Marra Caluf Karpinski
J6ias inspiradas no Art Nouveau
Curitiba
UTP
2006.
Marra Caluf Karpinski
J6ias inspiradas no Art Nouveau
Tee - Trabalho
80
Curso
Curitiba
UTP
2006.
de Conclusao
de Curso apresentado
de Design, habilitat;ao
em Design de Moda,
como requisito parcial para a obtenl(ao do
grau de Designer de Moda da
UTP - Universidade
Tuiu!i do Parana,
Qrientada pela Professora
Denise Bianco.
Para
Deus Pai
Deus Filho
Deus Espirito Santo
Aos meus pais e
Amada irma
iv
Agrade90 a Deus
Ao Senhor Jesus
Ao Espirito Santo
Par permitirem a conclusao deste projeto
Ao meu pai e minha mae pelo amor e carinho
A minha irma par ser tao amiga e especial
As ami gas que me acompanharam
durante estes an os
v
SUMARIO
Lista de Figuras
.........................•......
Resumo....
.
Abstract......................................
INTRODU<;:Ao
Fotografia
REVISAo
.
viii
x
xi
.
.
.
do produto
.
.
BIBLIOGRAFICA
01
02
03
Historia da jOia
.
03
Historia do broche..
.
..
..
..07
Historia do relogio
.
09
Design e relogios
.
14
Metais e prata..
..
.
15
Prata ......................................•........................•....................................
16
A~o..
.....................•.•••
.
18
Pedras Preciosas
.
.
18
Zirconia e rubi..
. ..
.
23
Lapida~ao e polimento
......••
.
.
24
A origem da Art Nouveau ..
......•••....
.......•.
....••. .
24
Art Nouveau..
.....................................•.......
25
Art Nouveau no Brasil..
.
27
Caracteristicas da Art Nouveau..
....................................••.......
29
Motivos florais..
...........•.....
.
31
Art Nouveau, a Moda e a Mulher.. .
39
MATERIAlS
E METODOS
DE PESQUISA
Fun((ao do produto..
.
Publico alvo..
Conceito
Ambiencia
Produtos similares.
Analise diacronica....
Analise sincronica..
Tendencia de moda
Materiais e tecnicas de transforma((ao...
Cartela de cores...
.
Cartela de materia is..
Analise ergonomica
Testes de usabilidade..
.
.
.
.
.
.
.
.41
.41
..42
.45
.46
..47
.48
.50
51
51
55
56
57
60
vi
Gerac;:ao de alternativas
RESULTADOS
....
Selec;:ao de alternativa...
Ficha tecnica......
..
Fotos do produto...
Instru.;:ao do produto..
DISCussAo
.
.
. ..
..
REFERENCIAS
61
66
. 66
.
72
.
77
.
78
...... 80
..
CONCLusAo
.
.
E RECOMENDAC;OES
BIBLIOGRAFICAS
............. 81
..... 82
vii
Lisla de Figuras
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
01: foto introdu9ao
02
02: amuletos.. .
.
03
03: joia egipcia..
.
03
04: joia grega..
.
04
05: joia romana..
..
04
06: joia da idade media..
.
05
07: renascimento,
neoclassico e barroco..
.
05
08: joias art nouveau..
.
06
09: broche..
.
08
10: broche neoclassico e art nouveau..
.
08
11: primeiros relogios..
.
10
12: ampulheta..
.
10
13: catedral de Salisbury..
.
10
14: rel6gio de torre..
.
10
15: relogio mecanico..
.
11
16: rel6gio portatil..
. 11
17: pEmdulo..
.
11
18: estilos de relegios....
.
11
19: relegios de quartzo, SUi90 analogico, Rolex rubis e ouro, caixa de prata
11
20: relogio de bolso e pulseira..
.
12
21: relogio de auro, em serie, quartzo..
.
12
22: design e relegios..
.
14
23: relegios..
.
14
24: origem dos minerais das gemas
19
25: campos diamantiferos..
.
19
26: gemas de origem vegetal e animal..
.
19
27: imita9ao de gemas..
.
20
28: inclusoes..
.
20
29: estrutura cristalina..
.
21
30: estilos de lapida9ao.. .
.
21
31: reflexao e refracc;ao..
..
22
32: facetas e cortes perfeitos..
.
22
33: vila Penteado de Carlos Eckman..
.
28
34: vila Penteado..
.
28
35: ceramicas de Eliseu Visconti
29
36: flores de Eliseu Visconti..
.
29
37: linha chicotada Art Nouveau...
.
30
38: flora Art Nouveau..
.
30
39: fauna Art Nouveau..
.
30
40: mulheres Art Nouveau.. .
.
31
41: abstra9ao Art Nouveau..
.
31
42: flores de Hector Guimard
, ,
32
viii
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
Figura
43: flares de Alvar Aalto
44: flares de Charles..
45: flares de Charles..
46: flares de Victor Horta
47: flores de Emile Galle
48: flares de Jean Daum...
..
49: flares de Eugene Gaillard
50: flares de Josef Hoffmann
51: flares de Archibald.
.
52: flares de Rene
53: flares de Majorelle..
54: flares de Morris
55: flares de Dagobert
.
56: flares de Comfort Tiffany
57: Art Nouveau, a mod a e a mulher...
58: ambiencia..
59: produtos similares
60: produtos similares..
.
61: analise diacr6nica .
.
62: analise diacronica..
63: analise diacronica...
.
64: analise sincr6nica..
65: tendencia
66: tendencia..
.
67: tendencia..
68: fundicao..
69: conformacao
70: laminacao..
71: trefilacao..
72: soldagem..
.
73: cartela de cores..
74: cartela de materiais..
75: teste..
76: gera9ao de alternativas
77: gera<;:ao de alternativas
78: geracao de alternativas
79: geracao de alternativas
80: instrucao do produto.. .
81: manga..
82: tag
.
..•
..
.
.
.
.
.
.
.
.
,
32
33
. 33
33
34
34
34
35
35
36
.
36
37
.
37
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..40
46
.47
.47
.48
.
48
.49
50
51
51
51
.
52
52
.
53
..53
53
.
55
56
60
62
63
64
65
.
78
78
79
ix
RESUMO
Encontra-se presente 0 projeto de gradua9ao do curso Design de Moda, que
possui como tema "Joias inspiradas no Art Nouveau", Este movimento artistico
Ii
considerado urn dos mais importantes e marcantes estilos, devido a graciosidade
e a expressividade de suas curvas e ondula90es. Juntamente com tais
caracteristicas, buscou-se projetar urn produto de moda que uni 0 rel6gio a j6la,
resultando no 'rel6gio j6ia'. Este proporciona funcionalidade, sendo usa do sabre 0
punhg de casa,Gosou como broche, agregando valor a roupa e vaIQf~J:ldo a
pr6pria pe9a. 0 projeto tern como objetivo proporcionar a usuaria uma j6ia
inspirada no passado, mas adaptado a epoca an de vivemos inovando a forma de
usar a pec;:a.Paraisso, realizaram-se primeiramente estudos sobre a hist6ria da
j6ia, moda, arte, rel6gio, 0 comportamento e as necessidades do ser humano.
Analisaram-se
as medidas dos pulsos das mulheres de Curitiba e dos punhos de
blusas, seguindo as tabelas de medidas de modelagem para desenvolver 0
tamanho correta das j6ias. A partir da gerac;aa de alternativas, selecionaram-se
cinco produtos,
1000, cravado
confeccionando
uma pe9a em prata 950, banhado
com prata
com dez pedras de rubi sintetica. Este e um projeta inavador, em
que foram realizados testes e ajustes necessarios para a finalizac;aa da j6ia,
sempre priorizando a ergonomia, funcionalidade e a confarta. 0 projeta atingiu a
objetivo, proporcionando
pelo publico alvo,
a moda
Palavras chave: Art Nouveau,
um novo produto de design, sendo bem aceito
JOia, Relogio,
ABSTRACT
It presents the project of graduation of the Design of Fashion course, that has as
theme "Jewels Inspired in Art Nouveau". This artistic movement is considered one
of the most important and outstanding styles, due to grace and the expressiveness
of their curves and undulations. Together with such characteristics,
it was looked
for to project a fashion product that unites the clock to the jewel, resulting in the
'clock jewel'. This provides functionality, being used on the fist of coats or as
brooch, joining value to the clothes and valuing the own piece. The project has as
objective provides the user an inspired jewel in the past, but adapted to the real
time where it always innovates the form of using the piece. For that, it did studies
firstly on the history of the jewel, fashion, art, clock, the behavior and the human
being's needs. The measures of the women's from Curitiba pulses were analyzed
and of the fists of blouses, following the tables 6f modeling measures to develop
the correct size of the jewels. Starting from the generation of alternatives, five
products were selected, making a piece in silver 950, swamp with silver 1000,
nailed with ten stones of synthetic ruby. This is an innovative project, in that tests
and necessary adjustments were accomplished. for the finalization of the jewel,
always prioritizing the ergonomics, functionality and the comfort. The project
reached the objective, providing to the fashion a new design product, being well
accepts for the public.
Key words: ,Art Nouveau, Jewel, Glock.
xi
INTRODUyAo
e
Encontra-se como tema do projeto 'Joias inspiradas no Art Nouveau'
Este
um
movimento artistico que surgiu na Fran9a entre 1890 e 1910. Caracterizam-se
pela
exuberancia decor-ativa com formas organicas, lin has sinuosas e-assimetricas
das
folhas, flores e dos animais. Na epoea, a ideia era unir 0 trabalho artesanal com 0
processo industrial, mas apesar da tentativ8, as habilidades·dos·artesaosainda
eram consideradas
as carimbos oficiais desta arte.
As j6ias foram desenvolvidas
a partir dos motivQs fiorais doArl Nouveau. Seguindo
esta caracteristica,
projetou-se 0 acess6rio feminino de moda, a 'reloj6ia. Trata-s8
da uniao da j6ia em prata par processo artesanal, com 0 rel6gio em 8g0 parprocesso industrial, como a princfpia 0 85tilo propunha.
o
desenvolvimento
das j6ias surgiu da necessidade
que 0 avango tecnol6gico
criou.
Sabe-se que a 'tecnologia'
e a palavra chave do mundo moderno. 0 celular, por
exemplo,
a indispens.av~I,
sendo
utilizado
para armazenar
vlde,os, d~dos ou
simplesmente
consultar
hora.
a
E par conseqLu3ncia desta ultima, que houve uma queda nas vendas dos relogios de
pulso. Grandes empresas
tiveram que pensar no relogio nao somente como urn
objeto funcional,
mas tambem como uma necessidade
de adquirir um produto de
moda. Analisando esta tendemcia de mercado desenvolveu-se
urn produto de moda
com design, cor e materiais diferenciados,
aliado principalmente
idaia--em -obter
uma joia, e nao simplesmente
um relogio.
a
Confeccionadas
em pares, onde cada par representa uma fior, devera ser ligada por
meio de urn engate
rnaquina do relogio, e entao fixada sabre 0 punho de blusas e
casacos por meio de uma tarraxa adaptada·a pe98. Podera tambem~ser somente um
broche, permitindo diversas formas de uso.
a
o problema
encontrava-se
em desenvolver a funcionalidade
e a ergonomia do
produto, priorizando 0 conforto
usuaria. Para isso, foram analisadas diferentes
formas de fixaQ§o e tamanho, estudando a ergonomia e 0 formato do corpa
feminino.
o objetivo e adentrar
a
na historia e resgatar 0 estilo Art Nouveau, adequando a mod a
e as joias da apoca,
vida contemporanea.
As pegas desenvolvidas
recordam 0
passado, onde eram usadas sabre a vestimenta. Procurou-se desenvolver
um
produto inovador, funcional, que facilite a verificag80 das horas, agregue valor
roupa, enfim, que proporcione
usuaria urn diferencial.
a
a
a
Para a elabora9iio do projeto, foram realizadas pesquisas sobre a historia da joia,
fundamental para entender 0 porque do seu usc, a historia do broche e do rel09io,
para a criagao de uma pega funcional, 0 comportamento
e a moda, para analisar as
necessidades femininas e principalmente
a historia do Art Nouveau.
REVISAO BIBLIOGRAFICA
Encontram-se estudos realizados par meio de livres, jornais, revistas e Internet, sabre
tema principal Art Nouveau. Alem de analises sabre a hist6ria da j6ia, do broche, do
rel6gio, do design e 0 comportamento
da moda, necessarios para a elaboray<3.o e
desenvolvimento
de todo a projeto.
0
Hist6ria da J6ia
A j6ia surge com a vaidade, 0 desejo de riqueza, 0 mito e a cren98 das antigas
civiliz8yoes. Atraves delas, e passivel analisar a cultura, as costumes, a estrutura
econ6mica e a tecnologia dos povos que a criam, alem de indicar a funyao social de
quem a usava (lider). A principia eram confeccionados
com dentes e unhas de animais,
esqueletos de peixes, conchas, coral, OSSOS, chifres, enfim, com as materiais da epoca.
A maior parte das j6ias eram usadas como amuletos, simbolizando a fort;a e a protet;ao.
Isso acontecia porque a j6ia primitiva mantinha uma relat;ao mistlca com 0 universo, as
povos escolhiam a perfodo para produzir suas petras, quando as estrela se alinhavam
em posit;5es favoraveis.
Fonte: http://www1.uol.com.br/modabrasil
Desde 3500 anos a.C que as j6ias em ouro sao cobit;adas. Os egfpcios colaboraram
com a disseminat;ao desse material, deixando petras elaboradas, em forma de
escorpi6es, serpentes e escaravelhos. Eles dominavam a ouro, construindo coroas com
motivos fiorais, tat;as, armas, instrumentos musicais e empregando cor nas j6ias
atraves de pedras da epoca. Os sarc6fagos eram construfdos com ouro maci90 e
grandes quantidades de j6ias, a tampa reproduzia os trat;os dos reis. Foram
encontrados aneis, cola res, peitorais, amuletos, braceletes e brincos com altissima
qualidade tecnica e decorativa.
i
"i
I
Fonte: www.joiabr.com.br
A j6ia grega possui mais de 5000 anos, os cola res eram feitos com placa de oura,
aplicados em coraas e grinaldas, usando motivos flora is. Os ourives inspiravam-se
tambem em detalhadas descri,oes do escudo de Aquiles, do cinto de Afrodite ou das
mat;anetas douradas do palacio de Tr6ia. No Perfodo Classico ou Idade do Oura, a
quantidade de j6ias confeccionadas
foi menor, mas a qualidade de produt;ao era
perfeita a ponto de fazer esculturas em miniatura. Platao expressa em seu testamento,
a uso de brincos em aura, mostrando que homens e mulheres ostentavam j6ias.
A joalheria romana era naturalista utilizando motivos florais em linhas planas e simples.
No ano de 200 d.C. surgi a tecniea de perfurar folhas de metal, mudando a face das
j6ias do Periodo Imperial. Os camafeus e as perolas eram usados em tiaras para
adornar penteados das ricas mulheres da epoca. Moedas e medalh6es de aura
imperiais decoravam aneis dos homens, que a usavam tambem como simbolo de
distin980 militar.
No perfodo Bizantino as j6ias eram bem decoradas, com formas geometricas
executados em cloisonne. Usava-se vidro e argila como substitutos de materials
caros.
Na ldade Media, a arte tornou-se monop6lio da igreja. As j6ias produzidas se
assemelhavam aos objetos religiosos, relicarios, calices e cruzes. Produziam-se petras
como calice de prata com relevo de ouro, que representava Cristo rodeado pelos
ap6stolos. No seculo VII, os altares eram ricamente enfeitados com estatuas de prata.
uso das j6ias no periodo medieval dependia da disponibilidade do material e da
demand a do mercado. No seculo XIII a satira deu lugar ao rubi, sendo a preferencia
nao s6 pela gema, mas pelo pret;o. No seculo XIV, 0 diamante tornou-se a gema mais
valiosa e cobi9ada de toda a Europa, com excet;ao de Portugal e Espanha, onde a
preferencia era pela esmeralda.
o
Os consumidares de j6ias eramformados
por reis, nobres e pelo alto clero, como
demonstra9ao de poder e para acordos politicos. Ja os mercadores e grande parte dos
comerciantes utilizavam as j6ias como uma reserva financeira,-se uma j6ia quebrasse
eram guardadas com cuidado, pois tinham grande valor. Tambem eram oferecidas
como p[esentes_em_casamentos_e
na passagem~do Ano NO\lo.
Nao existia a distinr;ao entre hom ens e mulheres, ambos usavam j6ias. Mas a
variedade de per;as femininas era maior, sendo usadas na caber;a au cabelo, assim
como outros aderer;os para as vestimentas. Os hom ens utilizavam as j6ias para os dias
festivos e as mulheres no dia a dia. Talvez seja par isso que a fabricar;ao, a
comercializar;ao e 0 uso de adornos, tenham se dirigido mais as mulhe[es.
o Renascimento abrange os seculos xv e XVI, onde a ourivesaria fazia parte da
forma9ao de pintores e escultores. A Italia introduziu pe9as de jarro, bacias, ta9as e
j6ias de ourivesaria muita bem elabarada, com perolas e pedras preciosas. Artistas
como Leonardo, Benvenuto Cellini e Mantegna se dedicaram trabalhando em obras
com perfeir;ao e luxo.
No periodo Barroco, as j6ias possuiam relevos, incrustar;oes e repuxados, tornando-se
simbolo de status social devido
grande quantidade de gemas. Criaram-se j6ias de
todos os tlpos, armaduras, objetos de adorno e de uso religioso de grande valor.
Comer;aram surgir coler;oes para 0 dia e para a noite. Do seculo XVIII em diante a
bijouterie francesa impoe-se a tada a Europa.
a
No periodo Neoclassica, buscava-se inspirar;ao no estilo grego e romano. 0 imperadar
frances Napoleao vestia-se com roupas de muitos detalhes, assim como suas j6ias.
Fonte:
W'vV'N.joiabr.com.br
No seculo XIX poderosas j6ias sao criadas para a Imperador Napoleao I, servindo de
padrao para tad a a Europa. No seculo XX, joalheiros famosos como Cartier e
Boucheron, inspiravam-se no estilo Belle Epoque, criando j6ias com a delicadeza das
flores estilizadas, guirlandas e a usa da platina. Esse periodo que antecedeu a Primeira
Guerra Mundial (1914 a 1918) caracterizou-se
pela estabilidade e 0 conforto no dia-adia das pessoas. As roupas, objetos de decoralfao, j6ias tin ham que ser as mais
requintadas possiveis.
o rei Eduardo VII e a rainha Alexandra influenciaram a sociedade da epoca. Ela
costumava usar no pesc090, uma gargantilha de perolas bem justa e uma tiara no estilo
imperial russo. Incentivavam uma moda exuberante, com as formas f1uidas e cores
leves. Pedras preciosas como granada cor de esmeralda e olho de gato eram muito
utilizadas. 0 estilo vitoriano, rococo, broches com animais, estrelas e cruzes marcaram
o seculo XVIII. Outro movimento que marcou a epoca foi a Artes e Oficios, pois se
manifestava contra a industrializalfao e os produtos automatizados,
refletindo na
arquitetura, mobilia, metal, destacando 0 retorno do medieval e do romantismo.
Este movimento cedeu lugar ao Art Nouveau, com motivos florais e figurativos. As j6ias
em prata e ouro eram confeccionadas
com gemas turquesa, ametistas, opalas, lapislazuli e quartzo rosa. Criavam-se ondas e cachinhos de cabelo (femmes fatales), damas
graciosas, elementos botanicos e simbolistas. As joias de Lalique provocavam impacto,
criando pentes, fivelas para sapato, alfinetes de gravata, usando tecnicas de
esmalta9ao opalescentes, translucidas, c/oisinne, p;que-a-jour e champ/eve.
As j6ias depois da 21:1 Guerra Mundial serviram nao 56 para a uso, mas tambem como
um investimento. Passou-se a exigir a qualidade das gemas, perfeitamente facetadas e
montadas em pe9as de design de acordo com a moda. A partir da segunda metade do
seculo XX, novas ideias, conceitos e materiais passaram a ser utilizado pelos
designers, como 0 titanio e diferentes papeis.
(Fonte:
PEDROSA,
Julieta)
Mercado da joalheria
hoje, segundo
"A classe 'A' no Brasil, movimenta
Fabio Altman.
USS 2.2 bilh6es ao ano e 0 mercado
do luxo
movimenta todos as anos mais de USS 100 bilhoes. Urn crescimento de 35% ao ano.
No Brasil a renda media de 1% dos brasileiros riCOSe de R$ 23,4 mil- diante de R$ 1,6
mil da media da popula~ao. As cinco mil familias mais ricas - 0,0001 % da popula~ao
sao donas de 40% do PIB. Tem-se como certo que a germina~o
de consumidores
e
resultado da democratizac;:;ao do IUXD, 'masstige', a contracao das palavras 'mas' e
'prestige', do ingles. Eo a massa e 0 prestigio. Trata-se de oferecer produtos de r6tulos
reputados a urn numero maior de pessoas. Nao
surgiu pelos exageros
produzidos
S8
pel as diferen~as
trata da popularizac;:aodo
economicas
dividindo a sociedade par classes sociais. Imaginava·se que
dinheiro no bolsa. 0 IUXQ e a elegancia sem abusos",
0
IUXD,
mas
do mundo globalizado,
luxe fosse sin6nimo de
Segundo a pesquisadora Regina Machado, "hoje as pessoas nac compram aneis,
colares ou brincos cujo valor esteja apenas no material usado, mas sim no design, no
estilo e na ideia que aquela pe~a contem"
A ideia e quebrar as expectativas
e
aproximar 0 produto do dia-a-dia do consumidor. Mas ainda afirma que wpormais que a
j6ia entre no dia·a·dia das pessoas, 0 fato e que ela sempre representa um senti mento,
um episodio do passado, um momenta importante na vida de alguem".
UOs homens em geral, ainda se preocupam mais com valor e qualidade do material,
enquanto as mulheres querem design, estilo, ideia~, diz Andreia Hansen, da H. Stern.
Hist6ria do broche
o broche originau da antiga fivela greco·romana fibula. Usada primeiramente pelos
antigos gregos e depois pelos romanos, para segurar e compor os trajes da epoca. As
formas eram variadas, mas ja na epoca usava·se 0 alfinete de seguran9a.
Segundo a designer Julieta Pedrosa, "os gregos do seculo VII a.C., usavam a fibulae
extremamente decorada, com fileiras de animais (patos, esfinges, le6es), que eram
soldadas no corpo da joia ou entao trabalhadas em relevo. As conquistas romanas
disseminaram a usa da fibula par toda a Europa, pois como gostavam de ganhar
batalhas, 0 alfinete de seguranc;a tornou-se
que
0
tambem simbolo
de status. Isso permitiu
broche se desenvolvesse e tornasse mais elaborado ate a Idade Media. Um dos
mais antigos dessa epoca e 0 broche celta 'tara', um circulo no qual metade do centro e
vazada e a outra metade e preenchida par pequenos paineis decorados com filigrana,
confeccionado em bronze branco. Usava·se freqOentemente na forma de um anel, no
qual 0 tecido passava pelo centro da pec;ae era presQ por um pino.
Fonte: WoNW.joiabr.com.br
Os francos usavam a roseta, tambem chamada de croche circular, decorado com
filigranas. 0 cristianismo introduz broches com influencia carolingia e bizantina, com
pel;8s em forma de cruzes.
no renascimento, reis, duques, rainhas e prfncipes
competiam para mostrar quem se adornava mats ricamente. Eram decorados com
peralas, diamantes, gemas coloridas junto a um camafeu ou em forma de estrelas,
passaras, folhas e flores. Durante a perfodo barraco, broches inspirados na flora
seguiram a tendencia, enfeitando chap"us masculinos e mangas, corpetes e cabelos
femininos.
Ja
Os la~os e fitas utilizados nos broches sao caracteristicos
do rococO. Alguns tin ham a
forma de um bouquet de flores, composta com gemas que imitavam as cores na
natureza. Os broches eram multo usados nos corpetes, sendo divididos e
confeccionados em duas partes, para permitir uma maior mobilidade. No periodo
neoclassico, reterna 0 estilo grego e romano, associado principalmente a camafeus
Fonte: \Wffl".joiabr.com.br
UNo romantismo e, depois, na belle epoque, a descoberta das minas de diamante em
Kimberley, Africa do Sui, fez surgir a chamada 'joalheria branca': j6las adorn ad as
somente com diamantes e, as vezes, com peralas. Motivos naturalistas como flores,
vinhas, borboletas e gaivotas eram populares. 0 delicado estilo 'guirlanda', de Cartier,
foi inspirado em livros da epoca de Luis XVI e Maria Antonieta. No final do seculo XIX,
pequenos broches adornavam em profusiio os corpetes, e tambem os cabelos', diz
Julieta Pedrosa.
No estilo Art Nouveau, as broches sao delicados, com formas f10rais e anima is.
Utilizavam-se metais como a platina, 0 ouro, prata, vidro, marfim, diamantes, rubis,
pedras-da-Iua, agatas, peralas e safiras.
A industria joalheria decresceu em produc;ao na Europa, durante a Segunda Guerra
Mundial. Maisons como Cartier, continuaram a trabalhar em ritmo lento. Os motivos
naturaifsticos predominavam, caracterizados
pel a assimetria e movimentos dos animais
e bouquet de fiores. Em 1920 ate 1950, broche compunha com len90s ao redor do
pesc090 e com chapeus. HOje, 0 broche e confeccionado em espuma, papel, plasticos,
madeiras e metais nob res.
(Fonte:
PEDROSA,
Julieta)
e
Para 0 professor de Hist6ria da Moda, Joao Braga, "0 luxo esta na moda e 0 broche
um simbolo de nobreza". 0 broche ocupa um novo espaC;o, e recurso de customizac;ao,
um distintivo para se diferenciar da massa. "Quando todo mundo tem urn casaco como
o seu, s6 broche pode tira-Io da banalidade", afirma a consultora Regina Machado. Para
a Julieta Pedroso, "a brincadeira fica por Gonta de extrapolar a regiao classica do ombro
e coloca-Io no c6s da calc;a, na bolsa ou onde mais a busca de identidade pessoal
permitir. Perde-se, talvez, um pouco da distinyao inerente a pec;a, mas ganha-se em
criatividade~ .
A hist6ria do rel6gio
Realizaram-se pesquisas por meio da Divisao do Servic;o da Hora, do Observatorio
Nacional, em que se pode afirmar que 0 rel6gio e uma maquina destinada a registrar e
indicar a passagem do tempo, marcando a h~ra, minutos e segundos. Com a
tecnologia, alguns rel6gios podem servir para orientar a direyao atraves de bussolas,
marcarem os dias, armazenar dados e unir a funcionalidade
estetica.
a
o registro
do tempo surgiu aproximadamente
ha 5000 anos, sendo as 'gnomons' os
primeiros rel6gios ou tambem chamados de 'rel6gio do sol' Inventado pelos babH6nios,
projetava a sombra do sol, que se movia com 0 passar das horas, marcando 0 tempo
atraves de uma haste colocada verticalmente em um centro circular. Para medir 0
tempo durante a noite, no interior das casas ou em dias sem sol, usava-se 0 'rel6gio de
fogo', em que determinava-se
0 tempo em func;ao da demora a subsmncia
levava para
consumir-se. Com essa finalidade, costumava-se fazer arder cord as de canhamo com
n6s a intervalos regula res, velas marcadas com argolas ou 61eo colocado em lampadas,
on de se podia medir a quantidade de combustive!.
Os egipcios dividiram 0 tempo em 24 horas, foram tambem responsaveis pelo
surgimento do 'rel6gio de agua', 0 Clepsidra, que marcava as horas atraves de um
recipiente com agua que escoava por urn orificio, onde a cada duas graduac;oes
correspondia a uma hora. Os chineses deixavam a agua gotejar de urn vasa para outr~,
que continha um flutuador de madeira, que se elevava com a agua, indicando 0 tempo.
Na Grecia, quando 0 nivel da agua se elevava, fazia girar uma agulha que rnarcava as
horas.
i.
I
Fonte: http://pcdsh01.on.br
Os egipcios colaboraram muito com a evolUl;:ao dos rel6gios, pois tambem inventaram
'rel6gio de areia' ou 'ampulheta'. Ela apareceu no seculo VIII, e evoluiu com a
fabricagao do vidro, possibilitando melhor fluidez da areia. Possui urn funcionamento
simples, em que dais cones de vidro sao unidos por urn orificio que regula a passagem
da areia.
0
Um tratado sobre 0 rel6gio de torre foi publicado pelo chines Su-Sung em 1090. Este
modelo de rel6gio surgiu no ana de 1309 em Milao, na terre de Sao Eust6rgio. Nas
catedrais da Inglaterra e Franga, apareceram no seculo XIV. As igrejas tarnaram-se
torres para rel6gios, onde soavam as horas para os servigos religiosos, os mostradores
tinham seis divisoes, e urn unico ponteiro percorria quatro vezes em um dia. Com os
rel6gios
mostra para tad a a cidade, acabaram tornando-se rnaquinas publicas,
representando a evoluc;:ao e prosperidade das cidades.
a
i .
Salisbury
Fonte:http://www.biada.org
i.
Fonte: www.timevision.com.br
Os primeiros rel6gios medinicas nao mostravam a tempo, tacava-se somente uma
carnpainha em intervalos regulares. Eram tao imprecisos que tin ham que receber cerda
duas vezes aa dia. Eram ajustados para acompanhar a variag80 dos dias ao 10ngo dos
anos e as diferentes horas do nascer ao par do sol.
o
'rel6gio de soar' e conhecido ate hoje pelo 'tique-taque', produzido por urn dispositivo
que interrompe a queda dos pesos, prendendo e soltanda. Encontra-se no Museu da
Ciemcia, em Londres, 0 primeiro rel6gio mec6mico, fabricado por Henry de Vickt no ana
de 1386. Entre 1515 e 1540, a serralheiro Peter Henlein, inovou crianda a mala real,
sob a forma de uma estreita cinta de a90 em substitui980 ao peso. 1550 reduziu a erro
diario de 15 minutos para 10 segundas.
10
Fig.1S
Fonte:
rel6gio mecanico
w\w.timevision.com.br
I .
Fonte:
portiltil
WW'N.timevision.com.br
Em 1570 surgi a corrente do caracci, que substitui 0 fio de tripa. No mesmo ano, iniciase a aplicac;aode figuras animadas na relojoaria. Os fabricantes de relogios comec;aram
a aplicar a fisica na construc;aodas maquinas, unindo-se ao conhecimento dos
cientistas e a tecnologia e ferramentas de artesaos. Em 1610, utiliza-se 0 vidro de
prote\'iio
sobre os mostradores
e ponteiros dos rel6gios portateis.
A partir de 1670, os minutos comec;aram a ser marcado. Christian Huygens substitui as
cerdas de porco
respectivamente
marca as horas
rosqueadas e a
Fonte:
pela espiral de a90 para rel6gios de bolso. Abaixo, esUio
os rel6gios: Par Casada (duas caixas), Duplo Mostrador (um lado
e de outro um cron6grafo), Balan90 Exposto, Caixa com tampas
de Tamanho Exagerado (diametro superior a 6cm).
i
http://www.geocities.com/contatempo/estitos.html
Os relogios que comec;aram a ser produzido em joalherias eram trabalhados e
ornamentados com caixas douradas ou feitos com materiais preciosos. Para proteger
as caixas delicadas, foi projetada a segunda caixa para cobrir 0 rel6gio, que ficou
conhecido como 'caixa par casada'. Era necessario abrir a tampa para regular e dar
corda nos relogios. A forma de decora~o interna tinha que ser atrativa, trabalhando a
superficie do mecanisme com flores, passaros, entre outros.
II
No seculo XVII, Juaneto Torriano executou a primeira maquina de corte de
engrenagens. 0 relojoeiro suic;:o Ferdonand Berthoud, fabricou a primeira maquina de
corte de parafusos automatica, foi pioneiro na divisao do trabalho, criando 16 diferentes
trabalhadores na fabricac;:iio de rel6gios e criou 21 tipos diferentes de 'rel6gio de usar'
Nessa epoca, as rel6gios de paredes, de coluna e de mesas nos palacios e residemcias
da Europa, viraram tambem objetos de decorac;:iio.
Em 1726, 0 ingles George Graham inventou um pendulo com um recipiente de mercurio
no extreme inferior. A medida que 0 calor fosse aumentando, 0 mercuric tambem ia
subindo dentro do tubo, dessa forma era restabelecido 0 centro de gravidade do
pendulo. Em 1762, Pierre Le Roy usa pel a primeira vez 0 termo cronometro. Tres anos
mais tarde surge 0 ponteiro central de segundos. Em 1790, Abraham Louis Breguet
aprimora a tecnologia dos rel6gios de bolso, tais como corda automatica e 0 sistema a
prova de choque.
Os primeiros rel6gios usados pelas pessoas fcram os rel6gios de bolso. Eram muito
raros e tidos como verdadeiras j6ias. Esses rel6gios eram sfrnbolo da alta aristocracia.
primeiro rel6gio de bolso de corda automatica, foi patenteado por Louis Recordon,
em 1780 na cidade de Londres. Urn dos primeiros rel6gios de pulso encontra-se no
Museu da relojoaria Chafeau des Monfs, na Suic;:a. Eo um pequeno rel6gio de bolso
montado em urn bracelete de ouro e esmalte, com forma de serpente. Pede-se
considerar este, um 'relogio joia' do ana de 1813.
o
rtOf
Fig.21 :relogio de ouro, em serle,
Fonte: www.timevision.com.br
quartzo
Alguns historiadcres contam que John Harwood inventou 0 relogio de pulso, mas a
popularizac;:iio do rel6gio surgiu com Santos Dumont atraves da Princesa Isabel, que Ihe
12
deu uma medalha de Sao Joao Batista. Preocupado que a medalha amarrada no
pescoc;o pudesse machuca-la,
colocou-a no pulsa. Entao fez a mesma coisa com 0
rel6gio, para controlar melhor 0 tempo de seus veas e facilitar 0 usa do instrumento
junto
suas experiencias.
Vista que a ideia tinha dado certo, Santos Dumont resolveu
encomendar
aD seu amigo joalheiro Louis Cartier, urn rel6gio que ficasse presQ 80
pulso.
a
A Primeira Guerra Mundial foi urn marco no usa definitivo do rel6gio, pais as soldados
precisavam de urn jeito pratico para saber as haras. Em 1880, surgi a primeira coleC;3o
em serie de um rel6gio de pulso. Em 1892, ja era possivel encontrar rel6gios com as
fases da lua, musical, multi-rnostrador,
com dia, data e alarme. Grande parte desses
rel6gios mais complexos eram sui,os. Tambem foi em 1800 que surgiu a rel6gio
pneuma.tico, em que utilizava-se 0 ar comprimido, transmitido par intermedio de uma
tubula,ao.
Em 1912, aconteceu
houve a unifica~o
quartzo, fornecendo
mantido em estado
corrente alternada.
por Dimas de Melo
GPS de navega9§o,
i-nteiro, com grande
pulso a quartzo.
a primeira Conferencia
Internacional
da Hora em Paris, onde
dos horiuios por radio. Em 1933, surgiram os rel6gios de cristal de
uma grande precisao. Um peda,o de cristal substitui a pendulo e e
de vibra,ao eletrica, sendo capaz de regular a freqOencia de uma
Aspesquisas
sobre rel6gios no Brasil sao comandadas
em 1948,
Pimenta. Em 1960, as fon;:as armadas americanas
criam 0 projeto
que permite a verifica9§o e freqOencia do tempo para 0 mundo
precisao. Em 1967 ja era posslve!" comprar os primeiros rel6gios de
Depois surgi 0 rel6gio digital com energia eletrica armazenada em baterias de 1,5 Volts.
Em 1945 propoe-se a constru9c30 de um rel6gio atomico a partir da ressonancia
magnetica de raio de luz atomica. Em 2004 no mes de agosto, cientistas do NIST
apresentaram
um rel6gio atomico do tamanho de um chip. Hoje, existem rel6gios com
dispositivo multifuncional,
cameras, calculadoras, -banco de dados, bussola, com
medi9c30 da velocidade com que 0 usuario caminha. A empresa Philip Stein criou urn
aparelho anti-radia,;;o,
que contem chips para proteger 0 usuario· dos efeitos negativos
dos raios eletromagneticos
emitidos por celular e computadores.
(fonte:
Divisao
do Servi90
da Hora do Observatorio
Mercado do rel6gio hoje, segundo
Nacional;
timevision)
Dalen Jacomino
"No mundo dos neg6cios,a Sui,a e sinonimo do que h8 de melhor e demais
sofisticado da industria relojoeira internacional. Nas decadas de 70 e 80 perdeu espa,o
para as rel6gios japoneses. Em 2004 bateu recorde de exporta,ao, com em
crescimento de 9,2% em rela,ao a 2003. Setor do luxo fechou em 2004 com movimento
mundial de R$ 525 milh6es. 0 Conselho de Marketing de Luxo, e que esse mercado
alcance U$ 1 trilhao em 2010. Foi a epoca em que 0 objetivo maior da industria de
relogios era apenas fazer produtos que medissem 0 tempo. Justamente
par isso, a
industria de rel6gios passou por momentos delicados nas ultimas decadas".
13
Design e Rel6gios
Segundo pesquisas realizadas no livro Design do Seculo XX, pode-se constatar que os
rel6gios sofreram grandes transformac6es
desde sua criacao. Os abjetivos fcram se
adequando de acordo com a necessidade do homem em obter novidades e inovayoes.
A inovac;:ao pade ser observada no rel6gio de mesa criado em 1920, em-que-ganhou
formas arredondadas, ponteiros que emitem Iuzes e alarmes com dispositivos que
produzem sons com intervalos. Junto a ele esta 0 rel6gio de pulsa Waltham, com urn
design diferente para a epoca, sen do confeccionado com urn mecanismo bern men or.
Formas como 0 rel6gio da Lawson Time Ine inspirado no Zefiro, deus grego do vento,
chamava a aten~o. Na mesma epoca foi criado a rel6gio do Mickey, sendo urn dos
prrmeiros a ser produzido para sar barato, diver1ido e descartave!.
I
r
.,
o rel6gio
atomico de parede foi criado em 1949, inspirado na ciencia atomica.
rel6gio criado em 1968, tem como conceito a funcionalidade.
Possui mostrador
reflexo e os numeros sao iluminados, facilitando a visualiza9aO.
0 Optic,
anti-
..I ~.,
Fig.23: rel6gios
Fonte: TAMBINE,
I~
Michael.
Pg.128-129;
150-151.
Em 1970, foi projetado 0 rel6gio Helix saindo do padrao e exibindo a hora na horizontal.
Outro rel6gio com design diferente
0 Lasser, foi inspirado no futurismo, lembrando a
era espacial. U rel6gio de ouro'feminino aparenta ser uma J6ia, com rel6gio pequeno,
destacando a pulseira larga.
e
o quartzo
e 0 cristallfquido
sao introduzidos em 1990, como por exemplo, oCasio
digital. 0 Seiko Kinetic, criado na mesma epoca, e automatico, nao necessita de bateria
para funcionar.
14
Passou-se realmente a trabalhar a design desses acessorios, fazendo pequenas
altera,oes
em rela,ao
a forma,
cor, implanta,ao
de tecnologia.
0 design tornou-se
priori dade na cria~ao de novos moderos.
Melais e a PraIa
as metais sao materia is compostos de atomos que possuem eletrons com grande
liberdade de movimento e sao perdidos facilmente,
com alta condutividade termica e eletrica.
formando
uma liga,ao
metalica,
Quando aquecidos a certa temperatura, se funde, mantendo-se constante a
temperatura
ate ter-se completado
a fusao de toda a massa. Ao fazer 0 processo
inverso, esfrianda a massa, da-se 0 nome de solidifica980.
as atamos do metal se disp6em em estruturas denominadas crista is, em que se pode
determinar a densidade e outras propriedades do metal. Quando aquecidos, a estrutura
e destruida.
as metais pod em ser solidos a temperatura ambiente, com exceC;aodo mercurio. Sao
opacos quando nao transmitem nenhuma luz, reftetindo ou absorvendo
brilhantes quando polidos, refletindo a luz.
tudo. Sao
Quanta a densidade, ela expressa 0 peso por unidade de volume de urn material. Os
metais sao pesados e densos, mas existem exce¢es, como 0 aluminie onde a leveza
se apresenta como uma de suas caracteristicas. Os tratamentos mecanicos tambem
podern influenciar a densidade dos materia is.
As propriedades termicas dos metais se modificam devido as ac;oesexternas. Quando
sao aquecidos,
aumentam
a atividade dos ,\tomos (vibra(:iio),
ocasionando
a altera,ao
dimensional, que pede ser cham ada como 'coeficiente linear de dilataC;EIO
termica'.
A condutibilidade termica dos metais e definida pela capacidade condutora de calor,
dependendo do estado que 0 material se encontra.
Podem-se definir as propriedades eletricas como a capacidade de transmitir corrente
elelrica, facilitando a movimentayao dos eletrons e a sua mobilidade. Podem ser
classificados como condutores, isolantes ou semicondutores.
As propriedades
magneticas
definem-se
como comportamento
dos meta is sob a a9aO
de um campo eletromagnetico externo.
Nas propriedades quimicas a oxidacao e da corrosao fazem com que os metais
retornam a natureza. Isso determina qual a resistencia que as meta is oferecem a
determinadas aC;Dessofrida pelo meio ambiente ou pela temperatura. A oxidacao e 0
fenomeno onde 0 metal reage com 0 oxigenio do ar, especialmente em ambientes
15
umidos. A corrosao ocorre devido a rea~ao qufmica, onde partes do metal sao
A oxida~ao da prata pode ocorrer se a pessoa estiver com 0 acido urico
muito e!evado, com 0 tempo pela a~ao do ar ou por substancias qufmicas.
rem ovid as.
As propriedades mecanicas em re!ac;aoa dureza sao definidas pe!a resistencia a
pressoes em sua superficie. A corrosao em materiais que apresentam grande dureza e
maior. A prata 950 possui um bom grau de dureza sendo posslve! a confeq;ao de
qualquer j6ia.
No desgaste ocorre a deteriorac;ao das superficies metalicas por atrito. Isso depende da
dureza, tenacidade
e acabamento
superficial
do material.
Quanto maior for a dureza do
material, maior sera sua resistencia a ac;oesexternas. Superficies lisas demoram mais
para desgastar do que as superficies rugosas. A j6ia sera maci<;aelisa, nao havendo
descascamento
(nao
e banhada)
e
0
desgaste da pe,a.
A plasticidade pode ser considerada como uma deformabilidade,
devido a a,ao de
for,as externas aplicada ao material. A ductibilidade
a capacidade do material se
deformar antes de se romper. Uma boa ductibilidade aceita deforma,oes
em que possa
receber uma carga subita. A maleabilidade
a capacidade do metal se transformar em
e
e
lamina por compressao. A resisteneia e a earga maxima que 0 material suporta. A
tenacidade e a eapaeidade que 0 material tem em defermar~se antes de quebrar e a
quanti dade necessaria
para provocar a ruptura. A j6ia tem boa plasticidade,
ductibilidade, maleabilidade, resistencia e tenacidade, pois sera confeccionada em
prata 950, considerada uma prata 'macia'.
No dobramento as caracteristicas presentes sao a ductibilidade, maleabilidades e as
plaslieidades. 0 material utilizado na j6ia, a prata, possui 0 dobramento sufieiente para
nao permitir que se quebre.
A elastieidade define-se quando 0 material retorna a sua forma original, ap6s a
finaliza9aO da ac;ao. Esta propriedade nao se encontra na j6ia, por nao ser posslve!
voltar a sua forma original.
(Fonte:
TEIXEIRA,
Joselena)
Prata
"E um elemento quimico puro, que no estado natural apresenta~sebranco e brilhante.
Enquadra-se na familia do ouro e do cobre, pertencendo ao grupo de metais de
transi,ao. 0 simbolo quimico e Ag, que deriva de argentum (prata em latim). Eo um
material ductil e maleavel, de facil manipula,ao
quimica e mecanica, sendo 0 metal que
me!her conduz a eletricidade e 0 ealor.A prata nao oxida em eontato com 0 ar, exceto
quando ele cont€m gas sulfidrieo, case em que escurece.
A prata nativa aflora em superficies rochosas, as vezes em filoes de grande massa e
riqueza. Encontra-se principal mente na argentita, bromargirita, cerargirita, proustita,
16
pirargirita e galena (sulfureto de chumbo). Todas as galenas contem entre 0,01 e 0,05%
de prata, mas s6 recebem 0 nome de argentiferas quando seu teor de prata supera
0,5%. Atualmente
processa-se
a metal par amalgamar;ao,
cianetac;ao OU como
subproduto da metalurgia do cobre e do chumbo. A prata obtida industrialmente
e
quase sempre impura, com urn a dois par cento de Qutros meta is, como cobre e
chumbo.
Mais dura que a Duro e rna is mole que 0 cobre, a prata em estado metalieD tern amplo
emprego nas artes e na industria. Em joalheria,
muito usada na preparac;ao de ligas
de DUro. Em liga com 0 cobre, que Ihe confere maior dureza,
empregada
na produc;:ao
de moedas. Na industria e utilizada na fabricac;ao de material de laborat6ria,
como
capsulas, pin<';:8s e cadinhos, e para espelhar vidros e pratear utensflios.~
e
(Fonte:
Enciclopedia
Constantes
Britanica
e
do Brasil.Pg.481)
ffsicas e qu[micas
da prata
Massa atomica
Densidade
Raio atomico calculado
Raia covalente
Raio de van der Waals
Confiauracao eletronica
Estado da materia
Ponto de fusao
Ponto de ebulicao
EntalDia de vaDorizacao
EntalDia de fusao
Eletroneoatividade
Conductividade eletrica
Condutividade termica
1° Potencial de ionizacao
2° Potencial de ionizar~o
3° Potencial de ionizar.Ao
107.8682 a/mol
10.49 a/cm' 20'C
165 pm
153 pm
:~~~
s61ido
1234.93 K 961.78 'C
2435 K 2162 'C
11.28 kJ/mol
258 kJ/mol
1.93 (Pauling)
20 'C 15.87 nO
300 K 429 WI m-K
731.0 kJ/mol
2070 kJ/mol
3361 kJ/mol
Tabela 01. caractenstlcas
da prata
Fonte: http://enciclopedia.tiosam.com
e
A j6ia sera confeccionada
em prata 950, esta
quase pura, contendo uma pequena
porcentagem de liga, e ideal para confeccao de j6ias, apresentando alto brilho e
excelente grau de dureza. A prata pura dificilmente
usada nas j6ias, pois possui urn
grau de dureza baixo e arranham facilmente. Mas he excec6es,
podendo ser utilizadas
somente em detalhes por ser mais flexfvel.
e
A prata 925 possui 7,5% de cobre. Prata 900 e a de menor valor, usada para banhar
objetos de latao, estanho, ferro e cobre. Prata leve e composta de metais leves junto
a
17
prata, contem uma cam ada isolante de ouro 18k e acabamento
fieam leves e com brilho.
em prata pura. As j6ias
"E a liga F-C contendo de 0,006 a 2% de carbono. 0 ayo com baixo teor de carbono
oferece facilidade de conformayao, na~ suporta trac;ao e nao apresentam grande
resistencia mecanica. Sao utilizados na industria automobilistica,
aparelhos eletronicos,
embalagens industria is, entre outros. Os fios de ayo sao usados em molas e cabos, por
isso sao fabricados com medio e alto tear de carbona.
e
Para chegar a composic;ao do ayo,
necessaria a transfarmac;ao de minerio de ferro
em ferro-gusa. Depois e realizado 0 refino, que elimina as elementos indesejaveis.
Acrescenta-se a este ferro, determinadas quantidades que vao formar a liga final. As
propriedades fisicas dependem do processo de fabrica9ao e da composiyao quimica.
- ayo-carbono: contem especificayoes de teores de carbono, silicio, manganes, f6sforo
e enxofre.
- ayo-liga: elementos de Jiga (carbona, silicio, manganes, f6sforo e enxofre), nao devem
ultrapassar 6%.
- a90s para trabalho a frio: moldes para plastico, facas para papel, ferramentas para
madeira.
- a90s para trabalho a quente: pe9as de maquinas de resistencia elevada, como
turbinas, juntas, parafusos e porcas.
- ayos inoxidaveis: sao resistentes a substancias quimicas, como por exemple, os
acidos, acidos organicos, inarganicos e a ayao da atmosfera. Ha uma grande
quantidade de crome e niquel, proporcionando
uma grande resistencia."
(Fonte: TEIXEIRA,
Joselena.Pg.115)
Pedras preciosas
As pedras preciosas sempre nos encantaram pelo brilho, poder e raridade. Essa
atrayao passa de gerac;ao a gerac;ao, sende antiga a admirayao por essas j6ias. Elas
sao compostas na maior parte de minerais que se formam sob diferentes aeDes do meio
ambiente. As propriedades relacionadas a densidade e refrayao da luz podem ser
medidas com precisao. Para isso, devem-se manter inalteraveis a temperatura,
pressao, poeiras abrasivas e produtos quimicos.
18
Muitos dos minerais se cristalizam com elevadas temperaturas, em regi6es profundas
0 diamante, par exemplo, forma-se a 100-200km, onde as
temperaturas sao em torno de 1200°C. As pedras de zircao, granadas, rubis e safiras
sao encontradas nas lavas de basalto, na Tailamdia; 0 lapis-lazuli origina dos fluidos
provenientes do magma com pedra-cal; berilo, a turmalina e 0 topazio, originam do
da crosta terrestre.
°
litio, berilio e bora cristalizados
como pegmatitos.
Os animais e as plantas sao fontes frageis de pedras preciosas,
chamadas
'organicas'
o azeviche e 0 ambar originam de madeiras e resinas fossilizadas de aNOreS mortas.
As perolas, conchas e os corais, sao estruturas de carbonato de calcio formado par
anima is aquaticos.
I.
Fonte: WOODWARD,
1992.
19
A maior parte das gemas encontradas ainda em seu estado bruto nao sao bonitos e seu
colarido s6 e revelado depois de lapidadas. A mudanc;a de movimento altera a interayao
das pedras preciosas com a luz que incide sobre elas, adicionando ou retirando 0 brilho
que elas con tern.
As pedras obtidas artificialmente
pedras naturais. Sao produzidos
quartzo incolor.
possuem os mesmo elementos quimicos
com perfeiC;ao rubis, satiras, esmeraldas,
e ffsicos das
diamantes e
As imitac;6es sao reconhecidas pelo brilho, calor, arredondamento
das arestas, por
bolhas na estrutura e faixas coloridas e irregulares. As imitac;oes mais recentes sao os
diamantes e as zircoes cubicos, que foram produzidos para serem usados em
pesquisas com laser. Nao sao detectados ao simples teste visual, por isso
desenvolveram-se
varios instrumentos para estas analises.
As pedras sinteticas sao produzidas em laboratorios, a maior parte delas par meio da
fusao ou dissoluC;ao dos ingredientes minerais. A soluC;ao cristaliza com a pressao e
com a temperatura correta. 0 resultado e uma copia exatamente igual ao da pedra
preciosa, possuindo propriedades opticas e fisicas similares. As primeiras pedras foram
criadas por Auguste Verneuil, no ano de 1902, por processo de fusao.
As imperfeic;6es sao chamadas de inclusoes, que acabam reduzindo 0 valor das pedras
preciosas. Podem ser observadas com uma lupa, mas principalmente com a ampliac;ao
atraves do microscopio.
Para 0 mineralogista e 0 gemologista, podem revelar a origem,
formaC;ao e localizac;ao.
4'~
j~--fEr
~
I
Fonte: WOODWARD,
-
.
1992.
20
o valor das gemas
depende da qualidade das suas cores, da perfeh;:aointerna e do
peso. A comercializagao
das pedras e realizada por peso, essa medida e leita em
quilates (5 quilates = 1 grama). Esse valor pode solrer alteragoes conlorme a moda e a
cren!,;adas culturas.
Elas sao resistentes, pois possuem um grande grau de dureza. Essa resistencia
medida pela escala de Mohs, que loi estabelecida
Mohs.
em 1822 pelo mineralogisla
e
Friedrich
Os crista is perfeitos exteriorizam a organiza!,;8o de suas estruturas at6micas. Essas
substancias qufmicas sao constitufdas par unidades identicas na forma, no tamanho e
na composi!,;aoqufmica. Na natureza, 0 desenvolvimento dos minerais nao sao
considerados ideais, por isso quase todos apresentam defeitos em suas estruturas e
impurezas
quimicas.
Essas estruturas
influenciam
na lapidagao e na identilicagao
das
pedras preciosas.
Fig.29: Estrutura cristalina
Fonte: WOODWARD,
1992.
A resistencia das pedras esta relacionada aos atamos que podem estar menos ligados,
tornando a pedra sensivel e ocasionando a facil quebra. A dureza pade variar com as
diregoes do cristal. A estrutura tambem aleta
0
modo como a luz se comporta
na pedra.
Quando eubieos, a luz ineide dividinda-se em dais raias. Nos cristais coloridas, os raias
sao absorvidos de forma diferenle denlro da estrulura, refJelindoIres ou mais cores.
21
e
A incidencia da luz em uma determinada angulacao
chamada de indice de refracqao.
Os minerais com refrat;ao simples possuem apenas um indice de refracqao. Ja os
m!nera!s birrefringentes possuem uma gama de indice de refracyao.
A variedade da cor das gemas deve-se pela luz branca que atravessa 0 mineral, sendo
absorvida dentro da estrutura. Como a luz branca e a mistura de muitas cores,
somente a luz absorvida pelo mineral e refletida. Em algumas pedras, a composit;ao
qu imica infiuencia na cor.
Fig.32: Facetas e cortes perfeitos
Fonte: WOODWARD,
1992.
As variedades mais importantes
segundo sua composit;ao, sao:
de gemas usadas em joalheria,
divididas
em grupos,
Berilos, cuja composit;8.o entram proport;oes variaveis de alumfnio e berilio, cristalizam
no sistema hexagonal, dos quais os mais conhecidos sao a agua-marinha,
de cor azul;
a esmeralda, de cor verde; eo crisoberilo, conhecido como olho-de-gato devido
capacidade de mudar de cor, do verde a um vermelho intenso, sob a luz incandescente.
a
Corindons, oxides de aluminio de forma hexagonal,
mais conhecidos sao 0 rubi e a safira.
transparentes,
entre os quais os
Diamante, produto da cristalizat;8.o de moleculas de carbone puro que varia do incolor
ao amarelado, possui a dureza maxima na escala de Mohs e apresenta grande
transparencia.
22
Feldspatos, silicato de elementos alcalinos, dos quais 0 mais comum e a amazonita, de
opacidade e dureza medias e com cores que variam do amarelo-esverdeado
ao azulesverdeado.
Granadas,
esmeralda
silicatos de ferro, aluminio,
ucraniana ou vermelhas.
calcio ou magnesio,
Jades, entre os quais se destacam a lapis-lazuli,
jade imperial, opaco ou transparente.
podem ser verdes, como a
de cor azul intensa, a olivina verde e 0
Quartzo ou silica natural, que pode ter diversas cores, como a ametista,
os topazios e 0 onix.
(Fonte: WOODWARD,
Zirconia
as turmalinas,
Cristiane)
e Rubi
Originou do nome arabe zargoon, que significa cor de ouro, mas na realldade existe
uma gama de cores. A zirconia 8 talhada com um brilhante redondo nas cores azuis,
douradas ou incolores. Essas cores sao feitas artificialmente por aquecimento do zircao
castanho. Isso pode enfraquecer a cor quando expostas a luz, mas pode-se recuperar
nova mente com um novo aquecimento.
Possuem na composicao tra.yos de uranio e terio. A radia.yao desses elementos pode
transformar a estrutura cristalina tetragonal. Estes sao de cores verdes e nublados,
exibindo urn baixo indice de refra.yao, densidade e dureza. A zirconia sintetica e a pedra
mais utilizada na confeccao de jeias, devido ao baixo custo e a variedade de cores que
proporciona, al8m de ser resistente.
Composi9iio quimica:
Sistema cristalino:
Dureza:
Peso esoecifico:
Indice de refra9ao:
Birrefringencia:
Tabe!a 02. zirconia
Fonte: WOODWARD,
Pro riedades da zirconia
silicato de zirconio
tetragonal
7,5
4,6-4,7
1,923-2,015
0042-0065
1992.
o rubi
origina do corindo, este e 0 mineral mais duro de po is do diamante. As impurezas
quimicas dao vida e cor as gemas. 0 vermelho intenso do rubi origina do cremio. Estes
possuem cristais planas e estrutura tetragonal. As inclus6es que ocorrem nos rubis
fornecem uma grande distin.yao entre as gemas sinteticas e naturais.
(Fonte: WOODWARD,
Crisliane)
23
Propriedades
Composicao Quimica:
Sistema cristalino:
Dureza:
Peso especifico:
Indice de refracao:
9
3,96-4,05
176-178
0008-0,0010
Di~"rsao
Tabela 03. conndo
Fonte: WOODWARD,
Lapidacao
do corindo
6xido de aluminio
tetraaonal
1992.
e pOlimento
Urn lapidario transforma uma pedra preciosa, esculpindo e salientancto suas qualidades.
Existem varias formas de S8 lapidar, par isso deve-s8 conhecer a pedra e 0 formato do
material bruto.
as caboch5es sao gemas com fermatos ovais OU redondos com superficies lisas e
curvas. Permite que as pedras opacas e translucidas S8 apresentem melhor em
relacao as cores e pad roes.
o
facetado utiliza todas as gemas transparentes, lapidando as superficies, formando
urn conjunto plano e polido atuando como urn espelho. Devern-S8 formar angulos
precisos, pois em pedras mallapidadas,
a luz escoa-se, perdendo toda a beleza.
o
e
tres
polimento
Feito par meio de
processos diferentes usados de acordo com sua
dureza. 0 tratamento com areia abrasiva e agua no interior de urn cilindro giratorio, usa
de pequenos tornos polidores e corte com serra e posterior polirnento com areia, po de
diamante e outros abrasivos.
(Fonte: WOODWARD,
Cristiane)
A origem da Art Nouveau
o
movimento artistico Art Nouveau originou de outros movimentos, que 0 influenciaram
a criar um estilo que ficaria registrado por muitos seculos. Para entender 0 que e 'arte
nova', e preciso retornar e conhecer quais os aspectos que persistiram junto a esta arte.
A Revolu9ao Industrial iniciou no seculo XVIII, com a passagem da oficina artesanal ou
da manutatura para a ftlbrica. Isso despertou a vontade dos artistas em evoluir mais
que a propria industrializacao. A disputa do processo artesanal pelo melhor produto
entre 0 processo industrial pelo mais barato, fez com que surgisse 0 design. Registrou·
se a introduyao de novas industrias e a descoberta de novas tecnicas. Na metalurgica,
por exemplo, ocorreu a implanta9ao da maquina a vapor na minera9ao e na lamina9f10.
Na industria textil, tambem utilizava·se maquinas no setor de fiacao e na tecelagem.
Algumas mercadorias eram fabricadas por maquinas movidas a energia de tontes
24
naturais. Este design moderno evoluiu dos reformadores do design do sEkulo XIX e em
particular de William Morris, que tentou unir teoria e pnitica.
William Morris lutou para restaurar 0 processo artesanal e aumentar a qualidade dos
produtos para que nao fossem somente Dteis, mas tambem bel os. S6 aceitava a
industrializac;aocom a diminuic;aoda carga horaria dos trabalhadores e com uma
produ9ao de qualidade.
Por influencia
dele, surgiu 0 movimento
Arts & Crafts, que
colaborou para a formaCao da Art Nouveau. Havia uma grande preocupacao com as
consequencias ambientais, socials da industrializacao e a distribuiC;aode produtos de
baixa qualidade fornecidos pelas maquinas industriais. 0 designer Charles Voysey
concluiu que a ViS80 de Morris, sobre a produC;aode objetos de bam design em grande
quantidade, era impossivel sem a mecanizaC;ao.
o
Movimento Estetico evoluiu a partir da combina9ao do Gothic e Queen Anne
Revivals. Esses estilos foram inspirados pelas gravuras japonesas, artigos orientais
e
do Medio Oriente. 0 Esteticismo tornou-se um estilo de vida para as classes medias
em Londres, podendo ser observado na mobilia e nas roupas soltas e ondulantes das
mulheres. Oscar Wilde e Aubrey Bearsley defendiam 0 estilo, glorificando a doutrina 'a
arte pela arte' Nos Estados Unidos 0 Aesthetic Movement infiuenciou 0 trabalho de
Louis Comfort Tiffany, na Fran9a 0 trabalho de Fran90is-Eug,me
Rousseau e tambem a
Art Nouveau, atraves do uso de motivos retirados da natureza.
As iluminuras medievais eram pinturas em manuscritos feitas com ouro au prata. Eram
realizados em pergaminhos antigos desenhos decorativos como flores, figuras e letras
ao iniciar urn capitulo.Foi muito importante para a arte medieval, sendo produzida
durante toda a Idade Media.
o perfodo G6tico inicia em 1150 na Fran~, espalhando-se em seguida por toda a
Europa, durando ate a ana de 1500. As principais caracterfsticas sao as ab6badas
encontradas na arquitetura com urn estilo de nervuras. 0 estilo do arco permite que 0
teto seja extremamente alto, sendo adotada par igrejas. Essa arquitetura nasceu na Tiede-France, uma cidade pr6xima a Paris. Esse estilo passou a simbolizar a onipotencia
divida, pois nasceu como fruto da fe crista. A pintura g6tica era representada
principal mente pel a religiosidade,
mas em 1337 e 1339 surgiram
os paineis com
discursos politicos, ilustrac;6esde calendarios e de tratados cientfficos.
"Nas hastes e folhas de Mackmurdo
e de Obrist, as plumas de Lalique e os tentaculos
de Granach. 0 que sempre fascinava 0 artesao eram as elementos natura is adaptados
a sinuosidade do Art Nouveau" Nicolans Pevsner
Essas inspirac;6essurgiram de fora do continente europeu, como as referencias a flora
e a natureza, em gera! de parses orientais como China e Japao.
Art Nouveau
o movimento artistico Art
Nouveau surgiu entre 1890 e 1910, durou pouco tempo, mas
marcou a historia pelas fascinantes curvas presente em seu estilo. 0 nome originou de
25
uma galeria parisiense chamada
de 1895 por Siegfried Bing.
tArt Nouveau,
aberta
na rua Provence,
em dezembro
Samuel Bing, como tambem era chamado, nasceu em 1838 em Hamburgo, onde iniciou
a carreira trabalhando em uma fabrica de ceramica. Em 1877, abriu 0 armazem de
artigos orientais pela grande procura de produtos da arte japonesa, que estava na
moda devido 0 Movimento Estetico. Come\:ou a comercializar
produtos de vidro do
designer Louis Comfort Tiffany, de quem se tornara amigo. Foi desse processo que
surgiu a galeria rArt Nouveau. Nela encontrava-se criagoes de Emilie Galle, Rene
Lalique, t;,xteis e trabalhos em metal criados porWAS.
Benson (1854-1924). Em 1900,
ocorreu a Exposition Universe/Je et Internac;onaie
de Paris, cnde seis divisoes do
pavilhao foi desenhado por Georges de Feure, Eugene Gaillard e Edward Colonna
(1862-1948). Nela vendeu trabalhos de artistas como, Henri Toulouse-Lautrec
( 18641901), Edouard Vuillard (1868-1940),
dos designers Alexandre Charpentier (18561909), Auguste Oelaherche (1857-1940), vitrais de Pierre Bonnard (1867-1947). Em
1905, Siegfried passou os negocios para 0 filho Marcel Bing, para poder se dedicar ao
negocio de antiguidades.
o
estilo espalhou-se
primeiramente
na Fran\:a, Belgica, Alemanha e Austria, com
menor intensidade na Gra-Bretanha,
Espanha, ltalia, Holanda e Estados Unidos, com
repercussao igualmente no Brasil. Em cada um desses parses recebeu diferentes
denominagoes, como Modern Style, Style de bouche de Metro, Art Nouveau na Fran,a;
Bandwurmstil, Jugendstil na Alemanha em fun,ao da revista Die Jugend; Stile Floreale,
Stile Liberty na Italia; Modernismo na Espanha; Sezessionstill,
Wiener Sezession na
Austria; Piing Stijl, Style Nouille, Mouvement Beige, Style 1900 e Moderm Style na
Belgica.
Ate os dias de hoje, apesar de todos os estudos realizados, ainda hi:! duvidas sobre a
origem do estilo Art Nouveau, po is aderiu diversas influ€mcias do movimento Arts and
Crafts, arte oriental, as iluminuras medievais, artes decorativas,
0 romantismo do
Barraco, caracteristicas
g6ticas e celtas e as ideias da industrializa\:ao.
Mesmo com
toda essa mistura, 0 Art Nouveau pode ser definido como urn estilo elegante, pois
destinava-se
a fazer arte pela arte, abrindo caminho para novas experiencias.
As habilidades individuals dos artistas eram os carimbos oficiais deste estilo. Recusavase a irnita\:ao, estimulando a originalidade,
0 toque pessoal, valorizando os trabalhos
manuais. 0 movimento visa integrar-se no cotidiano, adaptando-se
ao mundo moderno,
sen do um estilo mais industrializavel.
0 surgimento de novos materiais facilita este
processo, prapondo entao, a alianQa da produQao artesanal e da industrializa\:8o,
fazendo usa da 16gica e a racionalidade
das ciencias e da engenharia.
E uma tentativa
de conciliar as aspira<;6es herdadas do passado e os novas fen6menos da era tecnica.
Segundo Petr Wittlich, "desde 0 inicio do seculo, muitas vezes ja tinham aclamado a
necessidade de urn novo estilo arquitet6nico capaz de unificar e de orientar, segundo
criterios organicos, as diversas tendencias, para melhor exprimir os tempos modernos"
26
Adeptos da nova tendencia buscaram romper com 0 tradicionalismo
e inaugurar urn
estilo novo, jovem, esponffineo. 0 Art Nouveau propagou-se a todas as formas
artfsticas, a arquitetura, a escultura, a pintura, as artes graficas, 0 mobilia rio, 0 papel de
parede, 0 vitral, os texteis, 0 vidro, 0 cartaz, a ourivesaria, a cera mica, a tipografia e a
joalheria. Os pintores, escultores e arquitetos Iigados a esse estilo, tentaram escapar do
crescente modo de produyao industrial e procuraram criar peyas e materiais
construtivos, recorrendo aos processos artesanais. No entanto, 0 movirnento obteve
uma conquista, todos os objetos feitos manualmente ou em serie, passaram a ser
desenvolvido a partir de uma mesma tendencia decorativista.
Do ponto de vista sociologico, 0 Art Nouveau e um fenomeno complexo. Desperta 0
interesse nos paises europeus e americanos, onde encontra-se urn nivel de
industrializayao elevado. E um movimento que se desenvolve na cidade e depois no
interior, influenciando 0 urbanismo de bairros, equipamentos domesticos, artes
decorativas, vestuario e ornamentos pessoais. Por isso, atinge todas as classes, desde
a alta burguesia que comprava trabalhos de artesaos feitos com materiais nobres, ate a
media e pequena burguesia que comprava 0 mesmo produto, mas pelo processo
repetitivo da produyao industrial, com acabamento e material inferiores.
Os trac;os do Art Nouveau espalharam-se rapidamente, atraves de revistas de arte e
moda, do comercio, das exposic;oes mundiais, espetaculos, mas principalmente
pela
ascensao da tecnologia industrial. Ela fornece uma imagem idealizada e otimista para a
sociedade, proporcionando
uma justificativa para 0 escandalo do lucro excedente. Aos
olhos da economia, ela nao expressa a vontade de requalificar 0 trabalho dos operarios
(como pretendia Morris), mas sim a inten,ao de utilizar 0 trabalho dos artistas. Por iSso,
a Art Nouveau nunca teve 0 carater de uma arte popular, mas sim de uma arte de elite.
Em 1910, 0 Art Nouveau tornou-se fora de moda, os ediffcios e os objetos do cotidiano
ja eram concebidos de acordo com as linhas simples. Mas retornaria em 1960 na
Exposic;:ao de Paris, quando houve 0 reconhecimento
de seu papel pioneiro, na
utilizac;:ao de materiais como 0 ac,::oe vidro.
Art Nouveau
no Brasil
o novo
estilo surge no inicio do seculo XX, podendo ser apreciada na arquitetura e na
pintura decorativa. 0 movimento acaba sofrendo influencias de acordo com cada regiao
do pais, onde a cultura mistura-se ao estilo frances. Nas cidades de 8elem e Manaus,
por exemplo, a 'arte nova' encontra-se mesclado as representac;6es da natureza, unidose a figura do homem amaz6nico e ao grafismo da arte marajoara.
Em 1901 em Sao Paulo, 0 arquiteto sueco Carlos Eckman projetou a vila do Conde
Alvares Penteado, tornando-se conhecida como a Vila Penteado. Em 1948 passou a
abrigar a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Sao Paulo. Alem
dos edificios, poderiam ser encontrados objetos de decora9ao como lampadarios,
casti9ais e vasos. Esses objetos estampavam a riqueza de ornamenta980,
feita
principalmente com desenhos de linhas sinuosas que reproduziam flores e folhas. No
27
Brasil, esse estilo foi superado
Modernista.
apenas nos anos 20 e 30, com a chegada
do Movimento
Abaixo, a Vila Penteado apresenta revestimento de madeira, seu exterior e muito
sob rio. Pode-se observar que a simetria do predio e quebrada somente pelas curvas
das grades de ferro e por sua decorayao floral.
Os detalhes decorativos do predio evidenciam os trac;os tfpicos da arquitetura
Nouveau, como 0 desenho das portas e os frisos das paredes.
Art
Fonte: W'NW.arcoweb.com.br
o
artista Eliseu D'Angelo Visconti, nasceu na Italia em 1966 e faleceu no Rio de Janeiro
em 1944. Ele renovou a pintura brasileira, se preocupou em criar projetos para a arte
decorativa, dando os prirneiros passos para que os objetos diarios resultassern ern urn
trabalho artistico.
28
i
Fonte: PROENCA,
Ii
Grac;a.pg.
225.
Segundo Flavia Portela "numa epoca em que todas as pegas ornamentais eram
importadas, escolhidas atraves de catalogos franceses, Visconti se mostra um artista
moderno, projetando objetos para as industrias e dando os primeiros passos para 0
surgimento de uma profissao decadas mais tarde - 0 designer."
Fonte: http://www.eliseuviscontLcom.br
Caracteristicas
do Art Nouveau
e
A principal fonte de inspirac;:ao dos artistas
a natureza, exaltando a beleza, a
assimetria e as ondulagoes. Mas segundo 0 livro "Caracterfsticas
dos Estilos" de Robert
Ducher, existem ainda, cinco elementos que a caracterizam, tornando-a inconfundfvel.
"A linha chicotada: que consiste em linhas assimetricas e de seus jogos contrastados.
Esse dinamismo se exprime mais no ritmo enos contra-ritmos graficos ou plasticos da
linha 'chicotada' do que em outros pontos. Expressao do movimento e da vida, ao
inverso da decorag8o estatica do ecletismo, 0 ornamento art nouveau vai se inspirar
estreitamente no naturalismo, pregado outrora por Viollet-Ie-Duc"
(um dos primeiros
arquitetos a pensar no conceito moderno de restaura9ao)
29
Fonte: DUCHER,
Robert.
Pg.201
"A flora: a primeira tendemcia, de inicio explorada pela escola de Nancy, encontra no
repert6rio vegetal e em seus recursos lineares 0 penhor de uma relagao intimista com a
natureza. Oesta conserva-se sobretudo 0 seu principio de vida e de feeundidade, os
botoes de f10res por exemplo, com uma insistemcia particular no estado organico da
materia. Ondulagoes, entreeruzamentos
de caules, efeitos de superficie espinhosos,
nodosos ou mosqueados se assoeiam
evoeagao, em geral simplificada, da papoula,
do cardo, da parreira, da espiga de milho, da umbela, do lirio, da ipomeia, da orquidea
e do crisantemo vindo da arte japonesa."
a
i .
Fonte: www.mnsociety.org.uk
"A fauna: alem dos nenufares, 0 japonesismo introduz 0 mundo aquatieo das libelulas,
das ras, das borboletas; 0 simbolismo, 0 emprego das marehetarias escritas".
I~II
I~
--I
Fig. 39: fauna Art Nouveau
Fonte: DUCHER, Robert. Pg.201
"A mulher: aos motivos f10rais e animais, assoeiava-se a mulher. Outre simbolo, tanto
pelo sexo e pela ondulagao de suas linhas como pela cabeleira, do principio elementar
de vida."
30
Fonte: hltp:llcontent.answers.com
a
"A tendencia
abstrac;ao: a segunda tendencia, menos naturalista ou men os descritiva,
tira do mundo vegetal apenas urn grafismo criador de formas organicas que tendem
abstragao. A fusao e depois a estreita uniao do ornato com a estrutura passam entao
par ondulac;6es e tarc;6es que submetem 0 material, ferro, ferro fundido, vidro ou pedra,
ao seu objetivo".
Fig. 41: abstra~o
Fonte: DUCHER,
a
Art Nouveau
Robert. Pg.201
Motivos Florais
Procura-se com este projeto, mostrar as belas formas encontradas nos diversos
segmentos artisticos (arquitetura, pintura, decoracao) do Art Nouveau. Entre todas as
caracteristicas deste movimento artistico, a flora sera 0 foco explorado. Para 0 artista e
arquiteto Charles Francis Annesley Voysey (1857-1941) "ir a natureza e realmente ir a
fonte, mas diante de uma planta viva, 0 homem deve percorrer um processo elaborado
de seleC;ao e analise".
o
a
estilo do Art Nouveau, influencia arquitetos modernistas
revestir as cidades com
sua ornamentac;ao. Segundo eles, cabe a arte tornar as cidades agradaveis, elegantes,
modernas e alegres. Com esse estilo surgi a ideia da cidade-paisagem,
sendo que 0
gosto arquitet6nico evita 0 bloco, apreciando as linhas e superficies onduladas,as
varandas e sacadas salientes. Abaixo,encontram-se
os profissionais mais importantes
do movimento e as principais obras inspiradas nas formas florais da natureza.
Hector Guimard (1867-1942) nasceu em Lyon, tornou-se arquiteto e designer. Iniciou
seus estudos com Eugene Train e Charles Genuys na Ecole Nationale des Arts
31
Decoralifs e em 1889 com Gustave Gaulin na Ecole des Beaux-Arts. Infiuenciado pel a
arquitetura English Domestic Revival e par Victor Horta, projetou 0 Castel Beranger,
uma das belas obras e mais importante de Paris. Foi considerado urn dos principais
representantes do Art Nouveau na Franya. Recorre ao sistema psicol6gico de
ornamentar as estac;:6es do metro em estilo floral, tarnanda-S8 urn dos aspectos alegres
e marcantes
da cidade de Paris. Psicol6gico
por dar vida ao metro subterraneo
e
obscuro, com flores e curvas, causando urna sensac;::aoboa e tranqOila as pessoas que
passam no local, explorando 0 ferro fundido e 0 vidro. Em 1920, com a influencia da Art
Deco, Guimard tornou-se fora de moda. Em 1938, mudou-se para as Estados Unidos,
onde permaneceu
F ante:
ate 1942, lalecendo
na cidade de Nova lorque.
.WWW.art-nouveau-europa.net
Hugo Alvar Hendrik Aalto (1898-1976) nasceu na Finlandia e estudou arquitetura na
capital em Helsfnquia. Trabalhou como designer e viajou par toda a Europa. Criou 0
pr6prio atelie, cnde criava e experimentava novos materiais, principalmente com
laminado de madeira, moldando ate encontrar um design perfeito com a madeira
dobrada. Seus projetos loram bem recebidos na America e Inglaterra, nas decadas
30 e 40, com a filosolia do Organic Design. Segundo Alvar Aalto, a madeira e um
de
"material profundamente humane que inspira a forma" Ele acreditava que para criar,
deveria considerar as necessidades funcionais, como tambem as psicol6gicas, e isso
era conseguido com materiais naturais.
32
Charles Ashbee (1863-1942) naseeu em Londres. Estudou hist6ria na Cambridge
University e arquitetura.
Foi influenciado par John Ruskin e William Morris. E conhecido
por trabalhos em prata com uma ondulada deeora,ao organiea. Ministrou aulas de
ingles na Universidade
do Cairo e depois trabalhou durante quatro anos em urn projeto
de restaurayao em Jerusalem.
I
1
I
I [i\/)I
IQI
I~
I
Fig.44:
Fonte:
nares
de Charles
www.vam.ac.uk
Ashbee
i
Fonte: WNW.tademagal1ery.com
Victor Horta (1861-1947) arquiteto que deixou 0 estilo neoelassieo para se dediear ao
Art Nouveau. Procurou ausar em suas cria90es, utilizando materiais como ferro, vidro e
madeira. Os interiores arquitet6nicos
sao extrema mente expressivos e bel OS, usando a
luminosidade
e artes men ores para complementar
e formar urn todo.
Emile Galle (1846-1904) naseeu em Nancy na Fran,a. Estudou no Lycee Imperiale,
sen do que aos dezesseis anos ja sabia muito sabre decora9ao de ceramica e vidro.
Tambem estudou botanica com 0 professor Vaultrin, desenho com Casse, pintura
paisagista com Paul Pierre, em Weimar estudou mineralogia
e hist6ria da arte. Procurou
se aprofundar em ciemcias naturais, criando obras a partir de plantas e flares. Trabalhou
em mobilia rio e ceramica, mas executava com excelencia e perfeic;ao trabalhos feitos
em vidros, surpreendendo
em farmas e cores. Comprou um terreno para a oficina de
marcenaria,
onde tambem criava mobiliarios seguindo 0 estilo Art Nouveau, inspiradas
em formas de plantas. Tornou-se diretor da empresa da famflia, e em 1901 foi eleito
presidente da Ecole de Nancy.
33
Fonte:
i
WoNW.landesmuseum.de
Jean Daum (1825-1885)
nasceu em Bischwiller.
No ana de 1875, na cidade de Nancy,
comandou a oficina de vidros Verrerie Sainte Catherine. Para a empresa nao falir, optou
par comprar e mudar 0 nome para Verrerie de Nancy. A principia, fabricavam-se objetos
como loucas, vidros lam inados e vidros de relogia. Para diferenciar de outras empresas,
passou a criar pec;:as diferentes e inovadoras, junto a urn grupo de artistas. 0 trabalho
se assemelhava com a de Emile Galle, mas naa chegava a ser tao refinado e
expressiva. Os filho de Jean Daum, Auguste e Antonin, junto a Emile Galle, ajudaram
funda9aO da Ecole de Nancy, onde Antonin ficaria como vice-presidente.
a
http://iartnouveau.com
Eugene Gaillard (1862-1933) nasceu em Paris. Come90u trabalhando como escultor e
depois tornou-se designer de interiores, na area de mobilia rio e texteis. Decorava e
formas
I
i
Fonte:
ill
hltp:lllartnouveau.com/artistes/gaillard.htm
34
Josef Hoffmann (1870-1956) nasceu em Moravia. Iniciou os estudos de arquitetura em
1887 na Hoherre Staatsgewerbeschele
em BrOnn e continuou em Viena na Akademie
der Bildenden KOnste. Dez anos mais tarde, trabalhou no atelie de arquitetura de Otto
Wagner e torneu-se co-fundador da Secessao de Viena, estllo que contrariava a Art
Nouveau. Em 1900 encontrou-se com as britanicos Charles Robert Ashbee e Charles
Rennie Mackintosh, membros do Arts & Crafts Movement, que convidou para
projetarem as instalat;6es da VIII Exposigao da Secessao.
Designers como Hoffman,
acabaram sendo influenciados
par Mackintosh e pelos trabalhos da Glasgow School.
Em 1905 Josef abandon au a Secessao e fundou a Kunstschau com a pintar Gustav
Klimt. Dais anos mais tarde, tornou-se membra fundador do Deutscher Werbund.
Apesar da influencia do Arts & Crafts, Hoffmann desenvolveu
formas retillneas que foi
adaptado pelo Movimento Moderno.
Archibald Knox (1864-1933) nasceu na IIha de Man. Estudou na Douglas SchoololArt
no ano de 1878 a 1884, onde mais tarde lecionou. Em 1897, mudou-se para Londres,
an de conheceu Christopher Dresser, juntos comec;:aram a desenhar texteis e a trabalhar
com metal para 0 Silver Studio e depois para Uverty & Co. Criava-se objetos com
formas organicas, a decoray8o tinha como padrao as formas entrelayadas
e
ondulantes. Em 1909, Knox cedeu a licen,a de varios designs a James Connell & Co.
Em 1912, foi para os Estados Unidos para trabalhar na empresa Filadelfia, Bromley &
Co. Permaneceu
somente um ana, retornando
IIha de Man para lecionar e se dedicar
pintura. as objetos de prata eram altamente refinados, caracterizavam-se
pelas
formas organicas exageradas
e pelos motivos f10rais abstratos.
a
a
35
Rene Lalique (1860-1945) naseeu na Fran9a. Ao dezesseis anos, Lalique deixou a
Escola Turgof para tornar-S8 aprendiz de urn importante ourives parisiense, Louis
Aucoc. Para seu aperfeit;oamento,
estudou em Londres no Sydenham College, e
quando retornou a Paris em 1880, come90u a trabalhar com os joalheiros Petit Fils. Ja
com 0 proprio atelier, fornecia pec;as para joalherias como Cartier, Boucheron, Destape
e Aucoc, desenhou papel de parede, textil e estudou escultura com Lequien. Exibia em
1894, trabalhos nas exposit;:oes de Paris, com materiais alternativDs, marfim, chifre,
pedras semipreciosas
e esmalte. Na Exposition Universelle et Internationale,
Lalique
expos obras de vidro branco e colorido gravado em joalheria. Foi tao grande 0 sucesso,
que Lalique primeiro criou uma oficina de vidro, e em 1909 comprou uma fabrica de
vidros, onde produziu 0 design de frascos de perfume para os seus clientes. Apesar da
variedade de frascos, Lalique era conhecido pelo seu vidro opalescente,
sendo copiado
par outros fabricantes.
Louis Majorelle (1859-1926) nasceu em Toul na Franc;a. Iniciou estudando pintura em
Nancye depois na Ecole des Beaux-Arts. Quando seu pal faleceu, tornou-se 0
responsavel pela empresa da familia de mobiliiuio e ceramica. A principio foi
influenciado pelo estilo Rococ6 e depois pel os trabalhos naturalistico de Emile Gaile.
Em 1900, desenhou arma90es de metal para os vidros de Auguste Daum. Em 1901,
tornou-se vice presidente da Ecole de Nancy. Em 1916, foi para Paris, retornando
somente depois da I Grande Guerra. Nos anos 20 foi inftuenciado pela Art Deco,
tornando seu trabalho mais formal e menos ornamental.
Fonte: www.modemsilver.com
36
William Morris (1834-1896) nasceu em Walthamstow, iniciando seus estudos em
teologia no Exeter College, em Oxford. Trabalhou como arquiteto junto com George
Edmund Street. Fe! influenciado par John Ruskin e pelo escapismo romantico PreRafaelita. 0 seu primeiro projeto foi a pr6pria casa, ande trabalhou com amigos, que
trataram do interior, com adarnos, murais, vitrais e mobiliiuio pintado. Em 1861, criou a
empresa da Morris, Marshall, Faulkner & Co., ande comercializava
mobiliario, vitrais,
papel de parede, objetos de metal, ceramicas, azulejos, bordados, carpetes, texteis.
Morris pretendia que 0 born design fosse acessivel
massas, mas recusava a
industrializa9ao para naD afastar 0 artesao de seu trabalho. Par isso, as designs de
Morris eram caros e 56 os ricas poderiam adquirir. As ideias reformistas de Morris
primavam a simplicidade acima do luxo. Queria urn design de qualidade e com urn meio
democratico para a mudan9fl social.
as
Fonte: http://lemonodor.com
Dagobert Peche (1887-1923) naseeu na Austria, estudou engenharia na Technische
Hochschule e arquitetura na Akademie der Bildenden KOnste. Comeyou a desenhar
carpetes e ceramicas inspiradas no Barraco e Rococ6 para praduyao em serie. Entre
1917 e 1919 tornou-se co-diretor da cooperativa Wiener Werkstiitte, residiu em Zurique,
onde coordenou uma das lojas. Seus trabalhos sempre foram inspirados em formas
flora is e animais. Chegou a produzir rna is de tres mil designs no ramo das ceramicas,
grafismo, mobiliario, capas de livros, texteis, brinquedos, decoray80 de ovos de Pascoa
e decorayao de Natal.
37
Louis Comfort Tiffany (1848-1933) nasceu em Nova lorque. Estudou pintura com
George Innes e urn ano depois, em 1897 expos seu trabalho na National Academy of
Design. Come90u a fazer experi,mcias com vidros em 1873 e seis anos depois ja
trabalhava profissionalmente na area de decoraC;2Iojunto com Candace Wheeler,
Lockwood de Forest e Samuel Colman, tambem conhecidas como Louis C. Tiffany &
Associated Artists. Projetaram interiores para a casa de Mark Twain (1880-1981) e
varias salas para 0 presidente Chester A. Arthur na Casa Branca (1882-1883).
Em
1892, a empresa mudou de nome para Tiffany Glass & Decorating. Urn ano depois
come90U a produzir peC;asFavrile, uma serie de vitrais, mosaicos de vidro, lampadas
eletricas de vidro prensado, candelabros de vidro e vasos artisticos. Ate 0 ana de
1924, continuaram a produzir pe9as requintadas com design Art Nouveau.
i:
Fonte:
I
WWIN.louis-comfort-tiffany.de
o Art Nouveau se formou em uma atmosfera forte mente influenciada pel as descobertas
das ciencias naturais, atraves da biologia, da botanica e da fisiologia. Os designers
voltaram-se para a natureza porque necessitavam de objetos que expressassem
formas
organicas e naD cristalinas, formas sensuais e naD intelectuais.
A razao que levou as designers
da decada de 1890 a procurar
inspira96es
na natureza,
tinha a ver com anteriores pesquisas cientificas no descobrimento do mundo natural,
como 0 tratado de Darwin' On Ihe Origen of Species', publicado em 1859, as
ilustra90es de botanica de Ernst Haeckel (1834-1919) e os estudas fatagraficas
fiores de Karl Blossfeldt (1865-1932) no final do seculo XIX.
de
38
Art Nouveau, a Moda e a Mulher
o
estilo Art Nouveau femete a feminilidade, nao 56 pelas curvas e ondula90es, mas
trabalhar a imagem da mulher nas suas obras artisticas, resultando nas mais belas
composiyoes. Influenciou tudo e todos que 0 cercavam, tornando mais bel as as
par
paisagens e proporcionando leveza aos olhos de quem 0 admirasse.
feminina era representada atraves das linhas de seus cabelas, das suas
curvas e da sensualidade, encontradas em grande parte dos objetos da epoea.
A sinuosidade
As mulheres estavam sen do va!orizadas e conquistando seu espayo dentro da
sociedade, tanto que as movimentos feministas na Frany8 iniciaram-se na mesma
epoea. Em 1880, fcram criados colegios para moyas. IS50 significava na epoca, 0 infcio
da revolu980 feminina, pais ficavam a maior parte do tempo confinada nas casas enos
jardins.
As vestimentas ainda nessa epoca primavam pelo aspecto ornamental, atraves de uma
roupa bem cortada e decorada. Os bordados formavam arabescos com linhas, flores e
grinaldas, com pequenos ramalhetes de fitas. Usava-se musselina de seda, crepe da
China, tule, grandes quantidades de renda em blusas e golas. A "saia tulipa" se abria na
altura das coxas para baixo, chegando a cobrir os pes, formando uma cauda cujas
barras recebiam
acabamentos
de babados de renda e fitas.
Havia tambem uma grande variedade de j6ias que representavam a figura da mulher,
como aneis, pulseiras, broches, gargantilhas, fivelas para cintos, pentes para segurar
cabelos e alfinetes para chapeus. As j6ias de ouro ou prata eram cobertas de esmalte,
alem do uso de pedras preciosas.
Mas 0 comportamento foi mudando aos poucos, jovens senhoras viajavam sozinhas,
visitavam exposi90es e faziam excursoes. Criaram-se entao, roupas simpHficadas,
chamadas "trajes de viagem" e "traje de passeio". As pe9as das mulheres foram
copiadas dos homens, criando os primeiros vestidos com jaquetas ate a cintura, usados
com blusas de gola alta e com cascatas de renda. As man gas eram em geral justas nos
punhos e compridas,
chegando
ate a metade da mao.
a tailleur
e um exemplo da mudan9a do vestuario, sendo confeccionado na maioria das
vezes par alfaiates ingleses. Foram criados para vestir governantas, datil6grafas e
balconistas, que precisavam de roupas praticas para desempenhar suas fun90es.
Camplementava-se 0 visual com chapeus, que a princlpio eram pequenos, usados no
alto da cabeya, junto de coques presos por grandes alfinetes.
Com a Primeira Guerra Mundial, as mulheres acabam assumindo
dos maridos, pondo fim aos espartilhos apertados.
0
posto de trabalho
39
40
MATERIAlS
E METODOS
DE PESQUISA
Encontra-se
na segunda parte do projeto, 0 desenvolvimento
do produto, a
elaborac;ao do conceito e publico alvD, realiz8c;oes de testes, pesquisas de materia is,
processo de fabrica,ao,
a analise ergonomica e a gera,ao de alternativas.
Func;:ao do Produto
Cada j6ia possui como fUnt;aD representar
par meio de suas formas 0 8stilo Art
Nouveau, sendo divididas em quatro flores escolhidas
pelo publico alvD, Urio,
Jasmim, Tulipa e a Rosa. A j6ia confeccionada
foi inspirada na Rosa, esta
representa
0 amor. 0 ral6gio e as pedras possuem
a cor rosa, pois lembram
flor e
a feminilidade
das curvas sinuosas do Art Nouveau. A gerayao de alternativas
possui pedras preciosas coloridas que remete as f10res e as j6ias feitas em
diamantes, que sao sinonimos de requinte e podeL 0 significado de cada detalhe
depende das fun,ces que desempenham
na estrutura. Assim, cada significado sera
a
novo e unico.
Pode-se aplicar a teoria de Gestalt, parte da semi6tica que estuda 0 todo e a soma
de suas partes. As formas boas de Gestalt representam
a ausencia de movimento
visual, formas sem caracteristieas
sen sua is e sem expressao, 0 que nao e 0 caso da
j6ia Art Nouveau', Este e um dos movimentos
mais expressivos,
pais suas formas
curvilfneas,
emaranhadas
e belas, fazem com que nao seja esquecida
e a forma
seja altamente
express iva.
e.
"A natureza nao se expressa.
Ela
Urna folha na arvore nao expressa a folha, ela e
a folha". Enxergamos
uma folha e sua forma, segundo 0 nosso olhar, a nossa
concep,ao.
Segundo Charles Sanders Pierce, " ... podemos recriar, com materiais
diferentes,
formas que se tornarao expressivos
dos fen6menos
que vivemos e
simbolicos de nossas vivencias"
"0 homem se inspira na natureza
observanda
as formas que ela nos proporeiona.
0
desenho de uma fior desabrochando
e 0 design do poster dessa flor levaram 0
homem a pensar sabre as formas que 0 rodeiam. Mesmo as animais e insetos, ao
desenvolver
seus objetos, fazem com que esses objetos lenham uma finalidade de
uso." Wilton Azevedo
A joia possu; a func;ao emotiva de representar,
atraves de suas curvas e cor, as
formas curvilineas e a delicadeza da mulher, completando
com 0 romantismo da
pr6pria fior que a pe,a foi inspirada. A fun,ao emotiva pode ser percebida pelo tra,o,
pela forma,ao e composi,ao
do produto. No momento em que e criado e dado um
nome ao objeto, nos 0 individualizamos,
0 diferenciamos
do resto que 0 cerea. Para
Sottsass, 0 valor emocional em rela,ao ao objeto nao e dado atraves de sua
funcionalidade,
mas atraves de seu nivel de expressividade.
Nas joias, 0 signo esta presente no significado das flores, representando
bons
sentimentos,
e em partes significa amor, declaraC;ao de amor, pureza, grac;a e
elegancia.
Barthes dizia que a roupa e os acessorios sao um sistema de sinal. A joia
41
usada junto com a vestimenta au sozinha envia um sinal, este com poe uma
mensagem,
que pode ser interpretada
por aquele que comunica
e pelo que recebe a
infarmac;:ao.
A pessoa que esta usando pode gostar de mostrar os bens que possui, ja que a
pec;ase usa por cima da roupa. Par exemplo, a cor rosa da joia (pode~se interpretar
que a usuaria e romantica), 0 broche expressivo (pode ser uma usuaria com
personalidade
forte, determinada,
rude, antiga, inovadora ou ainda uma artista),
pe~a funcional (uma usuaria moderna, pratica, atenta a tecnologia) ou ainda,
a
simplesmente pode ser uma usuaria que goste, compre e use a pec;:asem motivo
especifico.
Existem diversas interpretagoes
que podem ou nao estar correta, tudo depende
reuniao das pe~as escolhidas, da combinat6ria,
enfim do sintagma. 0 produto
possibilita uma gama de associa~oes e combina~oes,
alem de agregar valor
da
a
roupa, devido 0 broche ser removivel do relogio, possibilitando 0 uso em qualquer
parte do vestuario.
A prata, segundo 0 dicionario de simbolos, e "branca e luminosa, a prata e
igualmente simbolo de pureza, de toda especie de pureza. E a luz pura, tal como e
recebida e restituida pela transparemcia do crista!, na limpidez da agua, nos reflexos
do espelho, no brilho do diamante; assemelha~se a limpidez de consciemcia, a
pureza de inten~ao,
a fraqueza, a retidao
de atos; invoca a fidelidade
que tudo isso
resulta"
Publico Alvo
Para mulheres elegantes, maduras e (micas. Assim como a joia. Nao havendo nada
igual ou que se possa comparar
a tal preciosidade.
Possuem
um alto padrao
de
vida, por isso preferem investir em pec;:ascom qualidade e exclusividade.
Idealizadoras de seus sonhos. Independentes em suas ac;:oes.Seguras em suas
decisoes. Esta sempre pre parada para novas desafios.
Empreendedora, inteligente e informada, procura a inovac;aocom funcionalidade,
praticidade e estatica, de forma que possa complementa~la no seu dia a dia.
No tempo livre, prefere ir ao cinema, viajar a praia mais proxima ou para um distante
chale no campo. E romantica e delicada, preferindo urn jantar a dais. Aprecia ganhar
presentes, principalmente jOias, pais a uma lembranc;:aeterna.
o publico alva pertence a urn pequeno grupo diante da sociedade.
Possuem alto
poder aquisitivo e uma excelente qualidade de vida. Investem em produtos com
design diferenciado, inovaC;8o,tecnologia e exclusividade. No Brasil, a classe A
movimenta
5 bilhoes de reais por ano. Os brasileiros
ricos (1%) ganham
23,4 mil
reais, diante de 1,6 mil reais do resto da populac;ao.As cinco mil famflias mais ricas
(0,0001 %) sao donas de 40% do PIB.
42
As pec;asexclusivas sao dedicadas a pessaas que buscarn a inovayao e urn
diferencial.
A j6ia desperta
0 desejo em obter um produto
novo, adaptado
de forma
pratica e maderna para 0 mundo atua!. Uma pesquisa realizada nos cinco
continentes pela revista Istoe, revela que 64% das pessoas afirmarn pagar mais por
servic;ose produtos exclusivos e especiais.
Nao e de hoje que a elite investe
em produtos
de valor, no ana de 1900, na epoca
do Art Nouveau, as pessoas adornavam-se ricamente, mostrando as melhores j6ias
em uma competi980 de quem podia mais, quem possuia
pertencia a mais alta posi980 social.
o
a cidade
publico alvo pertence
de Curitiba,
mais poder, quem
onde 0 usa de jaquetas
e blusas de
manga comprida sao comuns no cotidiano. A cultura e a temperatura da regiao
colaboram
para que isso aconte9a,
sendo necessario
e indispensavel
este tipo de
vestimenta. A 'reloj6ia' Art Nouveau torna a roupa mais leve, quebrando a seriedade
das pe9as para 0 frio, podendo-se
dizer entao, que esta tambem
e uma j6ia para a
estac;ao de inverno.
Pesquisa realizada com
0
publico alva da cidade de Curitiba, na Parana.
Idade
Escolaridade
15%
5%
20"~60~'
020-30an05
_31-40an05
101" grau
041-508n05051-60an05
Estado civil
.2· grau OJ grau 1
D
Usam casacos
,,%
417%
IOsolteire
Grafico
01: Publico
Dcasada
\
IOjeans, algodao
IIcouro
Alvo
43
Estilo
Preferem
••
%
65%
-
ImformaJ
.
Ilcasual
Desporte
I
IDteatro
Preferem
IZIcinema
I
Preferem
15%
20%
65%
Iscampo
II praia
I
locasa
Preferem
Dviagem
I
Usamj6ias
25%
30••••
50%
IDflores
ElIjuotarDpreseotes
I
Usamj6ias
Yt,%
"
75%
Possuem alegia a prata
100%
000
Grafico
dia a dia
S
someote
02: publico
alvo
em datas especiais
44
Encomendou
Pagaria
j6ias
rel6gio
quantos
de prata
reais
em urn
e rubi sintetico
60%
1'::1700egoo 01100 01300 .1500
Preferern
broches
presos
Sabem
por
~5%
a que
e Art
Nouveau
~45%
55%~
65.~
I
IOAlfinete mTarraxa
Flores conhecidas
Preferern
15%
10~'
ICUrio
em rela~ao a forma
as nares
30%
Graflco
I
IlRosa
03: Publico
Ojsmim
OTulipa
I
mcamelia
IiIcrisantemo
Djasmim
.mils
mlirio
o rosa
• margarida
lEItulipa
Alvo
Conceito
As formas curvas, organicas
e fiorais do Art Nouveau,
se entrelagam ao tempo
e a feminilidade,
integrando-se
no cotidiano
e adaptando-se
ao ritmo acelerado
do mundo modemo.
Ambiencia
A am bien cia
representando
e composta
pela mais famosa obra de Victor Horta, a Casa Tassel,
par meio de sua estrutura, as curvas e a expressividade.
Junto a ela
45
encantra-se a pnflticae necessaria rel6gia. Este camunica alga que a ser humana
depende
total mente,
0
tempo.
46
Produtos similares
Os produtos similares sao rel6gi05 versateis que viram braceletes, broches,
chaveiros, colares, pulseiras, abotoaduras, entre outros. Abaixo, urn rsl6gio Gucci
que vira bracelete girando a maquina.
i.
Fonte: www.terracom.br/istoe
Acima, grifes Calvin Klein e Donna Karan, as rel69i05 de pulsa
a mostradores
de
horas sabre pulseiras de afivelar. A Donna Karan aposta tambem em rel6gios de al'o
que, se vista de relance, parece mais uma pulseira de brilhantes. A empresa inglesa
Dunhill elaborou urn rel6gio abotoadura. Grife suil'a Swatch acoplou as ponteiros a
chaveiros, balsas e pulseiras de pano que podem ser substituidas par qualquer Qutro
tecido, investem tambem em adere90s com diamantes que tern mais jeito de j6ia do
que de rel6gios. 0 diretor da Swatch, Carlos Byron, afirma que a intenl'iio da marca
em investir na versatilidade
relojoaria.
e justamente
firmar-s8 como grife de moda e
nao
47
Analise diacronica
o uso
das j6ias ocorre desde os tempos
remotos,
onde um simples
osso significava
coragem e protegeo. Com 0 passar dos anos, usou-se com mais requinte. Os metais
e as pedras preciosas tornaram-se simbolo de glamour e poder. Ostentar e mostrar
que se pode comprar
uma j6ia sempre
fez parte do ser humano,
tanto que
encontrarn-se imagens antigas, onde mulheres e hom ens faziam questao de cobrirse com prata, ouro e diamantes.
acess6rio que chama a aten9ao
e
0 broche pode ser citado como exemplo,
um
pra si, sem medo de aparecer, sendo usado como
destaque em roupas, em chapeus, cintos, bolsas e sapatos.
abaixo pertencem a tres rainhas da Italia do secula XIX e XX. Na epaca,
usava-se muitos broches e joias com grandes pedras preciosas, tambem
encontrava-se joias com 0 simbolo real, representando 0 poder, a nobreza e a
classe que pertenciam. Os homens mostravam as medalhas de homa e coragem
fixadas no peito. As mulheres ja usavam na epaca pulseiras sabre as mangas.
Algumas j6ias pareciam rel6gios, pois dentro do compartimento oval havia fotos de
seus maridos.
As joias
48
Fonte: PAPI, 2000.Pg.28~165.
49
Analise sincronica
Com a evolu~o dos materiais, a industria foi foryada a reformular e a criar novos
produtos para satisfazer as exigencias do mercado.
XXI acompanha a tecnologia, pois esta proporciona
0 design das j6ias do seculo
uma variedade imensa de
experimentos e inova~es. Os produtos sao produzidos rapidamente, a tim de
satisfazer a fome dos consumidores pelo novo. Pode-se notar que 0 objetivo das
empresas hoje e tornar um simples
estiio inciuidos neste quadro, pois
produto em um produto de moda. Os rel6gios
design desenvolvido
agrada homens e
0
mulheres, tornando-se urn produto de moda indispensavel. Encontrarn-se abaixo
alguns produtos
do seculo XXI.
Fig.64: analise sincr6nica
Fonte:
www.personalstylist.com.br
50
Tendencia
de moda
e
A tendencia primavera I verao 2007,
limpa, clara e branca. Podendo ser branco
total, transparente e apaco. Transmite a leveza
peyas e ilumina qualquer look. A
Baume & Mercier, lanc;:a 0 Riviera L, na verseo de quatro diamantes
e com quarenta
e quatro diamantes. 0 usa de rel6gios com bracelete na cor branca e prata est'; em
alta.
as
Fig.65 tendencia
Fonte: hltp:llnews.maxima.xl.pt
A Guccllan98
no Brasil 0 rel6gio Twirl. Passui 0 mecanisme
suic;:o e a caixa rotativa.
Basta urn giro para 0 rel6gio se transformar
em urn bracelete.
Fai desenvolvido
em
890 inoxidavel em dois tamanhos
para diferentes perfis de mulher, das classicas as
modern as.
Fig.67: tendencia
Fonte: www.joiabr.com.br
Segundo Gert van de Keulen, "a natureza oferece 0 melhor design do mundo. A
moda, a arte e 0 design precisam descobrir seu interesse pela eieneia. Este
0
momento de se unirem".
e
Materiais e tecnicas
de transformat;:ao
A tecnologia e as propriedades
dos materiais capacitam
0 design a aplicar e a criar
novos projetas. A materia-prima
qualquer substancia que sera transformada
em
produtos industriais, por tanto 0 produto
resultante do processo de produgao da
madificaC;8o da natureza au de substancias.
e
e
51
o desenvolvimento dos metais deve-se
metodos
de fabricagiio,
tratamento
principalmente ao aperfeigoamento dos
e ao progressivo
desenvolvimento
de novas
ligas. As inovayoes tecnologicas sao assimiladas rapidamente, pois tras conforto e
facilita
0
trabalho,
tornando-o
produtivo.
Para 0 projeto foram utilizados materiais como a prata 950 para confeccionar a j6ia e
prata pura para banhar, zirconia e rubi sintetico e 0 rel6gio em ayo inoxidavel feito
industrial mente.
A fabricagiio
Master
Fundigiio:
da j6ia sera realizada
para esta j6ia,
0
por um processo
metal sera fundido
mecanico
ate resultar
na peya
para se fabricar
os lingotes.
A partir
disso, sao realizados os processos de conformayao mecanica para a obtenyao de
chapas,
barras e placas.
Conformayao: aplica-se no metal uma ayao mecanica, com mudanya permanente de
dimensoes. 0 trabalho primario e quando a conformagao e realizada em lingotes,
como descrito
acima no processo
primeiro processo,
0
de fundigiio.
A partir das partes obtidas
pelo
trabalho mecanico resulta a formas e objetos definitivos.
Atraves da conformagiio
mecanica ocorre a alteragiio das propriedades
do metal.
Encontra-se assim, a deformagiio dos meta is por meio do trabalho a quente ou por
trabalho a frio, chamado temperatura de cristalizagiio.
I.
Fonte: hup:llmodafoca.ubbihp.com.br
Laminay80: consiste na passagem do metal entre dois cilindros que giram em
sentidos contraries. Ela transforma 0 metal, aumentando 0 comprimento e a largura.
Existem variados tipos e disposiy6es de cilindros, sende um laminador duo, trio,
quadruo e universal, dependendo do serviyo que se pretenda executar. Podem ser
lisos ou texturas como ranhuras.
quente ou a frio.
A laminayiio
tambem
pode ser classificada
a
52
- laminac;:aoa frio: proporcionam
quente e terminado a frio.
0
acabamento aos produtos, geralmente iniciado a
- laminac;:aoa quente: transformam lingotes de metal em produtos semi-acabados.
- laminac;:aode produto plano: obtidos com cilindros de corpo plano, inclui-se chapas,
tiras ou barras.
Fig.70: !aminat;ao
Fonte: http://modafoca.ubbihp.com,br
Trefila~ao:
fabrica~ao
de fios, arames
e tubos. A maquina
e alimentada
por produtos
semi-acabados chamados de fio-maquina. Este material para por um determinado
diametro, em seguida para por outra matriz com diametro menor ainda. Faz-se isso
sucessivamente, ate atingir 0 diametro desejado do fio.O material precisa ser
lubrificado para redu~ao da temperatura e 0 atrito com as ferramentas
de
estiramento. Sao chamados tambem de produtos semi-acabados,
pois a partir desse
processo, sao confeccionados diversos produtos. Sao usados na fabricac;:aode
correntes, detalhes em j6ias, fechos, entre outros.
i.
Fonte: http://modafoca.ubbihp.com.br
Soldagem: 0 processo de soldagem ocorre por meio da fundi~o
de uma chapa
cortada e soldada junto a j6ia. Quando e aquecida, forma uma gota sobre a j6ia, e
depois de algum tempo ela junta as duas faces.
Fig.72: soldagem
Fonte: www.diamantes.com.br
53
Cravagaa: e a praeesso de fixagaa de pedras preciosas sabre partes metalieas
j6ias e rel6gias, em que podem ser feitas sem ou cam garras. E um trabalho
minueioso e especifiea, pOis as pedras sao delicadas e padem ser machucadas
arranhadas se a cravador nao passuir 0 dominic da teeniea.
Acabamento:
acabamento
de
e
alguns materiais metalicos sao eorrosivos e neeessitam de um
final, para proteger e aumentar a resistencia do desgaste do material.
- detergeneia:
uso de substaneias
- solubilizagao:
usa de solventes.
- agao qufmica:
descascamento
- agao mecanica:
quimicas.
e a decapagem
uso de lixas, raspadeiras
atraves
de acidos organicos.
e outros materia is abrasivos.
Lixamento: para conseguir uma pega uniforme, e necessaria
solda ou a lamina9aO, eliminando as rebarbas da j6ia.
0
lixamento
apes a
Polimento: processo para dar 0 acabamento
final a j6ia, retirando riscos ocorridos
pelo lixamento ou pelas marcas ocasionadas atraves do uso diario da joia. Pode ser
realizado so mente com um pano limpo ou com uma escova que gira em alta rotagao.
A prata 950 possui excelente resistencia, pois e mais flexivel nao permitindo que a
j6ia se quebre. Mas esta sujeita a maior abrasao e sua oxidagao e demorada
(Fonte:
TEIXEIRA,
Joselena)
54
Cartela de cores
~Rosa
C:O M:100
C:9
M:18
Y:O
Y:4
K:O
K:O
C:8 M:6 Y:6 K:O
Amarelo
C:8 M:6 Y:6 K:O
~verde
C:8 M:6 Y:6 K:O
~k",
C:8 M:6 Y:6 K:O
~"'"
C:8 M:6 Y:6 K:O
PraIa
C:8 M:6 Y:6 K:O
Flg.73. cartela de cores
55
Cartela de Materiais
Caixa em a90
Marca Magnum
Prova d'agua
e
e
Rubi sintetico
rosa
Rubi sintetico
rosa claro
Zirconia sintetico
branco
Zirconia
sintetico
amarelo
Zirconia
sintetico
verde
Zirconia
sintetico azul
Zirconia sintetico
lilas
prata
56
Analise ergonomica
Desenvolveu-se
proporcionando
latores:
a forma, a tamanho e 0 conforta da j6ia atraves da ergonomia,
confiabilidade
e usabilidade. Para isse, analisaram-se varios
A j6ia fai desenvolvida para ser pratica e confortavel,
per isso foram realizados
estudos para adequar 0 produto
possibilidades
de movimentos
que 0 ser humane
pode realizar. Por se tratar de um broche, loram estudados lechos como 0 alfinete
(segura) e a tarraxa (pratico), chegando-se
a urn novo feche que uni as duas
caracteristicas,
adaptando-o a pe~a. Este possui dois pontos de fixa~ao como 0
allinete, e e preso por pressao, como a tarraxa. Possui um fio de prata que liga as
duas tarraxas, dificultando que a pe~a solte e proporcionando
maior seguran~a.
as
A a~ao realizada e esperada pel a popula~ao, segue um estereotipo popular,
chamando-se
assim de 'movimentos
compatfveis'.
Par isso nao necessita de
instruc;ao, experi€mcia anterior ou habllidades especiais, pessoas com a idade mais
avan~da
tambem podem utilizar a pe~ sem dificuldade.
Pode-se chamar tambem
de ac;ao mais simples, possuindo menor velocidade,
menor freqOencia,
men or
tempo, menos atos operacionais.
o
e
manejo da j6ia
realizado somente pelas maos, principal mente a mao direita, pais
a maior parte da popula~o
realiza a a~o deste lado. Pode-se chamar de 'manejo
fino', ja que sao utilizadas somente as pontas dos dedas, tanto para fixar a j6ia na
roupa como para trocar 0 broche do rel6gio por outro modelo. Isso exige pouco
cantata de superffcie com as maos, permitindo uma variedade
maior de pega,
chamando-se
assim de 'manejo geometrico'.
Existem tres tipos de pegas diferentes.
Para a j6ia pode-se determinar a peg a intermediaria,
pois se usa apenas a lor~a da
mao e de lorma lechada, tanto para fixa-Ia
roupa ou troea-Ia por meio do engate.
a
A j6ia proporciona a liberdade de ajustes e associagoes,
por isso foi desenvolvido
para adaptar-se
a uma roupa de ate 3 mm de espessura,
em que pode-se realizar
diversos ajustes, denominando-se
'controle continuo'. Como a sensibilidade
baixa
e 0 tempo para ajustar a tarraxa ao broche e mais rapido, e considerado como urn
ajuste 'grosseiro'.
e
a
A seguran~a esta ligada
fixa~ao da j6ia. 0 pi no que atravessa a roupa loi projetado
para nao encostar-se
pele, possuindo a altura e 0 formato correto para que isso
nao ocorra. Tambem possui uma trava entre 0 pino e a tarraxa para assegurar
que a
j6ia nao caia da roupa.
a
A pec;a e
tamanho
punho de
qualquer
o produto
manga,
confortavel por ser utilizada sobre a roupa, adaptando-se
em relaC;ao ao
e a largura da manga, sendo confeccionado
com base nas medidas do
blusas. Quando usada so mente como broche, podera ser fixada em
vestuario ou acess6rios com no maximo de 3 mm de espessura.
nao possui dificuldades
junto ao punho. Tambem
de alcance, pois a fixa~ao e na extremidade
da
nao exige esfon;o na operacionalidade,
pois as
57
dispositivos
da mao.
de fixa9ao sao priiticos,
exigindo
apenas
as pontas dos dedos e a 10r98
A j6ia quando colocada na extremidade
da manga, possibilita que 0 corpo fique livre
para assumir urna postura em
inclinada ou qualquer outra. Como a colocac;ao
r<3pida, naG gera sobrecarga
de peso e nem oeasiona problemas de fadiga muscular.
pe,
e
Jovens, adultos e idosos podem usar a joia, com exc8g8o dos muito idosos, pais a
percep9ao nao permite 0 manejo da j6ia. Estas laixas etiirias seguem os
'movimentos
compativeis',
nao necessitam de habilidades especiais. 0 tamanho da
j6ia foi projetado seguindo tabelas de medidas de vestuiirios,
por tanto, bran cos,
negros, pardos e outras ra9as podem usar a pe9a.
o
e
usuario realiza ay6es simples de pega e manipulagao.
A maquina do rel6gio
automatica,
par tanto nao necessita de mais ajustes. Mas para unir a maquina do
relogio
j6ia,
necessaria que a
e os dedos puxem e empurrem
0 engate
para
que se abra e se feche, ligando ambos. A fixa9iio do broche a roupa ocorre puxando
e empurrando
a tarraxa contra a j6ia, tambem unindo ambos.
a
e
mao
Recomenda-se
que pessoas com alergia a prata nao usem a j6ia, pois a tarraxa e a
unica pe9a que podera causar este problema, encostando
levemente
na pele. A
salUl;ao e usar uma blusa fina par baixo da j6ia, evitando 0 contato direto com a
pele.
Para a limpeza e necessario passar um pane limpo e seco sempre
nao acumular poeira e nem produtos quimicos, pais pode interierir
dificultando a coloca9ao da j6ia por entupimento
dos orificios.
que passivel
no USO,
para
Para confeccionar
0 tamanho
adequado da j6ia, fai necessaria
analisar quatro
tabelas de medidas (tabela 1, tabela 2, tabela 3, tabela 4) do punho de casacos
feminino. A soma de todas as tabelas de um determinado tamanho, dividindo pelo
numero total de tabelas (quatro tabelas), resultou na media. A partir da media das
medidas, foi possivel confeccionar
a pe9a seguindo a menor medida, para que a
peya possa ser utilizada para todos os tamanhos, do menor ao maior.
tamanho
Tabela
1
Tabela
2
Tabela
3
I Tabela4
Media
36
21
20
22
19
20,5
38
21,5
20
23
20
21,12
40
22
20
24
21
21,75
42
22,5
21
25
22
22,6
44
23
21
26
23
46
23,5
21
27
24
23,25
23,87
48
~~
22
28
25
24,75
50
22
29
25,5
d.s
tabelas
Tabela 04. medldas
Fez-se necessario
feminino segundo
do punho
tambem analisar a circunferemcia e 0 comprimento
do pulsa
0 livro "As medidas do homem e da mulher", pg.42.
58
Mulher alta
16,8 em
Tabela 05: medidas do pulsa
Comprimento
Mulher media
15,0 em
do pulso segundo
Mulher alta
6,6 em
Tabela 06: medidas do pulsa
0 livro "As medidas
Mulher baixa
13,5em
do homem
Mulher media
5,8 em
e da mulher",
pg.42.
Mulher baixa
5,1 em
Realizaram-se pesquisas medindo a circunferencia do pulsa de quarenta mulheres
da eidade de Curitiba no ano de 2006. Pode-se observar no grafteo abaixo que
dezenove mulheres possuem 15 em de circunferencia, sendo esta a medida da
maior parte das mulheres de Curitiba. A media aritmetica foi realizada para definir S8
o dado encontrado no grafico esta correto.
N°de
Circunferencia do pulsa
pessoas
D14cm
1B14,5cm
D15cm
10~
D15,5cm
.16cm
1
19
1!116,5cm
~
Grafico 04. grafico de medldas
Media Aritmetiea
medidasdo
om
ndepessoas
pulso
X
X'
F
14
14,5
15
15,5
16
16,5
17
total
4
2
19
1
10
3
1
40
F
56
29
285
15,5
160
49,5
17
612
Tabela 07 . media antmetlca
X= 612140=
15,3 = 15
59
Testes de usabilidade
Realizaram-se
testes de usabilidade
para verificar 0 conforta, 0 tamanho adequado
da j6ia e sua funcianalidade,
resultanda em urna pega que atinge tadas as requisitas
para ser usada com conferta e segurang8.
- Primeiramente
foi confeccionada
urna peg8 de acordo com as analises
ergon6micas, seguindo a tabela de medidas do pulsa e do punho. 0 tamanho da j6ia
foi projetado para servir do men or ate 0 maior punho, nao encontrando
problemas
nesta fase.
- Testes em relacyao a praticidade fcram realizados.
Par exemplo, problemas
gancho que dificultava a opera<;ao para retirar a j6ia do rel6gia. Necessitava
rnuita farga e tecnica para desengatar das pegas.
- A solu<;ao foi projetar urn gancho presQ par presseo,
naa exiginda
farga para calaca-Ia
proporcionancto
com
de
seguranC;:8
0
e
na pega.
- A tarraxa foi adaptada para ser presa par pressao
as duas para evitar a perda das pequenas pegas.
e com urn fio em prata ligando
- A tarraxa tambem e mais uma seguran(fa.
Para tirar a eng ate da j6ia, e necessaria
primeiro retirar a tarraxa, sem esse procedimento
0 engate
nao sai da joia.
- As pedras
do meio foram
modificadas,
proporcionar movimento e urn colorido
sendo trocadas
par cores fortes para
a j6ia.
Antes
Depais
60
Gera9ao de alternativas
o
desenvolvimento
da gerayao de alternativas fai inspirado no movimento artistico
Art Nouveau, sendo tambem separadas em quatro flores, proporcionando
usuaria
uma variedade de joias, podendo ocorrer associag6es entre elas. Cada uma
representa um sentimento: Jasmim (graga e elegancia), Lirio (pureza), Tulipa
(declaragiio de amor) e Rosa (amor). Estas flores estao entre as preferidas e as
mais lembradas pelo publico alva em relayao a cheiro, cor e forma.
a
61
Jasmim
62
Urio
Fig.77: gerayao
de alternativas
63
Tulipa
Fig.78: gerayao
de alternativas
64
Rosa
Fig.79: gerayao
de a\ternativas
65
RESULTADOS
As etapas anteriores devidamente concluidas resultaram nesta fase do projeto, em
que consta a sele,§o
de alternativas,
ficha tecnica,
foto do produto
e instru,§o
de
uso.
Sele<;:ao de alternativa
A sele,§o
de alternativas
e composta
por cinco j6ias inspiradas
na Rosa. Esta e a
fior mais lembrada e cobi9ada pelas mulheres. E considerada a rainha das flores e a
mais antiga conhecida
pelo homem.
Esta sele,§o
remete II feminilidade,
0
encantamento, 0 poder e a expressividade que urna (mica Rosa pode transmitir.
66
67
68
69
70
71
Pe~:
~.
J6ia Art Nouveau
"',;_Cole~o:
C6dlgo:JR-01
prata 950, banhado em prata 1000 e (Ubirosa
Especlflca/iao:
Rosa
®
tY!:JC
_
Vislasortogonais
~I,
.1.:
~~
•2.
"'I
tt::::t
J6ia em Prate Toque de ouro·
Rubi
~oquede ouro
Magnum
}-
;
D
"'iD
~
D
28g
5g
i
i
i
~j . r:
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Rel6gio
o
N
•.§. •
11
~j
!! \D
j
"'1 l8l
;
;
!
;
!
;
i
~~o
Eiif'i
"'I
Total
150,00
300,00
3,00
24,00
287.00
287,00
I
~
OBSERVACOES
Acabamento polido
I
Rosa(4r) e rosa claro(4rc)
A~, mostrador na cor rosa
!
!
!
Custo Totall
611,00
Valor pi venda 1.222,00
72
0;
Peqa:
J6ia
Art Nouveau
Especifica'W50: prata
950,
COdigo;
banhado
em pr~ta
1000
e rubi rosa
~-
JR-02
®
tYtlC
Coleqao: Rosa
.2.
11
"'LO
<olD
~
D
"i~
I
('
DISCrimlna~o:·
Fomecedor
J6ia em Prata ~oque de ouro;
Peso
,. ---:cR-:Uc-b'_-+rJi"oq",u"e ",decco",u",+_--cc_
Rei6glo
Magnum
Quantldade
28g
Pre~oun
: __~~
~---,-
5g
-L
I5EEl
10!
Pre460Total
300,00
~
OBSERVACOES
Acabamento polido
3,00
24,00
287,00
287,00
Rosa(4r) e rosa claro(4rc)
Af;o. mostrador na cor rosa
611,00
Valor pI venda 1.222,00
,
~Custo Total
73
Pe~a:
g
t<
J6ia Art Nouveau
Espoolflc.<"o,
praIa
950,
C6dj
banhado
em praia
1000
0: JR-03
e rub; rosa
~
~
(~l Colel,t50: Rosa
Vistasortogonais
,2.
r-.l
t:::::lr
~
E'iiEl
<oID
<'iLL)
1J
0
~
t01
...... _UJJJda_d.~;mm_.fjQ_J~e_praUl: __mmc;!m~ __2mm_de
!
Olscrimlna.;:iO! Fomecedor
Peso'
:l J6ia em PraIa ;Toque de DUro ~--2--1
R,bl
,Toq,e
de0",0
Rel6gio
Magnum:
Quantldade
Pre4ioun
150,00
Pr690Total
~
__esp-e_S$wra
OBSERVAC;OES
300,00
Acabamento
polido
--:--~----=-=-+-c:-::::-+;;--~~--3,00
6,00
5g
I
287,00
287,00
Rosa
(2r}
Ar;o, mostrador na cor rosa
'~-------+-------+----,-----~-----+------+--------------\' ----+------i---,,----.-,-'leJ----+-----+---;---+----------1--------
---------------'----+-ic-u-.-to-,-otal-~~
Valor
pi venda
t.tea,OO
74
Pe~: J6iaArt Nouveau
"
®
C6digo:JR-04
EspecifJca~~o:
prata 950, banhado em prats 1000 e rubi rosa
:~ Cole~o: Rosa
il'!:JC
_
Vistasortogonais
~tl8J
~[~
.<.
Mj I:}
11
"In::::::r
I
Dlscr1mlna-;ao!
~
Pa... :
Fomecedor·
J6ia em Prata :roque de ouro
3'9
Quantidade
i
Preyoun
I
200,00
PrevO Total
400,00
Rubi
!Toque de ouro
3,00
I
6,00
Re!6gio
Magnum
287,00
I
287,00
I OBSERVACOES
Acabamento polldo
I Rosa (2r)
I Af;o, mostrador na cor rosa
"---~-~--~-~--+---r----------l
-+- __ +-__ --,-__ +
+_
i.J,{
~
J.........
~. __
~i ---ic~_"_~st~~"T~o~tall 693,oo1-~-al-or-pJ-v-en-d-a
-,.38-6,-00--
75
Pe~a:
J6ia Art Nou,:eau
prata
Especlfica~ao:
Cole~ao:
C6digo:
950,
banhado
em
prata
1000 e
rubi rosa
JR-05
®
Ll'!JC
Rosa
Vislasortogonais
30
'["1$'',r.:
"
o v
N
,~.
Mi 0
IJ
"i E:t
L
"W
0
~
..- ..
~,
tilEl
"'! E3l>
Unidade:mm ..Fio..de prata: mAxlmo.2mm.de.espessura
I
DII5cr1mlna~oi
Fomocodor
i
J6iaem Praia :roquede ouroi
Rubi
Rel6gio
Peso
Quantldade;
34g
iToquede our0t--::5g_+--:_-+
Magnum
i
"""',"
Prec;oTotal
212,00
425,00
-+
OBSERVACOES
Acabamento polido
Rosa(4r) e rosa claro(6rc)
3,00
__
287,00
287,00
Ayo, mostrador na cor rosa
iCuato Totall
742,00
Valor pI venda 1.484,00
10
i
30,00
+c:-:C-===C:C:-=C-::-
76
Fotos do produto
77
Instrw;:ao do produto
e
A j6ia
composta par cinco partes que entrelac;:am entre si, formando uma pec;:a
ser utilizada sDzinha, como urn broche, possibilitando diversas
opr;6es de usc. Para separar 0 relogia da joia, deve-s8 puxar 0 engate, retirar a pe98
e empurrar novamente
para que S8 feche. Com a tarraxa deve-s8 realizar 0 mesma
procedimento,
puxar para tirar a tarraxa da pec;a e empurrar para colocar.
(lnica. Pode tambem
J6ia
Engate
Rel6gio
Engate
J6ia
Para colocar
a j6ia deve-se
- a j6ia 56 pode ser colocada
- e necessaria
proceder
que a manga do casaco
- colocar a pec;:a na extremidade
- colocar
0
da seguinte
com 0 casaeo
forma:
fora do corpo.
esteja total mente plana.
da manga.
casaeD no corpo
",
r"",,~
I
'J
"'-,
1-
/)
\',
linha da j6ia aproximadamente no meio manga
Fig.81: manga
Para a conserva~o da j6ia sao necessaries
alguns cuidados como:
- evitar manusear produtos quimicos e alirnentos junto com prata
78
- evitar guardar
a prata em caixas ou sacos colados
- para preservar
abrasivos.
- guardar
0
com cola branca.
brilho e limpar a j6ia, usar somente
uma flanela
macia e seca sem
em lugar seco
Recomenda-se
que pessoas com alergia a prata nao usem a j6ia, pois a tarraxa
unica pe9a que podera causar este problema, encostando levemente na pele. A
solugao
usar uma blusa fina par baixo da j6ia, evitando a cantata direto com a
pele.
ea
e
As instru90es
produto.
foram colocadas
no tag junto com a embalagem
que acompanha
0
.tr. •••.••. ~_ .:.•..••••••
--.. ••"'".__••..:..:.. __
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..,;~~.,."'"
......•.
-"'"--.--.,I •.•.•
,...
.;...-..y."'-,..-.
.••
......,~;-.-;1"
•
::::::.-:::"~
Fig.B2: Tag
79
DlscussAo
As j6ias foram desenvolvidas
para inovar, lan~ndo
novas possibilidades
de como
usar urn acess6rio de moda. 0 estilo Art Nouveau foi impresso nas pe<;8s criadas.
As suas ondulagoes
e curvas tornaram as j6ias leves e expressivas
ao mesma
tempo.
A prata 950 permitiu que as formas fossem entrelac;adas e curvilineas seguindo
movimento 'feminine'. As j6ias sao complexas
e confeccionadas
com grande
quanti dade de prata. Sendo um material barato, a j6ia niio tem custo alto de
material, mas a mao de obra possui urn valor elevado.
um
Pontcs positiv~s:
-
funcional
pratica
possibilita associac;oes e tracas
pode ser utilizada como broche
pode ser utilizada como rel6gio
pode ser utilizada com roupas e acess6rios
segura (possui trava de seguranc;a no engate e na tarraxa)
possibilita a customiz8gao
banhado com prata 1000
possui como diferencial a forma de usa
nao existe nenhuma j6ia similar
-e
-
Pontos negativos:
e
- a fabricac;iio em grandes quantidades
niio
perfeita, ocorrendo falhas na prata.
- a prata niio permite a confecc;ao de pequenos detalhes
- 0 custo da j6ia
alto (pois a pec;a muito complexa) se comparado com outras
pe~s em prata
e
e
A transformag8o
do relogio funcional para urn rel6gia vista como acess6rio
de moda,
a tendencia das grandes empresas.
Mas nao existe nada igual
j6ia
confeccionada.
Os rel6gios encontrados
no mercado nao possuem a praticidade,
funcionalidade,
estE§tica e 0 conceito que a 'reloj6ia' possui. Ah§m de proporcionar
associac;oes e trocas de pec;as entre si, ela possibilita 0 uso do relogio sabre a
casaco, agregando
e customizando
a roupa e outros acess6rios.
A j6ia surpreendeu
o publico alvo, tanto por ser diferente das j6ias existentes
no mercado, como
tambem pela beleza, funcionalidade
e inovac;ao.
e
a
80
CONCLusAo
E RECOMENDA<;::OES
A cria9iio da 'J6ia Art Nouveau' superou as expectativas,
atingindo 0 objetivo de
criar urn produto de moda para inovar a forma de usar, vestir e mostrar. Ao mesmo
tempo, abrir novas possibilidades
para que uma (mica pessoa possa usaf a propria
j6ia de maneira livre, customizando
uma pec;a de roupa ou Dutro acess6rio.
Com a tendencia do usa dos celulares para verificar as haras fez-s8 necessario
desenvolver
um design diferente para os rel6gios, tornando-os
assim um acess6rio
de moda. Mas ao mesmo tempo, estudos realizados ao longo do projeto permitiram
que as formas do passado fassem adaptadas
para a mundo em que vivemos.
Novas formas de fixacyao, textura e principal mente de materiais alternativQs e com
baixo custo devem ser testados. Assim, recomenda-se
a continua9Bo deste projeto
para que novas produtos sejam admirados e lanyados
moda.
a
81
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