessita de licença na ANVISA? ( ) sim ( ) não Qual o tempo que será dedicado ao negócio? ( ) integral ( ) parcial Quando poderá iniciar as atividades? Quais as dificuldades esperadas? 4.3. Investimento Previsto 5). Restrições Legais / Documentos ( ) Tem títulos protestados? ( ) Tem ações cíveis? ( ) Tem ações criminais? ( ) Contrato social com últimas alterações (para empresas já existentes) ( ) Cartão de CNPJ (para empresas já existentes) 6). Sobre a Incubadora 6.1. Porque procurou a Incubadora de Empresas? 6.2. Quais são as expectativas e porque vir para a Incubadora de Empresas? Lins, de_______ de 2008. Assinatura do Candidato ANEXO E – Modelo de Contrato de Compartilhamento “CONTRATO ENTRE A ADETEC LINS - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS E AS EMPRESAS RESIDENTES” Pelo presente instrumento, a ADETEC LINS - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS, instituição Gestora da INCUBADORA DE EMPRESAS DE LINS, inscrita no CNPJ sob nº 04.266.747/0001-47, com sede na cidade e comarca de Lins, estado de São Paulo, situada à Av: Floriano Peixoto, 1093, representada pelo seu presidente, Sr. Enaldo Pires Montanha, portador da cédula de identidade R.G. 16.439.309 e CPF 054.058.258-16, brasileiro, casado, infra-assinado na forma prevista nos seus Estatutos Sociais, doravante denominada GESTORA, e de outro e de outro a empresa ..........................................................., inscrita no CNPJ sob nº ........................................, Inscrição Estadual nº ............................, com sede na cidade e comarca de Lins, situada à Avenida Floriano Peixoto nº 1.093, Box __, representada pelos sócios: ___________________________, CPF nº __________________ - RG nº ______________, brasileiro(a), estado civil, _____________________, CPF nº __________________ - RG nº ______________, brasileiro(a), estado civil, _____________________, CPF nº __________________ - RG nº ______________, brasileiro(a), estado civil, denominados RESIDENTES, que tiveram a sua proposta devidamente aprovada pelo Conselho Deliberativo da Incubadora de Empresas de Lins, constituído com fundamento no Regimento Interno da Incubadora de Empresas de Lins, e considerando: I- que a ADETEC LINS - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS mantém uma unidade denominada Incubadora de Empresas de Lins; II- que a Incubadora de Empresas de Lins tem por finalidade prestar apoio estratégico e técnico-administrativo, com vista a estimular a criação e consolidação de pequenas unidades de negócios; III- que a Empresa deverá no período em que permanecer abrigada na Incubadora de Empresas de Lins observar as normas e procedimentos internos e demais condições previstas no Regimento Interno da Incubadora; IV- que o Regimento Interno contém as normas e regulamentos a serem seguidos pela Empresa e que poderá ser alterado pelo Conselho Deliberativo com a finalidade de melhor atender os objetivos da Incubadora; V- que as partes, respectivamente Incubadora e Empresa, assumirão responsabilidades mútuas, resolvem pactuar o presente Contrato de Compartilhamento que se regerá pelas cláusulas e condições a seguir; CLÁUSULA I – OBJETIVO O presente Contrato objetiva regulamentar o uso, pela RESIDENTE, de uma área individualizada, denominada módulo nº 07 de 66m2(sessenta e seis metros quadrados) contando com ligações para instalação de energia elétrica, iluminação (4 luminárias), porta, janela (vidro), forro PVC, além de disponibilizar a utilização de serviços não individualizados de recepção, gerência geral, apoio administrativo, telefonia, secretaria, copa, limpeza e segurança, limitados em sua abrangência e dimensões a critério único e exclusivo da ADETEC LINS - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS. Parágrafo Primeiro – Os serviços listados nesta cláusula, a critério do Conselho Deliberativo da Incubadora de Empresas de Lins, poderão ser contratados juntos a terceiros e não poderão ser confundidos com serviços ou tarefas destinadas exclusivamente ao próprio RESIDENTE. Parágrafo Segundo – As partes entendem que este instrumento não constitui, no seu todo ou em parte, um Contrato de locação de espaço físico ou de serviços e tão pouco cria qualquer vínculo empregatício entre os servidores da ADETEC LINS-AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS e o RESIDENTE ou vice-versa. CLÁUSULA II – OBRIGAÇÕES DA RESIDENTE Constituem-se obrigações da RESIDENTE: 1- Elaborar o Plano de Negócios, no prazo de 30 dias, a contar da assinatura deste contrato, para que seja avaliado pela Gerência, Consultores e Conselho Deliberativo da Incubadora de Empresas de Lins. 2- Utilizar a área cedida única e exclusivamente para fins de desenvolvimento do seu Plano de Negócios, com horário para atendimento ao público das 8:00h às 18:00h, sendo vedado seu uso para qualquer outra finalidade, não podendo cedê-la ou transferí-la, no todo ou em parte, a terceiros, seja a que título for. A utilização fora deste horário é possível, mas deverá ter autorização da Gerência da Incubadora. 3- Zelar pela guarda, limpeza e conservação do modo e devolvê-lo a ADETEC LINS AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS nas mesmas condições em que lhe é entregue. 4- Não praticar qualquer atividade de pesquisa, desenvolvimento tecnológico ou produção de materiais, equipamentos, insumos e/ou processos que possam ser agressivos ou predatórios às instalações e ao meio ambiente. 5- Não alterar sem prévio consentimento por escrito do Conselho Deliberativo da Incubadora de Empresas de Lins, as instalações do módulo ou a carga de uso das facilidades nele previstas. Todas as benfeitorias introduzidas pela EMPRESA deverão respeitar as condições e finalidades deste contrato, observadas as normas técnicas, regulamentos da Prefeitura Municipal de Lins e o Regimento Interno da Incubadora. 6- Desenvolver suas atividades respeitando o disposto neste contrato e no Regimento Interno da Incubadora de Empresas de Lins anexo a este. 7- Participar efetivamente dos treinamentos e cursos (salvo conhecimento no assunto) oferecidos pela Incubadora, visto que estes serão levados em consideração para renovação deste contrato. 8- Consultar a Gerência/Conselho Deliberativo da Incubadora prévia e expressamente sempre que fizer uso para efeito de divulgação da marca Incubadora de Empresas de Lins em seus produtos e em todo o material promocional (cartazes, folders e manuais) da EMPRESA. 9- Não praticar quaisquer atividades inconvenientes ou que coloquem em risco a idoneidade da INCUBADORA DE EMPRESAS DE LINS ou a segurança dos que ali transitam, sob pena de rescisão do contrato e ressarcimento dos danos decorrentes. 10- Apresentar relatórios de acompanhamento mensais após a conclusão de cada uma das fases estipuladas no Plano de Negócios ou quando solicitado pela Gerência/Conselho Deliberativo da Incubadora de Empresas, além de relatórios técnicos relativos às atividades da RESIDENTE, tais como: faturamento, produção, vendas, novos produtos, mercados e clientes, empregos criados, problemas enfrentados, soluções encontradas e resultados; relatórios sobre as atividades dos bolsistas eventualmente colocados à disposição da RESIDENTE pela Incubadora e planejamento das próximas fases. 11- Desenvolver somente ações e projetos de conformidade com o Plano de Negócios aprovados pelo Conselho Deliberativo da Incubadora de Empresas de Lins. Alterações do aludido Plano deverão ter a prévia e expressa anuência do Conselho Deliberativo da Incubadora de Empresas de Lins. O mesmo delegará à Gerência tais funções se assim lhe convier. 12- Assegurar o livre acesso ao módulo do pessoal credenciado pela Incubadora de Empresas de Lins preservadas as necessárias condições de sigilo. 13- Efetuar os pagamentos especificados neste contrato. 14- Não suspender suas atividades no módulo sem permissão da INCUBADORA DE EMPRESAS DE LINS. 15- Arcar com os custos de manutenção das suas instalações individuais como: substituição de lâmpadas, starts, reatores, reparos nos equipamentos disponibilizados (telefone) e manutenção hidráulica/esgoto. 16- Interagir com as instituições de ensino e pesquisa associadas ou não à Incubadora. 17- Comprovar a legalização do empreendimento no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de assinatura deste contrato (no caso de empreendedores e empresas não formais). 18- Não empregar ou dar trabalho a qualquer pretexto ou de qualquer tipo a menores de idade em condições que não previstas no Estatuto do Menor e do Adolescente ou na legislação específica. CLÁUSULA III – OBRIGAÇÕES DA ADETEC LINS - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS / INCUBADORA DE EMPRESAS Além das demais obrigações previstas neste contrato, constituem obrigações da Incubadora de Empresas de Lins responsável pela gestão técnica, administrativa e operacional da Incubadora: 1 – Colocar à disposição da RESIDENTE a área para uso individualizado descrita na Cláusula I e os serviços básicos de recepção, telefonia, secretaria, copa, limpeza e segurança das instalações físicas. 2 – Subsidiar, em parte ou no todo, o acesso da RESIDENTE a cursos, seminários e palestras nas áreas técnico-econômico-financeiras e de marketing promovidos pela Incubadora de Empresas de Lins. 3 – Estimular a cooperação técnico-científica entre a EMPRESA e as instituições de ensino e pesquisa associadas ou não à Incubadora e elaborar instrumentos legais adequados que definem esse relacionamento com a EMPRESA. 4 – Acompanhar, assessorar, incentivar e auditar o desenvolvimento da EMPRESA levando em conta entre outros os seguintes critérios: inovação tecnológica; qualificação técnica e gerencial da equipe envolvida; adequação aos objetivos da EMPRESA e da Incubadora; e produtos não-poluentes e de aceitação social. 5 – Facilitar o acesso da EMPRESA a cursos, feiras, eventos, seminários e palestras nas áreas técnica, econômica, financeira, administrativa e de marketing. 6 – Desenvolver trabalhos em parceria com a EMPRESA e promover a cooperação entre as empresas vinculadas à Incubadora. 7 – Analisar através do Conselho Deliberativo da Incubadora o desempenho técnico e a adequação da empresa ao sistema de incubação no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da assinatura deste termo, podendo na hipótese de parecer desfavorável rescindir o presente contrato nos termos da Cláusula Sétima, alínea 3. 8 – Desenvolver ações que visem acelerar a consolidação da Empresa, mostrando como superar barreiras técnicas, gerenciais e mercadológicas. 9 – Dar visibilidade à Empresa divulgando-a e facilitando sua participação em feiras e em redes de informação. 10 – Estimular o acesso aos bancos de dados de interesse da Empresa e incentivar a cooperação e troca de informações da Empresa com outras incubadoras, organismos internacionais, associações de classe e entidades públicas e privadas. CLÁUSULA IV – VIGÊNCIA E PRORROGAÇÃO O presente Contrato vigorará pelo prazo de até 6 (seis) meses que poderá ser renovado por período igual ou superior, salvo o limite de 2 anos, iniciando a partir da data de sua assinatura podendo ser prorrogado caso a RESIDENTE tenha suas justificativas aprovadas pelo Conselho Deliberativo. – Os pedidos de prorrogação deverão ser encaminhados para análise da Gerência da Incubadora com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias antes do término da vigência do contrato em análise. – O tempo necessário para o trabalho de desocupação do módulo usado pela RESIDENTE estará necessariamente compreendido nos prazos anteriormente estipulados. CLÁUSULA V – PAGAMENTO DA TAXA DE MANUTENÇÃO DO SISTEMA A RESIDENTE pagará a ADETEC LINS AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS até o dia dez do mês subseqüente ao vencido, a título de taxa de manutenção a importância de R$ 6,00/m2. Sendo que de acordo com o Art. 18 do Regimento Interno da Incubadora de Empresas, o RESIDENTE pagará 50% do valor pelo uso do espaço e assistência técnica e gerencial mais o rateio das despesas com o uso da infra-estrutura nos primeiros seis meses; 60% no segundo semestre do valor pelo uso do espaço e assistência técnica e gerencial mais o rateio das despesas com o uso da infra-estrutura; 80% no terceiro semestre do valor pelo uso do espaço e assistência técnica e gerencial mais rateio das despesas com o uso da infra-estrutura; 100% no quarto semestre do valor de uso do espaço e assistência técnica e gerencial mais o rateio das despesas com o uso da infraestrutura. Essa taxa de manutenção engloba todos custos dos serviços colocados à disposição da RESIDENTE que não forem passíveis de enquadramento na Cláusula VI. Parágrafo Primeiro: Módulo nº __ - área=__m2 - Valor Total=R$__________ – 1º semestre Valor Total=R$__________– 2º semestre Valor Total=R$__________– 3º semestre Valor Total=R$_______– 4º semestre Parágrafo Segundo: Esta taxa poderá sofrer correção durante a vigência deste Contrato de comum acordo entre as partes. CLÁUSULA VI – REEMBOLSO DE DESPESAS E OUTROS PAGAMENTOS Além da taxa de manutenção, a RESIDENTE efetuará até o dia dez do mês subseqüente ao vencido os seguintes reembolsos ou pagamentos à ADETEC LINS - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS: 1 – Serviços Exclusivos: Pagamento relativo aos serviços que utilizar de forma exclusiva ou qualquer outro que permita qualificação específica como: ligações telefônicas, cópias xerográficas, consultorias e serviços técnicos especializados e outros mais. 2 – Serviços Compartilhados: O rateio dos custos de funcionamento da Incubadora conforme relatório de despesas apresentadas mensalmente relativas ao consumo de água e energia elétrica das partes comuns; impostos e taxas que recaiam sobre o imóvel; cobertura de seguro das instalações; uso e manutenção de instalações telefônicas e demais aparelhos; máquinas, móveis e utensílios; locação de máquinas; fax; xerocopiadoras; despesas de segurança e vigilância das instalações; despesas relativas à copa e limpeza (pessoal e material); entre outros que possam surgir oriundos da necessidade dos incubados. Parágrafo Único – Após a data limite fixada para pagamento, o valor dos serviços exclusivos e serviços compartilhados será acrescido de multa de 2% ao mês, acrescida de taxa de permanência de 1% ao mês. CLÁUSULA VII – INADIMPLÊNCIA, RESCISÃO E DESOCUPAÇÃO São casos que importam em rescisão deste Contrato e desocupação da área individualizada: 1 – O atraso superior a dois meses por parte da RESIDENTE em relação às obrigações de pagamento antes referidas correrá por conta exclusiva da RESIDENTE todas as despesas judiciais ou extrajudiciais que tal inadimplência causar, inclusive remoção, transporte e armazenamento de materiais e ou equipamentos, custas e honorários de advogado. 2 – A declaração unilateral e voluntária por iniciativa do RESIDENTE mediante comunicação por escrito acompanhada de relatório de desempenho remetido ao Conselho Deliberativo da Incubadora de Empresas de Lins com antecedência mínima de trinta dias. Precederá a rescisão, a quitação pela RESIDENTE, de todos os débitos existentes. 3 – A não utilização da área individualizada e dos serviços da Incubadora por mais de trinta dias consecutivos ou noventa dias alternados caracteriza suspensão das atividades. 4 – Desempenho técnico e adequação ao sistema de incubação insatisfatório no período experimental de 180 (cento e oitenta) dias e ainda no caso de ser verificada a incompatibilidade da Empresa com o ambiente da Incubadora ou com o Sistema de Incubação. O critério de julgamento de incompatibilidade e de inadequação da Empresa fica a cargo do Conselho Deliberativo da Incubadora. Parágrafo Primeiro - No caso de inadimplência fica a RESIDENTE obrigada a desocupar o módulo no prazo máximo de trinta dias corridos a contar da data do vencimento do segundo mês em atraso, ficando a ADETEC LINS - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS habilitado à posse do imóvel sem necessidade de qualquer aviso ou notificação. Parágrafo Segundo – Quando da desocupação do módulo, findo o prazo contratual, por vencimento normal ou antecipado ou ainda por rescisão nas hipóteses contratuais e legais, o módulo deve ser restituído livre e desimpedido de coisas e pessoas e nas mesmas condições em que tiver sido recebido e a ADETEC LINS - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS não efetuará qualquer pagamento ou indenização seja a que título for, inclusive por benfeitorias nele realizadas. Caso sejam necessárias reformas para o módulo voltar a situação original as providências serão tomadas pela ADETEC LINS AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS ficando as despesas daí decorrentes a cargo da RESIDENTE. CLÁUSULA VIII – DAS MODIFICAÇÕES E BENFEITORIAS 1- As modificações que resultarem da atividade da Empresa deverão respeitar as condições e finalidades deste contrato obedecendo-se as Normas Técnicas, Posturas Municipais e Regimento Interno da Incubadora. 2- As modificações fixas que forem introduzidas no módulo tais como: paredes, pias, divisórias, cortinas, persianas, instalações elétricas, etc., dependerão para sua realização de consentimento prévio e expresso do Conselho Deliberativo da Incubadora de Empresas / Gerência e, ao Término do Contrato passarão a ser parte integrante do imóvel sem nenhuma indenização seja devida à Empresa, sendo que por necessidade operacional do módulo, todavia, poderá o Conselho Deliberativo da Incubadora / Gerência optar para que a EMPRESA levante as modificações por ela realizada, as suas expensas, entregando o seu módulo conforme recebido quando do seu ingresso. 3- Nas modificações citadas não estão inclusos equipamentos de laboratório, móveis, utensílios, estoques, condicionadores de ar, estantes e bens patrimoniais da EMPRESA. CLÁUSULA IX – OBEDIÊNCIA AO REGIMENTO INTERNO É parte integrante do presente Contrato o Regimento Interno da Incubadora de Empresas de Lins, rubricado pelas partes e testemunhas, sendo que sua não observância pela RESIDENTE constituirá infração contratual justificadora de rescisão. CLÁUSULA X - ALTERAÇÕES CONTRATUAIS Este contrato poderá por iniciativa da ADETEC LINS - AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E TECNOLÓGICO DE LINS ou da RESIDENTE, ser modificado quanto à sua abrangência ou conteúdo. No entanto, qualquer modificação para ter validade deverá ser precedida de um Termo Aditivo que deverá ser submetido ao Conselho Deliberativo. CLÁUSULA XI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 11.1- Em caso de controvérsia, discussão ou desacordo quanto ao cumprimento, interpretação ou aplicação do presente contrato, as partes preliminares deverão notificar uma a outra por intermédio de carta registrada ou outro meio eficaz e idôneo, devendo ser sanado o defeito ou infração pela parte que lhe deu causa no prazo máximo e improrrogável de 90 dias, findo o qual o Contrato poderá ser rescindido nos termos da cláusula sétima. a) A eventual tolerância da Incubadora com inadimplências ou com a infração de quaisquer das Cláusulas contratuais ou das disposições constantes do Regimento Interno da Incubadora não importará em novação nem poderá ser invocada pela EMPRESA para obrigar a Gerência da Incubadora a conceder igual tolerância em outras situações. b) O presente contrato obriga as partes, seus herdeiros e sucessores em todos os seus termos, cláusulas e condições. c) As partes, de comum acordo, elegem o Fórum da Comarca de Lins por mais privilegiado que outro seja ou venha a ser, para dirimir quaisquer dúvidas ou questões oriundas da execução deste contrato e que não puderem ser solucionados mediante entendimento entre as partes. E, por estarem assim justas e acordadas, as partes assinam o presente Contrato em três vias de igual teor e para os mesmos fins e efeitos juntamente com as testemunhas abaixo nomeadas. Lins, __de ________ de 2008. ______________________ Enaldo Pires Montanha R.G. 16.439.309 SSP/SP Presidente Adetec Lins Gestora ______________________ Empresário RG Residente ___________________ Empresário RG Residente __________________________ Empresário RG TESTEMUNHAS: ___________________________ Flávio José Anequini RG 14.426.594 _______________________ Viviane Onodera Faustini RG 26.708.304 ANEXO F – Atendimento empresarial / resumo ATENDIMENTO EMPRESARIAL DATA: HORA: NOME: ENDEREÇO: TELEFONE: COMO SOUBE: ATRAVÉS DE SEGMENTO ATIVIDADE: OBSERVAÇÕES: - Procurou a Incubadora para obter informações sobre: - Levou o roteiro para apresentar a proposta: ( ) Sim ASSINATURA INTERESSADO ( ) Não ADMINISTRAÇÃO INCUBADORA EMPRESAS LINS ANEXO G – Organograma da Incubadora de Empresas de Lins Incubadora Prefeitura Municipal de Lins Adetec Lins Conselho Gestor Conselho Consultivo e Conselho Fiscal Gerência Assessorias e Consultorias Fonte: Incubadora de Empresas de Lins. Sebrae ANEXO H – Fluxograma da Incubadora de Empresas de Lins Fonte: Incubadora de Empresas de Lins. ANEXO I – Croqui da Incubadora de Empresas de Lins Fonte: Incubadora de Empresas de Lins Anexo J – Treinamento realizado na Incubadora de Empresas de Lins Fonte: Incubadora de Empresas de Lins This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.