A II Jornada Acadêmica de Anatomia Veterinária e Humana Aplicada foi organizada por estudantes dos Cursos de Medicina Veterinária e Odontologia da FEAD, com o apoio de professores e das Coordenações dos Cursos de Medicina Veterinária, Zootecnia e Odontologia. Estruturada de maneira a seguir outros eventos acadêmicos de sucesso, tendo como finalidade: 1. Estimular o aprendizado e prática de atividades didáticas entre os alunos de graduação, motivando-os para o exercício de atividades acadêmicas futuras, como apresentação em congressos, simpósios, etc; 2. Permitir aos alunos de graduação vivenciar as experiências de eventos científicos tanto na sua organização quanto em sua participação; 3. Estimular o aprendizado e a prática de atividades didáticas entre os alunos de graduação, motivando-os para o exercício de atividades acadêmicas futuras, como apresentação em congressos, simpósios, etc; 4. Permitir aos alunos de graduação vivenciar as experiências de eventos científicos tanto na sua organização quanto em sua participação; 5. Estimular e divulgar a Iniciação Científica. A II Jornada Acadêmica de Anatomia Veterinária e Humana Aplicada foi realizada na FEAD – Unidade III – Campus Pilar, localizada à rua Otílio Macedo, número 12, bairro Olhos D’água, Belo Horizonte - MG, no período de 20 a 21 de outubro de 2009. FUNCIONAMENTO A JAAHVA, aconteceu entre 20 de outubro de 2009, no horário de 08:00 às 12:00h, na FEAD – Unidade III – Campus Pilar, localizada à rua Otílio Macedo, número 12, bairro Olhos D’água, Belo Horizonte MG. Houve apresentação de trabalhos no formato de palestra orientada e pôster na seguinte disposição: Cronograma: 20.out.2009 8:00 - Entrega dos Crachás/Recebimento dos pôsteres 9:00 - Solenidade de Abertura – Dança Grupo Guararapes 9:30 - Apresentação de palestra orientada I a e I h 9:45 - Apresentação de palestra orientada II a e II h 10:00 - intervalo café – “Café ao som do Violão de Lu Bitencourt” 10:30 - Apresentação de palestra orientada III a e III h 10:45 - Apresentação de palestra orientada IV a e IV h 11:00 - Apresentação de palestra orientada V a e V h 11:15 - Apresentação de pôsteres I 12:15 - finalização atividades do dia 21.out.2009 8:00 - Apresentação palestra orientada VI a e VI h 8:15 - Apresentação palestra orientada VII a e VII h 8:30 - Apresentação palestra orientada VIII a e VIII h 8:45 - Apresentação palestra orientada IX a e IX h 9:00 - Apresentação de palestra orientada X a e X h 9:15 - Apresentação de palestra orientada XI a e XI h 9:30 - Apresentação de palestra orientada XII a e XII h 9:45 - intervalo café – “Café ao som do Violão de Lu Bitencourt” 10:00 - Momento: Homenagem Especial: - Anatomia Animal: Prof. Dr. Hugo Godinho; - Anatomia Humana: Prof. Dr. Américo Fattini 10:15 - Premiação Melhor Pôster 10:30 - Apresentação de pôsteres II 11:50 - Entrega dos Certificados/Show de Encerramento 12:30 - Encerramento Os pôsteres ficaram expostos durante todo evento, sendo sua apresentação feita durante o intervalo do café. 1 COMISSÃO ORGANIZADORA: Acadêmicos: Jhefanes Rocha – Acadêmico Medicina Veterinária Leandro Ferreira – Acadêmico Medicina Veterinária Michelle Diniz Melo – Acadêmico Medicina Veterinária Stéfanie Maria Silva Pinho – Acadêmico Medicina Veterinária Maria Cláudia Lisboa – Acadêmico Medicina Veterinária Carolina Fontoura – Acadêmico Psicologia Juliana de Lourdes Fernandes – Acadêmico de Odontologia Tatiana Pereira Santos – Acadêmico de Odontologia Marcos Rodrigo Moura – Acadêmico de Odontologia Hadespil Assis Teixeira – Acadêmico de Odontologia Viviane Pereira Medeiros - Acadêmico de Fonoaudiologia Débora Sathler de Aguiar - Acadêmico de Fonoaudiologia Márcia Emília da Rocha Assis Elói - Acadêmico de Fonoaudiologia Professores: Bruno Divino Cynthia Borini Geraldo Juliani 2 SÚMARIO: • A AUDIÇÃO DO IDOSO......................................................................................................07 • A EVOLUÇÃO DO TUBÉRCULO DE CARABELLI NA ANATOMIA DENTAL HUMANA .............................................................................................................................07 • A IMPORTÂNCIA DE PARÂMETROS ANATÔMICOS NA APLICAÇÃO DA ACUPUNTURA ....................................................................................................................08 • A IMPORTÂNCIA EMBUTIDA NA DISCIPLINA DE ANATOMIA GERAL ENQUANTO DISCIPLINA BASE POR ESTUDANTES DE FONOAUDIOLOGIA............................................................................................................08 • A INFLUÊNCIA DO ALCOOLISMO NO PROCESSO DE EQUILIBRIO POSTURAL...........................................................................................................................09 • A OSTEOPOROSE NA BOCA: MAXILAS E MANDÍBULA............................................09 • A PERDA AUDITIVA NO IDOSO.......................................................................................10 • ABORDAGEM CIRURGICA DE CESARIANA EM BOVINOS.......................................10 • ABSORÇÃO E EFEITOS DO ÁLCOOL NO ORGANISMO..............................................11 • AGENESIA PULMONAR EM GEOCHELONE CARBONARIA ........................................11 • ALTERAÇÕES ANATÔMICAS NA SÍNDROME DO RESPIRADOR BUCAL...................................................................................................................................12 • ALTERAÇÕES ANATÔMICAS QUE FAVORECEM A OCORRÊNCIA DE MASTITE EM CABRAS LEITEIRAS....................................................................................................12 • ALTERAÇÕES ANÁTOMO-PATOLÓGICAS CONSEQUENTES DE DOENÇA INFECCIOSA EM PAPAGAIOS VERDADEIROS Amazona aestiva RECEBIDOS PELOS CETAS/BH.............................................................................................................................13 • ALTERAÇÕES ÓSSEAS NA DISPLASIA COXOFEMORAL CANINA GRAVE..................................................................................................................................13 • ANÁLISE DESCRITIVA DO OSSO PENIANO NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS.......................................................................................................................14 • ANÁLISE MORFOLÓGICAS DO TRINCA-FERRO (Saltator similis)..............................14 3 • ANALISE MORFOMÉTRICA DE SABIÁS LARANJEIRA (Turdus ruriventris).............15 • ANÁLISES MORFOMÉTRICAS DE JABUTI (Geochelone carbonaria) PRESENTES NO CETAS/BH E SUA CORRELAÇÃO AO DIMORFISMO SEXUAL. ................................15 • ANÁLISES MORFOMÉTRICAS PARA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DE PAPAGAIO VERDADEIRO .....................................................................................................................16 • ANATOMIA APLICADA AO SISTEMA EXCITOCONDUTOR DO ESTÍMULO CARDÍACO...........................................................................................................................16 • ANATOMIA DA ÁREA DE WERNICKE E SUA RELAÇÃO COM A DISLEXIA.........17 • ANATOMIA DA ARTÉRIA TESTICULAR E SUA APLICAÇÃO NA BIOPSIA TESTICULAR DOS EQUINOS............................................................................................17 • ANATOMIA E MORFOLOGIA CRANIAL NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS...................18 • ANATOMIA HUMANA APLICADA AO ATENDIMENTO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA......................................................................................................................18 • ANATOMIA HUMANA APLICADA NA ESTENOSE E ATRESIA DE ESÔFAGO EM NEONATOS...........................................................................................................................19 • ANATOMIA PATOLÓGICA DOS CARDIOMIÓCITOS: RENOVAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO?.................................................................................................................19 • ANOMALIAS DA MANDÍBULA DE CAPRINOS COMO MÈTODO DE SELEÇÃO ANIMAL................................................................................................................................20 • ÁREA DE BROCA................................................................................................................20 • AS CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO DO TRONCO ENCEFÁLICO PARA O EQUILÍBRIO.........................................................................................................................21 • ASPECTOS ANATÔMICOS DA HEMIPLEGIA LARÍNGEA EM EQUINOS.................21 • ASPECTOS ANATÔMICOS E NEUROPSICOLÓGICOS DA DEPRESSAO .................22 • AUSCUTAÇÃO CARDÍACA EM CÃES: A ARTE DA INTERPRETAÇÃO DOS SONS......................................................................................................................................22 • AVALIAÇÃO CORTICO-MEDULAR RENAL: ANATOMIA E ULTRASONOGRAFIA......................................................................................................................23 • AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO CORPORAL EM GADO DE CORTE RELACIONADO COM EFICIÊNCIA REPRODUTIVA...................................................................................23 • AVALIAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TÓRAX DE CÃES COM NEOPLASIAS METASTÁTICAS PULMONARES EM COMPARAÇÃO COM MÉTODOS RADIOLÓGICOS..............................................................................................24 • AVALIAÇÃO GINECOLOGICA EM FÊMEAS BOVINAS...............................................24 • BASE ESTRUTURAL DOS ACUPONTOS.........................................................................25 4 • BASES ANATÔMICAS DA MEMÓRIA: CIRCUITO DE PAPEZ....................................25 • BASES ANATÔMICAS DO MEGAESÔFAGO SECUNDÁRIO A PERSISTÊNCIA DO ARCO AÓRTICO DIREITO EM CÃES...............................................................................26 • BASES ANATÔMICAS DO ÓRGÃO VOMERONASAL..................................................26 • BEA EM MÉTODOS SUBSTITUTIVOS EM TECNICA CIRÚRGICA............................27 • CÁLCULO RENAL...............................................................................................................27 • CÂNCER DE BOCA.............................................................................................................28 • CIFOSE..................................................................................................................................28 • CONHECIMENTO DE LÍDERES CRISTÃOS EM ANATOMOFISIOLOGIA VOCAL..................................................................................................................................29 • CONSIDERAÇÕES ANATOMICAS DA ARCADA DENTÁRIA DE EQUINOS............29 • CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E DINÂMICA FOLICULAR OVARIANA EM VACAS...................................................................................................................................30 • DEFORMIDADES FLEXURAIS EM BOVINOS................................................................30 • DERMÓIDE EM CÃES E GATOS: RELATO DE CASOS.................................................31 • DESCRIÇÃO ANATÔMICA DA CAUDA EQUINA EM CÃES.......................................31 • DESCRIÇÃO ANATÔMICA DE GÔNODAS EM PAPAGAIO VERDADEIRO (Amazona aestiva)...................................................................................................................................32 • DESCRIÇÃO DA MIOPIA – DISTÚRBIO OCULAR.........................................................32 • DESENVOLVIMENTO DAS PAPILAS RUMINAIS EM BEZERROS SUPLEMENTADOS COM CONCENTRADO....................................................................33 • DESLOCAMENTO DE ABOMASO EM VACAS LEITEIRAS.........................................33 • DETERMINAÇÃO DA IDADE DE PEIXES ATRAVÉS DA ANÁLISE DE ESCAMAS.............................................................................................................................34 • DETERMINAÇÃO DA IDADE DE PEQUENOS RUMINATES ATRAVÉS DA ARCADA DENTÁRIA..........................................................................................................34 • DIÂMETRO PUPILAR: ANISOCORIA E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA....................35 • DISCALCULIA COM DESORDEM ESPACIAL................................................................35 • DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM).............................................................36 • DOENÇA DE PARKINSON.................................................................................................36 • EFEITOS DOS COMPONENTES DO VENENO DE ABELHA NAS CÉLULAS.............37 • ENDOCARDITE BACTERIANA E PROCEDIMENTOS INVASIVOS ODONTOLÓGICOS..............................................................................................................37 • EPILEPSIA.............................................................................................................................38 5 • ESTRUTURAS ANATOMICAS E NEURAIS CORRELACIONADAS COM A VISÃO SUBNORMAL.......................................................................................................................38 • ESTUDO ANATÔMICO DO SISTEMA NERVOSO APLICADO AS CÉLULAS DA GLIA – MICRÓGLIA............................................................................................................39 • ETIOPATOGENIA DE CRIPTORQUIDISMO EQUINO....................................................39 • FATORES CONTRIBUINTES PARA RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL EM CÃES............................................................................................................40 • FISSURA LÁBIO-PALATAL...............................................................................................40 • FISSURAS LÁBIO-PALATAIS............................................................................................41 • FUNCIONAMENTO E IMPORTÂNCIA DA GOTEIRA ESOFÁGICA EM BEZERROS............................................................................................................................41 • GESTANTE ALCOOLATRA, FILHO PREJUDICADO.....................................................42 • GLÂNDULAS INTERDIGITAIS: FATOR DE DIFERENCIAÇÃO ENTRE OVINOS E CAPRINOS............................................................................................................................42 • HIPERPLASIA MUSCULAR X ESTERÓIDES ANABOLIZANTES................................43 • HIPOCAMPO COMO SUBSTRATO DE CRISES EPILÉTICAS EM CÃES.....................43 • HIPOPLASIA AMELAR CAUSADA PELO VÍRUS DA CINOMOSE CANINA.............44 • INFLUÊNCIA DA DIETA SÓLIDA NA QUERATINIZAÇÃO DA MUCOSA RUMINAL EM BEZERROS.....................................................................................................................44 • INSUFICIÊNCIA DA VÁLVULA MITRAL POR ENDOCARDIOSE...............................45 • INTERFACES ANATÔMICAS NA RESPIRAÇÃO ORAL................................................45 • LIGAMENTO ARTERIOSO.................................................................................................46 • LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA: CORRELAÇÃO DOS ACHADOS........................................................................................46 • MAPEAMENTO RETINIANO: REVISÃO ANATOMICA DO FUNDO DE OLHO CANINO.................................................................................................................................47 • MECANISMO DA DEGLUTIÇÃO E A DISFAGIA...........................................................47 • MECANISMOS DA FIBRILAÇÃO VENTRICULAR........................................................48 • NERVO LARÍNGEO RECORRENTE: DESCRIÇÃO ANATÔMICA E IMPLICAÇÃO NO FENÔMENO DO “CAVALO RONCADOR”................................................................48 • NEUROANATOMIA AFETADA NA DISARTRIA............................................................49 • NEUROANATOMIA DA SÍNDROME DE KLUVER E BUCY.........................................49 • O CANTO E SEUS ASPECTOS NEUROLÓGICOS...........................................................50 • OSSOS DE VIDRO................................................................................................................50 6 • PARTICULARIDADES ANATÔMICAS DE CÃES DA RAÇA BULLDOG INGLÊS..................................................................................................................................51 • PARTICULARIDADES ANATOMO-RADIOGRAFICA DE ANIMAIS SILVESTRES.........................................................................................................................51 • PREGAS VOCAIS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS E SEU PAPEL NA FONAÇÃO.............................................................................................................................52 • PRINCIPAIS OFTALMOPATIAS NA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA..............52 • PRODUÇÃO E DRENAGEM DA LÁGRIMA NO CÃO....................................................53 • REPRESENTAÇÃO ANATÔMICA DAS ÁREAS CEREBRAIS AFETADAS NA APRAXIA DE FALA.............................................................................................................53 • RESTAURANDO A LIGAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL PARTIDA............................54 • REVISÃO ANATÔMICA DAS CÂMARAS ANTERIOR E POSTERIOR DO OLHO.....................................................................................................................................54 • REVISÃO ANATÔMICA DAS VEIAS SUPERFICIAIS DO ANTEBRAÇO CANINO.................................................................................................................................55 • SÍNDROME DE PROTEUS..................................................................................................55 • SÍNDROME DO FORAME OVAL PÉRVIO.......................................................................56 • SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO.................................................................................56 • TESTÍCULOS E VASECTOMIA.........................................................................................57 • TRATAMENTO DA RUPTURA DE LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL NO CÃO POR TÉCNICA CIRÚRGICA INTRA-ARTICULAR..........................................................57 • USO DE BLOQUEIOS ANESTÉSICOS LOCAIS PARA PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS EM CÃES............................................................................................58 • UVEÍTE ANTERIOR EM DOIS CÃES COM TRIPANOSSOMÍASE................................58 • VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS PREGAS VOCAIS MASCULINA E FEMININA NAS ETAPAS DA VIDA......................................................................................................59 7 A AUDIÇÃO DO IDOSO MIRANDA¹, T.J; FÉLIX¹, T.R, ALVES¹, P.A.L; SILVA¹, T.M. ¹ FEAD Introdução: O envelhecimento é um processo biológico decorrente de mudanças estruturais e químicas com o avanço da idade. Essas mudanças alteram a informação auditiva relativas a freqüência duração pelo sistema auditivo central e periférico. A orelha é capaz de perceber sons entre freqüências de 20 a 20000 hertz. As alterações desta capacidade de ouvir devido ao envelhecimento, ou presbiacusia, leva a diminuição da audibilidade, redução da velocidade de condução neural e dificuldade de discriminação auditiva ocasionando dificuldade em ouvir sons suaves ou entender a fala até a completa surdez. Entre todos os sistemas sensoriais, a audição é certamente o mais comumente afetado com a idade avançada. Objetivo: ampliar o conhecimento sobre a perda auditiva no idoso. Materiais e Métodos: revisão bibliográfica sobre a anatomia das vias auditivas e sobre a presbiacusia. Resultados e Conclusões: A presbiacusia é uma patologia que se resulta na perda de audição natural progressiva devido ao envelhecimento em decorrência de falta de capacidade de regeneração das células sensoriais da cóclea e mudanças metabólicas. Com o passar dos anos, as células ciliadas internas e os neurônios do nervo vestíbulo coclear (VIII) podem degenerar-se, com conseqüente perda progressiva de audição principalmente nas freqüências altas. A partir da cóclea, fibras aferentes passam para o núcleo coclear e deles para centros auditivos centrais via lemnisco e tronco encefálico. Classificam-se em quatro tipos: sensorial: perda de células ciliadas e atrofia do nervo auditivo; neural: degeneração primária dos neurônios e das fibras nervosas; metabólica: atrofia da estria vascular; mecânica: enrijecimento da membrana basilar. Os principais agentes agravantes da presbiacusia são: exposição a ruídos, diabetes, uso de medicação ototóxica e herdabilidade. O tratamento da presbiacusia se faz através da utilização de próteses auditivas e treinamento auditivo juntamente com técnicas de comunicação, proporcionando um benefício na qualidade de vida do idoso. A EVOLUÇÃO DO TUBÉRCULO DE CARABELLI NA ANATOMIA DENTAL HUMANA Ramos, P.A.¹; Chaves, A.C.¹; Martins, A.L.¹; Borini, C.B.¹ ¹FEAD Introdução: Este presente estudo partiu do questionamento a respeito da arcada dentária ao longo do tempo. Brotwel (1971), em um estudo onde descreve os principais alimentos consumidos pelo homem na antiguidade, observou que a alimentação varia de acordo com a sua cultura, localidade, clima e época. Com a descoberta do fogo e a substituição de carnes e vegetais crus por alimentos cozidos, os hábitos de mastigação, digestão e nutrição foram modificados. Frisch (1965) conclui em seu estudo, que houve redução, morfológica dos terceiros molares (superiores e inferiores), desde o hominídeo até o homem atual, sendo ainda comum a ausência dos terceiros molares hoje. A agenesia mais comum é a dos incisivos laterais superiores, que acomete cerca 2% da população que pode ser uni ou bi lateral, e quando se apresenta unilateral está associada a incisivo lateral conóide do outro lado. Objetivo: Relatar a redução morfológica dos dentes na evolução humana. Material e Métodos: Revisão de artigos científicos. Resultados e Conclusões: Uma característica normal em todos os molares era o tubérculo de Carabelli que é uma região mesio-palatino dos molares superiores e inferiores, devido à evolução anatômica dos dentes, hoje a presença deste tubérculo é comum somente nos primeiros molares superiores. Estudos provam que sob a influência do clima, cultura e alimentação os dentes sofrem evolução. Estatisticamente 17% da população do Brasil e 26% na Europa, demonstram essa anatomia nos 1º molares superiores. Pela análise destes dados, observa-se que os dentes sofreram mudanças anatômicas, devido a alimentação de alimentos cozidos e industrializados. 8 A IMPORTÂNCIA DE PARÂMETROS ANATÔMICOS NA APLICAÇÃO DA ACUPUNTURA 1 1 PINHO, S. M. S. ; BARBOSA, E. B. 1 FEAD Introdução: O termo acupuntura se origina das palavras em latim acus, agulha e pungere, puncionar/espetar e consiste na técnica de perfurar a pele (aplicar estímulos) com pequenas agulhas em um ponto específico, chamado acuponto, para prevenir e tratar doenças. Contudo, a expressão chinesa Zhen Jiu, espetar e queimar, traduz de forma mais completa o método, que utiliza comumente o calor como fonte de estímulo. Objetivo: Relatar a importância de parâmetros anatômicos na aplicação da acupuntura. Material e Métodos: Revisão de literatura baseada em artigos científicos e livros de acupuntura. Resultados e Conclusão: Os acupontos estão localizados no decorrer dos meridianos (canais invisíveis pelos quais fluem a energia) e são estimulados com o objetivo de restabelecer o fluxo energético e atingir assim a homeostase do organismo. Porém, para que se obtenha um resultado satisfatório e mais rápido ao tratamento é necessário que se faça a correta localização anatômica dos pontos a serem estimulados. Desta forma torna-se imperativo o conhecimento das particularidades anatômicas da espécie a ser tratada. Devem ser consideradas diferenças anatômicas relacionadas ao número de vértebras, costelas e dedos entre o homem e as diferentes espécies animais e o tipo de apoio (bipedal ou quadrupedal). Entretanto, desde que sejam bem estudadas, estas diferenças não irão interferir muito na comparação dos pontos de acupuntura. A IMPORTÂNCIA EMBUTIDA NA DISCIPLINA DE ANATOMIA GERAL ENQUANTO DISCIPLINA BASE POR ESTUDANTES DE FONOAUDIOLOGIA AGUIAR, D.S.¹; ELOI, M.E.¹; MEDEIROS, V.P.¹: SILVA, E.B.¹ ¹FEAD Introdução: Os egípcios foram os pioneiros nos registros do corpo humano através da mumificação, desde então, muitas técnicas tem sido desenvolvidas para aprimorar o conhecimento da complexa anatomia humana. Entretanto, muitas pessoas desconhecem seu próprio corpo. Nas escolas de níveis fundamental e médio pouca ênfase se dá na anatomia humana, contudo no âmbito acadêmico, os conhecimentos são mais difundidos. A disciplina de Anatomia Geral é um baldrame para qualquer curso da área da saúde e indispensável para o entendimento mais aprofundado do corpo humano e suas peculiaridades. Objetivo: Avaliar a importância embutida na disciplina de Anatomia Geral enquanto disciplina base por estudantes de fonoaudiologia. Materiais e métodos: Elaboração de um questionário sucinto e aplicado em caráter piloto com uma amostra de 35 indivíduos estudantes de fonoaudiologia que estudaram a disciplina de Anatomia Geral. Resultados: Os resultados observados são parciais por se tratar de uma pesquisa piloto onde, 91,4% (32) dos indivíduos são do sexo feminino e 8,5% (3) do sexo masculino. Dessa amostra, 97% considera importante estudar Anatomia Geral em seu curso de graduação, sendo que 34,2% considerou seu aprendizado em Anatomia Geral insuficiente, e ainda, 85,7% gostaria de saber mais acerca do seu corpo. Todos os indivíduos pesquisados acreditam que mesmo depois de formado o profissional da área da saúde precisa atualizar seus conhecimentos acerca da anatomia do corpo humano. Conclusão: Os dados coletados apontam para uma possível insuficiência no ensino da Anatomia Geral no curso de fonoaudiologia; concluímos também que os alunos consideram importante um maior conhecimento anatômico e conseqüentemente, fisiológico do corpo humano. O investimento das Instituições de Ensino em alta tecnologia tem contribuído para um maior entendimento dos discentes da área da saúde nas disciplinas bases. Portanto, tal pesquisa poderá contribuir no desenvolvimento de estratégias para despertar o interesse e motivá-los em aprender a Anatomia Geral. 9 A INFLUÊNCIA DO ALCOOLISMO NO PROCESSO DE EQUILIBRIO POSTURAL 1 1 1 1 PEREIRA , G.G.C.; SANTOS , L.C.M.; MAGALHÃES , P.C.; GIRODO, C.M. FEAD 1 Introdução: O sistema vestibular é responsável pelo equilíbrio através de mecanoreceptores que detectam acelerações angular e linear da cabeça. Juntamente com o sistema vestibular, o cerebelo participa do equilíbrio dinâmico do corpo. A Síndrome do Paleocerebelo é causada pelo consumo excessivo de álcool afetando assim o equilíbrio postural. Objetivos: Descrever a anatomia do sistema vestibular, enfatizando correlação entre cerebelo, alcoolismo e as alterações no equilíbrio postural. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros e artigos científicos nas bases de dados Scielo e Pubmed. Resultados: O labirinto ósseo está localizado na parte petrosa do osso temporal em ambos os lados da cabeça sendo adjacente ao sistema auditivo. O mesmo é composto pela cóclea, o vestíbulo e os canais semicirculares, cheios de endolinfa e envoltos por perilinfa. O cerebelo recebe aferência do núcleo vestibular inferior através do fascículo longitudinal medial, e auxilia na regulação da postura e movimento controlando a sinergia deste último. O sistema nervoso divide o cerebelo para coordenar a função motora da seguinte forma: arquicerebelo, composto pelo lobo floculo-nodular, controla o equilíbrio e movimentos oculares; paleocerebelo, composto pelo vermis e hemisfério intermediário, controla a execução imediata dos movimentos corrigindo desvios indesejados; neocerebelo, composto pelo hemisfério lateral, controla a preparação dos movimentos. Na Síndrome do Paleocerebelo, ocorre à degeneração do córtex do paleocerebelo, devido ao alcoolismo crônico, acomete mais homens e se caracteriza pela perda do equilíbrio, levando o paciente a andar com a base alargada, e ataxia dos membros inferiores. Conclusão: Devida a sua ação deletéria no organismo, o consumo excessivo do álcool pode levar a uma degeneração do cerebelo, causando tontura e vertigem, bem como movimentos musculares descoordenados. A OSTEOPOROSE NA BOCA: MAXILAS E MANDÍBULA GLICERIO,¹ E; TOLENTINO,¹ I;BORINI,¹ C. ¹FEAD Introdução: A osteoporose é uma doença metabólica que causa redução do trabeculado ósseo e osso cortical. Pode manifestar-se com dores crônicas e múltiplas fraturas comuns no punho, quadril e tornozelo. Com o aumento do sedentarismo e consumo de açúcar, a osteoporose tem se tornado comum e já não é mais privilégio somente em ossos longos, como fêmur e vértebras. Na boca podem ocorrer alterações da mandíbula e maxila, principalmente em áreas nas quais houve perda de dentes. Objetivo: Descrever a etiologia, causas e prevenção da osteoporose na boca. Materiais e métodos: Pesquisas em artigos e literaturas relacionados com o tema proposto. Resultados e Conclusões: Acreditava-se que a perda óssea da mandíbula e maxila era provocada somente por fatores como perda de dentes, infecções, cistos, tumores ou cargas de mastigação sobre gengivas pelas próteses e dentaduras. Porém pesquisas científicas indicam relação direta entre osteoporose e a reabsorção dos ossos alveolares. A diminuição deste tipo de osso interfere na colaboração de prótese e implantes e quando associada aos problemas periodontais, a perda óssea será ainda mais grave. A perda dental, com o avanço da idade, pode ser uma manifestação da osteoporose. Atinge principalmente as mulheres que já passaram pela menopausa. É fundamental impedir que a osteoporose do corpo desencadeie a osteoporose bucal, para isso, é importante o acompanhamento feito pelo dentista através dos exames radiográficos, eliminação do cigarro e álcool, exercício físicos, de preferência ao ar livre e em horários que dispensem protetor solar, para absorção de vitamina D, diminuição de açúcar, controle hormonal, no caso da mulher na menopausa, e ingestão de alimentos ricos em minerais. 10 A PERDA AUDITIVA NO IDOSO MIRANDA¹, T.J; FÉLIX¹, T.R, ALVES¹, P.A.L; SILVA¹, T.M. ¹ FEAD Introdução: O envelhecimento é um processo biológico decorrente de mudanças estruturais e químicas com o avanço da idade. Essas mudanças alteram a informação auditiva relativas a freqüência duração pelo sistema auditivo central e periférico. A orelha é capaz de perceber sons entre freqüências de 20 a 20000 hertz. As alterações desta capacidade de ouvir devido ao envelhecimento, ou presbiacusia, leva a diminuição da audibilidade, redução da velocidade de condução neural e dificuldade de discriminação auditiva ocasionando dificuldade em ouvir sons suaves ou entender a fala até a completa surdez. Entre todos os sistemas sensoriais, a audição é certamente o mais comumente afetado com a idade avançada. Objetivo: ampliar o conhecimento sobre a perda auditiva no idoso. Materiais e Métodos: revisão bibliográfica sobre a anatomia das vias auditivas e sobre a presbiacusia. Resultados e Conclusões: A presbiacusia é uma patologia que se resulta na perda de audição natural progressiva devido ao envelhecimento em decorrência de falta de capacidade de regeneração das células sensoriais da cóclea e mudanças metabólicas. Com o passar dos anos, as células ciliadas internas e os neurônios do nervo vestíbulo coclear (VIII) podem degenerar-se, com conseqüente perda progressiva de audição principalmente nas freqüências altas. A partir da cóclea, fibras aferentes passam para o núcleo coclear e deles para centros auditivos centrais via lemnisco e tronco encefálico. Classificam-se em quatro tipos: sensorial: perda de células ciliadas e atrofia do nervo auditivo; neural: degeneração primária dos neurônios e das fibras nervosas; metabólica: atrofia da estria vascular; mecânica: enrijecimento da membrana basilar. Os principais agentes agravantes da presbiacusia são: exposição a ruídos, diabetes, uso de medicação ototóxica e herdabilidade. O tratamento da presbiacusia se faz através da utilização de próteses auditivas e treinamento auditivo juntamente com técnicas de comunicação, proporcionando um benefício na qualidade de vida do idoso. ABORDAGEM CIRURGICA DE CESARIANA EM BOVINOS 2 BASTOS,G.M.C¹ ; JÚNIOR, J.J.C.¹ ; RIBEIRO, N.C.O.¹ ; SOUZA,R.C. 2 ¹FEAD, PUC Introdução: A modernização das criações de bovinos, decorrente da introdução de novas raças mais especializadas e precoces, tem melhorado os índices de produtividade. Por outro lado, a ocorrência de partos distócicos tem aumentado visivelmente. Um dos procedimentos mais freqüentemente adotados para solucionar essa complicação é a intervenção cirúrgica. A cesariana é um procedimento cirúrgico que pode ser realizado com o animal em posição quadrupedal ou em decúbito. Objetivos: Avaliar as principais complicações decorrentes da cesariana. Material e Métodos: Foi feita uma revisão de literatura sobre o assunto. Resultados e Conclusão: As complicações pósoperatórias mais freqüentes são as aderências uterinas, que podem resultar em aumento dos intervalos entre partos e concepção e em decréscimo na produção de leite. Dentre as complicações, a peritonite é a mais comum nas operações de cesariana. A incidência tende a crescer quando ocorre morte fetal, presença de feto enfisematoso e ruptura uterina. A excessiva manipulação e a tração do útero podem causar hemorragias no ligamento largo. A fadiga miometrial pode causar retenção de envoltórios fetais e promover metrite devido ao decréscimo da contratibilidade. 11 ABSORÇÃO E EFEITOS DO ÁLCOOL NO ORGANISMO GOUVEA, N.C.¹; SANTOS, R.A.A.¹; OLIVEIRA, R.B.¹; BORINI, C.B.¹ ¹ FEAD Introdução: As condições de vida impostas pela sociedade moderna têm provocado um aumento sensível do número de alcoolistas. O álcool presente nas bebidas alcoólicas é o etanol, uma molécula pequena, solúvel em água, com absorção relativamente lenta pelo estômago e absorção mais rápida pelo intestino. Sua difusão pelos tecidos não demora mais que uma hora e meia, já a eliminação é mais lenta. Objetivo: Mostrar quais as etapas percorridas pelo álcool no organismo e os efeitos causados pelo mesmo. Materiais e Métodos: Revisão de artigos científicos e livros de Anatomia Humana. Resultados e Conclusões: Ao passar pela boca, pelo esôfago e pelo estômago, cerca de 25% do etanol já é absorvido pela mucosa desses órgãos e cai na corrente sanguínea. Ao chegar ao intestino, os 75% restantes de etanol são ativamente absorvidos pelas vilosidades do intestino delgado e passam para o sangue. Nos 60 minutos seguintes, o etanol passeia pela corrente sanguínea e invade os principais órgãos do corpo, como cérebro, fígado, coração e rins. Se a pessoa tomar apenas uma dose, 90% do etanol ingerido serão metabolizados no fígado, onde é transformado em moléculas menores para ser eliminado. Isso nada mais é do que um processo de desintoxicação do organismo. As primeiras manifestações clínicas que se fazem notar no indivíduo normal embriagado são o sentimento de euforia, excitação intelectual e motora. Após esta primeira fase, surge a incoordenação e a exaltação se exacerba. A partir de certo momento, a respiração torna-se estertorosa e surgem vômitos e náuseas. A evolução efetua-se depois de várias horas de sono comatoso, com retorno ao estado normal. O uso abusivo do álcool é um grave problema de saúde pública, responsável por um grande número de doenças, sendo associado a muitos acidentes e episódios de violência, além de levar muitas pessoas à dependência. AGENESIA PULMONAR EM GEOCHELONE CARBONARIA. Souza,V.C.¹ Barros, M.S.² Resende, L.C.³ Neves,M.M¹ FEAD¹, UFV², UFMG³. Introdução: Agenesia pulmonar é uma anomalia congênita extremamente rara, que ocorre devido a uma falha no desenvolvimento do broto pulmonar primitivo. Quando unilateral é compatível com a vida, geralmente assintomática, podendo ocorrer taquipnéia e diminuição da resistência imunológica do animal. Não foram encontrados relatos sobre esta patologia em Geochelone carbonaria, uma importante espécie de jabuti encontrada na maior parte do Brasil. Objetivos: relatar um caso de agenesia pulmonar em filhote de G.carbonaria. Materiais e métodos: Foi feita uma anamnese deste animal a partir do acompanhamento dele desde o nascimento em uma incubadora artificial. Aos dois meses de idade o animal foi pesado, sacrificado e necropsiado. Foram coletados alguns órgãos para avaliação macroscópica, como coração, rins, traquéia e fígado. Somente o coração foi processado para avaliação histopatológica.Resultados: O animal apresentava-se constantemente de boca aberta, sendo difícil observá-lo ingerindo água ou alimentos. Quando o fazia, ele apresentava dificuldade na apreensão, por necessitar ficar com a boca aberta. O animal se locomovia normalmente, porém com baixa freqüência, ficando ofegante ao final. Mantinha-se isolado dos outros filhotes. O animal pesou 37,9g no momento do abate. À necropsia, observou-se apenas o pulmão direito e baixo desenvolvimento de órgãos como intestinos, fígado (peso: 1,39g), rins (peso médio: 0,085g) e traquéia (0,01g). Verificou-se uma hiperplasia do coração (peso 0,16g), provavelmente devido ao esforço em suprir as necessidades de oxigênio para o corpo, ao aumentar a freqüência dos batimentos. No exame histopatológico não foi verificada alteração nas fibras musculares cardíacas que caracterizassem um quadro de insuficiência cardíaca. Esta patologia poderia se desenvolver com o passar do tempo. Conclusão: Diagnóstico de agenesia pulmonar com diminuição do desenvolvimento de alguns órgãos. 12 ALTERAÇÕES ANATÔMICAS NA SÍNDROME DO RESPIRADOR BUCAL 1 RABELO, B.C.D.M.¹; SILVA, B.K.V.¹; ROSARIO, E.C.C.¹; SCHETTINI, M.P. ¹FEAD Introdução: A síndrome do respirador bucal é caracterizada por alterações anatômicas que acarretam distúrbios respiratórios induzindo as crianças afetadas a utilizarem a via bucal para respirar. Dentre as alterações anatômicas que estes pacientes apresentam, estão alterações musculares bucofaciais e as características posturais da cabeça e pescoço. Objetivo: conhecer melhor as alterações anatômicas sofridas por um indivíduo portador da síndrome do respirador bucal, assim como, a adaptação fisiológica do trato bucal para respiração e suas consequências. Materiais e Métodos: revisão bibliográfica de casos da síndrome em publicações e artigos multidisciplinares. Resultados e Conclusões: A respiração adequada depende da permeabilidade da via nasal, a qual promove o condicionamento ideal do ar inspirado. A impossibilidade da respiração nasal suscita a utilização da via bucal como medida de urgência para garantir o fluxo ininterrupto de ar pelo indivíduo. Esse mecanismo alternativo não é inócuo. Publicações mencionam alterações anatômicas e fisiológicas relacionadas a pacientes portadores da síndrome do respirador bucal. As causas mais frequentes de respiração bucal são: rinite alérgica, hipertrofia de tonsilas faríngeas e ou palatinas, e deformidades septais. As principais alterações craniofaciais são: boca entreaberta em repouso, palato ogival, face estreita com predomínio de crescimento vertical, mandíbula na posição abaixada e má oclusão dentária. Crianças e adultos podem ser acometidas pela respiração bucal. Constatou-se que o aleitamento materno é fator contribuinte que permite o correto selamento dos lábios, utilização da respiração nasal e tonificação da língua. Entre as sequelas da síndrome do respirador bucal está a deformidade facial típica, decorrente da dinâmica de utilização errada da musculatura facial, em especial do hábito mastigatório unilateral, nas mordidas cruzadas ou abertas em colaboração com os demais distúrbios respiratórios, ocasionando a face alongada desses pacientes. A Fonoaudiologia juntamente com outros profissionais da saúde exerce um trabalho de grande importância proporcionando melhor qualidade de vida para estes pacientes. ALTERAÇÕES ANATÔMICAS QUE FAVORECEM A OCORRÊNCIA DE MASTITE EM CABRAS LEITEIRAS 1 1 1 MELO, M. L. D. ; FERREIRA , T. A.; MOREIRA, S. M. 1 FEAD Introdução: A mastite é a inflamação da glândula mamária, em geral provocada pela presença de microrganismos, promovendo alterações na composição do leite tais como redução de gordura e sólidos totais. Estudo realizado em 2009 estimou que 41,7% rebanhos mineiros apresentam fêmeas com sinais clínicos de mastite (mastite clínica). Traumas e microorganismos ambientais representam fatores de risco associados à ocorrência da infecção. Para tal, a anatomia da glândula pode favorecer o contato com patógenos, a permanência destes no úbere, bem como dificultar sua higienização. Objetivo: Descrever as características anatômicas em cabras que favorecem a ocorrência de mastite. Material e Métodos: Revisão de literatura e fundamentação teórica. Resultados: O sistema mamário de cabras é composto por duas glândulas mantidas por ligamentos suspensores (medial e lateral) que podem romper-se prematuramente ou apresentar malformação congênita tornando a base do úbere anormalmente baixa e os tetos oblíquos, facilitando a ocorrência de traumas. Tetos supranumerários dificultam a ordenha e quando mantêm o esfíncter constantemente aberto, servem como porta de entrada para microrganismos ambientais. A assimetria do úbere dificulta a ordenha e acumula o leite que serve como substrato para o crescimento microbiano. Conclusão: A avaliação de alterações anatômicas que predispõem a mastite pode ser um parâmetro utilizado para o descarte de animais e seleção de matrizes, principalmente quando apresentam caráter hereditário. 13 ALTERAÇÕES ANÁTOMO-PATOLÓGICAS CONSEQUENTES DE DOENÇA INFECCIOSA EM PAPAGAIOS VERDADEIROS Amazona aestiva RECEBIDOS PELOS CETAS/BH. 1 1 1 2 BRESSANE , P.O.L.; BATISTA, L.A.T. ; SOUZA, V.C. ; VILELA, D.A.R. 1 2 FEAD; IBAMA Introdução: Os Psitaciformes compõem uma das ordens de aves silvestres que mais sofrem com o tráfico de animais no Brasil. Este comércio ilegal tem contribuído substancialmente para o empobrecimento da diversidade da fauna brasileira, aumentando o risco de extinção de inúmeras espécies. Um grande número de espécimes vem a óbito decorrente desse comércio ilegal, e quando interceptadas as ações de traficantes, os animais sobreviventes são encaminhados aos centros de triagens de animais silvestres; muitos estão extremamente debilitados. O estudo da causa de morte desses animais pode fornecer dados que auxiliem na manutenção e aumentem a taxa de sobrevida quando capturados, além de gerar informações que auxiliem nos programas de conservação. Objetivos: identificar a causa de óbitos de papagaios verdadeiros no Centro de Triagem de animais silvestres do IBAMA em Belo Horizonte. Materiais e Métodos: Foram necropsiados 23 papagaios verdadeiros (A. aestiva) que foram à óbito por causa desconhecida no mês de setembro de 2009. Os órgãos e tecidos foram avaliados conforme a consistência, coloração, tamanho, forma e superfície. Resultados e Discussão: A. maioria das aves apresentaram alterações sugestivas estarem acometidas por um agente infeccioso, tais como: caquexia, esplenomegalia, hepatomegalia com focos necróticos, gastroenterite e aerosaculite, sendo que hepatomegalia e aerosaculite ocorreram concomitantes em todos os animais estudados. Apesar de um diagnóstico laboratorial confirmatório ainda não ter sido feito, a associação do histórico, a concorrência de fatores agravantes como stress da captura e as alterações necroscópicas encontradas são forte indicadores da ocorrência de doenças bacterianas como a clamidiose ou micoplasmose, entre outras, como causa mortem destas aves. Pode–se, então, concluir que doenças infecciosas foram possivelmente a principal causa de óbito dentre os A. aestiva estudados nesta investigação. ALTERAÇÕES ÓSSEAS NA DISPLASIA COXOFEMORAL CANINA GRAVE 1 ¹ SILVA, M. M. R.; RENDOLAN, A. P. 1 PUC Introdução: A displasia coxofemoral (DCF) é a doença osteoarticular mais prevalente e mais estudada da espécie canina. As raças de médio e grande porte são as mais acometidas. Diagnosticada em diversas espécies além de cães, como gatos, bovinos, seres humanos e vários animais silvestres. Trata-se de uma alteração do desenvolvimento que afeta a conformação da cabeça do fêmur e do acetábulo. Anatomicamente caracteriza-se pelo arrasamento do acetábulo, achatamento da cabeça do fêmur, encurtamento do colo do fêmur, subluxação ou luxação coxofemoral e alterações degenerativas 2 secundárias . É uma doença de caráter genético com herdabilidade média à alta e de etiologia multifatorial, sofrendo grande influência hormonal e de fatores externos como dietas de alta densidade, piso 1 escorregadio, entre outros . Os animais são classificados de acordo com o ângulo formado entre o centro da cabeça do fêmur e o acetábulo podendo ser animais normais, suspeitos, displasia leve, moderada e grave. Objetivo: Demonstrar as alterações ósseas presentes na DCF entre peças anatômicas de animal normal e doente. Material e métodos: Estudo comparativo de cão diagnosticado com displasia de grau III radiograficamente confirmado. Animal veio a óbito por outra doença, sem relação com DCF. Após retirada do conjunto quadril-coxa-perna-pé material foi macerado para remoção de tecidos moles restando apenas os ossos. Foi comparado com peça esqueleto normal. Resultados: Foram encontrados na articulação coxofemoral a presença de neoformações ósseas irregulares, presença de osteófitos, arrasamento do acetábulo, achatamento da cabeça do fêmur, encurtamento do colo do fêmur e luxação coxofemoral confirmando o diagnóstico de DCF. Conclusão: A comparação direta entre a peça com DCF com o esqueleto normal foi nítida e suficientemente confirmatória para esta doença. 14 ANÁLISE DESCRITIVA DO OSSO PENIANO NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS MARTINS, F. A. D.¹; MAGALHÃES, G. V.¹; CHAVES, F. G.¹; SOUSA, B.M.¹ ¹ FEAD Introdução: O osso peniano, báculo ou osso do pênis, é classificado como parte dos ossos do esqueleto visceral. Encontrado em muitas espécies de mamíferos, com exceção de marsupiais, hienas, lagomorfos (ordem de pequenos animais como coelhos, lebres e pikas, que, externamente se parecem com roedores) e outros. Por ser fino e relativamente pequeno esse osso tende a ser fraco, estando sujeito a lesões. Objetivos: Analisar a função, morfologia e possíveis patologias desse osso. Materiais e Métodos: Leitura de livros e periódicos de anatomia veterinária. Resultados e Conclusões: Esse osso tem como principal função a sustentação do membro peniano, garantindo maior rigidez e ereção contínua, uma vez que a cópula da maioria dos animais que o possuem pode durar até sessenta minutos. Esse osso geralmente não é preso a nenhum outro, sendo sustentado somente pela musculatura do órgão genital do animal, estando localizado, no cão, antes do bulbo peniano. Pode variar de tamanho de acordo com a espécie e idade, sendo comumente usado para diferenciar espécies semelhantes. Esse osso é a continuação da extremidade distal do corpo cavernoso, onde o mesmo se calcifica. Em sua extremidade distal é completado por uma fibrocartilagem levemente inclinada, que vai até o final do pênis. Em função de a uretra estar inserida dentro de um tecido ósseo, isso impede que se formem cálculos, os quais ficam alojados na extremidade caudal do osso. As principais patologias que podem acometer esse osso ao longo da vida do animal são principalmente: fraturas, devido a cópulas interrompidas abruptamente, e degenerações, como osteíte (inflamação do osso), osteomielite (inflamação no periósteo) e osteomalácia (amolecimento do osso por deficiência de vitamina D). ANÁLISE MORFOLÓGICAS DO TRINCA-FERRO (Saltator similis) PRATA¹, J.R.; Oliveira, D.M.P²; Mendes E.J¹.; Vilela, D.A.R³. ¹PUC; UNA ; ³IBAMA/MG Introdução: O Trinca-ferro (Saltator similis) é um passeriforme da família Cardinalidae endêmico de matas ciliares, cerradões e mata seca. Esta espécie sofre alta pressão de captura por traficantes, sendo a ave mais recebidas no centro de triagem de animais silvestres do IBAMA em Belo Horizonte – CETAS/BH. O Trinca-ferro não possui características morfológicas aparentes que diferenciam o macho da fêmea, sendo a sexagem realizada por avaliação genotípica, molecular ou comportamental. Objetivos: definir padrões morfológicos e identificar características anatômicas que permitam identificar o sexo nesta espécie. Material e Métodos: O estudo foi realizado no CETAS/BH, nos meses de agosto e setembro quando foram examindados 31 indivíduos (11 Fêmeas e 20 Machos). As análises morfométricas foram feitas com o auxílio de régua, balança e paquímetro digital, através dos quais se obteve o peso corporal em gramas (PC), comprimento da asa em cm (ASA), abertura do pubis em mm (AP), comprimento total em cm (CT), comprimento padrão em cm (CP), largura do bico em mm (LB), altura do bico em mm (AB), cúlmen exposto em mm (CE), comprimento do tarso em mm (T). Resultados e Conclusões: Os valores médios (min-máx) observados foram, machos: PC: 32,9 (27,7-41,7); ASA: 10,11 (8,7-10,7); AP: 11,07 (7,9-17,5); CT: 21,85 (18-23,4); CP: 12,0 (11,1-13,0); LB: 11,47 (10,3-13,0); AB: 12,1 (11,23-13,06); CE: 19,06 (17,49-21,08); T: 28,4 (25,97-30,11); fêmeas: PC: 34,1 (29,8-39); ASA: 10,11 (9,5-10,8); AP: 12,43 (8,48-16,58); CT: 21,76 (19,5-22,9); CP: 12,0 (11,1-12,9); LB: 11,29 (10,7-11,6); AB: 12,2 (11,2-14,0); CE: 19,1 (16,8-22,3); T: 29,2 (28,2-30,53). O sexo foi identificado através de necropsia, por visualização análise direta dos ovários ou testículos. Não foi verificada diferença significativa entre machos e fêmeas em nenhum dos parâmetros analisados. No entanto, houve tendência de as fêmeas apresentarem maior AP (P=0,06) e possivelmente com uma amostragem maior esta medida do púbis poderá ser considerada estatisticamente diferente. 15 ANALISE MORFOMÉTRICA DE SABIÁS LARANJEIRA (Turdus ruriventris) 1 3 OLIVEIRA , D.M.P.; ²Prata, J.R.; Mendes, ²E.J.; Vilela, D.A.R ¹ UNA ; ²PUC; ³IBAMA/MG Introdução: O sabiá laranjeira (Turdus rufiventris) habita áreas semi-abertas, bordas de matas e áreas antrópicas. Esta espécie não possui dimorfismo sexual e, por ser um dos passeriformes mais capturados da vida livre é freqüentemente apreendido e encaminhado para centros de triagem de animais silvestres – CETAS. É importante conhecer as características morfométricas e dimorficas para melhor identificação, avaliação, destinação e conservação desta espécie. Objetivos: Conhecer os padrões biométricos e avaliar a existência de dimorfismo sexual relacionadas à morfometria externa de Turdus rufiventris. Materiais e Métodos: Foram utilizados 19 indivíduos (3 fêmeas e 13 machos), entre agosto e setembro de 2009, que foram a óbito no CETAS do IBAMA em Belo Horizonte. As análises morfométricas foram feitas com régua milimetrada, balança e paquímetro digitais, através dos quais se obteve o peso corporal em gramas (PC), comprimento da asa em cm (ASA), abertura do pubis em mm (AP), comprimento total em cm (CT), comprimento padrão em cm (CP), largura do bico em mm (LB), altura do bico em mm (AB), cúlmen exposto em mm (CE), comprimento do tarso em mm (T). O sexo foi verificado através da observação direta do ovário ou dos testículos dos indivíduos através da dissecçao e realização de necropsias. Resultados e Conclusões: Os valores médios (min-máx) observados foram, machos: PC: 52,4 (43,2-59,6); ASA: 11,7 (10,2-13,0); AP: 12,9 (9,8-15,3); CT: 25,7 (24,1-26,8); CP: 14,8 (14,2-15,4); LB: 10,1 (9,3-11,1); AB: 7,1 (6,48,1); CE: 21,8 (18,8-27,1); T: 39,5 (37,5-41,9); fêmeas: PC: 49,9 (43,9-53,2); ASA: 12,6 (12,2-13,1); AP: 13,1 (10,8-14,8); CT: 26,7 (26,5-27,2); CP: 15,0 (14,7-15,3); LB: 11,0 (10,7-11,2); AB: 7,4 (6,5-8,1); CE: 24,3 (22,9-26,5); T: 39,6 (37,4-41,4). O estudo biométrico é essencial para subsidiar medidas de manejo relacionadas à destinação, conservação e identificação aves brasileiras. Não foi verificada diferença estatisticamente significativa entre machos e fêmeas em nenhum dos parâmetros analisados neste estudo. ANÁLISES MORFOMÉTRICAS DE JABUTI (Geochelone carbonaria) PRESENTES NO CETAS/BH E SUA CORRELAÇÃO AO DIMORFISMO SEXUAL. 1 1 1 2 BATISTA, L.A.T .; SOUZA, V.C .; BRESSANE, P.O.L .; VILELA, D.A.R. 1 2 FEAD; IBAMA Introdução: O jabuti (Geochelone carbonaria) é uma das três espécies encontradas no Brasil. Possui vida terrestre e sua morfologia é ideal para sustentar seu peso elevado e suportar o habitat rústico em que vive naturalmente. Devido às ações de repressão ao comércio ilegal, estes animais são rotineiramente apreendidos e encaminhados ao Centro de triagem de animais silvestres do IBAMA em Belo Horizonte. Objetivos: Identificar diferenças morfométricas relativas ao dimorfismo sexual da espécie. Materiais e métodos: A diferenciação e classificação quanto ao sexo foram feitas pela observação da concavidade do plastrão, sendo esta mais profunda nos machos. Foram analisados 6 jabutis machos e 6 fêmeas. As análises morfométricas foram feitas com o auxílio de régua, balança e paquímetro digital, através dos quais se obteve o peso corporal - kg (PC), comprimento total – cm (CT), abertura da cloaca - cm (AC), circunferência do casco – cm (CC), concavidade plastrão – mm (CP), comprimento do membro anterior cm (CM), comprimento da cabeça - cm (CAB), largura da cabeça – cm (LCAB). Resultados e Conclusões: Os valores médios (min-máx) observados foram: machos - PC: 5,00 (2,93-13,9); CT: 28,01 (18,0-44,0); AC: 3,15 (1,6-4,4); CC: 52,5 (39,5-78,0); CP: 2,5 (1,3-5,2); CM: 8,65 (7,8-12,5); CAB: 6,58 (5,3-9,2); LCAB: 4,15 (2,5-6,0); fêmeas - PC: 4,53 (1,49-10,31); CT: 27,3 (20-36); AC: 5,13 (3,0-6,6); CC: 48,25 (15,3-68,0); CP: 0,65 (0,2-1,1); CM :8,21 (6,3-9,8); CAB: 6,68 (5,4-8,5); LCAB: 3,38 (3,03-4,8). Foram estabelecidas relações entre a abertura da cloaca e concavidade do plastrão com os pesos corporais e comprimentos totais (AC/PC, CP/PC, AC/CT, AC/PC) para minimizar o efeito do tamanho nas comparações. Nossos resultados evidenciaram diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre machos e fêmeas em todas as relações analisadas. Conclui-se que, assim como a concavidade do plastrão, a abertura da cloaca também pode ser considerada como indicador de dimorfismo sexual nos G. carbonaria 16 ANÁLISES MORFOMÉTRICAS PARA DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DE PAPAGAIO VERDADEIRO (Amazona aestiva) PRESENTES NO CETAS/BH 1 1 1 2 Souza, V.C. ; Batista, L.A.T. ; Bressane, P.O.L. ; Vilela, D.A.R. 1 2 FEAD; IBAMA Introdução: Papagaios Verdadeiros (Amazona aestiva) são aves de médio porte pertencentes à ordem dos Psittaciformes, encontradas tanto principalmente regiões tropicais. Fazem parte do grupo que mais sofre com o tráfico de fauna. Suas cores variadas e sua capacidade de simular a voz humana tornam essas aves ainda mais visadas pelo tráfico, correspondendo a 40% dos psitacídeos recebidos no Centro de triagem de animais silvestres do IBAMA em Belo Horizonte (CETAS/BH). Identificar o sexo das aves recebidas é importante para identificar pressões variadas de captura de acordo com o sexo e facilitar a identificação e destinação para criadouros e à natureza. A sexagem de psitacídeos é realizada por meio de técnicas cirúrgicas, moleculares ou genômicas. Objetivos: estudar papagaios verdadeiros a fim de estabelecer critérios para diferenciação sexual baseado na anatomia externa destas aves. Materiais e Métodos: Foram analisados 17 A. aestiva sendo 5 fêmeas e 12 machos que foram a óbito no CETAS/BH. O sexo foi definido pela visualização das gônadas à necropsia. Para as análises morfométricas foram utilizados régua, paquímetro e balança digitais, a partir dos quais foram obtidos os seguintes parâmetros: peso corporal em kg (PC), comprimento da asa em cm (ASA), abertura do pubis em mm (AP), comprimento total em cm (CT), largura do bico em mm (LB), altura do bico em mm (AB), cúlmen exposto em mm (CE), largura do tarso em mm (T). Resultados e Conclusões: Os valores médios (min-máx) observados foram, machos: PC: 0,25 (0,21-0,26); ASA: 20,46 (18,0-23,6); AP: 8,73 (2,99-11,66); CT: 33,4 (30,0-36,3); LB: 17,50 (16,25-21,6); AB: 31,91 (30,28-33,07); CE: 31,37 (28,57-33,71); T: 6,56 (5,21-7,87); fêmeas: PC: 0,26 (0,21-0,33); ASA: 20,54 (19,5-21,0); AP: 11,99 (7,85-16,58); CT: 32,82 (30,2-34,3); LB: 16,88 (15,62-17,48); AB: 30,864 (29,4451,96); CE: 30,74 (29,11-32,9); T: 6,3 (4,9-7,5). Não houve diferença estatisticamente significativa entre machos e fêmeas em nenhum dos parâmetros avaliados. ANATOMIA APLICADA AO SISTEMA EXCITOCONDUTOR DO ESTÍMULO CARDÍACO 1 1 ROCHA , J. A.; VALADARES , R. C. 1 FEAD Introdução: o sistema excitocondutor do coração é um conjunto de estruturas responsáveis pela origem e condução dos estímulos necessários para o desempenho da função cardíaca. Algumas descobertas ajudaram a entendê-lo melhor, sendo as principais: Do Lower (1631-91) – descoberta da ação do nervo vago sobre o coração; Purkinje (1839) – Descobre células que relaciona com contração; Kent e His Jr. (1893) – Descoberta do feixe atrioventricular; Tawara (1906) – Nó atrioventricular; Keith e Flack (1907) – Nó sinoatrial; Bachmann (1916) – Condução interatrial; e James (1963) – Condução atrioventricular – feixes internodais. Objetivos: revisar a anatomia do sistema excitocondutor, além da atuação do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) sobre o músculo cardíaco. Materiais e Métodos: revisão de literatura. Resultados: o coração possui duas formas de controle: uma extrínseca e outra intrínseca. O controle extrínseco deriva do SNA, através de fibras simpáticas e parassimpáticas. Do simpático, o coração recebe os nervos cardíacos simpáticos que aumentam o disparo dos potenciais de ação, gerados por um conjunto de células nomeadas como marca passo cardíaco. As fibras parassimpáticas seguem pelo nervo vago (X par craniano) até o músculo cardíaco, diminuindo os estímulos excitatórios sobre si. Já o controle intrínseca é composta por células especializadas envolvidas na gênese e transmissão de impulsos elétricos, além da estimulação das células contráteis, proporcionando uma coordenada relação contração-relaxamento entre as diversas fibras sinciciais atriais e ventriculares. As estruturas deste sistema de controle intrínseco consistem em: nó sinoatrial; tratos internodais e interatrial; nó átrio ventricular; feixe comum de His; feixe de Bachmann e fibras de Purkinje. Conclusões: O sistema de controle intrínseco, também conhecido como sistema excitocondutor, possui automaticidade, entretanto, este sofre contínuo controle do sistema extrínseco, através do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. 17 ANATOMIA DA ÁREA DE WERNICKE E SUA RELAÇÃO COM A DISLEXIA PINHEIRO¹, M.A . ; FARIA¹ F.F. M.;GODINHO¹.L. ¹FEAD INTRODUÇÃO: A dislexia é uma das mais comuns deficiências de aprendizado. Segundo pesquisas, 20% das crianças sofrem de dislexia. O que causa dificuldade ao aprender a ler, escrever e soletrar. OBJETIVO: Caracterizar o desempenho em consciência fonológica, leitura e escrita. MATERIAIS E MÉTODOS: Revisão de literatura. DESENVOLVIMENTO: Para que a criança desenvolva uma leitura fluída, com compreensão e consiga expressá-la através da linguagem verbal e escrita, seu cérebro deve possuir uma boa estrutura anatomofuncional. Isso envolve os sistemas sensorial, visual, auditivo e tátil, integrados com centros cerebrais que interpretam, organizam e coordena uma resposta cognitiva motora, práxica, ocular, manual e articulatória da fala. Os estímulos visuais são interpretados nas áreas de associação localizadas na confluência dos lobos temporal, parietal e occipital. Esta área realiza o processamento gráfico da leitura. A integração do estímulo visual com o auditivo e a interpretação global da linguagem verbal e simbólica (leitura) ocorre na parte póstero-superior do lobo temporal (área de Wernicke). Uma lesão cerebral nessa área pode ocasionar um tipo peculiar de Dislexia, na qual o indivíduo é capaz de ver as palavras, saber que são palavras e, mesmo assim, não ser capaz de saber o seu significado. É na área de Wernicke que ele adquire consciência do significado daquilo que ouve e vê. Uma vez processado na área de Wernicke, o estímulo é retransmitido para o córtex motor frontal (área de Broca), região responsável pela organização da resposta motora com a finalidade de executar a articulação da fala ou de retransmiti-la a outros centros motores para a execução dos atos manuais da escrita. CONCLUSÃO: A importância do conhecimento envolvendo a função da linguagem, seus mecanismos fisiológicos , as estruturas anatômicas que a modulam e o reconhecimento precoce de suas disfunções são requisitos fundamentais para entender e reabilitar disléxicos. ANATOMIA DA ARTÉRIA TESTICULAR E SUA APLICAÇÃO NA BIOPSIA TESTICULAR DOS EQUINOS 1 1 1 DAMASCENO, F.B. ; PAULA, A.C. ; JULIANI, G . 1 FEAD Introdução: Na prática da reprodução eqüina, são freqüentes os problemas de infertilidade em garanhões. O protocolo de exame andrológico compreende rotineiramente, desde a avaliação do histórico reprodutivo, palpação testicular até as análises de sêmen, ultra-sonografia, dosagens hormonais e biopsia testicular. Objetivos: estudar a anatomia da artéria testicular dos eqüinos correlacionando a anatomia da artéria testicular com a biópsia testicular em garanhões. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros e periódicos de anatomia. Resultados e Conclusões: A biópsia é realizada com o animal em estação, sob sedação. Após antissepsia do testículo e anestesia local o aparelho de biópsia (Biopty Gun) é introduzido na superfície lateral do testículo para evitar danos aos ramos laterais da artéria testicular, que nos eqüinos passa ao redor do pólo caudal do testículo e ramifica-se na superfície ventral em ramos medial e lateral. A agulha passa perfurando as túnicas até o parênquima testicular, quando a agulha é disparada. Apesar da relutância para a utilização da biópsia testicular em garanhões, pelos eventuais riscos, trata-se de uma técnica com grande significado clínico representando um método de diagnóstico auxiliar importante para determinar a causa, o prognóstico e o estabelecimento ou não de um protocolo de tratamento para garanhões subférteis ou temporariamente inférteis. Em estudos experimentais e na prática da clínica reprodutiva eqüina a biópsia testicular tem se mostrado uma técnica segura, rápida e barata para auxiliar no diagnóstico de problemas reprodutivos. 18 ANATOMIA E MORFOLOGIA CRANIAL NOS ANIMAIS DOMÉSTICOS RIBEIRO, J. C.¹; CHAVES, F. G.¹; MARTINS, F. A. D.¹; SOUSA, B.M.¹ ¹FEAD Introdução: Ocasionalmente, o termo crânio é indicado para os ossos que alojam e protegem o encéfalo, separados da mandíbula e ossos da face. Ele constitui um meio de proteção para o cérebro e órgãos dos sentidos, bem como para as aberturas e passagens de ar e alimento (forames), fazendo junções com a maxila e a mandíbula, incluindo os dentes. Apesar da maior parte dos ossos serem planos, desenvolvidos por membranas, há também ossos irregulares, que são desenvolvidos em cartilagens. Somente dois ossos formam articulações móveis permanentes no crânio: a mandíbula e o osso hióide. Objetivo: Analisar anatomicamente o crânio e suas respectivas formas encontradas nos animais domésticos. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros e periódicos de anatomia veterinária. Resultados: A proporção desse conjunto de ossos varia de acordo com a espécie, raça, idade e conformação individual. Nos ruminantes, é angular e píramidal, podendo estar presentes cornos. Nos suínos é também piramidal nas raças primitivas, mas curva-se agudamente numa proeminência acima do encéfalo em algumas raças geneticamente melhoradas. Em equídeos, o crânio é relativamente estreito, e caracteriza-se por uma face alongada. Os cães apresentam diferentes formas de crânio, podendo ser alongados (dolicefálicos), curtos (braquicefálicos) e intermediários (mesoticefálicos). Há algumas diferenças particulares que tornam impossível fornecer uma descrição do crânio que seja válida para todas as espécies. Conclusão: Diversos tipos de crânios foram estudados, com o objetivo de obter uma correlação entre os mesmos. Embora praticamente todos contenham os mesmos ossos, a conformação da caixa craniana é bastante distinta na maioria das espécies, sendo aparentemente impossível uma correlação segura, devido à idade, raça e sexo. ANATOMIA HUMANA APLICADA AO ATENDIMENTO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DINIZ¹, F.F.S.; DINIZ¹, L.C.; BAR¹, S.F. ¹PUC Introdução: Necessidade explícita da contemporaneidade, o atendimento de Urgência e Emergência tem demonstrado crescente demanda devido às altas incidências de acidentes e violência urbana. O conhecimento científico-prático da Anatomia Humana se faz imprescindível no atendimento às vítimas acometidas por traumas e que apresentam risco potencial e iminente da perda da vida, sendo necessário ao profissional de saúde o conhecimento prévio da Anatomia bem como as possíveis variações anatômicas inerentes a cada indivíduo. Objetivo: Enfatizar e salientar a importância do domínio e conhecimento anatômico pelo profissional de saúde no atendimento de Urgência e Emergência no trabalho da manutenção da vida. Materiais e Métodos: Revisão de literatura e experienciações na aplicação prática em estágio curricular obrigatório de Graduação em Enfermagem. Resultados e Conclusões: No atendimento de Urgência e Emergência é necessária uma triagem rápida do sistema anatomo-fisiológico para estabelecimento da assistência. Dentre os vários passos de avaliação do trauma, como o “CRAMP” – avaliação circulatória, respiratória, abdome e tórax, membros e palavras – há também a avaliação clínica e avaliação anatômica. Enfatizando a avaliação anatômica, abrange-se o traumatismo crânio encefálico (TCE), trauma raquimedular (TRM), penetrações no tórax, abdome, cabeça e pescoço, amputações e esmagamentos em partes distais de membros, fraturas no esqueleto axial e apendicular, vítima presa, penetrada por mais de 20 minutos (vitalidade e funcionamento dos órgãos e sistemas envolvidos), e traumas com queimaduras lembrando que a pele é o maior órgão do corpo humano. Após a realização da avaliação haverá o estabelecimento da assistência, que também exige do profissional o conhecimento anatômico, como nos casos de punções arteriais, intra-ósseas, AVP, AC, sondagens e outras modalidades de assistência. Quanto às variações anatômicas, o profissional de saúde deve estar atento ao surgimento das mesmas, agindo de maneira que viabilize o acesso deste procedimento ou procedimento equivalente ao paciente, promovendo assim a manutenção da vida. 19 ANATOMIA HUMANA APLICADA NA ESTENOSE E ATRESIA DE ESÔFAGO EM NEONATOS DINIZ¹, F.F.S.; DINIZ¹, L.C.; BAR¹, S.F. ¹PUC Introdução: A estenose de esôfago (EE) é uma má formação congênita que consiste no estreitamento da parede deste órgão, ou redução do lúmen esofágico, dificultando a deglutição, uma vez que esse tubo é responsável pelo transporte do alimento da região entre faringe e estômago. Já a atresia de esôfago (AE) que também é uma má formação congênita caracteriza-se pela interrupção da luz esofágica ao nível de sua porção torácica, com a ausência de segmento em maior ou menor extensão. Pode se diagnosticar estas más formações congênitas logo após o nascimento. Objetivo: Conhecimento da anatomia morfológica normal desta região para que se consiga fazer uma analogia com deformidades apresentadas nos órgãos envolvidos devido às más formações congênitas. Material e Métodos: Revisão de literatura e experienciações na aplicação prática em estágio curricular obrigatório de graduação em Enfermagem. Resultados e Conclusões: A AE se apresenta como uma não continuação do esôfago que por sua vez pode apresentar uma comunicação com a traquéia - fístula traqueo-esôfagica. Tal apresentação anatômica pode acarretar riscos envolvendo o trato respiratório, como aspiração, brônquio-pneumonia, obstrução de vias aéreas inferiores, entre outros resultando na complicação da manutenção da vida. Já na EE pode ocorrer a má nutrição do neonato devido ao estreitamento do lúmen esofágico, dificuldade de deglutição, lesão de parede esofágica por ocorrência de possível regurgitamento que acarretará a mucosa e vasos, podendo levar a inflamação e posteriormente a uma fibrose desta parede diminuindo o peristaltismo. Estas más formações podem apresentar patologias associadas, como o refluxo gastro-esofágico o que explica o risco de aspiração para o pulmão e lesão de parede esofágica. Assim, concluímos que é de suma importância o conhecimento anatômico da região em questão, para que intervenções de prevenção de agravos à saúde e de correções, que visem o restabelecimento anatomo-fisiologico por neonatos acometidos por estas más formações congênitas. ANATOMIA PATOLÓGICA DOS CARDIOMIÓCITOS: RENOVAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO? 1 1 ROCHA , J.; VALADARES , R. 1 FEAD Introdução: O coração de mamíferos e aves é um órgão tetracavitário situado no mediastino, tendo as funções de receber e impulsionar o sangue para todo o corpo, este é formado por um conjunto de válvulas e anexos, suas células são conhecidas como miócitos ou cardiomiócitos. Há muito tempo tem-se estudado que o coração é um órgão terminalmente diferenciado e incapaz de originar novos cardiomiócitos. Após a morte destes, há uma substituição local por tecido fibroso, entretanto, pesquisas recentes abrem perspectivas que podem revolucionar a cardiologia nos próximos anos. Objetivos: Revisar conceitos de cardiogênese e elucidar novas pesquisas quanto à renovação cardíaca. Materiais e Métodos: Revisão de artigos científicos, a partir de 2006, sobre cardiogênese. Resultados: Segundo as teorias conservacionistas, as fibras miocárdicas poderiam desenvolver-se fisiopatologicamente apenas em hipertrofia, mas não replicar-se, sendo, portanto, o coração constituído de células pós-mitóticas, sem capacidade regenerativa. Atualmente frentes de pesquisas provaram que os cardiomiócitos possuem capacidade regenerativa bipotencial, ou seja, a partir de células mitóticas presentes no próprio coração e por diferenciação de células totipontentes em novos cardiomiócitos. Porém, segundo as mesmas pesquisas, a proporção de cardiomiócitos capazes de replicar-se seria pequena ou tal divisão celular seria lenta e/ou insuficiente para uma regeneração eficaz, justificando a substituição do miocárdio por tecido fibrótico. Conclusão: Mais estudos são necessários para esclarecer o processo de divisão celular dos cardiomiócitos e sua aplicabilidade na reparação de tecido cardíaco infartado. 20 ANOMALIAS DA MANDÍBULA DE CAPRINOS COMO MÈTODO DE SELEÇÃO ANIMAL 1 2 3 4 FERREIRA , T.A.; MELO M.L.D.; BUENO , A.P.V.; SISTE, D.A.B. 1 FEAD Introdução: O objetivo principal de um programa de seleção é reproduzir os melhores animais e descartar os menos produtivos, de forma a melhorar o nível geral do rebanho. Este procedimento é importante para aumentar os índices produtivos do rebanho podendo ser conduzido de duas formas um processo de melhoramento genético do rebanho e por outro, um processo de eliminação. Avaliações externas do rebanho são de extrema importância. O braquignatismo e o prognatismo são as anomalias da mandíbula mais encontradas. O braquignatismo ou retrognatismo é o encurtamento da mandíbula ou da maxila e o prognatismo é o alongamento da mandíbula ou da maxila. São taras hereditárias muito comum em caprinos. Quando a mandíbula avança, diz-se que há prognatismo inferior, e quando o maxilar é que se destaca, denomina-se prognatismo superior ou agnatismo. Objetivo: Utilizar o aparelho bucal de caprinos para seleção de animais para reprodução. Material e Métodos: Revisão de literatura. Resultados: Pode ocorre tanto o prognatismo como o retrognatismo, não existindo predomínio, a presença dessas anomalias deve-se principalmente à consangüinidade, em ambos os casos, o animal é grandemente prejudicado pela dificuldade de apreensão e mastigação dos alimentos e do pasto porque os dentes não fazem contato com a gengiva prejudicando a preensão e o corte dos alimentos. o que ocasiona uma deficiência alimentar que se manifesta por redução da produção, podendo levar o animal até a morte. Conclusão:Como prevenção e método de seleção os animais que apresentam essas anomalias no aparelho bucal devem ser eliminados da reprodução no rebanho, pois são características hereditárias. O objetivo é selecionar os animais, procurando segregar aqueles que têm um encontro perfeito entre mandíbula e maxilar, pois esses são os trituradores de alimento que são matéria- prima para produção de leite ou carne. ÁREA DE BROCA 1 1 JULIANI , G.; BORINI , C. 1 FEAD Introdução: As faculdades humanas complexas, como a linguagem, resultam da intrincada coordenação de muitas áreas do cérebro. A área motora ou de expressão da fala encontra-se situada no lobo frontal, chamada de área de Broca. Lesões nesta área podem produzir a afasia de Broca, onde o indivíduo pode compreender a linguagem escrita ou falada, mas tem dificuldade de se expressar adequadamente, falando ou escrevendo. Objetivos: conhecer a área de Broca, sua anatomia, importância e utilização. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros e periódicos de anatomia e psicologia. Resultados e Conclusões: A segunda metade do século XIX presenciou a introdução de duas abordagens experimentais complementares à pesquisa do cérebro: o método clínico e a técnica do estímulo elétrico. O método clínico foi desenvolvido em 1861 por Paul Broca, antropólogo e cirurgião de um hospital próximo a Paris para doentes mentais. Broca realizou a autópsia de um homem que por muitos anos apresentava uma fala incompreensível, acometido de hemiplegia direita com uma “afemia” que o prendia a uma estereotipia verbal (ele só podia dizer “Tan”...). O exame clínico revelou uma lesão ligada à lesão do terceiro giro frontal do hemisfério esquerdo do córtex cerebral, mais precisamente, do seu terço posterior. Broca determinou essa seção do cérebro de centro de fala, que mais tarde ficou conhecida como área de Broca. Atualmente, podemos afirmar a existência de um pólo anterior relacionado à expressão da linguagem, que inclui a parte opercular e também a parte triangular que, juntas formam o opérculo frontal do terceiro giro frontal. O conhecimento da anatomia e fisiologia do sistema nervoso é de fundamental importância para a compreensão dos processos envolvidos, entendimento e correção dos distúrbios decorrentes de sua disfunção. 21 AS CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO DO TRONCO ENCEFÁLICO PARA O EQUILÍBRIO 1 1 REZENDE, L.C. ; FONSECA, L.D.R. ; GIRODO, C.M. FEAD 1 INTRODUÇÃO: O equilíbrio é considerado o nosso sexto sentido e permite manter o corpo ereto e realizar movimentos sem hesitações ou quedas. A geração e manutenção do equilíbrio se dão pela integração dos sistemas visual, somatossensorial e vestibular no sistema nervoso central. OBJETIVO: Compreender o papel do tronco encefálico para o equilíbrio. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica a partir de livros e artigos nas bases de dados Scielo e Pubmed. RESULTADOS: O sistema vestibular é responsável pelo equilíbrio geral, sendo constituído por três canais semicirculares que são repletos de fluido, a endolinfa. À medida que nos movimentamos a endolinfa também se move, estimulando receptores ali localizados. Os impulsos são levados ao tronco encefálico pela porção vestibular do nervo vestíbulo coclear e daí até ao cerebelo, levando informações. Sobre a posição e os movimentos da cabeça. A informação é recebida pelo cérebro que produzirá uma resposta reflexa para manter o equilíbrio. CONCLUSÃO: Os núcleos localizados no tronco encefálico participam da função de equilíbrio e postura corporal. Para desempenhar tal função o tronco encefálico é modulado pelos núcleos da base que são constituídos pelo núcleo caudado, putâmen, globo pálido, o corpo amigdalóide, núcleo accumbens, e tubérculo olfatório. Alterações em algumas dessas estruturas podem acarretar distúrbio do equilíbrio, como a doença de Parkinson que é uma doença degenerativa das células dopaminérgicas mielínicas da substância negra e do núcleo da base. Como conseqüência a pessoa com Parkinson pode apresentar alguns sintomas como lentidão e pobreza de movimentos, tremores, inclinação do corpo e quedas freqüentes. ASPECTOS ANATÔMICOS DA HEMIPLEGIA LARÍNGEA EM EQUINOS ANJOS¹, M. M.; FANTONI¹, M. A. S.1; SILVA¹, B. C.1; MELO¹, M. I. V.1 ¹PUC Introdução: Com a domesticação do cavalo, o mesmo passou a desempenhar atividades de trabalho e atletismo resultando em funções, as quais dependem do bom funcionamento das vias aéreas. O eqüino só pode respirar eficientemente através das narinas, sendo a cavidade oral utilizada para este fim, apenas como último recurso em casos extremos de intervenção humana. Um dos órgãos responsáveis por essa particularidade nos eqüinos é a laringe. A hemiplegia laríngea (HL) caracteriza-se por movimentos inspiratórios audíveis, vulgarmente chamados de “ronqueira”, dispnéia. Objetivos: Descrever as estruturas anatômicas e aspectos envolvidos na HL. Materiais e Métodos: Revisão da literatura. Resultados e conclusões: A laringe é um órgão tubular curto que liga a faringe à traquéia. A laringe constitui-se como uma válvula com três funções principais: impedir a aspiração de alimentos para o interior da traquéia, regular o volume de ar que se destina aos pulmões e órgão sede da vocalização. Entre as patologias que frequentemente acometem as estruturas que compõe a laringe destaca-se a HL. Na sua forma clássica é descrita como uma doença espontânea resultante da degeneração primária do nervo laríngeo recorrente, ramo do nervo vago. Predominantemente o nervo afetado é o esquerdo, devido a particularidades de seu trajeto, o que resulta em uma atrofia neurogênica do músculo criocoaritenóideo dorsal e outros músculos intrínsecos da laringe, em cerca de 95% dos casos observados. A degeneração recorrente provoca uma atrofia dos músculos adutores da laringe (cricoaritenóideos dorsal e lateral). A função comprometida dos músculos adutores resulta em oclusão parcial da laringe pela cartilagem aritenóide e pelas pregas vocais durante a inspiração. A obstrução é mais grave quando o fluxo de ar através da laringe é maior, como ocorre durante o exercício. A endoscopia fornece diagnóstico definitivo na maioria dos casos e o tratamento é cirúrgico. 22 ASPECTOS ANATÔMICOS E NEUROPSICOLÓGICOS DA DEPRESSAO 1 1 1 1 SILVA, D.F.R. ; MANSUR, D. ; BORINI, C.B. ; PAES, D.S. 1 FEAD Introdução: Em pleno século XXI, onde o capitalismo toma conta de nossas vidas, doenças neuropsíquicas já se tornaram natural em nosso meio exemplo, delas é a depressão, doença que tem uma causa social e biológica. Estima-se que 30 a 50% dos pacientes deprimidos não se recuperam totalmente. Objetivos: Relatar sobre as variações anatômicas, funcionais e psicológicas do paciente portador de depressão. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica em artigos e livros de Neuroanatomia. Resultados e Conclusões: A depressão é um transtorno mental do humor, que a cada dia traz mais prejuízos para a anatomia humana. A área frontal e estriatal têm como importante função a modulação das estruturas límbicas e do tronco encefálico, que estão fisiologicamente envolvidas na mediação do comportamento emocional, disfunções nestes circuitos devem participar na patogênese dos sintomas depressivos. Alterações anatômicas do córtex orbital bilateral em pacientes deprimidos idosos foram relatadas. Alterações na substância branca subcortical, especialmente na área periventricular, gânglios da base e tálamo são observadas. Na depressão, parece haver uma redução global do metabolismo cerebral anterior e um aumento do metabolismo de glicose em várias regiões límbicas, com ênfase na amígdala. A melhor evidência desta anormalidade vem de estudos de pacientes com depressões relativamente graves e recorrentes e uma história familiar de transtorno de humor. AUSCUTAÇÃO CARDÍACA EM CÃES: A ARTE DA INTERPRETAÇÃO DOS SONS FERREIRA, L. A.¹; VALADARES, R, C.¹ ¹FEAD Introdução: No exame clínico ao se avaliar o sistema cardiovascular, o médico veterinário tem que levar em conta os focos de ausculta cardíaca. No lado esquerdo temos os focos – pulmonar no terceiro espaço intercostal três a quatro cm abaixo de uma linha imaginaria traçada horizontalmente na articulação escapulo umeral (AEU), aortico quarto espaço intercostal na altura da AEU e o mitral é no quinto espaço intercostal, aproximadamente um cm abaixo da linha imaginária da AEU. No lado direito temos o tricúspide que é no quarto espaço intercostal. Objetivo: Relacionar os focos de ausculta e interpretar os sons para avaliar o ciclo cardíaco. Materiais e Métodos: Pesquisa em literatura científica. Resultados: O ciclo cardíaco é interpretado pelos sons emitidos das estruturas anatômicas presente no coração, sons esses que denominamos de bulhas. As bulhas cardíacas são vibrações de curta duração, que ocorrem a determinados intervalos do ciclo cardíaco, produzidas pelo impacto da corrente sangüínea nas diversas estruturas cardíacas e dos grandes vasos. Normalmente ocorrem 4 ruídos mas apenas 2 são normalmente audíveis. A primeira bulha tem origem do fechamento das valvas átrio ventricular (mitral e tricúspide). A segunda bulha é o resultando das vibrações originárias do fechamento das valvas semilunares, a terceira bulha não é audível sendo o resultado do fluxo sangüíneo que chega ao ventrículo durante a fase de enchimento rápido. A quarta bulha ocorre pela vibração da parede ventricular ao fluxo proveniente da sístole atrial. Conclusão: Os focos de ausculta cardíaca estão diretamente ligados com a interpretação do ciclo cardíaco. Uma boa interpretação dos sons cardíacos facilita o exame clínico do animal, podendo levar a suspeita de algumas patologias que envolvem o sistema cardiovascular. 23 AVALIAÇÃO CORTICO-MEDULAR RENAL: ANATOMIA E ULTRA-SONOGRAFIA. LEITE1, E.A.C; VALADARES¹ R.C. ; ROCHA¹ J.R.S. ¹FEAD Introdução: Os rins em pequenos animais localizam-se no espaço retroperitoneal e são constituídos pela cápsula renal, córtex e medular renal, divertículos, ramos de veias e artérias renais, pelve renal e seio renal. O órgão pode ser inspecionado á ultra-sonografia quanto á topografia, forma, tamanho, contorno e arquitetura interna. Objetivo: Discorrer sobre a anatomia renal e seus aspectos sonográficos. Material e métodos: Revisão de literatura baseada em artigos científicos e livros de anatomia veterinária. Resultados e discussão: O rim é constituído por unidades funcionais, os néfrons. Cada néfron é constituído pelo corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo contorcido distal. O corpúsculo renal é formado pelo glomérulo que consiste em um tufo de capilares ramificados e anastomosados, com uma região central denominada mesângio, envoltos pela cápsula de Bowman. Os glomérulos apresentam um pólo vascular pelo qual penetra a arteríola aferente e sai arteríola eferente e outro pólo denominado urinário, por onde se origina o túbulo contorcido proximal. Ao exame ultra-sonográfico deste órgão, observa-se uma fina e lisa camada hiperecogênica caracterizada pela cápsula renal. A região do córtex é hiperecóico em relação á medular, que se apresenta hipoecogênica. Essa diferença se dá devido à maior celularidade do córtex e maior conteúdo líquido na medular. Os divertículos são hiperecóicos na medular, e dividem esta em segmentos, já o seio renal apresenta gordura produzindo sombra acústica, que pode ser interpretada erroneamente por cálculos na pelve renal. A urina não é normalmente visualizada na ultra-sonografia. Conclusão: A ultra-sonografia é um ótimo meio para auxílio do diagnóstico de nefropatias em pequenos animais. AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO CORPORAL EM GADO DE CORTE RELACIONADO COM EFICIÊNCIA REPRODUTIVA UBA¹, M.A.; UBA¹, D.A.; SANTOS¹, F.P.A.; SOUSA¹, B. M. ¹FEAD Introdução: A eficiência reprodutiva é um dos fatores limitantes na eficiência e sustentabilidade econômica do sistema de gado de corte. A escolha da vaca para entrar na estação de monta é baseada na sua condição corporal, medida indireta do percentual de gordura. Objetivos: Avaliar condição corporal em vacas de corte baseado nas 09 classes de escore, através de palpação e visualização. Material e métodos: Revisão de literatura. Resultados: As classes são: 1Debilitado: Vaca extremamente magra, nenhuma gordura detectável ao redor dos processos transversos e espinhosos das vértebras lombares, sobre os ossos da pelve e costelas. Inserção da cauda e costelas bastante proeminentes. 2Pobre: vaca ainda magra, inserção da cauda e costelas menos projetadas, processos espinhosos lombares ainda agudos, mas já tem alguma cobertura tecidual sobre a coluna vertebral. 3Magro: Costelas individualmente perceptíveis, não agudas. Gordura palpável ao longo da coluna torácica e lombar e na inserção da cauda. 4Limite: Individualmente, costelas não tão óbvias, processos espinhosos são identificados com toque, mais arredondados. Existe alguma cobertura de gordura sobre as costelas, processos transversos, ossos da pelve. 5Moderado: vaca tem aparência boa, pela palpação sente-se que a gordura sobre as costelas tem consistência esponjosa e as áreas nos dois lados da inserção de cauda apresentam gordura palpável. 6Moderado Bom: precisa aplicar pressão sobre a coluna para sentir processos espinhosos lombares, bastante gordura palpável sobre costelas, ao redor inserção da cauda. 7Bom: aparência de gorda, já nota gordura ao redor da vulva e na região inguinal. 8Gordo: muito gorda e condicionada, os processos vertebrais são impossíveis de tocar, grande depósito de gordura ao redor da vulva e região inguinal. 9Extremamente Gordo: vaca obesa, com aparência compacta. Conclusão: A decisão para suplementação das vacas deve ser feita em função do escore da condição corporal média do lote de produção. Nesta 24 classificação os extremos são indesejáveis. Vacas ideais para entrar na estação de monta são as 5, 6 e 7, por possuirem condições fisiológicas para a reprodução. AVALIAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TÓRAX DE CÃES COM NEOPLASIAS METASTÁTICAS PULMONARES EM COMPARAÇÃO COM MÉTODOS PINTO, A.J.W.¹; VALADARES R.C.¹ ¹ FEAD Introdução: O exame radiográfico é ainda o método de eleição para avaliação do tórax de pequenos animais, porém a visualização de lesões metastáticas pelo exame depende da qualidade do equipamento radiográfico, do tamanho e das formações neoplásicas, do número de nódulos, da sobreposição e localização dos nódulos pulmonares entre outros que possivelmente seriam visualizados no exame de tomografia computadorizada. Por sua vez o exame de tomografia computadorizada pode ser considerado relativamente custoso sendo que a relação custo-benefício impede seu uso em larga escala. Objetivos: Levantar as principais importâncias dos dois métodos quanto à sua utilidade diagnóstica e os principais pontos críticos dos exames. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica em artigos científicos. Resultados: Alguns autores defendem que o exame radiográfico convencional é uma excelente opção para diagnósticos torácicos e que os outros métodos ainda não superam a radiografia simples quando se cogita sensibilidade, especificidade e economia, alegando ainda que a relação custo-benefício deste método supera a utilização da tomografia computadorizada. Em contrapartida o uso da radiografia tem sido apontado em até 13% dos falsos negativos na pesquisa de nódulos pulmonares além daqueles problemas relacionados à técnica radiológica e interpretações de exames. Além destes, metástases hematógenas de localização periférica, sub-pleurais são de difícil visualização no exame radiográfico o que não ocorre no exame tomográfico. Conclusões: O exame tomográfico mostrou ser um importante complemento do exame radiográfico na avaliação de campos pulmonares e na detecção de nódulos que no exame radiológico passariam despercebidos, entretanto o custo da tomografia computadorizada e a exposição a radiação podem ser pontos críticos na sua utilização. Sendo assim são necessários mais estudos relacionados aos métodos diagnósticos de metástases torácica bem como sua utilização na medicina veterinária. AVALIAÇÃO GINECOLOGICA EM FÊMEAS BOVINAS RESENDE, V.Z.T.¹; JÚNIOR, J.J.C.¹; BASTOS,G.M.C¹ ; SOUZA,R.C ¹ ¹FEAD Introdução: O conhecimento da anatomia e fisiologia dos órgãos genitais da fêmea bovina é de suma importância no exame ginecológico. O trabalho pretende mostrar de modo superficial as estruturas avaliadas durante o exame ginecológico que alem de avaliar a situação reprodutiva (fertilidade/infertilidade) também auxiliam no diagnostico de gestação. A sequência do exame ginecológico é feito apartir das seguintes estruturas: vulva, vagina, cérvix , útero , tubas e ovários . Objetivos: Conhecer anatomia do trato reprodutivo em fêmeas bovinas. Materiais e Métodos: Revisão de literatura. Resultados: Na vulva é observado a coaptação dos lábios vulvares, coloração da mucosa e presença de secreção. Na vagina é avaliado secreções e visualização do óstio cervical. A cérvix é a primeira e principal referência anatômica para avaliação transretal do sistema genital, deve ser avaliada quanto a sua posição e tamanho e está localizada sobre o assoalho pélvico. No útero é feita a identificação da posição e conteúdo. As tubas uterinas não são palpáveis estando situadas no final do corno uterino. Os ovários devem ser palpados com relação a posição, tamanho, simetria e mobilidade. Conclusões: O conhecimento da anatomia do trato reprodutivo de fêmeas bovinas é de grande relevância para uma correta avaliação ginecológica. 25 BASE ESTRUTURAL DOS ACUPONTOS 1 1 1 PINHO, S. M. S. ; LUZ, A. B. S. S ; BARBOSA, E. B. 1 FEAD Introdução: Acupuntura é uma prática terapêutica de origem chinesa, que consiste na inserção de agulhas em pontos pré-estabelecidos sobre o corpo do indivíduo ou do animal. Estes locais ou regiões anatômicas onde se realizam as punções são conhecidos como “pontos de acupuntura” ou “acupontos”. O tratamento através dos acupontos visa induzir um processo fisiológico com o objetivo de restabelecer o equilíbrio de estados funcionais alterados e atingir a homeostase corporal. Objetivo: Descrever as características anatômicas dos acupontos. Material e Métodos: Revisão de literatura baseada em artigos científicos e livros de acupuntura. Resultados e Conclusão: Os acupontos são microzonas cutâneas de mais ou menos 2 10 mm de superfície geralmente sensíveis à palpação que possuem grandes concentrações de terminações nervosas sensoriais. Estas regiões possuem relação íntima com nervos, vasos sanguíneos, tendões, periósteo e cápsulas articulares. A estimulação desses pontos possibilita acesso direto ao sistema nervoso central. Estudos morfofuncionais identificaram plexos nervosos, elementos vasculares e feixes musculares como sendo os mais prováveis sítios receptores dos acupontos. Várias pesquisas têm demonstrado a presença de um grande número de mastócitos nos acupontos. Além disso, eles possuem propriedades elétricas diversas das áreas adjacentes: condutância elevada, menor resistência, padrões de campo organizados e diferenças de potencial elétrico. Por isso, são caracterizados como pontos de baixa resistência elétrica da pele. Apesar dos avanços da neurociência, da biologia molecular e da imunologia, novas pesquisas devem ser realizadas com o intuito de desvendar de forma mais completa a estrutura dos acupontos. BASES ANATÔMICAS DA MEMÓRIA: CIRCUITO DE PAPEZ 1 1 1 JULIANI , G.; BARRETO , G.; SALIM , D. 1 FEAD Introdução: A analogia computacional da mente propõe que podemos compreender o modo como o cérebro humano processa as informações comparando-o com o modo que um computador processa suas informações. Desta forma, o cérebro seria o hardware e os processos cognitivos consistiriam no software, gerando uma relação de co-depêndencia de processos para compreensão do funcionamento cognitivo humano. Em 1937, o neuroanatomista James Papez sugeriu e demonstrou que as diferentes regiões do lobo límbico estavam unidas entre si por um circuito que hoje é conhecido com o nome de “Circuito de Papez”. Objetivos: esboçar sobre a neuroanatomia da memória, ou seja, quais as estruturas cerebrais relacionadas com os processos de codificação, armazenamento e recuperação de informações, em especial o Circuito de Papez. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros de neuroanatomia e neuropsicologia. Resultados e Conclusões: A memória de longo prazo repousa anatomicamente do circuito de Papez, circuito do sistema límbico, bilateral e simétrico, que compreende fibras eferentes do hipocampo, que por intermédio do trígono ou fórnix, atingem os corpos mamilares, fazem conexão com o feixe mamilo-talâmico para atingir os núcleos anteriores do tálamo, para chegar, em seguida, ao giro do cíngulo. As lesões no circuito de Papez impedem a aprendizagem sendo que as informações da memória de curto prazo não conseguem se consolidar; mas as informações da memória de longo-prazo são preservadas porque já se tornaram independentes do circuito, mostrando o seu papel na consolidação das informações da memória. Apesar das constantes descobertas das estruturas cerebrais implicadas na neuroanatomia da memória, as bases psicológicas da memória são extremamentes complexas a ainda não estão totalmente compreendidas. 26 BASES ANATÔMICAS DO MEGAESÔFAGO SECUNDÁRIO A PERSISTÊNCIA DO ARCO AÓRTICO DIREITO EM CÃES 1 1 LAGE, M.H.H .; LAMOUNIER, A.R. 1 PUC Introdução: A persistência do arco aórtico direito é anomalia congênita mais freqüente dos anéis vasculares de cães, a patologia é provavelmente hereditária com predomínio de genes recessivos. Esta anomalia do anel vascular ocorre quando o quarto arco direito (ao invés do esquerdo) aumenta e se torna uma aorta adulta funcional; nesse caso, o quarto arco esquerdo forma a porção proximal da artéria subclávia esquerda. O importante é que o duto arterioso direito se degenera e que o duto arterioso esquerdo permanece. Isso forma uma alça que constringe o esôfago entre a artéria pulmonar esquerda e a aorta direita anômala. O anel vascular é consequentemente formado pela aorta na direita, o ligamento arterioso na dorsolateral, o tronco pulmonar na esquerda e a base do coração ventralmente. Objetivos: Descrever alterações anatômicas relevantes à patofisiologia, diagnóstico e tratamento cirúrgico da persistência do arco aórtico direito. Materiais e Métodos: Revisão de literatura Resultados e Conclusões: Observa-se predisposição em animais com menos de 6 meses de idade. Os principais sintomas são regurgitação, baixo escore corporal pelo distúrbio alimentar e pneumonia aspirativa. O diagnóstico é confirmado por radiografia contrastada do esôfago, verificando-se constrição do esôfago na base cardíaca associado à dilatação esofágica torácica cranial e, raramente, dilatação esofágica torácica cranial e caudal. O tratamento cirúrgico consiste em toracotomia intercostal do quarto espaço esquerdo. È importante identificar o esôfago, a aorta, a artéria pulmonar principal e o nervo vago esquerdo. Geralmente a anomalia vascular se encontra cranialmente ao nervo laríngeo recorrente. A ligadura cirúrgica e divisão do ligamento arterioso com conseqüente liberação da constrição esofágica é o procedimento de escolha para a correção cirúrgica. O prognóstico é razoável a longo prazo e resultados clínicos demonstram que 25% dos animais não respondem ao tratamento. Desta forma, diagnóstico e correção cirúrgica precoces evitam megaesôfago irreversível e sucesso no tratamento. BASES ANATÔMICAS DO ÓRGÃO VOMERONASAL 1 1 ROCHA , J.; JULIANI , G. 1 FEAD Introdução: O órgão Vomeronasal (OVN) também chamado de órgão de Jacobson é uma estrutura tubular de natureza cartilagínea revestida internamente por epitélio sensorial. Objetivos: Revisar as funções do OVN nos animais domésticos. Materiais e Métodos: Revisão de literatura. Resultados e Conclusões: O OVN está situado no assoalho da cavidade nasal, lateralmente à base do septo nasal, sua extremidade caudal termina em fundo cego ao nível dos dentes molares, já a sua extremidade rostral comunica-se com o ducto nasopalatino (estrutura que liga a cavidade oral e a cavidade nasal durante a embriogênese), é capaz de detectar ferormônios emitidos ou presentes no ambiente, seus neurônios sensoriais possuem microvilosidades diferente de neurônios olfativos, assim os sinais de transdução que eles expressam promovem respostas fisio-comportamentais específicas e em maior escala que em outros neurônios. Acredita-se que nos pequenos animais esteja relacionado apenas com respostas fisiológicas e no reconhecimento de ferormônios ligados à reprodução (eliminados durante o estro). Nas aves o OVN só é presente durante desenvolvimento embrionário, desaparecendo totalmente após nascimento, já em serpentes e alguns lagartos, têm a função de detectar a presença de presas em sua volta utilizando sua língua como aparelho coletor. Em equideos o OVN tem recebido considerável atenção quanto a sua importância junto à fisiologia reprodutiva e no conportamento dos animais. A reação ou reflexo de flehmen é talvez a manifestação fisiológica que mais condiz com a atuação deste órgão na espécie equina, sendo que através da elevação do lábio superior, movimentação do lábio inferior em direção oposta ao superior e com a contração do próprio orgão conseguem sugar ferormônoios presentes no ambiente ao ducto nasopalatino, sendo responsável por sua vez de coduzir tais partículas à superfície sensitiva do órgão, desencadeando estímulos excitatórios relacionados à atividade sexual da espécie. 27 BEA EM MÉTODOS SUBSTITUTIVOS EM TECNICA CIRÚRGICA 1 1 SILVA , M. M. R.; CARVALHO , E.C.; ROCHA¹, B.D. 1 PUC Introdução: A utilização de animais como ferramenta didática é uma prática bastante antiga e vem 3 crescendo de forma rápida e assustadora nos últimos anos . Mundialmente, milhões de animais já foram eutanasiados para servir como modelos em aulas práticas, bem como, para demonstrações de princípios científicos, muitos destes já estabelecidos há décadas. Felizmente, nas duas últimas décadas ocorreu o aumento no desenvolvimento e disponibilidade de métodos que substituem o uso de animais vivos no ensino. Estudos controlados compararam o aprendizado de alunos pelo método tradicional, que utilizam animais vivos, com os resultados obtidos pelos métodos de ensino alternativos. Segundo Silva, (2003) e Diniz et al., (2006), em duas turmas de alunos apresentaram desempenho semelhantes em relação à aprendizagem, demonstrando que a substituição de animais em aulas praticas é possível, mantendo-se a mesma qualidade de ensino. Cadáveres quimicamente preservados com solução de Larssen modificada e criopreservadas podem ser utilizados para treinamento cirúrgico de acadêmicos nas disciplinas de técnica cirúrgica e Ortopedia. Neste método é possível verificar que as características dos animais foram preservadas como cor, consistência dos tecidos e flexibilidade das articulações o mais semelhante possível às encontradas no animal vivo permitindo ainda o treinamento intenso e adequado repetidas vezes 4 diminuindo o número de cadáveres necessários para aula . Objetivos: ressaltar a importância no principio de Bem-estar animal evitando o sofrimento durante os procedimentos e diminuindo o número de sacrifícios em animais utilizados nas disciplinas de técnica cirúrgica bem como eleger a vida nos estudos de novas técnicas de forma mais ética. Material e Métodos: revisão bibliográfica do estudo de métodos substitutivos na disciplina de técnica cirúrgica no curso de Medicina Veterinária e apontamento da introdução a esta metodologia na Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas em Betim. Resultados e Conclusões: O presente trabalho visa mostrar que temos como minimizar o sofrimento destes animais, diminuindo ou até excluindo-os do uso em aula, com o uso de ferramentas alternativas que simulam diversas situações como modelos anatômicos sintéticos e/ou cadáveres preservadas, visando substituir e poupar a vida destes animais, sem que haja prejuízo didático. Tais métodos substitutivos não só auxiliam na educação ética e humanitária como na formação de profissionais mais conscientes proporcionado um ambiente de aprendizado mais conscientes, sem complicações, sem conflitos éticos e principalmente livre de estresse negativo. CÁLCULO RENAL SILVA, C. A¹.; SOUSA, I. A. F¹.; Borini, C. B¹ ¹ FEAD Introdução: O cálculo renal, ou pedra nos rins, é uma massa dura formada por cristais que se separam da urina, que pode se desenvolver em qualquer órgão do sistema urinário. Sob condições normais, a urina contém substâncias que previnem a formação dos cristais. Entretanto podem se tornar ineficientes causando a formação dos cálculos. Uma pessoa que tenha algum familiar que já teve a doença está propensa a desenvolver cálculos. A desidratação também é importante fator de risco para a formação dos cálculos renais. Certos diuréticos, antiácidos e outros medicamentos podem aumentar o risco de formação de cálculos pelo aumento de cálcio na urina. Usualmente, o primeiro sintoma de um cálculo renal é uma dor intensa. A dor começa subitamente quando a pedra se move no trato urinário, causando irritação e obstrução. Objetivos: O propósito desta revisão é apresentar uma atualização sobre os fatores de risco ou condições médicas comuns associadas com a formação de cálculos renais. Materiais e Métodos: Revisão de literatura baseada em artigos científicos. Resultados e Conclusões: Exames de sangue e de urina podem detectar algumas anormalidades que podem promover a formação de cálculos. Mais freqüentemente, os cálculos renais são encontrados em radiografia ou ultra-sonografia. Na ocorrência de um episódio de cólica renal, são utilizados analgésicos para alívio da dor e hidratação para corrigir o quadro de desidratação, que predispõe a formação dos cálculos. Atualmente o método mais utilizados para eliminação de cálculos maiores que 7mm é a Litotripsia com ondas de choque extracorpórea, um aparelho que emite ondas de choque que fragmenta o cálculo. Uma importante mudança para prevenir as pedras nos rins é o aumento da ingestão de líquidos, no mínimo de 2 a 3 litros por dia. Em alguns casos, há a necessidade do uso de medicamentos específicos para prevenir a recorrência dos cálculos. 28 CÂNCER DE BOCA MOREIRA, L.D; ROMUALDO, L.A; RODRIGUES, A.C; NUNES, C.M.S. ¹ FEAD Introdução: O câncer oral é um dos tipos da doença que ocorre frequentemente na cavidade oral interna, incluindo lábios, dentes, gengivas, palato duro, assoalho bucal e a área atrás dos dentes siso, e que tem afetado grande parte dos brasileiros, principalmente pessoas acima dos 40 anos. Objetivo: Esclarecimento sobre o câncer de boca. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica das causas e variações anatômicas sobre o câncer de boca. Resultados: Estudos envolvendo lesões orais em geral não separam as regiões específicas dentro da cavidade oral. As localizações mais comuns relatadas são terço anterior da língua, lábios, assoalho bucal e palato duro. É importante distinguir a região da orofaringe, que inclui palato mole, base da língua, região tonsilar e faringe posterior, onde as características clínicas, o prognóstico da lesão e a sensibilidade à radioterapia são distintos. Quanto á etiologia destaca-se o hábito de fumar e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Outros fatores são agentes biológicos, higiene oral precária, fator genético e exposição excessiva á luz ultravioleta. O câncer bucal não detectado precocemente pode comprometer a respiração, a fala, a alimentação, a mastigação e a deglutição. A Fonoaudiologia nesses casos atua na fase pré-operatória, com orientações sobre o ato cirúrgico e possíveis mudanças anatômicas e fisiológicas, no pós-cirúrgico, possibilita a reabilitação efetiva das funções atingidas pela doença. Conclusão: É preciso eliminar fatores capazes de provocar irritação crônica nas mucosas. Redobrar cuidados no exame dos lábios, língua, gengiva, comissuras labiais, assoalho da boca, palato e região das bochechas. Os cânceres da boca se apresentam de inúmeras formas. Na dependência do tamanho do tumor, se é fechado, profundo, ulcerado e até metastático, a biopsia pode ser feita por aspiração, curetagem, lavagem, excisão ou incisão. O câncer de boca tem tratamento, a cirurgia, quimioterapia ou radioterapia são os métodos aplicados para este tipo de câncer. CIFOSE Andrade, K.¹; Machado, L.M.O¹; Borini, C.B¹ ¹FEAD Introdução: Cifose é o resultado de uma doença ou problema congênito, pode ocorrer em crianças, adolescentes ou adultos. A cifose do adolescente, também conhecida como doença de Scheuermann, pode ocorrer em virtude do crescimento retardado ou de um distúrbio vertebral durante períodos de crescimento rápido. Objetivo: Especificar do que se trata esta doença evidenciando causas, sintomas e tratamento. Materiais e métodos: Revisão bibliográfica em livros de Anatomia e artigos científicos. Resultados e conclusões: As causas da cifose são: infecção, inflamação, degeneração de disco, osteoporose das vértebras, doença por compressão das vértebras, ou postura incorreta. Os fatores de risco estão associados às causas e o tratamento depende da causa do distúrbio. No caso da cifose resultante de postura incorreta, o tratamento é realizado por meio de exercícios, pelo uso de colchões firmes e de coletes ortopédicos para as costas, com a finalidade de corrigir a curvatura até que o crescimento se complete. Recomenda-se repouso em casos de dores muito fortes. A remoção gradual do colete ortopédico é feita após a correção máxima da curvatura das costas. O tratamento de outros tipos de cifose inclui a identificação da causa. Na presença de sintomatologia neurológica, a cirurgia é raramente indicada. Pode ser realizada a tração para o alívio da dor. 29 CONHECIMENTO DE LÍDERES CRISTÃOS EM ANATOMOFISIOLOGIA VOCAL AGUIAR, D.S,¹; ELOI, M.E.¹; MEDEIROS, V.P.¹; SILVA, E.B.¹ ¹FEAD Introdução: O aparelho fonador não existe enquanto unidade anatômica, mas deve se comportar enquanto unidade funcional adaptada recrutando estruturas dos aparelhos respiratório e digestivo. Como unidade funcional, a laringe é essencial à produção da voz e por isso o conhecimento acerca de sua anatomofisiologia se mostra extremamente significativo ao uso saudável das funções laríngeas, sobretudo pelos chamados profissionais da voz. Entre esses profissionais, pode-se classificar os líderes cristãos devido à elevada demanda vocal a eles atribuída. Objetivo: Qualificar os conhecimentos de líderes cristãos em anatomofisiologia vocal, seu interesse pelo assunto e a opinião quanto a relevância desses conhecimentos empregados em sua atuação como um “profissional da voz”. Materiais e métodos: Elaboração e aplicação de um questionário piloto contendo questões referentes à anatomofisiologia vocal e relevância dos conhecimentos em voz relacionados à atuação profissional em 32 indivíduos, onde a análise estatística dos dados obtidos visa o alcance dos objetivos da pesquisa. Resultados e conclusão: Os dados são parciais pelo caráter piloto da pesquisa onde 12,5% dos indivíduos marcaram a opção correta de posição das pregas vocais, 62,5% erraram a quantidade com relato mínimo de 1 e máximo de 13 pregas vocais. Em desenho livre 81,25% erraram forma e posição e 9,37% acertaram somente um dos itens. 97,75% acreditam ser importante conhecer sobre produção vocal, 96,87% foram despertados e gostariam de conhecer sobre a anatomofisiologia vocal. Tais valores comprovam um relativo desconhecimento de lideres cristãos concernente à estrutura do aparelho fonador e potencialmente menor possibilidade de atuar saudavelmente sobre ele. CONSIDERAÇÕES ANATOMICAS DA ARCADA DENTÁRIA DE EQUINOS 1 1 FERREIRA , T.Z.; PROCÓPIO , A.M. 1 FEAD Introdução: A dentição dos equinos é considerada heterodonte, ou seja, os dentes possuem tipos morfológicos diferentes. Os caducos aparecem nos primeiros anos de vida e são menores e mais brancos, os definitivos são maiores e menos brancos e substituem os caducos em determinadas fases da vida. Os dentes se apresentam em quatro tipos: doze dentes incisivos, sendo eles divididos em pinça, médio e canto; quatro caninos, que raramente aparecem em fêmeas; dezesseis pré-molares, sendo o primeiro pré-molar chamado de dente de lobo; e doze molares, considerando a arcada superior e inferior, em todos os tipos. Objetivos: A observação da arcada dentária é importante para se ter uma estimativa da idade dos equinos, na falta de um documento ou na duvida quanto à sua autenticidade, e ajuda no acompanhamento e na perspectiva do futuro dos mesmos. Materiais e Métodos: Revisão de literatura. Resultados e Conclusões: Os dentes fornecem os principais elementos para o reconhecimento aproximado da idade dos equinos, devido às modificações em sua forma, tanto pelo gasto quanto pelo crescimento. Toma-se como referencia os caninos e os incisivos, considerando a ordem do nascimento dos dentes, modificações em sua estrutura e a substituição do dente caduco pelo definitivo. A cronologia dentária é dividida em sete fases, sendo elas: Nascimento dos caducos, desgaste dos caducos, muda por definitivos, rasamento, nivelamento, triangulação e biangulação. Com as informações obtidas através da analise da arcada dentaria é possível fazer uma avaliação do valor comercial do animal assumindo uma grande importância no valor da transação. 30 CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS E DINÂMICA FOLICULAR OVARIANA EM VACAS SANTOS1, A.P.F.; UBA1 A.M.; UBA1 A.D.; LANNA, L.L. ¹FEAD Introdução: A dinâmica folicular em vacas é um processo complexo, regulado por diversos fatores endrócrinos, que apresenta as seguintes fases: recrutamento; seleção; dominância, ovulação e atresia. O entendimento dos eventos durante o desenvolvimento folicular é importante para o controle do ciclo estral bovino. Objetivo: descrever aspectos anatômicos ovarianos e a dinâmica folicular bovina. Materiais e Métodos: revisão bibliográfica sobre a anatomia e dinâmica folicular ovariana em vacas. Resultados e Conclusões: os ovários são pares, localizados na região sublombar, caudal aos rins, e ventrolateral à quinta vértebra lombar. Cada ovário é suspenso por um mesovario, espesso, que lhe permite amplitude de movimento. Os ovários nas vacas medem 2,0 a 4,0cm de comprimento e 2,0 a 3,0cm de largura. Têm formato ovóide, sendo constituído de epitélio germinativo, túnica albugínea, córtex (folículos) e medula (nervos e vasos). Durante o ciclo estral de 21 dias, a vaca apresenta duas ou três ondas foliculares. Em cada onda, um único folículo continua a crescer (dominante), enquanto suprime o crescimento dos demais folículos em crescimento (subordinados), controlando seu destino. No padrão de duas ondas foliculares, geralmente a primeira tem início no dia zero e a segunda no dia 10. Já no padrão de três ondas, a primeira tem início no dia zero, segunda dia 9 e terceira dia 16, sendo as duas primeiras anovulatórias. A ovulação geralmente é única e mais frequente no ovário direito. Na superfície ovariana é possível observar diferentes populações de folículos, em diferentes fases de desenvolvimento, dependendo do momento do ciclo estral. A regulação do ciclo ovariano envolve hormônios hipotalâmicos, hipofisários e ovarianos, além de fatores de crescimento, como o fator de crescimento tipo-insulina I (IGF-1), têm sido bastante estudados por apresentarem contribuição significativa para a proliferação e diferenciação das células da teca e granulosa. DEFORMIDADES FLEXURAIS EM BOVINOS BENÍCIO, Y.P.¹; REIS, D.C.¹ ¹PUC Introdução: As deformidades flexurais se caracterizam por encurtamento ou relaxamento dos tendões dos membros torácicos e/ou pelvinos de equinos e bovinos. A etiologia das deformidades flexurais podem ser de origens congênitas ou adquiridas. As articulações mais afetadas são metacarpofalângicas, metatarsofalângicas e interfalângicas. Como opções de tratamento podem ser utilizados tratamentos clínicos como aplicações de talas ou gesso, ou tratamento cirúrgico, com o emprego de tenotomia parcial ou completa em casos que a imobilização não permita suficiente recuperação. Objetivos: Abordar a anatomia, etiologia, diagnostico e tratamento das deformidades flexurais em bovinos, devido a gravidade das alterações locomotoras que ocorre em animas acometidos. Materiais e métodos: Revisão bibliográfica a respeito das deformidades flexurais em bovinos baseada em artigos científicos, livros de anatomia, clínica e cirurgia de ruminantes. Resultados e Conclusões: A etilogia das deformidades flexurais se dividem em congênitas (causado por mal posicionamento intra-uterino ou em animais que têm genética para crescimento muito acelerado), ou adquiridas (causadas por superalimentação ou desequilibrio mineral e em casos de dor intensa e crônica em que os animais assumem uma posição antialgica, gerando uma hipotrofia muscular dos membros). Geralmente, a incidência é maior nos membros torácicos, sendo as articulações do carpo, metacarpofalângica (boleto), ou interfalângicas distal as mais atingidas. A contratura pode afetar o tendão flexor superficial dos dedos, resultando em deformidades dos boletos que permanecem na posição vertical. Neste caso o tratamento clínico se baseia na utilização de talas de cloreto de polivinila (PVC), ou em casos de deformidades mais graves e recomendado aplicação de gesso por 10 a 14 dias. Caso a imobilização não permita uma recuperação satisfatória, pode ser empregada a tenotomia parcial ou completa. O relaxamento tendíneo congênito se caracteriza por hiperextensão do membro e o seu tratamento consiste no fortalecimento muscular através de alimentação adequada e exercícios físicos. O diagnóstico é fundamentado na inspeção, através da observação das alterações no posicionamento das articulações. 31 DERMÓIDE EM CÃES E GATOS: RELATO DE CASOS 1 1 1 Luz, A.B.S.S. ; Rosa, S.S. ; Fulgêncio, G.O. 1 FEAD Introdução: Dermóide é um coristoma, ou seja, tecido normal localizado em área anômala. A etiologia desta oftalmopatia congênita envolve má formação de origem ectodérmica ou mesodérmica no limbo, córnea, conjuntiva e pálpebras. Esta massa benigna é caracterizada por epiderme e derme completamente formada com glândulas sebáceas, sudoríparas, nervos, vasos sanguíneos e folículo piloso. Ocorre ocasionalmente em cães e raramente em gatos. A presença deste tecido piloso na superfície corneal provoca ceratites ulcerativas que podem causar cegueira. Ceratectomia superficial associada ao recobrimento da terceira pálpebra é o tratamento preconizado. Objetivos: Relatar dois casos de dermóide em cão e gato corrigidos cirurgicamente com sucesso através da ceratectomia superficial. Materiais e métodos: Realizaram-se exames clínicos detalhados e avaliação oftalmológica completa, incluindo inspeção das pálpebras, sistema lacrimal e globo ocular, com auxílio de fonte de luz apropriada, tiras para teste lacrimal de Schirmer (TLS), tonometria de aplanação e oftalmoscopia direta e indireta. Os pacientes foram monitorados através de documentação digital das imagens oculares. Resultados e conclusões: Esta oftalmopatia estava presente de forma unilateral no cão e bilateral no gato; neste último, o dermóide estava localizado em três focos no olho direito. Optou-se pelo recobrimento da terceira pálpebra apenas neste olho devido à apresentação multifocal. Apesar de estar presente desde o nascimento, o dermóide é apenas identificado após várias semanas de vida. Várias raças de cães são acometidas, porém, reportado somente nos felinos das raças Burmês, Birmânico e Pêlo Curto Doméstico. No Burmês, prolapso da glândula da terceira pálpebra tem sido relatado em associação com o dermóide. Nenhum dos animais apresentou lesões ulcerativas na córnea, no entanto, demonstravam desconforto ocular vizibilizado através de hiperemia conjuntival, blefaroespasmo e secreção mucóide. Não observou recidiva do coristoma preservando a transparência corneal e, conseqüentemente, a visão. DESCRIÇÃO ANATÔMICA DA CAUDA EQUINA EM CÃES 1 1 ROCHA , J.; JULIANI , G. 1 FEAD Introdução: A cauda equina é um feixe de raízes nervosa situada no interior do canal vertebral lombosacro. Nos cães inicia-se caudalmente ao final da medula espinhal, entre L5 e L6, onde esta deixa de ser uma estrutura contínua (que emite pares de nervos em toda sua extensão) se ramificando caracterizandose então como a cauda equina. Objetivos: revisar início e distribuição da cauda equina em cães. Materiais e Métodos: revisão de literatura. Resultados e Conclusão: Durante o desenvolvimento fetal a um maior desenvolvimento da coluna vertebral em relação à medula, já no período pós-fetal a uma aparente tração cranial de toda a medula mais acentuada nos segmentos lombares, sacrais e coccígeos, com isso, os pares de nervos destas regiões adquirem raízes cada vez maiores, as quais têm que correr por extensão razoável no canal vertebral até atingir o forame intervertebral respectivo. Esse feixe de raízes juntamente com o filamento terminal, assemelha-se à cauda de um cavalo e o conjunto formado recebe, por isso, o nome cauda equina. Localiza-se no interior do canal espinhal, cujos limites são: dorsalmente, as lâminas ósseas, facetas e cápsulas articulares; lateralmente, os pedículos; e ventralmente, os corpos vertebrais e anéis fibrosos. O canal espinhal se torna levemente triangular, facetas e os pedículos formam recesso lateral no qual raízes nervosas se situam, imediatamente antes de se exteriorizarem através de seus forames. Os nervos da cauda eqüina são L6, L7, S1, S2, e S3. As raízes nervosas de L6, L7, e S1 ao saírem pelos seus forames e formam coletivamente o nervo ciático. As raízes nervosas da medula espinhal de S1 a S3 formam o nervo pélvico e posteriormente o nervo pudendo. 32 DESCRIÇÃO ANATÔMICA DE GÔNODAS EM PAPAGAIO VERDADEIRO (Amazona aestiva) 1 1 1 2 BRESSANE, P.O.L. ; BATISTA, L.A.T. ; SOUZA, V.C. ; VILELA, D.A.R. 1 2 FEAD; IBAMA Introdução: O papagaio verdadeiro (Amazona aestiva) é uma das 80 espécies de psitacídeos que ocorrem no Brasil. A maioria das espécies da ordem dos Psittaciformes são monomórficas, sendo necessário exame de DNA, endoscopia ou laparoscopia para determinar o sexo da ave. Dimorfismo sexual, quando está presente, geralmente é muito sutil nestas aves, não sendo parâmetros confiáveis para a classificação do animal quanto ao sexo. Já no exame necroscópico a diferenciação entre machos e fêmeas é muito clara a partir da visualização das gônadas destes psitacídeos. A importância de conhecer a anatomia das gônadas destas aves sem dimorfismo sexual é a classificação destas quanto ao sexo no exame de endoscopia, laparoscopia, necropsia ou de tomografia por ressonância magnética nuclear. Objetivos: descrever a anatomia topográfica de gônadas de machos e fêmeas da espécie A. aestiva. Materiais e métodos: Foram necropsiados 10 papagaios verdadeiros sendo 5 machos e 5 fêmeas no centro de triagem de animais silvestres do Ibama em Belo Horizonte, no mês de setembro de 2009. Resultados e conclusões: Observou-se que nos papagaios verdadeiros, assim como em outras aves, as gônadas se localizam na região dorsal da cavidade celomática, ventralmente aos pulmões e cranialmente aos rins. Os testículos são bilaterais e possuem forma elipsoidal, com superfície lisa e coloração variando de translúcida a branca. O ovário esquerdo, único funcional, apresenta textura granular e coloração branco-amarelada. Tanto os testículos quanto o ovário variam acentuadamente de tamanho em função da fase reprodutiva.A partir das necropsias realizadas, conclui-se que as diferenças anatômicas entre machos e fêmeas são facilmente identificadas com base na análise das gônadas e são importantes na classificação quanto ao sexo em aves monomórficas. DESCRIÇÃO DA MIOPIA – DISTÚRBIO OCULAR 1 1 1 1 SILVA, C.A. ; CORREA, S.A. ; SILVA, F.C.M. ; BORINI, C.B. 1 FEAD Introdução: A miopia é um erro de refração ou distúrbio visual ocasionado quando os raios luminosos entram no globo ocular e são enfocadas a frente da retina, tecido nervoso que recebe imagens de objetos externos e transmite estas informações ao cérebro em forma de impulsos visuais nervosos por meio do nervo óptico. Isto se obtém por conseqüência de uma córnea extremamente curvada ou de um globo ocular muito longo no eixo ântero-posterior. É também denominada como visão curta e do ponto de vista social, a miopia causa um enorme impacto, pois pode alterar o desempenho de indivíduos na etapa produtiva de suas vidas. Objetivo: Demonstrar a região anatômica do olho onde ocorre a miopia e seu tratamento. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros de Anatomia Humana e artigos científicos sobre o tema proposto. Resultados e Conclusões: Os principais componentes anatômicos do sistema visual são os globos oculares que por meio de algumas de suas estruturas focalizam a imagem sobre a retina. Na ocorrência do indivíduo ser míope, existem correções para este defeito refrativo através de óculos, lentes divergentes (negativas) que são usadas para complementar as lentes naturais (que são os cristalinos) e não para substituí-lo. São lentes que acabam levando o ponto focal para trás exatamente na retina ou por meio de cirurgias que são realizadas através de técnicas como o laser e implantes de lentes intra-oculares. Mesmo após a cirurgia, paciente e cirurgião devem estar atentos aos riscos de complicações relacionadas aos olhos míopes. 33 DESENVOLVIMENTO DAS PAPILAS RUMINAIS EM BEZERROS SUPLEMENTADOS COM CONCENTRADO 2 ROSA, S.S.¹; COELHO, S.G. ; SOUSA, B.M¹. 2 ¹FEAD - UFMG Introdução: Visando a redução de custos na criação de gado leiteiro e a busca da precocidade do animal, uma das estratégias a serem utilizadas é o desleitamento precoce, pouco depois dos 30 dias de vida, com a suplementação de concentrado o mais cedo possível. O desleitamento e o aumento do consumo de matéria seca aceleram o processo de desenvolvimento anatômico do rúmen. Objetivo: Estudar técnicas dietéticas para acelerar o desenvolvimento das papilas ruminais. Materiais e Métodos: Foram utilizados 45 bezerros (controle e tratamento) machos da raça holandesa, dos quais 35 foram desleitados com 30 dias e alimentados com concentrado. Foram abatidos cinco animais com idade de 3 a 4 dias para estabelecer valores de referência para avaliação do tamanho da área das papilas do saco cego ventral do rúmen. Resultados: Observou-se que as papilas estavam relativamente bem desenvolvidas ao nascimento, 2,6 mm, e que ocorria uma regressão durante a fase em que recebiam apenas leite. Com a introdução de alimentos sólidos na dieta de bezerros, sendo assim substrato para produção de AGV, ocorre o crescimento das papilas. Crescimento este referente ao número papilas na superfície do rúmen, largura e espessura (devido ao processo de queratinização do epitélio ruminal) e ao tamanho em que chegaram a medir de 5 a 7 mm aos 90 dias. Conclusão: Pode se concluir que o desenvolvimento das papilas deve-se, além de fatores hormonais que são estimulados em resposta de níveis nutricionais elevados, à elevação da concentração de AGV, aumentando o número de células epiteliais com o objetivo de absorver e metabolizar o AGV disponível. DESLOCAMENTO DE ABOMASO EM VACAS LEITEIRAS ¹ RIBEIRO, N.C.O.¹ ; RESENDE, V.Z.T¹.; SOUZA,R.C. ¹FEAD Introdução: Deslocamento de abomaso é doença comum em vacas leiteiras, sendo a principal causa de cirurgias abdominais nos bovinos de alta produção leiteira após o parto. É de origem multifatorial. O prérequisito mais importante para seu desenvolvimento é a parada total ou parcial da movimentação do abomaso do animal, com posterior distensão por gases. Portanto, qualquer fator que leve a menor movimentação do trato digestivo do animal pode desencadear o processo de deslocamento do abomaso. Várias doenças podem levar a diminuição no consumo ou dor e, conseqüentemente, a menor movimentação do trato digestivo, sendo as mais comuns a acidose ruminal subclínica, a laminite, a hipocalcemia, a mastite, a retenção de placenta, a metrite e a cetose. Normalmente, é facilmente diagnosticado e sua correção é cirúrgica, por meio de um procedimento simples e rápido de fixação omento colocando o abomaso em sua posição anatômica normal.Objetivo: Descrever a alteração anatômica que acomete o abomaso e sua importância na produção do rebanho leiteiro. Materiais e Métodos: Pesquisas em artigos científicos.Resultados: O abomaso é o quarto compartimento dos estômagos dos ruminantes. Consiste de uma região pilórica, fúndica e corpo. Normalmente repousa ventralmente na linha média. O abomaso, repleto de gás, desloca-se por debaixo do rúmen e pela parede abdominal esquerda, normalmente lateralmente ao baço e o saco dorsal do rúmen.O deslocamento invariavelmente resulta no rompimento do omento maior ligado ao abomaso. Provavelmente existe uma interferência na função esofágica devido à rotação de todos os estômagos o que impede a passagem normal da ingesta. 34 DETERMINAÇÃO DA IDADE DE PEIXES ATRAVÉS DA ANÁLISE DE ESCAMAS 1 1 1 1 CAMELO , E. G. S., QUEIROZ , B. M., BUENO , A. P. V., BIANCO , I. A. 1 FEAD Introdução: Estudos dos elementos estruturais como as escamas, permitem a determinação etária de peixes. A determinação etária dos peixes se torna fundamental quando se estuda microrregiões independentes no âmbito analisar a dinâmica de crescimento de populações, ou seja, ao determinar a dinâmica de crescimento da população de uma microrregião, pode-se diagnosticar qual seria sua situação de desenvolvimento como estando em: crescimento – predominância de indivíduos jovens, estabilizada – equilíbrio entre idade, ou em processo de extinção – predominância de indivíduos velhos.Objetivo: Este trabalho tem como objetivo, descrever parâmetros de determinação etária de peixes. Revisão de literatura: As escamas dos peixes crescem por meio da deposição de matriz de cálcio em sentido radial com leve predominância no sentido crânio- caudal, formando anéis periódicos. Estes anéis variam de acordo com a época do ano e a disponibilidade de alimento ao peixe, onde o crescimento no verão e primavera são mais intensos em comparação ao crescimento no outono e inverno devido à diferente disponibilidade de alimento nestas épocas. É esta diferença de crescimento que permite visualização de diferentes regiões permitindo a determinação da idade do peixe através da analise destes intervalos. Esta pratica se permite aplicabilidade até os 5 anos de idade em média devido a haver menor diferença entre os anéis de crescimento. Conclusão: Esta pratica é essencial na administração de recursos pesqueiros para avaliar a capacidade dos estoques de peixes, a fim de explorá-los de forma sustentável. DETERMINAÇÃO DA IDADE DE PEQUENOS RUMINATES ATRAVÉS DA ARCADA DENTÁRIA 1 2 3 4 FERREIRA , T.A.; MELO M.L.D.; BUENO , A.P.V.;SISTE, D.A.B. 1 FEAD Introdução: A seleção dos animais é um processo importante para melhorar os índices produtivos do rebanho. Conhecer a idade dos animais é necessário para um melhor acompanhamento do desempenho e através da arcada dentaria isso é possível. A primeira dentição dos caprinos é constituída de 20 dentes, sendo 8 incisivos (pinças, 1º médios, 2º médios e cantos) e 12 molares, todos chamados de dente de leite ou caducos. Na dentição permanente, as arcadas dentárias é formada por 12 molares superiores, 12 molares e 8 incisivos inferiores. A diferenciação entre os dentes caducos e definitivos é feita pelo tamanho, coloração e largura, os dentes caducos são menores e mais estreitos. Para caprinos a cronologia dentaria é avaliada pelos oito incisivos para estimar a idade dos animais jovens, com o passar do tempo essas avaliações ficam pouco evidente devido ao desgaste influenciado pela alimentação. Objetivo: Avaliar a idade de caprinos através da analise da dentição. Material e Métodos: Revisão de literatura. Resultados: Silva (2001) observou que 80% dos cabritos nascem com a pinça, após dois ou três dias surgem os primeiros médios e aos seis dias a dentição de leite se completa. Até um ano de idade o animal apresenta somente dentes caducos. Na muda, que é a substituição dos dentes caducos por permanentes, começa com aproximadamente um ano e meio, com a substituição das pinças. Os 1º médios, 2º médios são substituídos com aproximadamente, dois anos e três anos e meio, respectivamente. Os cantos são substituídos aos quatros anos, quando o animal se apresenta com “boca cheia”, ou seja, com todos os dentes definitivos. Conclusão: Para melhor acompanhamento da produtividade, manejo, criação animal e controle reprodutivo a avaliação da idade pela dentição é fundamental na hora da compra ou descarte. 35 DIÂMETRO PUPILAR: ANISOCORIA E SUA IMPORTÂNCIA CLÍNICA FERREIRA, L. A.¹; VALADARES, R, C.¹ ¹FEAD Introdução: Anisocoria é um sinal clínico que mostra uma assimetria das pupilas, sejam elas em midríase (dilatação pupilar) ou miose (contração pupilar). A anatomia do globo ocular consiste da córnea, esclera, íris, conjuntiva, cristalino, retina, coróide e nervo óptico. Serão ressaltadas no trabalho as pupilas e as estruturas que compõe o fundo de olho (retina, coróide e nervo óptico). Objetivo: Mostrar como a interpretação da anatomia oftálmica pode auxiliar na identificação de algumas patologias que levam a anisocoria. Materiais e métodos: Pesquisas em artigos e literatura científica. Resultados: A estrutura anatômica do olho que é responsável por essa midríase ou miose é a pupila. A pupila controla a entrada de luz no globo ocular através de respostas nervosas que são enviadas pelo centro da visão no cérebro. Esse controle se da de forma simétrica nos dois olhos, a fim de preservar a retina, para que a mesma não seja prejudicada com excesso de luz. Esse mau funcionamento do dilatamento pupilar pode sugerir que estruturas que participam diretamente da formação de imagem no fundo do olho ou mesmo o sistema nervoso central (região da visão) pode esta com alguma alteração. Conclusões: Embora essa diferenciação pupilar seja levada em conta somente com um aumento superior a 0,6 mm de diâmetro de uma pupila para a outra. A interpretação das pupilas pode direcionar o médico veterinário a investigação das principais patologias que levam a anisocoria. São elas: acidente vascular cerebral, aneurisma cerebral, neoplasias cerebrais, meningites, encefalites e glaucoma. DISCALCULIA COM DESORDEM ESPACIAL CARDOSO, I.C.D¹; ALVES, P.M.¹; LAÍS, B.¹; GIRODO, C.M.¹ ¹FEAD Introdução: A discalculia é um transtorno de aprendizagem que afeta a capacidade normal de aquisição de habilidades matemáticas. Estudos genéticos, neurobiológicos e epidemiológicos indicam que ela é uma desordem de origem cerebral. Apesar disso, pouco se conhece sobre os mecanismos neurais que levam à discalculia. Objetivo: estudar as estruturas anatômicas relacionadas à discalculia. Metodologia: Revisão bibliográfica na base de dados scielo e pubmed, com os unitermos discalculia e neuro. Resultados: A discalculia é caracterizada por dificuldades na representação e manipulação de informações não verbais e visuo-espaciais, na aprendizagem e memorização de fatos fundamentais e execução de procedimentos aritméticos em decorrência de uma disfunção no SNC. A prevalência é de 3-6% na população em idade escolar. Algumas estruturas neurais que estão implicadas no processamento da matemática e na discalculia serão descritas a seguir. Entre elas, destaca-se o lobo parietal, especificamente o sulco intraparietal bilateralmente, que desempenha papel dominante no processamento numérico e espacial. A memória de trabalho espacial é importante para a realização de cálculos com dois ou mais dígitos e é modulada por rede neural que inclui regiões frontais e parietais. Crianças com dislexia espacial podem apresentar uma diminuição no padrão de ativação neural do córtex prefrontal dorsolateral em comparação a indivíduos sem alterações. Outro estudo evidenciou que o processamento matemático espacial em discalculia é diferente da população em geral, recrutando o giro ocipital inferior direito, cuneus, precuneus direito e parte superior do esquerdo, bem como córtex intraparietal. Conclusão: Verificamos que o processamento matemático em portadores de dislexia espacial recruta estruturas anatômicas diferentes em comparação a controles saudáveis e que a memória espacial desempenha um papel importante para a aprendizagem de representações espaciais numéricas. A compreensão destas informações é relevante para o melhor planejamento terapêutico fonoaudiológico em discalculia. 36 DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM) MENDONÇA, T¹.; CACIQUE, M¹.; BORINI, C.B¹. ¹ FEAD Introdução: A Articulação Temporomandibular (ATM) é a articulação que constitui a ligação móvel entre o osso temporal (fossa mandibular) e a mandíbula (côndilo mandibular), faz parte do sistema estomatognático e é capaz de realizar movimentos complexos. As articulações temporomandibulares são as únicas articulações no corpo humano que trabalham juntas (bilateralmente). Elas nos permitem abrir e fechar a boca, mastigar, deglutir, respirar, falar. O termo disfunção significa que a função está sendo desempenhada de forma anômala. Quando existe alguma alteração na ATM há o que chamamos de Disfunção Temporomandibular (DTM), que é definida como um conjunto de condições associadas com anormalidades do sistema estomatognático. Objetivos: Informar sobre a etiologia e tratamentos da disfunção temporomandibular. Materiais e métodos: Revisão bibliográfica de artigos científicos relacionados com o tema. Resultados e Conclusões: Fatores comumente associados à DTM são: maloclusão, lesões traumáticas ou degenerativas da ATM, má-posição, ausência dentária, mastigação unilateral, problemas esqueléticos, fatores emocionais e hábitos deletérios. Os principais sintomas da DTM são: dor na ATM, cefaléia, ruídos articulares (relacionados ao disco articular), dor de ouvido, dor facial, dor cervical, limitação de abertura e fechamento bucal, dor e cansaço durante a mastigação, vertigem ou zumbido, dor na mandíbula, subluxação, dentre outros. O diagnóstico é feito através de: amplitude dos movimentos mandibulares, dos ruídos articulares (estalido e crepitação), palpação das articulações e dos músculos mastigatórios, através de perguntas ao paciente em busca de informações que causam a dor, traumas, hábitos orais, tratamentos médicos e dentais anteriores. Muitas vezes são necessários exames complementares como radiografias, tomografias, ressonância magnética e artrotomografia. Há várias opções de tratamentos para a DTM: educação do paciente e autocuidado; modificação do comportamento, incluindo técnicas de relaxamento e cuidados com o estresse, medicamentos, fisioterapia, confecção de aparelhos oclusais intraorais, terapia oclusal. A DTM possui etiologia multifatorial envolvendo varias especialidades da área da saúde. DOENÇA DE PARKINSON MOREIRA¹, P.S. ; FAUSTINO¹, L. ; ALMEIDA¹ F. ; BORINI¹, C . ¹FEAD Introdução: O Mal de Parkinson foi descrito em 1817, pelo médico inglês James Parkinson, sendo caracterizado como um distúrbio neurológico causado pela degeneração das células nervosas da chamada “SUBSTÂNCIA NEGRA” localizada no cérebro, é um dos distúrbios do movimento mais encontrados na população idosa, afeta uma em cada mil pessoas acima de 65 anos e uma em cada cem acima de 75 anos.Objetivos: O presente trabalho tem por objetivo relatar sobre a doença de Parkinson,e ressaltar a importância do exercício física na reabilitação da pessoa doente.Materiais e Métodos: Artigos científicos relacionados com o tema proposto. Resultados e conclusões: A Doença de Parkinson (DP) ocorre devido a disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano, Com o comprometimento funcional, ou melhor, o desequilíbrio químico causado pela morte das células que produzem a dopamina, o indivíduo apresenta sintomas como tremor, rigidez muscular, acinesia e bradicinesia, depressão, distúrbios do sono, alterações cognitivas, dificuldades na fala e respiração, sialorréia, tontura, problemas gastro-intestinais, marcha festinante, movimentos desordenados com alterações posturais e micrografia. Na DP cerca de 60 a 70% dos neurônios da substância negra compacta (SNc) degeneram antes que se possa estabelecer o diagnóstico clínico. O mal de Parkinson deve ser tratado com o objetivo de se retardar a progressão da doença, já que ainda não se descobriu a cura para tal. Um programa de fisioterapia personalizada para o paciente pode ajudar no controle dos problemas posturais, nas deformidades e distúrbios de marcha, Com o exercício, o aumento da mobilidade pode de fato modificar a progressão da doença e impedir contraturas, além de ajudar a retardar a demência. 37 EFEITOS DOS COMPONENTES DO VENENO DE ABELHA NAS CÉLULAS 1 1 1 MELO, M. L. D . ; FERREIRA , T. A.; SILVA JUNIOR, P. G. P. 1 FEAD Introdução: Acidentes com abelhas (Apis mellífera) acontecem com freqüência e humanos e em animais domésticos. Em 2008 foram registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 5.605 acidentes por abelhas, ocasionando 13 mortes e os acidentes envolvendo animais domésticos não foram registrados. As reações ao veneno da abelha são basicamente três. A primeira é caracterizada por uma reação inflamatória local conseqüente a poucas ferroadas. A segunda é uma ração de hipersensibilidade em que um indivíduo sensível recebe uma picada que é suficiente originar o choque anafilático, o que pode ser fatal se a vítima não for rapidamente assistida. A terceira reação é conhecida como síndrome de envenenamento, ocorre geralmente um número maior que 500 ferroadas, havendo a inoculação de grande quantidade de veneno. Uma única ferroada injeta o correspondente a aproximadamente 0,5µl de veneno, que possui aproximadamente 50µg de matéria seca. Participam de sua constituição metilina, fosfolipase A, fator degranulador de mastócitos, histamina, dopamina, noradrenalina e apamina além dos fatores alergênicos fosfolipases, hialuronidades, lípases e fosfatases. Objetivos: Divulgar e esclarecer os efeitos dos componentes do veneno de abelhas nas células. Material e Métodos Revisão de literatura e fundamentação teórica. Resultados e conclusões: Os fatores alergênicos do veneno da abelha são responsáveis pelo início da reação. A hialuronidade hidrolisa o acido hialurônico facilitando a difusão do veneno através dos espaços intracelular dos tecidos. A fosfolipase A2 age sobre os fosfolipídios de membrana causando lise celular. As lípases e as fosfatases atuam destruindo os resíduos provenientes das células lesadas. A metilina é uma enzima de ação lítica por causar desorganização dos fosfolipídios. A ação da apamina é sobre as membranas pós-sinápticas do sistema nervosos central e periférico, liga-se + firmemente aos receptores dos canais de potássio (K ) alterando as condições de polarização de membrana ENDOCARDITE BACTERIANA E PROCEDIMENTOS INVASIVOS ODONTOLÓGICOS BRAGANÇA, F. A. S.¹; CATOMBÉ, L. A.¹; PARREIRAS, J. S. M. S.¹; BORINI, C. B.¹ ¹FEAD Introdução: A endocardite bacteriana é uma infecção do endocárdio. Essa infecção acomete principalmente as valvas de alta pressão do coração: valva mitral e/ou aórtica. A doença é mais freqüente em pacientes dos grupos de risco que são principalmente os portadores de cardiopatias congênitas e valva protética, por já possuírem uma deficiência cardíaca. A principal forma de contagio é através dos procedimentos que causam sangramentos, onde os microorganismos ganham a corrente sanguínea (bacteremia) e circulam pelo corpo alojando-se no coração. Objetivo: Alertar sobre a responsabilidade do cirurgião dentista na prevenção de casos de endocardite. Material e métodos: Revisão de artigos científicos e de literaturas bibliográficas relacionadas com o tema proposto. Resultados e Conclusões: As bactérias presentes na cavidade oral (em especial estreptococos viridans) ao chegar ao coração instalamse no endocárdio provocando uma lesão vegetante, que é resultado do depósito de plaquetas, fibrinas e bactérias. Pedaços dessa lesão infectada pode se soltar e se instalar em outros órgãos, espalhando a infecção, levando o paciente a óbito em pouco tempo se não diagnosticada cedo. Os princípios profiláticos incluem identificar os pacientes e os procedimentos de risco, depois dessas identificações, prescrever o antibiótico apropriado a cada paciente, antes dos procedimentos. A profilaxia com antibiótico reduz as chances de contágio da doença, porém o seu uso indiscriminado poderá causar a resistência bacteriana e de estirpes multiresistentes. Como a endocardite bacteriana é mais facilmente contraída através dos procedimentos odontológicos, é preciso uma conscientização dos cirurgiões dentistas da sua responsabilidade na prevenção da doença, realizando um rigoroso levantamento da história médica dos seus pacientes, a fim de determinar de maneira consciente, os casos de indicação que necessitam de uso profilático de antibiótico. 38 EPILEPSIA MOURA, D.A.¹; VIEIRA, H.¹; LUZ, A.¹; BORINI, C.B.¹ ¹ FEAD Introdução: A epilepsia é uma condição neurológica, que leva a alterações na percepção, na consciência, no controle motor ou no comportamento. É decorrente de distúrbio elétrico do cérebro. Objetivo: Estudar as relações anatômicas envolvidas na epilepsia. Materiais e métodos: Revisão de literatura em livros de Anatomia Humana, Neuroanatomia e artigo científico. Resultado e Conclusão: Algumas vezes, a epilepsia tem causa genética, em outras as causas são lesão no cérebro, seqüela de infecção, trauma no crânio, anóxia, tumores, distúrbios vasculares, distúrbios da informação no cérebro, abusos de álcool e drogas e outras doenças neurológicas. Se a crise ficar restrita em um lugar no cérebro será chamada de parcial, se envolver os dois hemisférios cerebrais, será chamada de generalizada. Por isso, algumas pessoas podem ter sintomas mais ou menos evidentes, não significando que o problema tenha menos importância, se a crise for menos aparente. Se o paciente não se lembrar das crises, a pessoa que presenciar torna-se uma testemunha útil na investigação do tipo de epilepsia. Em geral, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser considerada curada. O principal, entretanto, é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o tratamento adequado. Muitas pessoas que tem epilepsia levam uma vida normal, inclusive destacando-se profissionalmente. ESTRUTURAS ANATOMICAS E NEURAIS CORRELACIONADAS COM A VISÃO SUBNORMAL 1 1 1 LOBO , B. S.; SOUZA , S. S.; GIRODO , C. M. 1 FEAD Introdução: Visão subnormal ou visão fraca é o comprometimento funcional da visão, ela é diagnosticada quando não tem condições de ser corrigida ou melhorada com tratamento cirúrgico ou utilização de óculos comuns. Ela pode ser decorrente de diversos fatores como alterações na via visual. Objetivos: Descrever as estruturas anatômicas e neurais envolvidas no processamento visual e sua correlação com visão subnormal. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica. Resultados: A córnea e o cristalino refratam e focalizam os raios luminosos sobre a retina onde a imagem é invertida e traduzida em sinais visuais que são conduzidos pelo nervo óptico e pelo feixe óptico para o córtex visual, no lobo occipital do encéfalo que os interpreta. Lesões periféricas que impeçam ou dificultem a passagem enviada do olho ao córtex visual, pode levar a visão subnormal e comprometer o processamento visual. Uma pessoa com visão subnormal apresenta 20% ou menos do que consideramos visão normal. Existem dois tipos de visão subnormal: a que diminui a visão central (perda de detalhes) e a outra a visão periférica (perda ou redução da visão das cores). A visão subnormal interfere em todo processo de integração, informação afetando todas as áreas de desenvolvimento que são mediadas pela visão. A maioria dos receptores sensoriais do corpo humano fica nos olhos. Alterações visuais prejudicam o desenvolvimento motor, sensorial e cognitivo. Conclusões: O conhecimento neuroanatômico auxilia o fonoaudiólogo a reconhecer os distúrbios e alterações decorrentes de lesões neurológicas na via visual, e o orienta na aplicação de técnicas especificas para reabilitação dos pacientes que apresentam visão subnormal. 39 ETIOPATOGENIA DE CRIPTORQUIDISMO EQUINO. SILVA, N. R.¹ ; RESENDE, E. P.¹; MARVAL, C. A.¹ ; MELO, M. I. V. ¹ ¹ PUC INTRODUÇÃO: Criptorquidismo é uma anomalia do posicionamento testicular no qual um ou ambos os testículos falham ao promover completo descenso, do posicionamento fetal para a área sublombar, através do canal inguinal até o escroto.Um animal nessa condição é chamado criptorquídico. Estes são classificados de acordo com o posicionamento adquirido: sendo inguinal (subcutâneo ou do canal inguinal), abdominal completa ou incompleta; além de ser unilateral ou bilateral. Há indícios de que a maioria dos casos é unilateral e comumente do lado esquerdo. A eficiente produção de espermatozóides depende de manutenção dos testículos a aproximadamente 4° C ab aixo da temperatura corporal, o que não ocorre na condição de criptorquidismo. Aliado ao fato disto ser uma condição hereditária, isto torna o animal inapto ou impróprio para a reprodução. Dentre as causas podemos observar falha funcional do gubernáculo, anel vaginal estreito, condições hereditárias. OBJETIVOS: o trabalho realizado tem como objetivo rever as estruturas anatômicas do aparelho reprodutor masculino associado a um correto exame físico para o diagnóstico eficiente dos animais que apresentam Criptorquidismo. MATERIAL E MÉTODOS: a inspeção do aparelho reprodutor associado à palpação externa dos anéis inguinais já nos garante um diagnóstico correto. Como exames complementares podem ser feitos a palpação retal, exame ultrassonográfico e a dosagem hormonal de testosterona. RESULTADOS: esses animais são submetidos à cirurgia, castração criptorquídica, tendo como escolha a abordagem inguinal/parainguinal, a paramediana e pelo flanco. Independente do método devemos ter cuidados no pós-operatório e observar atentamente se não há complicações. CONCLUSÃO: o conhecimento anatômico correto do aparelho reprodutor masculino e o entendimento no exame físico geram um diagnóstico correto de Criptorquidismo ESTUDO ANATÔMICO DO SISTEMA NERVOSO APLICADO AS CÉLULAS DA GLIA – MICRÓGLIA SANTOS, R. G. F.¹; GIRODO, C. M.¹; NUNES, C. M. S. ¹ ¹FEAD Introdução: A Micróglia são células do sistema neuroimunológico e localizam-se no parênquima cerebral, atrás da barreira hematoencefálica. Elas originam-se dos precursores hematopoiéticos mesodérmicos e lateralmente se proliferam no Sistema Nervoso Central (SNC) adulto. Objetivos: Compreender a neurohistologia da micróglia. Matérias e Métodos: Revisão de literatura. Resultados e Conclusões: Os microgliócitos têm função fagocitária e morfologicamente, imunofenotipicamente e funcionalmente relacionados aos macrófagos/monócitos. Atuam no sistema nervoso frente a lesões (infartos e hemorragias), removendo detritos e microrganismos no SNC. Sua ativação é regulada por neurônios a partir de mediadores solúveis e contatos intracelulares. Em resposta as lesões cerebrais, a micróglia ativa suas funções imunológicas inatas e reagem aos estímulos nocivos a fim de reparar o tecido cerebral. Em algumas condições patológicas, a ativação da micróglia pode levar a uma inflamação crônica no cérebro, provocando disfunções neuronais e morte celular. A micróglia assume uma morfologia dentrítica em vários processos altamente ramificados. Estudos de microscopia eletrônica indicam que as células da micróglia se proliferam e ativam sua migração nos locais de lesão. Há alguns indícios que a micróglia representa um tipo de célula imatura, podendo apresentar plasticidade. As micróglias em cultura podem se diferenciar tanto em macrófagos quanto em linhagens de células dendríticas a partir de fatores com estimulação de colônias de macrófagos/granulócitos (M-CSF). A ativação da micróglia ocorre rapidamente e em longa distância, sugerindo envolvimento de mecanismos de sinalização celular rápidos e remotos. A ativação da micróglia envolve um padrão de respostas celulares como proliferação, aumento de imunomoléculas e mudanças funcionais como liberação de citotóxicos ou mediadores inflamatórios. A micróglia somente se transforma em fagócitos intrínsecos no cérebro frente a condições de degeneração neuronal e/ou sináptica. Estudos são necessários para verificar a possibilidade de uso dessas características da micróglia para fins terapêuticos em doenças do SNC. 40 FATORES CONTRIBUINTES PARA RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL EM CÃES MATIAS1,C.S; FONSECA1, S.C; DINIZ2, R. 1FEAD ²Clínica Veterinária Gutierrez Introdução: A ruptura de ligamento cruzado cranial (RLCC) é uma das lesões mais comum em cães e a maior causa de afecção articular degenerativa do joelho. O ligamento cruzado cranial (LCC) localiza-se dentro da articulação fêmoro-tíbio-patelar, originando-se na região caudomedial do côndilo lateral do fêmur e inserido-se na região cranial da tíbia. Este ligamento é o estabilizador vital do joelho, responsável por impedir o deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur, evitar a rotação medial do joelho durante a flexão e limitar a hiperextensão do mesmo. Sua ruptura pode ser traumática, por processos degenerativos e por conformação alterada do platô tibial. Objetivo: Determinar os processos agravantes assim como os fatores contribuintes para RLCC em cães. Matérias e métodos: Revisão de literatura. Resultados e Conclusões: Alterações na conformação musculoesquelética, estenose do sulco intercondilar acompanhado da instabilidade patelar constituem as causas anatômicas mais importantes. Doenças autoimunes, artrite séptica e imunomediadas, predisposição racial, obesidade, idade avançada e hiperatividade contribuem também para a RLCC. Além disso, a RLCC unilateral predispõe a lesão contralateral.Todos esses fatores podem levar isoladamente ou em conjunto ao aumento nas tensões exercidas no ligamento, culminando na sua ruptura e consequentemente levando à instabilidade articular com evolução para doença degenerativa. A RLCC é um problema frequente, sua etiopatogenia é complexa, sendo o sinal clínico principal a claudicação. O diagnóstico se dá por exame clínico (principalmente pelo teste de movimento de gaveta), radiográfico e por artroscopia. Conhecer os fatores contribuintes para RLCC torna-se importante para identificar a lesão, prevenir e definir a melhor opção de tratamento, seja ele cirúrgico ou conservador. . FISSURA LÁBIO-PALATAL 1 1 1 1 TEIXEIRA , H.A.; CAMPOS , V.F.; BICALHO , I.W.; BORINI , C.B. 1 FEAD Introdução: As fissuras lábio-palatais são anomalias congênitas graves mais comuns a afetar a região orofacial. Como são deformidades que podem ser vistas, sentidas e ouvidas, constituem, para aqueles por elas afetados, uma condição que gera sérios conflitos. Objetivos: Conceituar fissura lábio-palatal em âmbito anatômico e os tratamentos propostos. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica de material já publicado sobre o assunto. Resultados e Conclusões: As fissuras lábio-palatais afetam comumente o lábio, o rebordo alveolar e os palatos duro e mole. Três quartos das deformidades são unilaterais e apenas um quarto é bilateral. O lado esquerdo é envolvido com mais freqüência que o lado direito. A fissura pode ser incompleta, ou seja, pode não se estender em toda a distância do lábio ao palato mole. O lábio fissurado pode ocorrer sem fissura do palato, e o palato fissurado isolado pode ocorrer sem fissura no lábio. O fator etiológico pode variar entre a hereditariedade multifatorial ou fatores ambientais como: aspectos maternos, infecções, deficiências nutricionais, medicamentos, álcool, drogas, tabagismo, irradiações e agrotóxicos. Por falta do conhecimento preciso das causas da fissura lábio-palatal não existem ainda medidas preventivas totalmente eficientes. Sendo assim o meio cirúrgico ainda é o meio mais utilizado, sendo que seu procedimento vária de acordo com o tipo de fissura: queilorrafia, correção cirúrgica da fissura labial; palatorrafia, correção cirúrgica dos palatos duro e mole; enxerto nas fissuras alveolares, preenchimento das lacunas ósseas com osso autógeno; correção das desarmônias maxilo mandibulares, realizadas através das cirurgias ortognáticas e tratamentos ortodônticos; procedimentos cirúrgicos secundários, realizados após o reparo inicial das fissuras. Todos esses procedimentos visam obtenção de uma anatomia e equilíbrio muscular normal, proporcinando o reestabelicimento das funções alteradas e a estética do paciente. 41 FISSURAS LÁBIO-PALATAIS FERNANDINO, L.V.M.¹; BARBOSA, P.B. ¹; SCHETTINI, M.P1 ¹FEAD Introdução: As fissuras lábio palatais são deformidades do desenvolvimento que ocorrem quando um ou mais dos processos embriogênicos da face não se fundem com os processos adjacentes. As fissuras do lábio são resultantes da falha de fusão entre os processos frontal e maxilar durante a sexta semana do desenvolvimento embriológico. As fissuras do palato resultam da falta de fusão das placas palatinas do processo maxilar, que ocorre a partir da sexta semana do desenvolvimento. Alguns autores consideram que existe uma fusão entre os processos embriogênicos primários, mas o mesoderma que posteriormente penetra nestas áreas para formar as estruturas definitivas não se desenvolve suficientemente. As fissuras são dividas em quatro grupos de acordo com o local onde estão localizadas, sendo elas: Fissura PréForame Incisivo; Fissura Pós-Forame Incisivo; Fissura Transforame Incisivo; Fissuras Raras de Face. As causas das fissuras são divididas em dois tipos: Fatores Hereditários em que pais apresentam deformidades congênitas, tendo como fator baixa penetração genética; Fatores mecânicos onde há o atraso ou redução do crescimento mandibular e obstrução da união dos tecidos embriogênicos. Objetivos: Reconhecer as origens embriológicas da fissura lábio-palatal; identificar as classificações das fissuras e apresentar à população acadêmica suas alterações sob o indivíduo. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica em obras literárias e artigos multidisciplinares. Resultados e Conclusões: Devido a estudos sobre os desvios anatômicos que resultam nas Fissuras Lábio-palatais, essa anomalia pode ser diagnosticada antes mesmo do parto. Isso permite com que o tratamento seja iniciado no ventre materno e principalmente ser continuado. O tratamento dessa má formação inclui vários especialistas sendo que a reabilitação fonoaudiológica é de extrema importância, uma vez que tal anomalia interfere no desenvolvimento dos mecanismos de mastigação, deglutição, linguagem e audição. FUNCIONAMENTO E IMPORTÂNCIA DA GOTEIRA ESOFÁGICA EM BEZERROS 1 1 1 1 BUENO, A. P. V. ; FERREIRA, T. A. ; CAMELO, E. G. S. ; SOUSA, B. M. 1 FEAD Introdução: Os bezerros jovens possuem uma particularidade anatômica digestiva, que é uma estrutura denominada goteira esofágica, através da qual se forma uma passagem direta de líquidos do esôfago até o abomaso. Esta estrutura se estende, com dois pilares bem delimitados do cárdia, sobre a parede dorsal do retículo, até o orifício retículo-omasal, sendo adjacente a um canal omasal, também bem definido. O funcionamento da goteira permanece por até aproximadamente oito semanas de idade e decresce de acordo com o avançar da idade e também com o fornecimento de leite em balde. Objetivo: Avaliar a importância e função da goteira esofágica em bezerros no período de aleitamento. Material e Métodos: Revisão de literatura. Resultado e Conclusões: O estímulo para a contração da goteira é dado sempre que deglutido um líquido, ou sais e proteínas do leite, mas a resposta a este estímulo varia muito entre os animais. Anatomicamente a goteira esofágica é um semi-canal que mede aproximadamente 8-12 centímetros, que comunica diretamente o final do esôfago com a abertura retículo-omasal. Quando a goteira encontra-se sem estímulo, os alimentos seguem do esôfago para o rúmen. Do ponto de vista nutricional, a formação da goteira esofágica é de suma importância para a digestão na fase pré-ruminante dos animais, admitindo a fermentação dos alimentos sólidos no rúmen e a digestão dos líquidos no abomaso e intestino. A goteira além de evitar problemas digestivos e diarréias, permite um máximo aproveitamento das proteínas e energias lácteas, via digestão no abomaso e intestinos. 42 GESTANTE ALCOOLATRA, FILHO PREJUDICADO. 1 1 1 CORRÊA, M.E.S.B. ; RESENDE,A.C. ; BORINI, C.B. 1 FEAD Introdução: Qualquer dose de álcool consumida pela gestante será fator de risco, se houver então abuso o feto será prejudicado, principalmente ocorrendo nos três primeiros meses gestacionais. Objetivo: Alertar sobre uso do álcool durante a gestação. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica em livro e artigos científicos sobre agentes teratogênicos. Resultados e Conclusões: O produto químico, álcool, aqui estudado, atravessa a membrana placentária, penetra na circulação fetal, via cordão umbilical, contraindo vasos e reduzindo troca de oxigênio e nutrientes entre feto e mãe, ou reduzindo suprimento sangüíneo do feto. Isso causa lesões, desenvolvimento anormal, morte ou problemas posteriores ao nascimento. Podemos citar a SAF (Síndrome Alcoólica Fetal), reconhecida a maior causa de retardo mental do ocidente. A síndrome alcoólica fetal apresenta as seguintes anormalidades: atraso no crescimento intrauterino, deficiências de crescimento do feto e do recém-nascido em todos os parâmetros: perímetro da cabeça (peso, altura), atraso no desenvolvimento acompanhado de redução da função mental (moderada a grave); anormalidades faciais incluindo cabeça pequena (microcefalia); maxilar superior pequeno; nariz pequeno e curvado para cima; sulco labial liso (ranhura no lábio superior); lábio superior liso e fino; olhos com aparência incomum com pregas epicânticas proeminentes; defeitos cardíacos: defeito do septo ventricular (VSD) ou defeito do septo atrial (DAS); anormalidades dos membros nas articulações, mãos, pés, dedos das mãos e dos pés. Outros sinais e sintomas da SAF no recém nascido, além das anormalidades acima, são irritabilidade e a dificuldade de vínculo. Em alguns casos de crianças, expostas durante o pré-natal ao álcool foram associadas danos estruturais em áreas específica do cérebro, incluindo o cerebelo e o gânglio basal, área com um papel importante na regulação do humor. Esse breve estudo pode então concluir que gestação e álcool, não combinam. GLÂNDULAS INTERDIGITAIS: FATOR DE DIFERENCIAÇÃO ENTRE OVINOS E CAPRINOS 1 1 1 1 JORGE , T.B.F.; UBA , M.A; UBA , D.A.; SISTE , D.A.B. 1 FEAD Indrodução: Os ovinos (Ovis aries) e caprinos (Capra hircus) pertencem à Família Bovidae e à Ordem Artiodactyla. Os primeiros diferem dos caprinos, dentre outros fatores, por apresentarem glândula interdigital responsável por produzir uma secreção oleosa que funciona como "marcador de trilha". Muitas espécies selvagens gregárias possuem glândulas similares. Objetivo: Realizar um estudo da anatomia da glândula interdigital ovina como estrutura de diferenciação em relação aos caprinos. Materiais e Métodos: Revisão de literatura baseada em livros de anatomia e histologia veterinárias. Resultados: As glândulas interdigitais estão localizadas nos membros torácicos e pélvicos de ambos os sexos dos ovinos. Essas glândulas estão inseridas na parede do seio interdigital (sinus interdigitalis), uma invaginação tubular do tegumento que se abre na parte dorsal da fenda interdigital. São glândulas compostas constituídas por glândulas sebáceas e sudoríparas que desembocam em um único orifício sobre os cascos, mas também nos folículos pilosos. Tem como produto final uma secreção gordurosa e incolor. Conclusão: o conhecimento das glândulas interdigitais e sua localização anatômica servem como um dos parâmetros para diferenciação entre as espécies caprina e ovina. 43 HIPERPLASIA MUSCULAR X ESTERÓIDES ANABOLIZANTES Fernandes¹, J. ; Santos¹, P. T. ¹FEAD Introdução: O uso de esteróides anabolizantes causa nos músculos a hiperplasia, que é o aumento no número das fibras musculares, diferentemente do que seria a hipertrofia, que aumenta apenas a área transversal da fibra que é adquirida apenas com contínua atividade física. Objetivos: Analisar os efeitos causados pelo uso de esteróides anabolizantes no individuo e sobre as fibras musculares deste, diferenciando a hipertrofia da hiperplasia. Materiais, Métodos e Conclusões: Revisão de literatura em artigos científicos. Resultados: Existem grandes fatores que geram a hiperplasia e hipertrofia. Hipertrofia: sobre condições extremas de exercício, o músculo estriado esquelético, aumenta o tamanho, tanto em diâmetro quanto em comprimento das fibras musculares. Hiperplasia: é o aumento anormal do número de fibras musculares, o uso de esteróides, provoca este aumento anormal de proliferação de células satélites musculares. Existem múltiplos e freqüentes efeitos colaterais relacionados ao uso de anabolizantes, causando vários danos a saúde. Os sintomas menores e temporários são: cefaléia, náuseas, tonturas, irritabilidade, acne, febre e aumento dos pêlos corpóreos. Já os sintomas maiores vão desde as alterações orgânicas provocadas pelas próprias características farmacológicas dos produtos utilizados (a grande maioria deles relacionados com o hormônio masculino testosterona), doses muito além das fisiologicamente manejáveis pelo organismo como às infecções de transmissão sangüíneas pelo uso de equipamentos não estéreis de injeção, até os traumas locais relacionados com aplicação incorreta desses produtos, podem gerar infarto agudo do miocárdio, alteração nos fatores da coagulação e hipertrofia do miocárdio, atrofia testicular, a ginecomastia e a hipertensão arterial. De maneira geral, os jovens e os fisiculturistas não demonstram bom nível de informação sobre os danos causados à saúde pelos anabolizantes que utilizam. HIPOCAMPO COMO SUBSTRATO DE CRISES EPILÉTICAS EM CÃES 1 1 JORGE , T.B.F.; ASSUMPÇÃO , G.A. 1 FEAD Introdução: O hipocampo é uma região do córtex temporal formado por uma elevação curva e pronunciada acima do giro para-hipocampal. Recebe esse nome por sua semelhança, em corte coronal, com a forma de um cavalo marinho. Possui conexões com várias áreas do córtex cerebral e do sistema límbico desempenhando funções importantes relacionadas com o comportamento e a memória. Sabe-se que a hiperexcitabilidade dessa região pode ocasionar quadros epiléticos em cães. Objetivo: Estudar as regiões do hipocampo e sua participação como substrato de crises epiléticas em cães. Material e Métodos: Revisão de literatura relacionada. Resultados e Conclusão: O hipocampo faz parte do arquicórtex, região antiga do córtex cerebral, sendo composto por duas áreas principais: o corno de Amon (subdividido em quatro campos – CA1, CA2, CA3 e CA4) e o giro denteado (GD). Os aferentes hipocampais são as fibras perfurantes, que fazem sinapses com as células granulares do GD. Os axônios das células granulares se estendem até a região CA3, onde realizam sinapses com os dendritos das células piramidais. Estas, por sua vez, projetam seus axônios para fora do hipocampo, mas enviam também colaterais para a região CA1 (os colaterais de Schaffer), que fazem sinapses com os dendritos de outras células piramidais ai localizadas, cujos axônios projetam para fora do hipocampo. Uma das extremidades do hipocampo fica 44 junto dos núcleos amigdalóides, e também se funde ao longo de suas bordas, com o giro para-hipocampal, que é o córtex da superfície ventro-medial do lobo temporal. Observa-se que estímulos elétricos no hipocampo podem gerar descargas epiléticas locais que persistem durante vários segundos após cessado o estímulo. HIPOPLASIA AMELAR CAUSADA PELO VÍRUS DA CINOMOSE CANINA. 1 1 1 SILVA, L. C. ; SILVA, M. F. ; NEVES, M. M . 1 FEAD Introdução: O esmalte do dente é produzido por células especializadas, denominadas de ameloblastos, antes de sua erupção. Os ameloblastos são especificamente susceptíveis à lesão por certos tóxicos ambientais, como o flúor, fármacos, como a tetraciclina, e vários agentes virais, inclusive o da cinomose. A infecção pelo vírus da cinomose canina resulta na formação incompleta e insuficiente da matriz orgânica do esmalte dos dentes, antes ou durante seu desenvolvimento, causando deformidade devido à disfunção dos ameloblastos. Objetivos: Conhecer a morfologia do dente e a sua formação histológica, com o propósito de identificar patologias adquiridas em seu período de desenvolvimento. Materiais e métodos: Revisão de literatura e pesquisa de artigos científicos relacionados. Resultados: O esmalte dentário é o tecido mais resistente e também mais mineralizado do corpo, composto por cristais de hidroxiapatita (96%), água (3%) e matéria orgânica (1%). Ele, juntamente com a dentina, cemento e a polpa dental formam os dentes. O esmalte é encontrado apenas na coroa do dente, revestindo e protegendo completamente a dentina da exposição externa. Na odontogênese ocorre a formação da matriz do esmalte a partir dos ameloblastos. Após o término de sua síntese, os ameloblastos formam um epitélio protetor que recobre a coroa até a erupção do dente. Durante a formação do esmalte, havendo uma infecção pelo vírus da cinomose, o epitélio que o recobre pode apresentar lesões, como necrose, desorganização e perda da função dos ameloblastos. Conclusão: A interrupção da formação do esmalte causa uma perda da proteção biológica do dente, após a sua erupção, predispondo a infecções bacterianas, como gengivite, maior acúmulo de tártaro sobre a coroa e grande sensibilidade dentária. Em casos severos pode ocorrer à perda precoce dos dentes, interferindo na alimentação e comprometendo a saúde do animal. INFLUÊNCIA DA DIETA SÓLIDA NA QUERATINIZAÇÃO DA MUCOSA RUMINAL EM BEZERROS 1 1 1 1 BUENO, A. P. V. ; FERREIRA, T. A. ; UBA, M. A. ; SOUSA, B. M. 1 FEAD Introdução: O desenvolvimento fisiológico do rúmen está associado aos ácidos graxos voláteis (AGV), que são produtos da fermentação dos carboidratos. Os AGV são normalmente absorvidos pela parede ruminal, aumentando a absorção com a evolução das papilas ruminais, sendo que a maior produção de AGV ocorre pela maior extensão de fermentação do alimento concentrado. Objetivo: Avaliar a relação entre a introdução de alimentos sólidos em dietas de bezerros e a queratinização do tecido ruminal. Material e Método: Revisão de literatura. Resultado e Conclusões: O fornecimento do alimento concentrado a partir da primeira semana de vida, proporciona aos animais um apropriado desenvolvimento do rúmen, uma vez que sua ingestão promove a instalação da microbiota ruminal, estimulando também a mucosa do rúmen com consequentes formação e desenvolvimento de papilas da mucosa ruminal. A administração de volumosos, como feno, além de contribuir para a formação de uma microbiota típica no rúmen, aumenta o pH em seu interior e induz seu maior desenvolvimento, com aumento de sua capacidade e da resistência do tecido muscular de suas paredes. Os AGV (propionato e butirato) induzem a proliferação celular da camada basal do epitélio do rúmen. Sugere-se que o propionato estimula o aumento no metabolismo celular da camada basal, levando a maiores quantidades de organelas envolvidas na biossíntese de substâncias queratinosas. O fornecimento de uma dieta contendo volumoso e concentrado de qualidade propiciará a formação no rúmen de uma microbiota diversificada, assim como impedirá alterações patológicas da mucosa ruminal, que estará desenvolvida, para aumentar a absorção, e queratinizada para maior proteção. 45 INSUFICIÊNCIA DA VÁLVULA MITRAL POR ENDOCARDIOSE 1 1 1 SILVA, L. C. ; SILVA, M. F. ; VALADARES, R. C. . 1 FEAD Introdução: A insuficiência valvular mitral é uma disfunção valvular que pode ocorre devido a uma endocardiose: processo degenerativo dos folhetos valvulares e cordas tendíneas, pela substituição de tecido fibroso, levando-a uma deformação das paredes das válvulas, impedindo que elas se fechem corretamente, e em conseqüência o retorno do sangue do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo. Uma regurgitação valvular mitral resulta na queda do volume sistólico, que pode levar a uma insuficiência cardíaca. Objetivos: Conhecer a Anatomia do Coração e a fisiologia circulatória, com o objetivo de identificar patologias relacionadas ao mesmo. Materiais e métodos: Revisão de literatura e pesquisa de artigos científicos relacionados. Resultados: O coração é formado por quatro câmaras: os átrios direito e esquerdo e os ventrículos direito e esquerdo, que são separadas pelas válvulas atrioventriculares. A válvula que separa o átrio do ventrículo no lado direito é denominada de válvula tricúspide e no lado esquerdo válvula mitral. Em animais normais, essas válvulas se abrem, permitindo a passagem do sangue proveniente do átrio, para dentro do ventrículo, e se fecham completamente quando o coração bombeia o sangue para a artéria correspondente, impedindo que haja um retorno sanguíneo para os átrios. Conclusão: Em uma insuficiência valvular mitral, no período de contração ventricular (Sístole), a válvula não se fecha adequadamente e o sangue regurgita para o átrio esquerdo. A pressão do sangue arterial que é ejetado na artéria aorta diminui, levando a queda do débito cardíaco que vai desencadear várias cardiopatias; entre elas o não suprimento sanguíneo dos órgãos, que pode provocar um choque causado pela má perfusão tecidual. INTERFACES ANATÔMICAS NA RESPIRAÇÃO ORAL BARBOSA¹, C.; COSTA¹, M. C.; SANTOS¹, V. C.; SOUZA¹, K. K. ¹FEAD INTRODUÇÃO: A respiração nasal é uma função vital para o ser humano e quando se torna pouco eficiente, engrenda uma adaptação funcional que caracteriza a respiração oral. Essa se estabelece pela conjunção de uma passagem aérea reduzida, devido a uma predisposição anatômica e a obstrução nasal respirador oral orgânico – ou pela permanência do hábito de respirar oralmente na ausência de qualquer obstrução nasal - respirador oral puramente funcional. Sua influência no crescimento e desenvolvimento craniofacial e postural corporal tem sido amplamente discutida, revelando a seriedade dos comprometimentos na qualidade de vida do indivíduo. OBJETIVO: Ressaltar os efeitos da respiração oral sob o ponto de vista anatômico e a qualidade de vida do indivíduo. MATERIAIS E MÉTODOS: Revisão bibliográfica sobre respiração oral e suas interfaces anatômicas baseadas em literatura fonoaudiológica, otorrinolaringológica e odontológica. RESULTADOS E CONCLUSÕES: A respiração oral pode desencadear alterações miofaciais e posturais que modificam o eixo corporal e sua dinâmica. As alterações faciais comumente detectadas são: olheiras, lábios ressecados, face longa, narinas atrofiadas, assimetria facial por alterações musculares, palato ogival, posicionamento incorreto de língua, hipotonia da bochecha e músculos da mandíbula. Vislumbram-se também alterações posturais, especialmente: postura incorreta de cabeça, hipercifose torácica, hiperlordose lombar, protrusão abdominal, joelhos recurvatum e pés planos. É do saber fonoaudiológico que forma e função se autoinfluenciam. Sendo assim, tal adaptação respiratória determina disfunções do sistema estomatognático (sucção, mastigação, deglutição e fala) e corrobora nas alterações funcionais estéticas e posturais, intelectuais e sociais, ocasionando sono agitado, déficit de atenção, redução no desempenho escolar, mastigação ineficaz, percepção olfativa e paladar reduzidos, impactando a qualidade de vida do indivíduo. Por não apresentar inicialmente sintomas muito evidentes, torna-se importante a conscientização das pessoas do convívio do respirador oral e de uma intervenção diferenciada de uma equipe multidisciplinar, objetivando um diagnóstico precoce e evitando alterações mais severas. 46 LIGAMENTO ARTERIOSO 1 1 1 1 JULIANI , G.; NOGUEIRA , W.S.; FONSECA , I.; BORINI , C. 1 FEAD Introdução: A artéria pulmonar esquerda está ligada ao arco da aorta pelo ligamento arterioso, que é um remanescente embrionário do ducto arterioso. Após o nascimento este ducto se fecha formando definitivamente o ligamento arterioso. Objetivos: descrever a estrutura anatômica e a funcionalidade do ligamento arterioso. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros de anatomia humana, embriologia e fisiologia médica. Resultados e Conclusões: O ligamento arterioso é o remanescente do ducto arterioso, um vaso embrionário que desviava o sangue da artéria pulmonar esquerda para a aorta a fim de evitar os pulmões não funcionantes. O ligamento passa da raiz da artéria pulmonar esquerda para a face côncava do arco da aorta, sendo contornado pelo nervo laríngeo inferior esquerdo. Na circulação fetal, a maior parte do sangue da artéria tronco pulmonar é desviada através do ducto arterial para a artéria aorta, pela qual grande parte alcança a placenta para a oxigenação. Logo após o nascimento, e de maneira gradativa o ducto arterioso se transforma em estrutura fibrosa. Embora o fechamento funcional do ducto arterial, assim como o fechamento funcional do forame oval, ocorra dentro de algumas horas ou dias após o nascimento, o fechamento anatômico requer semanas ou mesmo meses. A tela conjuntiva cresce em seu interior e gradualmente o oblitera; o ducto transforma-se aos poucos no ligamento arterial fibroso. Quando o ducto arterioso se fecha completamente, atinge-se o tipo adulto de circulação. A não involução do ducto arterioso depois do nascimento é responsável pela anomalia conhecida como Ducto Arterioso Patente (DAP), acometendo mais freqüentemente o sexo feminino. A DAP é a malformação cardíaca mais comum associada à rubéola materna durante a gravidez LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO E AVALIAÇÃO AUDIOLÓGICA: CORRELAÇÃO DOS ACHADOS 1 1 1 PARREIRA, L.M.M.V. ; SANTOS, J.M.S. ; OLIVEIRA, A.A . 1 FEAD Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença auto-imune de etiologia desconhecida, podendo estar ligado à predisposição genética e fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. Sabe-se que há um predomínio no sexo feminino. Pode haver comprometimento de sistema ósteo-articular, muscular, muco-cutâneo, vascular, renal, sistema nervoso, cardíaco, pulmonar, gastrointestinal, hematológico, ocular e auditivo. Objetivo: Verificar a possível correlação entre a presença de LES com alterações auditivas, descritas pela literatura científica. Matérias e Métodos: Revisão bibliográfica de artigos das bases de dados Lilacs, Medline, Scielo e Capes com os descritores: ”lúpus eritematoso sistêmico”, “artrite reumatóide”, “audição” e “perda auditiva”, publicados no período de 2000 a 2009. Resultados: O fenômeno da audição é resultado de uma série de eventos complexos que resultam na interpretação cortical dos sons. Existem estudos correlacionando a LES a exames audiológicos (Audiometria e Emissões Otoacústicas) e neurológicos (Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico - PEATE). Dentre os exames realizados, o mais sensível à detecção da perda auditiva foi as EOAPD, que se caracterizam pela energia acústica, medida no canal auditivo externo, originando-se da cóclea. As alterações audiométricas e as emissões foram mais encontradas nas freqüências altas (4,6,8KHZ). Os estudos destacam que o acometimento audiovestibular possa ocorrer por lesões vasculares na artéria auditiva interna, podendo levar a sintomas cocleares e vestibulares isolados ou associados. Foram encontrados poucos relatos de alteração auditiva central em indivíduos com LES na literatura pesquisada. Portanto, sugere-se que a alteração ocasionada pelo lúpus esteja a nível coclear, na região das células ciliadas externas. Conclusão: Considera-se importante correlacionar a fisiopatologia da doença e os achados audiológicos a fim de se conhecer os possíveis comprometimentos da função auditiva nos pacientes acometidos, para que seja possível orientação adequada e intervenção quando necessário, minimizando suas conseqüências. Na presença de LES faz-se necessário o acompanhamento audiológico e tratamento adequado, enfatizando que a lesão nas células ciliadas externas irá comprometer o reconhecimento de fala dos pacientes, prejudicando sua performance comunicativa. 47 MAPEAMENTO RETINIANO: REVISÃO ANATOMICA DO FUNDO DE OLHO CANINO FERREIRA, L. A.¹; VALADARES, R, C.¹ ¹FEAD Introdução: A anatomia do globo ocular canino consiste da córnea, esclera, humor aquoso, íris, conjuntiva, cristalino, humor vítreo, retina, coróide e nervo óptico. Serão ressaltadas no trabalho as estruturas que compõe o fundo de olho canino (retina, coróide e nervo óptico) Objetivo: Revisar as estruturas anatômicas do fundo do olho canino e sua importância para a visão animal. Materiais e Métodos: Pesquisas em artigos científicos e atlas de anatomia veterinária. Resultados: É no fundo do olho do cão onde ocorre a formação da imagem. É na retina que se formam as imagens das coisas que vemos. A retina é composta de células sensíveis à luz, os cones e os bastonetes. Essas células transformam a energia luminosa das imagens em sinais nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo ótico. O nervo óptico conduz os impulsos nervosos para o centro da visão, no cérebro, que o interpreta e forma a imagem dos objetos. Coróide é a camada de vasos sangüíneos e tecido conjuntivo entre a esclera e a retina que fornece nutrientes para as partes internas do olho. Conclusão: O mapeamento retiniano com identificação de todas as estruturas anatômicas do fundo de olho canino é fundamental para diagnosticar as patologias que envolvem o fundo de olho do cão e as condutas a serem tomadas a respeito da visão do animal. MECANISMO DA DEGLUTIÇÃO E A DISFAGIA ALVES, T. D. ¹; ASSIS, L. A. G. D¹; GIRODO, C.M. ¹; NASCIMENTO, S. M. D. ¹ ¹FEAD Introdução: O controle das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição é decorrente da coordenação entre as vias neurais de tronco encefálico e cortical central e da coordenação do sistema nervoso entérico do esôfago, que controla os segmentos musculares. Este estudo visa compreender o processo da deglutição a partir da neuroanatomia funcional da deglutição e da disfagia. Objetivo: Compreender a neuroanatomia da deglutição e a disfagia neurogênica. Material e método: Pesquisa em artigos científicos e livros relacionados ao tema. Resultados e Conclusão: A deglutição é um processo complexo que envolve a coordenação de estruturas subcorticais e corticais que enviam eferências a neurônios motores. Quatro nervos cranianos possuem neurônios motores envolvidos na deglutição completa e incluem o núcleo motor do trigêmeo (V), núcleo motor do facial (VII), núcleo ambíguo e núcleo do hipoglosso (XII), além de incluir neurônios motores das regiões cervicais. As aferências sensoriais para viabilizar uma deglutição segura são provenientes de regiões específicas do tronco encefálico, como o núcleo sensório do trigêmeo e o núcleo do trato solitário. Além disso, a formação reticular próxima do núcleo ambíguo contém neurônios que são disparados durante as fases faríngea e esofágica da deglutição, sugerindo que padrões de recrutamento muscular podem ser organizados por neurônios da formação reticular. Deglutir saliva envolve estruturas corticais como o giro pré-central, porção lateral do giro pós-central e a ínsula direita. A dificuldade de deglutição relacionada ao funcionamento das estruturas orofaríngeas e esofágicas, em qualquer uma dessas fases desencadeia a disfagia, distúrbio proveniente de causas neurológicas, sistêmicas, infecciosas, mecânicas e traumáticas, podendo provocar pneumonia aspirativa e até o óbito. Todos os mecanismos da deglutição devem estar em perfeita interação, pois alimentar é essencial para a qualidade de vida. A intervenção fonoaudiológica a partir de um olhar sistêmico e do conhecimento das estruturas neuroanatomicas envolvidas é essencial para reabilitação da deglutição. 48 MECANISMOS DA FIBRILAÇÃO VENTRICULAR SILVA, M.V.¹; SILVA, D.I.¹; BORINI, C.B.¹ ¹ FEAD Introdução: A fibrilação ventricular é das arritmias cardíacas a mais grave, composta por uma série de contrações ventriculares rápidas e fracas, que são produzidas por múltiplos impulsos elétricos, originários de vários pontos dos ventrículos. Objetivo: Mostrar o mecanismo de ação da arritmia em questão e as manobras para sua reversão. Materiais e métodos: Pesquisas em artigos científicos relacionados com o tema proposto. Resultados e Conclusões: Um impulso elétrico, gerado no nódulo sinusal, produz a contração dos átrios; o nódulo atrio-ventricular, ao captar a eletricidade do impulso, promove a contração dos ventrículos. Por um motivo indefinido, às vezes, inicia-se o aparecimento de outras células cardíacas (focos ectópicos), que disparam eletricidade e fazem com que o ventrículo perca sua contração normal. Assim, há uma produção irregular de vibrações ineficaz para o bombeamento do sangue. As ondas fundamentais dificilmente são reconhecidas no eletrocardiograma (ECG) e tornam-se, inicialmente, grandes e amplas; depois largas e desiguais; curtas e rápidas. Por fim, o traçado do ECG é representado por uma linha isoelétrica, com oscilações de baixa voltagem, que indica ausência de complexo ventricular. Em todo e qualquer paciente inconsciente, no qual não haja pulso palpável, deve-se suspeitar de uma parada cardíaca por fibrilação ventricular, mas esta só será tolerada se for de curta duração, uma vez que o coração não é capaz de manter a circulação eficaz se a freqüência cardíaca for muito elevada. O indivíduo com fibrilação ventricular apresentará perda da consciência, parada cardíaca e morte, caso não seja aplicada a desfibrilação. NERVO LARÍNGEO RECORRENTE: DESCRIÇÃO ANATÔMICA E IMPLICAÇÃO NO FENÔMENO DO “CAVALO RONCADOR” 1 1 JORGE , T.B.F.; JULIANI , G. 1 FEAD Introdução: o nervo laríngeo recorrente é um par de ramificações do nervo vago. A paralisia deste nervo ocasiona um quadro conhecido como hemiplegia laríngea, comumente chamado de “cavalo roncador”. Objetivos: estudar a anatomia do nervo laríngeo recorrente correlacionando-o com o fenômeno conhecido como “cavalo roncador”. Materiais e métodos: revisão de literatura em livros de anatomia e clínica médica animal e artigos eletrônicos. Resultados: O nervo laríngeo recorrente difere, em cada lado, em seu nível de origem no nervo vago. O nervo laríngeo recorrente esquerdo contorna a aorta e mantém contato com bifurcações de linfonodos. O direito origina-se opostamente a segunda costela, passa da superfície lateral para a superfície medial, no dorsum da artéria subclávia, caudalmente ao tronco costocervical e ascende no pescoço, na superfície ventral direita da traquéia. Os dois nervos recorrentes – direito e esquerdo emitem, no segmento inicial, um ramo para o plexo cardíaco. Ambos se deslocam ao longo da traquéia, medialmente à artéria carótida comum, para a laringe e inervam com exceção do músculo cricotireóideo, toda a musculatura intrínseca da laringe. Uma compressão ou lesão neste nervo poderá ocasionar uma movimentação deficiente das cartilagens aritenóides, levando a uma diminuição do fluxo de ar para os pulmões. Como resultado da paralisia parcial ou total dessas cartilagens, os equinos podem apresentar sinais clínicos de ronco ao trote ou galope, um quadro típico denominado “cavalo roncador”. Conclusão: o nervo laríngeo recorrente desempenha importante papel na movimentação das cartilagens da laringe, intimamente relacionadas à inspiração de ar pelos equinos. Um distúrbio neste nervo poderá ocasionar, além do ruído característico, dificuldade para desenvolver exercícios físicos, devido ao menor volume de ar inspirado, comprometendo o desempenho desses animais. 49 NEUROANATOMIA AFETADA NA DISARTRIA MACIEL, F. M. S.¹; LOUREDO, C. L.¹; SILVA, V. R.¹; GIRODO, C.M. FEAD¹ Introdução: A disartria é um distúrbio da comunicação oral, decorrente de lesão no sistema nervoso central e periférico levando a paralisia, fraqueza ou incordenação da musculatura da fala. Várias estruturas neuroanatômicas estão implicadas na disartria, podendo levar a uma gama de sintomas distintos. Objetivo: Descrever as estruturas neuroanatômicas afetadas na disartria; enfatizando a importância de publicações na área. Métodos e Materiais: Revisão Bibliográfica a partir de livros de neurologia, neurociências e consulta à base de dados Scielo e Pubmed na língua portuguesa e inglesa, em 01 de outubro de 2009. Resultados: Encontramos 2 livros com definição básica do tema, 1 livro com três capítulos acercado tema, na Biblioteca da FEAD Minas; 4 artigos na base de dados Scielo; 24 artigos PubMed, sendo 6 de revisão. O comprometimento e tipo de etiologia neurológicos auxiliam no diagnóstico diferencial entre os distintos tipos de disartria. Admite-se quadro disártrico quando o paciente apresenta lesão no sistema nervoso central e/ou periférico; ocasionando comprometimento de bases motoras e não apenas da articulação. As principais estruturas neuroanatômicas afetadas são: córtex cerebral, nas regiões do córtex primário, córtex somatossensorial, córtex pré-motor e área de Broca, além do cerebelo e dos núcleos da base. Múltiplas doenças e lesões cerebrais podem causar disartria, sendo que 30% das pessoas que tem ataque cerebral na região da artéria média (lóbulo occipital) e 31 a 88% dos portadores de paralisia cerebral apresentam disartria. Conclusão: São inúmeros os fatores causadores da disartria. E existe carência de estudos brasileiros relacionados as estruturas neuroanatômicas da doença, dificultando muitas vezes o diagnóstico especifico, ou seja a definição do tipo de disartria que o paciente possui.Daí a relevância de estudos relacionados às estruturas neuroanatômicas afetadas por esta patologia. NEUROANATOMIA DA SÍNDROME DE KLUVER E BUCY 1 1 1 MIRANDA , F.; JULIANI , G.; BORINI , C. 1 FEAD Introdução: A lesão do núcleo amigdalóide provoca uma dissociação entre os processos sensoriais e emocionais, dissociação esta que se manifesta na Síndrome de Kluver e Bucy. Objetivos: demonstrar a região anatômica relacionada à síndrome de Kluver e Bucy. Materiais e Métodos: Revisão de literatura em livros de neuroanatomia e neuropsicologia. Resultados e Conclusões: O núcleo amigdalóide, ou amígdala cerebral, é uma estrutura básica do sistema límbico, sendo região heterogênea de substância cinzenta situada no interior do lobo temporal, logo abaixo do córtex, do lado medial, e à frente e acima do hipocampo. A amígdala mantém extensas ligações com o hipotálamo, com áreas do córtex cerebral, com partes do tálamo e da formação reticular. O complexo amigdalóide parece exercer papel central nos processos emocionais e motivacionais, tanto em animais quanto em pacientes humanos. Apesar de pouco comum em humanos, os sintomas de comportamento sexual indiscriminado e tendência a examinar objetos pela boca podem ser observados em pessoas com certas formas de encefalite. Outro sintoma observado é a perda da agressividade. A amigdalectomia revelou em humanos violentos um considerado sucesso na redução do comportamento agressivo. Macacos amigdalectomizados não reconhecem mais os sinais sociais, agressivos ou não, emitidos pelos companheiros. Acredita-se que estes distúrbios comportamentais sejam decorrentes do fato de que os portadores dessa síndrome não sejam mais capazes de fazer uma associação correta entre os estímulos que recebem do ambiente e os sentimentos e atitudes adequadas para a ocasião. Conclui-se que a amígdala é importante para atribuir uma significância emocional às experiências cotidianas, sendo necessária para a sobrevivência das espécies, visto que por meio de conexões com o hipotálamo, influência as respostas autônomas e hormonais, além de Influenciar nossa consciência de conseqüências positivas e negativas do meio. 50 O CANTO E SEUS ASPECTOS NEUROLÓGICOS 1 1 1 ALVES , K.C.S.; MIRANDA , J.A.; GIRODO ,C.M 1 FEAD Introdução: O canto é uma atividade neurocognitiva extremamente complexa que envolve a coordenação de estruturas laríngeas, orais, músculos respiratórios e a coordenação dos mesmos se dá a partir de várias áreas do SNC. No canto são envolvidos vários fatores orgânicos, psicológicos e técnicos. Objetivo: Compreender a neurobiologia do canto. Material e Método: Revisão de bibliografia a partir de livros e artigos constantes nas bases de dados scielo e pubmed que correlacionem canto, fonação e neuroanatomia. Resultados: Além das estruturas neuroanatômicas periféricas como o nervo vago, nervo laríngeo-recorrente, nervo hipoglosso e nervos espinhais torácicos responsáveis pela coordenação fonação – respiração, o SNC participa do processo de canto. O canto profissional requer a integração refinada de mecanismos neurais centrais e periféricos de retroalimentação auditiva com o sistema vocal motor para controlar a variação melódica. Dentre os substratos neurais centrais envolvidos na integração áudio - vocal, destacam-se a coordenação entre córtex cingulado, giro temporal superior, lóbulo parietal inferior, ínsula anterior, área que representa a face no giro pré-central, cerebelo e área motora suplementar. O giro cingulado anterior, juntamente com o giro temporal superior atuam em conjunto para integrar o processamento auditivo com o controle motor vocal. Já a ínsula, que possui projeções para o córtex cingulado anterior e córtices auditivos, participa da integração áudio - vocal durante o canto. Outros estudos observaram ainda que durante o canto são recrutadas as áreas auditivas primárias e secundárias bilateralmente, a parte médio dorsal da ínsula direita, o córtex somatosensorial bilateralmente, e cerebelo. Conclusão: Ter conhecimento sobre esse assunto é extremamente importante para o fonoaudiólogo, pois alterações no processamento neural do canto podem levar a sintomas diferentes. O conhecimento sobre este assunto ajuda na avaliação, diagnóstico e tratamentos corretos e efetivos. OSSOS DE VIDRO OLIVEIRA, A. A. A.¹; SALES, D. T.¹; MEDIROS, A. R.; BORINI, C. B.¹ ¹FEAD Introdução: A osteogenesis imperfecta conhecida como doença dos ossos de vidro é uma doença de origem genética que provoca alterações na produção de colágeno. É detectada facilmente e se manifesta através de quebra dos ossos provocada por um movimento brusco, tropeço, queda e outros acidentes. Objetivo: Explanar sobre a doença conhecida como Ossos de vidro. Materiais e Método: Revisão bibliográfica de artigos científicos relacionados com o tema proposto. Resultados e Conclusões: A quebra dos ossos traz uma terrível conseqüência: o encurvamento dos ossos longos como os da coluna, pernas e braços. Além do sintoma aparente da fratura, a doença pode se manifestar através da esclerótica azulada, dentes acinzentados, formato do rosto triangular , deficiência auditiva, dificuldade de locomoção, compressão do coração e pulmões (em casos graves), sudorese e fragilidade muscular. As fraturas ocorrem principalmente na infância. Podem ser percebidas quando a criança chora de repente de forma alta, quando algum membro da criança não se movimenta, ou apresenta retenção de calor e inchaço. Pode ocorrer o falecimento da criança após o seu nascimento, este por sua vez é o tipo mais grave da doença. As fraturas, em regra, consolidam rapidamente, mas muitas vezes com acentuados encurtamentos e angulações dos membros, são tratadas geralmente pelos métodos habituais, redução, e resultará num crescimento corporal anormal e atrofiado. As fraturas do crânio podem provocar lesões cerebrais e até a morte. O tratamento é feito através de vários produtos onde os bisfosfonatos e a calcitonina se destacam, por inibirem a reabsorção óssea, mas os melhores efeitos são obtidos através da fisioterapia e da alimentação. Deve-se fazer exercícios, além de comer alimentos naturais e saudáveis, evitando álcool, alimentos gordurosos, cafeína e refrigerantes. 51 PARTICULARIDADES ANATÔMICAS DE CÃES DA RAÇA BULLDOG INGLÊS 1 1 1 1 1 Batista, BR ; Moura , SA; Valle , VMF ; Rocha BD. ¹FEAD Introdução: A raça Bulldog Inglês têm se tornado popular em nosso meio. Os criadores de animais da raça vêm modificando lentamente as suas características fenotípicas através de cruzamentos seletivos, visando animais com personalidade forte, e aparência intimidatória, característica. Porém os cruzamentos não selecionam apenas características desejáveis, observa-se um número cada vez maior de animais com defeitos anatômicos graves, defeitos estes que predispões a ocorrência diversas patologias. Objetivo: O objetivo deste trabalho é descrever os defeitos anatômicos mais comuns encontrados em cães da raça Bulldog Inglês e que podem facilitar a ocorrências de diversas doenças comuns na raça. Material e métodos: Descrição das alterações anatômicas mais comuns em cães da raça Bulldog Inglês podemos citar:Pregas cutâneas muito desenvolvidas; Displasia coxofemoral; Hemivértebras; Agenesia das vértebras caudais; Bracúria; Espinha Bífida, Estreitamento pélvico; Hérnia hiatal; Cripitorquidismo; Colapso traqueal; Narinas Estenóticas; Anomalias de Bexiga; Duplicação renal; Prognatismo; Prolongamento do palato mole. Resultados e Conclusão: A identificação destes defeitos por parte dos clínicos de pequenos animais possibilita a adoção de procedimentos clínicos ou cirúrgicos para manutenção da higidez dos cães e evitar a ocorrências de doenças graves nestes cães. PARTICULARIDADES ANATOMO-RADIOGRAFICA DE ANIMAIS SILVESTRES SILVA¹, M. M. R.; ROCHA¹, B.D. ¹PUC Introdução: Os exames radiográficos são uma importante ferramenta para auxiliar o médico veterinário na 2 pesquisa de doenças que afectam os animais . A relação custo-benefício faz desta modalidade a de primeira escolha para a avaliação de muitas doenças que afetam as diversas espécies. Este tipo de exames tem uma ampla indicação para o estudo dos diferentes sistemas, principalmente para a avaliação dos 1 sistemas osteoarticular e respiratório . O conhecimento da anatomia radiográfica é fundamental para a avaliação precisa das radiografias e é um dos elementos que mais dificulta a interpretação dos exames de animais selvagens. Mesmo quando se procura agrupar os animais por similaridade dentro das classes (aves, répteis e mamíferos), persiste ainda uma grande variação anatômica entre os membros de cada grupo. Uma vez que o conhecimento da normalidade é imprescindível para o reconhecimento das alterações radiográficas que poderão estar presentes nas diferentes doenças, deve-se procurar sempre a comparação das imagens, seja com imagens registradas em livros, atlas ou artigos, seja com animais 2 selecionados como clinicamente normais e que servem como base anatômica de referência . Objetivos: ressaltar a importância do conhecimento anatomo-radiográfico de algumas espécies de animais silvestres para estão fazer uma interpretação adequada e intervir clínico-cirurgicamente. Material e Métodos: revisão bibliográfica do estudo anatomo-radiográfico de animais silvestres. Resultados e Conclusões: O presente trabalho visa mostrar as particularidades em diagnóstico radiológico em animais silvestres reduzindo assim um estresse negativo desnecessário para o procedimento e evitar alterações oriundas da manipulação incorreta ou excessiva. 52 PREGAS VOCAIS DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS E SEU PAPEL NA FONAÇÃO 1 1 JORGE , T.B.F.; JULIANI , G. 1 FEAD Introdução: Ligando a faringe à traquéia esta a laringe, um órgão que abriga em seu interior as pregas vocais. O ar vibra ao passar por essas pregas produzindo som. A retirada cirúrgica parcial de tais pregas em caprinos e cães torna esses animais mudos, pois o tecido cicatrizante faz com que o tecido remanescente das pregas venha a aderir às estruturas subjacentes e impedindo que as pregas vibrem. Tal procedimento é proibido por lei em diversas cidades do Brasil. Objetivo: Conhecer as bases para produção de som nos animais domésticos e a importância das pregas vocais neste mecanismo. Materiais e Métodos: Livros de anatomia veterinária. Resultados e Conclusão: As pregas vocais são constituídas pela túnica mucosa do ligamento vocal e a parte do músculo tíreo-aritenóideo associado com o ligamento vocal. Elas podem ser controladas por ação muscular em relação à tensão e posição, produzindo assim ondas aéreas. A audição é produzida pela tradução dessas ondas na orelha em impulsos nervosos no córtex cerebral. O tom é controlado pela espessura, pelo comprimento e pela tensão das pregas vocais e pelas características individuais da anatomia laríngea. A tensão das pregas, ou parte delas, é alterada pelo músculo cricoaritenóideo agindo como ajustamento mais grosseiro e o músculo vocal como mais fino. Importante ressaltar a existência de animais que não possuem voz, mas possuem laringe e outros que produzem sons por outros meios, como o ronronar dos gatos que é produzido por vibração rápida dos músculos laríngeos e do diafragma. Nos ruminantes, as pregas vocais são planas sendo consideradas como vibradores um tanto ineficazes, mas acredita-se que as vibrações das pregas epiglóticas laterais desempenhem um importante papel na produção do som. PRINCIPAIS OFTALMOPATIAS NA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA PINTO, A.J.W.²; TAFURI W.L.¹ ¹ UFMG; ² FEAD Introdução: Manifestações oculares e perioculares de cães com leishmaniose visceral canina (LVC) ocorrem concomitantemente com sinais sistêmicos da doença. Também podem ocorrer de forma primária constituindo a principal queixa dos proprietários dos cães parasitados. As oftalmopatias mais comumente encontradas são blefarites, uveítes e conjuntivites. Objetivos: Revisar as principais oftalmopatias de cães leishmaniose visceral. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica em artigos científicos. Resultados: Fulgêncio e colaboradores (2006) encontraram três alterações mais freqüentes, a saber; a blefarites, uveítes e conjuntivites. A blefarite difusa é caracterizada pelo edema e eritema palpebral, hiperemia conjuntival e crostificação periocular. Tratando-se de uma dermatopatia que sofre ação direta do parasito no local; e pelo tipo de resposta inflamatória, pode leva a formação de úlceras assim como as descritas na superfície da pele e da região auricular. Na uveíte anterior observa-se edema de córnea de intensidade variada, hiperemia conjuntival e, acredita-se, que esta possa estar relacionada com migração leucocitária podendo evoluir para uveíte posterior causando perda da transparência ocular e, consequentemente, cegueira. A conjuntiva por constituir um tecido linfóide com função imunológica, podendo estar freqüentemente envolvida nos cães com LVC. Hiperemia conjuntival, quemose e secreção mucóide a purulenta de graus variados podem ser observados. Conclusões: As alterações oculares e perioculares em cães devem constituir como diagnóstico diferencial da LVC, tendo em vista as ocorrências e prevalências nas áreas endêmicas. Dentre as oftalmopatias mais comuns destacam as blefarites, uveítes e conjuntivites, entretanto, patologias no segmento posterior do olho são ocasionalmente observadas. A identificação das alterações oculares pode auxiliar no diagnóstico da leishmaniose visceral. O tratamento precoce destas oftalmopatias pode impedir a evolução do quadro, a manutenção da higidez ocular e, conseqüente, preservação da visão. 53 PRODUÇÃO E DRENAGEM DA LÁGRIMA NO CÃO 1 1 1 LEITE , E.A.C.; VALADARES , R.C.; ROCHA , J.R.S. 1 FEAD Introdução: O filme lacrimal recobre a superfície do olho e é considerado essencial para a manutenção da saúde da córnea e da conjuntiva. Defeitos anatômicos ou distúrbios funcionais interferem no sistema de drenagem da lágrima, podendo levar à epífora no cão. Objetivo: Discorrer sobre as estruturas responsáveis pela produção e drenagem da lágrima. Material e métodos: Revisão de literatura baseada em artigos científicos. Resultados e discussão: A porção secretora do aparelho lacrimal inclui a glândula lacrimal principal, a glândula da terceira pálpebra e as glândulas acessórias não visíveis macroscopicamente. O filme lacrimal é composto por três camadas: lipídica, camada mais externa produzida pelas glândulas tarsais; aquosa, produzida principalmente pela glândula lacrimal principal e glândula da terceira pálpebra; mucosa, produzida pelas células caliciformes da conjuntiva. O piscar normal associado ao movimento da terceira pálpebra, resulta na distribuição das secreções na superfície ocular. O sistema de drenagem lacrimal é composto por um ponto lacrimal superior e um inferior, um canalículo superior e um inferior, um saco lacrimal pouco desenvolvido e o ducto nasolacrimal. O ponto lacrimal inferior e seu canalículo são responsáveis pela maior parte da drenagem da lágrima. Obstruções desse sistema ocorrem frequentemente em cães e provocam epífora. No processo de drenagem lagrimal, inicialmente ela se acumula formando o lago lacrimal medial. A dilatação do canalículo entre as incursões palpebrais pode conduzir a lágrima para o sistema de drenagem e a ação muscular durante o ato de piscar impele a lágrima ao longo do sistema. Conclusão: A epífora é a manifestação clínica mais comum quando há alterações na drenagem da lágrima e é evidenciado em cães de pelagem clara. Observa-se nesses casos, uma mancha ao redor dos olhos principalmente no canto nasal. REPRESENTAÇÃO ANATÔMICA DAS ÁREAS CEREBRAIS AFETADAS NA APRAXIA DE FALA. SILVA, D.C.R.¹ ; AMARAL, E. M.O.¹; SANTOS M.F.¹; GIRODO, C.M. ¹ FEAD Introdução: A apraxia de fala é definida como um distúrbio de articulação caracterizado por um comprometimento na programação voluntária da posição dos órgãos fonoarticulatórios e na seqüência de movimentos musculares para a produção correta de fonemas e palavras no tempo apropriado. Esta pode apresentar-se na infância, sendo denominada apraxia desenvolvimental, enquanto em adultos é chamada de apraxia adquirida ou verbal. Estima-se que a prevalência dessa desordem na população seja da ordem de 1-2 por 1000, sendo que o fonoaudiólogo tem um importante papel na sua reabilitação. Objetivo: Representar anatomicamente as áreas cerebrais afetadas na apraxia de fala adquirida, elucidando suas correlações com a Fonoaudiologia e Neurociências. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica em livros e artigos científicos de neuroanatomia e neurociências. Resultados e Conclusões: Observamos que a principal causa da apraxia de fala adquirida é resultante de lesões frontais e especialmente no opérculo (porção posterior do giro frontal inferior) e ínsula anterior, particularmente o giro pré-central da ínsula. Já na apraxia desenvolvimental estudos citam que é uma desordem de fala transmitida geneticamente. As lesões ocorrem exclusivamente á nível do Sistema Nervoso Central, de forma que o Sistema Nervoso Periférico apresenta-se intacto. Os pacientes com apraxia de fala apresentam alteração quanto à articulação e prosódia. Para um bom diagnóstico clínico e tratamento, é necessário que se domine o processamento normal da fala além do conhecimento específico das áreas afetadas na apraxia de fala, conforme citado anteriormente. Estes conhecimentos foram possíveis graças aos avanços tecnológicos como estudos de neuroimagem funcional. A terapia fonoaudiológica consiste em técnicas compensatórias e treinamentos, sendo esta última a mais adequada. 54 RESTAURANDO A LIGAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL PARTIDA 1 1 1 1 CAMPOLINA, K.C. ; SILVA, A. C. ; SOUZA, J.C. ; BORINI, C.B. 1 FEAD Introdução: O trato corticoespinhal é uma coleção de axônios, prolongamentos de uma célula nervosa por onde são transmitidos, entre o córtex cerebral e a medula espinhal, os sinais responsáveis pelos movimentos voluntários. Tais movimentos ocorrem por meio da ativação de um neurônio motor superior, localizado no lobo frontal do cérebro, cujo sinal é transmitido pelo axônio para um neurônio motor inferior, que se encontra na medula. O neurônio inferior, então, envia seu axônio para as células musculares. Em medulas espinhais lesionadas, os axônios presentes no trato corticoespinhal são danificados, assim os neurônios inferiores não conseguem se conectar com o encéfalo. Em um estudo da Universidade da Califórnia pesquisadores indicam ser possível regenerar os axônios partidos de forma que estes retornem a sua função original depois de uma lesão na medula espinhal. Objetivos: Dissertar sobre os avanços científicos para reabilitação de pacientes com rompimento na medula espinhal. Materiais e Métodos: Revisão da literatura em artigos científicos sobre o tema proposto. Resultados e Conclusões: Usando ratos, cientistas conseguiram regenerar alguns axônios partidos e direcioná-los ao par correto, utilizando um hormônio de crescimento específico do sistema nervoso a neurotrofina-3. A regeneração requer a criação de uma ponte celular na região afetada da medula espinhal para dar suporte físico ao crescimento do axônio e um estímulo condicionador para ligar os genes certos e forçar o crescimento. Usando tecnologia de imagem de alta resolução foi possível notar que os axônios que atingiram o alvo criaram todas as estruturas necessárias à passagem dos impulsos elétricos corretos. Contudo, não ouve atividade elétrica. Aparentemente porque os novos axônios não estão cobertos com mielina a substância gordurosa que serve como isolante elétrico no sistema nervoso. A regeneração de um axônio completo é complexa, mas esta descoberta é um grande passo em direção a restauração completa da medula espinhal partida. REVISÃO ANATÔMICA DAS CÂMARAS ANTERIOR E POSTERIOR DO OLHO PINTO, A.J.W.¹; VALADARES R.C.¹ ¹FEAD Introdução: As câmaras oculares são compartimentos que possuem diversas estruturas. A câmara anterior do olho é composta pela córnea e pela parte anterior da íris, estruturas da túnica fibrosa e túnica vascular respectivamente. A câmara posterior é composta pela parte caudal da íris, corpo ciliar e pela lente. Objetivos: Estudar a anatomia pertinente às regiões das câmaras anterior e posterior do olho.Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica em livros e artigos científicos. Resultados: A córnea é uma estrutura ocular abaulada cranialmente composta por um tipo especial de tecido conjuntivo denso disposto em forma lamenar. Sua camada epitelial anterior se une ao epitélio da conjuntiva e a parte posterior se une a porção anterior da íris formando o ângulo iridocorneal. A transparência corneana depende de mecanismos de bombeamento contínuo de líquidos intersticiais pelo epitélio posterior. A íris é um diafragma que se estende do corpo ciliar e localiza anteriormente à lente e possui três camadas: uma camada epitelial anterior prolongada através do ângulo iridocorneal até a córnea; uma camada média de estroma constituída de musculatura lisa; uma camada epitelial posterior pigmentada que constitui a camada pigmentada da retina (parte irídica da retina). Sua função é controlar a entrada de luz que penetra no olho através de dois grupos musculares: o músculos constritor e dilatador da pupila. O corpo ciliar é um anel em relevo com cristais irradiando-se em direção a lente no centro, posteriormente à íris. Esses cristais ciliares emitem fibras zonulares para a lente suspendendo-a ao redor de sua periferia. Entre o corpo ciliar e a esclera localiza-se o músculo ciliar que atua como acomodação da lente. Conclusões: O estudo das câmaras anteriores e posteriores do olho são de grande importância para o entendimento das diversas patologias e alterações comumente encontradas nas mesmas. 55 REVISÃO ANATÔMICA DAS VEIAS SUPERFICIAIS DO ANTEBRAÇO CANINO SALES G. C.¹; BARROS I.R.L¹. ;SANTOS M. S.¹; VALADARES R. C. ¹ UFMG; ² FEAD Introdução: O antebraço canino é formado pelos dois ossos rádio e ulna. A musculatura do antebraço é composta por uma diversa rede muscular dentre eles o músculo braquiorradial ou supinador longo, o músculo supinador curto, pronador redondo entre outros. A inervação do antebraço é composta pelo nervo radial que supre os extensores do cotovelo, carpo e articulacoes dos dedos. O nervo ulnar supri os restantes flexores do carpo e dos dedos. A veia cefálica é o local de escolha para injeções intravenosas. Objetivos: Revisar as caracteristicas das veias do antebraço. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica. Resultados:. A veia cefálica acompanha a borda cranial do antebraço, onde se pode palpá-la ao ser elevada mediante compressão sobre o cotovelo. Esta veia emite uma anastomose nomeada de veia cubital mediana pertencente ao sistema venoso profundo do cotovelo. A veia cefálica prossegue sobre a face lateral do braço, e depois repousa sobre o extensor radial do carpo. Já os vasos medianos, que são as continuações da veia braquial ficam inclusos entre esses músculos proximos a borda medial do rádio. Conclusões: O estudo da anatomia das veias superficiais é de suma importância para compreendimento da arquiterura venosa do antebraço e da administração ou colheita de sangue pelo braço. SÍNDROME DE PROTEUS 1 1 1 1 MOURA, E.R. ; PACHECO, G.P. ; ANDRADE, I.S. ; BORINI, C.B. 1 FEAD Introdução: A síndrome de Proteus é descrita como um agrupamento de doenças segundo características comuns. O nome deriva do deus grego Proteus capaz de alterar sua forma para não ser capturado. Essa síndrome acarreta o crescimento excessivo dos tecidos e se caracteriza por variações morfológicas em sua apresentação e evolução. Objetivo: Explanar os sinais da Síndrome de Proteus. Materiais e Métodos: Seu diagnóstico pode ser feito pelo sistema de pontuação, relacionado com os sinais da síndrome apresentados pelos portadores, sendo necessária pontuação mínima igual a 13 para o seu diagnóstico. Gigantismo: parcial das mãos e/ou dos pés, nem sempre são localizados do mesmo lado. Crescimento acelerado: ocorre quando a hipófise passa a produzir excessivamente o hormônio do crescimento, principalmente nos braços e pernas (5,0 pontos). Nevus epidermicus: são localizados em qualquer parte do corpo, geralmente presente no nascimento e nos primeiros anos de vida (3,0 pontos). Tumores subcutâneos ou lipoma: acúmulo de tecido gorduroso que surge por baixo da pele. Os lipomas são tumores benignos, podem crescer bastante causando grande incômodo estético e físico (4,0 pontos). Anomalias viscerais: formam-se tumores e lesões na pele, pode aparecer em qualquer órgão, os cistos pulmonares são mais predominantes, podendo causar insuficiência respiratória (1,0 ponto). Anomalias cranianas: como a macrocefalia pode levar a protuberâncias frontotemporais e parietoccipitais (2,5 pontos). Resultados e conclusões: A síndrome oferece dificuldades no seu diagnóstico e a incerteza sobre a sua etiologia dificulta o manejo clínico-cirúrgico. Existe tratamento para amenizar os efeitos da doença, mas não há cura. A expectativa de vida do paciente é de 9 meses à 29 anos de idade. Não há associação por sexo ou grupo racial. Apenas 200 casos foram confirmados. Quem sofre desta doença tem função e capacidade mental normal. 56 SÍNDROME DO FORAME OVAL PÉRVIO REIS, C.V.G¹; COELHO, D.S¹; BORINI, C.B¹. ¹ FEAD Introdução: O septo atrial é formado por estruturas derivadas de dois septos independentes no átrio embrionário (septum primum e septum secundum). O mesmo contém durante toda a vida fetal uma abertura chamada forame oval. Após o nascimento, a valva do forame oval se funde ao septum secundum e o orifício desaparece, essa valva deriva do septum primum embrionário e constitui, no adulto, o assoalho da fossa oval, uma estrutura ovalada de bordas elevadas presente no lado direito do septo atrial, o não fechamento deste forame origina a síndrome do forame oval pérvio. Objetivos: Ressaltar a importância do conhecimento das cardiopatias congênitas baseada em livros de anatomia humana e fisiologia. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica de livros de anatomia humana e artigos científicos. Resultados e Conclusões: O tecido oriundo do septum primum situado no lado esquerdo do forame oval funciona como uma valva de vedação e mantém o forame fechado devido à maior pressão no átrio esquerdo. Uma vedação incompleta deste forame pode ser encontrada em 25% dos adultos normais não é anormalmente funcional, entretanto, pode tornar-se uma verdadeira derivação se por algumas circunstâncias aumentarem a pressão atrial direita, como ocorre em tromboêmbolos pulmonares recorrentes. Com isso, haverá uma derivação da direita para a esquerda e os tromboêmbolos da circulação direita irão passar diretamente para a circulação sistêmica, podendo produzir infartos em muitas partes da circulação arterial, mais comumente no cérebro, coração, baço, intestinos entre outros. As crianças portadoras desta anomalia em geral são assintomáticas, embora possam se queixar de cansaço fácil e dispnéia de esforço. Em geral na idade adulta, tais alterações podem reverter o fluxo de sangue através do defeito e criar uma derivação da direita para a esquerda. As complicações incluem arritmias atriais, hipertensão pulmonar, hipertrofia ventricular direita, insuficiência cardíaca dentre outros. Os casos sintomáticos são tratados cirurgicamente. SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO SALES¹, N.L.; PAULA¹, L.S.S.; CASSIANO¹, C.E.; BORINI¹, C.B. ¹FEAD Introdução: A síndrome do túnel do carpo (STC) é uma patologia freqüente, que se expressa por dor e parestesias nas mãos. Resulta da compressão do nervo mediano no túnel do carpo. Este é um espaço restrito, elíptico, confinado ventralmente pelo retínaculo dos flexores, inelástico e resistente e, dorsalmente, pela superfície anterior dos ossos do carpo. O túnel do carpo é delimitado dorsal e lateralmente pelos ossos do carpo e ventralmente pelo espesso ligamento transverso do carpo. As estruturas que passam pelo túnel são: quatro tendões flexores superficiais dos dedos e quatro tendões flexores profundos, tendão do flexor longo do polegar, e o nervo mediano. Objetivo: Explanar sobre a estrutura anatômica acometida na síndrome do túnel do carpo. Material e Método: Revisão de artigos científicos relacionados com o tema proposto. Resultado e Conclusão: O nervo mediano pode ser comprimido na região do túnel do carpo por qualquer proliferação tenossinovial, anormalidade da articulação do punho (exercícios repetitivos manuais), tumor ou anomalia muscular. Um conjunto de sinais e sintomas podem ser observados inicialmente como dor, dormência e formigamento na área de representação do nervo mediano, predominantemente noturno. Déficit sensitivo e perda da habilidade manual (déficit para pinçamento); dor tipo queimação, sensação de edema e congestão na mão; e quando mais agravante o quadro apresenta uma acentuada perda sensitiva, inclusive discriminação de dois pontos, com déficit funcional grave e acentuado atrofia tenar e de pele. Inicialmente recomenda-se tratamento com modificação das atividades, remoção de constrições e medicação anti-inflamatória não hormonais e diuréticos. O tratamento cirúrgico deve ser reservado para casos mais graves. 57 TESTÍCULOS E VASECTOMIA AQUINO, M.L.B.¹; COSTA, L.R.¹; SILVA, M.I.F.P.¹; BORINI, C.B.¹ ¹FEAD Introdução: Os testículos são órgãos pares e ovóides alojados na bolsa escrotal. A partir da puberdade, produzem hormônios sexuais e espermatozóides. Objetivo: Explanar sobre método contraceptivo no aparelho reprodutor masculino. Material e Métodos: Revisão de artigos científicos e de literaturas bibliográficas relacionadas com o tema proposto. Resultados e Conclusões: O testículo é constituído de: túnica albugínea, septos, lóbulos dos testículos, mediastino do testículo, parênquima, túbulos seminíferos contorcidos, túbulos seminíferos retos, rede testicular, dúctulos. Estão alojados no interior do escroto juntamente com o epidídimo e estruturas pertencentes ao funículo espermático. A espermatogênese ocorre nos testículos e se refere aos eventos em que as espermatogônias se transformam em espermatozóides. A testosterona estimula a diferenciação das células germinativas que difundem para os túbulos seminíferos, onde promovem a espermatogênese. Os espermatozóides seguem para o epidídimo que armazena e matura esses gametas. Em seguida, eles são conduzidos pelo ducto deferente, recebem líquido seminal advindo da próstata e da vesícula, passam pelo ducto ejaculatório e alcançam a uretra. A vasectomia é um procedimento cirúrgico que se dá em um segmento do ducto deferente que é ligado e removido cirurgicamente por uma incisão no escroto. Os espermatozóides ficam retidos no epidídimo. A reversão é viável. Este trabalho co-relacionou conhecimentos adquiridos em anatomia, citologia e histologia do testículo. Constatou-se que a vasectomia é um processo de esterilização que não influencia na síntese dos espermatozóides. TRATAMENTO DA RUPTURA DE LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL NO CÃO POR TÉCNICA CIRÚRGICA INTRA-ARTICULAR MATIAS1,C.S; FONSECA1, S.C; DINIZ2, R. 1FEAD /2Clínica Veterinária Gutierrez Introdução: A ruptura de ligamento cruzado cranial (RLCC) é uma das afecções articulares de maior prevalência no cão, resultando em instabilidade articular e doença degenerativa. Esse ligamento não pode ser reparado, pois após a ruptura ocorre atrofia de suas extremidades e degeneração do colágeno, sendo necessária a sua substituição cirúrgica. Objetivo: Demonstrar a eficácia do tratamento cirúrgico por técnica intra-articular, visando restabelecer a estabilidade articular e o retorno à função do membro. Matérias e métodos: Revisão de literatura. Resultados e Conclusões: A técnica intra-articular preconiza a substituição do ligamento por enxertos de tecidos biológicos, (auto-enxerto, aloenxerto, xenoenxerto), material sintético, ou a combinação de tecidos biológicos e material sintético. Podemos citar várias técnicas: Técnica de Paatsama, Técnica de “over-the-top”, Técnica de “under-and-over”. Independente da técnica utilizada o enxerto ideal deve reproduzir a complexa anatomia funcional do ligamento, permitir fixação firme e segura e ter rápida incorporação biológica. A técnica intra-articular supera as demais por obter uma melhor estabilização articular. Importante ressaltar que nenhuma técnica cirúrgica é capaz de conter a doença articular degenerativa (DAD). 58 USO DE BLOQUEIOS ANESTÉSICOS LOCAIS PARA PROCEDIMENTOS ODONTOLÓGICOS EM CÃES 1 1 CORDEIRO , Nelmara I. S., NORTE , Diogo de F. 1 PUC Introdução: Naturalmente os pacientes da espécie canina não colaboram no momento de realizar um trabalho de reparação ou limpeza na cavidade oral e, por menos doloroso que seja o animal impede a manipulação oral. Com desenvolvimento da Odontologia veterinária há uma maior demanda por procedimentos de exame, diagnóstico e tratamento mais elaborados e seguros. Assim, a técnica anestésica promove condições adequadas para que o profissional possa realizar seu trabalho, reduzindo a quantidade de anestésico geral durante o procedimento cirúrgico e promove maior estabilidade e segurança no trans-operatório além de uma recuperação mais rápida e evita a hiperalgelsia no pós-operatório. A anestesia local pode também ser utilizada juntamente com uma sedação adequadada em procedimentos não muito cruentos e em casos de pacientes de risco. Objetivos: ressaltar a importância do conhecimento da anatomia descritiva e topográfica da cabeça, para o emprego correto e seguro da anestesia local em procedimentos odontológicos veterinários. Materiais e métodos: Faz-se o bloqueio local do nervo que dependendo do procedimento e região a ser manipulada pode ser: Mentual, Infra-orbitário, Alveolar inferior e Maxilar. Sendo o anestésico normalmente utilizado a Lidocaína sem vasoconstritor a 2%. Resultados e conclusões: Para anestesia do lábio superior e do nariz faz-se o bloqueio no nervo infra-orbitário. Com o bloqueio do nervo maxilar tem-se anestesia da maxila superior, dentes superiores, nariz e o lábio superior. A anestesia do lábio inferior é alcançada fazendo o bloqueio no nervo mentual e para anestesia da mandíbula realiza-se o bloqueio no ramo alveolar inferior do nervo mandibular. A anestesia loco-regional é uma alternativa que exige competência e responsabilidade do Médico Veterinário, que deve possuir um bom conhecimento de anatomia descritiva e topográfica da região para que empregue corretamente a técnica e assim usurfruir dos seus benéficios. UVEÍTE ANTERIOR EM DOIS CÃES COM TRIPANOSSOMÍASE ROSA, S.S.¹; LUZ, A.B.S.S.¹; FULGÊNCIO,G.O ¹ ¹FEAD Introdução: Tripanossomíase é uma zoonose parasitária de regiões tropicais e subtropicais causada por protozoários do gênero Trypanosoma. Várias espécies domésticas são acometidas incluindo os canídeos. De modo geral, os cães infectados apresentam linfoadenopatia, emagrecimento, hipertermia e anemia. Algumas oftalmopatias têm sido associadas à infestação, como conjuntivite, blefaroedema e uveíte. Objetivos: Relatar uveíte anterior em dois cães naturalmente infectados com Trypanosoma ssp. Materiais e Métodos: Após avaliação clínica e oftalmológica, foram coletadas amostras de sangue para hemograma, função renal, função hepática e sorologia para leishmaniose, babesiose e erliquiose; radiografia torácica, abdominal e ultra-sonografia abdominal e ocular complementaram os exames laboratoriais. Em um animal, durante a necropsia, coletaram-se os bulbos oculares e fragmentos de esôfago, coração, baço, fígado, rim, linfonodo e intestino para estudos histopatológicos. Resultados e Conclusão: Ambos os cães apresentavam emagrecimento, linfoadenomegalia, hipertermia, letargia e uveíte anterior. Um dos animais apresentava hiperemia conjuntival, hipópio e hifema bilaterais, enquanto o outro apresentava phithisis bulbi bilateral. Os testes sorológicos foram negativos e havia elevação de enzimas hepáticas. Hemograma indicou anemia, trombocitopenia e presença de formas flageladas compatíveis com Trypanosoma ssp. Radiografia, ultra-sonografia abdominal e necropsia identificaram aumento de volume generalizado dos órgãos. A ultra-sonografia ocular demonstrou atrofia bilateral dos bulbos oculares. Nenhum parasito foi encontrado na histopatologia, que identificou infiltrado com predomínio de linfócitos e plasmócitos no miocárdio, íris e corpo ciliar. Blefaroespasmo e conjuntivite relatados em cães parasitados não foram observados nestes animais. No conhecimento dos autores, phithisis bulbi diagnosticado em um dos cães ainda não foi relatado na literatura. Entretanto, em casos de uveíte crônica, freqüentemente ocorre atrofia do bulbo ocular, caracterizando o quadro de phithisis bulbi. Tripanossomíase deve ser considerada no diagnóstico diferencial de oftalmopatias nos cães residentes em áreas endêmicas ou oriundos destas regiões. 59 VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS PREGAS VOCAIS MASCULINA E FEMININA NAS ETAPAS DA VIDA CAMPOS, P. C.¹; GOMES, A. R.¹; ROCHA, R. C. V.¹; SCHETTINI, M. P.¹ ¹ FEAD Introdução: As pregas vocais são constituídas por um ligamento vocal que tem fixado na sua borda o músculo tíreo-aritenóideo, que se estende da cartilagem aritenóide à cartilagem tireóide. Ao se abduzirem, as pregas vocais vibram, graças à ação do sopro pulmonar, produzindo som. Podem-se observar variações na voz de diferentes indivíduos e até mesmo de um mesmo indivíduo em diferentes etapas da vida, devido às variações anatômicas das pregas vocais. Objetivos: Observar as variações anatômicas das pregas vocais durante o desenvolvimento do indivíduo e as diferenças destas variações em indivíduos de sexo masculino e feminino. Materiais e Métodos: Revisão bibliográfica baseada em artigos e livros sobre a anatomia das pregas vocais. Resultados e Conclusões: Por meio de uma revisão de literatura observouse que ao longo da vida dos indivíduos, as pregas vogais sofrem variações anatômicas. No nascimento as pregas vocais de uma criança medem, aproximadamente, 5 mm. Na infância, a laringe cresce e as pregas vocais passam a medir de 6 a 8 mm. Ao atingir a puberdade as pregas vocais do menino se alongam rapidamente, atingindo a dimensão adulta – 16 a 23 mm. Já na menina, o crescimento das pregas vocais é progressivo, e atinge o tamanho adulto, 12 a 17 mm, entre 17 e 18 anos. As freqüências fundamentais no homem adulto diminui enquanto na mulher adulta aumenta. A partir dos 20 anos, na mulher, as partes cartilaginosas das pregas vocais tornam-se mais rígidas e distensíveis, pois inicia-se o processo de calcificação. Nos homens essa calcificação é intensa e inicia-se a partir dos 30 anos. Esse processo gera alterações vibratórias. No processo de envelhecimento há perda de elasticidade e tonicidade das cartilagens laríngeas, aumentando a freqüência da voz masculina e mantendo ou reduzindo a da voz feminina, fazendo com que as vozes dos indivíduos idosos se pareçam entre si tornando difícil a identificação do sexo do falante. 60