A/490020 JOAQUIM DE ASSUNÇÃO FERREIRA Estatuto Jurídico dos Judeus e Mouros na Idade Média Portuguesa (Luzes e Sombras, na convivência entre as três religiões) UNIVERSIDADE CATÓLICA EDITORA LISBOA 2006 ÍNDICE GERAL O AUTOR 8 APRESENTAÇÃO 9 PREFÁCIO 11 PRÓLOGO 17 ABREVIATURAS E SIGLAS 23 Capítulo I. ANTECEDENTES DA ALTA IDADE MÉDIA 27 1. Quantificação aproximada 29 1. 2. 3. 4. 29 31 35 37 Importância dos números para o plano jurídico Estudo comparativo com o restante território peninsular Precariedade dos dados e critérios seguidos Aljamas portuguesas referenciadas 2. Características e fisionomia histórica 1. Semântica e conceitos 2. Cultura de judeus e mouros A) Generalidades B) Cultura dos judeus portugueses C) Religião e sociedade de judeus e mouros a) Aljamas árabes b) A estrutura familiar e cidadania entre os muçulmanos c) Comunas e judiarias do povo judeu 3. Economia de judeus e mouros 41 41 44 44 45 50 50 50 53 56 424 3. Normativa jurídica secular e eclesiástica sobre os judeus e mouros nos antecedentes da Alta Idade Média: Império Romano 58 1. Manutenção de um estatuto privilegiado A) Imunidades do clero judeu 64 B) Protecção de pessoas judias 65 C) Protecção das sinagogas 66 D) Respeito pelas festas judias 66 E) O privilégio da jurisdição 67 F) Legislação sobre economia 67 2) A proibição do proselitismo 68 A) Conversões ao judaísmo 68 B) Protecção dos escravos cristãos 69 C) Protecção dos judeus convertidos 70 3) Medidas hostis 70 A) Primeiras medidas 71 B) Legislação de Teodósio II 71 C) Conversões fingidas 71 Capítulo II. OS JUDEUS E OS MOUROS NAS FONTES DO DIREITO CANÓNICO MEDIEVAL 73 1. Na Igreja suevo-visigótica 1) Natureza e causas determinantes das invasões germânicas 2) Fontes do direito visigótico 3) Legislação judia dos reis visigóticos 4) Do Foro Juzgo A) Proibição de religião B) Limitação dos direitos civis C) Autoridade responsável pelo cumprimento das leis D) Penas para os transgressores 75 78 79 80 96 98 99 100 100 2. No período do domínio muçulmano e da Reconquista Cristã 1. No período do domínio muçulmano A) Cronologia da dominação muçulmana B) O Califato de Córdova 102 102 102 104 425 C) O poder dos Almorávidas e Almóadas e o reino de Taifas D) Componentes da população E) Estatuto jurídico dos judeus e cristãos (moçárabes) nos territórios de domínio muçulmano a) Comunidades moçárabes b) Comunidades judias 2. Na Reconquista Cristã A) Definição e razões da Reconquista B) Efeitos da Reconquista sobre as comunidades judias e mouras em território português a) Muçulmanos b)Judeus C) Legislação do Concílio de Coiança (1055) D) Legado cultural mais significativo de judeus e mouros nos primeiros tempos da Reconquista a) Personalidades da raça árabe: Avicena e Averróis b) Personalidades da raça judaicz-. Ibn Gabirol, Ibn Paquda, Judah-Ha-Levi e Maimónides 3. Nos concílios gerais e no Corpus Iuris Canonici 1. Nos concílios gerais da Baixa Idade Média A) 2.- concílio ecuménico de Niceia (787) B) 2.B Concílio de Latrão (1139) C) 3-a Concílio de Latrão (1179) D) 4.s Concílio de Latrão (1215) 2. Nas Colecções do Corpus Iuris Canonici A) Decreto de Graciano B) Decretais de Gregário IX "' C) Clementinas D) Extravagantes de João XXII (1319-25) E) Extravagantes Comuns (1500) Capítulo m . OS JUDEUS E OS MOUROS NA DOUTRINA ROMANO-CANÓNICA DA BAIXA IDADE MÉDIA 1. Noção de "ius commune" e sua difusão/recepção em Portugal 1. Noção de direito comum 105 107 108 109 110 112 112 117 118 120 123 128 128 131 135 135 137 138 138 144 151 153 157 162 163 163 165 167 167 426 2. Conteúdo e formação do direito comum 3. A importância do direito canónico no marco do direito comum 4. O direito comum como direito subsidiário em Portugal 5. Difusão do direito comum em Portugal 6. Recepção do direito comum em Portugal 169 171 172 175 180 2. Os judeus nos textos normativos de inspiração romano-canónica 1. No livro Flores de Dereyto de Jacobo de Las Leyes 2. No Foro Real 3. Nas Sete Partidas de Afonso X 183 183 184 190 3. Os judeus e os mouros na óptica dos canonistas portugueses 1. Vicente Hispano 2. João de Deus 3. Martin Pérez 208 210 213 216 Capítulo IV. JUDEUS E MOUROS NA LEGISLAÇÃO SECULAR PORTUGUESA DA BAIXA IDADE MÉDIA 237 1. Judeus e mouros nas relações Portugal/Santa Sé A) D. Afonso Henriques (1143-85) B) D. Sancho I (1185-1211) C) D. Afonso II (1211-1223) D) D. Sancho II (1223-45) E) D. Afonso III (1245-79) F) D. Dinis (1279-1325) G) D. Afonso IV (1325-57) H) D. Pedro I (1357-67) , I) D. Fernando (1367-83) J) D.João I(1383-1433) K) D. Duarte (1433-38) L) D. Afonso V (1438-81) M) D. João II (1481-95) N) D. Manuel I (1495-1521) 240 241 242 242 244 246 247 250 251 251 252 254 254 255 255 427 2. Os monumentos legislativos nacionais da Baixa Idade Média perante os judeus e mouros 1. Elaboração das Ordenações Afonsinas 2. Importância da obra 3. Sistematização e conteúdo 4. Fontes utilizadas 5. O estatuto dos judeus e mouros nas Ordenações Afonsinas A) Autonomia jurídica das comunas de judeus a) As comunas de judeus b) Jurisdição c) Recursos d) Autoridades competentes B) Garantias da liberdade dos judeus e outros direitos perante os cristãos a) Liberdade de religião b) Dispensa de responder em juízo no dia de sábado c) Direito a ser julgado antes de ser condenado d) Validade das testemunhas judias e) Direito do judeu exigir o pagamento de dívidas ao cristão 0 Direito do judeu converso à herança do pai e da mãe C) Regime fiscal a) O pagamento do serviço real b) Os judeus não gozam de isenções tributárias c) Isenção de certos encargos D) Leis de apartamento entre a maioria cristã e a minoria judaica a) A lei das judiarias b) Penas para os transgressores da lei das judiarias c) Uso de sinais distintivos de cor vermelha d) Proibição de entrada em casa de cristãos e vice-versa e) As tabernas dos judeus f) Proibição de posse de escravos cristãos g) Da carta de quitação no prazo de um ano E) Proibição de cargos públicos a) Que os judeus não sejam oficiais de el-rei nem de infantes 255 257 258 258 259 259 260 260 261 262 263 264 264 265 265 266 267 268 269 269 . 271 272 272 272 273 275 276 276 278 278 279 280 428 b) Que os judeus não arrendem igrejas nem mosteiros nem suas rendas F) Usura e outros contratos a) Que o judeu não faça contrato onzeneiro b) De como hão-de fazer-se os contratos entre cristãos e judeus c) De como os tabeliães hão-de fazer as suas escrituras d) De como hão-de fazer-se os pagamentos e as entregas e) Das obrigações entre cristão e judeu G) Outras limitações aos direitos dos judeus a) Proibição de levar armas b) Do judeu que se torna cristão e depois volta ao judaísmo c) Do judeu que danifica uma igreja d) Que os judeus não gozem do privilégio da avoenga H) Legislação secular relativa aos mouros a) Administração da justiça b) Apartamento em aljamas c) Garantias de liberdade e privilégios d) Limitação nos seus direitos em relação à maioria e) Leis específicas para os mouros 3. Judeus e mouros na legislação particular 1. Noção, características e tipos de forais A) Noção B) Características de um foral C) Tipos de foral 2. Os mouros nos diversos tipos de foral A) O foral dos mouros forros de 1179 B) Os foros extensos de Ribacôa C) O modelo de Ávila D) O modelo de Coimbra de 1111 E) Outros tipos 3. Estatuto dos judeus em diversos forais A) Os judeus nos forais de D. Afonso III B) Nos foros extensos de Ribacôa: Castelo Rodrigo, Castelo Bom, Alfaiates e Castelo Melhor C) Nos Costumes de Beja (séc. XIII) 280 281 281 283 284 285 286 287 287 288 289 289 290 290 291 291 292 292 293 293 293 296 297 298 298 300 301 302 303 304 304 305 306 429 Capítulo V. OS JUDEUS E OS MOUROS NO DIREITO CANÓNICO PORTUGUÊS DA BAIXA IDADE MÉDIA 309 1. Nos Concílios provinciais e sínodos diocesanos 1. Nos concílios provinciais A) Geografia eclesiástica da Península Ibérica medieval B) O Concílio de Zamora de 1313 C) Concílio de Salamanca de 1335 D) O Concílio de Salamanca de 1375-77 2. Nos sínodos diocesanos A) Quantificação de sínodos portugueses B) Sínodos ibéricos afins C) Os judeus e mouros nos sínodos portugueses: Lisboa, Braga e Guarda 311 311 313 316 320 321 322 322 322 2. Literatura controversista 1. Algumas obras ibéricas paradigmáticas 2. Tratado teológico português do séc. XIV 3. Controversistas portugueses: Álvaro Pais, Frei Paio e João Alcobacense 333 333 351 324 353 3. Da Expulsão (1496) à Inquisição (1536) 360 1. A expulsão de 1496 360 A) Causas externas derivadas da expulsão em Espanha de 1496 360 a) Antecedentes da expulsão 360 b) Teor do decreto de 1492 362 B) Causas internas portuguesas para a expulsão em 1496 365 a) O contexto do decreto de 1496 365 b) O teor do decreto de 1496 366 c) Causas remotas internas para a expulsão 367 C) Balanço controverso da expulsão 369 a) Instauração da Inquisição em Portugal (1536) 372 D) Causas e origens da Inquisição 372 a) Breve nota histórica da Inquisição 373 b) Causas próximas da Inquisição espanhola (1478) 374 c) O processo da sua criação em Portugal 380 d) Delitos da sua competência: o Monitório do Inquisidor 384 E) Visão teológica da Inquisição portuguesa no Tratado dos Doutores de Teologia de Coimbra e Évora sobre a nação hebreia em Portugal a) Autores do tratado b) Objectivos c) Doutrina canónica 387 390 393 394 RECAPITULAÇÃO 397 BIBLIOGRAFIA 405 ÍNDICE GERAL 423