Pré Vestibular Alliança História Geral Prof.: Clarissa Pires Tema: Crise do Feudalismo LISTA DE EXERCÍCIOS 1. (Fatec-SP) Dentre as causas da desagregação da ordem econômica feudal, é possível mencionar: a) a capitalização intensa realizada pelos artesãos medievais e a criação de grandes unidades industriais, que acabaram subvertendo a economia feudal. b) o desinteresse da nobreza e do clero pela manutenção do Feudalismo, pois esses setores se beneficiariam com o advento da sociedade baseada no lucro. c) o surgimento das corporações de oficio e a substituição do “justo preço”, que restringia as possibilidades de lucro, pelo preço de mercado. d) o revivescimento do comércio e a conseqüente circulação monetária, que abalaram a auto-suficiência da economia senhorial. e) a substituição gradativa do trabalho escravo pelo trabalho assalariado dentro do feudo, o que criou condições para a constituição de um sistema de mercado dentro da própria unidade feudal. 2. (PUC-MG) Durante a Baixa Idade Média (séc. XII - XV), o modo de produção feudal conheceu o seu apogeu, mas também foi nesse período que as contradições inerentes a esse sistema avolumaram-se, determinando a sua superação. São fatores responsáveis pela desarticulação das estruturas feudais, EXCETO: a) brusca queda da produtividade na agricultura, devido resistência dos senhores feudais a técnicas agrícolas avançadas. b)desenvolvimento da atividade mercantil tanto a nível inter-regional quanto a longa distância. c)crescente urbanização, conduzindo a uma gradual especialização da economia, caracterizada pela cisão entre campo e cidade. d)surgimento da burguesia como um novo segmento social que foi se definindo no rígido contexto da hierarquizada sociedade feudal. e)organização de expedições militares cristãs contra muçulmanos no Oriente Médio, pondo fim ao domínio secular dos árabes sobre o Mediterrâneo. 3. (ENEM) Considere os textos abaixo: "(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé." (Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da Igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998) "As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã." (Santo Tomás de Aquino – pensador medieval) Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que: a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de Santo Tomás de Aquino, refletindo a diferença de épocas. b) a encíclica papal procura complementar Santo Tomás de Aquino, pois este colocava a razão natural acima da fé. c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II. d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem relação com o pensamento filosófico. e) tanto a encíclica papal como a frase de Santo Tomás de Aquino procuram conciliar os pensamentos sobre fé e razão. 4. (FMABC-SP) “[A peste negra] era transmitida essencialmente pelos parasitas, principalmente as pulgas e os ratos. Era uma doença exótica, contra a qual os organismos dos europeus não tinham defesas. Veio da Ásia pela rota da seda. Veja: a epidemia, essa catástrofe, é, portanto, também um dos efeitos do progresso, do crescimento.” (Georges Duby. Ano 1000 Ano 2000. Na pista de nossos medos. São Paulo: Editora da Unesp, 1998, p. 80) A partir do texto, que trata do aparecimento da peste negra na Europa do século XIV, podemos dizer que a) a integração entre regiões diferentes do planeta, provocada pelo comércio e por intercâmbios culturais, também pode contribuir para a disseminação de doenças. b) as doenças ficam em geral confinadas ao local de manifestação original e quando se alastram para outras áreas não provocam grandes problemas nem geram epidemias. c) epidemias, como a peste negra, são provocadas pela ira divina e não podem ser tratadas pelos homens, a não ser que a medicina recorra a procedimentos religiosos. d) más condições de higiene e a falta de um sistema unificado de atendimento médico foram os principais responsáveis pela proliferação dos parasitas que provocaram a peste negra. e) problemas de saúde, como a peste negra, derivam sempre da miséria social e as epidemias avançam apenas em períodos de crise econômica e conflitos sociais. 5. (ENEM) O texto abaixo reproduz parte de um diálogo entre dois personagens de um romance. - Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? – Perguntou Sofia. - Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos imaginar que Jesus nasceu à meia-noite, que Paulo saiu em peregrinação missionária pouco antes da meianoite e meia e morreu quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos proibida. (…) Até as dez horas as escolas dos mosteiros detiveram o monopólio da educação. Entre dez e onze horas são fundadas as primeiras universidades. (Adaptado de GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia, Romance da História da Filosofia. São Paulo: Cia das Letras, 1997). O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, tem sido usado como marco para o início da Idade Média. De acordo com a escala de tempo apresentada no texto, que considera como ponto de partida o início da Era Cristã, podese afirmar que a) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas. b) a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas. c) o Cristianismo começou a ser propagado na Europa no início da Idade Média. d) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 150 anos da Era Cristã. e) os mosteiros perderam o monopólio da educação no final da Idade Média. 6. (ENEM) A peste negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...). E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.” (Agnolo di Tura. “The plague in Siena: Na italian chronicle”. In: William M. Bowsky. The Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971) O testemunho de Tura, um sobrevivente da peste negra que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que: a) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados. b) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à peste. c) o flagelo da peste negra foi associado ao fim dos tempos. d) a Igreja buscou conter o medo da morte disseminando o saber médico. e) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte pois as vítimas eram poucas e identificáveis. Pré Vestibular Alliança História Geral Prof.: Clarissa Pires Tema: Mercantilismo LISTA DE EXERCÍCIOS 1. Sistema caracterizado pela intervenção do Estado na economia, balança comercial favorável, protecionismo, monopólios, entre outros elementos, são características do (a): a) Capitalismo financeiro b) Comunitarismo estatal c) Livre cambismo d) Capitalismo comercial ou mercantilismo e) Capitalismo monopolista 2. (UFGO) Parte integrante da política econômica mercantilista, a concepção monetária preconizava, acima de tudo: a) uma política industrialista e protecionista b) a proibição quanto à saída de ouro e prata do país c) a realização de reformas monetárias e o desenvolvimento do sistema de crédito d) a livre circulação de mercadorias e) a exploração das colônias e o desenvolvimento do comércio internacional. 3. “Num universo social de analfabetos, eram imagens, vistas pelos fiéis por dentro e por fora, ao longo de toda Igreja, que transmitiam e repetiam imutáveis as lições da teologia cristã. A arte (...) não guardava nenhuma relação necessária com a realidade concreta e cotidiana do mundo.” O texto do historiador Nicolau Sevcenko retrata o papel da arte no mundo feudal. Essas características foram alteradas: a) A partir da Reforma Religiosa, que quebrou o poder universal da Igreja Católica, permitindo a liberdade de expressão. b) Somente após a expansão marítima, quando os europeus estabeleceram contato com outros povos, ou seja, com diferentes realidades. c) No processo de transição feudo-capitalista, quando a ascensão de uma nova camada social possibilitou o desenvolvimento de uma nova cultura, individualista. d) Com a formação das Monarquias nacionais, na medida em que, apenas com o poder centralizado, se adotou uma nova visão de mundo. e) Devido às cruzadas, que possibilitaram uma nova dinâmica à economia e às cidades, além de terem permitido a chegada de obras artísticas de origem árabe. 4. As práticas de intervenção estatal na economia durante a Idade Moderna ficaram conhecidas como mercantilismo, caracterizado: a) Pelas teorias metalistas, responsáveis por práticas protecionistas, que promoveram grande rivalidade entre as nações europeias. b) Pelo controle exclusivo extenso, ou seja, metropolitano e, ao mesmo tempo, pela livre concorrência interna. c) Pela preocupação com o enriquecimento da burguesia em detrimento da nobreza feudal, garantindo a aliança de burgueses de vários territórios. d) Pela limitação das atividades das companhias privadas, dados os privilégios concedidos às empresas estatais e) Pelo monopólio metropolitano entre as colônias da América, que passou a estimular as disputas entre as empresas burguesas dos mercados. 5. (UERJ) O mundo conhecido pelos europeus no século XV abrangia apenas os territórios ao redor do Mediterrâneo. Foram as navegações dos séculos XV e XVI que revelaram ao Velho Mundo a existência de outros continentes e povos. Um dos objetivos dos europeus, ao entrarem em comunicação com esses povos, era a: a) busca de metais preciosos, para satisfazer a Europa em crise e transformações. b) procura de escravos, para atender à lavoura açucareira nos países ibéricos. c) ampliação de mercados consumidores, para desafogar o mercado saturado. d) expansão da fé cristã, para combater os infiéis convertidos ao protestantismo. 6. (FGV) O mercantilismo correspondeu a: a) um conjunto de práticas e ideias econômicas baseadas em princípios protecionistas. b) uma teoria econômica defensora das livres práticas comerciais entre os diversos países. c) um movimento do século XVII que defendia a mercantilização dos escravos africanos. d) uma doutrina econômica defensora da não intervenção do Estado na economia. e) uma política econômica, especificamente ibérica de defesa de seus interesses coloniais. 7. (Espcex 2013) “Se por um lado o mundo medieval se encerrou em meio à crise, por outro, com o início da expansão marítima e o declínio do feudalismo, afirmou-se uma nova tendência: o capitalismo comercial.” (VICENTINO, 2007) Sobre capitalismo comercial, tendência econômica adotada por alguns Estados Nacionais Europeus da Idade Moderna, pode-se afirmar que a) provocou o êxodo urbano, especialmente na Inglaterra. b) subordinou, definitivamente, a economia urbana aos interesses agrários. c) forçou o surgimento de legislação destinada a organizar e proteger o trabalhador rural. d) monopolizou, já no século XV, nas mãos de empresários, as atividades produtivas urbanas, fazendo desaparecer o artesanato, praticado em oficinas. e) evoluiu para uma crescente separação entre capital e trabalho, onde um grupo detém o meio de produção e outro não, desencadeando futuramente a consolidação do capitalismo. Pré Vestibular Alliança História Geral Prof.: Clarissa Pires Tema: Formação do Estado Moderno LISTA DE EXERCÍCIOS 1. (Fuvest) "Após ter conseguido retirar da nobreza o poder político que ela detinha enquanto ordem, os soberanos a atraíram para a corte e lhe atribuíram funções políticas e diplomáticas". Esta frase, extraída da obra de Max Weber, "POLÍTICA COMO VOCAÇÃO", refere-se ao processo que, no Ocidente: a) destruiu a dominação social da nobreza, na passagem da Idade Moderna para a Contemporânea. b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na passagem da Antiguidade para a Idade Média. c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na passagem da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média. d) conservou o privilégios políticos da nobreza, na passagem do Antigo Regime para a Restauração. e) permitiu ao Estado dominar politicamente a nobreza e todos os demais extratos sociais, na passagem da Idade Média para a Moderna. 2. (Udesc) Em relação à Formação dos Estados Nacionais Modernos, é correto afirmar que: a) O absolutismo e o poder centralizado no monarca foram as bases iniciais para a formação do Estado Nacional Moderno. b) Os Estados se formam sob bases democráticas e não sob as absolutistas. c) O poder descentralizado foi uma das marcas da Instituição Estado Nacional Moderno. d) A forte mobilidade social fez com que os burgueses produzissem a Instituição do Estado Nacional Moderno. e) Os burgueses controlavam o exército e cobravam impostos do povo para as cortes. 3. (Unicamp ) “Da Idade Média aos tempos modernos, os reis eram considerados personagens sagrados. Os reis da França e da Inglaterra "tocavam as escrófulas", significando que eles pretendiam, somente com o contato de suas mãos, curar os doentes afetados por essa moléstia. Ora, para compreender o que foram as monarquias de outrora, não basta analisar a organização administrativa, judiciária e financeira que essas monarquias impuseram a seus súditos, nem extrair dos grandes teóricos os conceitos de absolutismo ou direito divino. É necessário penetrar as crenças que floresceram em torno das casas principescas.” (Adaptado de Marc Bloch. "Os reis taumaturgos". São Paulo: Companhia das Letras. 1993, p. 43-44.) a) De acordo com o texto, como se pode compreender melhor as monarquias da Idade Média e da Idade Moderna? b) O que significa "direito divino dos reis"? c) Caracterize a política econômica das monarquias européias entre os séculos XVI e XVIII. 4. (Fuvest) Segundo Marx e Engels, há períodos históricos em que as classes sociais em luta se encontram em tal equilíbrio de força que o poder político adquire um acentuado grau de independência em relação a elas. Foi o que aconteceu com a) a Monarquia absolutista, em equilíbrio entre nobreza e burguesia. b) a Monarquia feudal, em equilíbrio entre guerreiros e camponeses. c) o Império romano, em equilíbrio entre patrícios e plebeus. d) o Estado soviético, em equilíbrio entre capitalistas e proletários. e) o Estado germânico, em equilíbrio entre sacerdotes e pastores. 5. (Enem) Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta real. b) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa o público e sem a vestimenta real, o privado. c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um rei despretencioso e distante do poder político. d) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de outros membros da corte. e) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político adornado esconde os defeitos do corpo pessoal. 6. (Mackenzie) O absolutismo e a política mercantilista eram duas partes de um sistema mais amplo, denominado de Antigo Regime. O termo foi adotado para designar o sistema cujos elementos básicos eram, além do absolutismo e do mercantilismo, a sociedade estamental e o sistema colonial. Assinale a alternativa que expressa, corretamente, uma prática dos Estados Absolutistas. a) Liberdade religiosa b) Centralização político-administrativa c) Enfraquecimento do poder real d) Abolição total dos privilégios da nobreza e) Política econômica liberal 7. (FGV) “Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas (...).” MAQUIAVEL, N., O Príncipe. 2ª ed., Trad., Mira-Sintra — Mem Martins, Ed. Europa-América, 1976, p. 89. A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto afirmar: a) Mantinha uma nítida vinculação entre a política e os princípios morais do cristianismo. b) Apresentava uma clara defesa da representação popular e dos ideais democráticos. c) Servia de base para a ofensiva da Igreja em confronto com os poderes civis na Itália. d) Sustentava que o objetivo de um governante era a conquista e a manutenção do poder. e) Censurava qualquer tipo de ação violenta por parte dos governantes contra seus súditos. GABARITO – Crise do Feudalismo: 1. 2. 3. 4. 5. 6. E A E A A C GABARITO - Mercantilismo: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. D B C E A A E GABARITO – Formação do Estado Moderno: 1. E 2. A 3. a) Nas idades Média e Moderna, a intensa religiosidade dos europeus permitia aos reis se apresentarem como possuidores de dons divinos, o que reforçava sua autoridade junto aos súditos. b) A teoria do "Direito Divino" dos reis foi elaborada por Jacques Bossuet em seu livro "A Política Segundo as Sagradas Escrituras", estabelecendo que o rei deve ter poderes absolutos porque é escolhido por Deus, representante Dele entre os homens e, portanto, somente a Ele deve prestar contas dos seu atos. c) Trata-se do mercantilismo, política econômica das Monarquias Nacionais, visando o enriquecimento do Estado através das atividades comerciais, e por conseguinte, o fortalecimento do poder real. Caracterizava-se pelo metalismo (acumulação de metais preciosos), pelo estímulo à balança comercial favorável, pelo protecionismo alfandegário, pelo intervencionismo e pela exploração de colônias. 4. A 5. E 6. B 7. D