C.4.1 - Botânica.
FITOSSOCIOLOGIA DO COMPONENTE ARBÓREO DA FLORESTA DE IGAPÓ NA RESERVA
BIOLÓGICA DO GUAPORÉ, RONDÔNIA, BRASIL.
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Gilmar A. Lima-Júnior , Carlos Ernesto R. G. Schaefer , Cátia Nunes da Cunha , Jefferson Uere P. da Costa *
1. Pesquisador do Câmpus Ji-Paraná, IFRO, Ji-Paraná/RO
2. Pesquisa do Depto. de Solos, UFV, Viçosa, MG.
3. Pesquisador do Depto.de Ciências Biológicas, UFMT, Cuiabá/MT
4. Estudante do técnico em Florestas – IFRO Ji-Paraná; *[email protected]
Palavras Chave: estrutura horizontal, área úmida, São Francisco do Guaporé
Introdução
Resultados e Discussão
Foram amostradas duas áreas de floresta de
igapó na Reserva biológica do Guaporé. A Área I com oito
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parcelas de 25m ,, totalizando 0,5 hectares (12º35'33.2" S
93º25'26.8"W) e Área II, com 16 parcelas de totalizando 1
hectare (12º33'30.6" S 93º26'17.7"W) (Figura 1).
Na Área I, as espécies com os maiores valores de
VI foram Ruizterania cassiquiarensis (9,88), Pera bicolor
(8,39), Licania rodriguesii (5,23), Xylopia amazonica (3,87)
e Ormosia paraensis (3,72). Os indivíduos mortos estão na
terceira colocação na tabela fitossociológica, com valor de
VI = 5,58. Fabaceae, Euphorbiaceae e Vochysiaceae
estão nas primeiras posições entre as famílias com maior
VI. As dez famílias mais representativas correspondem a
mais de 85% da somatória de VI.
Na Área II destacaram-se seguintes espécies e
seus respectivos valores de importância: Brosimum
longifolium (8,37), Discocarpus sp. (7,65), Eschweilera
parvifolia (5,84), Piranhea trifoliata (5,07), Tachigali
myrmecophila (4,95). As famílias botânicas Fabaceae,
Moraceae e Phyllanthaceae apresentaram maiores valores
de importância. A única área que a família Phyllanthaceae
aparece destacada, aqui, devido o alto VI da espécie
Discocarpus sp.
Nas parcelas inundáveis, como Floresta Ombrófila
Aluvial e Floresta de Igapó, a família Moraceae foi a mais
importante, juntamente com Burseraceae, como citado por
Ivanauskas et al. (2004) para áreas alagáveis na Floresta
Amazônica. Das famílias botânicas citadas como mais
importantes no estudo de uma Floresta de Igapó na Bacia
do Rio Negro, apenas Fabaceae e Lecythidaceae são
comuns ao resultado desse estudo.
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VI (%)
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Figura 1. Dez famílias com maiores VI (%), amostradas na
Área I na REBIO Guaporé, Rondônia, Brasil.
Famílias botânicas
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VI (%)
A bacia do Rio Guaporé está distribuída no Brasil,
entre os estados de Mato Grosso e Rondônia, em uma
região de contato dos biomas Floresta Amazônia e
Cerrado ao norte e Cerrado e Pantanal Matogrossense ao
sul, formando o Pantanal do Rio Guaporé, onde a
composição florística assemelha-se ao Pantanal Matogrossense - área core do Chaco (BRASIL 1979).
Nestas planícies de alagamento é importante
considerar a dinâmica hidrológica como uma das
características que age diretamente na composição das
comunidades de organismos que colonizam e determinam
os processos em áreas alagáveis. De acordo com o pulso
de inundação, há uma assembléia de espécies,
característica da intensidade do pulso (Junk et al. 1989).
O objetivo deste estudo foi avaliar a estrutura
horizontal do estrato arbóreo em dois trechos de Floresta
de igapó na REBio Guaporé, caracterizando a vegetação
adaptadas as condições de inundações periódicas.
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Figura 1. Dez famílias com maiores VI (%), amostradas na
Área II (B) na REBIO Guaporé, Rondônia, Brasil.
Famílias botânicas
Conclusões
- Embora a estrutura da vegetação de Floresta de Igapó
seja semelhante entre os dois trechos estudados, a
composição das espécies mais importantes de acordo
com o valor de importância da tabela fitossociológica foi
diferente, o que demonstra a necessidade de mais
estudos e novas amostras para compreender o padrão da
vegetação para esta tipologia na área da REBio Guaporé
e outras regiões do Estado de Rondônia.
Agradecimentos
Ao Instituto Federal de Rondônia (IFRO) pelo
financiamento. A gestão da REBIO Guaporé por aprovar o
estudo e apoio com a infraestrutura local. A todos os
colegas de laboratório que ajudaram na coleta de dados.
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BRASIL. 1979. Ministério das Minas e Energia, SecretariaGeral, Projeto RADAMBRASIL. Folha SD.20; geologia,
geomorfologia, pedologia, vegetação e uso potencial da
terra, Guaporé. 362p.
Gama RV, Souza AL, Martins SV, Souza DR. 2005.
Geocomparação entre florestas de várzea e de terra firme
do estado do Pará. Revista Árvore 29(4): 607-616.
Ivanauskas NM, Monteiro R, Rodrigues, RR. 2004.
Estrutura de um trecho de floresta amazônica na Bacia do
Alto Rio Xingu. Acta Amazonica 34(2): 275-299.
Junk WJ, Bayley PB, Sparks RS. 1989. The flood pulse
concept in river - floodplain systems. D.P. Dodge (ed.). In:
Proceedings of the International Large River Symposium
(LARS). Canadian Special Publicationof Fisheryand
Aquatic Science 106:110-127.
67ª Reunião Anual da SBPC
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