Grandes espíritos
Líder carismático, o profeta Mohammad conseguiu unir os diversos povos
nômades e idólatras da Arábia em torno da crença em um Deus único
Por Maria Aparecida Romano
E
mbora o islamismo, denominação da fé religiosa propagada pelo profeta Mohammad entre os
árabes, ocupe um lugar considerável na humanidade, poucos conhecem sua história, o que, à primeira vista, dado o preconceito que existe em torno do Islam,
parece criar obstáculos para uma aproximação. Então,
para que se aprecie devidamente a obra de Mohammad,
é preciso remontar à fonte, conhecer o homem e o povo
para o qual ele havia se traçado a missão de regenerar.
Reportando-se ao meio onde vivia, encontraremos ao
menos uma razão de ser para seu código religioso que
trilhou o caminho do progresso.
Não há notícias de que os árabes tenham sido precedidos por outras civilizações na vasta extensão
territorial conhecida pelo nome de Arábia. De data
imemorial, ela era povoada por diversas tribos, quase
todas nômades cuja maior parte pretendia descender de
Abraão, patriarca judeu tido como de grande honra.
Entre os filhos do deserto, havia a crença de que o anjo
Gabriel fez jorrar água pela primeira vez na famosa
fonte Zem-Zem, em Meca, quando Agar, esposa abandonada por Abraão, vagava sedenta pelo deserto levando o filho Ismael, patriarca dos árabes. Ao visitar seu
filho exilado, Abraão teria construído a Caaba com suas
próprias mãos, próximo à fonte. Conservada religiosamente, ela se tornou um local de bastante devoção e foi
transformada em um templo no qual se venera a famosa “pedra negra”.
Segundo a tradição, a pedra negra foi trazida do céu
pelas mãos do anjo Gabriel e, em sua origem, era de
uma brancura deslumbrante, mas foi enegrecida pelo
toque dos pecadores.
Uma vez por ano, multidões de peregrinos, vindos
de toda a Arábia, reúnem-se em Meca a fim de cultuar
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a fonte e a pedra. O culto consiste em dar sete voltas
em torno da Caaba antes das orações e mais sete, em
sentido oposto, depois delas. Antigamente, durante a
peregrinação, os territórios próximos da cidade eram
considerados sagrados e as lutas, suspensas. Quando
regressavam para os seus lares, os peregrinos eram
recepcionados com várias festas e honrarias, recebendo o título de “hadji”, conferido a todos aqueles que
haviam feito a peregrinação.
Em princípio, o culto na Caaba era chamado de
Islam (“submissão”, em um significado primitivo) e prestado apenas a um único Deus, Allah, por todos aqueles
que se diziam muçulmanos, ou seja, “submissos”. A
veneração a Caaba e ao território que a circundava era
tão grande que os árabes não tinham ousado construir
habitações ali, mas o controle do templo era cobiçado.
Essa primazia foi adquirida pela tribo dos Coraixitas, que
há séculos havia se instalado nos arredores de Meca.
Composta por mercadores, nela se destacavam os clãs
dos Omíadas e dos Hashim. Graças a sua posição estratégica, Meca se tornou um centro comercial; o recinto
do templo foi se acumulando de ídolos, e os árabes, ao
mesmo tempo em que cumpriam um ritual, podiam
negociar mercadorias valiosas livremente. Era raro encontrar um árabe que havia se mantido fiel às tradições
do Islam.
Para triunfar dessa anarquia religiosa e política, era
necessário um homem enérgico, hábil, conhecedor dos
costumes, do caráter desses povos e, acima de tudo,
com qualidades de profeta. Este homem foi Mohammad, que, em árabe, quer dizer “aquele que será louvado”. Nascido em 25 de abril de 571, filho de AbáAllah e Amina, membros do clã Hashim, ele ficou órfão aos seis anos de idade. Educado por seu avô Abud
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Grandes espíritos
Mohammad viveu entre um povo ainda pouco
desenvolvido espiritualmente, mas, mesmo assim,
promoveu grande avanço. Chegou a dizer que Allá
apreciava aqueles que libertassem ou fossem
indulgentes com seus escravos
el-Mutalib, cresceu inculto, meditativo e sonhador, revelando uma maturidade precoce. Levado por seu tio
Abud Talib, Mohammad se tornou um condutor de caravanas, tendo oportunidade de viajar muito e se instruir
nos costumes dos povos vizinhos.
Seus contatos com os cristãos e os judeus, principalmente, foram úteis a ele, pois lhe permitiu penetrar nos
detalhes das respectivas religiões e conhecer os problemas que originavam violentas e intermináveis disputas
teológicas entre eles. Em uma viagem à Síria,
Mohammad recebeu as noções básicas sobre Deus e a
Bíblia de um monge cristão. Aos 25 anos de idade,
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entrou para o serviço de Khadija, uma rica viúva de
temperamento místico com quem se casou, cuja fortuna serviu para expandir suas atividades religiosas nascentes. Dessa união que, ao que se sabe, era de profunda compreensão mútua, ele não deixou descendência
masculina, apenas duas filhas.
Mohammad gostava da solidão. Freqüentemente,
durante o Ramadã (mês da trégua), retirava-se para o
monte Hira, entregando-se à meditação em uma gruta
estreita. Em uma noite no ano de 610, ele adormeceu e
viu o anjo Gabriel em sonho, que lhe trouxe um livro
para ler. Ao despertar, teve o estranho pressentimento
de que “um livro havia sido escrito em seu coração”.
Profundamente perturbado em sua visão, julgou-se possuído por espíritos malignos e, para escapar do mal que
temia, tentou se precipitar do alto de um rochedo. Porém, ele novamente viu o anjo Gabriel em luzes resplandecentes, que lhe disse: “Eu sou o anjo Gabriel e tu és
o enviado de Deus”.
Chegando em casa, Mohammad narrou todo o acontecido a Khadija, ao primo Ali, ao filho adotivo Zaid, a
Otman Ibn Affan e a Abu Bakr, seu sogro e grande amigo. Seu primo Varaka, velho afamado por sua sabedoria,
informado a respeito dos acontecimentos, disse a ele: “O
grande Namous, que outrora visitou Moisés, te visitou.
Tu serás o profeta deste povo”. A princípio, suas pregações atingiram apenas um círculo íntimo, ao qual se
uniram adeptos das camadas humildes de Meca.
Levado pela admiração que nutria tanto pelos judeus
como pelos cristãos que acreditavam no monoteísmo,
pregava que todos os seus seguidores também acreditassem em um só Deus. Dessa forma, mesmo com características próprias, o islamismo passou a combinar as tradições judaico-cristãs com ideais beduínos.
Julgando-se um continuador de Moisés e de Cristo,
Mohammad passou a recrutar membros de todas as
camadas e todos os povos para aumentar sua ala de fiéis, mas suas primeiras pregações públicas obtiveram
pouco sucesso. Ao investir contra as tradições religiosas dos árabes, afrontava a maior fonte de renda: a peregrinação dos idólatras. Os problemas gerais que ele
tratava durante as prédicas, como a justiça e a generosidade, passaram a tomar um caráter político e até
mesmo interferir em disputas locais. Assim, Mohammad
iniciou uma luta contra Meca, que mantinha a
Milhares de fiéis muçulmanos, do mundo todo, realizam a preregrinação à Meca
hegemonia política e econômica da Arábia. Considerado louco, foi ridicularizado e apedrejado.
As guerras no Islam
Com a morte de Khadija e do tio Abud, Mohammad
decidiu se refugiar em Yathrib. Um pouco antes de abandonar Meca, o profeta sofreu o ataque dos coraixitas,
que haviam escolhido um membro de cada um dos dez
clãs que compunham a tribo para matar. Essa emigração forçada que ele fez em companhia de Abu Bakr no
dia 16 de julho de 622 é conhecida como “hégira” ou
“a grande fuga” e se transformou no marco inicial do
calendário muçulmano. Em situação crítica, fez um
acordo com várias tribos árabes e judias que viviam em
luta contínua, tornando-se o “conciliador supremo” e
chefe espiritual. Yathrib passou a se chamar Medinat-elNebi ou “cidade do profeta”, nome adaptado posteriormente para Medina.
Aos 52 anos, nada mais deteve Mohammad. À medida que conclamava as tribos nômades e isoladas a se
unirem sob o novo pensamento religioso, ele ganhava
um forte prestígio popular e, ao construir a primeira
mesquita do Islam em Medina, aumentou consideravelmente suas forças. Até então identificado como um
mensageiro de Deus repelido pelos seus, como havia
acontecido com tantos outros profetas bíblicos,
Mohammad se revelou um grande comandante político e militar. Ao prescrever os saques contra tribos que
não eram convertidas ao Islam, instituiu a “jihad”, chegando a armar um pequeno exército por volta de 624.
Na verdade, devido à época e condição moral dos habitantes da região em que vivia, Mohammad agia dessa forma, porém, quem se aprofundar na vida do profeta verá que a crueldade e o extremismo eram abominados por ele. As tribos convertidas ficavam a salvo de
suas pilhagens.
Ao descobrir que não poderia contar com os judeus
ou os cristãos, que se negavam a reconhecer sua autoridade religiosa, Mohammad começou a acusá-los de “falsificadores das escrituras” e procurou motivações para
atacá-los. Embora não tenham ocorrido combates, as
tribos judaicas deixaram Medina e ele, então, criou uma
poderosa tribo, que abarcava e submetia todas as outras
a um poder central. Essa unidade política e religiosa trouxe força e prosperidade para seus seguidores.
Em 629, Mohammad se colocou em marcha com
um exército para cumprir a peregrinação a Meca. Ao ser
barrado pela cavalaria da cidade, conseguiu negociar
uma trégua de dez anos. Depois do acordo, permitiuse aos muçulmanos que permanecessem ali por três
dias, a fim de cumprir toda a peregrinação. Com sua
autoridade reconhecida pelos clãs de Meca, o profeta
decidiu aumentar seu prestígio casando-se com Hafsa,
cunhada de Abu al-Abbas, chefe do clã Hashim, do qual
o próprio profeta descendia. Além disso, escolheu
Otman, integrante da família dos Omíadas, para governar a cidade.
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Grandes espíritos
O Alcorão é a base espiritual e legislativa dos
muçulmanos e é considerado como uma revelação
Divina ao profeta. Seus ensinamentos mais
profundos podem ser vivenciados por todos
O Pacto de Hadayba, que permitia a peregrinação
muçulmana, foi rompido por causa de um conflito entre
uma tribo de Meca e uma aliada de Mohammad, que
ordenou a rendição da cidade. No Ramadã de 630, sem
encontrar a menor resistência, o profeta ocupou a cidade, implantando o islamismo e destruindo os ídolos da
Caaba. Anistiou quase todos os inimigos, obtendo o apoio
dos elementos mais importantes do lugar. Dois anos
depois, novamente no Ramadã, Mohammad resolveu
comandar pessoalmente a romaria, entrando em Meca
à frente de 80 mil fiéis. Foi a “peregrinação do adeus”.
As disputas religiosas
Em 18 de junho de 632, aos 61 anos de idade, o grande profeta morreu, vitimado por uma pleurísia. Foi somente depois de sua morte, como sempre ocorre, que o
islamismo realmente se estabeleceu como a religião oficial dos árabes. Abu Bakr sucedeu Mohammad na chefia do nascente estado islâmico, recebendo o título de
“califa”, ou seja, o sucessor do profeta. Depois dele, vieram Omar, que orientou a expansão islâmica por dez
anos, e Otman, genro do profeta, que deu a redação final do Alcorão, o livro sagrado do islamismo. Até então,
ele era guardado de memória, a partir das palavras do
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profeta e dos relatos de seus companheiros.
Casado com Fátima, filha de Mohammad, e discípulo preferido deste, Ali foi eleito o quarto califa, encerrando
a dinastia dos Omíadas, que se retiraram revoltados sob
a liderança de Muawiya. Ao tentar submetê-los, Ali travou a batalha de Siffin, no ano de 687, que terminou com
um compromisso: a partir de então, os chefes passaram
a disputar a liderança considerando-se cada um para o
seu lado, ou seja, um na região do atual Iraque e outro
nas províncias orientais. Com o assassinato de Ali em uma
mesquita, os Omíadas voltaram ao poder, encerrando o
período dos “califas predestinados”. Assim, o califado
passou a ser hereditário.
Desde então, começaram as disputas religiosas em
torno da escolha do califa, dividindo os muçulmanos
em duas seitas principais: os sunitas e os xiitas. Os
sunitas aceitam a Sunna como fonte religiosa, na qual
estão recolhidas as palavras e os atos do profeta, consideram os quatro primeiros califas como legítimos sucessores de Mohammad e exigem que o chefe seja eleito
entre todos os representantes do Islam. Já os xiitas, partido político-religioso formado em torno de Ali, consideram-no o único chefe legal, excluindo os outros, e
afirmam que somente os parentes de Mohammad podem dirigir o destino do Islam. Como conseqüência
disso, o vasto império islâmico foi fragmentado pelas
divisões entre as dinastias que lutam pelo controle político das diversas regiões.
O califado foi abolido em 1924, e os estados modernos controlam o mundo muçulmano contemporâneo,
que enfrenta uma grande questão: por ser tanto uma fé
como uma cultura e um sistema jurídico, não há o reconhecimento de
diferenças entre religião e política.
O Islam possui um grande poder de
mobilização tanto em política interna quanto externa, podendo chegar
a uma nova guerra. Ao mesmo tempo, a nostalgia em torno da umma,
ou, comunidade muçulmana, provoca o aparecimento de instâncias
conservadoras que diferem dos estados existentes. Tais movimentos se
empenham em criar redes de pregação e organização social, a fim de
reunir o muçulmano em uma prática purificada do
Islam que esteja independente de fronteiras e nacionalidades.
Berço de Mohammad, a cidade de Meca, que
se tornou capital do reino árabe de Hedjás a partir
de 1916, transformou-se no principal centro religioso do Islam sunita, para onde os crentes fazem a
peregrinação. Medina, comunidade primitiva do
islamismo, virou o centro político do estado muçulmano, com numerosos santuários, dentre eles, a
Grande Mesquita do Profeta, erguida no século VIII
e que abriga o túmulo de Mohammad, de sua filha
Fátima e dos dois primeiros califas. Já para os adeptos do Islam xiita, as cidades de Nadjaf, onde está
a sepultura do califa Ali, e Karbala, que abriga o
túmulo de Hussein, segundo filho de Ali, são considerados lugares santos de peregrinação. Hussein
é reverenciado como um mártir dos xiitas e o dia de aniversário de sua morte, fruto da ação de tropas dos
Omíadas e conhecido como achura, é um grande momento de luto.
Para os árabes, Allah escolheu certos homens para
transmitir sua vontade e conclamar os povos escolhidos
à obediência. Embora a fé muçulmana aponte como
verdades divinas as palavras transmitidas por uma cadeia
de mensageiros que passa por Noé, Abraão, Moisés e
Jesus, coube a Mohammad, o último e mais perfeito elo
entre Deus e a humanidade, o privilégio da compreensão Divina em toda a sua integridade, parcialmente recebida pelos judeus e cristãos. Enquanto os profetas isentos de pecados graves são colocados acima dos anjos e
possuem a faculdade de fazerem milagres, Mohammad
se coloca apenas um pouco abaixo da Divindade.
Ele foi a figura central do islamismo, cuja obra constitui o maior fenômeno político-religioso depois de Cristo. Apesar de alguns fatos que envolvem a vida desse
extraordinário profeta serem contestados, ele atingiu seu
objetivo: criou um edifício sólido, que, infelizmente,
ainda é muito mal compreendido pela maioria dos próprios muçulmanos. Desde que recebeu a revelação
espiritual, ele foi firme e inflexível em sua fé. Em uma
luta sem tréguas, marchou impavidamente para o alvo,
direcionando seu povo para a conscientização de um
Deus único.
Novas leis
Mohammad organizou um estado e uma sociedade
nos quais os antigos costumes tribais foram substituídos
pela lei corânica ou “sharia” contida no Alcorão (do árabe
Al-Qur’am). Segundo a tradição árabe, o livro sagrado é
uma cópia fiel de um original que está no céu. No momento de sua criação, não teria ocorrido qualquer tipo
de interferência, mesmo inconsciente, do discernimento humano, assim descrito na 85ª Surata, versículos 21 e
22: “Teu Senhor é muito misericordioso e poderoso e o
Alcorão é uma revelação do Senhor do Universo. O espírito fiel o trouxe do alto e o depositou em teu coração,
Mohammad, para que fosses apóstolo”.
Oração: momento de adoração e contato
profundo com Deus
A lei corânica é considerada infalível entre o povo
árabe e compreendida como um princípio dinâmico.
Expressão básica dos anseios da justiça social das comunidades de onde se originou, ela pode ser resumida
na fórmula descrita na 7ª Surata, versículo 137: “Não
existe outra divindade senão Allah e Mohammad é seu
profeta”. Caracterizada por um conjunto de prescrições,
a lei regulamenta, em seus mínimos detalhes, a totalidade das ações religiosas e particulares do crente como
indivíduo, bem como a atividade política e social do
povo como um todo. Os muçulmanos prezam, acima
de tudo, a fé nessa lei sintética e clara, considerando
todo o resto como uma simples coadjuvação ou intensificação dela, sem modificar sua essência.
Como regra fundamental de conduta, cabe ao muçulmano o estrito cumprimento das cinco obrigações
rituais da lei, os pilares da religião, que são: a profissão
de fé (“shahada”), quando se recita a frase “eu testemunho que não há outra divindade além de Allah e que
Mohammad é seu profeta”; a oração legal (“salat”) que
o fiel faz cinco vezes ao dia em direção a Meca (nascente do sol); o pagamento da esmola legal (“zakat”); a
observância do jejum durante o mês do Ramadã; a
peregrinação a Meca.
Para os muçulmanos, essas práticas compreendem,
além da profissão de fé, o reconhecimento da unidade
divina, colocando o crente em relação direta com Allah.
Esteja onde estiver e seja em que circunstância for, ele se
volta para Meca na hora do salat e se ajoelha com o rosto na terra. Em suas cidades, esse momento é anunciado
pelo “muezin”, um sacerdote especial que sobe em um
edifício dominante e, em altas vozes, convida o povo para
a oração, cantando suras do Alcorão.
Enfim, Mohammad cumpriu sua missão, organizando o pensamento e a vida de um povo. Mesmo diante
dos eminentes obstáculos que surgiram pelo caminho,
originados pela fervorosa ideologia a que vem sendo
submetido, o Islam conseguiu se firmar como a fé religiosa dos muçulmanos.
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O Profeta do Islã - Revista Cristã de Espiritismo