Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa MBA em Marketing Trabalho de Conclusão de Curso MÍDIAS SOCIAIS E MARKETING: ANÁLISE DO RELACIONAMENTO QUE TRÊS GRANDES BANCOS BRASILEIROS MANTÊM COM SEUS CLIENTES NO FACEBOOK Autor: Vinícius Borges Pereira Orientador: Prof. MSc Luiz Carlos Araújo da Silva Brasília – DF 2012 VINÍCIUS BORGES PEREIRA MÍDIAS SOCIAIS E MARKETING: ANÁLISE DO RELACIONAMENTO QUE TRÊS GRANDES BANCOS BRASILEIROS MANTÊM COM SEUS CLIENTES NO FACEBOOK Artigo apresentado ao curso de pósgraduação em Marketing da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de MBA em Marketing. Orientador: Prof MSc Luiz Carlos Araújo da Silva Brasília 2012 TERMO DE APROVAÇÃO Projeto de autoria de Vinícius Borges Pereira, intitulado “MÍDIAS SOCIAIS E MARKETING: ANÁLISE DO RELACIONAMENTO QUE TRÊS GRANDES BANCOS BRASILEIROS MANTÊM COM SEUS CLIENTES NO FACEBOOK”, apresentado como requisito parcial para conclusão da disciplina TCC do Curso de MBA em Marketing da Universidade Católica de Brasília, em 15 de agosto de 2012, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: ___________________________________ Prof MSc Luiz Carlos Araújo da Silva Orientador MBA em Marketing /Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa – UCB ___________________________________ Prof Esp. Marília de Assumpção Examinador MBA em Marketing /Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa – UCB Brasília 2012 Dedico este trabalho de conclusão de pósgraduação aos meus pais e à minha irmã pelo carinho de toda vida, aos amigos queridos pela presença marcante e à minha namorada Lívia pelo apoio e companheirismo incondicionais. AGRADECIMENTO Agradeço a todos os professores do curso, que compartilharam o seu conhecimento e subsidiaram a ampliação dos nossos horizontes profissionais e pessoais. Agradeço, em especial, ao orientador do curso, Professor André Sabioni, pelo auxílio e solicitude no momento da escolha do tema do TCC e em assuntos cotidianos da Pós-Graduação e ao orientador do trabalho, Luiz Carlos Araújo da Silva, pelas instruções e esclarecimentos oportunos e pela tempestividade nas respostas às dúvidas ao longo do desenvolvimento do projeto. “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.” (Esopo) 6 MÍDIAS SOCIAIS E MARKETING: ANÁLISE DO RELACIONAMENTO QUE TRÊS GRANDES BANCOS BRASILEIROS MANTÊM COM SEUS CLIENTES NO FACEBOOK VINÍCIUS BORGES PEREIRA RESUMO O artigo analisa como três grandes bancos brasileiros se relacionam com os seus clientes no Facebook. Para isso, foram observadas as atualizações/publicações presentes nas páginas das marcas, por parte da própria marca ou por parte dos fãs, e as interações, respostas a essas mensagens. Também foram considerados os objetivos manifestados pelos posts e o alinhamento da organização com as práticas atuais de marketing digital e de utilização das redes sociais. O período temporal de análise consistiu em sete dias entre os dias 28 de junho a 4 de julho. A pesquisa indicou que o Itaú desenvolve um bom relacionamento com os seus clientes por meio da veiculação de conteúdos que estimulam a participação e interação. Enquanto BB e Bradesco focam pouco no relacionamento ao realizar publicações na mídia social. Palavras-chave: Bancos. Relacionamento. Facebook. 1 INTRODUÇÃO O mundo corporativo, cada vez mais, se utiliza das mídias sociais, como Facebook e Twitter, para criar, manter relacionamento com os seus clientes e aperfeiçoar os negócios. Ao investigar o porquê dessa utilização, podem ser obtidos conceitos importantes para o entendimento desse fenômeno recente. Em meio a competitividade do mundo contemporâneo, (ANAND; GLICK; MANZ, 2002) as fontes tradicionais de vantagem competitiva perderam a eficácia. Isso porque qualquer vantagem advinda de tecnologias superiores, distribuição eficiente ou outras atividades da cadeia de valor pode ser neutralizada pela concorrência em um curto espaço de tempo. Sendo assim, as empresas vêm percebendo que o sucesso nos negócios está diretamente ligado à administração do conhecimento. Para ter acesso ao conhecimento que fará a diferença nos negócios, as empresas notaram que os agentes externos à organização, como por exemplo, os clientes, consistem nas melhores fontes de informação. Esse conhecimento obtido junto a fontes externas é conhecido como capital social da empresa. Para dominar e tirar vantagem do capital social da empresa é necessário contar com redes sociais adequadas. As mídias sociais, como Facebook, Orkut, Twitter, são as ferramentas que viabilizam o acesso às redes sociais, que se consistem nas relações de interatividades estabelecidas entre as pessoas. (PANIZ; SELIGMAN, 2012) 7 Uma pesquisa realizada pelo Altimer Group e Wetpaint para a revista Business Week mostra que as empresas que investiram em mídias sociais cresceram 18% em um ano, contrastando com o índice de 6% de queda das empresas que investiram pouco nas redes. (COELHO, 2012) Embora o uso das redes sociais gere vantagens, trata-se de um processo recente, que ainda é não é dominado pela maioria das empresas. (JR; DE SOUZA, 2011). Nesse âmbito, o presente trabalho busca contribuir para a difusão do tema no ambiente corporativo e acadêmico por meio da análise do relacionamento que três grandes bancos brasileiros mantém com seus clientes na mídia social Facebook. São eles: Banco do Brasil, Itaú e Bradesco. O objetivo desta pesquisa é desenvolver uma análise do principal perfil dessas instituições no canal de redes sociais, especificamente Facebook, observando as ações desenvolvidas e a eficácia junto ao público-alvo. Serão identificadas as posturas/interações adotadas e os desdobramentos no contexto das referidas ferramentas. Para isso, foram analisadas as atualizações/publicações presentes nas páginas das marcas, seja por parte da própria marca ou por parte dos fãs, e as interações, respostas a essas mensagens. Também foram observados os objetivos manifestados pelos post’s e o alinhamento da organização com as práticas/estratégias atuais de utilização das redes sociais e de marketing digital. 2 REFERENCIAL TEÓRICO A internet revolucionou a sociedade em todas as esferas do conhecimento, da organização e do estabelecimento de relações. Nesse contexto, foi alterado completamente o fluxo comunicacional mantido entre empresas e clientes. A comunicação da empresa, que antes contava com um prazo de dias ou meses para ser planejada, teve que se reajustar, com a ascensão da internet, para tratar às demandas com mais agilidade. Com o surgimento das mídias sociais e o estabelecimento de relacionamentos entre empresas e clientes, esse processo se intensificou, encurtando ainda mais o prazo de resposta. (PIRES, 2011, p.24). Em decorrência da crescente influência das mídias sociais, já estão sendo adotadas novas estratégias de relacionamento entre as empresas e seus públicos. No entanto, ainda há muitos desafios há serem superados e inúmeros parâmetros a serem aperfeiçoados para explorar, ao máximo, as potencialidades dos novos canais. Entre os principais desafios, está o de usar de maneira adequada ferramentas que foram concebidas originalmente para pessoas físicas, que se comunicam de forma clara, simples e direta: conceber e materializar de um discurso único, utilizando uma linguagem coerente com a identidade organizacional e imprimindo velocidade até então incompatível com estruturas demasiadamente hierarquizadas e burocratizadas. (JR; DE SOUZA, 2011, p. 46). Nos últimos anos, as mídias sociais vêm crescendo em número de adeptos e conquistando uma importância cada vez mais significativa junto à sociedade. Nesse contexto, simplesmente abrir uma conta nos sites de redes sociais já não é mais suficiente no meio corporativo. 8 É necessário que as empresas, antes de entrar nas redes sociais, definam os seus objetivos e tenham ciência do tipo de conteúdo que querem passar aos leitores e usuários. Simplesmente criar um perfil, sem se fazer presente e sem disponibilizar conteúdo relevante não traz benefícios significativos. (PANIZ;SELIGMAN, 2012) As empresas vêm percebendo que para angariar benefícios com a atuação nos novos canais é necessário desenvolver um planejamento adequado e criterioso, que envolve a disponibilização de orçamento e infraestrutura para os trabalhos. Nesse contexto, já é possível perceber uma maior preocupação com o tema no meio corporativo: Uma pesquisa sobre mídias sociais realizada pela Deloitte em maio de 2010 fornece dados interessantes sobre o que as empresas “pensam e fazem” em relação a esse tema. Entre outros, vale ressaltar: • No universo contemplado pela pesquisa, 70% das empresas pesquisadas afirmam utilizar ou monitorar mídias sociais. Os setores mais ativos são Serviços; Varejo, Bens de Consumo e Transportes; e Tecnologia. • Ações de marketing e divulgação de produtos e serviços representam 83% das iniciativas em mídias sociais. (BETTEGA, 2010, p. 20) A possibilidade de conquistar capital social por intermédio das mídias sociais é um estímulo a mais para as empresas atuarem com cautela e planejamento nas redes. Isso porque a forma como a empresa se posiciona nas mídias sociais pode determinar como é vista pelo seu público. Quando alguém interage, por exemplo, com outras pessoas em uma rede social, há mobilização de diferentes formas de capital social, e esse capital utilizado no relacionamento resultará na construção de sua reputação frente aos demais indivíduos. (ZAGO, 2008) As finalidades que motivam as empresas a utilizarem as redes sociais são variadas, como por exemplo, para estreitar o relacionamento com os clientes, demarcar o seu posicionamento institucional, divulgar sua marca, vender seus produtos, etc: Segundo o estudo de Gordon (2009), o marketing e as relações públicas lideram a utilização dos media sociais por parte das empresas, enquanto a venda e o trabalho colaborativo se encontram em segundo plano. Aproximadamente três quartos dos entrevistados neste estudo de Josh Gordon assumiram utilizar redes sociais para efeitos de branding e partilha de informação, enquanto dois terços assumem uma utilização baseada nas relações públicas. Em contraponto, somente 38% das empresas inquiridas recorrem a este modelo para reforço de vendas (CASEIRO;BARBOSA, 2011, p.7). Os bancos também estão acompanhando e implementando a utilização corporativa das redes sociais, conforme pôde ser observado em consulta aos perfis das instituições no Facebook. A escolha do setor bancário para constituir o foco da análise respalda-se pelo fato de ser um dos poucos serviços em que a oferta de múltiplos canais de atendimento está consolidada. De um modo geral, os bancos diversificaram os produtos e soluções ofertados ao seu público com o advento da prestação de serviços pela internet, mas perderam qualidade no atendimento pessoal, e, principalmente, no relacionamento com os clientes. 9 Com o objetivo de atrair mais clientes, os bancos têm desenvolvido estratégias de relacionamento com os clientes por meio do atendimento diferenciado a alguns públicos e a disponibilização de programas de vantagens. (OLIVEIRA, 2008). Segundo Postal (2011, p.12), “As marcas encontraram, através das redes, uma nova maneira de ouvir e dialogar com os seus consumidores e estreitar o relacionamento com os mesmos”. Na medida em que os indivíduos constroem relacionamentos com as organizações e vice-versa, podemos entender a interação causada pela ambiência da internet como uma estrutura de rede que viabiliza uma troca de informações a nível simbólico e social. Nesse contexto, pode-se inferir que a sociedade, nos dias atuais, anseia por participar ativamente do processo de comunicação e compartilhamento de informações, priorizando a comunicação de mão dupla. (MACHADO; DE OLIVEIRA; BARICHELLO, 2010). Em resumo, as empresas não buscam apenas falar com seus consumidores, mas também ouvi-los. E a partir desse diálogo é que as relações são construídas, viabilizando o estabelecimento de estratégias direcionadas aos seus públicos de interesse. (POSTAL, 2011). Em meio a essa necessidade de estimular a participação do cliente e construir, de fato, uma interação, é que se encaixa o marketing de relacionamento aplicado às redes sociais. Cabe verificar se no âmbito das mídias sociais essa necessidade de manter relacionamento com os clientes vem sendo observada na condução das estratégias de marketing digital. Nesse sentido, o presente artigo deseja mapear a atuação de três grandes bancos brasileiros no âmbito do Facebook. 3 METODOLOGIA Trazendo esses conceitos de marketing de relacionamento e os desdobramentos que suscita para o estudo das mídias sociais, ficou estabelecido como objetivo geral da pesquisa a investigação de como os bancos Itaú, Banco do Brasil e Bradesco se relacionam com seus clientes por meio das mídias sociais, mais especificamente o Facebook. A partir disso, foram estruturados os seguintes objetivos específicos: será observada a atuação dos bancos, avaliadas as práticas adotadas por cada instituição e analisado o atendimento prestado aos clientes por meio da mídia social Facebook. Para seleção das instituições financeiras analisadas no estudo foi utilizado o ranking “50 maiores bancos e o consolidado do Sistema Financeiro Nacional” (Fonte: Banco Central), utilizando o ativo total como critério para classificação. De acordo com esse critério, os três maiores bancos brasileiros são: Banco do Brasil, Itaú e Bradesco. Nesse âmbito, esses três bancos foram escolhidos como foco da análise do artigo. É interessante relembrar a ascensão meteórica do canal de relacionamento escolhido para a pesquisa: Criado em 2004 por Mark Zuckerberg, na época estudante de Harvard, o Facebook tinha o objetivo de, inicialmente, ser apenas uma rede de compartilhamento de fotos dos universitários. Dada à proporção que atingiu, após fazer sucesso também em outras universidades americanas, conseguiu o apoio de uma empresa para que fosse transformado em um 10 site público, utilizado por pessoas e empresas. (PANIZ;SELIGMAN, 2012, p.3) A escolha do site de relacionamento criado por Zuckerberg se deu em decorrência de sua importância no âmbito da sociedade brasileira. Para comprovar essa premissa, podemos citar pesquisa realizada pela empresa Deloitte, especializada em consultoria: A Deloitte divulgou no dia 28 de maio de 2010, uma pesquisa sobre como as empresas utilizam mídias sociais no Brasil. Foram pesquisadas 302 empresas de diversos segmentos e portes econômicos que atuam no país. O estudo mostrou que quase 70% usam as mídias sociais. [...] A pesquisa destacou ainda que mídias sociais, como o Orkut e Facebook, e as mídias sociais internas, são as ferramentas mais utilizadas pelas empresas, com 81%. (ALMEIDA, DA SILVA; 2011, p.7) A quantidade de usuários do Facebook no Brasil também é expressiva: No Brasil, há 27.923.880 usuários conectados ao Facebook, que além de utilizar a rede para conexões pessoais, estão também conectados a páginas PANIZ;SELIGMAN, 2012de organizações, instituições, marcas e pessoas públicas (artistas, cantores, bandas etc.). (, p.3) Para alcançar os objetivos da pesquisa foi realizado um estudo baseado na metodologia quantitativa (considerando o número de publicações, de compartilhamentos e de “likes”) e qualitativa (analisando o conteúdo publicado e o teor das respostas aos posts de clientes) referente ao perfil institucional (principal) das instituições no Facebook. Para amparar as pesquisas quantitativas e qualitativas foi utilizada a Análise de Conteúdo, que consiste em um conjunto de técnicas de exploração de conteúdo, cujo objetivo é classificar e analisar as unidades de registros existentes no objeto de estudo. A análise de conteúdo tem a vantagem de ultrapassar os limites de uma análise limitada unicamente ao conteúdo manifesto, o que justifica a intenção de entender o sentido pleno do discurso, assinalando até mesmo os seus conteúdos latentes. (OLIVEIRA; ENS; ANDRADE; DE MUSIS, 2003). O período temporal de análise consistiu em sete dias entre os dias 28 de junho a 4 de julho. A escolha foi realizada por amostragem, seguindo a lógica de que deveriam ser abarcados no estudo todos os dias da semana. Os objetos de análise foram as atualizações/publicações presentes nas páginas das marcas, seja por parte da própria marca ou por parte dos fãs e as respostas. A escolha dos critérios para direcionar a análise foi baseada no estudo de Bruno Caseiro e Rui Barbosa, que compararam a atuação de duas empresas de telefonia móvel de Portugal no Facebook: Foram analisadas todas as interações entre marca e fãs, de forma bilateral – número de comentários e “likes” (avaliação positiva) por tipologia de publicação, número de fãs e tipo de conteúdo de publicações e de respostas. Estas tipologias surgiram através da separação dos vários conteúdos presentes nas páginas das marcas em grandes áreas abrangentes, de forma a compilar esses dados. Foram analisados ainda alguns casos particulares, representativos da interação entre marca/empresa e utilizadores da plataforma, cujas particularidades os destacam dos restantes. Considerando estes dados, impõe-se um estudo 11 comparativo, com uma metodologia (CASEIRO;BARBOSA, 2011, p.9). quantitativa e qualitativa. O estudo foi escolhido com o objetivo de atender a necessidade de definir categorias, conforme diretrizes do método Análise de Conteúdo. Segundo OLIVEIRA; ENS; ANDRADE; DE MUSIS (2003), “A categorização gera classes que reúnem um grupo de elementos da unidade de registro. As classes são compiladas a partir da correspondência entre a significação, a lógica do senso comum e a orientação teórica do pesquisador”. Além da definição de categorias, constituem-se como etapas da análise de conteúdo: organização do material de trabalho (separação dos posts incluídos no período temporal escolhido), definição das unidades de registro (utilização do tema como unidade de registro), definição e delimitação do tema (o tema fica delimitado em “como as empresas se relacionam com os clientes por meio do Facebook”) e análise estatística multivariada e interpretação (implica na interpretação dos dados obtidos, conforme tabelas relacionadas no item 4) 4 ANÁLISES E RESULTADOS O primeiro ponto observado na pesquisa refere-se à disponibilização de link para o Facebook na página principal (home) do site da instituição. Todos os sites disponibilizam link que direciona ao perfil da empresa no Facebook. No caso do Banco do Brasil, que possui 11 perfis diferentes no facebook, o usuário ao clicar no link para alguma das mídias sociais no site é direcionado a uma página que apresenta o objetivo e o link de cada um dos perfis. Seguem os endereços dos perfis observados: Figura 1 - Bancos pesquisados Banco Página no Facebook www.facebook.com/bancodobrasil www.facebook.com/itau http://www.facebook.com/bradesco A quantidade de fãs que uma marca possui no facebook, ou seja, o número de pessoas que “curtiram” a página da instituição, normalmente, é observada pelos visitantes. Talvez pelo fato de dividir a atenção do seu público nos variados perfis que utiliza, o BB é banco que apresenta menor número de fãs, contando com menos de 100 mil seguidores. O Itaú, que possui mais de dois milhões de fãs, apresenta mais do que o dobro de seguidores do que o Bradesco, que, por sua vez, conta com um número mais de 10 vezes maior do que o do BB. 12 O Banco do Brasil busca segmentar assuntos e interesses, apresentando, por exemplo, um perfil que aborda exclusivamente esporte, acompanhando os patrocínios da instituição na área, outro direcionado para sanar dúvidas de clientes, etc. Somando a quantidade de fãs dos 11 perfis do BB, a instituição contaria com 328.911 fãs. O número de fãs não representa, necessariamente, a importância da marca nas redes sociais. A avaliação dos números é útil para se quantificar os resultados e a evolução do trabalho. Porém, a avaliação qualitativa também deve fazer parte da análise, já que faz toda a diferença nas redes sociais. (TANABE, 2011). O número de fãs é uma espécie de ponto de partida. Conforme a fanpage recebe likes, surge a oportunidade de mobilizar mais efetivamente as pessoas que dizem gostar da marca. Figura 2 - Número de fãs Número de fãs (04/07/2012) 86.673 987.101 2.126.866 Fonte: Facebook Por meio da classificação das publicações de acordo com sua tipologia, é possível vislumbrar alguns cenários que denotam, de forma mais contundente, as estratégias das empresas (CASEIRO; BARBOSA, 2011). Figura 3 – Tipologia das publicações Publicidade Produtos /Serviços 4 1 0 Informação / Avisos 1 0 0 Ofertas / Concursos / Passatempos 0 1 0 Campanhas Institucionais / RSA DRS 1 0 0 Eventos / Patrocínios 4 0 1 1 1 4 Relacionamento 13 Fonte: Facebook Pode ser percebida uma inclinação do Itaú em desenvolver e aprimorar o estabelecimento de relacionamento com o cliente por meio do Facebook. Os posts da instituição suscitam interação (o que fica comprovado pela quantidade de compartilhamentos, discriminados na tabela abaixo) o que vem causando boa aceitação junto ao público (comprovado pela quantidade de likes também na tabela abaixo). O BB, assim como o Bradesco, foca pouco no relacionamento com o cliente. A página corporativa oficial do Facebook (http://newsroom.fb.com/) afirma que as pessoas utilizam a rede para manter contato com amigos e familiares, para descobrir o que está ocorrendo no mundo e para compartilhar e expressar o que importa para elas. Em resumo: relacionamento. Segundo Caseiro; Barbosa (2011), uma das regras fundamentais do social marketing é viabilizar a presença das marcas como utilizadores ativos e participativos da mídia social, ao invés de agirem como vendedores. Para compreeender os efeitos que cada tipo de publicação causa nos fãs, foram observados os números “likes” e de compartilhamentos em cada post divulgado (nessa ordem, separados por “/”) por tipologia (nas publicações da empresa). Figura 4– Resposta dos fãs Publicidade Produtos /Serviços 495 / 147 Informação / Avisos 294 / 71 Ofertas / Concursos / Passatempos 3.346 / 1.370 Campanhas Institucionais / RSA DRS 43 / 7 Eventos / Patrocínios 274 / 86 Relacionamento Total 273 / 43 669 / 64 571 / 563 433 / 130 13.076 / 1.671 1677 / 874 4.052 / 1.543 13.745 / 1.735 Fonte: Facebook De fato, o Banco Itaú vem conseguindo cativar e incentivar a participação / interação de seu público, mantendo-se um passo a frente das outras duas 14 instituições com relação ao conteúdo veiculado. Isso fica comprovado pela quantidade de likes e compartilhamentos em escalas bem superiores aos demais bancos. Outro ponto importante a ser observado refere-se às publicações dos fãs nos perfis dos bancos. Os usuários estão se acostumando a utilizar os perfis das instituições como uma espécie de SAC, de ouvidoria. Como as empresas resolvem e respondem com mais rapidez por esse canal, estão, consequentemente, estimulando os clientes, cada vez mais, a se reportarem a elas somente dessa maneira. Figura 5 – Número de publicações na linha do tempo Número de publicações dos fãs na linha do tempo da empresa 121 128 461 Fonte: Facebook Também foi analisado o número de publicações por tipologia (dos fãs): Figura 6 – Tipologia das publicações Pedidos / Dúvidas 18 23 38 Elogios 7 23 65 Reclamações 92 71 293 Informal / Outros 4 4 65 Fonte: Facebook Pode ser observado que o Itaú, por possuir um número superior de fãs, apresenta também um maior número de publicações em todas as tipologias. Como o volume de fãs que visitam a página do Itaú é superior ao dos concorrentes, obviamente, isso reflete em todas as tipologias. Por fim, foram consideradas, na pesquisa, o número de respostas que as instituições financeiras forneceram aos clientes. 15 Figura 7 – Número de respostas das instituições Número de interações (“like” ou comentário) 51 79 148 Fonte: Facebook Os números indicam que o BB interagiu em menos de 50% das publicações que os fãs deixaram na linha do tempo do perfil da instituição no facebook. A tipologia das publicações ignoradas varia. Há exemplos de dúvidas, reclamações e até mesmo elogios que não são respondidos e nem curtidos pelo perfil do BB. Analisando qualitativamente, pode ser citado, para exemplificar, o comentário de um cliente que se referiu ao BB como o melhor banco do mundo. Houve também outras duas manifestações nessa mesma linha, dessa vez se referindo ao BB como o banco mais forte do mundo, veiculando um link para uma reportagem que colocava o Banco do Brasil no topo de um ranking de instituições financeiras mais sólidas do mundo. O perfil do BB não curtiu e nem comentou as publicações. Outro ponto negativo observado é que publicações realizadas após às 16 horas só são respondidas no outro dia. Os comentários deixados no final de semana só recebem tratamento na segunda-feira. Esse posicionamento prejudica o estabelecimento de relacionamento com os clientes. Considerando que a presença nas mídias sociais é uma forma de ouvir e dialogar com os consumidores e estreitar o relacionamento (POSTAL, 2011), se um post é respondido apenas depois de dois dias ou nem é respondido, o relacionamento fica relegado a um segundo plano. Na maioria das vezes em que o cliente se manifesta pelo facebook, o BB responde direcionando-o aos canais oficiais da instituição. Quando se trata de uma reclamação, por exemplo, o usuário é instruído a ligar para o SAC ou, caso já tenha protocolo aberto no SAC, para a Ouvidoria. No caso de problemas ou dificuldades de ordem técnica com relação à tecnologia, o cliente é orientado a ligar no Suporte Técnico. Para os casos de problemas na conta corrente ou no cartão, a orientação é que seja feito contato com a Central de Atendimento BB. Foram observadas algumas críticas com relação ao modo padronizado em que as respostas são formuladas. Há reclamações de que é apresentado o mesmo discurso de resposta para todos os clientes com os mesmos tipos de problemas, sendo que um cliente sugere que é realizado “ctrl c, ctrl v” nas respostas, ou seja, “copia e cola”. Com relação ao direcionamento aos canais oficiais, embora não tenha boa aceitação do público em um primeiro momento, isso não quer dizer que seja um método incorreto. Em um artigo para a revista Proxxima, Marco Gomes, fundador da empresa boo-box afirma: A principal questão sobre o SAC 2.0 é que este tipo de atendimento cresceu sem planejamento prévio. O cliente que se comunica pelos canais oficiais e não é atendido, recorre às redes sociais, expressando seu caso abertamente e consegue, na maioria das vezes, uma solução imediata, o 16 que os condiciona a usar este canal. Uma opção é sempre que surgir uma reclamação aberta, incentivar que o cliente se manifeste através de canais oficiais, que sejam privados e seguros. (GOMES, 2012) A questão do sigilo bancário é o argumento utilizado pelo BB ao realizar esse direcionamento. Segue exemplo retirado do fanpage da instituição: Figura 8 – Post BB Fonte: Facebook O Bradesco, além de prestar atendimento das manifestações deixadas em sua linha do tempo, ainda disponibiliza um aplicativo exclusivo para realizar SAC por meio da mídia social. O aplicativo chama-se Alô Bradesco e permite que o cliente se manifeste e pesquise por dúvidas apresentadas anteriormente por outros usuários. Entre os três bancos analisados, o Bradesco é o único que disponibiliza aplicativo que permite acesso à conta corrente diretamente pelo facebook. Com relação ao atendimento prestado por meio do facebook, pode ser notada grande preocupação em atender rapidamente aos posts, respondidos, na maioria das vezes, em menos de uma hora. O atendimento é mantido fora do horário comercial e também aos finais de semana. As respostas não são padronizadas, percebe-se que há um tratamento particularizado no tratamento das mensagens. Conforme Benini (2011), as redes sociais permitem uma interação com o usuário que nenhum outro meio oferece, destacando a possibilidade imediata de resposta. Segundo PANIZ;SELIGMAN (2012), “Hoje, os internautas dificilmente passam muito tempo sem acessar Facebook, Twitter e outras mídias sociais. É preciso perceber a oportunidade de acesso que esta situação oferece, já que os usuários estão sempre conectados ao conteúdo fornecido nas redes”. Em muitas ocasiões, quando a orientação não pode ser realizada pelo próprio canal, o Bradesco interage pedindo que seja enviado o telefone de contato do cliente por meio de mensagem direta (oculta) para entrarem em contato apresentando uma satisfação ou pedindo mais detalhes do caso relatado, conforme exemplo abaixo: Figura 9 – Post Bradesco . Fonte: Facebook A atitude do Bradesco de priorizar o atendimento pela própria mídia social condiciona os clientes a sempre recorrerem a esse canal para dúvidas ou reclamações, incentivando, conforme definição de Marco Gomes em artigo para a revista Proxxima, que as páginas das empresas sejam convertidas no “muro das lamentações 2.0”. Ou seja, praticamente, ficaria estabelecido um espaço reservado ao SAC no âmbito das mídias sociais. 17 Os números indicam que mais de 60 % das interações são respondidas pelo Bradesco e, aparentemente, resolvidas nesse âmbito. Os posts indicam que a equipe de mídias sociais do Bradesco está bem integrada com os outros setores da instituição, o que pode ser percebido pelo aprofundamento nas respostas (não se limitam a respostas prontas) e pela constatação de que as manifestações chegam nas outras áreas da empresa. Como exemplo, pode ser citado o caso de um cliente que reclamou que não conseguia de forma alguma se comunicar com o gerente de sua conta. O perfil do Bradesco interagiu e pediu que o cliente enviasse o telefone com DDD por mensagem direta (forma de interação repetida em muitas outras respostas do Bradesco). Depois disso, um outro usuário questionou ao reclamante se o problema havia sido solucionado após o post. O cliente explicou que sim, que 10 minutos depois o gerente entrou em contato. Ao contrário do Bradesco, o Itaú não apresentou bom desempenho ao responder os clientes pelo Facebook. O Itaú se manifestou em menos de 1/3 das publicações dos fãs em sua linha do tempo, não conseguindo fazer frente às demandas dos clientes na fanpage. E, assim como o BB, só interage com os usuários em horários e dias comerciais, acumulando todas as manifestações de clientes deixadas ao longo do final de semana para serem respondidas somente na segunda-feira. Normalmente, as reclamações/ dúvidas dos clientes são direcionadas para outro canal de comunicação, conforme abaixo: Figura 10 – Post Itaú 1 Fonte: Facebook O cliente é orientado, na maioria das vezes, a explicar o ocorrido via email. Em alguns casos, é orientado a enviar uma mensagem privada, por meio do próprio facebook, para o perfil da instituição: Figura 11 – Post Itaú 2 Fonte: Facebook Somente algumas dúvidas pontuais são solucionadas na própria resposta ao post. Além disso, clientes que postam reclamações sobre indisponibilidades/problemas tecnológicos nos aplicativos e site do banco são orientadas a entrar em contato por telefone com o SOS Internet (espécie de suporte técnico). 18 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Respeitadas as delimitações metodológicas e temporais da pesquisa e considerando os dados coletados, foi observado, ao longo do trabalho, como os três bancos analisados se relacionam com os seus clientes no Facebook. Com relação ao relacionamento com o cliente, o BB mantém-se em posição bastante atrasada em relação aos concorrentes. Analisando a quantidade de likes, por exemplo, o Itaú supera em mais de oito vezes a quantidade apresentada pelo BB. E o Bradesco supera em mais de duas vezes a quantidade do BB. Considerando que o BB, no ranking do Banco Central (que considera o ativo total como critério para classificação) é o primeiro colocado, seguido por Itaú e, depois, Bradesco, a sua estratégia nas mídias sociais precisa ser revista de modo a atrair seus clientes para participar de sua página. Seria oportuno realizar uma pesquisa para avaliar se a segmentação em vários perfis é eficaz na comunicação com o público-alvo da instituição. Analisando os tipos de publicações veiculadas pelas empresas na página do Facebook, foi identificado que o Itaú mantém um bom nível de relacionamento com os seus clientes. Os posts do banco são descontraídos e com forte viés de interação, o que vem agradando aos usuários. A grande quantidade de likes e compartilhamentos de suas publicações retrata bem esse cenário. Um ponto a ser observado é que o formato utilizado na construção dos posts não demanda grande quantidade de recurso investido para criação de peças de comunicação. Muitas vezes, trata-se somente de um texto curto de duas ou três linhas com conteúdo criativo suscitando a participação do público. O Bradesco vem conseguindo estimular seu público mais do que o BB, mas por meio de uma análise qualitativa em suas publicações, não pode ser observado, assim como no perfil do BB, um esforço em produzir conteúdos que incentivem a interação, participação dos clientes, ou seja, não prioriza relacionamento nas suas postagens. No que se refere ao tratamento dado às manifestações, em sua maioria reclamações, por meio da mídia social, os bancos apresentam divergências de posicionamento. O Bradesco se propõe a resolver os problemas pelo canal (mesmo que o atendimento seja concluído por telefone, o primeiro e mais importante passo é realizado pela ferramenta, já que o cliente não terá que se identificar e explicar novamente o caso) e é extremamente eficaz nisso, seja por atender 24 horas ou por responder mais de 60% dos posts, o que pode indicar clientes satisfeitos. Isso contribui no relacionamento com os clientes. Os internautas vêm utilizando os perfis das instituições como uma espécie de SAC, de ouvidoria. Como as empresas solucionam com mais agilidade por esse canal, estão, por conseguinte, estimulando essa utillização. Cabe avaliar se, a longo prazo, é viável o incentivo a esse desdobramento. O Itaú, em alguns casos, pede o contato telefônico do cliente e dá prosseguimento no atendimento pelo telefone, de forma semelhante ao Bradesco. No entanto, na maioria das vezes, pede que o cliente entre em contato por email, por meio do qual o cliente terá que se apresentar e contar novamente o problema. De qualquer forma, independentemente da condução, o problema é que a maioria dos posts dos clientes fica sem resposta. O Itaú respondeu menos de 1/3 das publicações dos fãs. O ideal seria adotar o regime de plantão do Bradesco, até porque, como o volume de posts na página do Itaú é muito grande (pelo fato de possuir mais de dois milhões de fãs), o acúmulo de manifestações do final de semana dificulta a veiculação de resposta a todos na segunda-feira. 19 O BB, com exceção de algumas dúvidas pontuais, não apresenta a estratégia de atender, de fato, pelo Facebook. Os clientes são direcionados para os canais de atendimento tradicionais, como SAC e Ouvidoria. Para complementar o atual trabalho, poderia ser pesquisado junto aos usuários sobre o atendimento prestado no Facebook pelos bancos. Nesse artigo, ao verificarmos o tempo de resposta e o feedback do usuário com a resposta, pudemos detectar algumas implicações no relacionamento. No entanto, por meio da aplicação de uma pesquisa qualitativa com foco no atendimento ao consumidor, conseguiríamos aprofundar nessa questão, aferindo com clareza os posicionamentos mais bem aceitos pelo público no que se refere ao tratamento de suas manifestações. Para concluir, é importante lembrar que a análise e definição dos objetivos da empresa, no contexto da mídia social, são fundamentais para embasar a criação e manutenção de relacionamento com os clientes pelo canal. Depois de definidos os rumos e planejada a atuação, é preciso que seja acompanhada e mensurada a efetividade das estratégias, de modo a garantir uma comunicação de mão dupla, em que os clientes sintam-se representados na página da empresa e instigados a participar e divulgar para os amigos. 20 SOCIAL MEDIA AND MARKETING: ANALYSIS OF RELATIONSHIP THAT BIG THREE BRAZILIAN BANKS REMAIN WITH ITS CUSTOMERS FACEBOOK VINÍCIUS BORGES PEREIRA ABSTRACT The article examines how three large Brazilian banks relate to their customers on Facebook. For this, we observed the updates / publications pages of these brands by the brand itself or by the fans, and the interactions, responses to these messages. Also considered were the goals expressed by posts and alignment with the organization's current practices in digital marketing and use of social networks. The time period of analysis consisted of seven days between 28 June and 4 July. The survey indicated that Itaú develops a good relationship with their customers through the placement of content that encourage participation and interaction. While BB and Bradesco little focus on the relationship to make social media publications. Palavras-chave: Banks. Relationship. Facebook. 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Carolina Presotti; DA SILVA, Leonardo Magno Lopes. Comunicação corporativa nas mídias sociais: o twitter como ferramenta de relacionamento entre organizações e seus públicos. Pós em revista, Belo Horizonte, n.4, 2011. Disponível em: <http://blog.newtonpaiva.br/seer_3/index.php/RevistaPos/article/view/217/217>. Acesso em: 04jul. 2012. ANAND, Vikas; GLICK, William H.; MANZ, Charles C. Capital Social: Explorando a rede de relações da empresa. Rev. adm. empres., São Paulo, vol.42 no.4 Out./Dec. 2002. BANCO CENTRAL. 50 maiores bancos e o consolidado do Sistema Financeiro Nacional. 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