PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PDITS–BH Belo Horizonte Setembro de 2012 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Presidenta: Dilma Vana Rousseff Vice-presidente: Michel Miguel Elias Temer MINISTÉRIO DO TURISMO Ministro: Gastão Dias Vieira SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO Secretário: Fábio Rios Mota DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO Diretor: Carlos Henrique Menezes Sobral COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS II Viviane de Faria – Coordenadora Ana Carla Fernandes Moura – Técnica Nível Superior Marina Neiva Dias – Técnica Nível Superior Miranice Lima Santos – Técnica Nível Superior − − II MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE Prefeito: Márcio Araújo de Lacerda Vice-prefeito: Roberto Vieira de Carvalho SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO Secretário: Marcello de Lima Santiago Faulhaber Campos EMPRESA MUNICIPAL DE TURISMO DE BELO HORIZONTE – BELOTUR Presidente: Mauro Guimarães Werkema Diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios: Gelton Pinto Coelho Filho Diretora de Marketing: Danielle Morreale Diniz Diretora de Promoção Turística: Stella Maris de Moura Kleinrath Diretor Administrativo e Financeiro: Marco Aurélio Penzim Chefe da Assessoria Jurídica: Laura Menezes Rodrigues Chefe da Assessoria de Gestão: Eduardo Henrique de Paula Cruvinel Assessora: Juliana Barcellos Ribeiro SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO Eduardo Henrique de Paula Cruvinel – Bacharel em Turismo COORDENAÇÃO TÉCNICA Juliana Barcellos Ribeiro – Bacharel em Turismo ASSESSORIA TÉCNICA Ana Cláudia Rodrigues – Bacharel em Turismo Flávia Werneck Pelegrino – Bacharel em Turismo Gláucia Valéria da Cruz Silva – Bacharel em Turismo Guilherme D‘Avila Dias de Mello – Bacharel em Turismo Iremar Regina Vieira – Bacharel em Turismo Nathalie Danif Moreira de Faria – Bacharel em Turismo Rogéria Nunes de Almeida Costa – Gestão Empresarial − − III FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO Presidente: Marilena Chaves CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS PAULO CAMILLO DE OLIVEIRA PENNA Diretora: Juliana Rodrigues de Paula Chiari EQUIPE TÉCNICA COORDENAÇÃO Vera Lucia Voll ELABORAÇÃO Cláudio Burian Wanderlei – Economista Daniel Correa – Geógrafo Fernanda Roscoe Caetano de Abreu – Geógrafa Glauco José de Matos Umbelino – Geógrafo Ivanete Simões Vargas – Administradora José Euclides Alhadas Cavalcanti – Economista Luciana Lima – Administradora Maria de Fátima Cunha – Administradora Maria Izabel Marques – Arquiteta Mauro Knüper Coutinho – Turismólogo Nelson A. Quadros Vieira Filho – Economista Renata K. Coutinho – Turismóloga Roberto Chafik Abu Kámel – Urbanista Rossana Nara de Castro Viglioni Nogues – Turismóloga Vera Lucia Voll – Socióloga COLABORAÇÃO Agda Mendonça Luiz Carlos Freitas Pereira Helena Schirm Sálvio Ferreira de Lemos APOIO ADMINISTRATIVO Gislene Andrade Lília Kely Santos − − IV Fundação João Pinheiro. Centro de Estudos de Políticas Públicas Empresa de Turismo de Belo Horizonte – BELOTUR Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de Belo Horizonte Minas Gerais / Fundação João Pinheiro. Centro de Estudos de Políticas Públicas Paulo Camillo de Oliveira Penna – Belo Horizonte, 2010. Volume I e II Relatório técnico: 742 páginas il. Volume III Apêndices: 297 páginas 1. Turismo 2. Planejamento do turismo – 3. Belo Horizonte – Minas Gerais CDU − − V PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PDITS–BH Belo Horizonte setembro de 2012 − − VI FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO Alameda das Acácias, 70 Bairro São Luiz - Belo Horizonte – MG CEP 31.275.150 Telefone: (31) 3448.9400 Fax: (31)3448.9588 E-mail: [email protected] Site: http://www.fjp.gov.br − − VII SUMÁRIO EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................... IV Listas de tabelas, gráficos, quadros, figuras e mapas .................................................................... XI Lista de tabelas .................................................................................................................................. XI Lista de quadros.............................................................................................................................XXIII Lista de gráficos ............................................................................................................................. XXX Lista de figuras ............................................................................................................................ XXXIV Lista de mapas ............................................................................................................................. XXXV APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 1 1. FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS DO PDITS-BH ............................................... 4 1.1. Introdução .................................................................................................................................... 4 1.2. Objetivos do PDITS-BH ............................................................................................................... 6 1.2.1. Objetivo geral .......................................................................................................................... 6 1.2.2. Objetivos específicos .............................................................................................................. 6 1.3. Projeções e metas para os objetivos finalísticos .................................................................... 7 1.3.1. Cenários .................................................................................................................................. 7 1.3.2. Projeções para as variáveis dos objetivos finalísticos nos três cenários ............................... 8 1.3.3. As metas para os objetivos finalísticos ................................................................................. 23 2. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA ÁREA E DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS ............................................................................................................................. 24 2.1. Análise do mercado turístico - oferta ...................................................................................... 24 2.1.1. A hierarquização dos atrativos turísticos .............................................................................. 25 2.1.2. Análise dos atrativos turísticos ............................................................................................. 27 2.1.3. Análise dos serviços e equipamentos turísticos ................................................................... 67 2.1.4. Capacitação de gestores e profissionais dos serviços e equipamentos turísticos ............. 155 2.2. ANÁLISE DA DEMANDA TURÍSTICA DE BELO HORIZONTE ............................................. 255 2.2.1. Análise da demanda turística atual ..................................................................................... 255 2.2.2. Análise da demanda turística potencial de Belo Horizonte ................................................ 285 2.2.3. Conclusões ......................................................................................................................... 326 2.3. ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA BÁSICA E DOS SERVIÇOS GERAIS DA ÁREA TURÍSTICA ............................................................................................................................ 337 2.3.1. Rede viária .......................................................................................................................... 337 2.3.2. Sistema de saneamento público ......................................................................................... 348 2.3.3. Sistema de comunicação .................................................................................................... 366 2.3.4. Iluminação pública .............................................................................................................. 367 2.3.5. Serviços de saúde ............................................................................................................... 369 2.3.6. Segurança ........................................................................................................................... 375 2.3.7. Considerações finais ........................................................................................................... 379 2.4. ANÁLISE DO QUADRO INSTITUCIONAL DA ÁREA TURÍSTICA......................................... 381 2.4.1. Órgãos e instituições que atuam na gestão do turismo na área turística ........................... 381 2.4.2. Impactos e limitações das políticas públicas e da gestão pública ...................................... 394 2.4.3. Organização e coordenação do processo de planejamento turístico ................................. 394 2.4.4. Legislação urbanística, ambiental e turística ...................................................................... 400 2.4.5. Quadro dos incentivos para o investimento privado turístico ............................................. 408 2.5. ANÁLISE DOS ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS NA ÁREA TURÍSTICA ............................ 412 2.5.1. Contextualização histórica .................................................................................................. 412 − − VIII 2.5.2. Meio físico e meio biótico .................................................................................................... 415 2.5.3. Dinâmica populacional ........................................................................................................ 420 2.5.4. Estrutura produtiva .............................................................................................................. 425 2.5.5. Políticas urbanas ................................................................................................................. 432 2.5.6. Políticas sociais ................................................................................................................... 438 2.5.7. Cultura ................................................................................................................................. 443 2.5.8. Patrimônio histórico e cultural ............................................................................................. 445 2.5.9. Educação ............................................................................................................................ 447 2.5.10. Identificação e avaliação dos impactos ambientais causados por atividades turísticas .... 453 2.5.11. Gestão ambiental pública.................................................................................................... 474 2.5.12. Gestão ambiental nas empresas privadas.......................................................................... 489 2.5.13. Instrumentos de planejamento e controle territorial ............................................................ 489 2.5.14. Grau de participação e inclusão de diferentes grupos de interesse no desenvolvimento turístico da área .............................................................................................................................. 501 2.6. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO ......................................................... 504 2.6.1. Análise dos produtos turísticos em relação aos mercados-meta ....................................... 504 2.6.2. Identificação de áreas críticas de intervenção e dos atores locais que precisam ser mobilizados ..................................................................................................................................... 510 2.6.3. Posição atual da área no mercado turístico versus posicionamento potencial .................. 523 2.6.4. Estruturação da Matriz SWOT ............................................................................................ 532 3. VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ........................................ 539 3.1. Importância dos atrativos ou recursos turísticos ................................................................ 539 3.2. Acessibilidade e conectividade ............................................................................................. 541 3.3. Nível de uso atual ou potencial .............................................................................................. 546 3.4. Condições físicas e serviços básicos ................................................................................... 550 3.5. Quadro institucional e aspectos legais ................................................................................. 551 3.6. Validação da seleção da área turística .................................................................................. 551 4. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO .................................. 554 4.1. Produto turístico ...................................................................................................................... 554 4.2. Comercialização ...................................................................................................................... 557 4.3. Infraestrutura e serviços básicos .......................................................................................... 558 4.4. Fortalecimento institucional ................................................................................................... 559 4.5. Gestão socioambiental ........................................................................................................... 560 5. PLANO DE AÇÃO: SELEÇÃO DE PROCEDIMENTOS, AÇÕES E PROJETOS ........................................................................................................................... 562 5.1. Visão geral e ações previstas ................................................................................................ 562 5.1.1. Produto Turístico ................................................................................................................. 562 5.1.2. Comercialização .................................................................................................................. 571 5.1.3. Infraestrutura e serviços básicos ........................................................................................ 573 5.1.4. Fortalecimento institucional ................................................................................................ 579 5.1.5. Gestão socioambiental........................................................................................................ 586 5.2. Dimensionamento do investimento total .............................................................................. 591 5.3. Seleção e priorização das ações ........................................................................................... 594 − − IX 5.4. Descrição das ações a serem realizadas durante os dezoito primeiros meses de financiamento do Prodetur Nacional ................................................................................. 596 5.5. Avaliação dos impactos socioambientais ............................................................................ 613 5.6. Programa de Gestão Ambiental – PDITS-BH ........................................................................ 629 5.6.1. Produto Turístico ................................................................................................................. 630 5.6.2. Comercialização .................................................................................................................. 638 5.6.3. Infraestrutura e serviços básicos ........................................................................................ 638 5.6.4. Fortalecimento institucional ................................................................................................ 643 5.6.5. Gestão socioambiental........................................................................................................ 647 6. FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ....................................... 650 6.1. Monitoramento do plano e da evolução do turismo na área .............................................. 650 6.2. Indicadores para o monitoramento da evolução do turismo na área ................................ 651 6.3. Avaliação de resultados ......................................................................................................... 652 6.4. Revisão do Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável em Belo Horizonte ...... 654 7. PARTICIPAÇÃO PÚBLICA E VALIDAÇÃO DO PDITS-BH ............................. 655 7.1. Ata, lista de presença e imagens da Primeira Oficina de Participação do PDITS-BH...... 662 7.2. Ata, lista de presença e imagens da Segunda Oficina de Participação do PDITS-BH ..... 672 7.3. Ata, lista de presença e imagens da Terceira Oficina de Participação do PDITS-BH ...... 680 7.4. Ata, lista de presença e imagens da Audiência Pública do do PDITS-BH ........................ 690 8. CONCLUSÃO .................................................................................................... 697 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 698 − − X Listas de tabelas, gráficos, quadros, figuras e mapas Lista de tabelas TABELA 1.1 NÚMERO ESTIMADO DE TURISTAS EM BELO HORIZONTE, POR ANO, NO PERÍODO 2010–2020 ...... 10 TABELA 1.2 OFERTA ESTIMADA DE MEIOS DE HOSPEDAGEM E DE UNIDADES HABITACIONAIS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 .......................................................................................................... 12 TABELA 1.3 OFERTA ESTIMADA DE LEITOS DE SOLTEIRO E DE CASAL EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010– 2020 .............................................................................................................................................................. 13 TABELA 1.4 TAXA DE OCUPAÇÃO ESTIMADA DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM DE BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 .................................................................................................................................................... 14 ELABORAÇÃO: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (FJP) ................................................................................................. 14 TABELA 1.5 QUANTIDADE DEMANDADA ESTIMADA DE UNIDADES HABITACIONAIS (UHS) EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 .............................................................................................................................. 15 TABELA 1.6 DEMANDA POR LEITOS DE SOLTEIRO E DE CASAL EM EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM DE BELO HORIZONTE – 2010–2020 ............................................................................................................................. 16 TABELA 1.7 ESTIMATIVA DA RECEITA GERADA PELAS ATIVIDADES TURÍSTICAS E PARCIALMENTE TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 ................................................................................................. 18 TABELA 1.8 ARRECADAÇÃO EFETIVA E ARRECADAÇÃO PREVISTA DE ISSQN DE ATIVIDADES TURÍSTICAS E PARCIALMENTE TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2008–2020 (EM REAIS) .......................... 19 TABELA 1.9 RENDA DERIVADA PELA RECEITA TURÍSTICA EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 ........ 20 TABELA 1.10 EMPREGADOS E ESTABELECIMENTOS EFETIVOS E PREVISTOS DE SETORES TURÍSTICOS E PARCIALMENTE TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2006–2020 ............................................ 21 TABELA 1.11 SÍNTESE DE OBJETIVOS FINALÍSTICOS E METAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO DO PDITS-BH NO PERÍODO 2010–2020 .............................................................................................................................. 23 TABELA 2.1 TIPO E NÚMERO DE ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS DE BELO HORIZONTE – 2010 ... 25 TABELA 2.2. SITUAÇÃO DE PROTEÇÃO DOS ATRATIVOS CULTURAIS POR SUBTIPO, COM ÂMBITO DE TOMBAMENTO – BELO HORIZONTE –2010 .................................................................................................. 30 TABELA 2.3. EXISTÊNCIA DE SINALIZAÇÃO, POR TIPO E AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO NOS ATRATIVOS CULTURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................................ 31 TABELA 2.4. SITUAÇÃO DE ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NOS ATRATIVOS CULTURAIS DE BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................................................. 33 TABELA 2.5. NÚMERO MÉDIO DE VISITANTES POR ANO INFORMADO NOS ATRATIVOS CULTURAIS PESQUISADOS EM MILHARES DE PESSOAS – BELO HORIZONTE – 2007 A 2009 .......................................... 36 TABELA 2.6. AVALIAÇÃO DO ACESSO AOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE – 2010 ................... 56 TABELA 2.7. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE GERAL DO EVENTO E DA ACESSIBILIDADE A PESSOAS PORTADORAS DE NECESSIDADES ESPECIAIS – BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................ 57 TABELA 2.8. AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO NOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE – 2010 ........... 58 TABELA 2.1.9. ÁREA EM METROS QUADRADOS DOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE – 20072010. 62 TABELA 2.10 NÚMERO DE EXPOSITORES DOS EVENTOS PERMANENTES ENTRE 2007 E 2009 – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 62 TABELA 2.11. PRÁTICAS AMBIENTAIS REALIZADAS PELOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE – 2010 63 TABELA 2.12. PRINCIPAL MERCADO EMISSOR DOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE – 2010 .. 64 TABELA 2.13. INFORMAÇÕES SOBRE NÚMERO DE UHS E ACESSIBILIDADES ESPECIAIS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 70 TABELA 2.14. FACILIDADES OFERECIDAS NAS UNIDADES HABITACIONAIS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM PERCENTAGEM – BELO HORIZONTE– 2010 .............................................................. 71 TABELA 2.15. FACILIDADES OFERECIDAS NAS ÁREAS COMUNS E DE LAZER DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM PERCENTAGEM – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................ 72 TABELA 2.16. FREQUÊNCIA DOS ESPAÇOS PARA EVENTOS EXISTENTES NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010................................................................................................... 73 TABELA 2.17. TAXA MÉDIA DE OCUPAÇÃO ANUAL EM DIAS ÚTEIS E EM FINS DE SEMANA DOS SERVIÇOS E MEIOS DE HOSPEDAGEM, POR SUBTIPO DE HOSPEDAGEM, EM PERCENTAGEM – BELO HORIZONTE - 2009 E PRIMEIRO SEMESTRE DE 2010 ................................................................................................................... 73 TABELA 2.18. FAIXAS DE PERMANÊNCIA MÉDIA DE DIAS DE HÓSPEDES E VALOR MÉDIO DE DIÁRIA NA ALTA E BAIXA TEMPORADA NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010 ... 75 − − XI TABELA 2.19. FATURAMENTO ANUAL DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 76 TABELA 2.20. MARGEM DE LUCRO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE –2010 76 TABELA 2.21. INVESTIMENTOS REALIZADOS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2007-2010 .............................................................................................................................. 78 TABELA 2.22. PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES DE TURISTAS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM NA PERCEPÇÃO DE SEUS GESTORES – BELO HORIZONTE – 2010 ......................................... 79 TABELA 2.23. SEGMENTO ALVO PRINCIPAL DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM SUAS AÇÕES DE DIVULGAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................................... 79 TABELA 2.24. PERCENTUAL DE RESERVAS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, POR AGÊNCIAS DE VIAGENS – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................... 80 TABELA 2.25. CIDADES ONDE ESTÃO OS AGENTES DE DIVULGAÇÃO EXTERNO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 81 TABELA 2.26. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA – BELO HORIZONTE – 2010 .............................................. 84 TABELA 2.1.27. NATUREZA DA PROPRIEDADE DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA E SUA INSERÇÃO EM REDES OU CADEIAS – BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................... 84 TABELA 2.28. AVALIAÇÃO DOS GESTORES SOBRE A QUALIDADE DOS SERVIÇOS E A ACESSIBILIDADE PARA PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA, POR TIPO – BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................. 85 TABELA 2.29. DISPONIBILIDADE DE ESPAÇOS PARA EVENTOS E PARA ESTACIONAMENTO, POR TIPO DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................ 85 TABELA 2.30. TIPO DE SERVIÇO PRINCIPAL DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 86 TABELA 2.31. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA QUE COMERCIALIZAM POR MEIO DE AGÊNCIAS DE VIAGENS E PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO DESSE CANAL DE COMERCIALIZAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 91 TABELA 2.32. ROTEIROS OFERECIDOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 94 TABELA 2.33. PARTICIPAÇÃO RELATIVA DO TURISMO RECEPTIVO NO TOTAL DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................. 95 TABELA 2.34. PRINCIPAL ROTEIRO COMERCIALIZADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 95 TABELA 2.35. SEGUNDO PRINCIPAL ROTEIRO COMERCIALIZADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 95 TABELA 2.36. TERCEIRO PRINCIPAL ROTEIRO COMERCIALIZADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 96 TABELA 2.37. TURISTAS ATENDIDOS POR SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 96 TABELA 2.38. ORIGEM DOS CLIENTES DO SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO, POR PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................... 98 TABELA 2.39. DISTRIBUIÇÃO DOS INVESTIMENTOS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO POR SETOR E VALOR – BELO HORIZONTE – 2010 (EM PERCENTUAL) .......................................................... 99 TABELA 2.40.PRÁTICAS AMBIENTAIS REALIZADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO DE BELO HORIZONTE/MG PESQUISADOS - 2010 ............................................................................................. 100 TABELA 2.41. PRINCIPAL MERCADO EMISSOR DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 100 TABELA 2.1.42. MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................. 101 TABELA 2.43 PARCERIAS FORMAIS ENTRE ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS COM OS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................ 101 TABELA 2.44. PARTICIPAÇÃO RELATIVA DOS SETORES EMISSIVO E RECEPTIVO NAS VENDAS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 105 TABELA 2.45. ÁREA DE ATUAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE – BELO HORIZONTE – 2010 105 TABELA 2.46. FROTA TOTAL DE VEÍCULOS E DE ASSENTOS OFERTADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................. 106 TABELA 2.47. MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 110 − − XII TABELA 2.48. MEIOS DE COMERCIALIZAÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE – BELO HORIZONTE –2010 ................................................................................................... 110 TABELA 2.49. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE CAPACIDADE DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................ 116 TABELA 2.50 AVALIAÇÃO DO ACESSO AOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE – 2010. ............................................................................................. 139 TABELA 2.51 AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO URBANA, TURÍSTICA E INTERPRETATIVOA POR PARTE DOS GESTORES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................................................................... 140 TABELA 2.52 VOLUME* DE RECURSOS INVESTIDOS ENTRE 2007 E 2010 PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................................. 144 TABELA 2.53 PRINCIPAIS NECESSIDADES PARA MELHORAR A QUALIDADE DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, NA PERCEPÇÃO DE SEUS GESTORES – 2010 ............... 144 TABELA 2.54 PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL ADOTADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................... 145 TABELA 2.55 MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................... 146 TABELA 2.1.56 MEIOS DE COMERCIALIZAÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................... 146 TABELA 2.57 SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, QUE MANTÊM PARCERIAS COM OUTROS ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS – 2010 ............................................................. 147 TABELA 2.58 AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA DE BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 151 TABELA 2.59 NÚMERO TOTAL ANUAL DE VISITANTES NOS POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA DE BELO HORIZONTE – 2007, 2008 E 2009 ............................................................................................................... 153 TABELA 2.60 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS EMPRESÁRIOS/DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM DE BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................. 156 TABELA 2.61 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE EM CURSOS DE CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO ESPECÍFICOS –-2010 ......................................................... 157 TABELA 2.1.62 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, EM BELO HORIZONTE, QUANTO À PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU NEGÓCIO OU FUNÇÃO - 2010 ..................................................................................................................... 158 TABELA 2.63 OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE SOBRE TEMAS SELECIONADOS E A IMPORTÂNCIA PARA O SEU APRIMORAMENTO PROFISSIONAL– 2010.......... 159 TABELA 2.64 INDICAÇÃO DE CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO RELACIONADOS AO SEU NEGÓCIO OU FUNÇÃO QUE OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DECLARARAM QUE PRETENDEM FAZER - BELO HORIZONTE – 2010 ......................................................................................................................................................... 159 TABELA 2.65 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 160 TABELA 2.66 ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE POR NÚMERO DE EMPREGADOS 2010 ............................................................................................................................................................ 162 TABELA 2.67 ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE/MG, POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES - 2010 .......................................................................................................... 163 TABELA 2.68 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE - 2010 .......... 163 TABELA 2.69 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE/MG - 2010 .............................................................................................................................. 163 TABELA 2.70 AVALIAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL DOS ESTABELECIMENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010 .. 164 TABELA 2.71 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 164 TABELA 2.72 FUNÇÕES COM MAIOR DIFICULDADE DE RECRUTAMENTO COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010 ......... 165 TABELA 2.73 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA SEGUNDO DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010 .......................... 166 TABELA 2.74 ESTRATÉGIAS PARA FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE PESSOAL ADOTADAS PELOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE– 2010 ......................................................................................... 166 − − XIII TABELA 2.75 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 167 TABELA 2.76 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS AS EMPRESAS DE HOSPEDAGEM ENFRENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA MANUTENÇÃO DO EMPREGADO – BELO HORIZONTE - 2010 .................................... 167 TABELA 2.77 RAZÕES DA ALTA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS NA OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................. 168 TABELA 2.78 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................................................ 168 TABELA 2.79 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE - 2010 .............................................................................................. 169 TABELA 2.80 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................. 169 TABELA 2.81 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010 .............................................................................................. 170 TABELA 2.1.82 OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE, SOBRE OS BENEFÍCIOS GERADOS PELAS ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL – 2010 . 170 TABELA 2.83 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS EMPRESÁRIOS/DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................................ 172 TABELA 2.84 CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO EM TEMAS ESPECÍFICOS DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE - 2010 ....................................................................................... 173 TABELA 2.85 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS GASTRONÔMICOS QUANTO A SUA PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU NEGOCIO/FUNÇÃO - BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 174 TABELA 2.86 INDICAÇÃO DE CURSO DE APERFEIÇOAMENTO RELACIONADOS A NEGÓCIO OU FUNÇÃO QUE OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DECLARARAM QUE PRETENDEM FAZER - BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................................................................................................... 175 TABELA 2.87 PRINCIPAIS CARÊNCIAS/DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO/CAPACITAÇÃO PARA O NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS GASTRONÔMICOS EM BELO HORIZONTE – 2010. .................................................................................................................................... 176 TABELA 2.1.88 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010. .................................................................................................................................................................... 176 TABELA 2.89 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE, POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS – 2010 ................................................................................................................ 178 TABELA 2.90 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS GASTRONÔMICOS, POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES SEGUNDO INFORMAÇÃO DOS DIRIGENTES, BELO HORIZONTE - 2010 ................................... 179 TABELA 2.91 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS - BELO HORIZONTE - 2010 ...................................... 179 TABELA 2.92 AVALIAÇÃO QUANLITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS - BELO HORIZONTE - 2010 ...................................... 179 TABELA 2.93 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELAS EMPRESAS, SEGUNDO SEUS DIRIGENTES - BELO HORIZONTE – 2010. ......................................................................................................................... 180 TABELA 2.94 FUNÇÕES EM QUE É MAIS DIFÍCIL RECRUTAR EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OPINIÃO DOS GESTORES – BELO HORIZONTE - 2010 ................................................................ 180 TABELA 2.95 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OPINIÃO GESTORES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 181 TABELA 2.96 ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELOS EQUIPAMENTOS SELECIONADOS PARA FORMAÇÃO/CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................ 181 TABELA 2.97 FAIXA DE TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS ESTABELECIMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................................ 182 TABELA 2.1.98 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS OS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA DE BELO HORIZONTE ENFRENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA MANTER OS EMPREGADOS – 2010 ...................... 182 TABELA 2.99 RAZÕES DA ALTA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS NA OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA PESQUISADOS – BELO HORIZONTE - 2010 ....................................... 183 TABELA 2.100 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE GASTRONOMIA EM RELAÇÃO AO MERCADO DE BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................... 183 − − XIV TABELA 2.101 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE - 2010................................................................................................ 184 TABELA 2.102 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL SEGUNDO INFORMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS SELECIONADOS – BELO HORIZONTE - 2010 ......... 184 TABELA 2.103 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 185 TABELA 2.104 OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA SOBRE OS BENEFÍCIOS GERADOS PELAS ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL - BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................................................................................................... 185 TABELA 2.105 COMPOSIÇÃO DA AMOSTRA PESQUISADA DE ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO, BELO HORIZONTE - 2010............................................................... 188 TABELA 2.106 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS EMPRESÁRIOS E DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ......................................................................................... 188 TABELA 2.107 PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO ESPECIFICO, DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE - 2010.................................................. 189 TABELA 2.108 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO PESQUISADOS QUANTO À SUA PARTICIPAÇÃO FUTURA EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU NEGOCIO OU FUNÇÃO - BELO HORIZONTE – 2010. ............................................................................ 189 TABELA 2.109 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010. ..................... 190 TABELA 2.110 PRINCIPAIS CARÊNCIAS OU DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA O NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 191 TABELA 2.111 CLASSIFICAÇÃO, POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS, DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ......................................................................................... 192 TABELA 2.112 CLASSIFICAÇÃO POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES, DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE/MG –2010 ........................................................... 193 TABELA 2.113 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 .. 193 TABELA 2.114 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ................... 193 TABELA 2.115 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM DE BELO HORIZONTE – 2010. ................................................................................... 194 TABELA 2.116 FUNÇÕES COM MAIOR DIFICULDADE DE RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 194 TABELA 2.117 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010............................................................................................................................. 194 TABELA 2.118 ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELOS EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO PARA FORMAÇÃO OU CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS – BELO HORIZONTE –- 2010 ................................................................ 195 TABELA 2.1.119 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE/MG, EM 2010 .............................................................................. 195 TABELA 2.120 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS OS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE ENFRENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA A MANUTENÇÃO DO EMPREGADO - 2010 ........... 196 TABELA 2.121 RAZÕES DA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PARA OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................... 196 TABELA 2.122 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 196 TABELA 2.123 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENDAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ...................................... 197 TABELA 2.124 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL SEGUNDO OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ......................... 197 TABELA 2.125 PERCEPÇÃO DOS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS GERADOS PELAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................................................ 198 − − XV TABELA 2.1.126 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS GESTORES DOS EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM DECORRÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 198 TABELA 2.127 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DE TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS A PARTICIPAR EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU NEGÓCIO OU FUNÇÃO - BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 200 TABELA 2.128 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE – 2010. ........................................................................................................................................................... 201 TABELA 2.129 CLASSIFICAÇÃO POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS DOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................. 202 TABELA 2.130 CLASSIFICAÇÃO, POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES, DAS TRANSPORTADORAS PESQUISADAS EM BELO HORIZONTE/MG – 2010....................................................................................... 202 TABELA 2.131 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE - 2010 .............. 203 TABELA 2.132 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE - 2010 ................................ 203 TABELA 2.1.133 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE –2010 ............................................................................................................................. 203 TABELA 2.134 ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS PARA FORMAÇÃO OU CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS EM BELO HORIZONTE –- 2010 ............................................................ 204 TABELA 2.135 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 204 TABELA 2.136 RAZÕES DA ROTATIVIDADE DOS EMPREGADOS DOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010.................................................................................................... 205 TABELA 2.137 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 205 TABELA 2.138 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................. 205 TABELA 2.139 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010 .......... 206 TABELA 2.140 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................... 208 TABELA 2.141 CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO EM TEMAS ESPECÍFICOS DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 .... 208 TABELA 2.142 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS QUANTO À SUA PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU NEGOCIO OU FUNÇÃO - BELO HORIZONTE - 2010............................................................................................................ 209 TABELA 2.143 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010. ....... 210 TABELA 2.144 PRINCIPAIS CARÊNCIAS E DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA O NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010. ..................................................................................................................................... 210 TABELA 2.145 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS – BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................................. 212 TABELA 2.146 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES SEGUNDO OS DIRIGENTES – BELO HORIZONTE – 2010 .................................... 212 TABELA 2.147 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................................................................... 213 TABELA 2.148 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010 ........... 213 TABELA 2.149 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS SEGUNDO SEUS DIRIGENTES - BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................ 213 TABELA 2.150 FUNÇÕES COM MAIOR DIFICULDADE DE RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 214 − − XVI TABELA 2.151 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 214 TABELA 2.152 ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS NA FORMAÇÃO OU CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS - BELO HORIZONTE - 2010................................................................... 215 TABELA 2.153 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................... 216 TABELA 2.154 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS OS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS ENFRENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA MANUTENÇÃO DO EMPREGADO – BELO HORIZONTE – 2010 . 216 TABELA 2.155 RAZÕES DA ALTA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS NA OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................. 217 TABELA 2.156 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 217 TABELA 2.157 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................................. 217 TABELA 2.1.158 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010.................. 218 TABELA 2.159 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010.................. 218 TABELA 2.160 PERCEPÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS GERADOS PELAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES – BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 219 TABELA 2.161 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................. 221 TABELA 2.162 CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO EM TEMAS ESPECÍFICOS DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ........................................ 221 TABELA 2.163 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO QUANTO À SUA PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU NEGOCIO/FUNÇÃO - BELO HORIZONTE – 2010 .......................................................................................... 222 TABELA 2.164 INDICAÇÃO DE CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO RELACIONADOS AOS SEUS NEGÓCIOS OU FUNÇÃO QUE OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DECLARARAM PRETENDER FAZER - BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 223 TABELA 2.165 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS OU CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 223 TABELA 2.166 PRINCIPAIS CARÊNCIAS OU DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO/CAPACITAÇÃO PARA O NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ...................................................................................... 224 TABELA 2.1.167 PREFERÊNCIA DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO SOBRE MODALIDADE DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ...... 224 TABELA 2.168 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM VISITAS TÉCNICAS A ESTABELECIMENTOS SIMILARES - BELO HORIZONTE – 2010 225 TABELA 2.169 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO, POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS – BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................................ 226 TABELA 2.170 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES SEGUNDO OS DIRIGENTES - BELO HORIZONTE – 2010 ............................... 226 TABELA 2.171 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 .................................. 227 TABELA 2.172 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ................................................... 227 TABELA 2.173 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELOS EQUIPAMENTOS, SEGUNDO SEUS DIRIGENTES - BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................... 227 TABELA 2.174 FUNÇÕES COM MAIOR DIFICULDADE DE RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ...................................................................................... 228 TABELA 2.1.175 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010......................................................................... 228 − − XVII TABELA 2.176 ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO PARA FORMAÇÃO OU CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS – BELO HORIZONTE - 2010 .............................. 229 TABELA 2.177 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010......................................................................... 229 TABELA 2.178 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS OS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO ENFRENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA MANUTENÇÃO DO EMPREGADO – BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 230 TABELA 2.179 RAZÕES DA ALTA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS NA OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 .................... 230 TABELA 2.180 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................... 230 TABELA 2.181 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................... 231 TABELA 2.182 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................................................ 231 TABELA 2.183 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 232 TABELA 2.184 PERCEPÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS GERADOS PELAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES – BELO HORIZONTE - 2010............................................................................................................................. 232 TABELA 2.185 LOCAIS DAS ENTREVISTAS DA PESQUISA DE DEMANDA TURÍSTICA EFETIVA EM BELO HORIZONTE, POR CATEGORIA E TIPO DE ATRATIVOS, SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS - 2010....................... 257 TABELA 2.186 FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................ 258 TABELA 2.187 NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ...................................... 258 TABELA 2.188 RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE –2010 ..................... 259 TABELA 2.189 RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE –2010 ........................ 259 TABELA 2.190 ORIGEM DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................ 259 TABELA 2.191 CONTINENTE DE ORIGEM DE TURISTAS ESTRANGEIROS EM BELO HORIZONTE – 2010 .............. 260 TABELA 2.192 REGIÕES DE ORIGEM DOS TURISTAS BRASILEIROS EM BELO HORIZONTE – 2010. ...................... 260 TABELA 2.193 ESTADOS DE ORIGEM DOS TURISTAS DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................................................ 260 TABELA 2.195 GÊNERO DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE SEGUNDO O ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE - 2010........................................................................................................................................... 261 TABELA 2.196 FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE SEGUNDO O ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL - JULHO DE 2010 ............................................................................................ 261 TABELA 2.197 GRAU DE ESCOLARIDADE DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE SEGUNDOO O ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL - 2010 ........................................................................... 262 TABELA 2.198 FAIXA DE RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE SEGUNDO O ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL – 2010 ........................................................ 262 TABELA 2.199 FAIXA DE RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, SEGUNDO O ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL – 2010 ........................................................ 263 TABELA 2.200 MOTIVAÇÕES DAS VIAGENS TURÍSTICAS A BELO HORIZONTE DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ......................................................................................................................................................... 263 TABELA 2.201 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO SEXO DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ........ 264 TABELA 2.202 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ................................................................................................................................... 264 TABELA 2.203 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO ESCOLARIDADE DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ................................................................................................................................... 265 TABELA 2.204 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO RENDA BRUTA INDIVIDUAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE EM PERCENTUAL – 2010 ........................................................................................................ 265 TABELA 2.205 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ....................................................................................................... 266 TABELA 2.206 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO CONTINENTES DE ORIGEM DOS TURISTAS ESTRANGEIROS EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ....................................................................................... 266 TABELA 2.207 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO REGIÕES DE ORIGEM DO BRASIL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ........................................................................................................ 267 − − XVIII TABELA 2.208 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO ESTADOS DE ORIGEM DOS TURISTAS DA REGIÃO SUDESTE EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL - 2010 ........................................................................................ 267 TABELA 2.209 MEIOS DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS POR TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................. 268 TABELA 2.210 MEIOS DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS SEGUNDO MOTIVAÇÃO DE VIAGEM TURÍSTICA PARA BELO HORIZONTE DOS TURISTAS, EM PERCENTUAL - 2010 ................................................................................ 269 TABELA 2.211 MEIOS DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS PELOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, SEGUNDO O ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL – 2010 ....................................................... 269 TABELA 2.212 MEIOS DE TRANSPORTE DE ACESSO A BELO HORIZONTE UTILIZADOS PELOS TURISTAS – 2010 271 TABELA 2.213 FORMAS DE VIAGEM SEGUNDO AS MOTIVAÇÕES DE VIAGEM DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................................... 272 TABELA 2.214 FORMA DE VIAGEM SEGUNDO ESTADOS DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................................................... 272 TABELA 2.215 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS FATORES POR SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA SELEÇÃO DO DESTINO PELOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 .......................................................................... 273 TABELA 2.216 FREQUÊNCIA ABSOLUTA DOS GRAUS DE INFLUÊNCIA DE CADA FATOR NA SELEÇÃO DO DESTINO BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS – 2010 ............................................................................................... 274 TABELA 2.217 FREQUÊNCIA RELATIVA DOS GRAUS DE INFLUÊNCIA DE CADA FATOR NA SELEÇÃO DO DESTINO BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS – 2010 ................................................................................................ 275 TABELA 2.218 FORMA DE ORGANIZAÇÃO DE VIAGEM, SEGUNDO AS PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES DE TURISTAS PARA BELO HORIZONTE – JULHO DE 2010 ................................................................................................. 275 TABELA 2.219 FORMA DE ORGANIZAÇÃO DE VIAGEM, SEGUNDO ESTADOS DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE DE TURISTAS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................. 276 TABELA 2.220 TEMPO DESPENDIDO NA PREPARAÇÃO DA VIAGEM POR TURISTAS DE BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................................................................... 276 TABELA 2.221 GASTOS NA PREPARAÇÃO DA VIAGEM POR TURISTAS DE BELO HORIZONTE – 2010 ................. 277 TABELA 2.222 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS GASTOS POR ITENS DE DESPESA DURANTE A VIAGEM A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS – 2010 .......................................................................................................... 278 TABELA 2.223 AVALIAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS VISITADOS PELOS TURISTAS ENTREVISTADOS EM BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 280 TABELA 2.224 GRAU DE SATISFAÇÃO DOS TURISTAS EM RELAÇÃO A EQUIPAMENTOS, SERVIÇOS E OUTROS ASPECTOS RELACIONADOS AO TURISMO EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ...................... 281 TABELA 2.227 RECOMENDAÇÃO DO DESTINO A AMIGOS OU PARENTES, POR TURISTAS EM BELO HORIZONTE, SEGUNDO SUA MOTIVAÇÃO DE VIAGEM, EM PERCENTUAL – 2010 .......................................................... 282 TABELA 2.228 RECOMENDAÇÃO DO DESTINO A AMIGOS OU PARENTES, POR TURISTAS EM BELO HORIZONTE, SEGUNDO SEU ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL – 2010 ............................... 282 TABELA 2.229 FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE - 2010 ................................ 288 TABELA 2.230 NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE - 2010 ............... 288 TABELA 2.231 RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................................................................... 288 TABELA 2.232 RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010289 TABELA 2.233 PAÍS DE RESIDÊNCIA PERMANENTE DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................................................................... 289 TABELA 2.234 LOCAL DE RESIDÊNCIA PERMANENTE DOS TURISTAS BRASILEIROS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE (MG) ENTREVISTADOS – JULHO DE 2010 ............................................................................... 290 TABELA 2.235 GÊNERO DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 . 290 TABELA 2.236 FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 ............................................................................................................................................................ 291 TABELA 2.237 NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 ............................................................................................................................................. 291 TABELA 2.238 FAIXA DE RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010........................................................................................................ 291 TABELA 2.239 FAIXA DE RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010........................................................................................................ 292 TABELA 2.240 DISTRIBUIÇÃO DO GÊNERO, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................. 293 TABELA 2.241 DISTRIBUIÇÃO DA FAIXA ETÁRIA POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................. 293 TABELA 2.242 NÍVEL DE ESCOLARIDADE POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE (MG) ENTREVISTADOS – JULHO DE 2010 ...................................................................... 294 − − XIX TABELA 2.243 FAIXA DE RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................. 294 TABELA 2.244 FAIXA DE RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................. 294 TABELA 2.245 ESTADOS DE RESIDÊNCIA PERMANENTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................. 295 TABELA 2.246 MEIOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 ......................................................................................................................................................... 295 TABELA 2.247 FORMA DE VIAGEM MAIS USUAL DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 . 295 TABELA 2.248 MÉDIA ANUAL DE DIAS DE VIAGENS A NEGÓCIO DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 296 TABELA 2.249 MÉDIA ANUAL DE DIAS DE VIAGENS A LAZER DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 ......................................................................................................................................................... 296 TABELA 2.250 MEIOS DE HOSPEDAGEM MAIS UTILIZADOS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 ......................................................................................................................................................... 296 TABELA 2.251 MEIOS DE HOSPEDAGEM MAIS UTILIZADOS POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE (MG) ENTREVISTADOS –JULHO DE 2010 ......................................... 297 TABELA 2.252 MEIOS DE HOSPEDAGEM DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010........................................................................................................ 297 TABELA 2.253 NÚMERO DE TURISTAS QUE JÁ VISITARAM BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................... 298 TABELA 2.254 NÚMERO DE VEZES QUE ESTEVE EM BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................... 298 TABELA 2.255 NÚMERO DE TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO QUE JÁ VISITARAM BELO HORIZONTE– JULHO DE 2010 ......................................................................................... 298 TABELA 2.256 NÚMERO DE VEZES QUE OS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO ESTIVERAM EM BELO HORIZONTE– 2010 ....................................................................................... 299 TABELA 2.257 PERÍODO DA ÚLTIMA VISITA A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS, EM PERCENTAGEM – 2010 ............................................................................................................................... 299 TABELA 2.258 MOTIVAÇÃO PRINCIPAL DA ÚLTIMA VIAGEM A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS, EM PERCENTAGEM – 2010. ........................................................................................................................ 299 TABELA 2.259 AVALIAÇÃO DA ÚLTIMA VIAGEM A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS, EM PERCENTAGEM – 2010 ............................................................................................................................... 300 TABELA 2.260 GRAU DE SATISFAÇÃO COM ATRATIVOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS RELATIVOS À ÚLTIMA VIAGEM A BELO HORIZONTE – 2010............................................................................................. 300 TABELA 2.261 CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO MAIS UTILIZADOS NA ÚLTIMA VIAGEM REALIZADA A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS, EM PERCENTAGEM – 2010 .................................................... 301 TABELA 2.262 FATORES E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA ESCOLHA DE BELO HORIZONTE COMO DESTINO DE VIAGEM NA PERCEPÇÃO DOS ENTREVISTADOS – 2010 ............................................................................. 302 TABELA 2.263 RECOMENDAÇÃO DA VIAGEM A BELO HORIZONTE NA PERCEPÇÃO DOS ENTREVISTADOS QUE JÁ VISITARAM O DESTINO – 2010 ................................................................................................................... 302 TABELA 2.264 RECOMENDAÇÃO DA VIAGEM A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO QUE JÁ VISITARAM O DESTINO – 2010 ................................. 303 TABELA 2.265 RECOMENDAÇÃO DA VIAGEM A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS QUE JÁ VISITARAM O DESTINO, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA – 2010 ...................................................... 303 TABELA 2.266 PRINCIPAL MOTIVO PARA RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA– 2010 ................... 304 TABELA 2.267 PRINCIPAIS MOTIVOS PARA NÃO RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO – 2010 ................................................................................ 305 TABELA 2.28 PERCEPÇÕES DOS TURISTAS POTENCIAIS SOBRE OS MOTIVOS PARA NÃO TEREM AINDA VIAJADO A BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................................................... 306 TABELA 2.269 MOTIVOS PERCEBIDOS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA NUNCA TER VIAJADO A BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA – 2010 ....................................................................... 306 TABELA 2.270 MOTIVOS PERCEBIDOS PARA OS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO PARA NUNCA TEREM IDO A BELO HORIZONTE – 2010................................................................... 306 TABELA 2.271 FATORES QUE LEVARIAM A VISITAR BELO HORIZONTE E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010......................................................................................... 307 TABELA 2.279 FATORES QUE LEVARIAM A VISITAR BELO HORIZONTE E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS DE MOTIVAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL – 2010 ......................... 308 − − XX TABELA 2.280 FATORES QUE LEVARIAM A VISITAR BELO HORIZONTE E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS MOTIVADOS POR EVENTOS – 2010 ........................................... 308 TABELA 2.281 FATORES QUE LEVARIAM A VISITAR BELO HORIZONTE E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 ......... 309 TABELA 2.282 EXPECTATIVA DOS TURISTAS POTENCIAIS ENTREVISTADOS QUE AINDA NÃO VISITARAM BELO HORIZONTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ATRATIVOS, INFRA-ESTRUTURA, PREÇOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS – 2010 ..................................................................................................................... 310 TABELA 2.283 EXPECTATIVA DOS TURISTAS HISTÓRICO-CULTURAIS POTENCIAIS QUE AINDA NÃO VISITARAM BELO HORIZONTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ATRATIVOS, INFRAESTRUTURA, PREÇOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS – 2010 ..................................................................................................................... 311 TABELA 2.284 EXPECTATIVA DOS TURISTAS POTENCIAIS DE EVENTOS QUE AINDA NÃO VISITARAM BELO HORIZONTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ATRATIVOS, INFRAESTRUTURA, PREÇOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS – 2010 ..................................................................................................................................... 312 TABELA 2.285 EXPECTATIVA DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO QUE AINDA NÃO VISITARAM BELO HORIZONTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ATRATIVOS, INFRAESTRUTURA, PREÇOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS – 2010 ....................................................................... 313 TABELA 2.286 GRAU DE CONHECIMENTO DE BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010 .................................................................................................................... 313 TABELA 2.287 GRAU DE CONHECIMENTO DE BELO HORIZONTE DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO ENTREVISTADOS – 2010 ............................................................................ 314 TABELA 2.288 IMAGENS ASSOCIADAS À CIDADE DE BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010 .. 314 TABELA 2.289 IMAGENS ASSOCIADAS À CIDADE DE BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010 ............................................................................................................. 315 TABELA 2.290 IMAGENS ASSOCIADAS À CIDADE DE BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 ................................................................................... 315 TABELA 2.291 AÇÕES SUGERIDAS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA MELHORAR A IMAGEM DE BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 316 TABELA 2.292 AÇÕES SUGERIDAS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA MELHORAR A IMAGEM DE BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA – 2010 ....................................................................... 316 TABELA 2.293 AÇÕES SUGERIDAS PELOS TURISTAS POTENCIAIS ENTREVISTADOS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO PARA MELHORAR A IMAGEM DE BELO HORIZONTE – 2010 ..................... 317 TABELA 2.294 PRINCIPAIS DESTINOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE TURISMO CULTURAL NA PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010 ................................................................................... 317 TABELA 2.295 PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS CULTURAIS, NA PERCEPÇÃO DE TURISTAS POTENCIAIS DE MOTIVAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL E DE EVENTOS – 2010 .................................................................................................................................................................... 317 TABELA 2.296 PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE TURISMO CULTURAL DE ACORDO COM OS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 ............................................................................................................................................................ 318 TABELA 2.297 PRINCIPAIS DESTINOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE NEGÓCIOS E EVENTOS NA PERCEPÇÃO DE TURISTAS POTENCIAIS–2010 ....................................................................................... 318 TABELA 2.298 PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE NEGÓCIOS E EVENTOS, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010 ............................ 319 TABELA 2.299 PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE NEGÓCIOS E EVENTOS DE ACORDO COM OS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 ..................................................................................................................................... 319 TABELA 2.300 DISTRIBUIÇÃO DA MALHA RODOVIÁRIA NO ESTADO DE MINAS GERAIS - 2009 ......................... 338 TABELA 2.301 MÉDIA MENSAL DO NÚMERO DE PASSAGEIROS EM TRANSPORTE PÚBLICO NA CIDADE DE BELO HORIZONTE, POR TIPO DE SERVIÇO, 2005-2009 ........................................................................................ 343 TABELA 2.302 INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ÁGUA DE BELO HORIZONTE .................................................... 351 TABELA 2.303 PERFIL DO SISTEMA DE ESGOTO EM BELO HORIZONTE - 2008 .................................................... 354 TABELA 2.304 SITUAÇÃO DO MONITORAMENTO DE CORPOS RECEPTORES EM BELO HORIZONTE - 2010 ....... 355 TABELA 2.305 UTILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA DIRETA E INDIRETA, POR ATIVIDADE, NA FUNÇÃO DE LIMPEZA URBANA EM BELO HORIZONTE - 2008 ....................................................................................................... 357 TABELA 2.306 UTILIZAÇÃO DE VEÍCULOS PRÓPRIOS OU DE EMPRESAS CONTRATADAS, POR ATIVIDADE, NA FUNÇÃO DE LIMPEZA URBANA EM BELO HORIZONTE - 2008 .................................................................... 357 TABELA 2.307 DISTRIBUIÇÃO AREAL DAS BACIAS HIDROGRAFIAS EM BELO HORIZONTE - 2010 ....................... 361 TABELA 2.308 SITUAÇÃO DO LEITO DAS DRENAGENS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DE BELO HORIZONTE - 2008 .................................................................................................................................................................... 361 − − XXI TABELA 2.309 NÚMERO DE CELULARES POR CÓDIGO DDD - 2010 ..................................................................... 366 TABELA 2.310 DENSIDADE DA TELEFONIA MÓVEL POR CÓDIGO DDD - 2010 .................................................... 366 TABELA 2.311 DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES ASSISTENCIAIS DO SERVIÇO ÚNICO DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE, SEGUNDO TIPO - 2006 E 2007 ............................................................................................... 372 TABELA 2.312 UNIDADES ASSISTENCIAIS CONTRATADAS/CONVENIADAS DA REDE SUS-BH – 2007 .................. 373 TABELA 2.313 NÚMERO DE LEITOS DE INTERNAÇÃO EM BELO HORIZONTE EM MAIO/2010 ............................ 373 TABELA 2.314 POPULAÇÃO RESIDENTE POR SITUAÇÃO DE DOMICÍLIO - BELO HORIZONTE - 1970, 1980, 1991 E 2000 ............................................................................................................................................................ 420 TABELA 2.315 ÁREA TOTAL, POPULAÇÃO E DENSIDADE DEMOGRÁFICA – BRASIL, MINAS GERAIS, REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E BELO HORIZONTE - 2007 .......................................................... 420 TABELA 2.316 DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL, ÁREA E DENSIDADE DEMOGRÁFICA POR REGIONAL ADMINISTRATIVA – BELO HORIZONTE - 2000 ............................................................................................ 422 TABELA 2.317 ESTRUTURA ETÁRIA E RAZÃO DE DEPENDÊNCIA – BELO HORIZONTE – 1991 E 2000.................. 424 TABELA 2.318 INDICADORES DE LONGEVIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE – BELO HORIZONTE – 1991 E 2000 ............................................................................................................................................................ 425 TABELA 2.319 IDH MUNICIPAL E INDICADORES DE EDUCAÇÃO, LONGEVIDADE E RENDA – BELO HORIZONTE – 1991 E 2000 ................................................................................................................................................ 425 TABELA 2.320 VALOR ADICIONADO (VA), POR SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA, IMPOSTOS, PRODUTO INTERNO BRUTO A PREÇOS CORRENTES DE MERCADO (PIBPM) E PIB PER CAPITA – BELO HORIZONTE 2000 – 2007 ................................................................................................................................................ 426 TABELA 2.321 ARRECADAÇÃO MUNICIPAL – IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS), OUTRAS RECEITAS E TOTAL – BELO HORIZONTE – 2001 A 2004.................................................... 428 TABELA 2.322 DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DO EMPREGO FORMAL – BELO HORIZONTE – 1986, 1996, 2006 ........ 428 TABELA 2.323 PESSOAL OCUPADO TOTAL E ASSALARIADO, SALÁRIOS E OUTRAS REMUNERAÇÕES E SALÁRIO MÉDIO – BELO HORIZONTE – 2006, 2007 E 2008 ....................................................................................... 429 TABELA 2.324 ESTIMATIVAS E TAXAS DO MERCADO DE TRABALHO - BELO HORIZONTE– 1996-2002............... 430 TABELA 2.325 INDICADORES DE RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE – BELO HORIZONTE – 1991 E 2000 ........ 431 TABELA 2.325 PARTICIPAÇÃO DO SETOR TURÍSTICO NA ARRECADAÇÃO DO ISSQN – BELO HORIZONTE – 2008/2009 .................................................................................................................................................. 432 TABELA 2.326 BACIAS HIDROGRÁFICAS DE ATUAÇÃO DO DRENURBS POR REGIONAL, FASE DE IMPLANTAÇÃO, EXTENSÃO, ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ATINGIDA – BELO HORIZONTE ATÉ O ANO DE 2010. ... 435 TABELA 2.327 PRINCIPAIS PROJETOS DESENVOLVIDOS PELOS PROGRAMAS DA FMC – BELO HORIZONTE/MG – 2008 ............................................................................................................................................................ 444 TABELA 2.329 NÚMERO DE ESCOLAS POR REDE ESCOLAR – BELO HORIZONTE – 2008 ..................................... 447 TABELA 2.330 NÚMERO DE MATRÍCULAS POR REDE ESCOLAR – BELO HORIZONTE – 2008 .............................. 448 TABELA 2.331 TAXA DE ANALFABETISMO POR FAIXA ETÁRIA – BELO HORIZONTE – 2000 ................................ 448 TABELA 2.331 NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO JOVEM – BELO HORIZONTE – 1991 E 2000 ..................... 449 TABELA 2.332 NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO ADULTA (25 ANOS OU MAIS) – BELO HORIZONTE - 1991 E 2000 ............................................................................................................................................................ 450 TABELA 2.333 INDICADORES SOCIAIS DO IDH – REGIONAL PAMPULHA - 2000 .................................................. 458 TABELA 2.334 ACESSO A SERVIÇOS BÁSICOS – REGIONAL PAMPULHA - 2000 ................................................... 458 TABELA 2.335 PARQUES MUNICIPAIS EM BELO HORIZONTE – REGIONAL PAMPULHA - 2010 ........................... 462 TABELA 2.336 ÁREAS VERDES ADMINISTRADAS PELA FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA EM BELO HORIZONTE – REGIONAL PAMPULHA – 2010 .................................................................................................................... 463 TABELA 2.337 PARQUES MUNICIPAIS EM BELO HORIZONTE – REGIÃO DO CENTRO E DA SAVASSI - 2010 ........ 466 TABELA 2.338 PARQUES MUNICIPAIS EM BELO HORIZONTE – REGIÃO DO ALTO MANGABEIRAS - 2008 .......... 469 TABELA 2.339 PARQUES MUNICIPAIS – REGIÃO DO BAIRRO SANTA TEREZA - 2008 .......................................... 471 TABELA 2.340 PARQUES MUNICIPAIS – REGIÃO DO EXPOMINAS E PARQUE DA GAMELEIRA, BELO HORIZONTE 2008 ............................................................................................................................................................ 473 TABELA 2.341 PARQUES MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE, POR REGIONAL ADMINISTRATIVA - 2010 ............ 483 TABELA 2.342 VULNERABILIDADE NATURAL NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE - 2008 ................................ 491 TABELA 5.1 DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL E DO PRODETUR NACIONAL NO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – 2011 .................. 591 TABELA 5.2 RESUMO DOS INVESTIMENTOS DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – 2011 ............................................................................................... 594 TABELA 5.3 AÇÕES PRIORITÁRIAS E CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – PDITS-BH – 2011-2016 ........................ 595 − − XXII Lista de quadros QUADRO 2.1 QUADRO 2.2. QUADRO 2.3. QUADRO 2.5. QUADRO 2.6. QUADRO 2.7. QUADRO 2.8. CATEGORIA, TIPO, SUBTIPO E HIERARQUIA DOS ATRATIVOS DE BELO HORIZONTE – 2010 .... 26 ATRATIVOS CULTURAIS POR TIPO, SUBTIPO E HIERARQUIA – BELO HORIZONTE – 2010 ........ 27 CAPACIDADE MÁXIMA DE CARGA DOS ATRATIVOS CULTURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 .. 36 ATRATIVOS NATURAIS POR TIPO, SUBTIPO E HIERARQUIA – BELO HORIZONTE – 2010 .......... 42 ÁREA TOTAL DOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010...................................... 43 AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO NOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010........... 44 INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 45 QUADRO 2.9. TEMPO ESTIMADO DE VISITAÇÃO NOS ATRATIVOS NATURAIS PESQUISADOS –BELO HORIZONTE –2010 ........................................................................................................................................ 46 QUADRO 2.10. PRINCIPAIS ATIVIDADES OFERECIDAS E EVENTOS OCORRENTES NOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................................................. 47 QUADRO 2.11. PRÁTICAS LIGADAS À GESTÃO AMBIENTAL NOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................................................. 48 QUADRO 2.12. REALIZAÇÕES TÉCNICAS E CIENTÍFICAS POR TIPO, HIERARQUIA – BELO HORIZONTE – 2010 .. 51 QUADRO 2.13. SISTEMA TARIFÁRIO DOS ATRATIVOS DE REALIZAÇÕES TÉCNICAS E CIENTÍFICAS – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 53 QUADRO 2.14. EVENTOS PERMANENTES, POR TIPO, SUBTIPO E HIERAQUIA – BELO HORIZONTE – 2010. 54 Quadro 2.15. Organizadores, natureza da propriedade e data de criação dos eventos – Belo Horizonte – 2010.......................................................................................................................................................................56 QUADRO 2.16. AVALIAÇÃO DOS GESTORES SOBRE A SINALIZAÇÃO EM GERAL E SUA ADAPTAÇÃO A NECESSIDADES ESPECIAIS – BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................................. 58 QUADRO 2.17. FREQUÊNCIA E ÉPOCA DO ANO DE OCORRÊNCIA DOS EVENTOS PERMANENTES– BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 59 QUADRO 2.18. ORIGEM DOS VISITANTES AOS EVENTOS PERMANENTES EM PERCENTUAL – BELO HORIZONTE– 2010 ........................................................................................................................................ 59 QUADRO 2.19. AVALIAÇÃO SOBRE O ESTADO GERAL DOS ESPAÇOS OCUPADOS PELOS EVENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 61 QUADRO 2.20. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, POR SUBTIPO, NOME DA REDE E ÂMBITO DE ATUAÇÃO – BELO HORIZONTE –2010 ........................................................................................................... 68 QUADRO 2.21. CATEGORIA SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO COMERCIALIZAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 94 QUADRO 2.22. PARTICIPAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM AÇÕES SETORIAIS – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 102 QUADRO 2.23 SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA TRANSPORTE, POR ANO DE INÍCIO DAS ATIVIDADES – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 104 QUADRO 2.24. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS, POR TIPO, NATUREZA DA PROPRIEDADE E ANO DE INÍCIO DAS ATIVIDADES – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................. 112 QUADRO 2.25. SITIO ELETRÔNICO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS PESQUISADOS- BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 114 QUADRO 2.26. AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS, POR PARTE DOS GESTORES, DOS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA EVENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 115 QUADRO 2.27. FACILIDADES EM ÁREAS SOCIAIS, POR SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 117 QUADRO 2.28. ACESSIBILIDADE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................... 118 QUADRO 2.29. PARCERIAS FORMAIS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS PESQUISADOS COM OUTROS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS - BELO HORIZONTE - 2010 ......................................... 125 QUADRO 2.30 SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE, POR TIPO E ANO DE INÍCIO DAS ATIVIDADES – 2010 ............................................................ 129 QUADRO 2.31. RELAÇÃO DE USO E DE PROPRIEDADE DOS EQUIPAMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 132 QUADRO 2.32. SITUAÇÃO DE PROTEÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 133 QUADRO 2.33 AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS OFERECIDOS NOS EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, NA PERCEPÇÃO DOS GESTORES – 2010 ....................................................................... 134 − − XXIII QUADRO 2.34 FACILIDADES OFERECIDAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 135 QUADRO 2.1.35 OFERTA DE ATIVIDADES REGULARES PELOS EQUIPAMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE- 2010 ....................................................................................................................................... 136 QUADRO 2.36 OFERTA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO, POR TIPO DE CONTRATO, NOS ESTABELECIMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010.................................................................................... 137 QUADRO 2.37 ACESSIBILIDADE A PESSOAS ESPECIAIS E ÁREAS ACESSÍVEIS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010.................................................................................... 138 QUADRO 2.38 TEMPO NECESSÁRIO PARA USUFRUIR DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, POR TIPO DE EQUIPAMENTO – 2010. ...................................... 143 QUADRO 2.39 TIPOS DE PARCERIAS E PARCEIROS POR EQUIPAMENTO DE LAZER EM BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................................................................................................... 148 QUADRO 2.40 OUTROS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS – POSTOS DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS DE BELO HORIZONTE PARA O PDITS, POR TIPO, SUBTIPO E LOCALIZAÇÃO – 2010 .................................................. 150 QUADRO 2.41 MÊS DE MAIOR E MENOR MOVIMENTO DOS POSTOS DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS DE BELO HORIZONTE ................................................................................................................................................. 152 QUADRO 2.42 PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE CAPACITAÇÃO PARA O NÍVEL GERENCIAL, NA OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010 ......... 161 QUADRO 2.43 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM DECORRÊNCIA DE SUA PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO OU ASSOCIAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 171 QUADRO 2.44 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA DECORRENTES DE SUA PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 186 QUADRO 2.45 SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO DE BELO HORIZONTE – 2010 ...................... 188 QUADRO 2.1.46 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS, SEGUNDO OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 197 QUADRO 2.47 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO DECORRENTES DE SUA PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 206 QUADRO 2.48 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM DECORRÊNCIA DE SUA PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES – BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 219 QUADRO 2.49 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO, EM DECORRÊNCIA DE SUA PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES - BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................... 233 QUADRO 2.50 CONTEÚDO E CARGA HORÁRIA DO CURSO OPERADOR DE TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS – BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................................. 245 QUADRO 2.51 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DOS CURSOS DE QUALIFICAÇÃO DO CAPACITUR – BELO HORIZONTE/MG - 2010 .............................................................................................................................. 252 QUADRO 2.52 OFERTA DE CURSOS NA ÁREA DE TURISMO EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................ 254 QUADRO 2.54 ATRATIVOS MAIS PROCURADOS EM BELO HORIZONTE NA PERCEPÇÃO DOS AGENTES EMISSIVOS ENTREVISTADOS EM SÃO PAULO – 2010.................................................................................................... 323 QUADRO 2.55 CLASSIFICAÇÃO DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES DAS RODOVIAS QUE SERVEM BELO HORIZONTE – 2009 ............................................................................................................................ 338 QUADRO 2.56 COMPARATIVO ENTRE ACESSO RODOVIÁRIO E TURISMO DE BELO HORIZONTE E SUA REGIÃO METROPOLITANA - 2009............................................................................................................................. 339 QUADRO 2.57 DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TERMINAIS AEROPORTUÁRIOS QUE SERVEM A BELO HORIZONTE - 2010 ......................................................................................................................... 347 QUADRO 2.58 SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ÁGUA DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E PERCENTUAL DESTINADO À CAPITAL DO ESTADO - 2008 .......................................................................... 351 QUADRO 2.59 DESCRIÇÃO DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO LOCALIZADAS EM BELO HORIZONTE 2010 ............................................................................................................................................................ 354 QUADRO 2.60 DESCRIÇÃO GERAL DA SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA PÚBLICA URBANA EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 358 QUADRO 2.61 CONCEPÇÕES NA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS URBANOS................................................... 363 QUADRO 2.62 IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE DRENAGEM URBANA EM BELO HORIZONTE - 2010 ............ 363 − − XXIV QUADRO 2.63 UNIDADES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E DE PRONTO-ATENDIMENTO EM BELO HORIZONTE 2009 ............................................................................................................................................................ 371 QUADRO 2.64 UNIDADES DE PRONTO-SOCORRO EM BELO HORIZONTE -2009 ................................................. 371 QUADRO 2.65 SÍNTESE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM BELO HORIZONTE EM MAIO/2010 ................................. 373 QUADRO 2.66 ESTRUTURA DE DELEGACIAS POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS EM BELO HORIZONTE E ALGUNS MUNICÍPIOS VIZINHOS - 2010 .................................................................................................................... 377 QUADRO 2.70 OBRAS COM RECURSOS DO PAC – BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................... 433 QUADRO 2.71 PROJETOS SUSTENTADORES RELACIONADOS ÀS POLÍTICAS URBANAS, PRINCIPAIS OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ........................................................................... 437 QUADRO 2.72 ÁREAS IMPLANTADAS DO BH CIDADANIA, POR REGIONAL ADMINISTRATIVA – BELO HORIZONTE– 2010 ............................................................................................................................................................ 439 QUADRO 2.73 NÚMERO DE FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS PELO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM BELO HORIZONTE– 2008 ............................................................................................................................................................ 440 QUADRO 2.74 AÇÕES DE GERAÇÃO DE EMPREGO E INTERMEDIAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA DESTINADAS À POPULAÇÃO – BELO HORIZONTE - 2008..................................................................................................... 441 QUADRO 2.75 PROJETOS SUSTENTADORES RELACIONADOS À AMPLIAÇÃO DA CIDADANIA, PRINCIPAIS OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ..................................................... 442 QUADRO 2.328 PROJETO SUSTENTADOR RELACIONADO À CULTURA, PRINCIPAIS OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ................................................................................................. 445 QUADRO 2.76 PROJETOS SUSTENTADORES RELACIONADOS À EDUCAÇÃO, PRINCIPAIS OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ........................................................................... 452 QUADRO 2.77 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG - REGIÃO DA PAMPULHA -2008 ........................... 461 QUADRO 2.78 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NO COMPLEXO DA PAMPULHA, BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................................. 464 QUADRO 2.79 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG - REGIÃO DO CENTRO E DA SAVASSI, BELO HORIZONTE - 2008 ...................................................................................................................................... 466 QUADRO 2.80 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NA REGIÃO DO CENTRO E DA SAVASSI, BELO HORIZONTE - 2010 ....................................................................................... 467 QUADRO 2.81 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG - REGIÃO DO ALTO MANGABEIRAS, BELO HORIZONTE - 2008 ...................................................................................................................................... 468 QUADRO 2.82 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NA REGIÃO DO ALTO MANGABEIRAS, BELO HORIZONTE - 2010 ......................................................................................... 470 QUADRO 2.83 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG – BAIRRO SANTA TEREZA, BELO HORIZONTE -2008 .................................................................................................................................................................... 471 QUADRO 2.84 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NO BAIRRO SANTA TEREZA, BELO HORIZONTE - 2010 ................................................................................................... 472 QUADRO 2.85 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG - REGIÃO DO EXPOMINAS E PARQUE DA GAMELEIRA, BELO HORIZONTE - 2008 ....................................................................................................... 473 QUADRO 2.86 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NA REGIÃO DO EXPOMINAS E PARQUE DA GAMELEIRA, BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................ 474 QUADRO 2.87 PROJETOS SUSTENTADORES RELACIONADOS À GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA, PRINCIPAIS OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ..................................................... 488 QUADRO 2.88 COMPONENTES E VARIÁVEIS UTILIZADAS NO ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DE MINAS GERAIS – ZEE/MG - 2008 ............................................................................................................................ 490 QUADRO 2.89 DIRETRIZES DO PLANO DIRETOR DE BELO HORIZONTE PARA POLÍTICAS PÚBLICAS SETORIAIS – 2010 ............................................................................................................................................................ 494 QUADRO 2.90 ÁREAS DE RESULTADO, PROJETOS SUSTENTADORES E ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS – PROGRAMA BH METAS E RESULTADOS – BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................... 500 QUADRO 2.91 ATRATIVOS DE BELO HORIZONTE, POR TIPO E SUBTIPO, SEGUNDO A ATRATIVIDADE EFETIVA E POTENCIAL - 2010 ....................................................................................................................................... 506 QUADRO 2.92 PRINCIPAIS ATRATIVOS DE BELO HORIZONTE POR CATEGORIA, TIPO E SUBTIPO, SEGUNDO SEGMENTOS DE DEMANDA TURÍSTICA ASSOCIADOS - 2010 ..................................................................... 508 QUADRO 2.93 QUADRO DE ESTRATÉGIAS DE CRUZAMENTO DA MATRIZ SWOT – PDITS/BH - 2011 ................. 533 QUADRO 4.1 ESTRATÉGIAS DE PRODUTO TURÍSTICO – PDITS-BH - 2011 .......................................................... 555 QUADRO 4.2 ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO – PDITS-BH - 2011 .............................................................. 557 QUADRO 4.3 ESTRATÉGIAS DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS – PDITS-BH - 2011 .............................. 558 QUADRO 4.4 ESTRATÉGIAS DO QUADRO INSTITUCIONAL – PDITS–BH - 2011 ................................................... 559 QUADRO 4.5 ESTRATÉGIAS DE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL – PDITS–BH - 2011 ................................................. 560 − − XXV QUADRO 5.1 ESTRUTURAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE MAIOR IMPACTO EFETIVO OU POTENCIAL E DE EQUIPAMENTOS E CRIAÇÃO DE PRODUTOS TURÍSTICOS ........................................................................... 563 QUADRO 5.2 CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS E ATRATIVOS TURÍSTICOS ................................................................................................................................................. 567 QUADRO 5.3 POLÍTICAS DE APOIO AO SETOR PRIVADO ASSOCIADO AO TURISMO........................................566 QUADRO 5.4 INTEGRAÇÃO DA OFERTA .............................................................................................................. 567 QUADRO 5.5 COMERCIALIZAÇÃO DO DESTINO BELO HORIZONTE ..................................................................... 570 QUADRO 5.6 FACILITAÇÃO DA MOBILIDADE INTERURBANA E INTRAURBANA .................................................. 572 QUADRO 5.7 MELHORIA DOS TERMINAIS DE PASSAGEIROS RODOVIÁRIOS E AEROVIÁRIOS............................ 575 QUADRO 5.8 GARANTIA DE CONDIÇÕES ADEQUADAS DE SANEAMENTO NA REGIÃO DA PAMPULHA ............. 576 QUADRO 5.9 SEGURANÇA TURÍSTICA, SERVIÇOS DE ATENDIMENTO MÉDICO E SISTEMAS DE EVACUAÇÃO FRENTE A EMERGÊNCIAS ............................................................................................................................ 576 QUADRO 5.10 ATUALIZAÇÃO DE NORMAS TURÍSTICAS E DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIAS DAS AUTORIDADES DE TURISMO..................................................................................................................................................... 579 QUADRO 5.11 ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO TURÍSTICO ........................................... 581 QUADRO 5.12 CONSOLIDAÇÃO DO ÓRGÃO CONSULTIVO DO SETOR ................................................................ 583 QUADRO 5.13 DESENVOLVIMENTO DE CONTAS SATÉLITE EM TURISMO E SISTEMAS DE ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS E DE POLÍTICAS DE INVESTIMENTO PÚBLICO NO SETOR...................................................... 583 QUADRO 5.14 EXPLORAÇÃO TURÍSTICA SUSTENTÁVEL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAIS E ESTADUAIS .................................................................................................................................................. 585 QUADRO 5.15 NORMAS AMBIENTAIS COMPLEMENTARES RELACIONADAS À ATIVIDADE TURÍSTICA ............... 585 QUADRO 5.16 PROPOSTAS DE ESTUDOS DE CAPACIDADE DE CARGA E DE LEVANTAMENTO DE INDICADORES AMBIENTAIS ................................................................................................................................................ 586 QUADRO 5.17 SENSIBILIZAÇÃO DA POPULAÇÃO LOCAL QUANTO AO TURISMO .............................................. 587 QUADRO 5.18 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E CRIAÇÃO DO COMPLEXO TURÍSTICO DA SERRA DO CURRAL ................................................................................................................................................. 594 QUADRO 5.19 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO ESPAÇO CULTURAL MULTIUSO NO PARQUE MUNICIPAL .......................................................................................................... 596 QUADRO 5.20 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO MUNICIPAL DE EVENTOS ..................................................................................................................................................... 597 QUADRO 5.21 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO INTERPRETATIVA ......................................................................................................................................... 598 QUADRO 5.22 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E REQUALIFICAÇÃO E TRATAMENTO PAISAGÍSTICO DA REGIÃO DO BARRO PRETO – POLO DA MODA ............................................................... 599 QUADRO 5.23 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO TURÍSTICA E INDICATIVA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE ..................................................................................... 600 QUADRO 5.24 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO DE REFORMA E REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE ATENDIMENTO AO TURISTA MERCADO DAS FLORES ................................................................................. 601 QUADRO 5.25 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DE PONTOS DE INFORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO TURISTA ........................................................................................................................... 601 QUADRO 5.26 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PLANO DE MARKETING E IMPLANTAÇÃO DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS ............................................................................................................................................ 603 QUADRO 5.27 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL DA BELOTUR....................................................................................... 606 QUADRO 5.28 DETALHAMENTO - ESTRUTURAÇÃO DA UNIDADE DE COORDENAÇÃO DE PROJETO NO MUNICÍPIO .............................................................................................................................................. 60705 QUADRO 5.29 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – PDITS-BH ........................................................................................ 606 QUADRO 5.30 DETALHAMENTO - REALIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO DOS RECURSOS TURÍSTICOS (INVTUR) ..................................................................................................................................................... 607 QUADRO 5.31 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO PDITS-BH ......... 608 QUADRO 5.32 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS E DOCUMENTAIS DO TURISMO,SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS E DE PROGRAMAS E POLÍTICAS DE INVESTIMENTO PÚBLICO NO SETOR TURÍSTICO .................................................................. 609 QUADRO 5.33 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DA CARTILHA DO PROJETO BH VAI ATÉ VOCÊ - SENSIBILIZAÇÃO TURÍSTICA E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO .............. 610 QUADRO 5.34 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E CRIAÇÃO DO COMPLEXO TURÍSTICO DA SERRA DO CURRAL ..................................................................... 611 − − XXVI QUADRO 5.35 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO ESPAÇO CULTURAL MULTIUSO NO PARQUE MUNICIPAL ............................................ 611 QUADRO 5.36 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO MUNICIPAL DE EVENTOS ................................................................................. 612 QUADRO 5.37 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA I ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES CIDADE NOVA ................................................................... 612 QUADRO 5.38 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E REFORMA DO EXPOMINAS ......................................................................................................................... 612 QUADRO 5.39 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO INTERPRETATIVA ................................................................................... 613 QUADRO 5.40 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E REQUALIFICAÇÃO E TRATAMENTO PAISAGÍSTICO DA REGIÃO DA SAVASSI .............................................. 613 QUADRO 5.41 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E REQUALIFICAÇÃO E TRATAMENTO PAISAGÍSTICO DA REGIÃO DO BARRO PRETO – POLO DA MODA ...... 613 QUADRO 5.42 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E TRATAMENTO URBANÍSTICO E PAISAGÍSTICO DA LAGOA E ENTORNO...................................................... 614 QUADRO 5.43 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICO E MATERIAL PARA A REALIZAÇÃO DA CAPACITAÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS E ATRATIVOS TURÍSTICOS ............................................................................................... 614 QUADRO 5.44 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS DE INCENTIVOS PARA INVESTIMENTO E FOMENTO À CRIAÇÃO DE PRODUTOS E PROJETOS EMPRESARIAIS .................................................................................................................................................................... 614 QUADRO 5.45 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA CRIAÇÃO DE INCENTIVOS FISCAIS, RELATIVO AO ISSQN SOBRE A VENDA DE INGRESSOS E ESTANDES .............................................. 615 QUADRO 5.46 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA PROMOÇÃO DO FORTALECIMENTO DA BASE EMPRESARIAL DO TURISMO ......................................................................... 615 QUADRO 5.47 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO TURÍSTICA E INDICATIVA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE ............ 615 QUADRO 5.48 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE REFORMA E REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE ATENDIMENTO AO TURISTA MERCADO DAS FLORES ...... 615 QUADRO 5.49 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DE PONTOS DE INFORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO TURISTA .............................................. 616 QUADRO 5.50 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE VIABILIDADE E DE DEMANDA PARA IMPLANTAÇÃO DO TERMINAL TURÍSTICO DE BELO HORIZONTE ...... 616 QUADRO 5.51 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PLANO DE MARKETING E IMPLANTAÇÃO DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS ........................................................................ 617 QUADRO 5.52 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E REFORMA E AMPLIAÇÃO DO ANEL RODOVIÁRIO ....................................................................................... 617 QUADRO 5.53 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E AMPLIAÇÃO DA LINHA DO METRÔ ............................................................................................................. 618 QUADRO 5.54 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO BRT ÁREA CENTRAL...................................................................................................... 618 QUADRO 5.55 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO AS OBRAS DO BOULEVAD ARRUDAS - TEREZA CRISTINA .................................................. 618 QUADRO 5.56 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO BRT AVENIDAS ANTONIO CARLOS E PEDRO I .............................................................. 618 QUADRO 5.57 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO BRT DA AVENIDA CRISTIANO MACHADO .................................................................... 619 QUADRO 5.58 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO BRT AVENIDAS PEDRO II E CARLOS LUZ ....................................................................... 619 QUADRO 5.59 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DA RODOVIÁRIA DO BAIRRO SÃO GABRIEL ....................................................................... 619 QUADRO 5.60 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DO AEROPORTO INTERNACIONAL TANCREDO NEVES................................ 620 QUADRO 5.61 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA EXECUÇÃO DAS OBRAS DE SANEAMENTO AMBIENTAL NA REGIÃO DA PAMPULHA ............................................................................ 620 QUADRO 5.62 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E APERFEIÇOAMENTO DA SEGURANÇA DE ATRATIVOS, SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS E PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS. ..................................................................................................... 620 − − XXVII QUADRO 5.63 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA REDUÇÃO DA INFORMALIDADE NO SETOR DE TRANSPORTE NOS EQUIPAMENTOS DE LAZER .................................................................... 620 QUADRO 5.64 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA CONTROLE A PRESENÇA DE AMBULANTES NOS EQUIPAMENTOS DE LAZER .......................................................................................... 621 QUADRO 5.65 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DO REAPARELHAMENTO DA ACADEMIA DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS E CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA .... 621 QUADRO 5.66 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL DA BELOTUR ............................ 621 QUADRO 5.67 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA NORMATIZAÇÃO DE ATRIBUIÇÕES E FUNÇÕES DO COMTUR-BH ................................................................................................ 621 QUADRO 5.68 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA CRIAÇÃO DE UM FUNDO MUNICIPAL DE TURISMO ............................................................................................................................ 622 QUADRO 5.69 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ESTRUTURAÇÃO DA UNIDADE DE COORDENAÇÃO DE PROJETO NO MUNICÍPIO ....................................................................................... 622 QUADRO 5.70 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E NORMATIZAÇÃO DA BELOTUR COMO ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE TURISMO (PMT) ..................................................................................................................................... 622 QUADRO 5.71 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – PDITS-BH ........... 622 QUADRO 5.72 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE TURISMO .......................................................................................................... 623 QUADRO 5.73 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA REALIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO DOS RECURSOS TURÍSTICOS (INVTUR) ............................................................................ 623 QUADRO 5.74 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO PDITS-BH........................................................................................................ 623 QUADRO 5.75 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA FORTALECIMENTO DA ATUAÇÃO DO COMTUR-BH NO PLANEJAMENTO TURÍSTICO ..................................................................... 623 QUADRO 5.76 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS E DOCUMENTAIS DO TURISMO,SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS E DE PROGRAMAS E POLÍTICAS DE INVESTIMENTO PÚBLICO NO SETOR TURÍSTICO........................................................................................................................................ 623 QUADRO 5.77 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE MANEJO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE INTERESSE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE................. 624 QUADRO 5.78 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E CONCESSÃO DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL .................................................................... 624 QUADRO 5.79 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE CAPACIDADE DE CARGA DA ORLA DA LAGOA DA PAMPULHA E REGULAMEN-TAÇÃO DO USO DA ORLA PARA EVENTOS. .......................................................................................................................................... 624 QUADRO 5.80 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA DEFINIÇÃO DOS INDICADORES AMBIENTAIS PARA O TURISMO EM BELO HORIZONTE E MONITORAMENTO ............................................ 625 QUADRO 5.81 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS DE SENSIBILIZAÇÃO E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS REGIONAIS DE BELO HORIZONTE ........................ 625 QUADRO 5.82 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA PROMOÇÃO DE PROGRAMAS DE SENSIBILIZAÇÃO QUANTO À RECICLAGEM E À LIMPEZA URBANA ........................................................ 625 QUADRO 5.83 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DA CARTILHA DO PROJETO BH VAI ATÉ VOCÊ - SENSIBILIZAÇÃO TURÍSTICA E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO .............................................................................................. 629 QUADRO 5.84 PROJETOS DE CRIAÇÃO DE ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS, MEDIDAS PREVISTAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH – 2011 ............................................................... 629 QUADRO 5.85 PROJETOS DE ESTRUTURAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS, MEDIDAS PREVISTAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH – 2011 .......................................................................................................................................................... 6331 QUADRO 5.86 PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS PARA ATRATIVOS, SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS, MEDIDAS PREVISTAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH – 2011 ............................................................................................................................................................ 633 − − XXVIII QUADRO 5.87 POLÍTICAS DE APOIO AO SETOR PRIVADO ASSOCIADO AO TURISMO, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ........................................................................................ 63634 QUADRO 5.88 AÇÕES DE INTEGRAÇÃO DA OFERTA, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ............................................................................................................... 635 QUADRO 5.89 ESTRATÉGIA DE COMERCIALIZAÇÃO TURÍSTICA, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 .......................................................................................................................................... 636 QUADRO 5.90 PROJETOS DE FACILITAÇÃO DA MOBILIDADE INTRAURBANA E INTERURBANA, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ............................ 63937 QUADRO 5.91 PROJETOS DE MELHORIA DO ATENDIMENTO DOS TERMINAIS RODOVIÁRIOS E AEROVIÁRIOS DE PASSAGEIROS, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ................................................................................................................................................................ 64139 QUADRO 5.92 PROJETO DE GARANTIA DE INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO BÁSICO, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 .............................. 6420 QUADRO 5.93 PROJETOS DE GARANTIA DE SEGURANÇA TURÍSTICA, DE SERVIÇOS DE ATENDIMENTO MÉDICO E DE SISTEMAS DE EVACUAÇÃO EM CASO DE EMERGÊNCIAS, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 .......................................................................................... 6431 QUADRO 5.94 PROJETOS DE ATUALIZAÇÃO DE NORMAS TURÍSTICAS E DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIAS DAS AUTORIDADES DE TURISMO, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ..................................................................................................................................... 6442 QUADRO 5.95 PROJETOS DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO TURÍSTICO, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ............................ 64543 QUADRO 5.96 PROJETO DE CONSOLIDAÇÃO DO ÓRGÃO CONSULTIVO DO SETOR, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTE DE INFORMAÇÕES – PDITS-BH - 2011 .................................................................... 64644 QUADRO 5.97 PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE CONTAS SATÉLITE EM TURISMO E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO,ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E DE POLÍTICAS DE INVESTIMENTO PÚBLICO NO SETOR, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ................................................................................................................................................................ 64644 QUADRO 5.98 PROJETOS DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAIS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ................................................................................................................................... 64745 QUADRO 5.99 PROJETO DE PROPOSIÇÃO DE NORMAS AMBIENTAIS COMPLEMENTARES, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ............................ 64846 QUADRO 5.100 PROJETOS DE ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE CAPACIDADE DE CARGA E DE LIMITES ACEITÁVEIS DE ALTERAÇÃO E LEVANTAMENTO DE LINHAS BASE DE REFERÊNCIA DE INDICADORES AMBIENTAIS, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 .................................................................................................................................................................... 646 QUADRO 5.101 PROJETOS DE ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS DE SENSIBILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ................................................................................................................................................................ 64947 QUADRO 6.1 - RESUMO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DO PDITS/BH, LINHAS DE BASE, FONTES, METAS E MECANISMOS DE AFERIÇÃO ....................................................................................................................... 652 − − XXIX Lista de gráficos GRÁFICO 1.1 NÚMERO ESTIMADO DE TURISTAS EM BELO HORIZONTE, POR ANO, NO PERÍODO 2010–2020 .... 10 GRÁFICO 1.2 OFERTA ESTIMADA DE MEIOS DE HOSPEDAGEM* EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 ...................................................................................................................................................................... 12 GRÁFICO 1.3 OFERTA ESTIMADA DE UNIDADES HABITACIONAIS* EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010– 2020 .............................................................................................................................................................. 13 GRÁFICO 1.4 TAXA DE OCUPAÇÃO ESTIMADA DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM DE BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 .................................................................................................................................................... 14 GRÁFICO 1.5 QUANTIDADE DEMANDADA DE UNIDADES HABITACIONAIS (UHS) EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 .................................................................................................................................... 15 GRÁFICO 1.6 - OFERTA E DEMANDA PREVISTA DE UNIDADES HABITACIONAIS EM EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE ATÉ 2020 ........................................................................................... 16 GRÁFICO 1.7 ESTIMATIVA DA RECEITA GERADA PELAS ATIVIDADES TURÍSTICAS E PARCIALMENTE TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 (EM MILHARES DE REAIS) ................................................. 18 GRÁFICO 1.8 ARRECADAÇÃO EFETIVA E ARRECADAÇÃO PREVISTA DE ISS DE ATIVIDADES TURÍSTICAS E PARCIALMENTE TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2007–2020 ............................................. 19 GRÁFICO 1.9 RENDA DERIVADA PELA RECEITA TURÍSTICA, EM MILHARES DE REAIS, EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 .................................................................................................................................... 20 GRÁFICO 1.10 ESTABELECIMENTOS EFETIVOS E PREVISTOS DE SETORES TURÍSTICOS E PARCIALMENTE TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2006–2020 ....................................................................... 22 GRÁFICO 1.11 EMPREGADOS EFETIVOS E PREVISTOS DE ESTABELECIMENTOS DE SETORES TURÍSTICOS E PARCIALMENTE TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2006–2030 ............................................ 22 GRÁFICO 2.1. AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DOS ATRATIVOS CULTURAIS PESQUISADOS – BELO HORIZONTE –2010 ...................................................................................................................................................32 GRÁFICO 2.2. MESES DE MAIOR MOVIMENTO NOS ATRATIVOS CULTURAIS, SEGUNDO OS GESTORES, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................... 33 GRÁFICO 2.3. MESES DE MENOR MOVIMENTO NOS ATRATIVOS CULTURAIS, SEGUNDO OS GESTORES, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................... 34 GRÁFICO 2.4 TIPO DE PESQUISA REALIZADA COM SEUS VISITANTES PELOS ATRATIVOS CULTURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 35 GRÁFICO 2.5. VOLUME DE RECURSOS INVESTIDO(1) NOS ATRATIVOS CULTURAIS – BELO HORIZONTE – 2007-2010 37 GRÁFICO 2.6. DESTINO DOS INVESTIMENTOS QUE SERÃO REALIZADOS NOS ATRATIVOS CULTURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 A 2015 ........................................................................................................................... 38 GRÁFICO 2.7. NÚMERO DE ATRATIVOS QUE REALIZAM PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 39 GRÁFICO 2.8. MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS ATRATIVOS – BELO HORIZONTE – 2010 ............... 39 GRÁFICO 2.9. NÚMERO DE ATRATIVOS QUE MANTÊM PARCERIAS FORMAIS COM OUTROS ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS DO MUNICÍPIO – 2010 ...................................................................................................... 40 GRÁFICO 2.10. ORIGEM DOS VISITANTES NOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 ................. 46 GRÁFICO 2.11. MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 49 GRÁFICO 2.12. PARCERIAS FORMAIS ENTRE ATRATIVOS NATURAIS E OUTROS ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................................................... 50 GRÁFICO 2.13. FREQUÊNCIA TOTAL AOS EVENTOS PERMANENTES NOS ANOS DE 2007, 2008 E 2009 – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 62 GRAFICO 2.14. MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS EVENTOS PERMANENTES EM PERCENTUAL – BELO HORIZONTE –2010 ........................................................................................................................................ 64 GRAFICO 2.15. PARCERIAS FORMAIS ENTRE ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS COM OS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE 2010 .................................................................................................... 65 GRÁFICO 2.16. EXISTÊNCIA DE GERÊNCIAS, POR TIPO, NOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM PESQUISADOS, EM PERCENTUAL – BELO HORIZONTE –2010....................................................................... 70 GRÁFICO 2.17. FACILIDADES OFERECIDAS NAS UNIDADES HABITACIONAIS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................. 71 GRÁFICO 2.18 PERCENTUAL DE EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM QUE OFERECEM FACILIDADES EM ÁREAS COMUNS E DE LAZER POR TIPO DE FACILIDADES – BELO HORIZONTE/MG – 2010 ..................................... 72 − − XXX GRÁFICO 2.19. MESES DE MAIOR MOVIMENTO INFORMADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 .................................. 74 GRÁFICO 2.20. MESES DE MENOR MOVIMENTO INFORMADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 .................................. 74 GRÁFICO 2.21. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM QUE REALIZAM PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................... 77 GRÁFICO 2.22. VOLUME TOTAL DE INVESTIMENTOS INFORMADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE - 2007-2010 .......................................................................................... 78 GRÁFICO 2.23 MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, POR NÚMERO DE EQUIPAMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................. 80 GRÁFICO 2.24. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM QUE MANTÊM PARCERIAS FORMAIS COM SERVIÇOS TURÍSTICOS DE BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................... 81 GRÁFICO 2.25. MÊS DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................... 86 GRÁFICO 2.26. MÊS DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA DE BELO HORIZONTE POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS - 2010 ......................................................................... 87 GRÁFICO 2.27. NÚMERO MÉDIO DE REFEIÇÕES SERVIDAS NOS EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA, POR DIA DA SEMANA – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 87 GRÁFICO 2.28. GASTO MÉDIO DOS CLIENTES EM SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA, POR CATEGORIA DE EQUIPAMENTO – BELO HORIZONTE –2010 ......................................................................... 88 GRÁFICO 2.29. TIPOS DE PESQUISAS REALIZADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE –2010 ............................................................................................................................... 88 GRÁFICO 2.30. VOLUME DE RECURSOS INVESTIDOS EM DEZESSEIS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE – 2007-2010........................................................................................ 89 GRÁFICO 2.31. NÚMERO DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA QUE REALIZAM PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL – BELO HORIZONTE - 2010 ......................................................................................... 90 GRÁFICO 2.32 MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................................................................ 91 GRÁFICO 2.33 SERVIÇOS TURÍSTICOS QUE MANTÊM PARCERIAS FORMAIS COM OS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................... 92 GRÁFICO 2.34 MÊS DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO, PESQUISADOS POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 .................................... 97 GRÁFICO 2.35. MÊS DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS – 2010 ........................................ 98 GRÁFICO 2.36. FROTA DOS SERVIÇOS E E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE, POR TIPO DE VEÍCULO – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 107 GRÁFICO 2.37. MESES DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE –2010 .................................................................. 108 GRÁFICO 2.38. MESES DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 108 GRÁFICO 2.39. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE QUE REALIZAM PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................... 109 GRÁFICO 2.40 AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL DE CONSERVAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS – BELO HORIZONTE –2010 .......................................................................................................... 118 GRÁFICO 2.41. MESES DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 119 GRÁFICO 2.42. MESES DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 120 GRÁFICO 2.43. ORIGEM DOS CLIENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 121 GRÁFICO 2.44. PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 123 GRÁFICO 2.45 MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS PESQUISADOS, POR NÚMERO DE EQUIPAMENTOS – BELO HORIZONTE –2010 ........................................ 124 GRÁFICO 2.46. MEIOS DE COMERCIALIZAÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS PESQUISADOS - BELO HORIZONTE - 2010................................................................................... 124 GRÁFICO 2.47 MESES DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – 2010. ..................................................... 141 − − XXXI GRÁFICO 2.48 MESES DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – 2010. ...................... 141 GRÁFICO 2.49 VALOR DOS INGRESSOS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE – 2010. ........................................................................................................................... 142 GRAFICO 2.50. ORIGEM DOS VISITANTES NOS POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA DE BELO HORIZONTE– EM PERCENTUAIS – 2009 .................................................................................................................................. 152 GRAFICO 2.51 NÚMERO TOTAL ANUAL DE VISITANTES NOS POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA DE BELO HORIZONTE – 2007, 2008 E 2009 ............................................................................................................... 153 GRÁFICO 2.52 PERCENTUAL DE DIRIGENTES DE EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, POR ESCOLARIDADE, EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 157 GRÁFICO 2.53 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE EM CURSOS DE CAPACITAÇÃO – 2010 ........................................................................................................ 157 GRÁFICO 2.54 PREFERÊNCIA DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM SOBRE MODALIDADE DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO - BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................... 158 GRÁFICO 2.55 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DE EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM VISITAS TÉCNICAS BELO HORIZONTE - 2010............................................................................................................................. 162 GRÁFICO 2.56 PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE CAPACITAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................... 174 GRÁFICO 2.57 PREFERÊNCIA DOS GESTORES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE SOBRE MODALIDADE DE CURSO DE CAPACITAÇÃO – 2010 ....................................................................... 177 GRÁFICO 2.58 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS GASTRONÔMICOS EM VISITAS TÉCNICAS A ESTABELECIMENTOS SIMILARES - BELO HORIZONTE - 2010 ................................................................... 178 GRÁFICO 2.58 PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE CAPACITAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010......................................................................................... 189 GRÁFICO 2.59 PREFERÊNCIA SOBRE MODALIDADE DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO, DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................................................................... 191 GRÁFICO 2.60 PARTICIPAÇÕES EM VISITAS TÉCNICAS A ESTABELECIMENTOS SIMILARES, DE GESTORES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ..................................... 192 GRÁFICO 2.61 FAIXA ETÁRIA DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 199 GRÁFICO 2.62 ESCOLARIDADE DOS DIRIGENTES DE TRANSPORTADORAS TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................................................ 200 GRÁFICO 2.62 PREFERÊNCIA SOBRE MODALIDADE DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO DOS DIRIGENTES DAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................ 201 GRÁFICO 2.63 PARTICIPAÇÃO EM VISITAS TÉCNICAS A ESTABELECIMENTOS SIMILARES, DE DIRIGENTES DAS TRANSPORTADORAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................................... 202 GRÁFICO 2.64 PREFERÊNCIA DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS SOBRE MODALIDADE DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO EM BELO HORIZONTE – 2010.............................................. 211 GRÁFICO 2.65 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM VISITAS TÉCNICAS A ESTABELECIMENTOS SIMILARES EM BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 211 GRÁFICO 2.66 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PRINCIPAIS MEIOS DE DIVULGAÇÃO QUE INFLUENCIARAM NA ESCOLHA DO DESTINO BELO HORIZONTE, NA PERCEPÇÃO DE TURISTAS - 2010 ....................................... 279 GRÁFICO 2.68 TIPOS DE TURISMO EM VIAGENS A LAZER PREFERIDOS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 292 GRÁFICO 2.69 PERCEPÇÃO DO TOTAL DE ENTREVISTADOS SOBRE OS MEIOS DE DIVULGAÇÃO QUE MAIS INFLUENCIARAM SUA DECISÃO DE VISITAR BELO HORIZONTE EM SUA ÚLTIMA VIAGEM AO DESTINO – 2010 ............................................................................................................................................................ 301 GRÁFICO 2.70 PRINCIPAIS MOTIVOS PARA RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE SEGUNDO OS TURISTAS POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO – 2010 ................................................................................ 303 GRÁFICO 2.71 PRINCIPAIS MOTIVOS PARA RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE SEGUNDO OS TURISTAS POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO, COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 304 GRÁFICO 2.72 PRINCIPAL MOTIVO PARA RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE PELO TOTAL DE TURISTAS POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA - 2010 ................... 305 GRÁFICO 2.73 CLASSIFICAÇÃO DE BELO HORIZONTE EM RELAÇÃO A OUTROS 81 MUNICÍPIOS BRASILEIROS QUANTO À OFERTA DE SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO – 2003 A 2008 ............................................ 349 GRÁFICO 2.74 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA SETUR-MG SEGUNDO NÍVEL DE ESCOLARIDADE (TOTAL=63) ................................................................................................................................................. 386 GRÁFICO 2.75 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA SETUR-MG POR TIPO DE CONTRATAÇÃO (TOTAL=63) . 386 − − XXXII GRÁFICO 2.76 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA BELOTUR SEGUNDO NÍVEL DE ESCOLARIDADE (TOTAL=153) ............................................................................................................................................... 391 GRÁFICO 2.77 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA BELOTUR, POR TIPO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO (TOTAL=153) ............................................................................................................................................... 391 GRÁFICO 2.78 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA BELOTUR, SEGUNDO VÍNCULO EMPREGATÍCIO E NÍVEL DE ESCOLARIDADE (TOTAL=153) ................................................................................................................ 392 GRÁFICO 2.79 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE BELO HORIZONTE EM REGIONAIS ADMINISTRATIVAS - 2000 ........................................................................................................................... 422 GRÁFICO 2.80 PIRÂMIDE ETÁRIA DA POPULAÇÃO DE BELO HORIZONTE – 1991 .............................................. 423 GRÁFICO 2.81 PIRÂMIDE ETÁRIA DA POPULAÇÃO DE BELO HORIZONTE – 2000 .............................................. 423 GRÁFICO 2.82 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DOS SETORES ECONÔMICOS NA FORMAÇÃO DO PIB MUNICIPAL – BELO HORIZONTE – 2007 ..................................................................... 427 GRÁFICO 2.83 EVOLUÇÃO DO PIB PER CAPITA EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO DE 2000 A 2007 ................ 427 GRÁFICO 2.84 EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DOS SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA NO NÚMERO DE EMPREGOS FORMAIS – BELO HORIZONTE – 1986, 1996 E 2006 ................................................................ 429 GRÁFICO 2.85 EVOLUÇÃO DA PIA, DA PEA, POPULAÇÃO OCUPADA E DESEMPREGADOS EM BELO HORIZONTE – 1996 – 2002 ................................................................................................................................................ 430 GRÁFICO 2.86 TAXA DE ANALFABETISMO TOTAL – BH, RMBH, MG, SUDESTE E BRASIL - 2000 ......................... 449 − − XXXIII Lista de figuras FIGURAS 2.1 A 2.8 ATRATIVOS CULTURAIS DE BELO HORIZONTE ......................................................................... 28 FIGURAS 2.9 A 2.10 ALGUNS PARQUES NATURAIS DE BELO HORIZONTE ............................................................. 42 FIGURAS 2.11 IMAGENS DO CENTRO DE CONVENÇÕES MINASCENTRO, EM BELO HORIZONTE ....................... 113 FIGURAS 2.12 A 2.16 ALGUNS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE ................................................................................................................................................. 130 FIGURA 2.17: AEROPORTO QUE SERVE A BELO HORIZONTE - AEROPORTO INTERNACIONAL TANCREDO NEVES 2010 ............................................................................................................................................................ 347 FIGURA 2.18 SISTEMA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE ...................................................................................... 476 FIGURA 2.19 CAMADA DE VULNERABILIDADE NATURAL – ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO - BELO HORIZONTE - 2008 ...................................................................................................................................... 491 FIGURA 3.1 - CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS RODOVIAS – MINAS GERAIS - 2010 ................................................... 542 FIGURA 3.2 - CAMADA DE VULNERABILIDADE NATURAL DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO PARA BELO HORIZONTE - 2008............................................................................................................................. 550 − − XXXIV Lista de mapas MAPA 2.3.1 CONTEXTO METROPOLITANO DE BELO HORIZONTE 340 MAPA 2.3.2 MEIOS DE ACESSO AO MUNICÍPIO 341 MAPA 2.3.3 DOMICÍLIOS SEM ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM BELO HORIZONTE 349 MAPA 2.3.4 DOMICÍLIOS SEM ACESSO A REDE DE ESGOTO OU FOSSA SANITÁRIA 352 MAPA 2.3.5 DOMICÍLIOS SEM COLETA DE LIXO EM BELO HORIZONTE 356 MAPA 2.3.6 BACIAS HIDROGRÁFICAS EM BELO HORIZONTE 358 MAPA 2.3.7 ÁREAS SUJEITAS À INUNDAÇÃO EM BELO HORIZONTE 361 MAPA 2.3.8 ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM BELO HORIZONTE 364 MAPA 2.3.9 SISTEMA DE SAÚDE EM BELO HORIZONTE 369 MAPA 2.3.10 SEGURANÇA PÚBLICA EM BELO HORIZONTE 373 MAPA 2.5.1 ÁREAS VERDES EM BELO HORIZONTE 413 MAPA 2.5.2 REGIONAIS ADMINISTRATIVAS EM BELO HORIZONTE 415 MAPA 2.5.3 ROTEIROS TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE 450 MAPA 2.5.4 ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE TURÍSTICA EM BELO HORIZONTE 451 MAPA 3.1 INSERÇÃO METROPOLITANA E ACESSOS A BELO HORIZONTE 538 MAPA 3.2 MAPA DE ABRANGÊNCIA DOS CIRCUITOS TURÍSTICOS PRÓXIMOS A BELO HORIZONTE 539 MAPA 3.3 ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE TURÍSTICA EM BELO HORIZONTE 540 − − XXXV APRESENTAÇÃO Este documento contém o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de Belo Horizonte (PDITS-BH), contratado pela Empresa de Turismo de Belo Horizonte (BELOTUR) à Fundação João Pinheiro (FJP)1. O PDITS é um instrumento de planejamento do turismo para áreas turísticas selecionadas e insere-se no âmbito do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional), do Ministério do Turismo, constituindo-se em ferramenta para a obtenção de empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O PDITS-BH, em função da abrangência de seu diagnóstico e do conjunto de estratégias e ações resultantes, pode ser considerado como um marco no planejamento do turismo de Belo Horizonte, constituindo-se em um instrumento de planejamento estratégico de importância fundamental para orientar e promover o processo de desenvolvimento turístico sustentável na Capital mineira. A elaboração do Plano é regida por termo de referência, e sua metodologia contempla a realização de pesquisas de nível primário e secundário. Inicialmente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental envolvendo estudos já realizados e dados secundários existentes sobre os aspectos socioambientais, infra-estruturais, institucionais e do mercado turístico de Belo Horizonte. Em uma segunda etapa foram realizadas pesquisas para a coleta dos dados primários necessários sobre a oferta e a demanda turística (efetiva e potencial), abrangendo alguns aspectos qualitativos da comercialização do produto turístico de Belo Horizonte, e os aspectos institucionais relacionados ao turismo. A pesquisa diagnóstica da oferta turística foi realizada através da aplicação de questionários e entrevistas semi-estruturadas junto a gestores de atrativos e serviços e equipamentos turísticos de Belo Horizonte e de representantes de entidades do setor turístico municipal. A pesquisa de demanda turística efetiva foi realizada através da aplicação de questionários junto a uma amostra aleatória de turistas em postos de informação, principais atrativos e eventos turísticos. Já a pesquisa de demanda potencial foi realizada através da aplicação de questionários fechados junto a uma amostra aleatória de turistas que circulavam no saguão do Aeroporto de Congonhas em São Paulo, considerado o de maior fluxo de passageiros domésticos no país. Foi realizada ainda uma pesquisa qualitativa sobre alguns aspectos da comercialização do produto turístico de Belo Horizonte, através da aplicação de entrevistas semi-estruturadas, junto à gestora do Espaço Minas Gerais em São Paulo e a gestores de agências e operadoras do emissivo em São Paulo, que trabalhavam e não trabalhavam com o produto turístico ―Belo Horizonte‖. A pesquisa institucional foi realizada através da aplicação de entrevistas semi-estruturadas junto a Belotur, representantes do Conselho Municipal de Turismo e do trade turístico de Belo Horizonte, dentre outras instituições. A metodologia das pesquisas referentes aos componentes do mercado turístico, infraestrutura básica e serviços gerais, quadro institucional e aspectos socioambientais está detalhada nas diferentes partes que compõe o diagnóstico. No primeiro capítulo, apresentam-se os objetivos do PDITS. Para tanto, descreve-se, introdutoriamente, o contexto mais amplo das políticas de desenvolvimento turístico do país, do estado de Minas Gerais e do município de Belo Horizonte que fornecem os contornos e direcionamento mais gerais para o PDITS-BH, com destaque para o Plano Nacional de Turismo (PNT), para o Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional), para o Plano Setorial de Turismo de Minas Gerais e para o Programa BH Metas e Resultados. De forma consistente com os objetivos das políticas nacional e estadual do turismo e do planejamento estratégico adotado pela Prefeitura de Belo Horizonte descrevese, posteriormente, os objetivos do PDITS-BH, geral e específicos (instrumentais e 1 − Contrato de Prestação de Serviços de Consultoria Técnica Especializada – FJP/PROC 551/09 − 1 finalísticos). Por fim, descrevem-se as projeções e metas para o alcance dos objetivos finalísticos propostos pelo PDITS-BH nos horizontes de curto, médio e longo prazo. No segundo capítulo, apresenta-se o diagnóstico estratégico da área e das atividades turísticas. Nas seções 2.1 e 2.2 aborda-se o mercado turístico de Belo Horizonte. Inicialmente, detalha-se a metodologia da pesquisa de oferta turística utilizada e desenvolve-se a análise, envolvendo os atrativos turísticos, os serviços e equipamentos turísticos e a capacitação da mão de obra para o turismo. A análise dos atrativos abrange as categorias ―Atrativos culturais‖, ―Atrativos naturais‖, ―Realizações técnicas‖ e ―Eventos permanentes‖, que compõem o conjunto mais relevante da oferta turística de Belo Horizonte. A análise dos serviços e equipamentos turísticos e da capacitação de seus recursos humanos abrange sete setores: Hospedagem, Gastronomia, Agenciamento, Transporte, Eventos, Lazer e Entretenimento, e Outros Serviços e Equipamentos. Na seqüência, detalha-se a metodologia da pesquisa de demanda turística de Belo Horizonte, tanto a efetiva quanto a potencial, e desenvolve-se a análise, que inclui aspectos qualitativos da comercialização do produto turístico de Belo Horizonte. Na seção 2.3, procede-se a análise da infraestrutura básica e dos serviços gerais encontrados na Área Turística de Belo Horizonte. Avaliam-se as redes viárias de acesso ao município, os sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de limpeza urbana, a situação da rede de drenagem pluvial, os sistemas de transporte urbano e de comunicação, a cobertura da rede de iluminação pública e dos serviços de saúde, além da situação da segurança pública. Na seção 2.4, efetua-se a análise do quadro institucional de Belo Horizonte, compreendendo os órgãos e as instituições públicos e privados envolvidos na gestão do turismo em Belo Horizonte, os impactos e as limitações das políticas públicas e da capacidade de gestão pública sobre o desenvolvimento do turismo, a organização e a coordenação do processo de planejamento turístico, a legislação urbanística, ambiental e turística que incidem sobre o município, assim como o quadro dos incentivos para o investimento privado turístico. Na seção 2.5, é feita a análise dos aspectos socioambientais na Área Turística de Belo Horizonte. Inicialmente, contemplam-se o contexto histórico de formação do município, o meio físico e biótico, a dinâmica populacional recente, uma análise econômica setorial de Belo Horizonte, bem como os órgãos setoriais municipais responsáveis pelas políticas públicas de cunho socioambiental – políticas urbanas, políticas sociais, cultura, patrimônio histórico e cultural e educação. Em seguida, identificam-se os impactos ao meio ambiente já causados pela atividade turística, os aspectos da gestão ambiental pública e da gestão ambiental em empresas privadas, os instrumentos de planejamento e controle territorial e os aspectos relacionados à participação e inclusão de diferentes grupos sociais no desenvolvimento do turismo. Na seção 2.6, apresenta-se a consolidação do diagnóstico estratégico, que está estruturada em quatro subseções. Na primeira subseção analisou-se os produtos turísticos e os segmentos de turismo atuais e potenciais em relação aos mercados-meta. Esta análise determinou os produtos e segmentos consolidados em Belo Horizonte que apresentam maior possibilidade de crescimento e que devem ser sustentados e reafirmados, e os produtos emergentes ou não-explorados que apresentam maior potencial de crescimento, nos quais se devem concentrar esforços. Na segunda subseção foi realizada a identificação de áreas críticas de intervenção e dos atores locais que são necessários mobilizar nos componentes: produto turístico; comercialização, infraestrutura e serviços básicos; fortalecimento institucional; e gestão socioambiental. A terceira subseção abordou o posicionamento atual de Belo Horizonte no mercado turístico versus o seu posicionamento potencial, abrangendo os fatores motivadores de visitação e imagens associadas ao destino Belo Horizonte e a estratégia de posicionamento indicada. Na quarta seção são apresentadas as matrizes SWOT, ferramenta utilizada para a definição de estratégias. − − 2 No terceiro capítulo, realiza-se a validação da seleção da Área Turística, destacando a importância dos atrativos ou recursos turísticos, os aspectos de acessibilidade e conectividade, o nível de uso atual e potencial da Área Turística, as condições físicas e os serviços básicos do município, além do quadro institucional e os aspectos legais referentes ao turismo em Belo Horizonte. No quarto capítulo, formulam-se as estratégias de desenvolvimento turístico do PDITS-BH, resultantes do esforço do diagnóstico e da construção de matrizes SWOT, além das possibilidades de financiamento por parte do Prodetur Nacional, relacionadas em seu Regulamento Operacional. Estas estratégias refletem os objetivos propostos para o desenvolvimento do turismo no município e descrevem-se por componente: produto turístico, comercialização, infraestrutura e serviços básicos, fortalecimento institucional e gestão socioambiental. O quinto capítulo apresenta o Plano de Ação do PDITS-BH, subdividido nas seções: visão geral e ações previstas; dimensionamento do investimento total; seleção e priorização das ações propostas; descrição das ações a serem realizadas durante os dezoito primeiros meses de financiamento do Prodetur Nacional, e avaliação preliminar dos impactos ambientais dos projetos propostos. Em seguida, é apresentado o Programa de Gestão Ambiental do PDITS-BH, que consta de indicadores de monitoramento e avaliação dos impactos ambientais das ações propostas pelo plano e medidas mitigadoras previstas. No sexto capítulo, descreve-se o sistema proposto para o acompanhamento e avaliação do programa. O sétimo capítulo descreve os principais resultados, recomendações e sugestões advindas do processo de participação pública e validação do PDITS-BH. O oitavo capítulo apresenta, de forma sintética, as conclusões gerais do PDITS-BH. − − 3 1. FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS DO PDITS-BH 1.1. Introdução A formulação dos objetivos do PDTS-BH deve se dar a partir da compreensão da inserção deste instrumento de planejamento no contexto mais amplo das políticas de desenvolvimento que afetam o setor turístico em vigor nos âmbitos federal (PNT e Prodetur), estadual (PMDI e Plano Setorial de Turismo de Minas Gerais) e municipal (BH Metas e Resultados) O Plano Nacional de Turismo (PNT) 2007–2010 apresenta uma pluralidade de ações, estratégias e medidas que estimularão o turismo interno, gerando emprego, renda, desenvolvimento e inclusão social, para reduzir as desigualdades regionais e fazer do Brasil um país de todos. O Programa de Planejamento e Gestão da Regionalização (PPGR), do PNT, prevê ações relacionadas ao planejamento das regiões turísticas nas 27 Unidades Federadas. Contempla atividades de articulação, sensibilização, mobilização, elaboração e implementação dos planejamentos estratégicos das regiões turísticas. Por meio da institucionalização de instâncias de governança regionais, atua na formação de redes e na monitoria e avaliação do processo de regionalização, nos níveis municipal, estadual e nacional. Foram selecionados 65 destinos turísticos indutores, contemplando 59 regiões turísticas em todas as Unidades da Federação. Estes destinos serão organizados, visando à obtenção do padrão de qualidade internacional, constituindo-se, assim, em modelos de destinos indutores do desenvolvimento turístico regional. O município de Belo Horizonte foi escolhido como um dos destinos turísticos do estado de Minas Gerais (Brasil; Fundação Getúlio Vargas; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, 2008b, p. 4-9). No contexto da política nacional de turismo, o Prodetur financia programas regionais de turismo para a captação de recursos no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O objetivo principal do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur Nacional) é gerar condições que facilitem a consecução das metas do Plano Nacional de Turismo. Mais especificamente, o programa visa contribuir para o aumento da competitividade dos destinos turísticos brasileiros e consolidar a política nacional de turismo. Com esses fins, o Prodetur Nacional apóia o financiamento de projetos de desenvolvimento turístico, organizados em cinco componentes, relacionados, respectivamente, ao produto turístico, à comercialização turística, ao fortalecimento institucional relacionado à gestão turística municipal, à infraestrutura e serviços básicos de apoio no destino e à gestão ambiental relacionada aos recursos que constituem a base da atividade turística e aos impactos dos diversos investimentos turísticos. O acesso aos recursos do Prodetur Nacional depende da elaboração de um Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável (PDITS) para cada pólo turístico que se pretende desenvolver. O PDITS, tal como conceituado no Termo de Referência do Programa, é um ―instrumento de planejamento do turismo em uma área geográfica selecionada, que tem por objetivo principal orientar o crescimento do setor em bases sustentáveis, em curto, médio e longo prazo, estabelecendo as bases para a definição de ações, as prioridades, e a tomada de decisão. Deve, portanto, constituir o instrumento técnico de gestão, coordenação e condução das decisões da política turística e de apoio ao setor privado, de modo a dirigir seus investimentos e melhorar a capacidade empresarial e o acesso ao mercado turístico‖. − − 4 O desdobramento do modelo nacional de gestão pública descentralizada, participativa e com inclusão social no estado de Minas Gerais e o papel a ser exercido pelos atores do setor público, do setor privado e do terceiro setor são os elementos necessários e fundamentais para compreender o desempenho institucional e o nível da eficácia, eficiência e efetividade administrativas da política estadual do turismo. O Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI 2007–2023), ao buscar a consolidação de estado com foco em resultados, apresenta uma pluralidade de objetivos estratégicos e de iniciativas voltados: ao fortalecimento do sistema de planejamento e gestão urbana, especialmente das cidades-pólo; à construção da governança metropolitana em busca da ampliação da inserção nacional e internacional da RMBH; ao favorecimento para o estado de Minas Gerais de uma moderna e inovadora rede de produção e disseminação cultural e artística nas cidades-pólo; e à identificação e fomento de destinos turísticos estratégicos (PMDI-2007, p.44). O Plano Setorial de Turismo de Minas Gerais contém diretrizes, programas e ações para a Secretaria de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG) para o período de 2007 a 2010. Criada em 1999, em atendimento à reivindicação do setor turístico, a Setur-MG desenvolve hoje um conjunto de programas e ações de organização e apoio à atividade. Conta em sua estrutura organizacional com três superintendências, que coordenam várias diretorias, nas seguintes áreas: Planejamento, Gestão e Finanças; Desenvolvimento, Pesquisa e Informações Turísticas; e Política e Fomento do Turismo. A Prominas, empresa pública, administra o Expominas e o Minascentro, entre outros equipamentos no estado. No período 2007–2010, a Setur-MG deu continuidade e implementou ações decorrentes de sua missão institucional (Setur, 2006, p. 30). A prefeitura municipal busca realizar ações voltadas para a integração da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e para solucionar os problemas de interesse comum, como por exemplo: saúde, transporte e meio ambiente. A estrutura administrativa municipal introduz conceitos e práticas na gestão das políticas sociais do município para garantir os direitos sociais de intersetoralidade, descentralização e informatização (Belotur, 2005, p. 27-30). No âmbito do planejamento estratégico para a gestão de Belo Horizonte, a Prefeitura construiu o programa BH Metas e Resultados, que abrange 12 áreas de resultados e 40 projetos sustentadores, os quais balizarão as políticas e as ações da Prefeitura entre 2009 e 2012. O programa tem como objetivo alcançar maior eficácia nas ações, nas políticas urbanas e sociais e em todos os serviços públicos. O BH Metas e Resultados se complementa com o planejamento estratégico BH 2030. Os 40 projetos sustentadores serão complementados e reforçados a partir da elaboração do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), enviado à Câmara Municipal para análise, e do Orçamento Municipal para cada exercício financeiro. Os projetos sustentadores que se relacionam diretamente à atividade turística são: ● Projeto Sustentador 18: Turismo em BH – visa consolidar a cidade como destino turístico, por meio da ampliação do turismo de lazer e de negócios de porte médio e da melhoria dos instrumentos e mecanismos de atração turística. Até 2012, os resultados esperados correspondem notadamente ao aumento do número de eventos captados anualmente, da taxa média de ocupação hoteleira, do tempo médio de permanência do turista na cidade de Belo Horizonte e da implantação de um novo Centro de Convenções. A Belotur é o órgão responsável da implantação deste projeto. ● Projeto Sustentador 19: Copa 2014 – tem por objetivo assegurar a infraestrutura necessária para que Belo Horizonte possa sediar jogos e eventos da Copa das Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014, mediante a articulação de instituições e demais entes federados, com vistas ao compartilhamento de esforços para a − − 5 execução do projeto. O que se busca é a realização da Copa de 2014, projetando Belo Horizonte no cenário internacional como pólo turístico sustentável. O município de Belo Horizonte é o responsável pela captação de recursos no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), sob o marco do programa Prodetur Nacional. Para tal, selecionou toda sua área municipal para ser incluída neste programa como área turística, para a qual deverá ser elaborado o PDITS. A área turística foi aprovada pelo Ministério do Turismo e pelo BID. Este plano traduz o instrumento de planejamento do turismo, o qual visa orientar o crescimento do setor de forma sustentável, no curto, médio e longo prazos, estabelecendo as bases para a definição de ações, as prioridades e a tomada de decisão. A elaboração do PDITS baseia-se em uma visão integrada da área turística, em seus aspectos relacionados ao meio ambiente, cadeia produtiva, infraestrutura, serviços básicos e gestão do destino. A partir do diagnóstico da situação atual, o PDITS propõe objetivos, metas, estratégias e ações voltados para o desenvolvimento sustentável da atividade turística, que resultem na melhoria da qualidade de vida para a população local. Em função do exposto e das necessidades evidenciadas pelo diagnóstico realizado, sugerem-se os objetivos gerais e específicos para o PDITS-BH, agrupados em função de seu caráter instrumental ou finalístico. 1.2. Objetivos do PDITS-BH 1.2.1. Objetivo geral Promover o desenvolvimento sustentável do turismo de Belo Horizonte, com foco nos segmentos do turismo cultural e de negócios e eventos, visando à obtenção de um padrão de qualidade internacional, ao aumento da competitividade do destino, à geração de emprego, renda e à melhoria da qualidade de vida da população local. 1.2.2. Objetivos específicos 1.2.2.1. Instrumentais − Aprimorar a estruturação do produto turístico, a partir da criação e da melhor qualificação dos atrativos, de espaços de eventos e de outros serviços e equipamentos turísticos, além de capacitar a mão de obra empregada e potencialmente empregável no setor, com a inclusão de desempregados e jovens. Melhorar a divulgação e comercialização do produto turístico de Belo Horizonte, com foco simultâneo e segmentado no turismo cultural e de negócios e eventos Melhorar a infraestrutura e os serviços públicos, especialmente as condições de acesso ao município, de mobilidade urbana e de acessibilidade aos atrativos e equipamentos turísticos, o saneamento urbano, com especial foco na região da Pampulha, e a efetividade dos sistemas de segurança pública na cidade. Fortalecer as instituições e a governança relacionadas à gestão do setor do turístico. Contribuir para o equilíbrio ambiental urbano e promover a sustentabilidade da atividade turística. − 6 1.2.2.2. Finalísticos Aumentar o fluxo turístico estadual, nacional e internacional para o município. Aumentar o tempo médio de permanência do turista na cidade. Aumentar as unidades habitacionais e o número de leitos. Incrementar os investimentos por empresas e serviços turísticos privados e públicos. Aumentar a receita do turismo. Ampliar a receita tributária municipal oriunda das atividades turística. Aumentar a renda derivada pela receita turística e pelos investimentos. Aumentar o número de empregos gerados pela atividade turística. Prevê-se que o PDITS-BH tenha suas ações iniciadas entre 2011 e 2012 e que sua execução ocorra ao longo de cinco anos. As metas específicas para os objetivos finalísticos a serem alcançadas no curto, no médio e no longo prazo foram estabelecidas em função de projeções elaboradas a partir da base de dados atualizada gerada no diagnóstico do PDITS-BH. 1.3. Projeções e metas para os objetivos finalísticos Como a base de dados para as projeções e o estabelecimento de metas é anual, definemse as metas para dois anos, até 2014, como sendo de curto prazo e as para cinco anos, até 2017, como de médio prazo. A título de referência para ações futuras, são também projetadas metas para oito anos, até 2020, como de longo prazo, as quais devem ser ajustadas quando da elaboração de um plano municipal de turismo, em 2017, ao término da execução do Pdits-BH. 1.3.1. Cenários Para as projeções, foram considerados três cenários distintos. O pessimista, em que não se executa o PDITS-BH; o realista, em que se executa o plano em um ambiente de expansão das atividades turísticas; e o otimista, em que se executa o plano com base em um cenário de forte expansão das atividades turísticas, em função de um contexto externo mais favorável. Busca-se com isso permitir que as projeções efetuadas ocorram em um intervalo específico entre o cenário pessimista e o otimista. No cenário otimista, o País continua a crescer de forma acelerada, as economias americana e europeia voltam a crescer, solucionando seus graves problemas fiscais, e a China e a Índia não sofrem nenhum problema econômico, mantendo ou diminuindo muito moderadamente as atuais taxas de crescimento de seu produto interno. Neste quadro, ocorre forte expansão das atividades turísticas, e Belo Horizonte se consolida como importante pólo turístico nacional, otimizando os investimentos previstos em seu PDITS, os efeitos da realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo e demais instrumentos de planejamento. No quadro realista, a economia mundial apresenta problemas, mas não entra em fase recessiva. A China continua a crescer, mas não tão fortemente como agora. O setor de turismo continua a crescer no Brasil e no mundo, mas de forma mais moderada do que no cenário otimista. Os investimentos previstos no PDITS-BH são realizados, em sua maioria, de forma consistente, e o setor apresenta crescimento sustentável e bastante satisfatório até 2020, também beneficiando-se dos efeitos da Copa das Confederações e da Copa do − − 7 Mundo. Este quadro ainda permite a consolidação da Capital mineira como importante destino turístico do País. No cenário pessimista, não se considera a implementação do PDITS–BH no prognóstico. A economia mundial não consegue se recuperar totalmente, também apresentando taxas de crescimento bastante moderadas, o que permite que o turismo internacional também cresça moderadamente. Ao mesmo tempo, o País apresenta taxas medianas de crescimento, com o aprofundamento da distribuição de renda. O turismo interno continua a crescer, porém de forma mais moderada. A não implementação do PDITS–BH impede que a Capital mineira se beneficie de todos os potenciais frutos advindos das realizações da Copa das Confederações e da Copa do Mundo no Brasil. Como resultado, as atividades turísticas locais continuam a se expandir, mas em ritmo menor que aqueles previstos nos dois cenários anteriores. As projeções a serem utilizadas para referenciar as metas do PDITS–BH são as do cenário realista. 1.3.2. Projeções para as variáveis dos objetivos finalísticos nos três cenários a) Aumento do fluxo turístico estadual, nacional e internacional para o município A partir dos dados da pesquisa do diagnóstico, estimou-se que 2,26 milhões de turistas visitaram Belo Horizonte em 2010. A pesquisa de demanda realizada indicou que dos turistas que visitam a Capital mineira 46,7% utilizaram o transporte aéreo como meio de acesso; 28,8%, automóveis; 22,8%, ônibus; 1,7%, outros meios de transporte. Para estimar o número futuro de turistas/ano a visitarem Belo Horizonte, buscou-se estimar a evolução passada para cada um destes grupos separadamente. Isso permitiu gerar o número de turistas que visitaram a Capital mineira a partir de 2003. Assim, foi possível quantificar as relações existentes entre este montante total estimado de visitantes e a evolução do produto interno bruto do País. Dadas as previsões existentes para a evolução futura deste produto, foi possível estimar a evolução do número de turistas que visitarão Belo Horizonte até 2020. Fez-se este exercício (estimação desagregada somada posteriormente e não estimação dos valores já agregados) devido à forte substituição ocorrida na última década envolvendo o transporte rodoviário e o aéreo. Inicialmente, estimou-se a série histórica do número de turistas que visitarão a Capital mineira por via aérea. Para tanto, utilizou-se o número de passageiros nos aeroportos da Região Metropolitana de Belo Horizonte: Carlos Partes, Pampulha e Confins. Os dados foram disponibilizados pela INFRAERO, desde 2003. Pressupõe-se que o número de turistas que visitaram a Capital mineira via transporte aéreo evoluiu de acordo com este número de passageiros. Ou seja, o número de turistas que visitaram Belo Horizonte por via aérea a partir de 2003 teria apresentado a mesma taxa de crescimento observada para a evolução do número de passageiros nos aeroportos da RMBH. Para se estimar o volume de turistas que visitaram a Capital mineira via automóveis, utilizouse a evolução do faturamento das empresas de locação de veículos desde 2003 (disponíveis nos Anuários da ABLA – Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis até 2008). Pressupôs-se que o número deste grupo de turistas cresceu na mesma proporção deste montante. A elasticidade-produto deste faturamento variou ligeiramente ao redor de 0,89 (ou seja, para cada um por cento de aumento no produto brasileiro o faturamento destas empresas cresceria 0,89%). Este cálculo permitiu estimar este faturamento para 2009 e 2010 (dados faltantes). Utilizaram-se os dados relativos ao número de passageiros usuários do terminal rodoviário de Belo Horizonte para estimar a evolução do número de turistas que visitaram a Capital mineira por transporte rodoviário. Estes dados estão disponibilizados a partir de 1996 pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres (até 2007). Estes apresentam clara − − 8 tendência de queda no período. Sua elasticidade-produto também se mostrou relativamente estável, situando-se em (-0,77). Ou seja, para cada crescimento de 1% no produto nacional estes passageiros decairiam em 0,77%. Utilizou-se este parâmetro para estimar os dados faltantes para os anos entre 2008 e 2010. Por fim, pressupôs-se que o número destes turistas evoluiu, desde 2003, de acordo com o número de passageiros citados. Pressupôs-se que a evolução do restante 1,7% de turistas que utilizam outros meios de transportes foi igual à observada para os três grupos descritos de forma conjunto; ou seja, apresentou o mesmo comportamento agregado dos restante 98,3% dos turistas. O número estimado de turistas que visitaram Belo Horizonte em 2003 foi 1,45 milhão. Como já foi dito, este chega a cerca de 2,26 milhões em 2010. A série teria apresentado 55% de crescimento no período: 6,5% a.a., em média. Este número apresentou uma elasticidade em relação ao produto de 1,42 (variando entre 1,20 e 1,63). Ou seja, para cada 1% de crescimento do produto brasileiro o número de turistas que visitariam Belo Horizonte cresceria 1,42%. Para construir os cenários futuros utilizou-se previsão do FMI de que a economia brasileira deve crescer 4% ao ano até 2020. Pressupôs-se que a elasticidade-produto do número de turistas seria 1,2 no cenário pessimista, 1,42 no cenário realista e 1,63 no cenário otimista. Fez-se exercício alternativo, em que a elasticidade-produto ficou fixa (em 1,42) e as taxas de crescimento futuras da economia brasileira seriam de 3,5% (cenário pessimista), 4% (cenário realista) e 4,5% (cenário otimista). As séries estimadas se mostraram muito próximas. Assim, decidiu-se utilizar as primeiras. Dada a previsão de construção de um novo Centro de Convenções em Belo Horizonte (com previsão de inauguração em março de 2014) e a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014, fez-se um ajuste nas séries estimadas, de forma a incorporar os potenciais novos turistas que deverão vir à Capital mineira a partir daquele ano. Como o Centro de Convenções apresenta capacidade para 9 mil pessoas, pressupôs-se que no cenário pessimista este centro comporte, em média, 7 mil pessoas, de segunda a quinta, durante as 53 semanas do ano. No cenário realista, este número sobe para 8 mil. Por fim, no cenário otimista este número cresce para 9 mil. Como a Fundação Getúlio Vargas (2009) havia identificado que somente 62% dos participantes dos eventos realizados nos centros de convenção e exposição de Belo Horizonte eram turistas em 2009, esta foi a proporção utilizada para ajustar o número de turistas que visitariam Belo Horizonte a partir de 2014. Estes cenários, uma vez concretizados, implicariam o crescimento do total de turistas por ano em Belo Horizonte para algo entre 4,5 milhões e 5,4 milhões em 2020 (5 milhões no cenário realista). Espera-se que o número de turistas que visitarão Belo Horizonte em 2014 varie entre 3,6 milhões e 4,1 milhões (3,9 milhões no cenário realista). Já em 2017 o número de turistas que visitarão a Capital mineira variaria entre 4,1 milhões e 4,7 milhões (4,4 milhões no cenário realista). A tabela 1.1 e o gráfico 1.1 mostram as estimativas anuais que embasam as metas de curto, médio e longo prazo. A taxa média de crescimento do número de turistas que visitarão Belo Horizonte variaria entre 7,22% a.a. e 9,2% a.a. (8,22% a.a. no cenário realista). Entretanto, este crescimento é fortemente influenciado por 2014, em que se espera que este número cresça mais de 40% nos três cenários analisados. No cenário pessimista, este crescimento seria de 4,81% em 2011 e de 3,80% em 2020; no realista, de 5,68% em 2011 e 4,43% em 2020. Por fim, no cenário otimista, estes números seriam 6,56% e 5,06%, respectivamente. − − 9 Tabela 1.1 Número estimado de turistas em Belo Horizonte, por ano, no período 2010–2020 Ano Cenário Realista 2.257.489 2.385.784 2.521.371 2.664.663 3.867.619 4.027.661 4.196.798 4.375.547 4.564.455 4.764.099 4.975.089 Pessimista 2.257.489 2.366.075 2.479.884 2.599.168 3.644.269 3.775.303 3.912.641 4.056.584 4.207.452 4.365.576 4.531.306 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Otimista 2.257.489 2.405.493 2.563.202 2.731.250 4.093.275 4.284.080 4.487.395 4.704.039 4.934.887 5.180.870 5.442.980 Fonte: Dados coletados na Infraero (2003-2011); Anuário da Associação Brasileira de Locadora de Automóveis (ABLA) (2003-2008); Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) (1996-2007), pesquisa da Fundação João Pinheiro, 2010. Elaboração: Fundação João Pinheiro Gráfico 1.1 Número estimado de turistas em Belo Horizonte, por ano, no período 2010– 2020 6.000.000 5.500.000 5.000.000 4.500.000 4.000.000 3.500.000 3.000.000 2.500.000 2.000.000 2010 2011 2012 2013 2014 Pessimista 2015 2016 Realista 2017 2018 2019 2020 Otimista Fonte: Dados coletados na Infraero (2003-2011); Anuário da Associação Brasileira de Locadora de Automóveis (ABLA) (2003-2008); Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) (1996-2007), pesquisa da Fundação João Pinheiro, 2010. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) b) Aumento do tempo médio de permanência do turista na cidade Na pesquisa diagnóstica realizada sobre a oferta turística em Belo Horizonte, a maioria dos hotéis (25%) informou que a taxa de permanência média de hóspedes está na faixa de 2 dias. Já para a maioria dos apart-hotéis (37,5%) essa taxa é de 3 dias. A taxa de permanência média de turistas informada, considerando todos os 36 hotéis e os 16 aparthotéis pesquisados, foi de 2,9 dias/turista. − − 10 Na pesquisa de demanda efetiva, a taxa média de permanência para todos os meios de hospedagem, incluindo casas de parentes e amigos, e outros, foi de 7,4 pernoites. Em parte, essa média reflete também o fato de a pesquisa ter ocorrido em mês de médias de estadias mais longas. Optou-se, então, por definir metas qualitativamente, com base no perfil do turismo de Belo Horizonte. Pressupõe-se aqui que as ações a serem implementadas farão com que a cada ano 5% dos turistas que vêm para negócios e eventos – que representam 27,6% do total da demanda – fiquem mais um dia na Capital mineira. Assim, as taxas médias de permanência em hotéis e apart-hotéis que balizam as metas para o curto, o médio e o longo prazo serão de 3,2 em 2014, 3,4 em 2017 e 3,5 em 2020. Quando se consideram todos os meios de hospedagem, estas taxas passam para 7,5 em 2014, 7,6 em 2017 e 7,7 em 2020, no cenário realista. c) Incremento das unidades habitacionais e número de leitos Pelos dados da RAIS, existiam 228 hotéis e similares em Belo Horizonte. No Inventário da Oferta Atual de Unidades Habitacionais dos Meios de Hospedagem em Belo Horizonte e em seu Entorno, realizado pelo IPEAD para a Belotur em 2010, foram identificados 428 meios de hospedagem apenas em Belo Horizonte. Deste universo, o Inventário abrangeu 107 meios de hospedagem caracterizados como hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues, que traduz o universo aqui considerado para efeito das projeções do PDITS. Juntos, estes 107 meios de hospedagem ofertavam 8.144 unidades habitacionais (UHs), compostas de 9.900 leitos de solteiro e 4.668 leitos de casal. Conforme dados divulgados pela PBH em abril de 2011 (revista hotéis, 2011)2, havia 41 projetos hoteleiros, sendo 8 em fase de construção, 22 em fase de licenciamento e 11 em fase de negociação. Considerando apenas os 30 projetos em fase de construção ou de licenciamento, havia a previsão de acréscimo de 6.819 apartamentos até a Copa do Mundo de 2014, com investimentos de R$ 1.573 bilhão. Caso os 41 projetos se viabilizem, seriam novas 9.411 UHs na cidade. Não se informou o número de leitos. Em maio de 2011, segundo informado na mídia (Valor Econômico, 2011)3 pelo presidente do Comitê Executivo da Copa do Mundo da Prefeitura de Belo Horizonte, Tiago Lacerda, existiriam 44 novos projetos hoteleiros em Belo Horizonte, sendo 14 em construção e 30 em fase de licenciamento. Caso todos estes sejam efetivamente construídos e entrem em atividade, estima-se que seriam criadas 10.118 UHs e investidos de cerca de R$ 2,577 bilhões. Dois caminhos podem ser utilizados para se estimar o montante de investimentos futuros no setor de hospedagem em Belo Horizonte. O primeiro, que estará sendo utilizado aqui como referência complementar para o setor, consiste em utilizar as informações atualmente existentes sobre os projetos. No segundo caminho, estima-se o aumento na quantidade demandada, presumindo-se que a quantidade ofertada no mercado hoteleiro tende a se ajustar para atender a esta demanda. É o cenário realista oriundo deste método que indicará as metas do PDITS-BH. No primeiro caso, supôs-se que, no cenário pessimista, somente 25 novos meios de hospedagem seriam implantados em Belo Horizonte; no cenário realista, 35; e no cenário otimista, 44. Pressupõe-se, ainda, que 8 projetos serão inaugurados em 2012, 22 (caso ocorram) em 2013 e o restante em 2014. 2 Fonte: www.revistahoteis.com.br. Disponível em: http://aeroportodeconfins.wordpress.com/2011/04/12/belo-horizonte-podera-ter-41-novos-hoteis-e-investimento-de-r-2-362bilhoes-para-copa-do-mundo-de-2014/. Acesso em 14-06-2011 3 Valor Econômico – Belo Horizonte corre risco de super oferta após a Copa de 2014. São Paulo, 31/05/2011. − − 11 O número de UHs em Belo Horizonte alcançaria, então, 13,7 mil em 2014 no cenário pessimista, 16,1 mil no realista e 18,3 mil no cenário otimista. Caso não ocorram novos investimentos no futuro, estes parâmetros ficariam estabilizados. As estimativas realizadas nessa perspectiva estão descritas na tabela 1.2 e nos gráficos 1.2 e 1.3. Tabela 1.2 Oferta estimada de meios de hospedagem* e de unidades habitacionais em Belo Horizonte no período 2010–2020 Meios de Hospedagem Cenário Cenário Cenário pessimista realista otimista 107 107 107 107 107 107 115 115 115 132 137 137 132 142 151 132 142 151 132 142 151 132 142 151 132 142 151 132 142 151 132 142 151 Ano 2010* 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Cenário pessimista 8.144 8.144 9.734 13.775 13.775 13.775 13.775 13.775 13.775 13.775 13.775 UHs Cenário realista 8.144 8.144 9.734 14.963 16.141 16.141 16.141 16.141 16.141 16.141 16.141 Cenário otimista 8.144 8.144 9.734 14.963 18.262 18.262 18.262 18.262 18.262 18.262 18.262 *Nota: Referente a hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues Fonte: Ipead/Belotur, 2010; PBH, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Gráfico 1.2 Oferta estimada de meios de hospedagem* em Belo Horizonte no período 2010–2020 160 150 140 130 120 110 100 90 2010 2011 2012 2013 2014 Cenário pessimista 2015 2016 Cenário realista 2017 2018 2019 2020 Cenário otimista *Nota: Referente a hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues Fonte: Ipead/Belotur, 2010; PBH, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) − − 12 Gráfico 1.3 Oferta estimada de unidades habitacionais* em Belo Horizonte no período 2010–2020 20.000 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 2010 2011 2012 2013 2014 Cenário pessimista 2015 2016 Cenário realista 2017 2018 2019 2020 Cenário otimista *Nota: Referente a hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues Fonte: Ipead/Belotur, 2010; PBH, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Na tabela 1.3, observa-se que o número de leitos de solteiro, estimado em 9.900 em 2010, se situaria entre 16.745 e 22.200 (19.622 no cenário realista) em 2020, enquanto o número de leitos de casal se situaria entre 7.895 e 10.467 (9.252 no cenário realista). Tabela 1.3 Oferta estimada de leitos de solteiro e de casal em Belo Horizonte no período 2010– 2020 Ano 2010* 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Cenário pessimista 9900 9900 11833 16745 16745 16745 16745 16745 16745 16745 16745 Leitos de solteiro Cenário realista 9900 9900 11833 18189 19622 19622 19622 19622 19622 19622 19622 Cenário otimista 9900 9900 11833 18189 22200 22200 22200 22200 22200 22200 22200 Cenário pessimista 4668 4668 5579 7895 7895 7895 7895 7895 7895 7895 7895 Leitos de casal Cenário realista 4668 4668 5579 8577 9252 9252 9252 9252 9252 9252 9252 Cenário otimista 4668 4668 5579 8577 10467 10467 10467 10467 10467 10467 10467 *Nota: Referente a hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues Fonte: Ipead/Belotur, 2010; PBH, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) A taxa da ocupação hoteleira, descrita na tabela 1.4 e no gráfico 1.4, cairia em 2012 e 2013 e subiria a partir de então, alcançando em 2014 (cenário pessimista), 2015 (cenário realista) ou 2016 (cenário otimista), nível próximo do verificado em 2010. Sem o acréscimo de novos leitos, o crescimento da demanda começaria a pressionar a capacidade de oferta já a partir de 2014 e a taxa de ocupação em 2020 alcançaria 97% (cenário pessimista), 91% (cenário realista) ou 88% (cenário otimista). A taxa de ocupação fica maior no cenário pessimista, porque a oferta de novos leitos cresce menos que o número de turistas relativamente aos outros cenários. No cenário otimista, o número de turistas, em relação a outros cenários, cresce menos que a oferta de novas UHs, diminuindo sua taxa de ocupação. − − 13 Tabela 1.4 Taxa de ocupação estimada dos meios de hospedagem de Belo Horizonte no período 2010–2020 Ano 2010* 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Cenário pessimista 0,68 0,73 0,65 0,50 0,71 0,75 0,80 0,85 0,90 0,94 0,97 Taxa de ocupação Cenário realista 0,68 0,74 0,67 0,47 0,64 0,69 0,73 0,78 0,83 0,87 0,91 Cenário otimista 0,68 0,74 0,68 0,48 0,60 0,64 0,69 0,74 0,79 0,84 0,88 *Nota: Referente aos meios de hospedagem constantes da pesquisa da ABIH-MG Fonte: ABIH, 2010. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Gráfico 1.4 Taxa de ocupação estimada dos meios de hospedagem de Belo Horizonte no período 2010–2020 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 2010 2011 2012 2013 2014 Pessimista 2015 2016 Realista 2017 2018 2019 2020 Otimista Fonte: ABIH, 2010. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) No segundo método, utilizado aqui como referência para as metas a serem definidas para o setor, estima-se a evolução da quantidade demandada de UHs a partir do fluxo futuro esperado de turistas para a cidade. Neste caso, o número necessário de UHs ficaria entre 9.786 e 10.991 em 2014 (10.385 no cenário realista), entre 11.651 e 13.510 em 2017 (12.567 no cenário realista) e entre 13.425 e 16.126 em 2020 (14.740 no cenário realista). A tabela 1.5 e o gráfico 1.5 mostram os números encontrados. − − 14 Tabela 1.5 Quantidade demandada estimada de Unidades Habitacionais (UHs) em Belo Horizonte no período 2010–2020 Ano Quantidade de UHs Cenário pessimista Cenário realista Cenário otimista 5.542 5.940 6.367 6.824 9.786 10.367 10.988 11.651 12.358 12.934 13.425 5.542 5.989 6.473 6.996 10.385 11.060 11.786 12.567 13.407 14.115 14.740 5.542 6.039 6.581 7.171 10.991 11.764 12.602 13.510 14.495 15.349 16.126 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Fonte: Ipead/Belotur, 2010; ABIH-MG. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Gráfico 1.5 Quantidade demandada de Unidades Habitacionais (UHs) em Belo Horizonte no período 2010–2020 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Pessimista 2016 Realista 2017 2018 2019 2020 Otimista Fonte: Ipead/Belotur, 2010; ABIH-MG. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Neste segundo método, a demanda de leitos em Belo Horizonte, discriminados os leitos do tipo solteiro e do tipo casal, seria aquela apresentada na tabela 1.6. − − 15 Tabela 1.6 Demanda por leitos de solteiro e de casal em equipamentos de hospedagem de Belo Horizonte – 2010–2020 Leitos de casal Cenários Pessimista Realista 3.861 3.861 4.139 4.173 4.436 4.510 4.755 4.875 6.818 7.236 7.224 7.706 7.656 8.212 8.118 8.756 8.611 9.341 9.012 9.835 9.354 10.270 Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Otimista 3.861 4.208 4.585 4.997 7.658 8.197 8.781 9.414 10.100 10.695 11.236 Leitos de solteiro Cenários Pessimista Realista 8.189 8.189 8.778 8.851 9.409 9.566 10.085 10.339 14.460 15.347 15.320 16.344 16.237 17.417 17.217 18.570 18.262 19.811 19.113 20.857 19.838 21.781 Otimista 8.189 8.924 9.725 10.597 16.242 17.385 18.623 19.965 21.419 22.682 23.830 Fonte: Ipead/Belotur, 2010; ABIH-MG. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) O gráfico 1.6 ajuda a visualizar a comparação entre a oferta e a demanda previstas de UHs em Belo Horizonte até 2020. A demanda tende a crescer mais que a oferta a partir de 2014 e a se aproximar de um hipotético equilíbrio a partir de 2020. Todavia, como o cenário entre 2014 e 2020 é de aumento crescente da taxa de ocupação hoteleira, é provável que haja novo incremento da oferta, estimulado pela demanda. As projeções efetuadas e o gráfico em questão não captam este possível movimento de ajuste do mercado, uma vez que o número de UHs previsto é satisfatório para atender à demanda projetada, não havendo necessidade de ajustá-lo. Gráfico 1.6 - Oferta e demanda prevista de unidades habitacionais em equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte até 2020 20.000 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Demanda cenário pessimista Demanda cenário realista Demanda cenário otimista Oferta cenário pessimista Oferta cenário realista Oferta cenário otimista Fonte: Ipead/Belotur, 2010; ABIH-MG. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) − − 16 d) Incremento dos investimentos por empresas e serviços turísticos privados e públicos De acordo com os cenários já descritos de expansão da oferta de UHs em Belo Horizonte e os dados divulgados pela PBH (revistahotéis, 2011)4, os investimentos planejados para a expansão da infraestrutura hoteleira de Belo Horizonte, em termos de novos equipamentos, seriam de R$1,28 bilhão no cenário pessimista, R$1,93 bilhão no cenário realista e R$2,58 bilhões no cenário otimista. Caso se considere o incremento esperado da quantidade demandada de UHs, descrito anteriormente, e supondo que o investimento médio por UH gerada seja de R$ 250 mil (nível médio observado nos atuais projetos em construção, licenciamento ou negociação), os investimentos que ocorrerão em novos hotéis em Belo Horizonte até 2020 variariam entre R$1,35 bilhão (cenário pessimista) e R$2,03 bilhões de reais (cenário otimista). No cenário realista, este seria de R$1,68 bilhão. Ambos os métodos geram resultados próximos, apesar de apresentarem metodologias de cálculos totalmente distintas. Há que se considerar ainda que 23,1% dos equipamentos de hospedagem entrevistados na pesquisa de oferta turística do PDITS-BH em 2010 têm metas de expansão ou ampliação de UHs, embora a maioria não tenha especificado essas metas. A pesquisa da oferta turística de Belo Horizonte do PDITS-BH revelou ainda outras boas perspectivas de investimento pelo setor privado nos próximos cinco anos. No setor de serviços e equipamentos de gastronomia, 25 deles (64% dos estabelecimentos do setor pesquisados) disseram que têm plano de investimento, sendo que a soma dos investimentos planejados para este período em 14 equipamentos que informaram essa intenção chega a R$2,5 milhões. No setor de serviços e equipamentos de agenciamento, 7 (70% dos estabelecimentos do setor pesquisados) têm intenção de investir, valores que podem alcançar R$1.000.000,00. No setor de serviços e equipamentos de transporte, 2 (40% dos estabelecimentos do setor pesquisados) têm intenção de investir, mas não informaram valores. No setor de serviços e equipamentos para eventos, 5 (42% dos estabelecimentos do setor pesquisados) das empresas pesquisadas informaram ter intenção de investir, sem informar valores. No setor de serviços de lazer e entretenimento, 12 (41,4% dos estabelecimentos do setor pesquisados) têm intenção de investir. Os valores de investimento previstos em 6 chegam a R$8,6 milhões. No total, esses investimentos em hotéis e outros equipamentos informados somam R$1,71 bilhão. De outro lado, o PDITS-BH prevê investimentos públicos e privados totais de R$5.857,41 bilhões, sendo que R$316 milhões em produtos turísticos, R$13 milhões em estratégias de comercialização, R$4,365 milhões em fortalecimento institucional, R$5,515,86 bilhões em infraestrutura geral e serviços básicos e R$8,104 milhões em aspectos ambientais. Há que se considerar que as obras de reforma do estádio Mineirão deverão consumir recursos da ordem de R$684 milhões e que isso também representa um reforço à atratividade de Belo Horizonte. Sem considerar outros possíveis investimentos privados sobre quais não foi possível se obter informações, no total, estimam-se investimentos públicos e privados de R$2,70 bilhões em atividades mais diretamente ligadas ao setor turístico, além de R$5,51 bilhões em infraestrutura geral e serviços básicos incluídos no PDITS-BH, totalizando R$8,2 bilhões. 4 Revistahotéis, 2011, op. cit. − − 17 e) Incremento da receita do turismo Considerando o gasto médio de R$91,40 por turista/dia na Capital mineira, identificado na pesquisa de demanda turística do PDITS–BH (que deve permanecer constante em termos reais), os fluxos estimados de turistas por ano e a permanência média estimada, prevê-se que os gastos turísticos em Belo Horizonte alcancem em 2020 entre 3,2 e 3,8 bilhões de reais (R$ 3,5 bilhões no cenário realista). Em 2014, a receita gerada pelo turismo se situaria entre R$2,5 bilhões e R$2,8 bilhões (R$2,6 bilhões no cenário realista). Esta alcançaria um valor entre R$2,8 bilhões e R$3,3 bilhões três anos depois, em 2017 (R$3 bilhões no cenário realista). A tabela 1.7 e o gráfico 1.7 exibem as estimativas anuais que embasam as metas de curto, de médio e de longo prazo. Tabela 1.7 Estimativa da receita gerada pelas atividades turísticas e parcialmente turísticas em Belo Horizonte no período 2010–2020 Ano 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Renda gerada pelas atividades turísticas (em reais) Cenário pessimista Cenário realista Cenário otimista 1.526.874.951 1.606.320.724 1.690.019.275 1.778.206.168 2.503.094.761 2.603.573.268 2.709.389.376 2.820.839.281 2.938.236.334 3.061.912.077 3.192.217.343 1.526.874.951 1.619.701.309 1.718.292.124 1.823.014.508 2.656.504.468 2.777.607.104 2.906.159.781 3.042.637.550 3.187.546.767 3.341.427.217 3.504.854.401 1.526.874.951 1.633.081.895 1.746.799.507 1.868.569.333 2.811.498.269 2.954.442.478 3.107.389.743 3.271.061.973 3.446.234.552 3.633.740.399 3.834.474.348 Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Milhares Gráfico 1.7 Estimativa da receita gerada pelas atividades turísticas e parcialmente turísticas em Belo Horizonte no período 2010–2020 (em milhares de reais) 4.000.000 3.500.000 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 2010 2011 2012 2013 2014 Pessimista 2015 2016 Realista 2017 2018 2019 2020 Otimista Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) − − 18 f) Incremento da receita tributária municipal oriunda das atividades turísticas As atividades turísticas também alavancariam a arrecadação municipal, particularmente aquela relativa ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) de atividades turísticas e parcialmente turísticas. A partir do cálculo da arrecadação de ISSQN gerada por tais atividades em 2008 e 2009 pelo Instituto Kultur para a Setur-MG (2011)5, calculou-se a elasticidade dessa arrecadação relativa ao número de turistas em Belo Horizonte em 1,02, ou seja, a cada aumento em 1% do número de turistas esta arrecadação cresceria 1,02%. Essa arrecadação deve saltar de 34 milhões de reais em 2009 para algo entre 78,5 milhões e 94,6 milhões de reais (86,3 milhões no cenário realista) em 2020. Em 2014, este montante se situará entre 62,8 milhões e 70,7 milhões (66,7 milhões no cenário realista). Três anos após, em 2017, estes valores alcançariam algo entre 70,1 milhões e 81,5 milhões (75,7 milhões no cenário realista). A tabela 1.8 e o gráfico 1.8 reportam as estimativas anuais que embasam as metas de curto, médio e longo prazo. Tabela 1.8 Arrecadação efetiva e arrecadação prevista de ISSQN de atividades turísticas e parcialmente turísticas em Belo Horizonte no período 2008–2020 (em reais) Ano Efetivo 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 33.078.806 34.310.028 38.514.725 Cenários de arrecadação prevista Pessimista Realista Otimista 38.514.725 40.410.864 42.400.353 44.487.787 62.796.555 65.107.587 67.531.758 70.074.629 72.742.038 75.540.108 78.475.263 38.514.725 40.755.029 43.125.646 45.634.156 66.720.031 69.545.826 72.535.004 75.697.054 79.042.017 82.580.519 86.323.802 38.514.725 41.099.194 43.857.090 46.800.050 70.687.204 74.059.724 77.657.115 81.494.441 85.587.777 89.954.277 94.612.247 Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Gráfico 1.8 Arrecadação efetiva e arrecadação prevista de ISS de atividades turísticas e parcialmente turísticas em Belo Horizonte no período 2007–2020 100.000.000 90.000.000 80.000.000 70.000.000 60.000.000 50.000.000 40.000.000 30.000.000 20.000.000 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Efetivo Pessimista Realista 2017 2018 2019 2020 Otimista Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) 5 − Instituto Kultur - Indicadores para o Monitoramento dos Efeitos das Políticas Públicas de Turismo. Vol. 1. 2011. Versão preliminar. − 19 g) Incremento da renda derivada pela receita turística e pelos investimentos De acordo com Fundação João Pinheiro (2004), 45,17% dos gastos em turismo se transformam em renda efetiva (salários, excedente operacional bruto e rendimentos de autônomos). O restante seria pagamento dos insumos intermediários utilizados e dos impostos. Dados os cenários descritos, é possível inferir que a renda derivada das receitas turísticas deve ficar entre R$1,4 bilhão e R$1,7 bilhão em 2020 (R$1,6 bilhão no cenário realista). Em 2014, esta deve se situar entre R$1,1 bilhão e R$1,3 bilhão (R$1,2 bilhão no cenário realista). Três anos depois, em 2017, estes números seriam, respectivamente, R$1,3 bilhão, R$1,4 bilhão e R$1,5 bilhão. A tabela 1.9 e o gráfico 1.9 mostram os números encontrados. Não foi possível auferir a renda derivada dos investimentos a serem feitos na Capital mineira, uma vez que não existe estimativa para este multiplicador. Tabela 1.9 Renda derivada pela receita turística em Belo Horizonte no período 2010–2020 Cenário pessimista Cenário realista Cenário otimista 689.689.415 725.575.071 763.381.706 803.215.726 1.130.647.904 1.176.034.045 1.223.831.181 1.274.173.103 1.327.201.352 1.383.065.685 1.441.924.574 689.689.415 731.619.081 776.152.552 823.455.653 1.199.943.068 1.254.645.129 1.312.712.373 1.374.359.381 1.439.814.875 1.509.322.674 1.583.142.733 689.689.415 737.663.092 789.029.338 844.032.768 1.269.953.768 1.334.521.667 1.403.607.947 1.477.538.693 1.556.664.147 1.641.360.538 1.732.032.063 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Milhares Gráfico 1.9 Renda derivada pela receita turística, em milhares de reais, em Belo Horizonte no período 2010–2020 1.800.000 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 2010 2011 2012 2013 2014 Pessimista 2015 2016 Realista 2017 2018 2019 2020 Otimista Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011. Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) − − 20 h) Incremento dos empregos gerados pela atividade turística Conforme dados do Instituto Kultur/Setur-MG (2011), havia um total de 10.362 estabelecimentos formais vinculados às atividades turísticas e parcialmente turísticas em Belo Horizontea em 2009, responsáveis por 114.345 empregos formais. Comparando-se os dados entre 2006 e 2009, apurou-se que a elasticidade do número de estabelecimentos em relação ao número de turistas que visitaram Belo Horizonte seria de 0,61 e a dos empregos, de 1,03. Isso significa que para cada 1% de aumento do número de turistas aumenta o número de estabelecimentos em 0,61% e o dos empregos formais em 1,03%. Dada a evolução esperada do número de turistas, foi possível estimar a evolução destas duas variáveis até 2020. Em 2020, o número de estabelecimentos formais de atividades turísticas e parcialmente turísticas deve alcançar entre 17.261 e 19.437 (18.335 no cenário realista). Em 2014, este número deve situar-se entre 15.100 e 16.773 (16.102 no cenário realista). Em 2017, ficará entre 16.127 e 17.767 (16.943 no cenário realista). O número de empregos formais gerados por esta atividade deve situar-se em 2014, entre 209.928 e 236.433 (223.106 no cenário realista). Já em 2017, este número deve situar-se entre 234.402 e 272.797 (253.303 no cenário realista). Por fim, em 2020, este deve alcançar algo entre 262.669 e 316.971 (289.074 no cenário realista). A tabela 1.10 e os gráficos 1.10 e 1.11 mostram os valores estimados para as duas séries. Tabela 1.10 Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Empregados e estabelecimentos efetivos e previstos de setores turísticos e parcialmente turísticos em Belo Horizonte no período 2006–2020 Número de estabelecimentos Cenário Cenário Cenário Efetivos pessimista realista otimista 9.300 9.605 10.128 10.362 10.362 10.362 10.362 11.119 11.119 11.119 11.445 11.504 11.563 11.780 11.903 12.025 12.126 12.315 12.506 15.100 15.706 16.310 15.431 16.102 16.773 15.773 16.514 17.259 16.127 16.943 17.767 16.493 17.389 18.299 16.871 17.853 18.855 17.261 18.335 19.437 Número de empregados Cenário Cenário Cenário Efetivos pessimista realista otimista 95.867 103.671 108.032 114.345 114.345 114.345 114.345 128.438 128.438 128.438 134.797 135.951 137.106 141.471 143.904 146.358 148.476 152.322 156.235 209.928 223.106 236.433 217.698 232.609 247.778 225.850 242.664 259.882 234.402 253.303 272.797 243.376 264.560 286.577 252.791 276.471 301.281 262.669 289.074 316.971 Fonte: Rais 2006-2009. Instituto Kultur/Setur, 2011 Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) − − 21 Gráfico 1.10 Estabelecimentos efetivos e previstos de setores turísticos e parcialmente turísticos em Belo Horizonte no período 2006– 2020 21.000 19.000 17.000 15.000 13.000 11.000 9.000 7.000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Efetivo Pessimista Realista Otimista Fonte: Rais 2006-2009. Instituto Kultur/Setur, 2011 Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Gráfico 1.11 Empregados efetivos e previstos de estabelecimentos de setores turísticos e parcialmente turísticos em Belo Horizonte no período 2006– 2030 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Efetivo Pessimista Realista Otimista Fonte: Rais 2006-2009. Instituto Kultur/Setur, 2011 Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) − − 22 1.3.3. As metas para os objetivos finalísticos Na Tabela 1.11, são especificadas as metas projetadas para os objetivos finalísticos do Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de Belo Horizonte (PDITSBH). Tabela 1.11 Síntese de objetivos finalísticos e metas de curto, médio e longo prazo do PDITS-BH no período 2010–2020 Metas Ano Base 2009 (1) e 2010 (2) Curto prazo 2014 Médio prazo 2017 Longo prazo 2020 2.257.489 (2) 3.867.619 4.375.547 4.975.089 7,4 (2) 7.5 7,6 7,7 2,9 (2) 3,2 3,4 3,5 Incremento do número de UHs 8.144 (2) 10.385 12.567 14.740 Incremento do número de leitos 9.900 solteiro 4.668 casal (2) 15.347 solteiro 7.236 casal 18.570 solteiro 8.756 casal 21.781 solteiro 10.270 casal - - 8,20 - 1.526.874.951 (2) 2.656.504.468 3.042.637.550 3.504.854.401 Incremento da receita tributária municipal do turismo (em reais) 34.310.028 (1) 66.720.031 75.697.054 86.323.802 Incremento da renda derivada do turismo (em reais) 689.689.415 (2) 1.199.943.068 1.374.359.381 1.583.142.733 Incremento do número de empregos formais do turismo 114.345 (1) 223.106 253.303 289.074 Aumento no número de estabelecimentos turísticos formais 10.362 (1) 15.706 16.943 18.335 Objetivos Finalísticos Aumento do fluxo turístico (número de turistas/ano) Aumento do tempo médio de permanência do turista (número de dias) Aumento do tempo médio de permanência do turista em hotéis e apart-hotéis (número de dias) Incremento do investimento em turismo (em bilhões de reais) Incremento da receita do turismo (em reais) Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP) Notas: (1) Ano base 2009 (2) Ano base 2010 − − 23 2. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA ÁREA E DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS 2.1. Análise do mercado turístico - oferta O PDITS, conforme orienta seu Termo de Referência, prioriza o levantamento e a análise dos principais equipamentos, atrativos e produtos turísticos de maior relevância ou potencial turístico capazes de gerar, efetiva ou potencialmente, impactos mais expressivos no turismo do destino. O objetivo da pesquisa sobre a oferta turística de Belo Horizonte consiste em avaliar o estado atual dos principais atrativos e equipamentos turísticos, o que, juntamente com as conclusões derivadas da análise da demanda turística, permite a identificação dos principais gargalos e potencialidades existentes da estrutura turística. Tal conhecimento é importante para identificar que tipo de intervenção é necessária para melhorar a qualidade turística do município e que ações precisam ser priorizadas. De modo a abranger as variáveis e as especificações contidas no Termo de Referência do PDITS, foi necessário entrevistar os gestores dos atrativos e equipamentos selecionados, os representantes da Belotur e das principais entidades representativas do setor turístico de Belo Horizonte e as principais instituições formadoras de mão de obra para o setor turístico da Capital, para de captar informações objetivas e suas percepções sobre as entidades que representam e sobre necessidades em termos de capacitação. Dessa forma, a pesquisa foi quali-quantitativa e baseou-se na utilização de dois instrumentos: questionários estruturados, dirigidos aos gestores dos atrativos e equipamentos; e roteiro semiestruturado de perguntas, para obter uma abordagem mais qualitativa com os representantes das principais entidades e instituições formadoras relacionadas ao setor turístico local. A amostra de atrativos e equipamentos pesquisados foi intencionalmente selecionada com base no critério de maior relevância e potencial turístico das atividades que compõem a oferta turística direta, a partir da listagem inicial dos atrativos da cidade e de sua valorização hierárquica, conforme descrito na seção 2.1. Para tanto, foram utilizadas fontes secundárias disponíveis, tais como: programação e guias turísticos, pesquisa documental e consulta em sites. Na prática, nem todos os gestores dos atrativos e equipamentos pré-selecionados se disponibilizaram a participar da pesquisa no período de sua realização. A amostra final ficou composta por 39 atrativos (excluindo-se apenas dois eventos pré-selecionados) e 153 equipamentos turísticos, totalizando 192 unidades. Neste estudo, foram contempladas quatro categorias de atrativos turísticos e sete de serviços e equipamentos turísticos. Na tabela 2.1, apresentam-se essas categorias e o número de unidades (atrativos e serviços e equipamentos) pesquisadas em cada uma delas. Os critérios específicos para a seleção da amostra, com base no universo identificado, serão apresentados na análise de cada categoria e tipo, no corpo do relatório. A realização das 192 entrevistas com os responsáveis pelos atrativos e equipamentos préselecionados, com base nos questionários estruturados, ocorreu entre os dias 12 de julho de 2010 e 10 de agosto de 2010. Já a pesquisa com os representantes das principais entidades e instituições formadoras relacionadas ao setor turístico local ocorreu de julho a novembro de 2010. As entrevistas foram agendadas previamente com os sujeitos das pesquisas e realizadas nos locais e horários de sua preferência. No caso dos gestores de cada atrativo e/ou equipamento, foram realizadas por uma equipe de pesquisadores especialmente treinados e preparados para aplicar os questionários específicos do PDITS. As entrevistas com os representantes das entidades e instituições formadoras relacionadas ao setor turístico, executadas por técnicos devidamente capacitados, tiveram duração média de 45 minutos. Em geral, os gestores e os responsáveis pelas entidades abordadas se mostraram bastante disponíveis e interessados nos resultados do diagnóstico. − − 24 Tabela 2.1 Tipo e número de atrativos e equipamentos turísticos de Belo Horizonte – 2010 Categoria de atrativos e serviços e equipamentos Unidades Atrativos 39 Atrativos culturais 19 Atrativos naturais 4 Realizações técnicas, científicas e artísticas 3 Eventos permanentes Serviços e equipamentos 13 153 Serviços e equipamentos de hospedagem 52 Serviços e equipamentos para gastronomia 39 Serviços e equipamentos para agenciamento 9 Serviços e equipamentos para transporte 5 Serviços e equipamentos para eventos 12 Serviços e equipamentos para lazer e entretenimento 29 Outros serviços e equipamentos Total 7 192 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os pesquisadores seguiram orientação e roteiro padronizados, com o objetivo de viabilizar análises comparativas. Para tanto, buscou-se coletar, sempre que possível, o mesmo padrão de informações nos diversos segmentos. No entanto, ocorreram dificuldades na fase de levantamento de dados: alguns estabelecimentos selecionados não se disponibilizaram a participar das entrevistas e da pesquisa no período, e, em algumas situações, as informações que não estavam disponíveis durante as entrevistas e que ficaram de ser encaminhadas posteriormente não foram enviadas. As informações fornecidas nas entrevistas foram comparadas com as pesquisas de gabinete e campo. 2.1.1. A hierarquização dos atrativos turísticos A hierarquização é um procedimento importante para identificar o potencial turístico de cada atrativo e para, posteriormente, priorizar os recursos e as ações relativos à oferta turística. Contemplando a avaliação de cada atrativo, foi realizada com base na metodologia proposta inicialmente pela Organização dos estados Americanos (OEA), a qual é utilizada pela Embratur. Esta metodologia define os seguintes níveis de hierarquia: o Hierarquia I: Identifica o atrativo complementar a outro de maior interesse, capaz de motivar fluxos de visitantes locais. o Hierarquia II: Identifica um atrativo turístico de algum interesse, capaz de estimular fluxos regionais ou locais, atuais ou potenciais e de interessar a visitantes nacionais ou internacionais que cheguem ao destino por outras motivações turísticas. o Hierarquia III: Atrativo turístico muito importante, em nível nacional, capaz de motivar um fluxo, atual ou potencial, de visitantes internacionais ou nacionais, por si só ou em conjunto com outros atrativos. o Hierarquia IV: Atrativo turístico de excepcional valor e de grande importância para o mercado turístico internacional, capaz por si só de motivar grandes fluxos de visitantes atuais ou potenciais, tanto internacionais quanto nacionais. − − 25 Os atrativos foram hierarquizados com base em análise e avaliação criteriosas por parte da equipe multidisciplinar de especialistas e profissionais ligados ao turismo e áreas afins. Para tanto, os profissionais consideraram, à luz dos conceitos expostos, os dados secundários disponíveis e os coletados por meio dos formulários de pesquisa da oferta turística de Belo Horizonte, especialmente as informações sobre o volume e a origem dos turistas atuais, além de projetos e intervenções possíveis e potencialmente modificadores da realidade turística dos atrativos. Nenhum atrativo de hierarquia IV foi identificado no município de Belo Horizonte. Como a amostra foi selecionada em função de sua importância turística, nenhum atrativo de hierarquia I, os quais foram contemplados neste Pdits. A lista dos atrativos turísticos de hierarquia I, os quais não serão objeto de análise neste plano, encontra-se no apêndice. As hierarquias de cada um dos 39 atrativos pesquisados, por categoria, tipo e subtipo, estão sintetizadas no quadro 2.1. Quadro 2.1 Categoria, tipo, subtipo e hierarquia dos atrativos de Belo Horizonte – 2010 Tipo Feiras e mercados Subtipo Mercado livre Arquitetura civil Edificações Atrativos Culturais Arquitetura religiosa Biblioteca Centro cultural Instituições culturais Museu/ Memorial Eventos Permanentes Atrativos Naturais Reali zaçõ es técni cas, cientí ficas e artísti cas Zoológico Aquário Planetário Montanhas Fonte: − Unidades de Conservação Não se aplica Não se aplica Não se aplica Serras Municipais Municipais Municipais Estaduais Desportivas Desportivas Gastronômicas/ de produtos Gastronômicas/ de produtos Artísticas/ culturais Artísticas/ culturais Artísticas/ culturais Artísticas/ culturais Artísticas/ culturais Artísticas/ culturais Artísticas/ culturais Artísticas/ culturais Outras feiras Atrativos Hierarquia Mercado Central II Conservatório Mineiro de Musica Palácio da Liberdade Casa do Baile Igreja São Francisco de Assis Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa Casa Fiat da Cultura Centro Cultural UFMG Centro de Cultura de Belo Horizonte Fundação Clóvis Salgado Museu de Ciências Naturais – PUC Minas Museu das Telecomunicações Museu de Artes e Ofícios Museu Mineiro Museu Histórico Abílio Barreto Museu de História Natural e Jardim Botânico Museu de Arte da Pampulha Museu das Minas e dos Metais Zoológico No Mundo das Águas Espaço TIM do Conhecimento Conjunto paisagístico da serra do Curral Parque das Mangabeiras Parque Municipal Américo Renê Gianetti Parque Ecológico da Pampulha Parque Estadual da Baleia Volta Internacional da Pampulha Meia Maratona Linha Verde II III III III II II II II II II II II II II III III III II III III III II II II Festival Gastronômico Brasil Sabor II III III III III Expo-Cachaça; Axé Brasil Realizações diversas Casa Cor Minas Campanha de Popularização do Teatro e da Dança Festival Internacional de Dança (FID) Festival Internacional de Teatro de Bonecos Festival Internacional de Teatro de Palco e Rua Festival Internacional de Quadrinhos Festival de Arte Negra Feiras e exposições Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) − III III III III III III III III II III 26 2.1.2. Análise dos atrativos turísticos 2.1.2.1. Atrativos culturais Foram selecionados 19 atrativos culturais, com base em sua relevância turística para o município. Destes, 13 (68%,4%) são instituições culturais (8 museus, 1 biblioteca e 4 centros culturais), 5 (26,3%) são edificações tombadas 3 de arquitetura civil e 2 de arquitetura religiosa) e 1 (5,3%) pertence ao tipo ―Feiras e Mercados‖ (mercado livre). São atrativos de Hierarquia II, 14 (73,7%), o que indica que a maior parte da oferta turística efetiva tem capacidade de estimular fluxos regionais ou locais, atuais ou potenciais, e de interessar a visitantes nacionais ou internacionais que cheguem ao destino por outras motivações turísticas. Belo Horizonte também apresenta 5 (26,3%) atrativos culturais, vinculados ao conjunto da Pampulha e da Praça da Liberdade, que foram avaliados como de Hierarquia III, isto é, têm importância em nível nacional e são capazes de motivar um fluxo, atual ou potencial, de turistas internacionais ou nacionais, por si só ou em conjunto com outros atrativos. Os dados sobre tipos, subtipos e hierarquias dos atrativos culturais pesquisados podem ser observados no quadro 2.2. Quadro 2.2. Atrativos culturais por tipo, subtipo e hierarquia – Belo Horizonte – 2010 Tipo Feiras e mercados Subtipo Mercado livre Atrativo Hierarquia Mercado Central II Conservatório Mineiro de Música II Palácio da Liberdade III Casa do Baile III Arquitetura religiosa Igreja São Francisco de Assis Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem III II Biblioteca Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa II Casa Fiat da Cultura II Centro Cultural UFMG II Centro de Cultura de Belo Horizonte II Fundação Clóvis Salgado II Museu de Ciências Naturais – PUC-Minas II Museu das Telecomunicações II Museu de Artes e Ofícios II Museu Mineiro II Museu Histórico Abílio Barreto II Museu de História Natural e Jardim Botânico II Museu de Arte da Pampulha III Museu das Minas e dos Metais III Arquitetura civil Edificações Centro cultural Instituições Culturais Museu/Memorial Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As figuras 2.1 a 2.8, apresentadas a seguir, ilustram alguns dos principais atrativos culturais de Belo Horizonte. − − 27 Figuras 2.1 a 2.8 Atrativos culturais de Belo Horizonte Figura 2.1: Mercado central – Robert Serbinenko – maio de 2010 Figura 2.3 Casa do Baile - Henry Yu – maio de 2010 Figura 2.2: Praça da Liberdade, ao fundo, o Palácio da Liberdade – Robert Serbinenko – maio de 2010 Figura 2.4: Igreja de São Francisco – Robert Serbinenko – maio de 2010 Figura 2.6: Museu das Artes e Ofícios – Henry Yu – maio de 2010 Figura 2.5: Centro Cultural da UFMG – Robert Serbinenko – maio de 2010 − − 28 Figura 2.8: Museu de História Natural da UFMG – Miguelo Aun – maio de 2010 Figura 2.7: Museu Histórico Abílio Barreto UFMG – Robert Serbinenko – maio de 2010 Do total de 19 atrativos, 8 (42,1%) foram criados há mais de 60 anos (entre 1895 e 1945), sendo eles: o Conservatório Mineiro de Música (1925), o Palácio da Liberdade (1897), a Casa do Baile (1943), a Igreja São Francisco de Assis (1943), a Catedral da Boa Viagem (1932), o Museu Mineiro (1940), o Museu Histórico Abílio Barreto (1943) e o Museu de Arte da Pampulha (1943); 7 (36,8%) têm entre 13 e 56 anos de existência (entre 1954 e 1997), sendo eles: o Mercado Central (1964), a Biblioteca Pública Luiz de Bessa (1954), o Centro Cultural UFMG (1986), o Centro de Cultura de Belo Horizonte (1977), a Fundação Clóvis Salgado (1970), o Museu de Ciências Naturais – PUC Minas (1983) e o Museu de História Natural e Jardim Botânico (1968); e 4 (21,1%) têm até 10 anos (a partir de 2000), sendo eles: o Museu de Artes e Ofícios (2005), a Casa Fiat de Cultura (2006), o Museu das Telecomunicações (2007) e o Museu das Minas e dos Metais (2010). Apenas 4 (21,1%) dos atrativos pesquisados não são abrangidos por nenhuma legislação de proteção: Mercado Central, Casa Fiat de Cultura, Museu das Telecomunicações e Museu de Ciências Naturais – PUC Minas. Dos atrativos culturais 15 (78,9%) são bens tombados. Destes, cinco são tombados em nível federal (Casa do Baile, Igreja São Francisco de Assis, Museu de Arte da Pampulha, Museu Histórico Abílio Barreto), sete em nível estadual (Museu Mineiro, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Palácio da Liberdade, Museu das Minas e dos Metais, Museu de Artes e Ofícios, Fundação Clóvis Salgado, Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem) e três em nível municipal (Conservatório Mineiro de Música, Biblioteca Pública Luiz de Bessa e Centro Cultural UFMG). Não informou o nível desse tombamento um atrativo, apesar de declarar que tem proteção como patrimônio (Museu de História Natural e Jardim Botânico). A tabela 2.2 apresenta estes dados. − − 29 Tabela 2.2. Situação de proteção dos atrativos culturais por subtipo, com âmbito de tombamento – Belo Horizonte –2010 Proteção por tombamento Número de atrativos Municipal Estadual Federal Sem proteção Mercado livre 1 0 0 0 1 Arquitetura civil 3 1 1 1 0 Arquitetura religiosa 2 0 1 1 0 Biblioteca 1 1 0 0 0 Centro cultural 4 1 2 0 1 Museu/Memorial 8 0 3 2 2 Total 19 3 7 4 4 Subtipo Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Dos atrativos, 13 (68,4%) pertencem à administração pública, sendo quatro do âmbito municipal (Casa do Baile, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Museu de Arte da Pampulha e Museu Histórico Abílio Barreto), quatro do federal (Conservatório Mineiro de Música, Centro Cultural UFMG, Museu de História Natural e Jardim Botânico e Igreja São Francisco de Assis) e cinco do estadual (Palácio da Liberdade, Museu das Minas e dos Metais, Museu Mineiro, Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Fundação Clóvis Salgado). Quanto ao acesso do público aos atrativos, 13 (68,4%) permitem a expansão do volume de visitantes sem investimentos extras nas condições de acesso, sendo eles: Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem, Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Cetro Cultural UFMG, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Conservatório Mineiro de Música, Palácio da Liberdade, Fundação Clóvis Salgado, Museu Mineiro, Museu das Telecomunicações, Museu de Artes e Ofícios, Museu Histórico Abílio Barreto, Museu de História Natural e Jardim Botânico e Museu das Minas e dos Metais; 2 (10,5%) consideram que é regular (Igreja São Franciso de Assis e Museu de Arte da Pampulha), e 2 (10,5%) que é precário (Casa Fiat de Cultura e Casa do Baile). Em 11 (57.9%) atrativos, os gestores informaram que as condições de acesso não atendem às necessidades atuais, sendo que suas principais demandas estão relacionadas a falta de linha de transporte com itinerário turístico cultural, excesso de congestionamento e carência do metrô como meio de transporte ferroviário. Constatou-se que o acesso até a Igreja São Francisco de Assis pode ser feito por duas linhas de ônibus que chegam até ou próximo ao local. Embora não exista estacionamento, há um recuo na avenida principal que permite a parada de carros com dificuldade de encontrar vagas disponíveis no período de 18h até às 21h, já no caso do Museu de Arte da Pampulha o transporte mais adequado é o particular, pois o transporte público passa próximo ao atrativo. Há um pequeno estacionamento no museu. Nos casos apontados como precário, dentre as dificuldades enfrentadas para se chegar até a Casa Fiat de Cultura pode se apontar a distância do centro da cidade e a quantidade de linhas de ônibus que só passam próximo ao atrativo, enquanto para se chegar até a Casa do Baile o modo mais fácil é com a utilização de transporte particular, pois só há uma linha de ônibus que faz tal trajeto. Não há estacionamento no atrativo e nem próximo, portanto, os carros ficam obrigatoriamente estacionados em frente a garagens, o que tumultua o trânsito local. Destes atrativos, 16 (84,2%) podem ser considerados acessíveis a pessoas com necessidades especiais, 2 (10,5%) parcialmente acessíveis (Centro Cultural UFMG e Museu Histórico Abílio Barreto) e 1 (5,3%), não acessível (Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem). Isso significa que 15,8% desses atrativos têm problemas de acessibilidade. O meio de transporte mais utilizado para acesso aos atrativos é o ônibus, apontado por 12 (63,2%) dos entrevistados, seguido por automóveis particulares por 5 (26,3%) e taxi por 2 (10,5%). − − 30 Conclui-se que para a maior parte dos atrativos o acesso atual, principalmente o transporte público, é bom e com potencial de expansão imediata em relação à capacidade. Mas, quando questionados sobre a qualidade - ou seja, se atendem às necessidades atuais -, os entrevistados, em sua maioria, informaram que melhorias são necessárias. A tabela 2.3 apresenta a existência de três tipos sinalização nos atrativos culturais, conforme dados fornecidos pela BHTrans – órgão regulador do transporte e tráfego de Belo Horizonte: sinalização urbana, sinalização turística e sinalização interpretativa. Tabela 2.3. Existência de sinalização, por tipo e avaliação da sinalização nos atrativos culturais – Belo Horizonte – 2010 Número de atrativos Subtipo Existência por tipo de sinalização Urbana Turística Interpretativa Mercado livre 1 1 1 0 Arquitetura civil 3 3 2 1 Arquitetura religiosa 2 1 1 0 Biblioteca 1 0 0 0 Centro cultural 4 1 0 0 Museu/Memorial 8 4 4 5 19 10 8 6 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Tabela 2.3.1 Existência de sinalização, por atrativo cultural – Belo Horizonte - 2010 Atrativo Existência por tipo de sinalização Urbana Turística Interpretativa Mercado Central 1 1 0 Conservatório Mineiro de Musica 1 0 0 Palácio da Liberdade 1 1 0 Casa do Baile 1 1 1 Igreja São Francisco de Assis 1 1 0 Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem 1 0 0 Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa 0 0 0 Casa Fiat da Cultura 0 0 0 Centro Cultural UFMG 0 0 0 Centro de Cultura de Belo Horizonte 0 0 0 Fundação Clóvis Salgado 1 0 0 Museu de Ciências Naturais – PUC Minas 1 0 1 Museu das Telecomunicações 0 1 1 Museu de Artes e Ofícios 0 1 1 Museu Mineiro 0 0 0 Museu Histórico Abílio Barreto 1 1 1 Museu de História Natural e Jardim Botânico 0 0 0 Museu de Arte da Pampulha 1 1 0 Museu das Minas e dos Metais 0 0 1 10 8 6 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os gestores também avaliaram a sinalização dos atrativos culturais sob várias perspectivas: sinalização urbana quanto a sua adequação e estado de conservação; sinalização turística − − 31 (sinalização com padrão internacional: fundo marrom com pictogramas); e sinalização interpretativa (informações, explicações e descrições sobre o atrativo/equipamento). Conforme mostra o gráfico 2.1, parte expressiva dos atrativos culturais ainda não conta com sinalização ou é mal sinalizada, na percepção dos gestores. A sinalização urbana é ruim ou não existe em 9 (47,4%) atrativos; a sinalização turística é ruim ou não existe em 11 (57,9%); e a sinalização interpretativa é ruim ou não existe em 13 (68,4%). Foram identificados os seguintes aspectos que levaram às constatações da qualidade da sinalização dos atrativos culturais para as indicações ruim ou não existe: 1) falta de sinalização indicativa em pontos diversos de alguns corredores principais e secundários e também ao longo dos trajetos até o destino desejado; 2) Sinalização fragmentada, faltando continuidade nas informações fornecidas ao longo de determinados trajetos, especialmente nos pontos de decisão, provocando o extravio dos usuários; 3) Falta de placas de présinalização, antecipando aos motoristas as indicações das conversões que serão efetuadas mais adiante, às vezes nas proximidades de pontos críticos de decisão; 4) Em outros corredores, existe sinalização de atrativos turísticos mas faltam indicações de bairros, vias e serviços (hospitais, órgãos públicos, universidades, etc.). Gráfico 2.1. Avaliação da sinalização dos atrativos culturais pesquisados – Belo Horizonte –2010 100% 90% 80% 70% 60% Não tem sinalização 50% Mal sinalizado 40% Bem sinalizado 30% 20% 10% 0% Urbana Turística Interpretativa Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 A disponibilidade de sinalização para pessoas com necessidades especiais foi um importante ponto negativo identificado na pesquisa. Em 16 (84,2%) atrativos a sinalização interpretativa não tem qualquer tipo de adaptação. O estado de conservação dos atrativos culturais foi avaliado pelos gestores como ―bom‖ em 15 (78,9%) casos devido ao estado de conservação apresentado tanto em área externa e interna, limpeza diária, disponibilidade de serviços de manutenção das instalações físicas, ―regular‖ em 3 (15,8%) (Museu de Ciências Naturais PUC-Minas, Museu de Arte da Pampulha e Museu Mineiro) pelo desgaste nas instalações físicas e no caso do Museu de Arte da Pampulha também por questões de infiltrações; e ―ruim‖ em 1 (5.3%) caso (Centro Cultural UFMG) pela indisponibilidade de serviços de manutenção das instalações físicas e estado de conservação da construção que abriga o atrativo. Tais informações foram comprovadas durantes as visitas e validadas nas oficinas do PDITS BH. O planejamento estratégico é uma ferramenta bastante difundida na gestão dos atrativos culturais de Belo Horizonte (tab. 2.4), estando presente em 14 (73,7%) atrativos (já concluídos ou em elaboração). Apenas em 4 (21,1%) não existe: Igreja São Francisco de Assis, Palácio da Liberdade, Mercado Central e Museu de Ciências Naturais PUC-Minas. − − 32 Tabela 2.4. Situação de elaboração de planejamento estratégico nos atrativos culturais de Belo Horizonte – 2010 Número de atrativos Subtipo Possui planejamento? Sim Não Não sabe Não respondeu Em elaboração Mercado Livre 1 0 1 0 0 Arquitetura Civil 3 1 1 1 0 Arquitetura religiosa 2 1 1 0 0 Biblioteca 1 1 0 0 0 Centro cultural 4 2 0 1 1 Museu/Memorial 8 5 1 2 0 19 10 4 4 1 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 Os atrativos diferem em seu período de maior ou menor movimento ao longo do ano. Os meses de maio e julho – este último, tradicionalmente, de férias escolares de inverno – foram identificados por um número maior de gestores como sendo de maior movimento (gráf. 2.2). Gráfico 2.2. Meses de maior movimento nos atrativos culturais, segundo os gestores, por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010 6 Número de atrativos 5 4 3 2 1 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 Julho é o mês de menor movimento para a maior parte dos atrativos culturais de Belo Horizonte, na opinião de 7 gestores, seguido de janeiro (5) e fevereiro e dezembro (4). Estes meses são tipicamente associados a férias escolares, quando boa parte dos turistas de Minas Gerais e São Paulo (maior emissor para Minas e Belo Horizonte) se desloca para outros destinos (gráf. 2.3). − − 33 Gráfico 2.3. Meses de menor movimento nos atrativos culturais, segundo os gestores, por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010 7 Número de atrativos 6 5 4 3 2 1 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 O fato de o mês de julho ser apontado como o de maior e o de menor frequência reflete, provavelmente, a especificidade da dinâmica de visitação dos diferentes atrativos, tal como percebido pelos gestores. O período de maior movimento nos atrativos culturais coincide com os fins de semana e os feriados (57,9% dos casos). Um ponto positivo a destacar é que em 11 (57,9%) atrativos culturais (Mercado Central, Casa do Baile, Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem, Centro Cultural UFMG, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Conservatório Mineiro de Música, Palácio da Liberdade, Museu Histórico Abílio Barreto, Museu Mineiro, Museu de História Natural e Jardim Botânico) o ingresso é gratuito e que dos 8 (42,1%) que cobram em 6 o ingresso custa R$6,00 ou menos. O maior valor cobrado (média de R$ 50,00) coube ao atrativo Fundação Clovis Salgado, que também oferece atrações mais econômicas e até gratuitas. Quando interrogados sobre o valor cobrado em relação a equipamentos de outros destinos competidores, sete desses oito gestores avaliaram que Belo Horizonte está no mesmo nível de preços ou, até, mais baixo. Em 18 (94,7%) atrativos são previstas visitas guiadas. O único que não oferece é a Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem. Em 13 (68,4%) casos, as visitas são conduzidas apenas em português e em 4 (21,1%) também em inglês (Casa do Baile, Casa Fiat de Cultura, Museu de Artes e Ofícios, Museu das Minas e dos Metais). Isso reflete uma oferta ainda pouco estruturada para atender turistas internacionais de diferentes procedências, que já somam 12,0% da demanda turística de Belo Horizonte, segundo pesquisa realizada em julho de 2010. Quanto à disponibilização de material, 17 (89,5%) atrativos oferecem instruções de visitas impressas. Os dois atrativos que não oferecem instruções impressas são a Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem e Centro de Cultura de Belo Horizonte. Apenas sete dos atrativos contam com instruções impressas disponíveis em inglês (Museu das Minas e dos Metais, Museu de Arte da Pampulha, Museu Histórico Abílio Barreto, Casa do Baile, Casa Fiat de Cultura, Igreja São Francisco de Assis e Museu das Telecomunicações). − − 34 Gráfico 2.4 Tipo de pesquisa realizada com seus visitantes pelos atrativos culturais – Belo Horizonte – 2010 Outras 16% Perfil do cliente 26% Satisfação/ qualidade 16% Perfil do cliente e Satisfação/ Qualidade 21% Não realiza pesquisas 21% Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 Apenas 4 (21,1%) atrativos não realizam qualquer tipo de pesquisa com os visitantes, sendo eles: Conservatório Mineiro de Música, Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Centro Cultural UFMG). 4 (21,1%) atrativos realizam pesquisa de perfil do cliente e satisfação/qualidade. 5 (26%) realizam pesquisa de perfil do cliente. 3 (16%) realizam pesquisa de satisfação. Entre as pesquisas realizadas, as mais comuns foram: de perfil de cliente e a pesquisa de satisfação (gráf. 2.4). Para 14 entrevistados (73,7%), até 10% dos visitantes dos atrativos tem origem internacional e até 25%, origem nacional. Em todos os casos, o público principal é local, seguido de uma demanda regional. Um número significativo de atrativos (10% da amostra) não soube responder a este item, por falta de sistematização de informações sobre a própria demanda. Em alguns, os gestores informaram que o turismo internacional é responsável por metade do movimento, como a Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha, que oferece visitas guiadas apenas em português, mas o material impresso está disponível também em inglês e espanhol. Em 12 (63,1%) dos atrativos, existe uma capacidade de carga pré-estabelecida, limitando o número máximo de visitantes nesses atrativos de uma só vez. O quadro 2.3 mostra a capacidade de carga dos atrativos. Os cartões de crédito mais aceitos nos atrativos culturais pesquisados são: Visa, Mastercard, Diners e Amex. Esta modalidade de pagamento não é aceita em 7 (63,6%) dos 11 atrativos de Belo Horizonte, em razão de a maioria dos atrativos ter visitação gratuita ou cobrar preços baixos. Mas o oferecimento desta opção é importante por ser uma das mais utilizadas pelos turistas. O número médio de visitantes dos atrativos entre 2007 e 2009 ficou entre 130 mil e 145 mil pessoas por ano, verificando-se ligeiro aumento em 2008. O cálculo dessa média foi realizado a partir da resposta de 10 atrativos, desconsiderando aquele que poderia distorcer o resultado, o qual informou receber algo em torno de 10 milhões de visitantes/ano. Entre os 10 atrativos considerados, 7 possuem um volume anual de visitantes inferior a 100 mil pessoas (tab.2.5). − − 35 Quadro 2.3. Capacidade máxima de carga dos atrativos culturais – Belo Horizonte – 2010 Subtipo Atrativos Mercado livre Mercado Central Conservatório Mineiro de Música Arquitetura civil Palácio da Liberdade Casa do Baile Igreja São Francisco de Assis Arquitetura religiosa Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem Biblioteca Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa Casa Fiat de Cultura Centro Cultural UFMG Centro cultural Centro de Cultura de Belo Horizonte Fundação Clóvis Salgado Museu de Ciências Naturais – PUCMINAS Museu das Telecomunicações Museu de Artes e Ofícios Museu Mineiro Museu/Memorial Museu Histórico Abílio Barreto Museu de História Natural e Jardim Botânico Museu de Arte da Pampulha Museu das Minas e dos Metais Capacidade de Carga (Número de pessoas) 20 80 50 500 20 3000 50 1000 30 720 300 500 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Tabela 2.5. Número médio de visitantes por ano informado nos atrativos culturais pesquisados em milhares de pessoas – Belo Horizonte – 2007 a 2009 Tipo Subtipo Atrativo Feiras e Mercado livre mercados Mercado Central Edificações Conservatório Mineiro de Música Instituições culturais Arquitetura civil Ano 2007 2008 2009 10.000 10.000 10.000 15 15 15 Palácio da Liberdade 30 30 30 Casa do Baile (1) NS NS NS Arquitetura religiosa Igreja São Francisco de Assis NS NS NS Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem NS NS NS Biblioteca Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa NS NS NS Centro cultural Casa Fiat da Cultura Centro Cultural UFMG Centro de Cultura de Belo Horizonte Fundação Clóvis Salgado Museu/ Memorial Museu de Ciências Naturais –Puc Minas Museu das Telecomunicações Museu de Artes e Ofícios Museu Mineiro Museu Histórico Abílio Barreto Museu de História Natural e Jardim Botânico Museu de Arte da Pampulha Museu das Minas e dos Metais 250 250 250 42 7 24 NS NS NS 670 770 698 50 50 50 NS 30 110 120 NS 100 10 10 NS NS 60 65 NS NS NA (2) NA 10 NS 70 75 NA Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Nota: (1) NS: Não sabe ou não respondeu. (2) NA: Não se aplica. − − 36 Como a maior parte dos atrativos culturais pesquisados é gratuita ou tem algum tipo de incentivo governamental, 15 entrevistados (78,9%) deixaram de fornecer dados sobre faturamento, investimentos planejados e valor agregado da atividade. Em relação ao capital investido, 9 (47,4%) entrevistados informaram que não há participação estrangeira, 9 (47,4%) não responderam à pergunta, e 1 (5,3%) declarou contar com participação internacional, proveniente de Liechtenstein, limitada a 30% (gráf.2.5). Gráfico 2.5. Volume de recursos investido(1) nos atrativos culturais – Belo Horizonte – 2007-2010 R$ 18.000.000,00 R$ 16.180.000,00 R$ 16.000.000,00 R$ 12.980.000,00 R$ 14.000.000,00 R$ 12.000.000,00 R$ 10.000.000,00 R$ 9.975.000,00 R$ 10.070.000,00 R$ 8.000.000,00 R$ 6.000.000,00 2007 2008 2009 2010* Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Nota: (1) Investido até a conclusão da pesquisa, em agosto de 2010. Apenas 6 gestores dos atrativos Casa Fiat de cultura, Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem, Museu de Artes e Ofícios, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Museu Mineiro e Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG informaram os recursos investidos entre 2007 e julho de 2010. No conjunto, o volume de recursos envolvidos nestes atrativos chegou a quase R$ 50 milhões no período (gráf. 2.1.5). Possuem planos de investimentos para os próximos cinco anos, 12 (63,2%) atrativos, e não possuem, 5 (23,3%). Deixaram de responder, 2 (10,6%). O valor total de investimentos é desconhecido por 15 (78,9%) atrativos, contra 4 (21,1%) que afirmaram conhecer. O montante estimado em R$58 milhões nos próximos anos, sendo que 50% serão destinados à compra de móveis, materiais, equipamentos e tecnologia, seguindo-se reforma e construção, com 29%. Investimento em gestão ambiental é uma boa surpresa, aparecendo em terceiro lugar, com 10% (gráf. 2.1.6). Declararam que têm metas de expandir o atendimento nos próximos cinco anos, 13 (68,4%), contra 3 (15%) que não as têm. Deixaram de responder 3 (15,8%) atrativos. As metas de expansão estão relacionadas ao número de visitantes que usufrui do atrativo. Para isso as estratégias principais são: Atração de um número maior de visitantes; Aumento da capacidade de atendimento (área utilizada) Diversificação da oferta, com produtos complementares; Ampliação dos dias e horários de funcionamento; Aumento do número de funcionários. − − 37 Gráfico 2.6. Destino dos investimentos que serão realizados nos atrativos culturais – Belo Horizonte – 2010 a 2015 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 Para 13 (68,4%) entrevistados, a melhoria dos serviços está condicionada ao desenvolvimento dos seguintes pontos: Ampliação do espaço, incluindo salas, oficinas, depósitos (37%); Adequação de sanitários (11%); Melhoria da segurança e do estacionamento (11%) A gestão de qualidade é um item presente em 11 (57,9%) atrativos, sendo que em um (5,3%) o processo está em implantação (Museu das Minas e dos Metais, Museu de Artes e Ofícios, Museu das Telecomunicações, Fundação Clóvis Salgado, Casa Fiat de Cultura, Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Palácio da Liberdade, Museu de Ciências Naturais – PUC minas, Casa do Baile, Museu de Arte da Pampulha e Museu Histórico Abílio Barreto). A maioria dos atrativos utiliza sistema de gestão de qualidade próprio. Aqueles geridos pelo governo estadual adotam o acordo de resultados como ferramenta de gestão de qualidade e apenas um (5,3%) optou pelo sistema ISO implementado (Casa Fiat de Cultura). Afirmaram possuir também sistema de gestão ambiental, 11 (58,9%) atrativos, e um (5,3%) que está implantando esse sistema (Museu das Minas e dos Metais, Museu de Artes e Ofícios, Museu das Telecomunicações, Fundação Clóvis Salgado, Casa Fiat de Cultura, Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Palácio da Liberdade, Museu de Ciências Naturais – PUC minas, Casa do Baile, Museu de Arte da Pampulha e Museu Histórico Abílio Barreto).. Dentre as práticas mais comuns destacam-se, em ordem de importância: campanhas para reduzir o consumo, reaproveitamento de recursos, coleta seletiva de lixo, utilização de fontes alternativas de energia, educação ambiental e tratamento de esgoto, além de outras práticas (gráf. 2.7). Belo Horizonte e a região metropolitana são identificados como a principal origem de visitantes para 15 (78,9%) dos gestores dos atrativos; São Paulo, para 6 (31,69%); e interior de Minas, para 5 (26,3%). Para 18 (94,7%) gestores, o turismo cultural é o principal segmento do turismo em Belo Horizonte, para um (5,3%), é o turismo de negócios e eventos. − − 38 Gráfico 2.7. Número de atrativos que realizam práticas de gestão ambiental – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Nenhum atrativo cultural utiliza promotores de vendas para divulgar seus produtos ou serviços. Participam de feiras, quatro (21,1%). O veículo de promoção mais utilizado é a internet, seguindo-se: folhetos, rádio e jornais (gráf. 2.8). Apenas 13 (68%) possuem site na internet, contra 6 (31,6%) que não têm. Gráfico 2.8. Meios de promoção utilizados pelos atrativos – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 Em 12 (63,2%) atrativos, os materiais promocionais são apresentados apenas em português; 7 (36,8%) oferecem material em inglês (Museu das Minas e dos Metais, Museu de Arte da Pampulha, Museu Histórico Abílio Barreto, Casa do Baile, Casa Fiat de Cultura, − − 39 Igreja São Francisco de Assis e Museu das Telecomunicações), e 3 (15,8%), além do inglês, disponibilizam material também em outros idiomas (Museu das Telecomunicações, Museu das Minas e dos Metais e Igreja São Francisco de Assis). A integração com agências de viagens é reduzida. Apesar de três (15,8%) atrativos informarem que integram roteiros turísticos comercializados, apenas um (5,3%), a Igreja São Francisco de Assis, informou que recebe um volume expressivo de turistas (60%) por intermédio de agentes ou operadores. A internet foi citada por apenas dois (10,6%) atrativos, ainda assim com participação muito baixa. Para o atrativo Museu de História Natural e Jardim Botânico UFMG, 10% das vendas ocorrem via internet, ao passo que a Igreja São Francisco de Assis mencionou informou que 20%. Os principais canais identificados foram: central de reservas, para 8 (42,1%) atrativos; e venda direto ao cliente, para 7 (36,8%). A principal dificuldade apontada pelos gestores foi a falta de divulgação, para 4 (21,1%) gestores, aparecendo também a reclamação de que os veículos especializados em cultura são muito poucos. A ausência de uma política cultural para os museus foi citada por um (5,3%) gestor. A integração entre os atores da atividade turística em Belo Horizonte ainda é baixa. Poucos atrativos declararam que adotam a estratégia de estabelecer parcerias. O gráfico 2.9 apresenta o número de atrativos culturais que reconhecem a existência de parcerias formais com as diferentes atividades do ambiente turístico. Gráfico 2.9. Número de atrativos que mantêm parcerias formais com outros atrativos e equipamentos do município – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apenas três (15,8%) atrativos (Igreja São Francisco de Assis, Museu de Arte da Pampulha e Casa do Baile) integram roteiros turísticos comerciais, todos multi-destinos, oferecidos por agências receptivas de Belo Horizonte, como complemento às cidades históricas. As principais agências citadas foram: Maxturismo, CVC, Ouro Preto Turismo, Agotur Turismo e Pampulha Turismo. A segurança desses atrativos para os visitantes foi avaliada positivamente por quase todos os gestores dos atrativos, sendo que considerado ―seguro‖ por 12 (63,2%) e ―muito seguro‖ por 6 (31,6%), este último grupo composto por: Fundação Clóvis Salgado, Palácio da Liberdade, Casa Fiat de Cultura, Museu das Minas e dos Metais, Museu de Artes e Ofícios e Museu das Telecomunicações. Para um (5,3%) gestor, apesar de seu atrativo (Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem) possuir vigias e estar localizado próximo a uma delegacia de − − 40 polícia, a avaliação foi ―pouco seguro‖, uma vez que não há nenhum tipo de vigilância eletrônica no local. Considerações sobre a análise dos atrativos culturais Belo Horizonte, cidade com uma oferta turística cultural diversificada, une atrativos do fim do século XIX a estruturas modernas e contemporâneas. O conjunto arquitetônico da Pampulha e o Circuito Cultural da Praça da Liberdade constituem seus atrativos culturais de maior atratividade, por sua relevância histórica, qualidade e singularidade, os quais têm potencial para se destacarem como produtos turísticos que atendem à oferta nacional e complementam outros produtos de interesse da oferta internacional. Assim, merecem atenção especial quanto à resolução de algumas de suas principais necessidades, levantadas nesse estudo: Casa do Baile, Igreja São Francisco de Assis, Museu de Arte da Pampulha, Museu das Minas e dos Metais e Palácio da Liberdade. Alguns dos pontos fortes extraídos do conjunto dos atrativos culturais que emergiram da pesquisa estão relacionados a: preços, estado de conservação e acessibilidade. Os atrativos culturais, em grande parte, oferecem acesso gratuito ou cobram valores bastante acessíveis (até R$6,00 por pessoa), o que os coloca em posição de vantagem em relação aos seus principais destinos competidores, identificados pelos próprios gestores. O estado de conservação da maior parte dos atrativos pode ser considerado bom, além de permitirem acesso a pessoas com necessidades especiais. Contudo, há pontos a melhorar nestes e em outros quesitos. Por exemplo, muitos atrativos ainda não aceitam cartão de crédito, têm limitações em termos de acesso a deficientes e precisam de reformas. A gestão de qualidade foi citada uma prática reconhecida por vários atrativos, porém sem seguir um padrão e tampouco refletir uma busca ideal por melhora da qualidade dos serviços. Em muitos casos, foi citada como um sistema próprio, sem padrões ou critérios devidamente definidos. As principais demandas dos atrativos estão relacionadas a mobilidade urbana e a transporte coletivo, na medida em que faltam linhas de metrô e sequer existe um itinerário turístico. Somam-se a esses fatores: falta de locais adequados para embarque e desembarque de turistas; carência de estacionamento; e excesso de congestionamentos em áreas turísticas. A sinalização urbana e a segurança também foram citados pela maioria dos entrevistados como aspectos que precisam ser melhorados com urgência. As formas de promoção e comercialização dos atrativos foram citadas como inadequadas às necessidades do mercado turístico, pois nenhum deles mantém agentes de divulgação externos e muito poucos participam de feiras e eventos do setor, o que se reflete em baixa participação nos pacotes turísticos comerciais. A maioria dos gestores não soube informar sobre o volume de recursos que será investido em atrativos culturais. Informações fornecidas pelos os gestores dos Museu de Ciências Naturais – PUC-Minas, Casa Fiat de Cultura, Museu de Artes e Ofícios, Museu de História Natural e Jardim Botânico – UFMG revelam que um volume considerável de investimentos será destinado a eles nos próximos cinco anos. Portanto, a estruturação desses atrativos será importante para o desenvolvimento turístico de Belo Horizonte. Tais investimentos precisam estar associados, de forma complementar, a outros investimentos de outros setores para que exista uma oferta turística mais completa e capaz não só de atrair um número maior de turistas, mas, principalmente, de manter por mais tempo esse turista no destino. Para isso, os gestores pontuaram a necessidade de aumentar a integração entre o setor, aproximando os diferentes atores e permitindo uma troca de experiências mais frequente e sólida. − − 41 2.1.2.2. Atrativos naturais A amostra inicial pretendida nesta categoria foi obtida da seleção intencional dos seis atrativos naturais de maior relevância turística para o município, com base nas listas de montanhas, lagos/lagoas, parques municipais e parques estaduais existentes em Belo Horizonte, a saber: Montanhas: Conjunto Paisagístico da Serra do Curral Lagoas/Lagos: Lagoa da Pampulha Parques municipais: Parque Municipal das Mangabeiras, Parque Municipal Américo Renê Giannetti e Parque Ecológico da Pampulha Parques estaduais: Parque Estadual da Baleia O uso turístico atual da região da Pampulha está mais vinculado aos atrativos culturais presentes no Complexo Arquitetônico da Pampulha. A lagoa é mais um componente complementar daquela paisagem, que só atingirá seu potencial de exploração turística como atrativo natural após a recuperação ambiental da represa. Por essas razões, a lagoa será abordada na seção relativa à parte sócioambiental. Dos 6 atrativos naturais inicialmente levantados, 5 foram incluídos na pesquisa de oferta turística efetiva do município de Belo Horizonte (quadro 2.5). Quadro 2.5. Atrativos naturais por tipo, subtipo e hierarquia – Belo Horizonte – 2010 Tipo Subtipo Atrativos Naturais pesquisados Hierarquia Montanha Serras Conjunto Paisagístico da Serra do Curral III Parque Municipal das Mangabeiras III Parque Municipal Giannetti II Municipais Unidade de Conservação Estaduais Américo Renê Parque Ecológico da Pampulha II Parque Estadual da Baleia II Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As figuras 2.9 e 2.10 ilustram alguns parques de Belo Horizonte. Figuras 2.9 a 2.10 Alguns parques naturais de Belo Horizonte Figura 2.9: Parque das Mangabeiras – Praça das Águas – Robert Serbinenko – maio de 2010 − Figura 2.10: Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Robert Serbinenko – maio de 2010 − 42 O Parque Municipal das Mangabeiras e o Conjunto Paisagístico da Serra do Curral são atrativos naturais de Hierarquia III, isto é, aqueles que têm importância em nível nacional e são capazes de motivar um fluxo, atual ou potencial, internacional ou nacional, por si só ou em conjunto com outros atrativos. A hierarquização neste nível justifica-se pelo fato de o Conjunto Paisagístico da Serra do Curral ser alvo de projeto turístico pela Prefeitura de Belo Horizonte, que objetiva transformar este recurso turístico, de forma associada ao Parque das Mangabeiras, em produto-estrela do turismo da Capital, prevendo-se infra-estrutura e benfeitorias de apoio ao turista, centros de observação do acervo paleontológico e trilhas de interpretação ambiental, dentre outros atrativos. O Parque Municipal Américo Renê Giannetti, o Parque Ecológico da Pampulha e o Parque Estadual da Baleia são atrativos de Hierarquia II, ou seja, aqueles que têm capacidade de estimular fluxos regionais ou locais, atuais ou potenciais e de interessar a visitantes nacionais ou internacionais que cheguem ao destino por outras motivações turísticas. O Parque Municipal das Mangabeiras, o Parque Municipal Américo Renê Giannetti e o Parque Ecológico da Pampulha são unidades de conservação municipais abertas ao público. As duas primeiras são administradas pela Fundação de Parques Municipais e a última, pela Fundação Zoobotânica. O Parque Estadual da Baleia, unidade de conservação de propriedade pública estadual, é administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Ainda não está aberto à visitação pública, apresenta elevado potencial de exploração turística por ser uma das maiores áreas de conservação do município. Pretende-se transferir a gestão do Parque Estadual da Baleia para a Prefeitura Municipal. Assim, ele passará a integrar o mosaico de unidades de conservação de Belo Horizonte, localizado ao longo da serra do Curral. Entre os atrativos naturais, apenas o Parque Ecológico da Pampulha não dispõe de legislação de proteção. As unidades de conservação municipais possuem legislação municipal própria e a unidade de conservação estadual possui legislação estadual. Os atrativos naturais do município somam uma área de 637 hectares (quadro 2.6). Quadro 2.6. Área total dos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010 Atrativo natural Área (em hectares) Conjunto Paisagístico da Serra do Curral 242 Parque Municipal das Mangabeiras 245 Parque Municipal Américo Renê Giannetti 18 Parque Ecológico da Pampulha 30 Parque Estadual da Baleia 102 Total 637 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 O Parque Municipal Américo Renê Giannetti, unidade de conservação mais antiga da Capital, encontra-se aberto ao público desde 1897; o Parque Municipal das Mangabeiras, desde 1982; e o Parque Ecológico da Pampulha, a mais recente unidade de conservação, desde 2004. O Parque Estadual da Baleia ainda não está aberto à visitação6. O acesso rodoviário aos atrativos naturais foi considerado ―bom‖ por seus gestores para três parques municipais devido às condições das ruas e outras vias de acesso, existência de transporte público (linhas de ônibus que atendem aos atrativos) e tempo de deslocamento e ―regular‖ para o Parque Estadual da Baleia, devido a inexistência de linhas de ônibus que atendem o atrativo. O único atrativo que oferece acesso pelo metrô é o Parque Municipal 6 − Informações acerca dos parques municipais podem ser encontradas no site da Prefeitura de Belo Horizonte (www.pbh.gov.br) e informações sobre o Parque Estadual da Baleia podem ser acessadas pelo site www.parquesdeminas.gov.br. − 43 Américo Renê Giannetti e por sua localização central conta com diversas linhas de ônibus do transporte público coletivo. Quanto ao acesso ao atrativo por trilhas, apenas o Parque Municipal das Mangabeiras e o Conjunto Paisagístico da Serra do Curral oferecem esta possibilidade, segundo o gestor entrevistado, o qual o considera ―bom‖, embora não seja conhecido do grande público e não possa ser devidamente avaliado no âmbito deste estudo. Quanto à sinalização geral, três itens foram considerados: sinalização urbana, sinalização turística e sinalização interpretativa. A sinalização urbana foi analisada quanto à adequação e ao estado de conservação; a turística quanto à adequação ao padrão internacional (fundo marrom com pictogramas); e a interpretativa quanto às informações, explicações e descrições oferecidas sobre o atrativo. Os itens foram avaliados quanto a: existência de sinalização e adaptação da mesma a deficientes físicos (quadro 2.7). Quadro 2.7. Avaliação da sinalização nos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010 Nome do atrativo Sinalização Urbana Turística Interpretativa Parque Municipal das Mangabeiras Bem sinalizado Bem sinalizado Mal sinalizado Parque Municipal Américo Renê Giannetti Mal sinalizado Mal sinalizado Mal sinalizado Parque Ecológico da Pampulha Bem sinalizado Bem sinalizado Bem sinalizado Parque Estadual da Baleia Não sinalizado Não sinalizado Não sinalizado Conjunto Paisagístico da Serra do Curral Bem sinalizado Mal sinalizado Mal sinalizado Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O Parque Estadual da Baleia, por ser uma unidade de conservação fechada ao público, não dispõe de sinalização turística e interpretativa. Caso venha a integrar a oferta efetiva de atrativos de Belo Horizonte, deverá ser implantada. No Parque Municipal, a sinalização geral foi avaliada como ―mal sinalizada‖ nos três níveis de análise, sendo esta uma importante recomendação para a adequação turística do atrativo. O projeto da Prefeitura de implantar um complexo turístico na serra do Curral deve sanar o problema de má sinalização turística e interpretativa do atrativo. Quanto à adequação da sinalização a deficientes físicos, nenhum atrativo possui sinalização urbana adaptada. Quanto à sinalização turística e interpretativa, apenas o Parque Ecológico da Pampulha possui adequação para deficientes. Quanto à acessibilidade ao atrativo, à exceção do Parque Estadual da Baleia, todos os atrativos têm período de visitação permanente, estando abertos ao público durante todo o ano. Apenas o Parque das Mangabeiras e Conjunto Paisagístico da Serra do Curral possuem restrições à entrada de animais. Os meios de transporte mais utilizados para acesso aos atrativos são: ônibus e automóveis. Para o Parque das Mangabeiras e Conjunto Turístico da Serra do Curral, o transporte coletivo foi considerado ―insuficiente‖. Quando à necessidade de adaptação para receber pessoas com necessidades especiais, para três gestores o atrativo está ―parcialmente adequado‖. Apenas o Parque Ecológico da Pampulha encontra-se plenamente adequado à visitação dessas pessoas. A mobilidade na área externa e a adequação de restaurantes e lanchonetes foram os aspectos citados como menos adaptados. Todos os atrativos possuem adequação dos sanitários, à exceção do Parque das Mangabeiras. Para os gestores, os atrativos estão em bom estado de conservação geral e não se encontram descaracterizados, à exceção do Conjunto Paisagístico da Serra do Curral, cuja avaliação foi considerada ―ruim‖, tendo sido classificado como ―descaracterizado‖. − − 44 O planejamento estratégico tem sido priorizado na gestão pública municipal. Isso inclui a gestão dos atrativos naturais. Os parques municipais possuem planejamento estratégico em fase de elaboração (Parque das Mangabeiras e Conjunto Paisagístico da Serra do Curral) ou em execução (Parque Municipal e Parque Ecológico da Pampulha), porém o único que possui plano de visitas é o Parque das Mangabeiras. Quanto à capacidade de carga máxima, apenas o Parque Municipal e o Parque das Mangabeiras possuem esse tipo de estimação: 5 mil pessoas para o primeiro e 8 mil para o segundo, na Praça das Águas. O quadro 2.8 discrimina os instrumentos de planejamento para os atrativos naturais. Quadro 2.8. Instrumentos de planejamento dos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010 Instrumentos de planejamento Atrativo Planejamento Estratégico Plano de Visitas Capacidade de Carga Parque Municipal das Mangabeiras Em fase de elaboração Sim 8.000 pessoas (na Praça. das Águas) Parque Municipal Américo Renê Giannetti Em execução Não 5.000 pessoas Parque Ecológico da Pampulha Em execução Não Não se aplica Parque Estadual da Baleia Não possui Não Sem informação Conjunto Paisagístico da Serra do Curral Em fase de elaboração Não Sem informação Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Dos cinco atrativos, apenas o Parque das Mangabeiras e o Conjunto Paisagístico da Serra do Curral possuem plano concreto de investimento para os próximos cinco anos. Entretanto, investimentos nas áreas de reforma e construção, treinamento, materiais e equipamentos, projetos de gestão ambiental e turismo estão previstos nos parques municipais das Mangabeiras, Municipal Américo Renê Giannetti e Conjunto Paisagístico da Serra do Curral. No Parque Ecológico da Pampulha, não está previsto nenhum tipo de intervenção. O investimento global previsto para o Parque das Mangabeiras e o Conjunto Paisagístico da Serra do Curral nos próximos cinco anos foi estimado pelo gestor em R$30 milhões: R$12 milhões para reforma e construção; R$1,5 milhão para treinamento; R$8 milhões para materiais e equipamentos; R$4,5 milhões para projetos de gestão ambiental; e R$4 milhões para o setor de turismo. O Parque Municipal Américo Renê Giannetti é alvo de investimentos do Prodetur para a implantação do Espaço Cultural Multiuso em seu interior. Estão previstos investimentos de R$11,5 milhões: reforma e construção, R$7 milhões, treinamento, R$2 milhões, projetos de gestão ambiental, R$1,5 milhão e projeto de irrigação, R$1 milhão. Os investimentos em atrativos naturais terão como fontes de recursos a iniciativa privada, a Prefeitura Municipal, o Governo do Estado e o Governo Federal. O Parque das Mangabeiras é o único atrativo que possui metas de expansão e espera ampliar sua área para 347 hectares após a anexação do Parque Estadual da Baleia. O tempo estimado de visitação aos atrativos variou entre uma hora e dez horas (quadro 2.9). − − 45 Quadro 2.9. Tempo estimado de visitação nos atrativos naturais pesquisados – Belo Horizonte –2010 Atrativo Tempo estimado Parque Municipal das Mangabeiras 10 horas Parque Municipal Américo Renê Giannetti 1 a 2 horas Parque Ecológico da Pampulha 2 horas Parque Estadual da Baleia Não se aplica Conjunto Paisagístico da Serra do Curral 6 horas Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto à origem dos visitantes, o gestor do Conjunto Paisagístico da Serra do Curral estima que 25% dos visitantes são estrangeiros e 40% são brasileiros. O Parque Ecológico da Pampulha apresenta um público diferenciado, sendo 10% de origem internacional, 20% de origem nacional, 15% de origem regional e 55% de origem local. O público do Parque das Mangabeiras é predominantemente local (70%), assim como do Parque Municipal Américo Renê Giannetti (85%) (gráf. 2.10). O ingresso em todos os atrativos naturais em funcionamento no município é gratuito O Parque Municipal das Mangabeiras e o Parque Municipal Américo Renê Giannetti oferecem visitas guiadas, apenas em português. Todos os atrativos, exceto o Parque Municipal Américo Renné Gianetti, disponibilizam instruções de visita impressas, em português. Os momentos de maior visitação em todos os atrativos naturais foram os feriados e as férias escolares. O Parque das Mangabeiras oferece instruções de visitas também em inglês. Os parques municipais, em geral, oferecem atividades culturais e de educação ambiental ao longo do ano (quadro 2.10). Gráfico 2.10. Origem dos visitantes nos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010 90 80 70 60 50 % 40 30 20 10 0 Parque Municipal Américo Renê Giannetti Parque Municipal das Conjunto Paisagístico Parque Ecológico da Mangabeiras da Serra do Curral Pampulha Internacional Nacional Regional Local Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 46 Quadro 2.10. Principais atividades oferecidas e eventos ocorrentes nos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010 Atrativo Principais atividades e eventos Parque Municipal das Mangabeiras Seresta, Jornada nas Estrelas, Semana da Criança e Projeto de Férias Parque Municipal Américo Renê Giannetti Tai-chi-chuan, capoeira, teatro, circo, música, FIT, Concerto no Parque, Conexão Vivo, Semana da Ciência e Tecnologia, Amostra Plural da Secretaria de Educação. Parque Ecológico da Pampulha Projeto Bicicleta para Todos, educação ambiental, Aniversário do parque, Semana da Criança, Férias Escolares Parque Estadual da Baleia Não se aplica Conjunto Paisagístico da Serra do Curral Seresta ao Pé da Serra, Fantástico Mundo das Crianças Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os equipamentos e serviços existentes nos atrativos foram classificados como ―bom‖, ―regular‖, ―ruim‖ e ―não oferece‖. No Parque Municipal das Mangabeiras foram classificados como ―regulares‖ as portarias, a iluminação, os sanitários, a quadra de esportes, o estacionamento, a cantina/restaurante e o salão de exposição. Essa classificação foi atribuída pelo estado de conservação tendo em vista o tempo de uso das instalações físicas e aquisição dos equipamentos. Os vestiários foram considerados ―ruins‖ pelo desgaste existente e pela necessidade de reformas. A avaliação do Parque Municipal Américo Renê Giannetti apontou como ―bom‖ os itens portarias, iluminação, sanitários, quadra de esportes e salão de exposição devido ao estado de conservação, atividades de manutenção, reformas e benfeitorias realizadas recentemente. Já a cantina/restaurante foi avaliada como ―regular‖, pela baixa capacidade operacional no atendimento aos visitantes. No Parque Ecológico da Pampulha foram avaliados portarias, iluminação, sanitários, vestiários, estacionamento, cantina/restaurante, salão de exposição e as bicicletas oferecidas no projeto Bicicleta para Todos e classificados como ―bons‖, tendo em vista que os equipamentos e instalações físicas encontram-se em bom estado de conservação e com serviços de manutenção freqüentes e não há necessidade de reformas ou intervenções. Tais considerações justificam-se pela recém criação do Parque e aquisição de seus equipamentos. O conjunto paisagístico da Serra do Curral está em fase de estruturação e não possui diversas facilidades, por isso não foram avaliadas. Em relação à segurança dos atrativos, todos os parques oferecem vigilância física, por meio de guardas, e três (Parque Municipal das Mangabeiras, Parque Municipal Américo Renê Giannetti e Conjunto Paisagístico da Serra do Curral) oferecem vigilância eletrônica monitorada. Todas as unidades de conservação possuem equipamentos contra incêndios e quatro possuem ronda policial ou estão localizadas próximo a um Batalhão de Polícia, à exceção do Parque Estadual da Baleia. Os atrativos que realizam pesquisas com os visitantes são: Parque Municipal das Mangabeiras, Parque Ecológico da Pampulha e Parque Municipal Américo Renê Giannetti. Os dois primeiros avaliam apenas a satisfação do visitante e o último, apenas o perfil do visitante. Quanto aos Sistemas de Gestão de Qualidade, dois gestores informaram que adotam o sistema de gestão de qualidade de resultados e o sistema de gestão de qualidade de − − 47 treinamento de funcionários. Todavia, não especificaram nada sobre a origem ou a metodologia desses sistemas, o que indica uma possível falta de entendimento sobre o que seja um sistema de gestão de qualidade. Quanto à existência de sistema de gestão ambiental, o Parque Municipal das Mangabeiras foi a única unidade de conservação declarou possuir sistema em execução, além de plano de manejo e programa de educação ambiental. O Parques Municipal Américo Renê Giannetti e o Parque Ecológico da Pampulha possuem sistemas de gestão ambiental em implantação. Os gestores foram questionados quanto à implantação de práticas ligadas à gestão ambiental das unidades de conservação. O Parque Municipal das Mangabeiras e o Parque Municipal Américo Renê Giannetti são as unidades de conservação que adotam práticas de gestão ambiental mais consolidadas no município. As práticas mais comuns nos parques são: tratamento de efluentes e redução do consumo de energia e água (quadro 2.11). Quadro 2.11. Práticas ligadas à gestão ambiental nos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010 Atrativos Parque Municipal das Mangabeiras Parque Municipal Américo Renê Giannetti Parque Ecológico da Pampulha Parque Estadual da Baleia Conjunto Paisagístic o da Serra do Curral Separação seletiva de lixo Em implantação Não Em implantação Não Não Fontes alternativas de energia Não Não Em implantação Não Não Reaproveitamento de recursos Em implantação Não Em implantação Não Não Sim Sim Em implantação Não Sim Em implantação Sim Em implantação Não Não Programa de Pesquisa Científica em parceria com Universidades Sim Em implantação Não Não Ações Tratamento de efluentes Redução de consumo Outros Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto à promoção e comercialização dos atrativos naturais, Belo Horizonte e Região Metropolitana são os principais mercados para três dos quatro atrativos em funcionamento, sendo Minas Gerais o principal mercado apenas para o Parque Ecológico da Pampulha. Os principais meios de promoção utilizados pelos atrativos podem ser visualizados no gráfico 2.11. Quanto à promoção e comercialização dos atrativos naturais, Belo Horizonte e Região Metropolitana são os principais mercados para três dos quatro atrativos em funcionamento, sendo Minas Gerais o principal mercado apenas para o Parque Ecológico da Pampulha. Os principais meios de promoção utilizados pelos atrativos podem ser visualizados no gráfico 2.11. − − 48 Gráfico 2.11. Meios de Promoção utilizados pelos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Nenhum atrativo natural utiliza promotores de vendas para divulgar seus produtos ou serviços. Apenas o Parque Municipal Américo Renê Giannetti participa de feiras. As formas de promoção mais utilizadas pelos atrativos naturais foram: folhetos, rádio, jornal e internet, por três dos quatro atrativos em que há algum meio de promoção. Para o Parque Estadual da Baleia, que ainda não está em funcionamento, não houve informação relativa a este item. Nenhum atrativo oferece materiais promocionais em dois ou mais idiomas. Para a finalidade de comercialização, não há integração dos atrativos com agências de viagens. A internet foi apontada como o principal canal de comercialização por dois dos quatro atrativos, contribuindo com 70%: Parque Municipal das Mangabeiras e Conjunto Paisagístico da Serra do Curral. Os demais atrativos são comercializados 100% por intermédio de clientes diretos. A integração entre o Parque Municipal Américo Renê Giannetti e o Parque Ecológico da Pampulha com demais atores da atividade turística em Belo Horizonte é incipiente. O Parque Municipal das Mangabeiras e o Conjunto Paisagístico da Serra do Curral realizam parcerias formais, com postos de informação, meios de hospedagem, bares e restaurantes, com outros atrativos/equipamentos do destino. As duas unidades de conservação, no item Outros, citaram parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC), a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerias (PUC-Minas), a Empresa Municipal de turismo (Belotur) e a Secretaria Municipal de Educação – Departamento de esportes (SMED Esportes). O gráfico 2.12 apresenta as parcerias formais das duas unidades de conservação com as diferentes atividades do ambiente turístico. − − 49 ro s O ut R es t au Tr an sp ra n te s or ta d /b a or as re s m ge pe da os M ei os de H de st os Po O pe ra do ra s /a In fo rm gê nc aç ia s ão Gráfico 2.12. Parcerias formais entre atrativos naturais e outros atrativos e equipamentos – Belo Horizonte – 2010 Parque Municipal das Mangabeiras Conjunto Paisagístico da Serra do Curral Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apenas dois dos cinco atrativos integram roteiros turísticos comerciais, oferecidos por agências de turismo e de eventos de Belo Horizonte. Os gestores, entretanto, não souberam nomear as agências que comercializam os roteiros. Considerações sobre os atrativos naturais Os atrativos naturais identificados em Belo Horizonte são, principalmente, unidades de conservação, uma vez que a área do município é predominantemente urbanizada. A existência de unidades de conservação com área limitada e gestão centralizada pode facilitar a gestão desses locais. No entanto, a gestão e o planejamento desses espaços devem ser aperfeiçoados, com a elaboração e execução de planos estratégicos e planos de manejo. As práticas de gestão ambiental também precisam ser incentivadas, na medida em que os atrativos naturais podem servir de exemplos de sustentabilidade ambiental para outros atrativos e equipamentos do destino. Assim como ocorre com outros atrativos turísticos de Belo Horizonte, os atrativos naturais têm o público principal concentrado no mercado local e no regional, O Conjunto Paisagístico da Serra do Curral, de forma associada ao Parque das Mangabeiras, foi avaliado como atrativo de hierarquia III pelo estudo. Em função do projeto previsto pela Prefeitura, tem potencial para atrair um público mais diversificado e um percentual significativo de público nacional e internacional. Os eventos e as atividades regulares são bastante comuns nos atrativos naturais, o que aumenta a efetividade de uso do espaço e permite ampliar sua atratividade, podendo refletir em aumento de satisfação do público. Contudo, para se atingir este fim, é necessário selecionar e promover os eventos de forma compatível com a natureza do ambiente e sua motivação primária. Para que os atrativos possam ser reconhecidos como turísticos e, de fato, diversificar a oferta turística de Belo Horizonte, também precisam se integrar melhor à oferta das agências de viagem receptivas, adequando seus serviços às exigências dos turistas e dos operadores. − − 50 2.1.2.3. Realizações técnicas e científicas As realizações técnicas e científicas compreendem, dentre outros: parques tecnológicos, parques industriais, museus tecnológicos, centros de pesquisas, usinas, planetários, aquários, viveiros, exposições técnicas e artísticas, ateliês, zoológicos e jardins botânicos. Nesta categoria, foram selecionados para pesquisa, no âmbito deste PDITS apenas os atrativos mais representativos e de maior relevância turística, em sua categoria, existentes no município de Belo Horizonte e indicados no quadro 2.12 de acordo com sua tipologia e hierarquia atribuída. Quadro 2.12. Realizações Técnicas e Científicas por tipo, hierarquia – Belo Horizonte – 2010 Tipo Atrativos Hierarquia Zoológico Zoológico Municipal III Planetário Espaço Tim/ UFMG III Aquário No mundo das águas II Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os atrativos da categoria ―Realizações Técnicas e Científicas‖ se dividem em três tipos: Zoológico, Planetário, e Aquário. A classificação hierárquica, na qual a importância relativa está em ordem crescente, indicou que os atrativos Zoológico e Planetário estão na categoria III. Ou seja, têm importância em nível nacional e são capazes de motivar um fluxo, atual ou potencial, internacional ou nacional, por si só ou em conjunto com outros atrativos. O Zoológico se insere nesta categoria, porque pode ser considerado atrativo contíguo a outros que formam o complexo da Pampulha, que, como conjunto, apresenta maior potencial de atração, a ser plenamente alcançado, desde que receba os recursos e ações necessárias para esse fim. De forma similar, o Planetário foi classificado como de hierarquia III, em função de ser contíguo a outros atrativos que formam o complexo cultural e turístico implantado na Praça da Liberdade e que tem potencialmente grande capacidade de atração turística. Já o Aquário foi avaliado como sendo de hierarquia II, o que indica que é capaz de estimular fluxos regionais ou locais, atuais ou potenciais e de interessar a visitantes nacionais e internacionais que cheguem ao destino por outras motivações turísticas. O Zoológico é de propriedade pública, o Planetário tem gestão compartilhada público e privada e o Aquário é de propriedade privada. Todos os atrativos analisados têm sítio na internet e apenas o Zoológico conta com endereço de e-mail, já que a administração do Planetário e do Aquário não soube responder sobre a existência de endereços de e-mail. O Zoológico desenvolve suas atividades na capital mineira desde 1959 O Aquário e o Planetário são mais recentes, tendo iniciado em 2004 e 2010. O Zoológico possui condição de tombamento ou status de proteção específica municipal, definido em lei desde 1997. Aquário e Planetário não possuem nenhuma diretiva legal de proteção, ainda que o primeiro esteja inserido em área tombada Conjunto Arquitetônico da Praça da Liberdade. O estado de conservação dos atrativos foi considerado ―bom‖. Alguns elementos relativos a infraestrutura, serviços e facilidades disponíveis foram analisados mais detidamente. Em relação à infraestrutura, itens como ―estado geral da portaria‖, ―estado geral da iluminação‖, ―estado geral de segurança‖ e ―estado geral dos sanitários‖ foram considerados ―bons‖ em 100% dos atrativos da categoria. Outros elementos analisados, ainda de infraestrutura, demonstraram comportamento heterogêneo. No item ―estado geral do − − 51 estacionamento‖ o Zoológico foi classificado como ―bom‖ pela capacidade de carga, facilidade de localização e proximidade, já o Aquário foi considerado ―regular‖ devido a quantidade de vagas disponíveis. O Planetário não oferece estacionamento. Quanto aos serviços de alimentação, dois itens foram investigados: ―estado geral de cantina ou lanchonete‖ e ―estado geral do restaurante‖. Sobre o primeiro item, Zoológico e Planetário tiveram conceito ―bom‖ devido a capacidade de atendimento aos visitantes e horários de funcionamento e o Aquário foi considerado ―regular‖, tendo em vista que a lanchonete atende em horários específicos. Sobre o segundo, apenas o Zoológico foi avaliado, tendo recebido o conceito ―bom‖, devido a existência de um restaurante com capacidade de atendimento aos visitantes e disponibilidade de horários compatíveis com o funcionamento do Zoológico. Em todos, é vedada a venda de alimentos por ambulantes. Todos atrativos possuem salas multiuso ou de exposição, consideradas ―boas‖ no Aquário e Planetário devido a sua capacidade de atender aos visitantes tanto em espaço físico quanto na disponibilização de equipamentos (datashow, televisão, projetor e DVD), e ―regular‖ no Zoológico devido às condições físicas das instalações. Lojas de suvenir existem apenas no Aquário e no Zoológico, sendo consideradas ―boas‖, ou seja, com produtos diversificados e atendimento em horários de funcionamento compatíveis com os das visitas. Outras facilidades também podem ser encontradas nos atrativos, como é o caso de espaços de lazer e de educação ambiental no Zoológico, e programa de observação nas noites de quinta-feira no Planetário. A questão da acessibilidade a pessoas com necessidades especiais também foi alvo de pesquisa. Zoológico e Aquário atendem a esse quesito e Planetário possui acessibilidade parcial apenas. A mobilidade geral nos espaços internos e externos dos atrativos está presente em todos os analisados. A principal forma de acesso aos atrativos se dá por vias urbanas, sendo o item considerado ―bom‖ para todos os locais investigados e suficiente para atender às necessidades atuais devido às condições das ruas e outras vias de acesso, existência de transporte público (linhas de ônibus que atendem aos atrativos) e tempo de deslocamento. No entanto, se considerado o aumento da demanda, serão necessários novos investimentos, à exceção do Aquário. Outros acessos, como ferroviário, aéreo ou por trilha não se aplicam a estes atrativos de realizações técnicas e científicas. Quanto aos recursos de sinalização, vários itens foram avaliados. Os dois primeiros dizem respeito a ―adequação e estado de conservação da sinalização‖ e ―sinalização turística em padrões internacionais‖. Apenas Zoológico é bem sinalizado, ao passo que Planetário e Aquário não possuem sinalização. Quanto a sinalização interpretativa, Zoológico e Planetário são bem sinalizados, aquário não. Em nenhum atrativo há ou não se aplica a sinalização adaptada para deficientes físicos. Junho é o mês de maior movimento no Zoológico, e dezembro, o de menor. No Aquário, julho é o mais movimentado, e fevereiro, o menos. O Planetário, por ter menos de um ano de atividade, não dispõe dessas informações. Em todos os atrativos, o período de férias escolares é indicado como o de maior movimento. Quanto ao sistema de cobrança, todos os atrativos cobram ingressos, que variam de R$2,00 a R$12,00, ocorrendo diversas modalidades de descontos e isenções (quadro 2.13). O cartão de crédito, com suas múltiplas bandeiras, é a forma de pagamento aceita somente no Aquário Mundo das Águas. Para todos os atrativos, a investigação de campo indicou a predominância de visitantes locais ou regionais, ainda que público de origem nacional e internacional tenha sido − − 52 registrado. No Zoológico, 90% do público visitante é de origem local, no Planetário, 60%. No Aquário, não foram obtidas respostas sobre esta questão. Os três atrativos realizam planejamento estratégico. O sistema de gestão de qualidade é utilizado no Zoológico e no Planetário, sendo que o primeiro utiliza o sistema de gestão interna, e o segundo não soube informar. Projetos de gestão ambiental inexistem em todos atrativos, ainda que programas específicos de educação ambiental sejam realizados no Zoológico. Quadro 2.13. Sistema tarifário dos atrativos de realizações técnicas e científicas – Belo Horizonte – 2010 Atrativo Zoológico de Belo Horizonte Espaço TIM/UFMG – Planetário No Mundo das Águas Ingresso normal (R$) Ingresso infantil Ingresso para maiores de 60 anos Ingresso para Grupos Ingresso para eventos corporativos 2,00 (dias úteis e sábados); 4,00 (domingos e feriados) Sim Sim Sim Não 6,00 Não Não Não Sim 12,00 Sim Não Sim Não Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo A capacidade de carga, ou o número máximo de visitante simultâneos, nos atrativos também foi avaliada. O Zoológico não possui capacidade máxima de carga definida, o Planetário tem capacidade para 180 pessoas, e o Aquário, para 60 pessoas. As informações sobre o total de visitantes por ano para a seqüência histórica informada permitem apenas uma análise superficial, já que a maioria dos gestores dos atrativos não soube informar ou declarou que não se aplica (caso do Planetário). O zoológico recebeu 24 mil visitantes em 2007, igual número em 2008 e 2009. Os recursos aplicados nos atrativos provêm de fontes bastante heterogêneas. No Zoológico, a principal fonte de recurso é o orçamento próprio; no Planetário, é a parceria entre a UFMG, a TIM, e o governo de Minas Gerais; e no Aquário, de sua bilheteria. O Zoológico realizou até junho de 2010 um investimento de R$1.477.000,00, mas os gestores não souberam informar quanto foi investido entre 2007 e 2009. No Planetário, houve investimentos desde 2007, ano em que foram investidos R$7 milhões, contra R$6 milhões em 2008 e R$1 milhão em 2009, Em 2010, no primeiro semestre, investiu-se R$1,5 milhão. No Aquário, houve uma constante de R$50 mil nos investimentos. Zoológico e Planetário têm planos concretos de investimentos para os próximos cinco anos. R$12 milhões no primeiro e R$9 milhões no segundo. Considerações sobre as realizações técnicas e científicas Embora tenham sido identificadas e analisadas apenas três realizações técnicas que se enquadram nesta pesquisa, duas - zoológico e planetário - estão no nível de hierarquia III e têm grande potencial turístico. Por isso, merecem atenção especial neste plano. A investigação indicou a necessidade da realização de investimentos em infraestrutura em todos os atrativos. Quanto a estacionamento, apenas o Zoológico obteve classificação ―bom‖, contra ―regular‖ de aquário. Planetário não oferece estacionamento. A inexistência de estacionamento em Planetário é uma limitação que deve ser considerada. Este atrativo está inserido em um local chave do turismo da Capital, a Praça da Liberdade, próxima ao centro − − 53 da cidade. O aumento da demanda por vagas e o grande número de veículos em visita ao atrativo podem agravar a fluidez do trânsito da região, já bastante comprometida. Recomenda-se que este aspecto seja avaliado no contexto geral do circuito no qual o atrativo se insere, e não de maneira isolada. A questão de acessibilidade aos deficientes físicos foi avaliada como ―boa‖ por Zoológico e Aquário. É evidente que alguns atrativos, por questões intrínsecas a sua natureza, oferecem limitações à inclusão de deficientes. No entanto, para um atrativo categorizado como de hierarquia III e, portanto, dotado, supostamente, de características de forte atração, a questão de acesso aos deficientes deve ser bem estudada. Quando possível, soluções alternativas devem ser oferecidas. A sinalização turística dos atrativos existe apenas no Zoológico. É um problema a ser abordado. Independente de análises estatísticas, a observação direta nas ruas da cidade já indica a gravidade dessa situação. 2.1.2.4. Eventos permanentes Os eventos permanentes da cidade de Belo Horizonte selecionados para esta pesquisa pertencem, de acordo com a classificação da oferta turística do INVTUR, do Ministério do Turismo, aos tipos ―Realizações Diversas‖ e ―Feiras e Exposições‖ da categoria Eventos Permanentes. Foram contemplados os subtipos Feira Cultural, Feira de Gastronomia, Outras Feiras, Realizações Artísticas e Culturais e Desportivas. Inicialmente, foram intencionalmente selecionados 15 eventos de maior relevância atual e potencial para a atividade turística. Desse total, 13 gestores se dispuseram a participar da pesquisa, constituindo a amostra efetivamente trabalhada (quadro 2.14). Quadro 2.14. Eventos permanentes, por tipo, subtipo e hieraquia – Belo Horizonte – 2010 Tipo Feiras e Exposições Subtipo Hierarquia Nome do evento Feira de Arte, Artesanato e Produtos de Variedades da Avenida Afonso Pena Feira Cultural III Feira de Gastronomia III Outras Feiras II Festival Gastronômico Brasil Sabor III Festival Internacional de Teatro de Bonecos III Campanha de Popularização do Teatro e da Dança III FID - Fórum Internacional de Dança III FIT - Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua III FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos III Axé Brasil II Casa Cor Minas II FAN - Festival de Arte Negra III Meia Maratona da Linha Verde III Volta Internacional da Pampulha Artísticas e Realizações Culturais Diversas Desportivas Expocachaça Feira e Festival Internacional da Cachaça Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A hierarquia destes eventos está no nível III para 10 (76,9%), sendo que apenas 3 (23,1%) se inserem no nível da hierarquia II. Isso tem um significado importante para este segmento em especial, pois representa um conjunto expressivo de atrativos, distribuídos em diferentes épocas do ano. A maior parte dos eventos permanentes de Belo Horizonte é recente, sendo 1 (7,7%) de 1983, 6 (46,2%) da década de 1990 e 3 (23,1%) da década de 2000. Em 2 (15,4%), não foi − − 54 possível obter a informação. O mais antigo dos eventos pesquisados, a Feira de Arte, Artesanato e Produtos de Variedades da Avenida Afonso Pena, foi criado em 1969. Sobre a natureza da propriedade dos organizadores do evento, 6 (46,2%) gestores disseram ser de caráter privado, 4 (30,8%) do Poder Público municipal e 2 (15,4%) de sindicatos e associações. Sobre os espaços onde são realizados os eventos, 8 (61,5%) são públicos e 2 (15,4%) são privados. Os outros 3 (23,1%) ocorrem em diferentes lugares de Belo Horizonte, que podem ser públicos ou privados, citando-se: Festival internacional de Teatro, Palco e Rua, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e Fórum Internacional de Dança (quadro 2.15). Quadro 2.15. Organizadores, natureza da propriedade e data de criação dos eventos – Belo Horizonte – 2010 Subtipo Nome do evento Organizador Feira cultural Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena PBH – Regional Centro Sul Feira de gastronomia Festival Gastronômico Brasil Sabor Abrasel – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes Outras feiras Expocachaça – Feira e Festival Internacional da Cachaça Artísticas e culturais Desportivas Propriedade Local do Organizador evento Data de criação Pública Municipal Avenida Afonso Pena 1969 Associações Restaurantes diversos 2006 Cachaça do Brasil Particular Serraria Souza Pinto 1998 FAN – Festival de Arte Negra Fundação Municipal de Cultura Pública municipal Vários 1995 Festival Internacional de Teatro de Bonecos Catibrum Teatro de Bonecos Particular Vários 2000 Campanha de Popularização do Teatro e da Dança Sinparc Sindicatos Vários 1983 FID – Fórum Internacional de Dança Joaquina cultura Na Vários Nr Axé Brasil DM Promoções Eventos Ltda. Particular Mineirão 1998 Casa Cor Minas Casa Cor Minas Gerais Particular Locais diversos (residências) 2005 Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte Fundação Municipal de Cultura Pública municipal Vários 1993 FIQ – Festival Internacional Fundação Municipal de de Quadrinhos Cultura Pública municipal Serraria Souza Pinto 1999 Meia Maratona da Linha Verde By Japão Promoções e Eventos Particular MG10 2009 Volta Internacional da Pampulha Jescom Serviços/Rede Globo Particular Avenida Otacílio Negrão de Lima 1999 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Todos os gestores (100%) afirmaram que o evento possui site para informação e contato. Dos organizadores de eventos, 9 (69,2%) afirmaram que o acesso atende plenamente às necessidades atuais e 3 (23,1%) que não atende (Volta Internacional da Pampulha, Axé Brasil, Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena). Desses últimos, dois (15,4%) (Volta Internacional da Pampulha, Axé Brasil) citaram como principais deficiências os meios − − 55 de transporte deficientes e a necessidade de maior eficiência na organização do fluxo de trânsito. Para 8 (61,5%) organizadores, o acesso ao atrativo permite expansão no volume de visitantes sem investimento extra, um (7,7%) não respondeu (Casa Cor Minas) e apenas 4 (30,8%) (Volta Internacional da Pampulha, Axé Brasil, Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena e Meia Maratona da Linha Verde) disseram que não permite expansão, citando como principais deficiências: estacionamento complicado e necessidade de execução de obras viárias para facilitar o escoamento de veículos; limitação da capacidade de espaço físico; e necessidade de uma linha de metrô eficiente e melhoria de acesso. Em 6 (46,2%) eventos, o meio de transporte mais utilizado para o acesso é o ônibus, sendo eles FAN – Festival de Arte Negra, Festival Internacional de Teatro de Bonecos, FID – Fórum Internacional de Dança, Axé Brasil, Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte, FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos, e em 4 (30,8%), o automóvel, sendo eles Volta Internacional da Pampulha, Meia Maratona da Linha Verde, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e Festival Gastronômico Brasil Sabor. Em 3 (23,1%), não foi informado, sendo eles Expocachaça – Feira e Festival Internacional da Cachaça, Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena e Casa Cor Minas . Tabela 2.6. Avaliação do acesso aos eventos permanentes – Belo Horizonte – 2010 Tipo de acesso Avaliação (%) Bom Regular Rodoviário 76,9 15,4 7,7 Ferroviário 38,5 7,7 7,7 Aéreo 15,4 46,2 Não Tem/ Não aplica Precário 46,2 38,5 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Dos organizadores de eventos, 9 (69,2%) informaram que realizam planejamento estratégico; e 3 (23,1%), que não possuem, sendo eles Festival Internacional de Teatro de Bonecos, Festival Internacional de Quadrinhos e FAN – Festival de Arte Negra. Não respondeu, um (7,7%) (Campanha de Popularização do Teatro e da Dança). Em 7 (53,8%) eventos permanentes o ingresso é pago, em 3 (23,1%) é gratuito (FIQ Festival Internacional de Quadrinhos, Festival de Arte Negra e Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte); em um (7,7%), há ingressos pagos e gratuitos (FID – Fórum Internacional de Dança); em um (7,7%), Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena, não há ingressos. Deixou de responder um (7,7%) (Festival Internacional de Teatro de Bonecos). Nos eventos pagos, o preço varia de R$ 2,00 a R$ 200,00. Os valores informados por 4 (30,8%) dos organizadores de eventos foram de R$2,00 a R$20,00, por 3 (23,1%), de R$ 30,00 a R$ 60,00 e por um (7,7%) de R$ 200,00. A acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades especiais foi identificada em 9 (69,2%) eventos e em 3 (23,1%) acessibilidade parcial. Deixou de responder um (7,7%) gestor (tab. 2.7). − − 56 Avaliação da qualidade geral do evento e da acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades especiais – Belo Horizonte - 2010 Condutor Sanitários x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x X x 4 9 x NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA x x x Não x Sim x Não x Sim x Casa Cor minas Total Informações x Não x Sim x Não Sim x Axé Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos Meia Maratona da Linha Verde Volta Internacional da Pampulha Locais para alimentação Não x Sim x Sim x x Festival internacional de teatro de bonecos Campanha de Popularização do Teatro e da Dança FID - Fórum Internacional de Dança Equipamento Acessibilidade geral Parcial Feira de Arte, Artesanato da av. Afonso Pena Festival Gastronômico Brasil sabor Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça Boa Excelente Nome do evento FAN - Festival de Arte Negra Acessibilidade a pessoas com necessidades especiais Qualidade do evento Tabela 2.7. 3 x X x 9 9 x x 3 6 x x 6 10 x x x 2 12 x 0 7 6 Nota:(NA) : Não se aplica Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apenas uma parte dos eventos permanente analisados oferece tarifas especiais: 3 (23,1%) para maiores de 60 anos (Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Expocachaça – Feira e Festival Internacional da Cachaça e FID – Fórum Internacional de Dança), 3 (23,1%) para crianças (Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Expocachaça – Feira e Festival Internacional da Cachaça e FID – Fórum Internacional de Dança) e 2 (15,4%) não especificadas (Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e Expocachaça – Feira e Festival Internacional da Cachaça). Quanto à sinalização geral, três itens foram considerados: sinalização urbana, sinalização turística e sinalização interpretativa. A sinalização urbana foi analisada quanto à adequação e ao estado de conservação; a sinalização turística, quanto à adequação ao padrão internacional (fundo marrom com pictogramas); e a sinalização interpretativa, quanto às informações, explicações e descrições oferecidas sobre o atrativo. Os itens foram avaliados quanto à existência de sinalização e à adaptação dela a deficientes físicos (quadro 2.16). − − 57 Nome do evento Sinalização urbana Sinalização turística Sinalização interpretativ a Sinalização turística Sinalização interpretativ a Sinalização urbana Quadro 2.16. Avaliação dos gestores sobre a sinalização em geral e sua adaptação a necessidades especiais – Belo Horizonte – 2010 Adequação Adaptação a pessoas conservação com necessidades sinalização especiais Feira de Arte, Artesanato da av. Afonso Pena Festival Gastronômico Brasil Sabor Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça FAN – Festival de Arte Negra Festival Internacional de Teatro de Bonecos Campanha de Popularização do Teatro e da Dança FID – Fórum Internacional de Dança Axé Brasil Casa Cor Minas Festival Internacional de Teatro, Palco E Rua De Belo Horizonte FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos Meia Maratona da Linha Verde Volta Internacional da Pampulha 1 1 1 1 2 NR 3 2 3 2 2 1 1 1 NR 3 3 2 2 1 2 1 2 NR 3 2 3 NAD AD NAD NAD NAD NR NAD NAD NAD NAD NAD AD AD NAD NR NAD NAD NAD NAD AD AD AD NAD NR NAD NAD NAD 1 1 2 AD AD AD 1 1 2 1 2 2 1 2 2 AD NR NAD AD NR NAD AD NR NAD Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Legenda: Adequação conservação – sinalização: 1 Bem sinalizado. 2 Mal sinalizado. 3 Sem sinalização. Adaptação a pessoas com necessidades especiais: AD Adaptado. NAD Não adaptado. Uma avaliação geral do conjunto de eventos pesquisados sobre a sinalização disponível ou sua demanda encontra-se na tabela 2.8. Tabela 2.8. Tipo de sinalização Avaliação da sinalização nos eventos permanentes – Belo Horizonte – 2010 Avaliação Avaliação dos gestores dos eventos permanentes (em %) Sinalização urbana Sinalização turística Sinalização interpretativa Bem sinalizado Adequação e Mal sinalizado estado de conservação Não sinalizado Não respondeu 53,8 38,5 38,5 23,1 38,5 30,8 15,4 15,4 23,1 7,7 7,7 7,7 Adaptação Adaptado para pessoas Não adaptado com 61,5 53,8 46,2 23,1 30,8 38,5 15,4 15,4 15,4 necessidades especiais Não respondeu Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os eventos ocorrem, em sua maioria, anualmente, em determinado período. Um único evento (7,7%) apresenta freqüência semanal, a Feira de Arte, Artesanato e Produtos de Variedade da Avenida Afonso Pena, todos os domingos. Os meses de maior movimento são outubro e dezembro e os de menor são janeiro e fevereiro. A periodicidade é anual em 8 (61,5%), semanal em um (7,7%) e bienal em 3 (23,1%). Deixou de responder um (7,7%) (quadro 2.17). − − 58 Quadro 2.17. Frequência e época do ano de ocorrência dos eventos permanentes– Belo Horizonte – 2010 Tipo Nome do evento Época de ocorrência ou maior movimento Frequência Feira cultural Feira de Arte, Artesanato da av. Afonso Pena Semanal Maior movimento de abril a maio Feira de Gastronomia Festival Gastronômico Brasil Sabor Anual Início de Maio Outras feiras Expocachaça – Feira e Festival Internacional da Cachaça Anual Abril a maio FAN – Festival de Arte Negra Bianual Normalmente, em outubro Festival Internacional de Teatro de Bonecos Anual Normalmente, na primeira quinzena de julho Campanha de Popularização do Teatro e da Dança Anual NR FID – Fórum Internacional de Dança Anual Setembro, outubro e novembro Axé Brasil Bianual NA Casa Cor Minas Bianual Entre abril e agosto Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte Anual Sempre em abril FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos Anual Entre agosto e setembro Meia Maratona da Linha Verde Anual Abril Volta Internacional da Pampulha Anual Novembro/dezembro Artísticas e Culturais Desportivas Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Legenda: NA: não se aplica NR: não respondeu A frequência aos eventos é predominantemente de visitantes locais. Apenas um evento desportivo anual tem frequência internacional expressiva. A frequência de visitantes nacionais ou regionais ocorre em quatro eventos, mas a predominância da visitação é local na maioria dos eventos (quadro 2.18). Quadro 2.18. Origem dos visitantes aos eventos permanentes em percentual – Belo Horizonte– 2010 Tipo Feira cultural Feira de gastronomia Outras feiras Artísticas e culturais Desportivas Nome do evento Origem dos visitantes (em %) Internacional Nacional Regional Local Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena NS NS NS NS Festival Gastronômico Brasil sabor NR NR NR NR 5 22 15% 60 NS NS NS NS 2 10 10 78 NR NR NR NR 0,5 0,5 1 98 Axé Brasil 0 45 0 55 Casa Cor Minas Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos 0 2 8 90 NS NS NS NS NR NR NR NR Meia Maratona da Linha Verde NR NR NR NR Volta Internacional da Pampulha 50 60 15 20 Expocachaça – Feira e Festival Internacional da Cachaça FAN - Festival de Arte Negra Festival Internacional de Teatro de Bonecos Campanha de Popularização do Teatro e da Dança FID – Fórum Internacional de Dança Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 59 Em 11 (84,6%) eventos são oferecidos guias ou instruções de visita impressas: 7 (63,6%) oferecem guias em inglês e 4 (36,4%) apenas em português (Festival Gastronômico Brasil Sabor, Festival de Arte Negra, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e Axé Brasil) . Apenas um (7,7%) afirmou não oferecer guias (Feira de Arte, Artesanato da Avenida Áfono Pena). Deixou de responder, um (7,7%) (Meia Maratona da Linha Verde). Os tipos de pesquisa mais praticados durante os eventos permanentes de Belo Horizonte são: pesquisa de perfil do cliente, por 6 organizadores. Não se realiza nenhuma pesquisa em 3 eventos. Para outros 4 não se obteve informação. A duração dos eventos é variável: 6 (46,2%), entre 2 e 12 horas (Meia Maratona da Linha Verde, Volta Internacional da Pampulha, Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena, FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos, Festival Internacional de Teatro de Bonecos e FAN – Festival de Arte Negra); 6 (46,2%) entre 7 e 30 dias. Deixou de responder, um (7,7%) (Axé Brasil). Quanto a restrição à visitação, 7 (53,8%) organizadores de eventos afirmaram que não existe; e 5 (38,5%) que existe (Festival Gastronômico Brasil Sabor, Axé Brasil, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Meia Maratona da Linha Verde, Volta Internacional da Pampulha). Deixou de responder, um (7,7%) (Casa Cor Minas). Entre as restrições apontadas estão a entrada de animais e a entrada de crianças. Há limite quanto ao número de visitantes em 7 (53,8%) eventos, e em 5 (38,5%) não há limites (Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena, Meia Maratona da Linha Verde, Volta Internacional da Pampulha, Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte e FAN – Festival Arte Negra). Deixou de responder, um (7,7%) (Casa Cor Minas). Aceitam cartões de crédito 7 (53,8%) eventos, contra 3 (23,1%) que não aceitam (Meia Maratona da Linha Verde, Volta Internacional da Pampulha, FID – Festival Internacional da Dança). Deixaram de responder ou a questão não se aplica 3 (23,1%) (FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos, Festival de Arte Negra e Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte). O preço cobrado em relação àqueles praticados pelos destinos competidores foi assim avaliado: mais alto por 3 (23,1%); mais baixo por 3 (23,1%) e similar por 3 (23,1%). Não cobram ingresso 3 (23,1%). Deixou de responder, um (7,7%). A Expocachaça tem 120 expositores; o Festival Gastronômico Brasil Sabor, 70, e a Feira de Arte, Artesanato e Produtos de Variedades da Avenida Afonso Pena, 2.324. Como as outras realizações não têm expositores, a informação não se aplica. O valor do aluguel por metro quadrado para exposição foi informado por apenas 2 (15,4%) gestores: R$160,00 e R$298,00. Esses valores podem servir apenas como referência, pois não reflete a realidade do destino. A avaliação dos espaços onde se realizam os eventos e dos serviços oferecidos foi considerada ―boa‖ para espaço geral do evento, portaria, iluminação, segurança, sanitários e sala de exposição ou multiusos e ―regular‖ para os estacionamentos (quadro 2.19). A avaliação foi baseada em estado de conservação das instalações físicas utilizadas pelos eventos, capacidade operacional das cantinas, lanchonetes e restaurantes, qualidade dos equipamentos oferecidos, existência de segurança contratada para o evento, limpeza e manutenção dos sanitários, horário de funcionamento e existência de lojas de souvenir. − − 60 Quadro 2.19. Avaliação sobre o estado geral dos espaços ocupados pelos eventos – Belo Horizonte – 2010 Axé Brasil Casa Cor Minas Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos Meia Maratona da Linha Verde Volta Internacional da Pampulha Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Legenda: NR 1 Bom 2 Regular 3 Ruim 4 2 1 1 1 1 NR 2 NR 1 4 1 1 4 1 1 2 1 1 4 1 1 1 2 1 2 1 1 2 2 2 1 2 3 1 2 1 2 1 4 2 4 2 3 1 1 4 1 4 4 4 4 4 2 1 2 1 4 1 1 2 2 2 1 2 1 1 1 1 1 2 3 1 4 2 1 1 3 1 3 4 1 4 2 4 4 4 4 3 4 4 1 1 1 1 4 4 1 1 4 4 1 1 2 1 4 1 1 1 1 1 2 2 NR 4 4 NR 4 4 1 1 1 1 1 1 1 4 1 NR 4 1 Souvenir Sala de exposição ou multiuso FID - Fórum Internacional de Dança Sanitários Campanha de Popularização do Teatro e da Dança Segurança Festival internacional de Teatro de Bonecos Restaurante FAN - Festival de Arte Negra Cantina lanchonete Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça Estacionamento Festival Gastronômico Brasil Sabor Iluminação Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena Portaria Nome do Evento Conservação espaço Avaliação do estado geral dos setores Não oferece Dispõem de planos concretos de investimentos para os próximos cinco anos 7 (53,8%) eventos (Axé Brasil, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Meia Maratona da Linha Verde, Volta Internacional da Pampulha, Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça, Festival Gastronômico Brasil Sabor e Casa Cor Minas), contra 6 (46,2%) que não os tem. O volume desses investimentos foi informado por apenas dois gestores (15,4%) (Axé Brasil e Volta Internacional da Pampulha) e os valores foram R$3 milhões e R$ 5milhões. As fontes principais serão as leis de incentivo a cultura, recursos próprios fruto da bilheteria e recursos de patrocinadores públicos e privados. Em relação à previsão de expansão, 10 (76,9%) organizadores declararam que já estabeleceram metas de crescimento, e 3 (23,1%) que elas não existem (Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena, Festival internacional de Teatro de Bonecos e FIQ Festival Internacional de Quadrinhos). Dentre os dez primeiros dois têm metas de aumentar a área ocupada pelos eventos, dois o número de visitantes, e um tem o número de visitantes e área ocupada. Os outros cinco não informaram suas metas. − − 61 A metragem da área dos eventos nos últimos três anos foi informada por apenas 3 (23,1%) organizadores (tab. 2.9). Tabela 2.1.9. Área em metros quadrados dos eventos permanentes – Belo Horizonte – 20072010. Evento Área informada (m²) 2008 2009 2007 2010 Casa Cor Minas 2.000 6.000 5.000 - Expocachaça Feira e Festival Internacional da Cachaça 8.000 8.000 8.000 5.000 20.500 20.500 20.500 150.000 Axé Brasil Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O número de visitantes ou participantes em cada evento nos últimos três anos foi informado por 9 (69,2%) organizadores (gráfico 2.13). Gráfico 2.13. Frequência total aos eventos permanentes nos anos de 2007, 2008 e 2009 – Belo Horizonte – 2010 Volta Internacional da Pampulha Festival Internacional de Teatro de Bonecos Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua* Festival Internacional de Quadrinhos – FIQ* Festival de Arte Negra* Axé Feira da Av. Afonso Pena ExpoCachaça Feira e Festival Internacional da Cachaça Casa Cor Minas 0 50.000 100.000 150.000 2007 200.000 250.000 2008 2009 300.000 350.000 400.000 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Nota: * Festivais bienais. O número de expositores dos eventos de Belo Horizonte nos últimos três anos foi informado por 4 (30,8%) organizadores. A cada ano, ocorrem alterações nesses números (tab. 2.10). Tabela 2.10 Número de expositores dos eventos permanentes entre 2007 e 2009 – Belo Horizonte – 2010 Evento Número de expositores 2007 2008 2009 Festival Gastronômico Brasil Sabor 100 100 90 Expocachaça Feira e Festival Internacional da Cachaça 120 120 120 2.600 2.450 2.324 12.000 15.000 9.000 Feira de Arte, Artesanato e Produtos de Variedades da Avenida Afonso Pena FID – Fórum Internacional de Dança Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 62 Para aprimorar a qualidade dos serviços, 9 (69,2%) organizadores informaram que novas instalações são necessárias (Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena, Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça, Festival Gastronômico Brasil Sabor, Meia Maratona da Linha Verde, Volta Internacional da Pampulha, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Festival internacional de Teatro de Bonecos, FID Fórum Internacional de Dança, Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte). Eles citaram as seguintes demandas: Centro de treinamentos específicos para a área gastronômica; Mais teatros; Estacionamento; Mais profissionais técnicos; Novos locais para a realização de eventos em Belo Horizonte; Falta de um local de referência para o evento; Mudança no leiaute da feira para atender às exigências legais. Os sistemas de gestão de qualidade estão presentes em 4 (30,8%) equipamentos; em implantação em 1 (7,7%); e ausente em 8 (61,5%). Entre os sistemas de qualidade implantados, foram citados: vigilância sanitária, pesquisa de avaliação disponível no site, TOTVS e planejamento estratégico da entidade. Essas respostas demonstram que alguns gestores estão fazendo confusão entre gestão de qualidade, gestão estratégica e sistema de gestão. Os sistemas de gestão ambiental estão presentes em apenas quatro (30,8%) equipamentos e ausentes em 9 (69,2%). Dentre as práticas mais comuns citam-se: coleta seletiva de lixo e políticas de redução de consumo de água ou energia (tab. 2.11). Tabela 2.11. Práticas ambientais realizadas pelos eventos permanentes – Belo Horizonte – 2010 Realização (em %) Ações Não Sim, ou em Implantação Não respondeu Coleta seletiva de lixo 23,1 61,5 15,4 Reaproveitamento de recursos 38,5 46,2 15,4 Fontes alternativas de energia 53,8 30,8 15,4 Tratamento de efluentes 53,8 15,4 30,8 Políticas de redução de consumo (água, energia) 30,8 53,8 15,4 Outra prática para gestão ambiental 46,2 38,5 15,4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Outras práticas citadas: projeto Papa óleo; doação de material reciclável; programa Carbono 0; conscientização, fiscalização e registro fotográfico em parceria com universidade. A região geográfica do principal mercado emissor de turistas e participantes para os eventos não foi informada por um (7,7%) dos organizadores. Entre os 12 (92,3%) eventos que informaram os principais mercados emissores, Belo Horizonte e região metropolitana foi identificado como o principal, seguindo-se Interior de Minas Gerais e Rio de Janeiro (tab. 2.12). − − 63 Tabela 2.12. Principal mercado emissor dos eventos permanentes – Belo Horizonte – 2010 Frequência (em %) Principal mercado emissor Não respondeu Sim Não Belo Horizonte e região metropolitana 53,8 38,5 7,7 100,0 Interior de Minas Gerais 30,8 61,5 7,7 100,0 São Paulo 15,4 76,9 7,7 100,0 Rio de Janeiro 30,8 61,5 7,7 100,0 Resto do Sudeste do Brasil 7,7 84,6 7,7 100,0 Distrito Federal/ Região Centro-Oeste 0 92,3 7,7 100,0 Região Sul do Brasil 0 92,3 7,7 100,0 23,1 69,2 7,7 100,0 0 92,3 7,7 100,0 15,4 76,9 7,7 100,0 Região Nordeste do Brasil Região Norte do Brasil Exterior Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O segmento alvo principal das ações de promoção turística dos eventos permanentes pesquisados é, para 7 (53,8%) organizadores o turismo cultural; para 4 (30,8%), o turismo de negócios e eventos (Casa Cor Minas, Expocachaça Feira e Festival Internacional da Cachaça, Festival Gastronômico Brasil Sabor e Axé Brasil) ; e para 1 (7,7%), tanto o turismo cultural quanto o turismo de estudos e intercâmbio (FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos). Não respondeu, um (7,7%) (FID – Festival Internacional de Dança). Entre as ferramentas de promoção mais utilizadas para a divulgação dos eventos estão: folhetos, jornal e internet. A participação em feiras e a utilização de promotores de vendas são estratégias menos comuns (gráf. 2.14). Grafico 2.14. Meios de promoção utilizados pelos eventos permanentes em percentual – Belo Horizonte –2010 100,0 92,3 92,3 92,3 90,0 76,9 80,0 69,2 70,0 61,5 60,0 50,0 40,0 30,8 30,0 23,1 20,0 Outros Promotores de vendas Internet TV Rádio Jornal Revistas especializadas Folhetos 0,0 Participação em feiras 7,7 10,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os materiais são oferecidos em dois ou mais idiomas em 5 (38,4%) eventos (Expocachaça Feira e Festival Internacional da Cachaça, Festival internacional de Teatro de Bonecos, FID − − 64 - Fórum Internacional de Dança, Casa Cor Minas, FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos), sendo o inglês em todos e o espanhol em um. Em relação aos canais de comercialização utilizados, em apenas um evento (Expocachaça) as agências e operadores respondem por volume significativo, que chega a 80% do total. Em outros três eventos (Festival Gastronômico Brasil Sabor, Fórum Internacional de Dança FID e Axé) a internet responde por 60% ou mais do volume total comercializado e em um evento (Casa Cor) 100% dos clientes chegam diretamente ao evento, sem reserva ou ingressos comprados anteriormente. Não informaram quais as principais formas de comercialização 8 (61,5%) organizadores de eventos. Dos gestores, 6 (46,2%) (Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Casa Cor Minas, Volta Internacional da Pampulha, Meia Maratona da Linha Verde, FID - Fórum Internacional de Dança) reconheceram que há dificuldades para a comercialização dos eventos, apontando como as principais: Obtenção de patrocínio Divulgação em jornais e TV Cursos de divulgação Falta de apoio do governo Falta de patrocínio e interesse dos governos. A integração dos eventos permanentes de Belo Horizonte com outros atrativos e equipamentos turísticos do destino é pouco expressiva. Os meios de hospedagem e os bares e restaurantes são os equipamentos mais integrados aos eventos (gráf. 2.15). Grafico 2.15. Parcerias formais entre atrativos e equipamentos turísticos com os eventos permanentes – Belo Horizonte 2010 70,0 60,0 50,0 46,2 46,2 40,0 30,0 23,1 20,0 23,1 15,4 23,1 15,4 10,0 Outros Outros atrativos ou equipamentos Meios de hospedagem Serviços de lazer e entretenimento Transportadores turísticos Atrativos turísticos Operadoras 0,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As principais vantagens dessas parcerias, segundo os organizadores são: Descontos ou brindes oferecidos aos clientes Realização de cursos, palestras, eventos e rodadas de negócios Redução no custo dos ingressos Pacotes promocionais para os participantes Descontos em locação de automóveis e hospedagem Patrocínios e tarifas especiais − − 65 Apenas 3 (23,1%) entrevistados afirmaram ter agente de divulgação turística fora de Belo Horizonte. Citaram: Festival Panorama do Rio de Janeiro; a Yescom Serviços, de São Paulo; Nova Mídia da Bahia. Destacam-se como benefícios dessas parcerias: otimização de custos, fortalecimento do setor, troca de produção cultural e de público, e praticidade e conforto dos participantes, além de outros na área de comunicação. Do ponto de vista turístico, nenhum dos eventos pesquisados faz parte de roteiros comercializados por agentes ou operadores. Como a maior parte dos organizadores informou que o público principal é de Belo Horizonte e região metropolitana, pode-se afirmar que os eventos permanentes da Capital estão direcionados à população local. Apesar de alguns apresentarem atratividade turística nacional, ainda não estão organizados em produtos turísticos completos, aptos a serem promovidos e comercializados em outros mercados. Os organizadores assim percebem o nível de segurança dos seus eventos: para 4 (30,8%) ―muito seguro‖ (Axé Brasil, Volta Internacional da Pampulha, Meia Maratona da Linha Verde e Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça) tendo em vista a contratação de empresas privadas para cuidar da segurança do evento, para 7 (53,8%), ―seguro‖ que contam com apoio das forças de segurança públicas, e para 2 (15,4%) ―pouco seguro‖ (Festival internacional de Teatro de Bonecos e FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos) que não contam com empresas privadas nem com a presença das forças de segurança públicas. Quanto aos pontos fortes dos eventos realizados em Belo Horizonte, os organizadores citaram: incentivo à cultura, relacionamento com a história, a dança e a gastronomia de forma democratizada e acessível; e geração de empregos e circulação da renda em outros segmentos, como o comércio e a alimentação. Quanto aos pontos fracos, citaram: pouca atratividade turística de Belo Horizonte; indisponibilidade de espaços; e falta de incentivos governamentais. Considerações sobre a análise dos eventos permanentes Os eventos permanentes de Belo Horizonte são positivos para a população local, que se beneficia de maior acesso à cultura e de seus impactos na economia local. São diversificados quanto a período de realização e preços. Entre janeiro e março, ocorre menor concentração desses eventos. Os preços dos ingressos são variados, de modo que podem atender um amplo perfil de público. Do ponto de vista turístico, os eventos esportivos, musicais, gastronômicos, de dança e outras mostras constituem uma oferta turística variada e distribuída ao longo do ano, mas ainda não são oferecidos pelos canais tradicionais de comercialização turística. Apesar de as pesquisas realizadas pela Belotur apontarem certa participação de turistas nos eventos de Belo Horizonte (Caracterização da Demanda Turística de Belo Horizonte, Belotur, 2009), esta pode ser bastante incrementada. Para tanto, é importante que os organizadores utilizem mais canais de comunicação com esse público, como participação em feiras e manutenção de agentes de divulgação externos. Poucos foram os eventos que informaram o número de visitantes, a área ocupada e o número de expositores. Todavia, a partir dos dados é possível perceber que não há um crescimento constante no setor e que cada evento apresentou tendências diferentes ao longo dos últimos anos: de crescimento, de estagnação e de redução em sua abrangência. Os eventos são muito dependentes do Poder Público, que em alguns casos é o próprio organizador e em outros é o incentivador (leis de incentivo à cultura). Portanto, as estratégias públicas têm influência decisiva no fortalecimento e na continuidade desses eventos, que também precisam ser entendidos como atrativos turísticos capazes de − − 66 movimentar os setores de hospedagem, alimentação e comércio em geral, uma vez que trazem bons resultados sociais e econômicos para o município. A divulgação desses eventos ainda está muito restrita aos meios tradicionais de abordagem da população local. Para atrair um número maior de turistas, será necessário utilizar outros meios de divulgação e comercialização, principalmente, mediante o estabelecimento de parcerias com outros atrativos e equipamentos turísticos da cidade, como já é utilizado por alguns eventos que conseguem diversificar mais a origem de seus visitantes. Para melhorar a qualidade desses eventos, os organizadores apontaram dificuldades associadas a: disponibilização de espaços para a realização de grandes eventos; falta de profissionais técnicos; e opções de acesso, incluindo transporte público e estacionamento. Tais dificuldades se somam à falta de incentivos públicos, reduzindo a presença e a abrangência dos eventos que poderiam ser mais bem aproveitados tanto pela população local quanto pelos equipamentos turísticos de Belo Horizonte. 2.1.3. Análise dos serviços e equipamentos turísticos 2.1.3.1. Serviços e equipamentos de hospedagem Os meios de hospedagem incluem todos os hotéis e estabelecimentos similares, capazes de oferecer qualquer tipo de alojamento. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho, para Belo Horizonte revelam que em 2009 havia 228 hotéis e similares, que empregavam 4.574 pessoas, e 150 outros tipos de alojamentos, que empregavam 594 pessoas. No total, eram 444 estabelecimentos de hospedagem formais que empregavam 5.168 trabalhadores em Belo Horizonte. No sistema de cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam na cadeia produtiva do turismo (Cadastur) do Ministério do Turismo, entretanto, constavam apenas 42 serviços e equipamentos de hospedagem cadastrados em setembro de 2010. Em 2010 a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (2010), atendendo a demanda da Belotur, realizou o ―Inventário da Oferta Atual de Unidades Habitacionais dos Meios de Hospedagem em Belo Horizonte e em seu Entorno‖, abrangendo estabelecimentos de Belo Horizonte, da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), do Colar Metropolitano de Belo Horizonte (CMBH) e de municípios em um raio de 100 quilômetros a contar de Belo Horizonte. O objetivo deste inventário era identificar algumas variáveis básicas, sobretudo no que tange a infraestrutura e a serviços disponíveis nesses equipamentos, que incluem hotéis, pousadas, hotéis-fazenda, apart-hotéis, motéis, hotéis históricos, albergues e colônia de férias. Foram identificados 428 meios de hospedagem apenas dentro do município de Belo Horizonte, dos quais 118 foram destacados para pesquisa pelo Ipead,assim distribuídos: hotéis - 61,86%; apart-hotéis flats ou condohotéis 18,64%; motéis - 11,02%; pousadas - 5,08%; albergues - 2,54%; e hotel de lazer, resort ou hotel fazenda - 0,85%. Nesses 118 estabelecimentos foram contabilizadas 8.601 unidades habitacionais, 9.920 leitos de solteiro e 5.125 leitos de casal. A partir desses e de outros levantamentos, baseados em guias turísticos, publicações e informações disponibilizadas para a Belotur e ABIH-MG, chegou-se a um total de 87 meios de hospedagem (incluindo hotéis, apart-hotéis. flats, albergues e colônia de férias) que deveriam ser pré-selecionados como amostra a ser pesquisada, escolhida de forma intencional, por terem, a princípio, maior relevância e impacto na oferta turística na Capital, atendendo a critério recomendado no Termo de Referência do PDITS. Durante o mês de julho de 2010, todos os 87 meios de hospedagem pré-selecionados nas pesquisas secundárias foram contatados, via telefone, e-mail ou visitas pessoais. − − 67 Dispuseram-se a responder à entrevista 52 gestores, constituindo a amostra efetivamente trabalhada. Entre os 52 equipamentos pesquisados, 36 (69,2%) são hotéis, sendo um classificado como histórico, e os outros 16 (30,8%) são flats ou apart-hotéis. Para efeitos de análise estatística, o hotel histórico será incluído no subtipo Hotel, para preservar suas informações individuais. O quadro 2.20 apresenta a listagem dos equipamentos por subtipo, incluindo, quando se aplicar, as redes ou cadeias hoteleiras vinculadas e o âmbito de atuação, tal como informado pelos entrevistados. Quadro 2.20. Serviços e equipamentos de hospedagem, por subtipo, nome da rede e âmbito de atuação – Belo Horizonte –2010 Subtipo Equipamento Hotel histórico Amazonas Palace Hotel Caesar Business Belo Horizonte Hotel Ibis Mercure BH Lourdes Mercure Lifecenter Ouro Minas Palace Belo Horizonte Othon Palace Bristol Metropolitan Bristol la Place Hotel Boulevard Plaza Express - Hotel Boulevard Park - Hotel Boulevard Park Hotel Nacional Inn Promenade BH Platinum Royal center Sol Belo Horizonte Hotel financial Thess Flex Square Hotel Ambassy Augustus Belo Horizonte Plaza BH Palace Bragança Brasil Palace Classic Comodoro Tourist Frimas Hotel Gontijo Hotel Wimbledon Kit Hotel Liberty Palace Savassinho Serrana Palace Hotel Sorrento Via Contorno Metrópole Promenade Volpi Residence Formule 1 Mercure BH Minas Centro Bristol Golden Plaza Apart Apart-Hotel Bristol Pampulha Lieu Apart Promenade Champagnat Resid Promenade Janelli Residence Service Royal Golden Tower Apart. Royal Savassi Boutique Hotel − Nome da Rede Âmbito de atuação da rede Não faz parte de rede Pousadas do Brasil Não se aplica Accor Internacional Summit Hotéis Othon Rede Bristol Boulevard Hotéis Nacional Nacional Shelton Golden Park Promenade Royal Hotéis Western Não respondeu Thess Local/ Regional Não faz parte de cadeia ou Não se aplica rede Promenade Accor Internacional Rede Bristol Promenade Nacional Royal Hotéis − 68 San Diego Convention Suites Le Flamboyant Home Service Villa Emma Residence Hotelaria Vetor Sul Ltda Mk Apart Hotel San Francisco Flat Service Savassi Arco Clan Hotéis Local/ Regional Não faz parte de cadeia ou Não se aplica rede Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Entre os hotéis, flats e apart-hotéis, 23 equipamentos (44,2%) são independentes e não fazem parte de nenhuma cadeia de hotéis e 29 (55,8%) operam em rede, dos quais 18 são parte de rede nacional de hotéis, 8 são de redes internacionais e 3 são de redes regionais ou locais. Na atividade hoteleira, nem sempre quem administra o hotel é o proprietário dos imóveis. Da amostra, 29 (55,8%) equipamentos são administrados pelo proprietário, 7 (13,5%) são espaços alugados, 5 (9,6%) são arrendados, 1 (1,9%) é franqueado, e 9 (17,3%) têm outra relação não especificada com o proprietário. Deixou de responder, um (1,9). Segundo os gestores, 7 (13,5%) meios de hospedagem funcionam em edificações tombadas pelo patrimônio histórico no município. Destes, o Brasil Palace é o mais antigo, tendo sido inaugurado em 1934. A média de idade dos equipamentos é de 19 anos, sendo que 3 (5,8%) iniciaram as atividades entre 1934 e 1957 (os históricos Brasil Palace, Hotel Financial e o Amazonas Palace Hotel); 5 (9,6%) entre 1972 e 1978, 11 (21,2%) entre 1981 e 1990; 17 (32,7%) entre 1992 e 2000; e 14 (26,9%) entre 2001 e 2009. Deixaram de responder 2 (3,8%). Do total de equipamentos pesquisados, 61,5% foram abertos nos últimos vinte anos. O cadastro oficial no Cadastur, do Ministério do Turismo, é obrigatório para os hotéis, flats e apart-hotéis, sendo requisito para participação em uma série de iniciativas e programas do governo. No entanto, 9 (17,3%) gestores informaram que os hotéis onde trabalham não possuem o registro oficial e 2 (3,8%) não responderam se têm ou não esse registro, o que é um dado preocupante. A classificação dos hotéis não obedece a um critério único. Os 22 (42,3%) gestores que informaram que o hotel utiliza classificação, citaram mais de cinco tipos: ABIH, Ministério do Turismo, Embratur, Guia 4 rodas, classificação própria e classificação da rede hoteleira. Isso inviabiliza comparações entre os equipamentos. Em 30 (57,7%) situações os próprios gestores declararam que não adotam nenhuma classificação. Dessa forma, não é prudente considerar esta autoclassificação neste estudo, ficando esta questão para ser ajustada a partir da adesão dos estabelecimentos à recente classificação recentemente proposta pelo Ministério do Turismo. Reconhece-se que há no momento a necessidade de mais hotéis de categoria superior (quatro ou cinco estrelas) para atender às necessidades de um público mais exigente, normalmente associado ao turismo de eventos. O organograma e a existência de gerências hierarquizadas nos equipamentos de hospedagem tendem a ser mais complexos em equipamentos de maior porte. O gráfico 2.16 apresenta o número de equipamentos de hospedagem pesquisados que declararam possuir cada uma das gerências identificadas (geral, recepção, governança, eventos,alimentos e bebidas, administrativo, outras). Dos 52 estabelecimentos, 47 (90,4%) têm uma gerência geral, e 5 (9,6%), outras formas de gestão. Em termos de gerências específicas, 31 (59,6%) possuem gerência de governança, 29 (55,8%) gerência administrativa, 28 (53,8%), gerência de recepção, 19 (36,5%), gerência de eventos; 19 (36,5%), alimentos e bebidas; e 16 (30,8%), outros tipos gerência. Em geral, os hotéis apresentam proporção menor de gerências em relação aos apart-hotéis, o que é indicativo de sistemas de gestão mais simples, com menor especialização de funções, normalmente, relacionados a estabelecimentos mais tradicionais e de menor porte. − − 69 Gráfico 2.16. Existência de gerências, por tipo, nos equipamentos de hospedagem pesquisados, em percentual – Belo Horizonte – 2010 Outras Administrativo Alimentos e bebidas Eventos Governança Recepção Geral 0,0 10,0 20,0 30,0 Hotel 40,0 50,0 60,0 70,0 Apart-hote/Flat/Condohotel 80,0 90,0 100,0 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010. Os meios de hospedagem de Belo Horizonte pesquisados têm entre 15 e 384 unidades habitacionais (UHs), com uma média de 97 UHs por equipamento. Os equipamentos selecionados comportam 4.966 UHs e 7.894 leitos. Quatro equipamentos não informaram a quantidade de leitos que dispõe. Nos 52 hotéis e apart-hotéis, 24 (46,2%) possuem UHs adaptadas para pessoas portadoras de necessidades especiais. Entre as 4.966 UHs identificadas, 58 (1,2%) são quartos adaptados. A tabela 2.13 apresenta a quantidade de equipamentos que possuem UHs adaptada, por número de UHs, e por subtipo de hospedagem analisado. Informaram que não têm nenhuma UH adaptada 53,8% dos meios de hospedagem. Em hotéis, a percentagem de equipamentos (36,1%) e de UHs adaptadas (1,4%) é proporcionalmente maior que em apart-hotéis (31,3% e 1,2%, respectivamente). Os hotéis com o maior número de quartos adaptados foram Wimbledon e Ouro Minas, com 8 e 13 UHs, respectivamente. Tabela 2.13. Informações sobre número de UHs e acessibilidades especiais nos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte – 2010 UHs adaptados para Classe de número de UHs necessidades especiais (em %) (em %) Número de equipamento s Total de UHs Hotel e hotel histórico 36 3586 27,8 41,7 25,0 5,6 36,1 1,4 Apart-hotel/Flat ou Condohotel 16 1380 31,3 43,8 18,8 6,3 31,3 0,5 Total 52 4966 28,8 42,3 23,1 5,8 34,6 1,2 Subtipo 0a 50 51 a 100 101 a 200 mais Equipamentos Número de 200 que dispõem de UHs Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010. Conforme os gestores, 50 equipamentos (96,2%) têm internet nos quartos e 42 (80,8%) oferecem TV. A tabela 2.1.14 e o gráfico 2.1.17 mostram a frequência relativa e frequência absoluta dos tipos de facilidades nas unidades habitacionais dos meios de hospedagem pesquisados. − − 70 Tabela 2.14. Facilidades oferecidas nas unidades habitacionais dos serviços e equipamentos de hospedagem em percentagem – Belo Horizonte– 2010 Facilidades oferecidas pelos meios de hospedagem pesquisados (em %) Facilidades Oferecem Não oferecem TV 80,8 19,2 Internet 96,2 3,8 Telefone 98,1 1,9 Frigobar 96,2 3,8 Ar-condicionado 90.4 9,6 Cofre Privativo 61,5 38,5 Facilidades para executivos 78,8 21,2 Adaptador de voltagem 40,4 59,6 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010. Entre as facilidades disponíveis em áreas comuns e de lazer dos equipamentos de hospedagem, a que tem maior incidência é estacionamento: 42 (80,8%). Apesar de esta facilidade ser muito importante em boa parte de Belo Horizonte, sobretudo nas regiões mais centrais, 9 (17,3%) dos equipamentos não a oferecem. Destaca-se ainda a incidência de 41 (78,8%) restaurantes, 32 (61,5%) manobristas, 28 (53,8%) piscina de adultos (embora, em sua maioria, sem aquecimento), 29 (55,8%) bares e lanchonetes e 22 (42,3%) saunas a vapor. A tabela 2.14 e o gráfico 2.17 mostram a frequência dos tipos de facilidade oferecidos nas áreas sociais nos meios de hospedagem. Gráfico 2.17. Facilidades oferecidas nas unidades habitacionais dos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte – 2010 Adaptador de Voltagem 21 Facilidades para Executivos 41 Facilidades Cofre privativo 32 Ar Condicionado 47 Frigobar 50 Telefone 51 Internet 50 TV 42 0 10 20 30 40 50 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010. − − 71 Tabela 2.15. Facilidades oferecidas nas áreas comuns e de lazer dos serviços e equipamentos de hospedagem em percentagem – Belo Horizonte – 2010 Facilidades nas áreas sociais (em %) Equipamentos que Equipamentos que não Não oferecem oferecem Respondeu 78,8 19,2 1,9 55,8 42,3 1,9 80,8 17,3 1,9 61,5 36,5 1,9 21,2 76,9 1,9 53,8 44,2 1,9 19,2 78,8 1,9 5,8 92,3 1,9 11,5 86,5 1,9 42,3 55,8 1,9 Facilidades Restaurante Bar/ Lanchonete Estacionamento Manobrista Cambio Piscina adulto Piscina infantil Piscina aquecida Sauna seca Sauna a vapor Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010. As áreas para a realização eventos em equipamentos de hospedagem são cada vez mais importantes para a hotelaria em Belo Horizonte, no contexto de grande demanda por este tipo de espaço. Em função, também, das perspectivas deste setor, merecem aqui uma análise mais particularizada. Dentre os equipamentos pesquisados, 37 (71,2%) possuem salas para realização de eventos, contra 12 (23,1%) que não oferecem. Não informaram 3 (5,8%). Possuem apenas uma sala 10 (19,2%); 20 (38,5%) entre 2 e 5 salas, e um tem até 26 espaços para eventos (tab. 2.16). Gráfico 2.18 Percentual de equipamentos de hospedagem que oferecem facilidades em áreas comuns e de lazer por tipo de facilidades – Belo Horizonte/MG – 2010 90 80 70 60 % 50 40 30 20 10 id a aq ue c se ca Pi sc in a Sa un a in fa nt il am bi o C Pi sc in a R Fa ci li Es ta ci on am en to e da st de au s ra pa nt ra e ex ec ut iv os M an ob Ba ri s ta r/ La nc ho ne te Pi sc in a ad ul Sa to un a a va po r 0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010. − − 72 Tabela 2.16. Frequência dos espaços para eventos existentes nos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte – 2010 Frequência Quantidade de espaços para eventos Abs. Não oferece espaço para eventos Um espaço para eventos Dois espaços para eventos Entre três e cinco espaços para eventos Entre seis e dez espaços para eventos Entre onze e vinte espaços para eventos Vinte e seis espaços para eventos Não respondeu Total 12 10 6 14 3 3 1 3 52 % 23,1 19,2 11,5 26,9 5,8 5,8 1,9 5,8 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto à capacidade dos espaços, 25 (48,1%) gestores apontaram 86 espaços com capacidade para receber de 21 a 50 pessoas. Este tipo de espaço foi o mais encontrado. Há 44 espaços que têm capacidade entre 51 e 100 pessoas e 36 espaços com capacidade para até 20 pessoas. Comportam entre 101 e 300 pessoas 12 espaços e 6 espaços são para mais de 300 pessoas. O Ouro Minas informou ter um espaço com capacidade de realizar evento para até 2 mil pessoas. Em geral, predominam equipamentos com capacidade para atender eventos de pequeno porte. Em relação à acessibilidade das salas de eventos para pessoas portadoras de necessidades especiais, 36 (69,2%) hotéis informaram que são acessíveis, contra 4 (7,7%) que não. Para 12 (23,0%) equipamentos a pergunta não se aplica, em função de não disporem de espaço para eventos. Com base na tabela 2.17, tem-se que a taxa de ocupação anual de 2009 foi, em média, de 66,9%. Em dias úteis foi de 78,4% e em fins de semana, 52,3%. A taxa anual de ocupação média dos apart-hotéis foi de 70,8%, mais alta do que a de hotéis, 65,3%. A taxa de ocupação média informada para o primeiro semestre de 2010, 73,6%, é superior à mesma taxa para todo o ano de 2009. Em dias úteis, foi de 81,1% e em fins de semana, de 58,6%. No período, os apart-hotéis também tiveram taxa de ocupação média (76,0%) mais alta do que a de hotéis (72,0%). Embora a comparação entre as taxas dos dois anos seja comprometida pela diferença do número de meses sendo considerados em cada ano, é provável que parte da diferença observada entre a média dos dois períodos seja reflexo da melhora nos cenários da atividade econômica mundial e nacional, após o momento mais agudo da crise oriunda do mercado imobiliário e financeiro norte-americano. Tabela 2.17. Taxa média de ocupação anual em dias úteis e em fins de semana dos serviços e meios de hospedagem, por subtipo de hospedagem, em percentagem – Belo Horizonte - 2009 e primeiro semestre de 2010 Taxa média de ocupação Hotéis Apart-hotéis Total Média Geral 2010 2009 (1o semestre) 65,3 70,8 66,9 72,0 76,0 73,6 Dias úteis 2010 2009 (1o. semestre) 78,2 78,8 78,4 79,3 83,8 81,1 Fins de semana 2010 2009 (1o. semestre) 54,5 47,0 52,3 62,7 52,5 58,6 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A taxa de ocupação dos serviços e equipamentos de hospedagem varia em função não só do perfil de equipamento, de seu estado de conservação, de suas estratégias de promoção − − 73 e comercialização e do período da semana, como também do período do ano, em função da sazonalidade da atividade. Para a maior parte dos gestores, os meses de maior movimento são setembro, outubro e novembro, e os de menor movimento são janeiro e dezembro. A distribuição do período de maior e menor movimento é muito similar ao longo do ano. Identificam o período de maio a novembro como o de grande movimento 14 (26,9%) equipamentos, contra 38 (71,7%) que apontaram janeiro como um mês de pior movimento (gráf. 2.19 e gráf. 2.20). Gráfico 2.19. Meses de maior movimento informado pelos serviços e equipamentos de hospedagem, por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010 50 40 30 16 20 14 8 10 0 8 11 13 16 19 11 5 2 Ag os to Se te m br o O ut ub ro No ve m br o De ze m br o Ju lh o Ju nh o M ai o Ab ril M Ja ne i ar ço ro Fe ve re ir o 0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Gráfico 2.20. Meses de menor movimento informado pelos serviços e equipamentos de hospedagem, por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010 50 38 40 30 20 12 8 10 2 2 2 5 2 3 2 2 2 Ag os to Se te m br o O ut ub ro No ve m br o De ze m br o Ju lh o Ju nh o ai o M Ab ril ar ço M Fe ve re ir o Ja ne i ro 0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Segundo os gestores, a taxa de ocupação dos hotéis no mês de maior movimento varia de 60% a 100% e de 20% e 79% no mês de menor movimento. Para 25% dos hotéis a taxa de permanência média de hóspedes é de 2 dias. Já para 37,5% dos apart-hotéis é de 3 dias. A tabela 2.18 apresenta as faixas de permanência média dos hóspedes e da tarifa média geral, na alta e na baixa temporada, segundo os gestores dos equipamentos de hospedagem pesquisados. − − 74 Tabela 2.18. Faixas de permanência média de dias de hóspedes e valor médio de diária na alta e baixa temporada nos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte – 2010 SUBTIPO Total de equipamentos Permanência dias Valor médio da diária Valor da diária média na alta temporada Valor da diária média na baixa temporada Hotel e hotel histórico Abs. % Apart-hotel/Flat ou Condohotel Abs. % Total Abs. % 52 100,0 36 69,2 16 30,8 1 2 5,6 2 12,5 4 7,7 2 9 25,0 3 18,8 12 23,1 3 3 8,3 6 37,5 9 17,3 4 e mais 4 11,1 4 25,0 8 15,4 NR 1 2,8 1 6,3 2 3,8 Até R$100 2 5,6 1 6,3 3 5,8 R$101 a R$200 11 30,6 9 56,3 20 38,5 Mais de R$200 3 8,3 5 31,3 8 15,4 NR 1 2,8 1 6,3 2 3,8 Até 100 2 5,6 1 6,3 3 5,8 R$101 a R$200 8 22,2 6 37,5 14 26,9 Mais de R$200 5 13,9 8 50,0 13 25,0 NR 1 2,8 1 6,3 2 3,8 Até R$100 5 13,9 1 6,3 6 11,5 R$101 a R$200 8 22,2 13 81,3 21 40,4 Mais de R$200 2 5,6 1 6,3 3 5,8 NR 3 8,3 1 6,3 4 7,7 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A taxa de permanência média, considerando todos os meios de hospedagem foi de 4,0%. A dos hotéis foi de 4,5% e a dos apart-hotéis, 2,9%. Em um hotel essa permanência chegou a 60 dias. Trata-se de um caso único na amostra. Excluindo-se este outlier, a permanência média informada ficou em 2,9 dias, assim como a dos hotéis e a dos apart-hotéis. O valor da diária média dos hotéis varia entre R$70,00 e R$289,00, podendo oscilar entre R$70,00 e R$333,50 no período de alta temporada e entre R$60,00 e R$289,00 no de baixa temporada. A média ponderada é de R$167,16, sendo R$159,13 para os hotéis e R$184,27 para os apart-hotéis. Na baixa temporada, a média da diária é de R$149,14, sendo R$138,69 para os hotéis e R$167,16 para os apart-hotéis. Na alta temporada a média de diária geral média é de R$182,57, sendo R$170,62 para os hotéis e R$204,07 para os apart-hotéis. Com relação a tarifas especiais, 38 (73,1%) oferecem para grupos; 35 (67,3%) para convênios corporativos, 31 (59,6%) para crianças, e 9 (17,3%) para idosos. Não oferecem nenhum tipo de tarifa especial 5 (9,6%). As tarifas promocionais são oferecidas por 45 (86,5%) equipamentos, principalmente nos finais de semana, feriados e em dezembro e janeiro, períodos de menor demanda. Aceitam pelo menos um tipo de cartão de crédito 51 (98,1%) equipamentos de hospedagem. O Visa é o mais aceito, 51 estabelecimentos (98,1%) seguido pelo Mastercard, 50 (96,2%), Dinners, 42 (80,8%) e Amex, 40 (76,9%). Apenas um (1,9%) equipamento não aceita nenhum tipo de cartão de crédito. A pesquisa de perfil de cliente ou hóspede é realizada por 21 (40,4%) meios de hospedagem. A pesquisa de satisfação é realizada por 37 (71,2%). Informaram que não − − 75 realizam nenhum tipo de pesquisa 10 (19,2%). Isso indica que há ainda muito a ser melhorado em termos de uso de ferramentas de gestão importantes. Forneceram dados sobre faturamento anual dos equipamentos 25 (48,1%) gestores, com variação de R$21.000,00 a R$23.990.000,00. A tabela 2.19 apresenta os equipamentos de hospedagem pesquisados por faixa de faturamento anual. A média de faturamento anual foi de R$3.791.579,00 por equipamento. Tabela 2.19. Faturamento anual dos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte – 2010 Faixa de faturamento anual Frequência Abs. % Até R$ 610.000,00 7 13,5 Entre R$ 1 e R$ 2 milhões 4 7,7 Entre R$ 2,1 e R$ 4 milhões 6 11,5 Entre R$ 4,1 e R$ 6 milhões 3 5,8 Acima de R$ 6 milhões 5 9,6 Não sabe ou não respondeu 27 51,9 Total 52 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A margem de lucro dos empreendimentos foi informada por 18 (34,6%) gestores, sendo 9 de hotéis e 9 de apart-hotéis. A margem informada varia entre 10 e 60%. As maiores frequências foram 10%, 19% e 20%, informadas por 3 gestores - 5,8% de citações de cada taxa (tab. 2.20). Tabela 2.20. Margem de lucro dos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte –2010 Faixa de margem de lucro Frequência Abs. % Até 10% 3 5,8 Entre 11% e 19% 5 9,6 Entre 20% e 29% 5 9,6 Entre 30% e 34% 3 5,8 Acima de 50% 2 3,8 Não sabe ou não respondeu 34 Total 52 65,4 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apesar de apresentarem maior valor médio de diária e de taxa média de permanência de hóspedes, a margem de lucro informada por apart-hotéis é menor do que para de hotéis. A margem de lucro média encontrada foi de 24,1%, sendo a de hotéis 25,8% e a de aparthotéis 22,4%. A menor margem informada para os apart-hotéis pode estar refletindo maiores custos de gestão, na medida em que seus gestores informaram ter maior número de gerências, o que é indicativo de estruturas mais complexas. O capital estrangeiro está presente em apenas 2 (3,8%) equipamentos, enquanto 41 (78,8%) não têm nenhuma participação internacional nos seus investimentos. Não souberam ou não responderam a essa pergunta 9 (17,3%). O percentual de participação não foi informado por nenhum gestor e a origem do capital foi informada por apenas um deles, que disse que é proveniente da França. − − 76 Sobre a evolução do número de UHs e de leitos entre 2007 e 2010, não houve nenhuma alteração significativa que mereça análise mais profunda, pois o aumento verificado ocorreu em função da abertura de um novo hotel, em 2009. Apesar de os gestores terem informado que houve pouca alteração no número de leitos e de UHs e na capacidade instalada para eventos nos últimos anos, 25 (48,1%) declararam que há necessidade de novas instalações para aprimorar a qualidade dos serviços e 24 (46,2%), que não é necessário. Não souberam ou não responderam 3 (5,8%). Entre as necessidades de novas instalações, podem-se citar: construção de academia e sauna, ampliação de área de eventos e restaurante, reformas em banheiro comum para economia de água, expansão de salas de eventos, construção de mais hotéis (novos hotéis ou rede), expansão física, reformas, troca de móveis, colchões e camas, ampliação no número de quartos e de leitos, reforma da cozinha, instalação de sala de leitura, sala de TV e sala de reunião, implantação de copa noturna, construção e ampliação de estacionamento e criação de sala de jogos. Os sistemas de gestão de qualidade são utilizados por apenas 23 (44,2%) equipamentos: 6 utilizam o sistema ISSO; 2, utilizam softwares de parceiros externos (citaram sistema Volux, Lince e Delphos); e 15 (28,8%) realizam práticas isoladas de pesquisa com clientes, cursos constantes ou sistemas de qualidade próprios. Esses números indicam que há grande espaço para aperfeiçoamento nesses campos da gestão. Sistemas de gestão ambiental estão presentes em 19 (36,5%) e em implantação em 4 (7,7%). As práticas isoladas de gestão ambiental, não necessariamente presentes em um padrão sistematizado, são mais comuns: 42 (80,8%) realizam práticas de redução de consumo, 28 (53,8%) tratamento de esgoto, 25 (48,1%) coleta seletiva de lixo e reaproveitam recursos; e 24 (46,1%) fontes alternativas de energia (gráf. 2.21). Gráfico 2.21. Serviços e equipamentos de hospedagem que realizam práticas de gestão ambiental – Belo Horizonte – 2010 45 40 42 35 30 25 20 28 25 25 24 15 10 9 5 0 gia mo rsos got o e lixo ener onsu recu e es va d de c as de o de nt o d seleti o t v e n ã ti ta ç e m a rn itam redu Cole Trata s alt e rove ca de Fonte Reap Polí ti os Outr Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os investimentos realizados nos equipamentos de hospedagem entre 2007 e 2010 foram informados por 17 (32,7%) gestores. O volume variou entre R$3.000,00 em 2008 e R$2.300.000,00 até agosto de 2010 em um único equipamento (tab. 2.21). − − 77 Tabela 2.21. Investimentos realizados nos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte – 2007-2010 Faixas de Investimentos realizados Frequência absoluta 2007 2008 2009 R$ 0,00 2 2 0 0 Até R$11.000,00 3 3 3 2 Entre R$ 12.000,00 e R$ 30.000,00 2 1 2 2 Entre R$ 50.000,00 e R$ 100.000,00 4 2 3 5 Entre R$ 110.000,00 e R$ 250.000,00 3 5 6 5 Entre R$ 290.000,00 e R$ 600.000,00 2 3 4 4 Acima de R$ 790.000,00 2010 1 1 1 3 Não sabe ou não respondeu 35 35 33 31 Total 52 52 52 52 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O gráfico 2.22 apresenta a evolução dos recursos investidos nos últimos três anos pelos equipamentos. A inflexão observada em 2008, pode ser atribuída a um reflexo da crise da economia norte-americana e da mundial no período. Gráfico 2.22. Volume total de investimentos informado pelos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte - 2007-2010 R$ 7.000.000,00 R$ 5.785.976,72 R$ 6.000.000,00 R$ 5.000.000,00 R$ 3.781.484,00 R$ 4.000.000,00 R$ 3.807.832,11 R$ 3.000.000,00 R$ 2.863.972,83 R$ 2.000.000,00 R$ 1.000.000,00 R$ 0,00 2007. 2008. 2009. 2010. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apenas 12 (23,1%) equipamentos informaram que têm metas de expansão ou ampliação de UHs ou leitos (apenas três especificaram essas metas); e 37 (71,2%), que essas metas não existem. Não souberam ou não responderam 3 (5,8%). Em função do cenário de crescimento da economia e do turismo de Minas Gerais e do aumento da demanda hoteleira de Belo Horizonte projetado para os próximos anos e incrementado pelo advento da Copa do Mundo de 2014, é provável que a ausência de metas de expansão por parte da maioria dos empresários hoteleiros esteja refletindo cautela diante dos anúncios de novos projetos hoteleiros em análise pela prefeitura. Segundo noticiam jornais e revistas, seriam 35 hotéis (Estado de Minas, 2010), envolvendo novos atores e bandeiras internacionais de vários padrões. Mesmo que muitos dos projetos em análise não cheguem a sair do papel, o mero anúncio já prenuncia maior competição entre os hotéis na cidade. Aqueles que não investirem e se modernizarem certamente tenderão a perder mercado no futuro. − − 78 Informações veiculadas na imprensa dão conta que alguns hotéis antigos estão em vias de ser vendidos, aproveitando o momento oportuno do mercado, como é o caso do Hotel Normandy. Entretanto, é sabido que com o anúncio da Copa do Mundo de 2014 no Brasil alguns hotéis antigos do Centro da Capital tomaram novo fôlego para investir em reformas e restaurações, como o Hotel Financial, que está investindo cerca de R$ 15 milhões em obras, e o Brasil Palace Hotel, que deve investir cerca de R$ 1 milhão na capacitação de funcionários e em adaptações nos apartamentos, e já contando com cerca de 50% da ocupação fechada com a Fifa para 2014 (Hoje em Dia, 16-11-2010). Com essas operações de retrofit, alguns desses hotéis almejam melhorar seu padrão, alcançando uma classificação que seria equivalente a até três estrelas. Os mercados emissores de turistas para os equipamentos de hospedagem estão assim distribuídos: São Paulo, 42 (80,8%); interior de Minas Gerais, 19 (36,5%); Região Metropolitana de Belo Horizonte, 4 (7,7%); Rio de Janeiro, 2 (3,8%); Distrito Federal e Região Centro Oeste, 4 (3,8%); Região Sul, 4 (3,8%); Região Nordeste, 1 (1,9%); e o exterior, 1 (1,9%) (tab. 2.22). Tabela 2.22. Principais mercados emissores de turistas dos serviços e equipamentos de hospedagem na percepção de seus gestores – Belo Horizonte – 2010 Principais mercados emissores Frequência de citações Belo Horizonte e região metropolitana Percentagem sobre os entrevistados* 4 7,7 Interior de Minas Gerais 19 36,5 São Paulo 42 80,8 Rio de Janeiro 2 3,8 Distrito Federal e Região Centro Oeste 2 3,8 Região Sul 2 3,8 Região Nordeste 1 1,9 Região Norte 0 0 Exterior 1 1,9 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010. * Percentagem calculada sobre os 52 entrevistados. O turismo de negócios e eventos foi apontado por 47 (90,4%) gestores como o segmento alvo principal dos equipamentos; o turismo cultural, por 4 (7,7%); e turismo de saúde, por 1 (1,9%), cuja localização, na área hospitalar, é bastante atrativa para pessoas em busca de tratamentos de saúde (tab. 2.23). Tabela 2.23. Segmento alvo principal dos serviços e equipamentos de hospedagem em suas ações de divulgação – Belo Horizonte – 2010 Segmentos alvo Frequência Abs. % Turismo de negócios e eventos 47 90,4 Turismo cultural 4 7,7 Turismo de saúde 1 1,9 Total 52 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 79 A internet é a ferramenta de promoção mais utilizada, citada por 46 (88,4%) equipamentos (todos possuem site). Seguindo-se: folhetos, por 32 (61,5%) e promotores de vendas, por 26 (50%) (gráf. 2.23) É importante que os serviços e equipamentos de hospedagem de Belo Horizonte trabalhem em forte parceria com as agências de viagens e outros equipamentos e serviços turísticos. Na amostra, 42 (80,8%) desses equipamentos informaram que parte de suas reservas é feita por agentes e 3 (5,8%) que nenhuma reserva é feita por esse canal (tab. 2.24). Gráfico 2.23 Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos de hospedagem, por número de equipamentos – Belo Horizonte – 2010 50 46 40 32 30 26 24 20 22 15 10 10 6 0 Folhetos Revis tas es pecializadas Jornal Radio TV Internet Prom otor de Participação Venda em feiras Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Tabela 2.24. Percentual de reservas dos serviços e equipamentos de hospedagem, por agências de viagens – Belo Horizonte – 2010 Percentual de reservas Nenhuma reserva realizada por agentes Frequencia Abs. % 3 5,8 10 19,2 Entre 11% e 20% 9 17,3 Entre 21% e 30% 4 7,7 Entre 31% e 40% 7 13,5 Entre 41% e 50% 7 13,5 Entre 51% e 60% 2 3,8 Entre 61% e 70% 3 5,8 Não sabe ou não respondeu 7 13,4 Até 10% TOTAL 52 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Em 5 (9,6%) equipamentos as agências são responsáveis por 50% ou mais do volume de reservas realizados; em onze (21,2%) o contato telefônico ou central de reservas é responsável por mais da metade do volume de reservas e em 4 (7,7%), a internet tem participação em pelo menos metade do volume de reservas. Essa análise pode indicar uma presença, ainda tímida, do ambiente on-line na comercialização de serviços de hospedagem. Apesar da alta taxa de ocupação dos hotéis de Belo Horizonte na atualidade, 10 (19,2%) equipamentos dizem ter dificuldades em sua comercialização, citando como principais aquelas dificuldades relacionadas a preço e concorrência, uma vez que, segundo os − − 80 gestores, os clientes consideram os valores muito elevados para o padrão de serviços que oferecem. Alguns reclamaram do comissionamento das agências de viagens e outros apontaram a necessidade de reformas. Citou a falta de sinalização como fator que dificulta a comercialização do equipamento, um (1,9%). As parcerias formais entre os meios de hospedagem e outros serviços e equipamentos turísticos ainda são bastante tímidas. A parceria com agentes operadores se destaca, fato assinalado por 32 (61,5%) hotéis (gráf. 2.24). Gráfico 2.24. Serviços e equipamentos de hospedagem que mantêm parcerias formais com serviços turísticos de Belo Horizonte – 2010 50 40 32 30 17 20 10 9 11 8 10 0 Agencias/ Operadoras Atrativos Turísticos Transportadores Serviços de Meios de lazer e Hospedagem entretenimento Outros Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Possuem agentes de divulgação turística fora de Belo Horizonte 29 (55,8%), dos quais 6 são independentes e 26 fazem parte de cadeia ou rede. Apesar de a maioria dos equipamentos que fazem parte de rede possuir agentes de divulgação externos, tal participação não garante esse benefício. É o caso de 5 equipamentos que operam em rede e que estão entre os 23 que informaram não possuir agentes de divulgação externos. Tabela 2.25. Cidades onde estão os agentes de divulgação externo dos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte – 2010 Cidades São Paulo Rio de Janeiro Vitória Belém Salvador Guaxupé - MG Brasília Porto Alegre Macaé Outros (todo o Brasil, própria da rede, convênios com revistas) Frequência* Abs. % 19 10 3 1 1 1 1 1 1 36,5 19,2 5,8 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 9 17,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 * Sobre o total de 52 informantes − − 81 Os agentes de divulgação de 5 (9,6%) hotéis têm presença nacional e estão em todo o País. São Paulo foi a cidade mais citada, com representantes de 19 (36,5%) equipamentos. Outras cidades também merecem destaque (tab. 2.1.25). Afirmaram que integram roteiros turísticos comercializados fora de Belo Horizonte 10 (19,2%) equipamentos, dos quais 6 são montados em conjunto com outras cidades e 4 são pacotes em que Belo Horizonte é o destino final único. O comissionamento desses agentes varia de 0% e 15%, sendo que 22 (42,3%) gestores informaram que a comissão de 10% é como mais usual. A percepção de 43 (82,7%) gestores é que os equipamentos que gerenciam são seguros para seus hóspedes; 6 (11,5%) muito seguros e 3 (5,8%) pouco seguros. Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos de hospedagem O crescimento da taxa de ocupação média dos equipamentos nos últimos anos revela que os investimentos realizados neste segmento também foram crescentes e que devem ser impulsionados por mais investimentos, visando à Copa do Mundo de 2014 e à demanda oriunda do crescimento econômico projetado para o País para os próximos anos. Alguns equipamentos apontaram a necessidade de reformas. Embora a oferta de estacionamento esteja presente na maioria deles, os gestores de hotéis apontaram esta dificuldade como um grande gargalo nas operações de seus hotéis. Este é um problema em que o Poder Público poderia atuar, estimulando negócios e parcerias. A categorização desses equipamentos ainda não segue nenhum padrão, o que prejudica a competitividade de Belo Horizonte e o acesso a informações por parte dos turistas, uma vez que cada estabelecimento utiliza uma categorização própria, muitas vezes diferente, como a do Guia 4 Rodas. Este problema tende a diminuir com a implementação da classificação oficial já anunciada. Sabe-se, todavia, que há necessidade de hotéis de padrão superior (quatro ou cinco estrelas) para atender às necessidades de turistas mais exigentes, como normalmente é associado ao turismo de eventos. A possibilidade de grande incremento na oferta hoteleira de Belo Horizonte no curto e no médio prazo, em função dos novos projetos de hotéis de diferentes padrões na cidade, tende a aumentar a concorrência no mercado e a busca de mais qualidade e por menores preços no segmento. Investimentos estruturais e nas áreas de gestão estão no planejamento de vários gestores e vários já estão em execução. A gestão dos equipamentos de hospedagem ainda carece de mais instrumentos gerenciais, uma vez que nem todos têm informações e dados sobre ocupação, investimentos ou perfil de clientes. Outras deficiências de gestão, como falta de categorização oficial e baixa preocupação com padrões de qualidade, incluindo sistemas de gestão, são fatores que precisam ser desenvolvidos e incentivados, de modo a melhorar a imagem da cidade para os turistas. Para se adequarem à legislação atual e às exigências dos turistas internacionais, os hotéis, com poucas exceções, precisam investir mais em acessibilidade, garantindo que suas áreas sociais e serviços, sejam adaptados às pessoas portadoras de necessidades especiais, além de aumentar a oferta de UHs. A questão ambiental também é uma exigência do mercado que valoriza as empresas que adotam práticas ecológicas em sua rotina. As campanhas de redução de consumo são necessárias, mas insuficientes para suprir as demandas do planeta e desse perfil de cliente que também exige consumo responsável por parte de seus prestadores de serviços. É necessário que os equipamentos hoteleiros invistam mais em sistemas de gestão ambiental. − − 82 Boa parte dos equipamentos informou ter dificuldades em sua comercialização, relacionadas, sobretudo, aos valores muito elevados para o padrão de serviços que oferecem. Nesse sentido, cabe buscar simultaneamente tanto a elevação do padrão de qualidade dos serviços quanto medidas de gestão que permitam maior oferta de promoções com diárias competitivas. A taxa de ocupação relativamente alta observada para boa parte dos serviços e equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte se concentra, principalmente, nos dias úteis, refletindo a força do turismo de negócios e eventos para a Capital. Além do desafio de aumentar a ocupação nos fins de semana, esta taxa pode reduzir se a demanda não acompanhar os novos investimentos que estão sendo realizados em função da Copa do Mundo de 2014. Como alternativa primária, há o segmento de lazer – mais especificamente, e o cultural -, que é um nicho importante, principalmente se se considera toda a diversidade dos atrativos culturais existentes na Capital. Este segmento pode ser ainda mais valorizado pela existência de alguns hotéis que funcionam em edificações tombadas. A diversificação da oferta turística de Belo Horizonte, a partir do incremento de novos produtos turísticos, principalmente culturais, é fundamental para consolidar a cidade como destino. Essa diversificação precisa atrair pessoas de diferentes locais e com outras motivações para se hospedarem em períodos diferentes dos atuais ―turistas de negócios e eventos‖. Para isso, os empresários, a sociedade e o Poder Público precisam incentivar os investimentos em gestão e acompanhamento, para que se possa conhecer melhor o público e a demanda atual e potencial, de forma a modelar corretamente os investimentos e a divulgação dos diferentes produtos turísticos de forma contínua. Apesar de a maioria dos equipamentos possuir agentes de divulgação externos trabalhando diretamente nos principais mercados emissores, essa estratégia poderia estar ainda mais presente entre os equipamentos da cidade, de modo a facilitar a atração de turistas para o destino. Um trabalho direcionado especificamente a esse público pode ajudar a compor a imagem que Belo Horizonte tem interesse em transmitir para os turistas potenciais. O número de parcerias dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte com outros serviços, equipamentos e atrativos turísticos da cidade é significativo, mas ainda precisa ser fomentado. A operação em rede e o trabalho integrado podem permitir maior eficiência no aprendizado coletivo, mediante a troca de experiências e de informações. 2.1.3.2. Serviços e equipamentos para gastronomia Os serviços e equipamentos para gastronomia, segundo a categorização do Inventário da Oferta Turística (INVTUR), do Ministério do Turismo, incluem: restaurantes, bares, cafés, lanchonetes, casas de chá, confeitarias, cervejarias, quiosques, barracas, sorveterias e casas de suco. Dados da RAIS para Belo Horizonte apontam a existência, em 2009, de: 3.807 restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, que empregavam 31.720 pessoas; 34 estabelecimentos de serviços ambulantes de alimentação, que empregavam 214 pessoas; e 274 serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada, que empregavam 5859 pessoas. No total, são 4.115 estabelecimentos formais de serviços de alimentação, que empregavam 37.793 trabalhadores em Belo Horizonte em 2009. O PDITS considera apenas os equipamentos de maior relevância para a atividade turística atual e potencial. Nesta amostra, contemplam-se aqueles que constam de guias e festivais gastronômicos (Festival Brasil Sabor e Comida de Buteco) relacionados à atividade turística na Capital mineira. Dos 61 equipamentos previstos, 39 (63,9%) responderam aos questionários que embasam esta pesquisa. Destes, 22 (56,4%) são restaurantes, 15 − − 83 (38,5%) são bares, cafés ou lanchonetes, 1 (2,6%) é confeitaria e 1 (2,6%) é cervejaria. O número de equipamentos pesquisados por categoria e tipo de classificação encontra-se disposto no tabela 2.26. Tabela 2.26. Serviços e equipamentos para – Belo Horizonte – 2010 Categoria Número de empresas pesquisadas Tipo Bares, Cafés, Lanchonetes Serviços e equipamentos para Casas de chá, Confeitarias, Cervejarias gastronomia Restaurantes 15 2 22 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 . São privados 35 (89,7%) equipamentos; 1 (2,6%) pertence a sindicato e 3 (7,7%) não informaram. Os equipamentos para gastronomia apresentam significativo grau de integração com a oferta nacional: 10 (25,6%) integram cadeias ou redes (9 são redes de âmbito nacional e um não informou); e 28 (71,8%) não operam em rede. Não respondeu, 1 (2,6%). Nenhum estabelecimento faz parte de cadeia internacional (tab. 2.1.27). Tabela 2.1.27. Natureza da propriedade dos serviços e equipamentos de gastronomia e sua inserção em redes ou cadeias – Belo Horizonte – 2010 Tipo Natureza da propriedade Particular Pertence a cadeia ou rede Outra Bares/Cafés/Lanchonetes Casas de chá/Confeitarias/Cervejarias Âmbito da rede Sim Não NR Nacional Não informou 2 12 3 2 - 2 0 1 1 1 - Restaurantes 21 1 7 15 6 1 Total 35 4 10 28 9 1 1 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Melhorar o acesso aos equipamentos foi uma demanda presente nas observações dos entrevistados, na medida em que os congestionamentos e a dificuldade de estacionamento prejudicam o fluxo de clientes, aumentando o tempo de deslocamento, o que reduz o tempo livre do turista e dificulta sua chegada aos equipamentos. Segundo os gestores, 16 (41,0%) equipamentos podem ser considerados acessíveis a pessoas com necessidades especiais, outros 16 (41,0%) não são acessíveis; e 7 (17,9%) são parcialmente acessíveis. A partir desses dados pode-se afirmar que 23 (59,0%) apresenta deficiências quanto à acessibilidade. Em relação às áreas acessíveis, a da entrada foi apontada como a mais acessível, já que 20 (51,3%) equipamentos têm esse item adaptado e os cardápios são os menos acessíveis, uma vez que apenas 5 (12,8%) oferecem cardápios com adaptação (tab. 2.28). − − 84 Tabela 2.28. Avaliação dos gestores sobre a qualidade dos serviços e a acessibilidade para pessoas com necessidades especiais nos serviços e equipamentos para gastronomia, por tipo – Belo Horizonte – 2010 Qualidade geral dos serviços Acessibilidade para pessoas com necessidades especiais Espaços com acessibilidade Parcial Não Entrada Sanitários Mobília Cardápios Outra Excelente Tipo Bares, Cafés, Lanchonetes 7 8 0 5 4 6 9 5 3 0 0 Casas de chá/Confeitarias/Cervejarias 1 1 0 2 0 0 1 2 2 1 0 Restaurantes 9 12 1 9 3 10 10 9 8 4 0 17 21 1 16 7 16 20 16 13 5 0 2,6 41,0 17,9 41,0 51,3 41,0 33,3 12,8 0 Total % Boa NR 43,6 53,8 Sim Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010. A tabela 2.29 mostra que existem espaços para eventos em 22 (56,4%) equipamentos. Tabela 2.29. Disponibilidade de espaços para eventos e para estacionamento, por tipo de serviços e equipamentos de gastronomia – Belo Horizonte – 2010 Tipos Possuem espaços para Capacidade eventos média para eventos Sim Não Possuem estacionamento próprio Sim com Sim sem manobrista manobrista Não Bares/Cafés/Lanchonetes 8 7 160 3 2 10 Casas de chá/Confeitarias/Cervejarias 1 1 0 1 0 1 Restaurantes 13 9 184 7 3 12 Total 22 17 167 11 5 23 56,4 43,6 - 28,2 12,8 59,0 % Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Em média, os espaços para eventos têm capacidade para 184 pessoas. A casa com maior capacidade consegue realizar eventos para até 700 pessoas. Oferecem estacionamento, com capacidade para até 200 carros em um mesmo restaurante e média de 102,75 vagas 16 (41,0%) estabelecimentos. A especialidade mais comum entre os restaurantes foi comida brasileira, apontada por 13 (33,3%) gestores, seguindo-se: comida mineira, 7 (17,9%); comida italiana, 5 (12,8%); churrascaria, 4 (10,3%); comida alemã, 3 (7,7%); e comida francesa, argentina e chinesa, 1 (2,6%) cada uma. Entre os equipamentos de gastronomia, 29 (74,4%) oferecem serviço ―a la carte‖ e 4 (10,3%), ―buffet livre‖ (tab. 2.30). − − 85 Tabela 2.30. Tipo de serviço principal dos serviços e equipamentos para gastronomia – Belo Horizonte – 2010 Quantidade Tipo de Serviço Abs. % A la carte 29 74,4 Buffet livre 4 10,3 Por quilo 2 5,1 Delivery 1 2,6 Outro 1 2,6 Não respondeu 2 5,1 Total 39 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A quantidade de mesas dos estabelecimentos varia de 6 a 120 mesas, com uma média de 51. O número de cadeiras varia de 12 a 450, com uma média de 200. A capacidade total varia de 12 e 1.000 pessoas, com uma média de 274. Em relação à capacidade de atendimento, o número de mesas para cada garçom varia de 1,53 a 15,0. O maior número é encontrado nos Bares e Lanchonetes. A média encontrada na amostra é de 5,4 mesas por garçom, ou um garçom para atender, em média 20 pessoas, considerando que cada mesa comporta 4 pessoas. Não existem estudos consolidados que considerem a relação entre número de garçons por mesa e satisfação do cliente. Portanto, esse número é apenas uma referência, sendo insuficiente para avaliar qualitativamente a oferta desses serviços. Informaram possuir planejamento estratégico 25 (64,1%) restaurantes, bares cafés, cervejarias e confeitarias; 7 (17,9%) não possuem essa ferramenta; e 4 (10,3%) informaram estar com o planejamento em elaboração. Não souberam responder, 3 (7,7%). Para a maior parte dos equipamentos de gastronomia, dezembro é o mês de maior movimento. Janeiro, fevereiro e julho, tipicamente meses de férias escolares, foram apontados como os de menor movimento (gráf. 2.25 e gráf. 2.26). Gráfico 2.25. Mês de maior movimento nos serviços e equipamentos de gastronomia, por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010 Número de Equipamentos 30 24 25 20 15 10 5 3 2 5 4 5 6 5 6 4 1 0 o o em br D ez ub r o N ov ut em br br o O o em st Se t Ag o lh o Ju nh o Ju ai o M il Ab r ar ço M iro re Fe ve Ja ne i ro 0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 86 Gráfico 2.26. Mês de menor movimento nos serviços e equipamentos de gastronomia de Belo Horizonte por número de estabelecimentos - 2010 18 16 Número de Equipamentos 16 14 14 12 10 8 8 6 4 3 2 2 1 1 0 0 0 0 0 O ut ub ro No ve m br o De ze m br o br o Se te m Ag os to Ju lh o Ju nh o ai o M Ab ril ar ço M Ja ne i ro Fe ve re ir o 0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O número de refeições servidas em um único estabelecimento no mesmo dia varia entre 10 e 1.000 refeições. Não informaram o número médio de refeições servidas 6 (15,4%). Sábado foi o dia que apresentou maior volume de serviço, seguido de domingo e sexta-feira (gráf. 2.27). Ainda em relação ao número de refeições servidas, considerando todas as citações de segunda a sexta-feira, o número de 80 refeições por dia foi citado 24 (61,5%) vezes e o de 100 refeições, 20 (51,3%). Belo Horizonte é a principal origem dos clientes, citada em 31 (79,5%) estabelecimentos, seguida de São Paulo, por 13 (33,3%). Gráfico 2.27. Número médio de refeições servidas nos equipamentos para gastronomia, por dia da semana – Belo Horizonte – 2010 236,6 250,0 230,7 214,5 200,0 139,5 156,4 127,6 150,0 100,9 100,0 50,0 0,0 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sabado Domingo Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 87 O gasto médio por pessoa varia de R$ 15,00 a R$ 140,00, ficando a média em R$50,44, considerando apenas os 36 estabelecimentos cujos dados foram disponibilizados. Entre os restaurantes, a média foi de R$ 64,40 e entre os Bares/Cafés/Lanchonetes R$28,23 (gráf. 2.28). Gráfico 2.28. Gasto médio dos clientes em serviços e equipamentos para gastronomia, por categoria de equipamento – Belo Horizonte –2010 R$ 63,00 R$ 70,00 R$ 50,44 R$ 60,00 R$ 50,00 R$ 28,23 R$ 40,00 R$ 30,00 R$ 20,00 R$ 10,00 R$ 0,00 Média Geral Restaurantes Bares/ Cafés Lanchonetes Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Uma pequena parte dos equipamentos para gastronomia oferece tarifas especiais. Apenas 10 (25,6%) têm tarifas para grupos; 8 (20,5%) oferecem tarifas especiais para crianças; e 9 (23,1%), para convênios coorporativos. Oferecem tarifas promocionais, 23 (59,0%), em geral, disponibilizadas em função do período de menor movimento (dias de semana), para convênios coorporativos e aniversariantes. A principal pesquisa realizada com visitantes é a de avaliação da qualidade dos serviços, encontrada em 21 (53,8%) equipamentos, seguindo-se a pesquisa de perfil do cliente, em 3 (7,7%); não realizam pesquisas 16 (41,0%); e realiza outro tipo de pesquisa (não especificada) 1 (2,6%) confeitaria e não respondeu a essa pergunta1 (2,6%) restaurante (gráf. 2.29). Gráfico 2.29. Tipos de pesquisas realizadas pelos serviços e equipamentos para gastronomia – Belo Horizonte – 2010 Perfil do cliente e Avaliação de Qualidade 7,7% Não Respondeu 2,6% Outras 2,6% Avaliação de qualidade 46,2% Não realiza pesquisas 41,0% Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 88 Os cartões de crédito são aceitos por 37 (94,9%) estabelecimentos, enquanto apenas 2 (5,1%) - Bares com capacidade mais reduzida - não aceitam nenhum tipo de cartão de crédito. Quanto aos preços de seus equipamentos em comparação com os praticados por outros equipamentos similares em destinos competidores, 18 (46,2%) gestores responderam que têm o mesmo nível de preços; 10 (25,6%) que os preços são mais baratos e seis (15,4%), que os preços são mais elevados. Não responderam 5 (12,8%). Os dados sobre faturamento não foram disponibilizado por 22 (53,8%) gestores. Afinal são dados bastante sensíveis. Entre os 17 (43,6%) locais que responderam sobre o volume de faturamento no último ano, a média foi de R$1.499.351,00, com lucratividade entre 4% e 40%. O faturamento declarado mais baixo foi de R$120.000,00 e o mais alto, R$4.578.972,00. Informaram que a margem de lucro é de 40%, 2 (5,1%); entre 15 e 25% 6 (15,4%); e entre 4% e 12%, 7 (17,9%). Não souberam ou não responderam, 24 (61,5%). Apenas 1 (2,6%) gestor declarou que 40% do capital investido é estrangeiro, dos Estados Unidos; e 2 (5,1%) não responderam sobre participação internacional. Informaram que não possuem nenhuma participação externa, o que configura uma oferta turística gastronômica predominantemente nacionalizada, 36 (92,3%). Realizaram investimentos nos últimos três meses 16 (41,0%) equipamentos (gráf. 2.30). Não responderam ou deixaram de responder 23 (59,0%). Quando perguntados sobre os planos, 25 (64,1%) gestores responderam que há planos de investimento para os próximos cinco anos. A soma dos investimentos em 14 (35,9%) equipamentos chega a R$ 2,5 milhões, sendo 41,2% em reforma e construção. planejados nos próximos cinco anos. Declararam que os recursos para investimentos serão provenientes de capital próprio, fruto das vendas ou do próprio faturamento, 14 (35,9%); de crédito bancário ou financeiras, 6 (15,4%) bares e restaurantes; e de parcerias ou patrocínio com fornecedores, 5 (12,8%). Não responderam, 3 (7,7%). Gráfico 2.30. Volume de recursos investidos em dezesseis serviços e equipamentos para gastronomia – Belo Horizonte – 2007-2010 R$ 1.700.000,00 R$ 1.515.000,00 R$ 1.500.000,00 R$ 1.300.000,00 R$ 1.025.000,00 R$ 1.100.000,00 R$ 900.000,00 R$ 935.000,00 R$ 700.000,00 R$ 915.000,00 R$ 500.000,00 R$ 300.000,00 2007 2008 2009 2010* Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 * Obs: Investidos até agosto de 2010. Alta carga tributária e elevados custos operacionais são também reclamações recorrentes. Os gestores afirmam que a falta de incentivo dificulta e até inviabiliza novos investimentos. − − 89 Em relação às metas de ampliação da capacidade de atendimento nos próximos cinco anos, 24 (61,5%) gestores responderam afirmativamente. Destes, 12 planejam a ampliação física do espaço, o que inclui reforma 6 têm meta de, no mínimo, dobrar a capacidade de atendimento); 2 irão investir em novos produtos ou novas unidades; 4 irão investir apenas em número de funcionários, sem necessariamente aumentar o espaço físico; e 6 irão expandir o atendimento não souberam informar suas metas de ampliação. Em seu conjunto, os dados sobre rendimento e perspectivas de investimento revelam um cenário, de forma geral, bastante positivo para a amostra de restaurantes, bares e similares. Acrescente-se que 23 (59,0%) gestores declararem que há necessidade de novas instalações para aprimorar a qualidade de seus serviços. Os sistemas de gestão de qualidade estão presentes em 21 (53,8%) equipamentos; 1 (2,6%) está com sistema em implantação; e 15 (38,5%) não têm esse sistema. Não souberam responder 2 (5,1). Entre os sistemas de qualidade implantados, há 6 restaurantes com certificação realizada por consultorias externas, 2 que seguem as determinações dos órgãos regulatórios (ANVISA e Programa de Alimento Seguro) e 10 têm sistemas próprios de gestão, realizados pelos gerentes por meio de treinamentos constantes, sendo que 3 não informaram qual sistema utilizam. Os sistemas de gestão ambiental estão presentes em 21 (53,8%) estabelecimentos, que nem sempre são os mesmos que possuem sistema de gestão de qualidade. Dentre as práticas mais comuns estão: campanhas para redução de consumo de água ou energia, a coleta seletiva de lixo, reaproveitamento de recursos (com destaque para a coleta e o reaproveitamento do óleo de cozinha, citado por 6 estabelecimentos) e tratamento de esgoto (gráf. 2.31). Gráfico 2.31. Número de serviços e equipamentos para gastronomia que realizam práticas de gestão ambiental – Belo Horizonte - 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apontaram o turismo de negócios e eventos como o segmento principal para suas ações de promoção 26 (77,7%) equipamentos de gastronomia: 8 (20,5%) turismo cultural, turismo de saúde; 1 (2,6%) ecoturismo; e 3 (7,7%) outros. Tendo em vista a importância do turismo de lazer (notadamente centrado em equipamentos de entretenimento e cultura) apontado pelo estudo de demanda efetiva e potencial, esse foco deveria ser objeto de maior ajustamento. − − 90 Possuem site na internet 32 (82,1%) equipamentos, e 7 (17,9%) não utilizam esta ferramenta para facilitar a comunicação com parceiros ou clientes. Entre as ferramentas de promoção mais utilizadas estão: internet, revistas especializadas, folhetos, jornal e rádio (gráf. 2.32). Gráfico 2.32 Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos para gastronomia – Belo Horizonte - 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os materiais são oferecidos em dois ou mais idiomas por 10 (25,6%) equipamentos, sendo que o mais comum, presente em todos os 10 restaurantes, é o inglês. As principais formas de comercialização citadas são: central de reservas própria, para 23 (59,0%) entrevistados; chegada direta do cliente, para 14 (35,9%); internet, para 13 (33,3%); e agências de viagens, 5 (12,8%) (tab. 2.31). Tabela 2.31. Serviços e equipamentos para gastronomia que comercializam por meio de agências de viagens e percentual de participação desse canal de comercialização – Belo Horizonte – 2010 Estabelecimentos Volume de clientes por agências de viagens (em %) Buteco do Maranhão Churrascaria Fogo de Chão Dona Lucinha I Ambrosio‘s 20 2 10 5 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apenas 2 (5,1%) equipamentos têm dificuldades em sua comercialização. Seus gestores citaram a falta de acesso à internet e o excesso de concorrência como fatores causadores. Os bares e restaurantes de Belo Horizonte não estão muito integrados à oferta turística da cidade. O gráfico 2.33 apresenta o número de equipamentos para gastronomia que reconhecem a existência de parcerias formais com as diferentes atividades do ambiente turístico, em que se destacam os meios de hospedagem e as agências operadoras. − − 91 Gráfico 2.33 Serviços turísticos que mantêm parcerias formais com os serviços e equipamentos para gastronomia – Belo Horizonte – 2010 10 9 9 10 8 8 7 6 5 4 5 4 4 3 2 2 1 0 Agencias/ Operadoras Atrativos Turísticos Transportadores Serviços de Meios de turísticos lazer e hospedagem entretenimento Equipamentos para gastronomia Outros Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A partir das informações sobre a integração da oferta turística, podem-se destacar cinco restaurantes e um bar que, de fato, utilizam estratégias de parcerias simultâneas com hotéis e agências de viagens para atrair efetivamente turistas, diversificando o público que atende atualmente: Ambrosio‘s, Buteco do Maranhão, Fogo de Chão, Dona Lucinha 1, Paladino e Maria das Tranças. Um dos gestores informou que existem conflitos com as agências e as operadoras de turismo quanto ao recebimento, porque elas querem pagar o mínimo e quando há qualquer problema demoram de três a quatro meses para solucioná-lo. Em relação às operadoras de cartão de crédito, 6 (15,4%) gestores informaram que existem conflitos. Cinco respostas referem-se às taxas cobradas e três, ao mau funcionamento ou à falta de manutenção das máquinas. Os restaurantes Minas Tênis Clube e Dona Lucinha têm um agente de divulgação fora de Belo Horizonte, mas apenas um deles informou quem é e onde se localiza (uma agência de comunicação em São Paulo). Seis estabelecimentos integram roteiros turísticos. Segundo os gestores, as agências que os comercializam são de Belo Horizonte, sendo que duas também atuam em São Paulo. Entre os equipamentos comercializados por agências, quatro informaram que compõem pacotes em que Belo Horizonte é o destino final único e dois, que compõem pacotes em que Belo Horizonte é parte de pacotes multidestinos. Em relação à segurança para os trabalhadores e os clientes, os estabelecimentos foram avaliados como ―muito seguros‖ por 10 (25,6%) gestores, ―seguros‖ por 25 (64,1%); e ―pouco seguros‖ por 4 (10,3%). A pesquisa identificou ainda a presença de vigilantes privados em 19 (48,7%) estabelecimentos; e vigilância eletrônica em 30 (76,9%). A segurança também foi avaliada sob o ponto de vista de sua localização. Informaram que existe ronda policial no local ou estão próximos a batalhão de polícia 28 (71,7%) gestores. Considerações sobra a análise dos serviços e equipamentos de gastronomia A oferta gastronômica de Belo Horizonte é diversificada. Contempla desde opções econômicas a outras mais sofisticadas, que atendem a diferentes paladares e preferências. − − 92 Todavia, essa oferta está muito mais direcionada aos cidadãos aqui residentes. O turismo é visto como uma atividade complementar, cujo público é pouco significativo, e com reduzida capacidade de produzir mudanças na oferta desses serviços atualmente. Em função da baixa importância que o turismo representa para a maioria dos equipamentos, o segmento de negócios e eventos foi apontado como o foco principal de suas ações de promoção. Esse foco merece mais atenção e poderia ser mais bem ajustado se se considera a relevância do turismo de lazer (mais centrado nos equipamentos de entretenimento e cultura) identificada no estudo de demanda efetiva e potencial realizado em 2010. O setor movimenta um volume considerável de recursos. Existem restaurantes que chegam a servir mil refeições em um único dia. A existência de redes e cadeias, em sua maioria de âmbito nacional, é outro fator positivo, que aumenta a competitividade de Belo Horizonte como destino turístico. Entre os bares e restaurantes de Belo Horizonte pesquisados, os programas de gestão ambiental são bastante frequentes. Merece destaque o reaproveitamento de óleo de cozinha, que, em parte, é fruto do projeto ―Papa óleo‖ da Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (ABRASEL). O crescimento econômico, de modo geral, tem beneficiado o setor. Os gestores querem ampliar a capacidade de atendimento de seus empreendimentos. A maior parte deles informou que os recursos para esses investimentos serão próprios, indicando, porém, certa dificuldade de acesso às linhas de financiamento existentes. De outro lado, há reclamações sobre a alta carga tributária e os elevados custos operacionais, que dificultam e até mesmo, inviabilizam novos investimentos. O trânsito tem relação direta com a oferta gastronômica. Os congestionamentos e a dificuldade de estacionamento, segundo os gestores, prejudicam o fluxo de clientes. No caso dos turistas, a demora para chegar aos locais impacta negativamente na imagem do destino. Também merece atenção o fato de os materiais promocionais, em geral, não serem produzidos em outros idiomas. A relação entre os equipamentos de alimentação e as agências de viagem é ainda incipiente, o que dificulta a formação de produtos turísticos estruturados e completos. 2.1.3.3. Serviços e Equipamentos de Agenciamento Os serviços e os equipamentos de agenciamento, segundo a categorização do Inventário da Oferta Turística (INVTUR) do Ministério do Turismo, incluem as agências de viagem e as agências de viagem e turismo (operadoras turísticas). Dados da RAIS de 2009 apontam para a existência em Belo Horizonte de 387 agências de viagem, que empregavam 2.110 pessoas; 5 operadores turísticos (agências de viagem e turismo), que empregavam 9 pessoas; 16 serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados, que empregavam 58 pessoas. No total, são 408 estabelecimentos formais de agenciamento que empregavam 2.177 trabalhadores em Belo Horizonte em 2009. Para os efeitos desta pesquisa, foram consideradas, inicialmente, apenas as agências que operam o turismo receptivo na cidade de Belo Horizonte, atendendo às exigências do PDITS, que considera tão somente os equipamentos de maior relevância para a atividade − − 93 turística atual e potencial. Em Belo Horizonte, foram identificados 19 desses equipamentos cadastradas no Cadastur e em diferentes programas do setor7. A partir desse levantamento, foram selecionadas 11 agências de perfil mais receptivo, das quais 10 (90,9%) responderam aos questionários que embasam esta pesquisa (quadro 2.21). Quadro 2.21. Categoria Serviços e Equipamentos de Agenciamento comercialização – Belo Horizonte – 2010 Tipo Agências de viagem Agências de viagem e turismo Nome Brasil Aventuras Expedições Trilhas de Minas Beagatur Turismo Condotti Turismo Primotur Turismo Ecológico Arte y Vida Turismo Tauanã Turismo Ecopedagógico Esporte e Aventura CVC Master Turismo Pampulha Turismo Ano de início das atividades 1995 2000 1984 1996 1998 1988 1991 2009 1987 1958 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Iniciaram suas atividades na década de 1990, 4 (40%); na década de 1980, 2 (20%); a partir do ano 2000, 2 (20%); e uma (10%) no ano de 1958. Não respondeu, 1 (10,0%). As dez agências são privadas, sendo que 5 (50%) pertencem a redes ou cadeias de agências, das quais 3 são internacionais, 1 nacional e 1 local, e 5 (50,0%) operam isoladamente. O Registro Oficial fornecido pelo Ministério do Turismo/EMBRATUR é obrigatório. Todas as agências pesquisadas estão registradas. Em relação ao tipo de serviço que oferecem 7 (70%) operam turismo receptivo e turismo emissivo e 3 (30%) operam exclusivamente o serviço receptivo. Informaram que não trabalham com pacotes exclusivos da cidade de Belo Horizonte 6 (60%) agências. Ou seja, seus pacotes sempre incluem outros destinos, como as cidades históricas, alguns municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, como Nova Lima, Brumadinho e Sete Lagoas, além de parques (Ibitipoca, Inhotim e Canastra), Araxá, Estrada Real e outras regiões do País. Oferecem roteiros só com Belo Horizonte 4 (40%) agências. A tabela 2.32 apresenta o quantitativo de agências que trabalham com diferentes produtos e pacotes, incluindo ou não a cidade de Belo Horizonte. Tabela 2.32. Roteiros oferecidos pelos serviços e equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010 Tipo de roteiro 7 − Cidades que incluem Quantidade Abs % Roteiros que incluem apenas Belo Horizonte City-Tour em Belo Horizonte 4 40 Roteiros para outras cidades que incluem Belo Sabará, Brumadinho, Serra do Curral, Nova Lima, Ouro Preto, Diamantina, Inhotim, 9 90 Participam do programa ―Minas Recebe‖ da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, e/ou participam da campanha ―BH espera por você‖ do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau e/ou participam do projeto ―BH + 1 Dia‖ da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH/ MG) − 94 Horizonte Tiradentes, Sete Lagoas Roteiros para outras cidades do interior de Minas que não incluem Belo Horizonte Vale Verde, Ouro Preto, Mariana, Parques (Ibitipoca e Canastra), Cidades Históricas, Estrada Real 7 70 Outros roteiros Rio de Janeiro, Paraty, Salvador, Foz do Iguaçu, Amazônia, Araxá, Praias do Nordeste, Brasil inteiro 6 60 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apesar de a seleção intencional da amostra considerar apenas agências receptivas, 4 (40%) informaram que mais de 90% do seu movimento atual é proveniente do turismo emissivo e 6 (60%) têm 60% ou mais do seu movimento concentrado no turismo receptivo, sendo que 3 trabalham exclusivamente com turismo receptivo - ou seja, 100% de suas vendas são para pessoas que chegam de outras regiões (tab. 2.33). Tabela 2.33. Participação relativa do turismo receptivo no total dos serviços e equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010 Participação do turismo receptivo no volume de vendas totais Quantidade Abs. % Até 10% 4 40 Entre 60% e 70% 2 20 80% 1 10 100% 3 30 Total 10 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A pesquisa identificou os três principais roteiros comercializados pelas agências receptivas. As tabelas 2.34, 2.35 e 2.36 apresentam os principais roteiros citados. Tabela 2.34. Principal roteiro comercializado pelos serviços e equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010 Roteiro Quantidade Abs. % Cidades históricas 5 50 Porto Seguro 2 20 Canastra, Caraça e Caratinga 1 10 Serra do Cipó 1 10 Não respondeu Total 1 10 10 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010. Tabela 2.35. Segundo principal roteiro comercializado pelos equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010 Roteiro − serviços e Quantidade Abs. % Belo Horizonte 1 10 Brasília 1 10 Caraça 1 10 Circuito das Grutas 1 10 − 95 Ecológico (Cipó e Carrancas) 1 10 Natal 1 10 Pantanal 1 10 Tiradentes e São João Del Rey 1 10 Não respondeu 2 20 10 100 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Tabela 2.36. Terceiro principal roteiro comercializado pelos serviços e equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010 Quantidade Roteiro Abs. % Estrada Real 2 20 Belo Horizonte 1 10 Diamantina 1 10 Inhotim 1 10 Maceió 1 10 Parque Estadual Intervales, Itatiaia e Ubatuba 1 10 Portugal 1 10 Não respondeu 2 20 10 100 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Oferecem serviços de excursão, city tour e traslado 9 (90,0%). O serviço de locação de veículos é oferecido por 6 (60,0%). O valor médio dos principais roteiros comercializados varia entre R$170,00 e R$2.200,00 nos dez equipamentos, com média de R$912,00. O valor que mais se repete é R$800,00 citado por 2 (20%) agências. O tempo médio de duração desses roteiros varia entre um e dez dias, com média de 4,75 dias. Apesar de o valor médio de roteiro mais alto corresponder ao de duração mais longa, existem roteiros com a mesma duração que são mais caros do que outros, sendo que o valor por dia oscilou entre R$ 68,00 e R$ 285,70. A quantidade de turistas atendidos pelas agências foi analisada, mas não foi possível estabelecer uma tendência a partir dos dados analisados. Em 2 (20%) equipamentos, o volume de turistas se manteve entre 2007 e 2009 e em 1 (10%) houve crescimento. Acusou ligeira queda nesse montante 1 (10%) em 2009 e 1 (10%) iniciou suas atividades em 2009. Não informaram o número de turistas atendidos 5 (50%) agências. A tabela 2.37 apresenta os quantitativos de atendimento das agencias relativos à duração dos roteiros e ao atendimento aos turistas entre 2007 e 2009, sendo este último dado informado por apenas 4 (40,0%) equipamentos. Tabela 2.37. Turistas atendidos por serviços e equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010 Tipo de equipamento Agências de viagem Agências de viagem e turismo Total geral − Duração média dos roteiros (em número de dias) Volume médio de turistas recebidos nos últimos três anos (em número de pessoas) 2007 2008 2009 7 150 150 130 3,8 770 880 2220 - 920 1030 2350 − 96 Média geral 4,8 230 257,5 587,5 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O perfil dos turistas também foi avaliado durante a pesquisa. Afirmaram que a faixa etária média dos clientes situa-se entre 39 e 52 anos 5 (50%) agências; que tem a maior parte dos clientes entre 53 e 65 anos, 2 (20%); entre 26 a 38 anos, uma (10%); acima de 65 anos, 1 (10%). Não soube responder, 1 (10%). Ainda em relação ao perfil dos clientes, 4 (40%) equipamentos têm clientes com renda entre 5 e 12 salários mínimos (até R$6.000,00); 2 (20%) entre 2 e 5 salários (até R$2.500,00), 1 (10%) entre 12 e 25 salários (até R$ 12.000,00) e um (10%) acima de 25 salários mínimos. Não souberam responder 2 (20%). Em quatro (40%) equipamentos a maior parte dos clientes é de Belo Horizonte e região metropolitana; em 3 (30%) brasileiros de outras regiões; e em 3 (30%) turistas internacionais. Com relação à permanência média dos turistas em seus roteiros, quatro (40%) agências disseram ser de sete dias ou mais, para três (30%) entrevistados essa permanência média varia entre três e seis dias, dois (20%) informaram que a média é de um dia e outro (10%) declarou ser de dois a três dias. Oferecem roteiros que estão parcialmente preparados para atender pessoas portadoras de necessidades especiais 3 (30%) equipamentos; não oferecem nenhum roteiro que possa atender a esse público, 7 (70,0%); e 1 (10%) tem roteiros específicos, desenhados especialmente para deficientes auditivos, cadeirantes e amputados. Informaram que possuem planejamento estratégico 4 (40%) agências, que não possuem, 3 (30%); e que o planejamento está em elaboração, 3 (30%). Julho e setembro foram considerados pela maioria os meses de maior movimento e janeiro e dezembro, tipicamente de férias escolares, os de menor movimento (gráf. 2.34 e gráf. 2.35). Gráfico 2.34 Mês de maior movimento nos serviços e equipamentos de agenciamento, pesquisados por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 97 Gráfico 2.35. Mês de menor movimento nos serviços e equipamentos de agenciamento, por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – Minas Gerais – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O valor dos pacotes comercializados varia na baixa e na alta temporada. Para 4 (40%) agências, cresce entre 10 e 25%, para 2 (20%) 50%; e para 3 (30%) não há alteração. Não tem informações sobre a mudança dos valores 1 (10%). Quanto à concessão de tarifas especiais, duas agências (20%) têm para maiores de 60 anos, 4 (40%) para convênios corporativos, 6 (60%) para crianças e 8 (80%) para grupos. Quanto às tarifas promocionais, 6 (60,0%) as disponibilizam em função da baixa temporada, para diminuir a sazonalidade e conquistar novos clientes. O percentual de origem dos clientes das agências (internacional, nacional regional e local) está distribuído na tabela 2.38. Tabela 2.38. Origem dos clientes do serviços e equipamentos de agenciamento, por percentual de participação – Belo Horizonte – 2010 Classe de participação Internacional Abs. % Não tem (0%) Até 10% 5 50 Entre 11 e 20% 1 10 Entre 21 e 30% 1 10 Nacional Abs. Regional % Abs. Local % 2 20 5 50 4 40 4 40 Abs. % 4 40 1 10 1 10 1 10 1 10 Entre 31 e 40% Entre 41 e 50% Entre 51 e 60% 1 10 Entre 61 e 70% Entre 71 e 80% 1 10 1 10 Entre 81 e 90% Acima de 91% 1 10 1 10 1 10 Não respondeu 1 10 1 10 1 10 1 10 10 100 10 100 10 100 10 100 Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os cartões de crédito não são aceitos por 3 (70%) dos dez estabelecimentos, o que gera dificuldades para seus clientes. − − 98 Responderam sobre o volume de faturamento no último ano 6 (60,0%) gestores, todos locais, cujo valor individual oscilou entre R$120.000,00 e R$167.000.000,00, com lucratividade entre 0% e 40%. Nenhuma empresa tem participação de capital estrangeiro, o que configura uma oferta turística de agências completamente nacionalizada. Deixaram de responder 4 (40,0%) gestores. A pesquisa de perfil de cliente é realizada em 4 (40%) equipamentos; e em 7 (70%), é conduzida pesquisa de avaliação de qualidade/satisfação. Não realizam nenhum tipo de pesquisa 2 (20%). Declararam que não houve investimento em 2007, 2008 e 2010, 3 (30,0%) agentes. Declararam ter investido R$10.000,00, R$60.000,00 e R$1.600.000,00, cada um, em 2007, 3 (30,0%) agentes, tendo aumentado para R$20.000,00, R$70.000,00 e R$2.500.000,00, na mesma ordem, em 2008. Declararam ter investido R$20.000,00, R$50.000,00, R$130.000,00 e R$2.800.000,00, 4 (40,0%) agentes. Declararam que realizaram investimentos de R$20.000,00 e R$40.000,00 em 2010, 2 agentes. Não responderam 4 (40,0%) agentes. Quanto à existência de um plano concreto de investimento para os próximos cinco anos, 7 (70,0%) agentes responderam que sim e 2 (20,0%) que não existe. Não respondeu 1 (10,0%). O volume desses investimentos oscila entre R$10.000,00 e R$1.000.000,00, concentrando-se em materiais e equipamentos (tab. 2.39). Tabela 2.39. Distribuição dos investimentos dos serviços e equipamentos de agenciamento por setor e valor – Belo Horizonte – 2010 (em percentual) Valores (em R$mil) Setores 0 (zero) Até 5 Até 50 Reforma e construção 20 10 Treinamento 40 Projetos de gestão ambiental Até 150 Até 250 Até 600 NS NR Total 20 - - - 10 40 100 - 10 - - - 10 40 100 40 - - 10 - - 10 40 100 Materiais e equipamentos 10 10 - 10 10 10 10 40 100 Outro setor 40 - - - - - 10 50 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A origem dos recursos para investimentos é própria em 6 (60%) equipamentos e 1 (10%) gestor informou que irá recorrer a financiamentos. não informaram a fonte dos recursos 3 três (30%). As metas de ampliação dos equipamentos estão presentes em 7 (70,0%) equipamentos, relacionando-se a: aumento da frota, diversificação dos produtos, expansão do serviço receptivo, construção de pousadas e contratação de mais funcionários. Informou que não tem metas de ampliação ou expansão 1 (10,0%). Não respondeu, 1 (10,0%). Para melhorar a qualidade dos serviços prestados, os equipamentos, segundo seus gestores, precisam aumentar a estrutura física e treinar e desenvolver pessoas. Os sistemas de gestão de qualidade estão implantados em 3 (30%) equipamentos (ISO 9001, SGS e pós-vendas-interno) e em implantação 2 (20%). Não têm esse sistema 5 (50%). − − 99 Os sistemas de gestão ambiental estão implantados em 3 (30%) equipamentos e em implantação em 1 (10%). Não têm nenhum sistema de gestão ambiental 6 (60%). Dentre as práticas mais comuns citam-se: políticas de redução de consumo de água ou energia e outras práticas, como a de plantar uma árvore para cada pacote vendido (tab. 2.40). Tabela 2.40.Práticas ambientais realizadas pelos serviços e equipamentos de agenciamento de Belo Horizonte/MG pesquisados - 2010 Ação Coleta seletiva de lixo Reaproveitamento de recursos Fontes alternativas de energia Tratamento de efluentes Políticas de redução de consumo (água, energia) Outra prática para gestão ambiental Situação (%) Sim Em implantação 50,0 10,0 50,0 20,0 10,0 10,0 90,0 60,0 - Não 40,0 50,0 80,0 80,0 10,0 40,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Na opinião dos agentes, a região geográfica de origem do seu principal mercado emissor de clientes é a própria cidade e a região metropolitana, citada por 7 (70%), seguindo-se pelo restante da região Sudeste, por 4 (40,0%), e São Paulo e o exterior, por 3 (30,0%) (tab. 2.41). Tabela 2.41. Principal mercado emissor dos serviços e equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010 Principal mercado emissor Agências (%) Belo Horizonte e Região Metropolitana 70,0 Interior de Minas Gerais 20,0 São Paulo 30,0 Rio de Janeiro 20,0 Restante da Região Sudeste 40,0 Distrito Federal/ Região Centro-Oeste 10,0 Região Sul 20,0 Região Nordeste 10,0 Região Norte 10,0 Exterior 30,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O segmento alvo das agências é: para 4 (40,0%) o turismo cultural, para 3 (30,0%) o turismo de negócios e eventos; para 2 (20,0%) o ecoturismo; e para 1 (10,0%) o turismo de aventura. Essa informação reflete a diversidade da oferta turística de Belo Horizonte e de Minas Gerais, já que algumas agências trabalham também com outros destinos em Minas que não incluem Belo Horizonte. Entre as ferramentas de promoção mais utilizadas estão: internet, folhetos e participação em feiras (tab. 2.1.42). − − 100 Tabela 2.1.42. Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010 Meios de promoção Agências que utilizam (%) Folhetos 80,0 Revistas especializadas 50,0 Jornal 20,0 Rádio 10,0 TV 10,0 Internet 90,0 Promotores de vendas 50,0 Participação em feiras 70,0 Outros 20,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apenas 4 (40,0%) agências oferecem os materiais em dois ou mais idiomas. A língua mais comum é o inglês, presente em todas as quatro, seguindo-se o espanhol, em três. Para 4 (40,0%) equipamentos a principal forma de comercialização é a central de reservas própria (telefone); para 2 (20,0%) são as operadoras, que respondem por mais de 70% de suas vendas; para 1 (10,0%) é o walk-in (clientes que chegam direto à loja); e para 1 (10,0%) é a internet, responsável por 85% de seus negócios. Não souberam informar as principais formas de comercialização 2 (20,0%). Informaram que há dificuldades em sua comercialização 6 (60,0%) agências que citaram os problemas e necessidades: aumentar os pontos de venda; chegar com eficiência ao mercado consumidor; dificuldades de parcerias com órgãos públicos; dificuldades financeiras; excesso de concorrência; valor elevado para comercialização. A integração das agências de viagem com outros atrativos e equipamentos turísticos do destino é bastante expressiva (tab. 2.43). Destacam-se como os principais benefícios dessas parcerias levantados durante a pesquisa foram: melhores tarifas e preços mais competitivos, melhor qualidade dos serviços prestados, maior organização dos roteiros, melhor divulgação da marca, ampliação do canal de comercialização, agendamento prévio de visitas e possibilidade de oferecer vários serviços ao cliente em um só lugar. Tabela 2.43 Parcerias formais entre atrativos e equipamentos turísticos com os serviços e equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010 Atrativo ou equipamento parceiro Agências com parceria (%) Operadoras 70,0 Atrativos turísticos 90,0 Transportadores turísticos 90,0 Serviços de lazer e entretenimento 80,0 Meios de hospedagem 100,0 Companhias aéreas 80,0 Serviços de gastronomia/ alimentação 80,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 101 Em relação à organização e à integração dos equipamentos com as estratégias públicas e do trade, 6 (60%) agentes participam pelo menos um programa ou ação oficial de incentivo receptivo, sendo que cinco participam do ―BH + 1 dia‖, três do ―Minas Recebe‖, dois do ―Minas de Ouro‖, dois de promoções da Abeta, um do ―Vai Brasil‖ e um da rede de negócios de BH (quadro 2.22). Quadro 2.22. Participação dos serviços e equipamentos de agenciamento em ações setoriais – Belo Horizonte – 2010 Participação em programas e ações setoriais Nome do estabelecimento Programa ―BH + 1 dia‖ Campanha ―BH espera por você‖ Programa ―Minas Recebe‖ Arte y Vida Turismo Beagatur Turismo X Brasil Aventuras Expedições Condotti Turismo X Master Turismo X X Pampulha Turismo X X Primotur Turismo Ecológico X Tauanã Turismo Ecopedagógico Esporte e Aventura X X Trilhas de Minas X WJ Viagens e Turismo (CVC) X Total 5 2 4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os conflitos com operadores, citados por 3 (30%) gestores, estão relacionados a: câmbio que utilizam, entrada dos operadores no mercado de trabalho dos agentes e oferta de lugares e de descontos para compra direta. Em relação às operadoras de cartão de crédito, apenas 1 (10%) gestor informou que existem conflitos e que a dificuldade é em relação aos estornos. Já em relação às companhias aéreas, 3 (30%) gestores declararam que existem conflitos, tais como: dificuldade de remarcação, cancelamento de reservas, falta de lugares e falta de atendimento direto às agências. Têm agentes de divulgação fora de Belo Horizonte 5 (50,0%) equipamentos, cujos benefícios são: divulgação do trabalho, maior volume de vendas, novos mercados e relacionamento. Quanto ao nível de segurança dos equipamentos, 2 (20,0%) agentes os consideram ―muito seguros‖; 5 (50,0%) ―seguros‖; e 3 (30,0%) ―pouco seguros‖. Os equipamentos considerados ―muito seguros‖ contam com a presença de vigilantes privados, vigilância eletrônica e ronda policial no local ou estão próximos a batalhão de polícia. No caso dos equipamentos ―seguros‖ contam com vigilância eletrônica e localização próxima a batalhão de polícia e os ―pouco seguros‖ contam apenas com vigilância eletrônica. Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos de agenciamento Os serviços e equipamentos de agenciamento de Belo Horizonte estão integrados ao trade. Em sua maioria, operam em rede com outros equipamentos do Brasil e, até mesmo, do exterior. O movimento emissivo, mesmo nas das agências receptivas, ainda é muito expressivo. Belo Horizonte é um pólo mais emissor do que receptor de turistas. O segmento alvo principal − − 102 das agências é o turismo cultural, seguido do turismo de negócios e eventos, do ecoturismo e do turismo de aventura. Isso reflete o fato de algumas agências trabalharem também com outros destinos em Minas Gerais que não incluem Belo Horizonte. Os pacotes comercializados variam em duração e preço. Há opções para diferentes públicos no que diz respeito tanto à motivação da viagem quanto ao nível de gastos. Entre os roteiros comercializados pelas agências receptivas, ainda predominam roteiros que operam outras cidades do estado sem incluir Belo Horizonte entre os destinos. Ou seja, a Capital funciona mais como um pólo de chegada aérea, de onde os turistas são distribuídos para outros destinos do interior. Nesse sentido, é necessário trabalhar melhor o receptivo, para que os turistas possam desfrutar dos atrativos e equipamentos de lazer da cidade. Nesse sentido, as agências de Belo Horizonte devem empenhar-se para oferecer aos turistas experiências diferenciadas, com opções de preços variados, para atender a uma ampla camada de clientes. A origem dos turistas é variada. Em alguns casos, procurar atendê-los torna-se o principal interesse de algumas agências. Esses nichos de mercado estão sendo trabalhados com o apoio de agentes de divulgação externa, que contribuem com a comercialização dos pacotes também para públicos de outras regiões do Brasil É necessário incrementar a adoção no setor de sistemas de gestão de qualidade e gestão ambiental capazes de contribuir para a competitividade do destino. Muitas agências pesquisadas informaram a existência de dificuldades financeiras, excesso de concorrência e valor elevado cobrado para comercialização dos produtos. − − 103 2.1.3.4. Serviços e equipamentos para transporte Os serviços e equipamentos para transporte, segundo a categorização do INVTUR do Ministério do Turismo, são separados em quatro tipos: transportadoras turísticas; locadoras; taxis; e outros. Dados da RAIS para Belo Horizonte apontam para a existência em 2009 de: 101 estabelecimentos de transporte rodoviário coletivo sob fretamento e outros, empregando 2.175 pessoas; 164 locadoras de automóveis sem condutor, empregando 1.464 pessoas; 24 locadoras de outros meios de transporte sem condutor, empregando 168 pessoas; 55 estabelecimentos de transporte rodoviário de táxi, empregando 443 pessoas; e 14 estabelecimentos de transporte aéreo não regular, empregando, 349 pessoas. No total, essas atividades somavam 358 estabelecimentos formais, empregando 4.599 trabalhadores. Considerando todo o transporte aeroviário, rodoviário, aquaviário e ferroviário usado tanto para os turistas quanto para a população local, o total de estabelecimentos de serviços e equipamentos para transporte em Belo Horizonte em 2009 era de 668, empregando 32.038 trabalhadores. A infraestrutura e os serviços gerais de transporte são objeto de análise no item 2.3.1 deste PDITS. Belo Horizonte conta com uma satisfatória e moderna frota de táxis, que oferece serviços de qualidade. Os condutores vêm sendo objeto de constantes ações de capacitação, inclusive em idiomas estrangeiros, para melhor atender o turista. A cidade conta também com um bom número de locadoras de meios de transporte, incluindo aquelas de grande porte que operam em rede no território nacional, com excelente padrão de qualidade, como Localiza, Avis e Hertz Rent a Car. Seguindo os critérios do PDITS, a pesquisa aplicada a gestores de serviços e equipamentos de transporte centrou-se em um segmento tipicamente turístico e de grande relevância para o setor: o de transportadores turísticos. Foram selecionadas inicialmente sete empresas de maior relevância atual e potencial para Belo Horizonte neste segmento. Tal seleção foi intencional, tomando-se por base o Cadastur, do Ministério do Turismo, os receptivos cadastrados no programa ―BH Espera por Você‖ e os profissionais especialistas que atuam na área. Da amostra inicial intencionalmente selecionada, cinco participaram da pesquisa de campo respondendo ao relatório, passando a constituir a amostra efetivamente trabalhada. Dessa amostra, a empresa Pampulha Turismo também foi pesquisada enquanto serviço e equipamento para agenciamento, uma vez que atua em ambos os setores. No quadro 2.23 encontra-se a relação dos cinco estabelecimentos pesquisados e os anos em que foram inaugurados. Quadro 2.23 Serviços e equipamentos para transporte, por ano de início das atividades – Belo Horizonte – 2010 Tipo Transportadoras Turísticas Equipamento Início de atividades Banana Veloz 1993 Expresso Biagini 1997 Pampulha Turismo 1958 T8T Traslados e Fretamentos 2008 Vip Locação de Vans 2004 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os equipamentos pesquisados iniciaram suas atividades há pelo menos dois anos, sendo que um na década de 50, dois na década de 90 e dois nos últimos dez anos. A pesquisa − − 104 indicou que todas as transportadoras turísticas são particulares, não integram cadeia ou rede e possuem registro oficial no Ministério do Turismo/Embratur, estando devidamente formalizadas e legais. Todos os equipamentos para transporte trabalham tanto com transporte receptivo quanto com o transporte emissivo. O volume de vendas para o setor receptivo de cada transportadora turística varia entre 70% e 15% e para o setor emissivo, entre 75% e 30% (tab. 2.44). Tabela 2.44. Participação relativa dos setores emissivo e receptivo nas vendas dos serviços e equipamentos de transporte – Belo Horizonte – 2010 Empresa Participação (%) Receptivo Emissivo Banana Veloz 70,0 30,0 Expresso Biagini 30,0 70,0 Pampulha Turismo 60,0 40,0 T8T Translados e Fretamentos 15,0 75,0 Vip Locação de Vans 70,0 30,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Todas as transportadoras turísticas são especializadas em locação de veículos e serviço de translado e, também, oferecem city tour pela Capital mineira. À excessão de uma, todas oferecem serviço de excursão e roteiros turísticos. A comercialização de pacotes, excursões, roteiros e city-tours, segundo a Embratur, é responsabilidade exclusiva das agências de viagem. Isso cria conflitos entre as agências e as transportadoras. Para minimizar esses conflitos e viabilizar a comercialização de roteiros de forma legal, as transportadoras também podem ser cadastradas como agências de viagens. A área de atuação de todas as transportadoras é o território nacional. As quatro transportadoras turísticas que oferecem roteiros oferecem Belo Horizonte isoladamente e em conjunto com outras cidades. Três empresas não informaram quais são as cidades que compõem com Belo Horizonte o roteiro juntamente. O gestor que respondeu a essa pergunta afirmou que o roteiro integra o Museu de Arte Contemporânea Inhotim. Duas transportadoras turísticas ofertam também roteiros para o interior de Minas Gerais sem incluir a Capital, sendo que os principais destinos são as cidades históricas (Ouro Preto, Mariana, Congonhas, São João del Rei, Tiradentes e Diamantina foram citadas), além de Araxá e Grutas. Um equipamento oferece outros roteiros, destinados a outros estados e, até mesmo, a outros países não especificados. A tabela 2.45 apresenta a quantidade de transportadoras turísticas que oferecem os diferentes tipos de roteiros. Tabela 2.45. Área de atuação dos serviços e equipamentos de transporte – Belo Horizonte – 2010 Tipo de roteiro Quantidade de transportadoras Abs. % Apenas Belo Horizonte 4 80,0 Outras cidades, incluindo Belo Horizonte 4 80,0 Interior de Minas Gerais, sem incluir Belo Horizonte 2 40,0 Roteiros em outros estados e/ou países 1 20,0 Não oferecem roteiros 1 20,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 105 Considerando as quatro transportadoras que oferecem roteiros turísticos, dois gestores citaram os três principais roteiros vendidos, um citou apenas o mais vendido e um (20%) não citou nenhum dos roteiros comercializados por sua empresa. Entre os sete roteiros citados, quatro são destinados às cidades históricas, dois à Capital mineira e um a outras cidades não especificadas. Diamantina, Ouro Preto e Tiradentes merecem destaque dentre as cidades históricas, pois foram citadas isoladamente entre os três roteiros mais vendidos. As cidades históricas têm participação importante no volume de serviços dos transportadores e todos os quatro equipamentos que disponibilizaram a informação sobre os três principais roteiros, têm essas cidades entre eles, chegando representar 60% do volume total de roteiros comercializados em determinado equipamento. Belo Horizonte, incluindo o traslado aeroporto/hotel/aeroporto, também merece destaque. Em um dos equipamentos isso representa 40% do volume total de serviços, enquanto em outro chega a 60%. O valor médio dos roteiros comercializados foi informado por apenas dois gestores, situando-se entre R$400,00 e R$800,00. Dois não souberam responder. Um gestor, cujo serviço principal é o transporte de funcionários para empresas, informou que o valor médio que cobra é R$2.000,00. O tempo médio de duração desses roteiros é de um dia em dois equipamentos e de quatro dias em outros dois. Já que um não oferece roteiros, esta pergunta não se aplica. A pergunta sobre o volume médio de turistas transportados nos últimos anos foi respondida por apenas um gestor. Por isso, é impossível realizar qualquer avaliação preliminar sobre o segmento de transportadores turísticos de Belo Horizonte quanto a este quesito. A única empresa que disponibilizou esses dados registrou um crescimento agudo no volume de serviço, tendo transportado 10 mil pessoas em 2007, 15 mil em 2008 e 20 mil em 2009. A frota total das cinco transportadoras é de 117 veículos. O número de veículos de cada uma varia entre 18 e 37, ficando a média de veículos em 23 por transportadora. O número de assentos nas cinco frotas soma 1.942 lugares, o que indica que a capacidade média de atendimento simultâneo a clientes sentados é de 388 clientes por transportadora. O número de lugares sentados de cada empresa varia entre 280 e 635 (tab 2.46). Tabela 2.46. Frota total de veículos e de assentos ofertados pelos serviços e equipamentos de transporte – Belo Horizonte – 2010 Transportadora Número total de veículos Número total de assentos Banana Veloz 18 280 Pampulha Turismo 20 302 Expresso Biagini 20 635 T8T Traslados e Fretamentos 22 340 Vip Locação de Vans 37 385 117 1.942 Total Números médios 23,4 388,4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A frota total dos cinco equipamentos compõe-se de: 33 carros, 28 vans, 45 micro-ônibus, 10 ônibus e outro veículo O gráfico 2.36 mostra que a maior parte da frota das transportadoras turísticas é composta por micro-ônibus (38%), seguida por carros (28%) e vans (24%). − − 106 Gráfico 2.36. Frota dos serviços e e equipamentos de transporte, por tipo de veículo – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A idade média dos veículos de cada transportadora varia entre um e quatro anos. Três possuem frota com idade média de dois anos, um tem idade de quatro anos e conta com uma frota bem recente, com média de apenas um ano, e um caracteriza sua frota como ―nova‖. Existem na frota sete veículos adaptados para atender clientes com necessidades especiais, disponibilizados por três empresas. Apenas uma empresa possui roteiros preparados para receber esse público, embora não ofereça roteiro especifico. O planejamento estratégico é utilizado apenas por duas das cinco empresas, uma com esse dispositivo em atividade e uma em processo de elaboração. As pesquisas com visitantes não são realizadas por duas transportadoras, ao passo que três efetuam apenas pesquisa de satisfação/qualidade. Como nenhuma das empresas realiza pesquisa sobre o perfil do cliente, os dados sobre esse assunto são apenas estimativas resultantes da percepção dos gestores sobre seu público. Segundo três gestores, seus clientes possuem idade entre 26 e 38 anos. Para outro, seus clientes possuem entre 39 e 52 anos. Um gestor não soube responder. Em relação à renda média dos clientes, cada equipamento trabalha com um perfil diferente. Para um gestor, varia entre 2 e 5 salários mínimos, para outro, entre 5 e 12, e para um outro, entre 12 e 25 salários mínimos. Dois gestores não souberam responder. Os clientes das transportadoras turísticas de Belo Horizonte são, principalmente, de origem local ou nacional na opinião de quatro equipamentos. Para outro, são de origem internacional. Os dados sobre a origem desses turistas internacionais ou a participação desse público no volume total de passageiros não foram informados. Segundo a maior parte dos gestores, o período de maior movimento é o segundo semestre, e o de menor movimento é o primeiro semestre (gráf. 2.37 e gráf. 2.38). − − 107 Gráfico 2.37. Meses de maior movimento nos serviços e equipamentos de transporte, por número de estabelecimentos – Belo Horizonte –2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Gráfico 2.38. Meses de menor movimento nos serviços e equipamentos de transporte, por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Para dois gestores o maior movimento ocorre nos feriados, para um, nos fins de semana e para um, outros. Um não respondeu. Segundo três gestores, os valores cobrados na alta e na baixa temporada são diferentes, chegando a alterar em até 40% em um dos equipamentos. Os outros dois gestores informaram que não há alteração nos preços ao longo do ano. Três transportadoras oferecem promoções em função da baixa temporada ou no período de janeiro até o Carnaval. Nenhuma transportadora oferece tarifas especiais para crianças e para maiores de 60 anos. Duas oferecem tarifas para grupos, uma com valor diferenciado para convênios corporativos e a outra para outros públicos não especificados. Dois gestores afirmaram que o nível de preços é inferior aos preços praticados em destinos concorrentes, dois, que os valores são mais elevados, e em um, que os preços estão no mesmo nível dos destinos concorrentes. Três equipamentos de transporte não aceitam cartão de crédito como forma de pagamento; e dois aceitam os cartões Master Card e Visa. Não há registro de conflitos entre as empresas e as operadoras de cartões de crédito. As informações sobre faturamento foram disponibilizadas por três equipamentos. Em 2009, o faturamento de cada um variou entre R$800.000,00 a R$2.900.000,00. Dois tiveram lucro − − 108 de 30% do ano de 2010 (até o momento da entrevista); e um de 45%. Um informou que não houve lucro. Um não respondeu. Um equipamento investiu R$100.000,00 desde 2007 até o momento da entrevista, e um, inaugurado em 2008, investiu em 2009 e em 2010, R$300.000,00 por ano. Três não souberam ou não quiseram informar. Duas empresas possuem plano de investimento concreto para os próximos cinco anos, porém nenhum dos gestores respondeu sobre o valor a ser investido nem em que será aplicado. A fonte dos recursos para investimentos, segundo os gestores, envolve financiamento e recursos próprios. Quatro equipamentos possuem meta de expansão para os próximos cinco anos. Para três, consiste em aumentar a frota. Foram também citadas como metas: diversificação do produto, ampliação do número de funcionários, aumento do volume de atendimento e aquisição de cursos de idiomas para funcionários. Todos os gestores concordam que é necessário investir em novas estruturas/serviços para aprimorar a qualidade do atendimento, por exemplo: desenvolvimento de pessoas (3), necessidade de ampliar a estrutura física (2) e aquisição de novos veículos (2). Um chegou a afirmar que é necessário mudar tudo. A gestão da qualidade não é adotada por qualquer dos equipamentos. Já as práticas de gestão ambiental estão mais difundidas nesse segmento (gráf. 2.39). Gráfico 2.39. Serviços e equipamentos de transporte que realizam práticas de gestão ambiental – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Outras práticas ambientais foram citadas: manutenção adequada dos veículos (1), Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (1) e Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (1). O estado de São Paulo foi citado por quatro gestores como um dos principais mercados emissores de turistas clientes, e Belo Horizonte e o interior de Minas por um como mercado emissor importante de clientes. O segmento alvo identificado por todos os equipamentos é o turismo de negócios e eventos, que se destaca em Belo Horizonte. Todas as empresas possuem site na internet. Folhetos e as revistas especializadas seguem em importância como os meios de promoção mais utilizados (tab. 2.47). − − 109 Tabela 2.47. Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos de transporte – Belo Horizonte – 2010 Meios de Promoção Folhetos Revistas especializadas Jornal Televisão Rádio Internet Participação em feiras Agentes de divulgação turística fora de BH Outros meios Número de empresas que utilizam 3 3 1 0 0 4 2 2 2 % 60,0 60,0 20,0 80,0 40,0 40,0 40,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os agentes de divulgação turística de dois equipamentos que utilizam esse método são de âmbito nacional. Em um caso, é também internacional. Os benefícios apontados pelas empresas são: visibilidade e aumento no volume de vendas. Os materiais de divulgação de três empresas são disponibilizados em inglês e espanhol. Isso indica que a maioria dos estabelecimentos se preocupa em divulgar seu produto para a demanda internacional. O meio de comercialização em comum para quatro equipamentos é o telefone, que representa entre 5% e 70% do total de reservas de cada empresa. Um equipamento não respondeu (tab. 2.48). Tabela 2.48. Meios de comercialização utilizados pelos serviços e equipamentos de transporte – Belo Horizonte –2010 Meio de comercialização Operadoras – Agências de viagens Portal de internet Telefone Walk-in – Clientes diretos Outros Número de empresas que utilizam 3 2 4 3 2 % 60,0 40,0 80,0 60,0 40,0 Variação da participação desse meio no volume total (%) 5,0 – 30,0 15,0 – 60,0 5,0 – 70,0 20,0 – 50,0 10,0 – 30,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Ainda em relação à comercialização, de equipamentos reconheceram dificuldades na comercialização do seu produto, devido à concorrência e à existência de empresas que atuam ilegalmente. Isso implica falta de fiscalização no setor de transportes turísticos. Quatro equipamentos não contam com participação de capital estrangeiro. Um não informou. Quatro equipamentos mantêm parceria com agências de turismo de âmbito nacional, com atrativos turísticos, com transportadores e com serviços de lazer e entretenimento. Três mantêm ainda parceria com companhias aéreas e com equipamentos de hospedagem e de gastronomia/alimentação. Apesar de um não manter nenhum tipo de parceria, a pesquisa revelou que as transportadoras turísticas possuem forte relação com outros setores necessários ao desenvolvimento da atividade turística. Entre os três equipamentos que mantêm parceria com companhias aéreas, apenas um afirmou ter problemas de remarcação, de reserva cancelada e de falta de lugar. − − 110 Os gestores qualificaram os serviços prestados por seus equipamentos como ―bons‖ (3) e ―excelentes‖ (2). A segurança não é um fator que preocupa os gestores, uma vez que reconheceram que seus estabelecimentos são muito seguros e dois que são seguros. Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos de transporte Os serviços e equipamentos para transporte turístico analisados precisam ser melhorados, quanto à capacitação de pessoas, à modernização e crescimento da frota e à ampliação e qualificação do espaço físico, para atender à demanda turística. Os equipamentos reconhecem essa necessidade, tanto que quatro equipamentos possuem metas de expansão e dois planos concretos de investimento. Belo Horizonte conta com bom número de serviços e equipamentos formais para o transporte turístico, havendo, todavia, empresas que atuam ilegalmente. A concorrência nem sempre é justa. Um gestor reclamou que isso dificulta a comercialização dos serviços, reivindicando mais fiscalização no setor. Cada equipamento possui, em média, 23 veículos, totalizando 388 lugares. Esses números refletem apenas as principais empresas do ramo em Belo Horizonte. Portanto, uma análise do universo total poderá indicar média mais baixa e a maior necessidade criar de incentivos para o setor. É válido ressaltar o baixo número de veículos adaptados a pessoas portadoras de necessidades especiais, o que, indo além das questões humanitárias éticas e legais envolvidas, diminui a competitividade do destino para este importante segmento. Afinal apenas 6% da frota total é adaptada (7 veículos entre os 117 existentes nos equipamentos pesquisados). O planejamento estratégico é uma ferramenta que precisa ser instituída, para auxiliar no desenvolvimento do setor. Apenas uma empresa a implantou. Uma vantagem identificada neste segmento foi o alto índice de relacionamento dos equipamentos com outros setores do turismo. Isso proporciona ao cliente comodidade, melhores preços e maior qualidade dos serviços prestados. Os transportadores turísticos compõem um elo importante da cadeia de produção turismo. Em grandes eventos, é um serviço muito demandado, principalmente em razão reduzida mobilidade urbana atual. O desenvolvimento do setor deve estar acompanhado maior obediência à legislação ambiental e à legislação de acessibilidade para que veículos estejam adequados aos padrões exigidos por turistas nacionais e internacionais. 2.1.3.5. do da de os Serviços e equipamentos para eventos Os serviços e equipamentos para eventos incluem, segundo a ―Classificação da Oferta Turística‖ do Invtur, do Ministério do Turismo: ―Centros de Convenções/Congressos‖, ―Parques/Pavilhões de Exposições‖, ―Auditórios/Salões de Convenções‖, ―Empresas Organizadoras/Promotoras de Eventos‖ e ―Outros serviços/Equipamentos Especializados‖. Dados de 2009 da RAIS sobre Belo Horizonte apontam: 11 estabelecimentos de aluguel de equipamentos recreativos e desportivos, empregando 82 pessoas; 197 estabelecimentos de organização de eventos, exceto culturais e esportivos, empregando 1.535 pessoas; e 2 estabelecimentos de gestão de espaços para atividades artísticas, empregando 364 pessoas. No total, são 210 estabelecimentos formais ligados a essas atividades, empregando 1.981 trabalhadores. − − 111 A amostra da pesquisa dos equipamentos e serviços para eventos em Belo Horizonte foi intencional, selecionada a partir de publicações relevantes (Belotur, 2005) e de dados disponibilizados pela Belotur, além de lista de equipamentos cadastrados no Cadastur do Ministério do Turismo, dentre outras fontes. Inicialmente, 24 serviços e equipamentos para eventos foram pré-selecionados tendo em vista sua maior relevância turística no município. Destes 5 são classificados como centros de convenções, pavilhões de exposições ou espaços para eventos (Expominas, Minas Centro, Serraria Souza Pinto, Chevrolet Hall, Parque de Exposições Bolívar de Andrade – Gameleira), 18 eram prestadores de serviços para infra-estrutura de eventos (A Produtora Audiovisual, Califfa Barracas e Coberturas Pirâmides, Dimensão Montagem Promocionais, Gravasom e Imagem, Lok Pirâmide, Notre Dame Turismo, Polo BH, Prodel Eventos, Spock Produções Artísticas, Terra Eventos, BH Som, Entreter, Medianele e Ephata Comunicação, L&C Eventos, Projectum Som e Vídeo, Prática Montagens Ltda, RBarros, Scout Promoções e Eventos) e um classificado como ―Outros serviços e equipamentos especializados‖ (Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas - SINPARC). Salienta-se que auditórios e salas de reuniões de hotéis foram avaliados no âmbito da análise de meios de hospedagem. Dos estabelecimentos pré-selecionados, 12 (50%) se disponibilizaram para a realização da pesquisa de campo, que ocorreu entre 20 de julho e 10 de agosto de 2010. Salienta-se que a pesquisa foi realizada em serviços e equipamentos para eventos com características bem distintas, com base em seu tipo. Os centros de convenções são caracterizados, principalmente, por disponibilizarem espaço próprio para a realização de eventos, enquanto as empresas promotoras e organizadoras, em geral, não possuem espaço próprio e são responsáveis pelo apoio operacional e pelo fornecimento de equipamentos necessários, tais como áudio, iluminação, e material impresso, muitos deles fornecidos por serviços especializados. O quadro 2.24 expõe os estabelecimentos pesquisados segundo seu tipo, natureza da sua propriedade e início de suas atividades. Quadro 2.24. Serviços e equipamentos para eventos, por tipo, natureza da propriedade e ano de início das atividades – Belo Horizonte – 2010 Tipo Natureza da propriedade Início de atividades Particular 2003 Expominas Pública estadual 2006 Minascentro Pública estadual 1984 Serraria Souza Pinto Pública estadual 1997 A Produtora Audiovisual Particular 2008 L&C Eventos Particular 2002 Polo BH Particular 1993 Prodel Eventos Particular 1990 RBARROS Particular 1985 BH Som Particular 1995 Projectum Som e Vídeo Particular 2001 Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas (SINPARC).* Sindicato 1983 Estabelecimentos Pesquisados Chevrolet Hall Centros de convenções / Pavilhões de exposições Empresas organizadoras / Promotora de eventos Outros serviços / Equipamentos especializados Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 * Este sindicato atua também como produtor especializado de eventos de artes cênicas em Belo Horizonte. A figura 2.11 ilustra o centro de convenção Minascentro, em de Belo Horizonte. − − 112 Figuras 2.11 Imagem do Centro de Convenções Minascentro, em Belo Horizonte Figura 2.12: Centro de Convenções Minascentro – Robert Serbinenko – maio de 2010 Da amostra de 12 estabelecimentos efetivamente trabalhada, 4 (33,3%) enquadram-se nas categorias de centros de convenções ou pavilhões de exposições, 5 (41,7%) empresas organizadoras de eventos e 3 (25%) outros serviços/equipamentos especializados (conforme quadro 2.24). Segundo os gestores, 8 (66,7%) serviços e equipamentos para eventos são de particulares e 3 (25%) são públicas estaduais. Todas são centros de convenções. Tem outro tipo de propriedade (sindicato), 1 (8,3%) (conforme quadro 2.24). Os equipamentos são relativamente recentes, após a década de 1980. Entre os centros de convenções, o mais antigo é o Minascentro, criado em 1984, embora funcione em um prédio do início do século XX, adaptado à função. A Serraria Souza Pinto, criada em 1997, funciona em prédio da época da fundação da cidade, o qual foi adaptado. O Expominas, outro equipamento público, inaugurado em 1998, esteve sob administração da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG) até 2003, quando teve sua área e estrutura ampliadas, sendo reinaugurado em 2006. Sua administração, assim como a do Minascentro, está sob responsabilidade da Companhia Mineira de promoções (PROMINAS). O Chevrolet Hall, de propriedade privada, foi inaugurado em 2003. Apenas um equipamento não é de propriedade particular e privada. Criado em 1983, pertence ao Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas (SINPARC). O número de equipamentos criados por períodos pode ser assim apresentado: 3 (25%) na década de 1980; 4 (33%) na década de 1990; e 5 (42%) após o ano 2000. Quanto à natureza da relação da entidade gestora com o equipamento, apenas ―A Produtora Audiovisual‖ respondeu que é locatária. As demais entidades são proprietárias dos equipamentos. A empresa Polo BH não respondeu. Todas as empresas possuem sítio eletrônico na internet, no qual informações sobre estrutura, equipamentos e serviços prestados podem ser encontradas (quadro 2.25). − − 113 Quadro 2.25. Sitio eletrônico dos serviços e equipamentos para eventos pesquisados- Belo Horizonte – 2010 Tipo Centros de convenções / Pavilhjões de exposições Empresas organizadoras / Promotora de eventos Outros serviços / Equipamentos especializados Estabelecimentos pesquisados Chevrolet Hall Expominas Minascentro Serraria Souza Pinto A Produtora Audiovisual L&C Eventos Polo BH Prodel Eventos RBarros BH Som Projectum Som e Vídeo Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas (Sinparc) * Sítio eletrônico www.chevrolethallbh.com.br www.minascentro.com.br www.minascentro.com.br www.fcs.mg.gov.br www.aprodutora.com.br www.fenapel.com.br; www.eventosserfeliz.com.br www.polobh.com.br www.prodeleventos.com.br www.rbarros.com.br www.bhsomdtufio.com.br www.projectumestruturas.com.br www.sinparc.com.br Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A qualidade dos serviços prestados pelos equipamentos foi avaliada por 10 gestores tendo sido considerada ―excelente‖ por cinco e ―boa‖ por cinco. No caso de centros de convenção, a avaliação dos gestores sobre os serviços de seus equipamentos variou entre ―boa‖, para o Expominas e Minascentro e ―excelente‖, para o Chevrolet Hall e Serraria Souza Pinto (quadro 2.26). Sobre os serviços prestados, 3 gestores, cujas empresas não oferecem estacionamento, avaliaram este item considerando a disponibilidade de estacionamento próximo ao local. Seis gestores responderam que o estado de conservação dos itens descritos no quadro não se aplica. A maioria dos gestores que avaliaram o estado de conservação dos equipamentos os considerou em bom estado de conservação. Oito gestores afirmaram possuir outras facilidades, como ar-condicionado central, telefonia, apoio operacional e equipamentos (áudio, luz e vídeo) para eventos. Das 12 empresas, 7 (58,3%) não possuem espaço próprio para realização de eventos. Entre as 5 (41,7%) que possuem, quatro são centros de convenções e uma é equipamento especializado. − − 114 Centros de convenções / Chevrolet Hall Estacionamento próprio Expominas Não Ar condicionado central, telefonia, apoio operacional. Acesso para deficientes Pavilhões de Minascentro exposições Serraria Souza Pinto Empresas organizadoras/ Promotora de eventos A Produtora Audiovisual NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA L&C Eventos NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA Polo BH NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA Prodel Eventos Equipamentos (áudios, luz e NA NA NA NA NA NA NA NA NA vídeo) para eventos RBarros NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA Outros BH Som serviços/ Equipamentos Projectum Som e Vídeo especializados Legenda Outras facilidades Loja_souvenir Sala de exposição multiuso Sanitários Segurança Restaurante Cantina/lanchonete Estacionamento Iluminação Estabelecimentos pesquisados Portaria Tipo Qualidade geral Quadro 2.26. Avaliação dos serviços, por parte dos gestores, dos equipamentos e serviços para eventos – Belo Horizonte – 2010 Excelente Bom Não Regular Ruim Não oferece Não se aplica NA Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A informação sobre a quantidade das salas e dos demais espaços para eventos foi disponibilizada por 4 (33,3%) equipamentos. Varia entre um e dez espaços, que podem ser alterados mediante a introdução ou remoção de divisórias. A área total de cada equipamento varia entre 600m² a 72.000m². O maior é o Expominas, cujo gestor não disponibilizou a totalidade das informações solicitadas, tendo sido complementadas com informações coletadas na página de equipamento8. Seguem-se o Minascentro, com seus três andares, a Serraria Souza Pinto e os privados Chevrolet Hall e a empresa de equipamentos com sua sede própria. A quantidade de salões, área total dos equipamentos e área disponível para a realização de eventos também estão especificadas na tabela 2.49. 8 http://minascentro.com.br/br/belohorizonte/index.php − − 115 Tabela 2.49. Principais características de capacidade dos serviços e equipamentos para eventos Belo Horizonte – 2010 Tipo Estabelecimentos pesquisados Centros de convenções / Chevrolet Hall Pavilhão de exposições 1.750 Expominas* 24 72.000 Minascentro 10 8.000 30.000 1.750 NA Não informou Não informou 2.000 1 5.000 2.902 A Produtora Audiovisual NA NA NA NA L&C Eventos NA NA NA NA POLO BH NA NA NA NA Prodel Eventos NA NA NA NA RBarros NA NA NA NA NA NA NA NA 2 600 NA NA Outros serviços / BH Som Equipamentos especializados Projectum Som e Vídeo SINPARC Fonte: Tamanho da Tamanho da área coberta área não do espaço coberta do para espaço para exposições e exposições e feiras feiras (em m²) (em m²) 4 Serraria Souza Pinto Empresas organizadoras / Promotoras de eventos Quantidade total de Área salões, total do auditórios e espaço espaços (em m²) para eventos: 600 NA 657 NA NA Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 * informações sobre o Expominas coletadas no endereço oficial: http://minascentro.com.br/br/belohorizonte/index.php Quanto aos serviços e equipamentos de apoio, os gestores foram questionados sobre a oferta de serviços de alimentação e a existência do equipamento estacionamento. Metade dos equipamentos para eventos respondeu que oferece serviço de alimentação terceirizado, incluindo três centros de convenções e congressos: Chevrolet Hall, Minascentro e Serraria Souza Pinto. Os demais equipamentos responderam que não oferecem este serviço ou não responderam. Quanto à capacidade total de atendimento dos serviços de alimentação, apenas Minascentro e Projectum Som e Vídeo responderam. O primeiro tem capacidade para atender 1.000 pessoas e o segundo, 300 pessoas. No que se refere à oferta de estacionamento, apenas o– Minascentro oferece este serviço com manobrista. O Chevrolet Hall oferece estacionamento sem manobrista. O Expominas não respondeu a essa questão, entretanto, informações coletadas no sitio eletrônico do equipamento esclarecem que oferece estacionamento com capacidade para 2.100 veículos. Os demais equipamentos responderam que não oferecem este serviço de apoio. Os gestores foram questionados sobre a oferta de equipamentos para eventos que prevêem equipamentos com tradução simultânea. Apenas Minascentro, Prodel Eventos e BH Som oferecem este serviço. Quanto às facilidades em áreas sociais, os gestores foram perguntados sobre a oferta de 18 equipamentos (quadro 2.27). − − 116 Quadro 2.27. Facilidades em áreas sociais, por serviços e equipamentos para eventos – Belo Horizonte – 2010 Facilidades ofertadas Chevrolet Hall Minascentro Serraria Souza Pinto RBarros Sinparc Restaurante Bar/Lanchonete Sala de TV/Vídeo Sala de Leitura Sala de PC/Internet Lojas Salão de Beleza Guarda de bagagem Agência de Viagens Boate Estacionamento Manobrista Facilidades para executivos Traslados Calefação/Ar central Elevadores Cofres Câmbio Fonte: Legenda: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Oferece a facilidade Não oferece a facilidade Dos 12 serviços e equipamentos para eventos, 4 (33%) responderam que a questão sobre oferta de facilidades não se aplica, exatamente as empresas organizadoras/promotoras de eventos, exceto RBarros, que oferece as facilidades bar/lanchonete, sala de TV/vídeo, sala de PC/internet, lojas e calefação/ar central. Dos quatro centros de convenção pesquisados, apenas três oferecem algum tipo de facilidade: Chevrolet Hall, Minascentro e Serraria Souza Pinto. O gestor do Expominas não forneceu informações acerca das facilidades oferecidas pelo equipamento. Chevrolet Hall e Minascentro possuem as facilidades bar/lanchonete, estacionamento, facilidades para executivos, calefação/ar central e elevadores. Serraria Souza Pinto oferece apenas estacionamento e elevadores, o que se justifica pelo caráter dos eventos ali realizados. Não oferece estacionamento próprio e considera a existência de estacionamento próximo ao local. Do total de três equipamentos especializados/outros serviços, apenas o SINPARC oferece algum tipo de facilidade no local, a saber, estacionamento, traslados, calefação/ar central e elevadores. Nenhum dos respondentes oferece as facilidades: restaurante, salão de beleza, guarda de bagagem, agência de viagens, boate, cofres e câmbio. Os serviços e equipamentos para eventos foram avaliados pelos gestores quanto a seu estado geral de conservação e ao grau de descaracterização. Nenhum dos gestores avaliou o equipamento para eventos como ―descaracterizado‖ e 9 (75,0%) avaliaram o estado geral de conservação do equipamento como ―bom‖ (gráf. 2.40). − − 117 Gráfico 2.40 Avaliação do estado geral de conservação dos serviços e equipamentos para eventos – Belo Horizonte –2010 8% 17% 75% Bom Regular Não se aplica Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto ao estado geral de conservação do equipamento, 9 (75,0%) o classificaram como ―bom‖, e 2 (16,7%) como ―regular‖. Respondeu que a questão não se aplica 1 (8,3%). Todos os centros de convenções avaliaram o estado de conservação do equipamento como ―bom‖. Das cinco empresas organizadoras e promotoras de eventos, apenas uma respondeu sobre o estado de conservação, classificando-o como ―regular‖. Uma respondeu que a questão não se aplica. Em relação aos equipamentos especializados/outros serviços, dos três gestores entrevistados, apenas um respondeu, classificando-o como ―regular‖. Os seguintes aspectos foram considerados para a classificação: limpeza das áreas internas e externas, existência de serviços de manutenção, estado de conservação das instalações físicas, caracterização histórica e construtiva, condições de salubridade. Em relação à acessibilidade, 8 (66,7%) equipamentos são acessíveis a pessoas portadoras de necessidades especiais, 2 (16,7%) não são, e 1 (8,3%) é parcialmente acessível. As áreas mais acessíveis aos portadores de necessidades especiais são as de acesso, para 9 (75,0%) gestores, e sanitários, para 7 (58,3%). Já a área de menor acessibilidade é a de restaurantes e bares, onde 33% dos equipamentos não estão adaptados (quadro 2.28). Quadro 2.28. Acessibilidade aos portadores de necessidades especiais nos serviços e equipamentos para eventos – Belo Horizonte – 2010 Tipo Centros de convenções/ Pavilhões de exposições Estabelecimentos pesquisados Acessibilidade a pessoas com necessidades especiais Acesso Restaurante Bar Sanitários Salão de eventos Outra Chevrolet Hall Expominas N/A Minascentro Serraria Souza Pinto A Produtora Audiovisual Empresas organizadoras/ Promotoras de eventos L&C Eventos N/A N/A N/A N/A POLO BH N/A N/A Prodel Eventos N/A N/A N/A N/A N/A RBarros N/A N/A N/A N/A N/A N/A N/A Outros serviços/ BH Som Equipamentos Projectum Som e Vídeo especializados SINPARC N/A N/A N/A Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 118 Legenda: Áreas acessíveis Áreas não acessíveis Os Centros de Convenções/pavilhões de exposição são os equipamentos para eventos com o maior número de áreas acessíveis aos portadores de necessidades especiais. Apenas Serraria Souza Pinto não possui restaurante/bar adaptado. O tipo de equipamento ―empresas organizadoras/promotoras de eventos‖ é o que apresenta maiores deficiências de adaptação aos portadores de necessidades especiais. Apenas 1 (8,3%) possui adaptação no acesso ao equipamento. Em relação aos equipamentos especializados/outros serviços, 1 (8,3%) equipamento, o SINPARC, está totalmente adaptado a receber portadores de necessidades especiais e 2 (16,7%) possuem acesso e sanitários acessíveis. Em relação a gestão do equipamento, visitação e níveis de preço, os gestores foram perguntados sobre existência de planejamento estratégico, meses de maior e menor movimento, quantidade de eventos realizados, preços e tarifas disponíveis e origem dos clientes que solicitaram os serviços. Também, procedeu-se à comparação entre o equipamento avaliado e equipamentos similares em destinos competidores. Em relação à existência de planejamento estratégico, 11 (92%) equipamentos possuem este instrumento; e 1 (8,3%), do tipo empresas organizadoras/promotoras de eventos, tem planejamento estratégico em elaboração. Isso mostra que o planejamento estratégico é uma ferramenta bastante difundida entre os serviços e equipamentos para eventos. No que se refere aos meses de maior movimento, o período de agosto a dezembro é o que apresenta maior movimentação segundo a maioria dos gestores dos equipamentos. Agosto e Novembro são os meses de maior movimento para 5 entrevistados (41,7%), setembro, outubro e dezembro, para 3 entrevistados (33,3%), janeiro, maio, junho, julho e agosto para 2 entrevistados (12,5%) e fevereiro, março e abril para 2 entrevistados (12,5%) (gráf. 2.41). 6 5 4 3 2 1 Ju lh o Ag os to Se te m br o O ut ub ro No ve m De br o ze m br o Ju nh o ai o M Ab ril 0 Ja ne i Fe ro ve re ir o M ar ço Número de Equipamentos Gráfico 2.41. Meses de maior movimento nos serviços e equipamentos para eventos por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Janeiro é o mês de menor movimento, citado por gestores de 6 (50,0%) equipamentos; fevereiro, para 4 (33,4%); julho, para 1 (8,3%) e agosto, para 1 (8,3%)(gráf. 2.42). − − 119 7 6 5 4 3 2 1 0 Ja n Fe ei ro ve re iro M ar ço Ab ril M ai o Ju nh o Ju lh Ag o Se osto te m b O ro ut N ubr ov o em D b ez r o em br o Número de Equipamentos Gráfico 2.42. Meses de menor movimento nos serviços e equipamentos para eventos, por número de estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto ao período de maior movimento, os dias úteis da semana foram citados por 3 (25,0%) representantes de empresas organizadoras de eventos; os fins de semana por 3 (25,0 e os feriados ou férias escolares por 2 (16,7%). Citaram outros períodos 4 (33,3%). Quanto ao número de eventos realizados em 2009, os centros de convenções e congressos - exceto o Expominas, que não respondeu a essa questão – promoveram 408 eventos. O Expominas é o maior centro para exposições de Belo Horizonte. Dessa forma, a falta de informações sobre a quantidade de eventos que promoveu reflete na realidade dos números apresentados. As empresas organizadoras/promotoras de eventos realizaram 4.129 eventos em 2009, contra 82 dos equipamentos especializados/outros serviços. Quanto à existência de tarifas promocionais e ao tipo de pesquisa que realizam com os clientes, 5 (41,7%) possuem tarifas promocionais, especialmente em função do perfil do evento ou da venda de estandes e de períodos de baixa demanda. A pesquisa de perfil do cliente é realizada por apenas 1 (8,3%) empresa, enquanto a pesquisa de satisfação/qualidade é efetuada por 6 (50,0%). Os equipamentos que não realizam nenhum tipo de pesquisa são quatro (33,3%). Em relação à origem dos clientes, 9 (75,0%) são de origem local. Os centros de convenção apresentaram maior diversidade de origem, com percentuais de clientes internacionais, nacionais, regionais e locais (gráf. 2.43). − − 120 Gráfico 2.43. Origem dos clientes dos serviços e equipamentos para eventos – Belo Horizonte – 2010 SINPARC PROJECTUM SOM E VIDEO BH SOM RBARROS Prodel Eventos POLO BH L&C Eventos A Produtora Audiovisual Serraria Souza Pinto Minascentro Chevrolet Hall 0 20 40 60 80 100 120 % INTERNACIONAL NACIONAL REGIONAL LOCAL Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Mais uma vez, o Expominas não forneceu os dados a respeito da origem dos clientes, fato que influencia as informações aqui apresentadas. Entretanto, sabe-se, que grande parte dos eventos promovidos pela Expominas e pelo Minascentro em 2009 (32% e 44%, respectivamente) é de natureza local ou ―não turística‖ (FGV, 2009). Pode-se observar que os equipamentos possuem clientes de origem variada, sendo que na maioria dos casos é local. Chevrolet Hall, Polo BH e Sinparc possuem clientes exclusivamente ou quase exclusivamente locais, enquanto Projectum e L&C eventos possuem a maioria de clientes de origem nacional. A Serraria Souza Pinto possui 70% de clientes de origem regional e A Produtora Audiovisual, 50%. Dos serviços e equipamentos para eventos, apenas 2 (16,7%) aceitam cartões de crédito: Chevrolet Hall (Mastercard, Diners, Visa e Amex) e Sinparc (Visa). Sobre os principais destinos competidores, 7 (58,3%) gestores citaram São Paulo e Rio de Janeiro; as cidades históricas de Minas Gerais são concorrentes para 2 (16,7%) equipamentos especializados/outros serviços. As cidades de Curitiba, Recife, Fortaleza, Salvador, Uberlândia e Campinas foram lembradas pelos gestores como destinos competidores. O nível de preço dos equipamentos, em comparação com outros equipamentos similares localizados em destinos competidores, Foi considerado mais barato por 6 (50,0%) gestores; mais caro por 3 (25,9%); e do mesmo nível por 2 (16,7%). Não respondeu 1 (8,5 Quanto ao capital, sua origem é nacional em todos os equipamentos. Em relação ao faturamento dos equipamentos e serviços para eventos, trata-se de um setor de considerável lucratividade no contexto atual. O faturamento anual em 2009 foi informado por apenas 3 (60,0%) das empresas organizadoras/promotoras de eventos. Variou de R$112.000,00 a R$7.000.000,00. O faturamento dos equipamentos especializados/outros serviços foi informado por todos os gestores, variando de R$40.000,00 a R$12.000.000,00. Os centros de convenções/pavilhões de exposições não informaram o faturamento de 2009. A margem de lucro sobre o faturamento de 2009 variou entre 15% e 40% nas empresas − − 121 organizadoras/promotoras de eventos e entre 2% e 50% nos serviços especializados/outros serviços. Faltam espaços de eventos de todos os portes para atender à demanda no setor, em especial para eventos de grande porte. A capacidade instalada para eventos, em número de pessoas, no período de 2007 a 2009 foi informada por 5 (41,7%) empresas: 3 (25,0%) mantiveram a capacidade para eventos ao longo dos anos, sendo duas na categoria centros de convenções/pavilhões de exposições; e 2 (16,7%) - um centro de convenções/pavilhões de exposições e um serviço especializado – aumentaram a capacidade. O número de visitantes, por ano, variou de 14.400 a 500.000 pessoas. Em 2007, o número total de visitantes foi de 804.400 pessoas, em 2008 foi de 864.400, e em 2009 subiu para 914.400 pessoas. Segundo os quatro gestores dos centros de convenção/congressos e um gestor de empresas organizadoras/promotoras de eventos, são necessárias novas instalações para aprimorar a qualidade dos serviços. Os demais gestores afirmaram não reconhecem esta necessidade. Nos centros de convenções/congressos, a ampliação da estrutura física de estacionamento e sanitários e a construção de camarotes e de salas de apoio foram citadas. Em relação à taxa de utilização do Expominas, medida com base na área total locável e na área total locada (nos anos de 2007 e 2008), há evidências (FJV, 2009) de que o equipamento encontrava-se próximo de sua capacidade máximo, com 78% de uso em 2008. O recorrente agendamento de pequenos eventos (um dia de duração) no meio da semana, afeta esse quadro, já que prejudica a agenda e a utilização do espaço, tornando mais difícil o uso do espaço para eventos maiores, que precisariam de mais dias durante a semana (FJV, 2009). Embora uma melhor gestão da agenda pudesse melhorar um pouco esse quadro, há que se considerar a implantação de ações que visem a sua expansão ou a construção de um novo espaço, ainda mais quando se têm em conta a possibilidade de aumento da demanda pelo espaço e o seu consequente estrangulamento. Há que se registrar a possibilidade de expansão do Expominas na área do atual Parque de Exposição da Gameleira, que vem sendo discutida pelo setor e por representantes do governo do estado. Há, entretanto, certas dificuldades a serem vencidas, devido ao fato de a área pensada ter proteção do patrimônio. Questiona-se que a expansão necessária demandaria custosos melhoramentos nas vias de acesso viário ao equipamento e que a necessidade premente está mais relacionada a centros de convenções propriamente ditos do que mais áreas para exposições. Para tal, outros lugares que ofereçam melhor condição de acesso e estrutura de serviços complementares deveriam ser procurados. Aumentar o volume de atendimento nos próximos cinco anos é a meta de 7 (58,3%) estabelecimentos; e ampliar a área (para 80m² no caso de A Produtora Audiovisual e para 500m² no caso do Minascentro), de 2 (16,7%). Possuem a meta de aumentar o número de eventos, 6 (50,0%) empresas, sendo que a meta individual das empresas varia de 5 a 60 eventos. Para os próximos cinco anos, 5 (41,7%) empresas declararam possuir plano concreto de investimento. Declararam que os recursos são próprios ou provenientes de faturamento 8 (66,7%) gestores; 2 (16,7%) que são de empréstimos; 1 (8,3%) que são de patrocínio; e 1 (8,3%) que são do governo. Em função das expectativas do mercado para o setor, as perspectivas de investimento são boas e a maioria delas alavancada com recursos próprios, o que é mais um sinal de vitalidade do setor. A gestão de qualidade é utilizada por 4 (33,3%) equipamentos e em 2 (17%) está em implantação. Os sistemas já implantados são o 5S, o ISO e política interna. Três centros de convenção/pavilhões de exposições (Expominas, Chevrolet Hall e Minascentro) afirmaram que não possuem Sistema de Gestão de Qualidade. − − 122 Responderam possuir sistema de gestão ambiental 3 (25,0%) equipamentos, todos do tipo centros de convenção/pavilhões de exposições. Quanto à utilização de práticas de gestão ambiental, 8 (66,7%) equipamentos responderam que executam algum tipo de prática. Dos oito equipamentos para eventos que executam algum tipo de prática ambiental, as ações mais difundidas são: campanha de redução de consumo, implantada em oito empresas e reaproveitamento de recursos, utilizado por cinco empresas (gráf. 2.44). Gráfico 2.44. Práticas de gestão ambiental dos serviços e equipamentos para eventos – Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Belo Horizonte e Região Metropolitana foi citado por 7 (58,3%) gestores como principal mercado emissor de clientes; São Paulo, por 6 (50,9%); sudeste, por 3 (25,0%), interior de Minas Gerais, por 2 (16,7%); Rio de Janeiro por 2 (16,7%); e o exterior, por 1 (8,3%). O segmento alvo principal, de acordo com 9 (75,0%) estabelecimentos, é o turismo de negócios e eventos, seguido do turismo cultural, para 2 (16,7%) estabelecimentos. Quando aos meios de promoção utilizados para divulgação de seus equipamentos, os gestores utilizam principalmente quatro meios de promoção: internet, folhetos, participação em feiras e revistas (graf. 2.45). O meio de promoção mais utilizado pelos equipamentos para eventos é a internet, citada por 11 (91,7%). Apenas o gestor de uma empresa organizadora de eventos não a utiliza. Seguem: folhetos, por 7 (58,3%), participação em feiras, por 6 (50%) e revistas, por 5 (41,7%). Quanto ao idioma dos materiais promocionais oferecidos, 7 (58,3%) equipamentos adotam o inglês (um deles oferece conteúdo também em espanhol) e 5 (41,7%) o português. − − 123 Gráfico 2.45 Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos para eventos pesquisados, por número de equipamentos – Belo Horizonte –2010 11 10 8 7 6 6 5 4 3 3 2 1 TV O IN TO T R AR E R ES TI N D E C E T IP V A E Ç N Ã D O A E S M FE IR A S O U TR O S R O M P P TA S JO R N A L R Á D IO IS V R E FO LH Fonte: 3 3 0 ET O S Número de serviços e equipamentos 12 Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Em relação ao tipo de comercialização mais utilizado para a reserva dos equipamentos operadoras/agências de viagens, portal/internet, telefone/central de reservas própria, walkin/clientes diretos ou outras formas de reserva - 9 (75,0%) gestores opinaram. Três centros de convenção/pavilhões de exposições citaram os clientes diretos e o portal de internet; e as empresas organizadoras e/ou promotoras de eventos e os equipamentos especializados e/ou outros serviços, as central de atendimento própria e portal de internet (gráf. 2.46). Gráfico 2.46. Meios de comercialização utilizados pelos serviços e equipamentos para eventos pesquisados - Belo Horizonte 2010 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Expominas Minascentro Serraria Souza Pinto Polo BH Prodel Eventos Rbarros BH Som Projectum Som e Video OPERADORAS/AGÊNCIAS DE VIAGENS INTERNET CENTRAL DE RESERVAS PRÓPRIA WALK-IN/CLIENTES DIRETOS SINPARC OUTROS Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os centros de convenção/pavilhões de exposições e os equipamentos especializados e outros serviços não apontaram dificuldades para a comercialização do seus espaços e produtos. Entretanto, 3 (25,0%) gestores, todos de empresas organizadoras/promotoras de − − 124 eventos, reconheceram sua existência, relacionadas sobretudo a questões mercadológicas e de concorrência. Em estudo anterior (Instituto Kultur - 2009), registrou-se demanda do setor para eventual redução da alíquota em vigor do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e, sobretudo, para a extinção do ISSQN cobrado pela Prefeitura de Belo Horizonte sobre a inscrição de eventos e exploração de estandes, que não era cobrado em outros destinos concorrentes e municípios próximos, fator responsável por afugentar os promotores de eventos. Na perspectiva do setor, essas medidas implicariam a redução da perda de eventos de Belo Horizonte (situada então na faixa de 50%) e na captação de mais eventos, com consequentes benefícios econômicos, inclusive sobre a arrecadação de impostos. Quanto à integração a roteiros turísticos, apenas 1 (8,3%) equipamento a realiza. As parcerias formais com outros serviços e equipamentos turísticos existem em 8 (67,7%) equipamentos. Os centros de convenção/pavilhões de exposições apresentam parcerias com operadoras de viagens, atrativos turísticos, serviços de lazer e entretenimento e com outros equipamentos. Apesar da existência de parcerias formais entre alguns equipamentos e outros serviços turísticos, estas ainda não atingiram seu potencial de exploração máximo. O quadro 2.29 sintetiza as parcerias formais que os equipamentos mantêm atualmente. Quadro 2.29. Parcerias formais dos serviços e equipamentos para eventos pesquisados com outros serviços e equipamentos turísticos - Belo Horizonte - 2010 Outros Estabelecimentos Atrativos Transportadores Serviços de lazer Operadoras atrativos ou Outros pesquisados turísticos turísticos e entretenimento equipamentos Chevrolet Hall EXPOMINAS Minascentro Serraria Souza Pinto A Produtora Audiovisual L&C Eventos POLO BH Prodel Eventos RBARROS BH SOM Projectum Som e Video SINPARC Legenda Fonte: Possui parceria Não possui parceria Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto à segurança dos equipamentos e serviços para eventos, os gestores foram perguntados sobre: existência de vigilância física, vigilância monitorada, equipamentos para combate a incêndios e proximidade a ronda policial e/ou batalhão de polícia. Declararam possuir vigilância física 6 (50,0%), incluindo três centros de convenção/pavilhões de exposições (Chevrolet Hall, Expominas e Minascentro); vigilância monitorada, 8 (66,7%); equipamentos para combate a incêndios, 11 (91,7) (apesar de apenas um (8,3%) equipamento ter declarado não possuir, este fato sugere a necessidade de maior fiscalização das autoridades competentes sobre este item e a segurança de forma geral). Avaliaram a segurança de seu equipamento como ―segura‖ 9 (75,0%), avaliaram como ―muito segura‖ 2 (16,7%) e como ―pouco segura‖ 1 (8,5%). − − 125 Quanto ao associativismo empresarial, os gestores foram perguntados sobre participação do equipamento nas entidades de representação/associação empresarial, principais fatores que dificultam a participação do equipamento nestas entidades e benefícios esperados do associativismo empresarial. Responderam que participam ativamente nas entidades de representação/associação empresarial 7 (58,3%), que têm baixa participação 3 (25,0%) e que a participação inexistente 2 (16,7%). Quanto às dificuldades apresentadas, as respostam foram variadas, sendo que a burocracia falta de comunicação e pouca efetivação das entidades foram os principais fatores apontados. Quanto aos benefícios esperados, para 9 (75,0%) eles são poucos e deveriam ser orientados, principalmente, para a qualificação profissional, a captação de clientes e a promoção de eventos. No campo da gestão, há que se mencionar o papel da Rede de Turismo de Negócios de Belo Horizonte, de criação recente, mas que apresenta iniciativas em curso as quais muito agregarão para o desempenho do setor. Citam-se como exemplos: identificação do potencial da cidade para o turismo de negócios e eventos; composição da Agenda Inteligente de Ocupação dos Espaços para Eventos; planejamento de captações e disponibilização de Instrumentos de captação de eventos em rede; desenvolvimento de diferenciais competitivos como forma de apoio à realização de eventos; elaboração de modelo de projetos de candidatura para captação de eventos e sensibilização dos votantes dos processos de candidatura ou contratantes; organização e realização de visitas técnicas; promoção de Belo Horizonte como sede da futura edição de um evento durante a edição atual do evento, divulgação das oportunidades de negócios às PMEs; e avaliação da qualidade dos eventos. Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos para eventos Em estudo anterior (FGV, 2009), foram levantados os seguintes pontos fortes e pontos fracos de Belo Horizonte para o desenvolvimento do setor de eventos: Pontos fortes: Segurança: o destino não tem imagem associada a casos de violências contra turistas e os delitos praticados contra os mesmos são de natureza leve. Serviços de apoio à realização de eventos: o destino possui localmente todos os serviços necessários à realização de eventos (de pequeno a grande porte). Oferta de roteiros: localização próxima a uma importante região turística, que pode alavancar Belo Horizonte, e vice-versa. Restaurantes: boa oferta e capacidade de estabelecimentos de alimentação. Produção local associada ao turismo: forte no destino e no estado. Principal espaço para eventos: moderno e de boas dimensões físicas. Pontos fracos: Sistema de transporte interno: rede de metrô incipiente. Trânsito congestionado nos horários de pico e apontado pela maioria dos entrevistados nos eventos locais como principal ponto negativo do destino. Acesso aéreo: aeroporto com gargalos no presente para embarque e desembarque de brasileiros e estrangeiros. Marketing e promoção do destino: inexistência de interação institucionalizada entre operadores de turismo e gestão público local do destino. Principal espaço para eventos: problemas com gestão da agenda e tipos de eventos realizados (turísticos versus não turísticos). Outros espaços para eventos: inexistência de espaços diferenciados já estruturados, bem como para realizações artísticas e culturais. Meios de hospedagem: ausências de hotéis de luxo, problemas com modernização e capacidade total intermediária. Expominas e Minascentro: grande percentual de eventos não turísticos (32% e 44%, respectivamente). − − 126 Ao mesmo tempo em que se consideram as conclusões do estudo da FGV (2009), a presente pesquisa, de outro lado, atualizou, aprofundou e acrescentou algumas informações relativos ao diagnóstico dos serviços e equipamentos para eventos, com base no que pode ser disponibilizado pelos equipamentos pesquisados. Tais equipamentos possuem características distintas, variando conforme seu tipo. Os centros de convenções e parques de exposições são caracterizados, principalmente, por disponibilizarem espaço próprio para a realização de eventos, enquanto as empresas promotoras/organizadoras, em geral, não possuem espaço próprio e são responsáveis pelo apoio operacional e pelo fornecimento de equipamentos necessários, tais como áudio, iluminação e material impresso. Dentre os pontos positivos apresentados pelos serviços e equipamentos para eventos, destacam-se: bom estado de conservação dos equipamentos para eventos e sua adaptação para receber portadores de necessidades especiais, grande difusão do planejamento estratégico nos equipamentos e serviços; e adoção de algum tipo de prática ambiental pela maioria dos equipamentos entrevistados. Reitera-se que a Capital mineira possui serviços e equipamentos capazes de produzir variados tipos de eventos, incluindo eventos nacionais e internacionais de grande porte e regionais e locais de pequeno e de grande porte. A presença do Expominas, um dos mais modernos centros para exposições do Brasil, agrega a Belo Horizonte importante condição para a captação de determinados eventos de grande porte. Há, todavia, carência de espaços qualificados para a realização de eventos de todos os portes, em função da aquecida demanda para o setor. Belo Horizonte precisa aumentar a oferta desses equipamentos, em especial de eventos de grande porte, de forma simultânea com a estruturação de outros elementos da infraestrutura e da oferta turística. De outro lado, em função das boas condições e expectativas de mercado para o setor, as perspectivas de investimento nos equipamentos analisados são boas, sendo que a maioria delas é alavancada com recursos próprios, o que é um sinal de vitalidade do setor. No caso de uma possível expansão do Expominas, contudo, os recursos não estão assegurados. Há também outros questionamentos. Primeiramente sobre o local de expansão ventilado, o Parque de Exposição da Gameleira, por este é protegido, e apresenta limitações de acesso viário. Em segundo lugar, aponta-se a oferta de serviços turísticos complementares na região. Argumenta-se, também, que seria mais adequado pensar em mais centros de convenções, em lugares que ofereçam melhor condição de acesso e estrutura de serviços complementares. Nesse sentido, qualquer projeto básico relacionado à expansão do Expominas terá que ser bem discutido com representantes do setor. No sentido de ajudar a sanar a carência de espaços para eventos na cidade, deve-se registrar que existe a previsão de entrar em funcionamento, até março de 2014, um centro de convenção importante, próximo ao Minas Shopping, com capacidade para 9 mil pessoas, a partir de parceria público-privada. Um Projeto de espaço cultural multiuso no interior do Parque Municipal René Gianetti também foi encomendado pela Belotur, o qual deverá agregar espaço importante para oferta de eventos culturais de porte menor. Há, ainda, a oferta de vários espaços para eventos de pequeno porte no âmbito de vários projetos de hotéis para a cidade. Algumas deficiências importantes apontadas na amostra analisada se referem ao reduzido número de equipamentos com sistemas de gestão de qualidade e gestão ambiental implantados e ao ainda reduzido uso de parcerias entre serviços e equipamentos para eventos e demais equipamentos do setor turístico. A presença de serviços de alimentação − − 127 terceirizados e de ambulantes em equipamentos de lazer e equipamentos para eventos sem exigências formais para sua efetivação e sem qualquer controle de padrão de qualidade afeta a qualidade dos serviços disponíveis. Foram também percebidas deficiências de segurança dos equipamentos, mais particularmente em itens de prevenção e combate a incêndios, sendo necessário que as autoridades competentes mantenham fiscalização constante em relação à segurança dos equipamentos, de forma geral. Tendo em vista a importância do turismo de negócios para Belo Horizonte, a questão do fomento ao setor torna-se estratégica e deve ser pensada considerando as políticas nos destinos concorrentes. Nesse sentido, uma eventual política de redução de alíquotas do ISSQN para o promotor de eventos e, sobretudo, de extinção do ISSQN cobrado sobre a inscrição de eventos e exploração de estandes demandada pelo setor, já está sendo avaliada pelas instâncias pertinentes do Poder Público municipal quanto a sua pertinência e melhor período para execução, devendo ser considerada também à luz de outras questões relacionadas, tais como as atuais limitações da capacidade dos centros de convenções e a estrutura da oferta turística da cidade, de modo geral, para atender a uma maior demanda de eventos. Por fim, há que se registrar que a Rede de Turismo de Negócios de Belo Horizonte, recentemente criada, está no processo de discussão e de implementação de uma série de iniciativas no campo de gestão, já mencionadas, visando fomentar o desempenho do setor. No âmbito do processo de captação de eventos, todos as deficiências aqui mencionadas, precisam ser mitigadas, visando auferir maior competitividade ao setor em Belo Horizonte. Ao turismo, em particular, interessa aumentar o percentual de realização de eventos turísticos, já que os eventos locais não turísticos ainda têm participação acentuada nas estatísticas setoriais. 2.1.3.6. Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento Os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento, segundo a classificação do Inventário da Oferta Turística (INVTUR), do Ministério do Turismo, incluem, entre outros: parques de diversões e temáticos, parques, jardins, praças, estádios ou ginásios e quadras, mirante, belvedere, boates e discotecas, casas de espetáculos (teatros), e cinemas. Dados da RAIS para Belo Horizonte apontam a existência em 2009 de: 36 atividades de exibição cinematográficas, empregando 464 pessoas; 103 estabelecimentos ligados a artes cênicas, espetáculos e atividades complementares, empregando 522 pessoas; e 8 parques de diversão e parques temáticos, empregando 168 pessoas. No total, são 147 estabelecimentos formais ligadas a essas atividades, que empregavam 1.154 trabalhadores em Belo Horizonte em 2009. Para os efeitos desta pesquisa, foram selecionados inicialmente 8 teatros, 1 parque de diversões, 1 mirante, 3 arenas esportivas, 9 cinemas e 12 casas noturnas, considerados relevantes para a atividade turística atual e potencial de Belo Horizonte. Desses 34 serviços e equipamentos pré-selecionados, 29 efetivamente se disponibilizaram a participar da pesquisa, constituindo a amostra efetivamente trabalhada, discriminada no quadro 2.30. − − 128 Quadro 2.30 Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados em Belo Horizonte, por tipo e ano de início das atividades – 2010 Serviços e Equipamentos para Lazer e Entretenimento Tipo Parques de Diversões e Temáticos Equipamento Ano de início Parque Guanabara 1951 Praça Carlos Chagas (Assembléia) Praça da Estação Praça da Liberdade Parques, Jardins, Praças Praça de Santa Tereza Praça Diogo de Vasconcelos (Savassi) Praça Governador Israel Pinheiro (Praça do Papa) Mineirão Estádios, Ginásios, Quadras Mineirinho Arena Vivo Mirantes, Belvederes Mirante do Alto das Mangabeiras Top Bar New Sagitarius Alambique Boates, Discotecas Josefine Paco Pigalle Demodee Teatro Francisco Nunes Teatro Marília Grande Teatro Palácio das Artes Teatro Clara Nunes Casas de Espetáculos - Teatros Teatro SESIMINAS Teatro Alterosa Galpão Cine Horto Klauss Viana Cine Humberto Mauro Cine-clube Savassi Cinemas Cine-clube Belas Artes Cinemark NS* 1898 NS* NS* NS* 1980 1965 1980 2004 NS* 1960 1976 1990 1990 1991 2008 1950 1964 1971 1990 1990 1993 2005 2009 1978 1988 1992 NR* Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 * NR: Não Respondeu NS: Não Sabe O conjunto de figuras de 2.12 a 2.16 ilustra alguns serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte. − − 129 Figuras 2.12 a 2.16 Alguns serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte Figura 2.12: Praça Diogo de Vasconcelos (Savassi) – Henry Yu – maio de 2010 Figura 2.13: Praça da Estação – Marcelo Rosa – Maio de 2010 Figura 2.14: Praça da Liberdade – Henry Yu – maio de 2010 Figura 2.15: Praça Governador Israel Pinheiro (Praça do Papa) – Henry Yu – maio de 2010 − − 130 Figura 2.16: Praça Sete de Setembro – Robert Serbinenko – maio de 2010 O início das atividades dos equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte ocorreu em diferentes datas. O Parque Guanabara, da década de 50, se insere no conjunto da Pampulha e no Roteiro da Modernidade. As praças pesquisadas, em sua maioria, não informaram a data de seu início, mas se inserem na malha urbana do início do século XX. Dentre as praças pesquisadas, são deste período: Praça da Liberdade, Praça da Estação e Praça Diogo de Vasconcelos. As demais - Praça da Assembléia e Praça do Papa - têm sua implantação mais recente, nas décadas de 1970 e 1980. O estádio Magalhães Pinto (Mineirão) foi inaugurado em 1965 e o Mineirinho, em 1980. O estádio mais recentemente inaugurado é a Arena Vivo, de 2004. O Mirante do Papa não informou seu início de atividades, mas é da mesma época da Praça do Papa, da década de 1980. As seis boates e discotecas iniciaram suas atividades entre 1960 e 2008, mas a maioria foi inaugurada na década de 1990. O Teatro Francisco Nunes, situado no interior do Parque Municipal, foi inaugurado em 1950, o Teatro Marília em 1964; e o Grande Teatro do Palácio das Artes em 1970. São importantes marcos das artes cênicas da cidade. Outras três casas teatrais da amostra analisada são da década de 1990 e duas casas foram inauguradas no século XXI. Os cinemas, em sua maioria, são novos, devido à intensa política de substituição ocorrida nos últimos anos. Os mais tradicionais foram substituídos por unidades situadas no interior dos shoppings e por cine-clubes. Na amostra pesquisada, a Sala Humberto Mauro, localizada no interior do Palácio das Artes, é de 1979, um cine clube é década de 1980 e outro da década de 1990. Uma rede de salas de cinema situada em shopping center pesquisada não informou a data de inauguração. Com relação ao começo de suas operações, 1 (3,4%) tem início no século XIX, 2 (6,9%) na década de 1950; 3 (10,3%) na década de 1960; 3 (10,3%) na década de 1970; 3 (10,3%) na década de 1980; 7 (24,1%) na década de 1990; e 4 (13,8%) a partir do ano 2000. Não souberam ou não responderam 6 (20,7%). São do tipo casas de espetáculo (teatros) 8 (27,6%); do tipo praças/mirantes 7 (24,1%); do tipo boates 6 (20,7%); do tipo cinemas 4 (13,8%); do tipo estádios/ginásios/quadras 3 (3,4%); e do tipo parque de diversões (1,3%). − − 131 Disseram que possuem site 21 (72,4%) e que não possuem 8 (27,6%), que são basicamente as praças públicas. Disseram que são proprietários dos estabelecimentos 16 (55,2%); 7 (24,1%) que são locatários; e 4 (13,8%) que são outra modalidade sem especificar. Não responderam 2 (6,9%). Todas as praças pesquisadas são equipamentos públicos municipais. O parque de diversões é privado. Os estádios são em maioria públicos, exceto um, que é privado. Com relação aos cinemas, os cine-clubes funcionam em prédios alugados, enquanto que a Sala Humberto Mauro pertence à esfera pública estadual. Com relação às salas de espetáculo, sua relação de propriedade é bastante variada, sendo que metade do subtipo é privado, assim como a totalidade das boates e discotecas pesquisadas (quadro 2.31). Quadro 2.31. Relação de uso e de propriedade dos equipamentos de lazer pesquisados em Belo Horizonte - 2010 TIPO Parques- Jardins- Praças Parques de diversõesEstádios- Ginásios- Quadras Cinemas Casas de espetáculos Boates- Discotecas Relação de uso Proprietário Proprietário Proprietário Proprietário Locatária Outra Proprietário Proprietário Conveniada Locatária Proprietário Locatária NR Quantidade 6 1 1 2 3 1 4 2 1 1 1 3 2 Relação de propriedade Pública Municipal Privada Privada Pública Estadual Privada Pública Estadual Privada Pública Estadual Sindicato Pública Municipal Privada Privada Privada Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Operam em rede 3 (10,3%) equipamentos, sendo uma rede de cinema, uma de casa de espetáculo e uma de boate ou discoteca; e 24 (82,8%) não pertencem a nenhuma rede. Entre os três que responderam pertencer a alguma rede, dois citaram o Cinemark S.A e o Grupo Germana e um não informou de qual rede faz parte. Sobre o fato de o espaço do equipamento ser tombado ou ter algum tipo de proteção, 17 (58,6%) gestores afirmaram que não e 10 (34,5%) que sim. Não responderam 2 (6,9%). Daqueles que afirmaram ser tombados ou ter alguma proteção dois informaram que a data do tombamento/proteção foi em 1994 e três que foi 1898, 1977 e 2004. Não souberam informar ou não responderam cinco. Somente um dos equipamentos tem proteção de âmbito federal enquanto cinco têm proteção estadual e três têm proteção municipal. Um não soube informar. O quadro 2.32 descreve com detalhes a situação de proteção dos equipamentos de lazer em Belo Horizonte. Três praças estão tombadas. Entre os estádios, apenas o Mineirão. As casas de espetáculos têm a situação mais ampliada em relação ao tombamento, sendo que das oito, cinco são protegidas. − − 132 Quadro 2.32. Situação de proteção dos serviços e equipamentos de lazer pesquisados em Belo Horizonte - 2010 TIPO NOME Praça da Assembleia Praça da Estação Praça da Liberdade Parques- Jardins- Mirante do Alto das Mangabeiras Praças Praça de Santa Tereza Praça Savassi Praça do Papa Parques de DiversõesTemáticos EstádiosGinásiosQuadraS Parque Guanabara Ocorrência Sim Não TOMBAMENTO Data NS 1898 1977 Esfera Municipal Estadual Estadual Não se aplica Não se aplica NS Estadual 2004 Estadual NS 1994 NS NR 1994 NS Municipal Estadual Federal Municipal Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não se aplica Não Mineirão Sim Arena vivo Não Mineirinho Belas artes Sim Cine-clube Savassi Cinemas Cine Humberto mauro Não Cinemark Galpão cine Horto Grande teatro Teatro Clara Nunes Sim Teatro Francisco Nunes Casas de Teatro Marília Espetáculos Klauss Viana Teatro Alterosa Não Teatro Sesiminas Alambique Demodee Josefine BoatesNão New Sagitarius Discotecas Paco Pigalle Top bar Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os gestores avaliaram os serviços oferecidos por seus equipamentos, segundo a característica de cada um, primeiramente de maneira geral e posteriormente sobre itens específicos, como portaria, iluminação, estacionamento (quadro 2.33). Atribuiu-se a nota 4 para ―excelente‖, 3 para ―bom‖, 2 para ―regular‖ e 1 para ―ruim‖. De maneira geral foram avaliados como excelentes alguns cinemas e casas de espetáculos, sendo que nos itens específicos, nenhum gestor computou esta nota. Para facilitar a leitura do quadro, foi utilizada também a gradação por cores. − − 133 3 3 Praça da Estação 3 3 Praça da Liberdade 3 3 Praça de Santa Tereza 3 3 Praça Diogo de Vasconcelos (Praça Savassi) Praça Governador Israel Pinheiro (Praça do Papa) 3 3 3 3 Cinemas 3 3 3 3 3 3 2 Mineirinho 3 3 1 3 Mineirão 3 3 3 3 3 2 Belas Artes 4 3 3 1 3 Cine-clube Savassi 4 3 3 1 Cine Humberto Mauro 4 3 3 Cinemark 3 2 Galpão Cine Horto 4 3 Grande Teatro Palácio das Artes 3 3 3 Klaus Viana 3 3 4 3 Loja_souvenir 3 3 Sala_exposição_multiuso Estacionamento 3 4 Casas de Teatro Aterosa Espetáculos Teatro Cara Nunes BoatesDiscotecas Sanitários Praça Carlos Chagas (Praça da Assembleia) Segurança 2 Restaurante 3 Parques de Parque Guanabara Diversões Arena Vivo Estádios Iluminação Mirante do alto das mangabeiras Cantina_lanchonete Praças Nome Portaria Tipo Qualidade geral Quadro 2.33 Avaliação dos serviços oferecidos nos equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte, na percepção dos gestores – 2010 3 3 3 3 2 3 3 3 3 2 3 3 2 3 3 3 3 2 3 1 2 2 3 3 3 3 3 2 2 3 3 3 2 3 1 1 1 2 3 2 3 2 3 2 3 3 3 3 3 3 3 3 2 3 3 2 2 3 3 3 3 2 3 3 3 2 3 3 2 Teatro Francisco Nunes 2 3 2 Teatro Marília 2 1 1 Teatro Sesiminas 4 3 3 Alambique 4 3 3 2 2 2 Demodee 3 3 3 3 3 3 Josefine 2 3 3 3 3 Nw Sgitarius 3 3 3 3 3 Paco Pigalle 3 3 2 3 3 Top Bar 3 2 2 3 3 3 Legenda Excelente 4 Bom 3 Regular 2 Ruim 1 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Sobre a existência de outras facilidades, para 12 (41,4%) gestores o equipamento não oferece e para 17 (58,6%) existem as seguintes facilidades, descritas no quadro 2.1.34. − − 134 Quadro 2.34 Facilidades oferecidas pelos serviços e equipamentos de lazer pesquisados em Belo Horizonte - 2010 TIPO NOME Mirante do Alto das Mangabeiras Praça Carlos Chagas (Praça da Assembleia) Praça da Estação ParquesJardinsPraças Parques de DiversõesTemáticos EstádiosGinásiosQuadras Cinemas Casas de Espetáculos BoatesDiscotecas FACILIDADES OFERECIDAS OFERECE TIPO DE FACILIDADES Não Não se aplica Sim Play ground, coreto Não Não se aplica Praça da Liberdade Sim Cooper, fonte,coreto Praça de Santa Tereza Praça Diogo de Vasconcelos (Praça Savassi) Praça Governador Israel Pinheiro (Praça do Papa) Não Não se aplica Não Não se aplica Sim Play ground, mirante Parque Guanabara Não Não se aplica Arena Vivo Não Não se aplica Mineirinho Não Não se aplica Mineirão Sim Visita guiada, visita ao memorial Belas Artes Sim Livraria Cine-clube Savassi Sim Boate Cine Humberto Mauro Sim Gratuidade ou baixo preço, atrações singulares Cinemark Não Não se aplica Galpão Cine Horto Grande Teatro Palácio das Artes Klaus Viana Sim Teatro, cinema Sim Livraria, casa de artesanato Não Não se aplica Teatro Alterosa Não Não se aplica Teatro Clara Nunes Sim Camarim Teatro Francisco Nunes Sim O ambiente, o parque, jardins do teatro Teatro Marília Sim Teatro Sesiminas Sim Alambique Sim Demodee Não Mezanino, onde ocorre a inauguração dos eventos Auditório para 100 pessoas, cursos, orquestras, companhia de dança e coral Música ao vivo, sonorização mecânica, espaço para eventos, culinária mineira a la carte Não se aplica Josefine Não Não se aplica New Sagitarius Sim Scoth bar (bar internacional) Paco Pigalle Sim Espaço para dança Sonorização mecânica, pista de dança, culinária Top Bar Sim brasileira com menu fixo Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 Oferecem atividades regulares 18 (62,1%) contra 11 (37,9%) que não oferecem. Os eventos, tais como shows e exposições, ocorrem em 25 (86,2%) equipamentos. Entre as atividades regulares oferecidas, citam-se: música, dança, exposições, mostra de cinema, eventos culturais, eventos religiosos, atividades esportivas, cursos, orquestras, coral, competições, basquete, judô, debates, balé e mágica (quadro 2.35). − − 135 Quadro 2.1.35 Oferta de atividades regulares pelos equipamentos de lazer pesquisados em Belo Horizonte- 2010 TIPO ParquesJardinsPraças Parques de DiversõesTemáticos EstádiosGinásiosQuadras NOME Mirante do Alto das Mangabeiras Pça Carlos Chagas (Praça da Assembléia) Praça da Estação Praça da Liberdade ATIVIDADES REGULARES Oferece Tipo de atividades Não se aplica Não Não Não se aplica Sim Não Não oficinas, fontes, eventos Praça de Santa Tereza Pça Diogo de Vasconcelos (Praça Não Savassi) Praça do governador Israel Pinheiro Não (Praça do Papa) Não se aplica Não se aplica Sim Arena Vivo Sim Mineirinho Sim Mineirão Sim Belas artes Sim Cine-clube Savassi Sim Cine Humberto Mauro Sim Cinemark Sim Galpão Cine Horto Klaus Viana Sim Sim Não Teatro Alterosa Sim Teatro Cara Nunes Teatro Francisco Nunes Sim Não Teatro Marília Sim Teatro Sesiminas Sim Alambique Não Não se aplica Demodee Sim Quinta: movimento balanço; sexta e sábado: hi-fi a moda da casa Josefine New Sgitarius Sim Não Paco Pigalle Sim Shows esporádicos às quintas.e shows de dança às sextas e sábados Top Bar Não Não se aplica Grande Teatro Palácio das Artes BoatesDiscotecas Não se aplica Parque Guanabara Cinemas Casas de Espetáculos Não se aplica Excursão, espaço para festas Esportes, competições nacionais de várias modalidades, basquete, judô Shows eventos religiosos, culturais, esportes Atividades esportivas , eventos culturais e religiosos Cinema, shows, música, exposições, mostra de cinema, eventos culturais Cinema, shows, música, exposições, mostra de cinema, eventos culturais Exibição de filmes realização de debates Sessões cinematográficas exibidas de segunda a segunda. Cursos de teatro, projetos, etc. Cursos Não se aplica A programação é constante praticamente todos os meses do ano Seminários, cursos Não se aplica Peças teatrais, de balé, musica, seminários e mágica Cursos, orquestras, companhia de dança e coral Não se aplica Não se aplica Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 O serviço de alimentação (restaurante ou lanchonete) é oferecido por 13 (44,8%), sendo 9 de natureza própria e 4 terceirizados. A capacidade do atendimento do serviço de alimentação varia muito em função do tipo de estabelecimento. Por exemplo, o Mineirão chega a atender 64.800 pessoas. Desses equipamentos, sete não informaram a capacidade de atendimento. Entre os quatro que oferecem serviço de alimentação terceirizado, apenas − − 136 dois disponibilizaram dados sobre o prazo dos contratos: seis meses em um caso e indeterminado em outro. O trabalho de ambulantes é permitido em oito equipamentos e proibido em 15. Apenas seis não responderam a essa questão. Sobre a exigência ou experiência mínima para implantação do serviço de alimentação, seis gestores responderam que sim e dois que não (quadro 2.36). Quadro 2.36 Oferta de serviços de alimentação, por tipo de contrato, nos estabelecimentos de lazer pesquisados em Belo Horizonte - 2010 Tipo Nome Parques- Jardins- Praças Não Não Não se aplica Não se aplica Praça da Estação Não Não se aplica NR Praça da Liberdade Não Não se aplica Sim Praça de Santa Tereza Não Não se aplica NR Praça Savassi Não Não se aplica Sim Praça do Papa Não Não se aplica Sim Terceirizado Depende do evento NR Terceirizado Não 3600 Não se aplica Sim NR Terceirizado 64800 Belas Artes Próprio 100 Sim NR Cine-clube Savassi Próprio 160 NR Terceirizado Não se aplica NR Próprio NR NR 3000 a 4000 pessoas/dia NR Grande teatro Próprio NR NR Klauss Viana Próprio NR NR Teatro Alterosa NR NR NR Teatro Clara Nunes NR NR NR NR NR NR Não oferece NR NR Não se aplica NR Alambique Próprio NR NR Demodee Próprio NR NR Josefine Não oferece Não se aplica NR Arena vivo Estádios- Ginásios- Quadras Mineirinho Mineirão Cine Humberto Mauro Cinemark Galpão Cine Horto Casas de Espetáculos Teatro Francisco Nunes Teatro Marília Teatro Sesiminas Boates- Discotecas Permissão de trabalho de ambulantes Mirante das Mangabeiras Praça da Assembleia Parques Diversão Temáticos Parque Guanabara Cinemas Serviços de Alimentação Capacidade de Oferta atendimento New sagitarius Paco Pigalle Top Bar Sim Sim NR NR Próprio NR NR Não oferece Não se aplica Sim Próprio 120 NR Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apenas 1 (3,4%) equipamento (uma boate) oferece estacionamento com manobrista; 2 (6,9%), os estádios Mineirão e Mineirinho, têm estacionamento sem manobrista. Não têm estacionamento 25 (86,2%). Não informou 1 (3,4%). São acessíveis a pessoas portadoras de necessidades especiais (PNEs) 18 (62,1%); 3 (10,3%) não são; e para 8 (27,6%) a acessibilidade é parcial. As áreas mais acessíveis aos deficientes para os gerentes são: as externas para 23 (79,3%) e os sanitários para 19 (65,5%). Já as áreas de menor acessibilidade são os restaurantes e lanchonetes, que para 12 (41,4%) gestores não estão adaptados (quadro 2.37). − − 137 Quadro 2.37 Acessibilidade a pessoas especiais e áreas acessíveis nos serviços e equipamentos de lazer pesquisados em Belo Horizonte - 2010 TIPO ParquesJardins- Praças Parq. Diversões EstádiosGinásiosQuadras Cinemas Casas de EspetáculosX BoatesDiscotecas NOME Mirante das Mangabeiras Praça da Assembléia Praça da Estação Praça da Liberdade Praça de Santa Tereza Praça Savassi Praça do Papa Parque Guanabara Arena Vivo Mineirinho Mineirão Belas artes Cine clube Savassi Cine Humberto Mauro Cinemark Galpão cine Horto Grande teatro Klauss Viana Teatro Alterosa Teatro clara Nunes Teatro Francisco Nunes Teatro Marília Teatro Sesiminas Alambique Demodee Josefine New Sagitarius Paco Pigalle Top Bar Acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades especiais e áreas acessíveis Acesso Área RestauÁrea Sanitários Outra geral externa rante externa NR NR NR NR Parcial X NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR NR X X X X X X X X X X NR NR NR NR NR NR NR X X X X X X X X NR X X X X X X X X NR X X X X X X X X NR NR NR NR NR NR NR NR NR Sim Sim Sim NR X X X NR X X NR X X X NR X X X NR Sim X X X X Sim Sim Parcial Sim Parcial Parcial Sim Não X X X X X NR NR NR X NR X X NR X NR X NR X NR NR X X NR X X X X X X X NR Parcial Parcial Sim X X NR Sim X Parcial Parcial Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim NR X NR NR NR NR NR NR NR X X NR NR NR NR NR NR Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O acesso rodoviário foi considerado bom em 27 equipamentos (93,1%). O acesso ferroviário foi visto como inexistente em 16 (55,2%) equipamentos. A Tabela 2.50 apresenta a avaliação do acesso por parte dos gestores. O acesso por trilha não foi considerado, por se tratar de equipamentos urbanos. − − 138 Tabela 2.50 Avaliação do acesso aos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados em Belo Horizonte – 2010. Avaliação do acesso Meios de acesso Bom Regular Rodoviário Ferroviário (trem/metrô) 93,1 27,6 3,4 13,8 Aéreo 37,9 3,4 Precário Não tem ou Não se aplica 0 3,4 3,4 55,2 0 58,6 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Para 24 (82,8%) gestores, o acesso atende às necessidades atuais dos equipamentos de lazer e entretenimento; para 5 (17,2%) não atende. Em 20 (69,0%) equipamentos é possível expandir o volume de visitantes sem investimentos extras no acesso. Para 9 (31,0%) foram citadas as seguintes deficiências: O transporte público é deficiente e a é sinalização ruim. Há dificuldade de estacionamento e limitação da própria construção. Falta segurança para estacionar à noite e o preço do estacionamento é alto. Falta de estacionamento. Falta metrô. Falta estacionamento e área de metrô. O espaço não é adequado e procura-se uma nova área. A dificuldade de estacionamento foi citada por quatro gestores como um impedimento ao aumento do volume de clientes. Para 18 (62,1%) gestores o meio de transporte mais utilizado para o acesso às proximidades do equipamento é o automóvel; para 8 (27,6%) é o ônibus; para 2 (6,9%) é o taxi; e para 1 (3,4%) é o metrô (gestor da Praça da Estação). A sinalização é inexistente ou foi avaliada negativamente por grande parte dos gestores. Também, foi citada como inadequada para orientar pessoas portadoras de necessidades especiais (tab. 2.51). O estado geral de conservação dos equipamentos foi considerado ―bom‖ por 21 (72,4%) gestores, ―regular‖ por 6 (20,7%) e ―ruim‖ por 1 (3,4%). O último equipamento, além de deteriorado, está também descaracterizado. Os seguintes aspectos foram considerados para a classificação: limpeza das áreas internas e externas, existência de serviços de manutenção, estado de conservação das instalações físicas, caracterização histórica e construtiva, condições de salubridade. Possuem planejamento estratégico 15 (51,7%) serviços e equipamentos de lazer e entretenimento, 9 (31%) ainda não utilizam essa ferramenta; e 4 (13,8%) estão em processo de elaboração. − − 139 Tabela 2.51 Avaliação da sinalização urbana, turística e interpretativoa por parte dos gestores dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento – Belo Horizonte – 2010 ADEQUAÇÃO E CONSERVAÇÃO TIPO NOME Sinalização urbana Ruim Mirante das Mangabeiras Praça da Assembleia ParquesJardinsPraças Praça da Estação Praça da Liberdade Praça do Papa Parques de Parque Guanabara Diversões EstádiosGinásiosQuadras Arena vivo Mineirinho Teatro Marília X X Josefine New Sagitarius X X X X X X X X X X X X X X NR X NR X NR NR X X Top Bar 16 X X X X X X X Paco Pigalle Total das avaliações X X X X X X X Alambique BoatesDiscotecas X X X X X X X NR X X X X 8 3 NR X X X X X NR NR NR X X X 11 Em percentual 55,2 27,6 10,3 37,9 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 NR: não respondeu Não tem X X X X X X X X Teatro Sesiminas Demodee X NR Klauss Viana Boa X X X X NR Cinemark Teatro Francisco Nunes Ruim NR Cine Humberto Mauro Teatro Alterosa Casas de Espetáculos Teatro Clara Nunes Não tem X X Cine-clube Savassi Grande teatro Boa X X X X X X Mineirão Galpão Cine Horto Ruim Sinalização interpretativa X X Belas Artes Cinemas Não tem X Praça de Santa Tereza Praça Savassi Boa X X X X Sinalização turística 3 13 12 6 9 10,3 44,8 41,4 20,7 31,0 Janeiro é o mês de maior movimento dos equipamentos pesquisados ára 12 (41,4%) gestores e fevereiro, março e abril são os meses de menor movimento para quatro gestores (13,8%). Os gráficos 2.47 e 2.48 apresentam a quantidade de estabelecimentos que informaram os meses de maior e de menor movimento nos atrativos de Belo Horizonte. − − 140 Gráfico 2.47 Meses de maior movimento nos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte, por número de estabelecimentos – 2010. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Gráfico 2.48 Meses de menor movimento nos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte, por número de estabelecimentos – 2010. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Não responderam ou não souberam informar os meses de maior e menor movimento 8 (27,5%). Isso indica deficiência no planejamento das atividades de lazer e entretenimento de Belo Horizonte. Sobre o período de maior movimento, 16 (55,2%) gestores identificaram os fins de semana; e 3 (10,3%) os feriados. Não é possível estabelecer relação entre o tipo de equipamento e os períodos de maior movimento, portanto cada estabelecimento, independente de seu tipo, tem características próprias que atraem clientes em diferentes períodos. O ingresso é pago em 19 (65,5%) equipamentos e gratuito em 9 (31,0%). Os equipamentos com entrada gratuita são praças, mirante e uma das casas de espetáculo. O valor dos ingressos variam de R$4,00 a R$50,00. Em alguns locais, é ajustado de acordo com o evento ou o dia. A maior parte dos equipamentos oferece opções econômicas de até R$10,00. As opções mais caras ocorrem em casas noturnas e casas de espetáculos (teatros). − − 141 O gráfico 2.49 apresenta a quantidade de equipamentos por faixa de valores de ingresso. Gráfico 2.49 Valor dos ingressos dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte – 2010. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As tarifas especiais para crianças são oferecidas por 11 (37.9%) equipamentos e para pessoas acima de 60 anos por 13 (44,8%). Para os grupos, apenas 7 (24,1%) oferecem alguma tarifa especial. Os convênios corporativos existem em 3 (10,3%). Esses dados são de grande importância para o setor turístico de Belo Horizonte, tendo em vista a possibilidade de haver dificuldades na negociação de preços desses serviços junto às agências de turismo receptivo da cidade. As promoções são oferecidas em 16 (55,2%) equipamentos, nas seguintes situações: Sessão popular (quarta-feira) A critério do produtor A partir de certo consumo do cliente Durante as campanhas populares Despedidas de solteiro Dias de semana com menor público Parcerias com empresa Oi e condôminos Pacotes fechados para grupos Vendas antecipadas Sessão diária das 15:00 horas Os fatores que influenciam a oferta de promoções são: Atração de mais público Diversificação dos produtos e da forma de atrair clientes Exigência de gratuidade por razões de política cultural Perfil e origem do grupo Tipo de evento/show Demanda dos clientes Para 9 (31,0%) gestores o nível de preços em relação aos destinos competidores é mais barato; para 4 (13,8%) é mais caro; e para 3 (10,3%) é semelhante. Não fizeram comparação de preços 4 (13,8%). Têm acesso gratuito 9 (31,0). A principal pesquisa realizada com os visitantes é a de avaliação de satisfação/qualidade dos serviços, praticada por 6 (20,7%) equipamentos; realizam pesquisa de perfil do cliente 2 (6,9%); não realizam 19 (65,5%); e realizam outras pesquisas não detalhadas 2 (6,9%). Não respondeu 1 (3,4%) e não sabe 1 (3,4%). − − 142 O tempo necessário para usufruir os equipamentos varia de 15 minutos a 5 horas. Em 8 (27,6%), 2 horas; em 4 (13,8%), 1 hora; em 3 (10,3%) 90 minutos; e em 2 (6,9%), entre 2 e 3 horas (quadro 2.38). Quadro 2.38 Tempo necessário para usufruir dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte, por tipo de equipamento – 2010. Tipo Parques de Diversões/ Temáticos Parques/ Jardins/ Praças Estádios/ Ginásios/Quadras Mirantes/ Belvederes Boates/ Discotecas Casas de espetáculos Cinemas Tempo necessário para usufruir do equipamento Não respondeu Entre 1 e 2 horas Entre 1 e 2 horas e meia 15 minutos Entre 1 hora e meia e 5 horas 30 minutos a 3 horas Entre 1 hora e meia e 3 horas Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os visitantes de origem internacional significam 1% da clientela para 9 (31%) equipamentos de lazer e entretenimento, contra 9% de origem nacional para 7 (24,1%) e 10% origem regional para 11 (37,9%). A principal origem dos clientes é local: para 17 (58,6%) equipamentos este público corresponde a mais de 60% do público total; para 2 (6,9%) a 50%; e para 2 (6,9%) menos de 50%. Não souberam informar 8 (27,6%). O período de visitação dos equipamentos é permanente para 26 (89,7%) gestores; e há restrição à visitação para 13 (44,8%), sendo que, em três a restrição é para crianças e em um é para idosos (categoria boates e discotecas) e em 13 não especificadas. Restrições à capacidade máxima de carga existem em 22 (75,9%) equipamentos; e em 7 (24%) não há qualquer controle. O número máximo de pessoas atendidas varia de 108 a 64.800, em função do tipo de estabelecimento. Na categoria de até 500 lugares estão a maioria dos cinemas e metade das casas de espetáculos. As boates e outras casas de espetáculos oferecem de 500 a 2.000 lugares. Na categoria de 3.600 a 6.000 estão o parque de diversão e o ginásio. Com mais de 25.000 lugares estão os estádios. Os cartões de crédito são aceitos em 13 (44,8%) locais. Não aceitam cartões 7 (24,1%). Não responderam 9 (31%). Dentre os mais aceitos estão: Visa (37,9%), o Mastercard (34,5%), Diners (17,2%) e Amex (13,8%). O faturamento anual dos equipamentos de lazer e entretenimento no último exercício ficou assim distribuído: 3 (10,3%), da categoria casas de espetáculo, faturaram de R$30.000,00 a R$300.000,00; 7 (24,1%) entre R$1.000.000,00 e R$ 6.000.000,00; e 1 (3,4%) de R$12.000.000,00 (categoria Boates/Discotecas). Não responderam 8 (27,6%). Não souberam 3 (10,3%). Para 7 (24,1%) a pergunta não se aplica (como as praças públicas). A margem de lucro sobre o faturamento oscilou entre 10% e 40%. Em quatro equipamentos essa margem é de 20%. Apenas 9 (31,0%) gestores informaram este dado. Responderam à pergunta sobre participação de capital estrangeiro 18 (62,1%) gestores. Não tem nenhuma participação externa 17 (58,6%) e 1(3,4%) afirmou que 100% do capital é dos Estados Unidos. Em relação aos níveis de investimento, foram poucos os dados colhidos, devido ao fato de a maior parte dos gestores não saber ou não ter respondido à questão. A tabela 2.52 apresenta a soma dos valores investidos em dez equipamentos entre 2007 e 2010. − − 143 Tabela 2.52 Volume* de recursos investidos entre 2007 e 2010 pelos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados em Belo Horizonte – 2010 Ano 2007 2008 2009 2010 (Até julho) Soma do valor investido* R$ 2.250.000,00 R$850.000,00 R$6.345.821,98 R$245.000,00 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 * Volume de investimento informado por 35% dos 29 entrevistados O número total de visitantes varia entre 12 mil e 770 mil pessoas em um único ano, sem considerar os grandes estádios e arenas, que não disponibilizaram esses dados. O número médio de clientes atendidos entre 2007 e 2009 não foi informado por 21 gestores (72,4%), o que impede qualquer conclusão em relação à visitação desses equipamentos. Com base nas informações obtidas na pesquisa, é possível concluir que há certa estagnação no número de clientes das casas de espetáculos (teatros) e uma tendência de crescimento nos cinemas, mas como as respostas são poucas, é fundamental que os gestores sejam preparados para obter dados e informações, de modo a gerir melhor os espaços de lazer e entretenimento de Belo Horizonte. Para 12 (41,4%) gestores existe plano concreto de investimento para os próximos cinco anos enquanto para 12 não existe. Não responderam ou não sabem 5 (17,2%). A soma dos investimentos para os próximos cinco anos em 6 (20,7%) equipamentos é de R$ 8,6 milhões, a maior parte em reforma e construção, seguido de investimentos em outros setores. A fonte desses recursos é própria para 6 (20,7%) equipamentos e outras fontes serão utilizadas em 13 (44,8%). Não responderam 10 (34,5%) Destaca-se aqui o complexo do Mineirão/Mineirinho, na Pampulha, que está recebendo investimentos vultuosos do poder público de forma a atender as exigências para receber a Copa do Mundo de 2014. Em relação à previsão ou meta de expansão do atendimento para os próximos cinco anos, 10 (34,5%) declararam que não existe previsão; 12 (41,4%), que pretendem expandir no próprio local; e 4 (13,8%) que irão expandir com novos empreendimentos. Não soube responder 1 (3,4%). Não responderam 2 (6,9%). As metas de ampliação estão relacionadas ao aumento do número de visitantes para 6 (20,7%) equipamentos; ao aumento da área para 4 (13,8%); e à melhor utilização do espaço existente área 1 (3,4%). Não sabem como será a expansão 18 (62,1%). Não revelaram necessidades de novas instalações para melhorar a qualidade de seus serviços 12 (41,4%). A tabela 2.53 mostra as principais necessidades para aprimorar a qualidade dos serviços, apontadas pelos outros 17 (58,6%) gestores. Tabela 2.53 Principais necessidades para melhorar a qualidade dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte, na percepção de seus gestores – 2010 Necessidades Reformas (ampliação e melhoria) Equipamentos (informática, áudio, etc.) Melhoria administrativa Construção de bares, restaurantes e lojas Não respondeu Frequência de equipamentos* Abs. % 7 3 1 1 5 41,2 17,6 5,9 5,9 29,4 *Frequencia relativa a 17 gestores respondentes Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 − − 144 O sistema de gestão de qualidade existe em 5 (17,2%) equipamentos; em 3 (10,3%) está em implantação; e não existe em 20 (69,0%). Não respondeu 1 (3,4). Os cinco pesquisados que afirmaram que existe um sistema de gestão citaram: acordo de resultados do estado de Minas Gerais; ISO; sistema próprio da Oi; Qualidade Total; e sistema de consultoria. O sistema de gestão ambiental existe em apenas 3 (10,3%) equipamentos de lazer e entretenimento e em 1 (3,4%) está em implantação. Não responderam e não sabem 2 (6,9%). As práticas mais utilizadas pelos equipamentos são: coleta seletiva de lixo, tratamento de efluentes e políticas de redução de consumo (água e energia) (tab. 2.54). Tabela 2.54 Práticas de gestão ambiental adotadas pelos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte – 2010 Práticas Coleta seletiva de lixo Reaproveitamento de recursos Fontes alternativas de energia Tratamento de efluentes Políticas de redução de consumo Outra prática Frequencia* Abs. % 22 7 1 14 17 8 75,9 24,1 3,4 48,3 58,6 27,6 *Frequencia relativa a 29 gestores informantes Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Dentre as outras práticas de gestão ambiental 4 (13,8%) gestores citaram o uso do lixo orgânico para compostagem e 4 (13,8%) afirmaram ter as seguintes práticas: doar papéis para a Associação dos Catadores do Papel Papelão e Material Reaproveitável (ASMARE); incentivar os funcionários a cuidar do jardim; fazer campanha de conscientização e palestra; e elaborar plano de tratamento acústico. A principal região emissora de visitantes para os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte é a própria cidade e região metropolitana, apontada por 25 (86,2%) gestores, seguindo-se São Paulo, citada por 9 (31,0%) gestores e interior de Minas por 8 (27,6%). Os segmentos-alvo dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento apontados pelos gestores nas ações de promoção turística foram: para 12 (41,4%) gestores o turismo cultural; para 3 (10,3%) o turismo de negócios e eventos; e para 6 (20,7%) outros não especificados. Não souberam ou não responderam 8 (27,6%). É importante salientar que, apesar de as casas de espetáculos serem a maioria, outros tipos de equipamentos, como boates e cinemas, também destacaram a importância deste segmento de turismo cultural em suas ações de promoção. Em parte, isso é resultado dos eventos culturais e festivais nacionais e internacionais que ocorrem em Belo Horizonte, permitindo que a cidade também seja conhecida pelo seu potencial cultural. Os meios de promoção mais utilizados pelos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento são: internet (86,2%), jornal (55,2%), folhetos e rádio com 51,7% cada um (tab. 2.55). − − 145 Tabela 2.55 Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte – 2010 Frequência* Meios de promoção Abs. 15 7 16 15 12 25 3 2 3 Folhetos Revistas especializadas Jornal Rádio TV Internet Promotores de vendas Participação em feiras Outros % 51,7 24,1 55,2 51,7 41,4 86,2 10,3 6,9 10,3 Frequencia relativa a 29 gestores informantes Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os materiais promocionais são disponibilizados em dois ou mais idiomas apenas em 8 (27,6%) equipamentos. O principal é o inglês. A principal forma de comercialização dos equipamentos de lazer é a procura do cliente diretamente no estabelecimento. O telefone também é um canal bastante utilizado para reservas. A Internet já apresenta certo destaque em alguns equipamentos. A tabela 2.1.56 apresenta a variação do percentual de reservas realizadas por cada meio de comercialização. Não souberam informar os meios de comercialização mais utilizados 11 (37,9%) equipamentos. Tabela 2.1.56 Meios de comercialização utilizados pelos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte – 2010 Meio de comercialização Operadoras/Agências de viagens Portal/Internet Telefone Walk-in/Clientes Diretos Outros Número de empresas que utilizam 0 8 3 14 1 Percentual da amostra 0 27,6 10,3 48,3 3,4 Variação da participação desse meio no volume total 0 10 – 50 50 – 80 80 – 100 2 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo Apenas 3 (10,3%) gestores afirmaram que existe alguma dificuldade para a comercialização do equipamento. As dificuldades listadas foram: Não ter um canal de internet direto na bilheteria (informatização). Comercialização de cota de patrocínio via incentivo fiscal. A prefeitura dificulta alvarás. As parcerias entre os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento com operadores, atrativos turísticos, transportadores, hospedagem e outros equipamentos é praticamente inexistente. A tabela 2.57 apresenta o número de equipamentos que mantêm parcerias com as diferentes categorias de serviços. − − 146 Tabela 2.57 Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte, que mantêm parcerias com outros atrativos e equipamentos – 2010 Equipamentos com os quais mantêm parcerias Agentes/ Operadores Atrativos turísticos Transportadores turísticos Outros serviços de lazer Meios de Hospedagem Outros (promotores de Eventos) Quantidade Abs. % 2 2 2 3 2 4 6,9 6,9 6,9 10,3 6,9 13,8 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Não são os mesmos equipamentos que mantêm parceria com uma ou outra categoria, Isso significa que aquele equipamento que tem parceria com agências não é necessariamente o mesmo que mantém parceria com transportadores. O benefício dessas parcerias é a divulgação mediante o oferecimento de cortesias. O quadro 2.1.39 apresenta o detalhamento dessas parcerias, por tipo de equipamento pesquisado em Belo Horizonte. Com relação a conflitos existentes na gestão, um gestor informou que existem conflitos com as agências e operadoras de turismo com quem trabalha, mas não especificou o problema. Em relação às operadoras de cartão de crédito, um gestor informou que o conflito refere-se a divergência comercial. Afirmaram que não têm agente de divulgação turística fora de Belo Horizonte 26 (89,7%) equipamentos de lazer e entretenimento. Apenas 1 (3,4%) gestor teatral afirmou que mantém parceria com os produtores locais de cada lugar onde há apresentações do grupo, para permitir maior acesso do público. Não responderam 2 (6,9%). Integração roteiros turísticos apenas 3 (10,3%) equipamentos de lazer e entretenimento, todos comercializados por agências de Belo Horizonte. O percentual de comissão paga aos agentes de viagem sobre os valores das tarifas negociadas em pacotes é zero para dois (6,9%) equipamentos e varia entre 5% a 10% em 1 (3,4%). O equipamento é considerado ―seguro‖ em 18 (62,1%) casos, ―muito seguro‖ em 8 (27,6%) e ―pouco seguro‖ em 2 (6,9%). Isso remete à necessidade de as autoridades responsáveis fiscalizarem melhor neste quesito. Não informou 1 (3,4%). Como fatores que dificultam a gestão de seus empreendimentos, os gestores apontaram: excesso de burocracia e falta de apoio do Poder Público, alta carga tributária, excessivos gastos operacionais e concorrência informal. Foram citados também: dificuldade por falta de fornecedores e baixa qualificação dos profissionais. Como pontos fortes, citaram-se: parcerias com produtores de eventos e elevada renda per capita de Belo Horizonte. Com o intuito de desenvolver o turismo, que, segundo alguns gestores, é inexistente em Belo Horizonte, os equipamentos precisam melhorar o acesso por transporte público e promover mais segurança, para evitar vandalismo e melhores opções de estacionamento. Alguns equipamentos identificaram também que é preciso investir mais em divulgação e implantar vendas via internet, com o intuito de atrair turistas aos seus equipamentos. − − 147 - Parques - Jardins -.Praças - Parques de Diversões - Temáticos - Estádios - Ginásios - Quadras - Cinemas - Casas de Espetáculos Mirante do Alto das Mangabeiras Praça da Assembleia Praça da Estação Praça da Liberdade Praça de Santa Tereza Praça Savassi Praça do Papa X Qual parceria Outros Serviços de lazer Meios de hospedagem Outros atrativos Transportadores turísticos Nome Atrativos turísticos Tipo Operadoras Quadro 2.39 Tipos de parcerias e parceiros por equipamento de lazer em Belo Horizonte - 2010 Promotores de eventos X X Promotores de eventos X Promotores de eventos X Promotores de eventos Parque Guanabara Arena vivo Mineirinho Mineirão Belas Artes Cine-clube Savassi X X Cine Humberto Mauro Cinemark Galpão Cine Horto Grande Teatro Palácio das Artes Klauss Viana Teatro Alterosa Teatro Clara Nunes Teatro Francisco Nunes Usufrui o cinema sem custo Usufrui o cinema sem custo X Parceria com os demais setores do Palácio das Artes possibilita integração de atrações contíguas (no mesmo espaço) X X X X X X X X Convention Bureau: divulgação e ampliação de público Cotas de cortesia e marketing cultural X Por ser um local bucólico de lazer Teatro Marília X X Oferece alimentos aos funcionários dos festivais X Cortesia para entrada e políticas de desconto em consumo para empresas parceiras Teatro Sesiminas Alambique X X X -Boates - Discotecas Demodee Josefine New Sagitarius Paco Pigalle Top Bar Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 148 Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento As opções de lazer e entretenimento de Belo Horizonte são variadas e podem proporcionar diversão cultural, noturna, contemplativa e esportiva aos turistas e cidadãos. Esses equipamentos oferecem também atividades e eventos ao longo do ano, diversificando ainda mais a oferta de lazer. A capacidade desses equipamentos é bastante variada e há espaços que comportam mais de 64 mil pessoas simultaneamente, incluindo serviços de alimentação. Em relação a alimentação, um número significativo de equipamentos ainda aceita o trabalho de ambulantes e em alguns casos não há nenhuma exigência para que esses profissionais possam trabalhar, o que prejudica a confiabilidade e o padrão de qualidade da cidade enquanto destino turístico. Os sistemas de gestão de qualidade e gestão ambiental ainda são muito pouco utilizados e os equipamentos precisam investir nesses padrões para que a cidade possa aumentar sua atratividade internacional, uma vez que poucos equipamentos adotam práticas ambientais. A falta de sinalização foi outro gargalo identificado na pesquisa, uma vez que grande parte dos equipamentos é mal sinalizada ou não têm sinalização, além de não haver adaptação para pessoas portadoras de necessidades especiais. A acessibilidade e a questão da segurança são outros fatores que merecem atenção, para que esses equipamentos possam se adequar à legislação e às exigências do mercado. O metrô é um meio de transporte pouco utilizado para acesso aos equipamentos de lazer. Por diversas vezes, a dificuldade para estacionar foi mencionada pelos gestores. Essas constatações reforçam ainda mais a conhecida necessidade de investir em mobilidade urbana. A internet é uma ferramenta que já foi absorvida para a divulgação e comercialização da maioria dos equipamentos. Canais mais tradicionais da atividade turística, como agências de viagem, são pouco utilizados, o que reflete a baixa participação do turismo nesse segmento, que, de fato, está mais direcionado à população local. Cabe destacar que o complexo do Mineirão/Mineirinho, na Pampulha, fará juz a investimentos vultuosos do poder público visando atender as exigências para receber a Copa do Mundo de 2014. As informações solicitadas durante a pesquisa, em diversos casos, não foram disponibilizadas, o que pode indicar deficiência de gestão, já que dados fundamentais para administração do negócio, tais como volume e origem de visitantes, não são conhecidos. Os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte precisam investir em pesquisas e informações que irão auxiliar os gestores no desenho de estratégias e nas tomadas de decisão. 2.1.3.7. Outros Serviços e Equipamentos – Postos de Informação Turística Segundo a categorização do Inventário da Oferta Turística (INVTUR) do Ministério do Turismo, na categoria ―Outros serviços e equipamentos‖ estão os equipamentos dos tipos: Informações Turísticas, Entidades/Associações/Prestadores de serviços turísticos e Outros. Este item trata dos postos de informações turísticas que atendem à demanda turística de Belo Horizonte. Neste quesito, foram identificados seis postos de informações turísticas em − − 149 Belo Horizonte e um no aeroporto internacional Tancredo Neves, em Confins, sendo todos geridos pelo mesmo gestor: a Empresa de Turismo de Belo Horizonte (BELOTUR). Para a obtenção das informações contidas neste relatório, foi entrevistado um único informante, gestor dos sete equipamentos, situado na Belotur. O quadro 2.40 apresenta os nomes dos sete equipamentos pesquisados, por tipo e subtipo, e sua localização. Quadro 2.40 Outros serviços e equipamentos – postos de informações turísticas de Belo Horizonte para o PDITS, por tipo, subtipo e localização – 2010 Tipo Informações Turísticas Subtipo Centro de Atendimento ao Turista Equipamento Alô Turismo - Posto de Informação - Belotur Centro de Referência Turística Álvaro Hardy – Veveco Posto de Informação Mercado das Flores Posto de Informação Rodoviária Posto de Informação Aeroporto de Confins Localização Rua Pernambuco, 282 – Funcionários Av. Otacílio Negrão de Lima, 855 São Luiz Av. Afonso Pena, 1055 – Centro esquina com rua da Bahia Praça Rio Branco – Centro Estação Rodoviária Rod. MG – 10 – Confins Aeroporto Internacional Tancredo Neves, Confins - MG Av. Augusto de Lima, 744 – Centro Posto de Informação Mercado Central Posto de Informação Turística Tel. 3270-8501 - SETUR - BH Resolve Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Alguns postos pesquisados merecem comentários especiais. Apesar de o nome ―Alô Turismo‖ remeter a um serviço exclusivamente telefônico e de o número de atendimento ao turista de Belo Horizonte também ser divulgado como ―Alô Turismo‖, os dados da pesquisa se referem ao posto de atendimento localizado na sede da Belotur, que oferece atendimento presencial. O BH Resolve, inaugurado em setembro de 2010, é uma central de atendimento ao cidadão que reúne mais de 600 serviços públicos, entre os quais há um posto de informação turística. As informações disponibilizadas nesta pesquisa são referentes apenas ao posto de informação turística que está inserido nessa central de atendimento. Por ter sido inaugurado recentemente, ainda não há dados sobre os atendimentos realizados. O Aeroporto Internacional Tancredo Neves está localizado no município de Confins – MG. Como é a principal via de acesso aéreo da Capital, o posto de informações nele localizado também é gerido pela Belotur e é parte da amostra pesquisada. Os serviços prestados de atendimento aos turistas nos sete postos de informação pesquisados foram considerados ―bons‖ pela gestora. Todos os equipamentos desta categoria são geridos pelo setor público, sendo 5 (71,43%) instalados em propriedades públicas estaduais, 1 (14,28%) em propriedade privada e 1 (14,28%) propriedade pertence a uma associação. Esses postos estão instalados dentro de outros equipamentos. Portanto, não possuem portaria, cantina/lanchonete, restaurante e loja de souvenir próprias. A Tabela 2.58 apresenta uma avaliação das outras facilidades disponibilizadas pelos equipamentos em análise. − − 150 Tabela 2.58 Avaliação do estado de conservação dos postos de informação turística de Belo Horizonte – 2010 Itens Iluminação Estacionamento Segurança Sanitários Salas para eventos Abs. % Bom 7 100 4 57,1 6 85,7 3 42,8 5 71,4 Estado de conservação Abs. % Abs. % Abs. % Regular Ruim Não oferece 3 42,9 1 14,3 4 57,1 2 28,6 Total 7 7 7 7 7 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os equipamentos acessíveis aos portadores de necessidades especiais são 4 (57,14%), 2 (28,57%) são parcialmente acessíveis; e 1 (14,3%) não possui adaptação para receber esse público. O acesso rodoviário aos equipamentos foi considerado ―bom‖ em todos os 7 (100%). Em relação ao acesso ferroviário, apenas 1 (14,28%) equipamento foi qualificado como ―bom‖ porque é atendido pelo metrô; para os demais não há acesso por trem ou metrô. Os meios de acesso atendem às necessidades atuais e permitem a expansão do volume de visitante. Os ônibus e os automóveis são os meios de transporte principais para esses equipamentos. Em relação à sinalização, a principal carência apontada pela gestora foi a má sinalização turística e interpretativa desses postos de informação. A falta de adaptação dessa sinalização a pessoas com necessidades especiais foi outro ponto que reforça a necessidade de promover a adequação desses equipamentos a esse público, uma vez que nenhum dos postos de informação possui qualquer adaptação de sua sinalização. O estado de conservação geral de 3 (42,85%) equipamentos foi considerado ―bom‖, com destaque para o posto do BH Resolve, recém inaugurado, dotado de uma estrutura tecnológica moderna. O centro de referência turística Álvaro Hardy, na Pampulha e o posto do Mercado Central também foram avaliados como de ―boa estrutura‖ e ―bem conservados‖. Em 3 (42,85%) postos, o estado de conservação é ―regular‖, necessitando de reformas (Mercado das Flores, Rodoviária e Alô Turismo). O posto do Aeroporto de Confins, importante porta de entrada do turista, teve seu estado geral avaliado como ―ruim‖, uma vez que a estrutura atual é insuficiente e sua localização tem pouca visibilidade. Como os postos pertencem a um único gestor, todos possuem um único planejamento estratégico. Os meses de maior movimento diferem entre os postos. Em Confins, Veveco, Alô Turismo e Rodoviária julho é o mês de maior movimento; no Mercado Central é abril; e no Mercado das Flores é novembro. Um último equipamento não soube informar, porque foi inaugurado recentemente. Em Alô Turismo, Confins e Mercado das Flores dezembro é o mês de menor movimento, no Mercado Central é julho; na Rodoviária é outubro; e no Veveco é novembro. Estes dados refletem o resultado de pesquisas sistemáticas realizadas pelo gestor em seus equipamentos, em que a indicação dos períodos de maior e de menor movimento informados é fruto da percepção dos gestores, sem nenhuma comprovação documental mais aprofundada (quadro 2.41). − − 151 Quadro 2.41 Mês de maior e menor movimento dos postos de informações turísticas de Belo Horizonte Postos de Informação Mês de maior movimento Mês de menor movimento Julho Novembro Julho Abril Julho Julho Dezembro Dezembro Dezembro Julho Outubro Novembro Alô turismo Mercado das Flores Confins Mercado Central Rodoviária Veveco Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As pesquisas de satisfação/qualidade e as pesquisas de perfil são realizadas em todos os sete postos de atendimento. São elas que fundamentam alguns dos dados apresentados, como: período de maior e de menor movimento, número total de visitantes e origem dos visitantes. Cada posto de informação, devido a sua localização, atende a um perfil de público diferente. O gráfico 2.50 apresenta a origem dos visitantes em percentual de participação no volume total de cada posto no ano de 2009, de acordo com as pesquisas de perfil realizadas nos postos de atendimento ao turista. Alô turismo Mercado das Mercado Flores Confins Central Rodoviária Veveco Grafico 2.50. Origem dos visitantes nos postos de informação turística de Belo Horizonte– em percentuais – 2009 Local Regional Nacional Internacional Local Regional Nacional Internacional Local Regional Nacional Internacional Local Regional Nacional Internacional Local Regional Nacional Internacional Local Regional Nacional Internacional 50% 4% 37% 9% 14% 13% 68% 5% 98% 0% 1% 0% 12% 6% 70% 11% 55% 19% 19% 7% 86% 5% 8% 1% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% * O Posto de Informações BH Resolve inaugurou em 2010 e ainda não há dados disponíveis Fonte: Pesquisas dos Postos de Informação. Belotur 2010. A maior parte dos visitantes dos postos Veveco, Mercado Central, Mercado das Flores e Alo Turismo são de origem local. Os visitantes atendidos nos postos de Confins e da Rodoviária são, na maioria, de origem nacional. O posto de informações do Mercado das Flores é o que apresenta maior equilíbrio de origem entre os visitantes, e que apresenta o maior percentual de visitantes de origem regional, que representa o interior de Minas Gerais. Entre 2007 e 2009, diminuiu o número total de visitantes atendidos. Em 2007, seis postos (desconsiderando BH Resolve inaugurado em 2010) atenderam 243.215 pessoas, número que caiu para 127.030 pessoas em 2009. − − 152 A tabela 2.59 apresenta o número total de atendimentos realizados em cada posto nos últimos três anos, bem como a distribuição percentual do total dos três anos analisados em cada posto de informação e a relação percentual entre os anos analisados. Tabela 2.59 Número total anual de visitantes nos postos de informação turística de Belo Horizonte – 2007, 2008 e 2009 Postos de Informação Alô turismo Mercado das Flores Confins Mercado Central Rodoviária Veveco Total 6 Postos de Informação % por ano Numero de visitantes 2007 2008 2009 14.019 10.252 12.982 41.847 29.880 24.859 59.980 58.296 14.930 21.069 30.216 25.884 99.289 121.636 41.967 7.011 16.356 6.408 243.215 268.644 127.030 38,5 42,2 20,3 Total 3 anos % por PI 37.253 96.586 133.206 77.169 262.892 29.775 636.881 100,0 5,8 15,2 20,9 12,1 41,3 4,7 100,0 Fonte: Pesquisas dos Postos de Informação. Belotur 2010. * O posto BH Resolve inaugurou em 2010 e ainda não há dados disponíveis Observa-se que o posto de informação com maior frequencia de visitantes é o situado na rodoviária de Belo Horizonte, seguido pelo posto de informações do Aeroporto Internacional de Confins. O gráfico 2.51 mostra o número total de visitantes em cada posto de informação atuante nos anos de 2007 a 2009, revelando-se diminuição geral das frequencias no último ano. Grafico 2.51 Número total anual de visitantes nos postos de informação turística de Belo Horizonte – 2007, 2008 e 2009 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 Alô turismo Mercado das Flores Confins 2007 Mercado Central 2008 Rodoviária Veveco 2009 Fonte: Pesquisas dos Postos de Informação. Belotur 2010. Os equipamentos não possuem sistema de gestão de qualidade nem de gestão ambiental. A única prática ambiental que está em implantação é o reaproveitamento de recursos. Outras práticas, como coleta seletiva de lixo, fontes alternativas de energia, tratamento de esgoto e políticas de redução de consumo, não são utilizadas por nenhum dos postos de informação. Os materiais promocionais, em todos os equipamentos, são disponibilizados em inglês e espanhol. − − 153 Considerações sobre a análise dos postos de informação turística A realização de pesquisas frequentes, transformadas em séries históricas, é um ponto bastante favorável dos postos de informação, que aproveitam suas estruturas e seus serviços para obter informações sobre os turistas e pessoas interessadas na atividade turística de Belo Horizonte. É importante que essas pesquisas sejam sempre aperfeiçoadas, de forma a gerar informações adequadas às necessidades do sistema de informação e que seus resultados sejam incorporados de forma sistemática no sistema de gestão do turismo e dos postos de informação da Capital. Em 2008, foram atendidos 121.636 turistas somente no posto da rodoviária. Em 2009, foram atendidos 127.030 pessoas nas seis centrais de atendimento ao turista. Houve uma queda significativa no volume total de atendimento em 2009 em relação aos anos anteriores. As razões para isso merecem ser mais bem investigadas, para possibilitar melhor compreensão da atividade turística em Belo Horizonte, uma vez que podem estar refletindo alterações no cenário externo ou algum fator específico que afetou o destino e/ou os atendimentos dos postos de informação. Três postos de informação turística não estão totalmente preparados para receber o público com necessidades especiais. Ações nesse sentido são fundamentais para promover a adequação desses equipamentos à legislação e às exigências do mercado competitivo atual. A sinalização foi mal avaliada em todos os postos de informação, o que aponta uma grave restrição do destino, uma vez que o acesso aos postos de informação precisa estar bem claro, para que o turista não tenha dificuldade para encontrar as informações desejadas. A falta de sistemas de gestão de qualidade ou de gestão ambiental é outro gargalo percebido nos postos de informação. Eles poderiam seguir padrões mais unificados de atendimento. Além disso, as práticas ambientais não são muito utilizadas, o que revela falta de preocupação ambiental por parte de um dos principais impulsionadores da atividade turística da Capital sobre tema tão relevante no cenário atual. Apesar de o volume de atendimento a turistas estrangeiros não ultrapassar 11% no posto de informação de Confins, que é o que mais atende turistas estrangeiros, existe a preocupação em atendê-los por meio dos materiais de divulgação, que são disponibilizados nos idiomas inglês e espanhol. − − 154 2.1.4. Capacitação de gestores e profissionais dos serviços e equipamentos turísticos Este item aborda a demanda e a oferta de qualificação profissional de gestores e profissionais dos serviços e equipamentos turísticos do município de Belo Horizonte a partir da mesma amostra analisada no item da 2.1.1 da Oferta Turística deste volume, quanto aos seguintes setores: Serviços e Equipamentos de Hospedagem, Serviços e Equipamentos para Gastronomia, Serviços e Equipamentos para Agenciamento, Serviços e Equipamentos para Transporte, Serviços e Equipamentos para Eventos, Serviços e Equipamentos para Lazer e Entretenimento, e Outros Serviços e Equipamentos - ―Centros de Informações Turísticas‖. A abordagem da demanda de qualificação foi desenvolvida a partir de informações obtidas pelos gestores dos serviços e equipamentos dos setores da oferta turística analisados, por meio questionários estruturados e dos procedimentos já especificados neste volume. Foram coletadas informações relativas a: perfil, capacitação atual, percepções e preferências dos gestores que atuam no setor; perfil, políticas e estratégias de gestão dos recursos humanos nos estabelecimentos turísticos; e desenvolvimento e adesão ao associativismo e às entidades representativas. Neste tópico, mais de que o dimensionamento buscou-se qualificar a demanda atual com base na identificação de elementos para a compreensão das necessidades, na avaliação de estratégias adotadas e no mapeamento dos fatores de sucesso de estratégias e táticas a serem formuladas. Complementarmente, foram realizadas entrevistas qualitativas com diretores, técnicos de entidades representativas do setor, instituições formadoras e outros atores relevantes, para captar suas percepções e informações sobre a demanda e oferta de capacitação nos setores objeto de análise. A análise da oferta de capacitação foi também enriquecida por informações coletadas por meio de pesquisa secundária nas instituições relevantes. Foram entrevistados os representantes das seguintes instituições: BELOTUR – Empresa de Turismo de Belo Horizonte ABIH/MG - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais ABRASEL/MG - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais SEDESE/MG - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais SINDIPROM/MG - Sindicato das Empresas de Promoção de Eventos de Minas Gerais SINGTUR/MG - Sindicato dos Guias de Turismo de Minas Gerais SINDETUR - Sindicato de Empresas de Turismo no Estado de Minas Gerais SINDHORB-BH - Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte SENAC MINAS - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SEBRAE/MG - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresa BHC&VB- Belo Horizonte Convention & Visitor Bureau CEFET/MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais 2.1.4.1. O Setor de Meios de Hospedagem Perfil dos Dirigentes O primeiro corte na análise deste item buscou identificar o perfil dos dirigentes dos estabelecimentos. Entre os 52 dirigentes que responderam ao questionário, 41 (78,8%) têm vinculo empregatício e 11 (21%) são proprietários. São 22 (42,3%) dirigentes são do sexo feminino e 30 (57,7%) do sexo masculino. − − 155 A tabela 2.60 apresenta a faixa etária e a escolaridade dos dirigentes que compõem a amostra e revela que 25 dirigentes cerca de 48% encontram-se na faixa etária de 21 a 40 anos, característica que potencializa a produtividade dos investimentos em sua qualificação. Estes profissionais, supostamente, estão em fase bastante dinâmica e abaixo da metade de sua vida profissional. Tabela 2.60 Faixa etária e escolaridade dos empresários/dirigentes dos equipamentos de hospedagem de Belo Horizonte – 2010 FAIXA ETÁRIA Menos de 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos 61 a 70 Mais de 70 anos Idade não declarada Total FREQUÊNCIA Abs. 0 11 14 9 13 3 1 1 52 % 0 21,2 26,9 17,3 25,0 5,8 1,9 1,9 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O gráfico 2.52 apresenta a escolaridade dos dirigentes de equipamentos de hospedagem. Têm nível de graduação 23 (44,2%), e concluíram curso de graduação 18 (34,6%). Portanto, 41 (78,8%) possuem no mínimo formação de nível universitário, aspecto bastante auspicioso para a promoção do setor turístico no município, pois esperam-se comportamentos mais abertos à inovação em gestores com níveis mais altos de escolaridade. Além da educação formal, foram também verificados comportamentos e tendências dos empresários e dirigentes relativos à ampliação de seus conhecimentos e habilidades com base na participação em cursos de treinamento e capacitação específicos de sua área de atuação. O gráfico 2.53 registra a participação dos dirigentes em cursos. Observa-se que apenas 4 (7,7%) dirigentes informaram que não participaram de nenhum curso. De forma geral, podese, concluir que a participação em cursos revela a disponibilidade em ampliar sua qualificação. − − 156 Gráfico 2.52 Percentual de dirigentes de equipamentos de hospedagem, por escolaridade, em Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Gráfico 2.53 Participação dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte em cursos de capacitação – 2010 1,92 7,69 13,46 NR Nenhum 26,92 50,00 participou de 1 curso participou de 2 cursos participou de 3 cursos Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.61 evidencia a preferência dos dirigentes do setor por participar de cursos de capacitação sobre os temas: ―Gestão administrativa‖, 27 (51,9%) e ―Turismo e hotelaria‖, 24 (46,2%). Nenhum participante do setor de hospedagem declarou possuir capacitação em gastronomia, fato que parece não ser muito problemático, uma vez que esta não é a atividade principal de seus negócios. Constata-se, também, que a cultura dos gestores ainda não valoriza a busca de conhecimentos na área de Gestão da qualidade, pois menos de 10% informou capacitação no tema. Tabela 2.61 Participação dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte em cursos de capacitação ou treinamento específicos – 2010 ÁREAS/TEMAS DOS CURSOS Turismo e hotelaria Gestão administrativa Gestão de qualidade Gastronomia Outros PARTICIPAÇÂO EM CURSOS SIM NÂO abs % abs % 24 46,2 28 53,8 27 51,9 25 48,1 5 9,6 47 90,4 0 0,0 52 100,0 18 34,6 34 65,4 TOTAL abs 52 52 52 52 52 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 157 Estes quantitativos apontam para uma participação razoável dos gestores entrevistados nestes cursos, especialmente em cursos de Gestão administrativa, por 27 (51,9%), e Turismo e hotelaria, com 24 (46,2%). Esta participação poderia ser maior. Os cursos formais concluídos pelos participantes da pesquisa foram citados como ―Outros cursos‖. Nesta categoria, foram citados os seguintes cursos: Ciências Sociais, Direito, Informática e Finanças e Controladoria, (1,9%, cada um); Economia (3,8%), participação em Marketing (9,6%), MBA (5.8%), pós graduação em docência (5,8%), pré medicina (1,9%), espanhol (1,9%) e hospedagem (1,9%). Além da qualificação atual, buscou-se identificar as maiores demandas e expectativas deste público. A tabela 2.62 refere-se à intenção dos dirigentes em participar destes programas de capacitação relacionados à sua área de atuação. Tabela 2.1.62 Interesse e programação dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem, em Belo Horizonte, quanto à participação em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio ou função - 2010 NÚMERO DE EMPRESÁRIOS Abs. % 15 28,8 17 32,7 3 5,8 1 1,9 16 30,8 52 100 QUANDO PRETENDE FAZER CURSO O quanto antes Nos próximos dois anos Entre os próximos dois e quatro anos NR NA Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional mediante a participação em cursos imediatamente ou até os próximos 2 anos corresponde a 32 (61,5%) dirigentes e constitui importante indicador de demanda a ser atendida por programas de treinamento e capacitação profissional. O gráfico 2.54 destaca que 75,7% dos dirigentes pesquisados prefere participar de cursos presenciais. A aceitação de cursos a distância, via internet, é baixa entre os dirigentes pesquisados: apenas 2,7% fariam cursos virtuais/internet, enquanto 21,6% preferem cursos mistos (parte presencial e parte virtual). Gráfico 2.54 Preferência dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem sobre modalidade de cursos de capacitação - Belo Horizonte - 2010 21,6 2,7 PRESENCIAL VIRTUAL 75,7 MISTO Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 158 Uma informação relevante sobre a maior eficácia dos cursos a serem oferecidos prende-se à expectativa dos entrevistados quando aos temas. Os conteúdos de maior demanda e a percepção do conjunto dos entrevistados sobre sua importância para o exercício da função de direção de seus negócios constam na tabela 2.63, na qual se listam os temas mais citados: Planejamento, por 34 (65,38%), e Gestão de Pessoas, por 29 (55,8%). Os demais temas citados, apesar de menos atrativos para este grupo, também são importantes, pois apresentam demanda expressiva. Tabela 2.63 Opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte sobre temas selecionados e a importância para o seu aprimoramento profissional– 2010 ÁREAS/TEMAS DOS CURSOS Planejamento Gestão de Pessoas Gestão Financeira Negociação Comunicação Logística SIM Abs. 34 29 20 15 22 16 % 65,4 55,8 38,5 28,9 42,3 30,8 IMPORTANCIA NÂO Abs. % 18 34,6 23 44,2 32 61,5 37 71,1 30 57,7 36 69,2 TOTAL Abs. % 52 100 52 100 52 100 52 100 52 100 52 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quando à demanda de cursos para aperfeiçoamento na função, formulada de maneira aberta, apurou-se a predominância de cursos relacionados a Administração, com destaque para as atividades de planejamento e gestão. Quando se solicitou a indicação de cursos relacionados a seus negócios (tab. 2.64), considerando os 23 dirigentes que responderam à questão, destacam-se: Gestão de Pessoas, com 5 indicações; Administração Hoteleira com 4; Gestão Empresarial e estratégica, com 3; e Marketing, com 3. Planejamento e Línguas só obtiveram 1 indicação, cada um. Turismo não recebeu nenhuma indicação. Tabela 2.64 Indicação de cursos de aperfeiçoamento relacionados ao seu negócio ou função que os dirigentes dos estabelecimentos declararam que pretendem fazer - Belo Horizonte – 2010 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO Gestão de pessoas Administração hoteleira Gestão empresarial e Estratégica Marketing Logística Atualização Direito Línguas MBA em gastronomia Nr Planejamento Pós graduação Turismo Total de indicações NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 5 21,7 4 17,4 3 13,0 3 13,0 1 4,3 1 4,3 1 4,3 1 4,3 1 4,3 1 4,3 1 4,3 1 4,3 0 0 23 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 159 A tabela 2.65 destaca as instituições formadoras ou capacitadoras de profissionais de nível gerencial mencionadas pelos gestores pesquisados como aquelas em que cursaram ou que gostariam de cursar as suas demandas de capacitação. A primeira é o SENAC, citado por 18 participantes, seguido por conceituadas escolas de graduação e pós graduação, como Fundação Getúlio Vargas e Fundação Dom Cabral, citadas, cada uma, por 10 dirigentes, e Fumec, por oito. O Sebrae foi citado por 6 participantes, indicação mais significativa que as menções a entidades representativas, como Associação Comercial de Minas Gerais e Fiemg. Tabela 2.65 Principais instituições formadoras e capacitadoras de profissionais de nível gerencial, segundo opinião dos dirigentes dos estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte – 2010 INSTITUIÇÃO FORMADORA/ CAPACITADORA SENAC Fumec Fundação Getúlio Vargas Fundação Dom Cabral Newton Paiva Estácio de Sá SEBRAE Faculdades de turismo UFMG PUC Fiemg, Uma UniBH Associação Comercial de Minas Gerais Faculdade Universo Fead Fenac Fundação João Pinheiro Ibmec SENAI Total de indicações NÚMERO DE CITAÇÕES Abs. % 18 19,1 10 10,6 10 10,6 8 8,5 8 8,5 7 7,4 6 6,4 5 5,3 5 5,3 4 4,2 2 2,2 2 2,1 2 2,1 1 1,1 1 1,1 1 1,1 1 1,1 1 1,1 1 1,1 1 1,1 94 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O quadro 2.42 exibe os comentários dos dirigentes a respeito das principais deficiências dos cursos de capacitação para o nível gerencial, agrupadas em categorias distintas, para facilitar a sua leitura e entendimento. As principais deficiências citadas referem-se à estrutura dos cursos, especialmente quanto à oferta de aulas práticas que propiciem o exercício de métodos, técnicas e comportamentos específicos do setor de hotelaria. Algumas observações mencionam que os cursos são muito amplos e que é necessário haver maior especialização e maior foco. A qualificação dos professores e instrutores também mereceu destaque. Foi registrada, também, a falta de constância na oferta de cursos: a graduação em hotelaria, por exemplo, não esta sendo oferecida pelas escolas de Belo Horizonte. A citação de um participante merece destaque: “O principal problema dos cursos é que fazem com que as pessoas acreditem que, apenas com o curso, o profissional já atuará no nível gerencial”. − − 160 Quadro 2.42 Principais deficiências dos cursos de capacitação para o nível gerencial, na opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte – 2010 CATEGORIA Estrutura e foco Recursos Humanos Concepção e qualidade COMENTÁRIOS Os cursos oferecem muita teoria e pouca prática. A estrutura é insuficiente para proporcionar o conhecimento prático de hotelaria. Faltam estrutura e visitas técnicas. Falta de vivência das práticas hoteleiras. Os cursos são muito teóricos. Poderia haver projetos de empresas simuladas. Falta direcionar o curso para o setor específico dentro da hotelaria. As instituições deveriam aprofundar as disciplinas, enfatizando a realidade hoteleira. Os cursos são muito amplos e pouco especializados. Falta ensino de línguas estrangeiras. Não ensinam planejamento. Falta profissional com prática para ministrar as aulas. Baixa qualificação dos professores. Carência de mão de obra. As pessoas não são formadas e não têm capacitação. Ausência de foco em pequenos hotéis. Quando o curso é bom, é caríssimo. Falta de cursos de hotelaria em geral. Não existe formação de gerente em Belo Horizonte. Não há núcleo ou setor para capacitar gerentes. Falta na cidade um bom curso em gestão de pessoas e administração financeira na área de turismo. As exigências são pequenas e os profissionais são mal preparados. Nível técnico das escolas. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O gráfico 2.55 representa a importância que os dirigentes atribuem às visitas técnicas a outros estabelecimentos de hospedagem como forma de buscar referências de qualidade para os seus empreendimentos. Estas visitas podem ocorrer na mesma cidade, a estabelecimentos fora de Belo Horizonte, em outros estados do Brasil ou no exterior. Esta atividade fornece padrões e referências aos gestores acerca de padrões de atendimentos e serviços com padrões diferenciados, visando ao atendimento a clientes habituados ao padrão internacional. Da amostra pesquisada, um percentual significativo dos dirigentes (59,62%) participou de visita técnica a estabelecimentos similares no exterior. − − 161 Gráfico 2.55 Participação dos dirigentes de equipamentos de hospedagem em visitas técnicas - Belo Horizonte - 2010 70,00 60,00 estabelecimento da mesma rede/cadeia 50,00 outros estabelecimentos na cidade % 40,00 65,38 30,00 20,00 46,15 59,62 outros estabelecimentos no país 48,08 21,15 10,00 0,00 1 outros estabelecimentos no exterior não participou Participação em visitas técnicas Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Entre as ações inicialmente recomendáveis, com o objetivo de sensibilizar e motivar o empresariado para a melhoria do negócio, o efeito demonstração propiciado por visitas técnicas é primordial. Assim, o fato de 21,15% dos dirigentes não ter ainda realizado visitas técnicas a estabelecimento similares merece atenção dos gestores públicos e entidades capacitadoras. Quadro de recursos humanos nos serviços e equipamentos de hospedagem Os 52 estabelecimentos empregam, 2.203 profissionais. A amostra apresenta pequena participação de microempresas, aquelas com menos de 10 empregados: representam menos de 6% dos estabelecimentos pesquisados. De acordo com a tabela 2.66 apenas 3 (5,8%) empresas têm até 10 empregados. Em mais da metade dos estabelecimentos, o número de empregados é inferior a 30, sendo que nos intervalos de 11 a 20 são 11 (21,15%) e no de 21 a 30 empregados são 13 (25,0%). Dois casos são destaque por apresentarem número muito superior à média de empregados encontrados nos demais estabelecimentos pesquisados. Um estabelecimento tem 180 profissionais e outro tem 296. Tabela 2.66 Estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte por número de empregados - 2010 CLASSE DE NUMERO DE EMPREGADOS Até 10 11 a 20 21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 61 a 70 71 a 80 81 a 90 91 a 100 101 a 200 201 a 300 NR Total FREQUÊNCIA Abs. % 3 5,8 11 21,2 13 25,0 9 17,3 4 7,7 3 5,7 1 1,9 1 1,9 2 3,8 2 3,8 1 1,9 1 1,9 1 1,9 52 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 162 Os empregados bilíngues apresentam distribuição bastante irregular, como demonstrado na tabela 2.67. Em 13 (25,0%) estabelecimentos nenhum empregado é bilíngue, enquanto que em 23 (44,3%) existem entre um e cinco bilíngues. Situação atípica, mas bastante favorável é a daquele estabelecimento que declarou possuir 40 profissionais bilíngües. No total, os estabelecimentos de hospedagem informaram que mais de 290 (10%) profissionais empregados no setor falam mais de um idioma. Tabela 2.67 Estabelecimentos de hospedagem pesquisados em Belo Horizonte/MG, por número de empregados bilíngues - 2010 CLASSE DE NUMERO DE EMPREGADOS BILINGUES Nenhum 1a5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 26 a 30 31 a 35 36 a 40 NR Total FREQUÊNCIA Abs. % 13 25 23 44,3 6 11,6 5 9,6 2 3,8 1 1,9 0 0 0 0 1 1,9 1 1,9 52 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As tabelas 2.68 e 2.69 destacam, respectivamente, a avaliação quantitativa e qualitativa da oferta de profissionais, por grupo ocupacional, e a qualidade deles feita pelos dirigentes dos estabelecimentos. Tabela 2.68 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial SUFICIENTE Abs. % 15 28,8 18 34,6 17 32,7 QUANTIDADE INSUFICIENTE NR. Abs. % Abs. 33 63,5 4 30 57,7 4 30 57,7 5 % 7,7 7,7 9,6 TOTAIS Abs. % 52 100 52 100 52 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Tabela 2.69 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem pesquisados em Belo Horizonte/MG - 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial QUALIFICADO Abs. 6 19 24 % 11,5 36,5 46,2 QUALIDADE POUCO NR. QUALIFICADO Abs. % Abs. 42 80,8 4 29 55,8 4 24 46,2 4 TOTAIS % 7,7 7,7 7,7 Abs. 52 52 52 % 100 100 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A análise da tabela 2.70 revela diferenças na avaliação quantitativa da oferta de mão de obra entre os grupos ocupacionais. A pior situação é a dos cargos operacionais, considerados insuficientes por 33 (63,5%) estabelecimentos. De acordo com a tabela 2.1.70, estes são, também, avaliados como pouco qualificados por 42 (80,8%) dos equipamentos. − − 163 Quanto às funções gerenciais e de supervisão, os entrevistados consideram a situação um pouco melhor em relação aos aspectos quantitativos e qualificativos. O grupo ocupacional de supervisão, apesar de um pouco mais bem avaliado, também é citado como pouco qualificado por 29 (55,8%) gestores. Tabela 2.70 Avaliação do quadro de pessoal dos estabelecimentos em Belo Horizonte – 2010 AVALIAÇÃO Muito qualificado Qualificado Pouco qualificado NR Total FREQUÊNCIA Abs. % 2 39 10 1 52 3,8 75,0 19,2 1,9 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Outra questão solicita a avaliação da qualificação em geral do quadro de pessoal do empreendimento, descrita na tabela 2.1.70. Neste item, 41 (78,8%) dirigentes declararam que seus empregados são qualificados. A avaliação de ―pouco qualificado‖ foi feita por 10 (19,2%) gestores acerca do quadro de pessoal de sua empresa. Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos A Tabela 2.71 registra as formas de recrutamento utilizadas pelas empresas pesquisadas. A utilização de banco de currículo é a principal forma de recrutamento para 26 (50,0%) gestores. A indicação dos empregados atuais é prática adotada por 15 (28,8%). Formas mais efetivas de atrair melhores profissionais, como contratação de empresa especializada na seleção e colocação de recursos humanos, são praticadas por apenas 4 (7,69%) gestores. No entanto, este número pode ser maior, uma vez que duas empresas que informaram utilizar outras formas de recrutamento pertencem a rede hoteleira e podem estar utilizando os serviços de empresa de recursos humanos dela. A baixa utilização do Serviço Nacional do Emprego (SINE) é um aspecto que merece maior investigação, pois a maioria das políticas públicas de colocação e qualificação de trabalhadores pressupõe esta forma de recrutamento. O projeto Usina, do governo do estado de Minas Gerais, capacita trabalhadores desempregados para cargos ou funções definidos em conjunto com empresários e entidades representativas e é direcionado para trabalhadores cadastrados no SINE. Tabela 2.71 Principal forma de recrutamento utilizada pelos estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte – 2010 FORMAS DE RECRUTAMENTO Banco de currículo Indicação de empregados da empresa Empresa de recursos humanos SINE Outra NR Total FORMA DE RECRUTAMENTO ABS. % 26 15 4 3 2 2 52 50,0 28,8 7,7 5,8 3,8 3,8 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 164 A Tabela 2.72 apresenta o grau de dificuldade encontrado pelos dirigentes no processo de recrutamento de profissionais qualificados para as funções a serem desempenhadas. As funções identificadas como as mais difíceis são as de recepcionista e camareira. Nas duas situações, as atividades exercidas pressupõem habilidade no relacionamento com o cliente e, em alguns estabelecimentos, até mesmo capacidade de comunicação em outro idioma. Os dirigentes ouvidos citaram vários fatores que dificultam o recrutamento. Alguns participantes mencionaram mais de uma função. Tabela 2.72 Funções com maior dificuldade de recrutamento com a qualificação pretendida, segundo dirigentes dos estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte – 2010 FUNÇÃO Recepção Camareira Garçom Cozinheira Serviços gerais / faxina Nível operacional Nível chefia / gerência Mensageiro Manobrista Manutenção Nenhuma Parte contábil Supervisor de reserva / eventos Portaria Maitre Total de entrevistas NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 23 22 6 6 5 4 4 3 2 2 2 1 1 1 1 52 44,2 42,3 11,5 11,5 9,6 7,7 7,7 5,8 3,8 3,8 3,8 1,9 1,9 1,9 1,9 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010 As causas das dificuldades descritas pelos entrevistados encontram-se na Tabela 2.73. Uma justificativa para falta de mão de obra qualificada para a atividade hoteleira, citada por 7 (13,5%) gestores, é a baixa remuneração das funções. Outro fator também reconhecido é a natureza das atividades, que exige disponibilidade para o trabalho em diferentes turnos e horários noturnos, além do volume do serviço e do desgaste físico inerente. A exigência de domínio de outro idioma, de informática e sobre a cidade também compromete o processo, reduzindo o número de candidatos potenciais. Ocorrem, ainda, casos de dirigentes que atribuem as dificuldades ao baixo profissionalismo e à falta de maior compromisso da mão de obra. − − 165 Tabela 2.73 Fatores que dificultam o recrutamento de mão de obra qualificada segundo dirigentes dos estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte – 2010 FATOR Falta mão de obra qualificada Falta de experiência Falta de profissionais no mercado Baixa remuneração Disponibilidade e horário de trabalho Necessidade de serem bilíngues Falta de comprometimento / interesse do empregado Falta de conhecimento de informática / softwares Volume de serviço / desgaste físico A empresa é formadora dos seus empregados Falta de conhecimento sobre a cidade Não encontra dificuldades O funcionário já vem com vício (roubo) Rotatividade Modelo de administração familiar Total de citações FREQUENCIA DE CITAÇÂO Abs. % 16 25,8 9 14,5 8 12,9 7 11,3 4 6,5 4 6,5 3 4,8 3 4,8 2 3,3 1 1,6 1 1,6 1 1,6 1 1,6 1 1,6 1 1,6 62 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos O treinamento em serviço, modalidade mais usual entre os equipamentos ouvidos, reúne 42 (80,8%) empresas (tab. 2.74). Este dado, porém, pode estar superdimensionado se os dirigentes consideraram nesta classificação as ações relativas a orientação e a acompanhamento direto na realização das tarefas inerentes à função. Outros recursos adotados são: a promoção de cursos internos, citado por 25 (48,1%) gestores, e flexibilização do horário de trabalho dos empregados para que possam participar de cursos fora da empresa, por 28 (53,8%). Quanto à ajuda financeira para participar de cursos fora da empresa, apenas 15 (28,8%) gestores informaram que concedem. Tabela 2.74 Estratégias para formação e capacitação de pessoal adotadas pelos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte– 2010 ESTRATÉGIA Promove treinamentos em serviço Promove cursos internos Flexibiliza horário para cursos fora da empresa Dá ajuda financeira para cursos fora da empresa SIM Abs. % 42 80,8 25 48,1 28 53,8 15 28,8 FREQUÊNCIA NÃO Abs. % 7 13,5 24 46,2 21 40,4 34 65,4 N.R. Abs. % 3 5,8 3 5,8 3 5,8 3 5,8 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Outras estratégias de formação ou treinamento de pessoal foram citadas por cinco gestores: acordos e parcerias com institutos de formação, programas de formação gerencial e prática de o estabelecimento arcar integralmente com os custos do treinamento externo. − − 166 Manutenção e remuneração de recursos humanos O tempo médio de permanência dos empregados nas empresas de hospedagem mais recorrente é de 1 a 5 anos, revelado por 32 (61,5%) gestores, que pode ser avaliado como reduzido, ainda mais se somadas as duas empresas em que o tempo de permanência é de menos de um ano. A segunda faixa mais freqüente é a de 6 a 10 anos (tab. 2.75). Tabela 2.75 Tempo médio de permanência dos empregados nos estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte – 2010 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA NA EMPRESA – em anos Menos de 1 De 1 a 5 De 6 a 10 De 11 a 15 De 16 a 20 Mais de 21 Não respondeu Total FREQUÊNCIA Abs. 2 32 9 3 0 1 5 52 % 3,8 61,5 17,3 5,8 0 1,9 9,6 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.76 indica as funções nas quais as empresas selecionadas enfrentam maior dificuldade para manter os empregados. A função de governança ou camareira foi indicada por 22 (42,3%) gestores dos estabelecimentos como aquela na qual é mais difícil manter os profissionais. Nos casos de recepcionista e garçom, a dificuldade foi mencionada por 9 (17,3%) gestores. Tabela 2.76 Identificação de funções nas quais as empresas de hospedagem enfrentam maior dificuldade para manutenção do empregado – Belo Horizonte - 2010 SETOR / OCUPAÇÃO NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % Governança ou camareira Recepcionista Garçom Cozinha / cozinheiro Serviços gerais / faxina Cargos operacionais Mensageiro Todas as funções Administrativo Central de reservas Manobrista Só existe uma função no hotel Total 22 9 9 5 5 3 3 3 1 1 1 1 52 42,3 17,3 17,3 9,6 9,6 5,8 5,8 5,8 1,9 1,9 1,9 1,9 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.77 indica as razões apresentadas pelos gestores para a dificuldade de manter os profissionais nos cargos. Os salários praticados foram citados por 15 (28,8%) como a principal causa de rotatividade nos estabelecimentos do setor de hospedagem. É − − 167 significativo também o número de gestores que consideram a natureza do trabalho como fator que contribui para a rotatividade: serviço pesado (12) e horário de trabalho (7). Também, neste setor, foi mencionado o impacto negativo de fatores comportamentais e culturais, como falta de responsabilidade, baixo comprometimento e interesse dos empregados, para a manutenção de profissionais na empresa. Tabela 2.77 Razões da alta rotatividade dos funcionários na opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte - 2010 RAZÂO DA ROTATIVIDADE Salário Serviço pesado Horário de trabalho e escalas Falta de qualificação Falta de experiência Baixo nível de escolaridade Profissionais disputados / Grande oferta de emprego Desejo de receber o seguro desemprego Falta de comprometimento Profissionais do sexo feminino (gravidez, problemas fora do trabalho) Total de citações FREQUÊNCIA Abs. % 15 28,8 12 23,1 6 11,5 7 13,5 3 5,8 1 1,9 7 13,5 2 3,8 2 3,8 1 1,9 52 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.78 mostra que 25 (48,1%) gestores adotam política salarial no nível mínimo (piso salarial definido em convenção coletiva da categoria); enquanto 10 (19,2%) praticam remuneração até 20% acima do piso; e 8 (15,4%) pagam valores 20% acima do piso salarial da categoria. Tabela 2.78 Política de remuneração dos estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte – 2010 REMUNERAÇÃO Piso da convenção coletiva da categoria Até 20% acima do piso Mais de 20% acima do piso NR Total FREQUÊNCIA Abs. % 25 48,1 10 19,2 8 15,4 9 17,3 52 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto à concessão de benefícios aos empregados, a prática citada pelos estabelecimentos de hospedagem está descrita na tabela 2.79. Apesar de serem casos legalmente previstos, o auxílio-alimentação é concedido por 40 (76,9%) empresas e vale-transporte por 49 (94,2%). A assistência à saúde, por meio de seguro ou plano de saúde, é concedida por 35 (67,3%). A participação nos resultados é pratica declarada por 20 (38,5%) estabelecimentos. Considera-se que não se pode descartar a hipótese de os participantes terem-se referido à comissão sobre o faturamento (10%), e não à participação nos resultados. Além dos benefícios explicitados na questão, 12 (23,1%) estabelecimentos informaram que oferecem outros benefícios. A maioria mencionou a assistência odontológica, enquanto outros citam: auxílio-funeral, auxílio-farmácia e cesta básica. O fato de comissão e plano de − − 168 carreiras terem sido citados como benefícios é indicador da concepção distorcida de instrumentos e políticas de gestão de recursos humanos. Tabela 2.79 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte - 2010 BENEFÍCIO OFERECIDO Alimentação Seguro ou plano de saúde Transporte Participação nos resultados Outro benefício FREQUÊNCIA Não Abs. % 12 23,1 17 32,7 3 5,8 32 61,5 40 76,9 Sim Abs. 40 35 49 20 12 % 76,9 67,3 94,2 38,5 23,1 Totais Abs. % 52 100,0 52 100,0 52 100,0 52 100,0 52 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Associativismo e participação em entidades representativas Entre os dirigentes dos estabelecimentos pesquisados, 28 (53,8%) participam ativamente de entidades de representação ou associação; 15 (28,8%) têm participação baixa; e em 3 (5,8%) é inexistente. Não responderam 6 (11,5%) (tab. 2.80). Tabela 2.80 Participação em entidades de representação e associação empresarial dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte - 2010 NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO Ativa Baixa Inexistente NR Total FREQUÊNCIA Abs. 28 15 3 6 52 % 53,8 28,8 5,8 11,5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto aos fatores que dificultam a sua participação os dirigentes fizeram diversas citações, resumidas na tabela 2.81. Declararam que não há dificuldades 14 (26,9%). Outros citaram aspectos relativos a: falta de tempo, falhas na comunicação e divulgação da entidade e insatisfação com o desempenho das entidades. − − 169 Tabela 2.81 Fatores que dificultam a participação nas entidades de representação e associação empresarial, segundo opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem pesquisados em Belo Horizonte - 2010 FATOR QUE DIFICULTA A PARTICIPAÇÃO Não há dificuldade Falta tempo Conflito de interesses O custo para participação nas entidades é muito alto Não houve contato nem interesse deles, só buscam hotéis qualificados Falta de comunicação e interesse por parte deles Falta de integração das entidades com a empresa Baixo retorno das entidades Pouco retorno das entidades para os empreendimentos Reuniões inúteis, onde não se decide nada Beneficiam apenas uma minoria As decisões são tomadas pelas grandes empresas, sem levar em consideração a opinião das menores Falta de visão de trabalho coletivo em muitas pessoas Muita politicagem Não respondeu Total INDICAÇÕES Abs. % 14 26,9 7 13,5 5 9,6 4 7,7 4 7,7 3 5,8 3 5,8 3 5,8 2 3,8 1 1,9 1 1,9 1 1,9 1 1 2 52 1,9 1,9 3,8 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo Apesar das críticas, observa-se que 15 (28,8%) gestores não veem problemas na participação associativista ou sindical, 21 (40,4%) ainda consideram que são gerados bastante benefícios (tab. 2.1.82). Entretanto, observa-se que 25 (48,1%) gestores declararam que os benefícios são poucos. Tabela 2.1.82 Opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte, sobre os benefícios gerados pelas entidades de representação/associação empresarial – 2010 BENEFÍCIOS GERADOS Bastante Pouco Nada Não respondeu Não sabe Total TOTAL Abs. 21 25 3 2 1 52 % 40,4 48,1 5,8 3,8 1,9 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os tipos de benefícios esperados pelos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em decorrência de sua participação nas entidades representativas e associativas estão categorizados no quadro 2.43. − − 170 Quadro 2.43 Benefícios esperados pelos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em decorrência de sua participação em entidades de representação ou associação – Belo Horizonte – 2010 CATEGORIA DE BENEFÍCIO Representatividade Integração setorial Marketing e serviços de comunicação Apoio e assessoria na área administrativa e jurídica BENEFÍCIO ESPERADO representação efetiva da classe perante os órgãos governamentais buscar políticas publicas que beneficiem as empresas representação de classe maior poder de representação perante o governo representação efetiva dos interesses comuns hoteleiros voz ativa, ambiente democrático, favorecer de fato as empresas, tomar medidas e decisões concretas estreitamento de relacionamento/intercambio com as associações que são muito distantes igualdade de benefícios, desenvolvimento para todos. mais dinamismo. tendo mais comunicação as coisas funcionariam melhor troca de informações parcerias entre hotéis rede de contatos maior união e organização conhecimento maior e mais atualizado do mercado. integração com as entidades turísticas. troca de informações mais interatividade entre as empresas, haver idéias de cooperativismo. mais cuidado com os atrativos turísticos da cidade aumento de eventos para a cidade maior divulgação de Belo Horizonte crescimento e desenvolvimento do mercado trazer mais eventos/maior ocupação melhor divulgação do segmento hoteleiro despertar outro tipo de turismo alem do de negócios em Belo Horizonte divulgação, promoção, marketing; melhor poder de negociação melhoria nas taxas de ocupação em geral o aumento de hospedes visibilidade da marca maior abertura para comercializações acesso a mão de obra qualificada, mais treinamentos e informações da área projetos para qualificação do pessoal com concessão de desconto para funcionários cursos oferecidos gratuitamente boas políticas ganhos jurídicos compras compartilhadas lucro sustentável através da melhoria da qualidade dos serviços prestados atualização e incentivos para o negocio Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos dos meios de hospedagem A análise indica que o setor de hospedagem apresenta níveis de escolaridade superiores aos do setor de gastronomia. 79% dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem tem nível superior, contra 33% do setor gastronômico. Esse aspecto é bastante auspicioso para − − 171 a promoção do setor turístico no município, pois esperam-se comportamentos mais abertos à inovação de gestores com níveis maiores de escolaridade. Verificou-se razoável participação dos gestores em cursos de capacitação, especialmente nas áreas de gestão administrativa, por 52%, e turismo e hotelaria, por 46%. No entanto, especificamente na área de gestão da qualidade a participação foi baixa, pois menos de 10% informou possuir capacitação no tema. Os resultados revelam que esta participação pode ainda ser ampliada na perspectiva de preparar os estabelecimentos para o crescimento esperado no setor turístico, em especial, com a Copa do Mundo de 2014. A avaliação dos entrevistados sobre os cursos de capacitação oferecidos aponta como deficiências aspectos relativos à estrutura dos cursos, especialmente quanto falta de aulas práticas que propiciem o exercício de métodos, técnicas e comportamentos específicos do setor de hotelaria. Algumas observações apontam que os cursos são muito amplos e que é necessário haver maior especialização e foco. A qualificação dos professores e instrutores também mereceu destaque. Foi registrada, também, a falta de constância na oferta de cursos: a graduação em hotelaria, por exemplo, não está sendo oferecida pelas escolas de Belo Horizonte. Quanto à oferta de mão de obra, a pior situação é a dos cargos operacionais. A este respeito, deve-se considerar que foram mencionadas a exigência de conhecimentos de outro idioma, de informática e sobre a cidade, reduzindo o número de candidatos potenciais,e a baixa remuneração das funções. Outro fator também reconhecido é a natureza das atividades, que exigem disponibilidade para o trabalho em diferentes turnos e horários noturnos, além do volume do serviço e do desgaste físico inerente. 2.1.4.2. Serviços e equipamentos de gastronomia Perfil dos dirigentes Os questionários foram aplicados por pesquisadores em entrevistas previamente agendadas com os dirigentes. Em alguns casos, o gestor entrevistado é proprietário e em outros é o empregado que ocupa cargo de direção. Assim, a amostra contempla, de acordo com os questionários respondidos, 20 dirigentes com vínculo empregatício e 19 proprietários. Destes, 10 (25,6%) dirigentes são do sexo feminino e 29 (74,4%) são do sexo masculino, com faixa etária e escolaridade distribuídas conforme apresentado na tabela 2.83. Tabela 2.83 Faixa etária e escolaridade dos empresários/dirigentes dos equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte - 2010 ESCOLARIDADE FAIXA ETÁRIA Menos de 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos 61 a 70 Mais de 70 anos Total Fundamental 1 1 2 Médio 6 7 4 6 1 24 Universitário 7 1 1 2 11 TOTAL Pósgraduação 1 1 2 Abs. 13 10 7 8 1 39 % 33,3 25,6 18,0 20,5 2,6 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 172 A análise da tabela 2.83 indica que 23 (59,0%) gestores encontram-se na faixa etária de 21 a 40 anos - ou seja, supostamente abaixo da metade de sua vida profissional. O investimento na qualificação de profissional desta faixa etária é extremamente produtivo, pois a expectativa é que permaneçam em atividade por mais de vinte anos. Além disso, trata-se de etapa de vida profissional caracterizada pelo dinamismo inerente a este período da carreira. Quanto à escolaridade, 24 (61,5%) gestores têm nível médio e 13 (33,3%) têm curso superior completo, incluindo dois indivíduos com pós-graduação. Observa-se que a faixa de 21 a 30 anos concentra 7 (17,9%) dos indivíduos com curso superior. Este fenômeno parece ser decorrente da expansão recente do ensino superior no País. Chama atenção o fato de 26 (66,7%) gestores apresentarem formação inferior ao terceiro grau completo, mesmo com o acentuado crescimento recente dos com formação universitária. A pesquisa verificou, também, a participação dos entrevistados em cursos especificamente relacionados a sua atividade, como: Turismo, Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da Qualidade e Gastronomia, formais ou não. Ao aprofundar a investigação sobre o perfil dos participantes que não possuem capacitação nos temas especificamente citados, constatou-se que estes, à exceção de apenas um caso, possuem escolaridade abaixo de graduação. Este fato parece apontar para a tendência de indivíduos com maior nível de escolaridade demonstrarem maior interesse em treinamentos específicos. A Tabela 2.84 apresenta a capacitação ou treinamento específico a que se submeteram 40 gerentes dos equipamentos de gastronomia. Tabela 2.84 Capacitação ou treinamento em temas específicos dos dirigentes dos equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte - 2010 CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO ESPECÍFICO Turismo/hotelaria Gestão Administrativa Gestão de Qualidade Gastronomia Total FREQUÊNCIA Abs. 5 17 9 9 40 % 12,5 42,5 22,5 22,5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A análise dos dados do gráfico 2.56 evidencia a concentração da capacitação dos participantes da amostra em cursos de Gestão Administrativa, com 17 (42,5%) participantes, enquanto que em Gestão da Qualidade. Em se tratando de dirigentes, é compreensível a preferência por temas relacionados à gestão, não justificando, no entanto, a baixa capacitação de 9 (22,5%) em Gastronomia, principal área de atuação dos estabelecimentos pesquisados. É recomendável buscar a ampliação dos conhecimentos na área que constitui o principal foco dos negócios e empreendimentos. − − 173 Gráfico 2.56 Participação em cursos de capacitação dos dirigentes dos equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte – 2010 3% 2% 5% NR 8% não participou de nenhum 36% 15% participou de 1 curso participou de 2 cursos participou de 3 cursos 31% participou de 4 cursos participou de 5 cursos Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo Para melhorar o desempenho do setor e sua adequação com a consolidação da cidade como destino voltado para a realização de eventos de porte especial, é requisito tão importante quanto a qualificação atual a disposição do quadro de dirigentes de participar de cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio/função. A tabela 2.1.85 indica o interesse e a programação dos dirigentes dos equipamentos gastronômicos pesquisados em participar de cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio/função. Manifestaram sua intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional mediante a participação em cursos imediatamente ou em até os próximos dois anos 25 (64,1%). Este dado constitui um importante indicador do reconhecimento, por parte dos dirigentes pesquisados, da urgência em ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio/função, bem como da efetividade da decisão de participar de programas de treinamento/capacitação gerencial. Tabela 2.85 Interesse e programação dos dirigentes dos equipamentos gastronômicos quanto a sua participação em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negocio/função - Belo Horizonte - 2010 QUANDO PRETENDE FAZER CURSO O quanto antes Nos próximos dois anos Entre os próximos dois e quatro anos Não pretende fazer curso NS NR Total NÚMERO DE EMPRESÁRIOS Abs. % 14 35,9 11 28,2 3 7,7 9 23,1 1 2,6 1 2,6 39 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Não pretendem fazer cursos 9 (23,1%) e 3 (7,7%) projetaram a sua capacitação para o período de dois a quatro anos futuros, revelando-se pouco sensibilizados para a importância de seu aprimoramento profissional. A tabela 2.86 indica os cursos de aperfeiçoamento que os dirigentes dos estabelecimentos selecionados declararam que pretendem fazer. − − 174 Tabela 2.86 Indicação de curso de aperfeiçoamento relacionados a negócio ou função que os dirigentes dos estabelecimentos declararam que pretendem fazer - Belo Horizonte - 2010 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO Administração Gestão Financeira Gestão de pessoal Contabilidade Planejamento Gastronomia Marketing e Comunicação Atendimento ao Cliente Idioma estrangeiro Hotelaria Negociação Total NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 10 25,6 5 12,7 3 7,7 3 7,7 1 2,6 8 20,5 3 7,7 1 2,6 3 7,7 1 2,6 1 2,6 39 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto aos temas dos cursos demandados, os dados confirmam a preferência dos gestores pelas questões administrativas (administração, gestão financeira, contabilidade e planejamento), que representam mais de 50% das indicações de cursos, seguindo-se os da área de Gastronomia, que representam 20,5% do total. Surpreende o baixo número de indicações de cursos relacionados ao marketing, comunicação, atendimento ao cliente e negociação, áreas de conhecimento essenciais para a ampliação da clientela e dos negócios. Apenas três participantes mencionaram interesse em curso de idiomas estrangeiros, apesar da grande divulgação nos meios de comunicação, congressos, feiras e outros eventos sobre a importância do domínio de outras línguas no setor turístico, devido ao grande fluxo de estrangeiros esperados para a Copa de 2014 e as Olimpíadas. Com o objetivo de compreender melhor os fatores restritivos aos programas e políticas voltados a formação profissional, foi também investigada a opinião dos entrevistados sobre as principais carências dos cursos de capacitação destinados ao nível gerencial em Belo Horizonte. A maior deficiência citada na tabela 2.87, que captou 23 opiniões, refere-se a pouca ênfase dos cursos e programas em oferecer condições dos participantes praticarem as habilidades e capacidades ministradas. − − 175 Tabela 2.87 Principais carências/deficiências dos cursos de formação/capacitação para o nível gerencial, segundo opinião dos dirigentes dos estabelecimentos gastronômicos em Belo Horizonte – 2010. PRINCIPAIS CARÊNCIAS / DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS Foco na teoria e pouca prática Falta foco nas áreas de gestão (financeira, de pessoal, contábil) Falta de recursos para o estudante (estágios, congressos) Carência de professores Cursos superficiais pela carga horária reduzida Custo elevado dos cursos Encaminha os profissionais a grandes redes Não há garantia de emprego Pequena oferta de cursos virtuais Poucas opções de cursos Falta de interesse Não existe Total de respostas NÚMERO DE CITAÇÕES Abs. 7 4 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 23 % 30,0 17,4 13,0 4,3 4,3 4,3 4,3 4,3 4,3 4,3 4,3 4,3 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A Tabela 2.1.88 apresenta a relação de instituições citadas pelos participantes, totalizando 65 indicações. Revela-se a grande visibilidade do Senac no setor. Nenhuma das faculdades mencionadas atingiu mais de 7% das citações. Fato ainda surpreendente é a reduzida menção ao Sebrae, instituição capacitadora voltada especificamente para este público, os empresários. Tabela 2.1.88 Principais Instituições Formadoras e Capacitadoras de Profissionais de Nível Gerencial, segundo opinião dos dirigentes dos estabelecimentos em Belo Horizonte – 2010. INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS Senac Sebrae CDL Puc Minas Newton Paiva Fumec Abrasel Senai Estácio de Sá UFMG UNA Uni-BH Outros Total de citações NUMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 21 32,3 7 10,8 4 6,15 4 6,15 4 6,15 4 6,15 3 4,6 2 3,1 2 3,1 2 3,1 2 3,1 2 3,1 8 12,2 65 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo As informações coletadas mostram que a aceitação de cursos ministrados a distancia, via internet (gráf. 2.57) é relativamente baixa entre os gestores: Dos 39, 26 (66,7%) preferem cursos presenciais, 4 (10,3%) virtuais/internet e 6 (15,4%) cursos mistos (parte presencial e parte virtual). Não responderam 3 (7,7%). − − 176 Gráfico 2.57 Preferência dos gestores dos equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte sobre modalidade de curso de capacitação – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os programas de capacitação de profissionais no setor de turismo em Belo Horizonte devem promover e incentivar comportamentos e atitudes empreendedoras capazes de sustentar a consolidação da cidade como destino turístico habilitado para a realização de eventos do porte da Copa do Mundo de 2014. Uma estratégia efetiva para alinhar a cultura empresarial do setor com os padrões de qualidade e expectativas padrão internacional consiste na promoção de visitas técnicas a empreendimentos que apresentem características e requisitos coerentes com o planejamento e as metas estabelecidos. A investigação sobre a adoção desta estratégia, (gráf. 2.57) revelou que 18 (46,2%) gestores não participaram ainda de visitas técnicas a estabelecimento similares, nem mesmo na região, e apenas 6 (15,4%) declaram ter participado de visita técnica no exterior. Os altos custos deste tipo de programa, aliados à necessidade de o participante apresentar disponibilidade de tempo para se ausentar por período significativo, são fatores restritivos à abrangência desta alternativa. Será necessário formular propostas complementares e capazes de multiplicar os efeitos destas visitas, de forma que possam atingir um número significativo de empresários. Tal medida é fundamental, pois eles correm o risco de assistir à ação de novos entrantes como concorrentes, ávidos de aproveitar as novas oportunidades geradas pelo crescimento (alavancagem) do fluxo turístico dos eventos esportivos, culturais, científicos e de negócios que a cidade deve se preparar para receber. − − 177 Gráfico 2.58 Participação dos dirigentes dos equipamentos gastronômicos em visitas técnicas a estabelecimentos similares - Belo Horizonte - 2010 estabelecimento da mesma rede/cadeia outros estabelecimentos na cidade outros estabelecimentos no país 46 38 36 outros estabelecimentos no exterior 15 8 não participou % Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O Quadro dos recursos humanos nos serviços e estabelecimentos de gastronomia Os 39 estabelecimentos pesquisados empregam 1.423 profissionais. A amostra apresenta pequena participação de microempresas. A tabela 2.89 mostra que 4 (10,3%) empresas têm menos de 11 empregados; 17 (43,6%) de 11 a 30 empregados; 1(2,6%) mais de 80 indivíduos, possuindo um quadro com 103 profissionais. Tabela 2.89 Classificação dos Estabelecimentos de gastronomia em Belo Horizonte, por número total de empregados – 2010 CLASSES POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS NO ESTABELECIMENTO De 01 a 10 De 11 a 20 De 21 a 30 De 31 a 40 De 41 a 50 De 51 a 60 De 61 a 70 De 71 a 80 Acima de 80 Total de estabelecimentos FREQUÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS ABS % 4 10,3 7 17,9 10 25,6 4 10,3 4 10,3 3 7,7 3 7,7 3 7,7 1 2,6 39 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.90 destaca a presença de empregados bilíngues nos estabelecimentos gastronômicos. A pesquisa mostrou que cerca de 19 (48,7%) estabelecimentos não possuem empregados bilíngues. O dado surpreende e preocupa, pois os participantes da amostra foram selecionados, inicialmente, por apresentarem maior visibilidade e potencial de utilização turística em um destino que já registra 12,9% de turistas estrangeiros, com tendência crescente, segundo consta do item desta pesquisa relativo à demanda turística. − − 178 Tabela 2.90 Classificação dos estabelecimentos gastronômicos, por número de empregados bilíngues segundo informação dos dirigentes, Belo Horizonte - 2010 CLASSE POR NUMERO DE EMPREGADOS BILÍNGÜES Nenhum 1 2 3 4 5 Mais de 5 Total de estabelecimentos FREQÜÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS Abs. % 19 7 5 3 0 3 2 39 48,7 17,9 12,8 7,7 0,0 7,7 5,1 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As tabelas 2.91 e 2.92 demonstram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo opinião dos dirigentes dos estabelecimentos pesquisados. A avaliação que os entrevistados fazem da oferta de profissionais revela maiores dificuldades nas funções operacionais. Para 28 (71,8%) gestores foi considerada ―insuficiente‖ e para 32 (82%), ―pouco qualificada‖. O grupo ocupacional de supervisão, apesar de um pouco melhor, também é citado como problemático, sendo considerado como ―insuficiente‖ por 24 (61,5%) e como ―pouco qualificados‖ por 26 (66,7%). Tabela 2.91 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo opinião dos dirigentes dos estabelecimentos - Belo Horizonte - 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial SUFICIENTE Abs. % 11 28,2 13 33,3 18 46,1 ASPECTO AVALIADO – QUANTIDADE INSUFICIENTE NR. Abs. % Abs. % 28 71,8 24 61,5 2 5,2 17 43,6 4 10,3 TOTAIS Abs. % 39 100,0 39 100,0 39 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Tabela 2.92 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo opinião dos dirigentes dos estabelecimentos - Belo Horizonte - 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial QUALIFICADO Abs. 6 10 16 % 15,4 25,6 41,0 ASPECTO AVALIADO – QUALIDADE POUCO NR. QUALIFICADO Abs. % Abs. % 32 82,0 1 2,6 26 66,7 3 7,7 19 48,7 4 10,3 TOTAIS Abs. 39 39 39 % 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos As empresas, em sua maioria, apontam como problema a qualidade da mão de obra e a dificuldade de contração de bons profissionais. Neste contexto, o processo de recrutamento − − 179 torna-se fator estratégico para a captação de profissionais qualificados no mercado, principalmente em um setor tão específico como o gastronômico. A tabela 2.93 mostra que 23 (59,0%) empresas pesquisadas recrutam seus profissionais por meio da indicação dos empregados atuais. Este método, no entanto, além de informal, restringe o número de candidatos potenciais que a empresa consegue atingir, pois nem sempre abrange os candidatos com formação profissional. Formas mais efetivas de atrair os melhores profissionais, como a contratação de empresa especializada na seleção e colocação de recursos humanos, são práticas relatadas por apenas 3 (7,7%) equipamentos da amostra. Até mesmo a utilização de banco de currículo foi pouco citada como forma principal de recrutamento, 7(17,9%). Também a utilização do SINE revelou-se pouco usual. Tabela 2.93 Principal forma de recrutamento utilizada pelas empresas, segundo seus dirigentes - Belo Horizonte – 2010. FORMA DE RECRUTAMENTO Indicação de empregados da empresa Banco de currículo Sine Empresa de recursos humanos Outra Total FORMA DE RECRUTAMENTO ABS. % 23 59,0 7 17,9 4 10,3 3 7,7 2 5,1 39 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.94 apresenta o grau de dificuldade encontrado pelos dirigentes para recrutar profissionais qualificados para as funções a serem desempenhadas. As funções identificadas como as mais difíceis de encontrar profissionais qualificados são as exercidas na cozinha - auxiliar de cozinha; cozinheiro; chefe de cozinha; saladeira; passador de carne; churrasqueiro, e pizzaiolo - e no atendimento direto ao cliente: garçom. Tabela 2.94 Funções em que é mais difícil recrutar empregados com a qualificação pretendida, segundo opinião dos gestores – Belo Horizonte - 2010 FUNÇÃO Cozinha (chefe de cozinha, passador de carne, churrasqueiro, pizzaiolo) Garçom Atendimento Gerencial Caixa Copeiro Faxineiro Metria Porteiro Telemarketing Todos os setores Total NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 21 15 5 4 1 1 1 1 1 1 1 39 53,8 38,4 12,8 10,2 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 2,5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os fatores citados como dificultadores do processo de suprimento das necessidades de pessoal são destacados na tabela 2.95. A baixa qualificação da mão de obra foi apontada por 24 (61,5%) gestores como o principal fator. Também foram citados o caráter pouco atrativo das funções (jornada de trabalho noturna e trabalho árduo sob condições − − 180 desconfortáveis, ocasionando cansaço físico), o baixo profissionalismo e pouco compromisso da mão de obra. Características específicas dos serviços prestados em alguns estabelecimentos, que exigem habilidades e capacidades para o preparo de cardápio e a prestação de serviços diferenciados também foram mencionadas como fatores dificultadores. Tabela 2.95 Fatores que dificultam o recrutamento de empregados com a qualificação pretendida, segundo opinião gestores dos equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte - 2010 TOTAL FATOR Baixa qualificação da mão de obra Falta de profissionais no mercado e concorrência entre as empresas Cardápio e serviços oferecidos são muito específicos Falta de experiência profissional Horário noturno e trabalho no final de semana Nível de exigência do estabelecimento e do público Ninguém quer Falta de profissionalismo TOTAL Abs. 24 5 4 3 2 2 1 1 39 % 61,5 12,8 10,2 7,7 5,1 5,1 2,5 2,5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Desenvolvimento e capacitação A formação e capacitação dos profissionais do setor gastronômico são essenciais para assegurar a qualidade dos serviços prestados. Nessa perspectiva, a pesquisa procurou investigar as estratégias utilizadas pelo empregador para treinar e aprimorar os profissionais contratados. O treinamento em serviço foi a modalidade mais usual nos equipamentos gastronômicos para 33 (84,6%) gestores (tab. 2.96). No entanto, é difícil avaliar sua efetividade, pois com esta denominação os gestores podem estar se referindo a ações muito diferenciadas, compreendendo desde uma simples orientação até o acompanhamento direto na realização das tarefas inerentes à função. Outros recursos adotados são: promoção de cursos internos, para 15 (38,5%), e flexibilização do horário de trabalho dos empregados para que possam participar de cursos fora da empresa, para 21 (53,3%). Quanto à ajuda financeira para participar de cursos fora da empresa, apenas 13 (33,3%) gerentes informaram que concedem. Tabela 2.96 Estratégias adotadas pelos equipamentos selecionados para formação/capacitação dos empregados – Belo Horizonte – 2010 TOTAL SIM NÃO TOTAIS ESTRATÉGIAS E INCENTIVOS Abs. % Abs. % Abs. % Dá treinamentos em serviço Promove cursos internos Flexibiliza horário para cursos fora da empresa Fornece ajuda financeira para cursos fora da empresa 33 15 84,6 38,5 6 24 15,4 61,5 39 39 100,0 100,0 21 53,8 18 46,2 39 100,0 13 33,3 26 66,7 39 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 É importante ressaltar que os problemas identificados em relação à insuficiência de mão de obra qualificada só serão solucionados ou minorados caso o empregador se comprometa, efetivamente, com esse processo, através do incentivo ou, até mesmo, do patrocínio à participação dos empregados em cursos e programas de treinamento e qualificação. − − 181 Manutenção e remuneração de recursos humanos Se suprir as necessidades de pessoal qualificado recrutando no mercado ou formando os seus empregados é um desafio no setor gastronômico, ainda mais relevante é manter os bons profissionais no estabelecimento pelo maior tempo possível. Ao que parece, não é esta a situação do setor. A alta rotatividade de mão de obra, com tempo médio de permanência dos empregados na empresa de menos de 1 ano, foi declarada por 5 (12,8%) gestores, enquanto para 21 (53,8%) os profissionais ficam na empresa por um período de 1 a 5 anos (tab. 2.97). Tabela 2.97 Faixa de tempo médio de permanência dos empregados nos estabelecimentos de gastronomia em Belo Horizonte - 2010 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA (ANOS) Menos de 1 1a5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 Total TOTAL Abs. 5 21 10 2 1 39 % 12,8 53,8 25,6 5,1 2,6 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A Tabela 2.1.98 exibe as funções nas quais as empresas selecionadas enfrentam maior dificuldade para manter o empregado. As funções de cozinha e as de atendimento aos clientes foram apontadas por 27 (69,2%) e 9 (23,1%) gestores, respectivamente, como as aquelas em que é mais difícil manter os empregados. Tabela 2.1.98 Identificação de funções nas quais os equipamentos de gastronomia de Belo Horizonte enfrentam maior dificuldade para manter os empregados – 2010 FUNÇÃO Cozinha e copa (cozinheiro, churrasqueiro, pizzaiolo, ajudante de cozinha, copeiro, etc.) Garçom Serviços Gerais / faxina Atendimento Telemarketing Nenhuma Total NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 27 69,2 9 4 4 1 2 39 23,1 10,2 10,2 2,5 5,1 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo A Tabela 2.99 indica as razões apresentadas pelos dirigentes participantes da pesquisa para a alta rotatividade de mão de obra no setor de gastronomia. Na opinião de 11 (28,2%) gestores, os salários praticados constituem o principal motivo para a pela alta rotatividade de mão de obra do setor; de 8 (20,5%), as condições árduas e estressantes do trabalho (serviço pesado) e a falta de qualificação; de 6 (15,4%) a grande oferta de emprego (profissionais disputados) e a falta de responsabilidade, comprometimento e interesse dos profissionais; de 2 (5,1%), horário noturno/turnos. − − 182 Apenas um dirigente aventou a possibilidade de sua gestão de recursos humanos não ser adequada à solução dos problemas quando menciona, explicitamente, ―Acho que não encontramos um balanço entre a remuneração e a qualificação‖. Tabela 2.99 Razões da alta rotatividade dos funcionários na opinião dos dirigentes dos equipamentos de gastronomia pesquisados – Belo Horizonte - 2010 FREQUÊNCIA Abs. % 11 28,2 8 20,5 8 20,5 6 15,4 RAZÕES DA ROTATIVIDADE Salário Serviço pesado Falta de qualificação Profissionais disputados / Grande oferta de emprego Falta de responsabilidade, comprometimento e de interesse dos profissionais Grande rotatividade no setor Horário de trabalho (turnos e horário noturno) Total 6 15,4 5 2 39 12,8 5,1 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quando o mercado de trabalho apresenta-se restrito, tornando difícil o recrutamento de trabalhadores com qualificação ou a manutenção dos talentos profissionais existentes nos quadros da empresa, a política de remuneração reveste-se de importância ainda maior. Essa política é um dos instrumentos que as empresas utilizam para ampliar sua capacidade de atração e conservação de talentos profissionais. A Tabela 2.100 indica que 16 (41,0%) equipamentos adotam política salarial no nível mínimo (piso salarial definido em convenção coletiva da categoria); 12 (30,8%) praticam remuneração até 20% acima do piso; 9 (23,1%) pagam 20% acima do piso salarial da categoria. Tabela 2.100 Política de remuneração dos estabelecimentos de gastronomia em relação ao mercado de Belo Horizonte – 2010 REMUNERAÇÃO Piso da convenção coletiva da categoria Até 20% acima do piso Mais de 20% acima do piso NR Total FREQUÊNCIA Abs. % 16 41,0 12 30,8 9 23,1 2 5,1 39 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A Tabela 2.101 destaca a política de remuneração e benefícios concedidos pelos equipamentos de gastronomia. Quanto à concessão de benefícios, a prática citada encontra-se ainda muito restrita aos casos legalmente previstos: alimentação e transporte. A assistência à saúde (seguro ou plano de saúde) é concedida por apenas 10 (25,6%) equipamentos. A participação nos resultados surpreende, na medida em que é declarada por 12 (30,8%) estabelecimentos. Não se pode descartar a hipótese de alguns participantes terem-se referido à comissão sobre o faturamento (10%), e não à participação nos resultados. A participação do empregado nos lucros é considerada fator fundamental para o seu envolvimento e comprometimento com a instituição, pois ele tende a permanecer mais tempo, além de buscar melhorar a qualidade dos serviços prestados e diminuir os custos. − − 183 Neste caso, a eficácia dos programas e ações de desenvolvimento profissional tende a ser maior. Tabela 2.101 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos equipamentos de gastronomia – Belo Horizonte - 2010 BENEFÍCIOS OFERECIDOS Alimentação Seguro/Plano de Saúde Transporte Participação nos resultados Outro benefício FREQUÊNCIA Não Totais Abs. % Abs. % Sim Abs. % 37 10 37 13 4 94,9 25,6 94,9 33,3 10,3 2 29 2 26 35 5,1 74,4 5,1 66,7 89,7 39 39 39 39 39 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Associativismo e participação em entidades representativas O processo de desenvolvimento da atividade turística pretendido deverá se apresentar de forma sustentável, capaz de propiciar ganhos e benefícios à população local e de minimizar, quando não eliminar, os ônus decorrentes da expansão da atividade. Para tanto, a população e a sociedade local precisam ser sensibilizadas a passar por processos de alinhamento cultural e mudança de comportamentos. O que se pretende é o desenvolvimento dos diferentes grupos sociais que compõem a sociedade local, e não a sua exploração por empreendimentos externos. A organização dos agentes econômicos é a melhor maneira de viabilizar sua participação ativa no processo de desenvolvimento do setor turístico, influenciando desde a concepção até a viabilização de projetos que consolidem Belo Horizonte como destino turístico relevante. De acordo com a política nacional para o desenvolvimento sustentável das atividades turísticas, na administração do estado de Minas Gerais e do município existem canais de participação dos atores sociais envolvidos com o setor: os Conselhos de Turismo. O Conselho Estadual dispõe de Câmaras Temáticas, sendo uma delas a Câmara de Capacitação. Tanto no nível estadual como no local, compõem o conselho as principais instituições representativas do empresariado. Entre gestores dos estabelecimentos pesquisados, 15 (38,5%) participam ativamente de entidades de representação/associação; 7 (17,9%) tem baixa participação; e 10 (25,6%) participação inexistente. Não responderam 7 (17,9%) (tab. 2.102) Tabela 2.102 Participação em entidades de representação/associação empresarial segundo informação dos dirigentes dos equipamentos selecionados – Belo Horizonte - 2010 NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO Ativa Baixa Inexistente NR Total FREQUÊNCIA Abs. 15 7 10 7 39 % 38,5 17,9 25,7 17,9 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os fatores mencionados como dificultadores da participação, (tab. 2.103) podem ser sintetizados em três categorias: falta de tempo dos empresários/dirigentes; desunião do setor; e críticas e insatisfação com o desempenho das entidades. − − 184 Tabela 2.103 Fatores que dificultam a participação nas entidades de representação/associação empresarial, segundo opinião dos dirigentes dos equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte - 2010 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO Não há dificuldades Falta de tempo do empresário Falta de divulgação e comunicação com o associado Pouco representativa e pouca ação As entidades são fechadas Existem muitos interesses pessoais, associações desvirtuadas Desunião do setor Total de respostas Total de entrevistas TOTAL Abs. 8 6 6 3 2 2 1 28 39 % 20,5 15,4 15,4 7,7 5,1 5,1 2,6 71,8 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apesar das críticas, observa-se que os gestores reconhecem que a participação nas entidades gera benefícios para as atividades das empresas associadas. A tabela 2.104 revela que 15 (38,5%) consideram que são gerados bastantes benefícios, enquanto que 12 (30,8%) acham que os benefícios são poucos. Tabela 2.104 Opinião dos dirigentes dos equipamentos de gastronomia sobre os benefícios gerados pelas entidades de representação/associação empresarial - Belo Horizonte - 2010 Opinião dos Dirigentes Bastante Pouco NR Nada Total TOTAL Abs. 15 12 7 5 39 % 38,5 30,8 17,9 12,8 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os tipos de benefícios esperados pelos dirigentes, decorrentes de sua participação nas entidades representativas e associativas, estão categorizados no quadro 2.44. − − 185 Quadro 2.44 Benefícios esperados pelos dirigentes dos equipamentos de gastronomia decorrentes de sua participação em entidades de representação/associação – Belo Horizonte – 2010 CATEGORIA BENEFÍCIO Representatividade Integração setorial Marketing e serviços de comunicação Apoio e assessoria na área administrativa e jurídica Crédito BENEFÍCIO ESPERADO Maior representatividade perante os governos federal, estadual e municipal Representação efetiva da classe Rede de contatos Participação para desenvolver o turismo Reforço à imagem da empresa Divulgação do nome e do equipamento em nível nacional Redução de custos/gastos de divulgação Mídia institucional, apoio para esses "links" com outras instituições ligadas ao setor Maior retorno do público, maior visibilidade Atração de cliente do estrangeiro Mais clientes para o restaurante Aumento no faturamento, a partir, por exemplo, de festivais gastronômicos Melhoria do negócio e das parcerias Serviços e assistência em recursos humanos: recrutamento e treinamento de pessoal Escolas de capacitação de profissionais e associados Acesso a mão de obra especializada e a técnicas de gestão moderna Apoio logístico Orientação nas áreas gerenciais Apoio a busca e o acesso ao crédito Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos de gastronomia A análise da qualificação dos profissionais do setor gastronômico relacionada com o turismo em Belo Horizonte aponta como seu principal problema a insuficiência de profissionais qualificados, em especial nas áreas finalísticas, como cozinha e atendimento ao cliente. Nas entrevistas com as instituições formadoras e capacitadoras de mão de obra salientouse a dificuldade para a formação de turmas. O SEBRAE, o SENAC, e a ABRASEL, entre outras instituições que oferecem cursos na área, reclamam que não conseguem candidatos suficientes para os cursos que oferecem. A hipótese relativa aos custos dos programas oferecidos não se constitui em explicação suficiente, uma vez que este problema aflige também as instituições que operam com programas subsidiados pelo setor público, como é o caso de programas oferecidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (SEDESE/MG). Outro argumento seria a falta de informação, tanto dos dirigentes quanto dos profissionais, sobre os cursos e as oportunidades oferecidas no mercado, assim como o desconhecimento dos programas governamentais que disponibilizam recursos para capacitar os setores que estarão diretamente envolvidos com a realização de grandes eventos como a Copa do Mundo de 2014. É necessário superar o impasse relatado. Para tanto, sugere-se a realização de fórum de discussão e negociação de políticas e ações estratégicas para a abordagem das questões priorizadas. Este fórum deverá contar com a participação dos conselhos e entidades − − 186 representativas dos empresários e dos trabalhadores. Assim, será possível promover cursos de capacitação e suprir, de fato, as necessidades de mão de obra para o desenvolvimento do setor e atender às expectativas dos profissionais da área. No que se refere à gestão de recursos humanos, observou-se que os equipamentos da amostra não possuem uma política de pessoal que não apenas contemple a captação de pessoal qualificado, mas que vise à manutenção desse profissional. Predomina uma postura informal, principalmente em relação ao processo de recrutamento e à seleção de pessoal – em sua maioria, feita mediante a indicação de outros funcionários. Essa postura também é observada em relação ao processo de capacitação e treinamento, caracterizado pela prática do treinamento em serviço. Não há uma política que vise ao crescimento, à capacitação e à manutenção dos profissionais, com programas regulares de treinamentos e capacitação nas áreas carentes do setor (gastronomia, atendimento ao cliente, línguas, etc.), bem como uma remuneração que atraia e retenha talentos. A abordagem dos problemas de pessoal identificados na pesquisa contempla na dimensão interna às empresas do setor gastronômico a ampliação da profissionalização da área de Recursos Humanos. O bom desempenho e o aprimoramento profissional podem ser incentivados mediante a adoção de política e de mecanismo de gestão de pessoas, possibilitando ao empregado a percepção da possibilidade de crescer na carreira e de obter ganhos futuros se permanecer na empresa. O cenário mudou. Hoje, os candidatos a emprego buscam instituições que ofereçam oportunidades de crescimento profissional, além de recompensas que justifiquem a sua colaboração para o negócio da empresa, como remuneração adequada e o fato de se sentirem desafiados a participar das decisões que envolvem diretamente suas ações. Uma das consequências dessa indefinição quanto à política de pessoal é o alto grau de rotatividade entre os profissionais da área finalística, principal sintoma da insatisfação com o salário, conforme apontado pela maioria dos gestores, e com as condições de trabalho: serviço pesado e horário, entre outros. Sugere-se às entidades representativas, que mantenham um banco de candidatos e convênios com escolas e instituições formadoras. A este respeito ressalta-se a iniciativa do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte (SINDHORB/BH) de implantar de escola de formação no âmbito da entidade para treinamento de mão de obra operacional. Em entrevista, a direção do sindicato apresentou como justificativa para a implantação da escola de formação a avaliação de que os cursos atualmente oferecidos pelas diversas instituições que atuam no mercado local não são adequados às características do setor, principalmente no que tange a: disponibilidade de tempo requerida do treinando, que não é compatível com o funcionamento dos estabelecimentos, além dos altos custos. A estratégia que o sindicato pretende adotar é modular os cursos de acordo com os diferentes graus de complexidade das tarefas e adequar a carga horária à disponibilidade dos alunos e às necessidades de seus empregadores. Nesta linha, a capacitação seria continuada, permitindo acompanhar o desenvolvimento de competências essenciais dos participantes. Quanto aos custos, a direção mencionou que busca sua redução a partir da constituição de parcerias e do acesso às linhas de financiamento público. 2.1.4.3. Setor de serviços e equipamentos de agenciamento Da amostra de serviços e equipamentos de agenciamento de viagens e turismo que atuam em Belo Horizonte foram efetivamente contemplados na pesquisa 10 estabelecimentos (quadro 2.45). Todos os serviços e equipamentos de agenciamento pesquisados oferecem, também, serviços de transporte. − − 187 Quadro 2.45 Serviços e equipamentos de agenciamento de Belo Horizonte – 2010 EQUIPAMENTO Condotti Viagens e Turismo Ltda. Brasil Aventura Expedições Ltda Trilhas de Minas Beagatur Turismo Ltda. Primotur Turismo e Promoção de Eventos Arte Y Vida Turismo Tauanã Agência de Viagens e Turismo Ltda. Wj Viagens e Turismo Ltda./CVC Master Turismo Ltda. Pampulha Turismo Ltda. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A metade dos estabelecimentos pesquisados oferece, simultaneamente, serviços receptivos e emissivos de turistas, três caracterizam-se como prestadores de serviços apenas receptivo e dois são unicamente emissivos (tab. 2.105). Tabela 2.105 Composição da amostra pesquisada de estabelecimentos de serviços e equipamentos de agenciamento, Belo Horizonte 2010 TIPO DE EQUIPAMENTO Receptivo e emissivo Apenas receptivo Apenas emissivo Total NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS Abs. % 5 3 2 10 50 30 20 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Perfil dos dirigentes Dos dirigentes dos serviços e equipamentos de agenciamento 3 (30,0%) têm vínculo empregatício (cargos de administração, gerência e coordenação) e 7 (70,0%) são proprietários diretores. São do sexo masculino 7 (70,0%) e 3 (30,0%) são do sexo feminino. A faixa etária e a escolaridade dos dirigentes são apresentadas na tabela 2.106. Tabela 2.106 Faixa etária e escolaridade dos empresários e dirigentes dos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 FAIXA ETÁRIA Menos de 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos 61 a 70 Mais de 70 anos Totais NÍVEL DE ESCOLARIDADE Médio Universitário Pós-graduação 1 1 2 1 1 1 1 2 1 4 5 TOTAL Abs. % 1 10,0 3 30,0 3 30,0 3 30,0 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Os dados mostram um perfil de dirigentes que se distribui equitativamente entre as faixas etárias de 31 a 40 anos, de 41 a 50 e de 51 a 60 anos, com 30,0% cada, perfazendo 90,0% da amostra. Apenas 1 (10,0%) dirigente está com menos de 30 anos. − − 188 O nível de escolaridade dos dirigentes é elevado: 5 (50,0%) têm pós-graduação, 4 (40,0%) têm curso superior e 1 (10,0%) só possui o nível médio. Quanto à participação dos dirigentes em cursos de capacitação e treinamento nos temas investigados: Turismo/Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da Qualidade e Gastronomia (gráf. 2.58), 2 (20,0%) declararam a participação em três cursos; 5 (50,0%) em dois; e 2 (20,0%) em um curso. Dos participantes 1 (10,0%) informou não ter participado de nenhum treinamento. Gráfico 2.58 Participação em cursos de capacitação dos dirigentes dos equipamentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 20% 10% 20% Nenhum participou de 1 curso 50% participou de 2 cursos participou de 3 cursos Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.107. evidencia as áreas ou temas dos cursos de capacitação ou treinamento específico que atraíram a participação dos dirigentes. O tema relativo a turismo e hotelaria foi o que atraiu o maior número de participantes do setor, 6 (60,0%), seguido de gestão administrativa, 5 (50,0%). Chama a atenção o fato de nenhum dos dirigentes pesquisados ter declarado possuir capacitação em gastronomia e de apenas 1 (10%) ter curso de gestão de qualidade. Cabe investigar se o fato é indicador de baixa sensibilidade para a importância desses temas para a área de atuação ou se a oferta é insuficiente. Tabela 2.107 Participação em cursos de capacitação ou treinamento especifico, equipamentos de agenciamento em Belo Horizonte - 2010 Participação em cursos ÁREAS/TEMAS DOS CURSOS Sim Não abs % abs % Turismo e hotelaria 6 60,0 4 40,0 Gestão administrativa 5 50,0 5 50,0 Gestão de qualidade 1 10,0 9 90,0 Gastronomia 0 0,0 0 10,0 Outros 0 0,0 0 10,0 dos dirigentes dos Total abs 10 10 10 10 10 % 100 100 100 100 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.108 indica o interesse e a programação dos dirigentes dos equipamentos de agenciamento quanto à sua participação futura em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio/função. Tabela 2.108 Interesse e programação dos dirigentes dos estabelecimentos de agenciamento pesquisados quanto à sua participação futura em − − 189 cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negocio ou função - Belo Horizonte – 2010. QUANDO PRETENDE FAZER CURSO O quanto antes Nos próximos dois anos Não pretende fazer curso Total NÚMERO DE EMPRESÁRIOS Abs. % 6 60,0 3 30,0 1 10,0 10 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Manifestaram sua intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional através da participação em cursos imediatamente ou em até os próximos dois anos 9 (90,0%) gestores contra 1 (10,0%) que não pretende fazer curso. O dado é bastante positivo, ao indicar o reconhecimento por parte dos gestores da necessidade/importância de ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio/função. Quanto aos temas dos cursos demandados, foram citados: gestão de pessoas, negociação, programa de gestão de mercado ―Business to Business‖, vendas na área internacional e línguas. A tabela 2.109 apresenta a relação de instituições citadas pelos participantes como habilitadas na capacitação da área. Dessas citações, 60,0% são faculdades. O Sebrae foi citado por 3 (30,0%) dirigentes e o Senac por 2 (20,0%). Nos demais casos, foi registrada apenas uma indicação para cada organização capacitadora. Tabela 2.109 Principais instituições formadoras e capacitadoras de nível gerencial, segundo os dirigentes dos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010. INSTITUIÇÕES FORMADORAS/ CAPACITADORAS Fumec Newton Paiva UFMG Puc Minas Fatec Una Sebrae Senac Abav AD&R Treinamentos, Embratur Amanna Kay Total NUMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 4 17,4 3 13,0 3 13,0 2 8,7 1 4,4 1 4,4 3 13,0 2 8,7 1 4,4 1 4,4 1 4,4 1 4,4 23 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Investigou-se, também, a opinião dos entrevistados sobre as principais carências dos cursos de capacitação profissional destinados ao nível gerencial em Belo Horizonte, para esclarecer melhor os fatores restritivos aos programas e políticas voltados à formação profissional. (tabela 2.110) − − 190 Tabela 2.110 Principais carências ou deficiências dos cursos de formação e capacitação para o nível gerencial, segundo os dirigentes dos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 PRINCIPAIS CARÊNCIAS / DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS NÚMERO DE CITAÇÕES Abs. % Falta conscientização das organizações para a necessidade de desenvolver os colaboradores Cursos muito gerais, falta oferta específica por segmento Cursos muito teóricos / acadêmicos Cursos ensinam a ser empregados e não empreendedores Professores muito acadêmicos, poucos profissionais Cursos não buscam as empresas para saberem as reais necessidades do mercado Pouca oferta de cursos Total 1 9,1 2 3 1 1 18,2 27,2 9,1 9,1 2 18,2 1 11 9,1 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Entre as modalidades de cursos de capacitação oferecidas, 7 (70,0%) gestores manifestaram sua preferência pelos presenciais, seguindo-se 2 (20,0%) pelos cursos mistos (parte presencial e parte virtual) e 1 (10,0%) pelos via internet, o que mostra a pouca aceitação de cursos à distância (gráf. 2.59). Gráfico 2.59 Preferência sobre modalidade de cursos de capacitação, dos dirigentes dos estabelecimentos de serviços e equipamentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 0% 10% 20% Presencial Misto 70% Virtual internet Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A promoção de visitas técnicas a empreendimentos ―modelos‖ foi objeto de investigação nesta pesquisa, por ser considerada uma estratégia efetiva para alinhar a cultura e a performance empresarial do setor com os padrões de gestão, competitividade e qualidade de nível internacional (gráf. 2.60). − − 191 Gráfico 2.60 Participações em visitas técnicas a estabelecimentos similares, de gestores dos serviços e equipamentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 não participou 20 outros estabelecimentos no exterior 30 outros estabelecimentos no país 40 outros estabelecimentos na cidade 50 estabelecimento da mesma rede/cadeia 20 0 10 20 30 40 50 60 (%) Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Desses, apenas 20% não participaram de nenhuma visita, 30% visitou outros estabelecimentos no exterior, enquanto 50% limitou-se a visitas locais. O quadro dos recursos humanos nos equipamentos de agenciamento Os dez equipamentos participantes da pesquisa empregam 320 profissionais (tab. 2.111). As empresas com até 10 empregados representam 80% da amostra. Apenas um estabelecimento está na faixa de 20 a 30 empregados e outra informou ter um quadro de 260 empregados. Tabela 2.111 Classificação, por número total de empregados, estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 CLASSE POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS De 01 a 10 De 11 a 20 De 21 a 30 De 31 a 40 De 41 a 50 De 51 a 60 De 61 a 70 De 71 a 80 Acima de 80 Total de estabelecimentos dos FREQUÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS Abs. % 8 80,0 1 10,0 1 10 10,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.112 destaca a presença de empregados bilíngues nos estabelecimentos pesquisados. Em 7 (70,0%) existem, no máximo, três empregados com esta qualificação, em 2 (20%) não tem nenhum profissional bilíngue e em 1 (10%) existem mais de cinco. − − 192 Tabela 2.112 Classificação por número de empregados bilíngues, dos estabelecimentos de agenciamento pesquisados em Belo Horizonte/MG –2010 CLASSE POR NUMERO DE EMPREGADOS BILÍNGÜES Nenhum 1 2 3 4 5 Mais de 5 Total de estabelecimentos FREQÜÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS Abs % 2 2 4 1 20,0 20,0 40,0 10,0 1 10 10,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As tabelas 2.113 e 2.114 mostram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo a opinião dos dirigentes dos gestores. A avaliação quantitativa que os entrevistados fazem da oferta de profissionais revela maiores dificuldades nas funções de supervisão, considerada insuficiente por 8 (80,0%). Quanto ao aspecto qualitativo, 8 (80,0%) consideram a oferta de mão de obra do grupo ocupacional operacional como pouco qualificada. Tabela 2.113 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os gestores dos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial ASPECTO AVALIADO - QUANTIDADE SUFICIENTE INSUFICIENTE NR. TOTAL Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 2 20,0 7 70,0 1 10,0 10 100,0 2 20,0 8 80,0 10 100,0 1 10,0 8 80,0 1 10,0 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Tabela 2.114 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os gestores dos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial ASPECTO AVALIADO - QUALIDADE POUCO QUALIFICADO NR. QUALIFICADO Abs. % Abs. % Abs. % 2 20,0 8 80,0 4 40,0 5 50,0 1 10,0 4 40,0 6 60,0 TOTAIS Abs. 10 10 10 % 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos Os dirigentes dos estabelecimentos, em sua maioria, apontam como problema a qualidade da mão de obra e a dificuldade de contração de bons profissionais. Neste contexto, o processo de recrutamento torna-se fator estratégico para a captação de profissionais qualificados no mercado. − − 193 A tabela 2.115 mostra que a forma de recrutamento de mão de obra mais utilizada pelos equipamentos para agenciamento é o banco de currículo, citada por 7 (70,0%) gestores e a indicação de outros empregados é adotada por 1 (10,0%). A utilização de empresa de recursos humanos, forma mais profissional e especializada de recrutar funcionários com perfil e qualificação adequados e desejáveis para as diversas ocupações, não foi indicada neste segmento. Tabela 2.115 Principal forma de recrutamento utilizada pelos estabelecimentos de agenciamento em de Belo Horizonte – 2010. FREQUÊNCIA FORMA DE RECRUTAMENTO abs. 7 1 2 10 Banco de currículos Indicação de empregados da empresa Sine Empresa de recursos humanos Outra Total % 70,0 10,0 20,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.116 apresenta o grau de dificuldade encontrada pelos dirigentes para recrutar profissionais qualificados para as funções a serem desempenhadas. Para 4 (40,0%) gerentes, as funções de venda (40%), e de supervisão e gerência (20%) são as mais difíceis de encontrar mão de obra qualificada, seguindo-se funções de supervisão e gerência, para 2 (20,0%). Tabela 2.116 Funções com maior dificuldade de recrutamento de empregados com a qualificação pretendida, segundo os gestores dos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 FUNÇÕES Vendas Cargos de supervisão, gerência Operacional Receptivo Guia de campo Consultoria Total NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 4 40,0 2 20,0 1 10,0 1 10,0 1 10,0 1 10,0 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo Os fatores que mais dificultam o recrutamento de pessoal com a qualificação pretendida são destacados na tabela 2.117. A falta de formação e qualificação dos profissionais foi apontada por 4 (40,0%) gestores como o principal fator, secundado pelo fato de as escolas não oferecerem cursos específicos. Tabela 2.117 Fatores que dificultam o recrutamento de empregados com a qualificação pretendida, segundo os gestores dos estabelecimentos de agenciamento pesquisados em Belo Horizonte - 2010 DIFICULTADORES Falta de qualificação dos profissionais Função exige conhecimentos específicos Escolas não oferecem cursos específicos Falta de comprometimento do profissional Não respondeu TOTAL FREQUÊNCIA Abs. 4 1 3 1 1 9 % 40,0 10,0 30,0 10,0 10,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 194 Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos A formação e a capacitação dos profissionais são essenciais para assegurar a qualidade dos serviços prestados e consolidar e propiciar o crescimento constante do turismo de eventos e negócios em Belo Horizonte. Nessa perspectiva, a pesquisa procurou investigar as estratégias utilizadas pelo empregador para treinar e aprimorar a formação dos profissionais contratados (tab. 2.118). O treinamento em serviço e a flexibilização do horário para cursos fora da empresa são as principais estratégias citadas por 7 (70,0%) gestores; a promoção de cursos internos por 6 (60,0%); e o fornecimento de ajuda financeira para cursos externos, por 5 (50,0%). É importante ressaltar que os problemas identificados em relação à insuficiência da oferta de mão de obra qualificada só serão solucionados ou minorados caso o empregador se comprometa, efetivamente, com o processo de capacitação, através do incentivo ou mesmo do patrocínio à participação dos empregados em cursos e programas de treinamento e qualificação. Tabela 2.118 Estratégias adotadas pelos equipamentos de agenciamento para formação ou capacitação dos empregados – Belo Horizonte –- 2010 ESTRATÉGIAS E INCENTIVOS Dá treinamentos em serviço Promove cursos internos Flexibiliza horário para cursos fora da empresa Fornece ajuda financeira para cursos fora da empresa FREQUÊNCIA Sim Não Abs % Abs % 7 70,0 3 30,0 6 60,0 4 40,0 Total Abs 10 10 % 100,0 100,0 7 70,0 3 30,0 10 100,0 5 50,0 5 50,0 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Manutenção e Remuneração de Recursos Humanos Vencidas as dificuldades iniciais para recrutar e, até,, formar um quadro de pessoal qualificado, organizações se deparam com o novo desafio de manter os bons profissionais pelo maior tempo possível. O tempo médio de permanência dos empregados nas organizações pesquisadas é de 1 a 5 anos, conforme declarado por 7 (70,0%) gestores (tab. 2.1.119). Tabela 2.1.119 Tempo médio de permanência dos empregados nos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte/MG, em 2010 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA NA EMPRESA Menos de 1 ano De 1 a 5 anos De 6 a 10 anos De 11 a 15 anos De 16 a 20 anos NR Total TOTAL Abs. 1 7 1 % 10,0 70,0 10,0 1 10 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.120 aponta as funções que geram maior dificuldade para a manutenção do empregado. As funções de vendas foram apontadas por 4 (40,0%) gestores como as mais difíceis. − − 195 Tabela 2.120 Identificação de funções nas quais os estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte enfrentam maior dificuldade para a manutenção do empregado - 2010 FUNÇÕES Vendas Promoção Guia de campo Operacional Qualquer função Consultoria NR Total NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 4 40,0 1 10,0 1 10,0 1 10,0 1 10,0 1 10,0 1 10,0 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.121 relaciona as razões que os gestores apresentaram para justificar a alta rotatividade de mão de obra no setor de agenciamento. Para 6 (60,0%), a rotatividade dos profissionais nas agências de turismo está relacionada à falta de profissionais qualificados no mercado, para 2 (20,0%), aos salários; e para 1 (10,0%) à sazonalidade (tab. 2.121). Tabela 2.121 Razões da rotatividade dos funcionários para os gestores dos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte - 2010 RAZÕES DA ROTATIVIDADE Falta de profissional com qualificação no mercado Salário Sazonalidade NR Total NUMERO DE CITAÇÕES Abs. % 6 60,0 2 20,0 1 10,0 1 10,0 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo A tabela 2.1.122 indica que 2 (20%) gestores adotam política salarial no nível mínimo (piso salarial definido em convenção coletiva da categoria); 5 (50%), até 20% acima do piso; e 2 (20%) mais de 20% acima do piso. Tabela 2.122 Política de remuneração dos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte - 2010 REMUNERAÇÃO Piso da convenção coletiva da categoria Até 20% acima do piso Mais de 20% acima do piso NR Total FREQUÊNCIA Abs. % 2 20,0 5 50,0 2 20,0 1 10,0 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.123 destaca a política de remuneração e benefícios concedidos pelos equipamentos selecionados. Quanto à concessão de benefícios, surpreende observar que alguns estabelecimentos não oferecem nem mesmo aqueles legalmente previstos, pois apenas 7 (70,0%) oferecem alimentação e 8 (80,0%) oferecem o transporte Os dados da pesquisa apontam que 3 (30,0%) oferecem assistência à saúde (seguro ou plano de saúde), e 5 (50%), participação nos resultados. − − 196 Tabela 2.123 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos estabelecimentos de serviços e equipamentos de agendamento em Belo Horizonte – 2010 FREQUÊNCIA BENEFÍCIOS Sim Não Total OFERECIDOS Abs. % Abs. % Abs. % Alimentação 7 70,0 3 30,0 10 100,0 Seguro/Plano de Saúde 3 30,0 7 70,0 10 100,0 Transporte 8 80,0 2 20,0 10 100,0 Participação nos resultados 5 50,0 5 50,0 10 100,0 Outro benefício 1 10,0 9 90,0 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Associativismo e participação em entidades representativas Conforme a tabela 2.124, o nível de participação dos dirigentes dos equipamentos de agenciamento em suas entidades de representação e associação é significativo: 6 (60,0%) participam ativamente; 3 (30,0%) têm uma baixa participação e 1 (10,0%) não participa. Tabela 2.124 Participação em entidades de representação e associação empresarial segundo os gestores dos estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010 NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO Ativa Baixa Inexistente Total PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES Abs. % 6 60,0 3 30,0 1 10,0 10 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo O quadro 2.1.46 apresenta os principais fatores que dificultam, conforme os gestores, sua participação nas entidades representativas. Quadro 2.1.46 Fatores que dificultam a participação nas entidades representativas, segundo os gestores dos estabelecimentos de serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO Desconhecimento Falta de contato das entidades com as agências Falta de interesses comuns Falta de foco Comodismo dos empresários Tempo disponível Questão financeira Falta de convite Entidades não escutam as empresas Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.125 indica que 6 (60,0%) gestores consideram que são bastante importantes os benefícios gerados pelas entidades ou associações; e para 4 (40,0%), são pouco importantes. − − 197 Tabela 2.125 Percepção dos gestores dos estabelecimentos de agenciamento sobre a importância dos benefícios gerados pelas entidades representativas em Belo Horizonte – 2010 IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS Bastante Pouco Nada Total FREQUÊNCIA Abs. 6 4 0 10 % 60,0 40,0 0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Com o objetivo de fornecer subsídios para o fortalecimento das entidades, a pesquisa solicitou aos gestores que indicassem os benefícios que gostariam que os estabelecimentos recebessem em decorrência de sua participação em entidades de representação ou associativas. A tabela 2.126 informa que 4 (40,0%) gostariam que as entidades fossem mais representativas. Tabela 2.1.126 Benefícios esperados pelos gestores dos equipamentos de agenciamento em decorrência de participação em entidades de representação e associação em Belo Horizonte - 2010 BENEFÍCIOS ESPERADOS Maior representatividade Apoio no crescimento das empresas Divulgação Organização e união da classe Qualificação mão de obra operacional e gerencial Apoio a linhas de crédito e comercialização Resultados concretos Parcerias, acordos que beneficiem o turismo Total de informantes FREQUÊNCIA Abs. % 4 40 2 20 2 20 2 20 1 10 1 10 1 10 1 10 10 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos de agenciamento Os dados mostram um perfil de dirigentes predominantemente nas faixas de idade de 31 a 60 anos, constituindo um quadro bastante equilibrado nas faixas etárias mais produtivas. O nível de escolaridade dos dirigentes é elevado, bem como a participação em treinamentos, principalmente nas áreas de Turismo/Hotelaria e Gestão Administrativa. Já a demanda por capacitação nas áreas de Gestão da Qualidade e Gastronomia ficou aquém do esperado para o setor de atuação. Este é o setor, entre os pesquisados, que apresenta o maior percentual de dirigentes com capacitação/formação em turismo. O interesse e a programação dos gestores dos equipamentos de agenciamento para participação futura em cursos de aperfeiçoamento, imediatamente ou em até os próximos dois anos, é dado bastante positivo, pois indica o reconhecimento da necessidade/importância de ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio/função. As principais críticas às instituições capacitadoras referem-se a: cursos muito gerais, falta de oferta de cursos de capacitação e treinamento específicos, por segmento, e caráter muito teórico dos existentes. Uma importante medida a ser adotada, já apontada pelos participantes, é a consulta aos estabelecimentos sobre suas reais necessidades, como − − 198 subsidio básico para o desenho e planejamento da oferta de capacitação pelas instituições capacitadoras. As funções para as quais é mais difícil encontrar mão de obra qualificada são as de venda (40,0%) e as de supervisão e gerência (20,0%). A área de vendas é apontada, ainda, como a que apresenta a maior dificuldade de manutenção de mão de obra. O salário é o fator apontado na pesquisa como o principal dificultador da permanência dos empregados no estabelecimento, apesar de já estarem até 20% acima da convenção coletiva de trabalho. Este fato indica a conveniência de adotar outros benefícios e estratégias, para incentivar a maior permanência do profissional na empresa. O porte e a natureza das atividades tornam o associativismo ainda mais importante para obter escala que viabilize ações que exigem investimentos relativamente maiore, por exemplo, estruturação de programas específicos de treinamento de capacitação. A citação de instituições capacitadoras indica a existência de laços funcionais entre os estabelecimentos pesquisados e outras instituições do setor, por vezes, até mesmo, da mesma rede ou cadeia. Se, de um lado, estas relações apresentam um potencial modernizador e dinamizador do setor, ao ligarem os empreendimentos locais a outros de âmbito nacional e internacional, de outro, mascaram a necessidade de maior integração com o trade do turismo no município. As atividades neste segmento apresentam sazonalidade e exigem do profissional qualificação e conhecimentos específicos. Portanto, as funções de recursos humanos precisam ser desenvolvidas, utilizando estratégias que viabilizem a profissionalização e a modernização para atração e manutenção de talentos profissionais, apesar do porte relativamente pequeno da maioria das agências. 2.1.4.4. Serviços e equipamentos de transporte Perfil dos dirigentes Dos 5 dirigentes dos serviços e equipamentos de transporte, 3 têm vínculo empregatício (cargos de administração, gerência e coordenação) e 2 são proprietários/diretores. São do sexo masculino 4, e 1 é do sexo feminino. Gráfico 2.61 Faixa etária dos dirigentes dos serviços e equipamentos de transporte turístico em Belo Horizonte – 2010 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 menos de 20 anos de 21 a 30 40 40 de 31 a 40 de 41 a 50 20 de 51 a 60 de 61 a 70 1 mais de 71 (%) Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 199 O gráfico 2.61 mostra o perfil de dirigentes dos serviços e equipamentos de transporte turístico com idade mais avançada. Apenas um dirigente declara ter menos de 40 anos; na faixa de 41 a 50 anos, 2 e na de 51 a 60 anos 2. O nível de escolaridade dos dirigentes é elevado: 4 têm curso universitário e 1 tem pósgraduação. O gráfico 2.62, que mostra a escolaridade dos dirigentes, evidencia a superioridade dos dirigentes dos serviços e equipamentos de transporte turístico em relação a outros grupos. Gráfico 2.62 Escolaridade dos dirigentes de transportadoras turísticos em Belo Horizonte – 2010 90 80 70 60 fundamental 50 40 médio 80 universitário 30 pós graduação 20 10 0 20 0 0 (%) Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A pesquisa verificou também a participação dos entrevistados em cursos relacionados a sua atividade, tais como: Turismo, Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da Qualidade, Gastronomia ou outro, formais ou não. No caso dos dirigentes de transportadoras, todos declaram ter participado de cursos de capacitação e treinamento em Gestão Administrativa. Nos demais temas pesquisados, não foi verificada a participação de nenhum deles. Os conhecimentos na área de Turismo, em particular, são de grande importância para as empresas que nela atuam. No entanto, entre os dirigentes consultados também não foi encontrado caso de formação técnica ou universitária em turismo, hipótese que explicaria a falta de treinamento e de capacitação deles em relação ao tema. De outro lado, tão importante quanto a qualificação atual são o interesse e a disposição dos dirigentes para participação futura em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio ou função, em uma cultura de educação continuada, aspecto retratado na tabela 2.127. Tabela 2.127 Interesse e programação dos dirigentes de transportadoras turísticas a participar em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio ou função - Belo Horizonte – 2010 QUANDO PRETENDE FAZER CURSO O quanto antes Nos próximos dois anos Não pretende fazer curso Total NÚMERO DE EMPRESÁRIOS Abs. % 2 40 1 20 2 40 5 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Manifestaram sua intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional o quanto antes 2 dirigentes; 1, nos próximos dois anos e 2 não pretendem fazer novos cursos. Os temas de interesse para capacitação citados foram: Gestão de Pessoas e Gerenciamento Financeiro. − − 200 A tabela 2.128 destaca as principais instituições formadoras e capacitadoras de profissionais de nível gerencial apontadas pelos dirigentes. Tabela 2.128 Principais instituições formadoras e capacitadoras de profissionais de nível gerencial, segundo os dirigentes das transportadoras turísticas em Belo Horizonte – 2010. INSTITUIÇÕES FORMADORAS/ CAPACITADORAS UFMG PUC Fundação Dom Cabral Fundação João Pinheiro Sebrae Amanna Kay AD&R Treinamentos Companhias de turismo Total Abs. 2 1 1 1 2 1 1 1 10 NUMERO DE INDICAÇÕES % 20,0 10,0 10,0 10,0 20,0 10,0 10,0 10,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As carências nos cursos apontadas pelos dirigentes referem-se à falta de foco nas atividades práticas e a falhas na comunicação. Um entrevistado respondeu que não conhece as deficiências em questão. É relevante a observação de um participante que mencionou como aspecto comprometedor da capacitação do nível gerencial dos estabelecimentos do setor a baixa conscientização das organizações sobre a necessidade do desenvolvimento dos colaboradores. O gráfico 2.62 descreve que 2 dirigentes manifestaram sua preferência por cursos virtuais, via internet. Os cursos presenciais são a opção preferencial de 2. Não houve manifestação sobre cursos mistos, parte presencial e parte virtual. Não respondeu a questão 1 dirigente. Gráfico 2.62 Preferência sobre modalidade de cursos de capacitação dos dirigentes das transportadoras turísticas em Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Uma estratégia considerada efetiva para incrementar a performance empresarial e a adoção de padrões de gestão, competitividade e qualidade de nível internacional é a promoção de visitas técnicas a empreendimentos ―modelos‖. O gráfico 2.63 mostra que 2 dirigentes nunca participaram de visitas técnicas e 2 participaram de programas de visitas a estabelecimentos modelo na cidade e no País. No entanto, neste setor nenhum dirigente participou de visitas técnicas no exterior. − − 201 Gráfico 2.63 Participação em visitas técnicas a estabelecimentos similares, de dirigentes das transportadoras em Belo Horizonte – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quadro dos recursos humanos nos serviços e equipamentos de transporte Os cinco equipamentos participantes da pesquisa empregam 117 profissionais (tab. 2.129). Conta com menos de 10 empregados 1; entre 11 e 20 empregados, 1; entre 21 e 30 empregados 2; e entre 41 a 50, 1. Tabela 2.129 Classificação por número total de empregados dos estabelecimentos de transporte turístico em Belo Horizonte – 2010 CLASSES POR NÚMERO DE EMPREGADOS De 01 a 10 De 11 a 20 De 21 a 30 De 31 a 40 De 41 a 50 Total FREQUÊNCIA Abs. 1 1 2 0 1 5 % 20 20 40 0 20 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.130 destaca a presença de empregados bilíngues nos estabelecimentos. A pesquisa mostrou que apenas 1 não conta com funcionário bilíngue; 3 contam com dois; e 1 com três. Considerando o número limitado de profissionais bilingues (apenas 9 em um universo de 117 profissionais, ou 7,7% do total), é recomendável aprimorar esta competência nos quadros dessas empresas, de forma a estarem mais bem preparadas para receber grandes eventos internacionais. Tabela 2.130 Classificação, por número de empregados bilíngues, das transportadoras pesquisadas em Belo Horizonte/MG – 2010 CLASSE POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGÜES Nenhum 1 2 3 Total de estabelecimentos FREQÜÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS Abs. % 1 20 0 0 3 60 1 20 5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As tabelas 2.131 e 2.132 mostram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos estabelecimentos. − − 202 A avaliação que os dirigentes fazem da oferta de profissionais revela maiores dificuldades nas funções operacionais, que para 4 foi considerada ―insuficiente‖ e em 3 ―pouco qualificada‖. Para o grupo ocupacional gerencial, a oferta de mão de obra, sob o aspecto quantitativo, foi considerada ―suficiente‖, sendo também avaliada por 3 como ―pouco qualificada‖. Tabela 2.131 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes das transportadoras turísticas em Belo Horizonte - 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial Suficiente Abs. % 1 20,0 3 60,0 3 60,0 ASPECTO AVALIADO - QUANTIDADE Insuficiente NR Abs. % Abs. % 4 80,0 0 0 2 40,0 0 0 2 40,0 0 0 Total Abs. 5 5 5 % 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Tabela 2.132 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes das transportadoras turísticas em Belo Horizonte - 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial Qualificado Abs. 2 3 2 % 40,0 60,0 40,0 ASPECTO AVALIADO - QUALIDADE Pouco NR qualificado Abs. % Abs. % 3 60,0 0 0 2 40,0 0 0 3 60,0 0 0 Total Abs. 5 5 5 % 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos A tabela 2.1.133 mostra que a principal forma de recrutamento de mão de obra utilizada pelas transportadoras é o banco de currículo, citado por 4 dirigentes, embora também neste segmento, 1 ainda o faça de modo bastante informal, por meio de indicação dos empregados atuais. Não foi registrado nenhum caso de utilização de empresas de RH, uma forma mais profissional e especializada de recrutar funcionários com perfil e qualificação adequados e desejáveis para as diversas ocupações. Tabela 2.1.133 Principal forma de recrutamento utilizada pelas transportadoras turísticas em Belo Horizonte –2010 FORMAS DE RECRUTAMENTO Indicação de empregados da empresa Banco de currículo Empresa de Recursos Humanos Total FREQUÊNCIA Abs. 1 4 0 5 % 20 80 0 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os fatores destacados como os que mais dificultam o recrutamento de pessoal com a qualificação pretendida foram: falta de qualificação dos profissionais e exigência de conhecimentos específicos, como história, geografia e cultura. A pesquisa procurou investigar as estratégias utilizadas pelo empregador para treinar e aprimorar a formação dos profissionais contratados. O treinamento em serviço e os cursos internos são menos usuais Informaram flexibilizar o horário para cursos fora da empresa 4 e 3 fornecem ajuda financeira ( tab. 2.134). − − 203 Tabela 2.134 Estratégias adotadas pelas transportadoras turísticas para formação ou capacitação dos empregados em Belo Horizonte –- 2010 ESTRATÉGIAS E INCENTIVOS Dá treinamentos em serviço Promove cursos internos Flexibiliza horário para cursos fora da empresa Dá ajuda financeira para cursos fora da empresa Sim FREQUÊNCIA Não Abs. % 4 80 3 60 Abs. 1 2 % 20 40 4 80 1 3 60 2 Total Abs. 5 5 % 100 100 20 5 100 40 5 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Manutenção e remuneração de recursos humanos Vencidas as dificuldades iniciais para recrutar e formar um quadro de pessoal qualificado, as organizações se deparam com um novo desafio: manter os bons profissionais pelo maior tempo possível. É o que parece acontecer com os serviços e equipamentos de transporte turístico em Belo Horizonte. Diante da reduzida oferta de profissionais com conhecimentos e habilidades bastante específicos, os estabelecimentos competem pela mão de obra qualificada, gerando a elevação do índice de rotatividade dos empregados, cujo tempo médio de permanência nas organizações é de 1 a 5 anos conforme declarado por 4 dirigentes (tab. 2.135). Tabela 2.135 Tempo médio de permanência dos empregados nas transportadoras turísticas em Belo Horizonte – 2010 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA NA EMPRESA Menos de 1 ano De 1 a 5 anos De 6 a 10 anos De 11 a 15 anos De 16 a 20 anos NR Total TOTAL Abs. 0 4 0 0 0 1 5 % 0 80,0 0 0 0 20,0 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As indicações dos entrevistados das funções nas quais os estabelecimentos enfrentam maior dificuldade para manter o empregado em seu quadro comprovam que a ocupação mais problemática é a de motorista. Na área administrativa, especificamente nos setores contábil e de recursos humanos, também foram registradas ocupações com alta rotatividade. Na opinião da maioria dos dirigentes, as razoes da rotatividade no setor estão relacionadas a falta de habilidade e capacitação dos motoristas para o relacionamento com os clientes, baixos salários e pretensão dos empregados de querer crescer e sair da empresa (tab. 2.136). − − 204 Tabela 2.136 Razões da rotatividade dos empregados dos estabelecimentos de transporte turístico em Belo Horizonte – 2010 FREQUENCIA Abs. % 2 40,00 1 20,0 1 20,0 1 20,0 5 100,0 RAZÕES DA ROTATIVIDADE Não tem qualificação necessária Salário baixo Quer sempre crescer e sair da empresa Sabe dirigir, mas não sabe tratar o cliente Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.137 indica que 4 dirigentes adotam política salarial no nível mínimo (piso salarial definido em convenção coletiva da categoria), e 1 pratica remuneração até 20% acima do piso. Nenhum dos estabelecimentos selecionados declarou pagar mais de 20% acima do piso salarial da categoria. Tabela 2.137 Política de remuneração dos estabelecimentos de transporte turístico em Belo Horizonte – 2010 FREQUENCIA REMUNERAÇÃO Piso da convenção coletiva da categoria Até 20% acima do piso Mais de 20% acima do piso Não respondeu Total Abs. % 4 1 0 0 5 80,0 20,0 0 0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto à concessão de benefícios (tab. 2.138), 3 dirigentes oferecem, além dos legalmente previstos, seguro ou plano de saúde, e 1 oferece participação nos resultados. Tabela 2.138 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos estabelecimentos de transporte turístico em Belo Horizonte – 2010 FREQUÊNCIA BENEFÍCIOS OFERECIDOS Alimentação Seguro/Plano de Saúde Transporte Participação nos resultados Outro benefício SIM Abs. 5 3 5 1 1 TOTAL NÃO % 100,0 60,0 100,0 20,0 20,0 Abs. 0 2 0 4 4 % 0,0 40,0 0,0 80,0 80,0 Abs. 5 5 5 5 5 % 100 100 100 100 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 2.1.4.5. Associativismo e participação em entidades representativas Os principais fatores que dificultam a participação nas entidades associativas e/ou representativas estão descritos na tabela 2.139. Citou a falta de tempo 1 dirigente, e 1 acrescentou que é necessário ter dinheiro para participar, no entanto não mencionou se a referência é à contribuição associativa ou a outro custo relacionado. A representatividade foi questionada, em contraposição a 1 que declarou não ter dificuldade para participar. Mencionou a falta de centro de discussão para debater assuntos de interesse comum 1. − − 205 Tabela 2.139 Fatores que dificultam a participação nas entidades representativas, segundo os dirigentes dos estabelecimentos de transporte turístico em Belo Horizonte – 2010 FREQUÊNCIA FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO Não tem dificuldades Falta um centro de discussão para se debater esses assuntos Entidades não têm representatividade Falta de tempo Tem que ter dinheiro, tempo, etc. Total Abs. % 1 1 1 1 1 5 20 20 20 20 20 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Afirmaram ser bastante importante para o empreendimento os benefícios decorrentes de sua participação nas entidades representativas 3, e 1 avaliou como ―pouco‖ importantes estes benefícios. Considera ―nada‖ importantes os benefícios relacionados ao associativismo ou às entidades representativas 1. O quadro 2.47 apresenta, de forma sintética, os benefícios esperados pelos dirigentes dos estabelecimentos de transporte turístico, decorrentes de sua participação em entidades de representação/associação. È importante registrar o comentário de um dirigente em relação ao associativismo, pois é uma concepção que merece abordagem no plano de ação a ser elaborado: ―Querem que você participe, mas o retorno é praticamente inexistente‖. Quadro 2.47 Benefícios esperados pelos dirigentes dos estabelecimentos de transporte turístico decorrentes de sua participação em entidades de representação e associação – Belo Horizonte – 2010 CATEGORIA DO BENEFÍCIO Representatividade Integração setorial Marketing e serviços de comunicação Apoio e assessoria na área administrativa e jurídica BENEFÍCIO ESPERADO Representatividade e apoio à classe União da classe Debate sobre assuntos e interesses comuns Força política, poder de barganha Fortalecimento do contato com o mercado. Investimentos em centro de convenções Maior divulgação de Belo Horizonte Maior visibilidade da empresa Treinamento para o corpo de funcionários Desenvolvimento para o nível gerencial Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 − − 206 Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos de transporte Os dados revelaram um perfil de dirigente que recomenda abordagem por meio de programas e projetos específicos. Como principal característica positiva destaca-se a escolaridade relativamente alta e como aspecto a ser aprimorado a qualificação específica nas áreas de Turismo e Gestão da Qualidade. As ações de capacitação para este grupo de dirigentes devem adotar estratégia metodológica que propicie aliar à abordagem conceitual a pratica dos métodos e técnicas, a informação sobre casos de sucesso no setor e visitas técnicas a estabelecimentos de referência. Quanto à oferta de profissional, foram indicados como principais problemas a insuficiência (quantitativa, das funções operacionais) e a qualificação dos grupos de supervisão e gerencial. O quadro de profissionais das empresas demanda ainda cursos de relacionamento e atendimento aos turistas para motoristas, e cursos de línguas. É recomendável aprimorar esta competência nos quadros das empresas, de forma a estarem mais bem preparados para receber grandes eventos internacionais A principal forma de recrutamento de mão de obra utilizada pelos dirigentes é o banco de currículo, embora também neste segmento 1 ainda o faça de modo bastante informal, mediante a indicação dos empregados atuais. Um importante aspecto a ser melhorado refere-se à forma de recrutamento. As dificuldades já enfrentadas e a perspectiva de desenvolvimento do setor demandam profissionalização e maior eficácia nas estratégias e nos instrumentos de gestão de pessoas, A remuneração dos profissionais parece seguir os acordos coletivos. Destaca-se a política de benefícios concedidos aos trabalhadores. A assistência à saúde surpreendeu positivamente. Apesar de o associativismo ser considerado como ―muito importante‖ pelos entrevistados, ainda há muito a melhorar. Os associados esperam maior representatividade e ações conjuntas para o desenvolvimento sustentável do turismo como divulgação de Belo Horizonte e a viabilização de centro de convenções compatível com o tipo de turismo esperado. É também esperado que as instituições de representatividade e associativismo contribuam para a qualificação dos profissionais e o desenvolvimento gerencial de seu corpo de dirigentes. 2.1.4.6. O Setor de serviços e equipamentos para eventos Perfil dos dirigentes Dos 12 dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos pesquisados, 6 (50,0%) têm vínculo empregatício (cargos de administração, gerência e coordenação), 5 (41,7%) são proprietários/diretores e 1 (8,3%) é diretor de sindicato. São do sexo masculino 8 (66,7%), contra 4 (33,3%) do sexo feminino. A faixa etária e a escolaridade dos dirigentes são apresentadas na tabela 2.140. − − 207 Tabela 2.140 Faixa etária e escolaridade dos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010 FAIXA ETÁRIA ESCOLARIDADE TOTAL Fundamental Médio Universitário Pós-graduação Abs. % - 1 1 1 3 2 2 4 1 3 1 5 3 4 4 1 12 25,0 33,3 33,3 8,3 100,0 Menos de 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos 61 a 70 Mais de 70 anos Total - Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Os dados mostram que 7 (58,3%) dirigentes encontram-se na faixa etária de 21 a 40 anos, portanto em idade e etapa de vida profissional em que o investimento em qualificação profissional pode ser bastante produtivo, uma vez que a expectativa é de que permaneçam em atividade por mais de 20 anos e também pelo dinamismo inerente a este período da carreira. O nível de escolaridade dos dirigentes é elevado: 3 (25,0%) têm o nível médio e 9 (75,0%), têm curso superior, 5 dos quais com pós-graduação. Interessante registrar que quatro dos dirigentes dos cinco espaços para congresso e convenções têm pós-graduação. A pesquisa verificou também a participação dos entrevistados em cursos relacionados com a sua atividade, tais como: Turismo, Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da Qualidade, Gastronomia ou outro, formais ou não. A análise do perfil dos participantes que não possuem capacitação nos temas especificamente citados parece confirmar a tendência de indivíduo com nível de escolaridade mais alto demonstrar maior interesse em treinamentos específicos, observada na análise dos dados em outros tipos de serviços e equipamentos turísticos objeto da pesquisa, pois os 2 (16,7%) dirigentes, que declaram não ter participado de nenhum curso específico têm escolaridade de nível médio. A tabela 2.141 apresenta o número de dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos pesquisados por capacitação ou treinamento específico. Seis (50%) dirigentes informaram ter participado de um curso específico. Informaram ter participado de um curso específico 6 (50,0%); de dois cursos, 4 (33,3%); e 3 (16,7%) não participaram de nenhum curso. Tabela 2.141 Capacitação ou treinamento em temas específicos dos dirigentes dos estabelecimentos dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010 ÁREAS DE CAPACITAÇÀO ESPECÍFICA Turismo / Hotelaria Gestão Administrativa Qualidade Gastronomia Outros Total de informantes NÚMERO DE DIRIGENTES PARTICIPANTES DE CADA CURSO ESPECÍFICO Abs. % 2 16,7 6 50,0 1 8,3 5 41,7 12 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 − − 208 A análise dos dados da tabela 2.142 evidencia a concentração, compreensível no caso de dirigentes de empreendimentos, da capacitação dos participantes da amostra em cursos de Gestão Administrativa, com 6 (50,0%) participantes. Todavia, em Gestão da Qualidade, tema considerado de grande importância, por buscar garantir a satisfação do cliente e uma gestão com foco na adequada utilização dos diversos recursos materiais e humanos para a obtenção de maior produtividade, competitividade e lucratividade, apenas 1 (8,3%) informou ter capacitação mais específica no campo. Na opção ―outros‖, 5 (41,7%) mencionaram a realização de cursos em áreas como Projetos Culturais, Publicidade, Comunicação e mestrado em Educação. A melhoria constante do desempenho do setor e sua adequação para a consolidação da cidade como destino voltado para a realização de eventos de porte especial são requisitos tão importantes quanto a qualificação atual e a disposição do quadro de dirigentes de participar de cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio/função em uma cultura de educação continuada. A tabela 2.142 indica o interesse e a intenção dos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos pesquisados de participar de cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio/função. Manifestaram sua intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional mediante a participação em cursos imediatamente ou em até os próximos dois anos 9 (75,0%). O dado é bastante positivo ao indicar o reconhecimento, por parte deles quanto à necessidade e importância de ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio ou função, bem como a efetividade da sua decisão de participar, no curto prazo, de programas de treinamento e capacitação gerencial. Os outros 3 (25,0%), declararam que não pretendem fazer cursos, o que pode indicar uma baixa sensibilização para a importância do aperfeiçoamento profissional ou pouco interesse diante da oferta de cursos da espécie em Belo Horizonte. Tabela 2.142 Interesse e programação dos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos quanto à sua participação em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negocio ou função - Belo Horizonte - 2010 QUANDO PRETENDE FAZER CURSO O quanto antes Nos próximos dois anos Não pretende fazer curso Total FREQUÊNCIA Abs. 4 5 3 12 % 33,3 41,7 25,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Quanto aos temas dos cursos demandados, os dados da pesquisa sobre os cursos de aperfeiçoamento que os dirigentes dos estabelecimentos pretendem fazer confirmam o interesse deles pela área administrativa (Administração e Gestão Financeira), mencionados por 3 (25,0%) dos dirigentes. Declararam a intenção de fazer curso de pós-graduação (mestrado em Turismo, pós-gradução em Marketing ou Relações Internacionais e MBA em Comunicação) 3 (25,0%). Embora representem áreas de conhecimento importantes para a ampliação da clientela e dos negócios, os cursos específicos nas áreas de Marketing e Comunicação aparecem apenas com uma indicação cada uma. Os cursos de Atendimento ao Cliente e de Negociação não foram citados. Nenhum participante mencionou interesse em curso de idiomas, apesar da grande importância do domínio de outras línguas no setor turístico, sobretudo para receber o grande fluxo de estrangeiros esperados para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos. − − 209 A tabela 2.143 apresenta a relação de instituições de formação/capacitação profissional para o nível gerencial citadas pelos participantes, em que a presença das diversas faculdades (12 citações) e de instituições como a FJP, FDC e FGV, (quatro ou 20% das citações) reflete o elevado nível de escolaridade dos dirigentes entrevistados. Tabela 2.143 Principais instituições formadoras e capacitadoras de profissionais de nível gerencial, segundo os dirigentes serviços e equipamentos em Belo Horizonte - 2010. INSTITUIÇÕES FORMADORAS / CAPACITADORAS PUC UNA UFMG Newton de Paiva Fundação Getúlio Vargas Sebrae Fumec Estácio de Sá. Belotur Fundação Dom Cabral Fundação João Pinheiro Senac FREQUÊNCIA Abs. 3 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 % 25,0 25,0 16,7 16,7 16,7 16,7 8,3 8,3 8,3 8,3 8,3 8,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Com o objetivo de esclarecer os fatores restritivos aos programas e às políticas voltados à formação profissional, foi investigada a opinião dos entrevistados sobre as principais carências dos cursos de capacitação profissional destinados ao nível gerencial em Belo Horizonte. A principal carência apontada, com duas citações, refere-se à falta de capacitação ou preparo didático do corpo docente das instituições formadoras. Quatro dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos declararam que não conhecem ou sabem as deficiências dos cursos de formação e capacitação profissional de nível gerencial. Três deles haviam declarado também que não pretendem fazer cursos de aperfeiçoamento profissional (tab. 2.144). Isso pode confirmar a baixa sensibilização para a importância de ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio ou função, já mencionada. Tabela 2.144 Principais carências e deficiências dos cursos de formação e capacitação para o nível gerencial, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010. CARÊNCIA / DEFICIÊNCIA DOS CURSOS Não sabe Falta preparo didático / Professor capacitado Falta de qualidade e profissionalismo nos cursos Custo dos cursos Experiência em produção de eventos Aproximação do aluno com mercado de trabalho Alunos muito despreparados para realizar os cursos Não identifica nenhuma FREQUÊNCIA Abs. 4 2 1 1 1 1 1 1 % 33,3 16,7 8,3 8,3 8,3 8,3 8,3 8,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 O gráfico 2.64 mostra que, assim como ocorreu com os dirigentes de outros serviços e equipamentos turísticos pesquisados, também neste caso, a maioria - 6 (50,0%) manifestou sua preferência pelos cursos presenciais. Em segundo lugar, aparecem os − − 210 cursos mistos (parte presencial e parte virtual), para 3 (25%). Os cursos via internet aparecem como opção de apenas 1 (8,3%), o que mostra a pouca aceitação de cursos à distância. Gráfico 2.64 Preferência dos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos sobre modalidade de cursos de capacitação em Belo Horizonte – 2010 8% 17% 25% 50% Virtual Internet Presencial Misto Não respondeu Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Considerada uma estratégia efetiva para alinhar a cultura e a performance empresarial com os padrões de gestão, competitividade e qualidade de nível internacional, a promoção de visitas técnicas a empreendimentos ―modelos‖ foi objeto de investigação nesta pesquisa. De acordo com os dados apresentados no gráfico 2.65, 4 (33,3%) dirigentes nunca participaram de visitas técnicas a estabelecimentos similares e 2 (16,7%) participaram de visita técnica a empreendimentos similares no exterior. O tipo de visita técnica mais frequente é a visita a estabelecimentos similares no País, realizada por 7 (58,3%), secundado por visitas a estabelecimentos similares na própria cidade, mencionadas por 4 (33,3%). Apenas 1 (8,3 %) realizou visita a estabelecimento da mesma rede. Gráfico 2.65 Participação dos dirigentes dos equipamentos para eventos em visitas técnicas a estabelecimentos similares em Belo Horizonte – 2010 Outros estabelecimentos no país 58,3 Outros estabelecimentos no exterior 16,7 Outros estabelecimentos na cidade 33,3 Estabelecimentos da mesma rede/cadeia 8,3 Não participou 33,3 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Quadro dos recursos humanos Os doze equipamentos participantes da pesquisa empregam 566 profissionais. De acordo com a tabela 2.145, 4 (33,3%) empregam até 10 empregados; 5 (41,7%) até 20; 3 (25,0%) entre 21 e 40; 2 (16,7%) 50; e 2 (16,7%), mais de 80. − − 211 Tabela 2.145 Classificação dos serviços e equipamentos para eventos por número total de empregados – Belo Horizonte - 2010 CLASSES POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS NO ESTABELECIMENTO De 01 a 10 De 11 a 20 De 21 a 30 De 31 a 40 De 41 a 50 De 51 a 60 De 61 a 70 De 71 a 80 Acima de 80 Total de estabelecimentos NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS Abs. 4 1 2 1 2 2 12 % 33,3 8,3 16,7 8,3 16,7 16,7 100,00 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.146 destaca a presença de empregados bilíngues nos estabelecimentos. A pesquisa mostrou que 1 (8,3%) não conta com funcionário bilíngüe, e 6 (50,0%) contam com até dois funcionários bilíngues. No total, foram identificados 47 funcionários bilíngues, o que representa 8% do total de 566 funcionários permanentes informado. Os dados sugerem a necessidade de aprimorar esta competência nos quadros desses empreendimentos, de forma a estarem mais bem preparados para receber grandes eventos internacionais. Tabela 2.146 Classificação dos serviços e equipamentos para eventos por número de empregados bilíngues segundo os dirigentes – Belo Horizonte – 2010 CLASSE POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES Nenhum 1 2 3 4 5 Mais de 5 Total de estabelecimentos NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS Abs. % 1 8,3 1 8,3 4 33,3 2 16,7 2 16,7 2 16,7 12 100,00 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 As tabelas 2.147 e 2.148 mostram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos estabelecimentos. A avaliação que os entrevistados fazem da oferta de profissionais revela maiores dificuldades nas funções operacionais, que para 10 (83,3%) dirigentes foi considerada ―insuficiente‖, e para 8 (66,7%) ―pouco qualificada‖. Para o grupo ocupacional de supervisão, a oferta de mão de obra, ainda que um pouco melhor, também é considerada bastante ruim, sendo avaliada por 7 (58,3%) dirigentes como ―insuficiente‖ e ―pouco qualificada‖ por 8 (66,7%). Essa avaliação praticamente se repete em relação à oferta de mão de obra para o grupo gerencial, considerada ―insuficiente‖ por 8 (66,7%) e ―pouco qualificada‖ por 7 (58,3%). − − 212 Tabela 2.147 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte – 2010 QUANTIDADE GRUPO OCUPACIONAL Suficiente Abs. 2 4 4 Operacional Supervisão Gerencial Insuficiente % 16,7 33,3 33,3 Abs. 10 7 8 % 83,3 58,3 66,7 Não respondeu Abs. % 1 8,3 - Total Abs. 12 12 12 % 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Tabela 2.148 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte – 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial Qualificado QUALIDADE Pouco Não respondeu Qualificado Total Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 4 3 5 33,3 25,0 41,7 8 8 7 66,7 66,7 58,3 1 - 8,3 - 12 12 12 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos Os dirigentes dos estabelecimentos, em sua maioria, apontam como problema a qualidade da mão de obra, pouco qualificada, e a dificuldade de contração de bons profissionais. Neste contexto, o processo de recrutamento torna-se fator estratégico para a captação de profissionais qualificados no mercado. A tabela 2.149 mostra que a forma de recrutamento de mão de obra utilizada pelos serviços e equipamentos para eventos é mais diversificada. Embora também neste segmento 3 (25,0%) estabelecimentos ainda o façam de modo bastante informal, por maio da indicação dos empregados atuais, 4 (33,3%) utilizam empresas de RH, uma forma mais profissional e especializada de recrutar funcionários com perfil e qualificação adequados e desejáveis para as diversas ocupações. A pesquisa apontou ainda a presença de 3 (25,0%) estabelecimentos públicos que atuam no setor e utilizam outras formas de recrutamento - ou seja, recrutam seu pessoal via concurso público e empresa terceirizada. A utilização de banco de currículo foi citada por apenas 1 (8,3%) e 1 (8,3%) deles não informou a forma de recrutamento utilizada. Tabela 2.149 Principal forma de recrutamento utilizada pelos serviços e equipamentos para eventos segundo seus dirigentes - Belo Horizonte - 2010 FORMA DE RECRUTAMENTO Empresa de Recursos Humanos Indicação de empregados da empresa Outra Banco de currículo NA Total FREQUÊNCIA DAS RESPOSTAS Abs. % 4 33,3 3 25,0 3 25,0 1 8,3 1 8,3 12 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 − − 213 A tabela 2.150 apresenta o grau de dificuldade encontrado pelos dirigentes para recrutar profissionais qualificados para as funções a serem desempenhadas. De acordo com os dados, as funções para as quais é mais difícil encontrar mão de obra qualificada são as de nível operacional, com 5 indicações, seguidas pelas funções técnicas com 3. Foram também mencionadas funções de nível de supervisão/gerencial, como coordenador de produção, diretor de fotografia e produção executiva para filmes. Tabela 2.150 Funções com maior dificuldade de recrutamento de empregados com a qualificação pretendida, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte – 2010 NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 5 41,7 3 25,0 1 8,3 1 8,3 1 8,3 1 8,3 1 8,3 1 8,3 FUNÇÕES INDICADAS Funções operacionais, montagem Funções técnicas, técnico de som, operador de vídeo Coordenador de produção Diretor de fotografia Produção executiva para filmes Atores Venda Nenhuma Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Os fatores que mais dificultam o recrutamento de pessoal com a qualificação pretendida são destacados na tabela 2.151. A falta de formação e qualificação dos profissionais foi apontada por 3 (25,0%) dirigentes como o principal fator, secundado pela falta de experiência na função, mencionada por 2 (16,7%), assim como a pequena oferta de profissionais muito requisitados no mercado. A reduzida oferta de mão de obra qualificada parece decorrer também da falta e/ou da qualidade da formação profissional em funções que exigem conhecimentos e habilidades bastante específicos, conforme apontado pelos entrevistados. Tabela 2.151 Fatores que dificultam o recrutamento de empregados com a qualificação pretendida, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte – 2010 FATORES Falta de formação / qualificação / treinamento Falta de experiência Oferta pequena / Profissionais requisitados Não há formação específica na área Escola de formação de artistas não dá base na profissão Disponibilidade de horário para o trabalho. Pessoal descuidado com manuseio do material FREQUÊNCIA DAS RESPOSTAS Abs. % 3 25,0 2 16,7 2 16,7 2 16,7 1 8,3 1 8,3 1 8,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos A formação e a capacitação dos profissionais para o setor de eventos, congressos e convenções são essenciais para assegurar a qualidade dos serviços prestados, consolidar e propiciar o crescimento constante do turismo de eventos e negócios em Belo Horizonte. Nessa perspectiva, a pesquisa procurou investigar as estratégias utilizadas pelo empregador para treinar e aprimorar a formação dos profissionais contratados. − − 214 O treinamento em serviço é a principal estratégia utilizada por 10 (83,3%) dirigentes. No entanto, essa é uma modalidade de formação ou capacitação da mão de obra que pode se revestir de informalidade e que será mais ou menos eficaz dependendo da forma e da qualidade da orientação passada ao treinando, já que, às vezes, o profissional recebe essa orientação de um colega mais antigo na função. Outras estratégias adotadas pelos estabelecimentos entrevistados são: promoção de cursos internos, para 7 (58,3%) dos dirigentes; e flexibilização do horário de trabalho dos empregados para que possam participar de cursos externos, para 8 (66,7%). Mesmo sendo a estratégia menos utilizada, o número de 5 (41,7%) equipamentos para eventos que fornecem ajuda financeira para o funcionário participar de cursos externos é bastante significativo (tab. 2.152). Deve-se registrar, considerando os diferentes tipos de serviços e equipamentos para eventos pesquisados, que enquanto dos cinco empreendimentos organizadores e promotores de eventos quatro declararam dar ajuda financeira para o funcionário realizar cursos externos em relação aos centros de convenções/congressos acontece o inverso: apenas um dos cinco empreendimentos declarou conceder ajuda financeira a seus funcionários para realizarem cursos externos. De modo geral, os organizadores/promotores são os empreendimentos que utilizam maior número das diversas estratégias pesquisadas. Tabela 2.152 Estratégias adotadas pelos serviços e equipamentos para eventos na formação ou capacitação dos empregados - Belo Horizonte - 2010 ESTRATÉGIAS E INCENTIVOS Dá treinamentos em serviço Promove cursos internos Flexibiliza horário para cursos fora da empresa Dá ajuda financeira para cursos fora da empresa NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS Sim Não Total Abs. % Abs. % Abs. % 10 83,3 2 16,7 12 100,0 7 58,3 5 41,7 12 100,0 8 66,7 4 33,3 12 100,0 5 41,7 7 58,3 12 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 É importante ressaltar que os problemas identificados em relação à insuficiência da oferta de mão de obra qualificada só serão solucionados ou minorados caso o empregador se comprometa, efetivamente, com esse processo, a partir do incentivo ou, mesmo, do patrocínio à participação dos empregados em cursos e programas de treinamento e qualificação. Manutenção e remuneração de recursos humanos Vencidas as dificuldades iniciais para recrutar e formar um quadro de pessoal qualificado, as organizações se deparam com um novo desafio: manter os bons profissionais pelo maior tempo possível. É o que parece acontecer com os serviços e equipamentos para eventos do setor de turismo em Belo Horizonte, em que, diante da reduzida oferta de profissionais com conhecimentos e habilidades bastante específicos, os estabelecimentos competem pela mão de obra qualificada, o que pode gerar a elevação do índice de rotatividade dos empregados, cujo tempo médio de permanência nas organizações é de 1 a 5 anos, conforme declarado por 9 (75,0%) dirigentes, de acordo com os dados da tabela 2.153. − − 215 Tabela 2.153 Tempo médio de permanência dos empregados nos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte – 2010 FREQUÊNCIA TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA NA EMPRESA Abs. 9 2 1 12 Menos de 1 ano De 1 a 5 anos De 6 a 10 anos De 11 a 15 anos De 16 a 20 anos Total % 75,0 16,7 8,3 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.154 indica as funções nas quais os estabelecimentos selecionados enfrentam maior dificuldade para manter o empregado em seu quadro. As funções de produtor de eventos e de vendas foram apontadas duas vezes cada uma como aquelas em que é mais difícil manter os empregados. Tabela 2.154 Identificação de funções nas quais os serviços e equipamentos para eventos enfrentam maior dificuldade para manutenção do empregado – Belo Horizonte – 2010 FREQUÊNCIA FUNÇÕES Produtor de eventos Vendas Funções operacionais Administrativo Analistas Área de vídeo Eletricista Atores Nenhuma NS Abs. 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 % 16,7 16,7 8,3 8,3 8,3 8,3 8,3 8,3 8,3 8,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.155 mostra as razões apresentadas pelos dirigentes participantes da pesquisa para a alta rotatividade de mão de obra nos serviços e equipamentos para eventos. Na opinião de 5 (41,7%) dirigentes, diante da pequena oferta, os profissionais qualificados são muito disputados pelas empresas, o que pode elevar a rotatividade da mão de obra no setor. Além disso, razões decorrentes das condições de trabalho contribuem para a rotatividade, segundo os dirigentes: trabalho cansativo e que exige disponibilidade para trabalhar durante toda a noite/madrugada (2 ou 16,7%); trabalho temporário (1 ou 8,3%); instabilidade financeira pois não há piso salarial definido (1 ou 8,3%). − − 216 Tabela 2.155 Razões da alta rotatividade dos funcionários na opinião dos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte – 2010 FREQUÊNCIA Abs. % 5 41,7 2 16,7 1 8,3 1 8,3 1 8,3 RAZÕES DA ROTATIVIDADE Falta pessoal qualificado / Profissionais disputados Trabalho cansativo, horários de trabalho (noite, madrugada) Falta estabilidade financeira, não há piso definido Trabalho temporário Dificuldades do próprio mercado Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.156 indica que 7 (58,3%) estabelecimentos adotam política salarial no nível mínimo (piso salarial definido em convenção coletiva da categoria) e 4 (33,3%) praticam remuneração até 20% acima do piso. Nenhum dos estabelecimentos selecionados declarou pagar a seus trabalhadores mais de 20% acima do piso salarial da categoria. Tabela 2.156 Política de remuneração dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010 FREQUÊNCIA REMUNERAÇÃO Abs. 7 4 1 12 Piso da convenção coletiva da categoria Até 20% acima do piso Mais de 20% acima do piso Não respondeu Total % 58,3 33,3 8,3 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.157 destaca a política de remuneração e benefícios concedidos pelos equipamentos para eventos selecionados. Quanto à concessão de benefícios, surpreende observar que alguns estabelecimentos, não oferecem nem mesmo aqueles legalmente previstos, pois apenas 10 (83,3%) oferecem alimentação e 9 (75,0%) oferecem o transporte. De positivo, a pesquisa aponta elevado número de organizações - 7 (58,3%) - que oferecem a assistência à saúde (seguro ou plano de saúde) e, em especial, a participação nos resultados, informada por 8 (66,7%). Todavia, considerando que a participação nos resultados foi declarada pelos cinco organizadores/promotores de eventos e três dos cinco centros de convenções/congressos, que podem oferecer serviços de A&B, é possível que alguns participantes tenham se referido à comissão sobre o faturamento (10%), e não à participação nos resultados. Tabela 2.157 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010 FREQUÊNCIA BENEFÍCIOS OFERECIDOS Alimentação Seguro/Plano de Saúde Transporte Participação nos resultados Outro benefício Sim Abs. 10 7 9 8 2 Não % 83,3 58,3 75,0 66,7 16,7 Abs. 2 5 3 4 6 % 16,7 41,7 25,0 33,3 50,0 NR Abs. 4 Total Abs. % 12 100 12 100 12 100 12 100 12 100 % 33,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 − − 217 Associativismo e participação em entidades representativas A pesquisa procurou investigar o estágio atual de organização e a efetividade das ações das entidades representativas dos diversos serviços e equipamentos do setor de turismo na cidade, bem como o nível de participação dos empreendimentos da área nessas entidades. Conforme tabela 2.158, o nível de participação dos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em suas entidades de representação/associação é significativo: 7 (58,3%) participam ativamente; 3 (25,0%) têm uma baixa participação e 2 (16,7%) não participam. Tabela 2.1.158 Participação em entidades de representação/associação empresarial, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010 NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO Ativa Baixa Inexistente Total PARTICIPANTES Abs. 7 3 2 12 % 58,3 25,0 16,7 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Os principais fatores que dificultam a participação, descritos na tabela 2.1.159, foram: pouca efetividade da atuação da entidade no setor e a burocracia. A maioria dos estabelecimentos que apontaram tais dificultadores participa ativamente das entidades. Os dois estabelecimentos que declararam não participar apontaram como dificultadores o alto custo das mensalidades e a não identificação de ganhos e benefícios com a participação. Tabela 2.159 Fatores que dificultam a participação nas entidades representativas, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010 FREQUÊNCIA FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO Pouca efetividade das entidades para o setor Burocracia Não há dificuldades Custo mensal alto Não identifica vantagens ou benefícios Falta de comunicação por parte das entidades Os interesses discutidos não são compatíveis Grupo seleto e fechado, o que não permite que outros associados participem Por ser empresa pública, há intensa troca de direção Abs. 2 2 2 1 1 1 1 % 16,7 16,7 16,7 8,3 8,3 8,3 8,3 1 8,3 1 8,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.160 indica que 9 (75,0%) dirigentes consideram que são poucos os benefícios gerados pela atuação das entidades/associações. Destes, seis declararam participar ativamente, o que pode ser considerado positivo no sentido de que uma participação atenta e crítica pode contribuir para o fortalecimento e maior efetividade das associações e entidades representativas e trazer os benefícios desejados para o setor. − − 218 Tabela 2.160 Percepção dos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos sobre a importância dos benefícios gerados pelas entidades representativas/associações – Belo Horizonte - 2010 IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS Pouco importante Muito importante Sem importância Total FREQUÊNCIA Abs. 9 2 1 12 % 75,0 16,7 8,3 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 O quadro 2.48 apresenta, de forma categorizada, os benefícios esperados pelos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em decorrência de sua participação em entidades de representação/associação. Quadro 2.48 Benefícios esperados pelos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em decorrência de sua participação em entidades representativas/associações – Belo Horizonte - 2010 CATEGORIA DE BENEFÍCIO Representatividade Integração setorial Marketing e serviços de comunicação Apoio e assessoria na área administrativa e jurídica BENEFÍCIO ESPERADO Captação de negócios concretos Relacionamento estratégico Melhoria da produção local Envolvimento de todos os setores do negócio Maior união com prestadores de serviço Indicação e prospecção de clientes Maior divulgação e maior força no mercado Promoção de eventos Trazer o turista de negócios e oferecer comodidade ao turista Plano de saúde e aposentadoria corporativo Assessoria jurídica Serviços de cadastro Profissionalização Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos para eventos A análise dos dados da pesquisa sobre a capacitação empresarial e profissional nos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte indica como um dos principais problemas a oferta de mão de obra no mercado, considerada ―insuficiente‖ e ―pouco qualificada‖ para todos os níveis de ocupação: operacional, de supervisão e gerencial. A oferta de mão de obra qualificada para as funções operacionais é a que se apresenta mais deficiente, em termos tanto de quantidade quanto de qualidade. Os principais fatores responsáveis por tais deficiências apontados pelos dirigentes são: falta de formação e qualificação do profissional, falta de experiência na função e concorrência das organizações diante da pequena oferta de profissionais muito requisitados no mercado. A pesquisa realizada mostra ainda que o setor conta com grande diversidade de funções técnicas, que exigem formação e aperfeiçoamento contínuo dos profissionais, os quais lidam com equipamentos cada vez mais sofisticados, e de quem se esperam soluções práticas, seguras e, ao mesmo tempo, criativas e inovadoras. Os dirigentes dos estabelecimentos apontaram a baixa qualidade ou, mesmo, a inexistência de cursos para a formação e capacitação de profissionais em funções que exigem conhecimentos e habilidades muito específicos. Confirmando a percepção dos dirigentes, os representantes das entidades representativas do setor manifestaram sua preocupação com − − 219 a necessidade e a importância de os cursos de formação e capacitação profissional oferecerem uma base teórica sólida e atualizada, complementada pela visão e experiência da prática do dia a dia da ocupação, sugerindo que tais cursos se destinem preferencialmente a profissionais que já atuam no setor. A pesquisa da oferta de capacitação profissional e empresarial para o setor de turismo em Belo Horizonte identificou dois cursos específicos para o setor de eventos, um oferecido pelo UNIBH e outro pela Estácio de Sá, ambos em nível de graduação tecnológica. Diante do reduzido número de profissionais bilíngues no setor (8,3% da mão de obra permanente) e tendo em vista o desejado incremento do turismo de negócios e eventos de nível internacional na cidade, os dados da pesquisa sugerem a necessidade de aprimorar esta competência nos quadros dos empreendimentos, de forma a estarem mais bem preparados para receber um fluxo crescente de turistas estrangeiros. No que se refere à gestão de recursos humanos, o setor de serviços e equipamentos para eventos apresenta um desempenho um pouco mais profissional e atualizado em relação a outros serviços e equipamentos turísticos pesquisados, ao adotar processos de recrutamento, desenvolvimento e manutenção do seu quadro funcional mais diversificados e adequados à captação e retenção dos bons profissionais. Tais processos, porém, da forma como vêm sendo utilizados, não conseguem reduzir os problemas existentes em um setor que oferece baixos salários para um trabalho desgastante e que exige grande disponibilidade do profissional, pois não há uma política que propicie o recrutamento e a manutenção dos profissionais, com programas regulares de formação, treinamento e desenvolvimento, nem uma política de remuneração salarial, de benefícios e de oportunidades de carreira que atraia e retenha talentos. Assim, outro problema identificado no setor é a elevada rotatividade da mão de obra, cujo tempo médio de permanência nas organizações varia entre 1 e 5 anos. Ainda que a gestão de recursos humanos nos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte apresente diversos problemas, como apontado pela pesquisa, um fator positivo, e que poderá contribuir para melhorar/reverter tal situação é o atual quadro de dirigentes do setor identificado na pesquisa. Os dados da pesquisa mostram um quadro de dirigentes na faixa etária de 21 a 40 anos, com elevado nível de escolaridade e com intenção declarada de investir, no curto prazo, em aperfeiçoamento profissional, muitos deles em nível de pós-graduação, principalmente nas áreas de Gestão, Comunicação e Marketing, o que poderá contribuir para a inovação dos modelos de gestão de pessoas, dos processos internos e da relação com o mercado, gerando resultados positivos para os empreendimentos e para o setor de eventos, a partir de maior qualidade dos serviços e produtos oferecidos aos seus clientes, moradores e visitantes de Belo Horizonte. Devem merecer também especial atenção nas ações de formação e capacitação empresarial a serem propostas os temas relativos a associativismo, pois, ainda que 7 (58,3%) dos 12 dirigentes entrevistados tenham declarado que participam ativamente nas entidades representativas/associações, uma parcela ainda mais significativa, de 9 (75,0%) dirigentes, classificou como ―pouco importante‖ o resultado da atuação dessas entidades/associações para o setor. − − 220 2.1.4.7. O setor de serviços e equipamentos de lazer e entretenimento Perfil dos dirigentes A amostra de 29 equipamentos contempla 24 (82,8%) dirigentes com vínculo empregatício e 5 (17,2%) proprietários. São do sexo feminino 12 (41,4%) dirigentes e do sexo masculino 17 (58,6%). A tabela 2.161 apresenta também a distribuição por faixa etária e escolaridade. Os questionários referentes a sete equipamentos de natureza pública (seis praças e um mirante) foram todos respondidos pelo gerente de Jardins e Áreas Verdes do município de Belo Horizonte, mas para fins desta pesquisa, cada questionário foi tratado individualmente. Tabela 2.161 Faixa etária e escolaridade dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados em Belo Horizonte – 2010 FAIXA ETÁRIA (anos) Menos de 20 21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 a 60 61 a 70 Mais de 70 Total ESCOLARIDADE TOTAL Fundamental Médio Universitário Pós-graduação Abs. % - 3 1 4 4 6 3 1 14 1 3 7 11 5 12 4 7 1 29 17,2 41,4 13,8 24,1 3,5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Os dados mostram que 17 (58,6%) dirigentes encontram-se na faixa etária de 21 a 40 anos, portanto em idade e etapa de vida profissional em que o investimento em qualificação profissional pode ser muito produtivo, uma vez que a expectativa é de que permaneçam em atividade por mais de 20 anos, e também pelo dinamismo inerente a este período da carreira. O nível de escolaridade dos dirigentes é bastante elevado: 25 (86,2%), têm curso superior, 11 deles com pós-graduação, enquanto apenas 4 (13,8%) têm o nível médio. A pesquisa investigou também a participação dos entrevistados em cursos relacionados com a sua atividade, tais como: Turismo, Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da Qualidade, Gastronomia ou outro, formais ou não. Todos os 29 dirigentes entrevistados declararam ter feito um ou mais cursos relacionados a sua área de atuação, o que é bastante positivo. Informaram ter participado de um curso específico 24 (82,8%) e 5 (17,2%) de dois cursos específicos. A tabela 2.162 apresenta o número de dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados por capacitação ou treinamento específico. Tabela 2.162 Capacitação ou treinamento em temas específicos dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010 ÁREAS DE CAPACITAÇAO ESPECÍFICA Turismo/ hotelaria Gestão administrativa Gestão de qualidade Gastronomia Outro NÚMERO DE DIRIGENTES PARTICIPANTES DE CADA CURSO ESPECÍFICO Abs. % 2 6,9 11 37,9 1 3,4 1 3,4 20 69,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 − − 221 A análise dos dados demonstra o interesse, pode-se dizer, natural no caso de dirigentes de empreendimentos por cursos na área de Gestão Administrativa, opção de 11 (37,9%). Apenas 2 (6,9%) têm formação específica na área de Turismo, e 1 (3,4%) em Gestão da Qualidade, tema considerado importante, por buscar garantir a satisfação do cliente e uma gestão com foco na adequada utilização dos diversos recursos materiais e humanos para obtenção de maior produtividade, competitividade e lucratividade. Na opção ―outros‖ dos temas específicos pesquisados, 20 (69,0%) dirigentes informaram a participação em cursos tais como: Comunicação Cultural, Publicidade e Propaganda; Marketing, Arquitetura e Engenharia. Tendo em vista a melhoria constante da oferta de produtos e serviços turísticos, de forma a incrementar o desempenho da atividade e consolidar a imagem da cidade como centro de turismo de eventos e negócios, faz-se essencial a adoção de modelos de gestão modernos e inovadores. Para isso, é muito importante a disposição dos dirigentes de participar de cursos de aperfeiçoamento em sua área de atuação. A tabela 2.163 indica o interesse e a programação dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados em participar de cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio/função. Manifestaram a intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional mediante a participação em cursos imediatamente ou em até os próximos dois anos 19 (65,6%) dirigentes. O alto índice de intenção de realizar cursos no curto prazo manifestado é um dado bastante positivo, que, ao indicar o reconhecimento da necessidade/importância de ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio/função pelos dirigentes, aponta um público potencial para futuros programas de treinamento/capacitação gerencial. No entanto, é elevado o número de dirigentes - 10 (34,5%) - que declararam não pretender fazer cursos. Isso parece demonstrar baixa sensibilização para a importância do aperfeiçoamento profissional ou pouco interesse diante da oferta de cursos da espécie em Belo Horizonte. Tabela 2.163 Interesse e programação dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento quanto à sua participação em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negocio/função - Belo Horizonte – 2010 QUANDO PRETENDE FAZER CURSO O quanto antes Nos próximos dois anos Não pretende fazer cursos Total NÚMERO DE DIRIGENTES Abs. % 9 31,0 10 34,5 10 34,5 29 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.164 indica os cursos de aperfeiçoamento que os dirigentes dos estabelecimentos selecionados declararam que pretendem fazer. Com 18% das indicações, mais uma vez, fica claro o interesse dos dirigentes pelos diversos campos da área administrativa (Gestão de Pessoal, Financeira, da Qualidade, Logística e Gestão Cultural). Tal diversidade parece indicar o reconhecimento da importância de cada uma dessas diversas áreas na gestão dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento, quando, ao lado da área financeira, aparece o interesse nas áreas de Gestão de Recursos Humanos e de Gestão Cultural. Confirmando o alto nível de escolaridade dos dirigentes entrevistados, grande parte dos cursos pretendidos situa-se no nível de mestrado e pós-graduação. − − 222 Tabela 2.164 Indicação de cursos de aperfeiçoamento relacionados aos seus negócios ou função que os dirigentes dos estabelecimentos declararam pretender fazer Belo Horizonte – 2010 NÚMERO DE INDICAÇÕES Abs. % 5 17,2 4 13,8 4 13,8 2 6,9 2 6,9 2 6,9 1 3,4 1 3,4 1 3,4 1 3,4 1 3,4 CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO Gestão financeira Gestão de pessoas Gestão cultural Logística Administração Pós-graduação em comunicação Gestão da qualidade Aperfeiçoamento em capacitação técnica Pós-graduação Mestrado em Ciência Política Tecnologia de informação Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.165 apresenta a relação de instituições formadoras/capacitadoras citadas pelos participantes, em que a presença das faculdades, lembradas por 18 (62,1%) dirigentes, e de instituições como a FDC e FGV reflete o elevado nível de escolaridade dos dirigentes entrevistados. Tabela 2.165 Principais instituições formadoras ou capacitadoras de profissionais de nível gerencial, segundo os dirigentes dos estabelecimentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010 INSTITUIÇÕES FORMADORAS/ CAPACITADORAS Newton Paiva UFMG Sebrae Fundação Dom Cabral Fundação Getúlio Vargas PUC Senac UEMG Fumec Trevisan Fead, IEC Uni-BH Una Universidade NÚMERO DE DIRIGENTES QUE CITARAM A INSTITUIÇAO Abs. 6 4 3 3 3 3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 % 20,7 13,8 10,3 10,3 10,3 10,3 6,9 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,1 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Com o objetivo de esclarecer os fatores restritivos aos programas e às políticas voltados para a formação profissional, foi também investigada a opinião dos entrevistados sobre as principais carências dos cursos de capacitação profissional destinados ao nível gerencial em Belo Horizonte. A análise das carências mencionadas pelos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento parece indicar a inexistência e a necessidade de oferta de cursos com conteúdos específicos que atendam às reais necessidades de gestores de espaços públicos e/ou abertos ao público em geral, essencialmente prestadores de serviços e empregadores − − 223 em funções operacionais e técnicas variadas. Mais uma vez, como em outros equipamentos investigados na pesquisa, aparece a cobrança de uma maior ênfase na visão/vivência prática da teoria aprendida durante os cursos. Tabela 2.166 Principais carências ou deficiências dos cursos de formação/capacitação para o nível gerencial, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010 PRINCIPAIS CARÊNCIAS/DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS NÚMERO DE CITAÇÕES Abs. Falta capacitação para lidar com funcionários e gestão de praças Cursos com muita teoria e pouca prática O problema está no profissional (baixa maturidade, pouca experiência) Falta formação de caráter gerencial ou foco em administração, negócios e planejamento Não sabe responder por falta de conhecimento Cursos não formam, não capacitam para o mercado Cursos deveriam explorar mais campos Oferecer mais cursos de qualidade Pessoas não formadas tomam espaço das formadas % 7 24,1 5 17,2 2 6,9 2 6,9 2 1 1 1 1 6,9 3,4 3,4 3,4 3,4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Os dados da tabela 2.167 parecem confirmar a importância da visão/vivência prática dos novos conceitos e das novas formas de atuação propostas pela teoria apresentada nos cursos, pois 20 (69,0%) dos dirigentes declaram sua preferência por cursos na modalidade presencial, e 10 (34,5%) na modalidade mista (parte presencial e parte virtual), não aparecendo nenhuma menção a cursos exclusivamente via internet. Os 9 (31,0%) dirigentes que não responderam à questão são os mesmos que declaram que não pretendem fazer curso de aperfeiçoamento em sua área de atividade. Tabela 2.1.167 Preferência dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento sobre modalidade de cursos de capacitação – Belo Horizonte – 2010 NÚMERO DE DIRIGENTES MODALIDADE DE CURSO Abs. % Presencial 10 34,5 Misto 10 34,5 NR 9 31,0 Total 29 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Considerada uma estratégia efetiva para alinhar a cultura e a performance empresarial do setor com os padrões de gestão, competitividade e qualidade de nível internacional, a promoção de visitas técnicas a empreendimentos ―modelos‖ foi objeto de investigação nesta pesquisa. Diferente da situação identificada pela pesquisa em outros tipos de equipamentos investigados, apenas 5 (17,2%) dirigentes de serviços e equipamentos de lazer e entretenimento nunca realizaram visitas técnicas. É bastante positivo que 22 (75,9%) dos dirigentes já tenham participado de visitas técnicas no País; 5 (17,2%) no exterior; 8 (27,6%) na cidade e 3 (10,3%) a estabelecimentos da mesma rede/cadeia. Isso pode indicar interesse e preocupação em buscar formas de aprimorar a gestão e ampliar e inovar as possibilidades de uso dos espaços de lazer, tornando-os cada vez mais atraentes e acolhedores para o público local e para os visitantes. − − 224 Tabela 2.168 Participação dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em visitas técnicas a estabelecimentos similares - Belo Horizonte – 2010 REALIZAÇÃO DE VISITAS TÉCNICAS Outros estabelecimentos no país Outros estabelecimentos na cidade Outros estabelecimentos no exterior Não participou Estabelecimentos da mesma rede/cadeia NÚMERO DE DIRIGENTES Abs. 22 8 5 5 3 % 75,9 27,6 17,2 17,2 10,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 O quadro dos recursos humanos nos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento Os 29 estabelecimentos pesquisados empregam 1.203 profissionais. De acordo com a tabela 2.1.169, 16 (55,2%) equipamentos da amostra têm até 20 empregados. De outro lado, os 3 (10%) maiores empregadores contam juntos com 680 empregados, ou seja, 56% do total da mão de obra permanente informada. Diante da diversidade/especificidades das áreas de atuação dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento entrevistados (cinemas, teatros, praças e jardins, boates, ginásios e quadras esportivas), buscou-se, com base na análise dos dados coletados na pesquisa, identificar a existência de necessidades ou dificuldades próprias de cada uma dessas áreas em relação à mão de obra utilizada. Todavia, nem sempre isso foi possível, também pela diversidade e especificidades da oferta de serviços em um mesmo grupo de estabelecimentos. Como exemplo, o grupo de cinemas conta com estabelecimentos que, além da exibição de filmes, oferecem espaço para a realização de shows musicais, exposições e eventos culturais e serviços de alimentação. Como característica do setor como um todo aparece a oferta de atividades culturais – shows musicais, eventos culturais, esportivos e religiosos, seminários, cursos -, que demandam mão de obra operacional, especialmente para a montagem/preparação dos espaços, e grande variedade de técnicos para serviços mais especializados, como iluminação, som, cenografia, músicos. Outra demanda significativa de mão de obra operacional identificada no setor (garçom, barman e cozinheiro) decorre da oferta de serviços de alimentação em 13 (44,8%) serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados. A presença de ambulantes em 8 (27,6%) equipamentos, especialmente nas praças e jardins. Ou seja, a oferta de serviços de alimentação em espaços abertos à população se mostra também significativa. Embora não se trate de mão de obra empregada diretamente no setor, sua formação/qualificação parece merecer atenção dentro dos programas a serem propostos. − − 225 Tabela 2.169 Classificação dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento, por número total de empregados – Belo Horizonte – 2010 CLASSES POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS NO ESTABELECIMENTO De 01 a 10 De 11 a 20 De 21 a 30 De 31 a 40 De 41 a 50 De 51 a 60 De 61 a 70 De 71 a 80 Acima de 80 Não respondeu Total NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS Abs. % 11 5 2 1 4 2 3 1 29 37,9 17,2 6,9 3,4 13,8 6,9 10,3 3,4 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.170 destaca a presença de empregados bilíngues nos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento. A pesquisa mostrou que 12 (41,4%) equipamentos da amostra não possuem empregados bilíngues; sendo que destes 7 são praças e parques municipais. A existência de apenas 46 profissionais bilíngues no quadro de 1.203 empregados permanentes dos equipamentos surpreende e preocupa, pois os empreendimentos participantes da amostra foram selecionados, inicialmente, por apresentarem maior visibilidade e potencial de utilização turística em um destino que já registra 12,9% de turistas estrangeiros, com tendência crescente, segundo mostram os dados relativos à demanda turística levantados nesta pesquisa. Tabela 2.170 Classificação dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento por número de empregados bilíngues segundo os dirigentes - Belo Horizonte – 2010 CLASSE POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES Nenhum 1 2 3 4 5 Mais de 5 Nao sabe responder Não respondeu Total NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS Abs. % 12 3 6 1 2 1 1 2 1 29 41,4 10,3 20,7 3,4 6,9 3,4 3,4 6,9 3,4 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 As tabelas 2.171 e 2.172 mostram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação qualitativa da mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos estabelecimentos pesquisados. A avaliação que os entrevistados fazem da oferta de profissionais revela maiores dificuldades nas funções de supervisão que, para 15 (51,7%) foi considerada ―insuficiente‖ e para 16 (55,2%) ―pouco qualificada‖. Para o grupo operacional, a oferta de mão de obra também recebeu uma avaliação bastante ruim. Embora a oferta de profissionais tenha sido considerada ―suficiente‖ por 16 (55,2%) dirigentes, ela foi, na mesma proporção, considerada ―pouco qualificada‖ por 16 (55,2%). A oferta para o grupo gerencial se − − 226 apresenta em melhor situação, pois, mesmo sendo considerada ―insuficiente‖ por 14 (48,3%) dirigentes, foi considerada ―qualificada‖ por 14 (48,3%). Tabela 2.171 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos estabelecimentos em Belo Horizonte - 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial Suficiente Abs. % 16 55,2 10 34,5 11 37,9 ASPECTO AVALIADO – QUANTIDADE Insuficiente Não respondeu Abs. % Abs. % 9 31,0 4 13,8 15 51,7 4 13,8 14 48,3 4 13,8 Total Abs. 29 29 29 % 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Tabela 2.172 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos estabelecimentos em Belo Horizonte - 2010 GRUPO OCUPACIONAL Operacional Supervisão Gerencial Qualificado ASPECTO AVALIADO – QUALIDADE Pouco Não respondeu Qualificado Total Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 9 9 14 31,0 31,0 48,3 16 16 11 55,2 55,2 37,9 4 4 4 13,8 13,8 13,8 29 29 29 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Políticas e Mecanismos de Recrutamento de Recursos Humanos Os dirigentes das organizações pesquisadas, em sua maioria, apontam como problemas a qualidade da mão de obra e a dificuldade de contração de bons profissionais. Neste contexto, o processo de recrutamento torna-se fator estratégico para a captação de profissionais qualificados no mercado. A tabela 2.173 mostra que 10 (34,5%) equipamentos recrutam seus profissionais mediante a indicação dos empregados atuais, enquanto apenas 2 (6,9%) utilizam empresas de RH, forma mais profissional e especializada de recrutar funcionários com perfil e qualificação adequados e desejáveis para as diversas ocupações. Até mesmo a utilização de banco de currículo foi pouco citada como a forma principal de recrutamento, sendo mencionada por 5 (17,2%) equipamentos. Dentre as outras formas de recrutamento utilizadas o recrutamento via concurso público é realizado por 4 (13,8%) equipamentos e 1 (3,4%) conta com o departamento de RH próprio. Não responderam à questão 7 (24,1%). Tabela 2.173 Principal forma de recrutamento utilizada pelos equipamentos, segundo seus dirigentes - Belo Horizonte – 2010 FORMA DE RECRUTAMENTO Indicação de empregados da empresa Não respondeu Outra forma de recrutamento Banco de currículo Empresa de RH Total FREQUÊNCIA Abs. 10 7 5 5 2 29 % 34,5 24,1 17,2 17,2 6,9 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 De acordo com os dados da tabela 2.1.174, as funções para as quais é mais difícil encontrar mão de obra qualificada para 9 (31,0%) dirigentes são de nível técnico e bastante diversificadas, o que parece indicar uma demanda de formação específica, de prática e de − − 227 aperfeiçoamento constante. Citaram funções de nível operacional 4 (13,8%) e as funções de nível gerencial foram mencionadas por 3 (10,3%) dirigentes. Não percebem dificuldades no recrutamento de seu pessoal 3 (10,3%). Tabela 2.174 Funções com maior dificuldade de recrutamento de empregados com a qualificação pretendida, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010 FREQUÊNCIA Abs. % FUNÇÕES INDICADAS Funções da área técnica (iluminação, som, cenotécnico, técnico de palco, teatro, projeção de cinema) Função operacional (serviços gerais, garçom, barman) Função gerencial Não percebe dificuldades Comunicação, produção cultural Músicos Atendimento ao público 9 31,0 4 3 3 2 1 1 13,8 10,3 10,3 6,9 3,4 3,4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Os fatores que mais dificultam o recrutamento de pessoal com a qualificação pretendida são destacados na tabela 2.175. Os dois principais dificultadores apontados - falta de qualificação dos profissionais e escassez de mão de obra qualificada no mercado, citados por 6 (20,7%) dirigentes cada uma - de algum modo se somam e parecem ser, pelo menos em parte, explicados pela inexistência de cursos para formação profissional na área, dificultador citado por 4 (13,8%) dirigentes, e pelas especificidades da área cultural, mencionadas por 2 (6,9%) dirigentes, que exigem a formação de profissionais com conhecimentos e habilidades bastante específicos. As dificuldades decorrentes do horário de trabalho e salário pago no setor foram citadas por 2 (6,9%) e 1 (3,4%), respectivamente. Tabela 2.1.175 Fatores que dificultam o recrutamento de empregados com a qualificação pretendida, segundo os dirigentes dos estabelecimentos de serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010 FATORES Falta de qualificação Escassez de mão de obra qualificada no mercado Não há cursos para formação profissional na área Especificidades da área cultural Não percebe dificuldades Pela dificuldade do horário do trabalho Salário Falta de honestidade Teatro público e depende do pessoal da prefeitura FREQUÊNCIA Abs. % 6 20,1 6 20,1 4 13,8 2 6,9 2 6,9 2 6,9 1 3,4 1 3,4 1 3,4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Desenvolvimento e capacitação Considerando a importância da formação e da capacitação profissional para melhorar e garantir a qualidade dos serviços prestados ao turista em Belo Horizonte, a pesquisa procurou investigar as estratégias utilizadas pelo empregador para treinar e aprimorar a formação dos profissionais contratados. Conforme dados da tabela 2.176, o treinamento em serviço é a principal estratégia utilizada por 19 (66,5%) estabelecimentos. Esta é uma modalidade de formação ou capacitação da mão de obra que pode se revestir de informalidade e será mais ou menos eficaz − − 228 dependendo da forma e da qualidade da orientação passada ao treinando, já que, às vezes, o profissional recebe essa orientação de um colega mais antigo na função. Bastante positivo verificar que 21 (72,4%) estabelecimentos selecionados utilizam mais de uma das estratégias pesquisadas para a formação e capacitação de seu pessoal, que 17 (58,6%) deles promovem cursos internos e que 17 (58,6%) flexibilizam o horário de trabalho dos empregados para que possam participar de cursos externos. Mesmo sendo a estratégia menos utilizada, 11 (37,9%) dirigentes declararam que fornecem ajuda financeira para o funcionário participar de cursos externos, o que é significativo. Tabela 2.176 Estratégias adotadas pelos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento para formação ou capacitação dos empregados – Belo Horizonte - 2010 ESTRATÉGIAS E INCENTIVOS Dá treinamentos em serviço Promove cursos internos Flexibiliza horário para cursos fora da empresa Fornece ajuda financeira para cursos fora da empresa Sim Abs. 19 17 NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS Não Não respondeu Total % Abs. % Abs. % Abs. % 65,5 4 13,8 6 20,7 29 100,0 58,6 6 20,7 6 20,7 29 100,0 17 58,6 6 20,7 6 20,7 29 100,0 11 37,9 12 41,4 6 20,7 29 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Manutenção e Remuneração de Recursos Humanos Vencidas as dificuldades iniciais para recrutar e formar um quadro de pessoal qualificado, as organizações se deparam com o novo desafio: manter os bons profissionais pelo maior tempo possível. É o que parece acontecer com os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento do setor de turismo em Belo Horizonte, em que, diante da reduzida oferta de profissionais com os conhecimentos e habilidades bastante específicos exigidos, os estabelecimentos competem pela mão de obra qualificada. Isso pode gerar a elevação do índice de rotatividade dos empregados, cujo tempo médio de permanência nas organizações é de 1 a 5 anos, conforme declarado por 17 (58,6%) dirigentes entrevistados, de acordo com os dados da tabela 2.177. Tabela 2.177 Tempo médio de permanência dos empregados nos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA NA EMPRESA (anos) Menos de 1 De 1 a 5 De 6 a 10 De 16 a 20 Mais de 21 Total FREQUÊNCIA Abs. 3 17 3 1 5 29 % 10,3 58,6 10,3 3,4 17,2 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.178 indica as funções nas quais os estabelecimentos selecionados enfrentam maior dificuldade para manter o empregado em seu quadro. Para 12 (41,4%) dirigentes, é mais difícil manter os empregados do nível operacional, especialmente nos serviços de alimentação oferecidos. As funções da área técnica, que apresentam maior dificuldade para o recrutamento de profissionais qualificados, também apresentam dificuldade para a manutenção do profissional na organização, de acordo com 4 (13,8%) dirigentes. As funções de nível gerencial foram citadas por 2 (6,9%) dirigentes. − − 229 Tabela 2.178 Identificação de funções nas quais os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento enfrentam maior dificuldade para manutenção do empregado – Belo Horizonte - 2010 FUNÇÕES Garçom, barman Funções operacionais, serviços gerais Área técnica Não percebe dificuldades Funções gerenciais Cozinha, copa Terceirizados Portaria Produção (estagiário) FREQUÊNCIA Abs. % 5 4 4 3 2 2 1 1 1 17,2 13,8 13,8 10,3 6,9 6,9 3,4 3,4 3,4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 A tabela 2.179 mostra as razões apresentadas pelos dirigentes participantes da pesquisa para a alta rotatividade de mão de obra no setor de serviços e equipamentos de lazer e entretenimento. Na opinião de 5 (17%) dirigentes, diante da pequena oferta, os profissionais qualificados são muito disputados pelas empresas, o que pode elevar a rotatividade da mão de obra no setor. A falta de qualificação dos profissionais é apontada por 3 (10,3%) dirigentes. As condições de trabalho contribuem para a rotatividade por diversas razões: salário baixo, 3 (10,3%); trabalho excessivo, 2 (6,9%); horário e trabalho em final de semana, 1 (3,4%). Percebem como maior dificuldade para manutenção do empregado, a falta de comprometimento dos profissionais com a empresa 3 (10,3%). Tabela 2.179 Razões da alta rotatividade dos funcionários na opinião dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010 RAZÕES DA ROTATIVIDADE Procura de mão de obra qualificada no mercado é grande Falta de qualificação Salário baixo Falta de comprometimento com a empresa Trabalho excessivo Nenhuma dificuldade Horário, trabalho em final de semana Aprende cozinha internacional e vai para outra empresa FREQUÊNCIA Abs. % 5 17,4 3 10,3 3 10,3 3 10,3 2 6,9 2 6,9 1 3,4 1 3,4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010 Confirmando uma realidade de baixos salários, já percebida em questões anteriores, a tabela 2.180 indica que 19 (65,5%) estabelecimentos pesquisados adotam política salarial no nível mínimo (piso salarial definido em convenção coletiva da categoria), enquanto 6 (20,7%) praticam remuneração até 20% acima do piso e 3 (10,3%) declararam pagar a seus trabalhadores mais de 20% acima do piso salarial da categoria. Tabela 2.180 Política de remuneração dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte - 2010 REMUNERAÇÃO Piso da convenção coletiva da categoria Até 20% acima do piso Mais de 20% acima do piso NR Total FREQUÊNCIA Abs. % 19 65,5 6 20,7 3 10,2 1 3,4 29 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 230 A tabela 2.181 destaca a política de remuneração e benefícios concedidos pelos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento selecionados. Quanto à concessão de benefícios, 28 (96,6%) estabelecimentos oferecem os benefícios legalmente previstos, ou seja, alimentação e transporte. Ainda que bem menor é significativo o número de equipamentos que oferecem seguro/plano de saúde: 13 (44,8%). Apenas 3 (10,3%) estabelecimentos oferecem participação nos resultados. Na opção ―outro benefício‖, os dirigentes mencionaram benefícios como descontos em empresas do grupo e associação recreativa para uso dos funcionários e seus familiares. Tabela 2.181 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos serviços e equipamentos para lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010 BENEFÍCIOS OFERECIDOS Alimentação Seguro/Plano de Saúde Transporte Participação nos resultados Outro benefício Sim Abs. 28 13 28 3 4 % 96,6 44,8 96,6 10,3 13,8 FREQUÊNCIA Não Total Abs. % Abs. % 1 3,4 29 100,0 16 55,2 29 100,0 1 3,4 29 100,0 26 89,7 29 100,0 25 86,2 29 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Associativismo e participação em entidades representativas Esta pesquisa procura investigar o estágio atual de organização e efetividade das ações das entidades representativas dos diversos serviços e equipamentos do setor de turismo em Belo Horizonte, bem como o nível de participação das empresas da área nessas entidades. Conforme tabela 2.182, o nível de participação dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados em suas entidades de representação/associação é muito baixo. Isso merece atenção especial no sentido de reverter tal situação: 15 (51,7%) estabelecimentos declararam que não participam; 6 (20,7%) que têm baixa participação; e 3 (10,3%) que participam ativamente. Tabela 2.182 Participação em entidades de representação/associação empresarial, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010 NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO Ativa Baixa Inexistente NR (Não respondeu) NS (Não sabe) Total FREQUÊNCIA Abs. 3 6 15 4 1 29 % 10,3 20,7 51,7 13,8 3,4 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.183 mostra os variados fatores que dificultam a participação dos estabelecimentos nas entidades de representação/associação declarados pelos dirigentes entrevistados. Enquanto 12 (41,4%) apontam os dificultadores como aqueles decorrentes do perfil/organização/forma de atuação das entidades de representação/associação conservadorismo, centralização e burocracia, falta de união no setor, grande número de entidades, falta proximidade com a realidade do associado, falta de interesse da instituição, natureza e falta estratégia pública para promover diálogo no setor –, 10 (34,5%) dirigentes apontam os fatores como aqueles decorrentes do desconhecimento da atuação das diversas entidades, falta de interesse, falta de tempo, falta de oportunidade e problema financeiro da parte dos empreendimentos. A situação parece indicar grande necessidade de − − 231 sensibilização, conscientização e capacitação tanto das entidades (como lideranças) quanto dos empreendimentos (como associados) sobre a importância do associativismo para o desenvolvimento do setor. Tabela 2.183 Fatores que dificultam a participação nas entidades representativas/associações, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados em Belo Horizonte – 2010 FREQUÊNCIA FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO Abs. 4 3 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 Não tem opinião formada, não sabe responder Conservadorismo, centralização, burocracia Falta de união no setor Falta de tempo, horário Grande número de entidades Falta proximidade com a realidade do associado Falta de interesse Desconhecimento Falta de oportunidade Falta interesse das instituições Problema financeiro Natureza da instituição Falta estratégia pública para promover diálogo no setor Não há dificuldade % 13,8 10,3 6,9 6,9 6,9 6,9 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Não responderam ou não souberam responder a questão sobre os benefícios gerados pelas entidades representativas/associações 12 (41,4%) dos dirigentes. Declararam que essas entidades beneficiam bastante as atividades dos estabelecimentos associados, avaliação que parece surpreendente diante do nível muito fraco de participação identificado 7 (24,1%) (tab. 2.184). Tabela 2.184 Percepção dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento sobre a importância dos benefícios gerados pelas entidades representativas/associações – Belo Horizonte - 2010 IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS Bastante Pouco Nada NR NS Total FREQUÊNCIA Abs. 7 6 4 10 2 29 % 24,1 20,7 13,8 34,5 6,9 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O quadro 2.49 apresenta, de forma categorizada, os benefícios esperados pelos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em decorrência de sua participação em entidades de representação/associação. − − 232 Quadro 2.49 Benefícios esperados pelos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento, em decorrência de sua participação em entidades representativas/associações - Belo Horizonte – 2010 CATEGORIA DE BENEFÍCIO Representatividade Integração setorial Marketing e serviços de comunicação Apoio e assessoria na área administrativa e jurídica BENEFÍCIO ESPERADO Fortalecer o setor turístico, trabalhar questões políticas, regularização do setor Maior comprometimento Ter um local de representatividade Convergência de interesses individuais Participação para desenvolver o turismo Parceria seria o principal, união em prol do turismo de lazer e geração de novos negócios Trocar experiências, debater melhorias Divulgação Divulgar atividades de teatro, melhorar imagem e atrair mais visitantes, incrementar as ações do teatro Aumento de público, aumento de renda Viabilizar mais eventos para a cidade como um todo Consultoria para questões jurídicas e legais, proteção jurídica Esclarecimentos sobre o mercado Cursos, treinamentos para funcionários de maneira geral Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento A análise dos dados da pesquisa sobre a capacitação empresarial e profissional nos estabelecimentos de serviços e equipamentos para entretenimento e lazer em Belo Horizonte indica como um dos principais problemas a oferta de mão de obra no mercado, considerada ―insuficiente‖ e ―pouco qualificada‖ para todos os níveis de ocupação, principalmente para as funções técnicas. A pesquisa realizada aponta que o setor demanda grande diversidade e especificidade de funções técnicas que exigem formação e aperfeiçoamento contínuo dos profissionais que lidam com equipamentos cada vez mais sofisticados, e dos quais se esperam soluções práticas e seguras, e, ao mesmo tempo, criativas e inovadoras. Os dirigentes dos estabelecimentos, por sua vez, apontam a baixa qualidade ou mesmo a inexistência dos cursos para formação e capacitação de profissionais em funções que exigem conhecimentos e habilidades muito específicos. As dificuldades para captar e manter mão de obra para as funções operacionais (garçom, barman e serviços gerais), principalmente no caso dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento que oferecem alimentação aos seus clientes, parecem ser ainda maiores pela concorrência com o grande número de serviços e equipamentos do setor de turismo que atuam com alimentos e bebidas na cidade, especialmente bares e restaurantes e meios de hospedagem. Ainda em relação à oferta de alimentação à clientela, foi também identificado na pesquisa com os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento um número significativo de estabelecimentos que aceitam o trabalho de ambulantes, em alguns casos sem nenhuma exigência. Isso, como já registrado, pode prejudicar a confiabilidade e o padrão de qualidade da cidade como destino turístico. Assim, essa é uma mão de obra que, embora atuando de − − 233 modo informal, também deverá merecer atenção em programas de formação e capacitação propostos para o setor. A pesquisa mostrou a existência de apenas 46 (4%) de funcionários bilíngues no quadro total de empregados permanentes dos equipamentos, sugerindo a necessidade de aprimorar esta competência nos quadros dos empreendimentos, de forma a estarem mais bem preparados para receber um fluxo crescente de turistas estrangeiros. Bastante positivo o elevado nível de escolaridade dos dirigentes entrevistados, assim como a intenção declarada de realizar, no curto prazo, cursos de aperfeiçoamento, atualização e ampliação dos conhecimentos e habilidades necessários à boa gestão dos seus estabelecimentos. Isso aponta a existência de um público potencial para futuros programas de capacitação gerencial, interessado especialmente em cursos voltados para a gestão de pessoas e gestão cultural. No entanto, o setor apresenta também significativo número de dirigentes que declararam não pretender fazer cursos, o que parece demonstrar baixa sensibilização para a importância do aperfeiçoamento profissional ou pouco interesse diante da oferta de cursos da espécie em Belo Horizonte, cenário que, em qualquer das hipóteses, necessita ser revertido. Ressalte-se também a necessidade de dedicar especial atenção e cuidados ao baixo grau de associativismo identificado na pesquisa, com o objetivo de sensibilizar, conscientizar e capacitar os dirigentes/proprietários dos empreendimentos, de modo a promover o fortalecimento, a legitimidade e a efetividades das ações das entidades de representação/associação para o desenvolvimento do setor. No que se refere à gestão de recursos humanos, a grande maioria dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento recruta seus funcionários através da indicação dos funcionários atuais e utiliza o treinamento em serviço como a principal estratégia para formação da mão de obra. Ainda que os estabelecimentos selecionados tenham declarado que utilizam também as demais estratégias de formação e desenvolvimento da mão de obra pesquisadas, tais estratégias não se mostram suficientes para reduzir os problemas existentes para a captação e manutenção de bons profissionais em um setor em que as condições de trabalho contribuem para aumentar a rotatividade: baixos salários, trabalho excessivo, horário noturno e trabalho em final de semana. Além das dificuldades identificadas na pesquisa com os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento, o desejado crescimento do setor de turismo como um todo deverá aumentar a demanda e a concorrência das empresas na busca de mão de obra qualificada, aumentando também o índice de rotatividade e exigindo das empresas uma revisão do modelo de gestão de pessoal utilizado, com a oferta de maiores salários, oportunidades de promoção e outras formas de reconhecimento da qualificação do trabalhador capazes de atrair e manter o profissional, de modo especial em atividades que demandam grande disponibilidade para trabalhos de natureza desgastante em dias e horários, muitas vezes incomuns. 2.1.4.8. Outros serviços e equipamentos: postos de informações turísticas Na análise dos dados da pesquisa, foi considerado o modelo/estratégias de gestão de recursos humanos da empresa Belotur, porém os dados sobre capacitação empresarial e profissional se referem apenas aos funcionários que atuam diretamente nos sete postos de informações turísticas. Perfil dos dirigentes O questionário de pesquisa foi respondido por um gestor com vínculo empregatício e cargo de chefia no Departamento de Informações Turísticas da Belotur, do sexo feminino, situado na faixa etária de 51 a 60 anos de idade. Graduada em Turismo e Hotelaria, declarou sua − − 234 pretensão de fazer cursos de aperfeiçoamento em sua área de atuação, nos próximos dois anos, voltados especialmente para a gestão de pessoas, comunicação, relacionamento interpessoal e negociação. Quanto à modalidade do curso, sua preferência é pelos cursos presenciais, a mesma preferência declarada pela maioria dos dirigentes dos diversos serviços e equipamentos entrevistados. Em sua avaliação, a UNA é uma das principais instituições formadoras ou capacitadoras de profissionais de nível gerencial para o setor de turismo em Belo Horizonte, merecendo também destaque a atuação da Belotur e do Ministério do Turismo como órgãos promotores de programas de formação e aperfeiçoamento e no desenvolvimento profissional e empresarial para o setor de turismo na cidade. Quanto às principais carências e deficiências dos cursos de formação e capacitação para o nível gerencial em Belo Horizonte, considera que os cursos são onerosos e que o profissional, por ser mal remunerado, teria de investir muito tempo e dinheiro na formação, sem retorno, pois os salários seriam insuficientes para cobrir o investimento realizado. Questionada sobre a participação em missão empresarial e visitas técnicas, declarou já ter participado de visitas técnicas a estabelecimentos similares, mas apenas no País. Quadro dos recursos humanos no setor outros serviços e equipamentos: postos de informações turísticas Em relação à oferta de mão de obra qualificada para o setor de turismo em Belo Horizonte, a gestora entrevistada considera que para todos os níveis – operacional, de supervisão e gerencial - a oferta de profissionais é suficiente, porém pouco qualificada. Os sete postos de informações turísticas contam com 25 funcionários, 15 técnicos de turismo e 10 estagiários de turismo. Dos 25 funcionários, apenas dez são bilíngues, índice que parece baixo, considerando tratar-se dos postos de atendimento aos turistas da Capital do estado, cidade que nos próximos anos deverá sediar eventos de porte internacional. Na opinião da entrevistada, as principais instituições formadoras e capacitadoras de profissionais de nível operacional para o setor são o Sebrae e as faculdades. Mais uma vez, destacou o relevante papel desempenhado por órgãos como a Belotur e a SETUR-MG na promoção da formação e qualificação da mão de obra para o setor de turismo em Belo Horizonte. Comentando sobre as principais carências e deficiências dos cursos de formação e capacitação para o nível operacional em Belo Horizonte, disse considerar que os cursos são bons e ressaltou, mais uma vez, seu entendimento de que a grande dificuldade no setor de turismo é a remuneração, pois o mercado remunera mal os profissionais. Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos A Belotur é uma empresa pública municipal, que adota como principal forma de recrutamento de mão de obra a realização de concurso público. No caso dos funcionários que atuam nos Postos de informações turísticas, como pré-requisito devem ter formação na área de Turismo. A dirigente entrevistada comentou a dificuldade para recrutar funcionários para os postos de informação em função da rotina de trabalho e da necessidade de fluência em outro idioma, uma vez que os cursos de turismo não exigem e não desenvolvem essa competência. − − 235 Desenvolvimento e capacitação Na formação e desenvolvimento de seus funcionários, a Belotur utiliza várias estratégias. Promove treinamento em serviço, cursos internos, flexibiliza horário e dá ajuda financeira para o profissional fazer curso fora da empresa. Manutenção e remuneração de recursos humanos O tempo médio de permanência dos funcionários na empresa é de 6 a 10 anos. Na avaliação da dirigente entrevistada, é difícil recrutar e manter funcionários na função de atendimento, pois a ocupação demanda um profissional que conheça bem e goste muito da cidade e do trabalho de informar e orientar moradores e visitantes. Em sua opinião, a expectativa dos profissionais ao fazer o concurso é diferente da rotina do dia a dia do trabalho. Enquanto muitos funcionários antigos estão há mais de vinte anos na empresa, a rotatividade dos funcionários que entraram para a empresa nos últimos concursos tem sido maior. Sobre a política de remuneração, declarou que a política de remuneração da empresa está equiparada em relação ao serviço público municipal. Considerações finais Os dados da entrevista realizada com dirigente dos postos de informações turísticas parecem mostrar uma situação em muitos pontos semelhante àquela apontada por outros serviços e equipamentos do setor de turismo em Belo Horizonte: oferta de mão de obra pouco qualificada para um trabalho que oferece como remuneração salários baixos, o que, por sua vez, aumenta a rotatividade dessa mão de obra. Tratando-se de empresa pública, o recrutamento do pessoal é feito por concurso público. No caso dos funcionários dos postos de informação turística, há exigência de formação específica na área de turismo, o que pode propiciar a constituição de um quadro de pessoal com perfil e competências necessárias ao um bom desempenho desejado pela empresa. Todavia, o número de funcionários bilíngues lotados em pontos estratégicos de atendimento aos turistas parece insuficiente, especialmente diante do esperado aumento do fluxo de turistas estrangeiros na cidade. Essa poderia ser uma das competências exigidas para a função. Destacada pela dirigente entrevistada como uma das principais promotoras de programas de qualificação profissional para o setor de turismo em Belo Horizonte, A Belotur tem como diferencial em seu modelo de gestão de recursos humanos o investimento na formação e desenvolvimento profissional de seus funcionários. 2.1.4.9. Análise da oferta de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços turísticos em Belo Horizonte Este capítulo apresenta os resultados da pesquisa realizada sobre a oferta de capacitação de gestores e profissionais para o setor de turismo em Belo Horizonte. A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas com os dirigentes das principais instituições formadoras e promotoras de capacitação na cidade e as entidades representativas dos diferentes setores turísticos, cujas informações foram complementadas por pesquisas nos sites dessas instituições e na mídia impressa - jornais e revistas locais. As informações sobre a oferta de capacitação na área de turismo são apresentadas em tópicos segundo o órgão ou entidade promotora. Em seguida, aparecem os cursos de − − 236 educação formal de nível médio, universitário e de pós-graduação existentes no município e, no último item, os comentários e avaliações da equipe técnica. As Ações de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços turísticos promovidas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), entidade privada, de interesse público, atua nos setores de Comércio e Serviços, Indústria e Agronegócios, respeitando as peculiaridades, necessidades e diferenças regionais. Uma das 27 unidades estaduais, o Sebrae-MG está sediado em Belo Horizonte. Em suas ações, o Sebrae-MG busca orientar empreendedores e empresários para a abertura e a administração de pequenos negócios, com o desenvolvimento de competências em gestão, numa perspectiva de educação continuada, para aumentar os níveis de organização, qualidade, inovação, produtividade e lucratividade. Tal orientação é feita por meio de cursos (presencial e a distância), consultorias, atendimento coletivo, treinamentos, palestras, oficinas, seminários, publicações, eventos, premiações e diversos canais (Internet, TV, rádio) integrados a métodos convencionais e a novas tecnologias. Em suas ações direcionadas ao setor de turismo, a atuação do Sebrae-MG parte do princípio de que o turismo é um negócio, e mais que isso, um negócio coletivo que envolve e oferece oportunidades para diferentes segmentos econômicos do destino turístico. Sobre a oferta de programas de capacitação empresarial pelo Sebrae-MG em Belo Horizonte, verificou-se que a oferta de cursos e a disponibilidade de recursos para a capacitação são grandes - sempre existem recursos do MTur e do próprio Sebrae. Todavia, o Sebrae-MG tem grande dificuldade de viabilizar projetos de capacitação, diante da baixa procura e adesão dos empresários. Um exemplo recente foi a oferta do curso Menu Gourmet, projeto-piloto com possibilidades de envolver até 250 empresas, para o qual só houve adesão de nove empresas. Citam-se como razões da baixa adesão seria o fato de que hoje o pequeno empresário é polivalente, o quadro da empresa é muito enxuto e o empresário não consegue sair da empresa para participar do curso, especialmente na área de alimentação. Outra razão seria o fato do empresário estar ―saturado‖ diante da grande oferta de capacitação. Tal ―saturação‖ apareceu por mais de uma vez nas entrevistas realizadas com representantes das diferentes instituições, sendo, muitas vezes, seguida pela avaliação de que o curso ―precisa ser muito bom‖ para o empresário participar. As razões da baixa adesão apresentadas parecem indicar a necessidade de se rever a proposta e o conteúdo dos programas de capacitação oferecidos, de modo a conseguir a adesão e a efetiva participação do empresário. Cursos de curta duração e com conteúdo já muito explorado não se mostram capazes de atrair o empresário. É preciso inovar o conteúdo e o formato dos cursos, mas também adequar e diversificar os horários de realização de modo a viabilizar a participação do empresário. Com relação aos programas de capacitação empresarial com foco na Copa do Mundo de 2014, em 2010 o Sebrae realizou o mapeamento das necessidades, cujas ações de capacitação estão previstas para 2011, com o cuidado de não gerar uma demanda que poderá ser frustrada, pois o evento acontece em um único mês, e estão previstos poucos jogos na cidade. O Sebrae deverá promover ações de capacitação para os diferentes serviços e equipamentos do setor de turismo: Hotelaria – O Sebrae nacional em convênio com a ABIH Nacional, promoverá ações para fortalecer e capacitar os pequenos meios de hospedagem já existentes, dando a eles condições de melhor receber os turistas. Bares e Restaurantes – O Sebrae nacional, em convênio com a Abrasel Nacional deverá, entre outras ações, estimular a formalização e capacitação dos ambulantes, empreendedores individuais. − − 237 Agências – O Sebrae nacional em convênio com a ABAV Nacional desenvolverá ações para trabalhar o receptivo da Capital. Uma característica comum aos projetos dos quais o Sebrae participa é a integração e a conjugação de esforços de diferentes parceiros – empresários, entidades empresariais e governamentais - para que, de forma orientada e compromissada por todos, possam ser alcançados os resultados desejados para determinado destino ou segmento turístico. A seguir, apresentam-se informações de caráter geral sobre alguns dos principais projetos de capacitação desenvolvidos pelo Sebrae nacional em parceria com o Ministério do Turismo e entidades representativas dos diferentes serviços e equipamentos turísticos, dos quais o Sebrae-MG e empresas mineiras e de Belo Horizonte participam. Projeto Benchmarking em Turismo O projeto Benchmarking em Turismo – Aprendendo com as Melhores Experiências Nacionais e Internacionais, uma parceria da ABAV (executora geral do programa), Sebrae e Ministério do Turismo, e apoio da Embratur, busca qualificar empresários do setor, a partir da observação e vivência da operação de destinos que são referência no País e no mundo. O projeto está dividido em duas partes: Excelência em Turismo (internacional) - aprendendo com as melhores experiências internacionais. Os destinos são selecionados de acordo com os segmentos prioritários, definidos no Plano Nacional de Turismo. Vivências Brasil (nacional) - aprendendo com o Turismo Nacional. Da mesma forma, os destinos visitados são escolhidos a partir das boas práticas que desenvolvem, de acordo com os segmentos turísticos prioritários9 No Excelência em Turismo, os empresários terão a oportunidade de conhecer modelos turísticos de sucesso na República Tcheca (operação em países emergentes), Itália, região de Toscana (Turismo de Bem Estar), México (Operação de Segmentação Turística) e Peru (Operação de Turismo de Fronteira e em Comunidades Tradicionais). Já no Programa Vivências Brasil, os destinos a serem observados são: Armação de Búzios (Turismo Sol e Praia), Olinda e Recife (Turismo Cultural), Pantanal (Ecoturismo) e São Paulo (Turismo de Negócios), Brotas e Socorro (Turismo de Aventura) e Gramado (Geração e organização de eventos criativos). O projeto Benchmarking em Turismo oferece, gratuitamente, aos empresários selecionados o custeio da parte terrestre, que inclui hospedagem, transporte local, refeições, visitas e demais atividades (palestras e reuniões de trabalho). Os participantes pagam apenas as passagens aéreas, seguro viagem e despesas pessoais (não incluídas no programa). Em contrapartida, na volta os participantes realizam duas ações de multiplicação do conhecimento. Para isso, recebem material de apoio contendo apresentações de suporte sobre o projeto e o destino visitado, manual de orientações para a realização das oficinas de multiplicação, relatório da viagem realizada e um DVD com as melhores práticas vivenciadas por ele. Em 2010, o Sebrae Nacional promoveu uma visita técnica de representantes de entidades representativas e de empresas à Feira de Negócios Expo Xangai, além de uma visita técnica à África, para que os participantes pudessem ver experiências e ações que deram certo e qual o legado da Copa do Mundo de 2010 para aquele país. 9 Disponível em < www.revistaeecotur.com.br > e < www.turismo.gov.br> − − 238 Programa de Desenvolvimento Setorial em Agenciamento e Operações Turísticas – PROAGÊNCIA Outro programa de capacitação desenvolvido pelo Sebrae nacional, desta vez em parceria com a ABAV nacional, é o Programa de Desenvolvimento Setorial em Agenciamento e Operações Turísticas (PROAGÊNCIA). O objetivo deste programa é ampliar a competitividade e a capacidade de geração de receitas das micro e pequenas agências de viagens, principalmente aquelas que se dedicam ao turismo receptivo. O Instituto de Capacitação da ABAV (ICCABAV) atua como parceiro técnico-operacional. 10 A primeira fase do PROAGÊNCIA aconteceu no período de 2005 a 2008. A a segunda fase, iniciada em agosto de 2009, deverá se estender, em princípio, até maio de 2011. Os principais benefícios do programa para os empresários, gestores e trabalhadores do setor de Agenciamento Turístico, especialmente, aqueles que atuam mais diretamente nas atividades de agenciamento e operações de turismo receptivo, são: Capacitação profissional segundo as competências necessárias para a correta gestão de sua empresa, bem como o apropriado atendimento aos seus clientes. Valorização e ascensão profissional através da qualificação nas competências adquiridas. Acesso a informações e dados para consultas, estudos e pesquisas sobre o segmento e os negócios turísticos em geral. Fortalecimento da gestão dos empreendimentos turísticos baseada na sustentabilidade. Os cursos são gratuitos e têm duração de duas semanas, na modalidade de e-learning, em que o aluno aprende e se comunica com o professor via internet. Ao final do curso, os alunos recebem Certificado de Participação ou, se fizerem a avaliação, o Certificado de Aproveitamento. Até maio de 2011, a ABAV, por intermédio do PROAGÊNCIA II, pretende oferecer turmas dos seis cursos que compõem o seu acervo de Educação à Distância (EaD), como: Desenvolvendo o Turismo Receptivo Gestão de Pessoas em Agenciamento e Operações Turísticas De Agente a Consultor de Viagens Gestão de Empresas de Agenciamento e Operações Turísticas Negociando adequadamente a oferta turística Vendendo produtos e serviços consolidados O Proagência II tem abrangência nacional, com atuação conjunta envolvendo as 27 ABAVs e os 27 Sebraes estaduais do País. Programa de Qualificação de Pequenos Meios de Hospedagem O Programa de Qualificação de Pequenos Meios de Hospedagem (PMH), um convênio entre o Sebrae nacional e a ABIH nacional objetiva investir na qualificação dos pequenos meios de hospedagem para fortalecer as ações de capacitação, gestão, disseminação de instrumentos de inovação, tecnologia e acesso a mercados durante o período de 2010 a 2012. 11 Os números do PMH são ambiciosos. A proposta é atuar em todas as 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e outras 20 cidades turísticas no entorno desses municípios. O projeto pretende atingir aproximadamente mil profissionais diretamente lotados no setor, em 10 Disponível em <www.abav.com.br 11 Disponível em <www.abih.com.br> Acesso em 28.11.2010 − − 239 quase mil empreendimentos, com a participação de 20 ABIHs estaduais e 27 Sebraes estaduais. As metas principais são: melhorar a qualidade da gestão e da competitividade no setor, oferecendo novas ferramentas de comercialização dos pequenos meios de hospedagem, como uma central de negócios e incentivos, previstos na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas; promover treinamentos especializados, melhorando qualitativamente a oferta dos serviços; e mostrar as vantagens de formalização das empresas atuantes no mercado informal. No programa, gestores, coordenadores e colaboradores de empresas hoteleiras serão capacitados em marketing, competitividade, sustentabilidade e temas ligados à inovação da gestão, tais como: estratégias de atração e atendimento ao turista, atendimento ao turista nos meios de hospedagem, estratégias de comunicação e relacionamento com o turista, gestão de hotéis e pousadas e procedimentos para obtenção de linhas de crédito para o turismo. Para o Programa de Qualificação de Pequenos Meios de Hospedagem, a ABIH, o IBH e o Sebrae entendem que o formato de educação a distância mais adequado é, o e-learning, pois neste formato é oferecida aos alunos uma plataforma com ferramentas que possibilitam maior liberdade e customização ou ajuste da disponibilidade de tempo e dos horários, assim como dos assuntos mais interessantes para cada aluno. Rede do Turismo de Negócios e Eventos Outro projeto que conta com a parceria do Sebrae, cuja importância para Belo Horizonte foi muito enfatizada na entrevista realizada com representante da instituição, é a recente criação da Rede do Turismo de Negócios e Eventos de Belo Horizonte, no âmbito do Projeto Estruturador Minas Avança no Turismo de Negócios. A criação da Rede do Turismo de Negócios e Eventos, que envolve 14 entidades públicas e privadas, tem por objetivo fortalecer as entidades e empresas que compõem o trade turístico, com foco no desenvolvimento do turismo como oportunidade de bons negócios em diferentes áreas da economia. Para tanto, buscará garantir o funcionamento integrado e cooperado da cadeia produtiva do turismo de negócios e eventos da Grande Belo Horizonte, com vistas a gerar negócios atrativos para todo o segmento e melhorar a atuação da região na realização de eventos. As entidades de classe participantes da Rede são: ABAV-MG, ABEOC-MG, ABIH-MG, ABRASEL-MG, AC Minas, BHC&VB, CDL-BH, C&VB-MG e SINDIPROM-MG. Todas atuam em conjunto com a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, Belotur, Sebrae MG, IEL/Fiemg, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais e Prominas. No processo de criação/implantação da Rede, tendo o Instituto Oswaldo Lodi (IEL) como gestor e executor do projeto e com a consultoria da Fundação Dom Cabral, foram realizadas oficinas quinzenais para criar um modelo que atenda às necessidades do destino Belo Horizonte e das empresas participantes, bem como para alinhar informações sobre a oferta de programas de capacitação oferecidos pelas diversas instituições parceiras, de modo a evitar sobreposição de ações. A implantação da Rede do Turismo de Negócios e Eventos prevê duas etapas: - Etapa de mudança comportamental - iniciada com o pessoal do nível de diretoria das 14 instituições participantes, e que deverá chegar até o pessoal do nível operacional das entidades representativas e das empresas, mostrando a importância da ação coletiva, participação e cooperação de todos para o sucesso da captação e da realização do evento. − − 240 - Etapa de internalização do fluxo de captação de eventos - cujo objetivo é organizar o trade; ou seja, propiciar a participação das empresas dos diversos segmentos na captação e realização dos eventos. As Ações de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços turísticos promovidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) é uma entidade nacional, autônoma, de direito privado, presente no Distrito Federal e em todos os estados. Considerado referência nacional em educação profissional, sua missão é educar para o trabalho em atividades de comércio de bens, serviços e turismo.12 O Senac oferece vasta programação de cursos e atividades em 15 áreas de atuação: Artes Comunicação Design Idiomas Informática Meio Ambiente Tecnologia Educacional Turismo e Hospitalidade Comércio Conservação e Zeladoria Gestão Imagem Pessoal Lazer e Desenvolvimento Social Saúde Telecomunicações Os cursos são oferecidos em três modalidades de ensino: Presencial - o processo aprendizagem acontece em uma relação direta e dialógica entre professor e aluno, em laboratórios ou em salas de aula, utilizando materiais didáticos diversos (impresso, VHS, CD, DVD e outros). Semipresencial - modalidade em que o processo ensino-aprendizagem acontece em duas fases distintas e complementares: numa há a relação direta do professor com o aluno e, na outra, o estudo é individualizado, orientado a distância, sem a presença física do professor. A distância - são dois tipos de ações educativas em EaD: formal (cursos a distância); e aberta (teleconferências e programa radiofônico), abrangendo todas as modalidades, desde a formação inicial e continuada até a educação superior. No curso formal a distância, estudantes e professores desenvolvem atividades educacionais em lugares e tempos diversos. A relação didático-pedagógica se dá com base em meios e tecnologias de informação e comunicação. O aluno conta com materiais didáticos de diferentes formatos (impresso, VHS, CD, DVD) e com o acompanhamento de coordenadores e instrutores especialmente capacitados para essa modalidade de educação. Senac Móvel - utilizando carretas totalmente adaptadas para servirem de verdadeira escola, uma vez que reproduz internamente o ambiente real de trabalho nas áreas de Hospitalidade, Turismo, Informática, Administração, Saúde e Imagem Pessoal. O Programa SENAC Móvel se desloca para o interior do estado levando a educação profissional com o mesmo padrão de qualidade oferecido pelas unidades fixas do Senac. 12 − Disponível em: www.mg.senac.br consultado em 28/11/2010 − 241 Para o setor de Turismo e Hospitalidade, uma de suas áreas de atuação, o Senac oferece programas de educação profissional nos seguintes segmentos: agenciamento de viagens e operações turísticas; guiamento de turistas; eventos; lazer e entretenimento; hospedagem e alimentos e bebidas. Listam-se alguns dos cursos em Turismo e Hospitalidade oferecidos pelo Senac nos diversos níveis: Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores Aperfeiçoamento para Cozinheiro Auxiliar de Cozinha Barista Camareira em Meios de Hospedagem Camareira: Prática Profissional Cerimonial e Protocolo em Eventos Cozinheiro Básico Etiqueta Social e Profissional Garçom Básico Gestão de Bares e Restaurantes Gestão e Organização de Cozinhas Organização de Eventos Planejamento de Eventos Sociais Planejamento e Organização do Serviço de Buffet Recepcionista em Meios de Hospedagem Serviço de Garçom e Garçonete Serviços de Garçom – Garçonete Aplicados em Restaurante de Hotel Sommelier Técnicas de Serviços para Barman Técnicas e Práticas em Confeitaria Técnicas de Produções Culinárias Aplicadas em Cozinha de Hotel Técnicas de Produções Culinárias Aplicadas em Cozinha de Restaurante Comercial Educação Profissional Técnica de Nível Médio Técnico em Agenciamento de Viagens Técnico em Eventos Técnico em Guia de Turismo Técnico em Guia de Turismo – Certificação de Competências Educação Superior Especialização em Gestão Gastronômica e Hoteleira MBA em Gastronomia MBA em Hotelaria Certificação de competências Em atendimento à portaria 71/06 da Secretaria de Estado da Educação, o Senac Minas oferece certificação de competência profissional nas áreas de Gestão, Saúde, Hospitalidade, Turismo, Informática e Imagem Pessoal. Para obter sua certificação profissional, o solicitante dever ter concluído o ensino médio e, no mínimo, dois anos de experiência profissional comprovada em carteira ou contrato de trabalho. Para obter a certificação, deverá submeter-se a uma avaliação no Senac Minas, na modalidade a que se habilitar. O Senac Minas oferece Certificação de Competência Profissional para a ocupação Técnico em Guia de Turismo. − − 242 O Senac Minas oferece ainda o Programa Soluções Corporativas com o objetivo é prestar ao empresário todo o apoio necessário ao desenvolvimento do seu negócio. O programa é flexível e apresenta a cada cliente uma solução exclusiva, de acordo com as características da empresa. A partir do diagnóstico e identificação da melhor solução, de acordo com o perfil, porte e necessidade da empresa, o Senac propõe atividades planejadas e disponibiliza assessorias, palestras, consultorias, workshops, treinamentos, teleconferências e cursos. Os cursos podem ser presenciais, semipresenciais ou a distância, São realizados no Senac, na própria empresa ou em outro ambiente proposto. Apresentam-se a seguir alguns dos programas voltados para a educação e capacitação profissional de jovens de famílias de baixa renda que contam com a participação do Senac Minas. O Senac Minas oferece aos jovens a oportunidade de participação gratuita em cursos de formação e qualificação profissional nas áreas de Turismo e Hospitalidade. Tais programas constituem-se em importante recurso de formação de mão de obra qualificada para o setor. Todavia, ainda que amplamente divulgados na rede pública de ensino, a demanda tem sido muito pequena, indicando baixa atratividade do emprego no setor de turismo. Programa Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Educação Comunitária (ProJovem) - seu público-alvo são jovens de 18 a 24 anos que não concluíram a oitava série do ensino fundamental e não têm vínculos formais de trabalho. O programa oferece aos participantes oportunidades de elevação da escolaridade, de qualificação profissional e de planejamento e execução de ações comunitárias de interesse público. Programa Educando para a Cidadania (PEC) - o Senac oferece gratuitamente cursos profissionais a jovens de 16 a 24 anos em situação de risco social, de baixa renda e pouca escolaridade, propiciando a oportunidade de ter uma profissão e de ingressar no mercado de trabalho. O PEC tem estreita ligação com o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego, do Governo Federal e é desenvolvido em parceria com escolas, instituições públicas e privadas, ONGs e outros. Programa Senac de Gratuidade (PSG) – antigo Programa Concessão de Bolsa de Estudo Senac Minas, é resultado de um protocolo firmado entre o Senac e o Governo Federal e, por meio do qual pessoas de baixa renda (renda familiar per capita que não ultrapasse 1,5 salário mínimo federal) têm acesso a vagas gratuitas nos cursos do Senac em todo o País, da formação inicial ao nível técnico. É voltado para alunos que estejam cursando ou já tenham concluído a educação básica e trabalhadores empregados ou desempregados. Os candidatos que satisfizerem as duas condições (aluno e trabalhador) terão prioridade. As vagas gratuitas são oferecidas integralmente para cursos disponibilizados no sistema de cadastramento. A realização de cursos sempre irá depender do número de candidatos cadastrados em cada localidade e turnos disponibilizados pelo Senac Minas. Banco de Oportunidades - espaço de interação do aluno e ex-aluno do Senac Minas com o mercado de trabalho, dando a ele a oportunidade de encontrar vagas de estágio e emprego, de acordo com sua área de formação. O Banco oferece também ao empresário o contato com profissionais qualificados para participar de seus processos seletivos. Nas entrevistas realizadas, foi constatado que em Belo Horizonte há pouca demanda para os diversos cursos de formação e qualificação profissional nas áreas de Turismo e Hospitalidade oferecidos pela instituição, por parte tanto dos empresários quanto do próprio trabalhador. Até mesmo para os cursos oferecidos gratuitamente pelo Senac, no âmbito dos diferentes convênios com o Poder Público federal, estadual ou municipal, amplamente divulgados nas diferentes mídias e também diretamente nas escolas públicas da Capital, a procura é tão − − 243 pequena que inviabiliza a abertura das turmas. Um exemplo é o curso Técnico em Hotelaria, oferecido no âmbito do Programa de Educação Profissional (PEP), do governo estadual, para o qual foi formada uma turma em 2009, mas deixou de ser oferecido em 2010 devido à baixa demanda. Também no âmbito do PEP não houve número suficiente de inscrições para o curso de Guia de Turismo, amplamente divulgado na rede pública de ensino. Uma razão parece ser a pouca atratividade do setor de turismo, que oferece baixos salários e poucos benefícios para um trabalho desgastante. Também os cursos oferecidos na modalidade a distância, como os cursos de Hospitalidade e Organização de Eventos, não apresentam uma demanda representativa. Como base para a formatação de cursos de formação e capacitação profissional no setor de Turismo, preparando-o para bem receber os turistas que virão para a Copa do Mundo de 2014, o Senac Minas participou de viagem técnica à África do Sul para ver de perto e buscar identificar as melhores práticas ali utilizadas na Copa do Mundo 2010, em especial quanto a infraestrutura e qualidade da recepção aos turistas de todo o mundo nos serviços de hospedagem, alimentação e transporte. Foram observados também os pontos fracos, para os quais deverão ser buscadas e propostas soluções, evitando que aconteçam também durante a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. As ações de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços turísticos promovidas pelo Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte O Serviço Social do Transporte (SEST) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) são entidades civis, com personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criadas em 14 de setembro de 1993, pela Lei 8.706/93, e organizadas pela Confederação Nacional do Transporte (CNT)13. O SEST SENAT tem como missão desenvolver e disseminar a cultura do transporte e promover a melhoria da qualidade de vida e do desempenho profissional do trabalhador, bem como a formação/qualificação de novos profissionais para alcançar a eficiência e a eficácia dos serviços a serem prestados à sociedade. Para as atividades de sua área de desenvolvimento e aprimoramento profissional, o SEST SENAT dispõe de salas de aula, salas polivalentes, laboratórios de informática, oficinas pedagógicas e auditório. Considerando as necessidades de atualização profissional e educação permanente do trabalhador, o SEST SENAT oferece uma gama de cursos nas modalidades presencial ou à distância (on line). Na formato on line, são oferecidos cursos gratuitos, com oferta permanente, como: Atendimento eficaz Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes Noções de meio ambiente Transporte para todos Atento às necessidades dos profissionais do setor de transporte e do mercado de trabalho, o SEST SENAT desenvolveu dois cursos de nível técnico: Curso Técnico em Logística e Curso Técnico em Transporte Rodoviário de Passageiros O SEST SENAT conta também com o Banco de Talentos, criado para aproximar empregadores e profissionais e oferecer a oportunidade de uma colocação no mercado de trabalho, principalmente àqueles capacitados pela instituição. De acordo com dados do Sindicato dos Condutores Autônomos e Taxistas de Minas Gerais (SINCAVIR-MG), os motoristas de táxi somam mais de 12 mil trabalhadores em Belo 13 − Disponível em: www.sestsenat.org.br consultado em 28/11/2010 − 244 Horizonte. O perfil desses profissionais está mudando: são pessoas cada vez mais jovens e com maior grau de escolaridade14. Todo motorista de táxi, para efetuar o seu cadastro na BHTrans, deve participar do Curso Operador de Transporte Público de Passageiros, obrigatório para o cadastro inicial e para a renovação da licença, o que acontece a cada cinco anos. O curso oferecido pelo SEST SENAT é presencial, com duração de 10 dias e carga horária total de 50 horas. Quadro 2.50 Conteúdo e carga horária do Curso Operador de Transporte Público de Passageiros – Belo Horizonte - 2010 MÓDULO Módulo I Módulo II Módulo III Módulo IV CONTEÚDO Relacionamento Interpessoal Relacionamento Social Cultural/Turista Noções de Primeiros Socorros Respeito ao Meio Ambiente Convívio Social Direção Defensiva Legislação de Trânsito Regulamento BHTrans Total CARGA HORÁRIA 10 horas 5 horas 5 horas 3 horas 2 horas 15 horas 4 horas 6 horas 50 horas Fonte: Sest Senat - 2010 O custo é de R$110,00 para o primeiro curso realizado, sendo gratuito nas renovações qüinquenais. É gratuito para os motoristas vinculados a empresas de transporte que pagam contribuições ao SEST SENAT. As turmas têm de 35/40 participantes. Na unidade SEST SENAT Contagem são fechadas nove turmas por mês, em convênio com a TransCON e a BHTrans, que atende taxistas dos municípios de Contagem e Belo Horizonte. Nas mesmas condições de custos, o SEST SENAT oferece também aos taxistas cursos de inglês e espanhol, com carga horária de 50 horas e duração de 11 dias. Todavia, conforme informado, a procura tem sido muito pequena e as turmas não são fechadas. Considerando a dificuldade apontada por entidades formadoras e já identificada pelo próprio MTur de atrair e obter a adesão e participação dos motoristas de táxi nos cursos de qualificação profissional, a oferta de curso Operador de Transporte Público de Passageiros, obrigatório para a categoria e renovável a cada cinco anos, pode se apresentar como uma oportunidade de promover tal qualificação, a partir de uma parceria entre os setores de transporte e de turismo, e adequação de seu conteúdo. Programas de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços turísticos promovidos pelo Ministério do Turismo A qualificação da mão de obra é um dos quatro eixos estratégicos do Ministério do Turismo, juntamente com a promoção e imagem, requalificação do parque hoteleiro e infraestrutura turística. Para a Copa do Mundo de 2014, o MTur mudou sua estratégia de alocação de recursos. Anteriormente, as Secretarias de Turismo estaduais buscavam recursos do Ministério para o financiamento de seus programas de formação e qualificação de mão de obra. Atualmente, o MTur pretende contar também com a parceria de todas as categorias de atividades representadas no Conselho Nacional de Turismo (CNT) para a implementação das ações de qualificação profissional. Além dessa parceria, o Ministério buscou também o suporte pedagógico da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o suporte do Instituto Casa Brasil, responsável pelo acompanhamento operacional do Programa de Qualificação Profissional 14 − Disponível em <site www.sincavir.org.br> acesso em 18.10.2010 − 245 Bem Receber - Copa 2014. Com tal estratégia, o MTur pretende uniformizar a metodologia e envolver o setor privado na execução dos programas de qualificação profissional. Para o MTur, a maior dificuldade hoje, comum a todas as entidades envolvidas, é obter a adesão ao programa; isto é, trazer e manter o empresário nos cursos. Por isso, definiu que o primeiro passo para o sucesso do programa de capacitação é buscar atingir e envolver o empresário por maio da sua entidade representativa em cada estado, para, então, atingir e envolver os profissionais. A dificuldade de adesão do empresário aos programas de capacitação profissional foi também apontada por diversos entrevistados, técnicos de entidades formadoras e dirigentes de instituições representativas. Se o empresariado, público-alvo dos programas, não se envolver, é difícil convencê-lo da necessidade de qualificar profissionalmente seus empregados. No entanto, na nova estratégia, como executores, por intermédio de suas entidades representativas, os empresários estão diretamente envolvidos e, espera-se, comprometidos em otimizar/alavancar a execução dos programas de qualificação. Com base na nova estratégia do MTur, com as secretarias estaduais de turismo, ficaram os programas de formação e capacitação dos profissionais dos setores sem entidades de representação no Conselho Federal de Turismo: forças de segurança pública, feirantes e taxistas. Em Belo Horizonte, as ações para estes três públicos são desenvolvidas pela administração municipal por intermédio da Belotur. Os projetos e cursos em desenvolvimento ou execução são apresentados a seguir. Forças de segurança pública: Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, BHTrans. Muitas vezes, o pessoal das forças de segurança pública não consegue perceber o seu papel na cadeia produtiva do turismo e não conhece bem o setor de turismo, sua importância social e econômica. O turista tende a buscar informações com pessoal uniformizado, até por questão de segurança, mas a maioria dos agentes não está preparada. Por isso, é importante oferecer esta oportunidade e municiá-los de informações sobre o turismo, diversidade cultural e diferentes formas de agir de cada raça/povo (por exemplo, proibição a um homem dirigir a palavra a uma mulher árabe). Os projetos de capacitação para esse público estão em fase de elaboração e deverão abordar temas como: Introdução ao Turismo, Importância econômica, a Copa do Mundo de 2014 e Atrativos e História de BH, entre outros. Uma vez que a própria polícia oferece cursos de idiomas com recursos do Ministério da Justiça, cursos de idiomas não serão foco, podendo ser oferecida apenas alguma complementação específica. Feirantes: as ações dos programas de capacitação da Belotur direcionadas aos feirantes se encontram em fase final de execução pela FATEC/CDL, instituição formadora vencedora da licitação. Na primeira etapa, executada pelo Senac-MG, aconteceram os cursos sobre Boas Práticas na Manipulação de Alimentos. Na etapa final, a FATEC/CDL oferece, desde fevereiro de 2010, o curso Qualificação Empreendedores Feirantes para qualificação dos artesãos das diversas feiras de artesanato da cidade, com temas como: Excelência em Atendimento, Turismo e Informações Turísticas e Gestão Empreendedora. A Belotur entende que o feirante, como empreendedor individual, precisa aprender a ampliar seus conhecimentos sobre temas como fluxo de caixa, estocagem e custos. O curso é oferecido na modalidade presencial, com carga horária total de 20 horas e duração de cinco dias, e, para facilitar/viabilizar a participação dos feirantes, nos turnos da manhã, tarde e noite. De fevereiro a outubro de 2010, o curso Qualificação Empreendedores Feirantes já capacitou cerca de 1.400 artesãos. − − 246 Taxistas: o taxista, muitas vezes, é o primeiro a ser questionado pelos turistas sobre onde se hospedar, comer e se divertir. Todavia, em se tratando de cursos de qualificação profissional, os condutores de táxis são considerados um público difícil de mobilizar. Em programas de qualificação anteriores promovidos pela Belotur, não foi possível cumprir as metas estabelecidas, pois o taxista não vê a necessidade de capacitação. Esta é uma dificuldade a vencer para trazê-los para os cursos. Outra dificuldade decorre das expectativas frustradas em experiências anteriores, o que parece fazer com que esses profissionais não acreditem que a Copa do Mundo de 2014 irá trazer retorno para eles. De fato, durante eventos como Encontro das Américas e BID, os turistas quase não utilizaram serviços de táxi, e sim carro particular, vans e micro-ônibus. Assim, o taxista não acredita que no caso da Copa 2014, haverá retorno financeiro que compense o tempo e a receita que ele deixaria de realizar durante o tempo investido em cursos de qualificação. O MTur também entende que o taxista é um público mais difícil de ser atraído para os programas de qualificação profissional e está pensando novas estratégias de mobilização. Programa Bem Receber Copa: Bem Receber Copa é um programa de qualificação profissional com investimento de R$ 440 milhões para qualificar 306 mil profissionais da área que terão contato direto com os turistas durante o Mundial de 2014. Trata-se de um dos mais abrangentes programas de qualificação do País, que, além de atender as 12 cidades-sede do evento, visa atender aos 65 destinos indutores definidos pelo Programa de Regionalização Roteiros do Brasil do Ministério do Turismo. Com o slogan ―O sucesso do Brasil na Copa está em nossas mãos‖, o programa objetiva promover a qualificação de padrão internacional para profissionais que atuam nas áreas de entretenimento, hospedagem, locação de automóveis, transporte aéreo regional e alimentação. Belo Horizonte, como uma das doze cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, tem a oportunidade de receber e bem aplicar os recursos financeiros e os programas de formação e qualificação empresarial e profissional disponibilizados pelo MTur, não apenas com vista a atender ao Mundial, mas também criar uma cultura de treinamento e de aprimoramento constante para melhorar o atendimento ao turista, notadamente o estrangeiro. Programa Bem Receber Copa - Convênio MTur e ABRASEL Parte integrante do programa Bem Receber Copa, programa de qualificação profissional do Ministério do Turismo, o Bem Receber Brasil Bares e Restaurante (inicialmente chamado ―Copa na Mesa‖) conta com a parceria da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – (ABRASEL) e apoio da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares.15 O projeto prevê a qualificação de 15 mil profissionais de 1500 empresas do setor de alimentação fora do lar nas cidades-sede do mundial de 2014. O Bem Receber Brasil Bares e Restaurantes utilizará a estrutura de bares e restaurantes para atender e apoiar os visitantes, oferecendo uma culinária de boa qualidade e oferecendo também dicas e informações turísticas. Os bares e restaurantes são pontos estratégicos, pois o turista, tanto o estrangeiro quanto o brasileiro, deverá utilizar esses serviços e equipamentos durante a Copa do Mundo. Por isso, esses locais devem estar preparados para, além de oferecer boa refeição e 15 Informações obtidas no site MTUR, entrevista e material enviado pela ABRASEL-MG, disponível em <www.turismo.gov.br> Material do programa disponibilizado pela ABRASEL - MG − − 247 atendimento, atuar como ponto de apoio na promoção do turismo e poder informar sobre pontos turísticos, dar dicas e informações sobre onde/como ir, hospitais, postos policiais, entre outros. Para preparar esses empreendimentos, o projeto Bem Receber Brasil Bares e Restaurantes oferece quatro tipos de treinamento, no período de junho de 2010 a março de 2011: 1. MIT (Multiplicador de Informações Turísticas) – Preparar a empresas qualificadas para prestar informações aos turistas, além do bom atendimento. O público-alvo são as lideranças (empresários/ gestores), presentes no dia a dia da empresa e em contato direto com seus clientes e funcionários. O curso é de 40 horas, entre parte teórica e Fun Tour, oportunidade para conhecer os atrativos turísticos mais importantes e vivenciar a experiência de ser turista na cidade. Os MITs receberão material didático complementar (vídeo aulas e livro) contendo noções básicas de atendimento em inglês e espanhol. Esses kits de autoaprendizagem também serão utilizados para multiplicar o conhecimento entre os colaboradores da empresa. Número de vagas por empresa: 2. 2. Atendimento – Qualificação de profissionais em hospitalidade e atendimento, orientando-o não só como bem receber, informar e orientar o turista, mas também a entender a diversidade cultural e tornar sua viagem mais rica e prazerosa. O público-alvo são o garçom, o maitre, o hostess. O curso é presencial e tem duração de 24 horas. Número de vagas por empresa: 6 3. Segurança dos alimentos – Qualificar profissionais em manipulação higiênica e segura dos alimentos. O público-alvo são os cozinheiros e auxiliares de cozinha. O curso é presencial e tem 12 horas de duração. Número de vagas por empresa: 2. 4. PIC (Profissional Individual Cadastrado) – Empreendedores individuais, como ambulantes, que possuem papel ativo e, muitas vezes, relevantes no contato com os turistas. Com o objetivo de aprimorar sua capacidade de atender o turista, serão qualificadas em melhoria do atendimento e segurança dos alimentos. Além disso, serão sensibilizadas para a importância de prestar apoio e fornecer informações ao turista. O profissional deve estar inscrito no Programa Brasil Formal e possuir ponto fixo. O curso é presencial e tem duração de 32 horas. Serão capacitados 30 profissionais por destino. Após os treinamentos, haverá seleção e preparação de cerca de 100 bares e restaurantes das 12 cidades-sede para atuar como TIP (Ponto de Informação ao Turista – Tourist Information Point). Os TIPs são empresas qualificadas como MIT, que se comprometerem e preencher requisitos específicos e que serão preparadas para ocupar uma posição de destaque como extensão dos pontos oficias de apoio ao turista. Nesses locais, além de atendimento qualificado, os turistas poderão encontrar informações básicas sobre o destino, guias, folhetos e acesso à internet, entre outros serviços. Em Belo Horizonte, o programa começou com 150 estabelecimentos espalhados pelo centro de Belo Horizonte e bairros, como Prado, Santa Tereza, Gutierrez, Lourdes, Funcionários, Sion, Santo Antônio, São Bento, regiões da Savassi e Pampulha, entre outros. Os cursos do Bem Receber Brasil Bares e Restaurantes são gratuitos e abordarão competências específicas relativas às funções de gestor, gerente, maitre, recepcionista, garçom, cumim, copeiro, cozinheiro e auxiliar de cozinha. As empresas, para participarem, não precisam estar associadas à Abrasel, mas devem ser formais e apresentar o CNPJ. Na primeira etapa, serão capacitados cerca de 1.500 profissionais em cursos que abordarão temas como: Qualidade no atendimento, Segurança dos alimentos e Tradução de cardápios para os idiomas inglês e espanhol. Cada estabelecimento poderá contar com cerca de dez profissionais qualificados, sendo dois multiplicadores de informações turísticas, seis de atendimento e dois da cozinha. − − 248 Os cursos são presenciais, ministrados por consultores treinados pela Abrasel Nacional, que utilizam como material didático vídeo-aulas e apresentam situações do dia a dia das empresas, demonstrando, assim, a prática das rotinas do setor. Belo Horizonte conta com 5 consultores atuando simultaneamente em cinco áreas da cidade, de forma que os profissionais possam realizar o curso em local próximo ao seu trabalho. Em muitos casos, uma das empresas participantes cede o espaço para a realização do curso, no período da tarde. Ao final do curso, o participante que tiver frequência de 60% e obtiver 60% de aproveitamento na avaliação receberá um Certificado de Conclusão emitido pela Abrasel e pelo Ministério de Turismo. Será oferecido também um certificado de participação para os estabelecimentos cujos profissionais obtiverem pelo menos 75% de presença nos cursos de qualificação. Além de ter o conteúdo do cardápio traduzido para outro idioma, inglês/ espanhol, o estabelecimento será divulgado (com foto produzida pelo projeto) em guia eletrônico da Abrasel. As ações de qualificação dos empreendedores individuais que trabalham como ambulantes envolverão noções básicas de segurança dos alimentos, qualidade em atendimento e informações sobre o destino Belo Horizonte e deverão ser iniciadas em 2011. . Programa Bem Receber Copa - Convênio MTur e ABIH As informações que compõem este item foram obtidas a partir de pesquisa no site do MTur, entrevista com a empresa Coordenadora do Programa em BH (Looping Consultoria) e entrevista ABIH-MG, além do jornal Estado de Minas, reportagem da edição de 22.09.2010, caderno Economia. No programa Bem Receber Copa, desenvolvido pelo Ministério do Turismo em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), a expectativa é de investimento em torno dos R$ 36 milhões, com qualificação de até 20 mil profissionais da hotelaria até 2012. Os cursos serão realizados a distância, por meio da Escola Virtual dos Meios de Hospedagem. Os alunos participarão também de aulas presenciais para realização de quatro oficinas de trabalho. Ao final de cada módulo, haverá avaliação da aprendizagem. A carga horária é de 200 horas e deverá ser cumprida em seis meses. Os participantes terão acesso a material didático impresso, em vídeo e em CD-ROM, com aulas de ética, importância do turismo, diversidade cultural, apresentação e postura profissional, qualidade no atendimento, temas comuns a todas as ocupações, e aulas com temas específicos de cada função. Além disso, os profissionais contarão com tutoria via internet e plantões de dúvidas no local de trabalho. Cabe aos donos dos empreendimentos hoteleiros disponibilizarem espaço físico e computadores para os profissionais fazerem as aulas. Ao final dos cursos, os participantes que obtiverem certificações nos três módulos (transversal, básico e específico) receberão o Certificado de Qualificação Profissional, válido em todo o território nacional. Os hotéis que capacitarem 80% do quadro de profissionais receberão o Selo Bem Receber Copa. Em Belo Horizonte, os hotéis estão montando espaços com o equipamento necessário para os funcionários realizarem os cursos via internet. De acordo com informação da ABIH-MG, as inscrições para os cursos foram acima do esperado, pois, das 300 vagas inicialmente previstas para Belo Horizonte as inscrições chegaram a 500. Cerca de 400 profissionais que concluíram cursos de mensageiro, capitão-porteiro, recepcionista, governanta e gerência média em Belo Horizonte receberam seus certificados no dia 30.11.2010, durante o Congresso Mineiro de Hotelaria. Considerando que o público-alvo dos cursos do Programa Bem Receber Copa tem por objetivo a qualificação dos profissionais empregados no setor, é importante registrar que a formação e qualificação de mão de obra para os prestadores de serviços e equipamentos de − − 249 hospedagem em Belo Horizonte faz-se essencial também para atender à necessidade de pessoal qualificado para os empreendimentos em construção (segundo pesquisa realizada em julho/2010 pela ABIH-MG, há dez novos hotéis em construção na Região Metropolitana de Belo Horizonte) ou com projetos em fase de aprovação na Prefeitura Municipal. A formação dessa mão de obra é importante, especialmente quando nos diferentes setores da atividade econômica – indústria, comércio e prestação de serviços - fala-se em ―apagão da mão de obra‖, qualificada ou não qualificada em Belo Horizonte. Assim, as empresas, cada vez mais, precisam assumir a responsabilidade de treinar e qualificar trabalhadores, além de oferecer melhores salários e mais benefícios, como forma de atrair e manter essa mão de obra. Programa OLÁ! TURISTA Outra oportunidade de qualificação profissional oferecida pelo Ministério do Turismo é o Programa OLÁ! TURISTA, em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O programa oferece 80 mil vagas em cursos de inglês e espanhol on line a profissionais de todas as áreas do turismo, para que haja um atendimento de qualidade aos turistas estrangeiros que virão ao país durante a Copa do Mundo de 2014.16 Iniciados em julho de 2010, na modalidade a distância, os cursos do Olá! Turista permitem ao aluno interagir com a escola e com os conteúdos sem limite de acesso. Este tipo de solução atende desde alunos que não apresentam nenhum conhecimento do idioma até alunos do nível avançado. Os alunos terão o prazo de até 12 meses para concluir o curso, a contar da data de confirmação da inscrição. Aqueles que não realizarem nenhuma atividade durante o período de trinta dias poderão ser substituídos. São três os módulos de formação do curso: Módulo Básico (56h), Módulo Profissional (12h) e Módulo Regional (12h). Ao final de cada um dos módulos, o aluno realiza um teste que medir seu aprendizado. No final do curso, aquele que cumprir a grade curricular obrigatória receberá um certificado. O projeto Olá! Turista também recebeu o selo de referência do turismo. Todos os empreendimentos e instituições que aderirem a essa capacitação em língua estrangeira receberão a marca do Ministério do Turismo como forma de identificar quais estabelecimentos formam a rede capacitada, visando à melhoria do atendimento ao turista. De acordo com as informações disponibilizadas pela Coordenação Regional do Projeto Olá! Turista em Minas Gerais, atualmente são 2.644 alunos matriculados residentes em Belo Horizonte e cerca de 980 alunos matriculados de diversas cidades do entorno. Sobre os números gerais do projeto, informa que são 78.488 alunos matriculas, sendo 6.461 em Minas Gerais (8,2%). Até o momento são zero concluintes, pois o projeto está previsto para 12 meses. O perfil dos alunos matriculados é o seguinte: 58% são mulheres; 25% têm idade entre 21 e 25 anos; 58% concluíram ensino médio e superior completos e 49% auferem renda de 2 a 5 salários mínimos. Belo Horizonte sai à frente no quesito idioma estrangeiro na preparação das pessoas que irão atender os turistas, sendo a primeira cidade-sede a aplicar o Toitec Test, avaliação internacional sobre a habilidade de comunicação em língua inglesa, para seleção de sete mil voluntários que estarão presentes nos pontos turísticos, centros de compras, hospitais e outros locais onde poderão auxiliar e orientar os turistas estrangeiros. 16 − Disponível em <www.turismo.gov.br> Acesso em 228.11.2010 / Material disponibilizado pela Unidade Regional do Projeto Olá! Turista em MG Revista Encontro (edição de 01.10.2010, Ano VIII, número 112 − 250 As escolas de línguas estrangeiras da cidade estão preparando e oferecendo cursos especiais para os profissionais que atenderão os turistas nos restaurantes, hotéis, aeroportos, transporte e comércio. Assim, a oferta de cursos é bastante diversificada (carga horária, nível de dificuldade, modalidade semipresencial ou a distância), e leva em consideração a área de atuação do profissional e sua necessidade de comunicação no contato com o turista. A procura maior é por cursos de inglês, seguido do espanhol, mas também são oferecidos cursos em outros idiomas como o francês e o italiano. Ações de capacitação da Secretara de Estado de Desenvolvimento Social Criado em 2008, o Projeto Usina do Trabalho, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE), tem por objetivo melhorar a qualidade de vida de comunidades carentes e inserir pessoas desempregadas no mercado de trabalho. Os cursos do Usina do Trabalho são elaborados com base em demandas prévias das empresas, o que aumenta as chances de inserção das pessoas no mercado de trabalho.17 Para o Mundial de 2014, o projeto Usina do Trabalho busca identificar as necessidades e formas de atender o mercado de Belo Horizonte. Como uma das primeiras ações, o Usina do Trabalho está oferecendo o curso de noções básicas de inglês e espanhol, com carga horária de 60 horas, para preparar taxistas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) para o Mundial. O curso será dividido em aulas presenciais e não presenciais. Além das aulas de inglês e espanhol, oferecerá módulos nas áreas de qualidade na prestação de serviços e informações turísticas locais. Ao final da capacitação, o taxista passará por uma avaliação e receberá o selo de qualificação para o táxi. A meta é qualificar nove mil profissionais, de novembro 2010 até 2014. Além dos cursos para os taxistas, o Usina do Trabalho deve atender à necessidade de qualificação em outras áreas, como a área de bares e restaurantes, considerada, assim como os taxistas, porta de entrada para os turistas. Esta não é a primeira vez que a Sedese investe na qualificação profissional dos taxistas, pois já ofereceu cursos de outro idioma (inglês ou espanhol). A instituição formadora contratada para executar o treinamento foi o Senac-MG. A expectativa era trabalhar 20 turmas. Todavia, embora as cooperativas de táxis tivessem se mostrado interessadas na realização dos cursos, devido à falta de interesse dos taxistas, foram formadas apenas três turmas. Programas de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços turísticos promovidos pela Empresa Municipal de Turismo/Ministério do Turismo A Empresa Municipal de Turismo (BELOTUR) tem por finalidade promover o turismo em Belo Horizonte. É instituição responsável pelos principais programas de aprimoramento profissional no setor turístico de Belo Horizonte18. A Belotur, com recursos do Ministério do Turismo, promove, no âmbito do Programa Permanente Belotur de Capacitação para o Turismo (CAPACITUR), a formação e a qualificação profissional para o turismo em Belo Horizonte, oferecendo oportunidades para profissionais que atuam em diferentes serviços, equipamentos e atrativos do setor de Turismo da Capital. O programa caracteriza-se pela gratuidade dos cursos e pelo conteúdo 17 Disponível em <htpp://social.mg.gov.br> Acesso em 28.11.2010; Disponível em < htpp://sedese.mg.gov.br> Acesso em 30.11.2010; Entrevista com representante do Usina do Trabalho 18 Disponível em <www.pesquisabelotur.com.br> e Entrevistas com representantes da Belotur e de instituições formadora parceira. − − 251 programático, abordando temas relacionados ao turismo sustentável, atendimento ao turista, história, cultura, atrativos e infraestrutura e equipamentos turísticos de Belo Horizonte. O quadro 2.51 lista os conteúdos programáticos dos cursos do Capacitur, abrangendo os seguintes campos: Quadro 2.51 Conteúdo programático dos cursos de qualificação do Capacitur – Belo Horizonte/MG - 2010 ATENDIMENTO Atendimento CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO CAPACITUR IDIOMAS - INGLÊS OU TEORIA DO TURISMO ESPANHOL Vocabulário básico pra O turismo profissionais do turismo Noções e técnicas Fundamentação teórica Segmentos turísticos Marketing pessoal Conversação Oferta turística Postura profissional Comunicação Como lidar com reclamações Textos adaptados ao turismo Exercícios Segurança Turística Econômica e turismo Turismo sustentável Combate à exploração sexual no turismo Plano Horizonte: Plano Estratégico de Marketing de Belo Horizonte BELO HORIZONTE Histórico da cidade Roteiros turísticos da capital Roteiros turísticos do entorno Equipamentos e infraestrutura Eventos Belo Horizonte e o turismo Fonte: Belotur – novembro de 2010 Os cursos são oferecidos em diferentes horários, nos turnos da manhã, tarde e noite, por três instituições formadoras: Senac-MG, FATEC-CDL/BH e Faculdade Estácio de Sá. A carga horária total é de 40 horas, com duração de 10 dias (cursos diurnos: manhã ou tarde) e 13 dias (cursos noturnos). Ao final do curso, o participante com frequência mínima de 75% recebe o certificado de conclusão expedido pela instituição formadora. CAPACITUR/ Qualificação Empresarial O curso de Qualificação Empresarial, componente do CAPACITUR, é oferecido pela FATEC/CDL. Direciona-se aos profissionais de hotéis, bares, restaurantes, agências de viagem e outros empreendimentos do turismo. Seu objetivo é formar e reciclar profissionais da área – empresários, líderes, gestores – para uma prestação de serviços de qualidade, visando a Copa do Mundo de 2014. É oferecido na modalidade semipresencial, com carga horária total de 50 horas, aula presencial duas vezes por semana e duração de 12 dias.Seu conteúdo abrange temas como: A comunicação e suas forças nas relações de trabalho; Liderança e gestão eficaz de equipes, Marketing aplicado ao turismo e Perspectivas para Copa do Mundo 2014. De setembro a novembro de 2010, foram capacitados cerca de 200 profissionais. Segundo informações obtidas do setor de qualificação profissional da FATEC/CDL, a participação de profissionais desempregados é pequena e a maioria dos participantes chega por indicação da empresa empregadora. Destaca-se a participação das entidades representativas do setor de turismo, dentre elas a ABRASEL, na divulgação do curso para os profissionais do setor. Outras Ações da Belotur: capacitação de agentes de transito e auxiliares de fiscalização da Regional Centro-Sul da PBH Outra ação desenvolvida pela Belotur, em parceria com a BHTrans e com a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, foi a capacitação de 300 agentes de trânsito e de 300 − − 252 auxiliares de fiscalização da Regional Centro-Sul da PBH, profissionais que atuam nas ruas da cidade, devidamente uniformizados, os quais, muitas vezes, são abordados com pedidos de informações e orientações sobre os seus principais atrativos turísticos. 2.1.4.10. Educação formal no setor de turismo Em Belo Horizonte, o CEFET-MG oferece o curso Técnico em Turismo e Lazer, nas modalidades integrado e concomitante, formando profissionais para atuar nas atividades de: concepção e articulação da operação turística, organização de produtos e serviços turísticos, promoção de eventos e de ações de lazer e comercialização de produtos e de serviços de turismo. Hoje, a formação dos alunos do curso do CEFET-MG atende principalmente os setores de agenciamento e de eventos. Todos os alunos fazem estágio obrigatório de 480 horas ou 6 meses, que, atualmente acontecem principalmente nas agências de viagem que ligam oferecendo oportunidades de estágio. O curso Técnico em Turismo e Lazer é oferecido há 11 anos e está em fase de reestruturação, tendo em vista o novo formato e as linhas de formação estabelecidas pelo novo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do MEC, que, no eixo Hospitalidade e Lazer, oferece sete linhas de atuação: Técnico em Agenciamento de Viagem Técnico em Cozinha Técnico em Eventos Técnico em Guia de Turismo Técnico em Hospedagem Técnico em Lazer Técnico em Serviços de Restaurante e Bar As duas linhas mais favoráveis, para oferta de cursos pelo CEFET-MG, com base no perfil e vocação turística de Belo Horizonte, são: Técnico em Eventos e Técnico em Hospedagem. O curso Técnico em Hospedagem deverá ser oferecido pelo CEFET-MG a partir de 2010, com uma turma por ano para cada modalidade, concomitante ou integrado. Serão 36 alunos por turma, no total de 72 alunos/ano. Dessa forma, a expectativa é de que os alunos da primeira turma do curso Técnico em Hospedagem, modalidade concomitante estejam prontos para o mercado de trabalho a partir de 2014, enquanto os alunos do curso na modalidade integrado deverão entrar no mercado em 2015. O formato do curso Técnico em Hospedagem deverá ser mais operacional, permitindo ao aluno conhecer as diversas áreas e processos da hotelaria, de modo a identificar as possibilidades de carreira no setor. O CEFET-MG não deverá oferecer curso na área de alimentação. A oferta de novos cursos de nível técnico no setor de Turismo e Hospitalidade atende à demanda de uma formação profissional mais próxima às necessidades/realidade do mercado de trabalho, declarada por grande número de dirigentes dos prestadores de serviços e equipamentos entrevistados e também por representantes de diversas entidades representativas do setor de Turismo. A oferta de cursos na área de Turismo em Belo Horizonte sofreu grande mudança nos últimos anos. Depois de uma ―superoferta‖ de cursos de graduação e diante da incapacidade do mercado de absorver grande quantidade de profissionais, cuja formação, muitas vezes, não atendia às necessidades desse mercado, várias faculdades deixaram de oferecer ou mudaram o formato dos cursos nas áreas de Turismo e Hospitalidade oferecidos. De sua parte, os alunos dos cursos de graduação em turismo, quando chegavam ao mercado, também tinham suas expectativas frustradas e não aceitavam as − − 253 oportunidades de trabalho na área operacional, pois a profissão de turismólogo foi durante algum tempo apresentada como uma das ―profissões do futuro‖, aliada à imagem de glamour das viagens e da hotelaria. O Curso de Turismo da Fumec forma sua última turma em 2011. O esvaziamento do curso começou já em 2005, como abandono do curso e a pouca procura por ocasião do vestibular. A instituição tentou ainda oferecer curso de graduação tecnológica, mas não houve demanda. Uma ação mais bem sucedida foi o curso de Concierge, no nível básico de atualização, que formou duas turmas em 2009. Foram cerca de 40 profissionais, muitos deles ex-alunos de graduação em Turismo da própria Fumec, da PUC e da UFMG, entre outras. A oferta de cursos na área de Turismo pelas instituições que oferecem cursos de nível técnico e superior em Belo Horizonte é apresentada no quadro 2.52. Quadro 2.52 Oferta de cursos na área de Turismo em Belo Horizonte – 2010 Área Instituição Eventos Eventos Gastronomia Gestão do Turismo Gestão Gastronômica e Hoteleira UNIBH Estácio de Sá Estácio de Sá Newton de Paiva Faculdade Senac-MG Técnico em Guia de Turismo Senac-MG Técnico em Turismo e Lazer CEFET Turismo (generalista) Turismo (generalista) Turismo (EAD) (generalista) Turismo (generalista) Estácio de Sá PUC Minas Faculdade Metropolitana de BH FEAD UFMG Turismo – Gestão em Hotelaria Fumec Turismo e Hospitalidade Turismo e Meio Ambiente Turismo Sustentável FUMEC UNA Estácio de Sá Turismo (generalista) Tipo/Grau Graduação Tecnológica Graduação Tecnológica Graduação Tecnológica Graduação Tecnológica Pós-graduação Educação Profissional Técnica de Nível Médio Educação Profissional Técnica de Nível Médio Bacharelato Bacharelado Bacharelado (Última turma / Vestibular 2009) Bacharelado Bacharelado Graduação (Última turma / Vestibular 2009) Extensão Mestrado Pós graduação Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A oferta de cursos, nos diversos níveis, que não formam profissionais de acordo com a demanda do mercado foi apontada pelos representantes de diversas instituições entrevistados. Segundo eles, há oferta de muitos cursos, mas são cursos genéricos, que não preparam o profissional para o dia a dia da profissão e os estagiários têm a teoria, mas a prática é diferente. Para eles, o que é preciso são programas de capacitação ―de verdade‖, que possam garantir o diferencial competitivo das empresas com produtos e serviços de qualidade. Foi ressaltado também que no caso dos empresários é ainda mais difícil, pois eles não saem da empresa para participar de cursos/reuniões. Para que isso aconteça, o curso oferecido tem que ser muito bom. Este é um problema para o desenvolvimento do turismo em Belo Horizonte. Sobre a modalidade dos cursos oferecidos, consideram que há dificuldade para o profissional acompanhar a nova oferta de cursos a distância, via internet, e que uma opção seriam os cursos semipresenciais. Foi lembrada ainda a dificuldade de participação nos cursos por problemas de adequação ao horário/dias de maior de atividades no setor (por exemplo, no setor de Eventos não promover cursos às segundas ou às sexta feiras). − − 254 2.2. ANÁLISE DA DEMANDA TURÍSTICA DE BELO HORIZONTE 2.2.1. Análise da demanda turística atual 2.2.1.1. Metodologia Esta pesquisa de demanda turística de Belo Horizonte resulta de uma série de estudos anteriores sobre o tema, analisados no ―Relatório Preliminar de Pesquisa Secundária‖, que consta no apêndice a este relatório. Estes estudos anteriores, embora apresentem limitações para os propósitos do PDITS, em termos de sua composição amostral, significância estatística ou grau de aprofundamento, apresentam alguns dados e informações que foram relevantes para a especificação dos procedimentos metodológicos da pesquisa realizada. Uma fonte utilizada para o cálculo inicial da amostra foi o Plano de Marketing Turístico de Belo Horizonte (BELOTUR, 2007), resultado da parceria Belotur/Chias Marketing, que estimou o universo de 1,5 milhão de turistas/ano para Belo Horizonte em 2007. Para se chegar a esta estimativa, o estudo da Belotur considerou o volume de desembarques aéreos nos aeroportos de Belo Horizonte em 2005 e concluiu que aproximadamente 30% dos turistas que chegam à cidade utilizam o transporte aéreo. Primeiramente, com base no universo estimado, obteve-se uma média diária de 4.110 turistas/dia. Como as entrevistas para esta pesquisa de demanda efetiva foram realizadas num período de quatorze dias seguidos (de 10 a 24/07/2010), o universo de turistas no período foi estimado em 57.541 turistas. A técnica de amostragem utilizada para o presente estudo de demanda efetiva foi a Amostragem Aleatória Simples e a amostra pode ser definida com base na seguinte formula: N x n0 n = ________ N + n0 e 1 n0 = ______ E2 Em que: = primeira aproximação da amostra; = E erro amostral tolerável; N = tamanho da população; n = tamanho da amostra. Aplicando-se os valores determinados com erro amostral de 5%, tem-se: 1 n0 = ________ 2 = 400 0,05 57.541 x 400 n = ___________________ = 400 57.541 + 400 Esses cálculos são feitos com base na distribuição de frequência da curva normal, estimando-se o desvio padrão. A partir deste universo, o cálculo da amostra, admitindo-se um erro padrão de 5%, indicava um total de 400 turistas a serem entrevistados, abrangendo tanto os de meio de semana e quanto os de fins de semana, durante os 14 dias de pesquisa. − − 255 Na prática, foi possível aplicar 393 questionários no fim de semana e 406 durante a semana, totalizando 799 questionários aplicados, sendo 762 em português e 37 em inglês. Dessa forma, a quota amostral prevista inicialmente foi superada e o erro padrão atingiu o valor de apenas 3,5%. Pode-se considerar que o universo obtido inicialmente, a partir das estimativas da Belotur para 2005, poderia estar subestimado, em função do crescimento do fluxo turístico desde então. Dessa forma, dois métodos para atualização desta estimativa de fluxo foram utilizados. Pelo primeiro método, atualizaram-se as estimativas anteriores da Belotur, utilizando a variação no movimento nos aeroportos de Belo Horizonte entre julho de 2005 e julho de 2010. Isso resultou em uma nova estimativa do fluxo turístico para Belo Horizonte de 2.818.235 turistas/ano e 7.721 turistas/dia. Pelo segundo método, o fluxo turístico de Belo Horizonte foi estimado a partir do número de UHs e de leitos do Inventário Hoteleiro de Belo Horizonte (IPEAD, BELOTUR 2010), dos parâmetros relativos a taxa de ocupação hoteleira e número médio de turistas por UHs e da proporção de turistas hospedados em hotéis em relação ao universo de turistas em Belo Horizonte, obtidos a partir desta pesquisa de demanda e da pesquisa de oferta, dentre outras fontes. Com base neste segundo método, calculou-se o fluxo de turistas em Belo Horizonte em 2.257.489 turistas/ano e 6.184 turistas/dia. Em qualquer desses métodos e estimativas do universo do fluxo turístico, o erro padrão da amostra desta pesquisa se manteve em apenas 3,5%. Salienta-se, entretanto, que, como o período da pesquisa abrangeu um período específico no tempo - 10 a 24 de julho de 2010 –, uma de suas limitações é não captar as variações do fluxo e do perfil do turista que possam ocorrer em diferentes períodos do ano. Os principais sujeitos desta pesquisa de demanda turística foram os turistas efetivos em Belo Horizonte, identificados nos principais atrativos, postos de informação e espaços de eventos da cidade. Complementarmente, os gestores de importantes operadoras que trabalham o receptivo em Belo Horizonte foram entrevistados, visando captar suas percepções qualitativas sobre a demanda turística de Belo Horizonte. Foram utilizados dois instrumentos de pesquisa: o questionário estruturado e a entrevista. Os questionários estruturados foram dirigidos aos turistas efetivos, abordando perfil sócioeconômico, motivações, perfil da viagem, grau de satisfação e sugestões, além de outras variáveis, como consta no Termo de Referência do PDITS. As principais operadoras que operam o receptivo em Belo Horizonte foram entrevistadas, com base em um roteiro de perguntas semiestruturado, para captar suas percepções. As principais variáveis de análise abordadas nesta pesquisa com as operadoras referem-se a suas áreas de atuação, origem da demanda, destinos comercializados e formas de comercialização, perfil dos clientes, motivações da sua visita a Belo Horizonte, pontos positivos e negativos percebidos em relação ao destino Belo Horizonte e sugestões relativas a este produto turístico. Os locais das entrevistas com turistas efetivos abrangeram os principais pontos turísticos de Belo Horizonte, postos de informação turística da Belotur, incluindo os localizados em pontos de entrada e saída de turistas, e centros de exposições e convenções onde estavam acontecendo eventos turísticos. A aplicação dos questionários da pesquisa nos postos de informação turística foi realizada por funcionários da Belotur, a partir de treinamento específico. − − 256 A Tabela 2.185 descreve a quota de entrevistados por locais de aplicação dos questionários. Tabela 2.185 Locais das entrevistas da pesquisa de demanda turística efetiva em Belo Horizonte, por categoria e tipo de atrativos, serviços e equipamentos turísticos - 2010. Categoria de atrativo, serviço e equipamento turístico Tipo de atrativo, serviço e equipamento turístico Atrativo cultural Edificações Feiras e Mercados Atrativo cultural Atrativo cultural Instit. culturais Eventos permanentes Feiras Outros Serviços e Equipamentos Turísticos Informações turísticas – Centro de atendimento ao turista Parques/Jardins/Praças Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento Entrevistas Local Igreja São Francisco Mercado Central Mercado das Flores Museu Abílio Barreto Museu de Arte da Pampulha Museu de Artes e Ofícios Feira Hippie Aeroporto de Confins Posto Alô Turismo Posto Mercado Central Posto Mercado das Flores Posto Rodoviária Posto Veveco Praça da Liberdade Praça do Mirante Praça do Papa Parque Municipal Palácio das Artes Expominas Casa de espetáculos Serviços e Centros de convençõesequipamentos para congressos Minascentro eventos Serviços e Parques/Pavilhões de Parque de Exposições equipamentos para exposições da Gameleira eventos Serviços e Auditórios/salões de equipamentos para convenções Sesc Venda Nova eventos Total 22 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Abs. % 149 3 1 29 18.6 0.4 0.1 3.6 58 7.3 15 41 7 3 15 1.9 5.1 0.9 0.4 1.9 19 2.5 8 7 147 5 90 29 52 38 1.0 0.9 18.4 0.6 11.3 3.6 6.5 4.8 57 7.1 5 0.6 21 2.6 799 100.0 Dentre os locais onde se deu a pesquisa destacam-se a Igreja de São Francisco, na Pampulha, com 18,6% dos entrevistados, e a Praça da Liberdade, com 18,4%. Os eventos que ocorreram nos espaços de eventos durante a pesquisa foram: Minascentro: International Workshop on Addressing the Livelihood Crisis of Farmers: Weather and Climate Services / Congresso Internacional de Agrometeorologia Feira de Malhas de Tricô do Sul de Minas SESC Venda Nova: Congresso Nacional da Aliança Bíblica Universitária do Brasil Expominas: 29º Congresso Nacional da Renovação Carismática Católica de Minas Gerais Parque de Exposições da Gameleira: 29ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador − − 257 Para a confecção desta pesquisa, os dados quantitativos levantados foram digitados e tabulados com uso do SPSS. As freqüências simples e relativas foram calculadas para todas as variáveis, bem como para os cruzamentos solicitados no Termo de Referência do PDITS e outros que se mostraram significativos do ponto de vista da análise estatística e mercadológica. Posteriormente, os dados oriundos dos questionários e das entrevistas foram devidamente sistematizados e analisados tanto de uma perspectiva tanto quantitativa quanto qualitativa, por meio de estatística descritiva. Acredita-se que em função dos procedimentos amostrais adotados, do grau de confiança estatística e do aprofundamento analítico alcançado esta pesquisa de demanda turística efetiva pode ser caracterizada como sendo a de maior de abrangência, robustez estatística e profundidade de análise já realizada em Belo Horizonte, até o momento. 2.2.1.2. Perfil sócioeconômico dos turistas em Belo Horizonte Do total de 799 turistas, foram entrevistados 52,8% do sexo masculino e 47,2% do sexo feminino. Todos os entrevistados tinham que ter mais de 18 anos, em função do filtro do questionário utilizado. Apurou-se que a maior parte dos turistas entrevistados tem entre 24 e 47 anos (56,8%), sendo também relevante a percentagem de jovens entre 18 a 23 anos (14,1%) (tab. 2.186). Tabela 2.186 Faixa etária dos turistas em Belo Horizonte – 2010 Faixa Etária (anos) 18 a 20 21 a 23 24 a 29 30 a 35 36 a 41 42 a 47 48 a 53 54 a 59 60 a 65 66 ou mais Não respondeu Total Frequência Abs. 48 65 145 123 90 96 68 53 32 26 53 799 % 6.0 8.1 18.1 15.4 11.3 12.0 8.5 6.6 4.0 3.3 6.6 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O nível de escolaridade dos turistas em Belo Horizonte apresentado na tabela 2.187 pode ser considerado alto para o padrão brasileiro, uma vez que 97,5% dos entrevistados têm pelo menos o ensino fundamental completo e 59,1% têm curso superior ou pós-graduação completos. Apenas 1,6% não tem ensino fundamental completo. Tabela 2.187 Nível de escolaridade dos turistas em Belo Horizonte – 2010 Escolaridade Ensino Fundamental incompleto Ensino Fundamental completo Ensino Médio completo Ensino Superior incompleto Ensino Superior completo Pós-graduação completa Não respondeu Total Frequência Abs. 13 27 104 176 289 183 7 799 % 1,6 3,4 13,0 22,0 36,2 22,9 0,9 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 258 O padrão de renda dos turistas também é relativamente alto. A renda bruta individual mensal, apresentada na tabela 2.188, está concentrada na faixa de R$1.000,00 até R$3.000,00, o que corresponde a 28,7% dos entrevistados. Por outro lado, 37,8% apresentam renda individual mensal acima de R$3.000,00. Com renda bruta individual acima de R$6.000,00 mensais encontram-se 16,1% dos turistas. Tabela 2.188 Renda bruta individual mensal dos turistas em Belo Horizonte – 2010 Frequência Classe de Renda Bruta Individual % 18,9 28,7 21,7 16,1 14,6 100,0 Abs. 151 229 173 129 117 799 Até R$1.000,00 Acima de R$1.000,00 até R$3.000,00 Acima de R$3.000,00 até R$6.000,00 Acima de R$6.000,00 Não respondeu Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 No que se refere à renda familiar, a tabela 2.189 mostra que os níveis aumentam substancialmente, revelando a importância da contribuição da geração de renda pelos diversos membros da família. Tabela 2.189 Renda bruta familiar mensal dos turistas em Belo Horizonte –2010 Frequência Classe de renda bruta familiar Abs. 69 225 185 73 121 126 799 Até R$2.000,00 Acima de R$2.000,00 até R$5.000,00 Acima de R$5.000,00 até R$8.000,00 Acima de R$8.000,00 até R$10.000,00 Acima de R$10.000,00 Não respondeu Total % 8,6 28,2 23,2 9,1 15,1 15,8 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.2.5 mostra que predomina a faixa de renda familiar mensal de R$2.000,00 a R$5.000,00, na qual se encontram 28,2% dos turistas. Além disso, 47,4% apresentam renda familiar superior a R$5.000,00 e 15,1% acima de R$ 10.000,00. O resultado revela a existência e a potencialidade de um mercado turístico com alto poder aquisitivo. Quanto à nacionalidade, conforme visualizado na tabela 2.190, 696 (87,1%) turistas entrevistados são brasileiros e 103 (12,9%) são estrangeiros. Este resultado revela um perfil de demanda turística crescentemente internacionalizada e muito mais cosmopolita da Capital mineira do que o identificado em pesquisas anteriores. Tabela 2.190 Origem dos turistas em Belo Horizonte – 2010 Origem dos turistas Brasil Outros países Total Frequência Abs. 696 103 799 % 87,1 12,9 100,0 *Nota: Se refere ao total dos turistas da America do Sul entrevistados, excluindo brasileiros Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os 103 turistas estrangeiros entrevistados vieram de 35 diferentes países, dos cinco continentes, sendo 42,7% oriundos da Europa, 22,3% da América do Norte e 18,4% de países da América do Sul (exceto Brasil), conforme tabela 2.191. Dentre os 103 turistas estrangeiros entrevistados, 2,5% são procedentes dos Estados Unidos e 1,3% da Argentina, os maiores países emissores. − − 259 Tabela 2.191 Continente de origem de turistas estrangeiros em Belo Horizonte – 2010 Continentes Frequência África América Central América do Norte América do Sul * Ásia Europa Oceania Não se aplica Total 5 1 23 19 8 44 3 696 799 Percentagem Sobre o total da Sobre o total de turistas amostra estrangeiros 0,6 4.9 0,1 1.0 2,9 22.3 2,4 18.4 1,0 7.8 5,5 42.7 0,4 2.9 87,1 100,0 100.0 *Nota: Se refere ao total dos turistas da America do Sul entrevistados, excluindo brasileiros Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Com relação aos 696 turistas entrevistados oriundos do Brasil, há também diversificação de mercados emissivos, sendo que a grande maioria (62,2%) é procedente da região Sudeste, 16,5% da Nordeste, 10,8% da Sul, 6,8% da Centro-Oeste e 3,7% da Norte (tab. 2.192). Tabela 2.192 Regiões de origem dos turistas brasileiros em Belo Horizonte – 2010. Região Sudeste Nordeste Sul Centro-Oeste Norte Não se aplica Total Frequência 433 115 75 47 26 103 799 Percentagem Sobre o total da Sobre o total de turistas amostra brasileiros 54,2 62.2 14,4 16.5 9,4 10.8 5,9 6.8 3,3 3.7 12,9 100 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Em relação a todos os estados brasileiros, o de procedência de origem é São Paulo, com 23,0%, seguido de Minas Gerais, com 21,2% e Rio de Janeiro com 6,5%, todos da região Sudeste (tab. 2.193). Tabela 2.193 Estados de origem dos turistas da região Sudeste do Brasil em Belo Horizonte – 2010 Estado Minas Gerais Rio de Janeiro Espírito Santo São Paulo Não se aplica Total Frequência 169 52 28 184 103 799 Percentagem Sobre o total da Sobre o total de turistas amostra da região Sudeste 21,2 39.0 6,5 12.0 3.5 6.5 23,0 42.5 12,9 100,0 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As cidades de residência permanente mais citadas pelos turistas entrevistados foram São Paulo, com 10,3%, Rio de Janeiro, com 4,0%, Brasília, com 3,0%, Curitiba, com 2,6%, − − 260 Fortaleza, com 2,4%, Porto Alegre, com 2,3% e Salvador, com 2,1%. A demanda da cidade de São Paulo corresponde a 44,8% da demanda oriunda do estado de São Paulo, enquanto que a demanda da cidade do Rio de Janeiro corresponde a 61,5% da demanda proveniente do estado do Rio de Janeiro. Como o principal componente da demanda turística global de Belo Horizonte provém da região Sudeste do Brasil, é interessante especificar sua composição específica por sexo, faixa etária, escolaridade e faixa de renda individual e familiar. Em relação ao sexo, a tabela 2.194 mostra que a maioria dos turistas oriundos da região Sudeste que visitam Belo Horizonte é constituída de homens (53,6%), refletindo o peso da maioria de turistas homens provenientes de São Paulo (58,1%) e de Minas Gerais (53,8%), que são os principais estados emissores da região. Já a maior parcela dos turistas oriundos do Rio de Janeiro (53,8%) e, sobretudo, do Espírito Santo (64,3%) é constituída de mulheres. Tabela 2.195 Gênero dos turistas em Belo Horizonte segundo o estado de origem da região Sudeste - 2010 Masculino Estado de origem Feminino Total Abs. % Abs. % Abs. % Minas Gerais Rio de Janeiro 91 24 53,8 46,2 78 28 46,2 53,8 169 52 100,0 100,0 Espírito Santo 10 35,7 18 64,3 28 100,0 São Paulo Total 107 232 58,1 53,6 77 201 41,2 46,4 184 433 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A faixa etária predominante dos turistas oriundos dos estados emissores de turistas da região Sudeste, conforme visualizada na tabela 2.196, está entre 24 e 29 anos para todos os estados, com exceção de São Paulo, cuja faixa predominante situa-se entre 30 a 35 anos. Proporcionalmente, os jovens de 18 a 23 anos têm maior peso (25% e 18,7%) entre os turistas procedentes do Espírito Santo e de Minas Gerais, respectivamente. Já a faixa de turistas com ―66 anos ou mais‖ é relativamente pouco importante na composição quantitativa da demanda, sendo proporcionalmente mais relevante entre turistas procedentes do Rio de Janeiro (4,1%), Minas Gerais (3,9%) e São Paulo (2,4%). Tabela 2.196 Faixa etária dos turistas em Belo Horizonte segundo o estado de origem da região Sudeste, em percentual - julho de 2010 Faixa etária (em anos) 18 a 20 21 a 23 24 a 29 30 a 35 36 a 41 42 a 47 48 a 53 54 a 59 60 a 65 66 ou mais Total Minas Gerais Rio de Janeiro Espírito Santo São Paulo Total 10,3 8,4 16,8 14,2 11,0 10,3 11,6 9,0 4,5 3,9 100,0 2,0 4,1 24,5 18,4 8,2 12,2 14,3 8,2 4,1 4,1 100,0 7,1 17,9 21,4 3,6 17,9 14,3 3,6 14,3 0,0 0,0 100,0 6,5 5,3 18,2 21,2 15,3 11,2 10,6 4,1 5,3 2,4 100,0 7,5 7,2 18,7 16,9 12,9 11,2 10,9 7,2 4,5 3,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A escolaridade dos turistas oriundos da região Sudeste está descrita na tabela 2.197. A maioria dos turistas de todos os estados do Sudeste tem escolaridade relativamente elevada, predominando os que têm no mínimo curso superior incompleto, que perfazem 76,3% do total da região. Destaca-se a percentagem dos turistas que possuem curso − − 261 superior completo ou pós-graduação oriundos de São Paulo e Rio de Janeiro, que são 68,5% e 68,0%, respectivamente, seguidos do Espírito Santo (42,8%) e de Minas (36,3%). Tabela 2.197 Grau de escolaridade dos turistas em Belo Horizonte segundoo o estado de origem da região Sudeste, em percentual - 2010 Grau de Escolaridade Fundamental incompleto Fundamental completo Médio completo Superior incompleto Superior completo Pós-graduação completo Total Minas Gerais 4,2 9,5 25,6 24,4 22,6 13,7 100,0 Rio de Janeiro 0 0 14,0 18.0 36,0 32,0 100,0 Espírito Santo 3,6 0 14,3 39.3 32,1 10,7 100,0 São Paulo 0,5 3,3 9,2 18,5 44,0 24,5 100,0 Total 2,1 5,1 16,5 22,1 34,0 20,2 100, 0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A renda bruta individual mensal dos turistas oriundos da região Sudeste, apresentada na Tabela 2.198, está concentrada na faixa de R$1.000,00 até R$3.000,00, o que corresponde a 34,9% dos entrevistados provenientes da região. De outro lado, 41,0% apresentam renda individual mensal acima de R$ 3.000,00, sendo que destes turistas 15,0% possuemrenda bruta individual acima de R$6.000,00. O padrão de renda bruta individual dos turistas é maior entre os fluminenses, já que 54,5% deles informam que têm renda bruta individual acima de R$ 3.000,00, sendo que destes turistas 25,0% possuem acima de R$6.000,00. Entre os paulistas, 51.5% têm renda bruta individual acima de R$ 3.000,00 e 16,1% acima de R$ 6.000,00. O perfil do poder aquisitivo dos mineiros apresenta-se como o menos favorável entre os estados no cômputo geral. Apenas 26,9% deles contra 30,4% dos capixabas, têm renda bruta individual acima de R$ 3.000,00, embora na faixa de renda acima de R$ 6000,00, encontram-se 11,7% dos mineiros, pouco acima dos 8,7% dos turistas capixabas encontrados nesta faixa. Tabela 2.198 Faixa de renda bruta individual mensal dos turistas em Belo Horizonte segundo o estado de origem da região Sudeste, em percentual – 2010 Estado de origem Minas Gerais Rio de Janeiro Espírito Santo São Paulo Total Até R$1.000,00 37,9 9,1 21,7 16,1 24,1 Acima de R$1.000,00 até R$3.000,00 35,2 36,4 47,8 32,3 34,9 Acima de R$3.000,00 até R$6.000,00 15,2 29,5 21,7 35,4 26,0 Acima de R$6.000,00 11,7 25,0 8,7 16,1 15,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 No que tange a renda familiar mensal, conforme a tabela 2.199, predomina a faixa de R$2.000,00 a R$5.000,00, na qual se encontram 35,3% dos turistas provenientes da região Sudeste. No caso dos turistas oriundos do Rio de Janeiro predominam os de faixa de renda acima de R$10.000,00 (26,1%) e entre R$5.000,00 até R$8.000,00. Além disso, 50,5% dos turistas da região Sudeste apresentam renda familiar superior a R$5.000,00 e 15,0% acima de R$ 10.000,00. É interessante notar que 41,3% dos turistas entrevistados do estado do Rio de Janeiro e 31,3% do estado de São Paulo, respectivamente, tinham renda familiar bruta acima de R$ 8.000,00 reais, contra 20,8% dos provenientes do Espírito Santo e 16% de Minas Gerais. O perfil do turista mineiro em Belo Horizonte no que tange a renda bruta familiar é o mais desfavorável entre todos os estados do Sudeste. − − 262 Tabela 2.199 Faixa de renda bruta familiar mensal dos turistas em Belo Horizonte, segundo o estado de origem da região Sudeste, em percentual – 2010 Faixas de renda (%) Estado de origem Minas Gerais Rio de Janeiro Espírito Santo São Paulo Total Até R$2.000,00 Acima de R$2.000,00 até R$5.000,00 Acima de R$5.000,00 até R$8.000,00 Acima de R$8.000,00 até R$10.000,00 Acima de R$10.000,00 22,0 10,9 12,5 8,1 14,2 40,0 21,7 41,7 33,8 35,3 22,0 26,1 25 26,9 24,7 8,0 15,2 12,5 11,9 10,8 8,0 26,1 8,3 19,4 15 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 2.2.1.3. Características das viagens dos turistas em Belo Horizonte Do 799 turistas entrevistados, 43,1% estavam visitando Belo Horizonte pela primeira vez, o que indica vitalidade e capacidade do destino para atrair novos turistas. Dentre os turistas entrevistados que já estiveram em Belo Horizonte, 33,5% informaram ter visitado a cidade com grande frequência (acima de 12 vezes), o que evidencia que a Capital mineira apresenta, simultaneamente, significativo fluxo de turistas relativamente ―fiéis‖, que retornam à capital constantemente, por diversos motivos. A tabela 2.200 apresenta as motivações que levaram os turistas entrevistados a viajar para Belo Horizonte. Tabela 2.200 Motivações das viagens turísticas a Belo Horizonte dos turistas em Belo Horizonte – 2010 Motivação Viagem a lazer Visitar parentes ou amigos Eventos, congresso, convenções Compras, negócios Estudo, intercâmbio, pesquisa Base para conhecer outras cidades ou atrativos. Tratamento de saúde Religião, peregrinação Outros motivos Total Frequência Abs. 265 213 121 99 45 20 19 10 7 799 % 33.2 26.7 15.2 12.4 5.6 2.5 2.4 1.3 0.9 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 De acordo com 33,2% dos entrevistados, a principal motivação da sua vinda a Belo Horizonte é a viagem a lazer, seguida pela visita a parentes ou amigos, que motivou 26,7% da amostra pesquisada. Destaca-se ainda a motivação para participação em eventos (15,2%), compras e outros negócios (12,4%), que podem ser vistos como subsegmentos do Turismo de Negócios, motivando 27,6% do fluxo turístico da Capital. No conjunto, as referidas motivações abrangem 86,6% dos entrevistados. O fato de lazer, isoladamente, aparecer como a principal motivação de visitas turísticas da cidade é uma informação importante, em face da conhecida importância do turismo de negócios na cidade. Todavia, este fato deve ser visto com certa cautela, já que pode estar refletindo uma proporção maior de turistas de lazer na Capital no mês de julho, quando foi realizada a pesquisa, relativamente aos meses que não são tradicionalmente de férias escolares. − − 263 Dentre as outras principais motivações citadas, ―estudo, intercâmbio e pesquisa‖ obteve 5,6% das respostas e tratamento de saúde, 2,4%, evidenciando que o potencial da cidade como polo no campo educacional e no turismo de saúde existe, mas não chega a ser ainda significativo em termos de fluxo turístico. Cabe citar ainda que aqueles que alegaram como motivação principal para sua viagem a Belo Horizonte a utilização do município como ―base para conhecer outras cidades ou atrativos‖, representaram apenas 2,5% da amostra, que buscam a Ouro Preto e outras cidades históricas (1,5%), Inhotim (0,3)% e outras destinos (0,7%). Religião ou peregrinação é a principal motivação para 1,3% dos turistas, enquanto as demais motivações somam juntas, 0,9% das respostas. Para explicitar melhor o perfil dos turistas associados a cada motivação, pode-se cruzar esta variável com as características mais salientes do perfil sócioeconômico dos turistas, em termos de sexo, idade, escolaridade e renda. A Tabela 2.201 mostra que predominam turistas homens em todos os tipos de motivação, com exceção de visita a parentes e amigos e ―outras motivações‖. Tabela 2.201 Motivações de viagem segundo sexo dos turistas em Belo Horizonte – 2010 Motivação Visitar parentes e amigos Eventos, congressos, convenções Compras, negócios Viagens para lazer Outros Total Masculino Abs. % 98 46,0 66 54,5 56 56,6 153 57,7 48 48,0 421 52,8 Feminino Abs. 115 55 43 112 53 378 % 54,0 45,5 43,4 42,3 14,0 47,2 Total 213 121 99 265 100 799 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 No que tange a faixa etária, predominam turistas de 24 a 47 anos em todos os quatro principais tipos de motivação turística apresentados na tabela 2.202. Nestes, proporcionalmente, os jovens de 18 a 23 anos tem maior peso entre os turistas que viajam para eventos (15,6%), para visitar parentes e amigos (15,5%) e para compras e negócios (13,8%). Já a faixa de turistas com ―66 anos ou mais‖ é relativamente pouco importante na composição quantitativa da demanda, sendo proporcionalmente mais relevante entre turistas que viajam a lazer (4,5%). Tabela 2.202 Motivações de viagem segundo faixa etária dos turistas em Belo Horizonte, em percentual – 2010 Motivações (%) Faixa de Idade (anos) 18 a 20 21 a 23 24 a 29 30 a 35 36 a 41 42 a 47 48 a 53 54 a 59 60 a 65 66 ou mais Total Visitar parentes e amigos 6.8 8.7 15.5 17.4 12.5 11.5 9.7 8.2 6.3 3.4 100,0 Eventos, congressos, convenções 5.2 10.4 20.0 15.7 13.0 15.7 7.0 7.8 2.6 2.6 100,0 Compras, negócios Viagem a lazer Outros 2,3 11,5 21,8 25,3 12,6 11,5 8,0 4,6 2,4 0 100,0 6.5 5.7 18.7 15.4 11.8 15.9 8.9 8.1 4.5 4.5 100,0 11,1 12,2 26,7 10,0 10,0 5,6 12,2 3,3 3,3 5,6 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 264 Em relação a escolaridade, cujos dados estão apresentados na tabela 2.203, destaca-se que a percentagem dos turistas que possuem curso superior completo ou pós-graduação é maior entre os turistas de lazer (66,6%), seguida por turistas de eventos (58,9%) e de compras e negócios (42,3%). Tabela 2.203 Motivações de viagem segundo escolaridade dos turistas em Belo Horizonte, em percentual – 2010 Escolaridade (%) Motivação Fundamental incompleto Fundamental completo Médio completo Superior incompleto Superior completo Pósgraduação completo Total 1,9 4,7 16,6 22,3 35,5 19,0 100,0 2,5 0,8 10,9 26,9 26,1 32,8 100,0 1 7,2 20,6 18,6 22,7 19,6 100,0 1,5 1,9 9,5 20,5 42,4 24,2 100,0 0,9 2,7 10 22,7 44,5 19,1 100,0 Visitar parentes e amigos Eventos, congressos, convenções Compras, negócios Viagem para lazer Outros Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os dados relativos a renda bruta individual dos turistas, apresentados na tabela 2.204, revelam que a maioria dos turistas está na faixa de renda bruta acima de R$1.000,00 até R$3.000,00, quaisquer que sejam as suas motivações de viagem. A percentagem dos turistas que possuem renda acima de R$3.000,00 é maior entre turistas de lazer (47,4%), seguida por turistas de eventos (43,6%) e de compras e negócios (43,0%). Já a percentagem entre os turistas que dizem possuir renda acima de R$6.000,00, é maior entre turistas de eventos (22,8%). Tabela 2.204 Motivações de viagem segundo renda bruta individual dos turistas em Belo Horizonte em percentual – 2010 Motivações Visitar parentes e amigos Eventos, congressos, convenções Compras, negócios Viagens para lazer Outros Até 1.000,00 23,0 Faixa de renda (em Reais) Acima de Acima de 3.000,00 Acima de 1.000,00 até até 6.000,00 3.000,00 6.000,00 32,6 25,3 19,1 Total 100,0 24,8 31,7 20,8 22,8 100,0 22,1 16,2 33,0 34,9 36,4 29,5 26,7 29,4 18,2 16,3 18,0 19,3 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Em relação a renda bruta familiar mensal, conforme dados apresentados na tabela 2.205, a maioria dos turistas está na faixa de renda acima de R$2.000,00 até R$5.000,00, quaisquer que sejam suas motivações. A proporção dos turistas que possui renda bruta familiar acima de R$8.000,00 é maior entre turistas de eventos (32,0%), seguida por turistas em visita a parentes e amigos (31,1%), turistas de lazer (29,3%) e de compras e negócios (25,9%). Já entre os que dizem possuir renda bruta familiar acima de R$10.000,00, a proporção é maior entre turistas que visitam parentes e amigos (21,7%), seguido de turistas em lazer (18,8), turistas de eventos (18.6%) e de compras e negócios (13,6%). − − 265 Tabela 2.205 Motivações de viagem segundo renda bruta familiar mensal dos turistas em Belo Horizonte, em percentual – 2010 Faixas de renda (em R$) Motivação Até 2.000,00 Acima de 2.000,00 até 5.000,00 Acima de 5.000,00 até 8.000,00 Acima de 8.000,00 até 10.000,00 Acima de 10.000,00 Total 9,4 31,7 27,8 9,4 21,7 100,0 12,4 27,8 27,8 13,4 18,6 100,0 7,4 8,3 17,6 40,7 33,2 37,6 25,9 29,3 22,4 12,3 10,5 10,6 13,6 18,8 11,8 100,0 100,0 100,0 Visitar parentes e amigos Eventos, congressos, convenções Compras, negócios Viagens para lazer Outros Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quando a motivação dos turistas estrangeiros em Belo Horizonte é cruzada com a origem dos mesmos, tal com apresentado na Tabela 2.206, alguns dados relevantes se salientam. Tabela 2.206 Motivações de viagem segundo continentes de origem dos turistas estrangeiros em Belo Horizonte, em percentual – 2010 Motivação Visitar parentes e amigos Eventos, congressos, convenções Compras, negócios Viagens para lazer Outros Origem América Ásia do Sul* África América Central América do Norte 20,0 0 39,1 21,1 60,0 100,0 8,7 0 0 0 20,0 0 0 Europa Oceania Total 0 25,0 66,7 26,5 10,5 71,4 18,2 0 20,6 0 5,3 28,6 9,1 0 6,9 21,7 30,5 42,1 21,0 0 0 20,5 27,2 33,3 0 22,5 23,5 * Nota: Se refere ao total dos turistas da America do Sul entrevistados, excluindo brasileiros Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As principais motivações para vir a Belo Horizonte por parte dos turistas estrangeiros entrevistados são: visita a parentes e amigos, para 26,5% casos e ―Turismo de Negócios‖ para 27% dos casos, abrangendo os subsegmentos do turismo de eventos (20,6%) e compras e negócios (6,9%). Isso revela uma faceta ainda pouco conhecida da dimensão demográfica e da realidade crescentemente globalizada da metrópole mineira. Da amostra pesquisada, vinham a Belo Horizonte com o fim de visitação a parentes e amigos 66,7% dos turistas oriundos da Oceania, 39,1% dos americanos, 25% dos europeus, 21,1 % dos sul americanos e 20% dos africanos. No campo do turismo de negócios, ir a eventos, congressos e convenções era a principal motivação para 100% dos oriundos da America Central, 71,4% dos asiáticos, 60% dos africanos, 18,2% dos europeus, 10,5 dos sul americanos e 8,7% dos americanos. Já os subsegmento de ―compras e negócios‖ stricto sensu, ainda que sendo a principal motivação de 28,6% % dos asiáticos, de 9,1 % dos europeus e de 5,1% dos sul americanos, era a motivação de menor incidência entre os turistas estrangeiros pesquisados. De outro lado os turistas cuja principal motivação era o lazer em Belo Horizonte representavam 42,1% dos sul americanos, 33,3% dos oriundos da Oceania, 21,7% dos americanos e 20,5 % dos europeus. O fato de lazer ser uma motivação bem mais importante para turistas brasileiros do que para estrangeiros em Belo Horizonte não chega a surpreender tanto quanto o fato de a motivação − − 266 para visitar parentes e amigos na Capital mineira ser mais importante para turistas estrangeiros do que para brasileiros, conforme revelado na comparação dos dados da tabela 2.206 com a tabela 2.207, relativa ao cruzamento das motivações de viagem segundo regiões de origem do Brasil dos turistas de Belo Horizonte. Tabela 2.207 Motivações de viagem segundo regiões de origem do Brasil dos turistas em Belo Horizonte, em percentual – 2010 Regiões de origem (%) Motivação Visitar parentes e amigos Eventos, congressos, convenções Compras, negócios Viagens para lazer Outros CentroOeste 42,6 Nordeste Norte Sudeste Sul Total 13,9 26,9 28,4 26,7 26,7 19,1 23,5 3,8 12,0 14,7 14,4 8,5 23,4 6,4 7,8 45,2 9,6 3,8 34,6 30,9 15,7 33,0 10,9 13,3 36,0 9,3 13,2 34,8 10,9 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.208 mostra as principais motivações para vir a Belo Horizonte por parte dos turistas brasileiros entrevistados são: lazer (34,8%), ―Turismo de Negócios‖ com 27,6% dos casos - abrangendo os sub-segmentos do turismo de eventos (14,4%), compras e negócios (13,2%) – e visita a parentes e amigos (26,7%). Proporcionalmente, a motivação para visitar parentes e amigos em Belo Horizonte é maior entre os turistas oriundos da região Centro-Oeste (42,6%), seguidos das regiões Sudeste (28,4%), Norte (26,9%), Sul (26,7%) e Nordeste (13,9%). O turismo de negócios - participar de eventos, congressos e convenções - atrai 23,5% dos turistas oriundos da região Nordeste (23,5%), 19,1% da região Centro-Oeste, 14,7% da região Sul, 12,0% da região Sudeste e apenas 3,8% da região Norte. Já a motivação de ―compras e negócios‖ atrai proporcionalmente mais turistas de regiões de economia mais pujante e próximas: 15,7% dos turistas procedentes da região Sudeste, 13,3% da região Sul, 8,5% dos turistas da região Centro-Oeste, 7,8% da região Nordeste e apenas 3,8% da região Norte. Os 242 turistas brasileiros cuja principal motivação era o lazer em Belo Horizonte representavam 45,2% dos turistas oriundos da região Nordeste, 36,0% da Sul, 34,6% da Norte, 33% da Sudeste e 23,4% da Centro-Oeste. O foco nos turistas oriundos da região Sudeste do Brasil e suas motivações para viajar a Belo Horizonte fornecem uma aproximação mais detalhada deste importante mercado, conforme revelado na tabela 2.208. Tabela 2.208 Motivações de viagem segundo estados de origem dos turistas da região Sudeste em Belo Horizonte, em percentual - 2010 Origem (%) Motivação Visitar parentes e amigos Eventos, congressos, convenções Compras, negócios Viagens para lazer Outros Minas Gerais São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo 26,0 32,1 21,2 32,1 Total da região Sudeste 28,4 11,8 12,0 13,5 10,7 12,0 24,9 23,7 13,6 10,3 36,4 9,2 9,6 42,3 13,5 7,1 50,0 0,0 15,7 33,0 10,9 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 267 As principais motivações para vir a Belo Horizonte por parte dos turistas da região Sudeste entrevistados são: viagens a lazer, com 33,0%, visita a parentes e amigos, com 28,4%, e o turismo de negócios, com 27.7%, abrangendo as motivações do turismo de eventos (12,0%) e compras e negócios (15,7%). Curiosamente, a motivação para visitar parentes e amigos em Belo Horizonte é proporcionalmente maior entre os turistas oriundos de São Paulo (32,1%) e Espírito Santo (32,1%) do que de Minas Gerais (26,0%). No que tange ao turismo de negócios, ir a eventos, congressos e convenções atraía 13,5% dos turistas fluminenses, 12,0% dos paulistas, 11,8% dos mineiros e 10,7% dos capixabas. Já o subsegmento de ―compras e negócios‖ atraía 24,9% dos mineiros e apenas 10,3% dos paulistas, 9,6% dos cariocas e 7,1% dos capixabas. De outro lado, os 143 turistas da região Sudeste cuja principal motivação era o lazer em Belo Horizonte representavam 50,0% dos turistas capixabas, 42,3% dos cariocas, 36,4% dos paulistas e de relativamente poucos mineiros (23,7% dos turistas provenientes do próprio estado). A tabela 2.209 mostra que os turistas se hospedam principalmente em casas próprias ou de parentes e amigos (45,3%), seguido de hotéis (39,3%). Juntos, esses meios de hospedagem são responsáveis por 84,6% das preferências dos entrevistados. Tabela 2.209 Meios de hospedagem utilizados por turistas em Belo Horizonte – 2010 Meios de hospedagem Frequência Abs. % 362 314 36 24 23 13 8 6 6 7 799 45.3 39.3 4.5 3.0 2.9 1.6 1.0 0.8 0.8 0.9 100.0 Casa própria, de parentes ou amigos Hotel Motel, hospedaria, alojamento ou pensão Casa ou apartamento alugado Apart-Hotel Albergue Pousada Colônia de férias Instituições ou casas religiosas Outro Total Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quando se cruzam os dados de motivação de viagem com meios de hospedagem utilizados, várias observações de interesse podem ser feitas a partir da leitura da tabela 2.210. Dentre aqueles visitam parentes e amigos, 89,7% se hospedam em casa própria, de parentes ou amigos, 7,5% em hotel, 1,0% em ―outros meios de hospedagem‖, 0,9% em apart-hotel e 0,9% em casa ou apartamento alugado. Os que vêm para eventos e congressos se hospedam majoritariamente em hotel (52,1%), seguidos de ―outros meios de hospedagem‖ (24,0%), casa própria, de parentes ou amigos (18,2%), apart-hotel (2,5%), pousada (2,5%), casa ou apartamento alugado (0,8%). Dentre aqueles que viajam motivados por compras e negócios, 61,6 % se hospedam em hotel, 15,2% em casa própria, de parentes ou amigos, 9,1% em casa ou apartamento alugado, 8,1% em apart-hotel, 1,0 em pousada, 1,0% em albergue e 4,0% em ―outros meios de hospedagem‖. Por último, constata-se que aqueles que vêm para lazer se hospedam majoritariamente em hotel (51,3%), seguidos de casa própria, de parentes ou amigos (37,4%), apart-hotel (3,0%), − − 268 casa ou apartamento alugado (2,6 %), ―outros meios de hospedagem‖ (1,9%), pousada (1,1%). Tabela 2.210 Meios de hospedagem utilizados segundo motivação de viagem turística para Belo Horizonte dos turistas, em percentual - 2010 Motivação Visitas a parentes, amigos Eventos, congressos, convenções Compras, negócios Lazer Outro Total Tipo de Hospedagem (%) Casa própria, de Aluguel Pousada Albergue parentes ou amigos Hotel ApartHotel 7,5 0,9 0,9 0,0 89,7 52,1 2,5 0,8 2,5 61,6 51,3 38,0 8,1 3,0 2,0 9,1 2,6 5,0 39,3 2,9 3,0 Outros Total 0,0 1,0 26,7 18,2 0,0 24,0 15,1 1,0 1,1 1,0 15,2 37,4 34,0 1,0 2,6 5,0 4,0 1,9 15,0 12,4 33,2 12,5 1,0 45,2 1,6 7,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Dentre aqueles que ficam em hotéis, a maioria está em viagem de lazer, seguido de eventos, compras e congressos: o chamado ―turismo de negócios‖. Casa própria, de parentes e amigos é um meio de hospedagem importante não só para os que vêm em visita a parentes e amigos, mas também para aqueles que viajam também com outras motivações para Belo Horizonte. Outros dados interessantes emergem quando se cruzam os meios de hospedagem utilizados com a origem dos turistas, de acordo com os estados emissores da região Sudeste, tal como mostrado na tabela 2.211. A grande maioria dos turistas da região se hospeda em casa própria, de parentes e amigos (48,5%) ou em hotéis (37,6%). Proporcionalmente, os maiores frequentadores de hotéis em Belo Horizonte são os paulistas e capixabas (46,2% cada), seguidos dos mineiros (27,8%). Curiosamente, os fluminenses são os que apresentam menor frequência em hotéis da cidade (25,0%) e maior propensão a ficar em casa de parentes e amigos (60,7%), em que pese serem a serem os turistas de maior média de renda individual (tabela 2.211). Tabela 2.211 Meios de hospedagem utilizados pelos turistas em Belo Horizonte, segundo o estado de origem da região Sudeste, em percentual – 2010 Tipos de Hospedagem Hotel Apart-hotel Aluguel Pousada Casa própria, de parentes ou amigos Albergue Outros Total Minas Gerais 27,8 4,1 3,0 0,6 Estados de Origem da Região Sudeste Rio de Espírito Santo São Paulo Janeiro 46,2 25,0 46,2 1,9 3,6 2,7 1,9 3,6 2,7 0 0 0 Total da região 37,6 3,2 2,8 0,2 56,2 44,2 60,7 40,8 48,5 0,6 7,7 100,0 1,9 3,9 100,0 3,6 3,5 100,0 1,6 6,0 100,0 1,4 6,3 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Em relação ao número de pernoites dos turistas entrevistados, calculou-se inicialmente a média. Mas, como forma identificados valores extremos (outliers), que distorciam essa média, calculou-se também a mediana, que é muito menos sensível a estes valores − − 269 extremos. O fato de a média ser maior do que a mediana significa que os outliers estão puxando os valores médios para cima. Quando ela é menor, estão puxando para baixo. O número médio de pernoites por turista foi calculado considerando o total da amostra e, também, num segundo momento, extraindo-se da amostra os casos extremos (outliers). Num primeiro momento, simulou-se a média com a retirada de 25% dos casos amostrais mais extremos, para demonstrar o seu peso na média geral. Posteriormente, trabalhou-se com extração de 2% dos casos extremos da amostra (outliers), o que é um procedimento padrão recomendável do ponto de vista estatístico. Quando se considera o total da amostra, o turista permanece em média 11,5 pernoites em Belo Horizonte, o que é considerado uma média alta. A mediana neste caso é de cinco pernoites, indicando que os outliers estão nitidamente puxando os valores médios para cima. Quando se desagregam esses números por tipo de hospedagem, vê-se que a média exclusivamente de turistas hospedados em hotéis no mês da pesquisa foi de 6,4 dias, sendo a mediana de 3,5, enquanto a média de permanência de turistas hospedados em pousadas foi de 4 dias e a mediana de 4,5. Todos os outros meios de hospedagem indicados puxaram essa média para cima: casa ou apartamento alugado (média de 72,6 dias e mediana de 12,5), albergues (média de 33,7 dias e mediana de 4), apart-hotéis (média de 23,5 dias e mediana de 6), outros (média de 13,1 dias e mediana de 6,5) e casa própria, de parentes ou amigos (média de 10,9 dias e mediana de 6,5). Quando se cruza o número de pernoites por tipo de motivação turística, constata-se que, em média, aqueles que viajam motivados para compras e negócios destacam-se, ficando 25,4 noites por viagem (mediana de 6,5), aqueles que visitam parentes e amigos ficam 10,1 noites (mediana de 5), aqueles que viajam a lazer ficam 6,4 noites (mediana de 4), aqueles que vêm para eventos e congressos ficam 5,7 noites (mediana de 4,5) e aqueles que viajam por outros motivos ficam 21,1 noites (mediana de 5). Também do cruzamento do número de pernoites por principais estados de origem da região Sudeste extraem-se observações relevantes. A média de pernoites total de turistas da região é de apenas 6,9 e a mediana de 3,5. Estes números são bem menores do que o número médio de 11,5 pernoites e a mediana de 5 encontrados quando se consideram todos os turistas. Dentre os estados, o do Rio de Janeiro tem a maior média de permanência por viagem (10,6 pernoites e mediana de 3,5). Isso está alinhado ao fato de que se hospedam predominantemente em casas próprias, de parentes ou amigos, seguindo-se Minas Gerais (média de 6,9 e mediana de 5), São Paulo (média de 6,3 e mediana de 3,5) e Espírito Santo (média de 4,0 e mediana de 2,5). Extraindo-se da amostra total os casos extremos (outliers) na proporção de 25%, o número médio geral de pernoites por turista cai para 4,2 pernoites, demonstrando que uma parcela de até 25% dos turistas tem uma média de permanência muito maior do que a da maioria (75%) dos turistas da amostra. Salienta-se que essa média de 4,2 é próxima à taxa média de permanência de turistas hospedados apenas em hotéis e apart-hotéis em Belo Horizonte, tal como identificado pelos empresários do setor nos estudos de oferta turística efetuados durante o mesmo período, para este diagnóstico do mercado turístico de Belo Horizonte. Todavia, extraindo-se da amostra os casos extremos (outliers) na proporção de até 2% da amostra, tal como recomendado no procedimento estatístico mais habitual, a taxa média de permanência calculada é de 7,4 pernoites, que fica mais próxima da mediana, que se mantém em 5 pernoites. Essa média é ainda relativamente alta e pode estar refletindo o fato de que o levantamento se deu em julho, mês de férias escolares e de médias de estadas mais longas, tradicionalmente. − − 270 Quando se desagregam esses números obtidos com exclusão de outliers na proporção de 2%, por tipo de hospedagem, vê-se que a média exclusivamente de turistas hospedados em hotéis no mês da pesquisa foi de 5,0 dias (mediana de 4) e que a permanência de turistas hospedados em pousadas foi de 4 dias (mediana de 5). Os outros meios de hospedagem indicados puxaram essa média para cima: casa ou apartamento alugado, média de 57,2 e mediana de 10; outros meios de hospedagem, média de 9,7 e mediana de 5,5; casa própria, de parentes ou amigos, média de 8,3 e mediana de 3; albergues, média de 6,1 e mediana de 3,5; e apart-hotéis, média de 5,7 e mediana de 4. Quando se cruza o número de pernoites por tipo de motivação turística, vê-se que, em média, os que viajam motivados para compras e negócios destacam-se, ficando 18,2 noites por viagem (mediana de 7), aqueles que viajam por outros motivos (média de 13,6 e mediana de 4,5), aqueles que visitam parentes e amigos (média de 8,2 e mediana de 5), aqueles que vêm para eventos e congressos (média de 5,4 e mediana de 4,5) e aqueles que viajam a lazer (média de 5,3 e mediana de 3,5). Já a média de pernoites total de turistas da região Sudeste passa a ser de 5,4 e a mediana de 4. Nesse caso, dentre os estados da região a maior média de permanência passa a ser Minas Gerais (6,3 pernoites por viagem e mediana de 5), o que se justifica pelo fato de que viajam a Belo Horizonte motivados principalmente para visitar a parentes e amigos, predominando o hábito de se hospedarem entre estes ou em casa própria. Seguem-se São Paulo (média de 5 e mediana de 3,5), Rio de Janeiro (média de 4,3 e mediana de 3,5) e Espírito Santo (média de 3,2 e mediana de 2,5). O meio de transporte mais utilizado para viagens a Belo Horizonte, segundo os turistas é o avião (tab. 2.212), preferido por 46,7% dos entrevistados, seguido do automóvel (28,8%). Como terceira preferência vem o ônibus de linha com 17,9%. A participação de ônibus de excursão é relativamente baixa (4,9%), enquanto a de outros meios de transporte corresponde a apenas 1,8% das preferências. Tabela 2.212 Meios de transporte de acesso a Belo Horizonte utilizados pelos turistas – 2010 Meios de transporte Avião Automóvel Ônibus de linha Ônibus de excursão Trem Outros Total Frequência Abs. 373 230 143 39 8 6 799 % 46.7 28.8 17.9 4.9 1.0 0.8 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A pesquisa revelou que a maioria dos turistas entrevistados viaja acompanhada. Assim, enquanto 32,9% viaja sozinhos, 41,9% viaja em família, sendo que dentre esses últimos a família em viagem é composta de casal sem filhos, em 48,2% dos casos. A parcela dos que viajam em grupo corresponde a 25,2% dos entrevistados. Destes, 29,9 % compõem-se de 2 pessoas, 35,8% de 3 a 5 pessoas e em 34,3% de 6 ou mais pessoas. No que tange a motivação, conforme a tabela 2.213, aqueles que viajam a compras e negócios são os que proporcionalmente mais viajam sozinhos (42,0%), seguidos pelos que viajam por outros motivos (39,0%) e os que viajam a eventos (34,7%). − − 271 Tabela 2.213 Formas de viagem segundo as motivações de viagem dos turistas em Belo Horizonte – 2010 Formas de viajar Motivação Sozinho Em grupo Com família Total Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Visitar parentes e amigos Eventos, congressos, convenções Compras, negócios 70 32,9 16 7,5 127 59,6 213 26,7 42 34,7 60 49,6 19 15,7 121 15,1 42 42,0 31 31,0 27 27,0 100 12,5 Viagens a lazer 70 26,4 62 23,4 133 50,2 265 33,2 Outros 39 39,0 32 32,0 29 29,0 100 12,5 Total 263 32,9 201 25,2 335 41,9 799 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Conforme a tabela 2.214, a maior proporção dos turistas que viajam sozinhos para Belo Horizonte em relação ao total de turistas por estado de origem da região Sudeste é constituída de turistas paulistas (37,0%), seguidos de mineiros (30,2%), cariocas (21,4%) e capixabas (19,2%). Os turistas mineiros em Belo Horizonte são os que viajam mais em grupo (29,0%), seguido de fluminenses e capixabas (25,0% cada) e dos paulistas (20,1%). Dos que viajam com família, a maior proporção relativamente ao total de turistas de cada estado é de capixabas (55,8%), seguido de fluminenses (53,6%), paulistas (42,9%) e mineiros (40,8%). Tabela 2.214 Forma de viagem segundo estados de origem da região Sudeste dos turistas em Belo Horizonte – 2010 Estados de origem Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Total Sozinho Abs. % 51 30,2 10 19,2 6 21,4 68 37,0 135 31,2 Formas de viajar Em grupo Com família Abs. % Abs. % 49 29,0 69 40,8 13 25,0 29 55,8 7 25,0 15 53,6 37 20,1 79 42,9 106 24,5 192 44,3 Total Abs. 169 52 28 184 433 % 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Na consideração do destino a ser visitado, 77,1% revelaram que têm o destino Belo Horizonte como única opção de viagem na ocasião. Dentre os 22,9% que reconheceram outra opção de destino ―concorrente‖, 33,8% consideraram as cidades históricas de Minas Gerais, 12,7% consideraram o Rio de Janeiro, 10,7% São Paulo, 2,9% Florianópolis, 2,4% ―outras cidades e áreas turísticas vizinhas em Minas Gerais‖ e 37,2% uma variedade de outros destinos. Essa informação é interessante, sobretudo, por ratificar a concorrência (além da complementaridade) de Belo Horizonte com as cidades históricas, além de destacar a concorrência com o Rio, que pode se dar em vários campos, como o do turismo de negócios e lazer associado à cultura, em que pese a conhecida importância da capital fluminense nesses campos, em nível nacional. A fim de determinar o peso do grau de influência dos principais fatores que poderiam ter influenciado a decisão da escolha de Belo Horizonte como destino turístico, foram apresentados 14 fatores para os entrevistados, cada um deles numa escala progressiva de 0 a 10. O valor 0 corresponde à influência nula na decisão - ou seja, mudanças nesses fatores não irão influenciar a decisão de escolha do destino. O grau de influência igual a 10 representa alto grau de influência do fator na decisão de escolha do destino. − − 272 O grau de influência associa-se ao conceito de elasticidade, embora não signifique a mesma coisa. A elasticidade é representada por um número absoluto, que representa variações relativas entre duas variáveis. No caso desta pesquisa, não se computaram essas variações, mas somente o grau de sensibilidade ou de influência de cada fator em relação à escolha do destino Belo Horizonte. A tabela 2.215 mostra a participação relativa de cada fator por grau de influência. Destacase o fator ―disponibilidade de bons pacotes de viagem‖, que teve a participação de 16,42% dos entrevistados, a maior dentre os fatores considerados, cujo grau de influência foi nulo. Simultaneamente, este fator teve a menor participação - apenas 1,96% - na coluna referente ao grau de influência dez. Este resultado indica que este fator é o que menos influencia a decisão de escolha do destino. Segue como fator que menos influenciou ―material promocional‖, com 11,94% de participação dos turistas na coluna correspondente ao grau zero, e 3,7% na coluna de grau 10. O destaque destes dois fatores como aqueles que menos influenciaram pode ser devido à própria escassez de bons pacotes de viagem e de material promocional na divulgação do destino Belo Horizonte. De outro lado, com grau de influência no valor 10, destacam-se ―hospedagem‖, com participação de 13,2%, atrativos turísticos, com 10,5% e ―eventos‖, com 10,4%. Estes foram os fatores que tiveram maior influência na decisão de visitar o destino Belo Horizonte. ―Bares e restaurantes‖ vem a seguir, citado por 9,54% dos entrevistados como o fator que mais influenciou na decisão de vir a Belo Horizonte. Quanto aos outros fatores, obtiveram um grau médio, concentrado nos valores de 3 a 8. Tabela 2.215 Distribuição percentual dos fatores por seu grau de influência na seleção do destino pelos turistas em Belo Horizonte – 2010 Fatores de Influência Proximidade e facilidade de acesso Atrativos turísticos Eventos Hospedagem Restaurantes e bares Equipamentos de entretenimento Disponibilidade de pacotes de viagem Qualidade dos serviços em geral Preços Infraestrutura de água, luz e esgoto Segurança Limpeza pública Material promocional Outros Grau de Influência (%) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5,8 7,5 12,2 12,5 9,0 9,8 6,9 9,1 8,8 5,8 7,9 4,4 5,6 8,0 8,5 8,4 6,9 7,6 10,2 10,2 9,8 10,6 8,0 12,4 13,2 8,1 7,0 8,4 6,5 3,9 4,6 5,2 10,5 6,3 6,8 3,5 7,0 8,0 6,9 5,2 5,6 7,5 8,0 13,2 6,4 5,0 6,6 8,1 7,4 6,5 7,1 6,7 8,1 12,4 9,5 8,7 13,0 10,4 6,6 5,4 7,4 5,6 7,0 6,9 6,0 6,4 16,4 9,9 5,6 4,0 3,0 4,3 3,2 2,8 2,5 2,5 2,0 5,7 3,7 6,6 4,8 7,4 8,7 11,1 10,3 10,4 9,2 6,7 5,5 3,1 8,7 6,6 9,7 11,1 13,5 10,7 10,4 7,6 4,1 7,8 6,8 4,9 8,5 8,0 6,3 8,2 7,2 7,0 9,5 7,9 5,9 4,4 4,9 8,5 9,4 9,0 8,7 9,4 9,6 10,5 6,4 6,9 10,6 9,0 10,7 12,0 8,0 10,2 9,5 8,0 7,6 5,2 11,9 10,6 6,3 6,3 4,4 6,5 5,8 7,4 5,7 4,4 3,7 0,3 0,6 0,4 0,0 1,0 0,2 0,6 0,2 0,3 1,8 6,1 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As tabelas 2.2.31 e 2.2.32 apresentam a distribuição do grau de influência de cada fator, em valores absolutos e percentuais, respectivamente. Com base nestas tabelas e considerando-se que o grau de influência no valor de 7 ou superior equivaleria a um alto nível de influência, o fator ―Outros‖ apresenta-se como o de maior concentração nesta faixa de influência, com 86,0% das preferências. Entretanto, conforme mostrado na tabela 2.2.30, − − 273 a participação do fator ―Outros‖ no total é muito baixa. Vale salientar que na opção ―Outros‖ o item referente à visita a parentes e amigos é o mais citado com 32,3% das respostas. Seguindo-se em ordem decrescente do grau de influência, conforme disposto nas tabelas 2.216 e 2.217, apresentam-se os seguintes principais fatores, considerando-se o grau 7 ou superior: atrativos turísticos, com 57,2% das respostas; hospedagem, com 52,4%; restaurantes e bares, com 50,7%; e qualidade dos serviços com 49,3%. Estes foram os fatores que apresentaram níveis mais altos de grau de influência. O fator que menos influenciou na decisão de vir a Belo Horizonte foi a ―Disponibilidade de bons pacotes de viagem‖, em que se verifica que 71,2% deram o conceito zero e apenas 4,2% deram o conceito 10. Em seguida aparece o item ―Material promocional‖ em que 50,3% optaram pelo conceito zero e apenas 7,8% pelo conceito 10. Os elementos que registraram o mais alto grau de influência, igual a 10, foram em ordem decrescente: hospedagem, com 27,5%; atrativos turísticos, com 21,8%; eventos, com 21,7%; e restaurantes, com 19,8%. Seguem-se: infraestrutura de água, luz e esgoto (16,5%); proximidade e facilidade de acesso, (16,2%); qualidade dos serviços em geral, (13,8%); equipamentos de entretenimento, (13,5%); e segurança (13,3%). Este resultado sugere em quais elementos a qualidade dos serviços prestados têm maior influência na avaliação dos turistas. Tabela 2.216 Frequência absoluta dos graus de influência de cada fator na seleção do destino Belo Horizonte pelos turistas – 2010 Fatores de Influência Frequência Absoluta do Grau de Influência 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Total 191 12 35 34 27 105 37 78 109 40 129 797 145 9 23 23 25 74 41 88 126 67 173 794 Eventos 263 20 38 22 21 90 35 34 57 36 171 787 Hospedagem 208 11 10 19 24 74 28 48 93 55 216 786 Restaurantes e bares Equipamentos de entretenimento Disponibilidade de pacotes de viagem Qualidade dos serviços em geral Preços Infraestrutura de água, luz e esgoto Segurança 211 8 19 22 22 70 38 58 100 85 156 789 288 21 30 18 16 79 30 60 85 41 104 772 542 16 16 11 9 46 17 24 31 17 32 761 188 6 19 13 22 93 60 89 128 63 109 790 182 5 25 18 29 119 73 92 128 52 67 790 258 11 14 23 24 67 44 62 87 65 129 784 195 7 14 23 28 96 47 81 119 72 105 787 Limpeza pública 227 17 26 29 36 86 55 82 99 52 85 794 Material promocional 394 17 18 17 13 69 31 64 70 30 61 784 9 1 1 0 3 2 3 2 4 12 99 136 Proximidade e facilidade de acesso Atrativos turísticos Outros Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 274 Tabela 2.217 Frequência relativa dos graus de influência de cada fator na seleção do destino Belo Horizonte pelos turistas – 2010 Fatores de Influência Proximidade e facilidade de acesso Atrativos turísticos Grau de Influência (%) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Total 24,0 1,5 4,4 4,3 3,4 13,2 4,6 9,8 13,7 5,0 16,2 100,0 18,3 1,1 2,9 2,9 3,1 9,3 5,2 11,1 15,9 8,4 21,8 100,0 Eventos 33,4 2,5 4,8 2,8 2,7 11,4 4,4 4,3 7,2 4,6 21,7 100,0 Hospedagem 26,5 1,4 1,3 2,4 3,1 9,4 3,6 6,1 11,8 7,0 27,5 100,0 Restaurantes e bares Equipamentos de entretenimento Disponibilidade de bons pacotes de viagem Qualidade dos serviços em geral Preços Infraestrutura de água, luz e esgoto Segurança 26,7 1,0 2,4 2,8 2,8 8,9 4,8 7,4 12,7 10,8 19,8 100,0 37,3 2,7 3,9 2,3 2,1 10,2 3,9 7,8 11,0 5,3 13,5 100,0 71,2 2,1 2,1 1,4 1,2 6,0 2,2 3,2 4,1 2,2 4,2 100,0 23,8 0,8 2,4 1,6 2,8 11,8 7,6 11,3 16,2 8,0 13,8 100,0 23,0 0,6 3,2 2,3 3,7 15,1 9,2 11,6 16,2 6,6 8,5 100,0 32,9 1,4 1,8 2,9 3,1 8,5 5,6 7,9 11,1 8,3 16,5 100,0 24,8 0,9 1,8 2,9 3,6 12,2 6,0 10,3 15,1 9,1 13,3 100,0 Limpeza pública 28,6 12,1 13,3 3,7 4,5 10,8 6,9 10,3 12,5 6,5 10,7 100,0 Material promocional 50,3 2,2 2,3 2,2 1,7 8,8 4,0 8,2 8,9 3,8 7,8 100,0 Outros 6,6 0,7 0,7 0 2,2 1,5 2,2 1,5 2,9 8,8 72,8 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 No que se refere à organização da viagem, a pesquisa revelou que a utilização de programas de incentivo ao turismo foi uma alternativa utilizada somente por 2,1% dos turistas, enquanto apenas 4,5% dos entrevistados utilizaram algum pacote turístico. Além de estar relacionado com a alta percentagem de turistas que se hospedavam em casa própria, de parentes e amigos, o baixo uso de pacotes turísticos, provavelmente, reflete o fato de que, atualmente, as facilidades crescentes dos meios de comunicação e de informação tendem a facilitar o planejamento pessoal da viagem. De outro lado, é fato também que Belo Horizonte é pouco trabalhada por operadores emissivos, como revelado na pesquisa qualitativa realizada em São Paulo e comentado na segunda parte do relatório da pesquisa, referente à demanda potencial. Dos 799 entrevistados, apenas 36 (4,5%) utilizam pacote turístico e 759 (95,0%) não utilizam. Não responderam à questão 4 (0,5%). Dentre os respondentes que viajam por meio de pacotes turísticos, a maior frequência (50,0%) é dos que viajam a lazer, seguida dos que viajam por outros motivos e dos que viajam a fim de participar em eventos (16,6%) (tab. 2.218). Tabela 2.218 Forma de organização de viagem, segundo as principais motivações de turistas para Belo Horizonte – julho de 2010 Utilização de Pacote Turístico Motivação Sim Não Freqüência Total Abs. % Abs. % Abs. Visitar parentes e amigos 3 8,3 210 27,7 213 Ir a eventos, congressos, convenções 6 16,7 115 15,2 121 Compras/negócios 3 8,3 95 12,5 98 Viagens a lazer 18 50,0 245 32,3 263 Outros 6 16,7 94 12,3 100 Total 36 100,0 759 100,0 795 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 275 A forma de organização da viagem foi também cruzada com a origem dos turistas segundo os principais estados da região Sudeste (tab. 2.219). Tabela 2.219 Forma de organização de viagem, segundo estados de origem da região Sudeste de turistas para Belo Horizonte – 2010 Utilização de Pacote Turístico Estados de Origem Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Total Sim Não Total Abs. % Abs. % Abs. % 2 3 0 4 9 22,2 33,3 0 44,4 100,0 167 49 27 178 421 39,7 11,6 6,4 42,3 100,0 169 52 27 182 430 39,3 12,1 6,3 42,3 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Dentre os 430 respondentes, a maioria dos que utilizam pacote turístico para Belo Horizonte é paulista (44,4%), seguindo-se os capixabas (33,3%) e os mineiros (22,2%). Sobressai o fato de que 100% da amostra de fluminenses não utiliza pacote turístico para Belo Horizonte. Ainda no aspecto da organização da viagem, 52,7% dos turistas entrevistados afirmaram que despenderam até 5 dias na preparação da viagem (tab. 2.220). Demandaram de 6 a 30 dias 36,3% e demandaram mais de 30 dias na preparação da viagem, 10,0%, sendo que 8 (1,0%) não responderam a questão. Tabela 2.220 Tempo despendido na preparação da viagem por turistas de Belo Horizonte – 2010 Tempo despendido (dias) Até 5 6 a 10 11 a 20 21 a 30 Acima de 30 Não respondeu Total Frequência Abs. % 421 128 65 97 80 8 799 52.7 16.0 8.2 12.1 10.0 1,0 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.221 revela que os gastos informados para preparação da viagem concentram-se na faixa mais baixa, de até R$200,00 (29,5%), ou são, até mesmo, nulos (28,4% das respostas). Estas duas alternativas representam 57,9% das respostas. Os valores referentes aos gastos incluem, em média, duas pessoas. − − 276 Tabela 2.221 Gastos na preparação da viagem por turistas de Belo Horizonte – 2010 Classes de valores Até R$200,00 De R$201,00 a R$500,00 De R$501,00 a R$1.000,00 Mais de R$1.000,00 Não gastou Não respondeu Total Freqüência Abs. 236 138 88 92 227 18 799 % 29.5 17.3 11.0 11.5 28.4 2,3 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O gasto total diário durante a viagem foi, em média, de R$182,81. Quando se desagrega essa média por tipo de hospedagem, encontra-se que as médias exclusivamente de turistas hospedados em imóveis alugados (R$266,52), hotéis (R$250,71) e apart-hotéis (R$248,81) são mais elevadas, enquanto as médias mais baixas estão entre os que se hospedam em albergues (R$86,67), outros meios de hospedagem (R$100,51), casa própria, de parentes ou amigos (R$130,03) e pousadas (R$161,25). O fato de a casa própria e de parentes e amigos aparecerem como o principal meio de hospedagem utilizado por turistas em Belo Horizonte contribui, em particular, para baixar a média de gastos turísticos em Belo Horizonte, uma vez que nessas condições os gastos de manutenção são relativamente mais baixos. A média de gastos diários pode ser também analisada em relação a motivações de viagem e origem de viajantes. A média dos gastos totais diários é maior entre aqueles que viajam motivados por compras e negócios (R$242,32), seguido pelos que viajam a lazer (R$215,90), ―outros motivos‖ (R$167,66) motivados por eventos (R$164,25), e em visita a parentes e amigos (R$131,67). Em relação aos estados de origem da região Sudeste, a média dos gastos totais diários é maior entre os turistas paulistas (R$176,71) e fluminenses (R$176,30) em Belo Horizonte, seguido pelos mineiros (R$163,32) e capixabas (R$145,42). No total, a região Sudeste apresenta uma média de gastos de R$169,27, inferior à média geral de todas as regiões do Brasil (R188,07) e à media total de R$182,81. Isso se explica pelo fato de os gastos médios totais de todas as outras regiões do Brasil, sobretudo em função de gastos com meios de transporte e hospedagens, serem maiores que os gastos da região Sudeste: A região Nordeste tem a maior média (R$251,83), seguida da Sul (R$206,15), da Norte (R$200,88) e Centro-Oeste (R$173,03). No total, os gastos médios para o Brasil (R$188,07) são superiores ao total médio da região Sudeste (R$169,27) e ao gasto médio total geral, de R$182,81. Os gastos médios para o Brasil (R$188,07) são também superiores ao gasto total médio dos turistas estrangeiros em Belo Horizonte (R$144,21). Isso pode ser explicado pelo fato de boa parte dos estrangeiros se hospedar com parentes e amigos aos quais vêm visitar. Considerando que o gasto total diário médio de R$182,81 inclui em média duas pessoas, conclui-se que os gastos turísticos médios por pessoa estão em torno de R$ 91,40. Como esperado, as maiores médias de gasto individual são aquelas dos turistas motivados por compras e negócios (R$121,16) seguindo-se aquelas dos turistas motivados por eventos (R$117,32), lazer (R$98,14), outros motivos (R$83,33) e visita a parentes e amigos (R$57,25). Entre os estados da região Sudeste, os gastos turísticos médios por pessoa são maiores entre os fluminenses (R$88,15), apesar da grande percentagem deles se hospedar em casa − − 277 de parentes e amigos. Isso implica que seus gastos são mais voltados para entretenimento e gastronomia, dentre outros. Seguem-se, em ordem de importância relativa aos gastos turísticos médios: os paulistas (R$84,15), mineiros (R$77,77) e capixabas (R$72,71). A Tabela 2.222 apresenta a distribuição percentual dos gastos durante a viagem com alimentação, hospedagem, compras, entretenimento e transporte. Tabela 2.222 Distribuição percentual dos gastos por itens de despesa durante a viagem a Belo Horizonte pelos turistas – 2010 Faixa de gastos Não houveram gastos Até R$ 50,00 De R$51,00 a R$100,00 De R$101,00 a R$150,00 Mais de R$150,00 Total Alimentação Itens de despesa (em %) Hospedagem Compras Entretenimento Transporte 8.1 47.5 27.9 32.8 24.8 52.1 11.0 31.4 39.9 52.8 26.2 11.0 19.2 14.1 11.4 6.5 11.0 6.8 6.6 4.7 7.1 100 19.5 100 14.7 100 6.6 100 6.3 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Em todas as alternativas de gastos consideradas, mais de 50% dos turistas afirmou que gastou apenas até R$50,00. Nesta faixa, destaca-se o gasto com transporte, no qual se incluem 52,8% dos turistas, seguidos de alimentação (52,1%) além dos gastos com entretenimento (39,9%), compras (31,4%) e hospedagem (11,0%). Nas faixas intermediárias de gastos, de R$50,00 a R$150,00 a frequência de turistas é decrescente, à medida que aumenta o nível das despesas. As despesas com alimentação e compras são as principais, nesta ordem. Entretanto, a partir de R$150,00 a frequência de turistas volta a crescer, principalmente nas despesas relacionadas a hospedagem, que passa a ser o componente principal de gastos, seguido de compras. Este resultado sugere a existência de um mercado turístico de maior poder aquisitivo, que se hospeda em hotéis e com boa propensão a gastos com compras e consumo de serviços de mais qualidade. Este fato corrobora informação anterior apresentada (vide tabelas 2.2.30, 2.2.31 e 2.2.32), em que o setor de hospedagem foi considerado o elemento de maior influência na decisão da escolha do destino Belo Horizonte. Sobre os meios de divulgação que mais influenciaram em sua decisão da visita a Belo Horizonte, podendo cada entrevistado indicar até três meios de divulgação como respostas, foram apuradas 1016 respostas pelos 799 entrevistados, cuja distribuição está apresentada no gráfico 2.66. − − 278 Gráfico 2.66 Distribuição percentual dos principais meios de divulgação que influenciaram na escolha do destino Belo Horizonte, na percepção de turistas - 2010 Nota: Os valores percentuais se referem à distribuição das 1016 respostas dadas pelos 799 respondentes Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O meio de divulgação que mais teve influência, indicado por 56,9% dos turistas, foi a recomendação de amigos e parentes, seguido da internet, com 31,7%. Em Belo Horizonte, destaca-se as três campanhas promocionais mais importantes lançadas nos últimos 5 anos. Elas configuram-se como as principais peças utilizadas no fortalecimento da imagem de Belo Horizonte e somam o investimento de R$1.500.000,00. A campanha ―Eu amo BH radicalmente‖ (2007) contava com dois focos: incentivar e promover o sentimento de pertencimento e amor à cidade e o fortalecimento das atividades ligadas aos esportes radicais e turismo de aventura. Os aspectos ambientais e os locais para prática de esportes como a Praça do Papa, Parque das Mangabeiras, Parque Municipal foram os produtos trabalhados. O ―BH + 1 dia‖ (2008, 2009) é fruto de uma campanha para despertar nos turistas de negócios e eventos o desejo de permanecer na cidade por mais um dia para conhecer o lado cultural da cidade. Neste caso, as manifestações artístico culturais e os museus foram os produtos prioritários: Museu de Artes e Ofícios, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Praça da Liberdade, Museu Abílio Barreto. Já o Lançamento da marca turística de Belo Horizonte (2010) foi uma campanha mais expressiva que tinha como objetivo fixar uma imagem para os turistas e população local que expressasse o significado de Belo Horizonte como destino turístico e que essa marca fosse utilizada em todos os materiais e ações desenvolvidas pela cidade. Depreende-se que as campanhas foram destinadas principalmente para os segmentos de turismo cultural, turismo de negócios e eventos e turismo de aventura. Entretanto os valores investidos não conseguiram abranger grande número de ações e ficou restrita ao estado de Minas Gerais. Ressalta-se a baixa influência percebida pela campanha promocional oficial e por outdoors, que aparecem com apenas 1,8% e 1,4%, respectivamente. Este fato fica ainda mais evidenciado em função de apenas 0,9% dos entrevistados ter-se lembrando da campanha promocional para este ano e 3,1% de campanhas dos anos anteriores. Dos turistas entrevistados, 12,5% afirmaram que não visitaram atrativo algum, o que é um número relativamente alto. Como apresentado na tabela 2.223, os atrativos mais visitados foram a Praça da Liberdade e o Mercado Central, os quais também foram muito bem avaliados pelos turistas. A Praça da Liberdade foi avaliada como ―excelente‖ por 62,2% dos − − 279 visitantes e como ―bom‖ por 33,4%, enquanto o Mercado Central foi avaliado como ―excelente‖ por 54,4% dos visitantes e como ―bom‖ por 38,8%. Os outros atrativos mais visitados em ordem de importância foram: Igreja de São Francisco, Feira de Artesanato e o Museu de Arte da Pampulha (MAP), com avaliação de ―bom‖ e ―excelente‖ por 92,8%%, 89,4% e 89,3% dos visitantes entrevistados, respectivamente. Os outros atrativos citados na tabela foram visitados por menos de 20% dos turistas. Menos de 1% dos turistas avaliou qualquer atrativo como ―ruim‖ ou ―péssimo‖. Outros atrativos visitados que não constam da tabela incluíram o Parque Municipal, citado por 35 pessoas e o Palácio das Artes, por 30. Para estes atrativos a avaliação foi, em geral ―excelente‖ ou ―bom‖. Vários outros atrativos foram visitados, mas com freqüência bem mais baixa e pulverizada. Vários atrativos contíguos muito visitados, como Igreja de São Francisco, MAP, Casa do Baile, Zoo e Aquário, Lagoa da Pampulha, Mineirão e Mineirinho, estão concentrados na região da Pampulha. Tabela 2.223 Avaliação dos atrativos turísticos visitados pelos turistas entrevistados em Belo Horizonte – 2010 62,2 54,4 33,4 38,8 4,4 6,6 0,0 0,0 0,0 0,2 Número de visitantes 452 410 55,4 37,4 6,9 0,3 0,0 361 45,2 60,2 46,6 29,2 42,7 8,8 8,7 0,6 1,5 1,2 0,5 339 206 42,4 25,8 57,0 28,5 11,3 3,3 0,0 151 18,9 40,6 62,9 37,6 33,3 17,3 2,9 3,0 1,0 1,5 0,0 133 105 16,6 13,1 53,5 32,3 13,1 1,0 0,0 99 12,4 62,1 31,6 5,3 1,1 0,0 95 11,9 61,5 38,5 0,0 0,0 0,0 13 1,6 Avaliação (%) Atrativo Praça da Liberdade Mercado Central Igreja de São Francisco Feira de Artesanato MAP – Pampulha Zoo/Aquário da Prefeitura Casa do Baile Praça do Papa Museu Histórico Abílio Barreto Museu de Artes e Ofícios Participação em roteiros turísticos Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Percentagem sobre total de entrevistados 56,6 51,3 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo Quando indagados se participaram de algum roteiro turístico organizado em Belo Horizonte, os roteiros turísticos oficiais não foram lembrados pelo seu nome, mas pelos atrativos mais marcantes, mesmo assim por apenas 13 entrevistados (1,6%). Todos foram mencionados, especialmente: Praça da Estação/Centro (0,5%) e Horizontes da Cidade/Serra do Curral/Mangabeiras (0.4%) e os demais com apenas 0,1% cada um. Embora pouco visitados, os roteiros foram avaliados como ―bom‖ ou ―excelente‖. Os turistas também foram indagados sobre seu grau de satisfação em relação a determinados equipamentos, serviços e outros aspectos relacionados ao turismo em Belo Horizonte (tab. 2.224). De modo geral, os serviços foram bem avaliados, nos níveis ―bom‖ ou ―ótimo‖, variando de um mínimo de 64,2%, para o preço da hospedagem, ao máximo de 90,5% para qualidade da comida. A avaliação dos grupos de Hospedagem, Alimentação e ―Outros Aspectos‖ foi semelhante. O grupo ―Informação Turística‖ obteve a pior avaliação, o que já havia sido evidenciado em análise anterior nesta pesquisa, em relação à sua eficácia. Os ―Serviços gerais‖ foram − − 280 avaliados, predominantemente, como ―bons‖ ou ―regulares‖, mas transporte urbano e limpeza pública receberam significativas frequências de avaliação como ―ruins‖ e ―péssimos‖, relativamente a outros itens. Nos grupos Hospedagem e Alimentação, o preço obteve a pior avaliação. Apesar de reconhecerem a qualidade destes serviços, os turistas avaliam o preço como ―muito alto‖. No item ―Outros aspectos citados‖, a ―acolhida da população‖ e as ―áreas verdes‖ obtiveram os maiores índices no grau de excelente, por 55,0% e 48,5% dos turistas, respectivamente, além de a imagem urbana ter recebido também expressiva avaliação como ―bom‖ (39,6%) e ―excelente‖ (38,9%). Tabela 2.224 Grau de satisfação dos turistas em relação a equipamentos, serviços e outros aspectos relacionados ao turismo em Belo Horizonte, em percentual – 2010 Equipamentos, serviços e outros aspectos relacionados ao turismo Excelente 1. Serviços gerais - limpeza pública - segurança pública - transporte urbano 2. Alimentação - higiene/limpeza - atendimento - preço - qualidade da comida - infraestrutura/ instalações 3. Informação turística e serviço de guias - disponibilidade de informação - qualidade do serviço 4. Hospedagem - higiene/limpeza - atendimento - preço - infra-estrutura/ instalações 5. Outros aspectos citados - acolhida da população - imagem urbana (edificações) - meio ambiente (áreas verdes) Bom Grau de satisfação ( em %) Regular Ruim Péssimo 15,6 13,4 14,4 47,8 57,0 48,8 25,6 23,7 21,2 7,4 4,6 11,0 3,6 1,3 4,6 25,7 29,8 13,1 37,3 23,5 61,4 55,6 50,1 53,2 59,1 9,8 11,8 29,3 8,4 14,7 2,0 2,3 6,0 0,8 1,9 1,1 0,5 1,5 0,3 0,9 25,1 24,4 37,4 43,0 19,3 18,4 9,7 7,5 8,4 6,6 43,3 40,9 23,6 34,6 43,3 44,4 40,6 43,9 10,9 11,3 27,7 17,2 2,0 2,3 4,8 2,6 0,4 1,0 3,3 1,6 55,0 38,9 48,5 37,5 39,6 35,7 6,7 16,3 11,2 0,3 4,2 3,4 0,5 1,0 1,2 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Em relação à expectativa que tinham quanto à oferta de atrativos, equipamentos e serviços turísticos antes de chegar a Belo Horizonte, 19,8% avaliaram como ―excelente‖, 58,9%, como ―boa‖ e 11,6% como ―regular‖. Apenas 1,7% avaliou como ―ruim‖ ou ―péssima‖. Após conhecerem a oferta turística, 32,2% avaliaram como ―excelente‖, 50,8% como ―boa‖, 12,0% como ―regular‖ e apenas 1,5% como ―ruim‖ ou ―péssima‖. A pesquisa mostrou que a qualidade da oferta turística de Belo Horizonte superou a expectativa do turista. Nessa perspectiva, verifica-se que 95,8% dos turistas recomendariam a amigos ou parentes a viagem a Belo Horizonte. Proporcionalmente, esta frequência é maior entre aqueles que viajam a lazer (tab. 2.227). − − 281 Tabela 2.227 Recomendação do destino a amigos ou parentes, por turistas em Belo Horizonte, segundo sua motivação de viagem, em percentual – 2010 Motivação de viagem Visitar parentes e amigos Ir a eventos/ congressos/ convenções Compras/ negócios Viagens a lazer Outros Total Recomendação a amigos (em %) Sim Não 95,3 4,7 94,1 5,9 93,9 6,1 98,5 1,5 93,9 6,1 95,8 4,2 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Entre os estados da região Sudeste, proporcionalmente, a percentagem dos turistas que recomendariam a cidade é maior entre paulistas, seguido dos capixabas, mineiros e fluminenses (tab. 2.228). Tabela 2.228 Recomendação do destino a amigos ou parentes, por turistas em Belo Horizonte, segundo seu estado de origem da região Sudeste, em percentual – 2010 Estados da região Sudeste Minas Gerais Rio de Janeiro Espírito Santo São Paulo Total Recomendação a amigos (em %) Sim Não 95,3 4,7 90,2 9,8 96,4 3,6 98,3 1,7 96,0 4,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As razões mais citadas pelos entrevistados para a recomendação foram: ―atrativos turísticos‖, 31,0%; ―cidade bonita‖, 22,9%; ―pessoas acolhedoras‖, 18,8%, ―cidade agradável e acolhedora‖, 18,0%; ―cultura e lazer‖, 15,5%. Dentre os 4,2% que não recomendariam, os principais motivos citados foram: ―há lugares melhores‖, 36,4%; ―falta de atrativos‖, 33,3%; ―limpeza‖, 18,2%; ―sem estrutura‖ e ―trânsito‖, cada um citado por 12,1%. O perfil das respostas se associa, de certo modo, às informações contidas na tabela 2.2.39, que mostra o grau de satisfação em relação a equipamentos, serviços e outros aspectos relacionados ao turismo. 2.2.1.4. Análise das entrevistas qualitativas realizadas com agências de turismo receptivo de Belo Horizonte A fim de complementar os dados da pesquisa de demanda realizada diretamente junto aos turistas, promoveram-se entrevistas qualitativas com gestores de duas agências de receptivo de Belo Horizonte, para captar suas percepções sobre alguns aspectos qualitativos do mercado turístico que comercializa o receptivo do município e de seus clientes. Em particular, priorizaram-se: imagem do destino, roteiros turísticos e pontos que mais agradam e desagradam o turista, dificuldades e sugestões relativas à comercialização de Belo Horizonte como produto turístico. − − 282 A seleção dos entrevistados foi intencional. Dentre as 19 agências que operam o receptivo de Belo Horizonte levantadas no Cadastur e no programa da Secretaria de Estado do Turismo de Minas Gerais ―BH espera por você‖, foram selecionadas duas das mais importantes e que se colocaram disponíveis para a entrevista: a Master Turismo e a Pampulha Turismo. Criada em 1987, a Master Turismo foi considerada pela revista Exame PME a sexta maior agência do País. Possui mais de 250 profissionais, distribuídos em dez cidades, nas suas quinze unidades de negócios. O Grupo Master é formado por: Master Turismo, agência de viagens de lazer; Master Corporativo, de viagens corporativas; Master Eventos, de viagens de incentivo e para eventos específicos; Master Receptivo, captação e recepção de turistas estrangeiros e business para Minas Gerais;, Master Exchange, de cursos especializados e intercâmbios no exterior; e Master Operadora, operadora turística nacional e internacional. A Pampulha Turismo é uma das mais tradicionais do setor, recebendo os turistas que vêm a negócios, lazer ou outros motivos a Belo Horizonte, cidades históricas e outros destinos mineiros desde 1958, data da sua fundação. Oferece seus serviços de forma personalizada e corporativa, atendendo com frota própria. As entrevistas com as duas agências foram realizadas com base em questionários do tipo qualitativo, com perguntas abertas, em 2 de setembro de 2010. Análise dos resultados Sobre a imagem de Belo Horizonte em relação a outros destinos competidores, os entrevistados concordam que a cidade não é vista como um destino de turismo de lazer. Um afirmou que as pessoas ―enxergam apenas business‖; ou seja, ―é uma capital comercial com movimento só nos dias de semana‖ e que para o turismo de lazer ainda é utilizada como cidade dormitório. O outro completou que Belo Horizonte é só um destino de eventos. Em relação aos roteiros turísticos apresentados pela Belotur em seu Guia Turístico, ambos disseram que os desconhecem. Sobre a demanda por esses roteiros em suas empresas, foram unânimes em afirmar que a maior procura é pelo ―city tour‖, que inclui uma visita à Pampulha, à praça do Papa e à praça da Liberdade. Um afirmou que ao turista que fica em Belo Horizonte o dia todo oferece um passeio ao Mercado Central e outro com opções de compras. O outro afirmou que, se solicitado pelo cliente, oferece uma visita a um museu, que, geralmente, é o Museu Histórico Abílio Barreto. O que mais atrai e agrada o turista em Belo Horizonte, conforme um entrevistado, é a ―hospitalidade das pessoas e o astral da cidade‖, além de apreciarem a culinária e a hotelaria. Para o outro entrevistado, é a ―noite de Belo Horizonte, com seus bares e restaurantes‖ e a vida agitada. Quanto ao que mais desagrada, um entrevistado afirmou que recebe poucas reclamações e que, geralmente, os turistas ficam satisfeitos. O outro disse que é a falta de atrativos diurnos. Justificou que são poucos os atrativos visitados no ―city tour‖ e que eles acabam conhecendo muito pouco da cidade. Sobre as principais dificuldades encontradas para vender melhor o produto BH e atender melhor seu cliente, um entrevistados declarou que ―Belo Horizonte e Minas Gerais são destinos caros, com hotelaria muito onerosa, tanto para os brasileiros quanto para os estrangeiros‖. Reforçou que quando o cliente compara o valor da viagem para Belo Horizonte e Minas Gerais com outros destinos do Brasil, ―o mesmo período fica duas ou até três vezes mais caro‖. O segundo entrevistado respondeu que, apesar de a imagem de Belo Horizonte não ser favorável, tenta incluir o ―city tour‖ em todos os pacotes que comercializa. Disse que ―os turistas não querem conhecer Belo Horizonte, querem ir direto às cidades históricas‖, que Belo Horizonte é conhecida como uma cidade só de eventos. − − 283 Quanto ao motivo que levaria ou leva uma agência a comercializar Belo Horizonte, um entrevistado disse que sempre oferece o ―city tour‖ de Belo Horizonte, mas que ―a imagem não é favorável e não desperta interesse no turista‖. Para ele é necessário divulgar mais e oferecer ―mais apelo para que o turista queira conhecer Belo Horizonte‖. Na opinião do outro entrevistado, ―não há conhecimento sobre a variada oferta que existe em Belo Horizonte‖. As entrevistas realizadas com as agências de turismo receptivo revelam que a imagem da cidade está sempre associada ao turismo de negócios e eventos. Apesar da menção à oferta de entretenimento da cidade e ao esforço da Belotur de reforçar a imagem de Belo Horizonte também na sua dimensão de destino de turismo cultural, a incorporação mais evidenciada da imagem de turismo de eventos e negócios pelos dois agentes emissivos reflete o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, desde sua criação, em 1997, juntamente com o ―trade‖ turístico e os órgãos oficiais de turismo, no âmbito tanto municipal quanto estadual. − − 284 2.2.2. Análise da demanda turística potencial de Belo Horizonte 2.2.2.1. Metodologia O PDITS, conforme indicado em seu Termo de Referência, deve priorizar a análise e os investimentos naqueles produtos e mercados que tenham maior impacto no turismo que se deseja desenvolver, o qual, no caso de Belo Horizonte, está associado principalmente aos turistas de negócios - que podem ser subdivididos em turistas de eventos/congressos e turistas de compras e outros negócios - e aos turistas culturais, que apresentam padrão mais alto de gastos turísticos. Conforme revelado pela pesquisa de demanda turística efetiva de Belo Horizonte, o meio de transporte mais utilizado para viagens à Capital mineira é o avião, por 46,7% dos entrevistados, incluindo os turistas de negócios, lazer e cultura. A pesquisa que visa definir o perfil do turista potencial teve seu foco de trabalho nos portões de saída de transporte aéreo e abrangeu somente turistas que não estavam em viagem para Belo Horizonte, mas que podiam ou não já ter visitado o município anteriormente. Considerando São Paulo o principal pólo emissor, tem-se em seus dois principais aeroportos, Congonhas e Guarulhos, os locais de maior fluxo de turistas para Belo Horizonte. Os dados da Infraero para 2009 apontam o aeroporto de Guarulhos como o de maior fluxo de passageiros no Brasil. O número de passageiros em vôos domésticos totalizou 13.268.129, sendo superado apenas pelo aeroporto de Congonhas, com 13.699.657. Entretanto, ao se considerar os vôos internacionais, o aeroporto de Guarulhos lidera, com um total de passageiros de 21.727.649. Devido a restrições de ordem institucional, não foi autorizada a pesquisa no aeroporto de Guarulhos. Assim, a pesquisa restringiu-se ao aeroporto de Congonhas, tendo a Infraero autorizado o trabalho de dois pesquisadores, por um período de até sete dias. Iniciou-se na tarde de 13/07/2010 e encerrou-se na manhã de 20/07/2010, captando as informações dos viajantes que estavam embarcando para qualquer destino que não fosse Belo Horizonte ao longo de todos os dias da semana. A técnica de amostragem utilizada foi a aleatória simples, em que o cálculo se deu por meio de alguns parâmetros conhecidos. Os dados da Infraero de fluxo de passageiros no aeroporto de Congonhas em 2009 apresentam uma média mensal de 1.141.638 passageiros, considerando embarque, desembarque e conexões. Isso equivale a uma média diária de 38.055 passageiros. Se considerarmos uma proporção de 30% de desembarque - ou seja, que se destinam à cidade de São Paulo -, obtém-se um valor médio diário de 26.639 para as outras duas categorias. Considerando-se os sete dias em que foram aplicados, obtém-se o universo de 186.473 turistas. A amostra pode ser definida com base na seguinte fórmula: Em que: e: = primeira aproximação da amostra; − − 285 = erro amostral tolerável; N = tamanho da população; N = tamanho da amostra. Aplicando-se os valores determinados com erro amostral de 5%, tem-se: 1 n0 = ________ = 400 2 0,05 186.473 x 400 n= ___________________ = 399 186.473 + 400 No período, foi possível aplicar uma média de 52 questionários por dia, totalizando 371 questionários, o que equivale a um erro de padrão de 5,1%, valor dentro dos critérios estatísticos aceitáveis. A pesquisa abrangeu uma série de variáveis solicitadas para o PDITS. Os questionários para a pesquisa de caráter quantitativo foram estruturados de forma a se caracterizar o turista e definir seu perfil de renda, gastos, hábitos, motivações e indução. A abordagem dos entrevistados ocorreu, geralmente, entre as nove horas da manhã e as cinco horas da tarde, de forma sistemática, buscando-se seguir o princípio da aleatoriedade. Os locais de abordagem dos potenciais entrevistados foram o salão principal do aeroporto de Congonhas e o salão que antecede a entrada dos passageiros na área restrita de embarque. As pessoas abordadas pela equipe eram aquelas que se encontravam sentadas em bancos selecionados, que possuíam mais de 18 anos de idade e que estavam esperando pelo momento de embarque com destino diferente da cidade de Belo Horizonte. Paralelamente à pesquisa quantitativa, procedeu-se a uma pesquisa de caráter qualitativo com os principais operadores e agentes emissivos de São Paulo, indicados pela ABAV-SP. A pesquisa qualitativa com operadores e agências representativas abrangeu tanto as que comercializavam quanto aquelas que não comercializavam Belo Horizonte como produto turístico, objetivando conhecer melhor a percepção de seus gestores sobre este mercado e de seus clientes. Na pesquisa qualitativa, foram realizadas cinco entrevistas em agências e cinco em operadoras de turismo indicadas entre as maiores e mais antigas empresas do ramo pela ABAV/SP e que se disponibilizaram para a realização da entrevista. Realizou-se ainda uma entrevista com a gestora do Espaço Minas Gerais, gerido pelo governo do estado de Minas Gerais, mais conhecida como ―Casa de Minas‖. Este Espaço tem como uma de suas funções promover o turismo e a cultura de Minas Gerais em São Paulo. O objetivo da entrevista foi conhecer sua percepção sobre a imagem que os freqüentadores têm do destino Belo Horizonte e como a Casa de Minas vê o destino BH. Nas entrevistas com os gestores das agências e operadoras, foram aplicados questionários semi-estruturados, contendo perguntas abertas e fechadas. Na Casa de Minas, foi realizada entrevista com perguntas abertas. Para a confecção deste relatório, os dados quantitativos levantados foram digitados e tabulados com uso do SPSS. As freqüências simples e as relativas foram calculadas para todas as variáveis, bem como para os cruzamentos solicitados no Termo de Referência do PDITS e outros que se mostraram significativos do ponto de vista da análise estatística e mercadológica. − − 286 Posteriormente, os dados oriundos dos questionários e entrevistas foram devidamente sistematizados e analisados de uma perspectiva tanto quantitativa quanto qualitativa, por meio de estatística descritiva. Tendo em vista seu escopo de demanda turística potencial, esta pesquisa pode ser caracterizada com o principal levantamento desta natureza disponível para Belo Horizonte. Não obstante, reconhecem-se suas limitações, associadas ao fato de ser pontual, limitada a um período específico de coleta de dados e que reflete a dinâmica dos voos e conexões aéreas então existentes naquele terminal aeroportuário. 2.2.2.2. Perfil socioeconômico dos turistas potenciais entrevistados A pesquisa com turistas potenciais no aeroporto de Congonhas abrangendo tanto os que já visitaram quanto os que ainda visitarão Belo Horizonte, conseguiu captar bem o tipo de perfil socioeconômico do turista que interessa a Belo Horizonte e que é muito similar ao encontrado na pesquisa de demanda efetiva apresentada neste volume. Com exceção da variável gênero, há muitas semelhanças entre o perfil socioeconômico dos turistas nessas duas pesquisas no que tange a faixa etária, nível de escolaridade e renda. Em termos do gênero, há uma ligeira predominância de homens na amostra de turistas efetivos analisada, ao passo que os turistas entrevistados no Aeroporto de Congonhas estão praticamente representados em partes iguais: 50,9% do sexo masculino e 49,1 % do feminino. A tabela 2.229 mostra que os turistas entrevistados em Congonhas situam-se, em sua maioria, na faixa etária de 24 a 29 anos, com 18,1% das respostas, seguindo-se: a de 30 a 35 anos, com 17,0; de 36 a 41 anos, com 12,9%; e de 42 a 47 anos, com 12,4%. No conjunto, a faixa etária de 24 a 47 anos corresponde a 60,4% dos entrevistados. Foram entrevistados os turistas acima de 18 anos. − − 287 Tabela 2.229 Faixa etária dos turistas potenciais para Belo Horizonte - 2010 Faixa etária (anos) De 18 a 20 De 21 a 23 De 24 a 29 De 30 a 35 De 36 a 41 De 42 a 47 De 48 a 53 De 54 a 59 De 60 a 65 66 ou mais Não respondeu Total Abs. 17 36 67 63 48 46 35 27 19 12 1 371 % 4.6 9.7 18.1 17.0 12.9 12.4 9.4 7.3 5.1 3.2 0.3 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O nível de escolaridade dos turistas revela-se alto para os padrões nacionais. A tabela 2.230 mostra que 61,7% têm ensino superior completo ou pós-graduação completa. Tabela 2.230 Nível de escolaridade dos turistas potenciais para Belo Horizonte - 2010 Escolaridade Ensino fundamental completo Ensino médio completo Ensino superior completo Pós-graduação completa Não respondeu Total Abs. 21 119 154 75 2 371 % 5,7 32,1 41,5 20,2 0,5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.231 mostra que a renda bruta individual mensal concentra-se na faixa de R$1.000,00 até R$3.000,00, correspondendo a 32,3% dos entrevistados, que 45,8% apresentam renda individual mensal acima de R$3.000,00 e que 19,9% tem renda acima de R$6.000,00 mensais. Tabela 2.231 Renda bruta individual mensal dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Renda Bruta Individual Até R$1.000,00 Acima de R$1.000,00 até R$3.000,00 Acima de R$3.000,00 até R$6.000,00 Acima de R$6.000,00 Não respondeu Total Abs. 47 120 96 74 34 371 % 12.7 32.3 25.9 19.9 9,2 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A renda bruta familiar mensal (tab. 2.232) reflete o fato de os diversos membros da família juntos poderem até dobrar a capacidade de gastos do grupo familiar em suas viagens. Neste caso, 55,3% têm renda familiar acima de R$5.000,00 e 22,4% acima de R$10.000,00. Apenas 5,4% têm renda familiar abaixo de R$2.000,00. − − 288 Tabela 2.232 Renda bruta familiar mensal dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Renda Bruta Familiar Até R$2.000,00 Acima de R$2.000,00 até R$5.000,00 Acima de R$5.000,00 até R$8.000,00 Acima de R$8.000,00 até R$10.000,00 Acima de R$10.000,00 Não respondeu Total Abs. 20 110 86 36 83 36 371 % 5.4 29.6 23.2 9.7 22.4 9,7 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.233 mostra que quase a totalidade dos turistas entrevistados tem residência permanente no Brasil. Apenas 0,9% declararam que são estrangeiros. Embora esta parcela de estrangeiros seja muito pequena, não se pode concluir apenas com base neste resultado que a demanda potencial de turistas estrangeiros pelo destino Belo Horizonte seja insignificante. Isso porque está sendo enfocado apenas o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, como centro emissor de turistas. Dessa forma, esse número baixo reflete as particularidades do fluxo de turistas no embarque e em conexões neste aeroporto no período de pesquisa. Caso a realização da pesquisa tivesse sido autorizada também no aeroporto Internacional de Guarulhos, por exemplo, certamente haveria um número maior de estrangeiros na amostra analisada. Tabela 2.233 País de residência permanente dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Países Brasil Itália México Paraguai Não respondeu Total Abs. 366 1 1 1 2 371 % 98,7 0,3 0,3 0,3 0,5 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 De forma similar ao resultado encontrado na pesquisa de demanda efetiva, a análise da amostra de turistas potenciais revela que o estado de São Paulo se destaca como local de residência permanente 37,2% (a maioria) dos entrevistados, seguindo-se Goiás, Rio Grande de Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro, sendo que as diferenças entre eles são menores de 1%. No conjunto, os estados da região Sudeste, que é potencialmente a maior fonte emissora de turistas para Belo Horizonte, representam 50,5% das respostas. − − 289 Tabela 2.234 Local de residência permanente dos turistas brasileiros potenciais para Belo Horizonte (MG) entrevistados – julho de 2010 Local de residência permanente São Paulo Goiás Rio Grande do Sul Santa Catarina Rio de Janeiro Minas Gerais Distrito Federal Paraná Mato Grosso Espírito Santo Bahia Outros * Não respondeu Não se aplica Total Abs. 138 26 23 22 20 18 18 16 13 11 11 50 2 3 371 Sobre total da amostra 37,2 7,0 6,2 5,9 5,4 4,9 4,9 4,3 3,5 3,0 3,0 13,5 0,5 0,8 100.0 % Sobre total de turistas brasileiros 37,5 7,1 6,2 6,0 5,4 4,9 4,9 4,3 3,5 3,0 3,0 13,6 0,5 100,0 *Outros estados de residência: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe, Tocantins. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Como o principal componente da demanda turística potencial de Belo Horizonte, conforme a amostra objeto de análise, provém de São Paulo, é interessante descrever sua composição específica por sexo, faixa etária, escolaridade e faixa de renda individual e familiar. A tabela 2.235 revela uma pequena superioridade de turistas do sexo feminino (52%) nos casos dos entrevistados com residência permanente em São Paulo, em discordância com o observado para o total da amostra de turistas potenciais analisada. Tabela 2.235 Gênero dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010 Gênero Masculino Feminino Total Abs. % 66 72 138 47,8 52,2 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A faixa etária predominante dos 138 turistas potenciais paulistas captados na amostra é a de 24 a 29 anos, com uma participação de 20,3% dos entrevistados de residência permanente em São Paulo, seguindo-se: a de 30 a 35 anos, com 14,5%; e a de 36 a 41 anos, com 13,0%. Considerando-se a faixa etária mais ampla de 30 a 53 anos, incluem-se 47,7% dos turistas potenciais de São Paulo (tab. 2.236). − − 290 Tabela 2.236 Faixa etária dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010 Faixa Etária (em anos) De 18 a 20 De 21 a 23 De 24 a 29 De 30 a 35 De 36 a 41 De 42 a 47 De 48 a 53 De 54 a 59 De 60 a 65 66 ou mais Total Abs. % 5 14 28 20 18 14 14 10 12 3 138 3,6 10,1 20,3 14,5 13,0 10,1 10,1 7,2 8,7 2,2 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O nível de escolaridade analisado dos turistas potenciais paulistas também é alto, com 43,5% apresentando nível superior completo e 20,3% pós-graduação completa. No conjunto, 63,8% apresentam nível superior ou acima completo e 36,2% apresentam nível médio ou fundamental completos (tab. 2.237). Tabela 2.237 Nível de escolaridade dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010 Nível de escolaridade Ensino fundamental completo Ensino médio completo Ensino superior completo Pós-graduação completa Total Abs. 8 42 60 28 138 % 5,8 30,4 43,5 20,3 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A renda bruta individual mensal dos turistas paulistas concentra-se na faixa de R$1.000,00 até R$3.000,00, correspondendo a 34,1% dos entrevistados. A faixa de R$3.000,00 a R$6.000,00 vem a seguir, com 26,1%. Na faixa de renda mais alta, acima de R$6.000,00 mensais, situam-se 18,1% dos turistas que têm residência permanente em São Paulo (tab.2.238). Tabela 2.238 Faixa de renda bruta individual mensal dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010 Faixas de renda Até R$1.000,00 Acima de R$1.000,00 até R$3.000,00 Acima de R$3.000,00 até R$6.000,00 Acima de R$6.000,00 Não respondeu/Não sabe Total Abs. 17 47 36 25 13 138 % 12,3 34,1 26,1 18,1 9,4 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.239 revela que 50,7% dos turistas têm renda bruta familiar mensal acima de R$5.000,00. Abaixo deste valor apresentam-se 38,4% dos entrevistados. Com renda bruta familiar acima de R$10.000,00 mensais encontram-se 22,5% dos turistas paulistas. − − 291 Tabela 2.239 Faixa de renda bruta familiar mensal dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010 Faixas de renda Até R$2.000,00 Acima de R$2.000,00 até R$5.000,00 Acima de R$5.000,00 até R$8.000,00 Acima de R$8.000,00 até R$10.000,00 Acima de R$10.000,00 Não respondeu Total Abs. 6 47 26 13 31 15 138 % 4,3 34,1 18,8 9,4 22,5 10,9 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 2.2.2.3. Hábitos de viagem dos turistas O gráfico 2.68 apresenta a distribuição percentual das 864 respostas formuladas pelos 371 entrevistados sobre o tipo de turismo que preferem em suas viagens a lazer, em que puderam marcar até três opções, inclusive indicando outros tipos não colocados como opção de resposta inicialmente. O turismo de ―sol e praia‖ é o preferido, sendo citado por 70,6%. Seguem-se: o ―históricocultural‖, com 42,0%, que é mais afim ao perfil da oferta turística de Belo Horizonte, e os ―atrativos naturais/ecoturismo‖ com 37,2%, que têm um potencial muito elevado no entorno de Belo Horizonte, podendo a cidade ser usada como base. Estes dados podem justificar ações de divulgação mais agressivas para esse público potencial. Outros tipos de turismo com frequência mais baixa de preferências, mas que também podem ser atraídos para a Capital, tendo em vista seu perfil de oferta e de seu entorno, foram: ―eventos‖, citado por 19,1%; ―turismo de montanha‖, com 15,6%; ―rural‖, com 12,7%; ―esportes‖, com 12,4%; e ―aventura‖ com 9,2%. Os demais tipos foram citados por 8,2% dos entrevistados no total. Gráfico 2.68 Tipos de turismo em viagens a lazer preferidos pelos turistas potenciais para Belo Horizonte - 2010 *Frequência de respostas por tipo de turismo, dadas por 371 entrevistados. Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 292 Para se compreender melhor o perfil dos 156 turistas associados à motivação ―históricocultural‖ e dos 71 turistas motivados por ―eventos‖, que são mais afins ao público-alvo do turista pretendido para Belo Horizonte, podem-se cruzar essas motivações com as características mais salientes do perfil socioeconômico dos turistas, em termos de sexo, idade, escolaridade e renda. Os turistas com motivação histórico-cultural apresentam superioridade mais expressiva no número de pessoas do sexo feminino, com 59% dos casos da amostra analisada. No turismo de eventos, a proporção é praticamente equivalente, com ligeira predominância de mulheres (tab. 2.240). Tabela 2.240 Distribuição do gênero, por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Gênero Masculino Feminino Total Turismo Histórico-Cultural Abs. % 64 41,0 92 59,0 156 100,0 Turismo de Eventos Abs. % 35 49,3 36 50,7 71 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Tanto no turismo histórico-cultural quanto no de eventos predomina a faixa etária de 24 a 29 anos. O turismo de eventos atrai mais as faixas etárias dos mais jovens em comparação com o turismo histórico-cultural. Considerando a faixa etária de 18 a 29 anos, o turismo histórico-cultural abrange 37,0% dos entrevistados, enquanto o turismo de eventos abrange 47,7%. Na faixa etária de 30 a 53 anos, incluem-se 48,4% dos turistas com motivação histórico-cultural e 35,0% dos turistas de eventos (tab. 2.2241). Tabela 2.241 Distribuição da faixa etária por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Faixa etária (em anos) De 18 a 20 De 21 a 23 De 24 a 29 De 30 a 35 De 36 a 41 De 42 a 47 De 48 a 53 De 54 a 59 De 60 a 65 66 ou mais Não respondeu Total Turismo histórico-cultural Abs. % 9 5,7 20 12,8 29 18,5 24 15,3 21 13,4 17 10,8 14 8,9 11 7,0 5 3,2 5 3,2 1 0,6 156 100.0 Turismo de eventos Abs. % 9 12,6 9 12,6 16 22,5 9 12,6 6 8,4 4 5,6 6 8,4 7 9,8 1 1,4 3 4,2 1 1,4 71 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O nível de escolaridade dos turistas com motivação histórico-cultural proporcionalmente, revelou-se mais alto do que o do turista de eventos. O percentual de turistas com nível superior ou pós-graduação completos foi de 70,5% no primeiro caso e de 56,3% no segundo. Considerando os ensinos fundamental e médio, o turismo histórico-cultural apresentou percentagem acumulada de 29,5% enquanto que no de eventos este valor foi de 43,6% (tab. 2.242). − − 293 Tabela 2.242 Nível de escolaridade por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte (MG) entrevistados – julho de 2010 Nível de Escolaridade Ensino fundamental completo Ensino médio completo Ensino superior completo Pós-graduação completa Total Turismo histórico-cultural Abs. % 5 3,2 41 26,3 69 44,2 41 26,3 156 100,0 Turismo de eventos Abs. % 4 5,6 27 38,0 27 38,0 13 18,3 71 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A renda bruta individual mensal concentra-se na faixa de R$1.000,00 até R$3.000,00, correspondendo a 34,6% dos turistas histórico-culturais e 35,2% dos turistas de eventos. O resultado revela que 44,8% dos turistas histórico-culturais apresentam renda individual mensal acima de R$3.000,00 e 50,6% dos turistas de eventos. A faixa de renda mais alta, acima de R$6.000,00 mensais, revela superioridade dos turistas de eventos, compreendendo 19,8% e 28,1% dos turistas histórico-culturais e de eventos, respectivamente (tab. 2.243). Tabela 2.243 Faixa de renda bruta individual mensal, por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Faixa de Renda Bruta Até R$1.000,00 Acima de R$1.000,00 até R$3.000,00 Acima de R$3.000,00 até R$6.000,00 Acima de R$6.000,00 Não respondeu Total Turismo HistóricoCultural Frequência % 16 10,2 54 34,6 39 25,0 31 19,8 16 10,2 156 100,0 Turismo de Eventos Frequência 9 25 16 20 1 71 % 12,6 35,2 22,5 28,1 1,4 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto à renda bruta familiar mensal, 54,4% dos turistas histórico-culturais e 71,6% dos turistas de eventos ganham acima de R$5.000,00. Isso confirma o maior poder aquisitivo dos turistas de eventos. Acima de R$10.000,00 revelaram-se 25,6% dos turistas históricoculturais e 29,5% dos de eventos (tab. 2.244). Tabela 2.244 Faixa de renda bruta familiar mensal, por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Faixa de rendab bruta Até R$2.000,00 Acima de R$2.000,00 até R$5.000,00 Acima de R$5.000,00 até R$8.000,00 Acima de R$8.000,00 até R$10.000,00 Acima de R$10.000,00 Não respondeu Total Turismo históricocultural Abs. % 7 4,4 46 29,4 32 20,5 13 8,3 40 25,6 18 11,5 156 100,0 Turismo de eventos Abs. 2 15 19 11 21 3 71 % 2,8 21,1 26,7 15,4 29,5 4,2 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Mais de 32% dos turistas histórico-culturais e de eventos entrevistados têm residência permanente em São Paulo, seguido do Distrito Federal. Em relação às outras cidades, há uma dissonância das origens dos turistas histórico-culturais e os de eventos. No primeiro caso, os outros estados mais representativos são: Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e outros com menos de 3,8% de representatividade. No caso do − − 294 turismo de eventos, os estados mais importantes, alem de São Paulo e Distrito Federal são: Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul (tab. 2.245). Tabela 2.245 Estados de residência permanente, por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Estado São Paulo Distrito Federal Paraná Rio de Janeiro Rio Grande do Sul Santa Catarina Goiás Bahia Minas Gerais Espírito Santo Mato Grosso Mato Grosso do Sul Pará Rio Grande do Norte Outros Total Turismo histórico-cultural Abs. % 54 34,6 12 7,7 10 6,4 10 6,4 10 6,4 9 5,8 9 5,8 6 3,8 5 3,2 5 3,2 5 3,2 5 3,2 4 2,6 3 1,9 9 5,8 156 100,0 Turismo de eventos Abs. % 23 32,4 8 11,3 1 1,4 4 5,6 2 2,8 3 4,2 4 5,6 4 5,6 2 2,8 4 5,6 3 4,2 4 5,6 2 2,8 0 0 7 9,9 71 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O meio de transporte mais utilizado pelos 371 turistas é o avião, com 73,9%, seguindo-se o automóvel, com 16,2%, o ônibus com 8,4%, e outros meios de transporte, com apenas 1,5%. A participação de ônibus de excursão é muito baixa, apenas 0,8% (tab. 2.246). Tabela 2.246 Meios de transporte mais utilizados pelos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Meios de transporte Avião Automóvel Ônibus de linha Ônibus de excursão Taxi Outros Total Abs. 274 60 31 3 1 2 371 % 73,9 16,2 8,4 0,8 0,3 0,6 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Viajam mais frequentemente desacompanhados 46,6% dos turistas, enquanto 38,5% viajam com família e 14,8% em grupo. Este resultado indica o potencial do turismo organizado em grupos, ainda pouco explorado em Belo Horizonte (tab. 2.247). Tabela 2.247 Forma de viagem mais usual dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Forma de viagem Sozinho Em grupo Com família Total Abs. 173 55 143 371 % 46.6 14.8 38.5 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 As viagens a negócio são muito frequentes entre os turistas potenciais, embora 35,6% tenham declarado que não realizam sequer uma viagem por ano. Afirmaram que viajam até 15 dias por ano 27,0%; de 16 a 30 dias por ano 13,5%; de 30 a 90 dias por ano, 14,3%; e mais de 90 dias por ano 9,4% (tab. 2.248). − − 295 Tabela 2.248 Média anual de dias de viagens a negócio dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Número de dias por ano de viagem a negócio Nunca viaja 1 a 15 16 a 30 31 a 60 61 a 90 Mais de 90 Não respondeu Total Frequência % 132 100 50 35 18 35 1 371 35.6 27.0 13.5 9.4 4.9 9.4 0.3 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O número médio de dias de viagens a lazer dos turistas é em geral bem superior ao de viagem a negócios, exceto para o extrato ―acima de 90 dias de viagem/ano‖. Concentra-se na faixa de 1 a 15 por ano, para 45,0% dos entrevistados, sendo que apenas 3,2% informaram que nunca viajam a lazer. Afirmaram que viajam de 16 a 30 dias por ano 36,4%. Em conjunto, estes dois grupos representam 81,4% de turistas que viajam de 1 a 30 dias por ano. Trata-se de uma parcela de viajantes habituais bem representativa, que potencialmente pode ser atraída para o destino Belo Horizonte (tab. 2.249). Tabela 2.249 Média anual de dias de viagens a lazer dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Número de dias por ano de viagem a lazer Nunca viaja 1 a 15 16 a 30 31 a 60 61 a 90 Mais de 90 Total Abs. % 12 167 135 36 10 11 371 3.2 45.0 36.4 9.7 2.7 3.0 100.0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Hospedam preferencialmente em hotéis 69,0% dos turistas. Este resultado é superior ao encontrado na pesquisa de demanda efetiva (39,2%), indicando um público maior potencialmente maior em termos de gastos turísticos na rede hoteleira. Na segunda preferência, com 22,6% das respostas, aparece a casa de parentes ou amigos. Os outros 8,4 % utilizam meios de hospedagem diversos (tab. 2.250). Tabela 2.250 Meios de hospedagem mais utilizados pelos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Meios de hospedagem Hotel Apart-hotel Imóvel próprio ou alugado Pousada Casa de parentes ou amigos Motel, hospedaria, alojamento ou pensão Albergue Outros Não respondeu Total Abs. 256 9 7 4 84 5 3 1 2 371 % 69,0 2,4 1,9 1,1 22,6 1,3 0,8 0,3 0,5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quando se cruzam os dados sobre os meios de hospedagem considerando as motivações de viagem para turismo histórico-cultural e de eventos e o principal estado de residência − − 296 permanente de turistas entrevistados (São Paulo), várias observações de interesse podem ser feitas, a partir da leitura das tabelas 2.251 e 2.252. Em ambos os tipos de turismo, os meios de hospedagem predominantes são: hotel, para 70,4% da preferência dos turistas de eventos e 68,5% dos turistas histórico-culturais; e casa de parentes e amigos, para 26,8% dos turistas de eventos e 22,4% dos turistas históricoculturais. Os outros meios de hospedagem são utilizados por menos de 3,5% dos turistas desses dois segmentos. Tabela 2.251 Meios de hospedagem mais utilizados por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte (MG) entrevistados –julho de 2010 Hospedagem Hotel Apart-hotel Imóvel próprio ou alugado Pousada Casa de parentes ou amigos Motel, hospedaria, alojamento ou pensão Albergue Não respondeu Total Turismo histórico-cultural Abs. % 107 68,5 5 3,2 3 1,9 1 0,6 35 22,4 2 1,2 2 1,2 1 0,6 156 100,0 Turismo de eventos Abs. % 50 70,4 1 1,4 0 0 0 0 19 26,8 1 1,4 0 0 0 0 71 100 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Para 63,0% dos 138 turistas potenciais paulistas o meio de hospedagem é o hotel, seguindo-se a casa de parentes ou amigos com 31,2%. Os outros meios de hospedagem são utilizados por menos de 2% dos turistas paulistas (tab. 2.2.65). Tabela 2.252 Meios de hospedagem dos turistas potenciais para Belo Horizonte com residência permanente em São Paulo – 2010 Hospedagem Hotel Apart-hotel Imóvel próprio ou alugado Pousada Casa de parentes ou amigos Albergue Não respondeu Total Abs. 87 1 2 2 43 2 1 138 % 63,0 0,7 1,4 1,4 31,2 1,4 0,7 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 2.2.2.4. Percepções dos turistas potenciais sobre Belo Horizonte Turistas que já visitaram Belo Horizonte Afirmaram que já visitaram Belo Horizonte 148 (39,9%) dos 371 turistas entrevistados. Destes, 70,9% de 1 a 5 vezes, 5,4% de 6 a 10 vezes e 20,9% acima de 15 vezes. As tabelas 2.253 e 2.254 apresentam os cruzamentos das variáveis relacionadas ao número de turistas potenciais que já visitaram Belo Horizonte e ao número de visitas realizadas, segundo os principais tipos de motivação turística e o estado de residência permanente, conforme identificados na pesquisa de acordo com o contexto de Belo Horizonte. − − 297 Tabela 2.253 Número de turistas que já visitaram Belo Horizonte, por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010 Visita anterior a Belo Horizonte Sim Não Total Turismo Histórico-Cultural Abs. % 63 40,4 93 59,6 156 100,0 Turismo de Eventos Abs. % 26 36,6 45 63,4 71 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Dos turistas que já estiveram em Belo Horizonte a lazer, 63 têm como motivação principal o turismo histórico-cultural e 26 o turismo de eventos (tab. 2.253). Os turistas com essas duas motivações, em torno de 77%, já vieram de 1 a 5 vezes. Chamam a atenção a baixa frequência quando se considera o intervalo de 6 a 15 vezes e o aumento da frequência de turistas que já estiveram em Belo Horizonte acima de 15 vezes para ambos os tipos de turismo, mas principalmente para o turismo histórico-cultural. Este resultado sugere certo potencial de fidelização às atividades culturais e de eventos em Belo Horizonte (tab.2.254). Tabela 2.254 Número de vezes que esteve em Belo Horizonte, por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte - 2010 Número de vezes De 1 a 5 vezes De 6 a 10 vezes De 11 a 15 vezes Acima de 15 vezes Não respondeu Total Turismo histórico-cultural Abs. % 49 77,7 1 1,6 0 0 12 19,0 1 1,6 63 100,0 Turismo de eventos Abs. % 20 76.9 2 7.7 1 3.8 3 11.5 0 0 26 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 No que tange aos turistas de São Paulo, que é o principal estado de residência permanente dos turistas potenciais entrevistados, 60,1% nunca estiveram em Belo Horizonte. Este resultado sugere o potencial que a divulgação dos atrativos de Belo Horizonte ainda tem pela frente para fomentar a vinda de novos turistas (tab. 2.255). Tabela 2.255 Número de turistas potenciais com residência permanente em São Paulo que já visitaram Belo Horizonte– julho de 2010 Visita anterior a Belo Horizonte Sim Não Total Frequência 55 83 138 % 39,9 60,1 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 De forma similar à análise por motivações, entre os turistas entrevistados com residência em São Paulo que já estiveram em Belo Horizonte, 72,7% já vieram de 1 a 5 vezes. O que chama a atenção é a baixa frequência quando se considera o intervalo de 6 a 15 vezes, apenas 7,3%, e o seu aumento considerável acima de 15 vezes, atingindo 20% dos entrevistados, o que também sugere potencial de fidelização (tab. 2.256). − − 298 Tabela 2.256 Número de vezes que os turistas potenciais com residência permanente em São Paulo estiveram em Belo Horizonte– 2010 Número de Vezes De 1 a 5 vezes De 6 a 10 vezes De 11 a 15 vezes Acima de 15 vezes Total Frequência 40 3 1 11 55 % 72,7 5,5 1,8 20,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Ainda considerando o total de 148 turistas que já visitaram Belo Horizonte, 22,3% estiveram na cidade pela última vez em 2010, 42,6% entre 2005 e 2009 e 20,3 % antes de 2000. Este resultado revela um fluxo expressivo de turistas que viajam a Belo Horizonte com frequência nos últimos anos (tab. 2.257). Tabela 2.257 Período da última visita a Belo Horizonte pelos turistas potenciais, em percentagem – 2010 Período da Última Visita a Belo Horizonte Em 2010 De 2005 a 2009 De 2000 a 2004 Antes de 2000 Não respondeu Total Percentagem 22,3 42,6 14,2 20,3 0,7 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O principal motivo informado relativo à última viagem realizada a Belo Horizonte foi ―negócios‖, com 34,5% das respostas do total dos 148 entrevistados que já visitaram a cidade anteriormente. Somando-se este percentual, com o daqueles que responderam ―eventos‖ (9,5%) e compras (0,7%), resulta que o chamado ―turismo de negócios‖ representou a motivação principal da última viagem a Belo Horizonte para 44,7% do total de entrevistados. Segue em ordem de preferência o turismo de lazer, com 19,6% das respostas, e a visita a parentes ou amigos, com 17,6%. As outras motivações citadas equivalem no conjunto a 18,1%. Apenas 3,4% afirmaram ter visitado algum município ou atrativo no entorno de Belo Horizonte. Com relação à opção ―outros motivos‖ como principal motivação da última viagem a Belo Horizonte, destaca-se a visita às cidades históricas Tab. 2.258). Tabela 2.258 Motivação principal da última viagem a Belo Horizonte pelos turistas potenciais, em percentagem – 2010. Motivação Visitar parentes ou amigos Estudos / intercâmbios / pesquisas Ir a eventos / congresso / convenções Fazer compras Negócios Tratamento de saúde Participar de competições esportivas Religião / peregrinação Viagem a lazer Visitar atrativo ou município do entorno Outros motivos Não respondeu Total Percentagem 17,6 4,7 9,5 0,7 34,5 2,7 2,0 0,7 19,6 3,4 3,4 1,4 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 299 Na avaliação da última viagem realizada a Belo Horizonte 61,5% dos 148 entrevistados que se enquadram neste caso afirmaram que a viagem atendeu plenamente a suas expectativas, e 18,9% que superou suas expectativas. Para 15,5% dos turistas, as expectativas foram atendidas em parte e 3,4% ficaram decepcionados. No conjunto pode-se considerar que a avaliação foi satisfatória para 80,4% dos visitantes (tab. 2.259). Tabela 2.259 Avaliação da última viagem a Belo Horizonte pelos turistas potenciais, em percentagem – 2010 Avaliação Superou Atendeu plenamente Atendeu em parte Decepcionou Não respondeu Total Percentagem 18,9 61,5 15,5 3,4 0,7 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A maioria dos entrevistados avaliou como ―bom‖ e, em menor escala, como ―excelente‖, os atrativos, serviços e outros aspectos turísticos em Belo Horizonte em sua última viagem à Capital mineira. Considerando simultaneamente os graus de satisfação ―excelente‖ e ―bom‖, o percentual variou de um mínimo de 28,4% para transporte urbano até 93,3% para a acolhida da população. O item mais bem avaliado com grau de satisfação equivalente a ―bom‖ foi a infraestrutura de alimentação, com 65,5% das opções, seguido pelos atrativos, com 64,2% e preço da alimentação com 60,8%. Como ―excelentes‖ destacaram-se, em ordem de preferência: acolhida da população com 45,3%, qualidade da comida, com 43,9%, e qualidade da hospedagem, com 25,7%. O serviço que obteve a pior avaliação foi transporte urbano, considerado como ―excelente‖ por apenas 2,0% dos turistas e como ―ruim‖ ou ―péssimo‖ por 4,8 % (tab. 2.260). Tabela 2.260 Grau de satisfação com atrativos, equipamentos e serviços turísticos relativos à última viagem a Belo Horizonte – 2010 Atrativos, equipamentos e serviços turísticos Atrativos Limpeza Transporte urbano Segurança pública Informações turisticas Acolhida da população Imagem urbana (edificações) Meio-ambiente-verdes Alimentação - qualidade -infraestrutura - preço Hospedagem - qualidade - infraestrutura - preço Excelente Abs. % Bom Abs. % Grau de Satisfação Regular Ruim Abs. % Abs. % 24 15 16,2 10,1 95 77 64,2 52,0 10 40 3 2,0 39 26,4 9 6,1 72 48,6 12 8,1 73 67 45,3 71 24 16,2 29 Péssimo Abs. % Não Resp. Abs. % Total 6,8 27,0 2 6 1,4 4,1 1 2 0,7 1,4 16 8 10,8 5,4 148 148 13 8,8 6 4,1 1 0,7 86 58,1 148 25 16,9 4 2,7 2 1,4 36 24,3 148 49,3 15 10,1 5 3,4 0 0,0 43 29,1 148 48,0 5 3,4 0 0,0 0 0,0 5 3,4 148 84 56,8 27 18,2 5 3,4 1 0,7 7 4,7 148 19,6 80 54,1 18 12,2 4 2,7 2 1,4 15 10,1 148 65 43,9 73 49,3 5 3,4 1 0,7 0 0,0 4 2,7 148 35 23,6 97 65,5 8 5,4 1 0,7 0 0,0 7 4,7 148 11 7,4 90 60,8 25 16,9 2 1,4 0 0,0 20 13,5 38 25,7 79 53,4 3 2,0 1 0,7 2 1,4 24 16,2 148 33 22,3 79 53,4 8 5,4 0 0,0 4 2,7 24 16,2 148 8 5,4 67 45,3 22 14,9 5 3,4 1 0,7 42 28,4 148 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto aos meios de divulgação que mais influenciaram sua decisão sobre a última viagem à Capital mineira, os 148 entrevistados que já visitaram Belo Horizonte, os quais puderam citar até três opções, afirmaram que a influência dos principais meios de divulgação nessa decisão foi pequena (gráf. 2.69). − − 300 Gráfico 2.69 Percepção do total de entrevistados sobre os meios de divulgação que mais influenciaram sua decisão de visitar Belo Horizonte em sua última viagem ao destino – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Indicaram que nenhum meio de divulgação teve influência 48,6%, remetem à influência de amigos e parentes 39,9%, mencionaram outros meios não relacionados na tabela 18,2%; e citaram a internet 15,5%. A agência de viagem foi o canal de comercialização mais utilizado pelos entrevistados em sua última viagem a Belo Horizonte, com 33,1%, proporção bem mais alta que a verificada na demanda efetiva, indicando que há mercado potencial para este tipo de intermediação. Com a popularização crescente da divulgação de informações por meio virtual, a participação da internet como meio de comercialização e aquisição da viagem tende a aumentar. A internet foi o segundo meio mais utilizado pelos entrevistados em sua última viagem a Belo Horizonte, com 17,6%, enquanto 13,5% fizeram contato direto com transportadora e/ou rede hoteleira. Juntos, essas iniciativas próprias para aquisição de passagem e/ou hospedagem totalizam 31,1% das respostas. É também bastante significativo que 25,7% dos entrevistados informaram que não utilizaram nenhum canal de comercialização (tab 2.261). Tabela 2.261 Canais de comercialização mais utilizados na última viagem realizada a Belo Horizonte pelos turistas potenciais, em percentagem – 2010 Canais de comercialização Internet Agência de viagem Operadora de turismo Contato direto com transportadora e rede hoteleira Outros Nenhum Não respondeu Total Abs. 26 49 7 20 6 38 2 148 % 17,6 33,1 4,7 13,5 4,0 25,7 1,4 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A escolha de Belo Horizonte como destino foi influenciada por diversos fatores cujo grau varia amplamente. Os fatores considerados representam serviços, equipamentos e infraestrutura pública. Inicialmente pode-se afirmar que os fatores que tiveram pouca influência foram: disponibilidade de pacotes de viagem, material promocional e equipamentos de entretenimento. Isso ocorre porque esses elementos, numa escala de grau de influência de − − 301 0 a 10, apresentam simultaneamente alta percentagem de grau zero e baixa percentagem de grau 10 (tab. 2.262). Tabela 2.262 Fatores e seu grau de influência na escolha de Belo Horizonte como destino de viagem na percepção dos entrevistados – 2010 Grau de Influência (%) Fator 0 1 2 3 4 5 6 37,2 0,0 0,0 0,7 1,4 18,2 2,7 Proximidade e acesso 35,8 0,0 2,0 0,7 2,0 11,5 4,1 Atrativos turísticos 43,9 0,0 0,7 0,0 1,4 6,8 1,4 Eventos 38,5 0,0 0,7 1,4 2,0 11,5 0,7 Hospedagem 37,2 0,0 0,7 0,7 2,7 6,8 2,7 Restaurantes e bares 48,6 0,0 1,4 2,0 2,0 6,8 3,4 Equipamentos delazer 54,1 0,7 2,0 1,4 1,4 4,1 2,7 Disp. pacotes/viagem 33,8 0,0 0,7 1,4 0,0 8,1 6,1 Qualidade do serviço 33,1 0,0 0,7 0,7 1,4 14,2 5,4 Preços 0,0 0,7 1,4 0,7 9,5 4,7 Infraest água;luz,esgoto 45,3 39,9 0,0 2,0 2,7 1,4 6,1 2,0 Segurança 39,2 0,0 0,7 0,7 2,7 12,2 6,1 Limpeza pública 53,4 0,0 1,4 1,4 1,4 6,1 5,4 Material promocional 40,5 0,0 0,0 0,0 2,0 6,1 2,0 Atrativos do entorno 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Negócios/trabalho 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Tratamento de saúde 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Estudo 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 Visitar amigo /parente Outros 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,7 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 7 8 9 10 Não Resp. Total 7,4 5,4 6,8 4,1 7,4 6,8 6,8 9,5 11,5 5,4 11,5 8,8 4,7 10,1 0,0 0,0 0,0 0,0 17,6 16,9 14,2 14,2 11,5 11,5 8,1 16,9 12,8 11,5 16,2 14,2 12,8 10,1 17,2 0,0 0,0 0,0 2,7 5,4 6,1 8,1 6,1 2,7 6,1 9,5 8,8 3,4 2,7 2,7 6,1 7,4 0,0 0,0 0,0 0,0 9,5 12,8 16,9 15,5 22,3 10,1 9,5 12,2 8,8 10,1 12,8 9,5 4,1 18,9 82,8 100,0 100,0 100,0 2,7 3,4 2,0 3,4 2,0 4,1 3,4 2,0 2,7 7,4 2,7 3,4 3,4 2,7 0,0 0,0 0,0 0,0 148 148 148 148 148 148 148 148 148 148 148 148 148 148 29 5 3 15 7,4 7,4 0,0 81,5 0,0 27 Restaurantes, hospedagem e eventos apresentam alta proporção de frequências no grau zero. Suas freqüências de grau máximo também não são baixas. Outro aspecto importante refere-se aos elementos relacionados a saúde, estudo e visitas a parentes e amigos. Essas motivações isoladamente são decisivas para a realização da viagem. Ou seja, os outros elementos não são levados em consideração. Em consequência, o resultado mostrado na tabela 2.263 revela a concentração das respostas em torno de 100% com o grau máximo. A realização de negócios também tem alto grau de influência, sendo 82,8 % das respostas situadas no grau máximo de influência e 17,2% no grau 8. Tabela 2.263 Recomendação da viagem a Belo Horizonte na percepção dos entrevistados que já visitaram o destino – 2010 Recomendação de Belo Horizonte Sim Não Não respondeu Total Frequência 137 10 1 148 % 92,6 6,8 0,7 100,00 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os elementos relacionados à infra-estrutura de serviços públicos mostraram-se de pouca influência na decisão de visitar a cidade de Belo Horizonte. Nessa perspectiva, verifica-se que 92,6% dos 148 turistas que estiveram em Belo Horizonte recomendariam a viagem a amigos ou parentes. Essa percentagem é similar à encontrada quando se consideram apenas os turistas paulistas que já estiveram em Belo Horizonte (tab. 2.264). − − 302 Tabela 2.264 Recomendação da viagem a Belo Horizonte pelos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo que já visitaram o destino – 2010 Recomendação de Belo Horizonte Sim Não Não respondeu Total Abs. 51 3 1 55 % 92,7 5,5 1,8 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A percentagem dos turistas que recomendam Belo Horizonte é ainda maior quando se consideram apenas os 63 turistas entrevistados que já visitaram Belo Horizonte, de motivação histórico-cultural (95,2%) e, sobretudo, os 26 turistas de eventos (100%) (tab. 2.265). Tabela 2.265 Recomendação da viagem a Belo Horizonte pelos turistas potenciais que já visitaram o destino, por tipo de motivação turística – 2010 Recomendação Belo Horizonte Sim Não Total de Turismo histórico-cultural Turismo de eventos Frequência % Frequência % 60 3 63 95,2 4,8 100,0 26 0 26 100,0 0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os 137 entrevistados que já visitaram Belo Horizonte deram 139 respostas sobre as principais razões que justificam a recomendação do destino (gráf. 2.70). A principal razão dada foi ―população muito acolhedora‖ por 33,6%, seguida de: ―atrativos‖, por 29,9%, ―restaurantes e bares‖, por 16,8% e ―cidade em geral‖, com 6,6%. Este perfil de respostas se associa, de certo modo, às informações contidas na tabela que mostra o grau de satisfação em relação aos serviços turísticos. Gráfico 2.70 Principais motivos para recomendar o destino Belo Horizonte segundo os turistas potenciais que já conheciam o destino – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quando se filtram apenas os 51 turistas que têm residência permanente em São Paulo, já visitaram Belo Horizonte e recomendariam o destino, o resultado é similar ao apresentado no gráfico 2.2.4. A principal razão alegada para a recomendação é também o acolhimento da população, citado por 33.3% deles, seguido-se os atrativos (29,4%) e bares e − − 303 restaurantes (21,6%). Os outros motivos tiveram cada participação abaixo de 7% (gráf. 2.71). Gráfico 2.71 Principais motivos para recomendar o destino Belo Horizonte segundo os turistas potenciais que já conheciam o destino, com residência permanente em São Paulo – 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quando se filtram apenas os 153 turistas de motivação histórico-cultural que recomendariam o destino Belo Horizonte, a ordem de importância se inverte, conforme apresentado na tabela 2.266 e no gráfico 2.72. Aqueles que recomendariam destacaram mais os atrativos (35,6%) e a população acolhedora (28,8%). Bares e restaurantes foram considerados por 18,6% dos turistas como o terceiro motivo mais importante para recomendar um amigo ou parente. Quanto ao turismo de eventos, a motivação principal para recomendar o destino Belo Horizonte é a população acolhedora, com 32,0%, seguida dos atrativos, com 24,0%, e bares e restaurantes com 16,0%. Tabela 2.266 Principal motivo para recomendar o destino Belo Horizonte pelos turistas potenciais que já conheciam o destino, por tipo de motivação turística– 2010 Principais motivos Gostou dos atrativos População acolhedora Bares e restaurantes Hospedagem Estradas e vias públicas Serviços públicos Outros Total Turismo histórico-cultural Abs. % 21 35,6 17 28,8 11 18,6 1 1,7 1 1,7 1 1,7 7 11,9 153 100,0 Turismo de eventos Abs. % 6 24,0 8 32,0 4 16,0 1 4,0 2 8,0 0 0 4 16,0 71 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 304 Gráfico 2.72 Principal motivo para recomendar o destino Belo Horizonte pelo total de turistas potenciais que já conheciam o destino, por tipo de motivação turística - 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo A Tabela 2.267 indica os motivos citados pelos 10 entrevistados que já conhecem Belo Horizonte para não a recomendar como destino. O principal é a falta de conhecimento da cidade, o que sugere a necessidade de maior divulgação para persuadir este público a desfrutar mais dos atrativos e equipamentos turísticos da Capital mineira. Nenhum outro fator negativo teve destaque nas respostas dos entrevistados. Tabela 2.267 Principais motivos para não recomendar o destino Belo Horizonte pelos turistas potenciais que já conheciam o destino – 2010 Motivos Serviços públicos ruins Não gostou das estradas e vias públicas Faltam informações turísticas Insegurança Não conheceu a cidade propriamente Poucos atrativos Trânsito e sujeira Outros Total de motivos Frequência* 1 1 1 1 3 1 1 1 10 %* 10,0 10,0 10,0 10,0 30,0 10,0 10,0 10,0 100.0 *Total de motivos dados por 10 entrevistados que já conheciam e não recomendariam a cidade Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Dos turistas de motivação histórico-cultural que conhecem Belo Horizonte e não recomendam o destino, 66% também alegam como razão o fato de não terem conhecido a cidade propriamente e 33% apontam o trânsito e a sujeira. Dentre aqueles que têm residência permanente em São Paulo que conhecem Belo Horizonte e não a recomendam, as razões são quatro: não conhecem a cidade, serviços públicos ruins, estradas e vias públicas ruins e outros motivos, cada uma citada por 25%. Nota-se que as respostas dos paulistas refletem o seu maior grau de exigência em relação a esses atributos, provavelmente em função da realidade da Capital paulista nestes quesitos. Turistas que não visitaram Belo Horizonte Quanto ao principal motivo por não terem visitado Belo Horizonte, dentre os 223 turistas potenciais apenas 3,6% alegaram falta de interesse. As principais respostas foram ―possuir outras prioridades de viagem‖ (48,4%), ―falta de oportunidade‖ (19,3%), ―desconhecer os atrativos‖ (13,9%) e ―falta de informações turísticas sobre a região‖ (11,7%). Todas essas − − 305 razões estão, direta e indiretamente, relacionadas à falta de divulgação dos atrativos, o que induz ao interesse e à definição de prioridades na escolha do destino turístico (tab. 2.268). Tabela 2.28 Percepções dos turistas potenciais sobre os motivos para não terem ainda viajado a Belo Horizonte – 2010 Motivo Desconhece os atrativos Faltam informações turísticas sobre a região Possui outras prioridades de viagem Outros motives Falta de oportunidade Falta de interesse Não respondeu Total Abs. 31 26 108 6 43 8 1 223 % 13,9 11,7 48,4 2,7 19,3 3,6 0,4 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quando se considera apenas o total de 93 turistas cuja motivação principal de viagem é histórico-cultural e que ainda não visitaram Belo Horizonte, 47,3% apontaram a existência de outras prioridades de viagem; 18,3%, desconhecimento de atrativos; 16,1, falta de informações turísticas; e 15,1 falta de oportunidade. Quanto aos 45 turistas de eventos que nunca estiveram em Belo Horizonte, 46,7% citaram como principal motivo ―outras prioridades de viagem‖; 20,0% o desconhecimento dos atrativos; e 17,8%, falta de informações (tab 2.269). Tabela 2.269 Motivos percebidos pelos turistas potenciais para nunca ter viajado a Belo Horizonte, por tipo de motivação turística – 2010 Motivo Desconhece os atrativos Faltam informações turísticas da região Falta de oportunidade Falta de interesse Possui outras prioridades de viagem Outro Total Turismo histórico-cultural Abs. % 17 18,3 15 16,1 14 15,1 2 2,2 44 47,3 1 1,1 93 100,0 Turismo de eventos Abs. % 9 20,0 8 17,8 4 8,9 2 4,4 21 46,7 1 2,2 45 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Quanto aos 83 turistas potenciais entrevistados de residência permanente em São Paulo e que nunca estiveram em Belo Horizonte, 44,6% também apontaram como principal a existência de outras prioridades de viagem. Outros motivos importantes citados: falta de oportunidade, com 20,5% das respostas; falta de informação com 15,7%; e desconhecimento dos atrativos com 12,0% (tab. 2.270). Tabela 2.270 Motivos percebidos para os turistas potenciais com residência permanente em São Paulo para nunca terem ido a Belo Horizonte – 2010 Motivo Desconhece os atrativos Faltam informações turísticas da região Falta de oportunidade Falta de interesse Possui outras prioridades de viagem Outro Total Frequência 10 13 17 2 37 4 83 % 12,0 15,7 20,5 2,4 44,6 4,8 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Apesar de o desconhecimento dos atrativos ser menor entre os paulistas do que entre os demais segmentos da amostra, os dados, em seu conjunto, sugerem, mais uma vez, a − − 306 deficiência na divulgação dos atrativos turísticos e outras informações sobre as opções de lazer em Belo Horizonte. Quanto aos fatores que levariam os 223 turistas potenciais que nunca esteviveram em Belo Horizonte a visitar a cidade, de acordo com uma escala de grau de influência de 0 a 10, apurou-se que hospitalidade, gastronomia e atrativos culturais, de modo geral, foram os que mais influenciariam a sua decisão. Os atrativos culturais mais citados estão associados ao desejo de conhecer a história e a cultura da cidade, conhecer as cidades históricas, conhecer a programação cultural e a culinária. São estes também os fatores mais bem avaliados por aqueles que já visitaram Belo Horizonte. Estes fatores desfrutam de boa imagem entre estes turistas potenciais e se mostram como de interesse cuja influência pode ser mais decisiva à medida que receberem uma melhor divulgação. Os eventos e os serviços e equipamentos de lazer apresentaram grau de influência médio. A dispersão dos eventos citados foi muito alta, merecendo algum destaque apenas para shows, de modo geral. Os negócios e os serviços de lazer e entretenimento foram os que menos influenciaram a decisão de visitar Belo Horizonte, de acordo com os entrevistados (tab.2.271). Tabela 2.271 Fatores que levariam a visitar Belo Horizonte e seu grau de influência na percepção dos turistas potenciais – 2010 Grau de influência (%) Fator Atrativos culturais Negócios Eventos Gastronomia Montanha Hospitalidade/pessoas Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento Base para visitar outros municípios Tot. 18,4 8,1 14,8 22,9 14,8 25,1 Não Resp 0,4 0,4 0,4 0,9 0,4 0,9 2,7 9,9 2,2 223 9,0 17,5 0,9 223 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 9,0 56,1 31,4 26,5 28,7 13,5 0,0 0,4 0,0 0,9 0,4 0,0 1,3 2,7 1,3 0,4 2,2 2,2 4,0 3,1 2,7 2,2 1,3 1,3 1,3 1,8 2,2 2,7 2,2 1,8 17,5 10,3 17,5 11,2 12,6 13,5 9,0 2,7 5,4 5,8 6,7 5,4 13,0 3,1 13,5 7,6 11,7 9,0 19,3 8,5 7,6 13,9 14,3 19,3 6,7 2,2 3,1 4,9 4,5 8,1 34,1 0,4 3,1 4,9 1,8 18,4 2,7 9,9 9,9 12,6 0,0 0,4 2,2 1,8 13,5 6,3 14,8 21,1 223 223 223 223 223 223 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Embora Belo Horizonte seja intensamente utilizada como base para visitar as cidades históricas, este aspecto não foi considerado decisivo para receber a visita. Apenas 17,5% dos entrevistados colocaram este elemento no grau máximo, contra 12,6% no grau mínimo. Isso contradiz a percepção das agências emissivas e receptivas analisadas em outras seções deste trabalho de que o interesse por Belo Horizonte é, basicamente, em função de negócios, de eventos e de servir de base para conhecer cidades históricas, mostrando que há demanda potencial para o turismo histórico-cultural em particular. Quando se filtram os 93 turistas que não viajaram a Belo Horizonte e cuja principal motivação de viagem a lazer é histórico-cultural, a hospitalidade das pessoas foi também o elemento que mais influenciou, recebendo a escala máxima por 26,9% dos entrevistados. Os atrativos culturais vêm a seguir, tendo 25,8% dos entrevistados atribuído nota 10. Gastronomia e eventos seguem em ordem de importância, com 22,6% e 19,4% de opções com a escala máxima, respectivamente. Outros elementos não especificados têm influência muito forte (54,6%) na decisão de visitar Belo Horizonte, os quais incluem, entre outros: visita a parentes e amigos, tratamento de saúde e estudos. O elemento que menos influenciou foram os negócios, com apenas 7,6% da escala máxima e com 60,9% da escala zero. Os equipamentos de entretenimento vêm a seguir, com 34,8% como o elemento que menos influenciou a decisão de visitar Belo Horizonte. Gastronomia apresenta um resultado singular, uma vez que a nota máxima e a nota mínima apresentam o mesmo valor de 22,6% (tab. 2.279). − − 307 Tabela 2.279 Fatores que levariam a visitar Belo Horizonte e seu grau de influência na percepção dos turistas potenciais de motivação histórico-cultural – 2010 Fator Atrativos culturais Negócios Eventos Gastronomia Montanha Hospitalidade/pessoas Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento Base para visitar outros municípios Outros Grau de influência (%) 4 5 6 1,1 10,8 5,4 2,2 9,8 2,2 2,2 23,7 4,3 2,2 12,9 5,4 2,2 10,8 5,4 2,2 15,1 8,6 0 6,5 60,9 25,8 22,6 30,1 17,2 1 0 1,1 0 2,2 1,1 0 2 1,1 2,2 2,2 1,1 2,2 1,1 3 1,1 4,3 1,1 1,1 1,1 0 34,8 0 2,2 6,5 0 21,7 12,9 0 1,1 2,2 2,2 4,5 0 0 0 0 Total 7 21,5 0 11,8 10,8 10,8 7,5 8 18,3 6,5 6,5 17,2 14,0 18,3 9 5,6 7,3 3,2 2,2 8,6 3,2 10 25,8 7,6 19,4 22,6 14,0 26,9 4,3 10,9 7,6 1,1 10,9 93 12,9 6,5 17,2 21,5 8,6 15,1 93 0 4,5 13,6 22,7 0 54,6 22 93 93 93 93 93 93 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A escala de influência dos elementos que levariam os 45 turistas motivados por eventos entrevistados a visitar Belo Horizonte é semelhante à do turista histórico-cultural, com pequenas diferenças dos percentuais relacionados aos graus da escala. Neste caso, o elemento que mais influenciou foram os atrativos culturais, em que 22,2% dos entrevistados optaram pela nota máxima, seguido pela receptividade das pessoas, com 20,5% e eventos com 20,0%. Os demais elementos, tal como no caso do turismo histórico-cultural, embora com frequência baixa de ocorrência, têm influência muito forte na decisão de vir a Belo Horizonte e independem das motivações discriminadas na tabela. O que menos influenciou foram os negócios, com 11,1% da escala máxima e com 55,6% da escala zero. Os equipamentos de entretenimento vêm a seguir como elemento que menos influenciou, com 9,3% de escala máxima como 34,9% de escala mínima (tab. 2.280). Tabela 2.280 Fatores que levariam a visitar Belo Horizonte e seu grau de influência na percepção dos turistas potenciais motivados por eventos – 2010 Fator Grau de influência (%) 4 5 6 7 8 9 10 Total 8,9 13,3 24,4 8,9 22,2 45 0 2,2 11,1 0 11,1 45 24,4 2,2 20,0 3,3 2,2 20,0 45 15,6 6,7 11,1 20,0 4,4 17,8 45 2,2 15,6 2,2 15,6 8,9 4,4 13,3 45 2,3 22,7 2,3 9,1 22,7 6,8 20,5 45 2,3 2,3 25,6 0 11,6 7,0 2,3 9,3 45 0 2,2 2,2 8,9 11,1 26,7 11,1 2,2 15,6 45 0 0 0 7,1 0 7,1 28,6 7,1 50,0 14 0 1 2 3 Atrativos culturais 2,2 0 0 4,4 0 15,6 Negócios 55,6 0 0 2,2 2,2 15,6 Eventos 15,6 0 0 0 2,2 Gastronomia 17,8 0 0 4,4 2,2 Montanha 28,9 2,2 4,4 2,2 Hospitalidade/pessoas Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento Base para visitar outros municípios Outros 9,1 0 2,3 2,3 34,9 2,3 2,3 20,0 0 0 0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A tabela 2.281 apresenta os principais fatores que levariam os 83 turistas paulistas que nunca estiveram em Belo Horizonte a visitar a cidade. Receptividade das pessoas e atrativos culturais foram os que mais influenciaram, uma vez que obtiveram a maior frequência de nota 10, com o valor de 24,1% e, simultaneamente, os menores percentuais com a escala mínima (10,8% e 7,2%). Gastronomia e montanha seguem em ordem de importância, com 20,5% e 21,7% de opções com a escala máxima e 26,5% e 21,7% na escala mínima, respectivamente. Outros fatores, embora tenham sido pouco citados, têm influência é muito forte. Isso se verifica porque envolvem características como sentimento, parentesco e, até mesmo necessidade, como o tratamento de saúde com especialistas. O que menos influenciou foram negócios, com apenas 9,6% da escala máxima e com 57,8% da escala zero. O resultado sugere que a expectativa dos paulistas em relação a Belo − − 308 Horizonte como destino para negócios é muito baixa. Os equipamentos de entretenimento também têm pouca influência como fator de atração, tendo em vista que 33,7% dos turistas consideraram como um fator que não exerce qualquer influência e apenas 10,8% consideram que sua influência é muito forte na decisão de visitar Belo Horizonte. Tabela 2.281 Fatores que levariam a visitar Belo Horizonte e seu grau de influência na percepção dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010 Fator 0 1 2 3 Grau de influência (%) 4 5 6 7 8 9 10 Total Atrativos culturais 7,2 0 3,6 6,0 2,4 15,7 7,2 10,8 20,5 2,4 24,1 83 Negócios 57,8 1,2 1,2 1,2 0 13,3 3,6 2,4 9,6 0 9,6 83 Eventos 34,9 0 2,4 2,4 2,4 16,9 3,6 14,5 8,4 1,2 13,3 83 Gastronomia 26,5 1,2 1,2 2,4 4,8 10,8 3,6 8,4 15,7 4,8 20,5 83 Montanha 21,7 0 2,4 1,2 4,8 9,6 6,0 10,8 20,5 1,2 21,7 83 Hospitalidade/pessoas Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento Base para visitar outros municípios Outros 10,8 0 4,8 2,4 2,4 9,6 6,0 9,6 20,5 9,6 24,1 83 33,7 0 3,6 6,0 0 20,5 1,2 10,8 8,4 4,8 10,8 83 11,0 0 0 1,2 2,4 13,4 13,4 14,6 26,8 4,9 12,2 83 3,7 0 0 0 0 7,4 7,4 11,1 29,6 11,1 29,6 27 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 De modo geral, as expectativas dos 223 turistas potenciais que ainda não visitaram Belo Horizonte em relação aos serviços turísticos é, predominantemente, boa. A qualidade dos atrativos, os restaurantes, e bares; e o lazer foram os serviços mais bem avaliados pelos turistas, sendo que mais de 80% os avaliaram como ―excelente‖ ou ―bom‖, cabendo destaque aos atrativos, com 89,7%. Com relação à infraestrutura, predominou o conceito ―bom‖, para 50% a 60% dos turistas, exceto trânsito, para apenas 35,4% dos turistas. Este item recebeu a pior avaliação, sendo considerado ―excelente‖ ou ―bom‖ por 45,7%, menor percentual registrado, e ―péssimo‖ ou ―ruim‖ por 9,9%, maior percentual registrado nesta categoria. Receberam conceito ―excelente‖ restaurantes, bares e lazer. Apesar destes destaques, o conceito ―bom‖ prevaleceu para todos os itens, o que é um fato muito positivo para a indução de novos fluxos turísticos para a Capital mineira (tab. 2.282). − − 309 Tabela 2.282 Expectativa dos turistas potenciais entrevistados que ainda não visitaram Belo Horizonte em relação aos seus atrativos, infra-estrutura, preços, equipamentos e serviços turísticos – 2010 Excelente Serviços Turísticos Bom Regular Ruim Péssimo Não Resp. Não Sabe Total Fre q % Freq % Freq % Freq % Freq % Freq % 47 21,1 153 68,6 13 5,8 0 0 0 0 10 4,5 223 - aeroporto 31 13,9 146 65,5 27 12,1 1 0,4 0 18 16 7,2 101 45,3 59 26,5 8 3,6 2 - trânsito 23 10,3 79 35,4 64 28,7 18 8,1 4 - limpeza 34 15,2 122 54,7 42 18,8 3 1,3 0 - segurança 27 12,1 104 46,6 58 26,0 8 3,6 0 0 26 - transporte 22 9,9 117 52,5 49 22,0 3 1,3 1 0, 4 31 - sinalização turística 34 15,2 117 52,5 31 13,9 1 0,4 0 0 40 23 8,1 16, 6 15, 7 9,9 11, 7 13, 9 17, 9 10, 3 14, 3 223 - rodoviária 0 0, 9 1, 8 0 Qualidade-atrativos Infraestrutura 37 35 22 - comunicações 36 16,1 115 51,6 15 6,7 2 0,9 1 0, 4 - táxi 30 13,5 140 62,8 20 9,0 1 0,4 0 0 32 - hotéis 43 19,3 130 58,3 16 7,2 4 1,8 0 0 30 - informação turística 46 20,6 125 56,1 20 9,0 2 0,9 1 0, 4 30 - restaurantes 76 34,1 118 52,9 6 2,7 0 0 0 0 23 - bares 65 29,1 118 52,9 14 6,3 0 0 1 - diversão/ lazer 64 28,7 129 57,8 9 4,0 1 0,4 0 223 223 223 223 223 223 223 223 Equipamentos 0, 4 0 25 20 Mão-de-obra 27 12,1 127 57,0 26 11,7 4 1,8 0 0 39 Custos 20 9,0 103 46,2 64 28,7 6 2,7 2 0, 9 28 13, 5 13, 5 10, 3 11, 2 9,0 17, 5 12, 6 223 223 223 223 223 223 223 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 De modo geral, a expectativa dos 93 turistas potenciais com motivação histórico-cultural que ainda não visitaram Belo Horizonte em relação a atrativos, infraestrutura, custos, equipamentos e serviços turísticos neste destino é boa. O percentual daqueles que afirmaram que têm expectativa boa dos serviços prestados varia de um mínimo de 36,5% para a rodoviária até o máximo de 66,6% para a qualidade dos atrativos. O nível de expectativa ―bom‖ para bares e restaurantes foi bem semelhante, em torno de 50,0% dos entrevistados. Bares foi classificado como ―ótimo‖ por 35,4% e restaurantes, por 33,3%. Apesar de Belo Horizonte ter uma gastronomia bem conceituada em termos não somente de bares como também de restaurantes, este resultado sugere que a divulgação das opções de restaurantes de qualidade já comprovada ainda tem potencial de crescimento. De todos os serviços apresentados aos turistas, os equipamentos foram os que obtiveram melhor avaliação. Com exceção da informação turística, todos os outros foram considerados com bons ou ótimos por mais de 80,0% dos entrevistados. Os hotéis foram considerados nesta faixa de expectativa por 81,7% dos turistas. No conjunto, os serviços de infraestrutura foram os que obtiveram a pior avaliação. O conceito ―bom‖ e ―ótimo‖ variaram no conjunto de um mínimo 44,0% para a rodoviária a um máximo de 76,3% para o aeroporto. A expectativa de regular ou acima abrangeu mais de 80% das avaliações de todos os serviços (tab. 2.283). − − 310 Tabela 2.283 Expectativa dos turistas histórico-culturais potenciais que ainda não visitaram Belo Horizonte em relação aos seus atrativos, infraestrutura, preços, equipamentos e serviços turísticos – 2010 Serviços Turísticos Excelente Bom Regular Ruim Péssima Não resp. Não sabe Total Freq % Freq % Freq % Freq % Fr eq % Freq % 22 23,6 62 66,6 5 5,3 0 0 0 0 4 4,3 93 Aeroporto 16 17,2 55 59,1 14 15,0 1 1,0 0 7 7,5 93 Rodoviária 7 7,5 34 36,5 29 31,1 6 6,4 1 16 17,2 93 Trânsito 8 8,6 36 38,7 26 27,9 9 9,6 1 13 13,9 93 Limpeza 15 16,1 54 58,0 14 15,0 1 1,0 0 0 1, 0 1, 0 0 9 9,6 93 Segurança 13 13,9 48 51,6 19 20,4 2 2,1 0 0 11 11,8 93 Transporte Sinaliz..turístic a Comunicaçõe s Táxi 8 8,6 48 51,6 23 24,7 0 0 0 0 14 15,0 93 12 12,9 49 52,6 15 16,1 1 1,0 0 0 16 17,2 93 24 25,8 93 15 16,1 93 Atrativos Infraestrutura 16 17,2 47 50,5 5 5,3 0 0 1 14 15,0 56 60,2 8 8,6 0 0 0 1, 0 0 Hotéis 20 21,5 56 60,2 2 2,1 0 0 0 0 15 16,1 93 Infor. turística 22 23,6 47 50,5 10 10,7 0 0 0 0 14 15,0 93 Restaurantes 33 35,4 46 49,4 3 3,2 0 0 0 0 11 11,8 93 Bares Diversão/ Lazer 31 33,3 47 50,5 5 5,3 0 0 0 0 10 10,7 93 28 30,1 53 56,9 5 5,3 0 0 0 0 7 7,5 93 Mão-de-obra 15 16,1 46 49,4 11 11,8 1 1,0 0 0 20 21,5 93 Custos 12 12,9 44 47,3 23 24,7 2 2,1 0 0 12 12,9 93 Equipamentos Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 O perfil da expectativa dos 45 turistas de eventos que não visitaram Belo Horizonte é semelhante ao do turista com motivação histórico-cultural. Nos dois casos, 33,3% têm expectativa ótima em relação a beras. Quanto a restaurantes, 31,1% dos turistas de eventos têm expectativa ótima, índice pouco inferior ao apresentado pelos turistas culturais. Com relação aos outros equipamentos, as expectativas são semelhantes. Apenas para diversão/lazer a expectativa do turista de eventos foi um pouco inferior à do turista cultural.Em relação a hotéis, avaliaram como ―bom‖ e ―ótimo‖ 80,0%, percentual bem próximo ao dos turistas culturais. As expectativas ―boa‖ e ―excelente‖ variaram de um mínimo de 44,3% para o trânsito ao máximo de 93,2% para a qualidade dos atrativos. Na faixa de ―boa‖ e ―excelente‖ obtiveram a aprovação de mais de 80% dos entrevistados os seguintes serviços além dos atrativos: aeroporto, com 86,5%; hotéis com 80,0%; restaurantes e bares, com 84,4%; e diversão/lazer, com 88,8%. De modo geral, o item infraestrutura, é o que apresenta a maior frequência de expectativa regular, variando de 6,6% para o aeroporto a 35,5% para o trânsito. Não ocorreu nenhuma conceituação dos serviços como ―péssimos‖. Os serviços rodoviária, trânsito e mão de obra tiveram uma expectativa ruim por menos de 7,0% dos turistas (tab. 2.284). − − 311 Tabela 2.284 Expectativa dos turistas potenciais de eventos que ainda não visitaram Belo Horizonte em relação aos seus atrativos, infraestrutura, preços, equipamentos e serviços turísticos – 2010 Serviços Turísticos Excelente Boa Abs. 8 % 17,7 Abs. 34 % 75,5 Aeroporto 8 17,7 31 68,8 Rodoviária 4 8,8 22 48,8 Trânsito 3 6,6 17 37,7 Limpeza 6 13,3 29 Segurança 4 8,8 Transporte Sinaliz. Turística Comunicações 2 Táxi Regular % 4,4 Abs. 0 3 6,6 11 24,4 16 64,4 24 4,4 6 Péssima Não resp. Não sabe % 0 Abs. 0 % 0 Abs. 1 0 0 0 0 2 4,4 0 0 35,5 3 6,6 0 7 15,5 0 0 53,3 12 26,6 0 21 46,6 14 31,1 13,3 25 55,5 7 7 15,5 22 48,8 8 17,7 28 62,2 Hotéis 9 20,0 27 60,0 Inform. Turística 9 20,0 25 55,5 Restaurantes 14 31,1 24 Bares 15 33,3 Diversão/ Lazer 12 26,6 Mão de obra 6 Custos 3 Atrativos Abs. 2 Ruim Total % 2,2 45 3 6,6 45 6 13,3 45 0 6 13,3 45 0 0 3 6,6 45 0 0 0 5 11,1 45 0 0 0 0 8 17,7 45 15,5 0 0 0 0 7 15,5 45 2 4,4 0 0 0 0 14 31,1 45 2 4,4 0 0 0 0 7 15,5 45 3 6,6 0 0 0 0 6 13,3 45 6 13,3 0 0 0 0 5 11,1 45 53,3 2 4,4 0 0 0 0 5 11,1 45 23 51,1 3 6,6 0 0 0 0 4 8,8 45 28 62,2 2 4,4 0 0 0 0 3 6,6 45 13,3 24 53,3 5 11,1 1 2,2 0 0 9 20,0 45 6,6 25 55,5 12 26,6 0 0 0 0 5 11,1 45 Infraestrutura Equipamentos Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A expectativa dos turistas potenciais de residência permanente em São Paulo que não estiveram em Belo Horizonte em relação a atrativos, infraestrutura, custos, equipamentos e serviços turísticos neste destino é, de modo geral, boa. Em relação a todos os serviços mostrados, o percentual daqueles que afirmaram que têm uma expectativa boa varia de um mínimo de 37,3% para trânsito até o máximo de 73,5% para qualidade dos atrativos. Considerando as expectativas de ―excelente‖ e ‖boa‖, o percentual de entrevistados variou de 90,4% para qualidade dos atrativos ao mínimo de 48,1% para trânsito. Além da qualidade dos atrativos, os itens que apresentaram expectativa ―boa‖ ou ―excelente‖ para mais de 80% dos entrevistados foram: restaurantes, com 87,9%; bares, com 85,5%; e diversão/lazer, com 90,3%. Outros itens foram considerados ―bons‖ ou ―excelentes‖, com algum destaque para: hotéis, com 75,9%; informação turística, com 79,5%; e táxi, com 78,4%. Com exceção de trânsito, todos os itens foram avaliados como ―regular‖ ou acima por mais de 95% dos entrevistados (tab. 2.285). − − 312 Tabela 2.285 Expectativa dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo que ainda não visitaram Belo Horizonte em relação aos seus atrativos, infraestrutura, preços, equipamentos e serviços turísticos – 2010 Serviços Turísticos Excelente Bom Regular Ruim Péssimo Não resp. Não sabe Abs % Total Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % 14 16,9 61 73,5 5 6,0 0 0 0 0 3 3,6 83 Aeroporto 11 13,3 54 65,1 11 13,3 0 0 0 0 7 8,4 83 Rodoviária 8 9,6 39 47,0 25 30,1 2 2,4 1 1,2 8 9,6 83 Trânsito 9 10,8 31 37,3 27 32,5 7 8,4 1 1,2 8 9,6 83 Limpeza 9 10,8 51 61,4 14 16,9 1 1,2 0 0 8 9,6 83 Segurança 10 12,0 40 48,2 22 26,5 3 3,6 0 0 8 9,6 83 Transporte 10 12,0 39 47,0 23 27,7 1 1,2 0 0 10 12,0 83 Sinaliz. Turística 13 15,7 44 53,0 13 15,7 0 0 0 0 13 15,7 83 Comunicações 14 16,9 45 54,2 5 6,0 1 1,2 1 1,2 17 20,5 83 Táxi 12 14,5 53 63,9 6 7,2 0 0 0 0 12 14,5 83 Hotéis 19 22,9 44 53,0 7 8,4 2 2,4 0 0 11 13,3 83 Inform. Turística 18 21,7 48 57,8 6 7,2 2 2,4 1 1,2 8 9,6 83 Restaurantes 30 36,1 43 51,8 3 3,6 0 0 0 0 7 8,4 83 Bares 25 30,1 46 55,4 4 4,8 0 0 0 0 8 9,6 83 Diversão/ Lazer 24 28,9 51 61,4 2 2,4 0 0 0 0 6 7,2 83 Mão de obra 12 14,5 48 57,8 11 13,3 0 0 0 0 12 14,5 83 Custos 8 9,6 38 45,8 23 27,7 3 3,6 1 1,2 10 12,0 83 Atrativos Infraestrutura Equipamentos Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Avaliação geral dos turistas que já visitaram e que não visitaram Belo Horizonte Sobre o grau de conhecimento de Belo Horizonte, para 55,3% dos 371 entrevistados esse conhecimento é baixo; para 29,4% é médio; e para 13,2%, nenhum. Apenas 1,3% afirmou que tem alto grau de conhecimento. Este resultado confirma a falta de divulgação dos atrativos da cidade em outras regiões do País. Entre os 156 turistas com motivação histórico-cultural e os 71 turistas de eventos entrevistados esse conhecimento é ainda menor, já que 64,0% e 70,4%, respectivamente, afirmaram que o seu conhecimento é baixo ou nenhum (tab. 2.286). Tabela 2.286 Grau de conhecimento de Belo Horizonte, por tipo de motivação turística dos turistas potenciais – 2010 Grau de conhecimento Alto Médio Baixo Nenhum Não respondeu Total Turismo histórico-cultural Abs. % 2 1,2 52 33,3 83 53,2 17 10,8 2 1,2 156 100,0 Turismo de eventos Abs. % 0 0 21 29,6 41 57,7 9 12,7 0 0 71 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 De forma similar, o grau de conhecimento dos 138 turistas de residência permanente em São Paulo em relação a Belo Horizonte também é muito baixo: 71% afirmaram que é baixo − − 313 ou nenhum. Apenas 2,2% afirmaram que o seu grau de conhecimento é alto e 26,8% afirmaram possuir conhecimento médio (tab. 2.287). Tabela 2.287 Grau de conhecimento de Belo Horizonte dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo entrevistados – 2010 Grau de conhecimento Alto Médio Baixo Nenhum Total Abs. % 3 37 78 20 138 2,2 26,8 56,5 14,5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Estes resultados sugerem a falta de divulgação dos atrativos da cidade entre os turistas potenciais de Belo Horizonte. Este tem sido um elemento recorrente manifestado por todos os turistas entrevistados. A imagem mais frequentemente associada à cidade é de ―acolhedora, arborizada e bela‖, citada por 25,1%, seguida de ―cidade grande, centro cultural e comercial‖ (13,7%) e sua associação com ―Minas em geral‖, com destaque para sua história e culinária (9,4%). A Lagoa da Pampulha foi o único atrativo lembrado pelo nome, sendo citado por apenas 3,0%. Ainda se verifica alguma associação da cidade com tranquilidade e características de interior (6,5%), além de verde e ecológica (4,3%). Outras imagens diversas não especificadas foram citadas por 24,5% dos entrevistados (tab. 2.288). Tabela 2.288 Imagens associadas à cidade de Belo Horizonte pelos turistas potenciais – 2010 Imagens associadas a Belo Horizonte Acolhedora, agradável, arborizada, bela Cidade grande, centro cultural e comercial Minas em geral (história, culinária) Cidade grande, mas tranquila e com "ar de interior" Verde, ecológica Lagoa da Pampulha Esporte, futebol Bares Cidades históricas Alta qualidade de vida Trânsito complicado Referência no tratamento de saúde/visão Outros Não respondeu Total Abs. 93 51 35 24 16 11 7 5 4 2 2 1 91 29 371 % 25,1 13,7 9,4 6,5 4,3 3,0 1,9 1,3 1,1 0,5 0,5 0,3 24,5 7,8 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A mesma sequência de importância das imagens associadas a Belo Horizonte é válida para os turistas potenciais entrevistados com motivação tanto histórico-cultural e de eventos, quanto para aqueles que têm residência permanente em São Paulo, variando apenas as proporções em cada caso. As três principais imagens associadas a Belo Horizonte correspondem, juntas, a 46,6% no caso do turismo histórico-cultural e 39,2% de turismo de eventos, sendo essa diferença atribuída, sobretudo, ao maior número de turistas históricoculturais que destacam a imagem ―acolhedora, agradável, bela e arborizada‖ (21,7%). Outras imagens diversas não especificadas foram citadas por 29,5% (tab. 2.289). − − 314 Tabela 2.289 Imagens associadas à cidade de Belo Horizonte, por tipo de motivação turística dos turistas potenciais – 2010 Imagens associadas a Belo Horizonte Acolhedora, agradável, arborizada, bela Cidade grande, centro cultural e comercial Cidade grande, mas tranquila e com "ar de interior" Minas em geral (história, culinária) Verde, ecológica Esporte, futebol Lagoa da Pampulha Alta qualidade de vida Bares Cidades históricas Transito complicado Outros Não respondeu Total Turismo histórico-cultural Abs. % 34 21,7 21 13,4 Turismo de eventos Abs. % 11 15,4 9 12,6 12 7,6 5 7,0 18 8 4 5 1 1 1 1 37 12 156 11,5 5,1 2,5 3,2 0,6 0,6 0,6 0,6 23,7 7,6 100,0 8 4 3 2 1 1 1 0 21 5 71 11,2 5,6 4,2 2,8 1,4 1,4 1,4 0 29,5 7,0 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Entre os turistas de residência permanente em São Paulo, a imagem de uma cidade acolhedora e agradável foi também a mais citada, tendo sido referenciada por 23,9%. Seguem em ordem de importância: imagem da cidade como ―cidade grande, centro cultural e comercial‖, para 17,4%; a associação com ―Minas em geral‖ e com a culinária e a história de Minas Gerais em particular, para 11,6%. As três principais imagens associadas a Belo Horizonte correspondem a 52,9%. Embora a cidade tenha uma boa divulgação dos bares, esta imagem foi associada por apenas 0,6% dos turistas culturais, 1,4% dos turistas de eventos e 0,7% dos turistas de residência permanente em São Paulo. A lagoa da Pampulha, considerada como o conjunto arquitetônico mais representativo de Belo Horizonte, teve sua imagem associada à cidade mais por turistas paulistas, embora também em baixa proporção (5,8%). Outras imagens diversas não especificadas foram citadas por 20,3% dos entrevistados (tab. 2.290). Tabela 2.290 Imagens associadas à cidade de Belo Horizonte pelos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010 Imagem associada a Belo Horizonte Acolhedora, agradável, arborizada, bela Cidade grande, centro cultural e comercial Cidade grande, mas tranquila e com "ar de interior" Minas em geral (história, culinária) Lagoa da Pampulha Verde, ecológica Esporte, futebol Cidades históricas Bares Outros Não sabe Total Abs. 33 24 12 16 8 7 2 2 1 28 5 138 % 23,9 17,4 8,7 11,6 5,8 5,1 1,4 1,4 0,7 20,3 3,6 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Para incrementar a imagem da cidade, 52,6% dos turistas potenciais apontaram ―melhorar a divulgação e informações turísticas‖, item já foi referido como uma deficiência. Embora a imagem da cidade fora do estado tenha se revelado como ―boa‖, ainda se verifica certa − − 315 depreciação em relação à qualidade e diversidade da infraestrutura e da oferta turística. Assim, 15,4% dos turistas sugerem melhorar estradas de acesso; 11,1% os serviços públicos e 8.9% os atrativos (tab. 2.291). Tabela 2.291 Ações sugeridas pelos turistas potenciais para melhorar a imagem de Belo Horizonte – 2010 Ações sugeridas Melhorar/criar atrativos Melhorar serviços públicos Melhorar estradas Melhorar condições de alimentação Melhorar condições de hospedagem Melhorar divulgação e informações turísticas Outros Não respondeu Total Abs. 33 41 57 5 5 195 11 24 371 % 8.9 11.1 15.4 1.3 1.3 52.6 3,0 6,5 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A ação mais importante sugerida para incrementar a imagem da cidade pelos turistas de motivação histórico-cultural e de eventos também foi ―melhorar a divulgação de informações turísticas‖ (55,7%, 70,4%, respectivamente). Este resultado reflete o interesse dos turistas potenciais em conhecer a cidade, mas na condição de obter mais informações sobre os seus atrativos, sobretudo pelos mais atraídos por eventos. Outras ações citadas com menos destaque foram: melhorar as estradas, melhorar os serviços públicos e melhorar/criar atrativos (tab. 2.292). Tabela 2.292 Ações sugeridas pelos turistas potenciais para melhorar a imagem de Belo Horizonte, por tipo de motivação turística – 2010 Ação sugerida Melhorar/criar atrativos Melhorar serviços públicos Melhorar estradas Melhorar condições de alimentação Melhorar condições de hospedagem Melhorar divulgação de informações turísticas Outras Não respondeu Total Turismo histórico-cultural Abs. % 13 8,3 12 7,6 21 13,4 2 1,2 2 1,2 Turismo de eventos Abs. % 5 7,0 5 7,0 7 9,8 0 0 1 1,4 87 55,7 50 70,4 7 12 156 4,4 7,6 100,0 0 3 71 0 4,2 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 A ação mais recomendada (51,4%) pelos turistas residentes em São Paulo para melhorar a imagem da cidade foi ―melhorar a divulgação de informações turísticas‖. Outras ações, citadas com menos destaque, foram: melhorar as estradas (15,9%); melhorar os serviços públicos (12,3%); e melhorar/criar atrativos (12,3%) (tab. 2.293). − − 316 Tabela 2.293 Ações sugeridas pelos turistas potenciais entrevistados com residência permanente em São Paulo para melhorar a imagem de Belo Horizonte – 2010 Ações sugeridas Melhorar/criar atrativos Melhorar serviços públicos Melhorar estradas Melhorar condições de alimentação Melhorar condições de hospedagem Melhorar divulgação de informações turísticas Outro Não respondeu Total Frequência 17 17 22 1 2 71 3 5 138 % 12,3 12,3 15,9 0,7 1,4 51,4 2,2 3,6 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 De acordo com os entrevistados, os principais destinos considerados competidores de Belo Horizonte para fins de turismo cultural foram: São Paulo (42,0%), Curitiba (20,2%), Rio de Janeiro (17,3%) e Brasília (4,9%) (tab. 2.294). Tabela 2.294 Principais destinos competidores de Belo Horizonte para fins de turismo cultural na percepção dos turistas potenciais – 2010 Destinos competidores São Paulo Curitiba Rio de Janeiro Brasília Salvador Bahia Outros Não respondeu Total Abs. 156 75 64 18 6 5 46 1 371 % 42,0 20,2 17,3 4,9 1,6 1,3 12,4 0,3 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os principais destinos competidores para fins de turismo cultural para os turistas de motivação histórico-cultural e de eventos são também, por ordem de importância: São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, em proporção próxima à encontrada para o total da amostra (tab. 2.295). Tabela 2.295 Principais destinos turísticos competidores de Belo Horizonte para fins culturais, na percepção de turistas potenciais de motivação histórico-cultural e de eventos – 2010 Destinos Competidores São Paulo Curitiba Rio de Janeiro Brasília Salvador Bahia Outra cidade Não respondeu Total Turismo Histórico-Cultural Frequência % 72 46,1 30 19,2 28 17,9 6 3,8 2 1,2 1 0,6 15 9,6 2 1,2 156 100,0 Turismo de Eventos Frequência % 33 46,4 15 21,1 14 19,7 1 1,4 1 1,4 1 1,4 5 7,0 1 1,4 71 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 − − 317 No caso dos turistas de residência permanente em São Paulo, os principais destinos competidores para fins de turismo cultural se mantêm na mesma ordem de importância dada aos destinos competidores, mas as frequências dadas já diferem de forma mais substantiva do total da amostra: São Paulo é o primeiro destino competidor, com 43,5%, seguido de Curitiba, com 27,5%, e Rio de Janeiro e Brasília com 8,0% cada um. Os três destinos correspondem a 87% das opções de resposta. Os outros destinos foram citados por menos de 4% dos turistas cada um. Este resultado revela uma visão peculiar dos turistas paulistas ao colocar o Rio de Janeiro e Brasília (em função da percepção das suas particularidades) no mesmo nível de competitividade em relação a Belo Horizonte e bem abaixo de Curitiba, que apresenta características mais próximas à capital mineira (tab. 2.296). Tabela 2.296 Principais destinos turísticos competidores de Belo Horizonte para fins de turismo cultural de acordo com os turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010 Destino turístico São Paulo Curitiba Rio de Janeiro Brasília Salvador Bahia Outra cidade Não respondeu Total Abs. 60 38 11 11 2 4 5 7 138 % 43,5 27,5 8,0 8,0 1,4 2,9 3,6 5,1 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 Os produtos turísticos que mais se destacam em relação a Belo Horizonte para fins de turismo cultural foram, no caso de São Paulo: diversidade de eventos, opções de compras, gastronomia, teatros, museus e equipamentos de entretenimento e lazer. Em segundo plano, foram feitas referências à infraestrutura (transporte, centro de convenções) e a negócios em geral. Em Curitiba, também os eventos, atrativos artísticos e cultura foram os mais citados, seguidos por infraestrutura, serviços públicos e transporte. No Rio de Janeiro, os atrativos, como praia e natureza, foram os mais lembrados, seguido pela diversidade de eventos e opções culturais. Alguns atrativos únicos também foram citados, como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. Em Brasília, foi citado como grandes diferenciais o fato de ser sede do governo e a sua arquitetura. Já para fins de negócios e eventos, São Paulo destaca-se amplamente como principal destino competidor de Belo Horizonte, na percepção de 75,7% dos entrevistados (tab. 2.97). Tabela 2.297 Principais destinos competidores de Belo Horizonte para fins de negócios e eventos na percepção de turistas potenciais–2010 Destino São Paulo Rio de Janeiro Curitiba Brasília Outros Não respondeu Total Abs. 281 21 18 14 33 4 371 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo − % 75,7 5,7 4,9 3,8 8,9 1,1 100,0 - 2010 − 318 Os principais destinos competidores para fins de negócios e de eventos, de acordo com os turistas de motivação histórico-cultural e de eventos analisados, são: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. Neste caso, São Paulo, isoladamente, responde por 79,4% das citações dos turistas histórico-culturais e 77,4% dos de eventos. Os outros três destinos, em conjunto, respondem por 12,1% da preferência dos turistas culturais e 16,8% dos turistas de eventos. Os outros destinos foram citados por menos de 4% dos turistas (tab. 2.298). Tabela 2.298 Principais destinos turísticos competidores de Belo Horizonte para fins de negócios e eventos, por tipo de motivação dos turistas potenciais – 2010 Destinos turísticos São Paulo Curitiba Rio de Janeiro Brasília Outra cidade Não respondeu Total Turismo histórico-cultural Frequência % 124 79,4 5 3,2 9 5,7 5 3,2 6 3,8 7 4,4 156 100,0 Turismo de eventos Frequência % 55 77,4 6 8,4 4 5,6 2 2,8 2 2,8 2 2,8 71 100,0 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo Comparando-se os resultados das tabelas 2.297 e 2.298 verifica-se que, na percepção dos entrevistados, São Paulo se destaca como principal destino competidor de Belo Horizonte, sobretudo para fins de eventos. Apesar de ser também visto como principal competidor para fins culturais, a concorrência com outros destinos, sobretudo Rio de Janeiro e Curitiba, é maior. Também na percepção dos turistas potenciais de residência permanente em São Paulo, o principal destino competidor para fins de negócios e eventos é, destacadamente, com 78,3% das respostas, a própria cidade de São Paulo. Rio de Janeiro e Curitiba vêm muito abaixo, com 7,2% e 6,5% respectivamente. Brasília foi citada por apenas 3,6%. Basicamente, os turistas paulistas reconhecem esses três destinos como uma opção para lazer e cultura (tab. 2.299). Tabela 2.299 Principais destinos turísticos competidores de Belo Horizonte para fins de negócios e eventos de acordo com os turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010 Destino turístico São Paulo Rio de Janeiro Curitiba Brasília Não sabe Total Abs. 108 10 9 5 6 138 Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo % 78,3 7,2 6,5 3,6 4,3 100,0 - 2010 Em geral, na percepção dos turistas potenciais entrevistados e dos segmentos analisados para fins de turismo de negócios e eventos, São Paulo se destaca por apresentar: a maior população, volume e variedade de atividade econômica e empregos, maior centro de negócios, diversidade de eventos, opções de compras, gastronomia, teatros, museus e equipamentos de entretenimento e lazer. Cabe ainda a infraestrutura em geral, como transporte e centro de convenções. Em relação ao Rio de Janeiro, a natureza e praias ao lado da infra-estrutura, diversidade de eventos e promoção dos meios de comunicação foram os produtos e elementos que mais se destacaram. Em Curitiba, destacaram-se a organização da cidade e a infraestrutura, além da informação turística (em São Paulo, principalmente). Em Brasília, os elementos mais mencionados foram a qualificação profissional, o fato de ser a sede do governo federal e a arquitetura. − − 319 2.2.2.5. Percepções das agências de turismo emissivo e das operadoras de turismo de São Paulo em relação ao destino turístico de Belo Horizonte e a sua comercialização Em função da existência de vários tipos de comercialização do destino Belo Horizonte - ou seja, empresas de turismo que só vendem a passagem aérea e reservam hotel, outras que só atuam no segmento de turismo de negócios ou corporativo e, ainda, aquelas que vendem pacotes turísticos para o segmento de lazer -, decidiu-se considerar para fins desta pesquisa somente as empresas que vendem pacotes turísticos, próprios ou de terceiros, para o segmento de lazer como as que comercializam Belo Horizonte. A pesquisa qualitativa com operadoras e agências de turismo emissivo da cidade de São Paulo que comercializam e que não comercializam pacotes de turismo com destino a Belo Horizonte/MG teve por objetivo principal conhecer a percepção dessas empresas sobre este mercado turístico. A partir de indicação da Associação Brasileira de Agentes de Viagem de São Paulo (ABAV/SP) das maiores e mais antigas operadoras e agências da cidade de São Paulo que operam e que não operam com pacotes turísticos para Belo Horizonte, foi possível realizar a pesquisa em cinco agências de turismo (das quais duas vendem pacotes para BH) e em cinco operadoras de turismo (das quais duas operam BH). As empresas entrevistadas que operam Belo Horizonte foram: - Agências: Solfesta Turismo Ltda. Grupo ALC Viagens e Turismo - Operadoras: Sanchat Tour Viagens e Turismo Ltda. Pomptur As empresas entrevistadas que não operam Belo Horizonte foram: - Agências: Mundo Viagens TTC Travel Turismo e Câmbio Odyssey South America - Operadoras: Luxtravel Turismo Odyssey South America Marsans Operadora de Viagens Realizou-se, ainda, uma entrevista com a gestora do Espaço Minas Gerais (mais conhecido como ―Casa de Minas‖) que se dedica à promoção do estado em São Paulo, com o objetivo de conhecer sua percepção sobre as potencialidades e dificuldades na sua missão e na perspectiva do promoção de Belo Horizonte como destino turístico em particular. Nas entrevistas, realizadas no período de 14 a 20 de julho de 2010, aplicaram-se aos gestores das agências e operadoras questionários semiestruturados, contendo perguntas abertas e fechadas. Na Casa de Minas, foi realizada uma entrevista com perguntas abertas. Análise dos resultados a) Perfil das empresas entrevistadas e de seus clientes Das empresas entrevistadas 90,0% têm sua matriz em São Paulo e 10% no Rio de Janeiro; 90% têm sua atuação principal nas áreas internacional e nacional, sendo que quatro atuam também em nível estadual. − − 320 Têm o turismo de lazer como principal segmento de atuação 80%, enquanto 20% atuam no segmento de turismo de negócios ou corporativo. Das quatro que operam Belo Horizonte, três atuam no segmento de turismo de lazer e somente uma atua no segmento de turismo de negócios ou corporativo. Das seis que não operam Belo Horizonte, cinco atuam no segmento de turismo de lazer e somente uma atua no segmento de turismo de negócios ou corporativo. Apenas 30% atendem a clientes de todo Brasil, sendo que uma atende também o cliente internacional. As demais têm seus clientes no âmbito local ou estadual. Para 90% a maior parte dos clientes atendidos se enquadra na faixa etária de 26 a 52 anos. Destas, três citaram também a faixa de idade de mais de 65 anos. Somente uma (10%) mencionou a faixa de 53 a 65 anos. Para cinco empresas entrevistadas, as classes econômicas predominantes de seus clientes, conforme tabela de classes sociais no Brasil (IBGE/2007), estão entre a A (renda domiciliar mensal superior a R$7.600,00) e a B (renda domiciliar mensal de R$3.800,00 a R$7.600,00). Em seguida, aparecem a B e a C (esta última definida como a de renda domiciliar mensal de R$1.900,00 e R$3.800,00) de clientes, conforme informado por dois entrevistados. Em outra empresa predominam somente clientes da classe A. Já outro entrevistado disse predominar clientes da classe B. Na última, os clientes são, em sua maioria, da classe C. Quanto ao perfil dos clientes das agências e operadoras que vendem pacotes turísticos de Belo Horizonte, a maioria deles é de âmbito local e estadual, a faixa etária predominante está entre 26 a 52 anos e a maior parte situa-se entre as classes econômicas A e B. Um dos entrevistados destacou a preferência da classe B para destinos nacionais e da classe A para destinos internacionais. Das duas operadoras que comercializam Belo Horizonte, uma tem como clientes até 5.000 agências em todo o Brasil e no exterior (Cuba, Colômbia, Bolívia, Panamá). Porém, a demanda pelo destino Belo Horizonte é baixa. Já a outra operadora tem como clientes mais de 5.000 agências, mas no estado de São Paulo, e a demanda pelo destino Belo Horizonte é inexistente em termos de clientela mais ampla. Com relação às três operadoras que não comercializam Belo Horizonte, duas têm até 5.000 clientes em todo o Brasil. Uma declarou que a demanda pelo destino Belo Horizonte é baixa e a outra afirmou ser inexistente. A operadora que não comercializa o destino respondeu que tem mais de 5.000 agências como clientes em todo o Brasil e uma demanda baixa pelo destino Belo Horizonte em termos de clientela mais ampla. b) Grau de conhecimento e percepções dos entrevistados sobre a imagem e a comercialização turística de Belo Horizonte Quanto ao grau de conhecimento da oferta turística de Belo Horizonte pelos entrevistados, 70% declararam que é médio e 30%, que é baixo. Das agências e operadoras que vendem o destino Belo Horizonte, somente uma afirmou que tem baixo conhecimento da oferta turística da cidade e três, que têm médio conhecimento. Dos agentes e operadores que não vendem Belo Horizonte quatro disseram que têm conhecimento médio da oferta turística e dois, que têm baixo conhecimento dos atrativos e equipamentos locais. Um dos que afirmaram que têm baixo conhecimento especificou que se referia ao segmento de lazer, mas que no segmento de negócios ele tem alto conhecimento da oferta turística de Belo Horizonte. Sobre sua participação em um Fam Tour em Belo Horizonte, dos quatro entrevistados que comercializam Belo Horizonte dois responderam que sim e que ficaram satisfeitos, tendo um − − 321 deles afirmado que foi junto com as cidades históricas, e dois responderam que não, sendo que um.afirmou que gostaria de participar e o outro que não teve tempo. Todos os quatro entrevistados consideram que a realização do Fam Tour é muito importante. A imagem que os entrevistados têm de Belo Horizonte é positiva, tendo um deles afirmado que ―é uma Capital com potencial turístico‖. Outros associam a imagem de Belo Horizonte ao esporte, ao futebol, aos negócios e à arquitetura de Niemayer. Na opinião de dois, a percepção que seu cliente tem em relação a Belo Horizonte é relativa a negócio, e não a lazer. Para um terceiro, geralmente, os clientes se surpreendem com a cidade no geral. Outro declarou que não ter ideia, mas que o cliente está em Belo Horizonte para ir às cidades históricas. Quando ao grau de interesse de seu cliente na compra do destino Belo Horizonte, para duas agências é baixo, para uma que é médio e para a última não tem nenhum interesse. Quanto às seis agências e operadoras que não operam Belo Horizonte, para quatro é baixo e para duas é médio. No total, 60% responderam ―baixo interesse‖, 30% ―médio interesse‖ e 10%, não têm nenhum interesse. A maioria das empresas atribuiu o baixo interesse mais por conta da rota de passagem e/ou base de hospedagem para as viagens às cidades históricas ou para negócios, e não como um destino turístico isolado que atraia pelo lazer que oferece. Um dos que responderam ―médio interesse‖ justificou que Belo Horizonte é pouco divulgada. Todos os agentes e operadores que comercializam Belo Horizonte declararam que o fazem conjuntamente com outros destinos. Citaram as cidades históricas próximas de Ouro Preto, Mariana, Sabará, Congonhas, São João del Rei e Tiradentes. Quanto ao volume de vendas do destino Belo Horizonte em relação aos outros produtos oferecidos por sua empresa, os quatro agentes e operadores de turismo apontaram entre 1% a 5% de suas vendas, sendo a região do Nordeste do Brasil o principal mercado. Das quatro empresas que comercializam pacotes turísticos para Belo Horizonte, para três o segmento cultural/histórico é o primeiro mais procurado por seus clientes quando o destino é a Capital mineira e para um o turismo de negócios. Para duas empresas, o segundo segmento mais procurado é o cultural e para uma é o de lazer. Pode-se concluir que as empresas que comercializam Belo Horizonte normalmente o fazem de forma agregada ao roteiro das cidades históricas, associado ao segmento histórico-cultural, e não como um destino isolado. Em relação aos cinco atrativos mais procurados de Belo Horizonte, os entrevistados tiveram dificuldade para listá-los e, principalmente, para informar como seus clientes avaliam esse destino. Um dos entrevistados recorreu à internet para citá-los enquanto outros fizeram referências gerais, como o City tour, caminho das cidades históricas e, até mesmo, nomes de algumas cidades, como Ouro Preto, Congonhas, Mariana e Tiradentes. Essas referências não foram avaliadas, por isso não aparecem no quadro 2.54 que relaciona os atrativos mais procurados com a avaliação dos clientes sobre eles, na percepção dos entrevistados. − − 322 Quadro 2.54 Atrativos mais procurados em Belo Horizonte na percepção dos agentes emissivos entrevistados em São Paulo – 2010 Avaliação Excelente Bom 1º lugar 2º lugar 3º lugar .City tour .City tour .Rua do Amendoim .Pampulha .Estádios Mineirão e Mineirinho .Museu de Mineralogia .Museu de Artes da Pampulha 4º lugar .Mercado Municipal .Gastronomia 5º lugar .Praça do Papa .Igreja São Francisco .Estádios .Feira de Artesanato da Av. Afonso Pena Regular Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo .Mercado Municipal - 2010 Os entrevistados informaram que o City tour é o produto mais procurado em Belo Horizonte, considerado ―excelente‖ pelos seus clientes. Seguem-se a região da Pampulha e a rua do Amendoim, considerados ―bons‖. Depois, aparecem o Mineirão, o Museu de Mineralogia e o Museu ―Niemayer‖ (referindo-se ao Museu de Arte da Pampulha), avaliados como ―bons‖, a igreja de São Francisco, na Pampulha, a Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena e os estádios Mineirão e Mineirinho, também avaliados como ―bons‖.. O Mercado Municipal e a gastronomia aparecem na sequência, tendo sido avaliados como ―excelentes‖. Na percepção de um entrevistado, contudo, o Mercado Municipal é avaliado com ―regular‖. Mereceu destaque também a Praça do Papa, avaliada como ―excelente‖. Para quem vende Belo Horizonte, os principais pontos positivos do destino citados foram a gastronomia, e os atrativos, com destaque para as atrações culturais. A infraestrutura e os hotéis também foram considerados ―bons‖. Como pontos negativos, apontou-se que os hotéis são velhos e precisam melhorar em matéria de serviços e qualidade, cobram caro e que têm pouca visibilidade para o cliente, precisando de mais promoção. Citou-se, ainda, que a segurança pode melhorar. Para os agentes e operadores que não comercializam Belo Horizonte, os pontos positivos citados foram: a cidade é agradável, tem uma boa vida noturna e boa infraestrutura para negócios, principalmente na parte de hotelaria e do aeroporto de Confins, que o povo é receptivo e que há boa oferta gastronômica e cultural. O ponto negativo citado foi que Belo Horizonte tem pouca atração cultural ou não divulga as que têm. Houve referência à longa distância de Confins até o centro da cidade e à necessidade de criar uma melhor sinalização turística. Também foi citado que Belo Horizonte precisa ampliar a parte de atrativos e hotéis, principalmente em época de congresso, quando é difícil fazer reservas. Quanto às fontes de informação utilizadas pelos quatro agentes e operadores que comercializam Belo Horizonte, a internet foi citada por três entrevistados; o guia turístico, por dois; o Guia 4 Rodas, por um; as operadoras de turismo, principalmente a CVC, por um. Para todos os entrevistados que vendem o destino Belo Horizonte, as fontes de informação utilizadas atendem a suas necessidades de informação. Quanto às dificuldades para a comercialização do destino Belo Horizonte, três empresas responderam que elas não existem, enfatizando que em relação à parte aérea e à hospedagem o receptivo é bom. Um entrevistado observou que ―os parceiros são bastante fiéis, acabam facilitando para poder atender. Atendem muito bem e não têm dificuldade. São bons de negócios‖. Um entrevistado, porém, fez a seguinte observação: ―Quando precisa não encontra dificuldades; a CVC atende. As outras operadoras devem encontrar dificuldades, porque a CVC domina o mercado, como a Agaxtur, Visual, TAM Viagens, etc.‖ − − 323 O entrevistado que apontou dificuldades para comercializar Belo Horizonte reclamou que o custo é muito alto e que ―a relação comercial com os meios de hospedagem é complicada. Estão acostumados a lidar com o corporativo. É o único lugar do Brasil que cobra diária para guia e motorista. Falta promoção também.‖ Sobre a existência de problemas entre as agências e operadoras e os fornecedores de serviços em Belo Horizonte, os entrevistados citaram que os agentes receptivos oferecem poucas boas opções e que estas são muito caras. Em especial, comentaram que a hotelaria poderia disponibilizar as tarifas on line, para facilitar a consulta ou via de e-mail periódico, assim como procurar trabalhar com preços valores mais baixos e não cobrar diárias de guias e motorista. Também comentaram que os restaurantes não estão acostumados a fazer grupos, que há problemas em relação à cortesia de guia e motorista e à não oferta de preços especiais. Para as agências e operadoras de viagens, os três principais destinos concorrentes de Belo Horizonte são: Curitiba, citada cinco vezes; Brasília, citada quatro vezes; e as cidades de São Paulo e Porto Alegre, citadas três vezes cada uma. Com duas citações cada uma, aparecem as cidades de Foz do Iguaçu e Vitória. Salienta-se que destes destinos competidores a região do Sul do Brasil é apontada como o terceiro mercado em importância para os entrevistados e a região Centro Oeste como o quinto, ambos avaliados como ―bons‖ ou ―excelentes‖. Para incrementar a comercialização da cidade como destino turístico, três empresas que comercializam Belo Horizonte citaram a necessidade de promover Fam Tour (viagem de familiarização no destino) e maior divulgação do destino. Duas consideram que é importante realizar de workshop. Uma explicou que ―após o Fam Tour, deve-se carregar o site com o máximo de informações sobre horários de ônibus para as cidades históricas e opções rodoviárias para o corporativo. E só depois de realizado isso, fazer o workshop‖. Foi sugerido que a divulgação deveria ser feita para os operadores, pois são eles que organizam os roteiros, e que deveria ter mais informações dos roteiros e pacotes de visitação. Outro sugeriu que ―ninguém sai daqui pra ver BH. A divulgação de BH teria que ser junto com as cidades históricas‖. Várias outras sugestões foram ainda mencionadas: visitar as operadoras e ―forçá-las‖ a incluir mais noites livres em Belo Horizonte; a criação de tour regulares e produtos que sejam comercializados, como os passeios de três horas a R$35,00 existentes em São Paulo. Um entrevistado afirmou ainda que ―Minas tem muita riqueza de personagens históricos para interagir com os visitantes‖, exemplificando que ―na Espanha usam os personagens como atrativos em teatros de rua‖. Lembrou também que a terceira idade não deveria ser esquecida, já que é mais fácil de comercializar, a preços baratos. Outro gestor fez a seguinte observação: ―Os fornecedores locais têm que comprar a ideia de transformar BH em destino turístico e se aliarem à Secretaria e à Prefeitura nestas ações.(...) Sem isso, não adianta nada.‖ Outras sugestões feitas abrangeram a reforma de hotéis, treinamento da mão de obra e qualidade nos serviços. Para as agências e operadoras que não comercializam Belo Horizonte como destino de lazer, a pergunta sobre o que as levaria a incluir a Capital mineira teve quatro respostas que citaram maior divulgação dos atrativos da cidade e lazer. Um entrevistado afirmou que não há procura para Belo Horizonte isoladamente, e por isso não comercializa o destino. Sugeriu divulgar mais Belo Horizonte como cidade de lazer, sobretudo para os que não conhecem a cidade e não a vêem como destino turístico. Para um entrevistado, ―não se ouve falar de atrativos de lazer em BH. Acho que está faltando isso para chamar a atenção do público‖. Outro entrevistado comentou que ―não comercializa Belo Horizonte porque o segmento que trabalha é o lazer, e Belo Horizonte é uma cidade mais procurada para negócios‖, enfatizando que deveria haver mais divulgação para buscar o turismo de lazer, como fazem as cidades de Buenos Aires e Nova York‖. − − 324 Sugeriu-se a divulgação de pacotes de fins de semana, de ―sightseeing‖ (visita a lugares turísticos, excursão), como em São Paulo, Paris, Nova York, Londres e Roma. Foi também mencionado que ―a Secretaria de Turismo deveria divulgar mais BH pelos meios de comunicação que achar mais viável, (...) fazer eventos para divulgar a cidade, usar todo o tipo de mídia‖. Conforme outro entrevistado, é necessário motivar o turista a viajar; ou seja, incrementar a divulgação para o consumidor final: ―Ele força as agências/operadoras a se informarem. Tem que ser os dois: propaganda e a parte operacional técnica; ou seja, o Fam Tour para os agentes junto com a divulgação para o consumidor. Dessa forma, a ideia seria a de oferecer pacotes de fins de semana, sightseeing e workshop‖. Outra sugestão das agências e operadoras que não comercializam o destino Belo Horizonte: trabalhar mais seu lado cultural, já que é uma cidade que tem bons restaurantes e boa infraestrutura. Um entrevistado sugeriu vender o destino com as cidades históricas ou com as estâncias hidrominerais e que o preço do pacote aéreo teria de ser com um valor aproximado do rodoviário. Em relação a preços, houve outras sugestões: ―fazer parceria com as companhias aéreas, hotéis e vender mais barato, com outras cidades‖; e realizar ―promoções a preços baixos, para que as pessoas possam viajar‖, especialmente nos fins de semana, quando a demanda turística é menor. Inaugurado em setembro de 2009, na cidade de São Paulo, o Espaço Minas Gerais, ou Casa de Minas, é um projeto da Secretaria Estadual de Turismo, em parceria com o BID, com diretrizes definidas para o trabalho de promoção e captação de eventos e negócios para Belo Horizonte. Sua gestão responde a três secretarias estaduais: Desenvolvimento Econômico, Turismo e Cultura, Tem a função de apoiar as diversas ações promovidas pelas secretarias nesse espaço. Quanto aos eventos realizados pela Secretaria Estadual de Turismo, a gestora percebe a presença bem expressiva e o interesse muito grande do trade turístico de São Paulo, que a cada evento que os agentes e operadores participam a secretaria sempre leva algo novo às áreas de Ecoturismo, Gastronomia, dentre outras, além de um material muito bom e rico, e que a imagem que a Casa de Minas passa é a da hospitalidade. Ela percebe que o paulista tem essa referência do estado. Em sua opinião, Belo Horizonte é uma cidade de passagem para visitação aos lugares com atrativos turísticos, como as cidades históricas e os atrativos do entorno, mas lembra que, atualmente, eventos como o Comida di Buteco e o Forró de Belô (que pode vir a ser um atrativo) já despertam a intenção de conhecer Belo Horizonte. Entretanto, para a entrevistada ―Belo Horizonte tem vocação para turismo de negócios. É isso que BH tem que se especializar, ser o melhor‖. Para ela, a grande preocupação então é ―melhorar BH como destino de negócios e investir na infraestrutura para a realização de grandes eventos. Deixar a promoção dos atrativos para os arredores‖. Expressou ainda que ―a proposta da Casa de Minas é um diferencial e que São Paulo percebe isso. A Casa proporciona a geração de negócios. Isso é muito bom para o estado e, além disso, estão abrindo mercado‖. As entrevistas qualitativas com os gestores de agências e operadoras emissivas de São Paulo revelaram que o fato de Belo Horizonte ser mais divulgada como um destino de negócios e, consequentemente, ter vários de seus atrativos pouco divulgados é um dos motivos do baixo interesse de clientes e turistas potenciais e das agências e operadoras de turismo em comercializar a cidade como um destino de turismo de lazer. A falta de conhecimento dos atrativos de Belo Horizonte está claramente evidenciada nas respostas. Mesmo para as agências e operadoras que comercializam o destino Belo Horizonte é difícil definir um segmento para a cidade, pois dificilmente o comercializam isoladamente. Como muitas das cidades históricas de Minas encontram-se próximas de Belo Horizonte, a passagem pela cidade torna-se quase que obrigatória para os roteiros rodoviários e, principalmente, para os roteiros aéreos, em função da localização dos aeroportos de Confins e da Pampulha, principais portões de entrada de Minas Gerais. Dessa forma, a Capital do estado está inserida nos roteiros mais comercializados das cidades históricas, ao qual sua − − 325 imagem está sempre associada. Fora disso, Belo Horizonte é, segundo eles e também a Casa de Minas, mais conhecida como uma cidade de negócios. O baixo interesse dos clientes percebido pelas empresas entrevistadas, principalmente aquelas que vendem Belo Horizonte inserida no roteiro das cidades históricas, parece relacionar-se à pouca divulgação de seus atrativos e da cidade como opção de turismo de lazer. Nota-se claramente que nos roteiros a ênfase é dada somente às cidades históricas, enquanto que Belo Horizonte é associada à Capital do estado, dotada de boa infraestrutura para ―uma parada no caminho‖ em direção às cidades históricas. Os entrevistados, com base em seu baixo a médio grau de conhecimento sobre Belo Horizonte, avaliam que a cidade tem como principais pontos positivos a hospitalidade e a gastronomia, e não uma imagem específica dela. Apesar de ser um ponto positivo e de essas características serem encontradas na cidade, não foi destacado nenhum de seus atrativos mais importantes. Quanto aos pontos negativos de Belo Horizonte, os entrevistados reconhecem a pouca divulgação de seus atrativos e recomendam que seja trabalhado o turismo de lazer. Há que se ressaltar as observações sobre a melhoria da infraestrutura hoteleira, a qualidade de seus serviços e os altos preços cobrados. Se, de um lado, os hotéis de Belo Horizonte têm alta ocupação durante a semana por causa do segmento de turismo de negócios, a taxa de ocupação no final de semana poderia ser incrementada trabalhando-se o turismo de lazer. Para tanto, é importante ―negociar‖ com o mercado emissor para Minas. Os altos custos, a cobrança de diárias para guias e motorista (que não costumam ser cobradas em boa parte dos destinos brasileiros) e a falta de negociação de preços, de cortesias e de promoções foram pontos importantes levantados pelos emissores que precisam ser atendidos pelo segmento hoteleiro, na medida em que estão mais acostumados a lidar com o corporativo. A reclamação sobre a negociação de preços e cortesia estendeu-se também aos restaurantes da cidade. 2.2.3. Conclusões A pesquisa da demanda turística efetiva em Belo Horizonte foi realizada entre 10 e 24 de julho de 2010, com erro padrão de 3,5%. Simultaneamente, foi realizada pesquisa qualitativa com gestores de agências do receptivo de Belo Horizonte, a fim de verificar suas percepções sobre o mercado turístico da cidade. A amostra de turistas analisada apresenta um número um pouco maior de entrevistados do sexo masculino. Predominam turistas entre 18 e 47 anos, com curso superior, renda bruta individual entre R$3.000,00 e R$6.000,00 e renda bruta familiar acima de R$5.000,00. O mercado emissivo para Belo Horizonte é diversificado, revelando a dimensão cosmopolita alcançada pelo destino. Conforme a amostra analisada, surpreendentes 12,9% são de estrangeiros de todos os continentes, que têm como motivação principal de viagem a Belo Horizonte a visita a parentes e amigos, seguida do turismo de negócios. Os turistas estrangeiros são majoritariamente do continente europeu, seguidos da América do Norte e da América do Sul. Em termos de países de origem, a maioria vem dos Estados Unidos e da Argentina, nesta ordem. Os 87,1% de turistas brasileiros em Belo Horizonte que compõem a amostra são oriundos de todas as regiões do Brasil, principalmente da Sudeste (62,2%), seguida da Nordeste (16,8%). Os principais estados emissivos para Belo Horizonte são: São Paulo (23%), Minas (21,2%) e Rio de Janeiro (6,5%). Em termos de municípios de origem dos turistas de Belo Horizonte, destacam-se São Paulo, com 44,8% da demanda oriunda do estado de São Paulo, e Rio de Janeiro, que representa 61,5% da demanda proveniente do estado do Rio de Janeiro. − − 326 Dentre os turistas dos estados do Sudeste, salienta-se que o padrão de renda é maior entre fluminenses e paulistas. Em termos de segmentação por motivação, os turistas de lazer, eventos e negócios são os que apresentam melhor condições de renda. Estes dados consubstanciam a existência e a potencialidade de um mercado turístico com alto poder aquisitivo nos estados mais próximos à capital mineira, sobretudo no eixo RioSão Paulo. Nos últimos anos, muita ênfase tem sido dada pelo Poder Público e por diversos setores do trade turístico na concepção de Belo Horizonte predominantemente como destino de turismo de negócios. No entanto, os dados revelam que, isoladamente, a principal motivação dos turistas para visitar Belo Horizonte é o ―turismo de lazer‖, seguido do ―turismo de negócios‖, abrangendo eventos, compras e outros negócios. Ainda que essa proporção possa estar refletindo o fato de a pesquisa ter ocorrido no mês de julho, os dados indicam a importância inequívoca do turismo de lazer para a Capital e remete à necessidade de promover estratégias para se trabalhar ambas as dimensões simultaneamente. Nota-se que o turismo de lazer em Belo Horizonte tem um peso menor entre turistas estrangeiros do que entre brasileiros e é também o de maior peso na demanda de todas as regiões e estados do Brasil, com exceção de Minas Gerais, onde prevalece a demanda por turismo de compras e negócios. Outras motivações, como ―estudo, intercâmbio e pesquisa‖, ―tratamento de saúde‖ e a ―utilização de Belo Horizonte com base para conhecer outras cidades e atrativos‖, tem importância muito pequena no cômputo da demanda atual do turismo de Belo Horizonte, embora constituam segmentos com bom potencial de crescimento em face das condições favoráveis da oferta pelo município. Os turistas em Belo Horizonte se hospedam principalmente em casa própria, de parentes e de amigos (45,3%), seguido de hotéis (39,3%), sendo este último o meio de hospedagem preferido dos turistas de negócios e em lazer. Proporcionalmente, os maiores frequentadores de hotéis em Belo Horizonte oriundos da região Sudeste são os paulistas e capixabas (46,2% cada um), seguido dos mineiros (27,8%). Os fluminenses são os que apresentam menor frequência em hotéis da cidade (25,0%) e maior propensão a ficar em casa de parentes e amigos (60,7%), em que pese ao fato de serem os turistas de maior média de renda individual e de terem a maior média individual de gastos turísticos na cidade e a segunda média em termos de gastos totais, atrás apenas dos paulistas, o que implica que gastam mais com gastronomia, cultura e entretenimento, de modo geral. Extraindo-se da amostra os casos extremos (outliers) na proporção de até 2%, tal como recomendado no procedimento estatístico mais habitual, a taxa média de permanência calculada é de 7,4 pernoites e a mediana é de 7 pernoites. Comparativamente, a média de pernoites total de turistas da região Sudeste é menor (5,4), sendo que entre os estados desta região a maior média de permanência é a dos mineiros (6,3), seguida dos paulistas (5,4), fluminenses (4,3) e capixabas (3,2). Aqueles que viajam motivados para compras e negócios têm maior taxa média de permanência. De qualquer modo, a taxa média geral de 7,4% de permanência encontrada é relativamente alta, refletindo o fato de que o levantamento se deu em julho, mês de férias e de médias de estadias mais longas. A média de pernoites de turistas hospedados em hotéis foi de 5,0 dias, número que pode ser elevado em face dos outros meses do ano, mas é coerente com a média pouco menor de 4,0 pernoites informada por gestores de hotéis e apart-hoteis que constaram da amostra dos estudos de oferta no mesmo período. Na amostra de turistas entrevistados, o avião é o meio de transporte mais utilizado para viagens a Belo Horizonte, seguido do automóvel e do ônibus de linha. − − 327 A maioria dos turistas viaja em companhia de cônjuges ou em grupos de até cinco pessoas. Dos turistas oriundos da região Sudeste, os mineiros são os que viajam mais em grupo (29,0%), seguidos de fluminenses e capixabas (25,0% cada um) e dos paulistas (20,1%). Dos que viajam com família, a maior proporção relativamente ao total de turistas de cada estado é de capixabas (55,8%), seguido de fluminenses (53,6%), paulistas (42,9%) e mineiros (40,8%). O segmento de turista de negócios é o que proporcionalmente apresenta a maior incidência dos que viajam sozinhos (41,4%). Os fatores que tiveram maior influência na decisão de visitar o destino Belo Horizonte foram, em ordem decrescente: hospedagem, atrativos turísticos, eventos e restaurantes, seguido de infraestrutura, proximidade e facilidade de acesso, qualidade dos serviços em geral, equipamentos de entretenimento e segurança pública. A utilização de programas de incentivo ao turismo ou de algum pacote turístico para a viagem a Belo Horizonte é muito baixa. Este dado está associado ao fato de que boa parte dos turistas tem por motivação visitar parentes ou amigos, a uma tendência geral de maior planejamento pessoal da viagem por internet e ao fato de Belo Horizonte ser ainda pouco trabalhada por operadores emissivos. Dentre os que viajam por meio de pacotes turísticos, a maior incidência é de paulistas e dos que viajam a lazer. Os gastos sobre a preparação da viagem são baixos e concentram-se na faixa de até R$200,00, sendo que esta estimativa inclui, em média, duas pessoas. Já o gasto total diário durante a viagem foi, em média, de R$182,81, sendo a média maior entre aqueles que se hospedam em imóveis alugados (R$266,52), hotéis (R$250,71) e apart-hotéis (R$248,81); entre os que viajam motivados por compras e negócios (R$242,32) e lazer (R$215,90); entre turistas brasileiros (R$ 188,07), oriundos do Nordeste (R$251,83) e Sul (R$206,15), que tem gastos relativamente mais altos com transporte e hospedagem. Apesar de a região Sudeste apresentar média de gastos turísticos inferior à média de todas as outras regiões do País, ela é importante no cômputo do gasto turístico total em função do volume de fluxo dela originado. Nesta região, a maior média de gastos está entre turistas paulistas (R$176,71) e fluminenses (R$176,30). Na faixa de despesas totais com a viagem a Belo Horizonte acima de R$150,00, os gastos maiores são com hospedagem e compras. Considerando que o gasto total diário médio de R$182,81 inclui, em média, duas pessoas, conclui-se que os gastos turísticos médios por pessoa estão em torno de R$91,40, sendo as maiores médias encontradas entre os turistas motivados por compras e negócios (R$121,16), seguido dos motivados por eventos (R$117,32) e lazer (R$98,14). Já entre os estados da região Sudeste, os gastos turísticos médios por pessoa são maiores entre fluminenses (R$88,15), seguidos dos paulistas (R$84,15) e mineiros (R$77,77). Os principais meios de divulgação utilizados na decisão de escolha do destino Belo Horizonte são: recomendação de amigos e parentes e internet. Um número insignificante de turistas mencionou a influência advinda de campanha promocional oficial, não havendo lembrança das campanhas na quase totalidade dos casos. Os atrativos mais visitados foram: Praça da Liberdade, Mercado Central, Igreja de São Francisco e Feira de Artesanato da Afonso Pena, todos muito bem avaliados pelos turistas. Os outros atrativos foram visitados por menos de 20%. Menos de 1% avaliou qualquer atrativo como ‗ruim‖ ou ―péssimo‖. Boa parte dos atrativos que apresentam frequência de visitação turística relativamente maior, como Igreja de São Francisco, MAP, Casa do Baile e Zoo-Aquário, mais Lagoa da Pampulha propriamente dita, Mineirão e Mineirinho, é praticamente contígua e localizada na região da Pampulha. Isso implica que, na perspectiva da demanda efetiva, esta região está associada a um complexo turístico que, em seu conjunto, representa a principal força de − − 328 atração de turística da cidade, até o momento e, nesse sentido, grande potencial de desenvolvimento a ser explorado. Embora bem avaliados, os roteiros são muito pouco visitados e precisam ser repensados, já que não tem saída comercial, como revelam as entrevistas qualitativas realizadas no receptivo em Belo Horizonte e no emissivo em São Paulo, conforme apurado nos estudos de demanda potencial. De modo geral, os serviços foram também bem avaliados. ―Informação Turística‖ obteve a pior avaliação dos turistas, sendo sua pouca eficácia também evidenciada. Transporte urbano e limpeza pública também receberam significativas frequências como ―ruim‖ e ―péssimo‖, relativamente a outros itens. Apesar de reconhecerem a qualidade dos serviços de hospedagem e de alimentação, os turistas avaliam o preço praticado como ―muito alto‖. ―Acolhida da população‖ e ―áreas verdes‖ foram também citadas e avaliadas como ―outros aspectos‖ e obtiveram os maiores índices no grau de ―excelente‖, por 55,0% e 48,5% dos turistas, respectivamente, além de imagem urbana ter recebido também expressiva avaliação como ―bom‖ (39,6%) e ―excelente‖ (38,9%). A pesquisa mostrou que a qualidade da oferta turística de Belo Horizonte superou a expectativa do turista, tendo sido avaliada como ―boa‖ ou ―excelente‖ por 83% dos turistas, como ―regular‖ por 12,0% e como ―ruim‖ ou ―péssima‖ por apenas 1,5%. As agências do receptivo entrevistadas também confirmam que, geralmente, os turistas ficam satisfeitos. Os dados indicam que Belo Horizonte apresenta capacidade para atrair novos turistas (43%) e de fidelizar esta demanda, já que 33,5% informaram que visitam a cidade com grande frequência. Recomendariam a viagem a Belo Horizonte a amigos ou parentes 95,8%. Proporcionalmente, esta frequência é maior entre aqueles que viajam a lazer e, na região Sudeste, entre paulistas, seguido dos capixabas, mineiros e fluminenses. As razões mais citadas para a recomendação pelos turistas foram: ―atrativos turísticos‖ (31,0%), ―cidade bonita‖ (22,9%), ―pessoas acolhedoras‖ (18,8%), ―cidade agradável e acolhedora‖ (18,0%), ―cultura e lazer‖ (15,5%). Na perspectiva da demanda efetiva e da fidelização de turistas, esses itens, também lembrados pelos entrevistados do receptivo de Belo Horizonte, juntamente com os bares e restaurantes da cidade, deveriam merecer destaque em campanhas promocionais. Os poucos turistas que não recomendariam a visita a Belo Horizonte (4,2%), citaram como principais motivos: ―que há lugares melhores‖ (36,4%), ―falta de atrativos‖ (33,3%), ―limpeza‖ (18,2%), ―sem estrutura‖ (12,1%) e ―trânsito‖ (12,1%). Já os entrevistados do receptivo apontaram a falta de atrativos diurnos e os altos preços da hotelaria e alimentação, o que torna e cidade cara em relação a destinos concorrentes. Conjugando-se as razões de não recomendação com outras observações aqui evidenciadas, pode-se concluir que os pontos fracos mais expressivos da oferta turística de Belo Horizonte na perspectiva de sua demanda efetiva e que devem merecer atenção especial por parte dos gestores estão relacionados à baixa comercialização de pacotes e roteiros relativos à Capital. Isso também se relaciona com a pouca divulgação e a baixa capacidade de penetração das ―informações turísticas‖ disponibilizadas. Além disso, o transporte urbano, a limpeza pública e os preços da alimentação e da hospedagem na cidade são considerados pontos desfavoráveis, que devem ser trabalhados. Os principais destinos ―concorrentes‖ de Belo Horizonte apontados pelos entrevistados foram: cidades históricas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, em função da diversidade de seus atrativos e opções culturais. No plano da concorrência, isso aponta para a necessidade de Belo Horizonte reforçar sua imagem perante os principais mercados − − 329 emissores como cidade com boa estrutura e opções para a realização de eventos e viagens a lazer, além de base ideal para visitar cidades históricas. Os destinos mais importantes para a divulgação desta imagem incluem os mercados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que são os principais emissores. Em Minas, Belo Horizonte ainda é pensada muito como turismo de negócios. Apesar de os turistas oriundos do estado do Rio de Janeiro apresentarem a média de gasto turístico individual mais alta entre os estados do Sudeste, o fluxo emissivo proveniente deste estado para Belo Horizonte é ainda pequeno, em face de sua proximidade e importância econômica. Dessa forma, a demanda turística potencial deste estado para Belo Horizonte é enorme e relativamente subexplorada em relação a outros mercados emissores. Além disso, a região Nordeste e a Sul do Brasil, por apresentarem as médias mais elevadas de gastos turísticos em Belo Horizonte e terem fluxos turísticos ainda pouco expressivos para a Capital mineira, também são mercados potenciais a explorar. Os dados da pesquisa de demanda efetiva, por si só, não estimulam o investimento no mercado emissivo internacional, já que, ao contrário do que se poderia esperar, as motivações de viagem e os meios de hospedagem utilizados por turistas estrangeiros em Belo Horizonte são, na maior parte dos casos, associados à visita a parentes e amigos na cidade, e por isto, esses turistas apresentam menor média de gastos do que brasileiros. Como a base de oferta turística de atrativos de Belo Horizonte, tal como avaliada no item 2.1 deste relatório, tem capacidade de atrair fluxos turísticos majoritariamente regionais e nacionais, uma política para atrair fluxos de turistas estrangeiros mais expressivos tenderia a ser pouco eficaz e de baixo custo-benefício. Assim, o recomendável, a partir tão somente dos dados de demanda efetiva apresentados, seria focar no mercado nacional e, tal como argumentado, mais particularmente nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além das regiões Nordeste e Sul do País, enfatizando-se os pontos positivos e apreciados pelos turistas, por meio de mídias e estratégias de marketing com maior capacidade de penetração. A pesquisa de demanda potencial foi realizada no aeroporto de Congonhas, considerado o de maior fluxo de passageiros domésticos no País. As entrevistas foram realizadas durante sete dias corridos, iniciada na tarde de 13.07.2010 e encerrada na manhã de 20.07.2010, captando as informações dos viajantes que estavam embarcando para qualquer destino que não fosse Belo Horizonte ao longo de todos os dias da semana, mas que podiam ou não já ter visitado o município. A pesquisa tem um erro padrão de 5,1%, valor aceito pelos critérios estatísticos aceitáveis. Simultaneamente realizou-se uma pesquisa de caráter qualitativo com os principais operadores e agentes emissivos de São Paulo, indicados pela ABAV-SP, abrangendo tanto os que comercializavam quanto os que não comercializavam Belo Horizonte como produto turístico, visando captar suas percepções sobre o mercado da Capital mineira. A pesquisa com turistas potenciais logrou captar bem o tipo de perfil socioeconômico do turista que interessa a Belo Horizonte e que é muito similar ao encontrado na pesquisa de demanda efetiva realizada, apresentada neste volume. Para esclarecer melhor o perfil dos turistas potenciais entrevistados cuja origem era São Paulo e cuja motivação de viagem principal era ―Histórico-cultural‖ ou ―Eventos‖, que são características mais afins ao público-alvo do turista pretendido para Belo Horizonte, optou-se por cruzar essas variáveis com algumas variáveis relativas a perfil socioeconômico, hábitos de viagem, preferências e avaliações relevantes. Com exceção da variável gênero, há muitas semelhanças entre o perfil socioeconômico dos turistas efetivos e potenciais nas duas pesquisas realizadas no que tange a faixa etária, nível de renda e de escolaridade. − − 330 No caso da demanda potencial, o perfil da amostra de turistas potenciais quanto ao gênero apresenta praticamente a mesma proporção entre ambos os sexos. Predominam turistas entre 24 e 47 anos, com renda bruta individual entre R$1.000,00 e R$6.000,00, renda bruta familiar entre R$2.000,00 e R$8.000,00 e curso superior. Destaca-se que o nível de escolaridade dos turistas com motivação histórico-cultural é mais alto do que os que têm motivação para eventos. Apenas 0,9% dos entrevistados afirmou que tem residência permanente fora do País, o que pode ter sido influenciado pelo fato de Congonhas concentrar exclusivamente voos nacionais. Quanto aos estados de residência permanente dos turistas nacionais, 37,5% citaram São Paulo; Goiás, 7,1%; Rio Grande do Sul, 6,2%; Santa Catarina, 6,0%; Rio de Janeiro, 5,4%; Minas Gerais, 4,9%; e Distrito Federal, 4,9%. Os outros estados situam-se abaixo de 4,5%. Nas viagens a lazer, o tipo de turismo preferido é o turismo de sol e praia, de acordo com 70,6% dos turistas. Seguem em ordem de preferência o turismo histórico-cultural, com 42,0%, que é mais afim ao perfil da oferta turística de Belo Horizonte, e o segmento de atrativos naturais/ecoturismo com 37,2%, que têm um potencial muito grande no entorno de Belo Horizonte. O avião é o meio de transporte preferido por 73,9% dos turistas potenciais pesquisados, seguidos do automóvel, por 16,2% e o ônibus de linha, por 8,4%. Costumam viajar sozinhos 46,6%, enquanto que 38,5% viajam com a família e 14,8% em grupo. Os dados mostram que mais da metade dos turistas viaja em alguma forma de grupo, fato que pode ser explorado pelos receptivos na forma de roteiros ou outros tipos de turismo de grupos. Para os turistas potenciais, as viagens a lazer são mais freqüentes do que as de negócios. Para fins de lazer, 45,0% viajam de 1 a 15 dias por ano e 36,4% viajam de 16 a 30 dias por ano. Informaram que nunca viajam 3,2%. De outro lado, 35,6% afirmaram que nunca viajam a negócios, 27,0% viajam de 1 a 15 dias por ano com este fim e 13,5%, de 16 a 30 dias por ano. Este resultado revela que, de maneira geral, a demanda potencial para turismo de lazer é maior que a de turismo de negócios, na perspectiva do mercado emissor. Entre os turistas potenciais, 69,0% se hospedam prioritariamente em hotéis e 22,6% em casa de amigos e parentes. No caso dos turistas paulistas, esta distribuição é menos vantajosa para o destino: 63,0% se hospedam em hotéis e 31,2% em casa de parentes e amigos. Afirmaram já terem visitado Belo Horizonte 39,9%, sendo que a maioria destes já esteve neste município de 1 a 5 vezes. Este dado corrobora o resultado da demanda efetiva que indicava a capacidade de fidelização do turista de Belo Horizonte. Dos turistas que afirmaram já ter visitado Belo Horizonte em sua última viagem, 34,5% vieram a negócios. Estes, em conjunto com os que vieram para eventos e compras totalizam 44,7%. O turismo a lazer representou 19,6% e a visita a parentes e amigos, 17,6%. Embora o turismo de lazer apresente menor participação do que o de negócios na última viagem a Belo Horizonte, o número de dias por ano despendidos no primeiro é, em média, relativamente maior do que o de negócios. Estes resultados, juntamente com o encontrado na demanda efetiva, que aponta uma proporção mais expressiva de turistas motivados por lazer em Belo Horizonte, indica o potencial de turismo emissivo de lazer para Belo Horizonte ainda subexplorado. De modo geral, a avaliação da última viagem a Belo Horizonte pelos turistas é muito boa: para 61,5% atendeu plenamente às expectativas e para 18,9% superou as expectativas. − − 331 Na viagem, os turistas, em sua maioria, avaliaram como ―bom‖ e, em menor escala, como ―excelente‖ os atrativos, serviços e outros aspectos turísticos em Belo Horizonte. Apesar de os preços dos serviços de alimentação terem sido considerados altos pelos turistas efetivos, a oferta gastronômica da cidade, que também aparece bem avaliada na demanda efetiva, proporciona uma experiência positiva marcante na viagem turística a Belo Horizonte que pode ser mais bem explorada. O transporte urbano marca essa experiência turística negativamente e deve ser objeto de maior atenção pelo Poder Público. Assim, o item com maior grau de satisfação equivalente a ―bom‖ foi a infraestrutura de alimentação, com 65,5% das opções, seguido pelos atrativos, com 64,2%, e preço da alimentação, com 60,8%. Com o grau de ―excelente‖ destacaram-se em ordem de preferência: acolhida da população com 45,3%; qualidade da comida, com 43,9%; e qualidade da hospedagem, com 25,7%. No outro extremo, o serviço que obteve a pior avaliação foi transporte urbano, avaliado como ―excelente‖ por apenas 2,0% dos turistas e como ―ruim‖ ou ―péssimo‖ por 4,8%. Na percepção de 48,6% dos turistas que já estiveram em Belo Horizonte, nenhum dos meios de divulgação influenciou nessa sua decisão de viagem, enquanto 39,9% citaram a influência de amigos e parentes, 18,2% a utilização de outros meios não relacionados na tabela e 15,5% a internet. A agência de viagem, com 33,1%, foi o canal de comercialização mais utilizado em sua última viagem a Belo Horizonte. Juntamente com as operadoras turísticas, com 4,7%, respondem por 38,4%. Este dado contrasta com a pequena proporção de turistas efetivos que utilizam pacotes para Belo Horizonte, indicando que há mercado potencial ainda subexplorado para utilização deste canal de comercialização. Alguns elementos foram apresentados aos turistas potenciais para que avaliassem o grau de influência na escolha do destino Belo Horizonte. Os elementos que tiveram menor influência foram: disponibilidade de pacotes de viagem, material promocional e equipamentos de entretenimento, além de elementos relacionados à infraestrutura de serviços públicos. Apesar de pouco importantes, estes elementos foram avaliados como pontos negativos da oferta turística de Belo Horizonte na perspectiva da demanda efetiva. Por isso, merecem cuidado para efeito de imagem e fidelização do destino. Os resultados da pesquisa da demanda efetiva mostram que as motivações relacionadas a saúde, estudo e visitas a parentes e amigos, isoladamente, são decisivas para a realização da viagem a Belo Horizonte. A realização de negócios também tem alto grau de influência. Recomendariam a viagem a amigos e parentes 92,6% dos turistas que visitaram Belo Horizonte. No caso dos turistas de eventos, 100% recomendariam o destino Belo Horizonte. As principais razões para a recomendação foram ―população muito acolhedora‖ (33,6%) ―atrativos‖ (29,9%), ―restaurantes e bares‖ (16,8%) e ―cidade em geral‖ (6,6%). Estes fatores são similares aos encontrados na pesquisa de demanda efetiva e corroboram a indicação dos elementos que devem ser enfatizados em campanhas promocionais de Belo Horizonte, juntamente com a qualidade dos serviços de gastronomia, hospedagem, entretenimento e lazer, de modo geral. Considerando a pequena parcela dos que não recomendariam, a principal razão dada foi não conhecer bem a cidade (30%), o que em si não sugere explicitamente algum aspecto negativo, mas salienta a falta de divulgação dos atrativos da cidade. Dos turistas potenciais que nunca estiveram em Belo Horizonte, 3,6% alegaram falta de interesse; 48,4% ―possuir outras prioridades de viagem‖; 19,3%, ―falta de oportunidade‖; 13,9% ―desconhecer os atrativos‖; e 11,7% não dispor de informações turísticas sobre a região. Os motivos citados relacionam-se à falta de divulgação dos atrativos, o que pode induzir o interesse dos turistas em conhecer o destino Belo Horizonte. Este mesmo cenário se apresenta, com pequenas diferenças, quando se destaca o turismo por motivação cultural e de eventos e os turistas com residência permanente em São Paulo. − − 332 Os fatores que mais influenciariam a visita a Belo Horizonte, apurados com base em uma escala crescente de 0 a 10 foram: hospitalidade, gastronomia e atrativos culturais. Os atrativos culturais estão associados ao desejo de conhecer a história e a cultura da cidade como um todo, as cidades históricas, a programação cultural, os eventos e a culinária. Estes aspectos, de modo geral, foram bem avaliados por estes turistas potenciais e se revelam como elementos cuja influência pode ser decisiva à medida que tiverem melhor divulgação. Para os turistas, negócios pouco influenciaram a decisão de visitar Belo Horizonte. A receptividade das pessoas e os atrativos culturais foram os elementos que mais influenciaram. O elemento que menos influenciou foi ―negócios‖. Ao contrário do que normalmente se pensa, este resultado sugere que a expectativa dos paulistas em relação a Belo Horizonte como destino de negócios é baixa. Se o lazer e a cultura foram os atrativos que mais atrairiam os paulistas para Belo Horizonte, na pesquisa de demanda efetiva foram os mineiros os principais turistas a negócios em Belo Horizonte. Este dado rompe com estereótipos e indicam novas diretrizes de comunicação e marketing para a comercialização turística de Belo Horizonte. A expectativa dos turistas que ainda não visitaram Belo Horizonte em relação aos serviços turísticos é predominantemente boa, sobretudo para a qualidade dos atrativos, restaurantes, bares e lazer. O trânsito surge mais uma vez como o item com a pior expectativa. Para os turistas paulistas, os itens que se destacaram com expectativa boa ou excelente para mais de 80% foram: qualidade dos atrativos com 90,4%; restaurantes, com 87,9%; bares, com 85,5%; e diversão/lazer com 90,3%. Para 55,3% dos turistas o grau de conhecimento de Belo Horizonte é baixo, para 29,4% é médio e para 13,2% nenhum. Apenas 1,3% afirmou que tem alto grau de conhecimento. Este resultado reflete a deficiência dos meios de divulgação dos atrativos da cidade em outros estados e a grande demanda potencial a ser trabalhada a partir de mais iniciativas de divulgação. Ao analisar-se o grau de conhecimento por tipo de motivação, o nível de conhecimento revela-se ainda menor, já que 64,0% dos turistas histórico-culturais e 70,4% dos turistas de eventos afirmaram que seu conhecimento é baixo ou nenhum. Esta mesma perspectiva verifica-se com os turistas paulistas, visto que 71% afirmaram que seu conhecimento é baixo ou nenhum e apenas 2,2% que seu grau de conhecimento é alto. Quanto à imagem associada à cidade por 25,1% dos turistas potenciais citaram ―acolhedora, arborizada e bela‖; 13,7% de ―cidade grande, centro cultural e comercial‖; e 9,4%, de ―Minas em geral‖, com destaque para sua história e culinária. A Lagoa da Pampulha foi o único atrativo lembrado pelo nome, citado por 3,0%. Ainda se verifica alguma associação da cidade com tranquilidade e características de interior. Todas essas imagens têm conotação positiva e devem ser reforçadas na divulgação de Belo Horizonte. Entre as ações sugeridas para melhorar a imagem de Belo Horizonte, 52,6% apontaram a divulgação da cidade; 15,4% as estradas de acesso; 11,1% os serviços públicos; e 8,9%, os atrativos. Este resultado também se verifica ao se destacar a opinião dos turistas com motivação histórico-cultural e de eventos e os turistas com residência permanente em São Paulo. Os principais destinos considerados competidores de Belo Horizonte para fins de turismo cultural foram: São Paulo, com 42,0%; Curitiba, com 20,2%; Rio de Janeiro, com 17,3%; e Brasília, com 4,9%. Este mesma sequência de importância dos destinos competidores foi citada pelos turistas paulistas, embora dando menos importância ao Rio de Janeiro (8%) e igual destaque ao Distrito Federal (8%). Os produtos turísticos que mais se destacam em relação a Belo Horizonte para fins de turismo cultural foram: no caso de São Paulo, diversidade de eventos, opções de compras, gastronomia, teatros, museus, equipamentos de entretenimento e lazer; de Curitiba, − − 333 eventos, atrativos artísticos e cultura;e do Rio de Janeiro, os atrativos como praia e natureza. Alguns atrativos únicos também foram citados, como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor. Em Brasília, foram citados como grandes diferenciais o fato de ser sede do governo e a sua arquitetura. São Paulo tem amplo destaque como principal destino competidor de Belo Horizonte para fins de negócios e eventos, conforme 75,7% dos entrevistados. De acordo com os turistas com motivação histórico-cultural e de eventos, neste caso os principais destinos competidores são: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. São Paulo destaca-se com 79,4% das citações dos turistas histórico-culturais e 77,4% dos de eventos. Os outros três destinos juntos correspondem a 12,1% da preferência dos turistas culturais e 16,8% dos turistas de eventos. Para 78,3% dos turistas paulistas, São Paulo e o maior destino competidor de Belo Horizonte para fins de negócios e eventos. No caso de São Paulo, o maior competidor, os produtos turísticos que mais se destacaram foram: maior população, volume e variedade de atividade econômica e empregos e o fato de ser o maior centro de negócios e de oferecer diversidade de eventos, opções de compras, gastronomia, teatros, museus e equipamentos de entretenimento e lazer. Foi mencionada também a infraestrutura em geral, como transporte e centro de convenções, itens que devem ser mais trabalhados em Belo Horizonte. No geral, tanto a pesquisa de demanda efetiva quanto a potencial indicam grande potencial turístico para Belo Horizonte, associado ao turismo de lazer e cultural, além de eventos e negócios em geral, sobretudo nos mercados de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Para que este potencial se realize, será necessário trabalhar os pontos mais débeis da oferta turística, avaliados tanto por turistas efetivos e potenciais quanto pelos gestores entrevistados na pesquisa da oferta turística, bem como divulgar os pontos fortes indicados por essas fontes nos mercados constituídos por São Paulo, Minas e Rio, além de mercados potenciais nas regiões Nordeste e Sul do Brasil. A perspectiva advinda da pesquisa qualitativa realizada com agentes emissivos e receptivos em São Paulo e em Belo Horizonte, respectivamente, agrega ainda alguns pontos e sugestões importantes. Os agentes emissivos entrevistados têm, em geral, baixo ou médio grau de conhecimento da oferta turística de Belo Horizonte, sobretudo em relação ao segmento de lazer. A imagem que eles e seus clientes têm de Belo Horizonte é positiva, mas mais associada a negócios e à de um ponto de passagem para as cidades históricas, e ambos têm baixo ou médio interesse na comercialização da Capital mineira isoladamente até o presente, talvez porque seja pouco divulgada. Por isso, Belo Horizonte responde apenas por 1% a 5% do percentual de venda dos agentes, sendo a região do Nordeste do Brasil seu o principal mercado. A maioria dos agentes informou que o segmento histórico-cultural é o primeiro mais procurado por seus clientes quando o destino é a Capital mineira, sendo que as empresas que comercializam Belo Horizonte normalmente o fazem de forma agregada ao roteiro das cidades históricas, e não como um destino isolado. Em relação aos atrativos mais procurados de Belo Horizonte, foram citados o City tour e a região da Pampulha com certo destaque. A avaliação que têm dos atrativos da cidade, em geral, é boa, com exceção do Mercado Municipal, que foi avaliado como ―regular‖. Para quem vende Belo Horizonte, os principais pontos positivos do destino citados foram: gastronomia, atrativos, atrações culturais em particular, e infraestrutura. Como pontos negativos foram citados os serviços e a qualidade de parte dos hotéis, que são velhos e com preço alto, e a pouca visibilidade do destino, que precisa de mais promoção. Foi citado, ainda, que a segurança poderia melhorar. − − 334 Para os agentes e operadores que não comercializam Belo Horizonte os principais pontos positivos citados foram: a cidade é agradável e o povo acolhedor; boa vida noturna; boa oferta gastronômica e cultural; e boa infraestrutura para negócios, principalmente no que se refere a hotelaria e aeroporto. Os pontos negativos citados foram: pouca atração cultural; e não divulga as que têm. Houve menção à longa distância de Confins até o centro da cidade e à necessidade de uma melhor sinalização turística. Também foi citado que Belo Horizonte precisa ampliar a parte de atrativos e hotéis, principalmente em época de congresso. Uma dificuldade citada sobre a comercialização do destino Belo Horizonte é que o custo é muito alto e que a relação comercial com os meios de hospedagem é dificultada pelo fato de estes estarem mais acostumados a lidar com o corporativo, faltando promoções e cortesias, que ocorre na maioria dos destinos no Brasil, como as referentes à cobrança de diária para guia e motorista. Problema similar ocorre com os restaurantes, que também não estão acostumados a trabalhar com grupos. Citaram, ainda, que os agentes receptivos oferecem poucas boas opções, que elas têm custo elevado e que a hotelaria poderia disponibilizar as tarifas on line, para facilitar a consulta. Na opinião das agências e operadoras de viagens, os três principais destinos concorrentes de Belo Horizonte são: Curitiba, Brasília, São Paulo e Porto Alegre, além das cidades de Foz do Iguaçu e Vitória. Salienta-se que a região do Sul do Brasil foi apontada como terceiro mercado em importância e a região Centro Oeste como o quinto, ambos avaliados como ―bons‖ ou ―excelentes‖, de forma geral. Com relação ao que poderia ser feito para incrementar a comercialização da cidade como destino turístico, citou-se a necessidade de realizar uma Fam Tour (viagem de familiarização no destino) e de promover uma maior e melhor divulgação do destino e roteiros para operadores e clientes, inclusive de forma associada às cidades históricas. Outras sugestões: negociar com as operadoras mais noites livres em Belo Horizonte; criar tour regulares e produtos que sejam comercializados, inclusive para a terceira idade, a preços baratos; reformar alguns hotéis; treinar a mão de obra; e melhorar a qualidade nos serviços. Para agências e operadoras que não comercializam Belo Horizonte como destino de lazer, a pergunta sobre o que as levariam a comercializar a Capital mineira como destino turístico teve como principal resposta a maior divulgação dos atrativos da cidade, por meio de eventos e de todo tipo de mídia, destacando suas opções como destino de lazer, sobretudo para os que não conhecem a cidade e não a vêem como destino turístico. Sugeriu-se a divulgação de pacotes de fins de semana e de ―sightseeing‖ (visita a lugares turísticos, excursão), de preferência elaborado de forma que o preço do pacote aéreo tenha um valor aproximado do rodoviário. Em relação a preços, houve sugestões no sentido de fomentar parcerias com companhias aéreas e hotéis para reduzir o preço e incluir outras cidades no pacote, além de realizar promoções a preços baixos, especialmente nos fins de semana, quando a demanda turística é menor. No caso da Casa de Minas, detectou-se uma visão muito atrelada a Belo Horizonte como destino de negócios, como acontece com os agentes. Este espaço poderia ser trabalhado no sentido de ampliar sua visão e de incrementar ações para promover a cidade também como destino de cultura e lazer. De modo geral, na opinião dos entrevistados, Belo Horizonte tem grande potencial turístico. Porém, apenas ter uma imagem positiva não faz com que o turista procure conhecê-la. É necessário melhorar os seus atrativos, os equipamentos e os serviços turísticos para incrementar o segmento de turismo de lazer, que é incipiente na cidade. A privilegiada localização de Belo Horizonte, praticamente no centro do País, e os altos recursos advindos do setor de eventos motivaram sua maior divulgação como uma cidade de negócios e de eventos. Apesar de nos últimos anos ter havido maior divulgação da − − 335 diversidade da oferta turística local e de seu entorno nos vários segmentos existentes, o foco no turismo de eventos e negócios reflete não só a imagem do mercado interno de Minas Gerais como também de maior pólo emissor para o estado, como se pode observar na pesquisa de turismo potencial realizada com os agentes de turismo emissivo de São Paulo. O quase generalizado desconhecimento dos roteiros turísticos que constam no Guia Turístico de Belo Horizonte, editado pela Belotur, pode estar refletindo tanto problemas de divulgação quanto de aderência à realidade comercial do setor turístico local. O plano de marketing elaborado para divulgar a oferta turística local na forma de roteiros não parece ter contemplado devidamente as necessidades do mercado interno do receptivo turístico, fazendo com que esses roteiros não fossem comercializados no seu conjunto ou parcialmente. A pouca divulgação da oferta turística de Belo Horizonte no mercado contribui para que a bela vista da cidade, a arquitetura de Niemeyer e a Praça da Liberdade, usufruídos, muitas vezes, em city tour praticamente panorâmico, seja, geralmente, aquilo que se oferece no receptivo em Belo Horizonte. As riquezas divulgadas nos fôlderes promocionais como a história, o artesanato, as pedras preciosas, a gastronomia e outros atrativos são pouco ou quase desconhecidas pelo turista que vivencia o principal roteiro turístico comercializado. Podem-se relacionar esses resultados com a opinião dos emissores paulistas quando disseram ter pouco conhecimento e interesse pelos atrativos turísticos de Belo Horizonte. Alguns pontos positivos de Belo Horizonte, como a hospitalidade e a gastronomia, também coincidem com a opinião dos agentes emissivos de São Paulo, assim como o alto preço cobrado pela hotelaria local, considerado alto em relação a outros destinos nacionais e, até mesmo, internacionais. Pode-se concluir que é necessário realizar um planejamento integrado, visando à sinergia entre as políticas públicas e privada, de modo a promover, divulgar e comercializar a oferta turística de Belo Horizonte nos diversos segmentos existentes, que não são incompatíveis entre si. As ações de promoção e divulgação devem ser trabalhadas em três vetores: a) valorizar a cidade para a população; b) convencer os fornecedores dos serviços turísticos que eles e o destino como um todo só terão a ganhar, se for trabalhada e vendida como turismo de negócios, mas também de lazer e cultura; c) divulgar e estimular os mercados emissores para o estado e motivar o consumidor final. Os fornecedores locais têm que comprar a ideia de consolidar Belo Horizonte como um destino turístico e se aliarem ao setor público e à sociedade como um todo nessas ações. − − 336 2.3. ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA BÁSICA E DOS SERVIÇOS GERAIS DA ÁREA TURÍSTICA O diagnóstico da infraestrutura básica de Belo Horizonte teve por foco o incremento da atividade turística. Busca evidenciar os pontos potencialmente positivos e as carências do município. Diante do esperado incremento da demanda pelos serviços e pelas estruturas existentes, pretende-se identificar a necessidade de incremento, reforço, reformulação ou implantação. Os itens pesquisados e diagnosticados são aqueles apontados pelo Termo de Referência do projeto, agrupados por afinidade temática. 2.3.1. Rede viária A dimensão Rede de Acesso Viária é composta pelas variáveis: aeroviária (aeroportos e heliportos), rodoviária (transporte e mobilidade urbana) e outros tipos de acesso (aquaviário e ferroviário por exemplo). O estudo do acesso envolve a análise das estruturas físicas existentes e previstas (aeroportos, avenidas, obras de arte, etc.), vistas como elementos estáticos, e os planos de integração e gerenciamento dessa rede. O relatório Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional, considerando Belo Horizonte um dos destinos, classificou a cidade em posição abaixo da média de outras capitais brasileiras em relação a acesso. Na escala definida por este trabalho, Belo Horizonte obteve 69,2 pontos, enquanto a média das capitais brasileiras foi de 69,9 pontos, pressionada, sobretudo, por deficiências rodoviárias e de viabilidade urbana. No mesmo trabalho, a pontuação média nacional para acesso foi de 50,8. (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2008). Condições adequadas de chegada e partida do destino e de locomoção eficiente são fundamentais para a atração e manutenção da atividade turística, sobretudo em locais com vocação para o turismo de negócio e de eventos ou indutores do turismo regional (caso de Belo Horizonte), onde as condições de acesso são determinantes. 2.3.1.1. Transporte rodoviário O estado de Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do Brasil, com cerca de 270 mil quilômetros, incluindo rodovias municipais (88%), estaduais (8,5%) e federais (3,5%). Pela sua situação geográfica central, Belo Horizonte, abriga importantes eixos rodoviários federais, que combinados com as rodovias estaduais e municipais, representam uma rede viária densa e diversificada. Os eixos federais - BR-040, no seu trecho referente à Rio de Janeiro - Belo Horizonte – Brasília; a BR-262, que vem desde Corumbá, passa por Brasília até Belo Horizonte e Vitória; e a BR-381, que liga São Paulo a Belo Horizonte e daí a Governador Valadares; mais a BR356, entre Belo Horizonte – Itabirito; Rodovias que permitem o acesso rodoviário à Belo Horizonte dos principais emissores de turistas, conforme destacado na pesquisa de demanda (Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo). Todas as BRs em seu trecho mineiro encontram-se em estado regular de condição de tráfego devido às condições de pavimentação, desgaste e ondulações que requerem investimentos contínuos para ajustes das vias e ocorrência de alguns buracos, com operação tapa buracos em andamento. Além de sua relevância enquanto eixo rodoviário, estas rodovias servem de acesso a áreas turísticas em Minas Gerais, como Ouro Preto e outras cidades históricas e Inhotim. As rodovias estaduais com alta relevância para o turismo são a MG-010, em dois trechos específicos – a Linha Verde, entre Belo Horizonte e o aeroporto internacional de Confins, em ótima condição de uso tendo em vista a conclusão da obra em 2005 que contou com investimentos de R$130 milhões. Já o trecho a partir de Confins até o município histórico de Conceição do Mato Dentro, que percorre o importante atrativo Parque Nacional da Serra do Cipó, está em condição de uso regular devido à necessidade de recuperação asfáltica da − − 337 via. A MG-050, entre Betim e São Sebastião do Paraíso, apesar da alta relevância turística, por interligar a capital mineira ao Sul do estado, encontra-se em condição de uso regular, devido às mesmas condições expostas anteriormente. No que diz respeito às malhas estadual e federal, a distribuição é sintetizada pela tabela 2.300. Tabela 2.300 Distribuição da malha rodoviária no estado de Minas Gerais - 2009 Rede rodoviária (Km) Jurisdição Federais delegadas Estaduais Total Federal (DNIT) Total Geral Estadual (DER/MG) Pavimentada Não Pavimentada Total 2.252 15.644 17.896 8.141 26.037 403 7.118 7.521 618 8.139 2.655 22.762 25.417 8.760 34.176 Fonte: DER-MG, 2009 Apesar dos investimentos em infraestrutura feitos pelos governos federal e estadual para Minas Gerais nos últimos anos, 73,7% da malha rodoviária federal e estadual estão em situação regular, ruim ou péssima na classificação baseada nos atributos pavimentação, sinalização e geometria da via. Todas as rodovias federais que dão acesso a Belo Horizonte apresentam condição regular (CNT, 2009). Com base na análise macro dos estudos CNT (2009), a única rodovia estadual radial (origem em Belo Horizonte) avaliada foi a MG-050, que liga a Capital mineira à divisa com São Paulo, no município de São Sebastião do Paraíso (MG), classificada como ―regular‖ (quadro 2.55). Quadro 2.55 Classificação da Confederação Nacional de Transportes das rodovias que servem Belo Horizonte – 2009 Rodovia BR-040 BR-262 BR-381 MG-050 Geral regular regular regular regular Pavimento bom bom bom regular Sinalização regular regular bom regular Geometria regular regular regular péssimo Fonte: CNT, 2009 As rodovias estaduais que servem Belo Horizonte com origem na Capital ou na RMBH têm, na perspectiva de otimização do turismo, baixa relevância, exceto a MG-010 (parte Linha Verde) e a MG-050 (liga a capital ao sudeste do estado), esta administrada pela Parceria Público Privada (PPP), ambas importantes vias de acesso para Belo Horizonte. Relevantes, porém de modo secundário, destacam-se as vias de acesso a Caeté e Rio Acima, bem como o acesso alternativo a Sete Lagoas. O quadro 2.56 apresenta a correlação entre as vias, sua condição e relevância no contexto turístico da Capital mineira (ver também mapa 2.3.1). O incremento da atividade turística em Belo Horizonte, levando em conta sua vocação para o turismo de negócios e encontros e de centro dispersor do turismo regional, exige a oferta de boas condições viárias. É especialmente necessário para aquele público originado de distâncias inferiores a 300 quilômetros da Capital, que, prioritariamente, se desloca por rodovias, e para aqueles turistas que aportam em Belo Horizonte e dispersam para circuitos turísticos de municípios próximos. − − 338 Quadro 2.56 Comparativo entre acesso rodoviário e turismo de Belo Horizonte e sua região metropolitana - 2009 Rodovia Trecho mineiro Condição MG-010 A MG-010 B MG-050 BR-040 BR-262 BR-381 MG-424 MG-435 BR-356 MG-030 MG-020 MG-040 MG-060 MG-260 MG-323 MG-432 MG-431 Belo Horizonte - Confins (Linha Verde) Confins - Conceição do Mato Dentro Betim - São Sebastião do Paraíso Rio de Janeiro - Belo Horizonte - Brasília Corumbá - Belo Horizonte - Vitória São Paulo - Governador Valadares Entrocamento MG-010 - Sete L