Opinião: OpenStack TECNOLOGIA OpenStack: uma fábrica de nuvens As novidades do projeto OpenStack. por Marco Sinhoreli E stive presente no OpenStack Design and Summit, no mês de abril, em Santa Clara, Califórnia, onde pude interagir com diversos membros da comunidade OpenStack. Em várias palestras que assisti, fiquei entusiasmado com as novas abordagens para automação e administração de infraestrutura de data centers. Entre tais abordagens, algumas merecem destaque: Atlas [1] - LBaaS (Load Balancer as a Service) NetworkService [2] - NaaS (Network as a Service) O Atlas é um projeto liderado pela Citrix. Ele atua no provisionamento de appliances virtuais para balanceamento de carga web, o que possibilitará no futuro integrar APIs de balanceadores de carga físicos. O código está licenciado sob a licença Apache v2.0. O objetivo do projeto NetworkService é adicionar facilidades voltadas para consumidores de computação em nuvem na gestão de infraestrutura de rede utilizando o OpenStack. Isso permite que prestadores de serviços possam oferecer rede como serviço a seus clientes, tais como firewalls, NAT, VPN e balaceamento de carga, expondo estes serviços na forma de uma API. Há ainda uma discussão em torno do trabalho L4 e L7 [3]. O que ainda parece carecer de um mecanismo mais robusto é a parte de interface com usuários, algo que já está sendo providenciado através do projeto OpenStackDashboard [4]. Embora o projeto ainda esteja em um nível de desenvolvimento inicial, no futuro contemplará fluxos de trabalho complexos e a integração com todos os níveis de aplicabilidade do projeto OpenStack como um todo. Além destes novos componentes, não deixe de conhecer os componentes core do projeto OpenStack como o Compute, Object Storage e Image Service. Cada um deles são dedicados à uma Admin Magazine #2 | Junho de 2011 camada do sistema, integrando os recursos através de serviços via API. O projeto OpenStack traz, sem sombra de dúvidas, algumas das características que devem se tornar o futuro das plataformas de gestão de nuvens, por se preocupar com a padronização dos componentes e tornar-se independente de fornecedores. Esta abordagem garantirá ao projeto uma vida longa e agregará cada vez mais empresas, progamadores e usuários ao redor do projeto, garantindo assim uma solução de código aberto de alta qualidade para todo o ecossistema de TI. Mais informações [1] Atlas: http://www.slideshare.net/ jrodom1/openstack-atlas-loadbalancing-introduction e https:// launchpad.net/atlas-lb/ [2] NetworkService: http://wiki. openstack.org/NetworkService [3] HigherLayerNetworkServices: http://wiki.openstack.org/ HigherLayerNetworkServices [4] OpenStackDashboard: http://wiki. openstack.org/OpenStackDashboard [5] OpenStack: http://wiki.openstack. org/OpenStackDashboard Marco Sinhoreli trabalha com Xen desde 2005 e com Linux desde 1998. É idealizador, cofundador e líder do grupo de usuários Xen-BR, onde contribui com documentação e suporte a usuários de língua portuguesa ao Xen. É membro ativo da comunidade internacional Xen.org. Já atuou em diversas empresas de médio e grande porte no segmento de TI e atualmente é especialista em virtualização na globo.com. 15