PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Enfermagem “CONSTRUÇÃO, VALIDAÇÃO E TESTE DE UM INSTRUMENTO: HISTÓRICO DE ENFERMAGEM NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO DF” Autoras: Ana Cláudia de Sousa Braga Sheila Batista dos Santos Manrique Orientadora: Ms. Juliana Fonseca da Silva ANA CLÁUDIA DE SOUSA BRAGA SHEILA BATISTA DOS SANTOS MANRIQUE CONSTRUÇÃO, VALIDAÇÃO E TESTE DE UM INSTRUMENTO: HISTÓRICO DE ENFERMAGEM NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO DF Monografia apresentada à Universidade Católica de Brasília como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Profa. Ms. Juliana Fonseca da Silva BRASÍLIA 2009 TERMO DE APROVAÇÃO Monografia de autoria de Ana Cláudia de Sousa Braga e Sheila Batista dos Santos Manrique, intitulada “CONSTRUÇÃO, VALIDAÇÃO E TESTE DE UM INSTRUMENTO: HISTÓRICO DE ENFERMAGEM NA EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DO DF” – requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem da Universidade Católica de Brasília, defendida e aprovada, em 02 de dezembro de 2009, pela banca examinadora constituída por: _________________________________________ Profa. Ms. Juliana Fonseca da Silva Orientadora – UCB _________________________________________ Profa. Maria da Guia Pereira de Almeida Examinadora – UCB _________________________________________ Profo. Ms. Maurício de Oliveira Chaves Examinhador - UCB Brasília 2009 À Deus pela vida e pela força de todos os dias e aos nossos familiares pelos ensinamentos transmitidos, apoio e compreensão das nossas ausências, mas que hoje se fazem orgulhosos dos nossos esforços por atingirmos uma das metas que traçamos para nossas vidas. Aos meus pais Irineu Márcio de Sousa e Francisca de Sousa Braga que sinto orgulho e sigo como exemplo, onde se fizeram presente em minha educação e formação, iluminando os meus caminhos com carinho e dedicação, que se doaram por inteiro confiando e acreditando em meu potencial, e que renunciaram aos seus sonhos para que eu pudesse realizar os meus sonhos. Hoje divido os méritos desta conquista com vocês. Obrigada por tudo! Ao meu irmão Leonardo de Sousa Braga que participou dessa minha jornada, cujo apoio, incentivo, torcida foram fundamentais para o meu sucesso. Agradeço a você por dividir todas as angústias, frustrações e alegrias e que hoje vejo que cada momento vivido em busca de uma meta, se torna realidade. Ao meu namorado Raphael Gama de Rezende que incentivou e me acompanhou nessa jornada, onde compartilhou e soube entender o meu cansaço e minhas preocupações e que o carinho, estímulo e a compreensão contribuíram para que eu pudesse alcançar mais uma vitória. Ana Cláudia À minha mãe Maurina que me deu à luz e continua sendo a luz que guia meus passos. À memória do meu pai Luiz. Ao meu amado marido Marcelo que foi companheiro, guia e aceitou as minhas ausências durante a minha graduação. À minha irmã Wanda que sempre cuidou de mim como se fosse sua filha. Aos meus irmãos Wagner, Luiz e Alexandre que foram os meus pais substitutos por muitos anos. Aos meus lindos e amados sobrinhos Willian, Danillo e Caio. Aos meus cunhados Cláudio e Sandra. À tia Creusa pela constante presença. Às amigas de infância Débora, Rosangela, Simone e Valéria. Aos novos amigos Bárbara Letícia, Carla, Chélen, Fred, Mariane, e Vanessa. Aos fiéis amigos do homem Juno Berenice e Johnny. Sheila AGRADECIMENTOS Na caminhada em busca de sonhos e metas algumas pessoas são imprescindíveis, incentivando, orientando e contribuindo para o nosso crescimento. Obrigada a todos! À nossa orientadora Juliana Fonseca da Silva, que se fez guia e mestre, pela confiança depositada em nosso potencial e esforços em prol da realização desta monografia, sempre muito atenta e pacientemente contribuindo para nossa formação. Aos juízes que compartilharam os seus conhecimentos e dedicaram o seu tempo ao preenchimento dos questionários, sem os quais não seria possível a concretização desta monografia. Aos pacientes que mesmo vivendo momentos de medo e insegurança aceitaram participar da pesquisa, nos permitindo aplicar o histórico de enfermagem. Ana Cláudia e Sheila Um verdadeiro amor, conduzido no sentido de ajudar o próximo, tem a virtude de modificar as coisas e nos faz perceber que todo esforço vale a pena. Para ser grande “Seja profissional em busca constante do autodesenvolvimento e da autorealização: SEJA MAIS; Seja todo inteligência e todo vontade, livre e responsável; Seja autêntico, verdadeiro; Saiba perceber o essencial e concentre-se nele; Coloca toda a vontade e a inteligência no essencial, a cada instante. VIVA!; O sucesso estará presente no trabalho, na família, na sociedade; Que a busca seja sempre SER MAIS, entendendo que o TER é conseqüência.” Interpretação do Profo. Ricardo Pedrosa do poema de Fernando Pessoa RESUMO BRAGA, Ana Cláudia de Sousa; MANRIQUE, Sheila Batista dos Santos. Construção, validação e teste de um instrumento: histórico de enfermagem na emergência de um hospital público do DF. 2009. 98 f. Monografia (Curso de Enfermagem)-Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2009. O presente estudo discute a implantação da primeira etapa do processo de enfermagem em um setor de emergência, a partir da construção, validação e teste de um instrumento de coleta de dados para a realização do histórico de enfermagem. O trabalho se propôs a construir um instrumento de elaboração do histórico de enfermagem diferenciado, respeitando as restrições impostas pelo ambiente da emergência, que se caracteriza pela superlotação e pelo ritmo acelerado e onde pode haver a perda de dados do cliente quando não há um processo implantado no serviço de coleta e organização de dados, levando ao desconhecimento dos problemas de saúde do cliente e falta de clareza na sua identificação. Metodologicamente, o estudo tem caráter exploratório - testa e define um método de coleta de dados -, e também descritivo, pois busca resolver problemas através da observação, da análise e descrições objetivas. Utiliza como forma de validação de conteúdo a técnica Delphi, que permite a obtenção de um consenso sobre um determinado tema importante a partir da formação de um grupo de especialistas de uma determinada área de atuação e conhecimento, denominados juízes. Os resultados obtidos com a técnica Delphi permitiram construir, validar e testar o histórico de enfermagem, com evidências positivas quanto à sua confiabilidade. Logo, recomenda-se a utilização do instrumento em setores de emergência. Palavras-chaves: Processo de enfermagem. Histórico de enfermagem. Emergência Técnica Delphi. . ABSTRACT BRAGA, Ana Cláudia de Souza; MANRIQUE, Sheila Batista dos Santos. Construction, validation and testing of an instrument: nursing history in an emergence department of a public hospital in the DF. 2009. 98 f Monograph (Nursing), Catholic University of Brasilia, Brasilia, 2009. This study discusses the deployment of the first stage of the nursing process in an emergency department, starting from the construction, validation and testing of a data-collection instrument for the creation of nursing database. The study proposes to build a tool for development of data-collection from a differentiated approach, respecting the restrictions imposed by the emergency environment, which is characterized by overcrowding and need of quick responses and prone to the loss of customer data when a process of collecting and organizing data isn´t in place, leading to lack of knowledge about the health problems of the client and lack of clarity in its identification. Methodologically, the study is exploratory – it tests and defines a method of data collection - as well as descriptive, since it seeks to solve problems through observation, analysis and objective descriptions. The Delphi technique was utilized as a means of validating the content of the instrument, allowing the obtention of a consensus on a particular important issue utilizing a group of experts in a particular area of expertise and knowledge, called judges. The Delphi methodology guided the construction, validation and testing of the data collection instrument, with positive evidences emerging about its reliability. Therefore, it is recommended to use the instrument in emergency. Keywords: Nursing process. Nursing database. Emergency. Delphi technique. LISTA DE FIGURAS Figura 1- Número de quesitos que apresentaram discordância ................................ 40 Figura 2 - Total de itens e subitens julgados pelos três juízes que apresentaram concordância e discordância ..................................................................................... 41 Figura 3 - Número de quesitos que apresentaram concordância e discordância pelo juiz A.......................................................................................................................... 42 Figura 4 - Número de quesitos que apresentaram concordância e discordância pelo juiz B.......................................................................................................................... 42 Figura 5 - Número de quesitos que apresentaram concordância e discordância pelo juiz C ......................................................................................................................... 43 Figura 6 - Número de quesitos que apresentaram discordância ............................... 50 Figura 7 - Número de quesitos que apresentaram discordância ............................... 51 Figura 8 - Número de quesitos que apresentaram concordância e discordância por cada juiz. ................................................................................................................... 51 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 12 2 OBJETIVOS .................................................................................................... 15 2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 15 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 15 3 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................... 16 3.1 TEORIAS DE ENFERMAGEM ........................................................................ 17 3.2 HISTÓRICO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ........................................ 18 3.3 ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM .............................................. 19 3.3.1 Coleta de dados.......................................................................................... 19 3.3.2 Diagnóstico de enfermagem ..................................................................... 21 3.3.3 Plano assistencial ...................................................................................... 22 3.3.4 Plano de Cuidados ou prescrição de enfermagem ................................. 23 3.3.5 Evolução de enfermagem .......................................................................... 24 3.3.6 Prognóstico de Enfermagem..................................................................... 25 3.4 O QUE É EMERGÊNCIA?............................................................................... 26 3.5 TIPOS DE EMERGÊNCIA ............................................................................... 27 3.6 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E O PAPEL DO ENFERMEIRO EM SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA NO BRASIL .................................................. 29 3.7 POR QUE IMPLANTAR O PROCESSO DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA?.............................................................................................. 30 3.8 EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM UM PRONTO-SOCORRO .............................................................................. 31 3.9 TÉCNICA DELPHI ........................................................................................... 32 4 MATERIAL E MÉTODO .................................................................................. 34 4.1 TIPO DE PESQUISA REALIZADA .................................................................. 34 4.2 CAMPO DE ESTUDO ..................................................................................... 34 4.3 CRITÉRIO DE INCLUSÃO .............................................................................. 35 4.4 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO ............................................................................. 36 4.5 ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO .............................................................. 36 4.6 ASPECTOS ÉTICOS ....................................................................................... 38 5 RESULTADOS ................................................................................................ 40 5.1 RESULTADO QUANTITATIVO DO PRIMEIRO QUESTIONÁRIO. ................. 40 5.2 RESULTADO QUALITATIVO DO PRIMEIRO QUESTIONÁRIO..................... 44 5.3 RESULTADO QUANTITATIVO DO SEGUNDO QUESTIONÁRIO .................49 6 DISCUSSÃO ................................................................................................... 54 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 61 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 62 APÊNDICE A ............................................................................................................ 66 ANEXO...................................................................................................................... 97 12 1 INTRODUÇÃO Um processo é um modo de fazer algo, ou, mais formalmente, uma ação continuada, andamento, método ou procedimento que objetivam atingir uma meta (HOUAISS, 2001). No contexto da enfermagem, o processo é um método utilizado para ordenar a assistência, fornecendo um meio de organização para a tomada de decisões adequadas às necessidades dos clientes (TANNURE; GONÇALVES, 2008). Para Peixoto et al. (1996), o processo de enfermagem (PE) é um instrumento profissional da enfermagem, que guia sua prática, fornece autonomia profissional e concretiza a proposta de promover, manter ou restaurar o nível de saúde do cliente, como também documenta a prática profissional, visando à avaliação da qualidade da assistência prestada. A preocupação em organizar as atividades de enfermagem com vista à melhoria da qualidade dos cuidados prestados teve início com a utilização da expressão “processo” por Lydia Hall, em 1955 (HORTA, 1979, p. 37). A partir daí, vários estudos foram desenvolvidos para identificar e descrever o processo de enfermagem como uma proposta para melhorar a qualidade dos cuidados prestados (HORTA, 1979; KOERICH et al., 2007). O processo se operacionaliza em etapas que variam de acordo com cada autor. No Brasil, Wanda de Aguiar Horta apresentou, na segunda metade dos anos 60, um modelo de processo de enfermagem constituído de seis etapas: histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano assistencial, plano de cuidados ou prescrição de enfermagem, evolução e prognóstico (HORTA, 1979). O processo de enfermagem vem sendo amplamente discutido, juntamente com as teorias de enfermagem. Estas teorias orientam, organizam e subsidiam a prática profissional, fazendo com que o processo deixe de ter o caráter empírico e intuitivo que acompanhou a profissão por décadas e passe a ser baseado em conhecimentos científicos (NÓBREGA; SILVA, 2008/2009). Somente em 2002 o processo de enfermagem recebeu apoio legal do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), com a adoção da resolução 272/2002 que determinaria a obrigatoriedade de sua implantação nas instituições de saúde públicas e privadas no Brasil (COFEN, 2002). 13 O presente estudo discute a implantação do processo de enfermagem em um setor de emergência, a partir da construção, validação e teste de um instrumento para a coleta de dados para a realização do histórico de enfermagem, primeira etapa do PE. A realização do processo de enfermagem no setor de emergência é uma necessidade para a melhoria da qualidade do atendimento. Na obtenção de dados que favorece a identificação dos problemas do indivíduo levando a diagnósticos confiáveis, direciona as ações de enfermagem para manter, promover ou recuperar a saúde do cliente e, além disso, favorece a valorização do profissional como praticante da ciência do cuidado (PEIXOTO, et al., 1996; NÓBREGA; SILVA, 2008/2009). Para os teóricos e para os profissionais da equipe de enfermagem, o histórico de enfermagem (primeira etapa do processo de enfermagem) é uma ferramenta essencial e obrigatória para que a assistência seja prestada, já que é no histórico que se obtém as informações sobre as condições de saúde do cliente que permitem a continuidade do processo (CYRILLO, 2005). Para Iyer, Taptich e Bernocchi-Losey (citado por NÓBREGA; SILVA, 2008/2009, p. 27), o histórico de enfermagem é um “processo organizado e sistemático de coleta de dados” sendo que, com a aplicação do processo de coleta de dados, podemos obter dados objetivos e subjetivos através da interação, observação e mensuração do enfermeiro com o cliente. A realização do histórico de enfermagem viabiliza a assistência nos diversos setores que constituem um hospital, sendo que no setor de emergência ele deve ser preciso e eficaz. Para tanto, o enfermeiro deve ser capaz de “[...] obter a história do cliente, fazer exame físico, executar tratamento, aconselhando e ensinando a manutenção da saúde e orientando os enfermos para uma continuidade do tratamento e medidas vitais [...]” (WEHBE; GALVÃO, 2001, p. 88), já que a atuação do enfermeiro neste setor objetiva a manutenção, preservação e recuperação da vida humana (BATISTA; BIANCHI, 2006). A organização dos dados de um cliente é essencial para a interpretação e tomada de decisões críticas e de forma apta. Por isso, a implantação do processo de enfermagem no setor de emergência é de suma importância no que diz respeito a sua aplicação na prática. Como este setor se caracteriza pela superlotação e ritmo acelerado, pode haver a perda de dados do cliente quando não há um processo implantado de coleta e organização de dados, levando ao desconhecimento dos 14 problemas de saúde do cliente e falta de clareza na sua identificação. Assim, a implantação desse processo direciona a assistência de enfermagem para as necessidades de cada cliente, facilita a escolha de intervenções mais adequadas e permite subseqüente avaliação dos cuidados prestados (NÓBREGA; SILVA, 2008/2009; ALFARO-LEFEVRE, 2005). Embora se conheçam muitos instrumentos para a determinação do histórico de enfermagem em geral, o desenvolvimento de um instrumento para a elaboração do histórico de enfermagem em situações de emergência requer uma abordagem diferenciada, devido às características próprias desse setor. É fundamental que o desenvolvimento do instrumento contemple uma solução de compromisso entre a quantidade de informação a ser coletada, a extensão do instrumento e a efetividade e eficiência do uso dessa informação. Na emergência, o tempo é um recurso restrito, e a coleta de informações supérfluas trabalha contra a saúde do cliente. Por isso, é de extrema importância que o instrumento colete apenas as informações estritamente necessárias para diagnosticar as condições típicas da emergência e as situações que oferecem risco iminente de morte ao cliente, a fim de proporcionar uma intervenção efetiva e o mais precoce possível (CALIL; PARANHOS, 2007). Este trabalho, portanto, se propôs a construir um instrumento de elaboração do histórico de enfermagem diferenciado, que respeita as necessidades e restrições impostas pelo ambiente da emergência. 15 2 2.1 OBJETIVOS OBJETIVO GERAL O objetivo do presente estudo foi construir, validar e testar um instrumento de coleta de dados para a realização do histórico de enfermagem – abrange a anamnese e o exame físico – direcionado aos clientes de um hospital de médio porte da Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Identificar o perfil dos clientes atendidos no setor de emergência, buscando informações relevantes para a construção, validação e teste do instrumento; 2. Adaptar as informações coletadas, a cerca do perfil dos clientes atendidos, para a construção do instrumento que atenda as necessidades do setor; 3. Submeter o instrumento à validação de especialistas e também de enfermeiros que atuem no setor de emergência do hospital que abrigará o estudo. 16 3 REVISÃO DA LITERATURA A enfermagem teve um papel significativo nas transformações ocorridas nas atividades de saúde, nos últimos dois séculos, especialmente no que diz respeito à melhoria dos serviços médico-hospitalares. Desde os trabalhos da enfermeira Florence Nightingale - primeira mulher a ser eleita membro da Sociedade Estatística Real de Londres – a enfermagem deixou de ser uma prática puramente empírica para tornar-se uma prática fundamentada em conhecimentos científicos. Florence utilizou-se de dados estatísticos e diagramas para demonstrar que era necessário melhorar as condições sanitárias dos hospitais para haver uma redução das mortes (PUCRS, 2009). A partir de tal fato histórico verificamos a preocupação em sistematizar os cuidados prestados pelos profissionais de enfermagem, que “necessitam de conhecimentos científicos, habilidades técnicas, atitudes e posturas éticas, intuição, interação, sensibilidade, entre outros aspectos, para uma atuação adequada” (PIRES, 2007). No Brasil para facilitar a uniformização na assistência prestada, a profissão foi normatizada em 1986, pela Lei 7.498, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. A Lei determina, em seu artigo 11, inciso 3, que o “planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de enfermagem” deve ser exercido privativamente pelo enfermeiro (BRASIL, 1986). O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), para reforçar o disposto na citada Lei, determina no artigo 1o da Resolução 272/2002 que incumbe privativamente ao enfermeiro (COFEN, 2002) [...] a implantação, planejamento, organização, execução e avaliação do processo de enfermagem, que compreende as seguintes etapas: consulta de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, prescrição de enfermagem e evolução de enfermagem. Para nortear as ações dos enfermeiros com relação aos aspectos legais o COFEN aprovou a reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (resolução no 311/2007). Nos Princípios Fundamentais do código, consta à consonância da atuação do enfermeiro com os preceitos éticos e legais determinados para a profissão (COFEN, 2007). 17 O planejamento e organização da assistência exigidos pela legislação profissional são orientados pelo ensino formal, utilizando-se do termo sistematização da assistência de enfermagem ou processo de enfermagem que, segundo Cristiane Alves Costa de Jesus “[...] fornece estrutura para a tomada de decisão durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva.” (JESUS, 2002 apud TANNURE; GONÇALVES, 2008, p. 17). 3.1 TEORIAS DE ENFERMAGEM O substantivo feminino teoria significa conhecimento especulativo, ideal e independente da aplicação prática; conjunto de regras sistematizadas que fundamentem uma ciência, assim como um conjunto sistemático de opiniões e idéias sobre um tema (HOUAISS, 2001). A ciência sugere várias definições para teoria, uma delas é a de que ela seja “[...] uma síntese aceita de um vasto campo de conhecimento, consistindo de hipóteses que foram devidamente testadas, através de leis e fatos científicos que descrevem os fenômenos naturais (mas refutável)” (TEORIA, 2009). A enfermagem, assim como as diversas áreas do conhecimento, desenvolveu teorias que buscam o aperfeiçoamento da prática de enfermagem. A primeira teoria foi a Teoria Ambientalista do Cuidado e surgiu com Florence Nightingale. Essa teoria relaciona a influência de um ambiente limpo sobre a manutenção da saúde do ser humano (PIRES, 2007). Pires classifica as teorias de enfermagem em dois grupos que se subdividem (2007, p.15): 1. Identificação do foco primário; 1.1. Centradas no cliente; 1.2. Centradas no relacionamento entre cliente e meio ambiente; 1.3. Centradas na interação entre enfermeiro e cliente; 1.4. Centradas na terapêutica de enfermagem; 2. Escola de pensamento das teorias; 2.1. Centradas nas necessidades dos clientes; 2.2. Centradas no processo de interação entre enfermeiro e cliente; 2.3. Resultados das ações de enfermagem. Após Florence, várias teorias foram desenvolvidas, dentre as quais (PIRES, 2007): 18 Teoria Interpessoal, por Hildegard Peplau; Teoria do Sistema Comportamental, por Dorothy Johnson; Teoria do Processo de Enfermagem, por Ida Jean Orlando; Teoria Homeostática, por Wanda Mc Dowel; Teoria da Pessoa do Cuidado e da Cura, por Lydia Hall; Teoria da Relação Interpessoal, por Joyce Travelbee; Teoria do Auto-cuidado, por Dorothea Orem; Teoria das Necessidades Humanas Básicas, por Wanda de Aguiar Horta. Das teorias supracitadas, a desenvolvida por Horta, que na classificação de Meleis se enquadra nas centradas no cliente, é a mais conhecida no cenário brasileiro. A teoria de Horta se apoia nas leis que regem os fenômenos universais: lei do equilíbrio, lei da adaptação e lei do holismo (HORTA, 1979). Para Horta (1979), as necessidades humanas básicas “[...] são estados de tensões, conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios homeodinâmicos dos fenômenos vitais [...]”, cabendo, assim, ao enfermeiro monitorar, comparar e regular as necessidades humanas. Dessa forma, as teorias ampliam o conhecimento dos profissionais, norteiam as ações, promovem a autonomia da enfermagem, demonstram uma realidade e contribuem para melhoria das ações de enfermagem (PIRES, 2007). 3.2 HISTÓRICO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM A expressão “processo” foi mencionada pela primeira vez no contexto da enfermagem, em 1955, por Lydia Hall (HORTA, 1979). Segundo Yura e Walsh, durante uma conferência, Lydia Hall afirmou que a “enfermagem é um processo”, definindo quatro proposições: enfermagem ao paciente, para o paciente, pelo paciente e com o paciente (YURA; WASH, 1955 apud HORTA, 1979, p. 37). Em 1961, Ida Orlando descreveu o processo de enfermagem como uma proposta para melhorar a qualidade do cuidado prestado, através do relacionamento dinâmico entre o enfermeiro e o cliente (TANNURE; GONÇALVES, 2008). Seus 19 componentes são: comportamento do paciente, reação do enfermeiro e ação (HORTA, 1979). Segundo Horta (1979, p. 37), Virgínia Bonney e June Rothberg empregaram o termo “processo” em 1963 (sem citar entretanto o “processo de enfermagem”) e estabeleceram quatro etapas: dados sociais e físicos, diagnóstico de enfermagem, terapia de enfermagem e prognóstico de enfermagem. Um grupo de uma Universidade Católica, em 1967, teve participação na identificação das etapas do processo de enfermagem, sendo esses: levantamento, planejamento, implementação e avaliação (HORTA, 1979). O termo “processo de enfermagem”, utilizado inicialmente nos Estados Unidos e no Reino Unido, chegou ao Brasil na década de 70, invadiu as escolas de enfermagem e contribuiu significativamente para o modelo assistencial desenvolvido por Horta (VIANA, 2005; TANNURE; GONÇALVES, 2008). Horta (1979, p 35) define o processo de enfermagem como “[...] uma dinâmica de ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando à assistência ao ser humano”. O inter-relacionamento e o dinamismo se distinguem em seis etapas ou passos: histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano assistencial, plano de cuidados ou prescrição de enfermagem, evolução de enfermagem e prognóstico de enfermagem. A obra “Contribuição para uma Teoria de Enfermagem” de Wanda de Aguiar Horta vem sendo amplamente discutida e utilizada nas instituições de saúde ou de ensino de enfermagem, embora o processo de enfermagem permaneça na maioria dos setores muito aquém do idealizado teoricamente ou do desejado como modelo da sistematização da assistência em enfermagem (TANNURE; GONÇALVES, 2008). 3.3 ETAPAS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM 3.3.1 Coleta de dados A utilização de um método para organizar as ações de enfermagem processo de enfermagem - traz benefícios tanto para o cliente quanto para o 20 enfermeiro, pois permite a individualização da assistência e uma maior integração entre o profissional e o cliente (BARROS et al., 2002). O processo de enfermagem é composto por etapas, sendo que a primeira delas é conhecida como coleta de dados, segundo o modelo de Horta. Essa etapa é chamada de histórico de enfermagem e constitui “[...] um roteiro sistematizado para o levantamento de dados do ser humano, significativos para o enfermeiro, que tornam possível a identificação de seus problemas” (HORTA, 1979, p. 41). Já Iyer, Taptich e Bernocchi-Losey (1993 apud NÓBREGA; SILVA, 2008/2009, p. 27) entendem esta etapa como histórico e a definem como o “processo organizado e sistemático de coleta de dados”, sendo necessário para a avaliação das necessidades e condições de saúde do cliente. A coleta de dados é o alicerce para que ocorra o sucesso das demais etapas. Nessa etapa o profissional enfermeiro compara os dados observados no cliente, com os padrões de normalidade, levando em consideração as reações fisiológicas, emocionais, sociais e espirituais, logo se identificam o que são condições de risco e condições de bem estar. Tais informações são a base para a individualização do plano de cuidados (CYRILLO, 2005; NÓBREGA; SILVA, 2008/2009). Os dados coletados são informações sobre o cliente que devem ser claras e objetivas, permitir à equipe de enfermagem um cuidado imediato. A coleta de dados “[...] permite colher informações sobre o cliente a respeito do bem estar, dos fatores de risco, dos procedimentos realizados anteriormente e as condições atuais da doença” (NÓBREGA; SILVA, 2008/2009, p. 32). Ela pode ser de quatro tipos: objetiva, subjetiva, histórica e atual. Além disso, as fontes dos dados podem ser classificadas de dois tipos, como primária e secundária. As fontes primárias podem ser definidas como aquelas que foram obtidas através do cliente, já as fontes secundárias são aquelas adquiridas por familiares, prontuário, membros da equipe de saúde e exames laboratoriais (HERMIDA, 2005). A coleta de dados exige um método, visto que ações assistemáticas podem omitir informações. Esse método compreende a interação, a observação e a mensuração. A observação é o mais importante, pois é na observação que o enfermeiro torna-se mais atento e apto para a prática de enfermagem, além de ser [...] o primeiro passo para o levantamento de dados significativos para a enfermagem, com o objetivo de identificar os seus problemas para chegar ao diagnóstico de enfermagem, traçar o plano de cuidados para que sejam 21 atendidas as necessidades do cliente. (HORTA, 1974 apud NÓBREGA; SILVA, 2008/2009, p. 138). 3.3.2 Diagnóstico de enfermagem O diagnóstico de enfermagem é a segunda etapa do processo de enfermagem. Durante essa etapa, os dados colhidos no histórico são analisados e interpretados criteriosamente, levando à identificação das necessidades básicas afetadas e do grau de dependência do cliente em relação à enfermagem (TANNURE; GONÇALVES, 2008). Um precursor do diagnóstico de enfermagem foi o método utilizado por Florence Nightingale, que enfatizava que a enfermagem necessitava de observar e fazer julgamentos sobre as observações. Com o avanço da enfermagem, essa idéia de Florence passou a estar presente na segunda etapa do processo de enfermagem (KLETEMBERG, 2006). Segundo Nanda (2002, apud TANNURE; GONÇALVES, 2008 p. 41), [...] os diagnósticos de enfermagem são um julgamento clínico sobre respostas do indivíduo, da família ou da comunidade aos problemas saúde reais ou potenciais, e proporcionam as bases para as seleções intervenções de enfermagem para alcançar resultados pelos quais enfermeiros são responsáveis. as de de os Segundo OPAS (2001) e Antunes (2000 apud NÓBREGA; SILVA, 2008/2009, p. 204), [...] o processo de enfermagem é reconhecido como uma metodologia universal para prestação de cuidados de saúde, sendo utilizado como instrumento para apoiar a prática de enfermagem, além de favorecer o desenvolvimento de conceitos e sistema de classificação. Com a introdução do processo de enfermagem se desenvolveram vários sistemas de classificações, estando esses relacionados com a segunda etapa: North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), Nursing Interventions Classification (NIC), Nursing-Sensitive Outcomes Classification (NOC), Omaha Nursing Classification System for Community Health, Perioperative Nursing Data Set (PNDS), Home Health Care Classification (HHCC) e International Classification for Nursing Practice (ICNP). Esses grupos oferecem uma terminologia para identificar, nomear, documentar, validar, classificar problemas, descrever intervenções e 22 resultados dos cuidados de saúde, tendo cada um dos grupos seus propósitos e focos. Cabe ressaltar que o grupo NIC tem foco nas intervenções e o grupo NOC nos resultados, sendo distintos em comparação com as outras classificações que possuem o foco no diagnóstico, intervenções e resultados (ALFARO-LEFEVRE, 2005; NANDA, 2005; NÓBREGA; SILVA, 2008/2009). A NANDA, criada em 1982, é hoje o sistema de classificação mais divulgado e utilizado na enfermagem em âmbito mundial e tem contribuído de forma significativa para o desenvolvimento e refinamento do diagnóstico de enfermagem. Com isso, adotou-se um regime de classificação de diagnóstico de enfermagem baseado em nove padrões de resposta da pessoa humana que são: trocar, comunicar, mover, relacionar, valorizar, perceber, sentir, conhecer e escolher (HORTA, 1979; NÓBREGA; SILVA, 2008/2009). Os sistemas de classificação de diagnóstico são de suma importância para todos os níveis da prática de enfermagem, pois facilitam a comunicação entre os enfermeiros, favorecem uma linguagem padronizada, facilitam a troca de informações e contribuem para a continuidade da assistência (NÓBREGA; SILVA, 2008/2009). Segundo Horta (1979), observa-se que a implementação da segunda etapa é um grande desafio para o enfermeiro, o que pode ser atribuído ao desconhecimento dos sintomas, das necessidades básicas alteradas, a falta de conhecimento da nomenclatura das necessidades básicas, da distinção entre problemas de enfermagem e necessidade básica e da distinção entre tratamento de enfermagem e a necessidade básica. 3.3.3 Plano assistencial A última parte da consulta de enfermagem corresponde ao plano assistencial de enfermagem, onde o enfermeiro registra as ações de enfermagem que se fazem necessárias, para dar prosseguimento à assistência ao cliente (DIOGO, 2000). Segundo Cyrillo (2005), a terceira etapa – plano assistencial de enfermagem é a determinação global da assistência de enfermagem do indivíduo, família ou 23 comunidade que necessitarão receber diante do diagnóstico de enfermagem estabelecido. Horta (1979) acredita que o plano assistencial é resultado da análise da segunda etapa – diagnóstico de enfermagem -, em que privativamente o enfermeiro examina os problemas, as necessidades afetadas e o grau de dependência. Observa-se que à medida que os cuidados prescritos forem executados, a equipe pode identificar novas necessidades e o plano assistencial poderá ser acrescido de novos cuidados a serem implantados (HORTA, 1979). 3.3.4 Plano de Cuidados ou prescrição de enfermagem Os profissionais que exercem a enfermagem, segundo a Lei 7.498/86 são: o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem e a parteira (BRASIL, 1986). Aquele que tem função prescritiva é o enfermeiro, por ser o membro da equipe que possui a maior qualificação técnico-cientifica, sendo esta essencial, uma vez que no plano de cuidados são determinadas quando, quanto e de que modo as ações de enfermagem devem ser desenvolvidas (TANNURE; GONÇALVES, 2008). Para Horta (1979), a prescrição de enfermagem “é o roteiro diário (ou aprazado) que coordena a ação da equipe de enfermagem nos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e específicas do ser humano”. É através desse roteiro diário que se cria a possibilidade de conhecer as necessidades do cliente detalhadamente. De acordo com Cianciarullo, Koizumi e Fernandes (1974 apud POSSARI, 2007, p. 119), as funções da prescrição de enfermagem são: auxiliar na determinação das prioridades; promover melhor comunicação direta entre os membros da equipe de enfermagem; permitir a continuidade da assistência de enfermagem, mesmo quando o paciente é transferido de unidade ou serviços; possibilitar a visualização de problemas por diferentes enfermeiros em diversas circunstâncias; favorecer os meios de avaliação dos cuidados prestados de forma sistemática e indelével; complementar medidas terapêuticas ordenadas pelos médicos; 24 desenvolver enfermeiros. a compreensão das responsabilidades dos As instituições hospitalares criam ou adaptam a prescrição de enfermagem utilizada por elas segundo as especificidades do local, contudo é imprescindível que todas elas obedeçam a uma padronização mínima. A prescrição deve conter pelo menos a data, usar verbos de ação (infinitivo), a determinação dos horários das ações, o estabelecimento de prioridades, ser realizada com freqüência diária e ser de fácil compreensão (ALFARO-LEFREVE, 2005). Segundo Tannure e Gonçalves (2008), a prescrição deve ser completa e objetiva contendo o que fazer, como fazer, quando fazer, onde fazer, com que freqüência fazer e por quanto tempo fazer ou quanto fazer. O verbo utilizado deve refletir o nível de dependência do paciente e indica o que deve ser feito pela equipe, quando deve auxiliar, orientar, observar, controlar e encaminhar, por exemplo: aplicar, ajudar, esclarecer, inspecionar, supervisionar e conduzir (HORTA, 1979). O plano de cuidados ou prescrição de enfermagem é uma das etapas do processo de enfermagem e é realizado a partir da avaliação do diagnóstico de enfermagem. Ele assegura uma assistência orientada, viabiliza uma maior qualidade no cuidado do cliente, além de proporcionar a comunicação entre os profissionais da saúde (NÓBREGA; SILVA, 2008/2009) 3.3.5 Evolução de enfermagem A evolução de enfermagem é a etapa onde ocorre o registro da avaliação realizada pelo enfermeiro do estado geral do cliente. Nela pode ser observada a resposta do cliente às prescrições de enfermagem e a extensão em que os objetivos foram alcançados (POSSARI, 2007). Segundo Benko e Castilho (1989 apud POSSARI, 2007, p. 126), as normas para a realização da evolução de enfermagem são: A evolução deve ser registrada em impresso próprio; A evolução de enfermagem deve ser feita diariamente para todos os pacientes internados ou em observação, devendo conter data e o horário de sua execução; A evolução de enfermagem deve ser refeita, em parte ou totalmente na vigência de alteração no estado do paciente, devendo indicar o horário de sua alteração; 25 Da evolução de enfermagem devem constar os problemas prioritários para assistência de enfermagem a ser prestada nas próximas 24 horas; Na elaboração da primeira evolução de enfermagem, o enfermeiro resume sucintamente as condições gerais, do paciente, detectadas durante o preenchimento do histórico e relaciona os problemas selecionados para serem atendidos já nessa primeira intervenção; Para elaborar a evolução de enfermagem, a enfermeira deve consultar a evolução e prescrição de enfermagem anterior, a anotação de enfermagem do período entre a última prescrição e a que esta sendo elaborada, a evolução e prescrição médicas, os pedidos e resultados de exames laboratoriais e complementares, interconsultas e realizar entrevista e exame físico; A evolução dos pacientes em observação no Pronto Atendimento deve ser baseada no exame físico, nos sinais e sintomas e em outras informações relatadas pelo paciente ou acompanhante; A resolução do problema deve constar na evolução diária. Nesta etapa, o enfermeiro pode redirecionar o cuidado, redefinir as prioridades e identificar possíveis fatores que estejam dificultando o restabelecimento do cliente. Segundo Alfaro-Lefreve (2005, p. 34), a atualização ou não do plano de cuidados deve ser precedida das seguintes perguntas. O cliente ainda evidencia os problemas identificados no plano? O cliente tem problemas que não são abordados no plano de cuidados, mas que podem impedir o progresso no alcance dos resultados? Os resultados esperados ainda são realistas? As intervenções ainda são relevantes? Quando realizada conforme as recomendações dos autores supracitados, a evolução de enfermagem eleva a eficiência e a efetividade da assistência, além de proporcionar uma avaliação da assistência prestada (ALFARO-LEFREVE, 2005). 3.3.6 Prognóstico de Enfermagem O prognóstico de enfermagem constitui a última etapa do processo de enfermagem. Trata-se de um meio de avaliação do processo em si, que mede todas as etapas e chega a uma conclusão (HORTA, 1979). A sexta etapa – prognóstico de enfermagem -, é a estimativa da capacidade do indivíduo, família ou comunidade em atender suas necessidades básicas afetadas, feita a partir da implementação do plano assistencial de enfermagem, 26 tendo como base os dados fornecidos pela evolução de enfermagem (HORTA, 1979; CYRILLO, 2005). Ao avaliar a assistência prestada, o enfermeiro deve se perguntar se foram alcançados os resultados esperados para o cliente. Cabe reforçar que um bom prognóstico é aquele que leva ao autocuidado, portanto, à independência da enfermagem; um prognóstico sombrio é aquele que se dirige para a dependência total (TANNURE; GONÇALVES, 2008). Alfaro-Lefevre (2005, p. 204), menciona que uma avaliação criteriosa e detalhada de vários aspectos dos cuidados do paciente constitui a chave para a excelência nos cuidados de saúde prestados. Pode fazer a diferença entre a realização de práticas de cuidados destinados a repetir erros e práticas de cuidados seguros, eficientes e que buscam o aperfeiçoamento. Portanto, esta última etapa é o momento de reflexão do enfermeiro sobre a qualidade de sua assistência, de avaliar a resposta de mudanças comportamentais do estado de saúde do cliente, que são resultados de suas intervenções (ALFAROLEFEVRE, 2005; CYRILLO, 2005). Segundo Ferreira (apud NÓBREGA; SILVA, 2008/2009), avaliar é apreciar, estimar, analisar, avaliar a causa, determinar o valor, o que se pode dizer que contribui para a qualidade da assistência, crescimento profissional, além de servir como parâmetro do cuidado. 3.4 O QUE É EMERGÊNCIA? Diz o dicionário Houaiss que etimologicamente a palavra “emergência” vem do latim “emergentia”, que significa “emergir”. No entanto, como forma substantiva e não como tempo verbal, “emergentia” também tinha a acepção de “situação grave, contingência”, compartilhada pela palavra em português como uma “combinação inesperada de circunstâncias imprevistas e que exigem ação imediata” (HOUAISS, 2001). Uma definição mais técnica, do ponto de vista do profissional de saúde, pode ser encontrada no parecer do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) resultante da Consulta nº 55.820/98: “Define-se por "emergência" 27 a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato” (CREMESP, 1998). O atendimento de emergência é considerado pelo Ministério da Saúde como uma das áreas mais problemáticas do Sistema de Saúde (BRASIL, 2006). São também as mais importantes causas de incapacitação física permanente ou temporária na população, que levam a perdas econômicas, previdenciárias e grandes dispêndios em tratamentos de complicações na saúde dos pacientes (BRASIL, 2001). A importância das emergências no contexto da saúde pública pode ser avaliada pelo que diz o próprio “Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência“, em sua introdução (BRASIL, 2006): A área de Urgência e Emergência constitui-se em um importante componente da assistência à saúde. A crescente demanda por serviços nesta área nos últimos anos, devida ao crescimento do número de acidentes e da violência urbana e à insuficiente estruturação da rede são fatores que têm contribuído decisivamente para a sobrecarga de serviços de Urgência e Emergência disponibilizados para o atendimento da população. Isso tem transformado esta área numa das mais problemáticas do Sistema de Saúde. O aumento dos casos de acidentes e violência tem forte impacto sobre o SUS e o conjunto da sociedade. Na assistência, este impacto pode ser medido diretamente pelo aumento dos gastos realizados com internação hospitalar, assistência em UTI e a alta taxa de permanência hospitalar deste perfil de pacientes. Na questão social, pode ser verificado pelo aumento de 30% no índice APVP (Anos Potenciais de Vida Perdidos) em relação a acidentes e violências nos últimos anos, enquanto que por causas naturais este dado encontra-se em queda. 3.5 TIPOS DE EMERGÊNCIA Podemos classificar as emergências de diferentes formas, segundo o aspecto que se deseja enfatizar. Por exemplo, a princípio, seria possível classificá-las pelo tipo de problema ou sistema lesionado. Em seu trabalho sobre as emergências no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Florianópolis, Maikon Costa oferece a seguinte listagem dos problemas mais prevalentes (COSTA, 2007, p. 20): Diabetes insulino-dependente; Ato ou acontecimento violento; Trombose / acidente vascular cerebral; Intoxicação por medicamento; 28 Outras doenças cardíacas (PCR); Concussão (TCE); Outros sinais / sintomas gerais (sonolência, queda); Coma; Dificuldade respiratória / dispnéia; Convulsões / ataques; Não Informado; Lesão traumática / acidente; Desmaio / síncope; Dores torácicas. Observa-se no Sistema Público de Saúde do Distrito Federal a classificação dos tipos de emergências segundo as especialidades médicas, tendo em vista que o setor de emergência dos hospitais do Distrito Federal, de um modo geral, é subdividido em: clinica cirúrgica, clínica ortopédica, clínica médica, box de emergência, pediatria e ginecologia.1 Uma outra abordagem possível, talvez mais útil e de acordo com o próprio conceito de emergência introduzido acima (“condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso”), classifica os tipos de emergência segundo seu grau ou intensidade. Existem vários tipos de classificações deste gênero, em geral envolvendo “escalas ordinais”. Entre as várias escalas ordinais já desenvolvidas, podemos mencionar a escala australiana, a escala canadense, a escala inglesa e a Emergency Severity Index. No quadro a seguir, são descritos os níveis apresentados por cada uma dessas escalas (PIRES, 2007, p. 38): Escala Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 ATS Risco Imediato à Vida Risco Iminente à Vida Urgência Potencial Urgência Não-urgência CTAS Ressuscitação Emergência Urgência Semi-Urgência Não Urgência EMTS Atendimento Imediato Muito Urgente Urgência Padrão Não-Urgência ESI Instabilidade de Funções Vitais Ameaça à estabilidade das funções vitais Funções Vitais Estáveis Funções vitais Estáveis Funções Vitais Estáveis Quadro 1 - Escalas ordinais utilizadas na triagem de pacientes em serviços de emergência 1 Dado observado pelas autoras nos hospitais da rede pública do Distrito Federal durante os estágios obrigatórios do curso de graduação em Enfermagem. 29 3.6 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E O PAPEL DO ENFERMEIRO EM SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA NO BRASIL A princípio, o papel da enfermagem na emergência, no Brasil, está definido em Lei. A Lei 7.498, de 25 de junho de 1986, que “Dispõe sobre a Regulamentação do Exercício da Enfermagem”, estabelece, em seu art. No. 11: Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem cabendolhe: I - privativamente: (...) l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida; m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. Ainda com relação às atividades desenvolvidas pelos enfermeiros que atuam no setor de emergência, Wehbe e Galvão (2001, p. 88) descrevem as principais atividades assistenciais desenvolvidas pelos enfermeiros de um hospital privado: Presta o cuidado ao paciente juntamente com o médico; Prepara e ministra medicamentos; Viabiliza a execução de exames especiais procedendo a coleta; Instala sondas nasogástricas, nasoenterais e vesicais em pacientes; Realiza troca de traqueostomia e punção venosa com cateter; Efetua curativos de maior complexidade; Prepara instrumentos para intubação, aspiração, monitoramento cardíaco e desfibrilação, auxiliando a equipe médica na execução dos procedimentos diversos; Realiza o controle dos sinais vitais; Executa a evolução do pacientes e anota no prontuário. Enquanto as atividades administrativas são: Realiza a estatística dos atendimentos ocorridos na unidade; Lidera a equipe de enfermagem no atendimento dos pacientes críticos e não críticos; Coordena as atividades do pessoal de recepção, limpeza e portaria; Soluciona problemas decorrentes com o atendimento médicoambulatorial; Aloca pessoal e recursos materiais necessários; Realiza a escala diária e mensal da equipe de enfermagem; Controla estoque de material; Verifica a necessidade de manutenção dos equipamentos do setor. Diz Ana Maria Calil (2007, p. 19), sobre a estrutura organizacional dos serviços de emergência: O enfermeiro tem participação especial no pronto-socorro. O ser humano, com seu corpo, sua consciência e suas relações, constitui o objeto final das ações deste profissional. Nesta área, o enfermeiro executa um trabalho 30 complexo envolvendo ações de cuidar, gerenciar e educar com vistas à promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde da clientela e, para uma atuação diferenciada, sua formação deve estar alicerçada em fundamentos técnicos científicos, políticos, éticos, legais e humanísticos. A Emergency Nurses Association (ENA) publicou, em 2008, uma recomendação sobre quais devem ser as competências dos enfermeiros de emergência. Tais competências são entendidas como conhecimentos, habilidades e comportamentos necessários para o cuidado de emergência, e suplementam as competências centrais e fundamentais que todo praticante da enfermagem deve ter. São elas (ENA, 2009): I. Gerenciamento do estado de saúde/doença do paciente; II. Postura profissional; III. Procedimentos relativos às vias respiratórias, respiração e circulação; IV. Procedimentos relativos à feridas e cuidados com a pele; V. Procedimentos relativos à cabeça, olhos, ouvidos, nariz e garganta; VI. Tronco e Abdômen; VII. Procedimentos relativos ao pescoço, costas e coluna vertebral; VIII. Procedimentos ginecológicos, genitourinários, e retais; IX. Procedimentos relativos às extremidades. Além das diversas atividades e competências citadas é indispensável que o enfermeiro que atue no setor de emergência seja uma pessoa tranqüila, porém ágil; tenha um raciocínio rápido e a capacidade de adequar-se as mais variadas ocorrências, fazendo uso de conhecimento técnico-científico (WEHBE; GALVÃO, 2001). 3.7 POR QUE IMPLANTAR O PROCESSO DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA? A implantação do processo de enfermagem constitui uma exigência para as instituições de saúde públicas e privadas de todo o Brasil de acordo com a resolução 272/2002. Além disso, a implantação do processo de enfermagem no setor de emergência é uma necessidade para a promoção de uma melhoria da qualidade do atendimento na emergência. A obtenção de dados que favoreçam a identificação dos problemas do indivíduo levarão a diagnósticos confiáveis e ao direcionamento das ações de enfermagem para manter, promover ou recuperar a saúde do cliente, além de favorecer a valorização do profissional de enfermagem como ciência do cuidado (COFEN, 2002). 31 Considerando as muitas dificuldades da implantação do processo de enfermagem e a necessidade dessa prática para o cliente, em especial na emergência, é de suma relevância que toda a equipe seja sensibilizada para a importância de que esse instrumento faça parte do plano de ação de assistência (FRANÇA et al., 2007) Segundo Possari (2005 apud GENTIL et al., 2009), a realização do histórico de enfermagem não se caracteriza por uma etapa do processo de enfermagem, mas principalmente pela possibilidade do enfermeiro assumir a responsabilidade profissional por meio da utilização do saber e do fazer, exigindo ações reflexivas que demandem um compromisso e um envolvimento com a assistência. A implantação do processo de enfermagem depende da política da instituição, da liderança de enfermagem, da liberdade de tomar decisões, da socialização do conhecimento sobre o tema, da comunicação existente e da vontade de se percorrer o processo de mudança da forma de assistir. (Informação apresentado no I Simpósio Brasileiro de SAE)2. 3.8 EXPERIÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM EM UM PRONTO-SOCORRO O processo de enfermagem vem sendo adotado em alguns setores de emergência como um instrumento profissional da enfermagem que guia a sua prática, fornece autonomia e concretiza a promoção, manutenção ou restauração do nível de saúde do cliente e que também documenta sua prática, visando à avaliação da qualidade da assistência prestada (PEIXOTO et al., 1996). Segundo relato de experiência da implantação do PE em um pronto-socorro, as etapas do processo de enfermagem permitem o levantamento e a abordagem dos problemas de saúde do cliente, tornando a assistência de enfermagem de melhor qualidade e individualizada (PEIXOTO et al., 1996). Para Araújo et al. (1996) a implantação do processo de enfermagem só é possível quando há avaliações contínuas do instrumento, a fim de corrigir eventuais 2 Informação adquirida em uma apresentação sobre o tema: A SAE e a integridade da assistência, ministrada pela palestrante Maria Goretti David Lopes, no I Simpósio Brasiliense de Sistematização da Assistência de Enfermagem que ocorreu no período de 22 a 24 de abril de 2009. 32 distorções. É de fundamental importância à adequação do modelo escolhido à realidade do setor, de forma a oferecer um cuidado integral e qualificado ao cliente (ARAÚJO et al., 1996; BITTAR et al., 2006). Durante a aplicação do PE foi identificado que o número insuficiente de profissionais enfermeiros e a conseqüente sobrecarga de trabalho prejudica a realização do processo de enfermagem, pois este exige muito tempo e dedicação; além disso, a estrutura física de um setor de emergência não proporciona a privacidade para realização de entrevistas e exames físicos por causa da superlotação nas unidades de saúde (CASTILHO et al., 2009). Contudo, ainda que enfrentando dificuldades como falta de pessoal, sobrecarga, estrutura e área física, a existência de um processo de enfermagem é viável em um setor de emergência, desde que se envolva e valorize a equipe de enfermagem (PEIXOTO et al., 1996). A implantação das etapas do PE propicia maior conteúdo científico à profissão, e permite condições para autonomia no cuidado, valorização, reconhecimento e otimização da assistência de enfermagem, uma vez que o conhecimento dos problemas possibilita a tomada de decisões, dirigindo as intervenções e melhorando a assistência prestada ao cliente e a família (CASTILHO et al., 2009; PEIXOTO et al., 1996). 3.9 TÉCNICA DELPHI Segundo Spínola (1984 apud SILVA; TANAKA, 1999, p. 208), Delphi que residia no templo de Apolo, oriundo da mitologia grega, tinha o poder de transferir desejos dos deuses e visões do futuro aos mortais inquietos. A técnica Delphi baseia-se na intuição de grupos para ampliar projeções individuais, foi desenvolvida por pesquisadores da Rand Corporation durante o período da guerra fria. Somente a partir da década de 60 a técnica passou a ser disseminada na previsão de acontecimentos em vários setores. Em sua formulação original, o Delphi é uma técnica que busca o consenso de opiniões de um grupo de especialistas a respeito de eventos futuros (WRIGHT; GIOVINAZZO, 2000). 33 Segundo Faro (1995 apud PERROCA; GAIDZINSKI, 1998, p. 156), a técnica Delphi consiste na solicitação, coleta, tabulação e avaliação de dados a respeito de um determinado fenômeno, por meio da opinião de um grupo de especialistas na área onde o estudo será desenvolvido. O método Delphi é bastante simples, pois trata de um questionário interativo que circula repetidas vezes por um grupo de juízes, preservando o anonimato das respostas individuais (WRIGHT, GIOVINAZZO, 2000). As características essenciais do método Delphi são a busca do consenso entre especialistas sobre eventos futuros, o anonimato das respostas, reavaliação da respostas para novo questionário e a possibilidade de um tratamento estatístico simples (WRIGHT; GIOVINAZZO, 2000). Para Spinola (1984 apud FARO, 1997, p. 267), na primeira rodada o questionário é diferenciado dos demais por ser mais abrangente, tendo o objetivo de gerar a lista dos itens que irá compor os questionários posteriores. Nos demais questionários, a construção ocorre no sentido de facilitar a compreensão. Para tanto, as questões são esclarecidas e se fazem acompanhar de comentários, críticas e opiniões. O produto final desejável é a obtenção de opiniões convergentes dos juízes (FARO, 1997). Segundo Castro e Lima (2006), o consenso só é alcançado a partir de sucessivas rodadas de questões, nas quais os juízes avaliam alternativas e opiniões sobre os temas definidos. Para participar da técnica Delphi é necessário que os juízes tenham conhecimento aprofundado do assunto, de forma a opinar com autoridade sobre o tema investigado, além disso, não há fórmula definida em relação ao número de juízes que participam do estudo, uma vez que este número pode ser influenciado pela existência de especialistas em determinado tema (CASTRO; LIMA, 2006; PERROCA; GAIDZINSKI, 1998). 34 4 4.1 MATERIAL E MÉTODO TIPO DE PESQUISA REALIZADA O presente estudo é do tipo qualitativo, pois trabalha com o mundo dos significados, valores, crenças e atitudes (MINAYO, 1998), material em geral que não se adapta facilmente a uma mensuração que possibilite uma análise quantitativa. As variáveis que foram investigadas, por serem essencialmente subjetivas, situação diretamente decorrente do caráter específico de que desfrutam as ciências humanas, têm de ser apreciadas de forma qualitativa. Esta pesquisa reveste-se também de um caráter exploratório, por se tratar de um estudo preliminar elaborado que testou e definiu um método de coleta de dados. Finalmente, também é uma pesquisa descritiva, pois busca resolver problemas através da observação, da análise e descrições objetivas, de questionário com juizes para a padronização de técnicas e validação de conteúdo (THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2007). 4.2 CAMPO DE ESTUDO O estudo foi realizado na Universidade Católica de Brasília (UCB) e no setor de emergência do Hospital Regional da Ceilândia (HRC), da Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal, após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (193/09). A universidade foi fundada em 8 de agosto de 1972 pela ação de várias Congregações de Religiosos Educadores de Brasília, sendo uma comunidade acadêmica de ensino, pesquisa e extensão. Essa é composta por cinco grandes centros de áreas do conhecimento: Ciências da Educação e Humanidades, Ciência e Tecnologia, Católica Virtual e Educação a Distância, Ciências Sociais Aplicadas e Ciências da Vida (UCB, 2009). Dentro da área de Ciências da Vida se encontra o curso de graduação em enfermagem, que tem como objetivo proporcionar aos acadêmicos “formação teórico-prática que favoreça o desenvolvimento de uma visão crítica que lhe 35 possibilite intervir profissionalmente e de forma adequada”, para isso o curso é dotado de trinta e dois docentes que colaboram para a concretização de tal objetivo (UCB, 2009). O referido hospital é de médio porte e atende mensalmente cerca de 25.000 pessoas no setor de emergência. Os atendimentos são realizados nas seguintes especialidades: clinica médica, ortopedia, cirurgia, pediatria, ginecologia e obstetrícia (DISTRITO FEDERAL, 2009). Segundo o serviço de estatística do hospital, a equipe de enfermagem do setor de emergência é composta por 12 enfermeiros e 82 auxiliares em enfermagem3, que prestam cuidados destinados a um bom atendimento, que envolvam o “diagnóstico e o tratamento de cliente acidentados ou acometidos de mal súbito, com ou sem risco de vida” (BRASIL, 1977 apud LIMA; MATÃO, 2007, p. 14). 4.3 CRITÉRIO DE INCLUSÃO Os critérios que foram utilizados para escolha dos juízes que participaram da primeira rodada do estudo foi: ser enfermeiro docente da UCB e possuir um vasto conhecimento em construção de instrumentos, processo de enfermagem ou cuidados com paciente crítico. Para a realização desta primeira rodada solicitamos a participação de três juízes. Esse grupo foi composto por um juiz de cada área do conhecimento mencionada acima. Para a segunda rodada foram acrescidos aos juizes da primeira rodada, todos os enfermeiros que atuam no setor de emergência do HRC e possuem conhecimento da primeira etapa do processo de enfermagem. Assim, foram convidados 15 juizes para participar desse estudo, mediante assinatura de um termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Dos 15 juizes, 3 são enfermeiros docentes da UCB e os 12 restantes são os enfermeiros que atuam no setor de emergência do HRC. 3 A informação foi obtida junto ao serviço de estatística do Hospital Regional de Ceilândia, em visita realizada no 01/06/2009. 36 Para a aplicação do teste foram convidados os clientes admitidos no setor de emergência do HRC nas seguintes especialidades: clínica médica, box de emergência, ortopedia e cirurgia, sendo que estes certificaram maioridade e aceitaram participar da pesquisa. 4.4 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO Os critérios de exclusão da primeira rodada foram: os enfermeiros que não eram docentes da UCB, os enfermeiros docentes da UCB que não possuíam um vasto conhecimento em construção de instrumentos, processo de enfermagem ou cuidados com paciente crítico e os que se recusaram a participar da pesquisa. Já os da segunda rodada foram: os que não possuiam os requisitos da primeira rodada, os enfermeiros que não atuavam no setor de emergência do HRC e os que se recusaram a participar da pesquisa. Na aplicação do teste foram excluídos os clientes que não foram admitidos no setor de emergência do HRC, nas seguintes especialidades: clínica médica, box de emergência, ortopedia e cirurgia, assim como aqueles que não apresentaram maioridade e os que não aceitaram participar da pesquisa. 4.5 ELABORAÇÃO DO INSTRUMENTO Para a construção do instrumento de coleta de dados (histórico de enfermagem), foi realizada uma ampla revisão bibliográfica sobre o tema, utilizando os seguintes autores: Barros et al. (2002), López e Medeiros (2004), Porto (2008) e Posso (2006). Posteriormente, foi utilizada à técnica Delphi que forneceu subsídios para construção, validação e teste do histórico de enfermagem (PERROCA, 1996). Como já foi dito, a técnica Delphi permite a obtenção de um consenso sobre um determinado tema importante a partir da formação de um grupo de especialistas de uma determinada área de atuação, denominados juízes, (PERROCA, 1996; FARO, 1997). 37 Segundo Ducan e Shmidt (apud FARO, 1992, p. 269), esta [...] técnica tem como característica principal o respeito e a valorização da experiência e do conhecimento de cada um dos participantes, que de uma forma dirigida coloca à apreciação coletiva seus julgamentos, que apesar de serem subjetivos, são resultados de um longo processo de sistematização do conhecimento adquirido na prática e transformando no julgamento individual subjetivo. No presente estudo a técnica Delphi foi aplicada nas seguintes etapas (CASTRO; LIMA, 2006): 1. Elaboração do questionário e seleção dos juízes: o questionário teve sua forma semi-estruturada e aberta, baseado nas necessidades humanas básicas preconizadas por Horta (1979). Para a seleção dos especialistas foram considerados os critérios de inclusão e exclusão. Como a técnica não preconiza um número ideal de juizes, o grupo pode variar de acordo com o fenômeno em estudo e os critérios definidos pelas pesquisadoras para a seleção dos especialistas (FARO, 1997; WRIGHT; GIOVINAZZO, 2000; CASTRO; LIMA, 2006). 2. Primeira rodada – resposta e devolução: iniciamos esta etapa apresentando a pesquisa aos juízes e fornecendo esclarecimento sobre a técnica Delphi. Em seguida, foi distribuído o questionário que deveria ser respondido de forma anônima e individual. Esse foi devolvido aos pesquisadores (FARO, 1997). 3. Tabulação e análise dos questionários respondidos: a análise dos dados quantitativos foi feita com o auxilio do programa de computador Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). A partir dos dados tabulados, as informações relevantes, ou seja, as que obtiveram concordância em 60% dos juízes, fizeram parte do instrumento. Se as pesquisadoras julgassem necessário, seriam realizadas sucessivas rodadas até que se obtivesse um consenso de informações importantes que deveriam compor o instrumento (DUARTE, 2006). 4. Elaboração do instrumento: neste momento foi elaborado o instrumento de coleta de dados, baseado nas opiniões convergentes dos juízes (PERROCA, 1996). 5. Nova rodada – resposta e devolução: neste momento foi elaborado um questionário, baseado no instrumento construído, cujo objetivo era a 38 avaliação dos juízes sobre o conteúdo e a forma do instrumento, até que houvesse concordância de 60% dos juízes (FARO, 1997). 6. Tabulação e análise dos dados recebidos: foi utilizado o programa SPSS. 7. Considerações gerais: de posse dos dados analisados apresentamos os resultados, discussões e conclusão, onde consideramos validado o produto final que compreende o histórico de enfermagem, construído através de um processo interativo entre os pesquisadores e os juízes (PERROCA, 1996). Após ter realizado as seis primeiras etapas da técnica Delphi, foi feito um teste no setor de emergência do HRC que consistiu na utilização do instrumento recém elaborado para provar a adequação do conteúdo e dificuldades na sua aplicação (CYRILLO, 2005; CASTRO; LIMA, 2006). 4.6 ASPECTOS ÉTICOS No que se refere aos aspectos éticos, a pesquisa seguiu todas as recomendações da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, que trata de pesquisas envolvendo seres humano. Foram garantidos aos cidadãos envolvidos na pesquisa todos os direitos citados no termo de consentimento livre e esclarecido, quais sejam: Que toda a informação será prestada à família, a qualquer momento no decorrer da pesquisa; Que a qualquer tempo poderá solicitar maiores esclarecimentos sobre a pesquisa, às pessoas responsáveis pela mesma; Manutenção de segredo sobre nomes, local de trabalho e quaisquer outras informações que possam levar à sua identificação pessoal e da sua família; Ampla possibilidade de se negar a responder a quaisquer questões ou a fornecer informações que julgue prejudiciais a sua integridade física, moral e social; 39 Opção de solicitar que determinadas falas e/ou declarações não fossem incluídas em nenhum documento oficial, o que seria prontamente atendido; e, Desistir, a qualquer tempo, de participar da pesquisa. O termo de consentimento livre e esclarecido foi apresentado em duas vias. Uma permanecerá com o entrevistado e a outra ficará com os pesquisadores por até 5 (cinco) anos, assim como os instrumentos de coleta de dados. Os resultados da pesquisa serão tornados públicos pelos seguintes meios: a) Subsidiarão a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem, que ficará disponível na Biblioteca e o resumo será disponibilizado na home page do Curso de Enfermagem da UCB; b) Será encaminhado para revistas científicas na modalidade de artigo científico; c) Será encaminhado para a instituição de saúde onde foi realizada a pesquisa para servir de subsídio à discussão sobre cuidados especializados em enfermagem. 40 5 5.1 RESULTADOS RESULTADO QUANTITATIVO DO PRIMEIRO QUESTIONÁRIO. A primeira rodada da técnica Delphi tinha como objetivo selecionar informações que iriam compor o instrumento de coleta de dados para a realização do histórico de enfermagem. Os três juízes que participaram da primeira rodada possuíam um vasto conhecimento em construção de instrumentos, processo de enfermagem ou cuidados com paciente crítico. Após a devolução dos questionários pelos três juízes, as respostas foram tabuladas e analisadas quantitativamente com o auxílio do programa estatístico SPSS. Foi adotado o critério de 60% de aprovação dos juízes para que o quesito estivesse presente no instrumento de coleta de dados, conforme pode ser observado nos gráficos que se seguem. Figura 1- Número de quesitos que apresentaram discordância Foram apresentados 18 itens e 31 subitens aos juízes, totalizando 49 quesitos para serem julgados por cada um deles. Cada item e respectivo subitem deveria ser 41 julgado quanto à concordância ou não de sua presença no instrumento de coleta de dados. Dentre os 49 quesitos julgados, 39 deles não apresentaram nenhuma discordância, ou seja, 79,6% obtiveram concordância de todos os juízes. Contudo, 8 quesitos (16,3%) apresentaram uma discordância por parte dos juízes. Outros 2 quesitos (4,1%) apresentaram duas discordâncias, sendo imediatamente excluídos do intrumento de coleta de dados, por apresentarem 66,7% de discordância. Observou-se que nenhum item e subitem obteve discordância dos três juízes simultaneamente. Figura 2 - Total de itens e subitens julgados pelos três juízes que apresentaram concordância e discordância Foram apresentados 18 itens e 31 subitens aos juízes, totalizando 49 quesitos para serem julgados por cada um deles. Cada item e respectivo subitem deveria ser julgado quanto à concordância ou não de sua presença no instrumento de coleta de dados. Conforme os dados obtidos pelo somatório dos três juízes foram analisados 147 quesitos, sendo que cada juiz julgou 49. Do total da amostra, 135 (91,8%) quesitos obtiveram concordância pelos juízes e somente em 12 (8,2%) houve discordância. 42 Figura 3 - Número de quesitos que apresentaram concordância e discordância pelo juiz A Foram apresentados 18 itens e 31 subitens aos juízes, totalizando 49 quesitos para serem julgados por cada um deles. Cada item e respectivo subitem deveria ser julgado quanto à concordância ou não de sua presença no instrumento de coleta de dados. Segundo dados obtidos pelo juiz A, dos 49 quesitos julgados, 95,9% desses obtiveram concordância, ou seja, 47 quesitos, e 4,1% dos quesitos restantes (2) foram discordados pelo juiz. Figura 4 - Número de quesitos que apresentaram concordância e discordância pelo juiz B 43 Foram apresentados 18 itens e 31 subitens aos juízes, totalizando 49 quesitos para serem julgados por cada um deles. Cada item e respectivo subitem deveria ser julgado quanto à concordância ou não de sua presença no instrumento de coleta de dados. Foram analisados os dados do juiz B. Do total de 49 itens e subitens julgados pelo juiz, 45 quesitos (91,8%) apresentaram concordância e 4, ou seja, 8,2% discordância. Figura 5 - Número de quesitos que apresentaram concordância e discordância pelo juiz C Foram apresentados 18 itens e 31 subitens aos juízes, totalizando 49 quesitos para serem julgados por cada um deles. Cada item e respectivo subitem deveria ser julgado quanto à concordância ou não de sua presença no instrumento de coleta de dados. Em 49 julgamentos pelo juiz C, 87,8% dos quesitos (43) obtiveram concordância em sua presença no instrumento de coleta de dados e os outros 12,2% dos itens e subitens restantes (6) foram discordados pelo juiz. 44 5.2 RESULTADO QUALITATIVO DO PRIMEIRO QUESTIONÁRIO Além de poderem concordar ou discordar de um quesito, os juízes tinham a oportunidade de fazerem sugestões. No que concerne às sugestões dadas pelos juízes, realizou-se a análise de forma qualitativa conforme apresentado a seguir. 1.1 Etiqueta Nome Leito Diagnóstico Idade Data de admissão O juiz B propôs acrescentar no subitem 1.1 HORA DA ADMISSÃO e substituir DIAGNÓSTICO por HIPÓTESE DE DIAGNÓSTICO. 2.1 Identificação Data de nascimento Sexo Profissão Endereço residencial Telefone Nacionalidade Medicação em uso Situação conjugal Alergia Com relação ao subitem 2.1, o juiz A sugeriu que IDADE e DATA DE NASCIMENTO são a mesma coisa e que os mesmos deveriam constar no subitem etiqueta ou identificação, bem como deveria ALERGIA constar em ANTECEDENTES PESSOAIS. Já o juiz B julgou que o termo NACIONALIDADE não se faz necessário para o instrumento de coleta de dados na emergência. 4.1 Antecedentes pessoais Hipertensão arterial Alterações hepáticas Doença gênito urinaria/ Nefropatias Pneumopatia Doença infecto – contagiosa Diabetes mellitus Alterações hematológicas Doença do aparelho locomotor Doença psiquiátrica Doenças neurológicas Doença cardiovascular Tireoidopatias Doença do aparelho digestivo Neoplasias Quanto ao subitem ANTECEDENTES PESSOAIS, ou seja 4.1, o juiz A sugeriu que os termos devam estar em formato de checklist. 45 6.1 Atendimento prévio SAMU Outro hospital Bombeiros Outros Não recebeu O juiz B aconselhou a retirada do termo BOMBEIROS e substituí-lo por CORPO DE BOMBEIROS. 7. Necessidades de recreação e lazer 7.1 Recreação e lazer Etilismo Tabagismo Alimentação Higiene Atividade física Drogas Sono e repouso Os juízes B e C discordaram da presença dos quesitos 7 e 7.1, ou seja, houve 66,7 % de discordância. Eles acreditam que os item e subitem não são pertinentes ao histórico de enfermagem de um setor de emergência. Além disso, a abordagem dessa natureza demanda tempo, o que é um recurso escasso nessa área de atuação. 8.1 Uso de dispositivos Acesso venoso periférico Cateter vesical de demora Drenos Marcapasso Acesso venoso central Dreno torácico Sondas entéricas Ostomias Cateter vesical de alívio Drenos abdominais Sondas gástricas No que se refere ao subitem 8.1, foi recomendado pelo juiz A a inclusão de ÓRTESES e PRÓTESES. Contudo, o juiz B considerou desnecessário a especificação do tipos de DRENOS, sugerindo a utilização do termo DRENO com espaço para especificação do tipo. 9.1 Sinais vitais Temperatura Freqüência cardíaca Perfusão Periférica Pulso femoral (presente ou ausente) Amplitude (cheio, fraco e filiforme) Oximetria de pulso (Saturação de O2) Glicemia Pulso braquial (presente ou ausente) Pulso poplíteo (presente ou ausente) Ritmo Pressão arterial Freqüência respiratória Pulso radial (presente ou ausente) Pulso pedioso (presente ou ausente) 46 O juiz B solicitou a retirada dos tipos de PULSO, deixando espaço para preenchimento de qual foi mensurado, bem como especificar de qual PULSO seria a AMPLITUDE. Inspeção/Palpação 10.1 Alterações generalizadas Temperatura Albinismo Icterícia Enfisema subcutâneo Turgor Cianose Palidez Xerodermia Edema Pletora Quanto ao subitem 10.1, o juiz B sugeriu a retirada dos termos XERODERMIA e PLETORA, por serem termos pouco usados no cotidiano hospitalar. 10.2 Alterações localizadas – Manchas vásculo-sanguineas Eritema Enantema Púrpura Petéquia Equimose Víbice Hematoma Com relação ao subitem 10.2, o juiz B orientou a retirada do termo VÍBICE por estar em desuso na prática hospitalar. 10.5 Lesões de conteúdo líquido Vesícula Bolha Abscesso Pústula O juiz B propôs a substituição do termo BOLHA por FLICTEMA. 10.6 Perdas teciduais 1. 2. Escamas Exulceração 4. 5. Fístula Fissura 7. Escara 3. Úlcera 6. Crosta 47 Os juízes A e B propuseram a substituição do termo ESCARA por ÚLCERA DE DECÚBITO. 11.1 Função cerebral Sonolência Desorientação Afasia Disartria Ansiedade Euforia Estupor Falta de iniciativa e crítica Agnosia Incapacidade para cálculos Apatia Labilidade de humor Coma Falha ou perda da memória Disfasia Incapacidade de anotar e transmitir recados Irritação Desmazelo ao se vestir O juiz B ponderou que o termo DESMAZELO AO SE VESTIR não estava adequado nesse subitem. 11.3 Pupila e reflexos do tronco cerebral Isocóricas Anisocóricas Ovóides Buraco de fechadura Reflexo corneopalpebral Reflexo oculocefálico Midríase Miose Arredondadas Reflexo vestíbulo-ocular Reflexo fotomotor Segundo o juiz B, as terminologias OVÓIDES, BURACO DE FECHADURA e ARREDONDADAS estão em desuso, devendo ser retiradas do instrumento. 11.4 Provas e reflexos Prova de Romberg Prova de Lasègue Reflexo patelar Prova de Brudzinski Prova de Kerning Sinal de Babinski Prova de Lewinson Prova dedo-nariz De acordo com os juizes A e B, esse subitem é um quesito difícil de ser mensurado num setor de emergência, onde o tempo é escasso, não havendo necessidade de realizar todas as provas, além de ser evidente o desconhecimento técnico-científico por parte dos profissionais para a realização das provas. 48 11.5 Avaliação dos nervos cranianos Olfato (nervo I) Acuidade visual (nervo II) Ptose palpebral ( nervo Midríase ( nervo III, IV III, IV ou VI) ou VI) Parestesia (nervo V) Simetria facial ( nervo VII ou IX) Acuidade auditiva (nervo VIII) Elevação da úvula e palato mole (nervo X) Movimentos da língua (nervo XII) Contração faríngea (nervo X) Contração dos ombros (nervo XI) Nistagmo ( nervo III, IV ou VI) Miose ( nervo III, IV ou VI) Ausência de saliva, lágrimas e paladar ( nervo VII ou IX) Rouquidão ( nervo X) Rotação da cabeça (nervo XI) A avaliação do juiz A, para o subitem 11.5, é a mesma do subitem 11.4. Já o juiz B discordou da presença desse subitem, por não haver necessidade de serem realizadas as avaliações. 11.8 Olhos Edema Icterícia Ptose Traumatismo Anisocoria Hemorragia conjuntival Conjuntivite Midríase Miose O juiz B constatou a repetição dos termos ANISOCORIA, MIDRÍASE e MIOSE, que estão presentes no subitem 11.3. 12.6 Parâmetros do ventilador mecânico Modalidade Volume corrente Fração de oxigênio Pressão inspiratória inspirado Relação inspiração x expiração Umidificação Freqüência Relação volume corrente x freqüência Nível de PEEP De acordo com a opinião do juiz A, que discordou do subitem, PARÂMETROS DO VENTILADOR MECÂNICO, são mais comum em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O juiz B sugeriu colocar esse subitem abaixo do 12.3. 14. Necessidades de sexualidade e eliminação 49 14.1 Sexualidade e eliminação Sinais e Sintomas Hematúria Incontinência urinária Retenção urinária Poliúria Oligúria Disúria Anúria Polaciúria Nictúria Sangramentos Secreções Prurido Cólicas renais O juiz A ponderou que os itens 13 e 14, no que se refere à ELIMINAÇÃO, deveriam ser agrupados, já NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO deveriam compor outro item, bem como SEXUALIDADE. Para o juiz C, o item 14 e o subitem 14.1 são de discordância. 16. Escala de dor 16.2 Escala de descritores verbais O item 16, ESCALA DA DOR, para o juiz B, deveria estar abaixo do subitem 9.1, pois alguns autores consideram a dor como um quinto sinal vital. O subitem 16.2 foi discordado pelo juiz A, por acreditar que a ESCALA VISUAL ANALÓGICA é melhor compreendida em relação à escala de DESCRITORES VERBAIS e ESCALA DA DOR. 9.3 Resultado quantitativo do segundo questionário. Após a devolução de cinco questionários pelos juízes (os que participaram da primeira rodada mais os enfermeiros que atuam no setor de emergência do HRC) na segunda rodada da técnica Delphi, as respostas foram analisadas quantitativamente com o auxilio do programa estatístico SPSS; foi adotado o critério de 60% de concordância4 para que os quesitos (conteúdo, espaço para registro e distribuição dos sub-itens) fossem validados, conforme se observa nos gráficos e tabela que se seguem. 4 Considera-se concordância, para o segundo questionário, quando julgado pelos juízes como completo, suficiente e adequado. 50 Figura 6 - Número de quesitos que apresentaram discordância Foram apresentadas 24 questões, sendo que cada uma delas poderiam apresentar dois ou três quesitos para serem julgados, totalizando 64 quesitos para serem avaliados por cada um deles. Cada quesito deveria ser julgado como completo ou incompleto, suficiente ou insuficiente e adequado ou inadequado, respectivamente. Dentre os 64 quesitos julgados, 40 deles não apresentaram nenhuma discordância, ou seja, 62,5% obtiveram concordância de todos os juízes. Contudo, 21 quesitos (32,8%) apresentaram uma discordância por parte dos juízes, outros 3 quesitos (4,7%) apresentaram duas discordâncias. Observou-se que nenhum quesito obteve discordância por três, quatro ou cinco juízes simultaneamente. 51 Figura 7 - Número de quesitos que apresentaram discordância Foram apresentados 64 quesitos aos juízes, para serem julgados por cada um deles. Conforme os dados obtidos pelo somatório das respostas dos cinco juízes, foram analisados 320 quesitos. Do total da amostra, 293 (91,6%) quesitos obtiveram concordância pelos juízes e em 27 (8,4%) deles houve discordância. Figura 8 - Número de quesitos que apresentaram concordância e discordância por cada juiz. 52 Foram apresentadas 24 questões, sendo que cada uma delas poderiam apresentar dois ou três quesitos para serem concordados ou discordados. Considera-se concordância quando a resposta for completo, suficiente e adequado e discordância para as seguintes respostas: incompleto, insuficiente e inadequado. No total, foram 64 quesitos para serem avaliados por cada juiz. Foram analisados os dados do juiz 1. Do total de 64 quesitos julgados, 63 quesitos (98,4%) apresentaram concordância e 1, ou seja, 1,6% discordância. Segundo dados obtidos pelo juiz 2, dos 64 quesitos julgados, 89,1% desses obtiveram concordância, ou seja, 57 quesitos, e 10,9% dos quesitos restantes (7) foram discordados pelo juiz. Em 64 julgamentos pelo juiz 3, 87,5% dos quesitos (56) obtiveram concordância e os outros 12,5% dos quesitos restantes (8) foram discordados pelo juiz. Para o juiz 4 todos os 64 quesitos foram concordados, ou seja, houve 100% de aprovação. O juiz 5 discordou de 11 quesitos (17,2%) e concordou com os 53 quesitos restantes (82,8%). Tabela 1 - Avaliação dos juízes quanto aos julgamentos das questões constantes do questionário Julgamentos Juíz 1 Juíz 2 Juíz 3 Juíz 4 Juíz 5 Total Completo Incompleto 23 1 20 4 21 3 24 0 23 1 111 9 Suficiente Insuficiente 24 0 22 2 23 1 24 0 22 2 115 5 Adequado Inadequado Total 16 0 64 15 1 64 12 4 64 16 0 64 8 8 64 67 13 320 Verifica-se que o julgamento completo apresentou uma pequena amplitude, variando de 20 – 24 julgamentos por juiz. Para os julgamentos incompletos do quesito conteúdo, foi constatado um total de 9 julgamentos, somando os cinco juízes. No que se refere ao quesito espaço para o registro, verifica-se que os juízes 1 e 4 avaliaram como suficiente em todas as questões. Tal característica refletiu no julgamento insuficiente, em que se observa somente 5 julgamentos no total. 53 Em relação ao quesito distribuição dos subitens, houve uma discrepância nos resultados apresentados pelos juizes. O juiz 1 julgou como adequado a distribuição do sub-itens em todas as questões, enquanto o juiz 5 considerou apenas 50% de adequação. A partir do resultado da realização da técnica Delphi, o instrumento de coleta de dados foi validado, com as modificações sugeridas pelos juízes, conforme se pode observar no Apêndice A. Após a realização das seis primeiras etapas da elaboração do instrumento, descritas na metodologia, foi feito um teste pelas pesquisadoras que consiste na utilização do instrumento recém-validado, para identificar possíveis falhas, isto é, na prática, verificar a adequação do conteúdo e avaliar o tempo gasto em sua aplicação. O teste foi realizado por um período de 5 dias, em que o instrumento foi aplicado em 10 clientes que atenderam ao critério de inclusão. 54 6 DISCUSSÃO A coleta de dados é a base para o processo de enfermagem, tendo como objetivo identificar e obter informações importantes sobre o estado de saúde do indivíduo, família e comunidade. Essas informações são fundamentais para a individualização do plano de cuidados (BITTAR et al., 2006). A construção do instrumento de coleta de dados direcionado para o setor de emergência, tem o intuito de possibilitar aos enfermeiros condições de identificar os problemas reais ou potenciais dos clientes que procuram o serviço, de forma a atender as necessidades encontradas e prevenir as complicações, já que a coleta de dados é o primeiro passo para que o processo de enfermagem seja realizado. É sabido que nos setores de emergência de alguns hospitais públicos do DF a coleta de dados não se faz presente, mas essa é uma prática que se faz necessária para melhorar a qualidade da assistência prestada pela equipe de enfermagem. Encontrou-se na literatura poucos modelos de instrumento de coleta de dados direcionados para o setor de emergência, o que gerou uma certa dificuldade por parte das pesquisadores em identificar quais eram os elementos que deveriam constar num instrumento de coleta de dados direcionado para o setor de emergência. Contudo, foi feita uma ampla revisão bibliográfica acerca dos seguintes assuntos: anamnese, exame físico, histórico de enfermagem e quais as principais ocorrências no setor de emergência. A partir de tal revisão, foi selecionado o que deveria compor um histórico de enfermagem. A opção pela técnica Delphi veio suprir, de certa forma, as limitações apresentadas pela falta de modelos de instrumentos de coleta de dados, já que parte do pressuposto que o julgamento coletivo de peritos, quando organizado adequadamente, é superior à opinião de um só indivíduo. Além disso, para a operacionalização da técnica foi formado um grupo de especialistas no assunto, sendo esse um fator-chave do sucesso da construção e validação do histórico de enfermagem (WRIGHT; GIOVINAZZO, 2000). O grande diferenciador da técnica - coletar a opinião de especialistas -, segundo Silva e Tanaka (1999) torna-se uma das problemáticas no seu uso. No caso deste estudo, a seleção dos participantes foi uma das dificuldades encontradas pelas pesquisadoras, devido ao pequeno número de enfermeiros com conhecimento 55 aprofundado encontrados nas áreas exigidas: construção de instrumentos, processo de enfermagem ou cuidados com paciente crítico. Segundo as literaturas consultadas sobre a técnica Delphi, não há um padrão no número da amostra de juízes para participar da pesquisa (SILVA; TANAKA, 1999). Na primeira rodada da técnica participaram três juízes, enfermeiros docentes da UCB. Esses se mostraram comprometidos, competentes e habilitados. Na segunda rodada da técnica Delphi, participaram cinco juízes (33,3%) 5 sendo que dois (13,3%) eram enfermeiros docentes da UCB e os outros três (20%) juízes eram enfermeiros do setor de emergência do HRC. Um dos juízes da UCB (6,7%) que participou na primeira rodada da técnica Delphi, não entregou o questionário no prazo estipulado para devolução, na segunda rodada. Os enfermeiros do HRC, seis (40%) recusaram-se a participar da pesquisa, relatando que não havia tempo para responder o questionário, devido à demanda de serviços no setor, outros dois (13,3%) estavam de licença e um (6,7%) de férias, o que impossibilitou o contato das pesquisadoras com esses enfermeiros. A elaboração e distribuição dos questionários, o preenchimento dos mesmo pelos juízes, a análise e a compreensão das informações obtidas nas duas rodadas da técnica Delphi para se construir e validar o instrumento, exigiram intensa dedicação e tempo das pesquisadoras e do grupo de juízes. A primeira rodada da técnica Delphi ocorreu no período de 14 de setembro de 2009 a 27 de setembro de 2009. A segunda rodada iniciou no dia 26 de outubro de 2009 e encerrou no dia 08 de novembro de 2009. O uso do primeiro questionário foi uma forma de selecionar e coletar os dados, o que possibilitou o agrupamento de opiniões e experiências de profissionais. O resultado deu ensejo a uma abundante exposição de conhecimentos, atitudes e visões, as quais foram essenciais para a construção do instrumento que foi avaliado, através do outro questionário na segunda rodada (CASTRO; LIMA, 2006). O questionário aplicado na primeira etapa da coleta de dados tinha por objetivo selecionar o que deveria compor o histórico de enfermagem, sendo que, para tal, o quesito deveria ter 60% de concordância por parte dos juízes. Após a análise estatística, os únicos quesitos, dentre os 49 avaliados, que apresentaram uma porcentagem menor do que 60% de concordância foram os quesitos de 5 Porcentagem referente à amostra total esperada, 15 juízes, que deveria participar da segunda rodada da coleta de dados. 56 números 7 e 7.1 - que se tratavam das necessidades de recreação e lazer -, que obtiveram apenas 33,3% de concordância. É significativo ressaltar que o pequeno número de estudos sobre a validação de histórico de enfermagem para o setor de emergência limita a análise e comparação dos dados coletados, porém o índice de concordância de 95,9% dos 49 quesitos demonstra a confiabilidade do resultado da primeira rodada da coleta de dados. Ou seja, os dados elencados pelas pesquisadoras para compor o instrumento estavam adequados ao histórico de enfermagem direcionado ao setor de emergência. Dentre as sugestões feitas pelos juízes na primeira rodada da coleta de dados, aquelas que foram aceitas com o intuito de aperfeiçoar o instrumento, destacam-se: Acrescentar HORÁRIO DE ADMISSÃO na ETIQUETA, segundo a sugestão do juiz B; Substituir DIAGNÓSTICO por HIPÓTESE DE DIAGNÓSTICO e colocar em destaque, conforme orientação do juiz B; Segundo o juiz B, substituir BOMBEIRO por CORPO DE BOMBEIRO, no ATENDIMENTO PRÉVIO; Retirar o termo NACIONALIDADE na IDENTIFICAÇÃO de acordo com o juiz B, contudo foi acrescido o termo PROCEDÊNCIA em IDENTIFICAÇÃO; Extrair os TIPOS DE PULSO presentes no primeiro questionário em SINAIS VITAIS, e deixar um espaço para a especificação de qual pulso mensurado e sua amplitude, conforme a sugestão do juiz B; Preferir a ESCALA VISUAL ANALÓGICA, e inseri-la após sinais vitais de acordo com a opinião dos juízes A e B, respectivamente; Acrescentar os termos ÓRTESES E PRÓTESES no USO DE DISPOSITIVO, retirar a especificação dos TIPOS DE DRENO e deixar somente um espaço para especificá-lo quando necessário, de acordo com a orientação dos juízes A e B respectivamente; Retirar PLETORA e XERODERMIA, localizados em ALTERAÇÕES GENERALIZADAS, assim como VÍBICE em ALTERAÇÕES LOCALIZADAS - MANCHAS VÁSCULO SANGUÍNEAS e substituir a 57 palavra bolha por FLICTEMA em LESÕES DE CONTEÚDO LÍQUIDO, conforme sugestão do juiz B; todos esses termos estão presentes em INTEGRIDADE CUTÂNEO-MUCOSA; Agrupar as informações de NECESSIDADE DE ELIMINAÇÃO, NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO com NECESSIDADE DE SEXUALIDADE E ELIMINAÇÃO, e a partir disso, os termos constantes, foram divididos em ELIMINAÇÃO INTESTINAL e GENITO-URINÁRIO, de acordo com a opinião dos juízes A e C; Discordamos da opinião do juiz A em retirar DATA DE NASCIMENTO da IDENTIFICAÇÃO, pois ela permite a continuidade da assistência, já que a DATA DE NASCIMENTO será o número do registro hospitalar do cliente. A DATA DE NASCIMENTO foi colocada na ETIQUETA, junto com IDADE, que também permaneceu no instrumento por ser uma informação que torna ágil as ações de enfermagem no setor de emergência. Juntamente com a análise da primeira rodada da coleta de dados, foi dada continuidade à revisão bibliográfica o que, somados aos itens acordados e às sugestões aceitas, permitiu a construção de um instrumento adequado, objetivo e claro. Baseado nos estudos realizados, foi acrescido ao instrumento as seguintes informações: Retirado LEITO da ETIQUETA e colocado junto da identificação do hospital, já que foi observado pelas pesquisadoras que alguns instrumentos da SES-DF são produzidos dessa maneira; Excluído de ANTECEDENTES PESSOAIS o termo DOENÇA INFECTO-CONTAGIOSA – e acrescido após a ETIQUETA que está em destaque. dada à situação peculiar das referidas doenças, o conhecimento/identificação se faz necessário para que a equipe saiba reconhecer as alterações que acompanham o cliente. Retirado ALERGIA da IDENTIFICAÇÃO e colocado após a ETIQUETA, em destaque para melhor visualização da equipe; Acrescido ao instrumento LOCAL DE ORIGEM E MODO DE CHEGADA, pois contextualiza a história da doença; Inserido o termo GESTANTE na IDENTIFICAÇÃO, pois este cliente necessita de uma atenção adequada para sua realidade; 58 Retirado de SENSO-PERCEPÇÃO: FUNÇÃO CEREBRAL, PUPILAS e REFLEXO DO TRONCO CEREBRAL, AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS, COURO CABELUDO, ORELHAS, OLHOS, NARIZ, BOCA e PESCOÇO, devido ao grande número de sugestões que relataram que a avaliação estava extensa. Optou-se por reformular o item SENSO-PERCEPÇÃO e deixar a seguinte divisão: NÍVEL DE CONSCIÊNCIA – ESCALA DE COMA DE GLASGOW, REFLEXOS, SENSÓRIO-MOTOR e PUPILAS. Retirado PERDAS TECIDUAIS, pois foi percebido que os juízes não compreenderam o significado do termo. MAMAS E AXILAS, também foi retirada por ser uma avaliação que não se faz necessária em condições de risco. Reformulado o conteúdo de LESÕES por acreditar que estava incompleto; Acrescido AGENTE DA QUEIMADURA na AVALIAÇÃO DA QUEIMADURA ; Acrescido AVALIAÇÃO DO TRAUMA, POLITRAUMA E ESCORE DO TRAUMA - MEDIDA DE GRAVIDADE DA LESÃO, pois com o contínuo estudo das pesquisadoras, após a entrega do primeiro questionário, verificou-se que as lesões traumáticas são de grande ocorrência no setor de emergência, fazendo-se assim necessária uma avaliação detalhada do cliente traumatizado, já que estas são causas de incapacidade física (COSTA, 2007). Vale lembrar que o termo ENCHIMENTO CAPILAR foi retirado de SINAIS VITAIS, por estar presente no escore do trauma. Retirado VENTILAÇÃO ESPONTÂNEA e adaptado às informações contidas em VIA ÁREA AVANÇADA e OXIGENIOTERAPIA em PARÂMETROS DO VENTILADOR MECÂNICO, para otimizar o espaço no instrumento e diminuir o tempo gasto na coleta de dados pelo enfermeiro. Com relação aos GÂNGLIOS presentes em LOCOMOÇÃO, esses foram retirados e inseridos em PALPAÇÃO GANGLIONAR, que se localiza em REGULAÇÃO VASCULAR E LINFÁTICA. Os termos 59 PARESTESIA, PLEGIA, PARESIA E ALGIA também foram retirados e inseridos em SENSO-PERCEPÇÃO. Aperfeiçoado AVALIAÇÃO DE RISCO, pois foi identificada a necessidade do uso de escalas para mensurar o risco; Acrescidos EXAMES SOLICITADOS e OBSERVAÇÕES DA ENFERMAGEM. De posse dos resultados do primeiro questionário, foi construído o instrumento de coleta de dados - histórico de enfermagem - e produzido um novo questionário para a segunda rodada da coleta de dados. Esse questionário tinha por objetivo validar o instrumento de coleta de dados. Todos os quesitos (conteúdo, espaço para registro e distribuição dos subitens) foram validados, ou seja, obtiveram acima de 60% de concordância / aprovação pelos juízes. Após a construção e validação do instrumento o teste foi realizado nos dias 13, 16, 17, 18 e 19 de novembro de 2009. O tempo gasto em seu preenchimento foi de aproximadamente 20 minutos. Com sua aplicação, foi julgado pertinente acrescentar em ANTECEDENTES PESSOAIS os termos DROGAS, ETILISMO e TABAGISMO, que faziam parte das NECESSIDADES DE RECREAÇÃO E LAZER que foram discordados pelos juizes na primeira rodada com 66,7%. A reintrodução desses termos no instrumento se faz necessária, visto que essas substâncias causam alterações no sistema nervoso. Foi perceptível no setor de emergência o grande número de clientes sob os efeitos dessas substâncias. Epidemiologicamente constata-se um aumento significativo de atendimento no setor de emergência por causas externas, geralmente associadas ao uso de drogas e álcool (COSTA, 2007). Foi percebido que o número da fonte utilizada no instrumento estava ligeiramente pequena, evidenciado por certa dificuldade no preenchimento e visualização do instrumento. O histórico de enfermagem que foi construído, validado – aprovado pelos juízes – e testado, contempla as principais ocorrências de um setor de emergência, que são de alta complexidade; ele é de média extensão, porém contêm as informações necessárias para a identificação do risco de morte iminente. As informações coletadas no histórico de enfermagem permitem a continuidade da assistência, a comunicação entre todos os profissionais do setor, a 60 avaliação da assistência prestada, a utilização dos dados em pesquisas, além de ser um respaldo legal para o cliente e para o profissional que prestou a assistência (HERMIDA, 2005). A utilização do instrumento proporciona uma intervenção efetiva e é o primeiro passo para que o PE seja realizado, já que é compreendido por etapas seqüenciais e interrelacionadas. Este estudo evidenciou a coleta de dados, primeira etapa, mas sabendo da relevância das demais se sugere a implantação das demais etapas que fazem com que as necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais sejam atendidas. O enfermeiro é o profissional capacitado para realizar e gerenciar este processo, já que ele valoriza as necessidades do ser humano/cliente (HORTA, 1979). 61 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados obtidos no presente estudo permitiram construir, validar e testar um instrumento: histórico de enfermagem direcionado para o setor de emergência de um hospital público do DF. O instrumento visa contribuir para uma melhoria na qualidade da assistência prestada no setor de emergência, já que favorece o reconhecimento dos problemas atuais e potenciais do cliente, fornecendo base para o planejamento das ações, individualização da assistência e agilidade no serviço de enfermagem, tornando-o mais eficiente. A construção do instrumento com o uso da técnica Delphi possibilitou a troca de conhecimento e experiência entre diversos especialistas para a construção de um único instrumento, interativo e eficaz. Contudo é relevante, no futuro, ampliar a amostra para que haja um aperfeiçoamento do instrumento. Apesar das dificuldades encontradas, tais como a falta de referencial sobre instrumento para o setor de emergência, tempo escasso, recusa de alguns juizes em participar da pesquisa; a experiência de construir, validar e testar o instrumento nos fez compreender melhor o processo de enfermagem, e reconhecer a importância de se implantar o histórico de enfermagem – a primeira etapa do processo – no setor de emergência. Este estudo possibilitou, ainda, a troca de experiências entre as pesquisadoras na condição de acadêmicas e os juízes enfermeiros. Para as acadêmicas foi extremamente válida a aquisição dos conhecimentos transmitidos por profissionais experientes, competentes e habilitados, já os juízes tiveram a oportunidade de conhecer a técnica e validar um instrumento que poderá ser utilizado efetivamente, com ganhos para os setores de emergência, conforme foi demonstrado pelo teste. Considerando, portanto, os benefícios da utilização do histórico de enfermagem e o amplo conhecimento que exige dos enfermeiros em sua aplicabilidade, conclui-se que é possível e imprescindível construir e aplicar o histórico de enfermagem no setor de emergência, para que se tenha uma assistência de qualidade em enfermagem. 62 REFERÊNCIAS 1. ALFARO-LEFEVRE, R. Aplicação do processo de enfermagem: promoção do cuidado colaborativo. Traduzido por Regina Garcez. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 2. ARAÚJO, I. E. M. et al. Sistematização da assistência de enfermagem em uma unidade de internação:desenvolvimento e implementação de roteiro direcionador relato de experiência. Acta Paul. Enf., v. 9, n. 1, p. 18-27, jun./abr. 1996. 3. BARROS, A. L. B. L. et al. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Porto Alegre: Artmed, 2002. 4. BATISTA, K. M.; BIANCHI, E. R. F. Estresse do enfermeiro em unidade de emergência. Rev. Latinoam. Enferm., v. 14, n. 4, p. 534-539, jul./ago. 2006. 5. BITTAR, D. B.; PEREIRA, L. V.; LEMOS, R. C. A. Sistematização da assistência de enfermagem ao paciente crítico:proposta de instrumento de coleta de dados. Texto e Contexto - Enfermagem, v. 15, n. 4, p. 617-628, oct./dez. 2006. 6. BRASIL. Lei n 7498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 jun. 1986. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 30 mar. 2009. 7. BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção às urgências. Brasília, 2006. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/editora>. Acesso em: 25 set. 2009. 8. BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Emergência. Brasília, 2006. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Politica%20Nacional.pdf>. Acesso: 26 set. 2009. 9. BRASIL. Ministério da Saúde. Urgência e Emergência, 2001. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/urgencia_emergencia.pdf>. Acesso: 26 set. 2009. 10. CALIL, A. M. Estrutura organizacional de um serviço de emergência. In: CALIL, A. M.; PARANHOS, W. Y. (Org.). O enfermeiro e as situações de emergência. São Paulo: Atheneu, 2007. 11. CALIL, A. M.; PARANHOS, W. Y. O enfermeiro e as situações de emergência. São Paulo: Atheneu, 2007. 63 12. CASTILHO, N. C.; RIBEIRO, P. C.; CHIRELLI, M. Q. A implementação da sistematização da assistência de enfermagem no serviço de saúde hospitalar do Brasil. Texto & contexto-enferm., v. 18, n. 2, p. 280-289, abr/jun. 2009. 13. CASTRO, A. M. G.; LIMA, S. M. V. Técnica Delphi. In: DUARTE, J.; BARROS, A. (0rg.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 14. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução 272/2002. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE - nas Instituições de Saúde Brasileiras. Rio de Janeiro, 27 ago. 2002. Disponível em: <http://www.portalcofen.gov.br>. Acesso em: 10 maio 2009. 15. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução 311/2007. Código de ética dos profissionais de enfermagem. Rio de Janeiro, 8 fev. 2007. Disponível em: <http://portalcofen.gov.br>. Acesso em: 2 abril 2009. 16. CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Parecer 55.820/98. Dispõe sobre os Procedimentos mínimos para atendimento em PS. São Paulo, 24 nov. 1998. Disponível em: <http://www.cremesp.org.br>. Acesso em: 25 set. 2009. 17. COSTA, M. Estudo do perfil da demanda do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU da Macrorregional da Grande Florianópolis no mês de junho de 2007. 2007. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Graduação em Medicina)–Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007. 18. CYRILLO, R. M. Z. Diagnósticos de enfermagem em vítimas de trauma no atendimento avançado pré-hospitalar móvel. 2005. 271 f. Dissertação (Mestrado)-Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. 19. DIOGO, M. J. D’E. O papel da enfermeira na reabilitação do idoso. Rev. Latinoam. Enferm., Ribeirão Preto, v. 8, n. 1, p. 75-81, jan. 2000. 20. DISTRITO FEDERAL. Hospitais e regionais. Disponível em: <http://www.saude.df.gov.br/>. Acesso em: 22 maio 2009. 21. DUARTE, J.; BARROS, A. (Org.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2006. 22. EMERGENCY NURSES ASSOCIATION. Competencies for nurse practitioners in emergency care. Disponível em: <http://www.ena.org>. 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O nosso objetivo é construir, validar e testar um instrumento de coleta de dados para a realização do histórico de enfermagem – abrange o anamnese e o exame físico – direcionado aos clientes de um hospital de médio porte da Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal. O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a). A sua participação será através de um questionário que você deverá responder no setor de emergência na data combinada com um tempo estimado para seu preenchimento de 60 minutos. Não existe obrigatoriamente, um tempo pré-determinado, para responder o questionário. Sendo respeitado o tempo de cada um para respondê-lo. Informamos que a Senhor(a) pode se recusar a responder qualquer questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para a senhor(a) no seu entendimento. Os resultados da pesquisa serão divulgados aqui no setor de emergência e para todo o Hospital Regional da Ceilândia podendo inclusive ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda da pesquisadora. Se o Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para: Enf. Juliana Fonseca da Silva , na instituição Universidade Católica de Brasília, telefone: ( 61) 84262588,no horário 13:00 às 19:00. Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da SES/DF. Qualquer dúvida com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa, podem ser obtidos através do telefone: (61) 3325-4955. Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa. ______________________________________________ Nome / assinatura: ____________________________________________ Pesquisador Responsável Nome e assinatura: Brasília, ___ de __________de ________ 67 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O (a) Senhor (a) está sendo convidada a participar do projeto: Construção, validação e teste de um instrumento: histórico de enfermagem na emergência de um hospital público do DF. O nosso objetivo é construir, validar e testar um instrumento de coleta de dados para a realização do histórico de enfermagem – abrange o anamnese e o exame físico – direcionado aos clientes de um hospital de médio porte da Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal. O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a). A sua participação será através de um questionário que você deverá responder na Universidade Católica de Brasília na data combinada com um tempo estimado para seu preenchimento de 60 minutos. Não existe obrigatoriamente, um tempo pré-determinado, para responder o questionário. Sendo respeitado o tempo de cada um para respondê-lo. Informamos que a Senhor(a) pode se recusar a responder qualquer questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para a senhor(a) no seu entendimento. Os resultados da pesquisa serão divulgados aqui na Coordenação do curso de Enfermagem e para toda a Universidade Católica de Brasília podendo inclusive ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda da pesquisadora. Se o Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para: Enf. Juliana Fonseca da Silva , na instituição Universidade Católica de Brasília, telefone: ( 61) 84262588,no horário 13:00 às 19:00. Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da SES/DF. Qualquer dúvida com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa, podem ser obtidos através do telefone: (61) 3325-4955. Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa. ______________________________________________ Nome / assinatura: ___________________________________________ Pesquisador Responsável Nome e assinatura: Brasília, ___ de __________de _________ 68 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO O (a) Senhor(a) está sendo convidada a participar do projeto: Construção, validação e teste de um instrumento: histórico de enfermagem na emergência de um hospital público do DF. O nosso objetivo é construir, validar e testar um instrumento de coleta de dados para a realização do histórico de enfermagem – abrange o anamnese e o exame físico – direcionado aos clientes de um hospital de médio porte da Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal. O(a) senhor(a) receberá todos os esclarecimentos necessários antes e no decorrer da pesquisa e lhe asseguramos que seu nome não aparecerá sendo mantido o mais rigoroso sigilo através da omissão total de quaisquer informações que permitam identificá-lo(a). A sua participação será através de um questionário que você deverá responder e da submissão de um exame físico para o teste de coleta de dados, histórico de enfermagem, que serão aplicados pelos pesquidores no setor de emergência do Hospital Regional da Ceilândia, no momento da sua admissão e com um tempo estimado para a realização do teste de 20 minutos. Os voluntários não serão submetidos a riscos durante o período do teste, visto que a aplicação do histórico de enfermagem faz parte de uma rotina hospitalar, sendo que as informações anotadas são anônimas, ou seja, o senhor (a) não será identificado nos resultados da pesquisa. Informamos que a senhor (a) pode se recusar a responder qualquer questão que lhe traga constrangimento, podendo desistir de participar da pesquisa em qualquer momento sem nenhum prejuízo para o senhor (a) no seu entendimento. Os resultados da pesquisa serão divulgados para toda a Universidade Católica de Brasília e para o Hospital Regional da Ceilândia podendo inclusive ser publicados posteriormente. Os dados e materiais utilizados na pesquisa ficarão sobre a guarda da pesquisadora. Se o Senhor(a) tiver qualquer dúvida em relação à pesquisa, por favor telefone para: Enf. Juliana Fonseca da Silva , na instituição Universidade Católica de Brasília, telefone: ( 61) 84262588,no horário 13:00 às 19:00. Este projeto foi Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da SES/DF. Qualquer dúvida com relação à assinatura do TCLE ou os direitos do sujeito da pesquisa, podem ser obtidos através do telefone: (61) 3325-4955. Este documento foi elaborado em duas vias, uma ficará com o pesquisador responsável e a outra com o sujeito da pesquisa. ______________________________________________ Nome / assinatura: ___________________________________________ Pesquisador Responsável Brasília, ___ de __________de _________ 69 UNIVERSIDADE CATÓLICADE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA CURSO DE ENFERMAGEM PRIMEIRA RODADA DA COLETA DE DADOS Prezada Enfermeira, Estamos, na condição de acadêmicas, desenvolvendo uma pesquisa que tem por objetivo construir, validar e testar um instrumento para a realização do histórico de enfermagem na emergência de um hospital público do DF. O histórico de enfermagem é uma coleta sistemática de dados que constitui a primeira etapa do processo de enfermagem, sendo essencial para determinar a classificação de risco do paciente, permitindo ao enfermeiro a tomada de decisões precisas. Embora se conheçam muitos instrumentos para a determinação do histórico de enfermagem em geral, o desenvolvimento de um instrumento para a elaboração do histórico de enfermagem em situações de emergência requer uma abordagem diferenciada, devido às características próprias desse contexto. Na emergência, o tempo é um recurso restrito, e a coleta de informações supérfluas trabalha contra a saúde do paciente. Por isso, é de extrema importância que o instrumento colete apenas as informações estritamente necessárias para diagnosticar as condições típicas da emergência e as situações que oferecem risco iminente de morte ao paciente, a fim de proporcionar uma intervenção efetiva e o mais precoce possível. Baseado na Teoria das Necessidades Humanas Básicas proposta por Wanda de Aguiar Horta que guia, aprimora e fundamenta a prática de enfermagem, ou seja, cria uma metodologia para o processo de enfermagem e nas características desejáveis de um histórico de enfermagem, foram selecionados itens e subitens hipoteticamente pertinentes a um histórico de enfermagem. Você deverá decidir se estes itens devem ou não fazer parte do histórico de enfermagem na emergência. Além disso, terá oportunidade de utilizar os espaços descriminados para sugestões e comentários. A seguir, apresentamos instruções básicas para o preenchimento do instrumento. Primeiramente, o formulário abaixo não é ainda um modelo do instrumento de coleta de dados, mas sim um questionário pelo qual tentaremos determinar que informações devem constar do instrumento. Exemplificando: nos vários quesitos constantes do formulário, não estamos preocupadas em determinar, ainda, o exato formato da aquisição do dado (por exemplo, checklist, preenchimento, etc), mas sim apenas em saber se o determinado quesito deve ou não constar do instrumento. 70 O formulário está estruturado da seguinte maneira: são 18 itens no total, cada item englobando um ou mais quadros, e cada quadro englobando vários quesitos. Você deverá, para cada item, dizer se concorda ou discorda com sua presença no instrumento; o mesmo deverá ser feito para cada quadro. Em cada quadro há um espaço para uma resposta por extenso, onde você deverá se manifestar caso discorde da presença de algum dos quesitos daquele quadro ou julgue que é necessário acrescentar mais um quesito que não esteja presente. Desde já agradecemos a sua valiosa contribuição, a qual permitirá a construção e validação do instrumento. Estaremos à disposição para eventuais esclarecimentos que se façam necessários. Orientadora: Juliana Fonseca da Silva – tel 8426-2588 Pesquisadoras: Ana Cláudia Braga – tel 8423-5348 / Sheila Batista – tel 8404-6163 71 UNIVERSIDADE CATÓLICADE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA CURSO DE ENFERMAGEM SEGUNDA RODADA DA COLETA DE DADOS Prezada Enfermeira, Estamos dando continuidade à pesquisa “Construção, validação e teste de um instrumento: histórico de enfermagem na emergência de um hospital público do DF”, a qual, sem a sua valiosa contribuição, não estaria sendo realizada. A partir da análise das respostas de todos os juízes, observando o critério de 60% de concordância e as sugestões dadas, o instrumento foi construído e neste momento, objetivando a sua validação, solicitamos novamente que você utilize de seus preciosos conhecimentos para analisar o instrumento e responder o questionário que o acompanha. Desta forma, seguem as instruções para o preenchimento do questionário onde serão avaliados a adequação do conteúdo, o espaço para registro e a distribuição dos subitens de cada tópico presente no histórico de enfermagem. Desta forma, por favor analise os tópicos e julgue as questões como achar melhor. Em caso de discordância você terá a oportunidade de manifestar sugestões e/ou comentários. Desde já agradecemos a sua valiosa contribuição, a qual permitirá a construção e validação do instrumento. Estaremos à disposição para eventuais esclarecimentos que se façam necessários. Orientadora: Juliana Fonseca da Silva – tel 8426-2588 Pesquisadoras: Ana Cláudia Braga – tel 8423-5348 / Sheila Batista – tel 8404-6163 72 UNIVERSIDADE CATÓLICADE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA CURSO DE ENFERMAGEM SEGUNDA RODADA DA COLETA DE DADOS Prezada Enfermeira, Estamos, na condição de acadêmicas, desenvolvendo uma pesquisa que tem por objetivo construir, validar e testar um instrumento para a realização do histórico de enfermagem na emergência de um hospital público do DF. O histórico de enfermagem é uma coleta sistemática de dados que constitui a primeira etapa do processo de enfermagem, sendo essencial para determinar a classificação de risco do paciente, permitindo ao enfermeiro a tomada de decisões precisas. Embora se conheçam muitos instrumentos para a determinação do histórico de enfermagem em geral, o desenvolvimento de um instrumento para a elaboração do histórico de enfermagem em situações de emergência requer uma abordagem diferenciada, devido às características próprias desse contexto. Na emergência, o tempo é um recurso restrito, e a coleta de informações supérfluas trabalha contra a saúde do paciente. Por isso, é de extrema importância que o instrumento colete apenas as informações estritamente necessárias para diagnosticar as condições típicas da emergência e as situações que oferecem risco iminente de morte ao paciente, a fim de proporcionar uma intervenção efetiva e o mais precoce possível. Baseado na Teoria das Necessidades Humanas Básicas proposta por Wanda de Aguiar Horta que guia, aprimora e fundamenta a prática de enfermagem, ou seja, cria uma metodologia para o processo de enfermagem e nas características desejáveis de um histórico de enfermagem, foi construído o histórico de enfermagem e neste momento, objetivando a sua validação, solicitamos que você utilize de seus preciosos conhecimentos para analisar o instrumento e responder o questionário que o acompanha. Desta forma, seguem as instruções para o preenchimento do questionário: Desde já agradecemos a sua valiosa contribuição, a qual permitirá a construção e validação do instrumento. Estaremos à disposição para eventuais esclarecimentos que se façam necessários. Orientadora: Juliana Fonseca da Silva – tel 8426-2588 Pesquisadoras: Ana Cláudia Braga – tel 8423-5348 / Sheila Batista – tel 8404-6163 73 1. Etiqueta ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 1.1 Etiqueta Nome Leito ( ) Concordo Diagnóstico Idade ( ) Discordo Data de admissão Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 2. Identificação ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 2.1 Identificação Data de nascimento Sexo Profissão ( ) Concordo Endereço residencial Telefone Nacionalidade ( ) Discordo Medicação em uso Situação conjugal Alergia Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 3. História da doença ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 74 3.1 História da doença Queixas ( ) Concordo Historia da doença atual ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 4. Antecedentes Pessoais ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 4.1 Antecedentes pessoais Hipertensão arterial Alterações hepáticas Doença gênito urinaria/ Nefropatias Pneumopatia Doença infecto – contagiosa ( ) Concordo ( Diabetes mellitus Alterações hematológicas Doença do aparelho locomotor Doença psiquiátrica Doenças neurológicas Doença cardiovascular Tireoidopatias Doença do aparelho digestivo Neoplasias ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 5. Antecedentes familiares ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 6. Atendimento prévio ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 75 6.1 Atendimento prévio SAMU Outro hospital ( ) Concordo Bombeiros Outros Não recebeu ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 7. Necessidades de recreação e lazer ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ __________________________________________________________ 7.1 Recreação e lazer Etilismo Alimentação Atividade física ( ) Concordo Tabagismo Higiene Drogas Sono e repouso ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 8. Uso de dispositivos ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 8.1 Uso de dispositivos Acesso venoso periférico Acesso venoso central Cateter vesical de demora Dreno torácico Drenos Sondas entéricas Marcapasso Ostomias ( ) Concordo ( ) Discordo Cateter vesical de alívio Drenos abdominais Sondas gástricas Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 76 ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 9. Sinais vitais ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 9.1 Sinais vitais Temperatura Freqüência cardíaca Perfusão Periférica Oximetria de pulso (Saturação de O2) Glicemia Pulso braquial (presente ou ausente) Pulso poplíteo (presente ou ausente) Ritmo Pressão arterial Freqüência respiratória Pulso radial (presente ou ausente) Pulso pedioso (presente ou ausente) Pulso femoral (presente ou ausente) Amplitude (cheio, fraco e filiforme) ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 10. Necessidade de integridade cutâneo-mucosa ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ Inspeção/Palpação 10.1 Alterações generalizadas Temperatura Turgor Xerodermia Albinismo Cianose Edema Icterícia Palidez Pletora Enfisema subcutâneo 10.2 Alterações localizadas – Manchas vásculo-sanguineas Eritema Petéquia Hematoma Enantema Equimose Púrpura Víbice 77 10.3 Alterações localizadas – Manchas pigmentares Hipocromia Acromia Tatuagem 10.4 Lesões de conteúdo sólido Pápula Nódulo Urticária 10.5 Lesões de conteúdo líquido Vesícula Bolha Abscesso ( ) Concordo ( ) Discordo Hipercromia Tumor Pústula Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 10.6 Perdas teciduais 1. 2. Escamas Exulceração 4. Fissura 5. Fístula 3. Úlcera 6. Crosta 7. Escara ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 10.7 Lesões 1. Tecido desvitalizado 4. Crônica 7. Úlcera por pressão 2. Tecido de granulação 5. Cirúrgica 8. Com exsudato 3. Tecido epitelizado 6. Traumática 9. Sem exsudato 10. Exsudato 11. Exsudato sanguinolento seroso ( ) Concordo ( ) Discordo 78 Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 10.8 Mamas e axilas Sinais inflamatórios Simetria mamária Assimetria mamária Mastite ( ) Concordo Inspeção/Palpação Edema Hipersensibilidade Drenagem de secreção Neoplasias Displasias Nódulos ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 10.9 Avaliação da queimadura ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 79 11. Necessidade de senso-percepção ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 11.1 Função cerebral Sonolência Desorientação Afasia Disartria Ansiedade Euforia ( ) Concordo Estupor Falta de iniciativa e crítica Agnosia Incapacidade para cálculos Apatia Labilidade de humor ( ) Discordo Coma Falha ou perda da memória Disfasia Incapacidade de anotar e transmitir recados Irritação Desmazelo ao se vestir Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 11.2 Nível de consciência - Escala de Coma de Glasgow Abertura Ocular Resposta Verbal Teste Escore Teste Escore Espontânea 4 Orientado 5 Estímulo verbal Estímulo doloroso 3 Desorientado 4 2 Palavras inapropriadas 3 Ausente 1 Sons 2 incompreensíveis Sem resposta 1 Resposta Motora Teste Escore Obedece a 6 comandos Localiza a dor 5 Retirado do membro estimulado Decorticação 4 3 Descerebração 2 Sem resposta 1 Pacientes graves são aqueles com escore de 3 a 8. ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 80 11.3 Pupila e reflexos do tronco cerebral Isocóricas Anisocóricas Ovóides Buraco de fechadura Reflexo corneopalpebral Reflexo oculocefálico Midríase Miose ( ) Concordo ( ) Discordo Arredondadas Reflexo vestíbulo-ocular Reflexo fotomotor Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 11.4 Provas e reflexos Prova de Romberg Prova de Lasègue Reflexo patelar ( ) Concordo Prova de Brudzinski Prova de Kerning Sinal de Babinski ( ) Discordo Prova de Lewinson Prova dedo-nariz Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 11.5 Avaliação dos nervos cranianos Olfato (nervo I) Acuidade visual (nervo II) Ptose palpebral ( nervo III, IV ou VI) Parestesia (nervo V) Midríase ( nervo III, IV ou VI) Simetria facial ( nervo VII ou IX) Acuidade auditiva (nervo Contração faríngea (nervo VIII) X) Elevação da úvula e palato Contração dos ombros mole (nervo X) (nervo XI) Movimentos da língua (nervo XII) ( ) Concordo ( ) Discordo Nistagmo ( nervo III, IV ou VI) Miose ( nervo III, IV ou VI) Ausência de saliva, lágrimas e paladar ( nervo VII ou IX) Rouquidão ( nervo X) Rotação da cabeça (nervo XI) Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 81 Inspeção/Palpação 11.6 Couro Cabeludo Inflamações Alopecia Tumores 11.7 Orelhas Processo inflamatório Dor 11.8 Olhos Hematomas Depressões Hemorragias Pontos dolorosos Otorréia Otorragia Edema Icterícia Ptose Traumatismo Anisocoria Hemorragia conjuntival Conjuntivite Midríase Miose 11.9 Nariz Obstrução Nasal Desvio de septo nasal Dispnéia 11.10 Boca Cianose Palidez Herpes labial Rachaduras labiais 11.11 Pescoço Torcicolo Gânglios inflamatórios ( ) Concordo Rinorréia Sangramento Dor Hiperventilação Hipoventilação Hipóxia Afta Placas esbranquiçadas Cáries Edema Faringite Estomatite Halitose Bócio Aumento da tireóide ( ) Discordo Distensão das veias Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 12. Necessidades de regulação e oxigenação ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 12.1 Regulação Vascular Dor torácica Bulhas arrítmicas Bulhas hiperfonéticas Inspeção/Palpação Fadiga aos esforços Ausculta Bulhas rítmicas Bulhas hipofonéticas Frêmitos Bulhas normofonéticas Tempo 82 Ritmo de galope Sopro Avaliação Cardíaca Ritmo do monitor Desfibrilação: número de vezes e joules Monitorização cardíaca Cardioversão: número de vezes e joules Presença de sangramento: local ( ) Concordo ( ) Discordo ECG RCP Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 12.2 Ventilação espontânea 12.3 Via aérea avançada TOT TNT Criquoitireoidostomia 12.4 Oxigenioterapia Máscara facial Cânula nasal Máscara com reservatório Máscara com reservatório reinalante parcialmente reinalante ( ) Concordo ( )Discordo Traqueostomia Cateter nasal Máscara de Venturi Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 12.5 Oxigenação Dor Tosse aguda Tosse produtiva Eupneico Taquipnéia Batimento da asa do nariz Cheyne-Stokes Respiração abdominal Tórax em quilha Maciço Timpanismo Murmúrio vesicular (presentes, ausentes e diminuídos) Sinais e sintomas Expectoração Tosse crônica Tosse efetiva Inspeção Bradipnéia Ortopnéia Expansibilidade torácica Ritmo de biot Respiração torácica Tórax de sapateiro Percussão Submaciço Hipertimpanismo Ausculta Roncos Hemoptise Tosse seca Apnéia Hiperpnéia Tiragem intercostal Kussmaul Tórax em tonel Depressões Som claro pulmonar Estertores crepitantes 83 Estertores bolhosos ( ) Concordo Sibilos ( )Discordo Cornagem/Estridor Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 12.6 Parâmetros do ventilador mecânico Modalidade Volume corrente Fração de oxigênio Pressão inspiratória inspirado Relação inspiração x Umidificação expiração Tipo de máscara ( ) Concordo ( ) Discordo Freqüência Relação volume corrente x freqüência Nível de PEEP Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 12.7 Avaliação da gasometria pH PCO2 PO2 HCO3 SaO2 Resultado da gasometria ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ______________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 13. Necessidades de eliminação, nutrição e hidratação ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 13.1 Eliminação, nutrição e hidratação Inspeção/Sinais e sintomas Abdome plano Abdome escavado Abdome globoso Abdome distendido Diarréia Disfagia Dispepsia Enterorragia 84 Eructação Hematêmese Náuseas Tenesmo RHA normais RHA diminuídos Abdome timpânico Indolor à palpação Dor parietal Sinal de descompressão brusca Líquidos ( ) Concordo Gastralgia Hematoquesia Pirose Êmese Ausculta RHA ausentes Percussão Abdome maciço Palpação Doloroso à palpação Dor referida Abdome em tábua Hábito intestinal Melena Regurgitação RHA aumentados Abdome submaciço Dor visceral Visceromegalias Abdome flácido ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 14. Necessidades de sexualidade e eliminação ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 14.1 Sexualidade e eliminação Oligúria Disúria Anúria Polaciúria Nictúria ( ) Concordo Sinais e Sintomas Hematúria Incontinência urinária Retenção urinária Poliúria Sangramentos Secreções Prurido Cólicas renais ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 85 15. Necessidade de locomoção ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 15.1 Locomoção Inspeção/Palpação Hipertrofia Parestesia Paresia Alteração do movimento Ataxia Gânglios com sinais flogísticos Atrofia Hipotonia Plegia Limitação da amplitude Hipertonia Presença de gânglios móveis Consistência dos gânglios ( ) Concordo ( ) Discordo Agenesia Tremores involuntários Algia Alteração da marcha Amputação Gânglios palpáveis Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 16. Escala de dor ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 16.1 Escala visual analógica ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 86 16.2 Escala de descritores verbais ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 16.3 Escala da dor ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 17. Necessidade de segurança ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 17.1 Risco Queda Úlcera de decúbito Restrição ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ 87 18. Destino do paciente ( ) Concordo ( ) Discordo Sugestões e comentários: __________________________________________________ ______________________________________________________________________ 88 QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DO INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS DO SETOR DE EMERGÊNCIA 1. Analisando o item ETIQUETA, qual a sua opinião sobre: 1.1. CONTEÚDO: completo incompleto 1.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 1.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 2. Analisando o item HIPÓTESE DE DIAGNÓSTICO, qual a sua opinião sobre: 2.1. CONTEÚDO: completo incompleto 2.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 3. Analisando o item DOENÇA INFECTO-CONTAGIOSA, qual a sua opinião sobre: 3.1. CONTEÚDO: completo incompleto 3.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4. Analisando o item ALERGIA, qual a sua opinião sobre: 4.1.CONTEÚDO: completo incompleto 4.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 89 5. Analisando o item ATENDIMENTO PRÉVIO, qual a sua opinião sobre: 5.1. CONTEÚDO: completo incompleto 5.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 5.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 6. Analisando o item LOCAL DE ORIGEM, qual a sua opinião sobre: 6.1. CONTEÚDO: completo incompleto 6.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 6.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 7. Analisando o item IDENTIFICAÇÃO, qual a sua opinião sobre: 7.1. CONTEÚDO: completo incompleto 7.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 7.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 8. Analisando o item HISTÓRIA DA DOENÇA, qual a sua opinião sobre: 8.1. CONTEÚDO: completo incompleto 8.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 8.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 90 9. Analisando o item ANTECEDENTES PESSOAIS, qual a sua opinião sobre: 9.1. CONTEÚDO: completo incompleto 9.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 9.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 10. Analisando o item ANTECEDENTE FAMILIARES, qual a sua opinião sobre: 10.1. CONTEÚDO: completo incompleto 10.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 11. Analisando o item SINAIS VITAIS, qual a sua opinião sobre: 11.1. CONTEÚDO: completo incompleto 11.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 11.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 12. Analisando o item ESCALA VISUAL ANALÓGICA DA DOR, qual a sua opinião sobre: 12.1 .CONTEÚDO: completo incompleto 12.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 91 13. Analisando o item USO DE DISPOSITIVO, qual a sua opinião sobre: 13.1. CONTEÚDO: completo incompleto 13.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 13.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 14. Analisando o item SENSO-PERCEPÇÃO, qual a sua opinião sobre: 14.1. CONTEÚDO: completo incompleto 14.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 14.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 15. Analisando o item INTEGRIDADE CUTÂNEO MUCOSA, qual a sua opinião sobre: 15.1. CONTEÚDO: completo incompleto 15.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 15.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 16. Analisando o item OXIGENAÇÃO, qual a sua opinião sobre: 16.1. CONTEÚDO: completo incompleto 16.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 16.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 92 17. Analisando o item REGULAÇÃO VASCULAR, qual a sua opinião sobre: 17.1. CONTEÚDO: completo incompleto 17.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 17.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 18. Analisando o item ELIMINAÇÃO INTESTINAL, qual a sua opinião sobre: 18.1. CONTEÚDO: completo incompleto 18.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 18.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 19. Analisando o item GENITO-URINÁRIO, qual a sua opinião sobre: 19.1. CONTEÚDO: completo incompleto 19.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 19.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 20. Analisando o item LOCOMOÇÃO, qual a sua opinião sobre: 20.1. CONTEÚDO: completo incompleto 20.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 20.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 93 21. Analisando o item AVALIAÇÃO DE RISCO, qual a sua opinião sobre: 21.1. CONTEÚDO: completo incompleto 21.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. 21.3. DISTRIBUIÇÃO DOS SUB-ITENS: adequada inadequada Justificativa:_________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 22. Analisando o item EXAMES SOLICITADO, qual a sua opinião sobre: 22.1. CONTEÚDO: completo incompleto 22.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. Justificativa:_________________________________________________________________ ______________________________________________________________ 23. Analisando o item DESTINO DO PACIENTE, qual a sua opinião sobre: 23.1. CONTEÚDO: completo incompleto 23.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. Justificativa:_________________________________________________________________ ______________________________________________________________ 24. Analisando o item OBSERVAÇÃO DA ENFERMAGEM, qual a sua opinião sobre: 24.1. CONTEÚDO: completo incompleto 24.2. ESPAÇO PARA REGISTRO: suficiente insuficiente. Justificativa:______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 94 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM SETOR DE EMERGÊNCIA Hospital: __________________________ Leito: ___________ Símbolo da Instituição ETIQUETA Nome: ________________________________________________________________________________________________________________________________________ Data de Nascimento: ______/______/______ Idade__________ Data da admissão ____/____/____ Horário da admissão______________ HIPÓTESE DE DIAGNÓSTICO: ___________________________________________ DOENÇA INFECTO-CONTAGIOSA____________________________________ ALERGIAS_____________________________________________________________________________________________________________________________ _______ ATENDIMENTO PRÉVIO LOCAL DE ORIGEM E MODO DE CHEGADA Corpo de bombeiros SAMU Não recebeu Outro hospital Outros___________________ Domicílio Trabalho Cadeira de rodas Escola Rua Outros _____________________ Deambulando Maca IDENTIFICAÇÃO Sexo: Feminino Masculino Gestante: Sim Não Situação conjugal: _______________________ Profissão: __________________________ Endereço residencial: _______________________________________________________ Telefone: _______________________ Procedência : _________________________ Medicação em uso: _______________________________________________________________________________________________________________ ______________ HISTÓRIA DA DOENÇA Queixas: ______________________________________________________________________________________________________________________________________ História da doença atual (preencher somente se o paciente não possuir prontuário): ___________________________________________________________________________________________________________________________ ___________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________ _________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________ ANTECEDENTES PESSOAIS Hipertensão arterial Alterações hepáticas Doença gênito urinaria/ Nefropatias Pneumopatia Diabetes mellitus Alterações hematológicas Doença do aparelho locomotor Doença psiquiátrica ANTECEDENTES FAMILIARES _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ Doenças neurológicas Doença cardiovascular Tireoidopatias Doença do aparelho digestivo Neoplasias Etilismo Tabagismo Drogas SINAIS VITAIS Temperatura Saturação de O2 _________ _____________ PA FC ____________ Glicemia __________ ESCALA VISUAL ANALÓGICA DA DOR ___________ FR Pulso __________ __________ USO DE DISPOSITIVOS Acesso venoso periférico: MSE MSD Acesso venoso central Cateter vesical de alívio Cateter vesical de demora Dreno ____________________________ Sonda entérica _____________________ Rítmico Arrítmico Cheio Fraco Filiforme Sonda gástrica _____________ Marcapasso _______________ Ostomia __________________ Órtese ___________________ Prótese ___________________ SENSO-PERCEPÇÃO Nível de consciência - Escala de Coma de Glasgow (pacientes graves são aqueles com escore de 3 a 8). 4 3 2 1 Abertura Ocular Espontânea Estímulo verbal Estímulo doloroso Ausente 5 4 3 Resposta Verbal Orientado Desorientado Palavras inapropriadas 2 1 Sons incompreensíveis Sem resposta 6 5 4 Resposta Motora Obedece a comandos Localiza a dor Retirado do membro estimulado Reflexos 3 2 1 Decorticação Descerebração Sem resposta Reflexo Corneopalpebral: D____________ E ____________ Sinal de Babinsk: D_____________ E _____________ TOTAL= Sensório-motor Função sensitiva: Analgesia Algia Hipoalgesia Hiperalgia Anestesia Hipoestesia Função muscular: Paresia Paralisia Hemiparesia Hemiplegia Paraplegia Tetraplegia Tônus muscular: Flacidez Rigidez Espasticidade Normal Pupilas Isocoria Anisocoria Midríase: D E Miose: D E Hiperestesia Parestesia Fotorreagentes: D E Normal INTEGRIDADE CUTÂNEO-MUCOSA Alterações generalizadas Albinismo Cianose Edema Enfisema subcutâneo Palidez Temperatura Turgor 95 Alterações localizadas - Manchas vásculo-sanguíneas Enantema Equimose Eritema Hematoma Alterações localizadas – Manchas pigmentares Acromia Hipercromia Hipocromia Tatuagem Lesões de conteúdo sólido Nódulo Pápula Urticária Tumor Lesões do conteúdo líquido Abscesso Flictema Icterícia Pústula Petéquia Púrpura Vesícula INTEGRIDADE CUTÂNEO-MUCOSA INTEGRIDADE CUTÂNEO-MUCOSA Lesões (marque no modelo o número que corresponde às características das lesões) Avaliação da queimadura (marque no modelo o número que corresponde ao grau da queimadura). Agente da queimadura ____________________ ____________________ 1. Tecido desvitalizado 2. Tecido de granulação 3. Tecido epitelizado 4. Crônica 5. Cirúrgica 6. Traumática contusa 7. Traumática penetrante 8. Úlcera por pressão 9. Com exsudato 10. Sem exsudato 11. Exsudato sanguinolento 12. Exsudato seroso 13. Mordedura_______________ INTEGRIDADE CUTÂNEO-MUCOSA 12. Sem odor 1. 1º GRAU _____% 2. 2º GRAU _____% 3. 3º GRAU _____% Escore do trauma / Medida da gravidade da lesão (realizar em casos de traumatismo craniano contuso) Avaliação Cardiopulmonar Avaliação do trauma e politrauma Tipo 4 Freqüência 3 Respiratória 2 1 0 Contuso: Cisalhamento Local______________________ Compressão Local_______________________ Expansão Respiratória Penetrante: PAF Local______________________________ PAB Local_____________________________ Outros:______________ Local_____________ Escore do trauma = cardiopulmonar + 1/3 do total da Escala de Coma de Glasgow. O escore mais baixo é 1 e o escore mais elevado 16. O parâmetro alto indica função normal e baixo para a função comprometida. Causa:___________________________________ _________________________________________ 1 0 10 - 24/min 24 - 35/min 36/min ou superior 1 – 9/min Nenhuma Normal Retrativa Pressão Sanguínea Sistólica 4 3 2 1 0 2 1 0 Enchimento Capilar 90 mmHg ou superior 70 – 89 mmHg 50 – 69 mmHg 0 – 49 mmHg Sem pulso Normal Retardado Nenhum TOTAL= OXIGENAÇÃO Sinais e sintomas Dor Expectoração Inspeção Eupneico Bradipnéia Tiragem intercostal Tórax em tonel Percussão Maciço Hemoptise Cheyne-Stokes Tórax de sapateiro Submaciço Ausculta MV presente Apnéia Tosse aguda Taquipnéia Ritmo de biot Ortopnéia Kussmaul Tórax em quilha Som claro pulmonar MV ausente Tosse crônica MV diminuído Tosse seca Hiperpnéia Tosse produtiva Tosse efetiva Batimento da asa do nariz Respiração abdominal Expansibilidade torácica Respiração torácica Depressões Timpânico Hipertimpanismo Roncos Estertores crepitantes Estertores bolhosos Sibilos Cornagem/ Estridor FIO2______________ Pressão inspiratória_____________ Parâmetros do ventilador mecânico Modalidade_____________ Volume corrente______________ Freqüência______________ Volume corrente x freq._____________ Insp. x exp._____________ Umidificação_____________ Nível de PEEP_____________ Máscara Tipo:__________________________________________ Tubo Tipo:_______________________________________ Avaliação da gasometria pH___________ PCO2_____________ PO2______________ HCO3_______________ SaO2_______________ Resultado ___________________ REGULAÇÃO VASCULAR E LINFÁTICA Inspeção/Palpação Dor torácica Fadiga aos esforços Frêmitos Outros___________________________________ Palpação Ganglionar Gânglios palpáveis______________ Gânglios móveis______________ Gânglios com sinais flogísticos ________________ Ausculta Bulhas arrítmicas Ritmo de galope Bulhas rítmicas Presença de sopro Gânglios dolorosos_______________ Bulhas hiperfonéticas Bulhas hipofonéticas Avaliação Cardíaca Monitorização cardíaca Ritmo do monitor:___________________________________ RCP Cardioversão. Número de vezes:____________ Joules:_________________ Presença de sangramento Local_______________________________________________________ ELIMINAÇÃO INTESTINAL Sinais e sintomas Freqüência ____________________ Data da última evacuação: Gastralgia Hematêmese Hematoquesia / / Melena Inspeção Abdome distendido Abdome flácido Abdome globoso Ausculta RHA normais RHA ausentes RHA aumentados Percussão Abdome maciço Abdome submaciço Abdome timpânico Palpação Abdome em tábua Doloroso à palpação Dor parietal Sinal de descompressão brusca Visceromegalias Diarréia Consistência _______________ Bulhas normofonéticas RR2T RCI ECG:____________________________________________ Desfibrilação. Número de vezes:_____ Joules____________ Disfagia Náuseas 96 Dispepsia Pirose Êmese Enterorragia Regurgitação Eructação Tenesmo Abdome plano Abdome escavado RHA diminuídos Dor referida Abdome flácido Dor visceral Indolor à palpação Líquidos LOCOMOÇÃO E MEMBROS Agenesia Alteração da marcha Alteração do movimento Limitação da amplitude Tremores involuntários Ataxia GENITO-URINÁRIO Anúria Cólicas renais Retenção urinária Disúria Hematúria Sangramentos Atrofia Hipertrofia Amputação__________________ Incontinência urinária Oligúria Secreções Nictúria Hipotonia Polaciúria Hipertonia Poliúria Prurido AVALIAÇÃO DE RISCO Queda (Se assinalado um ou mais itens, considerar existência de risco de queda). Idade < 5 ou > 65 anos Agitado ou confuso Sedado/ Pós sedação Com dificuldade de marcha Crise convulsiva Distúrbios de comportamento Síndrome de abstinência Alteração do nível de consciência Distúrbios psiquiátricos Não há risco identificado Déficit sensitivo Dependência química Restrição (Se assinalado um ou mais itens, considerar existência de risco de restrição do membros). Apresentando delírios Confuso Agressivo consigo, equipe e outros Tracionando sondas/drenos Medidas alternativas sem sucesso Não há risco identificado Outros:_____________________________________________________________________ Notificação ao médico responsável em: Data: _____/_____/_____ Hora:____________ Médico:___________________________________________________________ Úlceras por pressão – Braden ( Quanto mais baixa for a pontuação, maior o potencial para desenvolver uma úlcera por pressão). 1. Completamente limitada 2. Muito limitada 3. Ligeiramente limitada Percepção sensorial Umidade Atividade Mobilidade Nutrição Fricção e forças de cisalhamento 1. Pele constantemente úmida 1. Acamado 1. Completamente imobilizado 1. Muito pobre 1. Problema 4. Nenhuma limitação 2. Pele muito úmida 2. Sentada 2. Muito limitada 3. Pele ocasionalmente úmida 3. Anda ocasionalmente 3. Ligeiramente limitada 4. Pele raramente úmida 4. Anda frequentemente 4. Nenhuma limitação 2. Provavelmente inadequada 2. Problema potencial 3. Adequada 3. Nenhum problema 4. Excelente 4. Nenhum problema EXAMES SOLICITADOS ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ DESTINO DO PACIENTE _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ OBSERVAÇÕES DA ENFERMAGEM _____________________________________________________________________________________________________________ _________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________ _________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________ _________________ Enfermeiro responsável pelo atendimento:_________________________________________ Carimbo/Coren:______________________________ 97 ANEXO