UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ARTE COMO PROCESSO MOTIVADOR NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Por: Antonio Emanuel de Paula Orientadores Profª. Fabiane Muniz e Narcisa Melo Borba/Am 2009 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE ARTE COMO PROCESSO MOTIVADOR NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau especialista em Psicopedagogia Institucional. Por: Antonio Emanuel de Paula. de 3 AGRADECIMENTOS Diante de tantas dificuldades passadas durante minha vida Escolar e Acadêmica, trabalhei com muita seriedade e honestidade, para apresentar a toda sociedade brasileira, um mosaico das atividades que são desenvolvidas em nossas salas de aula. Sei das dificuldades em que o país está atravessa no momento, isso recai sobre nós a responsabilidade de contribuir com os problemas oriundos na saúde, educação, saneamento básico, habitação, emprego, salário, alimentação e outros, mas se nós não nos conscientizarmos de fazer o melhor, as coisas tendem a piorar. Quero agradecer ao todo poderoso, por ter dado vida aos meus pais, e, também por ele me ter dado oportunidade de estar vivo e com condições de concluir este maravilhoso trabalho. Neste momento, o nome de muitas pessoas surge em minha mente, pois a cada uma delas devo parte deste sonho. Mas, não poderia deixar de ressaltar os professores que se dedicaram a ensinar-me o caminho da sabedoria, são elas: Maria Moreira e Regina Rita Corrêa Lopes (alfabetização), Ednelza Maciel Borges, Maria Dulcinéia de Sá, Miltes Alves da Costa e Maria Aparecida Coutinho (1ª a 4ª Série), aos professores da Escola Estadual Cônego Bento José de Souza onde concluir o Ensino Fundamental no ano de 1989 e o Curso de Habilitação para o Magistério de 1ª a 4ª Série em 1992 e aos Professores da Escola Estadual Lothar Sussmann onde concluir o Curso Técnico em Contabilidade em 1993, aos imponentes Professores da Universidade do Estado do Amazonas, em especial aos notáveis Professores Jocione Souza, que muito me motivou a não desistir, quando apresentei desinteresse pela Graduação no Curso Normal Superior e ao incansável “Mestre”, com o chamo, o Professor Francisco Rufino Vieira, que nos momentos de maiores dificuldades da vida, recebi seu apoio e sua atenção. Agradeço também a 4 todos da Universidade Cândido Mendes que compartilharam comigo o sonho realizado de uma especialização na área de Psicopedagogia Institucional em destaque a Mentora Fabiane Muniz e a Tutora Narcisa Castilho Melo, que muito contribuíram para conclusão desta Monografia. Quero de certa forma, agradecer a gestora e professores da Escola Estadual Monsenhor Coutinho, pela liberdade que tive quanto aos estágios e as informações necessárias para a realização das pesquisas; Agradeço de todo coração, a todos os amigos e amigas de vida acadêmica, de trabalho, de bate-papo, sem exceção, pois se tiver de citar todos, resumirei meu trabalho a agradecimentos, onde os citados a ficarão contestes e os esquecidos de certa forma tristes. Portanto, ficam aqui meus humildes agradecimentos, mas verdadeiros, que a luta que trilhei pela educação do meu Município ainda não acabou, foi apenas uma das batalhas vencidas diante da muitas que virão, e estou disposto e enfrentá-las, com muita garra e determinação, objetivando sempre o bem estar da educação brasileira. 5 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais Manuel Paula de Sá Júnior (em memória) e Adamir Paula e Sá, pela motivação e apoio dado no decorrer de minha caminhada, mas infelizmente meu pai veio a falecer antes que este momento se concretizasse; aos meus queridos irmãos: Stepheson, Mardson, Maria Jefferson, das Dores, Auxiliadora, Grisson e Veneração, que nas dificuldades compartilharam os momentos bons e ruins de nossas vidas, a estes homenageio como prova de meu amor e afeto. 6 RESUMO Autores Clássicos como Jean Piaget (1896 - 1980), Lev Vygotsky (1896 – 1934) e Abraham Maslow (1908 – 1970), ao lado de teóricos nacionais, como Piletti (1989), Campos (2002), Oliveira (1993), dentre outros, vêm após décadas de estudo, esclarecer as possíveis causas da apatia vivida por nossos alunos, ao qual vem lhes prejudicando ano após ano em seus estudos. Considerando-se que o fato acima está intimamente ligado ao aspecto social, econômico, político, emocional e que vem se agravando em nossas escolas, refletindo em nossa comunidade. Este problema é de uma complexidade, que nos leva ao questionamento, assim como de todos os agentes envolvidos no processo educativo a buscar uma solução para tal situação. No entanto, dar-se a necessidade de realizar uma pesquisa sobre a temática “Arte como processo Motivador no 5º Ano do Ensino Fundamental”. A abordagem do tema enfoca situações concernentes ao cotidiano escolar, assim como a relação escola, professor e alunos, no sentido de que ambos possam juntos contribuir para o processo ensino-aprendizagem, no entanto não iremos aqui passar uma receita de como motivar os alunos e nem tão pouco eternizar as informações aqui contidas, mas iremos cientificar as teorias para viabilizar mecanismos e instrumento ao qual o professor poderá se fazer uso para agir em sala de aulas com seus alunados. A partir deste trabalho, pretende-se obter resultados positivos na busca constante da motivação para nossos docentes, fazendo-os acreditar que a motivação é pessoal e que não é possível motivar ninguém, sem que este não esteja afim, pois as coisas mudam quando as pessoas também mudam. Portanto, motivar os alunos para o aprendizado é proporcionar ilimitadas oportunidades para o mesmo conseguir êxitos em sua tarefa diária. Todavia, é através dela que todo ser humano demonstra suas habilidade e possibilidade 7 diante da resolução de seus problemas, apropriando-se deste recurso para encarar todo e qualquer desafios da vida. 8 METODOLOGIA O tema a ser pesquisado pelo investigador está voltado para temática “Arte como processo motivador no 5º Ano do Ensino Fundamental”, onde busca informações a cerca desta problemática contribuindo assim para amenizar as possíveis causas do fracasso escolar. Esta pesquisa será desenvolvida com os alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Monsenhor Coutinho do turno matutino e vespertino, na cidade de Borba, Estado do Amazonas, cito a Av. Getulio Vargas, s/nº - Centro, no ano em curso. A metodologia a ser utilizada inicia-se através de uma conversa formal onde se mostre à importância da arte e da recreação na vida do indivíduo, quanto sua formação moral, social, política, crítica e intelectual. Será coletado dados concernente a temática com aplicação de questionários, onde este é composto de 10 (dez) questões do tipo objetiva a serem respondidas pelo Gestor, Pedagogo e, professores, outro questionário também com 10 (dez) questões direcionada aos alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental. Além disso, realizar-se-ão pesquisas bibliográficas, que permitam melhor conhecimento da temática em estudo, tomando-se por base o que já foi publicado de modo que se possa esboçar uma nova abordagem sobre o mesmo, oferecendo oportunidade para novas pesquisas. Promover atividades culturais, artística e recreativa, assim como, a criação do cantinho da cultura, onde alunos e professores possam juntos despertar suas aptidões artísticas, nas oficinas de artes e nos festivais folclóricos. Temos o método Fenomenológico-hermenêutico, como direcionamento deste estudo, buscando remontar aquilo que está estabelecido como critério de certeza, pois o homem é o único ser capaz de questionar e dialogar, ao mesmo tempo em que interpreta suas ações, encontrando meios para solução de seus problemas, oportunizando ao pesquisador, meio que o leve a 9 compreender a relação entre ESCOLA X PROFESSOR X ALUNO X COMUNIDADE, para que se possam amenizar os conflitos existentes entre os agentes educacionais. 10 SUMÁRIO METODOLOGIA ..................................................................................................... 08 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 11 CAPITULO I – Fundamentação Teórico ................................................................. 14 1 – Da necessidade de interagir a Cultura ao processo ensinoaprendizagem .................................................................................... 14 2 – A importância da Cultura no Planejamento Educacional ........... 16 3 – Da Relação Escola X Professor X Aluno X Comunidade .......... 19 4 – Dos Fatores dinamizadores da educação.................................. 25 5 – Afinal, o que é motivação?......................................................... 31 6 – Teorias concomitantes com a Motivação ................................... 34 7 – Os instrumentos dinamizadores da motivação .......................... 42 CAPITULO II – Material e Método .......................................................................... 46 CAPITULO III – Apresentação e discussão dos resultados .................................... 51 Conclusão ............................................................................................................... 64 Bibliografia ............................................................................................................. 68 ANEXOS ................................................................................................................. 72 FOTOS .................................................................................................................... 76 11 INTRODUÇÃO A presente Monografia tem como tema “Motivação”, ao qual enfatizamos que esta é o conjunto de forças intrínsecas que instiga mobiliza o indivíduo para atingir um determinado objetivo diante de uma necessidade estabelecida tanto de origem orgânica quanto de origem ambiental. Dessa forma, pretendese esclarecer o porquê das apatias vividas em nossas salas de aula pela ausência de motivação em nossos alunos e por que não dizer de nossos professores. O título trabalhado “Arte como processo Motivador no 5º Ano do Ensino Fundamental”, ajuda a compreender melhor o propósito do pesquisador ao destacar as dificuldades que os alunos possuem em fixar a aprendizagem, pois o pesquisador não esta recomendando receitas de como se trabalhar em sala de aula, e, também, nem dizer que o trabalho que ora esta se realizando estejam certos ou errados, o ponto crucial deste é de saber qual o papel e a contribuição da Arte no processo motivador do educando no 5º Ano do Ensino Fundamental. A temática escolhida para este estudo é de fundamental relevância para os futuros problemas escolares, começando a prevenir no presente com o propósito de construir uma sociedade mais digna e equânime na certeza de possibilitar a todos as mesmas condições na buscas de realização de suas ideologias e na motivação que encontramos todas as ferramentas necessária para tal fim, ela está ligada intimamente aos aspectos emocionais, mentais, profissionais, sociais e culturais do indivíduo. Diante disso, a motivação e um elemento essencial no ambiente escolar como mecanismo que deve ser incorporada com maior rapidez em nossas escolas. O horizonte deixado pela nova Legislação em vigor é necessário transformar o ambiente escolar em um lugar prazeroso que possibilite ao aluno oportunidade para seu desenvolvimento cultural, artístico e lúdico, como um processo que vai atribuir ao educando motivação para melhor absorção dos conteúdos nas diversas Disciplinas da grade Curricular em curso, tornando-o mais espontâneo, 12 discursivo, participativo e responsável, pois o campo artístico é um todo completo, na qual a educação, arte e cultura deverão tornar-se parceiros para o resultado final no aprendizado do docente, concorrendo para a construção de um cidadão que vislumbre de seus direitos civis, políticos e sociais de forma lúdica e prazerosa, por esta razão que através da Arte, os discentes possam juntos aos agentes escolares, desfrutarem de uma educação consistente à maneira que os resultados sejam satisfatórios para toda a comunidade escolar participativa, pois, quando as pessoas estão motivadas elas são capazes de vencer os desafios do cotidiano, precisa-se estar motivado e a auto-estima deve estar em destaque para enfrentar a concorrência oferecida pelo mundo globalizado. Para isso, buscou-se nas obras e pesquisas Bibliográficas de especialistas da temática, levando em consideração autores clássicos como Piaget, Vygotsky e Maslow, assim como de artigos proveniente de estudos científicos e Internet. Assim, o objetivo geral desta Monografia é analisar as atividades Artísticas, como motivação no processo ensino-aprendizagem dos alunados do 5º Ano do Ensino Fundamental, distinguindo as formas, as causas, as contribuições, os tipos e as práticas que facilitarão uma melhor absorção dos conteúdos que serão aplicados em sala de aula. E, de forma especifica verificar de que forma a Arte contribui para o desenvolvimento cultural, social e escolar dos educandos, Identificando as causas que levam a ausência desta, assim como, as contribuições no processo ensino-aprendizagem dos educandos do 5º Ano do Ensino Fundamental. Supostamente diversos fatores devem ser observados, tais como: a baixa culturalização dos pais deve interferir numa aprendizagem de qualidades dos educandos; os alunos desassistidos culturalmente teriam condições de marca seu nome num espaço cultural e artístico da sociedade em que estão inseridos; a má formação dos professores provoca nos alunos uma distância de seu legado cultural e artístico; observemos também o descaso cultural das 13 escolas quanto a promoção de oportunidades para o desenvolvimento dos educandos; o Espaço escolar é propício para o desenvolvimento desses trabalhos; a metodologia usada pelas escolas, acompanham os avanços tecnológicos da cultura e da arte proposto pela escola nova. Nessa perspectiva, os profissionais em educação poderão propiciar espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada educando, respeitando sua faixa etária e limitações diante de suas dificuldades. Esta monografia está dividida em 03 (três) capítulos assim distribuídos: O primeiro capítulo tem o propósito de rever a bibliografia dos elementos que norteiam e contribuem para esclarecimentos da temática, onde abordaremos “As necessidade de interagir a Cultura ao processo ensinoaprendizagem”, “A importância da Cultura no Planejamento Educacional”, assim como “A relação Escola X Professor X Aluno X Comunidade”, “Os fatores que dinamizam a educação”, ainda com relação ao tema, faz-se uma abordagem sobre o conceito de “Motivação”, o capitulo também realiza uma analise com relação “As teorias concomitantes com a Motivação”. No capítulo segundo trata-se da descrição do trabalho de campo, onde foram pesquisado 03 (três) turmas de alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental com um total de 54 (cinqüenta e quatro) alunos, 03 (três) professores, 01 (um) Pedagogo e 01 (um) Gestor, realizado no dia 15 de setembro de 2009, na Escola Estadual Monsenhor Coutinho onde apresentase todo o material e os métodos utilizados para realização e conclusão da pesquisa. No terceiro Capítulo mostra-se a tabulação de todos os dados levantados durante a pesquisa, apresentação e discussão dos resultados obtidos através dos questionários aplicados ao Gestor, Pedagogo, Professores e Alunos. 14 CAPÍTULO I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1 – DA NECESSIDADE DE INTERAGIR A CULTURA AO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM. É valioso destacar a amplitude que a educação oportuniza aos docentes e discentes com a utilização de recursos culturais que permitam o uso fruto das atividades artísticas nas escolas diante do dinamismo que interage a cultura ao processo ensino-aprendizagem. Isto é ratificado no artigo 1º da Lei nº 9.394, de 1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional: A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. [...] deverá vincular-se ao mundo do trabalho e a prática social. É importante para educação essa plenitude dada ao desenvolvimento da vida cultural dos educandos, tornando-se relevantes pelos seus reflexos na escola de Ensino Fundamental, não de maneira formal, mas no sentido intelectual. Para democratizarmos o ensino, precisamos recorrer aos princípios constitucionais da educação nacional através do artigo 206 da Constituição Federal e do artigo 2º da LDB, que estabelece que o ensino seja ministrado com base em 11 princípios: 1. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 2. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; 3. Pluralismo de idéias e concepções pedagógicas; 4. Respeito a liberdade e apreço à tolerância; 5. Coexistência de instituições públicas e privadas do ensino; 6. Gratuidade no ensino público em estabelecimentos oficiais; 7. Valorização do profissional da educação escolar; 8. Gestão democrática de ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino; 9. Garantia de padrão de qualidade; 10. Valorização da experiência extra-escolar; 15 11. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. Esses onze princípios acima mostram com rigor o que se pode e o que não se pode realizar na escola. São desafios interligados e complementados um alimentando o potencial de implementação do outro, dando ao professor a igualdade e a liberdade de aprender e ensinar, ao tempo em que pesquisa e divulga a cultura, o pensamento e a arte. Através da lei, o ensino público é laico e gratuito e o professor de certa forma é valorizado, assim como, suas experiências extra-escolares e seus ensinamentos tornam-se de qualidade, apropriando-se de novas metodologias que vislumbre democraticamente sua aplicação nas atividades escolares vinculadas a sua família, ao trabalho e as práticas sociais. Ensinar arte em consonância com os modos de aprendizagem do aluno, significa, então, não isolar a escola da informação sobre a produção histórica e social da arte e, ao mesmo tempo, garantir ao aluno a liberdade de imaginar e edificar propostas artísticas pessoais ou grupais com base em intenção próprias. E tudo isso integrados aos aspectos lúdicos e prazerosos que se apresentam durante a atividade artística. (...) Os conteúdos da arte não podem ser banalizados, mas devem ser ensinados por meios de situações e/ou propostas que alcancem os modos de aprender do aluno e garantem a participação de cada um dento da sala de aula (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997, p. 47). Muitos profissionais da educação buscam na arte, metodologias que possam viabilizar em sala de aula um aprendizado prazeroso, em vista que o beneficiado é sempre o aluno. Com isso o professor, adquire liberdade de aprimorar seus trabalhos em sala de aula, tento credibilidade de desenvolver atividades que viabilizem um melhor aprendizado aos alunos. Partindo dessas premissas, os conteúdos da área de Arte devem estar relacionados de tal maneira que possam sedimentar a aprendizagem artística dos alunos do ensino fundamental. Tal aprendizagem diz respeito à possibilidade de os alunos desenvolverem um processo continuo e cada vez mais complexo no domínio do conhecimento artístico e estético, seja no exercício do seu próprio processo criador, por meio das formas artísticas, seja no contato com as obras de arte e com outras formas presentes nas culturas ou na natureza (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997, p. 55). 16 Seguindo esse principio, devemos relacionar os conteúdos descritos com os objetivos, assim como, com os procedimentos que se farão uso em conjunto com a avaliação. Dessa forma, criar um entrelaçamento entre conteúdo e cultura, necessita antes de tudo, realizar um planejamento que viabilize um contato direto entre a ciência e outras formas de culturas. 2 – A IMPORTÂNCIA DA CULTURA NO PLANEJAMENTO EDUCACIONAL. Quando planejamos uma ação, seja ela de qualquer atividade, precisamos refletir sobre o que é possível realizar e o caminhos mais viáveis, prevendo condições e meios necessários para atingir essas metas. Corroborando para tal concepção, Tartuce (2003, p. 30), afirma que: Planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições existentes, e prever as formas alternativas de ações para suprir as dificuldades ou alcançar os objetivos desejados. Planejamento pe um processo mental que envolve análise, reflexão e previsão. Neste sentido, e está presente na vida de todos os indivíduos, nos mais variados momentos. Visto posto, a autora busca no planejamento, uma sucessão de etapas desencadeadas em uma seqüência lógica que obedecem a normas, metodologia e técnicas, visando atingir algumas finalidades, objetivos ou metas, que vislumbre em uma ação promotora da atividade que se deseja desenvolver. Nesse contexto, cabe ao pedagogo, a utilização dos mecanismos de viabilize alcançar tais objetivos priorizados diante da temática estudada, apropriando-se dos diversos recursos facilitadores disponíveis no diário educacional que norteie essas atividades, como citamos as atividades lúdicas, recreativas e culturais. Compactuado com isso, Menegolla & Sant’Anna (2002, p. 26), ao apontar o significado do planejamento educacional, nos diz que: 17 Planejar uma educação que configure a pessoa dentro da estruturas sociais, que oprima a pessoa pelas direções definidas e acabadas, é barrar a libertação das pessoas. É fazer da educação um instrumento de conformismo de massas. É impedir o comprometimento integral da pessoa humana. [...] É preciso planejar uma educação que, pelo seu processo dinâmico, possa ser criadora e libertadora do homem. Planejar uma educação que não limite, mas que liberte, que conscientize e comprometa o homem diante o seu mundo. Este é o teor que se deve inserir em qualquer planejamento educacional. O ato de planejar diante dos olhos do pedagogo, inicialmente, deve-se fazer uma reflexão sobre o que se quer ensinar e como esse ensino vai acontecer, depois analisar que tipo de cidadão se quer formar, verificando se esse possui as mesmas possibilidades de inserir-se na sociedade de maneira consciente, eficiente e responsável, compreendendo suas responsabilidades e usufruindo conscientemente de seus direitos, comprometendo-se consigo mesmo e com os outros para viver criticamente e com liberdade, observando que o individua não é um ser isolado e que precisa incessantemente viver em grupo e este deve portar-se ordeiramente diante dos que os cerca. Para tal posicionamento seja concretizado é preciso que esta estrutura atinja suas dimensões técnicas, devendo levar em consideração alguns elementos indispensáveis no planejamento: os objetivos, o conteúdo programático, os procedimentos de ensino, os recursos didáticos, os sistemas de avaliação da aprendizagem. É o que afirma Lopes (2000, p. 43), [...] essa definição dos componentes do plano de ensino de uma maneira fragmentária e desarticulada do todo social é que tem gerado a concepção de planejamento incapaz de dinamizar e facilitar o trabalho didático. Consideramos, contudo, que numa percepção transformadora, ou seja, o processo de planejamento visto sobre uma perspectiva crítica de educação, passa a extrapolar a simples tarefa de se elaborar um documento todos os componentes tecnicamente recomendáveis. Assim, o professor ao planejar juntamente com a equipe pedagógica, deve analisar a situação de forma reflexiva para prever o que se quer atingir com essa ou aquela atividade. Sendo que, quando o professor planeja suas atividades ele cria subsídios que lhe auxilie para que possa atingir o que se pretende, de forma seqüenciada e organizada, consciente de suas metas e 18 sabendo o que é preciso para que essas metas sejam adquiridas. Essa abertura facilita para que temáticas como música, dança e teatro sejam utilizadas como recursos para atingir os objetivos propostos. É o que afirma Turra (1982, p. 21), O professor ao planejar o ensino, antecipa de forma organizada, todas as etapas do trabalho escolar. Cuidadosamente, identifica os objetivos que pretende atingir, indica os conteúdos que serão desenvolvidos, seleciona os procedimentos que utilizará como estratégia de ação e prevê quais os instrumentos que empregará para avaliar o progresso do aluno. É fundamental destacar que a prática do planejamento envolve mudanças, o ser humano ordena seus atos a fim de dar-lhes continuidade e evitar o apego às improvisações, especialmente quanto às adaptações ao contexto, como também à segurança para agir de acordo com uma analise prévia e reflexiva dos conteúdos que promovam o desenvolvimento da cultura na escola, objetivando o resgate de sua identidade, assim como, a identidade do grupo social ao qual está inserido. Por isso, Tartuce (2003, p. 32), afirma que: O planejamento para educação consiste no processo de analise e reflexão das várias facetas de um sistema educacional, para delimitar suas dificuldades e prever alternativas de soluções. A partir dessas constatações é possível então definir prioridades e metas para o aperfeiçoamento do sistema educacional, estabelecer formas de atuação e calcular os custos necessários à realização das metas. Para isso, é necessário que todos os agentes da escola (gestor, apoio pedagógico, orientadores, professores, alunos e funcionários), estejam comprometidos e conscientizados de que a mudança deve ser significativa e que as responsabilidades sejam divididas e cumpridas por todos, assim, as atividade educacionais passam a ser aplicadas com mais dinamismos, precisase tomar consciência do papel da convivência harmoniosa de todos os agentes escolares e que cada um cumpra a função de contribuir para a realização pessoal de cada um, e, que a criança de hoje, possa se transformar em um adulto comprometido com sua história de vida e que possa desenvolver seu papel social, político, filosófico, econômico e cultural, de forma promotora para seu sucesso diante do área profissional que irá desenvolver. 19 3 – DA RELAÇÃO ESCOLA X PROFESSOR X ALUNO X COMUNIDADE Para entendermos essa situação, precisamos reconhecer uma dicotomia entre a Escola tradicional e a Escola Nova, Segundo Garcia (1983): Na relação pedagógica o que se aprende não é tanto o que se ensina, mas o tipo de vinculo educador-educando que se dá na relação entre ambos. Vejamos o significado desta relação nas teorias tradicionais e escolanovista: a) Escola Tradicional- dar-se de forma vertical de cima para baixo, em que prevalece o autoritarismo, a intransigência, o castigo. A palavra do professor é verdade absoluta, porque o ensino é centrado nele, tendo o aluno um papel passivo-receptivo. b) Escola Nova- a relação entre docente x discente, é democrática, o professor assume o papel de orientador das atividades do aluno e este tem o papel ativo no processo de ensino. Com isso, o autor retrata um grande paradigma em nossa educação, o antes e o agora, sendo que no primeiro momento, a educação apresenta um professor que detém o saber “o sabichão” e o aluno se retém ao silêncio. Na segunda situação, essa relação é completamente diferente, seu pressuposto básico visa ao aluno, expor suas necessidades e interesses próprios, compartilhando sua opinião e demonstrando que sua dificuldade é diferente da dificuldade do outro, cabendo ao pedagogo o entendimento e o reconhecimento das diferenças individuais que cada um possui. Esta ótica defende também a relação democrática, amigável e fraterna, num clima harmônico e sem conflitos, mantendo sua autoridade sem autoritarismo. Até tão pouco tempo, o educador estava num plano acima do educando. Mas isso é passado, o aluno agora é o centro desse processo educativo. O professor atual deve ser amigo dos alunos, humilde e tolerante, mas nunca licencioso. No entanto, não pode perder o equilíbrio em sala de aula, deve sempre manter a alegria de viver em comunhão com seus alunos e promover um ambiente saudável e propício ao aprendizado juntamente com a equipe pedagógica. 20 O papel social é a formulação de direitos e deveres ligados a uma determinação social. Desta forma o papel do professor não pode ser deslocado do contexto onde se manifesta. E a é a concepção que temos do nosso papel é um fator muito importante, chegando até a ser percebido como uma segunda natureza, parte integral de nossa personalidade. Ele se forma como resultado da interação do individuo com os demais, com seu grupo social e a sociedade a que pertence (GOFFMAN, p. 29). É o que também afirma Vigostsky (2000, P.56) “a relação professor-aluno é uma das múltiplas díades possíveis numa determinada sociedade, ao qual possuem características típicas que incluem direitos e obrigações”. Tanto professor, quanto o aluno, ambos possuem os mesmos direitos e obrigações, delegadas a ele de formas diferente, sendo que cada um cumpra de forma harmoniosa, seu papel no contexto escolar. Para Woolfolk (2002), As ações do professor em sala de aula devem ser comprometidas com a melhoria do rendimento do aluno e, para tanto, são indicadas algumas variáveis que pressupõem um melhor desempenho do professor no que diz respeito à evolução da aprendizagem na sala de aula, são elas: quantidade e ritmo da instrução: refere-se ao tempo fixado pelo professor para as atividades e as condições para que esse tempo fixado seja realmente aproveitado pelos alunos para aprendizagem; agrupamento na sala e rendimento: a instrução para grupos pequenos é mais complexa que as instruções para a classe como um todo; dar informações: o professor deve apresentar ativamente os conteúdos e estruturá-los de forma a facilitar a lembrança da informação; perguntar aos alunos: deve-se propor perguntas aos alunos atentando sempre para o nível e dificuldades, nível cognitivo e clareza das mesmas; reações às respostas do aluno: quando estas forem corretas deve reconhecê-las mediante confirmação, nas que forem parcialmente corretas, o professor deve confirmar a parte correta e continuar insistindo, quando a resposta for completamente incorreta, deve-se evitar uma crítica pessoal ao aluno; o trabalho independente e as tarefas para casa: o professor deve animar o aluno na responsabilidade de seu trabalho assegurara a ajuda de que eles necessitarem, controlar atentamente a execução da tarefa e dar o feedback; e finalmente, especificidade do contexto: o professor deve estar atento ao nível socioeconômico dos alunos e suas características afetivas, percebendo assim o grau de segurança dos alunos, sua ansiedade e alienação. Ao se compreender a relevância desta relação, pode-se entender o ensino como um processo continuo de negociação de significados e estabelecimento de contextos mentais compartilhados, cuja analise implica necessariamente considerar as intrincadas relações humanas estabelecidas 21 em sala de aula. No entanto pode modificar o comportamento real dos alunos na direção das expectativas. Cabe ao pedagogo assegurar a estabilidade da sociedade através do ensino das normas morais vigentes e estimular o respeito a essas regras, que visa sobretudo a coletividade, sendo que a escola forma indivíduos para atender diversas atividades na sociedade, tais como: professor, médico, enfermeiro, dentista, engenheiro, etc., mas a educação colabora também, para desenvolver nos indivíduos, um olhar crítico da realidade e transformá-los como cidadão ativos. O caminho para mudar a escola, é o mesmo caminho que o povo já vem trilhando em busca da solução para tantos outros problemas de sua vida quotidiana [...] vendo, julgando e agindo juntos, o povo se educa e mostra que a educação não acontece só na escola. A gente se educa a cada dia, durante a vida inteira, aprendendo das experiências que vive e aprendendo ainda mais se elas são vividas e discutidas em comum (CECON, 1986, p. 90-92). Vale ressaltar que não é só na escola em que recebemos aprendizado, todos os dias recebemos inúmeras informações, informações essas vidas de jornais, revistas, no cotidiano escolar, nas conversas entre amigos, sempre aprendemos algo que nos acompanharão durante toda a nossa vida. Para isso, é necessário que na transmissão dessas informações, sejam feitas de maneira ordenada, consciente e responsável, é o que afirma Aranha (1996, p. 216): Os conteúdos de ensino precisam ter significação humana e social. A apropriação deste é promovida por meio da socialização do conhecimento produzido histórica e socialmente, ou seja, pelo trabalho educativo produz-se intencionalmente nos alunos o que a sociedade produziu coletivamente no decorrer do tempo, a sua herança cultural: a ciência, as artes, a religião, as técnicas, etc. Nesse o contexto, o autor destaca o objetivo do processo de conduzir o aluno ao saber e a experiência, sistematizando o caminho seguido pelo próprio aluno com a intervenção do professor e do pedagogo, pois tanto o professor quanto o pedagogo possuem um papel importante na continuidade do saber, 22 oferecendo elementos de análise crítica, o que implicará na formação do cidadão. Se a relação professor-aluno deve ser uma relação estimulante, no sentido de permitir e ajudar o crescimento do estudante como ser humano, é imprescindível que o professor assuma sua posição como orientador de sua evolução, é o que afirma com propriedade Snyders (1978, p. 310): Para se perceber a significação de uma pedagogia, é necessário remontar até seu elemento dominante: o saber ensinar. Que se diz e que se oculta aos alunos? Para que ações os conduzem as palavras, os silêncios, as atitudes explicitas do mestre? Que ajuda se lhes dá, para ultrapassarem as mistificações interessadas nas quais tantas forças contribuem para os manter? A relação professor-aluno pode ser sintetizada na colaboração do progresso do saber dos alunos, elaborado a partir de sua experiência e confronto com os conteúdos apresentados pelo professor aproveitando as experiências trazidas pelo aluno do seio familiar e que estes possam servir para seu desenvolvimento. A aprendizagem, segundo essa tendência, significa o desenvolvimento da capacidade de processar informações e lidar com conteúdos do ambiente, organizando os dados disponíveis da experiência. [...] A transferência da aprendizagem se dá a partir do momento da síntese, isto é, quando o aluno supera sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora (LIBÂNEO, 1990, p. 42). O ato de aprender envolve sempre uma compreensão bem mais abrangente do que o espaço restrito do professor em sala de aula. Tanto o professor, quanto o aluno e a escola, encontram-se em contextos mais globais, que interferem no processo educativo e precisam ser levados em consideração na elaboração e execução dos processos ensino-aprendizagem a serem desenvolvidos no cotidiano escolar. Para Piaget (1993, p. 113), “a aprendizagem é uma modificação duradoura do comportamento, em função de aquisição devidas a experiências”. Ela é uma relação entre o sujeito e o mundo externo e que tem conseqüências em sua organização interna do 23 conhecimento, todavia, só se aprende quando esse processo tem significado e são originais à vida do indivíduo. Na concepção de Lopes (2000, p. 41), relata que: A vivência do cotidiano escolar nos tem evidenciado situações bastante questionáveis neste sentido. Percebe-se, de inicio, que os objetivos educacionais propostos nos currículos dos cursos apresentam-se confusos e desvinculados da realidade social. Os conteúdos a serem trabalhados, por sua vez, são definidos de forma autoritária, pois os professores, via de regra, não participam dessa tarefa. Nessas condições, tendem a mostrar-se sem elos significativos com as experiências de vida dos alunos, seus interesses e necessidades. A partir desse enfoque, observamos que para haver aprendizagem, precisamos criar possibilidade, quando na elaboração do plano de ensino, devemos acima de tudo questionar o aluno sobre o que ele também quer aprender e não somente as decisões que o professor, com auxílio do plano curricular, que queira ensinar. Para que isso aconteça, precisamos estar preparados para essas mudanças em nossa vida, pois só há aprendizagem, quando há mudança de comportamentos, sabe-se que toda mudança causa impactos e quando esses impactos trazem melhoria é compreensivo por todos, mas quando não, precisamos encontrar mecanismos para que estas não deixem cicatrizes, e, é ai que é fundamental o papel do pedagogo na busca desses mecanismos para amenizar tais mudanças. Além e por causa disso, precisamos ensinar para a complexidade, isto é, formar as mulheres e os homens em uma série de conhecimentos, habilidades e valores cuja finalidade fundamental, consiste em saber resolver problemas que a vida nesta sociedade irá colocar-lhes. Compreender, analisar e interpretar... para atuar implica sem resolver situações em que os problemas que se apresentam nunca são simples, as respostas nunca se resumem a uma só área de conhecimento. Quando a opção educativa é a do conhecimento para a ação crítica, o ensino deve orientar-se para propor um saber escolar complexo. Um conhecimento que seja global, integrador, contextualizado, sistêmico, capaz de enfrentar as questões e os problemas abertos e difusos que a realidade coloca (MANUAL DIDÁTICA I, 2002, p. 44) 24 Essa forma de entender a aprendizagem convém lembrar, que o aluno não chega à escola sem nenhum conhecimento. Se fosse assim, teríamos homens ideais e puros, pois a escola só iria lhe ensinar o que era de melhor, para si e para a sociedade. Isso implica normalmente em uma iteração do aluno com o meio, captar e processar os estímulos provenientes do exterior que forem selecionados, organizados e seqüenciados pelo professor. Como conseqüência disso, o aluno transforma seu estado inicial, alcançando um estado final que se caracteriza por ser capaz de manter uma conduta que antes do processo era incapaz de gerar. Assim, a aprendizagem é uma construção que o aluno realiza sobre o meio que está inserido, incorporando novas informações em seu armazém cognitivo. Para Garcia-Celay & Tapia (2002, p. 263 e 280), Para que uma pessoa assuma de bom grado a tarefa de mudar suas normas de comportamento, a primeira condição é que, embora essa mudança possa vir sugerida de forra, ela a assuma como algo que deseja e escolhe de forma autônoma e voluntária. Isso também é valido nos caso dos alunos porque, se essa condição não ocorre, podem rejeitar a atividade escolar e não progredir em sua aprendizagem. A aceitação da atividade escolar como algo positivo e desejável se vê facilitada dependendo da forma como os professores a apresentam [...] Para que os alunos sintam que trabalham no que querem porque eles assim o querem, é importante que o professor ofereça o máximo de opção, [...] todos nós nos sentimos mais a vontade quando trabalhamos para conseguir o que nos interessa e que nós mesmos escolhemos que quando algo que nos é imposto. Com a experiência que adquirimos nessa labuta escolar, observamos que a aprendizagem acontece realmente, quando aplicamos conteúdos que sejam interessantes aos alunos, no entanto, deixar que o aluno também opine nas decisões tomadas em sala de aula, como: oferecendo-lhes vários temas de seu interesse, para que o mesmo, escolha para ser aplicado quando possível; deixar que ele escolha o (s) parceiro (s), para o trabalho de equipe; o tipo de atividades a serem desenvolvidas na recreação, etc., como também, elogiar sua participação em qualquer atividade. 25 4 – DOS FATORES DINAMIZADORES DA EDUCAÇÃO Sabemos que vários fatores influenciam para que as crianças aprendam, fatores esses que estão relacionados com a família, a escola e consigo mesmo. Há ainda uma proposição de que os problemas de aprendizagem incluem diversos distúrbios, que segundo Johnson (1987), dividem-se em diversos fatores: - Fatores orgânicos e constitucionais da criança; - Fatores específicos, localizados principalmente na área perceptivo-motora (visão, audição, coordenação); - Fatores psicogenéticos que compreendem os fatores emocionais e intelectuais; - Fatores ambientais, representados pelo lar, pela escola e pela comunidade como o um todo. Tais fatores representam as causas relativas aos problemas de aprendizagem. Fatores esses, relacionados às questões orgânicas, causados por parasitas ou deficiência dos órgãos internos, e também, de causas psicogenéticas, como as que causam efeitos psicológicos, quais sejam, os complexos de inferioridade ou de superioridade, o isolamento social, a inibição e outros; quanto à deficiência da visão, audição e de coordenação motora, pois, sem enxergar, a crianças não irá ver o que se passar ao seu redor, sem ouvir, não escutará as informações transmitidas pelo professor e, sem coordenação, terá uma grande dificuldade, de realizar os movimentos necessários, dependendo do tipo da sua deficiência; os de causas psicogenéticas, como as que causam efeitos psicológicos, quais sejam, os complexos de inferioridade ou de superioridade, o isolamento social, a inibição e outros; e os relacionados ao ambiente em que está inserido, como a família, a comunidade, os grupos de amigos e a escola. De acordo com o pesquisador, isso irá diferenciar as afirmativas de um para o outro, Drouet (1997, p. 93), diz que: Cabe ao professor observar as crianças, identificar aquelas que apresentam problemas de aprendizagem e encaminhá-las ao especialista adequado para diagnóstico e tratamento. Adverte que os distúrbios da fala, da audição emocionais, do comportamento, etc., 26 constituem-se em obstáculos à aprendizagem, prejudicando-o ou mesmo impedindo-o. É evidente que, nem todas às vezes o professor é capaz de identificar problemas, apresentados pelos alunos em sala de aula, mas sempre deve estar atento aos que apresentarem qualquer tipo de deficiência. Essas informações devem ser transmitidas a direção da escola e pais, para que os mesmos tomem providências para identificarem tais problemáticas. Neste sentido, convém citar alguns fatores que podem influenciar na aprendizagem das crianças, tais como: fatores familiares, fatores individuais, fatores ambientais e fatores escolares, são o que afirma Piletti (1989, p. 146), quando descreve esses fatores: Nossa sociedade, caracterizada por situações de injustiças e desigualdade, cria famílias com mil e uma dificuldades para sobreviver. Esses problemas atingem as crianças, que enfrentam inúmeras dificuldades para aprender. Compreender essas dificuldades é o ponto de partida para o trabalho do professor. [...] Os problemas podem estar ligados à estrutura familiar, que nem todo os alunos pertencem a famílias com pai e mãe, com recurso suficientes para uma vida digna. Normalmente verificam-se situações diversas: os pais são separados e o aluno mora com um deles, o aluno é órfão, o aluno vive num lar desunido, o aluno vive com algum parente, etc.; [...] Ao número de irmãos, quando são muitos, torna-se difícil dar a todos a atenção que precisam; [...] O tipo de educação dispensada pela família, é feita com amor, paciência e coerência, pois desenvolve nos filhos a autoconfiança e espontaneidade, que favorecem a disposição para aprender [...] a educação familiar inadequada trazem conseqüência negativas para a aprendizagem, como: educação autoritária, educação com muito mimo, educação desigual e educação que valoriza a ambição. A família é o grupo social fundamental na sociedade e o primeiro que o individuo participa. A família esta formada por homem, mulher e filhos, ao qual conhecemos como família conjugal, não é regra, podem ter várias formações, como famílias formadas por marido e mulher e sem filhos, mãe e filhos, pais e filhos, etc., chamados de família nuclear. É salutar uma família estruturada, onde reine a fraternidade, carinho, compreensão e o amor, entretanto é na família que a criança aprende suas primeiras atividades para a vida, como: andar, falar, discernir entre o bom e ruim, o certo e o errado, etc., ela transmite para seus filhos mais conhecimentos de maneira informal do que formal. Os níveis de informações dos membros da família para os filhos são apenas 27 indicadores que nos permitem situar o nível cultural de cada família, sem nada informa dos conteúdos herdados pelas famílias mais cultas a seus descendentes. A criança espelha-se nas pessoas em que tem mais contatos, assim como seus hábitos e comportamentos, pois se este ambiente e de boa qualidade, teremos crianças de qualidades, pelo contrário, isso acarretará problemas no seu desenvolvimento, social, político, cultural e até intelectual, tornando-se mais uma vítima de uma sociedade desigual. Para que isso não ocorra, é preciso que na formação ou desunião de um casal, a criança esteja em primeiro plano, outrossim, ela será a única prejudicada, influenciando desde de sua criação até seu aprendizado escolar. Outro fator que interfere na aprendizagem dos alunos está relacionado com os fatores individuais. Que também viabiliza para deficiência da aprendizagem em nossas escolas, ou melhor, na sala de aula. Em síntese, o ensino deve ser igualitário para todos, convém ao professor, observar indistintamente os alunos, verificando se o nível de aprendizado está de acordo com o seu desenvolvimento físico, mental, social e cultural. O atendimento dos alunos deve ser acompanhado um a um, verificando se seu grau de aproveitamento ou de deficiência, quanto ao recebimento das informações, está de acordo com seu desenvolvimento e sua faixa etária. Para entender o aluno como “pessoa humana”, é difícil, requer uma habilidade muito grande do professor, assim como da escola. Ambos devem elaborar metodologias que visem coletar informações acerca dos alunos. É importante ressaltar, que qualquer definição de mudanças ou variações de um comportamento deve considerar, antes de qualquer coisa, a sua origem genética, pois somente quando existe um afastamento dos padrões vigentes do grupo que está inserido, este é considerado anormal, podendo assim, apresentar problemas, como: dislexia, afasia, apraxia, agnosia, hiperatividade e outros, que por sua vez, poderá ser a causa do seu fracasso na escola. Crianças portadoras de qualquer tipo de deficiência podem ser ridicularizadas pelos colegas, por os mesmos o acharem diferentes. Pois, crianças dessa natureza, apresentam necessidades próprias, especificas e 28 diferentes dos demais alunos, exigindo necessariamente de recursos didáticos e metodológicos educacionais específicos. É o que afirma Piletti (1989, p. 154), De início, convém que o professor esteja atento ao nível de maturidade, ao ritmo pessoal e as preferências dos alunos. Cabe ao professor adequar as atividades da sala de aula a essas características individuais. [...] Fatores de origem nervosa podem fazer com que as crianças sentem comportamentos prejudiciais à aprendizagem: a criança pode ter dificuldades de aprender porque não consegue ficar quieta em sua carteira, é hiperativa; [...] certos cacoetes ou hábitos de comportamentos que a distraem da atividade escolar: coçar a cabeça, chupar os dedos, roer as unhas, etc.; [...] às vezes, a criança não aprende porque não dorme ou não come direito. [...] Outro fator refere-se às de caráter orgânicos, criança muito gorda, alta ou baixa, em relação a media das crianças de sua idade, pode apresentar distúrbios na aprendizagem. [...] Devemos ainda pensar nas crianças com deficiência física e mental, que muitas vezes são discriminadas em casa, na escola, no trabalho e na sociedade. A escola, outro fator inerente na aprendizagem, como estabelecimento promotora do saber, sua ação educativa está voltada as disposições individuais ou coletivas de seus alunos, propondo atividades de seus interesses, viabilizando seu desenvolvimento moral, social, intelectual, cultural e político, examinando constantemente seus atos, analisando seu sucesso e seu fracasso. Em relação ao processo de aprendizagem, o sistema social em que a escola está inserida, torna-se inadequada e insatisfatória ao desenvolvimento das crianças, ao invés da escola se adaptarem as crianças, acontece ao contrário, a criança que tem que se adaptar as suas normas e regras, que muitas vezes são amparadas por um regimento interno, que visa sempre os interesses dos agentes educacionais, exceto os dos alunos. Para isso, Piletti (1989, p. 147-149), detalha quatro fatores escolares que podem afetar a aprendizagem: 1- O professor- certas qualidades do professor, como paciência, dedicação, vontade de ajudar e atitude democrática, facilitam a aprendizagem. Ao contrário, o autoritarismo, a inimizade e o desinteresse podem levar o aluno a desinteressar-se e não aprender. 2- A relação entre os aluno- será influenciada com a relação que o professor exerce com os alunos: um professor dominador e autoritário estimula os alunos a assumirem comportamentos de 29 dominação e autoritarismo em relação a seus colegas. [...] cria-se um tal clima de desigualdade e competição, luta e tensão, produz efeitos negativos sobre a aprendizagem, o mais forte procura dominar e explorar os mais fracos. 3- Métodos de ensino- são importantes elementos a serem considerados no planejamento, pois são eles que asseguram ao professor a ministração de uma boa aula, capaz de promover uma boa aula. [...] Quando não aplicados de forma coerentes, podem prejudicar a aprendizagem. 4- Ambiente escolar- o tipo de sala de aula, a disposição das e a posição dos alunos, por exemplo, são aspectos importantes. Uma sala mal iluminada e sem iluminação, em que os alunos permanecem sempre sentados na mesma posição, cada um olhando as costas do que está na frente, certamente é um ambiente que pode favorecer a submissão, a passividade e a dependência, mas não o trabalho livre e criativo. O professor, aquele que transmite informações precisa aos alunos e em que o mesmo espera o melhor dele. Sistematicamente, o docente, para ser o melhor, tem que ser o “bonzinho”. Pelo contrário, o aluno valoriza o que é exigente, que cobra participação e tarefas de maneira democrática e autentico e acima de tudo, amigo. O senso de humor do professor, ou seja, o gosto de ensinar torna-se a aula mais agradável e interessante. Quando isso não acontece, o professor é intransigente, e, o aluno, o tem como inimigo, criando impasse entre o ensinar e o aprender. Nesse caso o papel do pedagogo é mediar a relação entre o professor e os alunos, para eles, a sala de aula é um lugar de competição, onde os melhores passam de série. Mas, para o professor em relação aos alunos, isso não existe, a sala de aula é um lugar onde todos têm as mesmas oportunidades de aprender, assim como de transmitir suas experiências e externar suas inquietações, eles observam o professor e por muitas vezes, passam a agir com os colegas da mesma forma que o professor age com eles. Quando isso acontece, o prejudicado é sempre o aluno. Os métodos de ensinar é outro fator que podem tanto ajudar como prejudicar o aprendizado. Somos sabedores, que não é o método que irá viabilizar a aprendizagem, mas sim, a forma como o profissional irá aplicá-la. Não adianta elaborar uma metodologia perfeita e não saber trabalhá-la, 30 mesmo que o método seja simples, mais bem aplicado, obviamente que teremos um aprendizado satisfatório. Já o ambiente escolar, é um todo fundamental como meio de propiciar o saber, isso quando suas estruturas estão nos padrões pedagógicos, favorecem a aprendizado, como por exemplo: salas bem iluminadas e bem climatizadas; espaçamento entre carteira de forma que todos possam ver e ouvir os colegas, assim como o professor; carteiras confortáveis; materiais didáticos adequados para uso de professores e alunos; número de alunos deve ser correspondente às possibilidades de o professor atender individualmente cada aluno; ampla área para pratica de jogos e recreações. Isso irá proporcionar um ambiente com boas perspectivas, mas só isso não é o bastante, toda equipe pedagógica deve estar compromissada com esta ação educacional, principalmente o professor, este deve estar motivado para conseqüentemente motive seus alunos. O professor em sala de aula, é primeiramente um observador de questões como: o que os alunos querem aprender, quais as suas solicitações, que maneira escolhem preferencialmente, que conhecimento têm de artes, que diferenças de níveis expressivos existem, quais os mais e os menos interessados, os que gostam de trabalhar sozinho ou em grupo, e assim por diante (PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS-ARTES, 1997, p. 111). Quando observamos nossos alunos e compreendemos habilidades e dificuldades, temos facilidade para desempenhar um bom trabalho. Dessa forma, também, temos condições de avaliar quando e por que o aluno não está aprendendo. O professor por muitas vezes, tem que verificar se a metodologia que foi empregada está adequada àqueles alunos, Ou, se eles estão desmotivados. No entanto, qualquer que seja sua dificuldade, deve-se buscar soluções para resolvê-las. É na comunidade que o educando espelha-se o seu maior reflexo para o seu desenvolvimento social, político, ético e intelectual, pois o ambiente a qual este está inserido pode de maneira direta ou indireta, influenciar na sua vida, escolar, familiar ou comunitária, cabendo-se ao pedagogo e a escola busca 31 medidas que ocupem o diário deste aluno para que ocupações oportunas não venham prejudicar o desempenho escolar. Essa adequação social do educando na sociedade faz com que a criança interiorize alguns de seus valores, usos, costumes, crenças e habilidades transmitidas de geração a geração, de outra maneira ele pode desenvolver diante da comunidade, em que está inserido, uma postura individualista, fazendo algumas concessões ao grupo a fim de conseguir ser aceita por este. Neste contexto o pedagogo precisa esclarecer aos alunados que diante da escola ele precisa reconhecer seus ideais e valores, todavia, embora ele se conforme em alguns momentos, só o faz com relutância, até que consiga satisfazer suas necessidades, mas na verdade precisamos conscientizá-lo de que levar vantagem ou desvantagem em uma situação faz parte do dar e receber. É o que é bem retratado por Mouly (1993 p. 138), quando diz que: Existem grandes diferenças no desenvolvimento social de diferentes crianças, até na mesma família. Tais diferenças podem ser explicados a partir da hereditariedade e do ambiente, mas há grandes divergências quanto à relativa contribuição de cada um desses fatores. [...] Naturalmente não existem provas para discutir essa controvérsia, mas existem muitas provas que levam a discutir a opinião popular, segundo a qual o desenvolvimento social é fundamentalmente resultante de influencia ambiental. Assim, pode-se dizer que a relação entre Escola, Professor e Comunidade, representa um papel importante na vida do educando, pois esses fatores integrados e implementados de forma correta e coerente promoverão um desenvolvimento integral do aluno, uma vez que a participação no profissional pedagógico é de suma importância no desenvolvimento e na integração das atividades desenvolvidas no ambiente escolar. 5 – AFINAL, O QUE É MOTIVAÇÃO? Para que os conteúdos sejam úteis aos alunos, é importante contarmos com a ajuda de todos. O acompanhamento da equipe pedagógica, pais, comunitários, outros, corroboram para uma aprendizagem firme e sólida, pois 32 uma motivação a mais é sempre boa para mexer com os ânimos dos alunos em sala de aula. Afinal, o que é mesmo Motivação? Alguns dicionários conceituam motivação como: Motivação- s. f. ato de motivar; exposição de motivos ou causas; causa, razão, fim intuito, escopo. (BUENO, 1956, p. 836) Motivação- s. f. 1. Ação, ato ou efeito de motiva. 2. Conjunto de motivos que explicam um ato; exposição de motivos. 3. Tudo o que provoca uma pessoa a agir de certo modo, a fazer determinada coisa, etc. causa; razão. 4. Objetivo, propósito ou finalidade das ações de uma pessoa; fim; intuito; meta. (SACCONI, 2001, p. 629). Motivação- s. f. 1. Ato ou efeito de motivar. 2. Exposição de motivos ou causas. 3. Conjunto de fatores, os quais agem entre si, e determinam a conduta de um individuo. 4. Desperta o interesse por aula, conferencia, atividade ou alguém (FERREIRA, 2001, p. 473). Esses conceitos técnicos sobre motivação. Há uma relação muito estreita entre eles, e verifica-se que motivação é o ato ou efeito de motivar, assim como exposição de motivos ou causas, razão, fim, intuito, escopo; são tantos significados, que quando esses conceitos passam a ser discutido cientificamente, cada pesquisador ou teórico, desenvolvem uma metodologia explicando a motivação de acordo com sua área de aplicação. Segundo Campos (2002, p. 108), Etimologicamente a palavra motivo vem do latim movere, motum, e significa aquilo que se faz mover. Em conseqüência, motivar significa provocar movimento, atividade no individuo. [...] O motivo pode ser definido como uma condição interna, relativamente duradoura, que leva o individuo ou que o predispõe a persistir num comportamento orientado para um objetivo, possibilitando a satisfação do que era visado. Motivação, será o processo que produz tais condições. Compactuando com esse conceito, Nérice (1983, p. 168), diz que, “a Motivação, psicologicamente, é o processo que se desenvolve no interior do individuo e o impulsiona a agir mentalmente ou fisicamente. O individuo motivado encontra-se disposto a dispor de esforços para alcançar seus objetivos”. É o que também concorda Woolfolk (2000, p. 326), “motivação é geralmente definida como um estado interior que estimula, direciona, e mantém comportamento”. Juntamente com eles, Sawrey e Telford (1976, p. 18), diz que a motivação é, “uma condição interna relativamente duradoura que 33 leva o individuo ou que o predispõe a persistir num comportamento orientado para um objetivo, possibilitando a transformação ou a permanência da situação, a fome, a sede, a curiosidade, são exemplos de necessidades de realização”. No entanto, ambos afirmam que a Motivação é algo desencadeado pelos impulsos interiores do indivíduo, com o intuito de impulsioná-lo a exercer uma determinada atividade, atividade essa, que realizamos com alguma finalidade, onde só conseguimos quando tais realizações são motivadas de forma a alcançar um determinado objetivo. Em educação, o fator decisivo desse processo de aprendizagem em sala de aula, está direcionado ao professor, pois se o aluno não está motivado e não estiver disposto a aprender, não haverá, de modo algum, aprendizagem. Pois, não há método ou técnica de ensino que dispense a participação integral do aluno, assim motivar as atividades escolares, é uma das prioridades que devem ser atribuídas a quem aprende. Para Bock (1999), “a motivação é um processo que relaciona necessidade, ambiente e objeto, e que predispõe o organismo para a ação em busca da satisfação da necessidade”. Atribui-se a motivação o fator que tanto facilita quanto a dificulta a aprender, todavia às condições motivadora para sucesso ou o fracasso dos professores em ensinar algo a seus alunos, depende primeiramente em saber se ambos quererem realizar tal tarefa e também se os mesmos estão motivados, se estiverem, as probabilidades são satisfatória, caso contrário devemos verificar o que fazer para ajudar na realização desta. É o que afirma Lima (1971), Motivar não é senão mobilizar as forças físicas e psicológicas e levar os participantes ao pleno engajamento, e nessa tarefa, assumirem integralmente o processo participativo na instituição em que estão desenvolvendo sua ação educativa. [...] Uma força, uma energia, que nos impulsiona na direção de alguma coisa que nasce de nossas necessidades interiores. Podemos dizer que um comportamento motivado, caracteriza-se por uma energia que vem de dentro, que nos direciona aos objetivos e metas que se deseja atingir. Assim promovem oportunidades para que as ações educativas venham ser aplicadas de maneira que os alunos possam evidenciar seus conhecimentos. Neste contexto, Piletti (1989, p. 65), afirma que, 34 Motivar significa predispor o indivíduo para certo comportamento desejável naquele momento. O aluno está motivado para aprender quando está disposto a iniciar e continuar o processo de aprendizagem, quando está interessado em aprender um certo assunto, em resolver um dado problema, etc. [...] os motivos mantêm o organismo ativo até que a necessidade seja satisfeita. Os indivíduos têm necessidades para serem satisfeitas, para isso, é necessário que esteja disposto a realizar determinadas situações. O aluno, por exemplo, para aprender deve está motivado, assim como, o professor deve gosta do que faz para juntos desenvolverem melhor as atividades propostas, ambos estando motivados, conseqüentemente surgirá à aprendizagem, de tal forma que só aprendemos quando estamos realmente prontos para receber essas informações, pois o aparato escolar, assim como, as condições oferecidas ao professor, como: sala de aula adequada, materiais didático apropriados, ambiente de trabalho democrático, remuneração de acordo com a qualificação do professor, são estímulos que auxiliam o professor para que o mesmo possa desenvolver um excelente trabalho em sala de aula. Contraposto, sem motivação o aluno não estarão preparados para receber conhecimentos, sendo que ao professor, a falta de motivação dos alunos nas primeiras Séries do Ensino Fundamental, lhe proporcionará maiores dificuldades em suas atividades e ao diagnosticar a apatia vivida pelos alunos em seu cotidiano escolar, com certeza sua participação nas tarefas escolares, serão deficientes e suas atividades desenvolvidas serão tão pouco ou quase nada. 6 – TEORIAS CONCOMITANTES COM A MOTIVAÇÃO Para entendermos melhor a motivação, devemos nos reportar as teorias que dão sustentabilidade para a cientificação desta temática, sendo estudada dentro das diversas linhas teóricas existentes em Psicologia, como relação à motivação na Teoria Cognitiva, na Teoria Behaviorista, na Teoria Humanista e na Teoria Psicanalítica, em que veremos a seguir: 35 ∗ A motivação na teoria do Desenvolvimento Cognitivo: teve como principais precursores Kurt Lewin, Jean Piaget, Lev Vigostky, Jerome Bruner e David Ausubel. A teoria cognitiva considera que, o homem como ser racional, decide conscientemente o que quer fazer, como por exemplo, a criança aprender a cantar. Seu desejo de aprender é um motivo que vem de dentro para fora, que encontra sua satisfação realizando o que deseja fazer. Isso os cognitivistas chamam de motivação intrínseca, pois acreditam que a motivação é determinada por nosso pensamento, não necessariamente para sermos recompensados ou punidos, mas pela busca de informações para que os problemas pessoais sejam resolvidos com bastante coerência. Segundo Novaes (1997), “as pessoas possuem os chamados motivos intrínsecos para aprender, motivos que não dependem de recompensas exteriores. A recompensa está em ter resolvido um desafio mental, em ter batido o próprio recorde ou em ter descoberto algo que se considera útil à comunidade”. A satisfação, neste caso, está na obtenção de algum resultado ou mesmo na tentativa de obtê-lo. Por mais agradável que for a retribuição, seria absurdo premiar alguém por algum feito, pois o que satisfaz o ser humano é a realização subjacente da própria atividade. Segundo Kurt Lewin, citado por Braghirolli, (1990, p. 103), “a motivação depende do modo como a pessoa percebe o estado de coisa que influencia o seu comportamento, e o que é percebido nem sempre corresponde à situação real”, o que os cognitivistas querem negar é que o efeito dos estímulos sobre o comportamento seja automático. Outra preocupação da teoria do desenvolvimento cognitivo está voltado as concepções do indivíduo comprometido com a elaboração de seus conhecimentos sobre os objetos através de um processo mediador, pois todo conhecimento tem origem nas relações sociais produzidas na relação do sujeito e o seu semelhante e/ou entre o sujeito e o objeto que por muitas vezes esta situação vivenciadas por ambos no seio social marcado por condições históricas e culturais. Piaget encara as crianças como sujeitos ativos da sua aprendizagem através de uma abordagem construtivista de forma facilitadora 36 sem direcionamento da aprendizagem, pois a sala de aula deve ser um espaço de exploração e descoberta, mas que para isso ela deve esta motivada. Piaget divide o desenvolvimento cognitivo da criança em 04 (quatro) estágios: • Estágio sensório-motor ( do nascimento aos 2/3 anos) - a criança desenvolve um conjunto de "esquemas de ação" sobre o objeto, que lhe permitem construir um conhecimento físico da realidade. Nesta etapa desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói esquemas sensório-motor e é capaz de fazer imitações, construindo representações mentais cada vez mais complexas • Estágio pré-operatório (ou intuitivo) (dos 2/3 aos 6/7 anos) - a criança inicia a construção da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. É a chamada idade dos porquês e do faz-de-conta. • Estágio operatório-concreto (dos 6/7 aos 10/11 anos) - a criança começa a construir conceitos, através de estruturas lógicas, consolida a conservação de quantidade e constrói o conceito de número. Seu pensamento apesar de lógico, ainda está preso aos conceitos concretos, não fazendo ainda abstrações. • Estágio operatório-formal (dos 10/11 aos 15/16 anos) - fase em que o adolescente constrói o pensamento abstrato, conceptual, conseguindo ter em conta as hipóteses possíveis, os diferentes pontos de vista e sendo capaz de pensar cientificamente. (WWW.NOTAPOSITIVA.COM, 2009) Cada um desses estágios caracteriza uma fase vivenciada por todo ser humano, uma vez que diante da maturação de cada um essas fazes podem acorrer um pouco antes o depois, pois este funciona como um espiral, um estágio após outros, de modo que cada estágio engloba o anterior e o intensifica. Assim, desenvolvimento cognitivo é um processo de sucessivas mudanças qualitativas e quantitativas conforme a estrutura de cada indivíduo, ou seja, ele constrói e reconstrói suas estruturas o que se torna cada vez mais apto a adaptação ao meio. Não há inteligência inata, mas a gênese da razão, da afetividade e da moral se faz progressivamente em estágios sucessivos em que a criança organiza o pensamento e o julgamento. Por isso sua teoria e as que dela derivam são chamadas construtivistas. (ARANHA, 1996, p. 291) Já Vygotsky (2000) diz que: “O homem se produz na e pela linguagem, isto é, na interação com outros sujeitos que formas de pensar são construídas por meio da apropriação do saber da comunidade em que está inserido o sujeito”. Dessa forma o desenvolvimento cognitivo da criança não pode ser 37 separado do contexto social, sendo a cultura o elo entre a experiência social vivenciada por ele e o pensamento, tendo o adulto um importante papel nesse processo a partir das informações transmitidas por ele à criança. Na educação, Vygotsky, afirma que a aprendizagem deve ocorrer de forma cooperativa, através do acompanhamento e utilização da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), pois não se pode achar que é somente através da comunicação verbal que podemos desenvolver o pensamento, deve-se transformar a sala de aula em um ambiente harmônico e propicio ao aprendizado, cabe aos orientadores encontrarem os mais diversos mecanismos para orientarem as crianças através das diversas formas de cultural. A linguagem sistema simbólico dos grupos humanos, representa um salto qualitativo na evolução da espécie. É ela que fornece os conceitos, as formas de organização do real, a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. É por meio dela que as funções mentais superiores são socialmente formadas e culturalmente transmitidas, portanto, sociedades e culturas diferentes produzem estruturas diferenciadas. A cultura fornece ao indivíduo os sistemas simbólicos de representação da realidade, ou seja, o universo de significações que permite construir a interpretação do mundo real. Ela dá o local de negociações no qual seus membros estão em constante processo de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significações. Observando as contribuições de Vygotsky na educação utilizando-se da cultura como recurso simbólico para interpretação do mundo real, compactuamos com sua postura e certificamos que é possível encontrarmos professores que ainda continuam se apropriando unicamente de recursos como quadro branco e pincel para mediar os aprendizados dos alunados, apesar de existir inúmeros recursos que possam contribuir para melhoria da educação, tais como: jogos paradidáticos, dança, música e teatro como processo motivador em nossas salas de aula, pois nossos pensamentos são frutos da nossa motivação, ao sentirmos necessidade especificas, desejos, interesses ou emoções, somos motivados a produzir pensamento, a motivação é um dos fatores principais para o sucesso da aprendizagem. 38 ∗ A motivação na teoria Behaviorista: está teoria foi iniciado por John Broadus Watson e inclui nomes importantes como o de Guthrie, Hull e Burrhus Frederic Skinner. O behaviorismo é um sistema teórico que propõe um estudo completamente objetivando o homem, apesar de muito dos seus experimentos tenha sido feito em animais. A motivação na teoria behaviorista, tem como ponto central o conceito de impulso, entendido como a força que impele a ação, atribuível às necessidades primárias. Para Watson, no dizer de Barros (1997, p. 18), O comportamento tem sido definido como o conjunto das reações ou respostas que um organismo apresenta às estimulações do ambiente. Todo o organismo, está continuamente recebendo estimulações do ambiente e reagindo a elas. Por isso, é que o cientista afirma que o organismo vive em um constante processo de interação com seu ambiente. As relações que mantemos com o mundo que nos rodeia são de dar-e-receber. Recebemos inúmeras estimulações e damos respostas a elas. Esta abordagem verifica uma resposta como se fosse exclusivamente determinada pelo hábito ou pelo impulso, a maior crítica que recebe esta abordagem, refere-se ao fato de ignorar que, na maioria das vezes, nosso comportamento é consciente, que reagimos ao mundo externo segundo nossa interpretação sobre os estímulos. ∗ A motivação na teoria Humanista: Abraham Maslow e Carl Rogers, foram os principais figuras desta teoria. Segundo Penteado et alli (1995), “para os humanistas, a única forma de manter o educando dinâmico no processo motivacional é pela motivação intrínseca”. Maslow, aceitava a idéia de que o comportamento humano pode ser motivado pela satisfação de necessidades biológicas, mas rejeitavam a idéia de que toda motivação humana, pode ser explicada em termos de privações, necessidades e reforço. Evans (1976, p. 120), afirma que, O homem não é redutível a sua fisiologia, nem é um respondente mecânico ou mesmo cognitivo a estímulos, nem um campo de batalha, enfim, para impulsos sexuais e agressivos. Embora esses enfoques possam esclarecer parcialmente o comportamento humano, todos eles ignoram o que nos é dado em primeira mão, sermos pessoas e sentimos que somos pessoas. 39 Nessa abordagem humanista, o homem educado é aquele que aprendeu a aprender, que aprendeu a se adaptar e mudar, que se conscientizou que nenhum conhecimento é definitivo e seguro, somente o processo de buscá-lo oferece uma base estável de segurança. Por esse motivo que Maslow fundamentou suas pesquisas sobre a motivação, segundo suas necessidades humanas distribuídas de forma hierárquica, distribuídas de acordo com seu nível e importância assim demonstradas em forma de pirâmide. Na base as necessidades fisiológicas, considerada de nível baixo, mas que deve ser satisfeita para que sirvam de alicerce para também buscar a satisfação das subseqüentes e, no topo as necessidades mais elevadas que é a de autorealização. Maslow assim distribuiu as necessidades: • Necessidades Fisiológicas: São relacionadas às necessidades do organismo, e é a principal prioridade do ser humano. Entre elas estão respirar e se alimentar. Sem estas necessidades supridas, as pessoas sentirão dor e desconforto e ficaram doentes. • Necessidades de Segurança: Envolve a estabilidade básica que o ser humano deseja ter. Por exemplo, segurança física (contra a violência), segurança de recursos financeiros, segurança da família e de saúde. • Necessidades Sociais: Com as duas primeiras categorias supridas, passa-se a ter necessidades relacionadas à atividade social, como amizades, aceitação social, suporte familiar e amor. • Necessidades de Status e Estima: Todos gostam de ser respeitados e bem vistos. Este é o passo seguinte na hierarquia de necessidades: ser reconhecido como uma pessoa competente e respeitada. Em alguns casos leva a exageros como arrogância e complexo de superioridade. • Necessidade de Auto Realização: É uma necessidade instintiva do ser humano. Todos gostam de sentir que estão fazendo o melhor com suas habilidades e superando desafios. As pessoas neste nível de necessidades gostam de resolver problemas, possuem um senso de moralidade e gostam de ajudar aos outros. Suprir esta necessidade equivale a atingir o mais alto potencial da pessoa. (HOFFMAN, 1990). Diante disso, o pedagogo, assim como, toda equipe da escola, deve conhecer os limites de cada um, pois dentro do campo das teorias motivacionais, a Teoria de Maslow está entre as mais importantes, ele ressalta que as necessidades do ser humano não estão voltadas a questão financeira mais sim a uma forma correta de alcançar a realização de suas necessidades. 40 ∗ A motivação na teoria Psicanalítica: essa teoria tem em Sigmund Freud, seu reconhecido fundador. Segundo Freud citado por Braghirolli, (1990, p. 104), O aparelho psíquico compõe-se de três partes, que estão continuamente interagindo, de forma dinâmica: o “id”, o “ego” e o “superego”, são conceitos básicos da teoria freudiana e formam a estrutura da personalidade. O ID, foi identificado como um reservatório de impulsos instintivos, em busca da satisfação e completamente inconsciente. O EGO, seria um sistema que, entrando em contato com o mundo exterior, procura satisfazer as exigências instintivas do Id. O SUPEREGO, se formaria pela internalização dos valores e atitudes sociais; seria uma espécie de censura interna, que aponta os atos meritórios, louvando-os, e os condenáveis, reprovando-os. Dessa forma, os três conceitos entrariam, involuntariamente, em conflito, sendo que as exigências do Id, nem sempre são aceitáveis pelo superego, principalmente as relacionadas com a satisfação sexual e a agressão. Para o teórico a motivação é proveniente do Id inconsciente e o comportamento resulta numa interação, conflituosa ou não, entre os três sistemas. Entretanto, muitos intuitos e desejos manifestam-se em atividades artísticas, culturais e esportivas, isto é, suas energias são utilizadas em atividades permitidas. Uma crítica feita aos conceitos à teoria psicanalítica, é que eles não são passiveis de verificação empírica, apesar de que o valor da concepção da motivação inconsciente é amplamente reconhecido. Tanto as teorias Cognitiva, Behaviorista, Humanista e Psicanalítica, são pilares de sustentação em que a motivação encontra subsídios para explicar suas exigências. Pode-se dizer que a motivação é um processo que está relacionado com as necessidades do indivíduo e do ambiente em que está inserido, que predispõe o organismo para a ação em busca da satisfação de suas necessidades, estando presente em toda esfera de nossa vida. Ao ver de Gagné (1985), “a motivação é uma pré-condição para a aprendizagem uma vez que emerge, sustenta, regula e direciona a conduta humana, num contexto educativo, justificando todas as nossas atitudes”. Muitos professores se questionam o que fazer para motivar os alunos ao 41 aprendizado de uma tarefa escolar, preocupando-se em como criar condições reais para que os alunos fiquem interessados a aprender. O educador, além de ser competente em seu campo de conhecimento específico, precisa conhecer a dinâmica do comportamento humano, em especial, os da sala de aula. A falta de motivação é causada por características pessoais dos alunos e do contexto escolar, o medo do fracasso e a forma de encará-lo; a falta de clareza sobre os objetivos da aprendizagem; e a não satisfação das expectativas são alguns dos motivos de ordem pessoal. Além deles, existem as influencias de pais, colegas e grupos sociais, mais as experiências anteriores de cada um (NOVA ESCOLA, 2003, p. 14) Quanto à motivação, esta é obtida através do interesse do aluno pela matéria, pelo desafio dos problemas propostos, pela estruturação do ambiente, por reforço exteriores, é o que afirma Bruner (1991, p. 95), “a motivação é sinônimo de interesse despertado pelo conteúdo e pela maneira como esse conteúdo é apresentado pelo professor”. É importante no processo do aprender, a estimulação extrínseca, pois a interação constante com o ambiente possibilita ao individuo desenvolver sua estrutura cognitiva, que por sua vez, o habilita a interagir, de modo inteligente, com as pessoas que os cercam, assim conseguem transformar, também, o ambiente em que está inserido. “Quando o aprendiz parece se acomodar com o conhecimento adquirido cabe ao professor apresentar-lhe dúvidas, causando assim desequilíbrio, que para ser corrigido irá requerer reestruturação cognitiva” (BRUNER, 1991, p. 125). Quero chamar a atenção, para o fato de que estar pronto para aprender, não depende somente das habilidades do professor em motivar o aluno, mas também, de toda a estrutura que existe em sua volta. Pois, a motivação, possui dois víeis. Uma é a motivação que é nata do aluno e outra que depende das pessoas que estão em sua volta. Segundo a Nova Escola (2003, p. 14), As motivações intrínsecas vêm do próprio aluno: a vontade de aprender e de buscar soluções para os problemas, a escolha e a realização de tarefas que sejam atraentes e desafiadoras para ele. [...] as extrínsecas vêm de fora: notas, aprovação no final do ano, estimulo familiar por médias elevadas. Esses elementos não podem ser um fim em si mesmo, mas se utilizados com critério e bom senso fazem surgir – ou ressurgir – a motivação intrínseca. 42 É observável que, para o aluno realmente aprender, não é responsabilidade única do professor, mas também da família, dos órgãos ligados à educação, ou seja, da sociedade como um todo. A maioria dos alunos tenta explicar seus fracassos para sociedade, “crucificando” o professor, sabe que os educadores possuem tais habilidades que ora lhes comprometem, mas que fique bem claro, que o fracasso dos alunos possuem inúmeras causas, cada caso é um caso, a priori precisamos diagnosticar a causa da deficiência dessa aprendizagem e atribuir instrumentos que favoreçao juntamente com uma motivação que lhe desperte o interesse para a absorção das informações. 7 – OS INSTRUMENTOS DINAMIZADORES DA MOTIVAÇÃO Os instrumentos dinamizadores da motivação, por ventura, dão sustentabilidade para uma prática educativa prazerosa, onde professores e aluno, através de atividades culturais, divertem-se e ao mesmo tempo desenvolvem sua criatividade, sensibilidade percepção e imaginação, dessa forma, não fogem do processo de aprendizagem. A música, por exemplo, embora seja considerada uma arte difícil, adapta-se bem com as crianças e contribui para sua motivação educacional. Todo tipo de música, como: erudita, folclórica, popular, rock, pop e outras, são validas, só a partir do momento que as crianças passam a conhecê-las, farão sua escolha. O professor, além de respeitar a opção individual, não deve se restringir a um tipo de música a qual é de seu gosto. A música tem sido classificada, de um modo geral, em três grandes grupos: música folclórica, popular e erudita. É importante que se procure entender o significado de cada um desses termos e como são objetivamente aplicados. Esse entendimento permite que se tenha uma noção clara sobre o tipo de música de que se está falando e ajuda a evitar preconceitos (MUNDO JOVEM, 2002, p. 23). Aprender através da música é um método salutar, pois ajuda a memorização. Observe: é difícil para o aluno memorizar uma regra de português, pois ele diz que não consegue? Mas, consegue com todas as letras 43 cantar uma música com diversas estrofes. Então, que conclusões tiramos disso, é que se ele pode memorizar a letra da música e claro que ele também pode memorizar uma regra qualquer. Todavia, incentivar crianças para música, pode despertar talentos, assim esses podem produzir muito mais nos estudos. A escola desempenha o papel de desenvolver a cultura musical do aluno, estabelecendo relações com grupos musicais da localidade, participando de eventos, de cultura, shows, concertos e festivais. Nessa idade, o adolescente deve ter acesso a diversos tipos de música para ampliar seu repertório (NOVA ESCOLA, 1998, p. 64). Motivar o aluno através da música, é propiciar meios para que tanto os alunos quanto o professor, possam juntos aprimorar seus conhecimentos de forma lúdica e encorajadora quebrando as barreiras da timidez estimulando a criança a tomar a responsabilidade na hora em que deva falar, discutir, questionar seus anseios e respeitar as opiniões, tendo condições de desempenhar qualquer papel na sociedade, de maneira consciente, eficiente e responsável. A atitude do professor em sala de aula é importante para criar climas de atenção e concentração, sem que se perca a alegria. As aulas tanto podem inibir o aluno quanto fazer com que atue de maneira indisciplinada. Estabelecer regras do uso do espaço e de relacionamento entre os alunos é importante para garantir o bom andamento da aula (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997, p. 69). Para uma boa música, sempre há uma boa dança. Motivar através da dança é de suma importância, pois a dança trabalha os movimentos do corpo dando uma energia positiva a qualquer trabalho em que o indivíduo realize. Por meio da dança, o aluno experimenta um meio de expressão diferente da palavra. Ao “falar” com o corpo, ele abre a possibilidade de conhecer a si mesmo de outra maneira e melhorar sua autoestima. O simples prazer de movimentar o corpo alivia o estresse diário e as tensões escolares. Para isso é importante que o corpo não seja tratado como um instrumento, mas como forma de comunicação (NOVA ESCOLA EDIÇÃO ESPECIAL -PCN, 2002 p. 38). O universo da dança é para o aluno é um elo entre a diversão e a cultura. Todo gesto ou movimento da dança deve corresponder a uma determinada 44 intenção, intenção essa que é fundamental para a vivência de uma linguagem corporal, assim o indivíduo passas a desenvolver suas habilidades. Motivar como forma de comunicação, desenvolve a capacidade de criação, memorização, sentido de ritmo, emoções, autodomínio, sua sociabilidade e atitude. Assim, o aluno passa a ver a arte como um incentivo à aprendizagem, aspectos que são fundamentais para seu crescimento individual, coletivo e sua consciência social. Segundo os PCN’s (1997, p. 69), A atitude do professor em sala de aula é importante para criar climas de atenção e concentração, sem que se perca a alegria. As aulas tanto podem inibir o aluno quanto fazer com que ele atue de maneira indisciplinada. Estabelecer regras de uso do espaço e de relacionamento entre os alunos é importante para garantir o bom andamento da aula. [...] essa também, é uma maneira de o aluno compreender e incorporar a diversidade de expressões, de conhecer individualidades e qualidades estéticas. Tal fruição enriquecerá sua própria criação em dança. Dessa maneira, a organização das atividades deve seguir alguns critérios que viabilizem o dinamismo harmônico em sala de aula. O professor tem um papel primordial na elaboração desses critérios, pois os alunos devem conhecer suas qualidades e suas diferenças, todavia, devemos ter cuidado para que o trabalho não caia no comodismo e na improvisação, pois qualquer que seja sua resposta, não se deve perder o domínio da linguagem expressiva da dança. O teatro é uma das tantas linguagens artística, por meio de suas técnicas, os alunos podem se conhecer e reconhecer suas potencialidade e possibilidades, assim como seus limites, frete a si mesmo e seus colegas. Praticar teatro, significa auto penetrar-se, quanto mais rica a experiência, mais transformador é o resultado. A criação coletiva e individual dos alunos podem resultar em elo de realizações pessoas para o aluno e para a escola. Segunda a revista Nova Escola (1998, p. 64), A educação em teatro tem como objetivo proporcionar experiências que contribuam para o crescimento integrado da criança sob vários aspectos. No plano individual, desenvolve as capacidades expressivas e artísticas. No coletivo, exercita o senso de cooperação, 45 diálogo, respeito mútuo, reflexão e torna as crianças mais flexíveis para aceitar as diferenças. Dramatizar, não é somente uma realização de necessidades individuais ou coletivas, são atividades em que o aluno tem a oportunidade de se desenvolver dentro da sala de aula de maneira responsável, legitimando seus direitos dentro desse contexto, estabelecendo uma relação com a finalidade manifestar suas habilidades no seu grupo. O professor deve organizar a aula numa seqüência, oferecendo estímulos por meio de jogos preparatórios, com o intuito de desenvolver habilidades necessárias para o teatro, como atenção, observação, concentração e preparar temas que instigue a criação do aluno em vista de um progresso na aquisição e domínio da linguagem teatral. É importante que o professor esteja consciente do teatro como um elemento fundamental na aprendizagem e desenvolvimento da criação e não como transmissão de uma técnica. (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997, p. 86). Tendo em vista uma melhor metodologia para motivar os alunos, o teatro viabilizar oportunidades para o professor, prepara ordenadamente suas aulas, pois, a partir da aplicação de dramatização em conjunto com os conteúdos, as aulas passaram a ficar cada vez mais prazerosas e as informações transmitidas ficaram retido por muito mais tempo na memória dos alunos, pois o teatro não uma técnica em si, mas uma metodologia influente no processo ensino-aprendizagem. 46 CAPÍTULO II MATERIAL E MÉTODO Obtém-se como tema desta Monografia, “Arte como processo Motivador no 5º Ano do Ensino Fundamental”,, por se tratar de uma problemática de cunho educacional que tem causado um certo desconforto aos agentes educacionais, onde de observa-se uma certa apatia em nossas salas de aulas e vivenciada pelos alunos das Séries iniciais e suas respectivas dificuldades no ato de aprender. A Motivação é um instrumento facilitador que propicia ao professor, assim como aos alunos, um elo em prol da aprendizagem. Tendo em vista, que não é a motivação que facilitará que o aluno possa aprender algo, todavia, só se aprende quando se estar afim. Para isso, precisamos encontrar uma metodologia que desperte sua atenção, curiosidade, dinamismo e interesse pelo que se estar ensinando. Contemplando o episódio de nossas salas de aula, observamos que a cada ano que se passa em virtude das mudanças e facilidades das Leis de ensino, os alunos apresentam-se desinteressados em aprender. Haja visto que quando o professor não proporciona meios que viabilize a motivação desse aluno, o processo educativo poderá sofre terríveis conseqüências. Em se tratando de Motivação, todos os instrumentos metodológicos podem e devem ser utilizados para melhoria desses resultados, instrumentos esses, que propunham ao professor e aos alunados, condições norteadoras para que os programas curriculares sejam cumpridos. Dessa forma, a aprendizagem é um processo continuo e democratizador da ação educativa e que a motivação através de suas diversas técnicas possa desencadear e desenvolver as habilidades dos educandos para uma mudança 47 de comportamento em sala de aula, e que sirva para despertar sua autoestima, embora todos os agentes precisem estar sempre bem motivados para realização desse processo. Para veracidade dessa pesquisa, levou-se em consideração o método de abordagem Fenomenológico-hermenêutico, como direcionamento do estudo desse fenômeno em epigrafe. Assim, de acordo com a aplicação questionários bem definidos, onde este enfoque busca na relação professor X aluno, meios que se possam desmistificar tais inquietações do pesquisador. Assim como, os conflitos existentes entre ambos, onde suas características se divergem conforme suas necessidades. A palavra fenômeno deriva da palavra fenômeno, que em grego significa “o que aparece”. Assim, todo o mundo – os objetos do conhecimento – é compreendido como o que aparece para o homem por sua consciência. É o homem que dá significado – valores, emoções e juízo – ao mundo. (FREITAS & ROCHA, 2007, p. 25) O método Fenomenológico-hermenêutico, tem como objetivo maior o estudo dos atores que convivem na sala de aula em suas relações sociais, ou seja, compreende a realidade pedagógica na interação professor e alunos. No entanto, Oliveira (1993, p. 44), apresenta os aspectos pertinentes a esse enfoque: No processo do conhecimento, o enfoque fenomenológico- hermenêutico acentua a intencionalidade e a experiência do sujeito, que constrói símbolos e significados para comunicar e interpretar os eventos do dia-a-dia. Por esse enfoque, busca-se na pesquisa, o desvelamento de pressupostos implícitos a uma dada realidade, procurando-se ultrapassar a aparência fenomênica do real na captação de sua essência. Pesquisar algo é desvendar o seu sentido; conhecer é compreender um fenômeno. Para desvendar os encalços dessa problemática, buscou-se o método para sua investigação o Interacionismo Simbólico, caracterizada pela observação onde o pesquisador não pode e não deve interferir, apenas descrever de maneira sucinta. Por meio desta, temos um contato direto e 48 intensivo de acordo com os agentes envolvidos, objetivando buscar em sua índole suas aptidões a respeito da motivação através da arte. O interacionismo simbólico, apropria-se da observação realizada pelo pesquisador em relação aos atores sociais da Escola Estadual Monsenhor Coutinho, com o objetivo de descrever e analisar a interação professor X alunos. Diante dos aspectos físicos, temporais, institucionais e de aprendizado, tendo como palco deste, a escola. Tais observações foram realizadas na Escola Estadual Monsenhor Coutinho, com os alunos, professores e pais, através de uma pesquisa quantitativa para coletar dados e informações por meio da observação não participante e observação individual, tentando entender seus anseios, habilidades, dificuldades e suas experiências quanto ao seu dia-a-dia em sala de aula. Então, para que se realizasse a pesquisa para construção do trabalho, optamos em questionar os pesquisados a partir de uma coleta de dados de caráter simples e objetivo, por atingir o maior rigor cientifico, cuja característica principal é a garantia de que cada indivíduo tenha a mesma oportunidade de responde o questionário que irão compô-la. Essa pesquisa foi realizada com a aplicação de um questionário diversificados com 10 (dez) questões e aplicadas a 59 (cinqüenta e nove) pessoas da comunidade escolar, sendo: 54 (cinqüenta e quatro) alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental, 03 (três) professores e 01 (um) gestor e 01 (um) pedagogo, sendo que os dois últimos responderam o mesmo questionário. Estes questionários estarão à disposição no anexo deste trabalho. A partir do tema abordado, buscou-se aprimorar mais informações sobre a importância da motivação através da arte como instrumento metodológico em busca do saber, investigando de que forma a escola e professores, preparam os alunos para aprimorarem seus conhecimentos, para que no 49 futuro, possam trilhar seu próprio destino de forma consciente, eficiente e responsável. Para isso, é preciso que todos os agentes educacionais, juntamente com a família estejam comprometidos com a problemática em questão, para verificar se as formas e os instrumentos utilizados pelos professores contribuem ou dificultam a aprendizagem dos alunos. Todavia, verificamos que os alunados, encontram-se desmotivados, sem prospecção alguma para aprender, assim como também o professor, por reclamar da falta de condições físicas e sociais da Escola, da falta de materiais didáticos apropriados, do descaso do salário pago aos agentes educacionais, etc., portanto, é visível que esses fatores incidem na educação, tendo como o único prejudicado o aluno. Para obtenção dos dados para analise, foi aplicado durante o mês de Setembro, alguns questionários para os professores, alunos, gestor e pedagogo, para que os mesmos respondessem como eram trabalhada a motivação dos alunos na escola e em sala de aula. Após a aplicação dos questionários, podemos obter as informações necessárias para realizarmos o processo de classificação. Todos os dados obtidos com as observações e os questionários foram anotados cuidadosamente, para que se fizesse a analise e interpretação, assim como as descrições. Mais para realizar esse trabalho, desenvolveu-se um trabalho preventivo para que os dados obtidos não fossem prejudicados, tais como: v Seleção, examinar minuciosamente os dados; v Codificação, que é a forma de organizar os dados por categoria e sua relação entre si; v Tabulação, consiste na necessidade de ordenar de forma resumida os dados e os resultados para facilitar sua compreensão e conclusão a quem vir dela fizerem uso. 50 Para facilitar os trabalhos de analise, optou-se por um questionário do tipo sim, não ou mais ou menos, para melhor selecionar e organizar as informações obtidas através dos pesquisados. Analisado os dados, as informações colhidas, foram relacionadas em tabelas, onde foram feitas a distribuição ordenada das respostas e suas respectivas distinções quanto ao resultado das respostas. 51 CAPÍTULO III APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Ao realizarmos a pesquisa, na Escola Estadual Monsenhor Coutinho, teve-se a necessidade de realizar um levantamento dos dados para poder se trabalhar em função motivação dos alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental, classificado como prioridade a ser investigado, para isso utilizou as seguintes formas para adquirimos tais informações, como as técnicas de aplicação de questionário, sendo de suma importância para comprovar um dos problemas de aprendizagem dos nossos alunos. A palavra motivação, por ser para eles uma palavra “nova”, houve a preocupação em explicar o seu significado, sua área de atuação, exemplificando os vários momento que o professor utiliza desse recurso pra obter resultados satisfatórios em sua aulas, após a compreensão, foi distribuído uma ficha com 10 (dez) questões, aos 54 alunos que participaram da pesquisa, tendo a pesquisa sido colocadas em evidencias para observação e analise, contribuindo assim, para esclarecimentos da problemática mencionada conforme questionários respondidos pelos, conforme tabulação aseguir: Tabela 01– Respostas dadas pelos 54 alunos do 5º ano do Ensino Fundamental pesquisados na Escola Estadual Monsenhor Coutinho onde se obteve as seguintes respostas: 52 PERCENTUAL Nº PERGUNTAS 01 Você sabe o que é motivação? 02 05 favoreçam o processo ensino-aprendizagem? MAIS OU MENOS 67% 9% 24% 63% 9% 28% 93% 2% 5% 78% 2% 20% 44% 4% 52% 98% - 2% 93% 2% 5% 33% 9% 58% 89% 2% 9% 100% - - O Professor motiva você a aprender com satisfação? Os instrumentos motivadores aplicados por seu professor acompanham os conteúdos? Quando o professor utilizou os recursos 06 motivadores, você teve mais facilidade em aprender? 07 NÃO Seu professor lhe motiva com instrumentos que 03 A motivação é importante para a sua aprendizagem? 04 SIM Você já foi motivado através de atividades Culturais como: música, teatro e dança? Você concorda que a utilização de atividades 08 Culturais como: música, teatro e dança facilitou seu aprendizado? 09 Quando o professor utiliza esses recursos, os resultados são satisfatórios? Diante dos resultados obtidos, você gostaria que 10 seus professores continuassem sendo utilizado as atividades Culturais como: música, teatro e dança como processo motivador? Fonte: Pesquisa de Campo Realizado na Escola Estadual Monsenhor Coutinho 53 Respostas sintetizadas dos alunos: 1ª Questão: - Dentre os questionados, 36 sabem o que é motivação, 05 não conheciam, mas utilizavam e 13 sabiam, mas com certa dúvida. 2ª Questão: - Quanto se perguntou seu o professor lhe motiva com instrumentos que favoreçam o processo ensino-aprendizagem, 34 disseram que sim, 05 não souberam responder e 15 alunos tiveram dúvida ao responder. 3ª Questão: - Quando se perguntou da importância da motivação para a sua aprendizagem 50 deles responderam que sim, apenas 01 disse que não e 03 ficaram indecisos. 4ª Questão: - Ao perguntar sobre se o Professor motiva você a aprender com satisfação, 42 deles disseram que sim, 01 disse que não e apenas 11 ficaram em dúvida. 5ª Questão: - Quando lhes foi perguntado se os instrumentos motivadores aplicados por seu professor acompanham os conteúdos, 24 responderam que sim, 02 disseram que não e 28 disseram que às vezes sim às vezes não. 6ª Questão: - Questionou-se que quando o professor utilizou os recursos motivadores, você teve mais facilidade em aprender 53 responderam que sim, ninguém disse que não e apenas 05 responderam que mais ou menos. 54 7ª Questão: - Quanto se perguntou seu se você já foi motivado através de atividades Culturais como: música, teatro e dança, 50 disseram que sim, apenas 01 respondeu que não e 03 alunos tiveram dúvida ao responder. 8ª Questão: - Quando foi perguntado se concordava que a utilização de atividades Culturais como: música, teatro e dança facilitou seu aprendizado 18 deles responderam que sim, 05 disseram que não e 31 ficaram indecisos. 9ª Questão: - Ao perguntar que quando o professor utilizava esses recursos, os resultados eram satisfatórios, 48 deles disseram que sim, 01 disse que não e apenas 05 ficaram em dúvida. 10ª Questão: - Quando lhes foi perguntado se é satisfatórios os resultados obtidos, se eles gostariam que continuasse sendo utilizado as atividades Culturais como: música, teatro e dança como processo motivador, 54 responderam que sim, ninguém disse que não e nem mais ou menos. Assim, concluímos que no ponto de vista dos alunos pesquisados, a motivação é um instrumento imprescindível no processo ensino-aprendizagem, onde contribuíram, de forma satisfatória, para despertar no aluno sua criticidade, seu entusiasmo, sua independência e seu senso participativo em atividades propostas pelo currículo, entrelaçadas com sua satisfação em absorver os conteúdos quando transmitidos pelo professor. Tabela 02 - Em seguida apresentamos os resultados dos questionários apresentados aos 03 professores do 5º Ano de Ensino Fundamental da Escola Estadual Monsenhor Coutinho: 55 Nº PERGUNTAS 01 Você sabe o que é motivação? PERCENTUAL MAIS OU SIM NÃO MENOS 100% - - 100% - - 100% - - 100% - - 100% - - - - 100% 100% - - 08 Culturais como: música, teatro e dança facilitam o 100% aprendizado dos alunos? - - 100% - - 10 utilizando as atividades Culturais como: música, teatro 100% e dança como processo motivador de seus alunos? - - 02 03 Você sabe utilizar a motivação como instrumento favorecedor do processo ensino-aprendizagem? A motivação é um recurso importante para contribuir na aprendizagem dos alunos? 04 Você motiva seus alunos? 05 06 07 Os instrumentos motivadores estão acompanhando os conteúdos aplicados? Quando você utiliza os recursos motivadores os resultados são obtidos? Você já motivou seus alunos através de atividades Culturais como: música, teatro e dança? Você concorda que a utilização das atividades 09 Quando na utilização desses recursos os resultados foram satisfatórios? Diante dos resultados obtidos, você vai continuar Fonte: Pesquisa de Campo Realizado na Escola Estadual Monsenhor Coutinho 56 Respostas sintetizadas dos alunos: 1ª Questão: - Quando os professores foram questionados se sabiam o que é motivação, todos responderam que sim. 2ª Questão: - Quanto lhe foi perguntado se utilizava a motivação como instrumentos que favoreçam o processo ensino-aprendizagem, todos responderam que sim. 3ª Questão: - Quando lhe foi questionado da importância da motivação para a aprendizagem dos educandos, todos responderam que sim. 4ª Questão: - Ao perguntar sobre se eles motivam os alunos a aprenderem com satisfação, todos responderam que sim. 5ª Questão: - Quando lhes foi perguntado se os instrumentos motivadores aplicados acompanham os conteúdos, todos responderam que sim. 6ª Questão: - Questionou-se que quando utilizam os recursos motivadores os resultados são obtidos, todos responderam que mais ou menos. 7ª Questão: - Quanto lhe foi perguntado se já motivou seus docentes através de atividades Culturais como: música, teatro e dança, todos responderam que sim. 57 8ª Questão: - Quando lhe foi perguntado se concordava com a utilização de atividades Culturais como: música, teatro e dança para facilitar o aprendizado, todos responderam que sim. 9ª Questão: - Ao perguntar que quando utilizava-se desses recursos, os resultados são satisfatórios, todos responderam que sim. 10ª Questão: - Questionou-se que diante dos resultados obtidos é satisfatório, a continuidade de instrumentos como: música, teatro e dança como processo motivador de seus alunos, todos responderam que sim. Diante dessas, informações, foi observado que os professores sentem-se vislumbrados com o processo motivador, mas muitas vezes eles revelaram que sentem dificuldades em encontrar dinâmicas relacionadas aos conteúdos do currículo que pretendem ser empregados em seu cotidiano escolar. É mister ressaltar que essas atividades proporcionam aos alunos disponibilidade em lidar com as dificuldades, integridade moral, independência, assim como um querer a mais no que diz respeito às atividades relacionadas ao seu aprendizado. Todavia, é inaceitável, nos dias atuais, com todo o aparato tecnológico e científico, ainda encontrarmos professores que ainda não aplicam ações motivadoras que proporcione um melhor dinamismo nas aulas de toda e qualquer disciplina. Tabela 03 - Em seguida apresentaremos os resultados dos questionários aplicados ao Gestor e ao Pedagogo da Escola Estadual Monsenhor Coutinho: 58 PERCENTUAL Nº PERGUNTAS 01 Você sabe o que é motivação? MAIS OU SIM NÃO 100% - - 50% - 50% 100% - - 100% - - 50% - 50% 50% - 50% 100% - - 100% - - 100% - - 100% - - MENOS Os professores sabem utilizar a motivação como 02 instrumento favorecedor do processo ensinoaprendizagem? 03 04 A motivação é um recurso importante para contribuir na aprendizagem dos alunos? Você motiva professores, alunos e toda equipe da Escola? Os instrumentos motivadores utilizados pelos 05 professores estão acompanhando os conteúdos aplicados? 06 Quando os professores utilizam os recursos motivadores os resultados são obtidos? A Escola promove atividades para motivar os 07 alunos e professores através de atividades Culturais como: música, teatro e dança? Você concorda que a utilização das atividades 08 Culturais como: música, teatro e dança facilitam o aprendizado dos alunos? 09 Quando na utilização desses recursos os resultados são satisfatórios? Diante dos resultados obtidos, você pretende 10 motivar a continuidade das atividades Culturais como: música, teatro e dança como processo motivadores de seus alunos na Escola? Fonte: Pesquisa de Campo Realizado na Escola Estadual Monsenhor Coutinho 59 Respostas sintetizadas dos pais dos alunos: 1ª Questão: - Ao pergunta a equipe pedagógica se sabiam o que é motivação, todos responderam que sim. 2ª Questão: - Quanto lhe foi perguntado se os professores sabiam utilizar a motivação como instrumentos que favoreçam o processo ensino-aprendizagem, a pedagoga respondeu que sim e gestora disse que mais ou menos. 3ª Questão: - Quando lhe foi questionado da importância da motivação para a aprendizagem dos educandos, todos responderam que sim. 4ª Questão: - Ao perguntar sobre se eles motivam os professores, alunos e toda equipe da escola, todos responderam que sim. 5ª Questão: - Quando lhes foi perguntado se os instrumentos motivadores aplicados acompanham os conteúdos, a gestora respondeu que sim e pedagoga disse que mais ou menos. 6ª Questão: - Questionou-se que quando utilizam os recursos motivadores os resultados são obtidos, a pedagoga respondeu que sim e gestora disse que mais ou menos. 7ª Questão: - Quanto lhe foi perguntado se a Escola promove atividades para motivar os alunos e professores através de atividades Culturais como: música, teatro e dança, todos responderam que sim. 60 8ª Questão: - Quando lhe foi perguntado se concordava com a utilização de atividades Culturais como: música, teatro e dança para facilitar o aprendizado, todos responderam que sim. 9ª Questão: - Ao perguntar que quando na utilização desses recursos os resultados são satisfatórios, todos responderam que sim. 10ª Questão: - Questionou-se que Diante dos resultados obtidos, você pretende motivar a continuidade das atividades Culturais como: música, teatro e dança como processo motivadores de seus alunos na Escola, todos responderam que sim. Dessa forma, notamos que a equipe pedagogia mostrou-se otimista e satisfeitos com e revolução educacional realizadas pelos professores e desenvolvidas pelos alunos através das atividades motivadoras no campo sócio-cultural, tendo como objetivo melhorar cada vez o aprendizado dos alunados. A respeito da motivação, esse instrumento visto à luz de uma atividade processual, constante e progressista, tem procurado cumprir os objetivos curriculares, tendo como agentes desse processo os alunos, professores, pais e toda equipe pedagógica e instrumental da escola, estando eles motivados e compromissados com a ação educativa, todavia esse resultado virá de forma considerável a partir do interesse, da participação e do empenho, dos alunos, assim como de sua postura frente ao complexo mundo das informações. 61 Para tanto, faz-se necessário apresentar as dependências e instalações da Escola Estadual Monsenhor Coutinho, pois sua construção é bastante antiga, de forma que precisa-se urgentemente de uma reforma completas. Suas salas de aulas são inadequadas, os banheiros são pequenos insuficientes para atender o número de alunos matriculados; a escola precisa melhorar o sistema de climatização; a iluminação é precária; as cadeiras são inadequadas e desconfortáveis e ainda utilizam quadro de giz. Também não encontramos salas especifica para os professores, biblioteca, sala de leitura, está tudo reunido a minúscula sala da Diretoria, não possui quadra de esporte, auditório entre outras dependências, as quais facilitariam aprendizagem dos alunos e o seu desenvolvimento físico, intelectual, social, político e cultural, uma vez que os alunos precisam de espaços para desenvolver melhor sua potencialidade. Tabela 04 _ Tabela demonstrativa das dependências da escola. Sala de aula 05 Utilização Não atende a necessidade X Biblioteca Sala de leitura Sala de professores Laboratório Diretoria ----- X X --01 Secretaria --- Área de lazer Quadra de esporte --- X --- X Dependências Quantidade Atende a necessidade --- Atende mais ou menos X X X X 62 Pátio coberto Pátio descoberto Auditório Cantina Refeitório Banheiro --- X 01 01 --06 X X TV Escola 01 X 01 X X X Fonte: Escola Estadual Monsenhor Coutinho. Os dados acima mencionados relatam a importância de uma reestruturação do ambiente escolar, para promover aos nossos alunados um estabelecimento de ensino a altura de suas reais necessidades. Neste contexto observou-se que os trabalhos realizados pelos professores da Escola Estadual Monsenhor Coutinho, está surtindo efeito, os índices de aprovação ano de após ano, vem melhorando, enquanto que os índices alunos que repetem de série, manteve-se em um nível oscilante . Enquanto que, alunos que desistem, pedem transferência ou se evadem-se, tem caído nos últimos anos. Nesse sentido, tudo que se apresentou está intimamente ligado a uma pesquisa minuciosa, tendo em vista, a observação do contexto da sala de aula, assim como a postura do professor e todo seus instrumentos para desenvolver aprendizagem de maneira eficaz diante dos anseios dos alunos, todavia, o professor deve está motivado para desempenhar seus papel de intermediador entre o aluno e as respectivas das informações, assim como, seu papel de transformador de atitudes críticas e progressista, despertando a necessidade da elaboração de um plano de ação, como embasamento de direção de atividades conjuntas a serem desenvolvidas. Portanto, precisamos conhecer, pesquisar, questionar, as ações ocorridas na escola, com o objetivo de investigar as problemáticas e buscar subsídios 63 para solução deste, na certeza de contribuir para uma educação, promotora de oportunidades e desafios, que somente os comprometidos com a educação podem encontrar meios para solucionar essas dificuldades. 64 CONCLUSÃO A motivação é sim um problema complexo, mas dinâmico, interativo e mutável, suas atividades variam no tempo e no espaço e, é em ao alcance de instrumentos como música, dança e teatral, que fortalecem todo o processo de percepção e cognição (observação, assimilação, compreensão e fixação), além de estimular os alunos a aprenderem a questionar, analisar, e retratar a vida, em todo seu contexto, sociocultural, político, econômico, ideológico e moral, além de elaborar um papel significativo apreciado por psicólogos, artistas e pedagogos, que a inclusão dessa atividade na escola ainda está longe de se ser uma realidade em nossas salas de aula. As linguagens artísticas são muito aceitas por parte de alguns gestores, professores e alunos do Ensino Fundamental, como instrumento motivador, todos os professores devem ser incentivados e orientados a essas atividades, com ela a criança se relaciona, fala, ouve, observa e atua, ou seja, pratica liberdade e solidariedade enquanto ela se diverte, também aprende. “Arte como processo motivador para os alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental”, essa temática nos conscientiza a respeito dos instrumentos motivadores possíveis de serem aplicados em sala de aula, como intermediadora da aprendizagem. Sem motivação nos há aprendizagem. Não adianta insistir, por mais que o professor se esforça às diversas formas de ensinar, não ia adiantar se o aluno não estiver motivado para receber naquele momento um determinado conhecimento, provavelmente, ele não irá aprender. Acreditamos, que não devemos voltar nossas atenções ao somente o que a criança possa produzir, mas também, aquilo que ela possa reproduzir quando esta esteja motivado. 65 Na tentativa de poder contribuir para esse processo de mudança, que ora ocorre na Escola Estadual Monsenhor Coutinho, sugere-se algumas atividades para viabilizar a inserção das atividades motivadoras no decorrer do ano letivo: 1. Reunião de pais para que os mesmo tomem ciências das atividades realizadas pela escola; 2. Participação da família na escola; 3. Adequação da escola para realização de atividades culturais 4. Capacitar professores com metodologia renovadoras e motivadoras que possam facilitar a aprendizagem. 5. Utilização das datas comemorativas para desenvolver as atividades culturais como: música, dança e teatro. MÊS Março Abril Maio DATA 08 Dia Internacional da Mulher 14 Dia Nacional da Poesia 19 Dia da Escola e Dia Internacional para eliminação da discriminação racial 19 Dia do Índio 21 Comemoração de Tiradentes 28 Dia da Educação 2º domingo 11 Junho Dia das Mães Dia da abolição da escravatura 01 a 13 Festejos do padroeiro Santo Antonio 01 a 30 Festas juninas 05 julho ATIVIDADE 01 a 31 Dia do meio ambiente/ecologia Férias 66 2º domingo Agosto Setembro Outubro Dia dos pais 11 Dia dos estudantes 22 Dia do folclore 01 a 07 Semana da Pátria 05 Dia da Amazônia 07 Dia da Independência do Brasil 21 Dia da árvore 25 Dia do trânsito 12 Dia das crianças 15 Dia do professor 29 Dia nacional do livro 01 Atividades sobre as eleições 05 Dia da Cultura e dia das Ciências 15 Proclamação da República 19 Dia da bandeira Novembro Nesse quadro, estão contidas apenas sugestões, para que a escola tenha uma programação para serem introduzidas como instrumento metodológico e motivador, como incentivo aos alunos, com o objetivo de desenvolver espontaneamente suas habilidades intrínsecas e extrínsecas e, quem sabe descobrir novos talentos no campo da arte. Finalizando, pode-se concluir de forma um tanto resumida, que neste trabalho tentou-se sintetizar algumas idéias a respeito da motivação de alunos, assim como de professores ao qual precisamos buscar subsídios em diversos autores, pesquisando e instigando os livros de abordagens do tema em estudo, para que todas as dúvidas fossem sanadas, tentando a qualquer custo, 67 solucionar o problema da apatia que vive nossos alunos em sala de aula. Nós professores, somos sabedores que não há uma receita para motivar, mas devemos estar compromissados em desmistificar toda problemáticas que encontramos em nosso cotidiano escola. 68 BIBLIOGRAFIA ARANHA, M. L. Historia da Educação.2. ed. São Paulo: Moderna, 1996. BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos da psicologia Geral.14. ed. São Paulo: Ática, 1997. BOCK. Ana Mercedes Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Uma introdução ao estudo da Psicologia. 13. ed. são Paulo: Saraiva, 1999. 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Você concorda que a utilização de atividades 08 Culturais como: música, teatro e dança facilitou seu aprendizado? 09 Quando o professor utiliza esses recursos, os resultados são satisfatórios? Diante dos resultados obtidos, você gostaria que 10 seus professores continuassem sendo utilizado as atividades Culturais como: música, teatro e dança como processo motivador? PERCENTUAL MAIS OU SIM NÃO MENOS 74 ANEXO 2 QUESTIONÁRIO DE COLETA DE DADO DESTINADO AOS PROFESSORES DA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO Nº PERGUNTAS 01 Você sabe o que é motivação? 02 03 Você sabe utilizar a motivação como instrumento favorecedor do processo ensino-aprendizagem? A motivação é um recurso importante para contribuir na aprendizagem dos alunos? 04 Você motiva seus alunos? 05 06 07 Os instrumentos motivadores estão acompanhando os conteúdos aplicados? Quando você utiliza os recursos motivadores os resultados são obtidos? Você já motivou seus alunos através de atividades Culturais como: música, teatro e dança? Você concorda que a utilização das atividades 08 Culturais como: música, teatro e dança facilitam o aprendizado dos alunos? 09 Quando na utilização desses recursos os resultados foram satisfatórios? Diante dos resultados obtidos, você vai continuar 10 utilizando as atividades Culturais como: música, teatro e dança como processo motivador de seus alunos? PERCENTUAL MAIS OU SIM NÃO MENOS 75 ANEXOS 3 QUESTIONÁRIO DE COLETA DE DADO DESTINADO A GESTORA E APOIO PEDAGÓGICO DA ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO Nº PERCENTUAL MAIS OU SIM NÃO MENOS PERGUNTAS 01 Você sabe o que é motivação? Os professores sabem utilizar a motivação como 02 instrumento favorecedor do processo ensino- aprendizagem? 03 04 A motivação é um recurso importante para contribuir na aprendizagem dos alunos? Você motiva professores, alunos e toda equipe da Escola? Os instrumentos motivadores utilizados pelos 05 professores estão acompanhando os conteúdos aplicados? 06 Quando os professores utilizam os recursos motivadores os resultados são obtidos? A Escola promove atividades para motivar os alunos 07 e professores através de atividades Culturais como: música, teatro e dança? Você concorda que a utilização das atividades 08 Culturais como: música, teatro e dança facilitam o aprendizado dos alunos? 09 Quando na utilização desses recursos os resultados são satisfatórios? Diante dos resultados obtidos, você pretende 10 motivar a continuidade das atividades Culturais como: música, teatro e dança como processo motivadores de seus alunos na Escola? 76 FOTOS 1 FOTO 1: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA FOTO 2: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA 77 FOTOS 2 FOTO 3: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA FOTO 4: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA 78 FOTOS 3 FOTO 5: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA FOTO 6: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA 79 FOTOS 4 FOTO 7: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA FOTO 8: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA 80 FOTOS 5 FOTO 9: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA FOTO 10: ESCOLA ESTADUAL MONSENHOR COUTINHO ARQUIVO EMANUEL DE PAULA