HISTÓRIA DA ARQUITETURA DO RIO DOCE: COLATINA E DISTRITOS RIBEIRINHOS (ATÉ 1970) A cidade de Colatina e Distritos Ribeirinhos têm potencial de análise, por constituírem com um contexto urbano e histórico relevantes para a formação urbana do Vale do Rio Doce. O trabalho abrange as épocas desde a fixação populacional nestas regiões até os anos de 1970. Acredita-se que estes estudos são importantes para entender a diversidade cultural destas localidades e como esta enriquece o quadro da arquitetura capixaba. Além disto, é importante destacar os papéis desempenhados na evolução urbana e na transformação da arquitetura regional: pelos nativos (dificuldade de colonização até 1900); pela migração de mineiros, italianos, alemães, poloneses, libaneses; pelo Rio Doce, pela ferrovia (EFVM) e ainda pela produção cafeeira, madeireira, e a pecuária de gado de corte. 1 INTRODUÇÃO Neste estudo, o período histórico compreende, principalmente, desde a fixação populacional nestas localidades em questão, por volta de 1866, até os anos 1970. Foram aprofundados principalmente neste estudo o centro da cidade de Colatina e os distritos de Itapina e de Baunilha. O adensamento populacional na região de Colatina (antes habitada apenas por indígenas, como os Botocudos) ocorreu em torno do ano de 1866, com a vinda de imigrantes principalmente interestaduais, como mineiros e fluminenses. Em 1889, chegaram imigrantes de procedência européia, sobretudo italiana, alemã e polonesa. O Distrito de Itapina situa-se ao sul e nas margens do Rio Doce, recebeu especialmente colonos de origem alemã e italiana, também, libanesa e mineira. O povoamento foi adensado em torno de 1903. A atividade econômica principal nesta época era produções cafeeiras, transportadas pela linha férrea ligando Vitória a Minas Gerais; e pelo próprio Rio Doce, com o vapor Juparanã. Desde a década de 1980, a Estação Ferroviária encontra-se abandonada, assim como muitas casas. Houve um processo drástico de esvaziamento populacional com a primeira erradicação dos cafezais do Espírito Santo. Contudo esta arquitetura remonta ao período próspero de Itapina, com tipologias populares de influência do imigrante. Outro distrito estudado foi o de Baunilha, também pertencente a Bacia Hidrográfica do Rio Doce e que tem como manancial o Rio Baunilha. Figura 01. Foto do Distrito de Itapina, Figura 02. Foto do Distrito de Baunilha, mostrando um galpão de café abandonado e mostrando habitação (em uso) com galpão de fechado. café anexo. Figura 03. Foto do Distrito de Itapina, mostrando casarios históricos Figura 04. Detalhes da fachada do Hospital Silvio Aviso no centro de Colatina. 2 OBJETIVOS Propõe-se analisar edificações ou/e o conjunto delas para reconhecer a linguagem e a tipologia destas. Considera-se este um estudo preliminar, neste sentido, a decisão foi abarcar um conjunto de exemplos para constituir um panorama, que foi abordado em etapas distintas de história da arquitetônica, segundo as transformações morfológicas, tipológicas e estilísticas observadas, além das mudanças de sua da inserção em meio rural ou urbano. Considera-se o diálogo existente entre culturas, principalmente em relação a formação cultural brasileira (como os movimentos populacionais de caboclos e mineiros) e a inserção cultural do imigrante europeu (como os italianos e alemães). Faz-se estudo da arquitetura popular. Até porque não há muitos exemplos disponíveis de arquitetura erudita na região. A intenção também é de alargar o conhecimento desta área além de difundir o conhecimento adquirido em publicações sobre as questões da: Arquitetura do Rio Doce; arquitetura popular; arquitetura rural; estudo de influências do imigrante italiano; dentre outros. Para uma análise mais específica, selecionaram-se localidades em que se pudessem estudar de maneira mais aprofundada tipologias e linguagens arquitetônicas. Para tanto, foram escolhidos principalmente: o centro da cidade de Colatina; o Distrito de Baunilha; e o Distrito de Itapina. Estas opções são justificadas, por terem sido coletados boa quantidade de informações, dados e bases iconográficas destas regiões; Justifica-se ainda, o fato de que sobre esta produção arquitetônica, não existe uma grande quantidade de trabalhos acadêmicos e finais de graduação do Curso de Arquitetura e Urbanismo. 3 METODOLOGIA Inicialmente foi feita uma revisão bibliográfica e documental, com base em livros que pudessem colaborar em um levantamento histórico e geográfico das regiões em estudo. Posteriormente, foram feitas visitas de campo a estas regiões. O método empregado nesta pesquisa é o qualitativo, pois, enfatiza a descrição do objeto que é a história da arquitetura de distritos ribeirinhos de Colatina. A abordagem teórica teve seu eixo estabelecido principalmente dentre os estudos: do simbolismo e etnografia; da arquitetura popular; e da arquitetura italiana. Estas teorias foram relevantes para entendimento da arquitetura que foi documentada e observada nas localidades avaliadas. Destaca-se principalmente o texto “Origens culturais da Arquitetura” de Amos Raporport, o livro “A dimensão simbólica da Arquitetura” de Claudia Vial Ribeiro. A leitura do livro “Arquitetura Popular Brasileira” de Günter Weimer também foi importante pois o tipo de arquitetura investigado é vernacular, (própria do povo). Segundo Weimer, a arquitetura popular é muito mais criativa em termos de adaptação formal e no emprego de materiais de construção do que a arquitetura erudita.Pelo menos é mais pragmática e adaptada as condições locais (hipoteticamente). Na arquitetura popular a forma plástica é o resultado da técnica e do material empregado (WEIMER, 2005). A arquitetura italiana foi pesquisado principalmente pelo livro “Arquitetura da imigração italiana no Espírito Santo” de Júlio Posenato. A arquitetura italiana foi de grande incidência nas localidades em estudo. Empregavam-se as técnicas da taipa de mão e palmito, na colonização iniciada me 1888-89 e na arquitetura rural. Os italianos do norte do Espírito Santo se caracterizavam pela valorização do trabalho manual (POSENATO,1997). Outro eixo levado em consideração foi a questão dos valores e critérios que uma cultura adota no processo de colonização. De fato, aquilo que chamamos de cultura pode ser viso de três maneiras principais: como uma maneira de viver que tipifica um grupo; como um sistema de símbolos, significados e esquemas cognitivos; e como um conjunto de estratégias adaptativas para sobreviver relacionados à ecologia e aos recursos. (RAPOPORT, In SNYDER & CATANESE, 1984) 4 RESULTADOS Analisou-se a arquitetura das regiões e criou-se uma subdivisão cronológica das etapas da arquitetura das localidades em estudo. A primeira etapa de arquitetura estabelecida é a arquitetura indígena. Esta teria existido entre os anos de 1500 (em abundância) até meadas 1900 (quando se tornou mais escassa devido ao processo de colonização). No interior do Rio Doce encontravam-se índios que descendiam dos Aimorés, originários dos Tapuias. Já no médio do rio, situavam-se os: Nac-nuc; Crenac; InkutCrac; e os Pancas. No alto Rio Doce, tinham-se predominantemente os: Coropós, Puris, Panames, Caposes, dentre outros. Esses índios viviam basicamente da pesca, caça, mandioca, milho e coleta. Os Botocudos eram nômades e dominavam muitas regiões da bacia do rio. Estes eram índios agressivos e que constantemente entravam em conflito com os colonizadores, o que acarretou em um retardamento da colonização interiorana. Em relação às construções indígenas, o assentamento mais comum eram as aldeias formadas por diversas ocas. Suas moradias eram feitas por materiais encontrados no próprio meio natural. Dentre eles tinham a madeira, galhos, terra, matérias orgânicos, palha além de folhas e fibras. Possivelmente, o mais abrangente estudo sobre a habitação do indígena brasileiro foi feito por Costa e Malhado. Nele fica evidenciado que os diversos tipos de folhas naturais têm sido o único material- salvo raras e notórias exceções- empregado em coberturas e paredes. Via de regra, nessas construções, cobertura é uma continuação da parede. (WEIMER,2005) Após a este período da arquitetura indígena, teve-se a fase da arquitetura de colonização, que datou os anos de 1866 com a chegada de imigrantes vindos de outras regiões brasileiras, como os mineiros e fluminenses. Muitos dos imigrantes italianos trabalharam em estradas e construções do Governo ou de particulares. Também trabalharam em um “barracão” no Rio Santa Maria, para o governo no início de 1890, no local conhecido como “Colatina Velha”. Esta região passou a congregar moradores e imigrantes, tornando-se um povoado, denominado posteriormente de Baunilha. A localidade de Itapina nesta época, também agregou diversos imigrantes, como os italianos, alemães, libaneses e ainda mineiros. O povoado começou a se desenvolver mais prosperamente em torno de 1915. Dentre as famílias italianas que já se situavam no local nesta época, pode-se citar : Binda; Becalli; Pavan; Castiglioni; e Lauretti. Pode-se verificar que a arquitetura de colonização tem o seu eixo principal na arquitetura popular. Este foi trazida de técnicas tradicionais do imigrante europeu, juntamente com a própria arquitetura vernacular brasileira A madeira foi largamente utilizada como material construtivo. Com a vinda do imigrante, o índice de depredação da Mata Atlântica aumentou desenfreadamente. A variedade, quantidade e qualidade da madeira do Espírito Santo propiciou seu uso farto nas edificações dos imigrantes italianos e seus descendentes, a ponto de que nada foi construído sem madeira (POSENATO, 1997). A técnica de pau-a-pique (ou taipa-de-mão) também foi constatada. Os tipos de casas constados foram: Casas térreas; sobrados; casas de porta-e-janela; e casas tipo de fazenda. As casas térreas eram simples. Largamente construídas pelos imigrantes que chegavam em condições econômicas escassas. Algumas destas casas visitadas, tinham geralmente a sala como entrada e corredores que distribuíam os quartos e a cozinha aos fundos. Os sobrados eram construídos por famílias de imigrantes que tinham melhores condições financeiras. A residência típica brasileira era o sobrado urbano, que tinha uma versão mais simplificada, a casa térrea, cuja planta correspondia à planta alta -como se dizia então - da casa de dois pisos.(WEIMER, 2005). Em algumas edificações visitadas desta tipologia, notou-se uma maior quantidade de quartos (talvez pelo fato das famílias serem numerosas), cozinha espaçosa e maior afastamento de fundos, incidência de jardins, pequenos pomares além de criação de animais de pequeno porte. As casas tipo “porta e janela” eram as mais simplificadas. Eram construídas com a mãode-obra do próprio colono. Reduzida a abrangência de suas descrições ao tipo que hoje genericamente é chamada de cada de porta-e-janela, temos de concordar que esse tipo realmente se caracterizava pela constância e apresentava uma espantosa similitude ao longo de toda a costa brasileira.(WEIMER,2005). Cabe frisar ainda que a arquitetura religiosa nesta época foi relevante, pois nos núcleos urbanos reticulados, foram construídos igrejas nas praças principais juntamente com edifícios públicos. Figura 05. Igreja no Distrito de Itapina, com Figura apenas uma torre. Colatina Velha, com apenas uma torre. 06. Igreja São Sebastião em Figura 07. Exemplo de casa térrea em Itapina. Figura 08. Exemplo de casa tipo sobrado em Itapina. Figura 10. Exemplo de casa tipo rural no Distrito de Itapina. Figura 09. Exemplo de casa de porta-e-janela no Distrito de Itapina. Devido ao início de mudanças sócio-econômicas e tecnológicas, ocorrem novas condições para o transporte, como as ferrovias. As ferrovias traziam, portanto, sobre seus trilhos, novos recursos de construção, sobretudo uma nova maneira de construir. De fato, os edifícios das estações de estrada de ferro, fossem importados ou construídos no local, correspondiam sempre a novos modelos. (REIS FILHO, 1978). Figura 11 Antiga Estação de Baunilha, Figura 12. Vista da balsa no Rio Doce, do atualmente utilizada para fins comerciais. Distrito de Itapina. Na fase de consolidação do povoamento de Colatina, estabeleceu-se na pesquisa um período entre 1924-53 - entre os governos de Florentino Ávidos e Jones dos Santos Neves de duplo aspecto lingüístico da arquitetura do historicismo e proto-modernismo. Nesta época ocorreram transformações na legislação urbana, nas técnicas da construção civil e na linguagem da arquitetura brasileira. Passou-se a utilizar uma maior ornamentação (Historicismo e Art Decò e ao Art Nouveau) e geometrização nas fachadas no que se denomina de proto-modernismo. A linguagem proto-moderna adere aos aspectos de higienização e elementos esterométricos nas fachadas. Dentre as tipologias principais do historicismo têm-se: Casas térreas, sobrados, casas de porão-alto. Já no caso das tipologias proto-modernas, eram mais comuns: Edificações de pequeno e médio porte. Figura 13: Detalhe da janela de um antigo Figura 14. Casarão com características ecléticas hotel libanês em Itapina, com característica em Baunilha. Detalhe também para a tipologia de de Art Nouveau. porão alto. Figura 15: Edificação Proto-Moderna no Figura 16: Câmara Municipal com características Centro de Colatina. ecléticas, em reforma, no Centro de Colatina. As casas de porão-alto eram uma variação das próprias casas térreas, no entanto com “levantamento” anterior da construção. Em alguns casos a idéia desta tipologia era causar uma “maior imponência” da edificação em relação ao logradouro urbano. Já as edificações de pequeno e médio porte tornaram-se comuns na arquitetura urbana proto-moderna, devido ao adensamento populacional e o desenvolvimento de técnicas construtivas. Geralmente estes prédios eram utilizados para fins comerciais e habitações coletivas. As principais técnicas construtivas empregadas nesta etapa eram: Construções em madeira; construções em alvenaria; telhas Marselha; ornamentação; e início do uso de materiais industrializados. A ornamentação se torna excepcionalmente presente nas fachadas na época historicista, mesmo que de maneira simplificada e apenas alusiva. Os elementos decorativos eram utilizados em toda a fachada, principalmente decorando portas, janelas, a barra da edificação e a platibanda (quando existente. Algumas poucas desses ornamentos constituíam-se elementos característicos de Art Déco e/ou Art Noveau. O Art Déco quando observado é muito esquemático, quando ocorre a ornamentação pode ser percebida como aplicação. O Art Noveau foi um estilo essencialmente ornamentalista. Nas edificações não havia uma forma propriamente Art Noveau, mas a adaptação do edifício às características essenciais do estilo: a linha sinuosa e lânguida e a ornamentação orgânica inspirada na flora. (DE SÁ, 2005). A arquitetura do crescimento urbano (1953-1970) ocorre com um avanço no uso de matérias industrializados, como: uso do concreto armado; uso de lajes impermeabilizadas; telhados de cimento-amianto; esquadrias pré-fabricadas; uso de tijolos industrializados, dentre outros. As tipologias evidenciadas são: as casas de pequeno; médio e grande porte (usos uni ou multi-familiares); edificações de médio e grande porte (fins comerciais ou industriais); construções de carregação; e construções periféricas. Entre 1960-70, ocorre um processo de verticalização do centro urbano, com a produção de edificações com maior número de pavimentos. No entanto, com o processo de desenvolvimento da cidade, ocorre favelização na periferia e no núcleo urbano (nas encostas dos morros). Um dos fatores para isso é o processo de decadência de Colatina e dos distritos ribeirinhos posterior à erradicação dos cafezais e a retirada da ferrovia e estação do centro da cidade. A seguir consta diagrama da linha de raciocínio resumida, em que foram aprofundados os resultados das etapas cronológicas de arquitetura dos locais em questão. Figura 17. Diagrama das etapas de Arquitetura Indígena e de Arquitetura de Colonização. Figura 18. Diagrama das etapas de Arquitetura da consolidação urbana e da Arquitetura do crescimento urbano. 5 DISCUSSÃO E CONCLUSÕES Pôde-se entender de maneira mais abrangente as técnicas construtivas utilizadas pelo imigrante, tanto o europeu como os vindos de outros estados brasileiros, e como esta fusão foi importante para o cenário da arquitetura da região do Rio Doce e do Espírito Santo. Concluí–se também que: O homem é um ser dependente de padrões culturais e sistemas simbólicos que dão sentido a sua existência, e ainda, que a cultura corresponde a um padrão de significados transmitidos historicamente, incorporado em símbolos. Deste modo, o pensamento, compartilhado por determinada cultura (até de modo sincrético) em certa época (GEERTZ apud RIBEIRO, 2003), está presente na escolha da tipologia (também dependente dos recursos econômicos), do lugar e posição para edificação no sítio, na relação com o logradouro público e na cidade, no agrupamento de edificações no ambiente rural (posição de cada edificação e sua posição no sítio), na organização do ambiente cotidiano (sobretudo a cozinha), na religiosidade em certos ambientes da casa,,das atividades e a sua distribuição no interior da casa A mescla entre as linguagens brasileira e a de italianos (como nos exemplos Itapina, Baunilha e mesmo no centro principal (até 1951-55) evidencia a forte disposição das duas culturas ao contato e à aculturação, balizadas por: capacidade de assimilação das técnicas e soluções construtivas regionais, diversidade de soluções com tendência ao estereótipo (o que se adequa a um padrão fixo ou geral, vulgarização do tipo), recurso à soluções padronizadas de sistemas estruturais e morfológicos (aspectos notados nos italianos radicados no Espírito Santo por José Posenato). No entanto, nos dois primeiros períodos estudados (1867-1951) observa-se uma rigorosa evidência dos padrões geométricos reguladores das fachadas desde as construções simples às mais elaboradas. Tal como se observa na figura anterior. Isso significa senso estético e cuidado com a construção Com o desenvolvimento urbano (1951-70) ainda observa-se a regulação geométrica, ligada às proporções dos materiais industrializados padronizados e ao cálculo estrutural, porém, aquém do senso estético das construções dos dois períodos anteriores. Por isso, esta geometrização muitas vezes se perde na decadência e banalização da linguagem da arquitetura. Neste período, existe uma arquitetura diferente da arquitetura comercial comum, denominada de “arquitetura de carregação” (QUEIRÓS, 1987). Esse “tipo de arquitetura” perfaz o grosso da construção civil nacional pós Brasília produzida por engenheiros, arquitetos, mas também por simples desenhistas. Neste período ocorre no território brasileiro: explosão demográfica, surto imobiliário (especulativo) paralelamente a um processo inflacionário. Por outro lado, a construção civil se torna o filão de emprego para a população pobre, tornando-se um veículo não só do desenvolvimento nacional mas também de manobra política (QUEIRÓS, 1987). Por que esta desqualificação da arquitetura? Há pelo menos duas hipóteses possíveis: Há teóricos que afirmam que a arquitetura brasileira vanguardista muito ligada à intenção plástica dificultava a criação de uma escola (sua popularização). Por outro lado, a técnica do concreto armado facilmente assimilada (nos seus aspectos básicos) produz um funcionalismo vulgar, e, somada à especulação da construção conduz a desqualificação dos ambientes não só de Colatina, mas, da maioria das cidades brasileiras. 6 – Referências Bibliográficas CATANESE, Anthony; SNYDER, James C. Introdução à arquitetura. Rio de Janeiro: Campus, 1979. DE SÁ; Marcos Moraes. Ornamento e Modernismo: A construção de imagens na arquitetura. Rio de Janeiro: Rocco, 2005. POSENATO, Julio. Arquitetura da imigração italiana no Espírito Santo. Porto Alegre: Posenato arte & cultura, 1997. QUEIRÓS, Mauricio Vinhas de. Arquitetura e Desenvolvimento. In. XAVIER, Alberto. Depoimento de uma geração. São Paulo: ABEA/FVA/PINI, 1987. p. 155-177 REIS FILHO. Nestor G. Quadro da Arquitetura no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1987. RIBEIRO, Cláudia R. Vial. A dimensão simbólica da arquitetura: parâmetros intangíveis do espaço concreto. Belo Horizonte: FUMEC-FACE, C/ Arte, 2003. WEIMER, Günter. Arquitetura popular brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2005.