1
BRUNO CESAR MARIANO
HENRIQUE MORGADO CARVALHO
INGRITI VIEIRA DE SOUZA
O JUDÔ COMO AGENTE EDUCACIONAL E COMPORTAMENTAL EM
CRIANÇAS DE 7 A 12 ANOS
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso
apresentado à Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Auxillium,
Curso de Educação Física sob a orientação
dos Professores Dr. Luiz Carlos Oliveira e
Esp. Ana Beatriz Lima.
Lins – SP
2012
2
BRUNO CESAR MARIANO
HENRIQUE MORGADO CARVALHO
INGRITI VIEIRA DE SOUZA
O JUDÔ COMO AGENTE EDUCACIONAL E COMPORTAMENTAL EM
CRIANÇAS DE 7 A 12 ANOS.
Monografia apresentada ao centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do titulo de Licenciatura em Educação Física.
Aprovada em: ____/____/______.
Prof° Orientador: Luiz Carlos de Oliveira
Titulação: Dr. Educação Escolar pela UNESP de Araraquara
Assinatura: _________________________________
1° Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
2° Prof(a): _____________________________________________________
Titulação: ______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura : ___________________________
3
DEDICATÓRIAS
Gostaria de dedicar este trabalho primeiramente a Deus, pois apenas
com sua ajuda pude chegar ao final de mais uma etapa de minha vida com
muita força e perseverança.
Ao meu Pai e amigo Luis Mariano, pois além de ter um pai espetacular,
tive o prazer de ser presenteado com um melhor amigo. Podendo contar com
ele pra tudo e para qualquer hora, recebendo os melhores conselhos e suas
broncas nos momentos certos.
A minha mãe Ana, que é a minha alma gêmea, a pessoa que me conforta
quando preciso. Que mesmo não morando juntos, com certeza nossos
pensamentos estão ligados em todos os momentos dos nossos dias.
A minha irmã Juliana e meu cunhado Eudi, por todas as horas que
preciso, sempre estão a disposição para me ajudar.
A minha namorada Elô, por ser maravilhosa, linda, paciente, cuidadosa e
que posso dizer que me completa com todo seu amor.
Aos meus companheiros de monografia Ingriti e Henrique, que mesmo
fazendo pouco tempo de amizade, sou grato por sempre estarem de prontidão
quando preciso.
A todos meus tios e avós, pelo amor que sempre me demonstraram e
pela força que me dão para que eu atinja todos meus objetivos na vida.
Bruno Mariano
4
Dedico primeiramente a DEUS por mais uma Conquista, logo em seguida
a minha mãe Angela e ao Renato, ao meu pai Adebaldo (Dedé) e a Cida e aos
meus familiares por me apoiar para uma formação acadêmica.
Obrigado família eu amo muito vocês
Dedico aos meus sobrinhos Gabriel, Lucas e a minha pequenina Taina
que sempre fez parte da minha linda família. Vocês são a razão de muitas
conquista que venho conseguindo por estes anos... Sou um tio chato, mais no
fundo vocês não sabe como me derreto por vocês, amo vocês mais que tudo
nesta vida.
Especial a uma pessoa que atormento muito, minha cunhadinha Gisele
(Tuta), pois ela juntamente com nossas famílias, esta fazendo com que estas
crianças tenham uma educação maravilhosa, pois na ausência do meu irmão ela
se torna mãe e pai dessas bênçãos que amo muitooo. Obrigado Tuta nos te
amos muito.
Dedico em especial em memoria do meu irmão LEANDRO, sempre me
dando forças para minhas decisões, sempre me dizendo o melhor a fazer.
Hoje sinto que ele continua comigo, iluminando cada caminho da minha vida
como sempre fez quando estava em vida. Sei que você neste momento é nosso
anjo da guarda, cuidado dos nossos guris, só quero te dizer como sempre
disse a você, TE AMO MUITO MEU IRMÃO.
Dedico a uma pessoa maravilhosa que entrou em minha vida este ano,
me dando muita força em tudo o que fiz e pretendo fazer. Meire obrigado por
fazer parte da minha vida, da minha família, sinto saudades da sua presença,
mais temos que passar por este obstáculo para crescer cada vez mais...
TE AMO MUITO
5
Dedico aos meus amigos de monografia Bruno Mariano e Ingriti por
mais uma conquista de conclusão de curso, passamos por apuros e correrias
para entregar tudo nas datas, mas graças a DEUS tudo deu certo no final.
Obrigado por tudo e me desculpe algo que eu tenha feito de errado durante
esta jornada.
Dedico também aos meus amigos Leandro, Luis Fernando, Luis Felipe,
Kleber, Diego (Biqui), por me atura desde a infância, sem vocês cara não tinha
conquistado metade do que já conquistei. Valeu galera.
Não posso esquecer aos meus amigos de faculdade, Tatiane, Vanessa,
Romulo, Adriano, Luis Henrique (Lu), Karina (tia) Rafael Sênior, onde dei
muitas risadas, fora a correria para entregar os trabalhos... hehe. Sem vocês
não tinha amadurecido tanto, só tenho a agradecer a vocês. Obrigado galera
por tudo.
Henrique Morgado
6
Dedico em primeiro lugar a Deus que com certeza é o mais importante
em minha vida, agradeço a ele pelo dom da Vida, pela minha saúde, força e
coragem que me concedeu para que eu não desistisse nos primeiros obstáculos
que tive durante esse ano de faculdade; por ele ainda esta me proporcionando
esse momento tão especial em minha vida, e pedindo a ele que sempre me
proteja e me ilumine. Obrigado nosso Pai de Amor. Te Amo
Aos meus amigos e companheiros de TCC, Bruno Mariano e Henrique
Morgado, que com paciência e dedicação foram companheiros. Quero desejar
a eles muita sorte nessa nova jornada que esta por vir em nossas vidas. Quero
desejar paz, sucesso, saúde e felicidade. Parabéns pra vocês. Parabéns pra
nós.
A minha família minha mãe Vilma, meu pai Clécio, minhas irmãs Paula e
Poliani que sempre estão comigo sempre me apoiando, dando conselhos
participando das minhas alegrias das minhas tristezas. Amo todos vocês.
Família é um presente de Deus, família é a base de todas as pessoas e eu
agradeço a Deus pela minha.
Aos meus amigos irmãos Matheus, Ladim, Paulo Cesár, Granjinha, José
Vitor( Garcia), Magrolinha, Lucas, Junin, Hilinha, Jayminho, Pedro Ivo, André
por sempre estarem comigo. Amo vocês. Obrigado por fazerem meus dias
mais felizes..
A minhas amigas Vanessa, Nayara, Carol, Adriele, Vanessa, Tati ,
Larissa por serem pessoas maravilhosas na minha vida, Amigo é isso chora
quando estamos chorando, sorri quando estamos sorrindo... Briga e depois de
alguns minutos estamos bem como se nada tivesse acontecido .. Amo vocês
minha vida com Vocês não teria sentido pois vocês são as melhores amigas
irmãs do mundoo ... Amo Voces...
Em especial a uma menininha que entrou na minha vida, mas que ficou
por pouco tempo comigo. Mas me fez sentir um amor que eu nunca havia
sentido antes. A minha VALENTINA, você me fez sentir amor, carinho, e
medo. Medo de perdê-la. Mas depois que você se foi. Vi que a vida ela sempre
continua e que sempre tem novos dias, novos amores, novos sorrisos e novas
histórias. Te Amo!!! Obrigado por tudo
Ingriti Vieira
7
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus primeiramente, por sempre estar
guiando nossos caminhos e graças a Ele conseguimos mais uma
vitória. Obrigado Senhor por tudo.
Aos professores que fizeram parte desta longa jornada de
curso, aos amigos e colegas que sempre estiveram em todos os
momentos dividindo as felicidades e tristezas e ao nosso
querido professor orientador Luiz Carlos que nos auxiliou neste
trabalho de conclusão de curso.
A todos os colaboradores do Colégio IAL, por sempre
estarem de portas abertas para realização deste trabalho.
A todas crianças que participaram deste trabalho, que nos
encantaram pelo carinho, dedicação e acolhimento, tornando
assim nosso trabalho produtivo e agradável de se fazer.
8
RESUMO
O judô como prática esportiva na educação infantil pode ser um grande
aliado para a contribuição da melhoria da conduta dos alunos. Praticar judô é
educar a mente e o corpo, sendo assim os profissionais procuram novas formas
de educar, acredita-se que o judô é de grande importância para o
desenvolvimento da conduta na educação infantil. Essa modalidade pode servir
de motivação, pois uma pessoa motivada a realizar certa atividade poderá ter
mudanças na compreensão da aprendizagem e de seu desempenho nas
habilidades motoras. Realizamos um estudo, que foi desenvolvido no colégio IAL
(Instituto Americano de Lins), com crianças de 07 a 12 anos. Através de
observações durante as aulas de judô e depoimentos feitos para coordenadoras,
professores de educação física, professores de judô e pais de alunos. Diante do
pressuposto, o objetivo desse estudo é comprovar se o judô influência de forma
positiva no comportamento das crianças durante o período em que elas
permanecem na escola e também fora dos muros da escola. Sobre
comportamento e educação podemos afirmar que o judô com todos os seus
princípios filosóficos que o sustenta contribui para a formação do conhecimento
social e da moralidade, possuindo um método de ensinar a cortesia entre as
pessoas e melhorar a atitude social. Dessa forma, o Judô desempenha um papel
relevante, como instrumento de formar e lapidar os verdadeiros caracteres
morais do ser humano. O praticante de judô deve aprender e cumprir algumas
regras como forma de respeito à modalidade, o respeito aos seus superiores e
colegas é uma delas. As crianças devem ser motivadas a praticarem alguma
atividade, afinal é a motivação que define e afeta o início, a manutenção e a
intensidade do comportamento deste indivíduo durante o curso. O
comportamento humano é movido por necessidades, interesses e estímulos.
Palavras-chave: Judô. Educação Infantil. Psicologia Escolar.
9
ABSTRACT
Judo as sports practice in early childhood education can be a great ally for
the contribution of improved student behavior. Judo is to educate the mind and
the body. Because education seeks new ways to educate believed that judo is of
great importance for improving the conduct of early childhood education. This
modality can serve as motivation where a person motivated to perform certain
activity may have changes in the understanding of learning and performance in
motor skills. Through interviews we conducted a study done in IAL (American
Institute of Lins), with children 07 to 12 years. Through observations during class
judo and statements made to the coordinators, physical education teachers, judo
teachers and parents. Given the premise, the aim of this study is to prove that the
judo positively influence the behavior of children during the period in which they
remain in school and their behavior outside the school walls. About behavior and
education we can say that judo with all its philosophical principles that sustains
contributes to the formation of social knowledge and morality, having a method to
teach courtesy between people and improve social attitude. With that Judo plays
the role as a tool to train and hone the true moral character of the human being.
The judo practitioner must learn and comply with some rules as a form of respect
to the sport. One should respect their superiors and colleagues. Children should
be motivated to practice some activity, motivation can be defined as the causes
that affect the initiation, maintenance and intensity of behavior. Human behavior
is driven by needs, interests and stimuli.
Keywords: Judo. Early Childhood Education. School Psychology.
10
LISTAS DE FIGURAS
Figura 1: Catequese dos Indígenas no Brasil....................................................17
Figura 2: Mestre Jigoro Kano.............................................................................24
Figura 3: Aulas na escola kobukan....................................................................25
Figura 4: Judogui da época................................................................................31
Figura 5: Jigoro Kano e seus discípulos.............................................................32
Figura 6: Ordem de Faixas.................................................................................33
Figura 7: Reverência ao sensei..........................................................................38
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Ju – suave;
Do - caminho;
Kobunkan - nome da escola onde Jigoro Kano começou as suas aulas de inglês
e tradutor da mesma;
Yoshin Ryu- escola Coração de Salgueiro;
Kodokan – significado; Instituto do Caminho da Fraternidade, escola de judô
mestre Jigoro Kano;
Eishoji – templo budista;
Dan – graduação nas faixas superiores;
Asahi – premiação do Desporto Japones;
HikawaMaru – navio transatlântico;
Kaisei – escola japonesa,
TenshinShin’Yo – escola japonesa;
Kasei Baseball Club – primeiro clube de basebol do Japão;
Kyto-Ryu - escola de jujútsu;
Butokukai - Centro de Estudos das Artes Marciais;
COI – Comitê Olímpico Internacional;
11
IAL – Instituto Americano de Lins;
Atemis – pontos vitais;
Wu-chu – luta chinesa;
Yoshin Ryu - Coração de Salgueiro;
Judogui – roupão usado para lutas;
Kyu – graduação de faixas;
Seiryoru-zen-yo - máxima eficiência com o mínimo esforço;
Jita-kyoei - bem estar e benefícios mútuos;
Ritsu-rei - saudação em pé;
Za-rei – saudação;
Dojô – local de treinamento;
12
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................14
CAPÍTULO I – EDUCAÇÃO..............................................................................16
1
CONCEITO.............................................................................................16
1.1
A Educação no Brasil..............................................................................16
1.2
Educação Física no Brasil.......................................................................18
1.3
Educação Física escolar.........................................................................19
1.4
O professor de Educação Física.............................................................20
1.5
Esporte na escola....................................................................................21
CAPÍTULO II – JUDÔ........................................................................................23
2
JUDÔ.........................................................................................................23
2.1
Jigoro Kano................................................................................................23
2.2
Cronologia do Mestre Jigoro Kano............................................................26
2.3
Historia do Judô........................................................................................29
2.4
Judogui......................................................................................................33
2.5
Princípios Filosóficos...............................................................................34
2.6
Saudação (Hei)..........................................................................................36
2.7
Judô na Escola.........................................................................................37
CAPÍTULO III- PSICOLOGIA INFANTIL NA ÁREA ESCOLAR......................40
3
CONCEITO DE PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO....................................40
3.1
Desenvolvimento social das crianças na escola..................................41
3.2
Problemas afetivos e de conduta escolar...............................................41
3.3
Motivação dos Alunos.............................................................................42
CAPÍTULO IV- A PESQUISA............................................................................44
13
4
INTRODUÇÃO.......................................................................................44
4.1
Atividades realizadas.............................................................................41
4.2
Resultado obtidos..................................................................................45
4.3
Depoimentos..........................................................................................46
4.4
Discussão..............................................................................................47
4.5
Parecer final sobre a pesquisa..............................................................49
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO....................................................................50
CONCLUSÃO...................................................................................................51
REFERÊNCIAS................................................................................................52
APÊNDICES.....................................................................................................55
14
INTRODUÇÃO
Nestes últimos tempos a educação nas escolas está sendo motivo de
preocupação para a sociedade, porque a cada dia a indisciplina e a falta de
educação são condutas cada vez mais presentes nas escolas.
Para Derbabiux e Blaya (2002), os principais fatores psicológicos que
levam a prever o mau comportamento são: a hiperatividade, a impulsividade, o
controle comportamental e os problemas de atenção.
A prática do esporte na educação infantil pode ser um grande aliado para
a contribuição da melhoria da conduta dos alunos.
Silva e Santos (2005), destacam o judô por seus pressupostos filosóficos
bem definidos, que visam o desenvolvimento do praticante de maneira integral,
indo além de movimento complexos, utilizando desses de maneira a
desenvolver potencialidades intrínsecas.
Segundo Gomes e Casagrande (2002) a indisciplina predomina no
ambiente escolar, tendo como causas vários aspectos, que vão da falta de
dinamismo, passando pela falta de interesse dos conteúdos ministrados, até a
falta de educação, respeito e de consciência de limites, por parte dos alunos.
O judô é uma arte marcial esportiva, esse esporte foi desenvolvido com o
objetivo criar uma técnica de defesa pessoal, além de desenvolver o físico,
espírito e mente. A prática do judô é regida por cortesia, respeito e amabilidade.
Virgílio (1986) afirma que praticar judô é educar a mente com velocidade
e exatidão, bem como o corpo a obedecer com justeza, o corpo eficiente
depende da precisão com que se usa a inteligência. A partir do pensamento de
Virgílio podemos nos tornar cidadãos de bem, que melhor interagem com a
sociedade. Afinal com todos os ensinamentos filosóficos e práticos, se
ensinados desde criança de uma forma prazerosa e que promova a reflexão
sobre suas atitudes, não usado apenas para benefícios próprios, mas sim para
os benéficos múltiplos, os alunos terão uma interação mais saudável com a
sociedade e com todos ao seu redor.
A educação de um aluno, atrelada ao judô, não deve se resumir a uma
prática tecnicista voltada apenas para fins exclusivamente corporais, mas sim
15
para uma manifestação cultural esportiva continente de princípios filosóficos que
vêm a preencher lacunas formativas. (FEITOSA, 2011)
A pesquisa foi realizada com um grupo de aproximadamente 20 crianças,
da Escola Instituto Americano de Lins, onde levantamos dados sobre a
importância da modalidade de judô na formação do cidadão.
Neste trabalho abordamos: A história da Educação Física, a história da
educação, Judô, o Judô como influência na formação dos cidadãos, a Psicologia
Escolar e Motivação.
O presente estudo tem como pressuposto a seguinte pergunta problema.
A prática de judô nas crianças auxilia como instrumento educacional e
comportamental?
Em resposta a este questionamento acredita-se que o judô é um
componente importante para a educação infantil nas escolas, na formação da
mente e do corpo, formando cidadãos de bem, iremos evidenciar que a prática
do judô pode ser uma grande influência como mediador da boa conduta na vida
social. Mostrando a importância do educador físico como mediador contra a má
conduta nas escolas e também extraclasse.
O presente trabalho foi organizado de tal forma:
Capitulo I – Conceito de Educação.
Capitulo II – A importância da prática do Judô.
Capitulo III – O conceito de Psicologia da Educação.
Capitulo IV – A pesquisa.
O trabalho é finalizado com a Conclusão, Referências e Anexos.
16
CAPITULO I
EDUCAÇÃO
1
CONCEITO
Atualmente a educação, através da melhoria de seus conceitos, busca de
várias maneiras atingir os setores da sociedade, indo para o caminho da
evolução. Segundo Nelson Mandela (líder politico africano que foi presidente da
África do Sul de 1994 a 1999, depois de atuar como principal representante do
movimento antiapartheid, como ativista, sabotador e guerrilheiro) a educação é a
arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.
Possuindo regras e etapas para melhoramento de qualquer outro
seguimento, a educação faz parte do crescimento e desenvolvimento do
individuo. Sendo que é através da compreensão de uma ação educativa que se
tem o processamento da realidade social. Na medida em que essa ação se
efetiva, o homem se educa, interagindo com os resultados da sua experiência e
contribuindo para que outros indivíduos participem desta construção de
cidadania e solidariedade.
A família é de suma importância para que a criança se insira no processo
educacional, obtendo com isso um auxílio para sua educação e conhecimento
cognitivo, psíquico, intelectual, cultural, perceptivo e consciente.
1.1
A Educação no Brasil
Para entendermos como a História da Educação no Brasil se
desenvolveu, teremos que voltar no tempo e analisar o papel da Igreja Católica
neste processo. Ela impulsionou através da presença do Padre Manoel de
Nóbrega a Educação no Brasil, num contexto de colonização existente no ano de
1549.
A ideia na verdade, era conversão dos indígenas à fé católica, uma
iniciativa que era o fruto de ações nascidas nos berços da politica portuguesa,
percebe-se por esses fatos que a organização escolar no Brasil Colônia não
17
poderia deixar de ser estreitamente vinculada à política colonizadora dos
portugueses.
Figura 1: Catequese dos Indígenas no Brasil
Fonte: blogspot.com (2011).
O que se sabe sobre o contexto da Historia da Educação no Brasil é que a
educação brasileira foi construída de diferentes modos em períodos distintos,
seguindo uma linha de evolução.
A educação, segundo Gonçalves (1994) é uma prática sistematizada que
busca atuar sobre indivíduos e grupos sociais, com a intenção de possibilitar a
formação de sua personalidade e sua participação ativa na sociedade. Portanto,
um fenômeno inerente ao homem como um ser social e histórico, cuja existência
fundamenta-se na necessidade de formar as gerações mais novas, transmitindolhes seus conhecimentos, valores e crenças e abrindo-lhes possibilidades para
novas realizações.
Na visão de Kunz (1991) a educação jamais pode ser neutra, já que, ou
conduz à domesticação ou à libertação. Há sempre uma influência mútua entre
educação e contexto social, o que faz com que na relação educador/educando
exista sempre uma dialética de “adaptação e resistência”. Desta forma, a ação
educacional configura-se uma determinada relação de poder, enquanto existirem
18
diferenças entre adulto-educador e jovem-educando. Ou seja, enquanto uma
interação na qual a educação é entendida como uma reação social ao simples
fato de que crianças e jovens estão em fase de desenvolvimento.
O autor enfatiza ainda que a educação não é apenas uma qualificação de
indivíduos no sentido individual. Mas, uma qualificação de sujeitos capazes de
atuarem através de uma “ação comunicativa” competente, visando também à
emancipação da sociedade.
Portanto, a essência da educação é fazer com que “os homens sejam
capazes de realizar as tarefas sociais e profissionais que lhes couberem, e de
pôr-se à altura das possibilidades do desenvolvimento cultural e pessoal que é
possível alcançar mediante sua participação”. Tornando assim comprometidos
com a humanização e com a transformação da sociedade, independentemente
do âmbito especifico de conhecimento (GONÇALVES, 1994).
1.2
Educação Física no Brasil
Ao analisarmos o processo histórico da Educação Física no Brasil,
percebemos que a mesma teve várias tendências que foram mudando no
decorrer dos anos, sob a influência de várias áreas como: a médica, a militar e a
esportiva (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997).
No inicio da implantação da Educação Física, ela esteve sob a influência
médica, assumindo uma função higienista, que buscava modificar os hábitos de
saúde e higiene da população. Acreditava-se que através dela era possível
formar indivíduos fortes e saudáveis que preservariam a hegemonia da raça
(GALLARDO, 2000).
Nos anos 70, a educação física passa a ser caracterizada como esporte,
sendo considerada como fator que poderia colaborar na melhoria da força de
trabalho da economia brasileira. Neste período estreitaram-se os vínculos entre o
esporte e nacionalismo, influenciados pela Copa do Mundo de 1970
(PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997).
Em relação à legislação de 1971, a educação física ganha espaço como
atividade que, por seus meios, processos e técnicas, desenvolve e aprimora
forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando. Sendo que a
19
ênfase dada à aptidão física, a torna referência fundamental para planejar,
controlar e avaliar (GALLARDO, 2000).
Mas, na década de 80 começaram a haver contestações a respeito desta
aptidão física, pois o Brasil não se tornou uma nação olímpica nem aumentou o
número de praticantes de atividades físicas. Isto acarretou uma crise de
identidade na Educação Física escolar, fazendo com que a mesma que prioriza o
ensino de 5a a 8a série, ampliasse e priorizasse o ensino a partir da pré-escola
(PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997).
Para Gallardo (2000), atualmente, a educação física busca uma nova
estruturação, baseada em estudos das influências que o meio físico e social têm
sobre o desenvolvimento humano.
Conforme enfatizado por Guirardelli Junior (1988), a educação física é de
fundamental importância ao ser humano, já que pode contribuir para a
autodisciplina, desenvolver os valores estéticos, os valores cooperativos, o
raciocínio, a presteza mental e a saúde.
Além disso, a educação física é sobretudo educação, envolvendo o
homem como uma unidade em relação dialética com a realidade social. Pois,
como ato educativo, está voltada para a formação do homem, tanto em sua
dimensão pessoal como social (GONÇALVES, 1994).
Segundo Santin (1987), “o homem é movimento, o movimento que se
torna gesto, o gesto que fala, que instaura a presença expressiva, comunicativa
e criadora”. Aqui, justamente neste espaço está a Educação Física, a qual terá
maior identidade e maior autonomia quando se aproximar mais do homem e
menos das antropologias. Quando deixar de ser instrumento ou função, para ser
arte; quando se afastar da técnica e da mecânica e se desenvolver
criativamente, pois, deve ser um gesto criador.
1.3
Educação Física Escolar
A vida, nos grandes centros urbanos, impõe enormes restrições à
atividade física espontânea da criança. Essas restrições acabam por induzir a
hábitos extremamente sedentários, tornando iminente o risco de graves
consequências para a saúde física e mental. A prática regular de atividade física
20
se torna uma necessidade para as crianças e uma fonte preciosa de saúde, a
qual promove o melhor crescimento e desenvolvimento do praticante (BARROS
NETO,1997). De acordo com Kunz (2001), no atual cenário escolar, a Educação
Física é identificada como componente curricular integrado ao projeto políticopedagógico da escola.
Pois, se apresenta na escola como manifestação pedagógica de uma área
de conhecimento: ela é uma propriedade e um produto do ambiente escolar: a
ele pertence, por ele se define, nele se constitui e se realiza – é então que se
pode falar de uma cultura escolar de Educação Física (KUNZ, 1991).
A educação é um típico 'que-fazer' humano, ou seja, um tipo de
atividade que se caracteriza fundamentalmente por uma preocupação,
por uma finalidade a ser atingida. A educação dentro de uma sociedade
não se manifesta como um fim em si mesmo, mas sim como um
instrumento de manutenção ou transformação social. (LUCKESI, 2008,
p. 30).
Se dissermos que a Educação Física é parte da escola e reconhecemos
que existe uma cultura escolar de movimento, como uma das “entidades
culturais” que a compõe, também é verdade que sua presença no mundo da
escola legitima-se pela pedagogização de práticas corporais assumidas como
manifestações do movimento humano, construídas a partir das inter-relações
estabelecidas em diferentes momentos e contextos sócio históricos (KUNZ,
2001).
A escola realmente abriu pouco espaço para a Educação Física,
especialmente nos níveis de formação superior. Nos níveis inferiores, ela se
apresenta ou se apresentou mais como treinamento através de exercícios
mecânicos. Assim, pode-se dizer que, quando a escola abriu as portas para a
Educação Física, foram as portas do fundo, cedendo espaços sobrados e os
horários rejeitados pelas outras disciplinas. Raras são as exceções (SANTIN,
1987).
1.4
O professor de Educação Física
Professor de educação física é o transmissor determinante de uma nova
teoria e prática do esporte para todos. O professor atua na escola frequentada
21
por todas as crianças e jovens, além de trabalhar com frequência nos clubes e
organizações que oferecem esporte. O educador é a figura-chave, mesmo
porque, muitas vezes, integra também a administração nos vários níveis a quem
cabe decidir (DIECKERT,1984).
É bastante expressivo o número de professores diplomados em
educação física e residentes no Brasil. Este fato observado de um lado, o
atendimento à comunidade é positivo, mas por outro, em termos de qualidade é
complexo, pois o profissional teria que pensar em transformações através de
ações orientadas que levassem o ser humano a participar, viver o lúdico de
modo simples e prazeroso (SILVA, 1995).
Ainda, o referido autor enfatiza a importância da competência do
professor de educação física, relacionando a mesma com o domínio do próprio
conhecimento e da técnica decorrente; em outras palavras a importância do
professor de educação física inter-relacionar a teoria com a prática,
humanizando o processo.
1.5
Esporte na escola
O espaço e o sentido da Educação Física e dos Esportes são
intensamente reavaliados no contexto do processo educacional brasileiro.
Múltiplas são as iniciativas que buscam estudar e debater as questões que
envolvem a educação física e o esporte em relação ao seu papel na vida
individual, dentro das escolas e em todas as manifestações e instituições sociais
(SANTIN, 1987).
No mundo atual observa-se a presença de uma realidade
estimuladora da competitividade entre os homens e, infelizmente, a educação
física também se enquadra neste contexto visto que hoje em dia parece assumir
um caráter de treinamento ou adestramento do movimento corporal (SANTIN,
1987).
Ao contrário do que muitos pensam a educação física escolar não deve
ser totalmente dissociada do esporte, já que um de seus objetivos
consiste em promover a socialização e interação entre seus alunos, o
que há de se reconhecer que o esporte proporciona. O grande
questionamento que se faz a respeito do esporte na escola é que ele
22
muitas vezes transfere para o aluno uma carga de responsabilidade
muito alta quanto à obtenção de resultados, o que afeta a criança
psicologicamente de uma forma negativa (BARROS NETO, 1997. p.
25).
Gonçalves (1994) nos fala da importância existente no fato de o professor
proporcionar aos alunos movimentos portadores de um sentido para os mesmos.
Uma vez que, movimentos mecânicos realizados abstratamente só contribuem
para a inibição da criação e da participação dos alunos em aula e, por
consequência, os torna indivíduos que deixam de interpretar o mundo por si
próprio e passam a interpretá-lo pela visão dos outros.
23
CAPITULO II
JUDÔ
2
CONCEITO
Qual seria o significado da palavra JUDÔ? Ele pode ser compreendido
através da divisão do termo: JU vem da busca da delicadeza, suavidade e o DO
vem da busca do caminhar, com isso formando o caminho da suavidade.
Este tipo de esporte não é somente para o aprimoramento de técnicas
bonitas, mas para a formação de um verdadeiro judoca e prosseguir em um
caminho do uso ideal da força espiritual, física e também a moral. Preparando
dentro e fora do tatame de forma honesta e leal com o próximo.
Isso é o que realça o verdadeiro espirito de um judoca, sobretudo a
humildade e educação.
Jigoro kano, quem poderia ser esta pessoa? Bom, antes de nos
aprofundar na história do judô, vamos fazer uma pequena bibliografia do
fundador do esporte, o mestre Jigoro Kano.
Como no mundo de hoje, temos o reconhecimento e somos lembrados
quando se faz alguma coisa que revoluciona o país ou até o mundo.
Antigamente era a mesma coisa, ele fez uma doutrina com muita sabedoria, pelo
seu espírito empreendedor, pela sua dedicação, pela sua fidelidade aos seus
ideais e ainda, pela perseverança, pela liderança e inteligência, marcando de
forma durável a sua caminhada, ficando seus frutos de sua obra e beneficiar a
humanidade: arte, invenção, conquista, entre outros motivos de sabedoria, onde
o mestre Jigoro kano tem todos esses benefícios. (VIRGILIO, 1986).
Jigoro Kano nasceu em 28 de outubro de 1860, em Mikage no Japão,
terceiro filho de Jirosaku Mareshiba Kano, alto funcionário da marinha imperial
Japonesa.
2.1
Jigoro Kano
24
Figura 2: Mestre Jigoro Kano
Fonte: wikipedia.org (2012).
Para melhorar seu porte físico entrou em alguns esportes como ginástica
e remo, mas sua estrutura não o ajudava, pois ele possuía físico franzino,
medindo 1,50 metros de estatura e pesando apenas 48 kg, o que dificultava na
prática, dedicando-se a estudar o idioma inglês e com apenas 11 anos transferiuse para Kyoto para estudar o idioma, sendo que mais tarde se tornou professor e
tradutor desta língua e montando sua própria escola em Tóquio, o Kobunkan.
Registrando ao longo de sua jornada uma corrente de grandes
realizações pessoais, graças aos valores adoráveis e de sua personalidade, não
buscou lamentações para justificar um acompanhamento a que um espírito mais
fraco iria se entregar, pois seu porte físico não atendia aos padrões físicos da
época, pelo contrário, com a sua dignidade buscou no ju-jitsu o equilíbrio,
dedicando-se incansavelmente com firmeza e inteligência. (SHINORARA, 2000).
Quando estava com dezessete anos teve o seu primeiro professor, Mestre
Fukuda da Escola Yoshin Ryu (Coração de Salgueiro), logo após o mestre Isso e
ainda o Likugo, buscava também conhecimentos em outras escolas. Com todos
esses estudos e também uma grande persistência que lhe permitiu mais tarde
formar um conjunto de técnicas, regras e princípios que viriam a construir o Judô
que hoje conhecemos.
Formado pela Universidade Imperial de Tóquio, em Letras e Ciências
Estéticas e Morais em 1882, onde também funda sua escola de Judô, o Kodokan
(Instituto do Caminho da Fraternidade). A Kodokan estava localizada no segundo
25
andar de um templo budista Eishoji de KitaInaritcho, bairro de Shimoya em
Tóquio.
Figura 3: Aulas na escola Kobukan.
Fonte: judoinfo.com (2011).
Na visão de Virgílio (1986) podemos observar a inserção de um novo
método de luta, sendo uma luta mais esportiva, mais produtiva, mais segura e
sem os seus segredos que impediam uma divulgação generalizada, para que
todos poderiam fazer a pratica deste esporte, desde criança até adultos e
também os de idade mais avançada.
Com toda essa evolução, ele não teve sua vida conhecida e nem marcada
para atingir as culminâncias. Só sendo conhecido através do jiu-jitsu e no judô,
mas sua cultura possibilitou de subir altos pontos no ensino, no esporte e no seu
país.
No ano de 1922, passou a dedicar-se exclusivamente ao judô, ainda como
membro da Câmara Alta, professor honorário da Escola Normal Superior de
Tóquio e Conselheiro do Gabinete Japonês de Educação Física.
Conseguindo subir um a um os degraus da sua Escola Imperial Japonesa,
o mestre Jigoro Kano doutorou-se em judô, o equivalente a ter sido agraciado
com o escalão “12º dan”, o único atribuído até hoje e muito justamente, não
fosse ele o pai da modalidade.
26
Em 1935 foi condecorado com o prêmio “Asahi” pela sua contribuição
fantástica para o desporto japonês ao longo de uma vida, chegando ao segundo
grau após sua morte, ocorrida em 04 de Maio de 1938. O Mestre Jigoro Kano
faleceu com 77 anos de idade, com problemas pulmonares, ele estava a bordo
do transatlântico “HikawaMaru”, quando voltava do Cairo onde participou da
Assembleia Geral do Comitê Internacional dos Jogos Olímpicos.
O mestre Jigoro Kano conquistou vários títulos, entre eles: professor, vicepresidente e reitor do Colégio dos Nobres; adido do ministro da Casa Imperial;
conselheiro do ministro da Educação Nacional; diretor da Escola Normal
Superior e ainda Secretario da Educação Nacional. Fundou sociedades e
institutos para jovens e também o primeiro clube de Basebol do Japão. Editou
revistas, viajou para a Europa e América do Norte em missão cultural, também
foi diretor da educação primária, presidente do Centro de Estudos das Artes
Marciais e o primeiro japonês a pertencer ao Comitê Olímpico Internacional e
presidente da Federação Desportiva do Japão.
2.2
Cronologia do Mestre Jigoro Kano
-
1860 – Nasceu em Mikage, prefeitura de Hyogo em 28 de outubro.
Terceiro filho de Jirosaku Mareshiba Kano, ele recebeu o nome de
infância Shinnosuke.
-
1871 – Ingressou na Seitatsu Shojuku, uma escola privada de Tóquio,
onde ele recebeu aulas de KeidoUbukata.
-
1873 - Entrou na IkueiGijuku, uma escola privada em Karasumori, Shiba,
Tóquio. Recebeu instruções especiais em Inglês e Alemão de professores
nativos.
-
1874 – Ingressou na escola de línguas estrangeiras de Tóquio.
-
1875 – Ingressou na escola Kaisei.
-
1877 – Ingressou na escola TenshinShin’Yo e estudou com Hachinosuke
Fukuda.
-
1878 – Fundou o primeiro clube de basebol do Japão (Kasei Baseball
Club).
-
1879 – Estudou o jujutsu na escola do mestre MasatomoIso.
27
-
1881 – Formou-se pela Universidade Imperial de Tóquio, em Literatura,
Ciências Políticas e Política Econômica. Estudou o jujutsu na escola KytoRyu com o mestre TsunetoshiLikugo.
-
1882 – Começou a dar palestras e mais tarde passou a professor em
Gakushuin. Fundou a Kodokan. Terminou seus estudos de Ciências
Estéticas e Morais.
-
1883 – Fundou o Kobukan, uma escola para estudantes chineses e
passou a ser Diretor.
-
1884 – É adido ao Palácio Imperial.
-
1885 – Obteve a 7ª Categoria Imperial.
-
1886 – Passou a vice-diretor da Gakushuin. Obteve a 6ª Categoria
Imperial.
-
1889 – Deixou de ser vice-diretor em Gakushuin para aceitar na Casa
Imperial um cargo. Fez uma viagem à Europa, onde visitou organizações
educacionais.
-
1891 – Casou-se com Sumako, filha mais velha do então embaixador
coreano, SeizeiTakezoe, da qual teve nove filhos, seis meninas e três
meninos. Tornou-se diretor da quinta escola de segundo grau, na
prefeitura de Kumamoto. Em abril é nomeado conselheiro do Ministro da
Educação Nacional.
-
1893 - Tornou-se diretor da primeira escola de segundo grau de Tóquio,
subsequentemente diretor da escola normal de Tóquio.
-
1895 – Obteve a 5ª Categoria Imperial.
-
1897 – Demitiu-se da escola normal de Tóquio, mas tarde, aceita seu
cargo de volta. Criou a sociedade Zoshi-Kai e funda os institutos
ZenyoSeiki, Zenichi, para a cultura dos jovens. Editou a revista “Kokusai”.
-
1898 - Foi diretor da educação primária no Ministério da Educação
Nacional.
-
1899 – Tornou-se presidente da comissão do Butokukai (Centro de
Estudos das Artes Marciais).
-
1901 – Tornou-se diretor da escola normal de Tóquio pela terceira vez.
Nesta época, o judô e o kendô alcançam uma grande popularidade.
28
-
1902 a 1905 – Foi enviado por duas vezes a China pelo Ministro Nacional
em missão cultural. Em outubro de 1905 obteve a 4ª Categoria Imperial.
-
1907 – Fundou no Butokukai os três primeiros katas do judô.
-
1909 – Tornou-se o primeiro japonês membro do comitê olímpico
internacional. Modificou os estatutos do Kodokan, tornando-o uma
entidade pública.
-
1911 – Foi eleito presidente da Federação Desportiva do Japão.
-
1912 – Foi enviado em missão cultural à Europa e América.
-
1915 – Fundou a revista Kodokan. Recebeu do rei da Suécia por ter
participado ativamente da organização dos 7º Jogos Olímpicos a medalha
de honra ao mérito.
-
1920 – Consagrou-se inteiramente ao judô. E julho, assistiu aos Jogos
Olímpicos de Antuérpia, visitando depois a Europa.
-
1921 – Demitiu-se da presidência da Federação Desportiva do Japão.
-
1922 - Eleito membro da Casa dos Nobres.
-
1924 – Foi nomeado professor honorário da Escola Normal Superior de
Tóquio (Tóquio HignerSchool).
-
1928 - Esteve presente nos Jogos Olímpicos em Amsterdã como membro
do COI.
-
1932 – Deslocou-se aos Estados Unidos para assistir aos Jogos
Olímpicos de Los Angeles. Tornou-se conselheiro do gabinete de
Educação Física do Japão. Participou por duas vezes no Conselho dos
Jogos Olímpicos que lançara o convite para os jogos japoneses (19321934).
-
1936 – Assistiu aos XI Jogos Olímpicos de Berlim.
-
1938 – Esteve na Reunião do COI no Cairo, onde propôs que Tóquio
fosse escolhida como sede dos XII Jogos Olímpicos. Morreu em 04 de
maio, no mar, na viagem de volta. Recebeu a título póstumo o 2º Grau
Imperial.
Essas são algumas de suas muitas atividades, outras não foram aqui
mencionadas, sabendo-se que a sua busca de realizações foram muito além do
normal, notadamente para quem como Kano introduziu também o desporto e a
29
educação física no plano educacional do Japão, fato esse já seria suficiente para
perpetuar seu nome como educador e como esportista.
2.3
Historia do Judô
Segundo Virgílio (1986, p.1), “a uns três a quatro mil anos a.C. foram os
primeiros contatos de formas primitivas de luta individual e sem armas pelo ser
humano, os homo sapiens, usavam para sua sobrevivência. Por volta do ano 230
a.C. no Japão houve uma batalha diante do imperador Suinin entre Taima-noKehaya e Nomi-no- Sukume, onde os registros mais antigos protagonizaram a
morte de Taima-no-Kehaya, atingido com um ponta pé em um ponto Vital,
começando ai a especialização das artes de ataque”.
Com o decorrer do tempo muitas histórias e lendas que foram resultando
em uma tração aos praticantes da arte marcial no Japão.
Como a História de um médico japonês, que esteve na China
aperfeiçoando seus conhecimentos e também estudando wu-chu, luta
chinesa onde obtém algumas projeções, chaves e golpes vitais
(atemis), não satisfeito com o que foi passado, devido a pobreza das
técnicas aprendidas, retirou se para meditar durante 100 dias. Neste
tempo ficou revisando seus conhecimentos de acupuntura, taoísmo,
filosofia ying e yange e as técnicas de luta. Após este longo período
meditando, na volta deixa de lado a medicina e as filosofias para abrir
sua escola “Coração de Salgueiro” para passar seu aprimoramento nas
artes em aprendeu. (VIRGÍLIO,1986, p. 1)
Foi dado o nome à sua escola de “Coração de Salgueiro”, porque na
procura do aprimoramento de seus estudos, por onde ele andava todos
fechavam as portas, sendo assim durante uma tempestade de neve ouvia os
estalos das cerejeiras partindo se com o peso da neve acumulada, notando que
o salgueiro no acumulo da neve vergava se e ao descarregar voltava para sua
posição natural.
Neste momento ele teve sua descoberta, que, ao positivo
interpõe se o negativo, a força interpõe à esquiva, a finta e assim por diante.
(VIRGÍLIO, 1986). Desde então seus métodos se espalharam pelo Japão com o
nome de Yoshin Ryu (Coração de Salgueiro).
30
Na década de setenta e início de oitenta, quando Jigoro Kano começa
seus estudos para as artes marciais, já com os olhos para sua futura escola,
onde ele buscava a perfeição da técnica e moral.
Segundo Shinohara (2000), nesta época havia uma rivalidade muito
grande entres as escolas de artes marciais, sempre uma querendo destruir a
outra a qualquer custo, importando somente com a própria sobrevivência.
Como era notável a decadência do ju-jitsu, a ética e a moral não estava
mais presente, preocupado com esta situação, Jigoro Kano colocou a mesma
meta para serem alcançadas em sua escola, que era a ética e a mesma razão
moral, apesar de que as técnicas usadas não lhe agradavam, pois tinha uma
pobreza, inexistência dos princípios pedagógicos e científicos, causando
acidentes mais e menos graves. Assim, se retirou junto com alguns alunos para
um templo budista de Eishosi, para estudar e analisar as técnicas mais em
evidências da época, separando o que havia de bom para um novo método de
técnicas do antigo ju-jitsu e dos princípios pedagógicos, morais e científicos,
sempre buscando uma arte marcial sem maiores acidentes aos judocas.
Jigoro Kano passou por um período difícil e de duras provações, mais
apaixonado pelo o esporte, o jovem professor não tinha dinheiro e o Dojo (local
da prática de judô), media 20m². Dando aulas no Colégio Gakushuin e também
mantendo sua escola de inglês o Kodokan e para cobrir os gastos com seus
alunos em Eishosi, passava longas horas da noite fazendo traduções para
manter seu sonho sempre vivo como sempre desejou.
De acordo com Peruca (1996), com todo seu esforço, suas escolas eram
vistas como uma local de abrigo aos marginais, não tendo a aprovação da
sociedade, tendo também que sobre sair desta discriminação. Tudo isso apesar
das atitudes, sua escola Kodokan crescia em tamanho, em virtudes e no
respeito. O Mestre criou algumas normas que os alunos prometiam seguir e por
elas empenhavam a sua palavra, eram elas: Se for admitido na Kodokan,
prometo não ensinar e nem divulgar os conhecimentos da arte que me ser
ensinada, salvo com autorização de meus mestres; Não farei demonstração
publicas com fim de obter lucros; Minha conduta nunca ser de forma a
comprometer e desacreditar o Kodokan; Não abusarei nem farei uso indevido
dos conhecimentos que vier a ter.
31
Assim nasceu do idealismo para a conduta da inteligência de Jigoro Kano,
o judogui (roupa usada para a arte marcial, kimono), como mostra a figura 4, da
necessidade de uma roupa forte e simples que permitisse o agarramento, a
pegada para fazer os arremessos sem estragar rapidamente.
Não parando por ai, obtendo dia-a-dia suas preparações de técnicas, ia
enriquecendo sua escola, golpes como: kata-guruma, uki-goshi, tao-toshi, haraigoshi, tsuri-komi-goshi, cada uma deles com uma história de muita beleza. E
finalmente Jigoro Kano, funda sua primeira escola de judô sendo batizada de
Instituto do Caminho da Fraternidade (Kodokan) em Tóquio, no bairro Shimoya
em Fevereiro de 1882.
Figura 4: judogui da época
Fonte: judochile.cl, 2009.
O seu primeiro aluno foi Tomita, pois jovem ainda prestava alguns
serviços para o mestre e também estava sempre por perto para que Kano
aperfeiçoasse as técnicas desenvolvidas, nada mais que se tornasse o primeiro
aluno a ser admitido oficialmente, tornando-se um das quatro colunas de
sustentação da escola Kodokan. Depois vieram Higushi, Arima, Nakajima,
Matsuoka, Amano Kai e o famoso ShiroSaigo (SugataSashiro). As idades
32
oscilavam entre 15 e 18 anos. Kano albergou-se e ocupou-se deles como se
fosse um pai.
Figura 5: Jigoro Kano e seus discípulos
Fonte: artesmarciaispaulonetto ( 2009).
Shiro Saigo foi o terceiro a ser admitido tornou-se o grande campeão da
escola e um dos maiores judocas de todos os tempos.
Mas, o judô teria que provar o seu valor, tendo então, em 1886 um exame
final e definitivo, contando que a escola Kodokan só tinha quatro anos de
existência. Pois, naquela época os instrutores da Academia de Policia eram
escolhidos nas disputas entre os melhores de todas as escolas de luta, o
campeão ganharia a gloria e o prêmio mais cobiçado com seu êxito.
Com a entrada dos lutadores da escola Kondokan no recinto, tinha uma
onda de desapontamento na arquibancada, dando a entender que não teriam
condições para aguentar, mas a supremacia da técnica e do valor da arte
conquistou a competição e os favoritos foram batidos. Essas lutas tiveram a
consagração definitiva do Judô, tendo na final o ShiroSaigo e Hanshiro Muray,
prometendo após a luta o reconhecimento da arte.
Em 1887, o judô encontrava-se já dividido em três princípios
fundamentais: princípio da máxima eficiência combinada com o mínimo de
esforço (Seiryoru-zen-yo); princípio da prosperidade e benefício mutuo (Jitakyoei); princípio da Suavidade (Ju).
Em 1932, o Mestre Jigoro Kano levou 200 alunos aos Jogos Olímpicos de
Los Angeles onde fizeram uma demonstração que aguçou a curiosidade de
todos os presentes.
33
Em 1964, o judô integrou os Jogos Olímpicos de Tóquio como desporto
masculino e, graças à persistência da americana Rusty Kanokogi e de outras
mulheres judocas, o judô feminino tornou-se uma modalidade olímpica em 1988.
Na atualidade integra os Jogos Paraolímpicos e os Jogos Olímpicos Especiais.
Hoje, esse esporte vem crescendo cada vez mais no Brasil, cada ano que
passa, novos campeões aparecem, todos diferenciados, pois treinam para
vencer.
2.4
Judogui
O kimono ou judogui é um conjunto composto por jaqueta e calça,
atualmente, é usado na cor branca ou azul e as faixas variam de cor, conforme a
graduação do praticante.
Quando é iniciante não tem graduação, usa se faixa branca 8º kyu,
geralmente após 1 (um) ano como iniciante passa por um exame de graduação,
em que ele ira demonstrar algumas técnicas exigidas para ser honrado com
outra cor de faixa do 7 ou 6 kyu, dependendo da idade. Assim que os graduados
recebem suas faixas coloridas até o mais avançado, como mostra a figura 5
abaixo. O 1º kyu, que usa a faixa marrom. Já a segunda classe são os
graduados do 1º ao 5º dan, usam faixas pretas, a partir do 6º dan ate o 8º dan é
faixa do tipo coral (vermelha e branca alternadas), o 9º e 10º dan usa se faixa
vermelha.
Figura 6: Ordem de Faixas
Fonte: Elaborado pelos autores (2012)
34
2.5
Princípios Filosóficos
Jigoro kano transformou o antigo ju-jitsu no caminho, como “caminho da
suavidade”, fazendo com que através do treinamento dos métodos de ataque e
defesa pudessem conseguir qualidades de vida bem mais favoráveis ao homem,
sob os três aspectos desenvolvidos: condicionamento físico, espírito de luta e
atitude moral autêntica.
Shinohara (2000), a primeira qualidade é a condição física, adquirida pela
pratica do esporte que exige esforços físicos extremamente cansativos, de forma
que proporciona um corpo forte e saudável. Com isso todas as funções corporais
tornam-se melhor adaptadas pela atividade que ocorre o aumento de força
muscular geral, resistência, coordenação agilidade e equilíbrio, tomando cuidado
com a saúde, prevenindo doenças e condicionamentos para evitar acidentes.
A segunda qualidade é espírito de luta, significa que a pratica das técnicas
do Judô e a incorporação dos princípios filosóficos durantes os treinamentos leva
o individuo tornar-se mentalmente condicionado a proteger seu próprio corpo em
circunstâncias
difíceis,
defendendo
quando
ameaçado
perigosamente.
Adquirindo autoconfiança e autocontrole, não para fugir do perigo, mas para
adotar medidas e iniciativas em qualquer situação. Com outras palavras o Judô é
uma arte marcial para autoproteção total.
Terceira e última das qualidades é a atitude moral autêntica, adquirida
através do severo treinamento que introduz a humildade social entre outras
qualidades. Elevando o poder mental da imaginação, redobrando a atenção e a
observação e firmando a determinação. Quando ocorrem erros do conhecimento
social e de moralidade, um método de ensinar a cortesia entre as pessoas e
melhorar a atitude social torna-se importante. Com isso o Judô desempenha o
papel relevante, como instrumento de formar e lapidar os verdadeiros caracteres
morais do ser humano.
Essas qualidades têm como alicerce os três princípios filosóficos definidos
pelo mestre, como ditado por ele mesmo evidenciam a principal diferença entre o
Judô Kodokan e o antigo Ju-jitsu: “O Judô pode ser resumido como a elevação
de uma simples técnica a um princípio de viver”.
35
Não sendo esclarecido e compreendido, está presente em todos os atos e
atividades do praticante de Judô, isso quer dizer que, quando o praticante de
Judô notar, ou melhor, tomar consciência dos princípios em que direção leva o
Judô, poderá notar que não são limites só no dojo, mas validos em qualquer
atividade da vida diária, quando só pretende atingir um determinado objetivo.
Os três princípios filosóficos em que Jigoro Kano tinha focado para sua
evolução é JU, SEIRYORU-ZEN-YO e JITA-KYOEI, sendo que seus significados
são:
a) JU: suavidade;
b) SEIRYORU-ZEN-YO: máxima eficiência com o mínimo
esforço;
c) JITA-KYOEI: bem estar e benefícios mútuos;
Também os nove princípios (p.) que compõem o Espirito do Judô, do qual
seus estudos nos dá a base para a compreensão e o progresso do Judô, são
eles:
a) 1º conhecer-se é dominar-se, e dominar-se é triunfar;
b) 2º quem teme perder já está vencido;
c) 3º somente se aproxima da perfeição quem a procura com
constância sabedoria e, sobretudo, humildade;
d) 4º quando verificares, com tristeza, que nada sabes, terás feito teu
primeiro progresso no aprendizado;
e) 5º nunca te orgulhes de haver vencido um adversário, ao que venceste
hoje, poderá derrotar-te amanha. A única vitória que perdura é a que
se conquista sobre a própria ignorância;
f) 6º o judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoa;
g) 7º o judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que
lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus
semelhantes;
h) 8º saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem, esse
é o caminho do verdadeiro judoca;
i) 9º praticar o Judô é educar a mente e pensar com velocidade e
exatidão. Bem como o corpo a obedecer com justeza. O corpo é uma
36
arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a
inteligência;
Esses princípios são na verdade para que o verdadeiro judoca seja
completo, sabendo como é e como deve ser usado o judô no seu dia - a – dia, na
formação de um cidadão.
O principio da máxima eficiência é aplicado à elevação ou a perfeição
do espírito e do corpo na ciência do ataque e da defesa, exige
primeiramente ordem e harmonia de todos os membros de uma
coletividade e isto pode ser atingido com o auxilio e as concessões
entre si para atingir a prosperidade e os benefícios mútuos.
(SHINOHARA, 2OOO, p.19).
O Judô como espírito final, tem como objetivo estimular no homem o
respeito pelos princípios da máxima eficiência, da prosperidade e benefícios
mútuos e da suavidade, para poder atingir individualmente e coletivamente seu
estado mais elevado e ao mesmo tempo, mais desenvolvido na arte de ataque e
defesa.
O mestre Kano afirma com suas palavras, “ainda que eu considere o Judô
dualístico, a prosperidade e benefícios mútuos pode ser vista como sua
finalidade ultima e a máxima eficiência como meio para atingir esse fim. Essas
doutrinas são aplicáveis a todas as condutas do ser humano”.
2.6
Saudação (Hei)
Segundo Morgado; Vieria (2011, p. 25) “a prática do judô é regida por
cortesia, respeito e amabilidade. A saudação é o expoente máximo dessas
virtudes sociais. Através dela expressamos um respeito profundo aos nossos
companheiros. No judô, há duas formas de expressarmos: ritsu-rei (saudação
em pé) e za-rei (saudação). Esta última é conhecida por saudação de cerimônia”.
Seguem as saudações:
a) Ritsu-rei: Faz-se o cumprimento em pé quando se entra no tatami,
assim como ao sair do mesmo e também no início e no término de
todos os exercícios feitos em duplas realizados em pé.
b) Za-rei: O cumprimento no solo acontece quando vamos começar ou
37
iniciar o treino e quando temos exercícios em duplas realizados no
solo.
2.7
Judô na Escola
Atualmente, usa-se este esporte nas aulas de educação física nas
escolas, pois com isso podemos empregar além da saúde, o princípio e os
propósitos do Judô, voltada à máxima eficiência. Como na visão do Shinohara
(2000), que seu propósito é tornar o corpo forte e saudável, ao mesmo tempo em
que se constrói o caráter da disciplina mental e moral, esclarecendo o propósito
da educação física, levando o esporte junto com sua educação para um grande
engrandecimento na vida.
Virgílio (1986) afirma, praticar judô é educar a mente com velocidade e
exatidão, bem como o corpo a obedecer com justeza, o corpo eficiente depende
da precisão com que se usa a inteligência. A partir do pensamento de Virgílio
podemos nos tornar cidadãos de bem, que melhor interagem com a sociedade.
Afinal com todos os ensinamentos filosóficos e práticos, se ensinados desde
criança de uma forma prazerosa e que promova a reflexão sobre suas atitudes,
não usado apenas para benefícios próprios, mas sim para os benéficos
múltiplos, os alunos terão uma interação mais saudável com a sociedade e com
todos ao seu redor.
Qual a importância da inserção do Judô nas escolas? Atualmente, as
crianças estão ficando muito agressivas, não sabendo agir com sabedoria, é
nesta lacuna que entra o esporte, para levar estas pessoas a aprender se
controlar através dos treinamentos. Proporcionando a seguinte reflexão: a
agressividade é um desperdício de energia que causa efeito negativo em si
próprio e nos outros.
Esse treinamento é extremamente benéfico também para as pessoas que
não têm confiança em si próprio, devido a algum trauma no passado, ajudandolhe a superá-los, fazendo com que saibam a escolher o melhor caminho para
possível ação ou qualquer que seja as circunstâncias individuais para
compreender que a ansiedade é uma perda de energia.
38
A concentração e as lições passada têm como objetivo ir além do Dojô,
pois levaram com si o conceito da compreensão de mundo, obtendo seu domínio
social para que possa compreender com melhor resultado do uso da máxima
eficiência do corpo e da mente, aplicando para uma vida racional mais elevada.
Com afirma Shinohara (2000) para aprimorar e aperfeiçoar a vida, acima
de tudo, necessita obter demanda ordem e harmonia entre as pessoas.
O praticante de judô deve aprender e cumprir algumas regras como forma
de respeito à modalidade, são elas: respeitar os superiores e colegas; manter-se
em silêncio no Dojô; sempre ter o máximo de atenção durante as aulas; sair
durante as aulas apenas em extrema necessidade, com a devida permissão do
professor. Assim sendo, o aluno desenvolverá respeito aos companheiros e
principalmente o respeito a si próprio além de conhecer seus limites procurando
sempre ultrapassá-los para que o mesmo seja um vencedor da vida.
Figura 7: Reverência ao sensei
Fonte: ccjmt.com.br, 2012.
Essas regras são frutos de um treinamento aperfeiçoado e de bons
professores que tiveram excelentes ensinamentos.
O aprendizado oferece aos judocas, uma vida melhor como ser humano,
sendo mais eficaz em suas obrigações diárias, disciplinado e ordenado, podendo
assim ser respeitado pela sociedade que vive.
39
Segundo Shinohara (2000) o atleta educado é aquele que não profere
ofensas, contém-se para não se dirigir a quem quer que seja com palavras e
agridam ou rebaixem.
40
CAPÍTULO III
PSICOLOGIA INFANTIL NA ÁREA ESCOLAR
3
CONCEITO DE PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
A Psicologia da Educação, segundo Coll (2004), tem sua origem na
crença de que a educação e o ensino podem melhorar sensivelmente com a
utilização adequada dos conhecimentos psicológicos, tendo seus ideais surgidos
a partir de teorias antes mesmo da psicologia científica, sendo muito
questionados pelos aspectos de quando e como serem usados os princípios da
psicologia em auxilio a educação escolar.
O surgimento da Psicologia da Educação deu-se por volta de 1903
quando foi publicado por Thorndike, autor que deu pela primeira vez esta
definição a mais nova área da psicologia. Segundo seus estudos, a eficiência de
qualquer profissão depende amplamente do grau em que se torne científica. A
profissão do ensino melhorará à medida que o trabalho de seus membros seja
presidido por espírito e métodos científicos.
Para Almeida (2002) o psicólogo escolar/educacional por não terem
clareza e lucidez suficiente sobre os determinantes filosófico - ideológicos de
determinadas teorias psicológicas, acabam por adotar práticas de intervenção
que são contraditórias ao referencial teórico que os próprios psicólogos dizem
seguir.
A psicologia da educação vem crescendo nos dias de hoje juntamente
com a reformulação da Escola, em que a crença na educação como
equalizadora de oportunidades é abalada pela incapacidade da escola de
cumprir sua função de ser universal, ou seja, atingindo toda a população. Essa
reformulação está acontecendo a fim de mostrar que os problemas educacionais
não são de total responsabilidade da Escola e sim de diferenças individuais de
seus alunos.
Para
Libâneo
(2001)
a
ênfase
nas
necessidades
e
interesses
espontâneos do educando resultou na psicologização das situações escolares,
41
ao ponto dos professores passarem a explicar o comportamento dos alunos por
meio de termos como inibição, bloqueios, imaturidade e agressividade.
A Psicologia da Educação é um instrumento que auxilia o professor, a
saber, o que esta acontecendo dentro de sua sala de aula, podendo assim
identificar e entender o que se passa com o aluno, intervindo se necessário.
3.1
Desenvolvimento social das crianças na escola
Muitos alunos possuem grandes dificuldades em interagirem e de se
adaptarem aos seus professores e outros alunos. Esse fato acontece por
diversos motivos. Entre os mesmos, pode-se citar o caráter histórico do aluno,
referente ao seu relacionamento socioeconômico, o qual cada aluno possui
particularidades socioculturais e econômicas que podem determinar sua
capacidade de fazer novas relações e adaptações a situações diversas.
A escola é de fundamental importância para os alunos em relação à
interação social, o qual, mesmo tendo início em âmbito familiar, é na escola que
o indivíduo aprende o saber, permitindo a construção e ampliação da
consciência do indivíduo. Já o professor é tão importante quanto à escola, pois
ele será um mediador que transmitirá os conhecimentos que auxiliarão o aluno a
determinar novas relações com a realidade do mundo em que vive.
Segundo Machado (1995) as relações afetivas na interação professoraluno são essenciais para a aprendizagem, sendo fundamentais para a
expansão das atividades e do pensamento do ser humano, proporcionando
condições para a construção da consciência.
Alguns métodos de estudo auxiliam no aprendizado dos alunos dentro da
sala de aula, como os trabalhos em grupo que oportunizam o conhecimento de si
e dos outros, conseguindo atingir níveis de desenvolvimento acima do esperado.
Apenas com o uso de diálogos, podemos alcançar os resultados almejados.
3.2
Problemas afetivos e de conduta escolar
42
Os problemas encontrados nas escolas de maneira geral têm relação
direta com afetividade e consequentemente o que ela interfere na conduta de
seus alunos.
Segundo López (2004) muitas crianças e jovens que não dispuseram de
pelo menos uma figura de apego, tendem a apresentar problemas de conduta
sociais, emocionas e escolares. Na maioria das vezes esses indivíduos
transmitem essa falta de apego para o resto de sua vida, podendo explicar não
só seu fracasso escolar como também em todas as coisas que ainda acontecerá
na sua vida.
Outro caso muito comum que prejudica o indivíduo em sua formação é a
violência, muitas vezes sofrida ainda quando bebês indefesos, impossibilitando
sua defesa, que segundo os estudos da psicologia, esses maus tratos recebidos
na infância irão aflorar quando chegarem à idade escolar.
Segundo López (2004) os maus-tratos não se explicam apenas em função
do ambiente sociocultural, das características dos pais e das situações
estressantes concretas que os desencadeiam, mas também em função das
características do próprio menor.
Apesar de terem uma alta frequência, os problemas afetivos e de conduta
não são facilmente identificados nas crianças e jovens. Isso ocorre devido à falta
de percepção de pais e professores em conjunto da omissão dos próprios alunos
que não divulgam seus problemas, gerando dificuldade de aprendizagem dos
mesmos.
O diálogo entre professores e pais favorece para identificação das
necessidades que cada aluno possui, oferecendo alternativas de trabalho com
seu educando, podendo assim melhorar sua taxa de aprendizagem e de
diminuição de casos de derrota que tanto prejudica a vida por completo dessas
crianças e jovens.
3.3
Motivação dos Alunos
A motivação é um tema muito estudado na área da Psicologia devido a
sua complexidade. A facilidade de aprendizagem escolar como também a sua
dificuldade, relaciona-se à motivação. Também esta associada à motivação, o
43
fracasso ou o sucesso dos alunos durante a aprendizagem do conteúdo
lecionado ou até mesmo dos professores em relação à tentativa de ensinar algo.
Os desejos e as vontades dos alunos são energias ou forças interiores
necessárias ao ser humano para agir e viver. A energia apetitiva torna a ação
mais fácil e espontânea, em que seus desejos possibilitam que se façam as
coisas com mais prazer.
A motivação será, portanto, o que irá determinar o grau de satisfação que
o indivíduo terá em relação à determinada situação ou caso. Assim sendo,
quanto mais prazerosa for determinada tarefa, mais motivado e satisfeito estará
este indivíduo em executá-la. Todos os processos da vida, em especificidade o
período escolar, terá a presença da motivação como ponto-chave para a
aprendizagem do aluno.
Na escola, a motivação é algo muito difícil de conseguir perante aos
alunos, pois na maioria das vezes, os mesmos não veem com bons olhos a
grade curricular oferecida pelas instituições, entrando desmotivados nas aulas e
sem vontade de aprender devido à dificuldade que possuem em determinada
matéria cujo assunto não seja de seu interesse.
Existem alguns métodos de ensino que podem servir de auxílio para
obter-se um aumento do nível de satisfação perante aos alunos e uma taxa de
aprendizagem condizente perante as escolas, podendo ser incentivado a
descoberta do “novo”.
Segundo Bruner (1968), o aluno deve ser desafiado para que deseje
saber, e uma forma de criar esse interesse é dar a ele a possibilidade de
descobrir. Esse método cria nos alunos uma atitude de investigação, ou seja, de
sempre querer saber mais e mais, assim sendo, o querer saber começa a se
tornar um estilo de vida. Utilizando uma linguagem de fácil acesso auxilia e muito
para a compreensão do conteúdo, não deixando de lado também, uma boa
elaboração referente às tarefas de casa, evitando o difícil e o fácil, colocando e
proporcionando desafios aos alunos. Quando um aluno compreende o que esta
sendo ensinado, sua cabeça fica mais “aberta” ao novo, deixando de lado a
dificuldade que antes o desmotivava e se apegando ao interesse de desafiar o
que não conhece.
44
CAPÍTULO IV
A PESQUISA
4
INTRODUÇÃO
Para demonstrar que o judô direcionado ao público infantil contribui para a
melhoria educacional e comportamental tanto no meio escolar quanto familiar foi
realizada uma pesquisa de campo na quadra poliesportiva do colégio Instituto
Americano de Lins (IAL) no período de 10 de maio a 20 de agosto de 2012.
Utilizou, portanto, dos seguintes métodos:
Método de estudo de caso: foi realizado um estudo de caso, no Instituto
Americano de Lins (IAL), com o intuito de analisar os aspectos relacionados ao
comportamento e educação de crianças de 7 a 12 anos, através de aulas de
judô, ministradas na própria instituição.
Métodos de observação sistemática: foram observados, analisados e
acompanhados os procedimentos aplicados às aulas de judô para as crianças
como o suporte para o desenvolvimento do Estudo de Caso.
Fez-se também o uso das seguintes técnicas:
Roteiro de estudo de caso (Apêndice A)
Roteiro de observação sistemática (Apêndice B)
Roteiro de entrevista para educador físico (Apêndice C)
Roteiro de entrevista para pais dos alunos do IAL (Apêndice D)
Roteiro de entrevista para coordenação do IAL (Apêndice E)
Roteiro de entrevista para o professor de Judô (Apêndice F)
4.1
Atividades realizadas
Durante as aulas de judô, realizaram-se algumas intervenções, o
professor antes da aula prática promoveu uma conversa com os alunos
referindo-se à filosofia e os princípios da modalidade esportiva, com o intuito de
gerar o respeito, a educação e disciplina para formação de um grande cidadão.
45
Evidenciando que seu comportamento não deve ser somente nas aulas de judô,
mas também nas outras atividades que executa na disciplina escolar e em casa
com seus familiares e amigos.
Após a conversa com os alunos, inicia a prática do judô com brincadeiras
para aquecimento, como forma de tirar a timidez, se soltando com os outros
colegas, sabendo trabalhar em grupo, pois na vida se não saber trabalhar com
harmonia e colaboração de grupo não consegue chegar aos seus objetivos. Logo
em seguida treinos específicos do esporte, que são quedas e rolamentos.
Os alunos devem saber a importância de começar a treinar primeiro as
quedas, pois através desta metáfora podemos correlacionar com a vida, afinal
nela encontraremos momentos de quedas em nossos caminhos, sabendo
levantar a cada uma delas com a cabeça erguida e nunca desistir de seus
objetivos. Treinos de golpes sem e com projeções e movimentação para
aprimoramento do corpo e da mente. Aperfeiçoando para no seu dia-a-dia saber
qual é o melhor tempo para impor suas ideias e metas.
Finalizando a aula aplicam-se as lutas (randori) entre os amigos, em cada
ação encontram-se obstáculos, aprendendo sempre haverá um obstáculo a ser
derrubado.
No mais, a turma integra e interage muito bem, pois nas aulas aplicadas
tivemos a participação de todos, presenciando em seus rostos a satisfação e
felicidade.
4.2
Resultados
Foi constatado que, com a prática do judô, as crianças do colégio IAL de
Lins, obtiveram significativa melhoria no comportamento dentro e fora da escola,
bem como a melhoria de sua educação, além de desenvolverem suas aptidões
físicas. O objetivo do trabalho pode ser alcançado devido aos depoimentos de
pais e profissionais da área que puderam reafirmar a proposta, na qual o judô é
importante ferramenta para a formação comportamental e educacional das
crianças e também pela participação do grupo de crianças que responderam
positivamente ao objetivo proposto.
46
4.3
Depoimentos
Professor de judô do gênero masculino, eis o depoimento:
O judô é uma excelente “ferramenta” para melhor direcionar
o comportamento de cada criança em diversas faixas
etárias. Com a prática do judô nas escolas o aluno tem sua
conduta na escola e em sua própria casa melhorada, sendo
que seu comportamento será cobrado cada vez mais, com
o decorrer de seu tempo de prática da modalidade. O judô
oferece ao aluno, com o passar do tempo um maior
domínio sobre sua ansiedade, o respeito maior com as
pessoas que o cercam, dedicação na escola, bem como
também no auxílio dos afazeres de casa. A prática faz com
que o judoca/aluno tenha uma boa formação de seu
caráter, canalizando sua agressividade para a eficiência
técnica, assim sendo, dificilmente encontra-se um aluno ou
ex-aluno de judô na marginalidade.
Professora de Ed. Física do IAL, do gênero feminino, eis o depoimento:
Posso ver que o judô contribui de forma significativa no
desenvolvimento motor e mental das crianças. O judô
auxilia a educação infantil pela parte disciplinar, podendo
verificar que através da sua prática o que se destaca
também é a concentração que os alunos começam a
desenvolver. A filosofia que o judô prega coloca as crianças
para pensarem mais a respeito do próximo, no qual as
ações que elas fazem atingem diretamente ao seu colega e
família.
Mãe de aluno do IAL, gênero feminino, eis o depoimento:
47
Com a prática do judô, meu filho melhorou muito tanto seu
comportamento, como também seu físico. Não conheço
muito a arte marcial em si, mas sei que possui uma filosofia
que visa à formação do meu filho e que também o ajudará
em sua educação. Outro ponto importante é que percebi
que o judô não ensina as crianças a serem agressivas, pelo
contrário, ele ajudou meu filho a se controlar mais em
relação a isso, deixando ele mais calmo.
Coordenadora do IAL, gênero feminino, eis o depoimento:
Como coordenadora do IAL, percebo a melhora que o
aluno tem depois de certo tempo de pratica de judô, vendo
que hoje em dia, a criança necessita de regras e da pratica
do respeito e o judô contribui muito, não esquecendo que
primeiramente o papel de educar é da família. O judô
possui papel importante na melhoria do comportamento e
da educação, mas insisto em dizer que a família poderia
participar mais para que o resultado fosse melhor ainda.
Por fim acredito o que judô deveria ser mais divulgado e
deveria ser colocado em todas as escolas sem distinção.
4.4
Discussão
Nos dias de hoje as crianças possuem grande dificuldade de
aprendizagem, de comportamento exemplar e conduta condizente. Diante disso,
uma arte marcial chama a atenção por ter forte influência positiva em relação ao
comportamento, educação e formação dos indivíduos durante e pós-período
escolar. O judô vem sendo uma das modalidades que mais crescem no Brasil,
devido seus ensinamentos filosóficos que permite ao seu praticante uma melhora
integralmente de suas qualidades físicas bem como cognitivas.
48
Esta base filosófica faz com que o judô se caracterize como um
verdadeiro esporte, muito disciplinado e admirado, no qual o confronto
corpo a corpo conduz ao melhor entendimento entre as pessoas,
atingindo assim seus objetivos de sociabilização, de educação e de
cultura física, para o bem estar do homem (SHINOHARA, 2000, p. 30).
O judô, em sua originalidade, respeita os valores que a educação
constitui, podendo considerar nos dias de hoje, um meio significativo do campo
das pedagogias corporais. Por ter um interesse voltado à educação, o judô se
desprende de ser uma modalidade que muitos consideram como violenta e se
torna uma atividade de formação de pessoas.
Ainda que eu considere o Judô dualisticamente, a prosperidade e
benefícios mútuos podem ser vistos como sua finalidade última e a
máxima eficiência como meio para atingir esse fim. Essas doutrinas
são aplicáveis a todas as condutas do ser humano (SHINOHARA,
1982, p. 1).
Galatti e Paes (2006) acreditam que o esporte seja um meio de
transformação de valores, desde que não pautado no modelo profissional, mas
sim valorizando o processo de ensino-aprendizagem e as relações pessoais.
Assim um esporte totalmente direcionado ao ensinamento de princípios, ajuda
positivamente para mudanças de comportamento e educação escolar.
No período das aulas de judô, sempre se deve propor novos desafios e
novas metas para os alunos desenvolverem. Esse processo deve acontecer
porque sempre se deve motivar os seus alunos para que a aula tenha um maior
rendimento e o aproveitamento da aula seja otimizado.
A discussão sobre motivação é ampla e variada, pois existem várias
disciplinas que trabalham especificamente com a motivação e possuem suas
próprias concepções (BERLEZE, 2002).
Magill (1984) destaca que a palavra motivo oriunda do latim motivum,
significa “uma causa que põe em movimento”, e pode ser definida como um
impulso que faz com que se haja de certa forma.
Com a utilização de uma ação conjunta do judô mais o uso de
componentes psicológicos, citados aqui através da psicologia escolar e
motivação, o praticante se desenvolve de forma integral, absorvendo todo o
objetivo proposto.
49
Assim, Campos (1986) acredita que o professor deve ser o mediador entre
os motivos individuais e os legítimos alvos a serem alcançados pelos alunos.
Pois, o professor como o formador de opinião, pode ser um grande mediador dos
objetivos da escola para com seus alunos.
4.5
Parecer final sobre a pesquisa
Fica evidente que as crianças após frequentarem aulas de judô,
notoriamente mudam suas atitudes perante suas aulas escolares e sua relação
familiar. O judô direcionado ao público infantil com o objetivo de auxiliar na
educação e comportamento dos mesmos contribui de forma positiva nesses
aspectos, pois sua base filosófica, dando enfoque ao respeito aos outros e a si
próprio, ordem e disciplina, cumprimento de regras, formação de caráter, dentre
outros, pode assim formar cidadãos de bem, de caráter integro e disciplinado em
tudo que forem fazer no decorrer de sua vida.
50
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Após a realização do trabalho de estudos, evidenciou–se a importância da
pratica de Judô para crianças de 7 a 12 anos na área escolar, pois obtivemos
ótimos resultados, fazendo com que a criança tenha mais responsabilidade,
autocontrole e respeito com o próximo. Propõem-se então que:
a) Seja dada continuidade ao trabalho iniciado, tendo em vista os relatos
positivos dos professores.
b) Que sejam contratados mais professores e profissionais da área para
atuar nas escolas, fazendo um trabalho desde o ensino infantil até o
ensino médio.
c) Que sejam disponibilizados recursos para desenvolvimento do esporte
em escolas publicas.
51
CONCLUSÃO
Podemos concluir que através da pesquisa realizada, o judô em sua total
estrutura, ou seja, sua base filosófica, seus ensinamentos característicos, seus
conceitos, juntamente com o uso adequado dos componentes da psicologia e as
experiências que o grupo obteve nas observações vivenciadas das aulas de
judô, que esta modalidade além de importantíssima para o público infantil,
contem também condições de fazer parte das grades curriculares de instituições
de ensino para que estes ensinamentos se propaguem a todo território nacional
como é feito hoje no Japão.
Pensamos que a psicologia, como uma área que ajuda a identificar fatos e
características diversas das pessoas, possui ferramentas adequadas capazes de
auxiliar o ensino/aprendizagem do judô muitas vezes através de trabalhos
psicológicos motivacionais.
Assim, concluímos que a importância desse esporte como interventor
progressista nas questões relativas à educação e comportamento é visível a
todos aquele que tiverem acesso a esse conteúdo, propiciando aos mesmos,
algumas respostas e quebras de paradigmas que cercam o judô educacional.
52
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, S. F. C. O psicológico no cotidiano da escola: resignificando a
educação profissional. In GUZZO; R. S. L. Psicologia escolar: LDB e educação
profissional hoje. Campinas. Alínea, 2002.
BARROS NETO, T. L. Início da criança no esporte. São Paulo: Atheneu, 1997.
BARROS, D; BARROS, D. Educação física na escola primária. 4. ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1972.
BERLEZE, A. Motivos que levam à prática de atividades motoras na escola.
Maringá: UEM, 2002.
BIAGGIO, A. M. B.; Psicologia do desenvolvimento. 3ª ed. Petrópolis – Rio de
Janeiro: Editora Vozes LTDA, 1976.
BOCK, A. M.B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologia – Uma introdução
ao estudo de Psicologia. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
BRUNER, J. S. O processo da educação. São Paulo: CCSE, 1968.
CAMPOS, D. M. S. Psicologia da aprendizagem. 19. ed. Petrópolis: Vozes,
1986.
COLL, C; Concepções e Tendências Atuais em Psicologia da Educação. In:
COLL, C; MARCHESI, A; PALÁCIOS, J. Desenvolvimento psicológico e
educação escolar. vol II. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2004
CRISTINA,D. S;MARTINS, G. S; CRISTINA, K. M. Violência nas escolas:
Como o educador físico pode intervir para minimizar situações de conflitos no
ensino médio (2010). Monografia (Curso de Educação Física) Centro
Unisalesiano Auxilium. Lins-SP.
DERBABIUX, E; BLAYA, C. Violência nas escolas e politicas publicas.
Brasilia: UNESCO, 2002.
53
DIECKERT, J. Esporte de Lazer: tarefa e chance para todos. Tradução Maria
Lenk, Rio de Janeiro, 1984.
FEITOSA, A. C. O judô escolar enquanto pratica formativa. EFDesportes.com,
Revista Digital. Buenos Aires, año15, nº 153, Fev. de 2011.
GALLARDO,
J.
S. Educação
Física:
profissional. 3.ed., Ijuí: UNIJUÍ, 2000.
Contribuições
à
formação
GOMES, J. B.; CASAGRANDE, L. D. R. A Educação Reflexiva na Pósmodernidade: uma revisão bibliográfica. Revista Latino Americana de
Enfermagem, vol. 10, nº 5, Ribeirão Preto, 2002.
GONÇALVES, M. A. S. Sentir, Pensar, Agir: Corporeidade e educação. 2.ed.
São Paulo: Papirus, 1994.
GUIRARDELLI JUNIOR, P. Educação Física progressista: a pedagogia críticosocial dos conteúdos e a Educação Física Brasileira. São Paulo: Loyola, 1988.
KUNZ, E. Educação Física: ensino e mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.
______
Didática da Educação Física 2. Ijuí: Unijuí, 2001.
LIBÂNEO, J. C. Psicologia Educacional: uma avaliação crítica. In: LANE. S. T.
M; CODO, W. Psicologia Social: o homem em movimento. São Paulo:
Brasiliense, 2001
LÓPEZ, F. Problemas afetivos e de conduta na sala de aula. vol 2, 2ed. Porto
Alegre. Atemed, 2004.
LUCKESI, C.C Educação escolar. webartigos.com (s/l)26/07/2008. Disponível
em
http://www.webartigos.com/articles/8120/1/educação
e-educaçãoescolar/paginal.htnl. Acesso em 02/06/2012.
MACHADO, M. L. A. Educação Infantil e sócio-interacionismo. In: OLIVEIRA,
Z. M. R. (org.). Educação infantil: muitos olhares.São Paulo, Cortez, 1995
MAGILL, R. A. A aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 1.ed. São
Paulo: E. Blucher, 1984.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Educação Física. Secretaria de
Educação Ambiental. Brasília, MEC/SEF, 1997.
PERUCA, A. JUDÔ: Metodologia da Participação. Londrina: Lido, 1996.
54
SANTIN, S. Educação Física: Uma abordagem filosófica da corporeidade. Ijuí:
Unijuí, 1987.
SILVA, J. B. Educação Física, Esporte, Lazer: Aprender a Aprender Fazendo.
Londrina, Lido, 1995.
SILVA, D.; SANTOS, S. G. Princípios filosóficos do judô aplicado à pratica e o
cotidiano. http://www.efdeportes.com/, Revista Digital, Buenos Aires, ano 10, nº
86, julho 2005.
SHINORAHA, M. Manual de Judô, São Paulo: Edição Independente, 2000.
VIRGÍLIO, S. A arte do judô. 2ed. Campinas- SP. Papirus, 1986.
55
APÊNDICES
56
APÊNDICE A - Roteiro de Estudo de Caso
1
INTRODUÇÃO
Foi realizado um estudo de caso na quadra poliesportiva do Colégio
Instituto Americano de Lins (IAL), situada na Rua 13 (treze) maio nº s/n, na
cidade de Lins, para verificar se o judô atua como agente educacional e
comportamental em crianças de 7 a 12 anos, tanto na escola como em casa.
2
RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO
ESTUDADO.
O estudo foi complementado pelos depoimentos de professor de judô,
professor de Educação Física do IAL, coordenadora do IAL e pais de alunos.
3
DISCUSSÃO
Confronto entre a teoria (referencial teórico dos capítulos) e as aulas
práticas executadas na instituição.
4
PARECER FINAL SOBRE O CASO E AS SUGESTÕES SOBRE A
MANUTENÇÃO OU AS MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS.
57
APÊNDICE B - Roteiro de Observação Sistemática
I
Dados de identificação
Empresa: Instituto Americano de Lins
Cidade: Lins
II
Aspectos a serem observados
1- comportamento das crianças
2- a filosofia no esporte
3- motivação dos alunos
4- desenvolvimento integral do aluno
58
APÊNDICE C - Roteiro de entrevista para o Educador Físico
CENTRO UNIVERSUTÁRIO CATOLICO
UNISALESIANO AUXILIUM
“O judô como agente educacional e comportamental em crianças”
DEPOIMENTOS:
Identificação: ____________________________________________________
Gênero: ________________________________________________________
Endereço: ______________________________________________________
Cidade: ________________________________________________________
Escolaridade: ___________________________________________________
Profissão: ______________________________________________________
O que você acha do judô como agente educacional e comportamental em
crianças?Comente.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
A prática do judô na educação infantil pode ser um aliado para a contribuição da
melhoria da conduta dos alunos nas escolas?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Quais são as possíveis mudanças que as crianças poderão obter com o decorrer
da pratica da aprendizagem do judô?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
59
A psicologia utilizada nas aulas de judô poderá diminuir a incidência de mau
comportamento em âmbito escolar e familiar?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Com a filosofia e a psicologia do judô a criança tem uma resposta positiva do seu
desenvolvimento comportamental e educacional? Comente.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Como professor da educação infantil, você considera a pratica do judô uma fonte
para futuros adultos mais conscientes e responsáveis. Sabendo que com a
prática do judô deve-se aprender e cumprir algumas regras como forma de
respeito à modalidade aprendendo respeitar colegas e superiores.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________________________________________
Você considera o judô como fonte de motivação para crianças que apresentam
um grau elevado de agressividade. Motivando a direcionarem sua agressividade
para o esporte. Considerando a pratica do judô uma fonte de equilíbrio e respeito
que educa corpo e mente.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________________________________________
LINS-SP
2012
60
APÊNDICE D - Roteiro de entrevista para os Pais dos Alunos do IAL
CENTRO UNIVERSUTÁRIO CATOLICO
UNISALESIANO AUXILIUM
“O judô como agente educacional e comportamental em crianças”
DEPOIMENTOS:
Identificação: ____________________________________________________
Gênero: ________________________________________________________
Endereço: ______________________________________________________
Cidade: ________________________________________________________
Escolaridade: ___________________________________________________
Profissão: ______________________________________________________
O seu filho (a) apresenta alguns indícios de mau comportamento em âmbito
familiar?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Você possui algum conhecimento sobre a arte marcial Judô? Caso afirmativo,
cite-os?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Você acredita que o Judô auxilia no desenvolvimento motor do seu filho (a)?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________________
61
A prática do judô é regida por cortesia, respeito e amabilidade. Sabendo disso,
você percebe que seu filho possui essas qualidades?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________________
De que forma o judô pode colaborar para o desenvolvimento social de seus filhos
(as)?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Como era a atuação de seu filho (a) antes do judô e como esta sendo hoje?
Obteve alguma melhoria?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________________
Você considera importante a pratica do judô para seus filhos durante a formação
do ensino infantil sabendo que o judô é uma arte marcial regida pela cortesia
e
respeito.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
_____________________________________________________________
LINS/SP
2012
62
APÊNDICE E - Roteiro de entrevista para a Coordenação do IAL
CENTRO UNIVERSUTÁRIO CATOLICO
UNISALESIANO AUXILIUM
“O judô como agente educacional e comportamental em crianças”
DEPOIMENTOS:
Identificação: ____________________________________________________
Gênero: ________________________________________________________
Endereço: ______________________________________________________
Cidade: ________________________________________________________
Escolaridade: ___________________________________________________
Profissão: ______________________________________________________
O que você acha do judô como agente educacional e comportamental em
crianças? Comente.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
A prática do judô na educação infantil pode ser um aliado para a contribuição da
melhoria da conduta dos alunos nas escolas?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Quais as possíveis mudanças que as crianças poderão obter com o decorrer da
pratica da aprendizagem do judô?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
63
A psicologia utilizada nas aulas de judô poderá diminuir a incidência de mau
comportamento em âmbito escolar e familiar?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Com a filosofia e a psicologia do judô a criança tem uma resposta positiva do seu
desenvolvimento comportamental e educacional? Comente.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Como professor da educação infantil, você considera a pratica do judô uma fonte
para futuros adultos mais e responsáveis. Sabendo que na prática do judô devese aprender e cumprir algumas regras como forma de respeito à modalidade
aprendendo respeitar colegas e superiores.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________________________________________
Você considera o judô como fonte de motivação para crianças que apresentam
um grau elevado de agressividade. Motivando a direcionarem sua agressividade
para o esporte. Considerando a pratica do judô uma fonte de equilíbrio e respeito
que educa corpo e mente.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________________________________________
LINS-SP
2012
64
APÊNDICE F - Roteiro de entrevista para o Professor de Judô
CENTRO UNIVERSUTÁRIO CATOLICO
UNISALESIANO AUXILIUM
“O judô como agente educacional e comportamental em crianças”
DEPOIMENTOS:
Identificação: ____________________________________________________
Gênero: ________________________________________________________
Endereço: ______________________________________________________
Cidade: ________________________________________________________
Escolaridade: ___________________________________________________
Profissão: ______________________________________________________
O que você acha do judô como agente educacional e comportamental em
crianças? Comente.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
A prática do judô na educação infantil pode ser um aliado para a contribuição da
melhoria da conduta dos alunos nas escolas?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Quais as possíveis mudanças que as crianças poderão obter com o decorrer da
pratica da aprendizagem do judô?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
65
A psicologia utilizada nas aulas de judô poderá diminuir a incidência de mau
comportamento em âmbito escolar e familiar?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Com a filosofia e a psicologia do judô a criança tem uma resposta positiva do seu
desenvolvimento comportamental e educacional? Comente.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Como professor da educação infantil, você considera a pratica do judô uma fonte
para futuros adultos mais conscientes responsáveis. Sabendo que na prática do
judô deve-se aprender e cumprir algumas regras como forma de respeito à
modalidade aprendendo respeitar colegas e superiores.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________________________________________
Você considera o judô como fonte de motivação para crianças que apresentam
um grau elevado de agressividade. Motivando a direcionarem sua agressividade
para o esporte. Considerando a pratica do judô uma fonte de equilíbrio e respeito
que educa corpo e mente.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________________________________________
LINS-SP
2012
66
UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxillium
Curso de Educação Física Licenciatura
Bruno Cesar Mariano
Henrique Morgado Carvalho
Ingriti Vieira de Souza
O JUDÔ COMO AGENTE EDUCACIONAL E
COMPORTAMENTAL EM CRIANÇAS DE 7 A 12
ANOS
Instituto Americano de Lins
Lins - São Paulo
Lins – SP
2012
67
RESUMO
O judô como prática esportiva na educação infantil pode ser um grande aliado para a
contribuição da melhora da conduta dos alunos. Praticar judô é educar a mente e o
corpo. Como a educação procura novas formas de educar acreditasse que o judô é de
grande importância para a melhora da conduta da educação infantil. Essa modalidade
pode servir de motivação onde uma pessoa motivada a realizar certa atividade poderá
ter mudanças na compreensão da aprendizagem e de seu desempenho nas habilidades
motoras. Através de depoimentos realizamos um estudo feitos no IAL (Instituto
Americano de Lins), com crianças de 07 a 12 anos. Através de observações durante as
aulas de judô e depoimentos feitos para coordenadoras, professores de educação física,
professores de judô e pais de alunos. Diante do pressuposto, o objetivo desse estudo é
comprovar se o judô influência de forma positiva no comportamento das crianças
durante o período em que elas permanecem na escola e o seu comportamento fora dos
muros da escola. Sobre comportamento e educação podemos afirmar que o judô com
todos os seus princípios filosóficos que o sustenta contribui para a formação do
conhecimento social e da moralidade, possuindo um método de ensinar a cortesia entre
as pessoas e melhorar a atitude social. Com isso o Judô desempenha o papel relevante,
como instrumento de formar e lapidar os verdadeiros caracteres morais do ser humano.
O praticante de judô deve aprender e cumprir algumas regras como forma de respeito à
modalidade. Deve-se respeitar os superiores e colegas. As crianças devem ser
motivadas a praticarem alguma atividade, a motivação pode ser definida como as
causas que afetam o início, a manutenção e a intensidade de comportamento. O
comportamento humano é movido por necessidades, interesses e estímulos.
Palavras-chaves: Judô – Educação Infantil – Psicologia Escolar
Mariano, Bruno Cesar; Carvalho, Henrique Morgado; Souza, Ingriti Vieira
P49g Judô Como Agente Educacional e Comportamental / Bruno Cesar
Mariano; Henrique Morgado Carvalho; Ingriti Vieira de Souza. – – Lins,
2012.
66p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física
Licenciatura, 2012.
Orientadores: Ana Beatriz Lima; Luiz Carlos Oliveira.
1. Judô. 2. Educação Infantil. 3. Psicologia Escolar.
Download

bruno cesar mariano henrique morgado carvalho