UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PSICOLOGIA ALINE BENDET VELHO PSICOLOGIA DO ESPORTE: UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM ATLETAS DE ESPORTES COLETIVOS E INDIVIDUAIS CRICIÚMA, JUNHO DE 2010 ALINE BENDET VELHO PSICOLOGIA DO ESPORTE: UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM ATLETAS DE ESPORTES COLETIVOS E INDIVIDUAIS Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de Bacharel no curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador(a): Prof. (ª) MSc.Paulo de Tarso Ferreira Corrêa CRICIÚMA, JUNHO DE 2010 2 ALINE BENDET VELHO PSICOLOGIA DO ESPORTE: UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM ATLETAS DE ESPORTES COLETIVOS E INDIVIDUAIS Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel, no Curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Saúde e Qualidade de Vida. Criciúma, 29 de Junho de 2010. BANCA EXAMINADORA Prof. Paulo de Tarso - Mestre - (UNESC) - Orientador Prof. Cleber de Medeiros -Mestre - (UNESC) Prof. José Antônio Carrilho - Especialista - (UNESC) 3 Dedico este trabalho ao meu pai Amauri, a minha mãe Eva e ao meu companheiro de vida Pablo paciência e amor a mim dedicados. pela 4 AGRADECIMENTOS Aos meus pais Amauri Velho e Eva Benedet Velho, que em todos os momentos desta jornada estiveram ao meu lado e me apoiaram com todo amor e paciência e acreditaram na minha capacidade quando eu mesma não o fiz. Ao meu companheiro de vida Pablo Di Palma que mesmo a muitos quilômetros de distância sempre me amparou e me incentivou, fazendo-se presente em todos os momentos, sendo minha fortaleza e refúgio. A minha irmã Patrícia pelo incentivo e compreensão. As minhas especiais amigas Cristiane Dias, Luana Karklis, que estiveram mais que presentes durante todo o percurso fazendo com que o objetivo fosse alcançado, e por me darem a certeza absoluta de que jamais estaremos sozinhos enquanto existirem amigos. Aos amigos Fábio Cossa, e Sabrina Antunes, pela atenção e preocupação a mim dedicadas. A todos os colegas que de maneira direta ou indireta fizeram parte da caminhada. 5 “Entender é sempre limitado. As coisas não precisam mais fazer sentido. Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não quero é uma verdade inventada. Porque no fundo a gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro. (Clarice Lispector ) 6 RESUMO Considera-se esporte a atividade composta de por três elementos, que são o jogo, o exercício físico e a competição, em aspecto tanto individual, quanto coletivo dos atletas. Os psicólogos do esporte estão diretamente envolvidos na investigação das relações entre exercícios e estados de humor e emoções, com desígnio de ajudar atletas a usar os princípios psicológicos para melhorar o desempenho, e compreender como a participação em atividades físicas, esportes, exercícios e jogos afetam o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bem-estar ao longo da vida. Este trabalho tem como objetivo principal analisar a incidência de sintomas depressivos em atletas de alto rendimento nas modalidades grupal e individual. Palavras-chave: Depressão, Esporte, Modalidades Esportivas. 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 10 2.1 História da psicologia do esporte .................................................................... 10 2.2 A Psicologia do Esporte ................................................................................... 11 2.3 O Esporte e as Emoções .................................................................................. 12 2.4 Depressão .......................................................................................................... 13 2.5 Grupos................................................................................................................ 14 3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 15 3.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 15 3.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 15 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 16 NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DA REVISTA ALETHEIA ..................................... 18 ARTIGO ........................................................................... Erro! Indicador não definido. ANEXO ..................................................................................................................... 40 APÊNDICE ................................................................................................................ 41 8 1 INTRODUÇÃO O presente projeto visa à compreensão dos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de quadros depressivos em atletas da equipe feminina de Futsal da UNESC, o enfoque será através da Psicologia do Esporte. Um dos fenômenos de maior importância neste século é o esporte, tendo em vista a constante evolução em muitas modalidades. Segundo Machado e Presoto (2001) o esporte é composto por três elementos, que são o jogo, o exercício físico e a competição. O esporte é um fenômeno socializante, em que se colocam em cena emoções, sentimentos, esforços, melhora-se a condição física, propicia o bem estar, reduz a ansiedade. Deve-se também considerar o custo que em muitas modalidades é baixo, e acaba por abranger as diferentes camadas sociais. Outro fator relevante, conforme Rubio (2000) é que, a prática de esportes coletivos, faz com que o atleta tenha que ter habilidade para deslocar-se em diferentes categorias de controle de estimulo e humor, o atleta precisa ter capacidade de deslocar sua atenção de um tipo de estimulo para o outro. O “em torno” desse indivíduo pode acabar influenciando seu desempenho no momento em que está desenvolvendo seu papel de atleta, logo, entende-se que as variáveis podem influenciar no campo das emoções do mesmo, haja visto, que o desempenho acaba sendo visado pelas pessoas que o cercam, seja torcida, técnico, família ou a própria equipe. Dentro disso, apresenta-se o papel do Psicólogo nesse contexto, que pode auxiliar esse atleta a lidar com as emoções provenientes das “pressões” exercidas pelos outros e por ele mesmo. A Psicologia do Esporte vem alcançando um espaço cada vez maior no cenário mundial, tanto no que diz respeito aos esportes Olímpicos quanto aos Paraolímpicos. Vários fatores contribuem para o crescimento dessa área, principalmente o fato de atletas de alto rendimento estar se tornando cada vez mais equiparados entre si no que diz respeito ao desempenho físico e técnico. Essa situação faz com que as decisões tomadas durante uma competição dependam mais de um bom preparo mental e emocional do atleta. Esse profissional pode estar atuando no viés de pesquisa dentro do esporte, de modo a fazer intervenções mais assertivas e dentro disso, auxiliando o 9 atleta nesse movimento de lidar com suas emoções, influenciadas pelo contexto que vivencia. Especificando a questão dos quadros depressivos dentro do esporte, pode se validar desses mecanismos para ajudar o indivíduo, não só no seu desempenho técnico, mas também na sua saúde mental, que permeia todos os papeis que exerce em sua vida. (SAMULSKI, 1995; NARDI, 2006) Mostra-se necessário considerar de igual modo, a influência que a equipe exerce sobre o indivíduo, onde o profissional da psicologia também poderá contribuir positivamente com esse processo grupal. O grupo em si permite ao indivíduo, além de muitos outros fatores, a socialização, e nesta, ele o influencia e vice-versa, sendo que esses processos de interação se mostram necessários para o desenvolvimento do sujeito, a nível cognitivo, afetivo e social. Freire (1997, apud TATAGIBA, 2002, p. 13) diz que “grupo é o resultado da dialética entre a história do grupo e a história dos indivíduos com seus mundos internos, projeções e transferências na sucessão da história da sociedade em que estão inseridos” e essa configuração dentro do esporte, precisa ser observada. A obtenção de conhecimento não tem limites e pesquisas nessa área se mostram relevantes no que tange o aspecto tanto individual, quanto coletivo dos atletas. A psicologia em sua amplitude, mais uma vez pode corroborar para a manutenção da saúde psicológica dessas pessoas, a pensar especificamente, na equipe feminina de futsal da UNESC bem como os integrantes do atletismo. 10 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 História da psicologia do esporte Na última década do século passado a psicologia do esporte emergia com trabalhos teóricos que tinham por objetivo elucidar os motivos pelo qual os profissionais de Educação física deveriam estar entrosados com a psicologia, assim como os benefícios psicológicos que as atividades proporcionariam. (BURITI, 2000) A idéia da psicologia aplicada ao esporte ou às práticas esportivas já vinha criando força desde 1895 quando, pelo reverendo William August Stearn, foi criada a primeira cátedra de educação física e trabalhos sobre as vantagens de uma prática esportiva orientada. (RAPOSO, 1996) A psicologia do esporte quando começou a ser desenvolvida tinha suas abordagens calcadas apenas nas opiniões pessoais dos estudiosos da época e não sendo sustentadas por estudos experimentais ou evidências empíricas, visando apenas explicar porque o homem jogava e qual a relação do jogo com o desenvolvimento pessoal do indivíduo. (BURITI, 2001) Apesar de no ano de 1981 George W. Feitz ter montado o primeiro laboratório de Educação Física no qual trabalhava com estudos experimentais, Weinberg e Gould (1995) consideram o estudo de Norman Triplett como a primeira pesquisa ligada a psicologia do esporte. O estudo em questão que data de 1895 verificava o rendimento de ciclistas em situações pré-determinadas, onde concluiu que o rendimento dos ciclistas aumentavam quando postos a correr com outros ciclistas. (BURITI, 2001) Além dos estudos supracitados muitos outros, ora de natureza filosófica, ora sócio-psicologica, foram realizados abordando o tema das vantagens da prática de educação física. (WEINBERG e GOULD 1995) No Brasil foi através da procura pelo desempenho desejado e a preocupação com resultados não só positivos como além dos níveis já conhecidos, que surgiu a psicologia do esporte. (ABDO, 2000) 11 2.2 A Psicologia do Esporte A psicologia do esporte vem sendo pesquisada e estudada com mais constância devido ao reconhecimento, por parte dos psicólogos, do fenômeno esportivo como uma perspectiva de extrema relevância no comportamento humano. Nos tempos atuais o esporte de alto rendimento estabelece um fenômeno econômico social de primeira importância. Segundo Souza Filho (2000), psicologia do Esporte é o estudo científico dos fatores psicológicos que estão associados à participação e performance nos esportes, exercícios e outros tipos de atividade física. Em diversas culturas o esporte e os jogos recreativos têm imenso reconhecimento, isso devido ao fato de que quando se esta praticando o esporte o indivíduo dispõe de sua energia, seus esforços e também as emoções. A psicologia do esporte tem como objetivo a obtenção de dados e a conseqüente intervenção tendo por objetivo a melhoria da atuação dos esportistas. Juntamente com a psicologia estão a medicina desportiva, a nutrição desportiva, a biomecânica, a sociologia dos esportes, entre outras, faz parte de uma grande área, denominada Ciências do Esporte. (SOUZA FILHO, 2000) De acordo com Weinberg e Gould (1995 apud SOUZA FILHO, 2000), os profissionais da psicologia do esporte têm dois objetivos principais: ajudar atletas a usar os princípios psicológicos para melhorar a performance, e compreender como a participação em atividades físicas, esportes, exercícios e jogos afetam o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bem-estar ao longo da vida. Os psicólogos do esporte estão diretamente envolvidos em investigações relacionadas às relações entre exercícios e estados de humor, depressão, ansiedade, resistência à dor, responsividade ao stress, compulsão ao exercício, drogadição no esporte, distúrbios alimentares. Logo, percebe-se a importância e relevância desse profissional no âmbito do esporte. (WEINBERG E GOULD, apud SOUZA FILHO, 2000) 12 2.3 O Esporte e as Emoções As emoções são parte da vida de todos os indivíduos e influenciam comportamentos. De acordo com Samulski (2002), as emoções exercem duas funções básicas, que são a função de orientar, organizar e controlar as ações, e a função energética de ativação. Algumas emoções e sentimentos permeiam as equipes quando estas estão prestes a alguma competição, como stress, depressão e ansiedade précompetitiva. Segundo Ribeiro (2004), através das conquistas do corpo o indivíduo acaba desenvolvendo o poder emocional, isso faz com que se sinta enaltecido diante de seus esforços e conquistas. Quando este mesmo indivíduo desenvolve poder emocional torna-se mais tolerante e com mais compaixão o que resultará inclusive numa melhora de qualidade de vida de quem o rodeia. O corpo, no caso da atividade física, é um caminho para se chegar à mente do individuo, e através dela se obtém resultados que vão mudar a forma com a qual ele se percebe, já que este vivencia transformação de uma forma concreta e prática, pois é ele mesmo quem o faz. E com estes feitos vamos dando ao nosso corpo e a nossa mente, condições de acreditar de forma vigorosa que somos capazes. (RIBEIRO, 2004) Lima (1991) realizou um estudo que teve por objetivo averiguar as situações criticas no tênis de mesa, e analisar as técnicas de auto-regulação utilizada pelos atletas. As participantes foram jogadoras da seleção brasileira feminina de tênis de mesa. Foram escolhidas situações criticas através de um instrumento especifico a modalidade. Por meio desta pesquisa pode-se concluir que o estress pode afetar o atleta de diferentes maneiras. Deve-se levar em consideração fatores como sexo, idade, nível de rendimento e modalidade. As atletas jovens do sexo feminino e com pouca experiência tem maior probabilidade de apresentar valores mais elevados em relação ao estresse competitivo. Essas questões possibilitam reflexões sobre a maneira como as emoções influenciam a vida e o desempenho dos atletas e atrelado a isso, os quadros depressivos também demonstram sua representatividade. 13 2.4 Depressão O CID-10 aponta que A depressão é um transtorno do humor que poder se apresentar em três níveis, leve, moderado e grave, que ocasiona amplo sofrimento e gravidade na vida do indivíduo. Afeta físico, o humor e o pensamento, ou seja, provoca alterações psíquicas e orgânicas. Como nos relata Nardi (2006, p. 40): Os principais sintomas da depressão são: humor triste e perda do interesse e prazer (anedonia). A estes se somam, em número e intensidade variáveis, diversos sintomas físicos e psicológicos, como perda de energia (cansaço), alterações do apetite, distúrbios do sono, dores, sensação de desconforto, alterações nos movimentos, baixa auto-estima e sentimento de culpa, dificuldade de concentração, retraimento social, uso e abuso de drogas, problemas no trabalho, irritabilidade, distorção da realidade, ideação suicida e diminuição da libido. Conforme Nardi (2006) a depressão pode se manifestar como Depressão Típica ou Atípica, segundo a autora, a Depressão Típica é manifestada com sintomas emocionais típicos, como apatia, desânimo, tristeza, desinteresse, etc. Neste tipo há um cansaço e, até inibição das atividades psíquicas e físicas. Percebese um comprometimento com o ânimo. Na Depressão Atípica a pessoa não percebe estar deprimida, ela não é capaz de associar os sintomas à doença. Entre eles está ganho de peso ou aumento do apetite significativo, hipersonia, sensação de peso nos braços e pernas, padrão persistente de sensibilidade à rejeição interpessoal. Vários são os fatores que podem levar uma pessoa a desenvolver tal psicopatologia, e relacionado ao contexto do esporte, percebe-se a importância da observação da presença desses sintomas em atletas. Nardi (2006) diz que esta doença em si pode afetar tanto homem e mulher, de qualquer faixa etária, porém as mulheres são mais afetadas que os homens. Por isso é importante estar atento quando um indivíduo demonstra ter um sofrimento intenso e que a duração é por mais de duas semanas. Um diagnóstico precoce proporciona um tratamento mais rápido e eficaz. Sendo que o mesmo se faz com atendimento médico que utiliza os antidepressivos e com a psicoterapia. 14 Pelo fato das relações influenciarem os sentimentos e emoções, tanto o indivíduo com ele mesmo quanto este, com os grupos aos quais pertence se valida de igual modo uma observação nesse sentido, como poderá ser visto a seguir. 2.5 Grupos Zimerman e Osório (1997) Ressaltam que os indivíduos a partir de seu nascimento começam a fazer parte de diferentes grupos, e que estes são inerentes ao homem pois durante toda sua vida ele vai estar inserido em diferentes tipos grupais buscando assim sua identidade dentro do grupo e também a identidade individual. A prática esportiva possibilita a um grupo de indivíduos reunidos a alcançar um objetivo comum definido anteriormente. Segundo Tatagiba e Filartiga (2002, p. 13), “a vida em grupo oportuniza um universo de experiências para o desenvolvimento e crescimento das pessoas a partir da descoberta de si mesmo e dos outros”. Pensando nessas questões levantadas, entende-se a influência desse processo grupal na vida dos atletas. Diferentemente de outros grupos cada membro do grupo esportivo oscila entre maus e bons momentos individuais, que virão por interferir no rendimento do grupo como uma identidade afirmada. (ZIMERMAN, 1997) Conforme o referido autor, neste mesmo contexto considera-se que o grupo/equipe tem identidade própria, pois cada integrante assume um papel com suas funções especificas e comportamentos diferenciados, que vão em busca de um objetivo comum, diante de uma interação planejada. Segundo o autor supracitado, quando os membros do grupo estão comprometidos e conscientes das suas responsabilidades perante o grupo, com a função a ser desenvolvida e consigo mesmo, melhor será a formação desta equipe e consequentemente isso influenciará na qualidade das emoções coletivas, mas individuais também. 15 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Compreender os fatores que podem influenciar no surgimento de sintomas depressivos em atletas de alto rendimento nas modalidades grupal e individual. 3.2 Objetivos Específicos Avaliar quais sentimentos e emoções permeiam a equipe de futsal feminino e os atletas da modalidade individual da UNESC quando se aproxima de uma competição importante; Verificar a existência dos sintomas depressivos nas modalidades individual e coletiva; Analisar qual o índice de atletas que apresentam quadro depressivo; Compreender a importância da inserção dos psicólogos nas equipes desportivas. 16 REFERÊNCIAS ABDO, Eliane. Psicologia do Esporte no Brasil. In: Encontros e Desencontros: Descobrindo a Psicologia do Esporte. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. CUNHA, J. A. Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: casa do psicólogo, 2001. CID10 / Organização Mundial da Saúde ; tradução Centro Colaborador da OSM para Classificação de Doenças em Português. 5. ed. – São Paulo : Editora da Universidade de São Paulo, 1999. LIMA, T. Competição para jovens. Lisboa: Horizontes, 1991. MACHADO, Afonso Antonio. PRESOTO, Daniel. Iniciação esportiva: seu redirecionamento psicológico. In: BURITI, Marcelo (org.). Psicologia do esporte. Campinas, SP:editora Alínea, 2001 NARDI, Antonio Egidio. Questões atuais sobre depressão. São Paulo: Lemos, 2006, 269 p. OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica: Projetos de Pesquisas, TGI, TCC, Monografias, Dissertações e Teses. 2ª. ed. Pioneira, 2002. RAMOS, Paulo; RAMOS, Magda Maria; BUSNELLO, Saul José. Manual Prático de Metodologia da Pesquisa: Artigo, Resenha, Projeto, TCC, Monografia, Dissertação e Tese. Blumenau: Acadêmica, 2003. RIBEIRO, Nuno Cobra. A Semente da Vitória. 25ª ed. - São Paulo: SENAC São Paulo, 2002. RUBIO, Katia. Encontros e desencontros: descobrindo a psicologia do esporte. São Paulo: Casa do psicólogo, 2000. RUBIO, Katia. Análise Social do Fenômeno Esportivo e o papel do Psicólogo. IN: RUBIO, Katia (org). Psicologia do Esporte Aplicada. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. 17 SAMULSKI, D.(2002). Psicologia do esporte. Barueri: Manole,. 380p. SOUZA FILHO, P.G., O que é a Psicologia dos Esportes. Rev. Bras. Ciên. e Mov. 8 (4): p. 33-36, 2000. TATAGIBA, M. Carmen; FILÁRTIGA, Virginia. Vivendo e Aprendendo com Grupo: uma metodologia construtivista de dinâmica de grupo. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. ZIMERMAN, David E. OSORIO, Luiz Carlos et al. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 18 NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DA REVISTA ALETHEIA INTRUÇÕES AOS AUTORES POLÍTICA EDITORIAL A Aletheia é uma revista semestral editada pelo Curso de Psicologia da Universidade Luterana do Brasil, destinada à publicação de trabalhos de pesquisadores, envolvidos em estudos produzidos na área da Psicologia ou ciências afins. Serão aceitos somente trabalhos originais que se enquadrem nas categorias de relato de pesquisa, experiência profissional, atualizações, comunicações e resenhas. Relato de pesquisa: investigação baseada em dados empíricos, utilizando metodologia e análise científica. Artigos de revisão: revisões sistemáticas e atuais sobre temas relevantes para a linha editorial da revista. Relato de experiência profissional: estudos de caso, contendo análise de implicações conceituais, ou descrição de procedimentos ou estratégias de intervenção de interesse para a atuação de psicólogos em diferentes áreas. Resenhas: revisão crítica de livros recém publicados, orientando o leitor quanto a suas características e usos potenciais. NORMAS EDITORIAIS 1. Serão aceitos somente trabalhos inéditos. 2. O artigo passará pela apreciação dos Editores. 3. Os Editores encaminharão para apreciação do Conselho Editorial, que poderá fazer uso de consultores ad hoc de reconhecida competência na área de conhecimento, a seu critério, para análise, recomendando ou rejeitando a publicação. A Comissão Editorial e os Consultores ad hoc analisam o manuscrito, sugerem modificações e recomendam ou não a sua publicação. 4. Os pareceres comportam três possibilidades: a) aceitação integral; b) aceitação com reformulações; c) recusa integral. Em qualquer destas situações o autor será devidamente comunicado. Os originais, em nenhuma das possibilidades, serão devolvidos. 5. O(s) autor(es) do artigo receberá cópia dos pareceres dos consultores. 6. No encaminhamento da versão modificada do seu manuscrito (no prazo máximo de 15 dias após o recebimento da notificação), os autores deverão incluir uma carta ao Editor, esclarecendo as alterações feitas e aquelas que não julgaram pertinentes e a justificativa. No texto, as modificações feitas deverão estar destacadas com a ferramenta Word “pincel amarelo”. O encaminhamento com as modificações realizadas pode ser realizado via e- mail ([email protected]) 7. Os Editores reservam-se o direito de fazer pequenas alterações no texto dos artigos. 8. A decisão sobre a publicação de um manuscrito sempre será do Editor Responsável e Conselho Editorial que fará uma avaliação do texto original, das sugestões indicadas pelos consultores e as modificações encaminhadas pelo autor. 9. Os artigos serão aceitos em outra língua além do português (espanhol e inglês) 19 10. Independentemente do número de autores, serão oferecidos dois exemplares por trabalho publicado. O arquivo eletrônico com a publicação em PDF será disponibilizado no site www.ulbra.br/psicologia/aletheia. 11. As opiniões emitidas nos artigos são de inteira responsabilidade do(s) autor(es), não constituindo sua aceitação motivo para se entender que a Revista Aletheia ou o Curso de Psicologia da ULBRA, compartilham das opiniões ou juízos emitidos pelos autores. 12. A matéria editada pela Aletheia poderá ser impressa total ou parcialmente, desde que obtida a permissão do Editor Responsável. Os direitos autorais obtidos pela publicação do artigo não serão repassados para o autor do artigo. APRESENTAÇÃO DOS MANUSCRITOS Os artigos originais deverão ser encaminhados em disquete ou CD e uma via impressa, digitada em espaço duplo, fonte Times New Roman, tamanho 12 e paginado desde a folha de rosto personalizada. A folha deverá ser A4, com formatação de margens superior e inferior (no mínimo 2,5 cm), esquerda e direita (no mínimo 3 cm). A revista adota as normas do Manual de Publicação da American Psychological Association - APA (5ª edição, 2001). O artigo deve atender a seguinte orientação: Relato de pesquisa (máximo 20 laudas); Artigos de revisão (máximo de 15 laudas); Relato de experiência profissional (máximo de 15 laudas) e Resenhas (máximo de 5 laudas). Todo manuscrito encaminhado à Revista deverá ser acompanhado de documento assinado por todos os autores, onde esteja explícita a intenção de submissão do trabalho à publicação: Neste deve conter (ver site www.ulbra.br/psicologia/aletheia): a) Autorização para reformulação da linguagem, se necessário; b) Transferência de direitos autorais para a Revista Aletheia. * No caso de estudos envolvendo seres humanos, será exigido, nos termos das Resoluções 196/96 e 251/97 do Conselho Nacional de Saúde, documento comprobatório da aprovação por parte de Comissão ou Comitê de Ética da instituição na qual foi realizada a pesquisa, quando da aceitação do manuscrito para publicação. * Conflitos de interesse (profissionais, financeiros e benefícios diretos e indiretos) devem ser mencionados sob pena de cancelamento da publicação no caso de serem identificados ditos conflitos por parte do Comitê Editorial. a) Folha de rosto identificada: título do artigo em língua portuguesa; nome dos autores; resumo em português de 10 a 12 linhas; palavras-chave, no máximo 3; título do artigo em língua inglesa; Abstract compatível com o texto do Resumo; keywords; c) colocar o nome completo do(s) autor(es); formação; titulação; afiliação institucional; endereço, incluindo CEP, telefone e e-mail. b) Folha de rosto não identificada: título do artigo em língua portuguesa; resumo em português, de 10 a 12 linhas, 3 palavras-chave, título do artigo em língua inglesa, resumo (Abstract) em inglês, compatível com o texto do Resumo; keywords c) Corpo do texto. * caso o artigo seja de outra língua, deve constar os mesmos dados no idioma original do artigo. 20 c) Encaminhamento: Toda correspondência deve ser encaminhada à Revista Aletheia, aos cuidados do Editor Responsável. d) Sugere-se que os artigos referentes a Relatos de Pesquisa apresentem a seguinte seqüência: Título; Introdução; Método (população/amostra, instrumentos, procedimentos de coleta e análise de dados, incluir nessa seção afirmação de aprovação do estudo em Comitê de Ética de acordo com Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde – Ministério da Saúde); Resultados; Discussão, Referências (em letra minúscula e em seções separadas). Usar as denominações tabelas e figuras (não usar a expressão quadros e gráficos). Colocar tabelas e figuras incorporadas ao texto. Tabelas: incluindo título e notas de acordo com normas da APA. Formato Word – „Simples 1‟. Na publicação impressa a tabela não poderá exceder 11,5 cm de largura x 17,5 cm de comprimento. O comprimento da tabela não deve exceder 55 linhas, incluindo título e rodapé(s). Para assegurar qualidade de reprodução as figuras contendo desenhos deverão ser encaminhadas em qualidade para fotografia (resolução mínima de 300 dpi). A versão publicada não poderá exceder a largura de 11,5 cm para figuras. Anexos: apenas quando contiverem informação original importante, ou destaque indispensável para a compreensão de alguma seção do trabalho. Recomenda-se evitar anexos. * Trabalhos com documentação incompleta ou não atendendo as normas adotadas pela revista (APA, 4ª edição) não serão avaliados. NORMAS PARA CITAÇÕES - As notas não bibliográficas deverão ser colocadas ao pé das páginas, ordenadas por algarismos arábicos que deverão aparecer imediatamente após o segmento de texto ao qual se refere à nota. - As citações dos autores deverão ser feitas de acordo com as normas da APA (4ª edição). - No caso da citação integral de um texto: deve ser delimitada por aspas e a citação do autor seguida do ano e do número da página citada. Uma citação literal com 40 ou mais palavras deve ser apresentada em bloco próprio em itálico e sem aspas, começando em nova linha, com recuo de 5 espaços da margem, na mesma posição de um novo parágrafo. A fonte será a mesma utilizada no restante do texto (Times New Roman, 12). ▪ Citação de um autor: autor, sobrenome em letra minúscula, seguida pelo ano da publicação. Exemplo: Rodrigues (2000). ▪ Citações de dois autores: cite os dois autores sempre que forem referidos no texto. Exemplo: (Carvalho & Santos, 2000) - quando os sobrenomes forem citados entre parênteses: devem estar ligados por &. Quando forem citados fora do parêntese devem ser ligados pela letra e. ▪ Citação de três a cinco autores: citar todos os autores na primeira referência, seguidos da data do artigo entre parênteses. A partir da segunda referência, utilize o sobrenome do primeiro autor, seguido de e cols. Exemplo: Silva, Foguel, Martins e Pires (2000), a partir da segunda referência, Silva 21 e cols. (2000) ▪ Artigo de seis ou mais autores: cite apenas o sobrenome do primeiro autor, seguido de e cols. (ANO). Nas seção Referências, todos os autores deverão ser citados. ▪ Citação de obras antigas, clássicas e reeditadas: citar a data da publicação original, seguida da data da edição consultada. Exemplo: (Kant 1871/1980). ▪ Autores com a mesma idéia: seguir a ordem alfabética de seus sobrenomes e não a ordem cronológica. Exemplo: (Foguel, 2003; Martins, 2001; Santos, 1999; Souza, 2005). ▪ Publicações diferentes com a mesma data: Acrescentar letras minúsculas, após o ano de publicação. Exemplo: Carvalho, 1997, 2000a, 2000b, 2000c. ▪ Citação cuja idéia é extraída de outra ou citação indireta: Utilizar a expressão citado por. Ex: Lopes, citado por Martins (2000),... Na seção Referências, incluir apenas a fonte consultada (Martins). ▪ Transcrição literal de um texto ou citação direta: sobrenome do autor, data, página. Exemplo: (Carvalho, 2000, p.45) ou Carvalho (2000, p.45). NORMAS PARA REFERÊNCIAS As referências bibliográficas deverão ser apresentadas no final do artigo. Sua disposição deve ser em ordem alfabética do último sobrenome do autor e em minúsculo. Livro Mendes, A. P. (1998). A família com filhos adultos. Porto Alegre: Artes Médicas. Silva, P. L., Martins, A., & Foguel, T. (2000). Adolescente e relacionamento familiar. Porto Alegre: Artes Médicas. Capítulo de livro Scharf, C. N., & Weinshel, M. 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Conhecimento genital e constância sexual em crianças préescolares. Dissertação de Mestrado ou tese de Doutorado. Programa de Estudos de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS. Tese ou dissertação não-publicada Silva, A. (2000). Conhecimento genital e constância sexual em crianças préescolares. Dissertação de Mestrado ou tese de Doutorado. Programa de Estudos de Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS. Obra antiga e reeditada em data muito posterior Segal, A. (2001). Alguns aspectos da análise de um esquizofrênico. Porto Alegre: Universal. (Original publicado em 1950). Autoria institucional American Psychological ed.).Washington:Autor Association Endereço para envio de artigos Universidade Luterana do Brasil Curso de Psicologia Revista Aletheia Av. Farroupilha, 8001 – Bairro São José CEP: 92425-900 Sala 121 - Prédio 01 Canoas – RS – Brasil (1994). Publication manual (4ª 23 Psicologia do Esporte: uma análise da incidência de sintomas depressivos em atletas de esportes coletivos e individuais Aline Benedet Velho1 Deivid Douglas Carvalho da Rosa2 Daniela Bavaresco3 Samira S. Valvassori 4 Paulo de Tarso Ferreira Corrêa 5 Resumo: Considera-se esporte a atividade composta de por três elementos, que são o jogo, o exercício físico e a competição, em aspecto tanto individual, quanto coletivo dos atletas. Os psicólogos do esporte estão diretamente envolvidos na investigação das relações entre exercícios e estados de humor e emoções, com desígnio de ajudar atletas a usar os princípios psicológicos para melhorar o desempenho, e compreender como a participação em atividades físicas, esportes, exercícios e jogos afetam o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bemestar ao longo da vida. Este trabalho tem como objetivo principal analisar a incidência de sintomas depressivos em atletas de alto rendimento nas modalidades grupal e individual. Palavras-Chave: Esporte. Depressão. Sports Psicology: a analyze of the incidence of depressive symptoms in athlets of collective and individual sports Abstract: It is considered sport activity consists of three elements, which are the play, exercise and competition, look at both individual and group of athletes. The sports psychologists are directly involved in the investigation of the relationship between exercise and mood states and emotions, with the intention of helping athletes use psychological principles to improve performance, and understanding how participation in physical activities, sports, exercises and games affect psychological development, health and wellbeing throughout life. This study aims at investigating the incidence of depressive symptoms in high-performance athletes in individual and group modalities. Key Words: Sport. Depression. 1 Acadêmica da 9ª fase do Curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Participante do GPPE/UNESC (Grupo de Pesquisa em Psicologia do Esporte). Endereço: Estrada Geral Km 107 Lauro Muller (048)96099550. E-mail: [email protected] 2 Acadêmico da 6ª fase do Curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Participante do GPPE/UNESC (Grupo de Pesquisa em Psicologia do Esporte). Endereço: Avenida José Inacio Junior nº 124 Ed. Centro – 88990-000 – Praia Grande-SC – Brasil. Tel.: 48 91683138. E-mail: [email protected] 3 Acadêmica da 7ª fase do Curso de Psicologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. Participante do GPPE/UNESC (Grupo de Pesquisa em Psicologia do Esporte) e Laboratório de Neurociência. Av: Universitária, 1105, Bairro Universitario 88806-000 - Criciúma, SC – Brasil Telefone: (48) 99266481 [email protected] 4 Laboratório de Neurociências e Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Translacional em Medicina (INCTTM), Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Unidade Acadêmica de Ciências da Saúde, Universidade do Extremo Sul Catarinense, 88806-000 Criciúma, SC, Brazil. 48 8832 2021 E-mail: [email protected] 5 Psicólogo Professor Mestre do Curso de Psicologia e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Psicologia do Esporte da Universidade do Extremos Sul Catarinense (GPPE/UNESC). End. Av Municipal, 103/201 Centro Siderópolis, CEP 88860-000 – (048)99159379 e-mail: [email protected] 24 Psicologia do Esporte: uma análise da incidência de sintomas depressivos em atletas de esportes coletivos e individuais Aline Benedet Velho1 Deivid Douglas Carvalho da Rosa2 Daniela Bavaresco3 Samira S. Valvassori4 Paulo de Tarso Ferreira Corrêa5 Resumo: Considera-se esporte a atividade composta de por três elementos, que são o jogo, o exercício físico e a competição, em aspecto tanto individual, quanto coletivo dos atletas. Os psicólogos do esporte estão diretamente envolvidos na investigação das relações entre exercícios e estados de humor e emoções, com desígnio de ajudar atletas a usar os princípios psicológicos para melhorar o desempenho, e compreender como a participação em atividades físicas, esportes, exercícios e jogos afetam o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bemestar ao longo da vida. Este trabalho tem como objetivo principal analisar a incidência de sintomas depressivos em atletas de alto rendimento nas modalidades grupal e individual, sendo que não foram encontradas diferenças significativas entre as amostras pesquisadas. Palavras-Chave: Esporte. Depressão. Sports Psicology: a analyze of the incidence of depressive symptoms in athlets of collective and individual sports Abstract: It is considered sport activity consists of three elements, which are the play, exercise and competition, look at both individual and group of athletes. The sports psychologists are directly involved in the investigation of the relationship between exercise and mood states and emotions, with the intention of helping athletes use psychological principles to improve performance, and understanding how participation in physical activities, sports, exercises and games affect psychological development, health and wellbeing throughout life. This study aims at investigating the incidence of depressive symptoms in high-performance athletes in individual and group modalities, and that there werw no significant differences among the samples surveyed. Key Words: Sport. Depression. Introdução Um dos fenômenos de maior importância neste século é o esporte, tendo em vista a constante evolução em muitas modalidades e o mesmo é composto por três elementos, que são o jogo, o exercício físico e a competição (Machado & Presoto, 2001). Apesar de no ano de 1981 George W. Feitz ter montado o primeiro laboratório de Educação Física no qual trabalhava com estudos experimentais, Weinberg e Gould (1995) consideram o estudo de Norman Triplett como a primeira pesquisa ligada à psicologia do 25 esporte. O estudo em questão que data de 1895 verificava o rendimento de ciclistas em situações pré-determinadas, onde concluiu que o rendimento dos ciclistas aumentava quando postos a correr com outros ciclistas (Buriti, 2001). A obtenção de conhecimento não tem limites e pesquisas nessa área se mostram relevantes no que tange o aspecto tanto individual, quanto coletivo dos atletas. A psicologia em sua amplitude, mais uma vez pode colaborar para a manutenção da saúde psicológica dessas pessoas, a pensar especificamente, na equipe de futsal feminina e nos integrantes do atletismo da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Psicologia do Esporte A Psicologia do Esporte tem alcançado um espaço no cenário mundial, no que diz respeito aos esportes Olímpicos e Paraolímpicos. O fato dos atletas de alto rendimento estar se tornando cada vez mais nivelados entre si no desempenho físico e técnico vem para contribuir com crescimento de tal área, por isso, a importância de um bom preparo mental e emocional do atleta (Samulski, Anjos & Parreiras, 2006). Os psicólogos do esporte estão diretamente envolvidos em investigações relacionadas às relações entre exercícios e estados de humor, depressão, ansiedade, resistência à dor, responsividade ao stress, compulsão ao exercício, drogadição no esporte, distúrbios alimentares. Logo, percebe-se a importância e relevância desse profissional no âmbito do esporte (Weinberg & Gould, 1995). De acordo com Weinberg e Gould (1995), os profissionais da psicologia do esporte têm dois objetivos principais: ajudar atletas a usar os princípios psicológicos para melhorar a performance, e compreender como a participação em atividades físicas, esportes, exercícios e jogos afetam o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bem-estar ao longo da vida. 26 Modalidades Zimerman e Osório (1997) Ressaltam que os indivíduos a partir de seu nascimento começam a fazer parte de diferentes grupos, e que estes são inerentes ao homem, pois durante toda sua vida ele vai estar inserido em diferentes tipos grupais buscando assim sua identidade dentro do grupo e também a identidade individual. A prática esportiva possibilita a um grupo de indivíduos reunidos a alcançar um objetivo comum definido anteriormente. Segundo Tatagiba e Filártiga (2002, p. 13), “a vida em grupo oportuniza um universo de experiências para o desenvolvimento e crescimento das pessoas a partir da descoberta de si mesmo e dos outros”. Pensando nessas questões levantadas, entende-se a influência desse processo grupal na vida dos atletas. Ainda de acordo com a autora supra citada é necessário considerar de igual modo, a influência que a equipe exerce sobre o indivíduo, onde o profissional da psicologia também poderá contribuir positivamente com esse processo grupal. O grupo em si permite ao indivíduo, além de muitos outros fatores, a socialização, e nesta, ele o influencia e vice-versa, sendo que esses processos de interação se mostram necessários para o desenvolvimento do sujeito, a nível cognitivo, afetivo e social. Diz que, “grupo é o resultado da dialética entre a história do grupo e a história dos indivíduos com seus mundos internos, projeções e transferências na sucessão da história da sociedade em que estão inseridos” e essa configuração dentro do esporte, precisa ser observada. Diferentemente de outros grupos cada membro do grupo esportivo oscila entre maus e bons momentos individuais, que virão por interferir no rendimento do grupo como uma identidade afirmada (Zimerman & Osório, 1997). 27 Conforme o referido autor, neste mesmo contexto considera-se que o grupo/equipe tem identidade própria, pois cada integrante assume um papel com suas funções especificas e comportamentos diferenciados, que vão em busca de um objetivo comum, diante de uma interação planejada. Quando os membros do grupo estão comprometidos e conscientes das suas responsabilidades perante o grupo, com a função a ser desenvolvida e consigo mesmo, melhor será a formação desta equipe e conseqüentemente isso influenciará na qualidade das emoções coletivas, mas individuais também. Os critérios utilizados por Durand (1959) para classificar as modalidades esportivas foram: a situação do praticante, a forma da atividade e o local que ela ocorre; assim tais modalidades foram classificadas como: Individuais: Nesta modalidade o atleta precisa vencer determinado obstáculo podendo ser adversário, aparato ou elemento; não há contato físico entre os competidores. São exemplos, atletismo, natação ginástica artística dentre outros. Coletivas: considera-se tal a atividade em que o atleta necessita integrar-se numa ação em grupo. São exemplos basquetebol, rugby, futebol; De combate: A modalidade permite confronto direto entre dois oponentes. Ex: judô, esgrima. Depressão As emoções são parte da vida de todos os indivíduos e influenciam comportamentos. De acordo com Samulski (2002), as emoções exercem duas funções básicas, que são a função de orientar, organizar e controlar as ações, e a função energética de ativação. Algumas emoções e sentimentos como stress, depressão e ansiedade pré-competitiva, envolvem os sujeitos quando estes estão prestes a enfrentar alguma competição. 28 O corpo, no caso da atividade física, é um caminho para se chegar à mente do individuo, e através dela se obtém resultados que vão mudar a forma com a qual ele se percebe, já que este vivencia transformação de uma forma concreta e prática, pois é ele mesmo quem o faz. E com estes feitos vamos dando ao nosso corpo e a nossa mente, condições de acreditar de forma vigorosa que somos capazes (Ribeiro, 2004). O CID-10 aponta que a depressão é um transtorno do humor que poder se apresentar em três níveis, leve, moderado e grave, que ocasiona amplo sofrimento e gravidade na vida do indivíduo. Afeta físico, o humor e o pensamento, ou seja, provoca alterações psíquicas e orgânicas. Conforme Nardi (2006) a depressão pode se manifestar como Depressão Típica ou Atípica, segundo a autora, a Depressão Típica é manifestada com sintomas emocionais típicos, como apatia, desânimo, tristeza, desinteresse, etc. Neste tipo há um cansaço e, até inibição das atividades psíquicas e físicas. Percebe-se um comprometimento com o ânimo. Já na Depressão Atípica a pessoa não percebe estar deprimida, ela não é capaz de associar os sintomas à doença. Entre eles está ganho de peso ou aumento do apetite significativo, hipersonia, sensação de peso nos braços e pernas, padrão persistente de sensibilidade à rejeição interpessoal. Del Porto (2000) diz que as conseqüências advindas da depressão como as limitações e o custo social, são muito grandes considerando que apenas uma pequena parte da população afetada tem acesso ao diagnóstico e a o tratamento da doença. Para o referido autor consideram-se no diagnóstico de depressão os sintomas psíquicos, fisiológicos e as evidências comportamentais. No plano psíquico observam-se: humor depressivo, sensação de tristeza, sentimento de culpa; para o indivíduo com tal doença existe a crença da perda irreversível de tudo que da prazer, em crianças e adolescentes o humor pode ser irritável, alguns pacientes relatam o “sentimento da falta de sentimento”, apatia; dificuldade de sentir prazer em acontecimentos 29 que antes eram agradáveis; fadiga, onde há um cansaço físico mesmo sem exercer nenhum tipo de atividade; a dificuldade da capacidade de se concentrar, tomar decisões e pensar, o curso do pensamento também torna-se mais lento, em crianças e adolescentes percebe-se a queda do rendimento escolar, devido ao déficit de atenção, bem como a fadiga (Del Porto, 2000). No plano fisiológico evidenciam-se alterações do sono, comumente pode aparecer insônia bem como hiper-sonolência; alteração do apetite, diz respeito à perda bem como o aumento do mesmo; redução do interesse sexual; No que tange as evidencias comportamentais notam-se choro, rebaixamento social, comportamentos suicidas, retardo e agitação psicomotora. Nardi (2006) diz que esta doença em si pode afetar tanto homem e mulher, de qualquer faixa etária, porém as mulheres são mais afetadas que os homens. Por isso é importante estar atento quando um indivíduo demonstra ter um sofrimento intenso e que a duração é por mais de duas semanas. Um diagnóstico precoce proporciona um tratamento mais rápido e eficaz. Sendo que o mesmo se faz com atendimento médico que utiliza os antidepressivos e com a psicoterapia. E relacionado ao contexto do esporte, percebe-se a importância da observação da presença desses sintomas em atletas. Pelo fato das relações influenciarem os sentimentos e emoções, tanto o indivíduo com ele mesmo quanto este, com os grupos aos quais pertence se valida de igual modo uma observação nesse sentido. Metodologia 30 Todas as atividades observarão os princípios éticos conforme diretrizes da resolução 196/96 do Coselho Nacional de Saúde e do Código de Ética do Psicólogo e serão desenvolvidas mediante a submissão do projeto ao Comitê de Ética da UNESC. Caracterização da Pesquisa O estudo foi realizado nas dependências do ginásio de Esportes da UNESC e na pista de Atletismo da mesma no município de Criciúma – SC, tendo como objeto de pesquisa os atletas das modalidade grupal e individual. Sendo assim, a pesquisa caracteriza-se por ser de natureza quantitativa, do tipo exploratória e descritiva. Oliveira (1999) define o método quantitativo como sendo uma forma de abordar o objeto de estudo por meio da quantificação de opiniões, dados, informações coletadas além de técnicas estatísticas simples ou mais complexas. De acordo com Oliveira (1999) o método quantitativo também pode ser utilizado no desenvolvimento de pesquisas descritivas, que se propõem a desvendar e relacionar as variáveis e a relação entre causalidade na relação estabelecia entre fenômeno causa e efeito. O objetivo da pesquisa exploratória é tornar o problema mais explícito ou constituir hipóteses a partir de uma maior compreensão do problema, além de proporcionar o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições (GIL, 2002). O mesmo autor coloca ainda que a pesquisa envolve alguns aspectos que acabam tornando esse tipo de pesquisa como sendo bastante flexível, possibilitando novas formas de abordar o problema. A população do presente estudo será composta por 32 atletas de ambos os sexos, pertencentes ao setor de Esportes da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), sendo 16 atletas do esporte coletivo provenientes da equipe de futsal feminino e 16 do esporte individual, da equipe de atletismo. 31 Instrumento de coletas de dados Para coleta de dados será utilizada a Escala de Beck. O Inventário para Depressão de Beck (BDI) pode ser usado tanto para adultos e adolescentes acima de 13 anos de idade. É um instrumento padronizado para medir o grau de depressão, utilizado principalmente em pesquisas e para a avaliação da eficácia das terapias e tratamentos de depressão. A escala original consiste em 21 itens, incluindo sintomas e atitudes, cuja intensidade varia de 0 a 3. O diagnóstico é dado de acordo com o somatório das pontuações de cada questão (Cunha, 2001). A aplicação da escala de BECK foi realizada em dia de treinamento, tendo a duração de 20 min, A pesquisa foi desenvolvida entre os meses de Março e Maio de 2010. No dia da aplicação, foi feita uma explicação breve dos objetivos da pesquisa, e a solicitação da assinatura do termo para aqueles que concordaram em participar do experimento. Tendo o mesmo sido assinado, ocorreu o preenchimento do questionário do BDI - Beck Depressive Inventory (Beck, Ward, Mendelson, Mock, & Erbaugh, 1961; BDI). A análise de dados será feita a partir dos Resultados da Escala de Beck indo ao encontro dos objetivos específicos. Critérios da análise de dados Será realizada a análise de dados através do Software estatístico SPSS - Statistical Package for the Social Science, versão 17.0 para Windows, análise Teste T para Amostras Independentes, considerando como significância de P>0,05. Sendo criado um banco de dados para efetuar as análises descritivas das variáveis da amostra. Foi feito o consentimento informado. 32 Da instituição: encaminhamento e submissão do projeto ao comitê de Ética da UNESC, solicitando autorização para o desenvolvimento da pesquisa. Dos sujeitos: autorização por escrito da participação voluntária dos sujeitos por meio do consentimento livre e esclarecido, assegurando-se o direito a recusa, desistência em qualquer fase da pesquisa e sem nenhuma penalização ou prejuízo. O TCLE (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE – Res. CNS 196/96-VI. 3.e) será preenchido antes da pesquisa durante um momento específico previamente agendado em dia de treino. Sigilo e anonimato: assegurada a sua privacidade quanto â sua identidade e dados confidenciais da pesquisa. Riscos e benefícios: a pesquisa não apresenta dados que possam apresentar riscos aos sujeitos. Resultados e discussão A partir do estudo realizado, compreende-se que de acordo com a figura A1 na amostra pesquisada, tanto na modalidade grupal quanto individual no questionário BDI os resultados estatísticos não demonstram diferenças significativas. A figura A2, analisa os mesmos resultados, porém de forma mais detalhada e nos mostra que na modalidade individual os resultados apontam que os indivíduos não se encontram em um estado depressivo, representando 69% da amostra; igualmente na modalidade grupal caracteriza-se que 87,5% dos indivíduos não se encaixam em qualquer grau de depressão diante da escala utilizada. 33 Figura A1 Figura A2 A partir destes dados gerais foram analisados mais especificamente alguns itens presentes na escala que representam diferença significativa (P>0,05) tais como, irritabilidade (figura B) que demonstra diferença significativa na modalidade grupal, apresentando maior incidência. Este resultado pode ser compreendido como contrário ao esperado uma vez que o grupo tem a função de minimizar os sentimentos dos seus integrantes (Zimmerman, 1997). Podemos inferir que este resultado pode ser devido à faixa etária da amostra, uma vez que estas se encontram 34 na puberdade, e nesta idade, de acordo com Papalia e Olds (2006). O adolescente tende a ter seus sentimentos exacerbados. Figura B IRRITABILIDADE No item pessimismo (figura C) se considera a diferença significativa na modalidade individual. O pessimismo, de acordo com Ferreira (2000), configura-se pela disposição de espírito que leva o indivíduo a encarar tudo pelo lado negativo, no que tange a área desportiva diz respeito a esperar sempre os piores resultados. Podemos entender que o esporte individual, devido a falta de ter com quem dividir os sentimentos de angustia e/ou ansiedade, o atleta sente-se em determinado momento, pessimista em relação a sua performance. Figura C PESSIMISMO 35 Já na questão anorexia, (figura D) percebe-se a diferença significativa nos atletas da modalidade grupal, no entanto faz-se necessário um olhar mais apurado devido ao grupo ser especificamente feminino, adolescentes e por tanto, mais preocupadas com questões relacionadas ao corpo. Figura D ANOREXIA De acordo com Papalia (2006), a adolescência é uma época onde as mudanças corporais podem influenciar positiva ou negativamente, na construção da auto-estima, e devido a esse fato, podemos entender que os resultados obtidos neste gráfico estão relacionados com as mudanças corporais e com a necessidade de manter o peso para o bom desempenho no esporte. O grupo individual mostra resultado não significativo, o surgimento de pessoas do sexo masculino na amostra pode ser o fator que proporcionou tal resultado, uma vez que ainda neste grupo encontramos dois sujeitos com escores altos. No que diz respeito a individual a amostra é formada por indivíduos do sexo feminino e masculino, sendo que este pode ser o fator que influenciou em tal resultado. No quesito insatisfação (figura E) a diferença significativa se refere à modalidade individual. Bem como no gráfico relativo ao pessimismo, podemos compreender que o resultado significante para insatisfação seja o fato de que os praticantes de esportes 36 individuais não tenham com quem dividir suas angústias durante a prática esportiva, angústias essas que podem se originar das cobranças sucessivas a eles pedidos, propostos por Samulski (2002). Figura E INSATISFAÇÃO Referente ao senso de fracasso (figura F) a diferença significativa se refere a atletas da modalidade individual. Assim como nos dois últimos gráficos que se referem ao pessimismo e a insatisfação, o senso de fracasso tem sua manifestação na modalidade individual devido à dificuldade dos atletas dividirem suas frustrações com companheiros, de modo como aborda Zimmerman (1997) no grupo vemos uma integração onde se permite a troca de informações e a descarga de material afetivo. 37 Figura F SENSO DE FRACASSO Considerações finais A psicologia do esporte se ocupa em colaborar para melhor rendimento dos atletas bem como compreender a manifestação das emoções e suas influências nesse desempenho, sempre se preocupando com saúde e bem-estar dos indivíduos. O presente trabalho teve por objetivo refletir sobre uma possibilidade de instalação de sintomatologia depressiva em atletas das modalidades coletiva e individual, pensando por este viés se realizou uma pesquisa comparativa onde não foi encontrado resultado significativo sobre a diferença na qualidade dos sintomas nos indivíduos de uma modalidade comparada com a outra. Em termos gerais se pode dizer que ambos os grupos apresentam sintomatologia depressiva igualitária, na escala geral referente a figura (A1). Quando passamos a qualificar a sintomatologia encontramos algumas diferenças pertinentes, quanto à irritabilidade e anorexia podemos ver que os atletas da modalidade de grupo apresentam sintomatologia aumentada se comparada aos atletas da modalidade individual, na relação com o peso cremos que o fato de serem todos os indivíduos do sexo feminino isso seja pertinente para esse resultado, pensamos ainda que por se apresentarem na adolescência isso possa ser um reflexo da personalidade do grupo, porém é um fator que 38 merece melhor investigação para sabermos qual a satisfação desses indivíduos nesse grupo ao qual pertencem. Referentes aos atletas da modalidade individual temos em destaque o pessimismo, insatisfação e senso de fracasso e isso provavelmente se deve ao fato de não estarem vinculados a algum grupo onde possam estar trocando experiências tanto boas como frustrante e devido a toda pressão por parte do meio social exigindo resultados, mas ainda precisamos de investigações mais adequadas para que tenhamos informações de melhor resultado sobre a satisfação desses atletas em ambas as modalidades. Contudo podemos afirmar que estatisticamente temos sintomas depressivos em ambas as amostras e que os sentimentos de irritabilidade são representados por indivíduos de modalidade de grupo enquanto sentimentos de fracasso e insatisfação são referentes a modalidades individuais. Referências Abdo, Eliane (2000). Psicologia do Esporte no Brasil. In: Encontros e Desencontros: Descobrindo a Psicologia do Esporte. São Paulo: Casa do Psicólogo. Cunha, J. A (2001). Manual da versão em português das Escalas Beck. 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