Cadernos de apoio e aprendizagem t u r g o u p e a s a u g l In o 1 ano P R O G R A M A S : L E R E E S C R E V E R / O R I E N TA Ç Õ E S C U R R I C U L A R E S LIVRO DO PROFESSOR 2010 Port1ºAnoPROF.indd 1 9/16/10 10:30 AM Port1ºAnoPROF.indd 2 9/16/10 10:30 AM Prefeitura da Cidade de São Paulo Fundação Padre Anchieta Prefeito Gilberto Kassab Presidente João Sayad Vice-Presidentes Ronaldo Bianchi Fernando Vieira de Mello Secretaria Municipal de Educação Secretário Alexandre Alves Schneider Secretária Adjunta Célia Regina Guidon Falótico Diretora da Assessoria Técnica de Planejamento Fátima Elisabete Pereira Thimoteo Diretora de Orientação Técnica Regina Célia Lico Suzuki (Coordenadora Geral do Programa) Divisão de Orientação Técnica Ensino Fundamental e Médio Suzete de Souza Borelli (Diretora e Coordenadora do Programa DOT/EF) Cristhiane de Souza, Hugo Luiz Montenegro, Humberto Luis de Jesus, Ione Aparecida Cardoso Oliveira, Leika Watabe, Leila de Cássia José Mendes, Margareth Aparecida Ballesteros Buzinaro, Maria Emilia Lima, Regina Célia dos Santos Câmara, Silvia Moretti Rosa Ferrari, Viviane de Camargo Valadares Divisão de Orientação Técnica Educação Especial Silvana Lucena dos Santos Drago Diretores Regionais de Educação Eliane Seraphim Abrantes, Elizabeth Oliveira Dias, Hatsue Ito, Isaias Pereira de Souza, José Waldir Gregio, Leila Barbosa Oliva, Leila Portella Ferreira, Maria Angela Gianetti, Maria Antonieta Carneiro, Marcelo Rinaldi, Silvana Ribeiro de Faria, Sueli Chaves Eguchi, Waldecir Navarrete Pelissoni Equipe técnica de apoio da SME/DOT Ana Lúcia Dias Baldineti Oliveira, Ana Maria Rodrigues Jordão Massa, Claudia Aparecida Fonseca Costa, Delma Aparecida da Silva, Jarbas Mazzariello, Magda Giacchetto de Ávila, Maria Teresa Yae Kubota Ferrari, Mariana Pereira Rosa Santos, Tania Nardi de Padua, Telma de Oliveira Assessoria Pedagógica SME/DOT Célia Maria Carolino Pires, Maria José Nóbrega, Rosaura Angélica Soligo Port1ºAnoPROF.indd 3 Diretoria de Educação Diretor Fernando José de Almeida Gerentes Monica Gardelli Franco Júlio Moreno Coordenadora do projeto Maria Helena Soares de Souza Equipe de autoria Coordenação Clecio dos Santos Bunzen Júnior, Jacqueline Peixoto Barbosa Assessoria de coordenação Márcia Mendonça e Claudia Vóvio Autores América dos Anjos Costa Marinho, Anna Maria C. Caricatti M. Cera, Carolina Assis Dias Vianna, Celina Diaféria, Clecio dos Santos Bunzen Júnior, Denise de Oliveira Teixeira, Ellen Rosenblat, Geraldo Antônio Andreasi Fantim, Jacqueline Peixoto Barbosa, Jordana Lima de Moura Thadei, Laura Inês Breda de Figueiredo, Margareth Aparecida Ballesteros Buzinaro, Maria Helena Costa, Maria Inês Nocite, Marisa Balthasar Soares, Marisa Vasconcelos Ferreira, Patrícia Prado Calheta, Paula Bacarat De Grande, Rosa Maria Antunes de Barros, Shirley de Oliveira Garcia Jurado, Virginia Scopacasa Pesquisa Átila Augusto Morand, Eduardo de Moura Almeida Leitura crítica Roxane Rojo Equipe Editorial Gerência editorial Carlos Seabra Secretaria editorial Janaína Chervezan da Costa Cardoso Assessoria de conteúdo Márcia Regina Savioli (Língua Portuguesa) Maria Helena Soares de Souza (Matemática) Controle de iconografia Elisa Rojas Apoio administrativo Acrizia Araújo dos Santos, Ricardo Gomes, Walderci Hipólito Edição de texto Dida Bessana, Maria Carolina de Araujo Revisão Ana Luiza Saad Pereira, Marcia Menin, Maria Carolina de Araujo, Silvia Amancio de Oliveira Direção de arte Eliana Kestenbaum, Marco Irici Arte e diagramação Cristiane Pino, Cristina Izuno, Henrique Ozawa, Mariana Schmidt Ilustrações Renato Zechetto Bureau de editoração Mare Magnum Artes Gráficas 9/16/10 10:30 AM Port1ºAnoPROF.indd 4 9/16/10 10:30 AM Prezado(a) professor(a), Os Cadernos de apoio e aprendizagem – Língua Portuguesa, destinados aos estudantes dos nove anos do Ensino Fundamental, têm como finalidade contribuir para o trabalho docente visando à melhoria das aprendizagens dos alunos. Sua elaboração teve como critérios para seleção das atividades o alcance das expectativas de aprendizagem contidas nos documentos de Orientações curriculares e as dificuldades apresentadas pelos alunos na Prova São Paulo e na Prova da Cidade. Na área de Língua Portuguesa, estes Cadernos foram preparados de modo a contemplar as seguintes esferas discursivas: jornalística, cotidiana, literária (prosa e verso) e escolar. Além do material escrito, os estudantes terão acesso também a vídeos produzidos especialmente para subsidiar as atividades em sala de aula – por meio de DVD inserido no Livro do Professor. É importante ressaltar que esta obra não está recomendada como único recurso a ser utilizado para a aprendizagem dos estudantes. Ela deve ser complementada com atividades planejadas pelo professor, em função das características de sua turma, fazendo uso de livros didáticos e de outras publicações da SME, disponíveis nas escolas, para trabalho com o Ensino Fundamental (Guias de planejamento e orientações didáticas – Ciclo I, Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem do Ciclo I e das áreas de conhecimento do Ciclo II, Referenciais de expectativas para o desenvolvimento da competência leitora e escritora – Ciclo II). Para cada ano de escolaridade foram produzidas sequências de atividades para os alunos e orientações didáticas para o professor. A proposta é que estes Cadernos sejam utilizados pelos professores e pelos alunos duas vezes por semana. Esperamos que os Cadernos de apoio e aprendizagem – Língua Portuguesa, com outros trabalhos e projetos desenvolvidos pelos professores nas Unidades Educacionais e por todos nós na SME, e, em especial, as ações de formação continuada possam colaborar para a melhoria da aprendizagem dos alunos em Língua Portuguesa. Saudações, Alexandre Alves Schneider Secretário Municipal de Educação de São Paulo Port1ºAnoPROF.indd 5 9/16/10 10:30 AM Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Bibliotecária Silvia Marques CRB 8/7377) C122 Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa / Programas: Ler e escrever e Orientações curriculares. Livro do Professor. São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010. Primeiro ano, il. (vários autores) ISBN 978-85-8028-012-8 ISBN 978-85-8028-003-6 (aluno) 1. Ensino Fundamental 2. Língua portuguesa 3. Leitura 4. Escrita I. Título. CDD 371.302.813 Esta obra, Cadernos de apoio e aprendizagem – Matemática e Língua Portuguesa, é uma edição que tem a Fundação Padre Anchieta como Organizadora e foi produzida com a supervisão e orientação pedagógica da Divisão de Orientação Técnica da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Port1ºAnoPROF.indd 6 9/16/10 10:30 AM Sumário Apresentação dos Cadernos de apoio e aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 Expectativas de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Uma nota sobre o trabalho com gêneros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 Integração entre as modalidades de atividades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 Organização do Caderno do aluno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Organização do Caderno do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 O trabalho com o 1o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 Considerações sobre alguns princípios metodológicos que orientam os encaminhamentos propostos para as atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 Ler sem saber ler, como isso é possível? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 Escrever o quê? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 Parcerias... compartilhando possibilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 Unidade 1 – Ciranda de parlendas e festival de brincadeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . .21 Unidade 2 – Esses bichos curiosos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24 Unidade 3 – Contos de repetição: histórias que viram brincadeira . . . . . . . . . . . . .25 Unidade 4 – Bilhete: dizendo algo por escrito!. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 Unidade 5 – O que pode um diagrama? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 Considerações sobre a avaliação da aprendizagem dos alunos . . . . . . . . . . . . . . . 33 Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 Comentários e sugestões página a página Unidade 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Unidade 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Unidade 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Unidade 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121 Unidade 5. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 Port1ºAnoPROF.indd 7 9/16/10 10:30 AM Port1ºAnoPROF.indd 8 9/16/10 10:30 AM Apresentação dos Cadernos de apoio e aprendizagem A produção deste material se justifica por contemplar as especificidades da rede pública municipal paulistana do ponto de vista de suas realidades regionais, das condições de acervo de livros, de equipamentos disponíveis, de espaços físicos das escolas e do processo de formação de educadores desenvolvido nos últimos cinco anos. Os Cadernos dos alunos têm formato consumível, para que eles possam usá-los individualmente e fazer as atividades tanto em sala de aula quanto em casa. Um DVD acompanha os Cadernos do professor e contém os vídeos previstos em algumas atividades, além de textos a serem lidos para os alunos (em determinados casos). O foco das atividades dos Cadernos são as expectativas de aprendizagem relativas às práticas de leitura, produção escrita, escuta e produção oral de textos e de análise e reflexão sobre a língua e a linguagem, articuladas em torno dos gêneros selecionados propostas para estudo e aprofundamento. Assim, para cada ano, estão previstas cinco unidades – que correspondem às esferas/gêneros selecionados para o trabalho com sequências didáticas ou projetos.1 O quadro a seguir apresenta os gêneros selecionados para os dois ciclos do Ensino Fundamental. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 9 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 1 Para mais especificações dessas modalidades de atividade, ver p. 121 e 134 das Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo I e p. 106-107 das Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo II, Língua Portuguesa. 9 9/16/10 10:30 AM Gêneros selecionados em cada ano do Ciclo I em sequências didáticas ou projetos Esfera de circulação Cotidiana Jornalística Literária (prosa) Literária (verso) Escolar Bilhete/Recado Legenda/ Comentário de notícia Conto de repetição Parlenda/Regras de jogos e brincadeiras Diagrama/ Explicação 2o ano Receita Manchete/Notícia televisiva e radiofônica Conto tradicional Cantiga/Regras de cirandas e brincadeiras cantadas Verbete de curiosidades/ Explicação 3o ano Regras de jogo Notícia/ Comentário de notícias Conto tradicional Poema para crianças Verbete de enciclopédia infantil/Explicação Poema narrativo Verbete de enciclopédia infantil/ Exposição oral Poema Artigo de divulgação científica para crianças/ Exposição oral 1o ano 4 ano Carta, e-mail, relato de experiências vividas Entrevista 5o ano Roteiro e mapa de localização/ Descrição de itinerário Notícia/Relato de acontecimento cotidiano o Fábula Lenda e mito Gêneros selecionados em cada ano do Ciclo II em sequências didáticas ou projetos Esfera de circulação Vida pública e profissional Jornalística Literária (prosa) Literária (verso) Escolar 6o ano Carta de solicitação e de reclamação/ Debate Entrevista Conto/Causo Canção Biografia/ Depoimento 7o ano Requerimento e carta de solicitação e de reclamação/ Solicitação, reclamação Resenha/ Comentário HQ e tiras/Piadas Cordel Artigo de divulgação científica/ Exposição oral 8o ano Estatuto/Debate regrado Notícia, reportagem/ Notícia televisiva e radiofônica Crônica/Relato de fatos cotidianos Poema visual/Rap Verbete de enciclopédia/ Exposição oral 9o ano Currículo/ Entrevista profissional Artigo de opinião/ Comentário Teatro Poema Relato histórico/ Exposição oral 10 Port1ºAnoPROF.indd 10 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Expectativas de aprendizagem As expectativas de aprendizagem, organizadas em torno das práticas de linguagem – leitura, produção de texto, fala e escuta e análise linguística –, “são metas de desenvolvimento que se alargam e se aprofundam progressivamente, conforme as possibilidades e necessidades dos estudantes. A cada ano do ciclo, são exploradas basicamente as mesmas expectativas de aprendizagem, em graus de complexidade crescentes”.2 Nos Cadernos do professor, as atividades estão acompanhadas das respectivas expectativas de aprendizagem para o ano, o gênero e a prática de linguagem contemplada, com a mesma formulação presente no documento de orientações curriculares. Essas são as aprendizagens que se espera que todos os alunos construam (como diz Vygotsky,3 aprendizagens que possam, no fim de cada etapa de trabalho, fazer parte de seu desenvolvimento). Algumas atividades abrangem expectativas propostas para anos ou ciclo posteriores, o que se justifica por se tratar de um processo de construção em que é importante que o que se espera ver consolidado em determinado ano seja processualmente trabalhado desde os anos anteriores (para Vygotsky, fariam parte do desenvolvimento potencial dos alunos – criariam zonas de desenvolvimento proximal –, vindo, futuramente, a fazer parte de seu desenvolvimento real). 2 Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo I, p. 36. 3 VYGOSTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987. Há ainda questões que não se referem diretamente às expectativas de aprendizagem, quer para o ano em questão, quer para os seguintes, mas que foram propostas porque, de alguma forma, contribuem com os processos de compreensão ou produção dos textos, objetivo maior de qualquer material didático ou prática pedagógica. Uma nota sobre o trabalho com gêneros No dia a dia, participamos de várias esferas de atividades (familiar/cotidiana, escolar, jornalística, acadêmica, produtiva/ de consumo, política etc.), realizando ações próprias dessas esferas. Toda esfera de atividade é também uma esfera LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 11 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 11 9/16/10 10:30 AM de comunicação, e, para agir, nos comunicamos mediante os gêneros textuais que nelas circulam. Assim, ao nos apropriarmos deles, temos oportunidade de participar mais adequada e plenamente das práticas de linguagem que circulam em cada uma dessas esferas, razão pela qual elegemos os gêneros textuais como um dos eixos organizadores do currículo, articulados às práticas de linguagem – leitura, produção escrita, escuta/produção oral e análise linguística. Desse modo, garantimos também um movimento metodológico que privilegia as práticas de uso – leitura/produção escrita, escuta/produção oral – em relação às práticas de análise linguística, que devem reverter para os próprios usos. Portanto, é necessário cuidado para não transformar o trabalho com os gêneros em uma série de atividades meramente classificatórias e metalinguísticas não convergentes para o uso – leitura/escuta e produção de textos. Não adianta o aluno saber dizer uma série de características dos gêneros (de forma decorada), se não puder reverter esse conhecimento para a compreensão e/ou produção de textos relativos a esses gêneros textuais. Também na exploração dos elementos constitutivos dos gêneros, é fundamental garantir uma perspectiva que relacione os gêneros (e os textos) aos contextos das esferas em que circulam, às suas condições de produção típicas (e específicas) e ao contexto sócio-histórico mais amplo, indo além de uma perspectiva de abordagem meramente formal/estrutural, possibilitando que o aluno compreenda conteúdos explícitos e implícitos, interaja efetivamente com os textos lidos e produza textos adequados a cada uma das situações. Integração entre as modalidades de atividades Cabe ressaltar que os Cadernos de apoio e aprendizagem abrangem parte das modalidades de atividades propostas para os anos – sequências didáticas e projetos. Ao fazer seu planejamento, você deve prever também atividades permanentes ou pontuais, não contidas neste Caderno, para que as demais intenções educativas possam se concretizar: não 12 Port1ºAnoPROF.indd 12 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM é possível formar leitor literário ou de periódicos (jornais, revistas etc.) apenas trabalhando alguns gêneros em algumas séries. É preciso promover uma interação significativa constante com esses portadores.4 Organização do Caderno do aluno Em cada Unidade, há um grupo de atividades que contemplam expectativas de aprendizagem elaboradas especificamente para o ano/gênero/esfera/prática de linguagem abordada. Cada uma delas, por sua vez, é composta por uma série de questões, exercícios e demandas de ações articuladas. Todas as Unidades são abertas com uma seção – Para começo de conversa – que objetiva convidar os alunos para o trabalho, contar quais serão os conteúdos trabalhados e as principais produções e ativar alguns conhecimentos prévios sobre o gênero em questão. É fundamental que você leia o texto dessa seção com os alunos, garantindo que eles tenham conhecimento do que vão estudar, por que isso está sendo proposto e o que se espera deles, para que também eles possam aderir à proposta. 4 Para melhor organização e fundamentação de seu planejamento, é essencial a leitura do item 4.2.1 Língua Portuguesa (p. 123-136) das Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo I e do item 5.3 Planejamento da rotina e das modalidades organizativas (p. 96-111) das Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo II, Língua Portuguesa do. Após essa seção, são apresentadas atividades que compreendem exploração oral e respostas escritas coletivas e individuais. Questões a serem exploradas oralmente não preveem espaço/linhas para resposta. Algumas das atividades (devidamente indicadas) supõem que os alunos assistam a vídeos. É fundamental que você os assista previamente e leia as orientações para o desenvolvimento dessas atividades, a fim de fazer mediações que potencializem o uso desse recurso. Embora o trabalho com vídeo não seja uma proposta nova, infelizmente ainda é prática pouco frequente nas escolas e “o vídeo tem entrado na sala de aula quase pela porta de trás”. No entanto, trata-se de recurso de grande potencial mobilizador – pelas diferentes linguagens de que se vale, pelos ritmos e tempos dinâmicos consonantes com o tempo (de atenção/concentração) dos alunos, pela forma sofisticada de contar histórias ou pela forma LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 13 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 13 9/16/10 10:30 AM sintética e organizada de apresentar/discutir informações. Além disso, é de grande relevância para o trabalho com gêneros orais, cujos modelos de texto também precisam ser discutidos. Senão, como ensinar a debater ou a participar de seminários se aos alunos não se permite assistir a debates e apresentações e discutir suas finalidades, seus conteúdos e características? Entretanto, o vídeo por si só não promove a interação. Daí a importância fundamental de sua mediação, que pode e deve prever pausas, retomadas, elaboração de outras questões/atividades, objetivando o ajuste necessário entre o proposto e as possibilidades/necessidades dos alunos. No fim de cada Unidade, a seção Retomando percursos propõe uma retomada da aprendizagem, mediante uma síntese que destaca os principais conteúdos/conceitos, relações e habilidades, e/ou mediante uma proposta de (auto)avaliação. Organização do Caderno do professor O Caderno do professor traz orientações de uso geral do material (Apresentação dos Cadernos) e orientações específicas para uso dos volumes (O trabalho com o 1o ano). Cada volume conta com uma breve descrição dos gêneros que serão objeto de trabalho (subsídios direcionados para o professor, que não necessariamente devem ser aplicados aos alunos), orientações gerais para a condução das atividades, possibilidades de resposta e, algumas vezes, indicações de atividades complementares ou referências bibliográficas. Por último, deve-se ressaltar que as propostas de atividade fornecem pistas para caminhos que só serão efetivamente trilhados (contando com rotas alternativas que se façam necessárias) com a interação professor-alunos. Apenas a mediação do professor pode concretizar uma proposta didática. Bom trabalho! 14 Port1ºAnoPROF.indd 14 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM O trabalho com o 1o ano O Caderno de apoio e aprendizagem do 1o ano contém cinco Unidades de trabalho: parlenda, foto-legenda, conto de repetição, bilhete e diagrama. Propõe-se que o material seja usado em duas ou três aulas semanais (de 50 min cada uma). A variação deve-se à natureza das propostas para o trabalho com os alunos, contemplando sistematicamente: Uma roda de conversa (intercâmbio oral), brincadeiras em espaços alternativos, em algumas das atividades, ou saídas para visitas a jardins e praças em situações de pesquisa, e atividades na sala de leitura, entre outras. Práticas de leitura, ora por grupos de alunos, ora individualmente, com a mediação do professor, ora pelo professor. Práticas de produção escrita, ora ditando para o professor escrever, ora pelo aluno, de próprio punho, ora em parceria com um colega de turma, ora em situação de cópia com um objetivo definido pelo contexto das propostas. Essas atividades procuram ampliar a inserção dos alunos na cultura escrita e enfocam a reflexão sobre o sistema alfabético, sendo planejadas e propostas com base nos gêneros textuais previstos nas orientações curriculares para o trabalho com projetos e sequências didáticas no ano do ciclo. Você pode alterar o cronograma sugerido, de acordo com as necessidades da turma, fazendo os ajustes adequados à gestão do tempo e aos objetivos de ensino e expectativas de aprendizagem. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 15 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 15 9/16/10 10:30 AM Sugerimos: Para o primeiro semestre 1a semana 2a semana 3a semana 4a semana 5a semana Fevereiro Março Parlendas Parlendas Parlendas Parlendas Abril Parlendas Parlendas Parlendas Parlendas Maio Parlendas Parlendas Foto-legenda Foto-legendas Junho Foto-legendas Foto-legendas Foto-legendas Foto-legendas Julho Foto-legendas Parlendas Parlendas (22 aulas, aproximadamente) Foto-legendas (12 aulas, aproximadamente) Para o segundo semestre 1a semana 2a semana 3a semana 4a semana 5a semana Julho Agosto Contos de repetição Contos de repetição Contos de repetição Contos de repetição Setembro Bilhetes Bilhetes Bilhetes Bilhetes Outubro Bilhetes Novembro Diagramas Diagramas Diagramas Contos de repetição Diagramas Diagramas Dezembro Contos de repetição (8 aulas ou mais) Bilhetes (10 aulas ou mais) Diagramas (10 aulas ou mais) Considerações sobre alguns princípios metodológicos que orientam os encaminhamentos propostos para as atividades Muitas rodas de conversa... O intercâmbio oral favorecendo a aprendizagem Conforme já explicitado, o trabalho proposto para cada dia do cronograma contém Roda de conversa ou Roda de conversa e brincadeira. Essa organização considera a necessidade de o professor garantir, em sua rotina, o trabalho planejado com a linguagem oral. É durante as rodas de conversa que os alunos compartilham seus saberes, expressam seus sentimentos 16 Port1ºAnoPROF.indd 16 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM e talentos pessoais e aprendem enquanto ouvem e falam – recitam parlendas, compartilham instruções e regras de jogos e brincadeiras, comentam textos lidos pelo professor... Nessas rodas, é fundamental que desenvolvam atitudes e procedimentos adequados, como ouvir os colegas, esperar sua vez de falar, opinar sobre aspectos em discussão, considerar opiniões diferentes. Por outro lado, cada conversa proposta remete a outras atividades do dia, ou seja, quase sempre se relaciona com as situações seguintes de leitura e escrita, razão pela qual se devem aproveitar esses momentos para envolver os alunos ainda mais nas situações de ensino e de aprendizagem propostas. Ler sem saber ler, como isso é possível? Oba, já posso ler! Assim se chamam as propostas de leitura. Na maioria das situações, os alunos devem ler mesmo não sabendo ler convencionalmente, ajustando o falado/recitado ao texto escrito. E o que significa essa expressão: “ler ajustando o falado ao escrito”? Grosso modo, significa que, quando eles conhecem o conteúdo do texto proposto, agem como se estivessem de fato lendo, correndo o dedo sobre o texto, apontando e pronunciando partes do escrito. Para que esse ajuste seja possível, é necessário que conheçam o texto de cor: que saibam recitar de memória as parlendas propostas, ou que você leia as legendas das fotos, cabendo-lhes procurar índices que permitam indicar qual legenda refere-se a determinada foto, por exemplo. Quando mediada pelo professor, essa “leitura de ajuste” pode se transformar em situação privilegiada para eles aprenderem a organização interna do gênero trabalhado. Dessa forma, no caso das parlendas, proponha discussões sobre algumas características desse gênero, como: a organização em versos curtos e cadenciados, a repetição de palavras ou rimas, quando houver, o propósito de ensinar letras (Suco gelado/ Cabelo arrepiado/ LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 17 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 17 9/16/10 10:30 AM Qual é a letra/ Do seu namorado? A – B – C – D...), ou números (Um, dois/ Feijão com arroz/ Três, quatro/ Feijão no prato...), ou a ideia de subtrair (Eram nove irmãs numa casa/ Uma foi fazer biscoito/ Deu tangolomango nela/ E das nove ficaram oito). Saber mais sobre as características do gênero favorece a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita, uma vez que, ao tentarem ajustar a leitura de cada verso ao que estiverem recitando, os alunos podem se deter em uma ou outra palavra que o compõe, ou em cada verso de uma estrofe, ou na comparação de palavras que rimam, ou expressões que se repetem etc. Assim, para localizarem o que está escrito, podem se guiar pelo conhecimento da forma como as parlendas se organizam internamente e pelo que sabem sobre o valor sonoro convencional das letras, se tiverem esse conhecimento. Recurso valioso é escrever em cartazes, com letra maiúscula, as parlendas sugeridas, favorecendo duas práticas importantes: a modelização do procedimento de ler ajustando o falado ao escrito, mostrando aos alunos o que se espera que façam – recitar a parlenda em voz alta, correndo o dedo sobre o texto escrito, verso a verso –; a consulta, pelos alunos, para fazerem essa leitura de ajuste por si mesmos. Além de situações em que eles devem ler ajustando o falado/ recitado ao escrito, nos textos originais, outras propostas envolvem a ordenação de versos de uma parlenda, o que requer conhecimento (ainda que parcial) sobre o valor sonoro convencional das letras. Há também propostas de leitura de outros gêneros textuais, como legendas de fotos e listas, para as quais o conhecimento do valor sonoro convencional das letras é igualmente necessário. Nesse caso, é preciso garantir condições didáticas para que os desafios sejam compatíveis com as possibilidades de os alunos enfrentá-los: 1. Organizar criteriosamente os grupos para o trabalho – nas duplas, deve haver ao menos um aluno com hipótese silábica com valor sonoro convencional, pois esse conhecimento possibilitará o uso pertinente de estratégias de leitura para 18 Port1ºAnoPROF.indd 18 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM localizar as palavras em uma legenda, ou os títulos solicitados em uma lista, ou os versos de uma parlenda que devem ser ordenados. Se na turma ainda não houver muitos alunos com essa hipótese, agrupe-os em trios. 2. Certificar-se de que os alunos sabem o conteúdo do texto a ser lido – parlenda conhecida de cor ou a informação sobre o conteúdo de legenda de fotos e de listas. Antes de começar a tarefa, contextualize-a e informe qual é o texto – “Esta é a parlenda...”/ “Vou ler duas foto-legendas e vocês encontrarão qual corresponde a tal foto...”/ “Esta é uma lista de...”. 3. Explicitar o que for pertinente sobre o gênero textual trabalhado (primeiros versos de parlendas, organizados na forma de lista, linha a linha; versos desordenados de uma parlenda; listas de nomes; listas de títulos etc.) e o que se espera que façam e como. 4. Incentivá-los a trocar informações, consultar o material escrito exposto na sala e pedir sua ajuda quando precisarem. Escrever o quê? Como é bom escrever! A escolha dessa expressão considera escrever tanto o ato de produzir texto escrito de próprio punho (convencionalmente ou segundo sua hipótese de escrita) quanto a produção de textos escritos por você, ou que você copie na lousa, em contextos que justifiquem essa prática. Aspectos importantes envolvidos em cada possibilidade: 1. Quando se propõe que os alunos escrevam, de próprio punho, segundo sua hipótese, não se deve esperar que produzam uma escrita convencional. Essas são oportunidades privilegiadas para refletirem sobre a própria escrita e para você saber como pensam. Essas atividades serão muito mais produtivas se eles tiverem acesso a material escrito (de preferência em cartazes bem visíveis, expostos na sala de aula) que tenha sentido para eles e que possam consultar, quando tiverem dúvidas: a lista de nomes dos LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 19 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 19 9/16/10 10:30 AM colegas, o alfabeto (em letra maiúscula), textos já trabalhados (parlendas, cantigas, poemas, quadrinhas). 2. No caso da escrita em duplas, além dos pressupostos anteriores, adote critérios de agrupamento que potencializem a aprendizagem. Sempre que possível, as duplas devem ser compostas por alunos com hipóteses de escrita próximas, para confrontar suas ideias e “negociar” decisões sobre quantas e quais letras usar. Parcerias... compartilhando possibilidades Para incrementar ao máximo o trabalho, antes mesmo da primeira atividade, recomendamos que você proponha ao professor orientador da sala de leitura e ao professor orientador de informática educativa uma parceria para a pesquisa de livros, jornais, revistas e sites que abordem parlendas e legendas de fotos, a fim de selecionar e reservar material para a apreciação dos alunos. Assim, garantem-se situações em que eles podem comentar, analisar e levantar hipóteses sobre as características, os suportes e as esferas de circulação dos gêneros, demonstrando os conhecimentos que já têm sobre esses textos e ampliando-os. A parceria com professores de outras turmas de 1o ano também pode ser muito produtiva. A troca de experiências entre os professores sobre o desenvolvimento de brincadeiras, rodas de conversa, leitura e produção escrita ou mesmo no planejamento das atividades e o intercâmbio entre os alunos enriquecem o trabalho. 20 Port1ºAnoPROF.indd 20 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Unidade 1 – Ciranda de parlendas e festival de brincadeiras “Parlenda é uma brincadeira verbal de criança, em forma de versos não necessariamente rimados, caracterizada por uma arrumação rítmica de palavras. Em geral, sua finalidade é entreter a criança ou lhe ensinar alguma coisa. Trata-se de uma brincadeira comum em várias partes do mundo – é chamada lengalenga em Portugal, rimes populaires na França, filastrocca na Itália, Reimsprücjen na Alemanha e folk rhymes nos países de língua inglesa. Segundo Veríssimo de Melo,5 elas podem ser divididas em três tipos: 5 MELO, Veríssimo de. Folclore infantil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1985. brincos – as recitadas pelos adultos para as crianças como forma de entretenimento (Serra, serra, serrador...); mnemônicas – as propostas para as crianças recitarem no intuito de memorizarem e aprenderem algo (Um, dois, feijão com arroz...); parlendas propriamente ditas – as mais complexas (como as duas a seguir), que incluem, por exemplo, os trava-línguas. Hoje é domingo Pede cachimbo. Cachimbo é de barro Bate no jarro. O jarro é de ouro Bate no touro. O touro é valente Chifra a gente. A gente é fraco Cai no buraco. Buraco é fundo Acabou o mundo. Cadê o toicinho daqui? O gato comeu. Cadê o gato? Foi pro mato. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 21 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 21 9/16/10 10:30 AM Cadê o mato? O fogo queimou. Cadê o fogo? A água apagou. Cadê a água? O boi bebeu. Cadê o boi? Foi amassar trigo. Cadê o trigo? A galinha espalhou. Cadê a galinha?/ Foi botar ovo. Cadê o ovo? O padre bebeu./ Cadê o padre? Foi rezar a missa. Cadê a missa? Já se acabou! O aspecto rítmico é evidente e essa é a graça da brincadeira: é praticamente impossível a simples fala da parlenda sem respeitar o desenho rítmico proposto. Quando se trata de trava-língua, o desafio é maior, ao recitar, porque, além de haver um ou mais versos com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente, a proposta é sempre falar rapidamente e sem errar: No meio do trigo tinha três tigres. Uma aranha dentro da jarra. Nem a jarra arranha a aranha nem a aranha arranha a jarra. No cume daquele morro, tem uma cobra enrodilhada. Quem a cobra desenrodilhar, bom desenrodilhador será. 22 Port1ºAnoPROF.indd 22 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM A parlenda tem sua origem na tradição oral e com o tempo também ganhou seu registro escrito. Parlendas e trava-línguas pertencem ao patrimônio cultural da infância e são importantes no trabalho pedagógico no início da escolaridade, por serem facilmente memorizáveis e favorecerem o uso de estratégias antecipatórias de leitura por alunos que estão se alfabetizando ou recém-alfabetizados.”6 LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 23 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 6 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO ACRE. Caderno 2 – Para organizar o trabalho pedagógico no Ensino Fundamental. Rio Branco (AC), 2009 (Série Cadernos de Orientação Curricular). 23 9/16/10 10:30 AM Unidade 2 – Esses bichos curiosos Legenda é um texto curto que em geral acompanha gravuras/ilustrações em livros, revistas, jornais e outros materiais impressos. Quanto ao estilo, pode conter uma explicação ou comentário, de caráter interpretativo, irônico ou investigativo. No jornalismo, as legendas aparecem imediatamente abaixo ou ao lado (raramente acima) de uma fotografia, identificando-a, contextualizando-a e acrescentando alguma informação à matéria que a acompanha. A legenda deve ajudar o leitor a compreender a foto, chamando sua atenção para algum detalhe. 24 Port1ºAnoPROF.indd 24 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Unidade 3 – Contos de repetição: histórias que viram brincadeira Como o próprio nome permite inferir, o conto de repetição caracteriza-se por apresentar em sua organização interna uma estrutura que contém sequências que se repetem ao longo da trama, encadeando um episódio ao outro, de maneira curiosa e divertida. É justamente essa estrutura repetitiva que pode transformar o conto de repetição em uma brincadeira verbal – leitura interativa ou dramática –, visto que favorece a memorização das partes recorrentes na história, que podem ser repetidas em coro pelos alunos, enquanto o professor faz o papel de narrador. Nesses contos, mais que o enredo, importam os recursos linguísticos que seus autores utilizam para criar essa forma lúdica de organizar a linguagem, com muitos jogos de palavras. Se, diante do propósito de formar jovens leitores entusiastas, o conto de repetição apresenta-se como muito convidativo e adequado – pelo tanto que aproxima os alunos da magia da literatura, por meio de textos que eles conseguem ler com certa autonomia –, o professor encontrará também, nesse gênero, diversos elementos favoráveis, a começar por sua principal característica: a repetição seriada de palavras, frases, estrofes, ao longo de toda a história. Tomemos como exemplo o primeiro conto de repetição incluído na Unidade: “A galinha ruiva”. Trata-se da história de uma galinha que, encontrando alguns grãos de trigo, resolve plantá-los e, na sequência, colher, debulhar, moer o trigo até ser possível assar o pão. Para ajudá-la nessa trabalheira toda, em cada etapa convida seus amigos, que, repetidamente, se recusam a colaborar. Assim, em cada nova ação da galinha, um novo convite é feito aos amigos, que, em coro, dão sempre a mesma negativa de não ajudá-la, deflagrando LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 25 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 25 9/16/10 10:30 AM a repetição que o caracteriza (ver páginas 67 a 69 do livro do aluno). À medida que o professor propõe aos alunos a leitura interativa de contos como esse, eles vão constituindo um repertório de textos conhecidos, cujos trechos que se repetem acabam por memorizar, o que permite que se arrisquem a ler tais contos mesmo que ainda não o façam de modo convencional. Para favorecer a reflexão e a construção de conhecimentos sobre o sistema alfabético de escrita pelos alunos, o contato visual com textos que apresentam essas características, por meio de situações de leitura mediadas pelo professor, permite que eles observem algumas regularidades de sua organização. Aspectos que, embora óbvios para os leitores proficientes, não o são para aqueles que ainda não leem convencionalmente podem passar a ser: palavras iguais escrevem-se da mesma maneira, com a mesma sequência de letras; há espaço entre as palavras; a própria ideia do que é palavra. Possibilidades semelhantes se apresentam no trabalho com outros contos presentes na Unidade. No caso do conto, “Bruxa, bruxa, venha a minha festa”, duas ações são repetidas, em série, do início ao fim: um convite, seguido da aceitação mediante uma condição, como no trecho da página 76. A protagonista repete duas vezes o nome da personagem a que se dirige, o que possibilita que os alunos observem que a segunda ocorrência da palavra tem as mesmas letras que a primeira. Ao agradecer, quem foi convidado condiciona sua ida à de outra personagem, cujo nome será retomado no convite seguinte; então, a palavra que fecha o agradecimento abre o novo convite. Nesse conto, tanto a estrutura da frase do convite como a do agradecimento condicionado à ida de outra personagem são iguais, variando apenas os nomes, o que permite, por exemplo, refletir a respeito do que permanece e muda em cada parte. 26 Port1ºAnoPROF.indd 26 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Observe-se, ainda, que o último convite, feito aos alunos, condiciona a ida deles a que a bruxa seja convidada. Isso sugere que a história recomeçaria, a partir daí, remetendo a outro gênero: “histórias de nunca acabar”. No conto “Dona Baratinha”, depois de encontrar um tesouro, a personagem resolve se casar e, debruçada em sua janela, recita dois versos rimados, a cada novo pretendente que surge. Ou seja, o autor, nesse caso, recorre à rima, o que facilita ainda mais a memorização, além de trazer nos versos diferentes formas de nasalização (sublinhadas abaixo), que podem ser exploradas por meio de uma brincadeira com os sons. QUEM QUER CASAR COM A DONA BARATINHA, QUE TEM FITA NO CABELO E DINHEIRO NA CAIXINHA Concluindo, vale comentar que os contos de repetição têm como gêneros de estrutura similar os contos acumulativos e as histórias de nunca acabar, que, embora com características peculiares em cada caso, trazem idênticas contribuições aos objetivos de formar pequenos leitores e de trabalhar com textos que favorecem a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita. A título de comparação, apresentam-se os seguintes exemplos: Conto acumulativo: WOOD, Audrey. A casa sonolenta. São Paulo: Ática, 2002. Novas personagens e ações vão se agregando à trama, mas, na verdade, embora traga sequências recorrentes, estas não marcam a ideia da repetição de um mesmo evento, como em “A galinha ruiva” e “Dona Baratinha”. História de nunca acabar: CAPARELLI, Sérgio. O capitão sem fim. In: AGUIAR, Vera (Coord.). Poesia fora da estante. Porto Alegre: Projeto, 2009. As histórias de nunca acabar, embora tragam trechos, mais ou menos longos, que se repetem, têm como principal característica a ideia de um eterno recomeço, um ciclo que nunca se fecha, pois a história não tem desfecho. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 27 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 27 9/16/10 10:30 AM Por terem características que, de alguma forma, diferem e se assemelham é que os contos de repetição, os contos acumulativos e as histórias de nunca acabar compõem um conjunto de gêneros muito adequados para a leitura de alunos no período de alfabetização. O que os seduz é essa maneira de jogar com a linguagem, essa composição nonsense que, de fato, pouco importa se conta ou não uma história, mas que interage com o universo infantil naquilo que ele tem de mais precioso: a brincadeira. 28 Port1ºAnoPROF.indd 28 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Unidade 4 – Bilhete: dizendo algo por escrito! Não seria negligente afirmar que o bilhete é o gênero textual mais democrático de que se tem notícia. Basta pensar que pessoas de todas as camadas sociais, em qualquer parte do mundo, trocam bilhetes com frequência, garantindo um meio de comunicação fácil e eficiente, sem a presença física de seus interlocutores – que podem ser pais e filhos, irmãos, amigos, namorados, profissionais de uma mesma área de atividade. Pedaços de papel descartados de blocos e cadernos ou mesmo de embalagens e outros materiais recicláveis costumam ser portadores desse gênero, fixados em geladeiras, armários, portas de escritórios, espelhos, monitores de computador, entre tantos outros lugares – sem contar, claro, que as agendas e folhinhas especialmente destinadas a esse fim também são importantes suportes, trocados por tantos, todos os dias. Entre as definições de bilhete do dicionário Aurélio encontram-se, à página 296: “1. Carta breve e simples; 2. Pequena mensagem escrita” (Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 2009). Essa pequena mensagem normalmente é escrita em linguagem objetiva e informal, apresentando organização interna simples, composta pelo nome do destinatário, uma fórmula de entrada (breve saudação), o corpo do texto (aquilo que se quer comunicar), a fórmula de despedida, a indicação do remetente, a data e, quando necessário, o horário em que foi escrita. Ainda que não sigam a organização textual do gênero, os alunos encontram no bilhete uma boa forma de se comunicar por escrito, mesmo que ainda não saibam ler e escrever convencionalmente. É por meio de bilhetes que trocam com amigos quadrinhas, cantigas e outros pequenos textos, desenhos, adesivos, figurinhas, que transmitem pequenas mensagens de afeto para seus professores, mães, pais, avós... LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 29 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 29 9/16/10 10:30 AM Do ponto de vista didático e pedagógico, o trabalho com bilhetes pode favorecer a análise e a reflexão sobre a linguagem, sobretudo por ser um gênero que permite a consideração de um interlocutor real, em uma situação de comunicação também real. Não se trata de ensinar aos alunos como é constituído, em sua organização interna e apresentação gráfica, um bilhete, e sim informar-lhes as características do gênero, discutindo com eles o conteúdo da mensagem que se pretende comunicar e como a supressão de alguns elementos de sua organização interna pode afetar a eficácia e a qualidade da comunicação. Nesta Unidade 4, os alunos depararão com uma série de situações de leitura e produção escrita de bilhetes, além da exibição de um vídeo com a Turma do Cocoricó, que buscam promover a ampliação de seus conhecimentos a respeito do gênero. É preciso levar em conta, ainda assim, que é no dia a dia da sala de aula que se deve garantir o permanente contato com esses textos, lendo para e com os alunos todos os bilhetes colados em seus cadernos ou agendas, planejando situações em que lhes faça sentido escrever bilhetes para a família ou favorecendo ocasiões em que troquem bilhetes com colegas da mesma ou de outras turmas, tomando sempre como conteúdo de ensino a organização interna do gênero e a eficiência da própria comunicação pretendida, considerados o propósito da escrita do bilhete e o interlocutor. 30 Port1ºAnoPROF.indd 30 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Unidade 5 – O que pode um diagrama? Para que serve um diagrama? Grosso modo, para ampliar as possibilidades de compreensão (bem como de exposição, explicação) de determinado conceito, ideia ou fenômeno de qualquer área do conhecimento humano. No entanto, é imprescindível explicitar que o mais adequado seria falar em diagramas, em razão da variedade de formas de organização e de definições disponíveis, dependendo da natureza do objeto – conceito, ideia, tema – que se quer analisar, estudar, compreender – expor, explicar melhor. Considerados importantes instrumentos semióticos,7 os diagramas, em suas distintas formas, objetivam representar visualmente, de modo simples e estruturado, aspectos de determinado objeto (conceito, ideia, tema, fato), favorecendo o estabelecimento de relações entre os vários elementos que o compõem. 7 Relativos à semiótica, ciência que busca relacionar a sintaxe (relativa à “forma”) à semântica (relativa ao “conteúdo”); ocupa-se do estudo do processo de significação (por meio de signos verbais e não verbais) ou representação de conceitos ou ideias para favorecer a comunicação humana. A presença de diagramas no corpo de um texto expositivo pode servir como uma espécie de andaime à capacidade de inferir sentidos de palavras ou expressões desconhecidas, influenciando a seleção de informações por sua relevância – com base nos conhecimentos prévios do leitor sobre um tema em estudo, por exemplo. Pode-se observar a ocorrência de diagramas, elaborados com os mais diversos recursos gráficos – verbais e não verbais –, em todas as esferas da comunicação humana, sempre ampliando as possibilidades de relacionar as coisas que estão no mundo e as representações que temos de todas elas, em nossa mente. É comum depararmos com diagramas em jornais, revistas, folhetos de propaganda, livros didáticos e um sem-número de suportes textuais que circulam socialmente, sobretudo nas regiões metropolitanas. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 31 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 31 9/16/10 10:30 AM Em geral, os diagramas conjugam texto, imagens, formas diversas e alguns organizadores gráficos, como: linhas —, setas → , chaves abertas {, colchetes [ e outros. Assim, os elementos de informação que devem ser fixados são agrupados por meio desses organizadores gráficos e de caixas de texto. As setas são muito importantes, pois podem significar “levou a”, “provocou”, “teve como resultado” etc. A elaboração de um diagrama claro e compreensível tem sempre de levar em conta o interlocutor e implica: a definição das ideias que se quer veicular – as principais e as secundárias ou periféricas; a organização e redação das ideias por meio de palavras-chave ou frases curtas; a escolha da forma gráfica que melhor organiza, hierarquiza ou apresenta as ideias (a presença ou não de imagens, a utilização de setas, chaves, caixas de textos...). Há, portanto, muitas possibilidades de organizar um diagrama, as quais se relacionam diretamente com o interlocutor a que se dirige e a esfera em que circulará. A seguir, apresentam-se exemplos dos diagramas mais comuns nos textos expositivos que circulam na esfera escolar: Diagrama em formato de lista (ver página 104 do livro do aluno). Diagrama em formato de processo, como as instruções para a montagem de origamis e brinquedos com sucata. Diagrama em formato de ciclo, como o que explica o ciclo da água. Diagrama em formato de hierarquia, como o da pirâmide alimentar. Nesta Unidade 5, o gênero diagrama aparece, principalmente, como meio de promover a interlocução entre os alunos, contribuindo para que compreendam um tema proposto para estudo. 32 Port1ºAnoPROF.indd 32 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Observe o exemplo da página 114, sobre algumas atividades dos povos indígenas. Trata-se de um trecho do texto expositivo presente na etapa “Oba, já posso ler” da atividade 4, cuja proposta consiste em que a turma realize uma leitura colaborativa, mediada pelo professor. O diagrama, como se pode observar, conjuga algumas fotos, texto e setas, que se relacionam semanticamente. O texto, em sua totalidade, objetiva ampliar ou promover o conhecimento dos alunos sobre a cultura alimentar de povos indígenas. À medida que o professor lê o texto e promove a análise do diagrama – a relação entre as imagens e palavras, a direção das setas etc. –, favorece que eles levantem hipóteses, se remetam a outros momentos de estudo propostos na Unidade e ampliem seus conhecimentos sobre o tema. Além disso, levando em conta a necessidade de ampliar as possibilidades de leitura dos alunos que ainda não leem convencionalmente, a relação direta entre imagens e palavras que as nomeiam permite que, em outros momentos, eles se arrisquem a recuperar o conteúdo escrito do texto e retomem, com certa autonomia, os conceitos aprendidos sobre o tema em estudo. Ressalte-se que o contexto dessa leitura é garantido por meio da roda de conversa anterior, cuja proposta era a análise de um diagrama composto por imagens e setas para que os alunos utilizassem seus conhecimentos prévios sobre sua cultura alimentar e sobre o percurso que alguns alimentos fazem do cultivo até chegar à maioria das casas das grandes cidades, como São Paulo. Considerações sobre a avaliação da aprendizagem dos alunos8 1. Um ponto importante é que nem sempre as atividades específicas para avaliar são as mais informativas sobre o processo de aprendizagem: a observação cuidadosa do professor e a análise do conjunto da produção escolar LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 33 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 8 Este tópico foi elaborado por Rosaura Soligo, à semelhança da abordagem feita em vários documentos curriculares de que é coautora e/ou organizadora. 33 9/16/10 10:30 AM do aluno geralmente informam muito mais sobre seu nível de conhecimento, em especial no início da escolaridade. Nesse sentido, as atividades propostas neste volume podem ser tomadas como objeto de observação e análise do desempenho dos alunos, desde que os encaminhamentos sejam planejados com esse fim. 2. A avaliação da aprendizagem pressupõe não só os resultados obtidos nos momentos específicos para isso, mas também (e principalmente) o conhecimento prévio dos alunos sobre o que se pretendia que eles aprendessem, seu percurso de aquisição de conhecimento e a qualidade das propostas (atividades, agrupamentos, intervenções), para poder redimensioná-las quando os resultados não forem os esperados. Nessa perspectiva, a avaliação processual aqui proposta deve apoiar-se em: Observação sistemática – acompanhamento do percurso de aprendizagem, com instrumentos de registro das observações. (A observação dos alunos em atividade é essencial para avaliar atitudes e procedimentos.) Análise das produções – observação criteriosa do conjunto de produções do aluno para que, em uma análise comparativa, se tenha um quadro real das aprendizagens conquistadas. (A análise comparativa de suas produções e dos registros das observações feitas indicarão o percurso de aprendizagem e a evolução de seu conhecimento.) Considerando tais aspectos, a forma como as Unidades estão organizadas favorece a observação sistemática. Os procedimentos e as atitudes dos alunos podem ser avaliados durante sua participação nas rodas de conversa, na cantoria e na brincadeira – avanços da capacidade de interlocução, da compreensão das instruções para participar das brincadeiras, da disponibilidade para se envolver nas propostas de cantoria; na forma como trabalham em parceria: o quanto negociam decisões, colaboram para a conclusão das tarefas em duplas ou trios e se empenham em desenvolvê-las da melhor maneira possível, entre outras. Do mesmo modo, as 34 Port1ºAnoPROF.indd 34 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM atividades propostas de forma sequenciada e encadeada, envolvendo pontualmente o trabalho com determinado gênero, bem como as seguidas situações de leitura e escrita propostas aos alunos para reflexão sobre o sistema alfabético de escrita em dado contexto, permitirão analisar, no processo, suas produções (ainda que em parceria, considerando que as propostas em si configuram situações de aprendizagem, devendo, portanto, favorecer que coloquem em jogo o que já sabem, estabeleçam relações, relacionem o que estão aprendendo ao conhecimento prévio, compartilhem suas hipóteses etc.). Ou seja, avaliar o processo de aprendizagem dos alunos implica considerar também o que eles conseguem fazer em parceria. Esse duplo movimento – observá-los trabalhando e analisar suas produções em diferentes momentos – é basicamente o que configura uma avaliação processual, que permite redimensionar o trabalho, mesmo antes de propor qualquer avaliação mais formal. 3. Para avaliar adequadamente a aprendizagem, é preciso ter sempre como referência três parâmetros, tomados simultaneamente como critério geral: o aluno em relação a si mesmo, em relação ao que se espera dele e em relação aos colegas que tiveram as mesmas oportunidades escolares. Avaliar o aluno em relação a si mesmo significa considerar o que ele sabia antes do trabalho pedagógico desenvolvido e comparar esse nível de conhecimento prévio com o que ele demonstra ter adquirido no processo. Avaliar o aluno em relação ao que se espera dele pressupõe ter expectativas de aprendizagem previamente definidas e usá-las como referência para orientar as propostas de ensino e de avaliação. E avaliar o aluno em relação aos demais que tiveram as mesmas oportunidades escolares é uma forma de complementar as informações obtidas nos dois primeiros parâmetros: a comparação do desempenho dos alunos só tem utilidade se contribuir para entender melhor por que aprenderam ou não o que se pretendia ensinar. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 35 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 35 9/16/10 10:30 AM Considerar esses três parâmetros é condição para avaliá-los de maneira justa. Como também é condição para avaliá-los de maneira mais justa a clareza de que a construção de conhecimentos de natureza conceitual – como é o caso da aprendizagem do sistema de escrita alfabética – não ocorre de uma hora para outra e, por isso, nem sempre pode ser aferida por instrumentos de verificação pontual, pertinentes nos casos de conteúdos simples, de fácil assimilação. 36 Port1ºAnoPROF.indd 36 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Referências bibliográficas BARBOSA, Jacqueline Peixoto. 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Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo I, 1o ao 5o ano. São Paulo: SME/DOT, 2007, p. 32-36. . Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo II, Língua Portuguesa. São Paulo: SME/DOT, 2007, p. 47-53. . Orientações gerais para o ensino de Língua Portuguesa e de Matemática no Ciclo I. São Paulo: SME/DOT, 2006. 38 Port1ºAnoPROF.indd 38 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO/DIRETORIA DE ORIENTAÇÃO TÉCNICA. Projeto Intensivo do Ciclo I. São Paulo: SME/DOT, 2006. . Projeto Toda Força ao 1o ano: guia para o planejamento do professor alfabetizador, v. 1, 2 e 3. São Paulo: SME/DOT, 2006. SIGNORINI, Inês (Org.). Gêneros catalisadores: letramento e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006. (Org.). Significados da inovação no ensino de Língua Portuguesa e na formação de professores. Campinas: Mercado de Letras, 2007. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. SOLIGO, Rosaura. Variações sobre o mesmo tema – Letramento e alfabetização. Mimeografado, 2006. TEBEROSKY, Ana; GALLART, Marta (Orgs.). Contextos de alfabetização inicial. Porto Alegre: Artmed, 2004. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. . Imaginação e criação na infância. São Paulo: Ática, 2009. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 39 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 39 9/16/10 10:30 AM Port1ºAnoPROF.indd 40 9/16/10 10:30 AM 1o semestre Port1ºAnoPROF.indd 41 9/16/10 10:30 AM Port1ºAnoPROF.indd 42 9/16/10 10:30 AM Leia para os alunos as curiosidades que estão na abertura desta Unidade, convidando-os a falar sobre recitação de parlendas feita em casa ou na escola LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 43 de educação infantil. Dê alguns exemplos. Favoreça a produção oral dos alunos, incentivando a participação alternada de todos. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 43 9/16/10 10:30 AM Proponha a recitação de outras parlendas, dizendo os primeiros versos de cada uma, e pedindo que os alunos continuem, caso as conheçam. Você pode perguntar se os pais ou os avós dos alunos já brincaram com eles recitando essa parlenda, e citar outras, como: Bate, palminha, bate / palminha de São Tomé. / Bate, palminha, bate / para quando o papai vier. Alguns exemplos: Trava-língua: O peito do pé do Pedro é preto. 44 Port1ºAnoPROF.indd 44 Para aborrecer os amigos: Enganei um bobo / na casca do ovo. / Galinha choca / não bota ovo. Roda de conversa e brincadeira Depois desse primeiro momento, recite a parlenda sugerida na atividade 1. Proponha que os alunos a repitam com você, mais de uma vez, pois a intenção é que, ao longo desta Unidade, memorizem muitos textos importantes para as atividades em que se propõe que reflitam sobre o sistema alfabético de escrita. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM • P30 Relacionar a parlenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P36 Recitar parlendas. • P37 Compreender as instruções verbais para poder participar de jogos e brincadeiras. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 45 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 45 9/16/10 10:30 AM • P31 Ler parlendas ajustando o falado ao escrito. • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. • P35 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna de uma parlenda: a disposição em versos, a repetição de palavras, a repetição de estruturas de frases na construção dos versos, as rimas. • P3 Produzir bilhete levando em conta o gênero e seu contexto de produção, ditando-o ao professor. É importante providenciar cópias impressas desse bilhete para entregar àqueles que não conseguirem concluir a tarefa. Oba, já posso ler! Convide os alunos a inferirem quais parlendas estão escritas no quadro. Leia cada verso em voz alta, apontando para sua escrita. Além da leitura realizada por você, é importante chamar duplas de alunos para a leitura das parlendas em cartazes ou na lousa. Aproveite para 46 Port1ºAnoPROF.indd 46 informar as características do gênero. Como é bom escrever! Explique as características e a organização interna do gênero bilhete: um texto curto, em que é necessário colocar o nome do destinatário, a fórmula de saudação e a de despedida, a data, a assinatura ou o reme- tente. Converse com os alunos sobre a finalidade desse bilhete. Sua mediação deve considerar não apenas as ideias sobre O QUE ESCREVER, mas problematizar COMO DEVE SER ESCRITO. Na atividade de cópia, espere que eles copiem cada trecho já concluído e escrito na lousa, acompanhando-os nessa tarefa. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM • P31 Ler parlendas ajustando o falado ao escrito. • P32 Recitar parlendas. • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. • P35 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna de uma parlenda: a disposição em versos, a repetição de palavras, a repetição de estruturas de frases na construção dos versos, as rimas. Roda de conversa Se você avaliar que a atividade se estenderá mais do que o esperado, porque muitos alunos estão interessados em partilhar as novas parlendas que aprenderam em casa, programe outra roda de conversa para que todos possam LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 47 contribuir. Será muito produtivo anotar os primeiros versos dessas parlendas e, depois da atividade, produzir cartazes com novas parlendas aprendidas pelos alunos. Lembre-se de que são esses cartazes, resultantes de situações compartilhadas por todos, que LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO suscitarão nos alunos o desejo de se arriscar a ler, mesmo que não convencionalmente, movidos pelo sentido que tais cartazes podem ter para eles e pelo conhecimento prévio que têm de seu conteúdo. 47 9/16/10 10:30 AM • P32 Escrever parlenda de memória levando em conta o gênero e seu contexto de produção, de acordo com sua hipótese de escrita. • P33 Retomar o texto para saber o que já foi escrito e o que ainda falta escrever na escrita de textos de memória. Como é bom escrever! Sugerimos que seja proposta a escrita da parlenda abaixo: Lá em cima do piano Tem um copo de veneno. Quem bebeu, morreu O culpado não fui eu. Antes de iniciarem a escrita, convide os alunos a recitarem a 48 Port1ºAnoPROF.indd 48 parlenda que irão escrever, a fim de que a relembrem e brinquem com sua sonoridade, marcando sua cadência. Ao começarem a escrita, caminhe entre os alunos pedindo que leiam o que já escreveram e antecipem oralmente o que ainda falta. Para compartilhar os saberes e a reflexão da turma, depois de os alunos terem escrito, chame duas ou três duplas à lousa para escreverem o primeiro verso da parlenda, dizendo o nome das letras que estão sendo usadas e justificando a escolha de cada uma. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM • P36 Recitar parlendas. • P37 Compreender instruções orais para participar de jogos e brincadeiras. • P32 Escrever parlenda de memória levando em conta o gênero e seu contexto de produção, de acordo com sua hipótese de escrita. • P33 Retomar o texto para saber o que já foi escrito e o que ainda falta escrever na escrita de textos de memória. Como brincar? O escolhido recebe o anel e o segura entre as mãos. Os outros alunos sentam-se, lado a lado, com as mãos unidas, prontas para receber o anel em segredo. O jogo começa e o aluno que está com o anel passa suas mãos entre as mãos dos colegas, tentando deixá-lo com um deles, sem que isso seja visto pelos demais. Nesse momento, o aluno que estava com o anel e o passou a um colega, pergunta a qualquer um dos colegas menos àquele com quem deixou o anel: “Com quem você acha que está o anel?”. Se o colega acertar a resposta, ele passará o anel na próxima rodada. Se errar, pagará uma prenda. Roda de conversa e brincadeira É importante levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre a brincadeira de passar o anel. Para fazer a escolha daquele que vai passar o anel pode-se recitar uma parlenda, como: Uni, duni, tê, / salamê, minguê, / o sorvete colorê / o escolhido foi você. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 49 Como é bom escrever! Veja como organizar esta atividade: • Agrupe os alunos em duplas e indique quem começará a atividade. • Entregue a eles uma caixa com as letras organizadas em ordem alfabética. Conheça as regras: LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 1. O aluno que começa o jogo coloca uma letra da primeira palavra da parlenda. 2. Em seguida, diz ao parceiro o que já está escrito. 3. O colega põe outra letra e diz o que está escrito. 4. O jogo continua dessa forma até que a dupla considere a escrita completa. 49 9/16/10 10:30 AM • P31 Ler parlendas ajustando o falado ao escrito. • P35 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna de uma parlenda: a disposição em versos, a repetição de palavras, a repetição de estruturas de frases na construção dos versos, as rimas. • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. • P7 Participar de situações de intercâmbio oral, formulando perguntas e compartilhando suas preferências. Leia atentamente as parlendas e proponha aos alunos, a cada leitura, que procurem descobrir onde está escrito o texto lido. 50 Port1ºAnoPROF.indd 50 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM • P77 Escrever controlando a produção pela própria hipótese de escrita. Triciclo Boneca Carro Bola Quebra-cabeça Bicicleta Como é bom escrever! Nesta, como nas outras atividades cuja proposta é que os alunos escrevam de acordo com sua hipótese de escrita, não se deve esperar como resultado a escrita convencional das palavras. Proponha que escrevam em duplas, considerando os critérios LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 51 de agrupamento propostos na Apresentação deste volume. Circule entre eles, fazendo observações que favoreçam a reflexão sobre o sistema de escrita e levando-os a perceber que poderão aprimorar seus escritos consultando os materiais expostos na sala. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 51 9/16/10 10:30 AM • P31 Ler parlendas ajustando o falado ao escrito. • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. • P36 Recitar parlendas. • P37 Compreender instruções orais para poder participar de jogos e brincadeiras. Roda de conversa Há muitas possibilidades de se brincar com uma corda e os alunos podem nos surpreender com suas formas diferentes de pular e brincar. Durante esta roda de conversa, estimule-os a compartilhar essas possibilidades, perguntando-lhes se, enquanto brincam, costumam recitar parlendas. Veri- 52 Port1ºAnoPROF.indd 52 fique se já conhecem a parlenda proposta para a atividade e, em caso negativo, ensine-a. Salada, saladinha Bem temperadinha Sal, pimenta Um, dois, três. Como é bom escrever! Para começar esta atividade, certifique-se de que os alunos reco- nhecem todas as figuras e nomes das respectivas brincadeiras que irão nomear. Recomende que escrevam da melhor forma que puderem e com uma letra caprichada! Como escreverão de acordo com sua hipótese é possível, no fim desta atividade, escolher duas ou três escritas diferentes para CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM • P77 Escrever controlando a produção pela própria hipótese de escrita. Cabra-cega Pular corda Batata quente Passa-anel Dança das cadeiras Amarelinha promover uma discussão com todos. Você pode chamar três duplas à lousa e pedir que reproduzam suas escritas, de acordo com o que está no caderno de atividades deles. Para comparar a produção dos alunos, faça perguntas para ajudá-los a refletir sobre suas escritas. Mencione nomes de colegas, LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 53 palavras de listas ou textos que possam ser consultados nos cartazes disponíveis na sala. A intenção é que eles discutam o que escreveram e comparem as escritas de cada dupla, colocando em jogo o que sabem (nome das letras, palavras que começam com a mesma sonoridade daquelas que escreveram, LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO procedimentos de consulta a materiais escritos expostos na sala para aprimorar a qualidade de suas escritas etc.), sem terem de chegar a uma escrita convencional nesse momento. Relembre as considerações sobre essa proposta expressas em atividades anteriores nesta Unidade. 53 9/16/10 10:30 AM • P31 Ler parlendas ajustando o falado ao escrito. • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, formulando perguntas ou estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores (expectativa geral). • P30 Relacionar a parlenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P36 Recitar parlendas. • P37 Compreender instruções orais para poder participar de jogos e brincadeiras. Como brincar? Os alunos permanecem sentados no chão, em círculo e com os olhos fechados. Quem estiver com o lenço anda em torno da roda enquanto todos cantam: Corre cutia / na casa da tia / corre cipó / na casa da avó. / Lencinho na mão / caiu no chão / moço bonito / do meu coração. / Posso jogar? Pode!/ Ninguém vai olhar? / Não!. Nesse momento, o lencinho é colocado atrás de um aluno que está na roda e todos olham. Esse aluno se levanta e sai correndo atrás de quem jogou o lenço. Quem o jogou terá de correr e sentar no lugar do que tenta pegá-lo. Se agarrado, irá para o centro da roda. Oba, já posso ler! Proponha aos alunos que tentem descobrir que parlenda está escrita na página. Dê algumas pistas que os ajudem a inferi-la, como: • A parlenda fala de uma comida. • A parlenda foi recitada por vocês, hoje, enquanto pulavam corda. 54 Port1ºAnoPROF.indd 54 • Onde podem estar escritas as palavras SALADA – TEMPERADINHA – PIMENTA? • Depois de terem se arriscado a descobrir a parlenda e localizado algumas palavras, propornha que recitem as parlendas acompanhando e apontando com o dedo o texto escrito. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM • P31 Ler parlendas ajustando o falado ao escrito. • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. Oba, já posso ler! A parlenda “Rei, capitão” é bastante conhecida entre os alunos, mas pode não ser por todos. Por isso, talvez seja necessário recitá-la mais de uma vez, observando atentamente se todos conseguem recuperá-la de memória. Nesta proposta, além da leitura, a parlenda será recortada em LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 55 versos que depois serão colados na ordem certa no quadro (a parlenda que será recortada está na página 123, no fim do caderno de atividades dos alunos). Ofereça informações e orientações sobre a proposta “ordenação de versos”, ensinando os procedimentos pertinentes – recorte, ordenação e colagem dos versos. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO Caso seja a primeira vez que se dediquem a uma atividade desse tipo, ter um modelo, em tamanho grande, para mostrar a eles, passo a passo, como fazer, pode ser muito produtivo. Conte sempre com algumas duplas na hora de ler e localizar cada verso. 55 9/16/10 10:30 AM Rei Moça bonita Soldado Ladrão Como é bom escrever! Converse com os alunos para saber se eles conseguem identificar, nas imagens, as personagens que aparecem na parlenda. Proponha que, em duplas, escrevam seus nomes. 56 Port1ºAnoPROF.indd 56 Enquanto escrevem, circule entre eles e faça-lhes perguntas para ajudá-los a refletir sobre o que escrevem. Que letra podemos usar para escrever REI? Há nomes de amigos em nossa turma que começam com essas letras (que começam com RE, como Renata, Renan?). Incentive-os a consultar os escritos disponíveis na sala de aula. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM • P36 Recitar parlendas. • P31 Ler parlendas ajustando o falado ao escrito. Roda de conversa e brincadeira Ter à mão uma lista com todas as parlendas trabalhadas é importante para que não se perca a oportunidade de recitá-las. Proponha que eles falem das que mais gostam, votem na preferida da turma ou escolham algumas para recitar aos colegas de outras turmas. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 57 Oba, já posso ler! Proponha a atividade com o seguinte encaminhamento: • Primeiro, sugira que recitem a parlenda mais de uma vez, antes de se ocuparem do texto escrito. • Em seguida, peça que a recitem acompanhando o texto escrito, verso a verso. • Faça uso de cartaz com a letra LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO da parlenda, propondo que infiram onde estão escritas algumas palavras em cada um dos versos, quantas palavras há em cada verso e onde está escrita cada uma, entre outras. Depois dessa atividade coletiva, cada aluno pode ler a parlenda em seu livro, ajustando o falado ao escrito. 57 9/16/10 10:30 AM • P77 Escrever controlando a produção segundo sua hipótese de escrita. Abacaxi Biscoito Como é bom escrever! Nesta atividade está em jogo a escrita de respostas às adivinhas, segundo as hipóteses que os alunos têm sobre como se escreve. Depois de ler cada adivinha, discuta com eles até que cheguem 58 Port1ºAnoPROF.indd 58 à resposta certa. É importante que compreendam o sentido figurado de algumas palavras, os trocadilhos, as brincadeiras que se faz com as palavras para organizá-las de forma engraçada... Esse cuidado não visa ao apro- fundamento de uma das várias características desse gênero, e, sim, favorecer a construção de sentidos para ajudar os alunos a memorizarem as adivinhas. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Ovo Pão LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 59 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 59 9/16/10 10:30 AM Torta Cenoura 60 Port1ºAnoPROF.indd 60 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Batata quente Para não “morrer” com a bola na mão, os alunos precisam se concentrar e coordenar os movimentos ao ritmo da fala. Idade: A partir de 5 anos. Local: Pátio. Material: Bola. Participantes: No mínimo três. Como brincar? O grupo fica em círculo, sentado ou em pé. Um aluno fica fora da roda, de costas ou com os olhos vendados, dizendo a frase: “Batata quente, quente, quente... queimou!”. Enquanto isso, os demais vão passando a bola de mão em mão até ouvirem a palavra “queimou”. Quem estiver com a bola quando a palavra queimou for pronunciada, sai da roda. Ganha o último que sobrar. Lembrete: Uma opção é pedir aos alunos para variarem o ritmo com que dizem a frase. Assim, os que estão na roda terão de passar a bola de mão em mão mais rápida ou mais lentamente, acompanhando o ritmo da fala. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 61 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 61 9/16/10 10:30 AM 62 Port1ºAnoPROF.indd 62 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM • P31 Ler parlendas ajustando o falado ao escrito. Boca de forno Agora os alunos têm de fazer tudo o que o mestre mandar. Idade: A partir de 7 anos. Local: Pátio. Participantes: No mínimo três. Como brincar? Um dos alunos é escolhido para representar o mestre. A brincadeira começa com ele dizendo: “Boca de forno”. E os colegas respondem: “Forno”. Ele continua: “Tirando o bolo”. E os demais dizem: “Bolo”. Ele pergunta: “Fareis tudo o que seu mestre mandar?”, e o grupo responde: “Faremos!”. Nesse momento, o mestre dá uma ordem e cada um dos participantes tem de cumpri-la. Ele pode, por exemplo, pedir aos colegas que andem até um determinado ponto e voltem pulando em um pé só ou que busquem algum objeto. O primeiro que chegar se torna o chefe e o último recebe um castigo. Oba, já posso ler! No fim do caderno do aluno (p. 63), encontram-se os versos para a atividade de recorte. Esta é mais uma proposta para que os alunos leiam mesmo antes de saber ler convencionalmente, localizando cada um dos versos que compõem a parlenda para ordená-los. Para localizar cada verso, ajus- LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 63 tando o falado ao escrito, eles precisarão recorrer a seus conhecimentos sobre o valor sonoro convencional das letras, inferindo que verso procurar entre todos os apresentados. Esta pode ser uma situação privilegiada para eles aprenderem sobre a organização interna do gênero parlenda. Para isso, proponha LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO questões enquanto eles procuram encontrar os versos. Pode-se explorar, por exemplo, as palavras repetidas, pedindo-se a eles que ajustem o recitado ao escrito. Ofereça informações e orientações sobre a proposta “ordenação de versos”, ensinando os procedimentos pertinentes – recorte, ordenação e colagem dos versos. 63 9/16/10 10:30 AM correndo dormindo chorando varrendo pulando Converse com os alunos favorecendo que compartilhem os sentidos das imagens: “O que cada criança das ilustrações está fazendo?”. 64 Port1ºAnoPROF.indd 64 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:30 AM Roda de conversa É provável que os alunos queiram assistir ao vídeo mais de uma vez! Permitir que eles o assistam, além de agradá-los, colaborará para que decorem o Tangolomango. Depois, não deixe de ouvir as hipóteses deles sobre o que pode ser Tangolomango. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 65 Oba, já posso ler! Considere a riqueza desse texto para o trabalho com rimas e repetição de estruturas frasais. Ajustar o recitado ao texto lido, além de dar continuidade ao espírito da brincadeira possível no momento em que os alunos assistiram ao vídeo, pode colocá-los diante de algumas questões bastante LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO significativas para reflexão: Palavras que se repetem, sequências de sons iguais; palavras que estão contidas dentro de outras etc. A letra do Tangolomango escrita em um cartaz pode estimular uma discussão calorosa. Considere as demais orientações descritas nas atividades semelhantes já propostas nesta Unidade. 65 9/16/10 10:30 AM Como é bom escrever! A particularidade desta parlenda é o fato de cada par de palavras terminar com o mesmo som, o que permitirá que se analise essa característica comum às palavras que rimam. 66 Port1ºAnoPROF.indd 66 Biscoito Oito Chiclete Sete Brinco Cinco Teatro Quatro Como se trata de uma atividade de escrita, talvez não seja possível problematizar a sequência de letras iguais do fim de cada par de palavras, considerando a hipótese de escrita de cada aluno. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, fazendo perguntas ou estabelecendo relações com conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores (expectativa geral). Selecionamos o tema “animais” para esta Unidade porque encanta e desperta a curiosidade dos alunos. Leia a apresentação da Unidade “Para começo de conversa”, chame a atenção deles para as imagens e pergunte-lhes se conhe- LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 67 cem esses animais, se têm algum em casa e de qual mais gostam. A primeira etapa da atividade 1 é uma roda de conversa que tem por objetivo envolver os alunos preparando-os para o trabalho com o gênero legenda. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO Leia com atenção todas as propostas de atividades (de 1 a 6) para acompanhar a lógica que orienta o trabalho e fazer as alterações que julgar necessárias para adaptá-lo às características de sua turma e ao tempo de que dispõe. 67 9/16/10 10:31 AM • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, fazendo perguntas ou estabelecendo relações com conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores (expectativa geral). Os professores orientadores da sala de leitura e da sala de informática podem providenciar materiais impressos ou eletrônicos que façam referência ao gênero e propor atividades de pesquisa e conversa em suas próprias aulas. Roda de conversa Como ajudar os alunos a diferenciar legendas de outros textos que também acompanham fotos e outras imagens? Proponha uma conversa sobre histórias em quadrinhos para aproximá-los do estudo das legendas. Tenha à mão algumas revistas de HQ. Selecione e marque algumas 68 Port1ºAnoPROF.indd 68 páginas com balões diferentes (que indicam pensamento, fala em tom mais baixo ou mais alto, onomatopeias, símbolos usados quando as personagens estão zangadas etc.) para que os alunos observem e contem o que sabem sobre esses textos. Ouça-os e faça perguntas, fornecendo novas informações para ampliar o conhe- cimento deles. Concentre-se nos balões que indicam pensamento. Oba, já posso ler! Leia um balão de cada vez para que os alunos possam indicar a foto correspondente. Peça que justifiquem a resposta, baseados não apenas na imagem, mas também no texto escrito. Assim, se uma dupla aponta para a ima- CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM gem do cachorro, quando você lê “AGORA TE PEGUEI!!!”, você pode perguntar: “Mas onde está escrita a palavra PEGUEI?”. Se indicarem a palavra certa, questione: “Mas como vocês sabem que essa é a palavra PEGUEI?”. Outra possibilidade é propor essas discussões para a turma, escrevendo na lousa cada expressão encontrada, para LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 69 compartilharem suas estratégias de leitura. Faça perguntas para que eles reflitam sobre o sentido das expressões escritas nos balões, ajudando-os a relacionar texto e imagem: “Onde parece que o cachorro está?”, “Parece que está correndo num campo... Ah... Então será por isso que ele está pensando ‘AGORA TE PEGUEI!!!’?”. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO Conclua, com eles, que esses textos servem para indicar a fala ou o pensamento dos animais: são ficcionais, pois os animais não estão realmente dizendo ou pensando; trata-se de uma brincadeira, de um faz de conta. Destacar esse aspecto os ajudará a diferenciar esses textos dos que vêm a seguir: as legendas. 69 9/16/10 10:31 AM • P15 Relacionar legenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P16 Recuperar informações explícitas. • P17 Estabelecer relação entre imagem (foto, ilustração) e o texto lido em voz alta pelo professor. • P20 Identificar, com a ajuda do professor, possíveis elementos constitutivos de uma legenda: caráter breve do texto. O procedimento adotado para a leitura dos balões deve ser usado para as legendas. Ao lê-las, peça que os alunos indiquem a que foto cada uma delas se refere. Em seguida, peça-lhes que indiquem onde estão as palavras TIGRE e LEÃO-MARINHO, para que se ocupem também do texto e não só da imagem. Escreva as 70 Port1ºAnoPROF.indd 70 duas legendas na lousa e peçalhes que expliquem para os colegas as estratégias usadas para descobrirem a localização das palavras, propiciando assim a reflexão de todos. Aborde tanto o sistema de escrita quanto o sentido que eles precisam construir ao relacionarem foto e legenda. Por exemplo, escreva na lousa: “TIGRE BRINCA EM ZOOLÓGICO DA RÚSSIA”, leia essa legenda para eles apontando o texto e solicite que uma dupla leia o que está escrito, apontando para a escrita como você fez, enquanto os demais fazem a mesma coisa no caderno de atividades. Depois, pergunte-lhes: “O tigre está mesmo brincando?”. “Então vamos CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM • P15 Relacionar legenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P16 Recuperar as informações explícitas • P17 Estabelecer relação entre imagem (foto, ilustração) e o texto lido pelo professor em voz alta. • P20 Identificar, com a ajuda do professor, possíveis elementos constitutivos de uma legenda: caráter breve do texto. ver: se está escrito ‘tigre brinca em zoológico da Rússia’, mostrem onde está escrito ‘tigre’, ou onde está escrito ‘brinca’?”. Favoreça a comparação entre o balão e a legenda para que os alunos elaborem o conceito dos gêneros. Ajude-os a relacionar as legendas que acabaram de ler com os pensamentos e as falas (ficcionais) LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 71 dos animais das primeiras fotos: “Nos textos que acompanham as fotos 4 e 5 os animais também falam?”, “O que esses textos dizem?”, “Eles se parecem com os textos dentro dos balões?”. Favoreça a comparação entre os textos, “E nestes textos, pode-se dizer que o leão-marinho parece estar dormindo de verdade e que o tigre pa- LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO rece estar brincando de verdade?”. Depois dessa conversa, explique que esse texto se chama legenda e que normalmente as legendas acompanham fotos publicadas em jornais, revistas, internet etc. Mostre aos alunos que a legenda registra o fato com um verbo no presente, como dorme, brinca, e não no passado, dormiu, brincou. 71 9/16/10 10:31 AM • P18 Produzir legenda para a foto levando em conta o gênero e seu contexto de produção, ditando-a para o professor ou escrevendo-a de acordo com sua hipótese de escrita. • P19 Revisar a legenda apoiado na leitura feita pelo professor em voz alta. Resposta pessoal Resposta pessoal Como é bom escrever! Nesta atividade recorde, com os alunos, os balões lidos na etapa anterior, relembrando o percurso do grupo para compreender o que representam. Escrever textos sintéticos e com sentido é um grande desafio para eles. Tanto estes, que serão escritos nos 72 Port1ºAnoPROF.indd 72 balões, quanto os das legendas, propostos a seguir. Portanto, é preciso estar atento para que elaborem os sentidos necessários à formulação tanto de um quanto de outro. Se os alunos tiverem dificuldade em relacionar cada uma das imagens a um texto, conte-lhes algumas curiosida- des sobre esses animais. Em cada uma dessas propostas favoreça que os alunos discutam, concordem ou discordem, justificando porque o texto combina ou não com a foto. O essencial nesta atividade é evitar que eles aceitem um texto incoerente ou que acatem o CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM Resposta pessoal que o professor diz sem pensarem sobre a relação entre texto e imagem. Releia as considerações gerais sobre a parceria professor-aluno em atividades de produção na Apresentação deste volume. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 73 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 73 9/16/10 10:31 AM • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, fazendo perguntas ou estabelecendo relações com conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores (expectativa geral). Roda de conversa Para que troquem os conhecimentos adquiridos e suas experiências, proponha aos alunos uma conversa sobre animais, alertando-os para os aspectos 74 Port1ºAnoPROF.indd 74 éticos implicados no tema, como os maus-tratos, a exploração e a exposição, ou, por outro lado, as práticas de adestramento para educar animais domésticos visando ao seu bem-estar. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM Oba, já posso ler! Ainda que você seja o leitor, esta atividade favorece o desenvolvimento de algumas habilidades de leitura, como inferir o assunto de um texto com base em seu título e estabelecer relações entre fotos, ilustrações e corpo do texto. Primeiro leia a manchete e peça para os alunos olharem a foto LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 75 que acompanha o texto, emitindo opinião sobre o que acham que pode estar escrito no texto. Depois de ler a notícia, confirme ou não suas hipóteses iniciais. Em relação ao gênero “notícia”, compartilhe com os alunos alguns aspectos relativos ao contexto de sua produção: De onde essa notícia foi retirada? Quando LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO foi publicada? Por quem? A quem poderia interessar esse tipo de notícia? Se pesquisarmos hoje, no mesmo veículo, encontraremos novas informações sobre esse assunto, ou conseguiremos acessar a mesma notícia? Como? Onde mais podemos encontrar notícias (veículos, suportes)? Como os alunos têm a notícia impressa no 75 9/16/10 10:31 AM caderno de apoio, chame a atenção deles para alguns aspectos de sua organização, como a diferença expressiva entre a apresentação gráfica da manchete em relação ao corpo do texto, por exemplo. Sugira que ajustem o texto da legenda à leitura que você fizer. 76 Port1ºAnoPROF.indd 76 Os comentários que os alunos farão sobre a notícia são o objetivo principal desta atividade. Portanto, mantenha-os envolvidos e atentos desde o início. Embora breve, a notícia é interessante e a foto ajuda a compor seu conteúdo. A próxima etapa da atividade tem dois focos diferentes e igualmente importantes. O primeiro refere-se ao gênero. Para refletir sobre ele com os alunos, explique o enunciado, contextualize-o e justifique a tarefa: encontrar a legenda correta para cada foto. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM • P15 Relacionar legenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P16 Recuperar as informações explícitas. • P17 Estabelecer relação entre imagem (foto, ilustração) e o texto lido pelo professor em voz alta. • P20 Identificar, com a ajuda do professor, possíveis elementos constitutivos de uma legenda: caráter breve do texto. O professor orientador da sala de leitura, o professor orientador de informática educativa e outros professores do primeiro ano podem ajudar, providenciando um pequeno acervo de fotos legendadas em seus suportes originais para ampliar as possibilidades de análise dos alunos. Remeta-se à foto que acompanha a notícia, relendo o texto, enfatizando o trecho que cita o nome dos ratinhos. Retome a notícia e a foto para aproximar os alunos do contexto em que esta aparece, sua função – complemento. Lembre sempre a eles que uma das características da legenda é a concisão. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 77 Para que reflitam sobre o sistema de escrita, leia as três legendas, não na ordem em que aparecem (em relação às fotos) e peça que as identifiquem. Eles podem se orientar pela extensão de cada legenda, pelo número de palavras que as compõem ou procurando o nome dos instrumentos. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 77 9/16/10 10:31 AM • P18 Produzir legenda para a foto considerando o gênero e seu contexto, ditando-a para o professor ou escrevendo-a de acordo com sua hipótese de escrita. • P19 Revisar a legenda apoiado na leitura em voz alta feita pelo professor. Como é bom escrever! Este momento deve favorecer tanto a reflexão sobre as características do gênero quanto sobre o sistema de escrita. Para a foto 1: escrever legenda em dupla. Antes de escreverem, discuta com os alunos o que as imagens comunicam, além de retomar 78 Port1ºAnoPROF.indd 78 algumas características desse gênero, já apresentadas nas atividades anteriores, favorecendo a expressão de suas opiniões e aprendizagens. Em seguida, peça a eles que compartilhem algumas legendas possíveis para as fotos (aquelas que pensaram e pretendem escrever). Defina, antes da atividade de produção de texto em dupla, os papéis: um aluno registra a ideia que a dupla teve e o outro revisa o texto que está sendo escrito (se todas as letras necessárias estão sendo escritas e se são as corretas). Em seguida, quem revisou o texto copia-o em seu caderno de apoio. Destaque a importância de escreverem da melhor forma possí- CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, fazendo perguntas ou estabelecendo relações com conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores (expectativa geral). vel, preocupando-se com quantas e quais letras usar, incentivandoos a se apoiar nos materiais escritos expostos na sala de aula. Acompanhe as duplas, pedindo que leiam o que escreveram. Anote essas ideias para depois recuperar as legendas produzidas. Para a foto 2: produção coletiva de legendas. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 79 Destaque que essa foto é diferente: o ratinho não está com um instrumento musical e sim com uma espécie de carrinho de bebê ou de boneca: “O que parece que ele está fazendo?”, “Parece que está cuidando de um filhote?”, “O que poderia ser escrito?”. Ouça as propostas dos alunos e registre-as na lousa, lendo cada LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO uma delas. Em seguida, proponha que elejam as mais representativas e escolham a legenda mais adequada à foto, copiando-a. Compare as legendas produzidas nesta atividade com as anteriores (ausência de artigos, verbo no presente etc.). 79 9/16/10 10:31 AM • P21 Comentar notícias estabelecendo relações com conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Conforme proposto na atividade 2, leia primeiro a manchete e peça aos alunos que observem a foto que acompanha o texto, para tentar inferir seu conteúdo, estabelecendo relações possíveis entre título e imagem. Depois discuta com os alunos suas ca- 80 Port1ºAnoPROF.indd 80 racterísticas gráficas (o destaque da manchete, em letras maiores, em relação ao restante do texto, uma legenda logo abaixo da foto, além de referências a quem escreveu a notícia ou tirou as fotos, entre outros). Você poderá ajudá-los perguntando: “Como será que o besouro foi parar dentro da mala?”, “Será que em São Paulo podemos encontrar besouros grandes assim?”, “Quanto deve ser 14 cm; o quê é mais ou menos desse tamanho?”, “O que você faria se encontrasse um besouro desse tamanho em sua mochila?”. Compa- CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM • P15 Relacionar a legenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P16 Recuperar informações explícitas. • P17 Estabelecer relação entre imagem (foto, ilustração) e o texto lido em voz alta pelo professor. • P20 Identificar, com a ajuda do professor, possíveis elementos constitutivos de uma legenda: caráter breve do texto. re esse besouro gigante com um comum, contando, por exemplo, que as joaninhas são uma espécie de besouros bem pequenos. Quanto maior o envolvimento dos alunos nessa conversa, mais preparados estarão para desenvolver as próximas atividades de leitura e escrita de legendas. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 81 Oba, já posso ler! Nesta atividade, considere o que os alunos já aprenderam sobre legendas. O que pode ser feito para ampliar esse conhecimento? Como favorecer a construção de sentidos nesta leitura, relacionando-a com as atividades anteriores? Primeiro, peça que os LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO alunos observem as fotos e identifiquem as imagens. Em seguida, leia a manchete, comente-a e peça que discutam o assunto. Esclareça o significado da expressão área urbana. Solicite que leiam mesmo sem saber ler convencionalmente. (Considere válidos todos os co- 81 9/16/10 10:31 AM • P18 Produzir legenda para a foto levando em conta o gênero e o contexto de sua produção, ditá-la para o professor ou escrevê-la de acordo com a hipótese de escrita do aluno. • P19 Revisar a legenda apoiado na leitura em voz alta feita pelo professor. Humanos e macacos convivem em harmonia. Macacos brincam em plena rodovia, ignorando o tráfego de veículos. mentários sobre agrupamentos descritos na Apresentação deste volume.) Com os alunos divididos em grupos, mostre-lhes que no quadro estão as duas legendas que devem ser copiadas junto às fotos. Antes, porém, eles devem tentar descobrir a que foto pertence cada legenda. Ajude-os 82 Port1ºAnoPROF.indd 82 sugerindo que procurem algumas palavras. Ex.: macaco, rodovia, veículos. Quando as encontrarem, peça que justifiquem suas escolhas. Em seguida, leia as duas legendas, ou copie-as na lousa, e pergunte para toda a turma qual deve ser escrita junto a cada foto. Como é bom escrever! Depois de relembrar aos alunos que uma característica da legenda é a concisão, ofereça modelos para sua produção. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 83 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 83 9/16/10 10:31 AM • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, fazendo perguntas ou estabelecendo relações com conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores (expectativa geral). Roda de conversa Considere as orientações nas notas de Apresentação deste volume para as atividades de intercâmbio oral. Primeiro, pergunte aos alunos o que eles e sua família fazem para se refrescar quando estão com muito calor (lembre a eles os cuidados neces- 84 Port1ºAnoPROF.indd 84 sários no verão, como usar roupas leves, tomar bastante água e refrescos, consumir frutas com bastante água, como melancia e melão, precaver-se quando vão brincar em lagos, piscinas e no mar). Em seguida, pergunte se eles já tinham pensando que os animais também sentem calor e, se tiverem algum animal em casa, como os ajudam a se refrescar em dias muito quentes. Favoreça que comentem as fotos apresentadas, para se envolverem com o tema da notícia e preparando-os para a próxima leitura. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM • P15 Relacionar a legenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P17 Estabelecer relação entre imagem (foto, ilustração) e o texto lido em voz alta pelo professor. • P21 Comentar notícias estabelecendo relações com conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Uma parceria com a POIE pode enriquecer muito a leitura de notícias, uma vez que, além de compartilharem a leitura no caderno de apoio, poderão compartilhá-la também no próprio veículo onde foram originalmente publicadas. Oba, já posso ler! Para esta leitura, mantenha os encaminhamentos adotados nas propostas anteriores. A cada nova leitura e novo contato com o texto escrito da notícia os alunos se familiarizam com as carac- LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 85 terísticas desse gênero. A compreensão e a possibilidade de se posicionarem diante do fato noticiado devem ter sido garantidas pela roda de conversa anterior. Como as fotos colaboram muito para que elaborem os sentidos LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO do texto, brinque um pouco com a ideia de parecer que os ursos estão tomando sorvete de frutas, por exemplo, ou de parecer que se divertem com o gelo. 85 9/16/10 10:31 AM • P15 Relacionar a legenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P16 Recuperar informações explícitas. • P17 Estabelecer relação entre imagem (foto, ilustração) e o texto lido em voz alta pelo professor. • P20 Identificar, com a ajuda do professor, possíveis elementos constitutivos de uma legenda: caráter breve do texto. X X Agora, o que precisa ser trabalhado com os alunos, nesta etapa da atividade, é a qualidade da legenda que vão escolher, considerando sua função complementar. Assim, é possível discutir com eles qual é a legenda mais adequada ao contexto da notícia: alta temperatura, calor, sede, solução para essa situação. Considere também 86 Port1ºAnoPROF.indd 86 que para cada foto há dois tipos distintos de legendas: duas legendas que informam exatamente o que se vê na foto, e uma terceira que complementa a imagem, porque explica a razão desta. É justamente essa diferença que qualifica uma legenda em relação à outra. Para a leitura dos alunos, escre- va na lousa as seis legendas e leia-as alternadamente, ora uma sobre o urso polar, ora uma sobre o panda, convidando os alunos, em duplas ou trios, a mostrarem onde estão escritas (tanto as legendas quanto uma ou outra palavra que as compõem) sempre ajustando, mostrando e justificando suas opções. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM • P17 Estabelecer relação entre imagem (foto, ilustração) e o texto lido em voz alta pelo professor. • P21 Comentar notícias estabelecendo relações com conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. No acervo da sala de leitura, por exemplo, há materiais que podem ampliar o conhecimento deles, colaborando para a construção de sentido nesta leitura. Roda de conversa Considere, para a leitura desta notícia, as orientações anteriores. Sugerimos as seguintes perguntas: “Quem já viu uma rã ou um sapo?”, “Alguém sabe o que LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 87 um biólogo faz?”, “Quem são os detetives da natureza?”, “Onde sapos e rãs vivem?”, “Alguém sabe de que tamanho é, mais ou menos, um sapo ou uma rã?”. Para que os alunos compreendam a curiosi- LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO dade dessa notícia é preciso que considerem o quão minúscula é a rã encontrada. Permitir que comparem rãs e sapos de tamanho normal contribuirá para se envolverem com essa notícia. 87 9/16/10 10:31 AM • P15 Relacionar a legenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P17 Estabelecer relação entre a imagem (foto, ilustração) e o texto lido pelo professor em voz alta. • P20 Identificar, com a ajuda do professor, possíveis elementos constitutivos de uma legenda: caráter breve do texto. Oba, já posso ler! A análise das relações entre as duas fotos e suas respectivas legendas deve concentrar-se na concisão do texto e sua coerência com a informação contida na 88 Port1ºAnoPROF.indd 88 imagem. Relembre aos alunos algumas informações da notícia, para que eles possam fazer sua avaliação e propor ou não alterações. Considere que nesse momento eles já tiveram várias oportunidades de ler, analisar e escrever legendas. Retome, sempre que necessário, as leituras e as atividades de escrita já realizadas. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM • P18 Produzir legenda para foto levando em conta o gênero e seu contexto de produção, ditando-a para o professor ou escrevendo-a de acordo com sua hipótese de escrita. • P19 Revisar a legenda apoiado na leitura em voz alta feita pelo professor. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 89 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 89 9/16/10 10:31 AM • P15 Relacionar a legenda à situação comunicativa e ao suporte em que circula. • P17 Relacionar a imagem (foto, ilustração) e o texto lido pelo professor em voz alta • P20 Identificar, com a ajuda do professor, possíveis elementos constitutivos de uma legenda: caráter breve do texto. Acesse, em parceria com o professor orientador de informática educativa, sites que tragam fotos de bichos, para contextualizar a atividade e enriquecê-la. O objetivo desta atividade é oferecer mais modelos e mais oportunidades de leitura e de produção de legendas. Você pode distribuir a leitura e a produção escrita de novas legendas para 90 Port1ºAnoPROF.indd 90 estas fotos em dias diversos, conforme seu planejamento, e também como forma de avaliar o conhecimento que os alunos construíram sobre esse gênero. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 91 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 91 9/16/10 10:31 AM 92 Port1ºAnoPROF.indd 92 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 93 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 93 9/16/10 10:31 AM 94 Port1ºAnoPROF.indd 94 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 95 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 95 9/16/10 10:31 AM 96 Port1ºAnoPROF.indd 96 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoPROF.indd 97 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 97 9/16/10 10:31 AM 98 Port1ºAnoPROF.indd 98 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:31 AM 2o semestre Port1ºAnoParte2PROF.indd 99 9/16/10 10:42 AM Port1ºAnoParte2PROF.indd 100 9/16/10 10:42 AM • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, formulando perguntas ou estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Depois de ler a apresentação da Unidade para os alunos, converse com eles sobre contos de repetição e dê exemplos, como “Dona Baratinha”, “Os três porquinhos” etc. Caso tenha feito a leitura de alguns deles com sua turma, é um bom momento para citá-los e mesmo mostrar os livros já lidos, listando-os em um cartaz. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 101 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 101 9/16/10 10:42 AM • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, formulando perguntas ou estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Você sabia que? “O trigo (Triticum spp.) é uma gramínea que é cultivada em todo o mundo. Globalmente, é a segunda maior cultura de cereais, depois do milho; a terceira é o arroz. O grão de trigo é um alimento básico usado para fazer farinha e, com esta, o pão, na alimentação dos animais domésticos e como um ingrediente na fabricação de cerveja.” Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Trigo>. “O pão é um alimento elaborado com farinha, geralmente de trigo ou outro cereal, água e sal, formando uma massa com uma consistência elástica que permite dar-lhe várias formas.” Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A3o>. “Apesar do nome, nosso pãozinho francês, com cerca de 50 gramas de peso, crosta estaladiça e miolo flexível, só existe no Brasil.” LOPES, Dias. A saga do pãozinho francês. Estadao.com.br, 14 maio 2009. Roda de conversa O principal objetivo dessa primeira roda de conversa é ajudar os alunos a construir sentidos para a leitura do conto “A galinha ruiva”, proposta a seguir. A ideia é, com a observação das fotos, articular os conhecimentos do grupo sobre de que e como é feito o pãozinho, intercalando suas falas à leitura 102 Port1ºAnoParte2PROF.indd 102 de algumas curiosidades e outros comentários seus que puderem alimentar a discussão, de modo a explicitar o percurso do plantio do trigo até a produção do pão. Embora não seja essencial, mostrar grãos de trigo e a respectiva farinha aos alunos enriquecerá o momento. Mesmo a experiência com o plantio de grãos em potes descar- táveis (de iogurte, por exemplo) pode mobilizar de forma positiva seu grupo, que observará, em quatro ou cinco dias, a germinação e, em pouco mais de uma semana, a transformação em gramínea. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:42 AM • P22 Relacionar conto de repetição à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P24 Ler contos de repetição, ajustando o falado ao escrito ou apoiando-se na ilustração. • P27 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna de um conto de repetição: repetição de sequências, localizando os elementos que variam e os que permanecem. • P28 Ouvir com atenção contos de repetição lidos ou contados, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Oba, já posso ler! Faça uma primeira leitura da história, na íntegra, preferencialmente em seu portador original (muitos livros que trazem esse conto podem estar disponíveis na sala de leitura de sua escola; a diversidade de portadores permitirá a explicitação e uma proposta de comparação entre as diferentes LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 103 formas gráficas de apresentação do conto, e suas intervenções poderão mobilizar a curiosidade e o interesse dos alunos tanto pela história como pelas características do gênero). Em seguida, convide os alunos a ler, acompanhando o texto em seus livros. Chame sua atenção para a relação entre o texto e as LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO ilustrações, levando-os a apoiar-se nas duas linguagens (verbal e não verbal) para produzir uma leitura mais autônoma. É importante também “modelizar” a leitura (de ajuste do falado ao escrito, possível pela presença de imagens ao lado do texto) e aproveitar esse e os outros contos aqui propostos para que alguns alunos leiam para 103 9/16/10 10:42 AM outros (preferencialmente de outras turmas). Durante a leitura de ajuste, peça que apontem, em seus textos, os trechos que se repetem (a pergunta da galinha, a resposta dos animais, o nome de cada personagem...), o que promoverá mais uma aproximação com a organização interna do gênero, agora 104 Port1ºAnoParte2PROF.indd 104 nesse suporte que terão sempre à mão, uma vez que o caderno de apoio os acompanhará por todo o semestre. Situações de leitura como essa, em que um texto aparece relacionado a imagens e permite que os alunos infiram o que pode estar escrito ao lado de cada ilustração, podem favorecer, ainda, o traba- lho com o sistema alfabético de escrita. À medida que os alunos inferem e leem algumas palavras do texto, solicite que apontem e digam o nome da letra com a qual iniciam, por exemplo. Outra opção é consultar a lista de nomes dos colegas da classe e indicar quais deles começam com as mesmas letras. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:42 AM Após a leitura, proponha uma roda de apreciação: “O que acharam da história?”, “É parecida com outras já lidas pelo professor?”, “Quais?”, “Por que será que o autor usa esse jeito de escrever?”, “Os trechos que se repetem ajudam a relembrar a história?”, “É divertido ler textos como esse?” LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 105 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 105 9/16/10 10:42 AM • P39 Reconhecer e nomear as letras do alfabeto. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P43 Escrever, controlando a produção pela hipótese silábica, com ou sem valor sonoro convencional. G Resposta pessoal ou combinada com o grupo Galinha Gato Como é bom escrever! Agrupe alunos com conhecimentos próximos sobre o valor sonoro convencional das letras. É importante realizar uma primeira escrita com toda a turma. Reproduza o quadro com o alfabeto e um dos desenhos na lousa, o da galinha, por exemplo. Chame uma ou mais duplas para que escrevam a pala- 106 Port1ºAnoParte2PROF.indd 106 vra abaixo do desenho feito por você e, depois, localizem sua letra inicial no quadro, circulando-a. Essa primeira escrita deve ser realizada com a ajuda de todo o grupo: buscando pistas em materiais escritos expostos na sala (principalmente a lista de nomes dos alunos), recitando o alfabeto para encontrar a letra que se procura, comparando escritas diferentes, propondo a escrita de outras palavras que começam com a mesma letra... Ainda que possa parecer muito simples, é provável que os alunos não saibam o que fazer diante do quadro do alfabeto. Grifar, marcar, circular, pintar, contornar, destacar e outros verbos muitas vezes usados para CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:42 AM P Resposta pessoal ou combinada com o grupo Porco Peru orientar para que “se coloque em evidência” uma letra, palavra ou trecho em um texto ou quadro, ou mesmo em um conjunto de respostas a uma questão de prova, são, em geral, desconhecidos pelos alunos; portanto, aproveite para ler a instrução da atividade e discuti-la com o grupo, deixando claro o que se deve fazer e o que LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 107 significam algumas palavras que fazem parte dessa instrução. Proponha também questões referentes não apenas à escrita dos nomes das personagens do conto, mas, principalmente, à escrita de outros nomes que começam com a mesma letra. No caso da letra G, por exemplo, há animais como GIRAFA, cuja sílaba inicial diferen- LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO cia-se bastante do som das sílabas iniciais das palavras GALINHA e GATO. Isso pode gerar uma boa discussão com o grupo se houver alunos com nomes como Gabriel e Gisele, cujas escritas poderão ser consultadas na lista de nomes da classe e comparadas às escritas produzidas por eles. 107 9/16/10 10:42 AM • P27 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna de um conto de repetição: repetição de sequências, localizando os elementos que variam e os que permanecem. • P28 Ouvir com atenção contos de repetição lidos ou contados, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P29 Recontar contos de repetição, apropriando-se das características do texto-fonte. C Resposta pessoal ou combinada com o grupo Cachorro Depois da apreciação do vídeo, seria interessante também propor à turma a realização de um jogral, com cada grupo de alunos fazendo uma personagem e você, o narrador. Garanta ao máximo o tom lúdico durante essa atividade. Os alunos poderão aprender muito, mesmo brincando. Roda de conversa É provável que os alunos não recuperem de memória, sozinhos, toda a sequência de episódios do conto “A galinha ruiva”. Intervenha sempre que demonstrarem dificuldade em lembrar algum trecho, deixando claro que todos podem ajudar na recontagem, de modo a favorecer o comprometi- 108 Port1ºAnoParte2PROF.indd 108 mento do grupo com a atividade. Embora se trate de uma roda de conversa, após as primeiras tentativas de recontagem, potencializa-se uma excelente situação de leitura, de consulta ao texto no livro, para que, apoiados nas ilustrações, recuperem os episódios que tenham esquecido. Cria-se, com isso, uma finalidade para essa leitura pelos próprios alunos, mobilizados pela necessidade de recuperar tais episódios. Em seguida, a exibição do vídeo trará outra possibilidade de interlocução entre eles e novo sentido para uma reflexão sobre a principal característica do gênero: a repetição de palavras, frases ou sequências inteiras da história. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:42 AM • P28 Ouvir com atenção contos de repetição lidos ou contados, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. A leitura da história deve ser feita no próprio livro (há exemplares disponíveis na sala de leitura de sua escola). Consulte as páginas 17 e 18 do livro do professor, que contêm orientações sobre como organizar agrupamentos para atividades de leitura. Oba, já posso ler! Leia o conto para os alunos, compartilhando com eles as ilustrações. Depois, faça outra leitura, propondo uma roda de apreciação e comparação entre os contos “A galinha ruiva” e “A galinha xadrez”. Inclua questões sobre o jeito diferente de os dois autores escreverem, chamando a atenção LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 109 tanto para o conteúdo temático como para a organização dos textos – uma história está organizada na estrutura de repetição e a outra, em versos, com rimas. Faça outras comparações entre os dois textos e/ou entre outros contos tradicionais, como “Cinderela” e “A bela adormecida”: “Em que são iguais ou diferentes?”, “Qual é LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO mais fácil de recontar? Por quê?”. A questão 2 propõe a leitura pelos próprios alunos. Inicie revendo com eles os nomes das personagens. Em seguida, peça que liguem cada nome à respectiva ilustração. Por fim, leia desordenadamente cada expressão e solicite que as localizem e as liguem aos nomes. 109 9/16/10 10:42 AM Consulte a página 19 do livro do professor, que contém orientações sobre como organizar agrupamentos para atividades de escrita. Resposta pessoal ou combinada com o grupo Como é bom escrever! É importante, antes da escrita, analisar a ilustração com os alunos, fazendo um levantamento de quais ingredientes nela aparecem. Quanto a como encaminhar momentos compartilhados de escrita de algumas palavras, leve em conta as orientações expressas em atividades anteriores. 110 Port1ºAnoParte2PROF.indd 110 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P27 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna de um conto de repetição: repetição de sequências, localizando os elementos que variam e os que permanecem. • P28 Ouvir com atenção contos de repetição lidos ou contados, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, formulando perguntas ou estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. Roda de conversa O tema dessa conversa não deve trazer dificuldades para o grupo. Para favorecer a interlocução e organizar as falas, sugira que falem, primeiro, sobre festas de aniversário, por exemplo, ou sobre uma festa da qual todos participaram, como uma festa junina na escola. Pergunte: “Costuma tocar música LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 111 nesse tipo de festa?”, “Que alimentos são servidos?”, “As pessoas se arrumam melhor quando vão a festas?”, “Vocês já foram a uma festa à fantasia?”, “Como foram fantasiados?”, “Como deve ser uma festa assim?”. Oba, já posso ler! Na questão 1, faça a leitura do conto na íntegra, em seu original LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO (há livros disponíveis na sala de leitura de sua escola), mostrando as ilustrações à turma. Altere a entonação da voz à medida que os convidados vão entrando na trama, propondo aos alunos que repitam o nome em cada convite. Pergunte a que tipo de festa se refere a história e se sabem quem faz o primeiro convite. Em segui- 111 9/16/10 10:43 AM Respostas da dupla da, leia o conto mais uma vez, agora chamando a atenção para o fato de haver sempre uma ilustração relacionada ao trecho escrito: cada vez que se faz um convite, lá está a imagem do convidado, que responde e condiciona sua participação na festa a um novo convite, cujo convidado aparece na página seguinte, repetindo-se, assim, 112 Port1ºAnoParte2PROF.indd 112 a mesma estrutura da ilustração relacionada à frase do convite e o agradecimento condicionado a um novo convite, levando a outra página com a imagem do novo convidado. Peça que observem, também, a recorrência dessa estrutura repetitiva no texto escrito, que vai ligando um convidado ao outro – alguém convida a bruxa (BRUXA, BRUXA), que quer convidar o gato (GATO, GATO), que quer convidar o espantalho (ESPANTALHO, ESPANTALHO) etc. –, e que os nomes das personagens aparecem sempre três vezes, em duas páginas diferentes. Leve em conta que não se sugere uma análise exaustiva/expositiva do conto e de todas as suas características. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM Toda essa leitura e análise só farão sentido se houver intensa e entusiasmada participação do grupo. Na questão 2, o objetivo é que repitam, com os nomes dos amigos, a estrutura do texto, já discutida com eles. Providencie cópias da lista de nomes dos alunos da classe para que cada um cole-a no livro. A lista pode estar dividida LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 113 em meninos e meninas para ajudar aqueles que têm dificuldade em localizar os nomes escolhidos em uma lista muito longa. No entanto, se a proposta lhe parecer pouco desafiadora pelo fato de seus alunos já conhecerem muitos nomes da lista, adapte-a, pedindo, por exemplo, que eles mesmos separem meninos e meninas de uma LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO lista única ou que apenas localizem em uma lista única os nomes escolhidos. Em seguida, reproduza na lousa uma sequência completa, idêntica à que os alunos terão de preencher (_________, _________, POR FAVOR, VENHA A MINHA FESTA...) e convide uma dupla para completá-la. Peça que consultem 113 9/16/10 10:43 AM • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P43 Escrever, controlando a produção pela hipótese silábica, com ou sem valor sonoro convencional. Siga orientações anteriores sobre a possibilidade de a escrita de algumas duplas ser problematizada na lousa, com toda a classe. Consulte a página 19 do livro do professor, que contém orientações sobre como organizar agrupamentos para atividades de escrita. Resposta da dupla Resposta pessoal a lista dos nomes da turma para localizar o nome de seu convidado, que retomem a estrutura do conto, que repete duas vezes o nome do convidado, que perguntem (ou não) a seu convidado, já grifado, se quer ir à festa e a quem a aceitação do convite está condicionada. Enfim, garanta a 114 Port1ºAnoParte2PROF.indd 114 manutenção do tom de brincadeira e, ao mesmo tempo, a reflexão sobre a estrutura do conto (partes que se repetem e partes que mudam dentro de uma sequência, por exemplo). Como é bom escrever! Na primeira coluna do quadro, os alunos copiam, mais uma vez, os nomes de seus convidados. Antes de pedir que escrevam os nomes das fantasias, deixe que conversem um pouco sobre o assunto, analisando as ilustrações. Diga que devem escolher, também, a própria fantasia com a qual iriam à festa e mostre-lhes o local para escreverem o nome dela. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P53 Participar de situações de intercâmbio oral, formulando perguntas ou estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P57 Cantar cantigas de roda. • P59 Ouvir cantigas e memorizá-las para poder cantar. Roda de conversa A proposta dessa conversa é fazer, com a turma, um levantamento de cantigas conhecidas que apresentam versos e/ou palavras que se repetem, favorecendo a comparação entre a estrutura destas e a do conto de repetição, ou seja, as semelhanças e diferenças entre os dois gêneros. Pergunte aos alunos LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 115 se algumas das músicas cantadas também contam histórias como o conto “A galinha ruiva” ou se apenas repetem trechos que tornam a cantoria divertida e a letra fácil de aprender. Sugerem-se duas cantigas para brincar em roda (“Seu lobo” e “Lá no arco da aliança”) e um poema (“Brincando de não me olhe”), que, caso não sejam LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO conhecidos, devem ser lidos e/ou recitados mais de uma vez. Chame a atenção para a disposição gráfica dos textos e, consequentemente, para sua organização interna, que traz sequências que se repetem, como nos contos, embora não possam ser chamados de contos de repetição, e sim de poemas, cantigas ou outros nomes. 115 9/16/10 10:43 AM Oba, já posso ler! Os alunos farão a leitura do poema e de uma das cantigas para brincadeira que você leu na roda de conversa. É importante “modelizar” essa leitura de ajuste. Para isso, produza cartazes com os textos e fixe-os na lousa. Convide alguns alunos para lerem com você e a turma, verso a verso, en- 116 Port1ºAnoParte2PROF.indd 116 quanto cantam ou recitam. Caso esse seja o primeiro contato deles com o poema, apoie-os no processo de memorização. Uma boa dica é chamar a atenção para as rimas do poema “Brincando de não me olhe”, pedindo que completem o segundo verso de cada estrofe – “Não me olhe de lado / que não sou...” –, bem como experimen- tar outras palavras que poderiam substituir a última do segundo verso, como “gelado”, “falado”, “colado”. Repita essa fórmula com as outras estrofes, enquanto o grupo mantiver o entusiasmo. Para a cantiga “Seu lobo”, que repete muitas vezes a mesma estrutura, o que ficará por conta da memorização é a sequência de CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM ações do lobo até que termine de se arrumar, o que será possível relembrando com a turma a brincadeira proposta anteriormente. Essa situação de leitura pode favorecer mais uma vez a reflexão dos alunos sobre a estrutura repetitiva dos textos, salientando que estes não contam histórias (não são contos), mas brincam com a LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 117 repetição das palavras e por isso podem se tornar divertidos passatempos. Quanto ao sistema alfabético de escrita, também a comparação de palavras ou sequências de frases que se repetem pode desencadear boas situações de análise. Por exemplo: evidencie para os alunos que as palavras que se repetem têm as mesmas sequên- LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO cias de letras, que a sequência de palavras dentro de uma frase se mantém quando esta é repetida, que há espaços regulares entre as palavras em uma frase que se repete, entre outras possibilidades (não os informando, mas criando um espaço de reflexão por meio de questões que os façam olhar para o texto e pensar sobre ele). 117 9/16/10 10:43 AM cozinheiras cozinheiras cavaleiros cavaleiros Como é bom escrever! Essa atividade se articula com a roda de conversa inicial, proposta neste dia. Antes de os alunos completarem os textos, leia-os com eles, um de cada vez, 118 Port1ºAnoParte2PROF.indd 118 pedindo que observem as imagens e completem as lacunas. Leve em conta orientações anteriores sobre parcerias e escrita de algumas duplas que podem ser problematizadas na lousa, com toda a turma. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM Respostas combinadas com o grupo Roda de conversa A proposta para a última roda de conversa é retomar parte das discussões, análises e reflexões sobre os contos de repetição. Aproveite o que disserem para aprofundar seus conhecimentos. Leia para eles uma lista de títulos de contos tradicionais, lendas e LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 119 outros contos (que não de repetição) e observe os comentários que fazem, retomando a questão de os contos de repetição serem de histórias que trazem partes que se repetem. É preciso lembrar essa característica ao professor orientador da sala de leitura, para que ele ajude a selecionar alguns tí- LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO • P22 Relacionar conto de repetição à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P27 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna de um conto de repetição: repetição de sequências, localizando os elementos que variam e os que permanecem. tulos. Dependendo da conversa, você pode fazer outra exibição do vídeo da Turma do Cocoricó, retomando as partes que possam ajudá-los a agregar informações às que já têm, para explicar o que querem pesquisar. Depois, é só ir até a sala de leitura e promover toda a situação planejada. 119 9/16/10 10:43 AM • P24 Ler contos de repetição, ajustando o falado ao escrito ou apoiando-se na ilustração. • P28 Ouvir com atenção contos de repetição lidos ou contados, estabelecendo conexões com os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). Oba, já posso ler! O encaminhamento da leitura desse conto assemelha-se aos realizados anteriormente. Chame a atenção dos alunos para a estrutura repetitiva e para as possíveis relações entre texto e imagem, objetivando sempre 120 Port1ºAnoParte2PROF.indd 120 que tais discussões e reflexões favoreçam, mais que o aprendizado sobre o gênero, a possibilidade de os alunos, apoiados no conhecimento das características da organização interna dos textos, se arriscarem a lê-los autonomamente. Como é bom escrever! Essa é uma atividade de cópia, com a finalidade expressa na instrução: emprestar livros para ler em casa com a família ou para serem lidos por você ou pelo professor orientador da sala de leitura nas próximas aulas. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P1 Relacionar o bilhete à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. Antes de ler a apresentação da Unidade, peça aos alunos que observem as imagens e comentem o que estão vendo. Provavelmente dirão o nome dos objetos. Chame sua atenção para os bilhetes colados na geladeira, no espelho e no LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 121 guarda-roupa. Você pode perguntar se, na casa deles, as pessoas costumam deixar bilhetes umas para as outras e sobre o quê. Em seguida, leia os bilhetes da ilustração e pergunte por que essas crianças os escreveram. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 121 9/16/10 10:43 AM • P1 Relacionar o bilhete à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P2 Recuperar informações explícitas. • P2 Ler textos ajustando o falado ao escrito ou apoiando-se na ilustração (expectativa geral de leitura). • P5 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna do bilhete: data, horário, nome do destinatário, fórmula de entrada, corpo do texto, fórmula de despedida, indicação de remetente. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). Ter um modelo do bilhete ampliado em um cartaz ou na lousa permitirá que seus elementos fiquem mais evidentes e sejam mais bem discutidos. Roda de conversa Peça aos alunos que consultem agendas ou cadernos para rememorarem bilhetes que já circularam na sala de aula. É provável que contenham pistas que lhes permitirão recuperar o que está escrito (desenhos, por exemplo). 122 Port1ºAnoParte2PROF.indd 122 Oba, já posso ler! Leia a instrução da questão 1. Depois, leia o bilhete e peça que respondam à pergunta proposta. Na sequência, destaque, de forma breve, os elementos constitutivos do bilhete, chamando a atenção, por exemplo, para o nome da pessoa para quem ele foi escrito e o de quem o escreveu, bem como para o corpo do texto, com a presença da quadrinha. É importante que os alunos estejam com o livro aberto, acompanhando todo esse movimento de análise. Na questão 2, para a leitura da quadrinha, consulte as orientações propostas nas páginas 17 e 18 do livro do professor.. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P1 Relacionar o bilhete à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P3 Produzir bilhete, levando em conta o gênero e o seu contexto de produção, ditando-o ao professor. • P4 Revisar o bilhete apoiado na leitura em voz alta do professor. • P5 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna do bilhete: data, horário, nome do destinatário, fórmula de despedida, indicação de remetente. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P41 Conhecer as representações das letras do alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). Como é bom escrever! Converse com os alunos sobre a finalidade desse bilhete, levando em conta não apenas as ideias sobre o que escrever, mas como deve ser escrito. É importante chamar a atenção para a organização interna do gênero bilhete: um texto curto, em que é necessário colocar o nome do desti- LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 123 natário, a fórmula de saudação, o assunto, a despedida, o remetente e a data. Como a proposta é que eles copiem o bilhete que ditaram, depois de revisado, alguns procedimentos podem ajudar, como definir, parte a parte, o que deve ser copiado. As quadrinhas trazidas pelos alunos podem ser: LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO • compartilhadas em rodas de recitação; • transcritas por você em cartazes, fixados na sala de aula para consulta durante atividades de produção escrita; • digitadas e reproduzidas, para que todos os alunos tenham cópias das quadrinhas trazidas pelos colegas. 123 9/16/10 10:43 AM • P1 Relacionar o bilhete à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P2 Recuperar informações explícitas. • P5 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna do bilhete: data, horário, nome do destinatário, fórmula de entrada, corpo do texto, fórmula de despedida, indicação de remetente. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). Roda de conversa Embora o conto seja bastante conhecido, leia-o antes de iniciar essa atividade. Se ainda os alunos demonstrarem dificuldade em recuperar os episódios seguintes, ajude-os, propondo questões que os levem a retomar as tentativas de trapaça do lobo. O importante é manter os alunos atentos e 124 Port1ºAnoParte2PROF.indd 124 envolvidos com a discussão, uma vez que o clima criado durante essa primeira etapa da atividade favorecerá o contexto de leitura e escrita das etapas seguintes. Oba, já posso ler! Após uma primeira leitura do bilhete e a conversa sobre as três questões propostas, passe a analisar elementos de sua organização interna, considerando o contexto em que foi produzido: “Como foi que o lobo iniciou o bilhete?”, “Por que o lobo escreveu QUERIDOS, para os porquinhos, se só queria mesmo era comê-los?”, “E para se despedir, o que escreveu?”, “Por que se despediu dessa forma?”, “Onde estão escritas as palavras ABRAÇO e AMIGO?”. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P1 Relacionar o bilhete à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P3 Produzir bilhete, levando em conta o gêneroe o seu contexto de produção, ditando-o ao professor. • P4 Revisar o bilhete apoiado na leitura em voz alta do professor. • P5 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna do bilhete: data, horário, nome do destinatário, fórmula de entrada, corpo do texto, fórmula de despedida, indicação de remetente. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). Consulte a página 19 do livro do professor, que contém importantes orientações sobre agrupamentos em atividades de produção escrita. Como é bom escrever! Desde a primeira atividade, os alunos têm tido a oportunidade de ler e escrever bilhetes, apoiados em sua leitura. No entanto, mesmo que a proposta consista em que escrevam de maneira mais autônoma, ainda precisarão de sua intervenção: deixe muito clara a proposta – escrever para LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 125 o lobo, como se fossem os porquinhos –, ajudando-os a levantar possibilidades de resposta que se ajustem ao propósito dessa escrita (será que os porquinhos poderiam escrever, fazendo de conta que aceitariam o convite?); cuide para que os agrupamentos sejam produtivos e para que as duplas possam consultar materiais escri- LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO tos, referentes ou não às atividades anteriores sobre o gênero; circule entre as duplas, sugerindo que releiam as partes já escritas, questionando-as sobre elementos do bilhete que estejam faltando... Pode ser produtivo escolher um bom modelo de bilhete, escrito por uma das duplas, e propor uma revisão com toda a classe. 125 9/16/10 10:43 AM • P1 Relacionar o bilhete à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P2 Recuperar informações explícitas. • P5 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna do bilhete: data, horário, nome do destinatário, fórmula de entrada, corpo do texto, fórmula de despedida, indicação de remetente. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. Roda de conversa Antes da exibição do vídeo, leia a instrução para os alunos, deixando que troquem algumas opiniões sobre a possível causa da confusão. Caso antecipem questões relativas ao bilhete que coincidam com o ocorrido na história, evite confirmar suas hipóteses, mantendo o suspense. Importante: 126 Port1ºAnoParte2PROF.indd 126 ainda não chame a atenção para o bilhete presente na ilustração. Depois de assistirem ao episódio, retome a conversa, confirmando ou não as colocações anteriores, problematizando cada elemento do bilhete e sua importância para a garantia da comunicação. Nesse momento, o próprio bilhete que aparece na ilustração pode ser analisado pelos alunos. Oba, já posso ler! A localização dos elementos (para quem é o bilhete, quando ele foi escrito e quem o escreveu) será mediada por sua leitura e dicas. Discuta a finalidade dos bilhetes, por meio da pergunta que aparece CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM logo abaixo de cada um deles. Peça aos alunos que os leiam novamente para relembrar o que dizem, verificando onde e como está escrita cada mensagem. Nesse momento, você pode convidar aqueles que já dominam a escrita alfabética e demonstram desprendimento para reler os bilhetes em voz alta, nos cartazes ou na lousa, com- LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 127 partilhando seus procedimentos e apontando com o dedo os trechos que estão lendo para os colegas. Como é bom escrever! O conjunto das três propostas dessa atividade visa a favorecer a análise e a reflexão sobre a organização interna de um bilhete com base no contexto de sua produção (Qual a finalidade da escrita do LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO bilhete? Para quem foi escrito? Por quem? Quando?), desencadeadas por um episódio do vídeo da Turma do Cocoricó. As hipóteses, opiniões e conclusões dos alunos devem ser mediadas de modo que eles possam relacionar as ocorrências de cada uma das três propostas – a quase confusão criada pela falta de elementos importantes à 127 9/16/10 10:43 AM • P1 Relacionar o bilhete à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P2 Recuperar informações explícitas. • P5 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna do bilhete: data, horário, nome do destinatário, fórmula de entrada, corpo do texto, fórmula de despedida, indicação de remetente. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. comunicação no bilhete da Lilica; a possibilidade de melhor comunicação favorecida pelos bilhetes com todos esses elementos, escritos por duas crianças, na atividade de leitura; e a falta de informações essenciais no bilhete escrito à diretora da escola – com a importância que se deve dar e o cuidado 128 Port1ºAnoParte2PROF.indd 128 que se deve ter ao escrever um bilhete. Desse modo, na atividade de escrita em si, cumpre sistematizar a reflexão possível com as atividades do dia (interlocução oral, leitura e produção escrita). No final ou durante a discussão, retome as ilustrações, lendo os textos com o grupo. Roda de conversa O objetivo dessa roda de conversa é criar o contexto para o envio de um bilhete aos familiares, com a finalidade de colaborarem para o desenvolvimento das atividades na escola. Aos alunos que não têm animal de estimação em casa, proponha que falem sobre os animais que preferem e/ou gostariam de ter. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM Oba, já posso ler! Leia a instrução da questão 1 e esclareça aos alunos suas dúvidas a respeito da finalidade do bilhete que levarão para casa. Em seguida, leia o bilhete e peça que acompanhem a leitura, apontando o texto que está no livro. Chame novamente sua atenção para os elementos que não po- LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 129 dem faltar no bilhete. Depois da leitura e análise, escreva a data na lousa para que a copiem, orientando-os, também, para que não se esqueçam da assinatura. Caso alguns alunos não escrevam o próprio nome com autonomia, solicite que consultem a lista de nomes da classe ou o crachá, para concluir a tarefa. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 129 9/16/10 10:43 AM Na questão 2, retome as orientações sobre agrupamentos para atividades de leitura contidas nas páginas 17 e 18 do livro do professor. 130 Port1ºAnoParte2PROF.indd 130 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P43 Escrever, controlando a produção pela hipótese silábica, com ou sem valor sonoro convencional. peixe galo rato macaco Como é bom escrever! Antes de propor a atividade, retome o conteúdo da página 19 do livro do professor, que contém importantes orientações sobre agrupamentos para atividades de produção escrita. Leve em conta que o importante não é que os alunos escrevam convencionalmente as respostas LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 131 às adivinhas, e sim que reflitam sobre o sistema alfabético de escrita. Caminhe entre as duplas, acompanhando o percurso dessa reflexão, oferecendo ajuda sempre que precisarem e orientando para que consultem materiais escritos na sala, para escreverem da melhor maneira possível. Após a atividade, reproduza as adivinhas LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO em cartazes e deixe-os expostos na classe. Organize outras situações de leitura e memorização dessas adivinhas, pedindo aos alunos que as leiam apontando o texto e ajustando cada verso (uma vez que são organizadas na forma de trovas) a sua recitação, para que as apresentem a colegas de outras turmas. 131 9/16/10 10:43 AM • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. Roda de conversa Cria-se, nessa roda de conversa, mais um contexto para a produção de um bilhete (na próxima etapa), favorecendo uma conclusão, também, para o propósito do bilhete que escreveram aos familiares para pedir imagens de animais. O objetivo das questões da instrução é nortear a conversa, mas você 132 Port1ºAnoParte2PROF.indd 132 pode substituí-las de acordo com as necessidades de seu grupo e a realidade de sua escola. Anote, na lousa ou em um cartaz, o resultado da conversa e/ou as decisões tomadas coletivamente, informando aos alunos que esse registro será utilizado na próxima etapa dessa atividade (escrever um bilhete ao diretor da escola). CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P1 Relacionar o bilhete à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P3 Produzir bilhete, levando em conta o gênero e o seu contexto de produção, ditando-o ao professor. • P4 Revisar o bilhete apoiado na leitura em voz alta do professor. • P5 Identificar, com o auxílio do professor, possíveis elementos constitutivos da organização interna do bilhete: data, horário, nome do destinatário, fórmula de entrada, corpo do texto, fórmula de despedida, indicação de remetente. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). Como é bom escrever! Desde o início dessa produção, questione os alunos sobre o que e como vão escrever. É o momento de retomar tudo o que aprenderam sobre o gênero bilhete. Faça perguntas relevantes, por exemplo: “Como devemos iniciar esse bilhete?”. Espere que respondam às questões formuladas por você LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 133 e, sempre que omitirem elementos importantes, retome com eles os bilhetes escritos no próprio livro, aqueles que você reproduziu em cartazes, a confusão causada pela omissão de tais elementos no episódio do vídeo ou outras discussões. As anotações que fez na roda de conversa também têm de ser LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO consultadas para compor o texto, pedindo a autorização do diretor para montar o painel em determinado lugar. A revisão desse bilhete deve ser feita durante a própria produção e em seu final, antes que todos o copiem. Defina com o grupo quem copiará o bilhete em folha avulsa para entregá-lo ao diretor. 133 9/16/10 10:43 AM • P2 Ler textos ajustando o falado ao escrito ou apoiando-se na ilustração. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. • P59 Ouvir cantigas e memorizá-las para poder cantar. Oba, já posso ler! Assim que obtiver a autorização do diretor sobre o painel, é só dar continuidade à organização das imagens e a sua montagem. Quanto ao trabalho com o gênero bilhete, as atividades aqui propostas podem ser tomadas como dicas sobre como proceder com os 134 Port1ºAnoParte2PROF.indd 134 alunos quando o objetivo é que escrevam e leiam bilhetes em seu cotidiano, atendendo aos propósitos comunicativos que tiverem: em uma brincadeira de amigo secreto; em pedidos de ajuda para a realização de uma atividade escolar (aos familiares, em uma tarefa de casa; ao professor orientador da sala de leitura ou de informática, em uma pesquisa; às merendeiras da escola, para o preparo de uma receita...). Enfim, as diversas possibilidades podem e devem ser exploradas visando à continuidade do aprendizado dos alunos sobre o gênero. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. Peça aos alunos que abram o livro na página inicial da Unidade e proponha que, observando as imagens, reflitam sobre qual o tema proposto para estudo. Durante a conversa, observe suas hipóteses sobre o gênero que será estudado – diagramas – e pergunte, por exemplo, de quais alimentos mais gostam, de quais não gostam, LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 135 quais não consomem, a que horas tomam leite, comem pão ou arroz e feijão, o que costumam consumir nas principais refeições do dia a dia. Anote todas as informações, pois elas poderão ser muito úteis no decorrer do desenvolvimento da Unidade. Depois, leia para eles o texto de apresentação, fazendo certo LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO suspense sobre o que pode ser um diagrama. Anote também as hipóteses que tiverem sobre o gênero, caso tenham alguma. Você pode propor que, desde o início dos trabalhos, se preparem, estudando bastante, para, no final, mostrar tudo o que aprenderam aos colegas de outras turmas ou familiares. 135 9/16/10 10:43 AM • P8 Relacionar o diagrama à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. • P12 Examinar o uso de recursos gráficos no diagrama: imagem, setas, subtítulos. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. Roda de conversa A primeira roda de conversa da Unidade propõe a mobilização do levantamento de conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema “Alimentos: tipos, origem, formas de produção e consumo em diferentes culturas”, que permeará o trabalho com o gênero diagrama. 136 Port1ºAnoParte2PROF.indd 136 Não se espera que os alunos do 1o ano aprofundem conhecimentos sobre esse tema, e sim que façam novas descobertas a cada atividade, por meio do compartilhamento de suas experiências cotidianas e das possíveis leituras que o gênero abordado pode favorecer. A presença dos diagramas deve fomentar a interlocução en- tre eles, uma vez que relaciona as imagens de algumas classes (verduras/folhas, frutas) a elementos particulares que as compõem (alface, couve; banana, laranja), como também a seus nomes, com setas que indicam a composição de cada conjunto. O provável desconhecimento do grupo sobre os diferentes nomes CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM Sua mediação e principal intervenção consiste em ajudar os alunos a perceber as relações apresentadas por meio dos diagramas, que conjugam texto, imagens, formas e alguns organizadores gráficos (linhas —, setas , chave aberta {, colchete [ etc.), compondo, nesse caso, classes ou grupos de alimentos. de verduras/folhas, grãos/sementes e raízes ou tubérculos, por exemplo, não deve ser encarado como dificultador, mas como propulsor para a troca de ideias entre os alunos. Além disso, durante essa primeira conversa, eles não precisam ter ou demonstrar conhecimento sobre o fato de uma planta ter ou não raízes, caule, LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 137 folhas, frutos. Com as atividades propostas nesta Unidade, espera-se que se aproximem desse e de outros conteúdos apresentados sobre o tema, bem como que passem a considerar os diagramas elementos de apoio a sua compreensão na leitura de quaisquer textos, especialmente os escolares e científicos, que os remetem LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO ao estudo e à aquisição de novos conhecimentos. Utilizado em quase todas as áreas do conhecimento humano, diagrama é um modo de representar visualmente determinado conceito, ideia etc. 137 9/16/10 10:43 AM Neste ponto do trabalho, você pode propor que plantem grãos de feijão para acompanhar seu ciclo de desenvolvimento. Parcerias com os professores orientadores das salas de leitura e de informática podem tornar todo esse trabalho muito mais produtivo, agregando informações sobre o tema e providenciando materiais para pesquisa e satisfação da curiosidade dos alunos com informações organizadas na forma de diagrama. Importante esclarecer para o grupo que apenas algumas flores são comestíveis e que crianças só devem comer flores que tiverem sido preparadas como alimento por um adulto. Peça que observem cada diagrama e deixe que falem a respeito do que sabem ou compreendem sobre o tema com base no que veem e analisam. Acrescente informações ao que dizem; mostre e leia os títulos, o nome de cada verdura, grão, fruta... Chame a atenção para a presença de setas que ligam a classe de grãos 138 Port1ºAnoParte2PROF.indd 138 a cada um deles, por exemplo. Se possível, leve-os a perceber a relação que essas setas marcam: “pertencer a um conjunto de X” (verduras, frutas, flores etc.). Procure dar um tom de curiosidade à conversa, acrescentando ou solicitando, por meio de perguntas, informações que não aparecem no diagrama: “Será que o milho, que às vezes comemos cozido, é o mesmo milho utilizado para fazer pipoca?”,“Quais dos grãos que aparecem no diagrama vocês costumam comer diariamente?”,“Sabiam que esses grãos são sementes e que, se plantados, gerarão outras plantas com novas sementes?”,“Sabiam que certas flores são comestíveis?”. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P9 Recuperar informações explícitas. • P12 Examinar o uso de recursos gráficos no diagrama: imagem, setas, subtítulos. • P38 Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. Consulte as páginas 17 e 18 do livro do professor, que apresentam importantes orientações sobre como organizar agrupamentos para atividades de leitura. Flor Folha Fruta Caule Raiz Oba, já posso ler! O desafio é que os alunos leiam por si mesmos, em parceria com um ou dois colegas. Antes de ler a instrução para eles, peça que observem o conteúdo da página e pergunte: “O que vocês veem?”. É provável que remetam imediatamente à imagem. Aproveite para questioná-los e retomar LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 139 Reproduza o desenho e a tabela na lousa ou em um cartaz, ensinando, por exemplo: “Para preencher a linha número 1 do diagrama, é preciso procurar a palavra certa, correspondente, na coluna número 1 do quadro”. Chame uma ou mais duplas à frente da lousa ou do cartaz para que mostrem como encontraram as palavras. um pouco do que conversaram sobre as partes comestíveis da planta e para analisar com eles como esse diagrama está organizado. Se ainda não falaram sobre o caule ou sobre a raiz, será preciso informá-los sobre essas partes da planta antes de localizarem a palavra para preencher o diagrama. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 139 9/16/10 10:43 AM • P38 Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. • P43 Escrever, controlando a produção pela hipótese silábica, com ou sem valor sonoro convencional. Consulte a página 19 do livro do professor, que contém orientações sobre como organizar agrupamentos para atividades de escrita. Resposta pessoal Como é bom escrever! Embora a proposta seja que cada aluno escreva os nomes dos alimentos que gosta muito de comer, essa tarefa pode ser realizada em duplas. Nesse caso, mesmo que queiram escrever nomes diferentes, poderão conversar sobre quais 140 Port1ºAnoParte2PROF.indd 140 e quantas letras utilizar para tais escritas, além de compartilhar importantes procedimentos de consulta aos materiais escritos expostos na sala, como lista de nomes dos alunos da classe, alfabeto, cartazes com textos conhecidos etc. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P59 Ouvir canções e memorizá-las para poder cantar. Roda de conversa e cantoria 1. Leia a instrução para os alunos e proponha que relembrem as atividades da aula passada, folheando as primeiras páginas do livro. Depois, peça que contem um pouco sobre suas frutas preferidas. Anote as frutas preferidas em um caderno ou agenda, pois essa informação LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 141 será utilizada durante a atividade de leitura. 2. Explique que o vídeo da Turma do Cocoricó retomará os estudos que fizeram e apresentará uma canção do grupo Palavra Cantada, que traz o nome de muitas frutas e o das árvores ou “pés” em que nascem. Solicite que prestem bastante LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO atenção para poder aprender e depois cantar com os amigos. 3. Após a exibição do vídeo, retome a cantoria, ajudando-os a decorar a letra da canção. Você pode, por exemplo, falar o nome de uma fruta para que eles digam o nome do pé em que nasce. Se possível, exiba o vídeo mais uma vez. 141 9/16/10 10:43 AM • P2 Ler textos ajustando o falado ao escrito ou apoiando-se na ilustração. • P9 Recuperar informações explícitas. • P38 Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. Consulte as páginas 17 e 18 do livro do professor, que contêm orientações sobre como organizar agrupamentos para atividades de leitura. Escreva a letra da canção em um cartaz ou na lousa e chame duplas à frente, tanto para ensinar ao grupo o procedimento de procura das palavras como para que compartilhem suas estratégias para encontrar os nomes ditados por você. Oba, já posso ler! O sucesso do primeiro desafio depende de quanto os alunos aprenderam da canção “Pomar”, pois, para acompanhar o texto enquanto cantam, é muito importante conhecê-lo de memória. Se o acervo da sala de leitura de sua escola contiver o CD Canções de brincar, do grupo Palavra Canta- 142 Port1ºAnoParte2PROF.indd 142 da, toque essa faixa para que eles continuem aprendendo a cantar, acompanhando o texto, enquanto ouvem a canção. Após a cantoria, é hora de propor que leiam por si mesmos, em parceria com um ou dois colegas. Dite os nomes das frutas preferidas que anotou, um a um, para que procurem na letra da canção. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM Geleia de morango Pêssego em calda • P12 Examinar o uso de recursos gráficos no diagrama: imagem, setas, subtítulos. • P38 Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P43 Escrever, controlando a produção pela hipótese silábica, com ou sem valor sonoro convencional. Consulte a página 19 do livro do professor, que contém orientações sobre como organizar agrupamentos para atividades de escrita. Goiabada Suco de laranja Como é bom escrever! Analise as imagens com os alunos antes de pedir que escrevam. Ainda que goiabada, suco e geleia não lhes sejam desconhecidos, porque fazem parte do cardápio da merenda escolar, talvez muitos não relacionem tais imagens a suas experiências de consumo LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 143 desses alimentos. Assim, é imprescindível fazer circular informações sobre cada derivado das frutas. Caso não cheguem a um consenso sobre o que seja cada alimento, informe-os e combine o que deverão escrever. Pergunte: “O que significam essas setas que aparecem no LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO diagrama?”,“O que querem dizer?”,“Para que servem?”. Depois que concluírem suas colocações, se não tiverem se aproximado de uma justificativa possível, procure informá-los com alguns questionamentos, como: “Será que elas indicam que a fruta foi utilizada para fazer o doce?”. 143 9/16/10 10:43 AM • P2 Ler textos ajustando o falado ao escrito ou apoiando-se na ilustração. • P9 Recuperar informações explícitas. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P38 Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas. • P41 Conhecer as representações das letras do alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P42 Localizar palavras em textos conhecidos. Além de se divertirem revendo o vídeo, ouvindo e cantando a canção “Pomar”, os alunos retomarão a conversa sobre os nomes das frutas e dos pés em que nascem. Bananeira Roda de conversa e cantoria Após a exibição do vídeo, proponha um desafio: você fala os nomes das frutas, alternadamente, e os alunos dizem os nomes dos pés em que nascem, e vice-versa. Esse momento, com jeito de brincadeira, os ajudará a enfrentar o desafio da próxima atividade de leitura. 144 Port1ºAnoParte2PROF.indd 144 Oba, já posso ler! Para realizarem essa atividade de leitura, os alunos precisam, mais uma vez, recorrer ao texto da canção para encontrar os nomes necessários ao preenchimento dos diagramas. Lembre-se de que, além do desafio de lerem sem saber ler convencionalmente, eles têm de compreender o que se espera que façam e como. Observe que, nos diagramas, os nomes das frutas e do pé em que nascem estão invertidos, não aparecem na mesma sequência dos versos da canção. É preciso chamar a atenção dos alunos para essa organização. Peça que obser- CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM Goiaba Macieira Maçã Laranjeira Laranja Amoreira Amora vem e comparem o primeiro verso da canção com o primeiro diagrama, destacando a sequência inversa dos desenhos (primeiro aparece a bananeira e depois a banana; é na bananeira que nasce a banana). Construa um modelo em tamanho grande dos dois primeiros versos e dos dois primeiros diagramas e convide uma ou mais duplas LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 145 a compartilhar os procedimentos utilizados para realizar a tarefa. Do terceiro diagrama em diante, não há mais coincidências entre verso da canção e diagrama e, por isso, os alunos precisam se apoiar ainda mais nas letras que coincidem nos nomes de frutas e árvores: banana e bananeira. A maioria dos nomes das árvores está LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO agrupada pelo final coincidente (bananeira, goiabeira, abacateiro, cajueiro etc.), de modo que você pode tomar como ponto de reflexão essa regularidade entre certas escritas e as relações entre letras e sons. As palavras parreira e uva, que bem pouco coincidem (somente a letra final), foram deixadas por último para que os alu- 145 9/16/10 10:43 AM Consulte as páginas 17 e 18 do livro do professor, que contêm orientações sobre como organizar agrupamentos para atividades de leitura. nos observem essa diferença. Veja que situações desse tipo favorecem a reflexão sobre como nosso sistema de escrita é organizado. Converse também sobre as ima- 146 Port1ºAnoParte2PROF.indd 146 Abacateiro Abacate Sapotizeiro Sapoti Cajueiro Caju Parreira Uva gens, pois algumas frutas podem ser desconhecidas pelos alunos. Combine e organize com eles uma situação na qual possam contar a colegas de outras turmas, pais e outros familiares, funcionários da escola etc. o que aprenderam sobre as frutas e os nomes dos pés em que nascem – um mural, por exemplo. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM • P38 Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P43 Escrever, controlando a produção pela hipótese silábica, com ou sem valor sonoro convencional. Maracujá Consulte a página 19 do livro do professor, que contém orientações sobre como organizar agrupamentos para atividades de escrita. Melancia Melão Kiwi Como é bom escrever! Observe que os nomes das três primeiras frutas começam com a mesma letra. Você pode pedir que duas duplas escrevam as quatro palavras na lousa e propor a comparação das escritas, problematizando com todos os alunos qual é a letra inicial dessas palavras. Retomando a atividade anterior, LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 147 discuta com o grupo os nomes dos pés em que nascem essas frutas (maracujazeiro, melancieira, meloeiro, kiwizeiro) e propor que algumas duplas os escrevam na lousa, com a colaboração de todos. Mesmo que não se chegue à escrita convencional das palavras, esgotadas as tentativas, pelos alunos, da melhor escrita possível, LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO recorra à letra da canção “Pomar” e peça que localizem e mostrem, nas palavras finais de cada verso, a terminação (eira ou eiro) ou informe-as, caso não consigam encontrar sozinhos. Não é necessário que voltem a seus escritos para fazer qualquer correção, pois se trata mais de uma situação de reflexão que de constatação e definição. 147 9/16/10 10:43 AM • P8 Relacionar o diagrama à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. (Considerando que o próprio caderno de apoio, como material didático que deve mediar o processo de ensino e de aprendizagem, é um suporte que circula originalmente na esfera escolar.) • P12 Examinar o uso de recursos gráficos no diagrama: imagem, setas, subtítulos. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. Roda de conversa Espera-se, nessa atividade, que os alunos, apoiados nas informações visuais, levantem hipóteses sobre o possível percurso de alguns alimentos, desde sua produção até a maioria das casas. Observe que se utiliza o diagrama como recurso para favorecer o estabelecimento de relações entre os conhe- 148 Port1ºAnoParte2PROF.indd 148 cimentos prévios deles e novas informações que se pretende que adquiram. O gênero aparece na própria situação de uso – didático/escolar/de apoio visual para a compreensão de um tema que está sendo estudado. Sua intervenção pode corroborar, por exemplo, para que eles atentem para a função das setas, que, nesse caso, indicam processo/percurso, sempre na forma de questionamento, ajudando-os a (re)elaborar seus conhecimentos sobre o tema. Faça perguntas simples, depois que tiverem explorado e compartilhado suas ideias iniciais, apoiados no diagrama. Por exemplo, na transição das duas primeiras fotos para as três CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM seguintes, aparece esse composto de setas: Você pode perguntar: “Por que será que há uma seta voltada para cada foto? O que querem dizer?”. O importante não é que os alunos LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 149 deem respostas certas, e sim que tomem esses elementos gráficos como parte do diagrama que podem e devem ler. O objetivo dessa e de outras questões, coerentes com o andamento da conversa, é chamar a atenção deles para a presença e a função dos elementos gráficos do diagrama em relação às imagens e textos. LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO Tal cuidado com a tomada de consciência da organização do diagrama não está ligado à aprendizagem do gênero em si, mas ao fato de que a análise e a reflexão de alguns recursos da linguagem escrita, em situação de uso, podem ter papel fundamental no desenvolvimento da capacidade de leitura. 149 9/16/10 10:43 AM • P8 Relacionar o diagrama à situação comunicativa e ao suporte em que circula originalmente. (Considerando que o próprio caderno de apoio, como material didático que deve mediar o processo de ensino e de aprendizagem, é um suporte que circula originalmente na esfera escolar.) • P12 Examinar o uso de recursos gráficos no diagrama: imagem, setas, subtítulos. • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P38 Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). Oba, já posso ler! Antes mesmo de ler a instrução para os alunos, peça que observem as imagens e conversem sobre qual pode ser o assunto do texto. Depois, faça a leitura, verificando se, em cada novo trecho lido, eles demonstram maiores possibilidades de interação com 150 Port1ºAnoParte2PROF.indd 150 o texto e o tema. Promova essa interlocução o tempo todo. Embora pouco extenso e repleto de imagens, o texto traz um assunto que, provavelmente, o grupo não conhece muito bem. Portanto, essa leitura compartilhada, mediada por você, favorecendo a circulação de ideias dos alunos, propondo que relacionem a leitura às imagens e ao próprio texto escrito em seus livros, permitirá que busquem palavras, expressões ou letras conhecidas que os ajudarão a ler por si mesmos, com base no que já conversaram sobre o tema geral que está sendo tratado (alimentos), nas experiên- CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM Parcerias com os professores orientadores das salas de leitura e de informática serão preciosas para ampliar os conhecimentos dos alunos sobre a cultura alimentar indígena. É possível consultar alguns dos vários títulos disponíveis na sala de leitura e visitar sites com imagens muito reveladoras. cias de análise dos diagramas anteriores e na própria situação de leitura compartilhada. Dessa forma, tanto a construção de sentidos sobre o tema como as possibilidades de uma leitura autônoma pelos alunos vão sendo ampliadas. LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 151 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 151 9/16/10 10:43 AM 152 Port1ºAnoParte2PROF.indd 152 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:43 AM LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 153 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 153 9/16/10 10:43 AM 154 Port1ºAnoParte2PROF.indd 154 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:44 AM • P13 Participar de situações de intercâmbio oral formulando perguntas. • P38 Compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas. • P41 Conhecer as representações das letras no alfabeto de imprensa maiúsculo (para ler e escrever). • P43 Escrever, controlando a produção pela hipótese silábica, com ou sem valor sonoro convencional. Peixe Como é bom escrever! Também para essa situação de produção escrita, a troca de ideias entre os alunos, pela análise dos diagramas com sua mediação, acrescentando informações que eles não têm, é essencial. Embora o desafio mais importante consista em escreverem LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 155 segundo sua hipótese de escrita, é preciso apresentar-lhes o contexto. Ou seja, mais uma vez as relações propostas por meio do diagrama precisam ser explicitadas: a diferença entre a pesca artesanal de subsistência do índio e a pesca profissional que provê o comércio de peixes nas cidades; LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO entre a criação de frangos e ovos para consumo próprio, nas aldeias indígenas, e a produção de frangos e ovos em grande escala em granjas... Insiste-se que não há expectativas de aquisição ou aprofundamento desses conteúdos da área de Natureza e Sociedade pelos alunos do 1o ano, e 155 9/16/10 10:44 AM Ovo sim de uma primeira aproximação e de uma boa situação de reflexão tanto sobre o tema como sobre o gênero e também sobre o sistema alfabético de escrita. 156 Port1ºAnoParte2PROF.indd 156 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:44 AM Mandioca Tapioca LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 157 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 157 9/16/10 10:44 AM Caso tenha proposto e realizado o plantio de grãos de feijão na primeira atividade desta Unidade, poderá agora pedir que os alunos desenhem e produzam um diagrama que exponha o processo de evolução da planta até o momento. Caso não o tenha feito e julgue que seja produtivo, pode iniciar essa experiência agora. Milho Pamonha Analise a possibilidade de organizar um pequeno seminário em que os alunos possam contar aquilo que aprenderam sobre alimentos, de maneira que faça sentido montar os diagramas com as imagens que terão à disposição. É preciso que fique claro qual a finalidade dessa produção. Diga que poderão apoiar suas falas nos 158 Port1ºAnoParte2PROF.indd 158 diagramas para não esquecer detalhes importantes sobre o assunto e que as imagens ajudarão a ilustrar o que vão dizer. Esse será o momento de retomar com a turma a possibilidade de usar todos os recursos gráficos próprios do gênero que aprenderam: setas, chaves, cores diferentes para destacar palavras. Orien- te-os para consultar o livro, trocar informações uns com os outros e, principalmente, perguntar a você tudo o que possa ajudá-los nessa tarefa. Além das imagens dispostas no livro, você pode propor que recortem imagens de revistas destinadas à reciclagem para incrementar ainda mais seus diagramas. CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:44 AM LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 159 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 159 9/16/10 10:44 AM 160 Port1ºAnoParte2PROF.indd 160 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:44 AM LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 161 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 161 9/16/10 10:44 AM 162 Port1ºAnoParte2PROF.indd 162 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:44 AM LIVRO DO PROFESSOR Port1ºAnoParte2PROF.indd 163 LÍNGUA PORTUGUESA · 1 O ANO 163 9/16/10 10:44 AM 164 Port1ºAnoParte2PROF.indd 164 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP 9/16/10 10:44 AM