Análise dos uniformes dos trabalhadores de uma indústria de produtos de origem animal Graziele dos Santos da Conceição Estudante do curso de Economia Doméstica - (UFV) - [email protected] Vania Eugênia da Silva M. S. Economia Doméstica. Pesquisadora vinculada ao ERGOPLAN - (UFV) - [email protected] Juliana Pinto Fernandes Freitas Estudante do curso de Economia Doméstica - (UFV) - [email protected] Simone Caldas Tavares Mafra Professora Associada do Departamento de Economia Doméstica - (UFV) - [email protected] Resumo: Este estudo analisou os modelos de uniformes dos trabalhadores de uma indústria de produtos de origem animal e suas respecticvas composições têxtil. Para identificar a composição têxtil dos uniformes foram realizados testes laboratoriais. Foi feita também uma entrevista com os trabalhadores da lavanderia no que se refere à percepção que estes têm sobre seu uniforme de trabalho, quais seus anseios e necessidades para que o uniforme se torne confortável ao uso. Em relação aos uniformes, foi possível constatar que a composição têxtil dos mesmos (33% algodão e 67% poliéster) não favorece a durabilidade destes e a existência de alguns detalhes como lapelas ou bolsos dificultam a completa remoção de sujidade. Palavras-chave: Lavanderia; Uniformes; Indústrias de produtos de origem animal. 1. Introdução O controle da qualidade em indústria de produtos de origem animal é de crucial importância, uma vez que estes são produtos extremamente susceptíveis a proliferação de micro-organismos e podem tornar-se potencial veículo de transmissão de doenças, seja para quem entrará em contato na produção do alimento ou para quem consumirá tal alimento. Para o alcance de um bom desempenho da indústria faz-se necessário a interação de todas as partes envolvidas no processo produtivo, buscando não só o aumento da lucratividade, mas a satisfação do cliente, incluindo benefícios para os membros da organização e da sociedade (BARTOLOMEU, 1998). Um dos setores de apoio à indústria de produtos de origem animal é a lavanderia que possui a função de higienização das roupas da indústria contribuindo para a eliminação da sujidade e diminuição dos riscos de contaminação, tanto dos trabalhadores quanto dos produtos, já que as roupas utilizadas por estes trabalhadores entram em contato direto com IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 1 fezes, urina e sangue de animais, considerando a atividade que desempenham no referido setor. O que se percebe é que apesar dos rigorosos cuidados dispensados à qualidade dos produtos o mesmo não ocorre em relação às condições de conforto e segurança dos trabalhadores, em especial na lavanderia, os quais se esforçam para a reposição das roupas em quantidade, qualidade e tempo desejado. Os trabalhadores de indústria de alimentos estão mais sujeitos, hoje, a lesões e doenças psicológicas, provocadas pela pressão que estão submetidos, uma vez que realizam atividades que demandam cuidados acentuados em relação ao controle dos produtos, podendo acarretarlhes desgastes emocionais, físicos e psicológicos. Tais fatores podem influenciar diretamente no ritmo da produção, seja pela incidência de doenças ocupacionais ou pela ocorrência de acidentes (RODRIGUES, et al., 2008). O setor de apoio lavanderia em indústria de produtos de origem animal, geralmente, é menosprezado por não ser fonte geradora de lucros diretos, e por ser um local onde concentra vários tipos de sujidades como sangue, fezes, urina, advindas dos mais diversos locais e se a lavanderia não for bem organizada poderá ocorrer um fluxo cruzado, ou seja, a roupa suja poderá entrar contato com roupa limpa (SILVA, 2007). Segundo a autora, a possibilidade de contaminação dos uniformes já processados, já é suficiente para que a lavanderia receba maior atenção dos dirigentes das instituições, visto que quando ocorre o fluxo cruzado desperdiça-se todo o cuidado dispendido na linha de produção para evitar a contaminação do alimento. Neste contexto, as roupas são elementos importantes do conceito moderno de administração, proporcionando praticidade, conforto e segurança ao usuário, na medida em que são utilizadas também como EPI, podendo interferir tanto na imagem das indústrias como na contaminação dos alimentos, quando mal higienizadas (NR – 6, citada por MARQUES, 2006). Sendo assim, empresários de indústrias alimentícias têm se preocupado com a uniformização de seus trabahahdores devido às exigências da legislação de segurança e higiene que prevê a proteção destes e dos produtos processados (MARQUES, 2006). Alguns aspectos devem ser levados em consideração na hora da escolha destas roupas, como funcionalidade, segurança, proteção contra doenças, conforto, bem-estar do usuário e diferenciação de função de cada trabalhador. É imprescíndivel que, na medida do possível, o trabalhador participe do processo de escolha de seu uniforme do trabalho, uma vez que ele é quem o usará e sabe de suas reais necessidades para melhorar seu desempenho no trabalho. Assim, este trabalho teve como objetivo analisar os modelos e a composição têxtil dos uniformes dos trabalhadores de uma indústria de produtos de origem animal. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 2 2. Revisão de Literatura 2.1 Uniformes e risco biológico A insalubridade proveniente de um ambiente ineficiente de trabalho pode afetar o bem-estar individual e social do trabalhador, com consequências que podem repercutir no âmbito social e familiar (SILVA, 2006). Os riscos oferecidos aos trabalhadores em uma lavanderia de indústria de produtos de origem animal são inúmeros, uma vez que interagem com equipamentos pesados e ruidosos, e entram em contato com roupas sujas de sangue urina e fezes de animais (SILVA, 2006). Por sua vez, a segurança do ambiente da lavanderia está ligada à sua área física, à manutenção dos equipamentos, máquinas e sistemas, ao controle de riscos físicos (temperatura, ruído, vibração, iluminação, umidade e ventilação), ao controle da exposição aos produtos químicos utilizados, aos fatores ergonômicos, e aos agentes biológicos provenientes da sujidade roupa. Dentre os riscos existentes em uma lavanderia de indústria de produtos de origem animal, existem aqueles que podem ser vinculados ao uniforme dos trabalhadores, pois El Sarraf (2004:04) ressalta que os riscos biológicos surgem do contato de micróbios e animais com o homem no ambiente de trabalho, estando sujeitos aos riscos profissionais, aqueles que trabalham com vísceras, órgãos, sangue, entre outros. Em uma lavanderia de indústria de produtos de origem de animal, como abatedouros, frigoríficos e laticínios existe um grande risco de exposição a agentes biológicos, devido à facilidade de contaminação a que os trabalhadores estão submetidos, uma vez que os microorganismos presentes nas roupas impregnadas de sangue, fezes, urina e secreções podem contaminá-los caso os mesmos não façam uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) (SILVA, 2006). As roupas que entram em contato com estes fluidos podem ou não alojar microorganismos patogênicos, devendo, portanto, considerar os equipamentos e as roupas que tiveram contato com tais fluidos como potencialmente contaminados por agentes causadores de doenças (SILVA, 2007). Além disso, estudos demonstram que um grande número de bactérias é jogado no ar durante o processo de separação da roupa suja, contaminando todo o ambiente (MINISTERIO DA SAUDE, 1986; KONKEWICZ, 2003). A utilização de uniforme em indústria de produtos de origem animal é necessária para evitar a contaminação de micro-organismos presentes em carcaças, fezes, coágulos de sangue, dentre outros, tanto para o produto processado, quanto para os trabalhadores (FIJAN et al., 2006). Muitos acreditam que o uniforme que passa pelo processo de higienização na lavanderia e retornam aos trabalhadores da linha de produção, está de fato limpo, e consequentemente seguro, porém, muitas vezes, a sujidade pode ter sido removida, mas, a roupa está longe de estar estéril. Experiências comprovam que equipes de controle de infecção devem considerar o processo de higienização da roupa como um aspecto sério, IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 3 quando da ocorrência de manifestações de surtos de doenças, viroses ou distúrbios que parecem não ter causa aparente (FIJAN et al., 2006). Desenvolvimentos de estudos recentes na área de controle de qualidade têm enfatizado a prevenção da contaminação dos produtos alimentícios por meio da efetiva identificação e eliminação de riscos. O sistema APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) é utilizado como forma de garantia desta qualidade, uma vez que objetiva a identificação de pontos e etapas do processamento nos quais micro-organismos patogênicos podem sobreviver, entrar e/ou proliferar no alimento. A APPCC é aplicada a riscos na segurança do alimento, mas os seus princípios podem ser utilizados para a identificação e gerenciamento de pontos de controle (VIALTA, 2002). Um Ponto Crítico de Controle (PCC) é um ponto ou um estágio na cadeia alimentar em que o controle pode ser aplicado, sendo essencial impedir todo o perigo da segurança alimentar ou reduzi-lo a um nível aceitável. As roupas utilizadas dentro de uma indústria alimentar podem ser classificadas como um Ponto Crítico de Controle (FIJAN et al., 2006). Para economizar no custo do processo de higienização da roupa, às vezes, opta-se por reduzir o tempo, água, energia, detergentes e agentes de desinfecção, acarretando no crescimento dos microrganismos que sobrevivem ao procedimento de lavagem, e assim, adaptando-se a um outro habitat (FIJAN et al., 2006). O artigo “Roupa branca não é sinônimo de roupa limpa” (2007) explica que os uniformes além de limpos, devem ser esterilizados para evitar a contaminação na produção dos alimentos. No caso de frigoríficos, a lavagem das roupas devem obedecer critérios como separação das roupas por nível de sujidade, não utilização de produtos à base de cloro ou água sanitária, para evitar o descoloramento ou amarelamento das peças, e secagem temperatura inferior a 70°C, evitando o encolhimento de tecido. O artigo cita exemplo de um processo de lavagem adequado para roupas de indústrias de produtos de origem animal como frigoríficos. “A lavagem se inicia com a separação por tipo de tecido e cor. Após esta seleção uma pesagem é feita de acordo com a capacidade de cada equipamento. Como os equipamentos são automatizados, existe um padrão de qualidade em todos os processos como umectação, pré-lavagem, lavagem, alvejamento e neutralização, com garantia de tempo, temperatura e nível de água, fatores essenciais para a boa higienização e desinfecção. As lavanderias são dotadas de barreira sanitária, impedindo que o uniforme sujo entre em contato com o uniforme limpo, cada área possui seu vestiário para que haja fluxo correto e evite a contaminação cruzada. Esse fluxo cruzado deve ser evitado já que para Wilson et al., (2007) os uniformes são frequentemente contaminados após os usuários serem expostos a agentes, seja patogênicos ou não, como por exemplo, através do contato do uniforme com feridas. Para garantia de um trabalho eficiente da lavanderia devem ser adotados processos adequados de lavagem que garantirá a otimização dos produtos utilizados e também excelência do serviço prestado, refletindo diretamente no produto final. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 4 Outro fator importante para a garantia da qualidade higiênico-sanitária dos produtos que são processados pela indústria é a higiene pessoal dos trabalhadores. Pinto (2008) enfatiza que devem ser respeitados os princípios básicos de higiene pessoal, principalmente ao utilizar o sanitário, além da adoção de cuidados preventivos, como evitar o uso de barba, relógio, pulseira, anel, ou outros adornos. Sendo assim, o processo de higienização dos uniformes só será eficiente se todas as variáveis necessárias para o seu bom resultado forem respeitadas, inclusive a higiene dos trabalhadores que manipulam o uniforme. 2.2 Uniformização e sua relação com o ambiente de trabalho Na atualidade o que se pode perceber é que o empresariado está mais consciente em relação às vantagens da uniformização, principalmente no que tange às características como praticidade, conforto, durabilidade e segurança, além da imagem corporativa da empresa, já que aparência e melhor desempenho da empresa são razões importantes para que as indústrias uniformizem seus funcionários (MERLINO, citado por MARQUES, 2006). Para a obtenção de uniformes que garantirão uma boa imagem, praticidade e conforto aos seus usuários, alguns aspectos devem ser levados em consideração: modelagem adequada, principalmente para o público feminino, cores e conforto, que é adquirido por meio de incorporação na produção dos mesmos, de novas fibras já disponíveis no mercado têxtil e de confecção. As roupas profissionais devem reunir características que proporcionem liberdade de movimentos nas atividades exercidas pelos trabalhadores, bem como adequação ao clima da região e do ambiente de trabalho. Dessa forma, o uniforme se torna a cada dia assunto técnico dentro da empresa, que não é mais analisado apenas no que se refere ao preço, mas também ao seu custo-benefício (STELLA, citado por MARQUES, 2006). Areaseg, citado por El Sarraf (2004), acrescenta que o uniforme oferece segurança em situações de riscos, auto-estima dos funcionários e boa impressão do público externo em relação à imagem da empresa. El Sarraf (2004) enfatiza a importância da adequação dos uniformes a fatores ambientais, por exemplo, a temperatura influencia na escolha do tecido, a luminosidade na escolha da cor do uniforme, e a umidade, o fogo, e agentes químicos influenciam no tipo de acabamento especial. A escolha do projeto de uniformização por parte do setor deve atender também as exigências técnicas, tanto das normas regulamentadoras quanto das metas e perspectivas da própria empresa. O autor menciona ainda que é importante a participação dos trabalhadores na escolha de sua vestimenta profissional (modelos, cores, estilos, personalização dentre outros), uma vez que contribui para envolvê-los e comprometê-los com seu uso. Em relação às fibras utilizadas na confecção dos uniformes El Sarraf (2004) descreve as principais características de algumas das mais utilizadas: IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 5 • Algodão – É uma fibra muito fresca e flexível, durável e resistente ao uso, à lavagem ao ataque de traças e outros insetos, mas tem a tendência de encolher e amarrotar, é atacado por fungos e queima com facilidade, não suporta ácidos. • Poliamida – É leve macio, não encolhe e nem deforma, é resistente ao uso, aos fungos e as traças, de fácil tratamento e seca rapidamente, sendo, porém, sensível à luz, com tendência a reter poeiras e sujeiras, manchando com facilidade, não absorve umidade, aquece pouco e favorece a transpiração do corpo, derrete e encolhe com o calor, não suporta produtos químicos. • Poliéster – Tem boa resistência à luz e ao uso, tem propriedades anti-rugas e pode receber tratamento para não encolher. Tem boa elasticidade e resiste a maior parte dos produtos químicos, é fácil de tratar e seca rapidamente, derrete e encolhe com o calor. • Mistura de fibras – Ao se misturar tipos de diferentes fibras, na busca da melhoria de determinadas características, deve-se tomar o cuidado, para suas inconveniências não inviabilizem o projeto. Pesquisa realizada pela Rhodia, citado por Castro e Chequer (2001) com a finalidade de medir a resistência de tecidos de algodão e poliéster, mostrou que após 100 lavagens o algodão pode perder de 35% a 45% de sua resistência, enquanto a mistura de 50/50 algodão e poliéster perdem apenas 10%. Porém, estudos realizados pela Santista Têxtil (2006), apontaram que a melhor porcentagem de mistura entre algodão e poliéster é 67% do primeiro e 33% do segundo, sendo mais indicado para a produção das roupas profissionais, pois proporciona conforto, durabilidade, menor amarrotamento, boa aparência e fácil conservação, além de possuir menor índice de encolhimento quando submetido às sucessivas lavagens durante o processo de higienização. 2.3 Uniformes e Equipamentos de Proteção Individual (EPI) Equipamento de Proteção Individual (EPI) é definido como “todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional e estrangeira, destinado a proteger a saúde e integridade física do trabalhador” (SOCIEDADE BRASILEIRA DE BIOENGENHARIA E SEGURANÇA, 1988; MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO, 1978). Assim, o uniforme também pode ser considerado como EPI. A empresa é obrigada a fornecer o EPI, gratuitamente e adequado aos seus funcionários, além do treinamento condizente para a sua efetiva utilização. São exemplos de alguns EPI utilizados em lavanderias: óculos, máscara, luvas ou mangas de proteção, calçados impermeáveis, protetores auriculares, aventais dentre outros. El Sarraf (2004) ressalta que na escolha do tipo de uniforme, as condições ambientais, como a temperatura, irá determinar o ti´po de tecido. A luminosidade do ambiente de trabalho também influenciará na escolha da cor, enquanto aspectos como a umidade, o fogo e os agentes químicos, influenciam no tipo de acabamentos especiais. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 6 Outro fator positivo para a empresa que fornece vestimentas de proteção adequada aos seus trabalhadores é com relação à diminuição do índice de acidente de trabalho e doenças ocupacionais na empresa (MARQUES, 2006). 3. Procedimentos Metodológicos A pesquisa foi realizada em uma lavanderia de indústria de produtos de origem animal localizada na Zona da Mata Mineira, e que conta com um quadro de sete trabalhadores, que trabalham 07h20min diariamente, com uma folga na semana, totalizando, assim, 44 horas semanais. A lavanderia funciona 24 horas por dia, inclusive, aos sábados e domingos. Para atender ao objetivo deste estudo, foi realizada uma análise dos uniformes no que tange aos modelos, personalização e composição têxtil dos mesmos. As roupas foram analisadas em relação aos modelos, personalização de todos os uniformes da indústria e análises têxtil dos uniformes da lavanderia para identificar qual a composição dos mesmos. Os testes laboratoriais foram realizados no Laboratório de Têxteis do Departamento de Economia Doméstica, da Universidade Federal de Viçosa. Primeiramente, foi realizado o teste de toque, que, segundo Marques (2006), consiste em apalpar o pano para identificar a textura que caracteriza cada fibra de forma específica. Logo após, foi realizado o teste da queima, que consiste em queimar um pedaço do pano e identificar a fibra, considerando a proximidade da chama. Neste teste, o tecido é colocado na chama e, em seguida, afastado, observando a característica da cinza, odor e coloração da fumaça desprendida (CÂNDIDO; VIERA, 2003). Para a identificação das fibras, foi realizada a análise microscópica das fibras dos tecidos utilizados na confecção dos uniformes dos trabalhadores da lavanderia. Utilizou-se para tal um microscópio da marca “OLYMPUS”, constituído de lentes objetivas com capacidade de resolução 10X e 20X. As fibras observadas foram preparadas em lâminas simples e lamínulas. Foi feita também uma entrevista com os trabalhadores da lavanderia no que se refere à percepção que estes têm sobre seu uniforme de trabalho, quais seus anseios e necessidades para que o uniforme se torne confortável ao uso. 4. Resultados e Discussões 4.1 Composição têxtil, modelos e personalizações dos uniformes dos trabalhadores da indústria e da lavanderia em estudo Os dados referentes à composição têxtil dos uniformes dos trabalhadores da indústria foram obtidos através de informações contidas nas etiquetas dos uniformes, e análise laboratorial. Na indústria estudada existem três modelos de blusas diferentes e dois modelos de calças distintos, separados de acordo com a atividade realizada. Os uniformes também são separados por cores, como uma forma de diferenciar as atividades desempenhadas na indústria, o que facilita no processo de separação de roupas com sujidades diferentes na lavanderia. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 7 Modelo: Capote Térmico Tecido: Nylon resinado, manta isolante Composição têxtil: ------- Cor: Azul e Branco Desenho Técnico Frente Costas Descrição: Modelo com mangas longas arrematadas com punhos sanfonados; capuz fixado no decote com cadaço embutido e fechamento frontal com velcro e a presença de botões de pressão frontais. FIGURA 1 - Modelo do capote térmico usado atualmente na indústria. Fonte: Dados de pesquisa. 2008. Sugestão de modificações Desenho Técnico Frente Costas - Punho na cintura para entrada de ar na região abdominal. - Retirada do bolso, para evitar acúmulo de sujidade. FIGURA 2 - Modelo sugerido para o capote térmico usado na indústria. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 8 O capote térmico é utilizado pelos trabalhadores da indústria que entram em contato com ambiente de baixa temperatura, variando entre -18°C a -22°C. Este é confeccionado nas cores branca e azul, sendo a cor branca utilizada por manipuladores de alimentos e a azul por manipuladores do setor de expedição dos alimentos. O modelo possui mangas longas arrematadas com punhos sanfonados, capuz fixados no decote com cadarço embutido, fechamento frontal através de botões de pressão, porém a indústria acrescenta velcro para fechamento, pois segundo os funcionários o velcro facilita a colocação da vestimenta em detrimento aos botões de pressão. Entretanto, vale ressaltar que o velcro pode favorecer o acúmulo de sujeira e outros materiais sobre o mesmo, favorecendo a contaminação da roupa, sendo, portanto, não recomendável o seu uso. O modelo apresenta, também, bolso lateral em ambos os lados. Seria interessante que este modelo possuísse punho também na cintura para evitar a entrada de ar na região abdominal, é aconselhável também a ausência de bolsos, uma vez que para este modelo de uniforme é desnecessário, além desse detalhe contribuir para o acúmulo de sujeiras. Modelo: Calça comprida (Câmara Fria) Tecido: Nylon resinado, manta isolante (algodão) Composição têxtil: ------- Cor: Azul e Branco Desenho Técnico Frente Costas Descrição: Modelo de calça simples, possui elástico na altura cintura para ajuste de cós. FIGURA 3 - Modelo da calça comprida usada atualmente na indústria. Fonte: Dados de pesquisa. 2008. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 9 Sugestão de modificações Desenho Técnico Frente Costas - Não há sugestão FIGURA 4 - Modelo sugerido para a calça comprida a ser usada na indústria. A calça e o capote térmico são feitos de nylon resinado e manta isolante de algodão. Segundo Cherem citado por Marques (2006), o nylon resinado utilizado na confecção de roupas proporciona à mesma, resistência à lavagem, secagem rápida, praticidade no uso, capacidade de transpiração e caimento, além de proporcionar ao usuário conforto para desenvolver atividades em temperaturas baixas. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 10 Modelo: Blusão Fechado Cor: Branco Tecido: Malha de Moleton Composição têxtil: 33% Algodão e 67% Poliéster Desenho Técnico Frente Costas Descrição: Modelo com mangas longas, decote redondo, gola arrematada com punho sanfonado, corpo do blusão e mangas arrematados com costura reta. FIGURA 5 - Modelo do blusão fechado usado atualmente na indústria. Fonte: Dados de pesquisa. 2008. Sugestão de modificação Desenho Técnico Frente Costas - Punho nas mangas em virtude de manipulação de alimentos. FIGURA 6 - Modelo sugerido para o blusão fechado a ser usado na indústria. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 11 Outro modelo de uniforme usado na indústria é o blusão fechado na cor branca utilizado pelos trabalhadores da linha de produção, nos setores climatizados em que a temperatura atinge até 10°C. O modelo possui mangas longas, decote redondo, gola arrematada com punho sanfonado. O corpo do blusão e as mangas são arrematadas com costura reta. Neste modelo a utilização de punhos nas mangas é indicada em virtude da manipulação de alimentos. Marques (2006) afirma que por possuir mangas longas este tipo de modelo é inconveniente já que entra em contato com a superfície de trabalho e com o próprio alimento, recomendando mangas do tipo ¾ (altura do cotovelo). O tecido utilizado na confecção deste uniforme é malha de moletom, Silva e Fontes citado por Marques (2006) ressaltam que as roupas feitas com panos de malha apresentam bom estado assentamento e conforto, é leve, absorvente, amarrota pouco, e depois de lavado apresenta boa aparência. Modelo: Blusão Cor: Branco, Azul, Cinza Tecido: Brim tecedura, sarja Composição têxtil: 67% Algodão e 33% Poliéster Desenho Técnico Frente Costas Descrição: O modelo possui decote em V seguido de pequena abertura frontal. O decote é arrematado com gola esporte, sem botão e mangas curtas, bainhas do corpo da camisa e das mangas são arrematadas com costura simples batida à máquina. FIGURA 7 - Modelo do blusão fechado usado atualmente na indústria. Fonte: Dados de pesquisa. 2008. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 12 Sugestão de modificação Desenho Técnico Frente Costas - Fechamento da abertura frontal com botões e casas. FIGURA 8 - Modelo sugerido para o blusão fechado a ser usado na indústria. A indústria dispõe, também, de um modelo de blusão nas cores branca, azul, cinza e marrom, sendo a cor branca utilizada por trabalhadores do setor de abate, desossa, indústria, refeitório, lavanderia e expedição. O blusão na cor azul é utilizado por trabalhadores do setor de manutenção e caldeira, já o blusão de cor cinza é utilizado pelos trabalhadores responsáveis pela higienização e limpeza da indústria, e o de cor marrom é usado pelos trabalhadores do setor de dejetos. O modelo do blusão possui decote em “v” seguido de pequena abertura frontal, o decote é arrematado com gola esporte, sem botão e mangas curtas. As bainhas do corpo da camisa e das mangas são arrematadas com costura simples batida a máquina. Recomenda-se para este modelo, fechamento da abertura frontal com botões e casas, visto que garantiria ao usuário maior conforto. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 13 Modelo: Calça comprida Cor: Branco, Azul, Cinza Tecido: Composição têxtil: 67% Algodão e 33% Poliéster Desenho Técnico Frente Costas Descrição: Modelo com bolso na perna direita lateral chapada, pespontados com costura simples. Bainha arrematado com costura simples batido à máquina. FIGURA 9 - Modelo da calça comprida que acompanha o blusão fechado usados atualmente na indústria. Fonte: Dados de pesquisa. 2008. Sugestão de modificação Desenho Técnico Frente Costas - Retirada de bolsos FIGURA 10 - Modelo sugerido para a calça comprida que acompanha o blusão fechado a ser usada na indústria. IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 14 A calça comprida que acompanha o blusão também é confeccionada nas cores branca, azul, cinza e marrom de acordo com a atividade realizada, citada anteriormente. Possui bolso na perna direita, lateral chapada, pespontados com costura simples, bainha arrematada com costura simples batida à máquina. Para Marques (2006), a presença de bolsos na calça é inconveniente, pois estes retêm sujeiras e fornece local para o trabalhador levar para dentro do seu ambiente de trabalho algum objeto não permitido como celular, relógios, entre outros. Os três últimos modelos citados: blusão fechado, blusão e calça são confeccionados com brim tecedura simples, e composição têxtil 33% algodão e 67% poliéster, através do teste laboratorial foi possível comprovar a mistura de fibras uma vez com o teste da queima, toque e odor, constatou-se que não havia predominância de fibra sintética ou natural, a chama foi grande e amarelada, com cinzas duráveis e não friáveis e com cheiro não muito forte, tal resultado foi confirmada através da análise microscópica onde a fibra apresentou característica, tanto de algodão, quanto poliéster. De acordo com estudos realizados pela Santista Têxtil (2006), a melhor porcentagem seria 67% algodão e 33% poliéster por ser o tipo de tecido mais indicado para a produção das roupas profissionais, já que proporciona conforto, durabilidade, menor amarrotamento, boa aparência e fácil conservação, além de possuir menor índice de encolhimento quando submetido às sucessivas lavagens durante o processo de higienização. Conforme Marques (2006), a Legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que determina as normas de inspeção de produtos de origem animal, não prevê uma padronização relacionada às fibras e aos modelos das roupas profissionais utilizadas pelos manipuladores. Mas para a autora, a presença de detalhes como bolsos, determinados tipos de mangas pode ser um inconveniente para o tipo de atividade desenvolvida, bem como para o processo de higienização dos uniformes, além de contribuir para ocorrência de acidentes para quem o utiliza, podendo, também, acumular sujeiras de difícil remoção, propiciando a proliferação de micro-organismos, comprometendo a qualidade do processo de higienização das roupas. A legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em relação à exigência de utilização das roupas profissionais e sua aplicabilidade nas indústrias de produtos de origem animal, enfatiza somente aspectos relacionados à cor das roupas e ao local para a higienização das roupas. Enfatiza a utilização de cores claras, especificamente, branca, pois os manipuladores entram em contato com produtos que apresentam sujidade pesada, como sangue, gordura, corante e outros, estes são mais evidenciados pela cor branca, facilitando o controle, a troca e a lavagem diária. Em relação às cores coloridas, a legislação prevê que sejam destinadas a atividades que não estejam ligadas diretamente à manipulação de produtos comestíveis. A legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no que tange a higienização dos uniformes, que esta seja feita em lavanderia industrial utilizando ação mecânica, ação química, tempo e temperatura adequados para se obter um lavagem eficiente. Mas para o tipo de fibras e modelos mais adequados, a legislação não menciona nenhuma recomendação específica. A especificação de tais itens seriam de extrema importância para o IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 15 alcance de um uniforme adequado em termos de conforto, segurança para os usuários e eficiência de limpeza garantindo a segurança dos produtos alimentícios que entrarão em contato com os uniformes. 4.2 Percepção dos trabalhadores quanto a seu uniforme de trabalho O uniforme não tem apenas o objetivo de identificação dos funcionários de uma empresa, mas, traz em si, a importância de proporcionar conforto para quem o utiliza e, no caso especifico de indústria de produtos de origem animal, é uma forma de contribuir para a higiene necessária na manipulação dos alimentos que serão processados. A participação do profissional na escolha do seu uniforme é um aspecto de fundamental importância, pois para o trabalhador, o uniforme representa uma contribuição para a sua saúde física, proteção contra acidentes no trabalho, prevenção de doenças, e sensação de segurança e satisfação no trabalho (EL SARRAF, 2004). Dentre os entrevistados, 86% consideram o uniforme que usam no dia-a-dia de trabalho como confortável, pois para esses trabalhadores, o uniforme não aperta, não atrapalha o desenvolvimento do trabalho, e não esquentam. Em relação ao modelo do uniforme, 57% não souberam sugerir um modelo que considerassem mais adequado ao trabalho que desempenham e 29% sugeririam a manutenção do modelo que já usam para trabalhar na lavanderia, e apenas um trabalhador (14%) sugeriu a adoção de bermudas para serem usadas no período de primavera-verão. El Sarraf (2004) defende a ideia da utilização de uniformes específicos para o verão e inverno. Os dados comprovam que os trabalhadores possuem pouco conhecimento sobre os modelos que melhor os atenderia, ficando a cargo dos chefes da lavanderia pesquisar e sugerir um modelo que proporcionará maior conforto aos mesmos Quanto à cor que consideram mais indicada para a uniformização da lavanderia, todos os trabalhadores sugeriram a cor branca, pois permite que a sujidade seja percebida facilmente. Em relação à fibra mais adequada para proporcionar conforto ao usar o uniforme, algumas características devem ser avaliadas no processo de confecção de uniformes. Dentre elas ressalta-se a durabilidade, flexibilidade, vida útil e facilidade de limpeza. Para 29% dos trabalhadores entrevistados, o algodão seria a fibra mais indicada para a confecção de seu uniforme de trabalho. Os demais trabalhadores (71%) afirmaram não ter conhecimento sobre fibras, impossibilitando, assim, a sugestão de um determinado tipo. Entretanto, eles tinham conhecimento de que seu uniforme era composto por mistura de fibras, devido a presença de informações na etiqueta. Sendo assim, acrescentaram que a mistura de fibras utilizadas na confecção do seu uniforme seria viável. Com relação à sugestão de utilizar a fibra de algodão vale esclarecer que esta é uma fibra fresca e muito flexível, durável, resistente ao uso, à lavagem, ao ataque de traças e outros insetos, mas tem tendência de encolher e amarrotar demasiadamente, além de ser de IV WORKSHOP DE ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO - UFV I ENCONTRO MINEIRO DE ESTUDOS EM ERGONOMIA 16 difícil secagem quando comparado à mistura de fibras, é, também, atacado por fungos, queima com facilidade e não suporta ácidos. 5. Conclusões A uniformização, na maioria das vezes, é considerada um elemento imprescindível aos trabalhadores que exercem atividades nos diferentes setores do mercado. O processo de higienização dos uniformes utilizados em indústrias de produtos de origem animal deve ser realizado com procedimentos adequados garantindo suas condições higiênico-sanitárias bem como do produto processado. À respeito dos uniformes utilizados pelos trabalhadores da lavanderia foi possível perceber que ela higieniza peças advindas dos mais diferentes setores da indústria, os quais são identificados por cores, facilitando a separação, também, por tipo de sujidade. Porém, alguns modelos de uniformes adotados pela empresa, possuem detalhes como bolsos e lapelas que dificultam a remoção completa da sujidade. Foi possível concluir, também, em relação aos uniformes, a composição têxtil dos mesmos não favorece a durabilidade dos uniformes, pois estes desbotam e rasgam em um curto período de tempo. Referências BARTOLOMEU, Tereza Angélica. 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