O Apocalipse
O livro da Revelação
Estudo 02
A vocação para a
revelação - João,
mensageiro da Palavra
de Deus
Texto bíblico:
Mt 24 e 25 Ap 1.9-20
Texto áureo: Ap 1.9
“Eu, João, irmão vosso e
companheiro convosco na aflição,
no reino e na perseverança em
Jesus, estava na ilha de Patmos”
Introdução I
Depois de termos
visto a visão
escatológica do AT
segundo Daniel,
passaremos agora a
examinar esta visão
profética, no sermão
de Cristo registrado
em Mateus 24 e 25.
Isto é necessário, para que possamos entrar no estudo
do último livro da revelação bíblica, com pleno
conhecimento de como ele se inscreve dentro do
contexto da Bíblia como um todo.
Introdução II
Tendo o AT já advertido
a este respeito em alguns
dos seus livros,
especialmente Daniel,
como acabamos de ver no
domingo passado quando
estudamos seus últimos
sete capítulos.
Veremos agora que Cristo quando sentiu que o seu
ministério chegava ao fim, percebeu a necessidade de
orientar os seus discípulos da época, e a nós todos por
extensão, a respeito dos acontecimentos que cercariam
a vida cristã em todos os tempos que se seguiriam, e
especialmente, quanto ao final deles.
Introdução III
O Mestre estava vivendo a sua última semana entre os
homens, e ele sabia disto, como sabia também que
precisava preparar os seus discípulos para aquilo que
viria a acontecer depois de sua partida. Daí o seu
sermão:
I – Uma mensagem de
alerta para todos os
tempos
Mateus 24.1-14
Neste texto, Jesus
apresenta sete fatos
ou situações que
seriam indicadoras da
proximidade do fim.
Para muitos, as seis primeiras já se cumpriram,
aguardando-se apenas a última, para que o fim
chegue:
Assim, faltaria apenas a sétima situação: a pregação
do Evangelho a todo o mundo. Mas será que falta
mesmo?...
I – Uma mensagem de alerta para
todos os tempos
Mateus 24.1-14
Falsos cristos sempre
apareceram; guerras se
sucederam e rumores de guerras
se sucedem até hoje; lutas de
nação contra nação encheram o
mundo; batalhas de reino contra
reino têm ocorrido e ainda
ocorrem; fomes com todo seu
espectro de miséria e doenças
estão presentes em todo o mundo;
finalmente, de terremotos toda
semana praticamente temos
notícia de algum acontecendo em
alguma parte do mundo.
1 Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se
aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do
templo. 2 Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que
não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
3 E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus
discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e
que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo.
4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane.
5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos
enganarão. 6 E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos
perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim.
7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá
fomes e terremotos em vários lugares.
8 Mas todas essas coisas são o princípio das dores.
9 Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis odiados de
todas as nações por causa do meu nome.
10 Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e
mutuamente se odiarão.
11 Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos;
12 e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.
13 Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.
14 E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho
a todas as nações, e então virá o fim.
II – Uma palavra de
garantia
Mateus 24.15-28
Como toda mensagem
do Apocalipse, este
sermão de Cristo tem
que ser também
entendido no seu
aspecto intemporal.
Ou seja, suas predições ou previsões não se prendem
a este ou aquele momento específico, mas podem ser
situações ocorridas diversas vezes, em vários locais
diferentes, como por exemplo na destruição de
Jerusalém nos anos 70. Se entendermos assim,
veremos que o Senhor já tem abreviado em muitos
momentos as dificuldades enfrentadas pelos crentes.
15 Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação da desolação,
predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda),
16 então os que estiverem na Judéia fujam para os montes;
17 quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa,
18 e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa.
19 Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles
dias!
20 Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado;
21 porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde
o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.
22 E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por
causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.
23 Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não
acrediteis;
24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes
sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os
escolhidos.
25 Eis que de antemão vô-lo tenho dito.
26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou:
Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.
27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o
ocidente, assim será também a vinda do filho do homem.
28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.
III – Uma promessa gloriosa
Mateus 24.29-41
Cristo parece estar falando de
algo bem atual. Todos esses
sinais apontados por ele como
presentes na grande tribulação
são visíveis em toda a face da
terra. Norte, Sul, Leste, Oeste,
nos cinco continentes, têm sido
palcos de calamidades diversas.
Realmente, o texto de
Mateus 24.12, está se
cumprindo: “
“E por se multiplicar a
iniquidade, o amor de muitos
esfriará".
29 Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não
dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão
abalados. 30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as
tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as
nuvens do céu, com poder e grande glória. 31 E ele enviará os seus anjos
com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde
os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
32 Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: Quando já o seu ramo se
torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão.
33 Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está
próximo, mesmo às portas.
34 Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas
coisas se cumpram.
35 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão.
36 Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o
Filho, senão só o Pai.
37 Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho
do homem. 38 Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam,
bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou
na arca, 39 e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos;
assim será também a vinda do Filho do homem.
40 Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro;
41 estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada
a outra.
IV – A vigilância necessária
Mateus 24.42-44
O soldado, quando em serviço no
quartel, dorme no seu período de
descanso, uniformizado e com as
botinas aos pés... O médico, quando de
plantão no hospital à noite, repousa com
o seu vestuário completo... O
engenheiro de escala na plataforma
marinha de extração de petróleo, da
mesma forma... Todos têm que estar
preparados para a emergência que
poderá surgir a qualquer instante. O
que Cristo está recomendando aos seus
discípulos, é que, identicamente, cada
um de nós que somos os seus seguidores
hoje, devemos estar sempre preparados
para a iminência deste dia final:
42 Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia
vem o vosso Senhor;
43 sabei, porém, isto: se o dono da casa
soubesse a que vigília da noite havia de vir o
ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.
44 Por isso ficai também vós apercebidos;
porque numa hora em que não penseis, virá o
Filho do homem.
Falando da "iminência" de sua
volta, o Mestre resolve advertir
sobre as conseqüências da vida
terrena que levamos como crentes.
Logo depois de exortar-nos à
vigilância, o Senhor Jesus vai
recomendar algo sobre o
procedimento do crente em face
da iminência do dia final. Ou seja,
ele não nos quer inativos mas
agindo e produzindo enquanto esse
dia não chega. É quando ele fala
então, sobre o exercício da
fidelidade e da prudência, como
atributos indispensáveis ao crente,
como servo bom e fiel que espera
a volta do seu senhor, para
qualquer momento do dia.
V – A consequência
da vida terra
Mt. 24.45-51
Qual tem sido a
minha e a sua
contribuição
por um mundo
melhor?
45 Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o senhor
pôs sobre os seus serviçais, para a tempo dar-lhes o
sustento?
46 Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor,
quando vier, achar assim fazendo.
47 Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus
bens.
48 Mas se aquele outro, o mau servo, disser no seu
coração: Meu senhor tarda em vir,
49 e começar a espancar os seus conservos, e a comer
e beber com os ébrios,
50 virá o senhor daquele servo, num dia em que não o
espera, e numa hora de que não sabe,
51 e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com
os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.
VI – Uma visão majestosa
Mateus 25.31-46
O sermão profético continua ainda
no capítulo 25. Cristo fala sobre
os últimos tempos, mostrando os
cuidados que o crente deve ter
com o seu viver, por meio de duas
parábolas muito conhecidas e que
expressam muito bem esta
preparação para o dia da volta
dele. Depois disto, ele se volta
para a sua segunda vinda e o que
ela representará para a criatura
humana, com o julgamento e
destino final dos salvos e dos
perdidos. É aí que ele inicia a sua
palavra, com uma ideia sobre a
forma como ele se apresentará
nesta sua volta ao mundo que o
crucificou.
31 Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele,
então se assentará no trono da sua glória; 32 e diante dele serão reunidas
todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as
ovelhas dos cabritos; 33 e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à
esquerda.34 Então dirá o rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos
de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a
fundação do mundo; 35 porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e
me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; 36 estava nu, e me
vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. 37 Então
os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de
comer? ou com sede, e te demos de beber? 38 Quando te vimos forasteiro, e
te acolhemos? ou nu, e te vestimos? 39 Quando te vimos enfermo, ou na
prisão, e fomos visitar-te? 40 E responder-lhes-á o rei: Em verdade vos digo
que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais
pequeninos, a mim o fizestes. 41 Então dirá também aos que estiverem à sua
esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o
Diabo e seus anjos; 42 porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede,
e não me destes de beber; 43 era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu,
e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes.
44 Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou
com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?
45 Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste
de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. 46 E irão
eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.
VII – Um chamado para escrever
Apocalipse 1.9-20
As duas incursões que fizemos, uma
no AT e outra no NT, foram apenas
para nos situar cronologicamente na
preocupação escatológica que o povo
de Deus sempre possuía: - Saber
quando o tempo de Deus se
cumpriria.
Um aspecto importante a ressaltar, é o planejamento divino
para a sua revelação bíblica. Cada livro dentre os 66 que a
compõem, têm uma razão objetiva e prática para terem sido
aqui incluídos. João, o remanescente do colégio apostólico, vai
ser incumbido pelo Senhor de fechar a sua revelação. Como no
entanto, os tempos começariam a passar, suas palavras tinham
que dizer algo quanto a este futuro indefinido que os cristãos
teriam pela frente, até que a volta do Senhor viesse a
ocorrer. Por isso, a ordem tão clara e objetiva:
9 Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na
perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra
de Deus e do testemunho de Jesus. 10 Eu fui arrebatado em espírito no dia
do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, 11
que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a
Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia.
12 E voltei-me para ver quem falava comigo. E, ao voltar-me, vi sete
candeeiros de ouro, 13 e no meio dos candeeiros um semelhante a filho de
homem, vestido de uma roupa talar, e cingido à altura do peito com um cinto
de ouro; 14 e a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a
neve; e os seus olhos como chama de fogo;
15 e os seus pés, semelhantes a latão reluzente que fora refinado numa
fornalha; e a sua voz como a voz de muitas águas.16 Tinha ele na sua destra
sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois gumes; e o seu
rosto era como o sol, quando resplandece na sua força. 17 Quando o vi, caí a
seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo: Não temas;
eu sou o primeiro e o último, 18 e o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou
vivo pelos séculos dos séculos; e tenho as chaves da morte e do hades. 19
escreve, pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas
hão de suceder. 20 Eis o mistério das sete estrelas, que viste na minha
destra, e dos sete candeeiros de ouro: as estrelas são os anjos das sete
igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.
Conclusão
1) Você acredita que
estamos vivendo
realmente o final dos
tempos?
2) Qual a calamidade
mais triste que
estamos enfrentando?
3) Você está preparado para
a volta do Senhor?
4) Você vive em função
deste dia?
5) Ou você o considera
longínquo e improvável que
te alcançe?
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