UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ARTE COMO PROCESSO MOTIVADOR NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Por: Antonio Emanuel de Paula
Orientadores
Profª. Fabiane Muniz e Narcisa Melo
Borba/Am
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
ARTE COMO PROCESSO MOTIVADOR NO 5º ANO DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito
parcial
para
obtenção
do
grau
especialista em Psicopedagogia Institucional.
Por: Antonio Emanuel de Paula.
de
3
AGRADECIMENTOS
Diante de tantas dificuldades passadas durante minha vida Escolar e
Acadêmica, trabalhei com muita seriedade e honestidade, para apresentar a
toda sociedade brasileira, um mosaico das atividades que são desenvolvidas
em nossas salas de aula.
Sei das dificuldades em que o país está atravessa no momento, isso recai
sobre nós a responsabilidade de contribuir com os problemas oriundos na
saúde,
educação,
saneamento
básico,
habitação,
emprego,
salário,
alimentação e outros, mas se nós não nos conscientizarmos de fazer o melhor,
as coisas tendem a piorar.
Quero agradecer ao todo poderoso, por ter dado vida aos meus pais, e,
também por ele me ter dado oportunidade de estar vivo e com condições de
concluir este maravilhoso trabalho.
Neste momento, o nome de muitas pessoas surge em minha mente, pois a
cada uma delas devo parte deste sonho. Mas, não poderia deixar de ressaltar
os professores que se dedicaram a ensinar-me o caminho da sabedoria, são
elas: Maria Moreira e Regina Rita Corrêa Lopes (alfabetização), Ednelza
Maciel Borges, Maria Dulcinéia de Sá, Miltes Alves da Costa e Maria Aparecida
Coutinho (1ª a 4ª Série), aos professores da Escola Estadual Cônego Bento
José de Souza onde concluir o Ensino Fundamental no ano de 1989 e o Curso
de Habilitação para o Magistério de 1ª a 4ª Série em 1992 e aos Professores
da Escola Estadual Lothar Sussmann onde concluir o Curso Técnico em
Contabilidade em 1993, aos imponentes Professores da Universidade do
Estado do Amazonas, em especial aos notáveis Professores Jocione Souza,
que muito me motivou a não desistir, quando apresentei desinteresse pela
Graduação no Curso Normal Superior e ao incansável “Mestre”, com o chamo,
o Professor Francisco Rufino Vieira, que nos momentos de maiores
dificuldades da vida, recebi seu apoio e sua atenção. Agradeço também a
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todos da Universidade Cândido Mendes que compartilharam comigo o sonho
realizado de uma especialização na área de Psicopedagogia Institucional em
destaque a Mentora Fabiane Muniz e a Tutora Narcisa Castilho Melo, que
muito contribuíram para conclusão desta Monografia. Quero de certa forma,
agradecer a gestora e professores da Escola Estadual Monsenhor Coutinho,
pela liberdade que tive quanto aos estágios e as informações necessárias para
a realização das pesquisas; Agradeço de todo coração, a todos os amigos e
amigas de vida acadêmica, de trabalho, de bate-papo, sem exceção, pois se
tiver de citar todos, resumirei meu trabalho a agradecimentos, onde os citados
a ficarão contestes e os esquecidos de certa forma tristes.
Portanto, ficam aqui meus humildes agradecimentos, mas verdadeiros, que a
luta que trilhei pela educação do meu Município ainda não acabou, foi apenas
uma das batalhas vencidas diante da muitas que virão, e estou disposto e
enfrentá-las, com muita garra e determinação, objetivando sempre o bem estar
da educação brasileira.
5
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais
Manuel Paula de Sá Júnior (em
memória) e Adamir Paula e Sá, pela
motivação e apoio dado no decorrer
de
minha
caminhada,
mas
infelizmente meu pai veio a falecer
antes
que
este
momento
se
concretizasse; aos meus queridos
irmãos:
Stepheson,
Mardson,
Maria
Jefferson,
das
Dores,
Auxiliadora, Grisson e Veneração,
que nas dificuldades compartilharam
os momentos bons e ruins de nossas
vidas, a estes homenageio como
prova de meu amor e afeto.
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RESUMO
Autores Clássicos como Jean Piaget (1896 - 1980), Lev Vygotsky (1896 –
1934) e Abraham Maslow (1908 – 1970), ao lado de teóricos nacionais, como
Piletti (1989), Campos (2002), Oliveira (1993), dentre outros, vêm após
décadas de estudo, esclarecer as possíveis causas da apatia vivida por nossos
alunos, ao qual vem lhes prejudicando ano após ano em seus estudos.
Considerando-se que o fato acima está intimamente ligado ao aspecto social,
econômico, político, emocional e que vem se agravando em nossas escolas,
refletindo em nossa comunidade. Este problema é de uma complexidade, que
nos leva ao questionamento, assim como de todos os agentes envolvidos no
processo educativo a buscar uma solução para tal situação. No entanto, dar-se
a necessidade de realizar uma pesquisa sobre a temática “Arte como processo
Motivador no 5º Ano do Ensino Fundamental”.
A abordagem do tema enfoca situações concernentes ao cotidiano escolar,
assim como a relação escola, professor e alunos, no sentido de que ambos
possam juntos contribuir para o processo ensino-aprendizagem, no entanto
não iremos aqui passar uma receita de como motivar os alunos e nem tão
pouco eternizar as informações aqui contidas, mas iremos cientificar as teorias
para viabilizar mecanismos e instrumento ao qual o professor poderá se fazer
uso para agir em sala de aulas com seus alunados.
A partir deste trabalho, pretende-se obter resultados positivos na busca
constante da motivação para nossos docentes, fazendo-os acreditar que a
motivação é pessoal e que não é possível motivar ninguém, sem que este não
esteja afim, pois as coisas mudam quando as pessoas também mudam.
Portanto, motivar os alunos para o aprendizado é proporcionar ilimitadas
oportunidades para o mesmo conseguir êxitos em sua tarefa diária. Todavia, é
através dela que todo ser humano demonstra suas habilidade e possibilidade
7
diante da resolução de seus problemas, apropriando-se deste recurso para
encarar todo e qualquer desafios da vida.
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METODOLOGIA
O tema a ser pesquisado pelo investigador está voltado para temática
“Arte como processo motivador no 5º Ano do Ensino Fundamental”, onde
busca informações a cerca desta problemática contribuindo assim para
amenizar as possíveis causas do fracasso escolar.
Esta pesquisa será desenvolvida com os alunos do 5º Ano do Ensino
Fundamental da Escola Estadual Monsenhor Coutinho do turno matutino e
vespertino, na cidade de Borba, Estado do Amazonas, cito a Av. Getulio
Vargas, s/nº - Centro, no ano em curso.
A metodologia a ser utilizada inicia-se através de uma conversa formal
onde se mostre à importância da arte e da recreação na vida do indivíduo,
quanto sua formação moral, social, política, crítica e intelectual. Será coletado
dados concernente a temática com aplicação de questionários, onde este é
composto de 10 (dez) questões do tipo objetiva a serem respondidas pelo
Gestor, Pedagogo e, professores, outro questionário também com 10 (dez)
questões direcionada aos alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental. Além
disso,
realizar-se-ão
pesquisas
bibliográficas,
que
permitam
melhor
conhecimento da temática em estudo, tomando-se por base o que já foi
publicado de modo que se possa esboçar uma nova abordagem sobre o
mesmo, oferecendo oportunidade para novas pesquisas. Promover atividades
culturais, artística e recreativa, assim como, a criação do cantinho da cultura,
onde alunos e professores possam juntos despertar suas aptidões artísticas,
nas oficinas de artes e nos festivais folclóricos.
Temos o método Fenomenológico-hermenêutico, como direcionamento
deste estudo, buscando remontar aquilo que está estabelecido como critério de
certeza, pois o homem é o único ser capaz de questionar e dialogar, ao
mesmo tempo em que interpreta suas ações, encontrando meios para solução
de seus problemas, oportunizando ao pesquisador, meio que o leve a
9
compreender a relação entre ESCOLA X PROFESSOR X ALUNO X
COMUNIDADE, para que se possam amenizar os conflitos existentes entre os
agentes educacionais.
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SUMÁRIO
METODOLOGIA ..................................................................................................... 08
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 11
CAPITULO I – Fundamentação Teórico ................................................................. 14
1 – Da necessidade de interagir a Cultura ao processo ensinoaprendizagem .................................................................................... 14
2 – A importância da Cultura no Planejamento Educacional ........... 16
3 – Da Relação Escola X Professor X Aluno X Comunidade .......... 19
4 – Dos Fatores dinamizadores da educação.................................. 25
5 – Afinal, o que é motivação?......................................................... 31
6 – Teorias concomitantes com a Motivação ................................... 34
7 – Os instrumentos dinamizadores da motivação .......................... 42
CAPITULO II – Material e Método .......................................................................... 46
CAPITULO III – Apresentação e discussão dos resultados .................................... 51
Conclusão ............................................................................................................... 64
Bibliografia ............................................................................................................. 68
ANEXOS ................................................................................................................. 72
FOTOS .................................................................................................................... 76
11
INTRODUÇÃO
A presente Monografia tem como tema “Motivação”, ao qual enfatizamos
que esta é o conjunto de forças intrínsecas que instiga mobiliza o indivíduo
para atingir um determinado objetivo diante de uma necessidade estabelecida
tanto de origem orgânica quanto de origem ambiental. Dessa forma, pretendese esclarecer o porquê das apatias vividas em nossas salas de aula pela
ausência de motivação em nossos alunos e por que não dizer de nossos
professores.
O título trabalhado “Arte como processo Motivador no 5º Ano do Ensino
Fundamental”, ajuda a compreender melhor o propósito do pesquisador ao
destacar as dificuldades que os alunos possuem em fixar a aprendizagem, pois
o pesquisador não esta recomendando receitas de como se trabalhar em sala
de aula, e, também, nem dizer que o trabalho que ora esta se realizando
estejam certos ou errados, o ponto crucial deste é de saber qual o papel e a
contribuição da Arte no processo motivador do educando no 5º Ano do Ensino
Fundamental.
A temática escolhida para este estudo é de fundamental relevância para
os futuros problemas escolares, começando a prevenir no presente com o
propósito de construir uma sociedade mais digna e equânime na certeza de
possibilitar a todos as mesmas condições na buscas de realização de suas
ideologias e na motivação que encontramos todas as ferramentas necessária
para tal fim, ela está ligada intimamente aos aspectos emocionais, mentais,
profissionais, sociais e culturais do indivíduo. Diante disso, a motivação e um
elemento essencial no ambiente escolar como mecanismo que deve ser
incorporada com maior rapidez em nossas escolas. O horizonte deixado pela
nova Legislação em vigor é necessário transformar o ambiente escolar em um
lugar
prazeroso
que
possibilite
ao
aluno
oportunidade
para
seu
desenvolvimento cultural, artístico e lúdico, como um processo que vai atribuir
ao educando motivação para melhor absorção dos conteúdos nas diversas
Disciplinas da grade Curricular em curso, tornando-o mais espontâneo,
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discursivo, participativo e responsável, pois o campo artístico é um todo
completo, na qual a educação, arte e cultura deverão tornar-se parceiros para
o resultado final no aprendizado do docente, concorrendo para a construção de
um cidadão que vislumbre de seus direitos civis, políticos e sociais de forma
lúdica e prazerosa, por esta razão que através da Arte, os discentes possam
juntos aos agentes escolares, desfrutarem de uma educação consistente à
maneira que os resultados sejam satisfatórios para toda a comunidade escolar
participativa, pois, quando as pessoas estão motivadas elas são capazes de
vencer os desafios do cotidiano, precisa-se estar motivado e a auto-estima
deve estar em destaque para enfrentar a concorrência oferecida pelo mundo
globalizado.
Para
isso,
buscou-se
nas
obras
e
pesquisas Bibliográficas de
especialistas da temática, levando em consideração autores clássicos como
Piaget, Vygotsky e Maslow, assim como de artigos proveniente de estudos
científicos e Internet.
Assim, o objetivo geral desta Monografia é analisar as atividades
Artísticas, como motivação no processo ensino-aprendizagem dos alunados do
5º Ano do Ensino Fundamental, distinguindo as formas, as causas, as
contribuições, os tipos e as práticas que facilitarão uma melhor absorção dos
conteúdos que serão aplicados em sala de aula. E, de forma especifica
verificar de que forma a Arte contribui para o desenvolvimento cultural, social e
escolar dos educandos, Identificando as causas que levam a ausência desta,
assim como, as contribuições no processo ensino-aprendizagem dos
educandos do 5º Ano do Ensino Fundamental.
Supostamente diversos fatores devem ser observados, tais como: a baixa
culturalização dos pais deve interferir numa aprendizagem de qualidades dos
educandos; os alunos desassistidos culturalmente teriam condições de marca
seu nome num espaço cultural e artístico da sociedade em que estão
inseridos; a má formação dos professores provoca nos alunos uma distância
de seu legado cultural e artístico; observemos também o descaso cultural das
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escolas quanto a promoção de oportunidades para o desenvolvimento dos
educandos; o Espaço escolar é propício para o desenvolvimento desses
trabalhos; a metodologia usada pelas escolas, acompanham os avanços
tecnológicos da cultura e da arte proposto pela escola nova. Nessa
perspectiva, os profissionais em educação poderão propiciar espaços e
situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas,
emocionais, sociais e cognitivas de cada educando, respeitando sua faixa
etária e limitações diante de suas dificuldades.
Esta monografia está dividida em 03 (três) capítulos assim distribuídos:
O primeiro capítulo tem o propósito de rever a bibliografia dos elementos
que norteiam e contribuem para esclarecimentos da temática, onde
abordaremos “As necessidade de interagir a Cultura ao processo ensinoaprendizagem”, “A importância da Cultura no Planejamento Educacional”,
assim como “A relação Escola X Professor X Aluno X Comunidade”, “Os
fatores que dinamizam a educação”, ainda com relação ao tema, faz-se uma
abordagem sobre o conceito de “Motivação”, o capitulo também realiza uma
analise com relação “As teorias concomitantes com a Motivação”.
No capítulo segundo trata-se da descrição do trabalho de campo, onde
foram pesquisado 03 (três) turmas de alunos do 5º Ano do Ensino
Fundamental com um total de 54 (cinqüenta e quatro) alunos, 03 (três)
professores, 01 (um) Pedagogo e 01 (um) Gestor, realizado no dia 15 de
setembro de 2009, na Escola Estadual Monsenhor Coutinho onde apresentase todo o material e os métodos utilizados para realização e conclusão da
pesquisa.
No terceiro Capítulo mostra-se a tabulação de todos os dados levantados
durante a pesquisa, apresentação e discussão dos resultados obtidos através
dos questionários aplicados ao Gestor, Pedagogo, Professores e Alunos.
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CAPÍTULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1 – DA NECESSIDADE DE INTERAGIR A CULTURA AO
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM.
É valioso destacar a amplitude que a educação oportuniza aos docentes e
discentes com a utilização de recursos culturais que permitam o uso fruto das
atividades artísticas nas escolas diante do dinamismo que interage a cultura ao
processo ensino-aprendizagem. Isto é ratificado no artigo 1º da Lei nº 9.394,
de 1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições
de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
sociedade civil e nas manifestações culturais. [...] deverá vincular-se
ao mundo do trabalho e a prática social.
É importante para educação essa plenitude dada ao desenvolvimento da
vida cultural dos educandos, tornando-se relevantes pelos seus reflexos na
escola de Ensino Fundamental, não de maneira formal, mas no sentido
intelectual.
Para democratizarmos o ensino, precisamos recorrer aos princípios
constitucionais da educação nacional através do artigo 206 da Constituição
Federal e do artigo 2º da LDB, que estabelece que o ensino seja ministrado
com base em 11 princípios:
1. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
2. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
3. Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas;
4. Respeito a liberdade e apreço à tolerância;
5. Coexistência de instituições públicas e privadas do ensino;
6. Gratuidade no ensino público em estabelecimentos oficiais;
7. Valorização do profissional da educação escolar;
8. Gestão democrática de ensino público, na forma desta lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
9. Garantia de padrão de qualidade;
10. Valorização da experiência extra-escolar;
15
11. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
sociais.
Esses onze princípios acima mostram com rigor o que se pode e o que
não se pode realizar na escola. São desafios interligados e complementados
um alimentando o potencial de implementação do outro, dando ao professor a
igualdade e a liberdade de aprender e ensinar, ao tempo em que pesquisa e
divulga a cultura, o pensamento e a arte. Através da lei, o ensino público é
laico e gratuito e o professor de certa forma é valorizado, assim como, suas
experiências extra-escolares e seus ensinamentos tornam-se de qualidade,
apropriando-se de novas metodologias que vislumbre democraticamente sua
aplicação nas atividades escolares vinculadas a sua família, ao trabalho e as
práticas sociais.
Ensinar arte em consonância com os modos de aprendizagem do
aluno, significa, então, não isolar a escola da informação sobre a
produção histórica e social da arte e, ao mesmo tempo, garantir ao
aluno a liberdade de imaginar e edificar propostas artísticas pessoais
ou grupais com base em intenção próprias. E tudo isso integrados
aos aspectos lúdicos e prazerosos que se apresentam durante a
atividade artística. (...) Os conteúdos da arte não podem ser
banalizados, mas devem ser ensinados por meios de situações e/ou
propostas que alcancem os modos de aprender do aluno e garantem
a participação de cada um dento da sala de aula (PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS, 1997, p. 47).
Muitos profissionais da educação buscam na arte, metodologias que
possam viabilizar em sala de aula um aprendizado prazeroso, em vista que o
beneficiado é sempre o aluno. Com isso o professor, adquire liberdade de
aprimorar seus trabalhos em sala de aula, tento credibilidade de desenvolver
atividades que viabilizem um melhor aprendizado aos alunos.
Partindo dessas premissas, os conteúdos da área de Arte devem
estar relacionados de tal maneira que possam sedimentar a
aprendizagem artística dos alunos do ensino fundamental. Tal
aprendizagem diz respeito à possibilidade de os alunos
desenvolverem um processo continuo e cada vez mais complexo no
domínio do conhecimento artístico e estético, seja no exercício do
seu próprio processo criador, por meio das formas artísticas, seja no
contato com as obras de arte e com outras formas presentes nas
culturas ou na natureza
(PARÂMETROS CURRICULARES
NACIONAIS, 1997, p. 55).
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Seguindo esse principio, devemos relacionar os conteúdos descritos com
os objetivos, assim como, com os procedimentos que se farão uso em conjunto
com a avaliação. Dessa forma, criar um entrelaçamento entre conteúdo e
cultura, necessita antes de tudo, realizar um planejamento que viabilize um
contato direto entre a ciência e outras formas de culturas.
2 – A IMPORTÂNCIA DA CULTURA NO PLANEJAMENTO
EDUCACIONAL.
Quando planejamos uma ação, seja ela de qualquer atividade,
precisamos refletir sobre o que é possível realizar e o caminhos mais viáveis,
prevendo condições e meios necessários para atingir essas metas.
Corroborando para tal concepção, Tartuce (2003, p. 30), afirma que:
Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições
existentes, e prever as formas alternativas de ações para suprir as
dificuldades ou alcançar os objetivos desejados. Planejamento pe um
processo mental que envolve análise, reflexão e previsão. Neste
sentido, e está presente na vida de todos os indivíduos, nos mais
variados momentos.
Visto posto, a autora busca no planejamento, uma sucessão de etapas
desencadeadas em uma seqüência lógica que obedecem a normas,
metodologia e técnicas, visando atingir algumas finalidades, objetivos ou
metas, que vislumbre em uma ação promotora da atividade que se deseja
desenvolver. Nesse contexto, cabe ao pedagogo, a utilização dos mecanismos
de viabilize alcançar tais objetivos priorizados diante da temática estudada,
apropriando-se dos diversos recursos facilitadores disponíveis no diário
educacional que norteie essas atividades, como citamos as atividades lúdicas,
recreativas e culturais.
Compactuado com isso, Menegolla & Sant’Anna (2002, p. 26), ao apontar
o significado do planejamento educacional, nos diz que:
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Planejar uma educação que configure a pessoa dentro da estruturas
sociais, que oprima a pessoa pelas direções definidas e acabadas, é
barrar a libertação das pessoas. É fazer da educação um instrumento
de conformismo de massas. É impedir o comprometimento integral
da pessoa humana. [...] É preciso planejar uma educação que, pelo
seu processo dinâmico, possa ser criadora e libertadora do homem.
Planejar uma educação que não limite, mas que liberte, que
conscientize e comprometa o homem diante o seu mundo. Este é o
teor que se deve inserir em qualquer planejamento educacional.
O ato de planejar diante dos olhos do pedagogo, inicialmente, deve-se
fazer uma reflexão sobre o que se quer ensinar e como esse ensino vai
acontecer, depois analisar que tipo de cidadão se quer formar, verificando se
esse possui as mesmas possibilidades de inserir-se na sociedade de maneira
consciente, eficiente e responsável, compreendendo suas responsabilidades e
usufruindo conscientemente de seus direitos, comprometendo-se consigo
mesmo e com os outros para viver criticamente e com liberdade, observando
que o individua não é um ser isolado e que precisa incessantemente viver em
grupo e este deve portar-se ordeiramente diante dos que os cerca. Para tal
posicionamento seja concretizado é preciso que esta estrutura atinja suas
dimensões técnicas, devendo levar em consideração alguns elementos
indispensáveis no planejamento: os objetivos, o conteúdo programático, os
procedimentos de ensino, os recursos didáticos, os sistemas de avaliação da
aprendizagem. É o que afirma Lopes (2000, p. 43),
[...] essa definição dos componentes do plano de ensino de uma
maneira fragmentária e desarticulada do todo social é que tem
gerado a concepção de planejamento incapaz de dinamizar e facilitar
o trabalho didático. Consideramos, contudo, que numa percepção
transformadora, ou seja, o processo de planejamento visto sobre
uma perspectiva crítica de educação, passa a extrapolar a simples
tarefa de se elaborar um documento todos os componentes
tecnicamente recomendáveis.
Assim, o professor ao planejar juntamente com a equipe pedagógica,
deve analisar a situação de forma reflexiva para prever o que se quer atingir
com essa ou aquela atividade. Sendo que, quando o professor planeja suas
atividades ele cria subsídios que lhe auxilie para que possa atingir o que se
pretende, de forma seqüenciada e organizada, consciente de suas metas e
18
sabendo o que é preciso para que essas metas sejam adquiridas. Essa
abertura facilita para que temáticas como música, dança e teatro sejam
utilizadas como recursos para atingir os objetivos propostos. É o que afirma
Turra (1982, p. 21),
O professor ao planejar o ensino, antecipa de forma organizada,
todas as etapas do trabalho escolar. Cuidadosamente, identifica os
objetivos que pretende atingir, indica os conteúdos que serão
desenvolvidos, seleciona os procedimentos que utilizará como
estratégia de ação e prevê quais os instrumentos que empregará
para avaliar o progresso do aluno.
É fundamental destacar que a prática do planejamento envolve
mudanças, o ser humano ordena seus atos a fim de dar-lhes continuidade e
evitar o apego às improvisações, especialmente quanto às adaptações ao
contexto, como também à segurança para agir de acordo com uma analise
prévia e reflexiva dos conteúdos que promovam o desenvolvimento da cultura
na escola, objetivando o resgate de sua identidade, assim como, a identidade
do grupo social ao qual está inserido. Por isso, Tartuce (2003, p. 32), afirma
que:
O planejamento para educação consiste no processo de analise e
reflexão das várias facetas de um sistema educacional, para
delimitar suas dificuldades e prever alternativas de soluções. A partir
dessas constatações é possível então definir prioridades e metas
para o aperfeiçoamento do sistema educacional, estabelecer formas
de atuação e calcular os custos necessários à realização das metas.
Para isso, é necessário que todos os agentes da escola (gestor, apoio
pedagógico, orientadores, professores, alunos e funcionários), estejam
comprometidos e conscientizados de que a mudança deve ser significativa e
que as responsabilidades sejam divididas e cumpridas por todos, assim, as
atividade educacionais passam a ser aplicadas com mais dinamismos, precisase tomar consciência do papel da convivência harmoniosa de todos os agentes
escolares e que cada um cumpra a função de contribuir para a realização
pessoal de cada um, e, que a criança de hoje, possa se transformar em um
adulto comprometido com sua história de vida e que possa desenvolver seu
papel social, político, filosófico, econômico e cultural, de forma promotora para
seu sucesso diante do área profissional que irá desenvolver.
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3 – DA RELAÇÃO ESCOLA X PROFESSOR X ALUNO X
COMUNIDADE
Para entendermos essa situação, precisamos reconhecer uma dicotomia
entre a Escola tradicional e a Escola Nova, Segundo Garcia (1983):
Na relação pedagógica o que se aprende não é tanto o que se
ensina, mas o tipo de vinculo educador-educando que se dá na
relação entre ambos. Vejamos o significado desta relação nas teorias
tradicionais e escolanovista:
a) Escola Tradicional- dar-se de forma vertical de cima para baixo,
em que prevalece o autoritarismo, a intransigência, o castigo. A
palavra do professor é verdade absoluta, porque o ensino é centrado
nele, tendo o aluno um papel passivo-receptivo.
b) Escola Nova- a relação entre docente x discente, é democrática, o
professor assume o papel de orientador das atividades do aluno e
este tem o papel ativo no processo de ensino.
Com isso, o autor retrata um grande paradigma em nossa educação, o
antes e o agora, sendo que no primeiro momento, a educação apresenta um
professor que detém o saber “o sabichão” e o aluno se retém ao silêncio. Na
segunda situação, essa relação é completamente diferente, seu pressuposto
básico visa ao aluno, expor suas necessidades e interesses próprios,
compartilhando sua opinião e demonstrando que sua dificuldade é diferente da
dificuldade
do
outro,
cabendo
ao
pedagogo
o
entendimento
e
o
reconhecimento das diferenças individuais que cada um possui. Esta ótica
defende também a relação democrática, amigável e fraterna, num clima
harmônico e sem conflitos, mantendo sua autoridade sem autoritarismo.
Até tão pouco tempo, o educador estava num plano acima do educando.
Mas isso é passado, o aluno agora é o centro desse processo educativo. O
professor atual deve ser amigo dos alunos, humilde e tolerante, mas nunca
licencioso. No entanto, não pode perder o equilíbrio em sala de aula, deve
sempre manter a alegria de viver em comunhão com seus alunos e promover
um ambiente saudável e propício ao aprendizado juntamente com a equipe
pedagógica.
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O papel social é a formulação de direitos e deveres ligados a uma
determinação social. Desta forma o papel do professor não pode ser
deslocado do contexto onde se manifesta. E a é a concepção que
temos do nosso papel é um fator muito importante, chegando até a
ser percebido como uma segunda natureza, parte integral de nossa
personalidade. Ele se forma como resultado da interação do
individuo com os demais, com seu grupo social e a sociedade a que
pertence (GOFFMAN, p. 29).
É o que também afirma Vigostsky (2000, P.56) “a relação professor-aluno
é uma das múltiplas díades possíveis numa determinada sociedade, ao qual
possuem características típicas que incluem direitos e obrigações”. Tanto
professor, quanto o aluno, ambos possuem os mesmos direitos e obrigações,
delegadas a ele de formas diferente, sendo que cada um cumpra de forma
harmoniosa, seu papel no contexto escolar. Para Woolfolk (2002),
As ações do professor em sala de aula devem ser comprometidas
com a melhoria do rendimento do aluno e, para tanto, são indicadas
algumas variáveis que pressupõem um melhor desempenho do
professor no que diz respeito à evolução da aprendizagem na sala de
aula, são elas: quantidade e ritmo da instrução: refere-se ao tempo
fixado pelo professor para as atividades e as condições para que
esse tempo fixado seja realmente aproveitado pelos alunos para
aprendizagem; agrupamento na sala e rendimento: a instrução para
grupos pequenos é mais complexa que as instruções para a classe
como um todo; dar informações: o professor deve apresentar
ativamente os conteúdos e estruturá-los de forma a facilitar a
lembrança da informação; perguntar aos alunos: deve-se propor
perguntas aos alunos atentando sempre para o nível e dificuldades,
nível cognitivo e clareza das mesmas; reações às respostas do
aluno: quando estas forem corretas deve reconhecê-las mediante
confirmação, nas que forem parcialmente corretas, o professor deve
confirmar a parte correta e continuar insistindo, quando a resposta for
completamente incorreta, deve-se evitar uma crítica pessoal ao
aluno; o trabalho independente e as tarefas para casa: o professor
deve animar o aluno na responsabilidade de seu trabalho assegurara
a ajuda de que eles necessitarem, controlar atentamente a execução
da tarefa e dar o feedback; e finalmente, especificidade do contexto:
o professor deve estar atento ao nível socioeconômico dos alunos e
suas características afetivas, percebendo assim o grau de segurança
dos alunos, sua ansiedade e alienação.
Ao se compreender a relevância desta relação, pode-se entender o
ensino como um processo continuo de negociação de significados e
estabelecimento de contextos mentais compartilhados, cuja analise implica
necessariamente considerar as intrincadas relações humanas estabelecidas
21
em sala de aula. No entanto pode modificar o comportamento real dos alunos
na direção das expectativas.
Cabe ao pedagogo assegurar a estabilidade da sociedade através do
ensino das normas morais vigentes e estimular o respeito a essas regras, que
visa sobretudo a coletividade, sendo que a escola forma indivíduos para
atender diversas atividades na sociedade, tais como: professor, médico,
enfermeiro, dentista, engenheiro, etc., mas a educação colabora também, para
desenvolver nos indivíduos, um olhar crítico da realidade e transformá-los
como cidadão ativos.
O caminho para mudar a escola, é o mesmo caminho que o povo já
vem trilhando em busca da solução para tantos outros problemas de
sua vida quotidiana [...] vendo, julgando e agindo juntos, o povo se
educa e mostra que a educação não acontece só na escola. A gente
se educa a cada dia, durante a vida inteira, aprendendo das
experiências que vive e aprendendo ainda mais se elas são vividas e
discutidas em comum (CECON, 1986, p. 90-92).
Vale ressaltar que não é só na escola em que recebemos aprendizado,
todos os dias recebemos inúmeras informações, informações essas vidas de
jornais, revistas, no cotidiano escolar, nas conversas entre amigos, sempre
aprendemos algo que nos acompanharão durante toda a nossa vida.
Para isso, é necessário que na transmissão dessas informações, sejam
feitas de maneira ordenada, consciente e responsável, é o que afirma Aranha
(1996, p. 216):
Os conteúdos de ensino precisam ter significação humana e social. A
apropriação deste é promovida por meio da socialização do
conhecimento produzido histórica e socialmente, ou seja, pelo
trabalho educativo produz-se intencionalmente nos alunos o que a
sociedade produziu coletivamente no decorrer do tempo, a sua
herança cultural: a ciência, as artes, a religião, as técnicas, etc.
Nesse o contexto, o autor destaca o objetivo do processo de conduzir o
aluno ao saber e a experiência, sistematizando o caminho seguido pelo próprio
aluno com a intervenção do professor e do pedagogo, pois tanto o professor
quanto o pedagogo possuem um papel importante na continuidade do saber,
22
oferecendo elementos de análise crítica, o que implicará na formação do
cidadão.
Se a relação professor-aluno deve ser uma relação estimulante, no
sentido de permitir e ajudar o crescimento do estudante como ser humano, é
imprescindível que o professor assuma sua posição como orientador de sua
evolução, é o que afirma com propriedade Snyders (1978, p. 310):
Para se perceber a significação de uma pedagogia, é necessário
remontar até seu elemento dominante: o saber ensinar. Que se diz e
que se oculta aos alunos? Para que ações os conduzem as palavras,
os silêncios, as atitudes explicitas do mestre? Que ajuda se lhes dá,
para ultrapassarem as mistificações interessadas nas quais tantas
forças contribuem para os manter?
A relação professor-aluno pode ser sintetizada na colaboração do
progresso do saber dos alunos, elaborado a partir de sua experiência e
confronto com os conteúdos apresentados pelo professor aproveitando as
experiências trazidas pelo aluno do seio familiar e que estes possam servir
para seu desenvolvimento.
A aprendizagem, segundo essa tendência, significa o
desenvolvimento da capacidade de processar informações e lidar
com conteúdos do ambiente, organizando os dados disponíveis da
experiência. [...] A transferência da aprendizagem se dá a partir do
momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial
e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora (LIBÂNEO,
1990, p. 42).
O ato de aprender envolve sempre uma compreensão bem mais
abrangente do que o espaço restrito do professor em sala de aula. Tanto o
professor, quanto o aluno e a escola, encontram-se em contextos mais globais,
que interferem no processo educativo e precisam ser levados em consideração
na elaboração e execução dos processos ensino-aprendizagem a serem
desenvolvidos no cotidiano escolar. Para Piaget (1993, p. 113), “a
aprendizagem é uma modificação duradoura do comportamento, em função de
aquisição devidas a experiências”. Ela é uma relação entre o sujeito e o mundo
externo e que tem conseqüências em sua organização interna do
23
conhecimento, todavia, só se aprende quando esse processo tem significado e
são originais à vida do indivíduo.
Na concepção de Lopes (2000, p. 41), relata que:
A vivência do cotidiano escolar nos tem evidenciado situações
bastante questionáveis neste sentido. Percebe-se, de inicio, que os
objetivos educacionais propostos nos currículos dos cursos
apresentam-se confusos e desvinculados da realidade social. Os
conteúdos a serem trabalhados, por sua vez, são definidos de forma
autoritária, pois os professores, via de regra, não participam dessa
tarefa. Nessas condições, tendem a mostrar-se sem elos
significativos com as experiências de vida dos alunos, seus
interesses e necessidades.
A partir desse enfoque, observamos que para haver aprendizagem,
precisamos criar possibilidade, quando na elaboração do plano de ensino,
devemos acima de tudo questionar o aluno sobre o que ele também quer
aprender e não somente as decisões que o professor, com auxílio do plano
curricular, que queira ensinar.
Para que isso aconteça, precisamos estar preparados para essas
mudanças em nossa vida, pois só há aprendizagem, quando há mudança de
comportamentos, sabe-se que toda mudança causa impactos e quando esses
impactos trazem melhoria é compreensivo por todos, mas quando não,
precisamos encontrar mecanismos para que estas não deixem cicatrizes, e, é
ai que é fundamental o papel do pedagogo na busca desses mecanismos para
amenizar tais mudanças.
Além e por causa disso, precisamos ensinar para a complexidade,
isto é, formar as mulheres e os homens em uma série de
conhecimentos, habilidades e valores cuja finalidade fundamental,
consiste em saber resolver problemas que a vida nesta sociedade irá
colocar-lhes. Compreender, analisar e interpretar... para atuar implica
sem resolver situações em que os problemas que se apresentam
nunca são simples, as respostas nunca se resumem a uma só área
de conhecimento. Quando a opção educativa é a do conhecimento
para a ação crítica, o ensino deve orientar-se para propor um saber
escolar complexo. Um conhecimento que seja global, integrador,
contextualizado, sistêmico, capaz de enfrentar as questões e os
problemas abertos e difusos que a realidade coloca (MANUAL
DIDÁTICA I, 2002, p. 44)
24
Essa forma de entender a aprendizagem convém lembrar, que o aluno
não chega à escola sem nenhum conhecimento. Se fosse assim, teríamos
homens ideais e puros, pois a escola só iria lhe ensinar o que era de melhor,
para si e para a sociedade. Isso implica normalmente em uma iteração do
aluno com o meio, captar e processar os estímulos provenientes do exterior
que forem selecionados, organizados e seqüenciados pelo professor. Como
conseqüência disso, o aluno transforma seu estado inicial, alcançando um
estado final que se caracteriza por ser capaz de manter uma conduta que
antes do processo era incapaz de gerar. Assim, a aprendizagem é uma
construção que o aluno realiza sobre o meio que está inserido, incorporando
novas informações em seu armazém cognitivo.
Para Garcia-Celay & Tapia (2002, p. 263 e 280),
Para que uma pessoa assuma de bom grado a tarefa de mudar suas
normas de comportamento, a primeira condição é que, embora essa
mudança possa vir sugerida de forra, ela a assuma como algo que
deseja e escolhe de forma autônoma e voluntária. Isso também é
valido nos caso dos alunos porque, se essa condição não ocorre,
podem rejeitar a atividade escolar e não progredir em sua
aprendizagem. A aceitação da atividade escolar como algo positivo e
desejável se vê facilitada dependendo da forma como os professores
a apresentam [...] Para que os alunos sintam que trabalham no que
querem porque eles assim o querem, é importante que o professor
ofereça o máximo de opção, [...] todos nós nos sentimos mais a
vontade quando trabalhamos para conseguir o que nos interessa e
que nós mesmos escolhemos que quando algo que nos é imposto.
Com a experiência que adquirimos nessa labuta escolar, observamos que
a aprendizagem acontece realmente, quando aplicamos conteúdos que sejam
interessantes aos alunos, no entanto, deixar que o aluno também opine nas
decisões tomadas em sala de aula, como: oferecendo-lhes vários temas de
seu interesse, para que o mesmo, escolha para ser aplicado quando possível;
deixar que ele escolha o (s) parceiro (s), para o trabalho de equipe; o tipo de
atividades a serem desenvolvidas na recreação, etc., como também, elogiar
sua participação em qualquer atividade.
25
4 – DOS FATORES DINAMIZADORES DA EDUCAÇÃO
Sabemos que vários fatores influenciam para que as crianças aprendam,
fatores esses que estão relacionados com a família, a escola e consigo
mesmo. Há ainda uma proposição de que os problemas de aprendizagem
incluem diversos distúrbios, que segundo Johnson (1987), dividem-se em
diversos fatores:
- Fatores orgânicos e constitucionais da criança;
- Fatores específicos, localizados principalmente na área
perceptivo-motora (visão, audição, coordenação);
- Fatores psicogenéticos que compreendem os fatores
emocionais e intelectuais;
- Fatores ambientais, representados pelo lar, pela escola e pela
comunidade como o um todo.
Tais fatores representam as causas relativas aos problemas de
aprendizagem. Fatores esses, relacionados às questões orgânicas, causados
por parasitas ou deficiência dos órgãos internos, e também, de causas
psicogenéticas, como as que causam efeitos psicológicos, quais sejam, os
complexos de inferioridade ou de superioridade, o isolamento social, a inibição
e outros; quanto à deficiência da visão, audição e de coordenação motora,
pois, sem enxergar, a crianças não irá ver o que se passar ao seu redor, sem
ouvir, não escutará as informações transmitidas pelo professor e, sem
coordenação, terá uma grande dificuldade, de realizar os movimentos
necessários, dependendo do tipo da sua deficiência; os de causas
psicogenéticas, como as que causam efeitos psicológicos, quais sejam, os
complexos de inferioridade ou de superioridade, o isolamento social, a inibição
e outros; e os relacionados ao ambiente em que está inserido, como a família,
a comunidade, os grupos de amigos e a escola. De acordo com o pesquisador,
isso irá diferenciar as afirmativas de um para o outro, Drouet (1997, p. 93), diz
que:
Cabe ao professor observar as crianças, identificar aquelas que
apresentam problemas de aprendizagem e encaminhá-las ao
especialista adequado para diagnóstico e tratamento. Adverte que os
distúrbios da fala, da audição emocionais, do comportamento, etc.,
26
constituem-se em obstáculos à aprendizagem, prejudicando-o ou
mesmo impedindo-o.
É evidente que, nem todas às vezes o professor é capaz de identificar
problemas, apresentados pelos alunos em sala de aula, mas sempre deve
estar atento aos que apresentarem qualquer tipo de deficiência. Essas
informações devem ser transmitidas a direção da escola e pais, para que os
mesmos tomem providências para identificarem tais problemáticas. Neste
sentido, convém citar alguns fatores que podem influenciar na aprendizagem
das crianças, tais como: fatores familiares, fatores individuais, fatores
ambientais e fatores escolares, são o que afirma Piletti (1989, p. 146), quando
descreve esses fatores:
Nossa sociedade, caracterizada por situações de injustiças e
desigualdade, cria famílias com mil e uma dificuldades para
sobreviver. Esses problemas atingem as crianças, que enfrentam
inúmeras dificuldades para aprender. Compreender essas
dificuldades é o ponto de partida para o trabalho do professor. [...] Os
problemas podem estar ligados à estrutura familiar, que nem todo os
alunos pertencem a famílias com pai e mãe, com recurso suficientes
para uma vida digna. Normalmente verificam-se situações diversas:
os pais são separados e o aluno mora com um deles, o aluno é
órfão, o aluno vive num lar desunido, o aluno vive com algum
parente, etc.; [...] Ao número de irmãos, quando são muitos, torna-se
difícil dar a todos a atenção que precisam; [...] O tipo de educação
dispensada pela família, é feita com amor, paciência e coerência,
pois desenvolve nos filhos a autoconfiança e espontaneidade, que
favorecem a disposição para aprender [...] a educação familiar
inadequada trazem conseqüência negativas para a aprendizagem,
como: educação autoritária, educação com muito mimo, educação
desigual e educação que valoriza a ambição.
A família é o grupo social fundamental na sociedade e o primeiro que o
individuo participa. A família esta formada por homem, mulher e filhos, ao qual
conhecemos como família conjugal, não é regra, podem ter várias formações,
como famílias formadas por marido e mulher e sem filhos, mãe e filhos, pais e
filhos, etc., chamados de família nuclear. É salutar uma família estruturada,
onde reine a fraternidade, carinho, compreensão e o amor, entretanto é na
família que a criança aprende suas primeiras atividades para a vida, como:
andar, falar, discernir entre o bom e ruim, o certo e o errado, etc., ela transmite
para seus filhos mais conhecimentos de maneira informal do que formal. Os
níveis de informações dos membros da família para os filhos são apenas
27
indicadores que nos permitem situar o nível cultural de cada família, sem nada
informa dos conteúdos herdados pelas famílias mais cultas a seus
descendentes. A criança espelha-se nas pessoas em que tem mais contatos,
assim como seus hábitos e comportamentos, pois se este ambiente e de boa
qualidade, teremos crianças de qualidades, pelo contrário, isso acarretará
problemas no seu desenvolvimento, social, político, cultural e até intelectual,
tornando-se mais uma vítima de uma sociedade desigual. Para que isso não
ocorra, é preciso que na formação ou desunião de um casal, a criança esteja
em primeiro plano, outrossim, ela será a única prejudicada, influenciando
desde de sua criação até seu aprendizado escolar.
Outro fator que interfere na aprendizagem dos alunos está relacionado
com os fatores individuais. Que também viabiliza para deficiência da
aprendizagem em nossas escolas, ou melhor, na sala de aula. Em síntese, o
ensino deve ser igualitário para todos, convém ao professor, observar
indistintamente os alunos, verificando se o nível de aprendizado está de
acordo com o seu desenvolvimento físico, mental, social e cultural. O
atendimento dos alunos deve ser acompanhado um a um, verificando se seu
grau de aproveitamento ou de deficiência, quanto ao recebimento das
informações, está de acordo com seu desenvolvimento e sua faixa etária. Para
entender o aluno como “pessoa humana”, é difícil, requer uma habilidade muito
grande do professor, assim como da escola. Ambos devem elaborar
metodologias que visem coletar informações acerca dos alunos. É importante
ressaltar, que qualquer definição de mudanças ou variações de um
comportamento deve considerar, antes de qualquer coisa, a sua origem
genética, pois somente quando existe um afastamento dos padrões vigentes
do grupo que está inserido, este é considerado anormal, podendo assim,
apresentar problemas, como: dislexia, afasia, apraxia, agnosia, hiperatividade
e outros, que por sua vez, poderá ser a causa do seu fracasso na escola.
Crianças portadoras de qualquer tipo de deficiência podem ser
ridicularizadas pelos colegas, por os mesmos o acharem diferentes. Pois,
crianças dessa natureza, apresentam necessidades próprias, especificas e
28
diferentes dos demais alunos, exigindo necessariamente de recursos didáticos
e metodológicos educacionais específicos. É o que afirma Piletti (1989, p. 154),
De início, convém que o professor esteja atento ao nível de
maturidade, ao ritmo pessoal e as preferências dos alunos. Cabe ao
professor adequar as atividades da sala de aula a essas
características individuais. [...] Fatores de origem nervosa podem
fazer com que as crianças sentem comportamentos prejudiciais à
aprendizagem: a criança pode ter dificuldades de aprender porque
não consegue ficar quieta em sua carteira, é hiperativa; [...] certos
cacoetes ou hábitos de comportamentos que a distraem da atividade
escolar: coçar a cabeça, chupar os dedos, roer as unhas, etc.; [...] às
vezes, a criança não aprende porque não dorme ou não come direito.
[...] Outro fator refere-se às de caráter orgânicos, criança muito
gorda, alta ou baixa, em relação a media das crianças de sua idade,
pode apresentar distúrbios na aprendizagem. [...] Devemos ainda
pensar nas crianças com deficiência física e mental, que muitas
vezes são discriminadas em casa, na escola, no trabalho e na
sociedade.
A escola, outro fator inerente na aprendizagem, como estabelecimento
promotora do saber, sua ação educativa está voltada as disposições
individuais ou coletivas de seus alunos, propondo atividades de seus
interesses, viabilizando seu desenvolvimento moral, social, intelectual, cultural
e político, examinando constantemente seus atos, analisando seu sucesso e
seu fracasso.
Em relação ao processo de aprendizagem, o sistema social em que a
escola está inserida, torna-se inadequada e insatisfatória ao desenvolvimento
das crianças, ao invés da escola se adaptarem as crianças, acontece ao
contrário, a criança que tem que se adaptar as suas normas e regras, que
muitas vezes são amparadas por um regimento interno, que visa sempre os
interesses dos agentes educacionais, exceto os dos alunos.
Para isso, Piletti (1989, p. 147-149), detalha quatro fatores escolares que
podem afetar a aprendizagem:
1- O professor- certas qualidades do professor, como paciência,
dedicação, vontade de ajudar e atitude democrática, facilitam a
aprendizagem. Ao contrário, o autoritarismo, a inimizade e o
desinteresse podem levar o aluno a desinteressar-se e não aprender.
2- A relação entre os aluno- será influenciada com a relação que o
professor exerce com os alunos: um professor dominador e
autoritário estimula os alunos a assumirem comportamentos de
29
dominação e autoritarismo em relação a seus colegas. [...] cria-se um
tal clima de desigualdade e competição, luta e tensão, produz efeitos
negativos sobre a aprendizagem, o mais forte procura dominar e
explorar os mais fracos.
3- Métodos de ensino- são importantes elementos a serem
considerados no planejamento, pois são eles que asseguram ao
professor a ministração de uma boa aula, capaz de promover uma
boa aula. [...] Quando não aplicados de forma coerentes, podem
prejudicar a aprendizagem.
4- Ambiente escolar- o tipo de sala de aula, a disposição das e a
posição dos alunos, por exemplo, são aspectos importantes. Uma
sala mal iluminada e sem iluminação, em que os alunos
permanecem sempre sentados na mesma posição, cada um olhando
as costas do que está na frente, certamente é um ambiente que pode
favorecer a submissão, a passividade e a dependência, mas não o
trabalho livre e criativo.
O professor, aquele que transmite informações precisa aos alunos e em
que o mesmo espera o melhor dele. Sistematicamente, o docente, para ser o
melhor, tem que ser o “bonzinho”. Pelo contrário, o aluno valoriza o que é
exigente, que cobra participação e tarefas de maneira democrática e autentico
e acima de tudo, amigo. O senso de humor do professor, ou seja, o gosto de
ensinar torna-se a aula mais agradável e interessante. Quando isso não
acontece, o professor é intransigente, e, o aluno, o tem como inimigo, criando
impasse entre o ensinar e o aprender.
Nesse caso o papel do pedagogo é mediar a relação entre o professor e
os alunos, para eles, a sala de aula é um lugar de competição, onde os
melhores passam de série. Mas, para o professor em relação aos alunos, isso
não existe, a sala de aula é um lugar onde todos têm as mesmas
oportunidades de aprender, assim como de transmitir suas experiências e
externar suas inquietações, eles observam o professor e por muitas vezes,
passam a agir com os colegas da mesma forma que o professor age com eles.
Quando isso acontece, o prejudicado é sempre o aluno.
Os métodos de ensinar é outro fator que podem tanto ajudar como
prejudicar o aprendizado. Somos sabedores, que não é o método que irá
viabilizar a aprendizagem, mas sim, a forma como o profissional irá aplicá-la.
Não adianta elaborar uma metodologia perfeita e não saber trabalhá-la,
30
mesmo que o método seja simples, mais bem aplicado, obviamente que
teremos um aprendizado satisfatório.
Já o ambiente escolar, é um todo fundamental como meio de propiciar o
saber, isso quando suas estruturas estão nos padrões pedagógicos, favorecem
a aprendizado, como por exemplo: salas bem iluminadas e bem climatizadas;
espaçamento entre carteira de forma que todos possam ver e ouvir os colegas,
assim como o professor; carteiras confortáveis; materiais didáticos adequados
para uso de professores e alunos; número de alunos deve ser correspondente
às possibilidades de o professor atender individualmente cada aluno; ampla
área para pratica de jogos e recreações. Isso irá proporcionar um ambiente
com boas perspectivas, mas só isso não é o bastante, toda equipe pedagógica
deve estar compromissada com esta ação educacional, principalmente o
professor, este deve estar motivado para conseqüentemente motive seus
alunos.
O professor em sala de aula, é primeiramente um observador de
questões como: o que os alunos querem aprender, quais as suas
solicitações, que maneira escolhem preferencialmente, que
conhecimento têm de artes, que diferenças de níveis expressivos
existem, quais os mais e os menos interessados, os que gostam de
trabalhar sozinho ou em grupo, e assim por diante (PARAMETROS
CURRICULARES NACIONAIS-ARTES, 1997, p. 111).
Quando observamos nossos alunos e compreendemos habilidades e
dificuldades, temos facilidade para desempenhar um bom trabalho. Dessa
forma, também, temos condições de avaliar quando e por que o aluno não está
aprendendo. O professor por muitas vezes, tem que verificar se a metodologia
que foi empregada está adequada àqueles alunos, Ou, se eles estão
desmotivados. No entanto, qualquer que seja sua dificuldade, deve-se buscar
soluções para resolvê-las.
É na comunidade que o educando espelha-se o seu maior reflexo para o
seu desenvolvimento social, político, ético e intelectual, pois o ambiente a qual
este está inserido pode de maneira direta ou indireta, influenciar na sua vida,
escolar, familiar ou comunitária, cabendo-se ao pedagogo e a escola busca
31
medidas que ocupem o diário deste aluno para que ocupações oportunas não
venham prejudicar o desempenho escolar.
Essa adequação social do educando na sociedade faz com que a criança
interiorize alguns de seus valores, usos, costumes, crenças e habilidades
transmitidas de geração a geração, de outra maneira ele pode desenvolver
diante da comunidade, em que está inserido, uma postura individualista,
fazendo algumas concessões ao grupo a fim de conseguir ser aceita por este.
Neste contexto o pedagogo precisa esclarecer aos alunados que diante da
escola ele precisa reconhecer seus ideais e valores, todavia, embora ele se
conforme em alguns momentos, só o faz com relutância, até que consiga
satisfazer suas necessidades, mas na verdade precisamos conscientizá-lo de
que levar vantagem ou desvantagem em uma situação faz parte do dar e
receber. É o que é bem retratado por Mouly (1993 p. 138), quando diz que:
Existem grandes diferenças no desenvolvimento social de diferentes
crianças, até na mesma família. Tais diferenças podem ser
explicados a partir da hereditariedade e do ambiente, mas há
grandes divergências quanto à relativa contribuição de cada um
desses fatores. [...] Naturalmente não existem provas para discutir
essa controvérsia, mas existem muitas provas que levam a discutir a
opinião popular, segundo a qual o desenvolvimento social é
fundamentalmente resultante de influencia ambiental.
Assim, pode-se dizer que a relação entre Escola, Professor e
Comunidade, representa um papel importante na vida do educando, pois esses
fatores integrados e implementados de forma correta e coerente promoverão
um desenvolvimento integral do aluno, uma vez que a participação no
profissional pedagógico é de suma importância no desenvolvimento e na
integração das atividades desenvolvidas no ambiente escolar.
5 – AFINAL, O QUE É MOTIVAÇÃO?
Para que os conteúdos sejam úteis aos alunos, é importante contarmos
com a ajuda de todos. O acompanhamento da equipe pedagógica, pais,
comunitários, outros, corroboram para uma aprendizagem firme e sólida, pois
32
uma motivação a mais é sempre boa para mexer com os ânimos dos alunos
em sala de aula. Afinal, o que é mesmo Motivação?
Alguns dicionários conceituam motivação como:
Motivação- s. f. ato de motivar; exposição de motivos ou causas;
causa, razão, fim intuito, escopo. (BUENO, 1956, p. 836)
Motivação- s. f. 1. Ação, ato ou efeito de motiva. 2. Conjunto de
motivos que explicam um ato; exposição de motivos. 3. Tudo o que
provoca uma pessoa a agir de certo modo, a fazer determinada
coisa, etc. causa; razão. 4. Objetivo, propósito ou finalidade das
ações de uma pessoa; fim; intuito; meta. (SACCONI, 2001, p. 629).
Motivação- s. f. 1. Ato ou efeito de motivar. 2. Exposição de motivos
ou causas. 3. Conjunto de fatores, os quais agem entre si, e
determinam a conduta de um individuo. 4. Desperta o interesse por
aula, conferencia, atividade ou alguém (FERREIRA, 2001, p. 473).
Esses conceitos técnicos sobre motivação. Há uma relação muito estreita
entre eles, e verifica-se que motivação é o ato ou efeito de motivar, assim
como exposição de motivos ou causas, razão, fim, intuito, escopo; são tantos
significados,
que
quando
esses
conceitos
passam
a
ser
discutido
cientificamente, cada pesquisador ou teórico, desenvolvem uma metodologia
explicando a motivação de acordo com sua área de aplicação. Segundo
Campos (2002, p. 108),
Etimologicamente a palavra motivo vem do latim movere, motum, e significa
aquilo que se faz mover. Em conseqüência, motivar significa provocar
movimento, atividade no individuo. [...] O motivo pode ser definido como uma
condição interna, relativamente duradoura, que leva o individuo ou que o
predispõe a persistir num comportamento orientado para um objetivo,
possibilitando a satisfação do que era visado. Motivação, será o processo
que produz tais condições.
Compactuando com esse conceito, Nérice (1983, p. 168), diz que, “a
Motivação, psicologicamente, é o processo que se desenvolve no interior do
individuo e o impulsiona a agir mentalmente ou fisicamente. O individuo
motivado encontra-se disposto a dispor de esforços para alcançar seus
objetivos”. É o que também concorda Woolfolk (2000, p. 326), “motivação é
geralmente definida como um estado interior que estimula, direciona, e
mantém comportamento”. Juntamente com eles, Sawrey e Telford (1976, p.
18), diz que a motivação é, “uma condição interna relativamente duradoura que
33
leva o individuo ou que o predispõe a persistir num comportamento orientado
para um objetivo, possibilitando a transformação ou a permanência da
situação, a fome, a sede, a curiosidade, são exemplos de necessidades de
realização”. No entanto, ambos afirmam que a Motivação é algo desencadeado
pelos impulsos interiores do indivíduo, com o intuito de impulsioná-lo a exercer
uma determinada atividade, atividade essa, que realizamos com alguma
finalidade, onde só conseguimos quando tais realizações são motivadas de
forma a alcançar um determinado objetivo. Em educação, o fator decisivo
desse processo de aprendizagem em sala de aula, está direcionado ao
professor, pois se o aluno não está motivado e não estiver disposto a
aprender, não haverá, de modo algum, aprendizagem. Pois, não há método ou
técnica de ensino que dispense a participação integral do aluno, assim motivar
as atividades escolares, é uma das prioridades que devem ser atribuídas a
quem aprende. Para Bock (1999), “a motivação é um processo que relaciona
necessidade, ambiente e objeto, e que predispõe o organismo para a ação em
busca da satisfação da necessidade”. Atribui-se a motivação o fator que tanto
facilita quanto a dificulta a aprender, todavia às condições motivadora para
sucesso ou o fracasso dos professores em ensinar algo a seus alunos,
depende primeiramente em saber se ambos quererem realizar tal tarefa e
também se os mesmos estão motivados, se estiverem, as probabilidades são
satisfatória, caso contrário devemos verificar o que fazer para ajudar na
realização desta. É o que afirma Lima (1971),
Motivar não é senão mobilizar as forças físicas e psicológicas e levar
os participantes ao pleno engajamento, e nessa tarefa, assumirem
integralmente o processo participativo na instituição em que estão
desenvolvendo sua ação educativa. [...] Uma força, uma energia, que
nos impulsiona na direção de alguma coisa que nasce de nossas
necessidades interiores.
Podemos dizer que um comportamento motivado, caracteriza-se por uma
energia que vem de dentro, que nos direciona aos objetivos e metas que se
deseja atingir. Assim promovem oportunidades para que as ações educativas
venham ser aplicadas de maneira que os alunos possam evidenciar seus
conhecimentos. Neste contexto, Piletti (1989, p. 65), afirma que,
34
Motivar significa predispor o indivíduo para certo comportamento
desejável naquele momento. O aluno está motivado para aprender
quando está disposto a iniciar e continuar o processo de
aprendizagem, quando está interessado em aprender um certo
assunto, em resolver um dado problema, etc. [...] os motivos mantêm
o organismo ativo até que a necessidade seja satisfeita.
Os indivíduos têm necessidades para serem satisfeitas, para isso, é
necessário que esteja disposto a realizar determinadas situações. O aluno, por
exemplo, para aprender deve está motivado, assim como, o professor deve
gosta do que faz para juntos desenvolverem melhor as atividades propostas,
ambos estando motivados, conseqüentemente surgirá à aprendizagem, de tal
forma que só aprendemos quando estamos realmente prontos para receber
essas informações, pois o aparato escolar, assim como, as condições
oferecidas ao professor, como: sala de aula adequada, materiais didático
apropriados, ambiente de trabalho democrático, remuneração de acordo com a
qualificação do professor, são estímulos que auxiliam o professor para que o
mesmo possa desenvolver um excelente trabalho em sala de aula.
Contraposto, sem motivação o aluno não estarão preparados para receber
conhecimentos, sendo que ao professor, a falta de motivação dos alunos nas
primeiras
Séries
do
Ensino
Fundamental,
lhe
proporcionará
maiores
dificuldades em suas atividades e ao diagnosticar a apatia vivida pelos alunos
em seu cotidiano escolar, com certeza sua participação nas tarefas escolares,
serão deficientes e suas atividades desenvolvidas serão tão pouco ou quase
nada.
6 – TEORIAS CONCOMITANTES COM A MOTIVAÇÃO
Para entendermos melhor a motivação, devemos nos reportar as teorias
que dão sustentabilidade para a cientificação desta temática, sendo estudada
dentro das diversas linhas teóricas existentes em Psicologia, como relação à
motivação na Teoria Cognitiva, na Teoria Behaviorista, na Teoria Humanista e
na Teoria Psicanalítica, em que veremos a seguir:
35
∗ A motivação na teoria do Desenvolvimento Cognitivo: teve como
principais precursores Kurt Lewin, Jean Piaget, Lev Vigostky, Jerome Bruner e
David Ausubel. A teoria cognitiva considera que, o homem como ser racional,
decide conscientemente o que quer fazer, como por exemplo, a criança
aprender a cantar. Seu desejo de aprender é um motivo que vem de dentro
para fora, que encontra sua satisfação realizando o que deseja fazer. Isso os
cognitivistas chamam de motivação intrínseca, pois acreditam que a motivação
é determinada por nosso pensamento, não necessariamente para sermos
recompensados ou punidos, mas pela busca de informações para que os
problemas pessoais sejam resolvidos com bastante coerência. Segundo
Novaes (1997), “as pessoas possuem os chamados motivos intrínsecos para
aprender, motivos que não dependem de recompensas exteriores. A
recompensa está em ter resolvido um desafio mental, em ter batido o próprio
recorde ou em ter descoberto algo que se considera útil à comunidade”. A
satisfação, neste caso, está na obtenção de algum resultado ou mesmo na
tentativa de obtê-lo. Por mais agradável que for a retribuição, seria absurdo
premiar alguém por algum feito, pois o que satisfaz o ser humano é a
realização subjacente da própria atividade. Segundo Kurt Lewin, citado por
Braghirolli, (1990, p. 103), “a motivação depende do modo como a pessoa
percebe o estado de coisa que influencia o seu comportamento, e o que é
percebido nem sempre corresponde à situação real”, o que os cognitivistas
querem negar é que o efeito dos estímulos sobre o comportamento seja
automático.
Outra preocupação da teoria do desenvolvimento cognitivo está voltado
as concepções do indivíduo comprometido com a elaboração de seus
conhecimentos sobre os objetos através de um processo mediador, pois todo
conhecimento tem origem nas relações sociais produzidas na relação do
sujeito e o seu semelhante e/ou entre o sujeito e o objeto que por muitas vezes
esta situação vivenciadas por ambos no seio social marcado por condições
históricas e culturais. Piaget encara as crianças como sujeitos ativos da sua
aprendizagem através de uma abordagem construtivista de forma facilitadora
36
sem direcionamento da aprendizagem, pois a sala de aula deve ser um espaço
de exploração e descoberta, mas que para isso ela deve esta motivada. Piaget
divide o desenvolvimento cognitivo da criança em 04 (quatro) estágios:
• Estágio sensório-motor ( do nascimento aos 2/3 anos) - a criança
desenvolve um conjunto de "esquemas de ação" sobre o objeto, que
lhe permitem construir um conhecimento físico da realidade. Nesta
etapa desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói
esquemas sensório-motor e é capaz de fazer imitações, construindo
representações mentais cada vez mais complexas
• Estágio pré-operatório (ou intuitivo) (dos 2/3 aos 6/7 anos) - a
criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das
simbolizações. É a chamada idade dos porquês e do faz-de-conta.
• Estágio operatório-concreto (dos 6/7 aos 10/11 anos) - a criança
começa a construir conceitos, através de estruturas lógicas, consolida
a conservação de quantidade e constrói o conceito de número. Seu
pensamento apesar de lógico, ainda está preso aos conceitos
concretos, não fazendo ainda abstrações.
• Estágio operatório-formal (dos 10/11 aos 15/16 anos) - fase em
que o adolescente constrói o pensamento abstrato, conceptual,
conseguindo ter em conta as hipóteses possíveis, os diferentes
pontos de vista e sendo capaz de pensar cientificamente.
(WWW.NOTAPOSITIVA.COM, 2009)
Cada um desses estágios caracteriza uma fase vivenciada por todo ser
humano, uma vez que diante da maturação de cada um essas fazes podem
acorrer um pouco antes o depois, pois este funciona como um espiral, um
estágio após outros, de modo que cada estágio engloba o anterior e o
intensifica. Assim, desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas
mudanças qualitativas e quantitativas conforme a estrutura de cada indivíduo,
ou seja, ele constrói e reconstrói suas estruturas o que se torna cada vez mais
apto a adaptação ao meio.
Não há inteligência inata, mas a gênese da razão, da afetividade e da
moral se faz progressivamente em estágios sucessivos em que a
criança organiza o pensamento e o julgamento. Por isso sua teoria e
as que dela derivam são chamadas construtivistas. (ARANHA, 1996,
p. 291)
Já Vygotsky (2000) diz que: “O homem se produz na e pela linguagem,
isto é, na interação com outros sujeitos que formas de pensar são construídas
por meio da apropriação do saber da comunidade em que está inserido o
sujeito”. Dessa forma o desenvolvimento cognitivo da criança não pode ser
37
separado do contexto social, sendo a cultura o elo entre a experiência social
vivenciada por ele e o pensamento, tendo o adulto um importante papel nesse
processo a partir das informações transmitidas por ele à criança.
Na educação, Vygotsky, afirma que a aprendizagem deve ocorrer de
forma cooperativa, através do acompanhamento e utilização da Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP), pois não se pode achar que é somente
através da comunicação verbal que podemos desenvolver o pensamento,
deve-se transformar a sala de aula em um ambiente harmônico e propicio ao
aprendizado,
cabe
aos
orientadores
encontrarem
os
mais
diversos
mecanismos para orientarem as crianças através das diversas formas de
cultural.
A linguagem sistema simbólico dos grupos humanos, representa um
salto qualitativo na evolução da espécie. É ela que fornece os
conceitos, as formas de organização do real, a mediação entre o
sujeito e o objeto do conhecimento. É por meio dela que as funções
mentais superiores são socialmente formadas e culturalmente
transmitidas, portanto, sociedades e culturas diferentes produzem
estruturas diferenciadas.
A cultura fornece ao indivíduo os sistemas simbólicos de
representação da realidade, ou seja, o universo de significações que
permite construir a interpretação do mundo real. Ela dá o local de
negociações no qual seus membros estão em constante processo de
recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significações.
Observando as contribuições de Vygotsky na educação utilizando-se da
cultura
como
recurso
simbólico
para
interpretação
do
mundo
real,
compactuamos com sua postura e certificamos que é possível encontrarmos
professores que ainda continuam se apropriando unicamente de recursos
como quadro branco e pincel para mediar os aprendizados dos alunados,
apesar de existir inúmeros recursos que possam contribuir para melhoria da
educação, tais como: jogos paradidáticos, dança, música e teatro como
processo motivador em nossas salas de aula, pois nossos pensamentos são
frutos da nossa motivação, ao sentirmos necessidade especificas, desejos,
interesses ou emoções, somos motivados a produzir pensamento, a motivação
é um dos fatores principais para o sucesso da aprendizagem.
38
∗ A motivação na teoria Behaviorista: está teoria foi iniciado por John
Broadus Watson e inclui nomes importantes como o de Guthrie, Hull e Burrhus
Frederic Skinner. O behaviorismo é um sistema teórico que propõe um estudo
completamente objetivando o homem, apesar de muito dos seus experimentos
tenha sido feito em animais. A motivação na teoria behaviorista, tem como
ponto central o conceito de impulso, entendido como a força que impele a
ação, atribuível às necessidades primárias. Para Watson, no dizer de Barros
(1997, p. 18),
O comportamento tem sido definido como o conjunto das reações ou
respostas que um organismo apresenta às estimulações do
ambiente. Todo o organismo, está continuamente recebendo
estimulações do ambiente e reagindo a elas. Por isso, é que o
cientista afirma que o organismo vive em um constante processo de
interação com seu ambiente. As relações que mantemos com o
mundo que nos rodeia são de dar-e-receber. Recebemos inúmeras
estimulações e damos respostas a elas.
Esta abordagem verifica uma resposta como se fosse exclusivamente
determinada pelo hábito ou pelo impulso, a maior crítica que recebe esta
abordagem, refere-se ao fato de ignorar que, na maioria das vezes, nosso
comportamento é consciente, que reagimos ao mundo externo segundo nossa
interpretação sobre os estímulos.
∗ A motivação na teoria Humanista: Abraham Maslow e Carl Rogers,
foram os principais figuras desta teoria. Segundo Penteado et alli (1995), “para
os humanistas, a única forma de manter o educando dinâmico no processo
motivacional é pela motivação intrínseca”. Maslow, aceitava a idéia de que o
comportamento humano pode ser motivado pela satisfação de necessidades
biológicas, mas rejeitavam a idéia de que toda motivação humana, pode ser
explicada em termos de privações, necessidades e reforço. Evans (1976, p.
120), afirma que,
O homem não é redutível a sua fisiologia, nem é um respondente
mecânico ou mesmo cognitivo a estímulos, nem um campo de
batalha, enfim, para impulsos sexuais e agressivos. Embora esses
enfoques possam esclarecer parcialmente o comportamento
humano, todos eles ignoram o que nos é dado em primeira mão,
sermos pessoas e sentimos que somos pessoas.
39
Nessa abordagem humanista, o homem educado é aquele que aprendeu
a aprender, que aprendeu a se adaptar e mudar, que se conscientizou que
nenhum conhecimento é definitivo e seguro, somente o processo de buscá-lo
oferece uma base estável de segurança. Por esse motivo que Maslow
fundamentou suas pesquisas sobre a motivação, segundo suas necessidades
humanas distribuídas de forma hierárquica, distribuídas de acordo com seu
nível e importância assim demonstradas em forma de pirâmide. Na base as
necessidades fisiológicas, considerada de nível baixo, mas que deve ser
satisfeita para que sirvam de alicerce para também buscar a satisfação das
subseqüentes e, no topo as necessidades mais elevadas que é a de autorealização. Maslow assim distribuiu as necessidades:
• Necessidades Fisiológicas: São relacionadas às necessidades do
organismo, e é a principal prioridade do ser humano. Entre elas estão
respirar e se alimentar. Sem estas necessidades supridas, as
pessoas sentirão dor e desconforto e ficaram doentes.
• Necessidades de Segurança: Envolve a estabilidade básica que o
ser humano deseja ter. Por exemplo, segurança física (contra a
violência), segurança de recursos financeiros, segurança da família e
de saúde.
• Necessidades Sociais: Com as duas primeiras categorias
supridas, passa-se a ter necessidades relacionadas à atividade social,
como amizades, aceitação social, suporte familiar e amor.
• Necessidades de Status e Estima: Todos gostam de ser
respeitados e bem vistos. Este é o passo seguinte na hierarquia de
necessidades: ser reconhecido como uma pessoa competente e
respeitada. Em alguns casos leva a exageros como arrogância e
complexo de superioridade.
• Necessidade de Auto Realização: É uma necessidade instintiva do
ser humano. Todos gostam de sentir que estão fazendo o melhor com
suas habilidades e superando desafios. As pessoas neste nível de
necessidades gostam de resolver problemas, possuem um senso de
moralidade e gostam de ajudar aos outros. Suprir esta necessidade
equivale a atingir o mais alto potencial da pessoa. (HOFFMAN, 1990).
Diante disso, o pedagogo, assim como, toda equipe da escola, deve
conhecer os limites de cada um, pois dentro do campo das teorias
motivacionais, a Teoria de Maslow está entre as mais importantes, ele ressalta
que as necessidades do ser humano não estão voltadas a questão financeira
mais sim a uma forma correta de alcançar a realização de suas necessidades.
40
∗ A motivação na teoria Psicanalítica: essa teoria tem em Sigmund
Freud, seu reconhecido fundador. Segundo Freud citado por Braghirolli, (1990,
p. 104),
O aparelho psíquico compõe-se de três partes, que estão
continuamente interagindo, de forma dinâmica: o “id”, o “ego” e o
“superego”, são conceitos básicos da teoria freudiana e formam a
estrutura da personalidade. O ID, foi identificado como um
reservatório de impulsos instintivos, em busca da satisfação e
completamente inconsciente. O EGO, seria um sistema que,
entrando em contato com o mundo exterior, procura satisfazer as
exigências instintivas do Id. O SUPEREGO, se formaria pela
internalização dos valores e atitudes sociais; seria uma espécie de
censura interna, que aponta os atos meritórios, louvando-os, e os
condenáveis, reprovando-os.
Dessa forma, os três conceitos entrariam, involuntariamente, em conflito,
sendo que as exigências do Id, nem sempre são aceitáveis pelo superego,
principalmente as relacionadas com a satisfação sexual e a agressão. Para o
teórico a motivação é proveniente do Id inconsciente e o comportamento
resulta numa interação, conflituosa ou não, entre os três sistemas. Entretanto,
muitos intuitos e desejos manifestam-se em atividades artísticas, culturais e
esportivas, isto é, suas energias são utilizadas em atividades permitidas. Uma
crítica feita aos conceitos à teoria psicanalítica, é que eles não são passiveis
de verificação empírica, apesar de que o valor da concepção da motivação
inconsciente é amplamente reconhecido.
Tanto as teorias Cognitiva, Behaviorista, Humanista e Psicanalítica, são
pilares de sustentação em que a motivação encontra subsídios para explicar
suas exigências. Pode-se dizer que a motivação é um processo que está
relacionado com as necessidades do indivíduo e do ambiente em que está
inserido, que predispõe o organismo para a ação em busca da satisfação de
suas necessidades, estando presente em toda esfera de nossa vida.
Ao ver de Gagné (1985), “a motivação é uma pré-condição para a
aprendizagem uma vez que emerge, sustenta, regula e direciona a conduta
humana, num contexto educativo, justificando todas as nossas atitudes”.
Muitos professores se questionam o que fazer para motivar os alunos ao
41
aprendizado de uma tarefa escolar, preocupando-se em como criar condições
reais para que os alunos fiquem interessados a aprender. O educador, além de
ser competente em seu campo de conhecimento específico, precisa conhecer
a dinâmica do comportamento humano, em especial, os da sala de aula.
A falta de motivação é causada por características pessoais dos
alunos e do contexto escolar, o medo do fracasso e a forma de
encará-lo; a falta de clareza sobre os objetivos da aprendizagem; e a
não satisfação das expectativas são alguns dos motivos de ordem
pessoal. Além deles, existem as influencias de pais, colegas e
grupos sociais, mais as experiências anteriores de cada um (NOVA
ESCOLA, 2003, p. 14)
Quanto à motivação, esta é obtida através do interesse do aluno pela
matéria, pelo desafio dos problemas propostos, pela estruturação do ambiente,
por reforço exteriores, é o que afirma Bruner (1991, p. 95), “a motivação é
sinônimo de interesse despertado pelo conteúdo e pela maneira como esse
conteúdo é apresentado pelo professor”. É importante no processo do
aprender, a estimulação extrínseca, pois a interação constante com o ambiente
possibilita ao individuo desenvolver sua estrutura cognitiva, que por sua vez, o
habilita a interagir, de modo inteligente, com as pessoas que os cercam, assim
conseguem transformar, também, o ambiente em que está inserido. “Quando o
aprendiz parece se acomodar com o conhecimento adquirido cabe ao
professor apresentar-lhe dúvidas, causando assim desequilíbrio, que para ser
corrigido irá requerer reestruturação cognitiva” (BRUNER, 1991, p. 125). Quero
chamar a atenção, para o fato de que estar pronto para aprender, não
depende somente das habilidades do professor em motivar o aluno, mas
também, de toda a estrutura que existe em sua volta. Pois, a motivação, possui
dois víeis. Uma é a motivação que é nata do aluno e outra que depende das
pessoas que estão em sua volta. Segundo a Nova Escola (2003, p. 14),
As motivações intrínsecas vêm do próprio aluno: a vontade de
aprender e de buscar soluções para os problemas, a escolha e a
realização de tarefas que sejam atraentes e desafiadoras para ele.
[...] as extrínsecas vêm de fora: notas, aprovação no final do ano,
estimulo familiar por médias elevadas. Esses elementos não podem
ser um fim em si mesmo, mas se utilizados com critério e bom senso
fazem surgir – ou ressurgir – a motivação intrínseca.
42
É
observável
que,
para
o
aluno
realmente
aprender,
não
é
responsabilidade única do professor, mas também da família, dos órgãos
ligados à educação, ou seja, da sociedade como um todo. A maioria dos
alunos tenta explicar seus fracassos para sociedade, “crucificando” o
professor, sabe que os educadores possuem tais habilidades que ora lhes
comprometem, mas que fique bem claro, que o fracasso dos alunos possuem
inúmeras causas, cada caso é um caso, a priori precisamos diagnosticar a
causa da deficiência dessa aprendizagem e atribuir instrumentos que favoreçao juntamente com uma motivação que lhe desperte o interesse para a
absorção das informações.
7 – OS INSTRUMENTOS DINAMIZADORES DA MOTIVAÇÃO
Os instrumentos dinamizadores da motivação, por ventura, dão
sustentabilidade para uma prática educativa prazerosa, onde professores e
aluno, através de atividades culturais, divertem-se e ao mesmo tempo
desenvolvem sua criatividade, sensibilidade percepção e imaginação, dessa
forma, não fogem do processo de aprendizagem. A música, por exemplo,
embora seja considerada uma arte difícil, adapta-se bem com as crianças e
contribui para sua motivação educacional. Todo tipo de música, como: erudita,
folclórica, popular, rock, pop e outras, são validas, só a partir do momento que
as crianças passam a conhecê-las, farão sua escolha. O professor, além de
respeitar a opção individual, não deve se restringir a um tipo de música a qual
é de seu gosto.
A música tem sido classificada, de um modo geral, em três grandes
grupos: música folclórica, popular e erudita. É importante que se
procure entender o significado de cada um desses termos e como
são objetivamente aplicados. Esse entendimento permite que se
tenha uma noção clara sobre o tipo de música de que se está falando
e ajuda a evitar preconceitos (MUNDO JOVEM, 2002, p. 23).
Aprender através da música é um método salutar, pois ajuda a
memorização. Observe: é difícil para o aluno memorizar uma regra de
português, pois ele diz que não consegue? Mas, consegue com todas as letras
43
cantar uma música com diversas estrofes. Então, que conclusões tiramos
disso, é que se ele pode memorizar a letra da música e claro que ele também
pode memorizar uma regra qualquer. Todavia, incentivar crianças para música,
pode despertar talentos, assim esses podem produzir muito mais nos estudos.
A escola desempenha o papel de desenvolver a cultura musical do
aluno, estabelecendo relações com grupos musicais da localidade,
participando de eventos, de cultura, shows, concertos e festivais.
Nessa idade, o adolescente deve ter acesso a diversos tipos de
música para ampliar seu repertório (NOVA ESCOLA, 1998, p. 64).
Motivar o aluno através da música, é propiciar meios para que tanto os
alunos quanto o professor, possam juntos aprimorar seus conhecimentos de
forma lúdica e encorajadora quebrando as barreiras da timidez estimulando a
criança a tomar a responsabilidade na hora em que deva falar, discutir,
questionar seus anseios e respeitar as opiniões, tendo condições de
desempenhar qualquer papel na sociedade, de maneira consciente, eficiente e
responsável.
A atitude do professor em sala de aula é importante para criar climas
de atenção e concentração, sem que se perca a alegria. As aulas
tanto podem inibir o aluno quanto fazer com que atue de maneira
indisciplinada. Estabelecer regras do uso do espaço e de
relacionamento entre os alunos é importante para garantir o bom
andamento da aula (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS,
1997, p. 69).
Para uma boa música, sempre há uma boa dança. Motivar através da
dança é de suma importância, pois a dança trabalha os movimentos do corpo
dando uma energia positiva a qualquer trabalho em que o indivíduo realize.
Por meio da dança, o aluno experimenta um meio de expressão
diferente da palavra. Ao “falar” com o corpo, ele abre a possibilidade
de conhecer a si mesmo de outra maneira e melhorar sua autoestima. O simples prazer de movimentar o corpo alivia o estresse
diário e as tensões escolares. Para isso é importante que o corpo
não seja tratado como um instrumento, mas como forma de
comunicação (NOVA ESCOLA EDIÇÃO ESPECIAL -PCN, 2002 p.
38).
O universo da dança é para o aluno é um elo entre a diversão e a cultura.
Todo gesto ou movimento da dança deve corresponder a uma determinada
44
intenção, intenção essa que é fundamental para a vivência de uma linguagem
corporal, assim o indivíduo passas a desenvolver suas habilidades. Motivar
como forma de comunicação, desenvolve a capacidade de criação,
memorização, sentido de ritmo, emoções, autodomínio, sua sociabilidade e
atitude. Assim, o aluno passa a ver a arte como um incentivo à aprendizagem,
aspectos que são fundamentais para seu crescimento individual, coletivo e sua
consciência social. Segundo os PCN’s (1997, p. 69),
A atitude do professor em sala de aula é importante para criar climas
de atenção e concentração, sem que se perca a alegria. As aulas
tanto podem inibir o aluno quanto fazer com que ele atue de maneira
indisciplinada. Estabelecer regras de uso do espaço e de
relacionamento entre os alunos é importante para garantir o bom
andamento da aula. [...] essa também, é uma maneira de o aluno
compreender e incorporar a diversidade de expressões, de conhecer
individualidades e qualidades estéticas. Tal fruição enriquecerá sua
própria criação em dança.
Dessa maneira, a organização das atividades deve seguir alguns critérios
que viabilizem o dinamismo harmônico em sala de aula. O professor tem um
papel primordial na elaboração desses critérios, pois os alunos devem
conhecer suas qualidades e suas diferenças, todavia, devemos ter cuidado
para que o trabalho não caia no comodismo e na improvisação, pois qualquer
que seja sua resposta, não se deve perder o domínio da linguagem expressiva
da dança.
O teatro é uma das tantas linguagens artística, por meio de suas técnicas,
os alunos podem se conhecer e reconhecer suas potencialidade e
possibilidades, assim como seus limites, frete a si mesmo e seus colegas.
Praticar teatro, significa auto penetrar-se, quanto mais rica a experiência, mais
transformador é o resultado. A criação coletiva e individual dos alunos podem
resultar em elo de realizações pessoas para o aluno e para a escola. Segunda
a revista Nova Escola (1998, p. 64),
A educação em teatro tem como objetivo proporcionar experiências
que contribuam para o crescimento integrado da criança sob vários
aspectos. No plano individual, desenvolve as capacidades
expressivas e artísticas. No coletivo, exercita o senso de cooperação,
45
diálogo, respeito mútuo, reflexão e torna as crianças mais flexíveis
para aceitar as diferenças.
Dramatizar, não é somente uma realização de necessidades individuais
ou coletivas, são atividades em que o aluno tem a oportunidade de se
desenvolver dentro da sala de aula de maneira responsável, legitimando seus
direitos dentro desse contexto, estabelecendo uma relação com a finalidade
manifestar suas habilidades no seu grupo.
O professor deve organizar a aula numa seqüência, oferecendo
estímulos por meio de jogos preparatórios, com o intuito de
desenvolver habilidades necessárias para o teatro, como atenção,
observação, concentração e preparar temas que instigue a criação
do aluno em vista de um progresso na aquisição e domínio da
linguagem teatral. É importante que o professor esteja consciente do
teatro como um elemento fundamental na aprendizagem e
desenvolvimento da criação e não como transmissão de uma
técnica. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997, p.
86).
Tendo em vista uma melhor metodologia para motivar os alunos, o teatro
viabilizar oportunidades para o professor, prepara ordenadamente suas aulas,
pois, a partir da aplicação de dramatização em conjunto com os conteúdos, as
aulas passaram a ficar cada vez mais prazerosas e as informações
transmitidas ficaram retido por muito mais tempo na memória dos alunos, pois
o teatro não uma técnica em si, mas uma metodologia influente no processo
ensino-aprendizagem.
46
CAPÍTULO II
MATERIAL E MÉTODO
Obtém-se como tema desta Monografia, “Arte como processo Motivador
no 5º Ano do Ensino Fundamental”,, por se tratar de uma problemática de
cunho educacional que tem causado um certo desconforto aos agentes
educacionais, onde de observa-se uma certa apatia em nossas salas de aulas
e vivenciada pelos alunos das Séries iniciais e suas respectivas dificuldades no
ato de aprender.
A Motivação é um instrumento facilitador que propicia ao professor, assim
como aos alunos, um elo em prol da aprendizagem. Tendo em vista, que não é
a motivação que facilitará que o aluno possa aprender algo, todavia, só se
aprende quando se estar afim. Para isso, precisamos encontrar uma
metodologia que desperte sua atenção, curiosidade, dinamismo e interesse
pelo que se estar ensinando.
Contemplando o episódio de nossas salas de aula, observamos que a
cada ano que se passa em virtude das mudanças e facilidades das Leis de
ensino, os alunos apresentam-se desinteressados em aprender. Haja visto que
quando o professor não proporciona meios que viabilize a motivação desse
aluno, o processo educativo poderá sofre terríveis conseqüências.
Em se tratando de Motivação, todos os instrumentos metodológicos
podem e devem ser utilizados para melhoria desses resultados, instrumentos
esses, que propunham ao professor e aos alunados, condições norteadoras
para que os programas curriculares sejam cumpridos.
Dessa forma, a aprendizagem é um processo continuo e democratizador
da ação educativa e que a motivação através de suas diversas técnicas possa
desencadear e desenvolver as habilidades dos educandos para uma mudança
47
de comportamento em sala de aula, e que sirva para despertar sua autoestima, embora todos os agentes precisem estar sempre bem motivados para
realização desse processo.
Para veracidade dessa pesquisa, levou-se em consideração o método de
abordagem Fenomenológico-hermenêutico, como direcionamento do estudo
desse fenômeno em epigrafe. Assim, de acordo com a aplicação questionários
bem definidos, onde este enfoque busca na relação professor X aluno, meios
que se possam desmistificar tais inquietações do pesquisador. Assim como, os
conflitos existentes entre ambos, onde suas características se divergem
conforme suas necessidades.
A palavra fenômeno deriva da palavra fenômeno, que em grego
significa “o que aparece”. Assim, todo o mundo – os objetos do
conhecimento – é compreendido como o que aparece para o homem
por sua consciência. É o homem que dá significado – valores,
emoções e juízo – ao mundo. (FREITAS & ROCHA, 2007, p. 25)
O método Fenomenológico-hermenêutico, tem como objetivo maior o
estudo dos atores que convivem na sala de aula em suas relações sociais, ou
seja, compreende a realidade pedagógica na interação professor e alunos. No
entanto, Oliveira (1993, p. 44), apresenta os aspectos pertinentes a esse
enfoque:
No
processo
do
conhecimento,
o
enfoque
fenomenológico-
hermenêutico acentua a intencionalidade e a experiência do sujeito,
que constrói símbolos e significados para comunicar e interpretar os
eventos do dia-a-dia. Por esse enfoque, busca-se na pesquisa, o
desvelamento de pressupostos implícitos a uma dada realidade,
procurando-se ultrapassar a aparência fenomênica do real na
captação de sua essência. Pesquisar algo é desvendar o seu sentido;
conhecer é compreender um fenômeno.
Para desvendar os encalços dessa problemática, buscou-se o método
para sua investigação o Interacionismo Simbólico, caracterizada pela
observação onde o pesquisador não pode e não deve interferir, apenas
descrever de maneira sucinta. Por meio desta, temos um contato direto e
48
intensivo de acordo com os agentes envolvidos, objetivando buscar em sua
índole suas aptidões a respeito da motivação através da arte.
O interacionismo simbólico, apropria-se
da observação realizada pelo
pesquisador em relação aos atores sociais da Escola Estadual Monsenhor
Coutinho, com o objetivo de descrever e analisar a interação professor X
alunos. Diante dos aspectos físicos, temporais, institucionais e de aprendizado,
tendo como palco deste, a escola.
Tais observações foram realizadas na Escola Estadual Monsenhor
Coutinho, com os alunos, professores e pais, através de uma pesquisa
quantitativa para coletar dados e informações por meio da observação não
participante e observação individual, tentando entender seus anseios,
habilidades, dificuldades e suas experiências quanto ao seu dia-a-dia em sala
de aula.
Então, para que se realizasse a pesquisa para construção do trabalho,
optamos em questionar os pesquisados a partir de uma coleta de dados de
caráter simples e objetivo, por atingir o maior rigor cientifico, cuja característica
principal é a garantia de que cada indivíduo tenha a mesma oportunidade de
responde o questionário que irão compô-la.
Essa pesquisa foi realizada com a aplicação de um questionário
diversificados com 10 (dez) questões e aplicadas a 59 (cinqüenta e nove)
pessoas da comunidade escolar, sendo: 54 (cinqüenta e quatro) alunos do 5º
Ano do Ensino Fundamental, 03 (três) professores e 01 (um) gestor e 01 (um)
pedagogo, sendo que os dois últimos responderam o mesmo questionário.
Estes questionários estarão à disposição no anexo deste trabalho.
A partir do tema abordado, buscou-se aprimorar mais informações sobre
a importância da motivação através da arte como instrumento metodológico
em busca do saber, investigando de que forma a escola e professores,
preparam os alunos para aprimorarem seus conhecimentos, para que no
49
futuro, possam trilhar seu próprio destino de forma consciente, eficiente e
responsável.
Para isso, é preciso que todos os agentes educacionais, juntamente com
a família estejam comprometidos com a problemática em questão, para
verificar se as formas e os instrumentos utilizados pelos professores
contribuem ou dificultam a aprendizagem dos alunos. Todavia, verificamos que
os alunados, encontram-se desmotivados, sem prospecção alguma para
aprender, assim como também o professor, por reclamar da falta de condições
físicas e sociais da Escola, da falta de materiais didáticos apropriados, do
descaso do salário pago aos agentes educacionais, etc., portanto, é visível que
esses fatores incidem na educação, tendo como o único prejudicado o aluno.
Para obtenção dos dados para analise, foi aplicado durante o mês de
Setembro, alguns questionários para os professores, alunos, gestor e
pedagogo, para que os mesmos respondessem como eram trabalhada a
motivação dos alunos na escola e em sala de aula. Após a aplicação dos
questionários, podemos obter as informações necessárias para realizarmos o
processo de classificação.
Todos os dados obtidos com as observações e os questionários foram
anotados cuidadosamente, para que se fizesse a analise e interpretação,
assim como as descrições. Mais para realizar esse trabalho, desenvolveu-se
um trabalho preventivo para que os dados obtidos não fossem prejudicados,
tais como:
v Seleção, examinar minuciosamente os dados;
v Codificação, que é a forma de organizar os dados por categoria e sua
relação entre si;
v Tabulação, consiste na necessidade de ordenar de forma resumida os
dados e os resultados para facilitar sua compreensão e conclusão a quem vir
dela fizerem uso.
50
Para facilitar os trabalhos de analise, optou-se por um questionário do
tipo sim, não ou mais ou menos, para melhor selecionar e organizar as
informações obtidas através dos pesquisados. Analisado os dados, as
informações colhidas, foram relacionadas em tabelas, onde foram feitas a
distribuição ordenada das respostas e suas respectivas distinções quanto ao
resultado das respostas.
51
CAPÍTULO III
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Ao realizarmos a pesquisa, na Escola Estadual Monsenhor Coutinho,
teve-se a necessidade de realizar um levantamento dos dados para poder se
trabalhar em função motivação dos alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental,
classificado como prioridade a ser investigado, para isso utilizou as seguintes
formas para adquirimos tais informações, como as técnicas de aplicação de
questionário, sendo de suma importância para comprovar um dos problemas
de aprendizagem dos nossos alunos.
A palavra motivação, por ser para eles uma palavra “nova”, houve a
preocupação
em
explicar o
seu
significado,
sua área de atuação,
exemplificando os vários momento que o professor utiliza desse recurso pra
obter resultados satisfatórios em sua aulas,
após a compreensão, foi
distribuído uma ficha com 10 (dez) questões, aos 54 alunos que participaram
da pesquisa, tendo a pesquisa sido colocadas em evidencias para observação
e analise, contribuindo assim, para esclarecimentos da problemática
mencionada conforme questionários respondidos pelos, conforme tabulação
aseguir:
Tabela 01– Respostas dadas pelos 54 alunos do 5º ano do Ensino
Fundamental pesquisados na Escola Estadual Monsenhor Coutinho onde se
obteve as seguintes respostas:
52
PERCENTUAL
Nº
PERGUNTAS
01 Você sabe o que é motivação?
02
05
favoreçam o processo ensino-aprendizagem?
MAIS OU
MENOS
67%
9%
24%
63%
9%
28%
93%
2%
5%
78%
2%
20%
44%
4%
52%
98%
-
2%
93%
2%
5%
33%
9%
58%
89%
2%
9%
100%
-
-
O Professor motiva você a aprender com
satisfação?
Os instrumentos motivadores aplicados por seu
professor acompanham os conteúdos?
Quando o professor utilizou os recursos
06 motivadores, você teve mais facilidade em
aprender?
07
NÃO
Seu professor lhe motiva com instrumentos que
03 A motivação é importante para a sua aprendizagem?
04
SIM
Você já foi motivado através de atividades Culturais
como: música, teatro e dança?
Você concorda que a utilização de atividades
08 Culturais como: música, teatro e dança facilitou seu
aprendizado?
09
Quando o professor utiliza esses recursos, os
resultados são satisfatórios?
Diante dos resultados obtidos, você gostaria que
10
seus professores continuassem sendo utilizado as
atividades Culturais como: música, teatro e dança
como processo motivador?
Fonte: Pesquisa de Campo Realizado na Escola Estadual Monsenhor Coutinho
53
Respostas sintetizadas dos alunos:
1ª Questão:
- Dentre os questionados, 36 sabem o que é motivação, 05 não
conheciam, mas utilizavam e 13 sabiam, mas com certa dúvida.
2ª Questão:
- Quanto se perguntou seu o professor lhe motiva com instrumentos que
favoreçam o processo ensino-aprendizagem, 34 disseram que sim, 05 não
souberam responder e 15 alunos tiveram dúvida ao responder.
3ª Questão:
- Quando se perguntou da importância da motivação para a sua
aprendizagem 50 deles responderam que sim, apenas 01 disse que não e 03
ficaram indecisos.
4ª Questão:
- Ao perguntar sobre se o Professor motiva você a aprender com
satisfação, 42 deles disseram que sim, 01 disse que não e apenas 11 ficaram
em dúvida.
5ª Questão:
- Quando lhes foi perguntado se os instrumentos motivadores aplicados
por seu professor acompanham os conteúdos, 24 responderam que sim, 02
disseram que não e 28 disseram que às vezes sim às vezes não.
6ª Questão:
- Questionou-se que quando o professor utilizou os recursos motivadores,
você teve mais facilidade em aprender 53 responderam que sim, ninguém
disse que não e apenas 05 responderam que mais ou menos.
54
7ª Questão:
- Quanto se perguntou seu se você já foi motivado através de atividades
Culturais como: música, teatro e dança, 50 disseram que sim, apenas 01
respondeu que não e 03 alunos tiveram dúvida ao responder.
8ª Questão:
- Quando foi perguntado se concordava que a utilização de atividades
Culturais como: música, teatro e dança facilitou seu aprendizado 18 deles
responderam que sim, 05 disseram que não e 31 ficaram indecisos.
9ª Questão:
- Ao perguntar que quando o professor utilizava esses recursos, os
resultados eram satisfatórios, 48 deles disseram que sim, 01 disse que não e
apenas 05 ficaram em dúvida.
10ª Questão:
- Quando lhes foi perguntado se é satisfatórios os resultados obtidos, se
eles gostariam que continuasse sendo utilizado as atividades Culturais como:
música, teatro e dança como processo motivador, 54 responderam que sim,
ninguém disse que não e nem mais ou menos.
Assim, concluímos que no ponto de vista dos alunos pesquisados, a
motivação é um instrumento imprescindível no processo ensino-aprendizagem,
onde contribuíram, de forma satisfatória, para despertar no aluno sua
criticidade, seu entusiasmo, sua independência e seu senso participativo em
atividades propostas pelo currículo, entrelaçadas com sua satisfação em
absorver os conteúdos quando transmitidos pelo professor.
Tabela 02 - Em seguida apresentamos os resultados dos questionários
apresentados aos 03 professores do 5º Ano de Ensino Fundamental da Escola
Estadual Monsenhor Coutinho:
55
Nº
PERGUNTAS
01 Você sabe o que é motivação?
PERCENTUAL
MAIS OU
SIM
NÃO
MENOS
100%
-
-
100%
-
-
100%
-
-
100%
-
-
100%
-
-
-
-
100%
100%
-
-
08 Culturais como: música, teatro e dança facilitam o 100%
aprendizado dos alunos?
-
-
100%
-
-
10 utilizando as atividades Culturais como: música, teatro 100%
e dança como processo motivador de seus alunos?
-
-
02
03
Você sabe utilizar a motivação como instrumento
favorecedor do processo ensino-aprendizagem?
A motivação é um recurso importante para contribuir na
aprendizagem dos alunos?
04 Você motiva seus alunos?
05
06
07
Os instrumentos motivadores estão acompanhando os
conteúdos aplicados?
Quando você utiliza os recursos motivadores os
resultados são obtidos?
Você já motivou seus alunos através de atividades
Culturais como: música, teatro e dança?
Você concorda que a utilização das atividades
09
Quando na utilização desses recursos os resultados
foram satisfatórios?
Diante dos resultados obtidos, você vai continuar
Fonte: Pesquisa de Campo Realizado na Escola Estadual Monsenhor Coutinho
56
Respostas sintetizadas dos alunos:
1ª Questão:
- Quando os professores foram questionados se sabiam o que é
motivação, todos responderam que sim.
2ª Questão:
- Quanto lhe foi perguntado se utilizava a motivação como instrumentos
que favoreçam o processo ensino-aprendizagem, todos responderam que sim.
3ª Questão:
- Quando lhe foi questionado da importância da motivação para a
aprendizagem dos educandos, todos responderam que sim.
4ª Questão:
- Ao perguntar sobre se eles motivam os alunos a aprenderem com
satisfação, todos responderam que sim.
5ª Questão:
- Quando lhes foi perguntado se os instrumentos motivadores aplicados
acompanham os conteúdos, todos responderam que sim.
6ª Questão:
- Questionou-se que quando utilizam os recursos motivadores os
resultados são obtidos, todos responderam que mais ou menos.
7ª Questão:
- Quanto lhe foi perguntado se já motivou seus docentes através de
atividades Culturais como: música, teatro e dança, todos responderam que
sim.
57
8ª Questão:
- Quando lhe foi perguntado se concordava com a utilização de atividades
Culturais como: música, teatro e dança para facilitar o aprendizado, todos
responderam que sim.
9ª Questão:
- Ao perguntar que quando utilizava-se desses recursos, os resultados
são satisfatórios, todos responderam que sim.
10ª Questão:
- Questionou-se que diante dos resultados obtidos é satisfatório, a
continuidade de instrumentos como: música, teatro e dança como processo
motivador de seus alunos, todos responderam que sim.
Diante dessas, informações, foi observado que os professores sentem-se
vislumbrados com o processo motivador, mas muitas vezes eles revelaram que
sentem dificuldades em encontrar dinâmicas relacionadas aos conteúdos do
currículo que pretendem ser empregados em seu cotidiano escolar. É mister
ressaltar que essas atividades proporcionam aos alunos disponibilidade em
lidar com as dificuldades, integridade moral, independência, assim como um
querer a mais no que diz respeito às atividades relacionadas ao seu
aprendizado. Todavia, é inaceitável, nos dias atuais, com todo o aparato
tecnológico e científico, ainda encontrarmos professores que ainda não
aplicam ações motivadoras que proporcione um melhor dinamismo nas aulas
de toda e qualquer disciplina.
Tabela 03 - Em seguida apresentaremos os resultados dos questionários
aplicados ao Gestor e ao Pedagogo da Escola Estadual Monsenhor Coutinho:
58
PERCENTUAL
Nº
PERGUNTAS
01 Você sabe o que é motivação?
MAIS OU
SIM
NÃO
100%
-
-
50%
-
50%
100%
-
-
100%
-
-
50%
-
50%
50%
-
50%
100%
-
-
100%
-
-
100%
-
-
100%
-
-
MENOS
Os professores sabem utilizar a motivação como
02 instrumento favorecedor do processo ensinoaprendizagem?
03
04
A motivação é um recurso importante para
contribuir na aprendizagem dos alunos?
Você motiva professores, alunos e toda equipe da
Escola?
Os instrumentos motivadores utilizados pelos
05 professores estão acompanhando os conteúdos
aplicados?
06
Quando os professores utilizam os recursos
motivadores os resultados são obtidos?
A Escola promove atividades para motivar os
07 alunos e professores através de atividades
Culturais como: música, teatro e dança?
Você concorda que a utilização das atividades
08 Culturais como: música, teatro e dança facilitam o
aprendizado dos alunos?
09
Quando
na
utilização
desses
recursos
os
resultados são satisfatórios?
Diante dos resultados obtidos, você pretende
10
motivar a continuidade das atividades Culturais
como: música, teatro e dança como processo
motivadores de seus alunos na Escola?
Fonte: Pesquisa de Campo Realizado na Escola Estadual Monsenhor Coutinho
59
Respostas sintetizadas dos pais dos alunos:
1ª Questão:
- Ao pergunta a equipe pedagógica se sabiam o que é motivação, todos
responderam que sim.
2ª Questão:
- Quanto lhe foi perguntado se os professores sabiam utilizar a motivação
como instrumentos que favoreçam o processo ensino-aprendizagem, a
pedagoga respondeu que sim e gestora disse que mais ou menos.
3ª Questão:
- Quando lhe foi questionado da importância da motivação para a
aprendizagem dos educandos, todos responderam que sim.
4ª Questão:
- Ao perguntar sobre se eles motivam os professores, alunos e toda
equipe da escola, todos responderam que sim.
5ª Questão:
- Quando lhes foi perguntado se os instrumentos motivadores aplicados
acompanham os conteúdos, a gestora respondeu que sim e pedagoga disse
que mais ou menos.
6ª Questão:
- Questionou-se que quando utilizam os recursos motivadores os
resultados são obtidos, a pedagoga respondeu que sim e gestora disse que
mais ou menos.
7ª Questão:
- Quanto lhe foi perguntado se a Escola promove atividades para motivar
os alunos e professores através de atividades Culturais como: música, teatro e
dança, todos responderam que sim.
60
8ª Questão:
- Quando lhe foi perguntado se concordava com a utilização de atividades
Culturais como: música, teatro e dança para facilitar o aprendizado, todos
responderam que sim.
9ª Questão:
- Ao perguntar que quando na utilização desses recursos os resultados
são satisfatórios, todos responderam que sim.
10ª Questão:
- Questionou-se que Diante dos resultados obtidos, você pretende
motivar a continuidade das atividades Culturais como: música, teatro e dança
como processo motivadores de seus alunos na Escola, todos responderam
que sim.
Dessa forma, notamos que a equipe pedagogia mostrou-se otimista e
satisfeitos com e revolução educacional realizadas pelos professores e
desenvolvidas pelos alunos através das atividades motivadoras no campo
sócio-cultural, tendo como objetivo melhorar cada vez o aprendizado dos
alunados. A respeito da motivação, esse instrumento visto à luz de uma
atividade processual, constante e progressista, tem procurado cumprir os
objetivos curriculares, tendo como agentes desse processo os alunos,
professores, pais e toda equipe pedagógica e instrumental da escola, estando
eles motivados e compromissados com a ação educativa, todavia esse
resultado virá de forma considerável a partir do interesse, da participação e do
empenho, dos alunos, assim como de sua postura frente ao complexo mundo
das informações.
61
Para tanto, faz-se necessário apresentar as dependências e instalações
da Escola Estadual Monsenhor Coutinho, pois sua construção é bastante
antiga, de forma que precisa-se urgentemente de uma reforma completas.
Suas salas de aulas são inadequadas, os banheiros são pequenos
insuficientes para atender o número de alunos matriculados; a escola precisa
melhorar o sistema de climatização; a iluminação é precária; as cadeiras são
inadequadas e desconfortáveis e ainda utilizam quadro de giz. Também não
encontramos salas especifica para os professores, biblioteca, sala de leitura,
está tudo reunido a minúscula sala da Diretoria, não possui quadra de esporte,
auditório entre outras dependências, as quais facilitariam aprendizagem dos
alunos e o seu desenvolvimento físico, intelectual, social, político e cultural,
uma vez que os alunos precisam de espaços para desenvolver melhor sua
potencialidade.
Tabela 04 _ Tabela demonstrativa das dependências da escola.
Sala de aula
05
Utilização
Não atende a
necessidade
X
Biblioteca
Sala de leitura
Sala de
professores
Laboratório
Diretoria
-----
X
X
--01
Secretaria
---
Área de lazer
Quadra de
esporte
---
X
---
X
Dependências
Quantidade
Atende a
necessidade
---
Atende mais
ou menos
X
X
X
X
62
Pátio coberto
Pátio
descoberto
Auditório
Cantina
Refeitório
Banheiro
---
X
01
01
--06
X
X
TV Escola
01
X
01
X
X
X
Fonte: Escola Estadual Monsenhor Coutinho.
Os
dados
acima
mencionados
relatam
a
importância
de
uma
reestruturação do ambiente escolar, para promover aos nossos alunados um
estabelecimento de ensino a altura de suas reais necessidades.
Neste
contexto
observou-se
que
os
trabalhos
realizados
pelos
professores da Escola Estadual Monsenhor Coutinho, está surtindo efeito, os
índices de aprovação ano de após ano, vem melhorando, enquanto que os
índices alunos que repetem de série, manteve-se em um nível oscilante .
Enquanto que, alunos que desistem, pedem transferência ou se evadem-se,
tem caído nos últimos anos.
Nesse sentido, tudo que se apresentou está intimamente ligado a uma
pesquisa minuciosa, tendo em vista, a observação do contexto da sala de aula,
assim como a postura do professor e todo seus instrumentos para desenvolver
aprendizagem de maneira eficaz diante dos anseios dos alunos, todavia, o
professor deve está motivado para desempenhar seus papel de intermediador
entre o aluno e as respectivas das informações, assim como, seu papel de
transformador de atitudes críticas e progressista, despertando a necessidade
da elaboração de um plano de ação, como embasamento de direção de
atividades conjuntas a serem desenvolvidas.
Portanto, precisamos conhecer, pesquisar, questionar, as ações ocorridas
na escola, com o objetivo de investigar as problemáticas e buscar subsídios
63
para solução deste, na certeza de contribuir para uma educação, promotora
de oportunidades e desafios, que somente os comprometidos com a educação
podem encontrar meios para solucionar essas dificuldades.
64
CONCLUSÃO
A motivação é sim um problema complexo, mas dinâmico, interativo e
mutável, suas atividades variam no tempo e no espaço e, é em ao alcance de
instrumentos como música, dança e teatral, que fortalecem todo o processo de
percepção e cognição (observação, assimilação, compreensão e fixação), além
de estimular os alunos a aprenderem a questionar, analisar, e retratar a vida,
em todo seu contexto, sociocultural, político, econômico, ideológico e moral,
além de elaborar um papel significativo apreciado por psicólogos, artistas e
pedagogos, que a inclusão dessa atividade na escola ainda está longe de se
ser uma realidade em nossas salas de aula. As linguagens artísticas são muito
aceitas por parte de alguns gestores, professores e alunos do Ensino
Fundamental, como instrumento motivador, todos os professores devem ser
incentivados e orientados a essas atividades, com ela a criança se relaciona,
fala, ouve, observa e atua, ou seja, pratica liberdade e solidariedade enquanto
ela se diverte, também aprende.
“Arte como processo motivador para os alunos do 5º Ano do Ensino
Fundamental”, essa temática nos conscientiza a respeito dos instrumentos
motivadores possíveis de serem aplicados em sala de aula, como
intermediadora da aprendizagem. Sem motivação nos há aprendizagem. Não
adianta insistir, por mais que o professor se esforça às diversas formas de
ensinar, não ia adiantar se o aluno não estiver motivado para receber naquele
momento um determinado conhecimento, provavelmente, ele não irá aprender.
Acreditamos, que não devemos voltar nossas atenções ao somente o que a
criança possa produzir, mas também, aquilo que ela possa reproduzir quando
esta esteja motivado.
65
Na tentativa de poder contribuir para esse processo de mudança, que ora
ocorre na Escola Estadual Monsenhor Coutinho, sugere-se algumas atividades
para viabilizar a inserção das atividades motivadoras no decorrer do ano letivo:
1. Reunião de pais para que os mesmo tomem ciências das atividades
realizadas pela escola;
2. Participação da família na escola;
3. Adequação da escola para realização de atividades culturais
4. Capacitar professores com metodologia renovadoras e motivadoras
que possam facilitar a aprendizagem.
5. Utilização das datas comemorativas para desenvolver as atividades
culturais como: música, dança e teatro.
MÊS
Março
Abril
Maio
DATA
08
Dia Internacional da Mulher
14
Dia Nacional da Poesia
19
Dia da Escola e Dia Internacional para eliminação
da discriminação racial
19
Dia do Índio
21
Comemoração de Tiradentes
28
Dia da Educação
2º
domingo
11
Junho
Dia das Mães
Dia da abolição da escravatura
01 a 13
Festejos do padroeiro Santo Antonio
01 a 30
Festas juninas
05
julho
ATIVIDADE
01 a 31
Dia do meio ambiente/ecologia
Férias
66
2º
domingo
Agosto
Setembro
Outubro
Dia dos pais
11
Dia dos estudantes
22
Dia do folclore
01 a 07
Semana da Pátria
05
Dia da Amazônia
07
Dia da Independência do Brasil
21
Dia da árvore
25
Dia do trânsito
12
Dia das crianças
15
Dia do professor
29
Dia nacional do livro
01
Atividades sobre as eleições
05
Dia da Cultura e dia das Ciências
15
Proclamação da República
19
Dia da bandeira
Novembro
Nesse quadro, estão contidas apenas sugestões, para que a escola tenha
uma programação para serem introduzidas como instrumento metodológico e
motivador, como incentivo aos alunos, com o objetivo de desenvolver
espontaneamente suas habilidades intrínsecas e extrínsecas e, quem sabe
descobrir novos talentos no campo da arte.
Finalizando, pode-se concluir de forma um tanto resumida, que neste
trabalho tentou-se sintetizar algumas idéias a respeito da motivação de alunos,
assim como de professores ao qual precisamos buscar subsídios em diversos
autores, pesquisando e instigando os livros de abordagens do tema em estudo,
para que todas as dúvidas fossem sanadas, tentando a qualquer custo,
67
solucionar o problema da apatia que vive nossos alunos em sala de aula. Nós
professores, somos sabedores que não há uma receita para motivar, mas
devemos estar compromissados em desmistificar toda problemáticas que
encontramos em nosso cotidiano escola.
68
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73
ANEXOS 1
QUESTIONÁRIO DE COLETA DE DADO DESTINADO AOS ALUNOS DO
5º ANO DA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO
Nº
PERGUNTAS
01 Você sabe o que é motivação?
02
Seu professor lhe motiva com instrumentos que
favoreçam o processo ensino-aprendizagem?
03 A motivação é importante para a sua aprendizagem?
04
05
O Professor motiva você a aprender com
satisfação?
Os instrumentos motivadores aplicados por seu
professor acompanham os conteúdos?
Quando o professor utilizou os recursos
06 motivadores, você teve mais facilidade em
aprender?
Você já foi motivado através de atividades Culturais
07
como: música, teatro e dança?
Você concorda que a utilização de atividades
08 Culturais como: música, teatro e dança facilitou seu
aprendizado?
09
Quando o professor utiliza esses recursos, os
resultados são satisfatórios?
Diante dos resultados obtidos, você gostaria que
10
seus professores continuassem sendo utilizado as
atividades Culturais como: música, teatro e dança
como processo motivador?
PERCENTUAL
MAIS OU
SIM
NÃO
MENOS
74
ANEXO 2
QUESTIONÁRIO DE COLETA DE DADO DESTINADO AOS
PROFESSORES DA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO
Nº
PERGUNTAS
01 Você sabe o que é motivação?
02
03
Você sabe utilizar a motivação como instrumento
favorecedor do processo ensino-aprendizagem?
A motivação é um recurso importante para contribuir
na aprendizagem dos alunos?
04 Você motiva seus alunos?
05
06
07
Os instrumentos motivadores estão acompanhando
os conteúdos aplicados?
Quando você utiliza os recursos motivadores os
resultados são obtidos?
Você já motivou seus alunos através de atividades
Culturais como: música, teatro e dança?
Você concorda que a utilização das atividades
08 Culturais como: música, teatro e dança facilitam o
aprendizado dos alunos?
09
Quando na utilização desses recursos os resultados
foram satisfatórios?
Diante dos resultados obtidos, você vai continuar
10
utilizando as atividades Culturais como: música,
teatro e dança como processo motivador de seus
alunos?
PERCENTUAL
MAIS OU
SIM
NÃO
MENOS
75
ANEXOS 3
QUESTIONÁRIO DE COLETA DE DADO DESTINADO A GESTORA E
APOIO PEDAGÓGICO DA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR
COUTINHO
Nº
PERCENTUAL
MAIS OU
SIM
NÃO
MENOS
PERGUNTAS
01 Você sabe o que é motivação?
Os professores sabem utilizar a motivação como
02 instrumento
favorecedor
do
processo
ensino-
aprendizagem?
03
04
A motivação é um recurso importante para contribuir
na aprendizagem dos alunos?
Você motiva professores, alunos e toda equipe da
Escola?
Os
instrumentos
motivadores
utilizados
pelos
05 professores estão acompanhando os conteúdos
aplicados?
06
Quando os professores utilizam os recursos
motivadores os resultados são obtidos?
A Escola promove atividades para motivar os alunos
07 e professores através de atividades Culturais como:
música, teatro e dança?
Você concorda que a utilização das atividades
08 Culturais como: música, teatro e dança facilitam o
aprendizado dos alunos?
09
Quando na utilização desses recursos os resultados
são satisfatórios?
Diante dos resultados obtidos, você pretende
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motivar a continuidade das atividades Culturais
como: música, teatro e dança como processo
motivadores de seus alunos na Escola?
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Antonio Emanuel de Paula - AVM Faculdade Integrada