PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO
SUSTENTÁVEL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
PDITS–BH
Belo Horizonte
Setembro de 2012
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Presidenta: Dilma Vana Rousseff
Vice-presidente: Michel Miguel Elias Temer
MINISTÉRIO DO TURISMO
Ministro: Gastão Dias Vieira
SECRETARIA NACIONAL DE PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO
TURISMO
Secretário: Fábio Rios Mota
DEPARTAMENTO DE PROGRAMAS REGIONAIS DE DESENVOLVIMENTO DO
TURISMO
Diretor: Carlos Henrique Menezes Sobral
COORDENAÇÃO GERAL DE PROGRAMAS REGIONAIS II
Viviane de Faria – Coordenadora
Ana Carla Fernandes Moura – Técnica Nível Superior
Marina Neiva Dias – Técnica Nível Superior
Miranice Lima Santos – Técnica Nível Superior
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II
MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
Prefeito: Márcio Araújo de Lacerda
Vice-prefeito: Roberto Vieira de Carvalho
SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
Secretário: Marcello de Lima Santiago Faulhaber Campos
EMPRESA MUNICIPAL DE TURISMO DE BELO HORIZONTE – BELOTUR
Presidente: Mauro Guimarães Werkema
Diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios: Gelton Pinto Coelho Filho
Diretora de Marketing: Danielle Morreale Diniz
Diretora de Promoção Turística: Stella Maris de Moura Kleinrath
Diretor Administrativo e Financeiro: Marco Aurélio Penzim
Chefe da Assessoria Jurídica: Laura Menezes Rodrigues
Chefe da Assessoria de Gestão: Eduardo Henrique de Paula Cruvinel
Assessora: Juliana Barcellos Ribeiro
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO
Eduardo Henrique de Paula Cruvinel – Bacharel em Turismo
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Juliana Barcellos Ribeiro – Bacharel em Turismo
ASSESSORIA TÉCNICA
Ana Cláudia Rodrigues – Bacharel em Turismo
Flávia Werneck Pelegrino – Bacharel em Turismo
Gláucia Valéria da Cruz Silva – Bacharel em Turismo
Guilherme D‘Avila Dias de Mello – Bacharel em Turismo
Iremar Regina Vieira – Bacharel em Turismo
Nathalie Danif Moreira de Faria – Bacharel em Turismo
Rogéria Nunes de Almeida Costa – Gestão Empresarial
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III
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO
Presidente: Marilena Chaves
CENTRO DE ESTUDOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS PAULO CAMILLO DE
OLIVEIRA PENNA
Diretora: Juliana Rodrigues de Paula Chiari
EQUIPE TÉCNICA
COORDENAÇÃO
Vera Lucia Voll
ELABORAÇÃO
Cláudio Burian Wanderlei – Economista
Daniel Correa – Geógrafo
Fernanda Roscoe Caetano de Abreu – Geógrafa
Glauco José de Matos Umbelino – Geógrafo
Ivanete Simões Vargas – Administradora
José Euclides Alhadas Cavalcanti – Economista
Luciana Lima – Administradora
Maria de Fátima Cunha – Administradora
Maria Izabel Marques – Arquiteta
Mauro Knüper Coutinho – Turismólogo
Nelson A. Quadros Vieira Filho – Economista
Renata K. Coutinho – Turismóloga
Roberto Chafik Abu Kámel – Urbanista
Rossana Nara de Castro Viglioni Nogues – Turismóloga
Vera Lucia Voll – Socióloga
COLABORAÇÃO
Agda Mendonça
Luiz Carlos Freitas Pereira
Helena Schirm
Sálvio Ferreira de Lemos
APOIO ADMINISTRATIVO
Gislene Andrade
Lília Kely Santos
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IV
Fundação João Pinheiro. Centro de Estudos de Políticas
Públicas
Empresa de Turismo de Belo Horizonte – BELOTUR
Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo
Sustentável de Belo Horizonte
Minas Gerais / Fundação João Pinheiro. Centro de Estudos
de Políticas Públicas Paulo Camillo de Oliveira Penna –
Belo Horizonte, 2010.
Volume I e II Relatório técnico: 742 páginas il.
Volume III Apêndices: 297 páginas
1. Turismo 2. Planejamento do turismo – 3. Belo
Horizonte – Minas Gerais
CDU
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V
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO
SUSTENTÁVEL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
PDITS–BH
Belo Horizonte
setembro de 2012
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VI
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO
Alameda das Acácias, 70
Bairro São Luiz - Belo Horizonte – MG
CEP 31.275.150
Telefone: (31) 3448.9400
Fax: (31)3448.9588
E-mail: [email protected]
Site: http://www.fjp.gov.br
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VII
SUMÁRIO
EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................... IV
Listas de tabelas, gráficos, quadros, figuras e mapas .................................................................... XI
Lista de tabelas .................................................................................................................................. XI
Lista de quadros.............................................................................................................................XXIII
Lista de gráficos ............................................................................................................................. XXX
Lista de figuras ............................................................................................................................ XXXIV
Lista de mapas ............................................................................................................................. XXXV
APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 1
1. FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS DO PDITS-BH ............................................... 4
1.1.
Introdução .................................................................................................................................... 4
1.2. Objetivos do PDITS-BH ............................................................................................................... 6
1.2.1. Objetivo geral .......................................................................................................................... 6
1.2.2. Objetivos específicos .............................................................................................................. 6
1.3. Projeções e metas para os objetivos finalísticos .................................................................... 7
1.3.1. Cenários .................................................................................................................................. 7
1.3.2. Projeções para as variáveis dos objetivos finalísticos nos três cenários ............................... 8
1.3.3. As metas para os objetivos finalísticos ................................................................................. 23
2. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA ÁREA E DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS
............................................................................................................................. 24
2.1. Análise do mercado turístico - oferta ...................................................................................... 24
2.1.1. A hierarquização dos atrativos turísticos .............................................................................. 25
2.1.2. Análise dos atrativos turísticos ............................................................................................. 27
2.1.3. Análise dos serviços e equipamentos turísticos ................................................................... 67
2.1.4. Capacitação de gestores e profissionais dos serviços e equipamentos turísticos ............. 155
2.2. ANÁLISE DA DEMANDA TURÍSTICA DE BELO HORIZONTE ............................................. 255
2.2.1. Análise da demanda turística atual ..................................................................................... 255
2.2.2. Análise da demanda turística potencial de Belo Horizonte ................................................ 285
2.2.3. Conclusões ......................................................................................................................... 326
2.3.
ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA BÁSICA E DOS SERVIÇOS GERAIS DA ÁREA
TURÍSTICA ............................................................................................................................ 337
2.3.1. Rede viária .......................................................................................................................... 337
2.3.2. Sistema de saneamento público ......................................................................................... 348
2.3.3. Sistema de comunicação .................................................................................................... 366
2.3.4. Iluminação pública .............................................................................................................. 367
2.3.5. Serviços de saúde ............................................................................................................... 369
2.3.6. Segurança ........................................................................................................................... 375
2.3.7. Considerações finais ........................................................................................................... 379
2.4. ANÁLISE DO QUADRO INSTITUCIONAL DA ÁREA TURÍSTICA......................................... 381
2.4.1. Órgãos e instituições que atuam na gestão do turismo na área turística ........................... 381
2.4.2. Impactos e limitações das políticas públicas e da gestão pública ...................................... 394
2.4.3. Organização e coordenação do processo de planejamento turístico ................................. 394
2.4.4. Legislação urbanística, ambiental e turística ...................................................................... 400
2.4.5. Quadro dos incentivos para o investimento privado turístico ............................................. 408
2.5. ANÁLISE DOS ASPECTOS SOCIOAMBIENTAIS NA ÁREA TURÍSTICA ............................ 412
2.5.1. Contextualização histórica .................................................................................................. 412
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−
VIII
2.5.2. Meio físico e meio biótico .................................................................................................... 415
2.5.3. Dinâmica populacional ........................................................................................................ 420
2.5.4. Estrutura produtiva .............................................................................................................. 425
2.5.5. Políticas urbanas ................................................................................................................. 432
2.5.6. Políticas sociais ................................................................................................................... 438
2.5.7. Cultura ................................................................................................................................. 443
2.5.8. Patrimônio histórico e cultural ............................................................................................. 445
2.5.9. Educação ............................................................................................................................ 447
2.5.10. Identificação e avaliação dos impactos ambientais causados por atividades turísticas .... 453
2.5.11. Gestão ambiental pública.................................................................................................... 474
2.5.12. Gestão ambiental nas empresas privadas.......................................................................... 489
2.5.13. Instrumentos de planejamento e controle territorial ............................................................ 489
2.5.14. Grau de participação e inclusão de diferentes grupos de interesse no desenvolvimento
turístico da área .............................................................................................................................. 501
2.6. CONSOLIDAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO ......................................................... 504
2.6.1. Análise dos produtos turísticos em relação aos mercados-meta ....................................... 504
2.6.2. Identificação de áreas críticas de intervenção e dos atores locais que precisam ser
mobilizados ..................................................................................................................................... 510
2.6.3. Posição atual da área no mercado turístico versus posicionamento potencial .................. 523
2.6.4. Estruturação da Matriz SWOT ............................................................................................ 532
3. VALIDAÇÃO DA SELEÇÃO DA ÁREA TURÍSTICA ........................................ 539
3.1.
Importância dos atrativos ou recursos turísticos ................................................................ 539
3.2.
Acessibilidade e conectividade ............................................................................................. 541
3.3.
Nível de uso atual ou potencial .............................................................................................. 546
3.4.
Condições físicas e serviços básicos ................................................................................... 550
3.5.
Quadro institucional e aspectos legais ................................................................................. 551
3.6.
Validação da seleção da área turística .................................................................................. 551
4. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO .................................. 554
4.1.
Produto turístico ...................................................................................................................... 554
4.2.
Comercialização ...................................................................................................................... 557
4.3.
Infraestrutura e serviços básicos .......................................................................................... 558
4.4.
Fortalecimento institucional ................................................................................................... 559
4.5.
Gestão socioambiental ........................................................................................................... 560
5. PLANO DE AÇÃO: SELEÇÃO DE PROCEDIMENTOS, AÇÕES E PROJETOS
........................................................................................................................... 562
5.1. Visão geral e ações previstas ................................................................................................ 562
5.1.1. Produto Turístico ................................................................................................................. 562
5.1.2. Comercialização .................................................................................................................. 571
5.1.3. Infraestrutura e serviços básicos ........................................................................................ 573
5.1.4. Fortalecimento institucional ................................................................................................ 579
5.1.5. Gestão socioambiental........................................................................................................ 586
5.2.
Dimensionamento do investimento total .............................................................................. 591
5.3.
Seleção e priorização das ações ........................................................................................... 594
−
−
IX
5.4.
Descrição das ações a serem realizadas durante os dezoito primeiros meses de
financiamento do Prodetur Nacional ................................................................................. 596
5.5.
Avaliação dos impactos socioambientais ............................................................................ 613
5.6. Programa de Gestão Ambiental – PDITS-BH ........................................................................ 629
5.6.1. Produto Turístico ................................................................................................................. 630
5.6.2. Comercialização .................................................................................................................. 638
5.6.3. Infraestrutura e serviços básicos ........................................................................................ 638
5.6.4. Fortalecimento institucional ................................................................................................ 643
5.6.5. Gestão socioambiental........................................................................................................ 647
6. FEEDBACK: ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO ....................................... 650
6.1.
Monitoramento do plano e da evolução do turismo na área .............................................. 650
6.2.
Indicadores para o monitoramento da evolução do turismo na área ................................ 651
6.3.
Avaliação de resultados ......................................................................................................... 652
6.4.
Revisão do Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável em Belo Horizonte ...... 654
7. PARTICIPAÇÃO PÚBLICA E VALIDAÇÃO DO PDITS-BH ............................. 655
7.1.
Ata, lista de presença e imagens da Primeira Oficina de Participação do PDITS-BH...... 662
7.2.
Ata, lista de presença e imagens da Segunda Oficina de Participação do PDITS-BH ..... 672
7.3.
Ata, lista de presença e imagens da Terceira Oficina de Participação do PDITS-BH ...... 680
7.4.
Ata, lista de presença e imagens da Audiência Pública do do PDITS-BH ........................ 690
8. CONCLUSÃO .................................................................................................... 697
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 698
−
−
X
Listas de tabelas, gráficos, quadros, figuras e mapas
Lista de tabelas
TABELA 1.1 NÚMERO ESTIMADO DE TURISTAS EM BELO HORIZONTE, POR ANO, NO PERÍODO 2010–2020 ...... 10
TABELA 1.2 OFERTA ESTIMADA DE MEIOS DE HOSPEDAGEM E DE UNIDADES HABITACIONAIS EM BELO
HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 .......................................................................................................... 12
TABELA 1.3 OFERTA ESTIMADA DE LEITOS DE SOLTEIRO E DE CASAL EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–
2020 .............................................................................................................................................................. 13
TABELA 1.4 TAXA DE OCUPAÇÃO ESTIMADA DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM DE BELO HORIZONTE NO PERÍODO
2010–2020 .................................................................................................................................................... 14
ELABORAÇÃO: FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO (FJP) ................................................................................................. 14
TABELA 1.5 QUANTIDADE DEMANDADA ESTIMADA DE UNIDADES HABITACIONAIS (UHS) EM BELO HORIZONTE
NO PERÍODO 2010–2020 .............................................................................................................................. 15
TABELA 1.6 DEMANDA POR LEITOS DE SOLTEIRO E DE CASAL EM EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM DE BELO
HORIZONTE – 2010–2020 ............................................................................................................................. 16
TABELA 1.7 ESTIMATIVA DA RECEITA GERADA PELAS ATIVIDADES TURÍSTICAS E PARCIALMENTE TURÍSTICAS EM
BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 ................................................................................................. 18
TABELA 1.8 ARRECADAÇÃO EFETIVA E ARRECADAÇÃO PREVISTA DE ISSQN DE ATIVIDADES TURÍSTICAS E
PARCIALMENTE TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2008–2020 (EM REAIS) .......................... 19
TABELA 1.9 RENDA DERIVADA PELA RECEITA TURÍSTICA EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 ........ 20
TABELA 1.10 EMPREGADOS E ESTABELECIMENTOS EFETIVOS E PREVISTOS DE SETORES TURÍSTICOS E
PARCIALMENTE TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2006–2020 ............................................ 21
TABELA 1.11 SÍNTESE DE OBJETIVOS FINALÍSTICOS E METAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO DO PDITS-BH
NO PERÍODO 2010–2020 .............................................................................................................................. 23
TABELA 2.1 TIPO E NÚMERO DE ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS DE BELO HORIZONTE – 2010 ... 25
TABELA 2.2. SITUAÇÃO DE PROTEÇÃO DOS ATRATIVOS CULTURAIS POR SUBTIPO, COM ÂMBITO DE
TOMBAMENTO – BELO HORIZONTE –2010 .................................................................................................. 30
TABELA 2.3. EXISTÊNCIA DE SINALIZAÇÃO, POR TIPO E AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO NOS ATRATIVOS
CULTURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................................ 31
TABELA 2.4. SITUAÇÃO DE ELABORAÇÃO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NOS ATRATIVOS CULTURAIS DE
BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................................................. 33
TABELA 2.5. NÚMERO MÉDIO DE VISITANTES POR ANO INFORMADO NOS ATRATIVOS CULTURAIS
PESQUISADOS EM MILHARES DE PESSOAS – BELO HORIZONTE – 2007 A 2009 .......................................... 36
TABELA 2.6. AVALIAÇÃO DO ACESSO AOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE – 2010 ................... 56
TABELA 2.7. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE GERAL DO EVENTO E DA ACESSIBILIDADE A PESSOAS PORTADORAS
DE NECESSIDADES ESPECIAIS – BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................ 57
TABELA 2.8. AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO NOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE – 2010 ........... 58
TABELA 2.1.9.
ÁREA EM METROS QUADRADOS DOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE – 20072010.
62
TABELA 2.10
NÚMERO DE EXPOSITORES DOS EVENTOS PERMANENTES ENTRE 2007 E 2009 – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 62
TABELA 2.11.
PRÁTICAS AMBIENTAIS REALIZADAS PELOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE –
2010
63
TABELA 2.12.
PRINCIPAL MERCADO EMISSOR DOS EVENTOS PERMANENTES – BELO HORIZONTE – 2010 .. 64
TABELA 2.13.
INFORMAÇÕES SOBRE NÚMERO DE UHS E ACESSIBILIDADES ESPECIAIS NOS SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 70
TABELA 2.14.
FACILIDADES OFERECIDAS NAS UNIDADES HABITACIONAIS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
DE HOSPEDAGEM EM PERCENTAGEM – BELO HORIZONTE– 2010 .............................................................. 71
TABELA 2.15.
FACILIDADES OFERECIDAS NAS ÁREAS COMUNS E DE LAZER DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
DE HOSPEDAGEM EM PERCENTAGEM – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................ 72
TABELA 2.16.
FREQUÊNCIA DOS ESPAÇOS PARA EVENTOS EXISTENTES NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010................................................................................................... 73
TABELA 2.17.
TAXA MÉDIA DE OCUPAÇÃO ANUAL EM DIAS ÚTEIS E EM FINS DE SEMANA DOS SERVIÇOS E
MEIOS DE HOSPEDAGEM, POR SUBTIPO DE HOSPEDAGEM, EM PERCENTAGEM – BELO HORIZONTE - 2009
E PRIMEIRO SEMESTRE DE 2010 ................................................................................................................... 73
TABELA 2.18.
FAIXAS DE PERMANÊNCIA MÉDIA DE DIAS DE HÓSPEDES E VALOR MÉDIO DE DIÁRIA NA ALTA
E BAIXA TEMPORADA NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010 ... 75
−
−
XI
TABELA 2.19.
FATURAMENTO ANUAL DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 76
TABELA 2.20.
MARGEM DE LUCRO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE
–2010
76
TABELA 2.21.
INVESTIMENTOS REALIZADOS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO
HORIZONTE – 2007-2010 .............................................................................................................................. 78
TABELA 2.22.
PRINCIPAIS MERCADOS EMISSORES DE TURISTAS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
HOSPEDAGEM NA PERCEPÇÃO DE SEUS GESTORES – BELO HORIZONTE – 2010 ......................................... 79
TABELA 2.23.
SEGMENTO ALVO PRINCIPAL DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM SUAS
AÇÕES DE DIVULGAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................................... 79
TABELA 2.24.
PERCENTUAL DE RESERVAS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, POR
AGÊNCIAS DE VIAGENS – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................... 80
TABELA 2.25.
CIDADES ONDE ESTÃO OS AGENTES DE DIVULGAÇÃO EXTERNO DOS SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 81
TABELA 2.26.
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA – BELO HORIZONTE – 2010 .............................................. 84
TABELA 2.1.27.
NATUREZA DA PROPRIEDADE DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA E SUA
INSERÇÃO EM REDES OU CADEIAS – BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................... 84
TABELA 2.28.
AVALIAÇÃO DOS GESTORES SOBRE A QUALIDADE DOS SERVIÇOS E A ACESSIBILIDADE PARA
PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA, POR
TIPO – BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................. 85
TABELA 2.29.
DISPONIBILIDADE DE ESPAÇOS PARA EVENTOS E PARA ESTACIONAMENTO, POR TIPO DE
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................ 85
TABELA 2.30.
TIPO DE SERVIÇO PRINCIPAL DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 86
TABELA 2.31.
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA QUE COMERCIALIZAM POR MEIO DE
AGÊNCIAS DE VIAGENS E PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO DESSE CANAL DE COMERCIALIZAÇÃO – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 91
TABELA 2.32.
ROTEIROS OFERECIDOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 94
TABELA 2.33.
PARTICIPAÇÃO RELATIVA DO TURISMO RECEPTIVO NO TOTAL DOS SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................. 95
TABELA 2.34.
PRINCIPAL ROTEIRO COMERCIALIZADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 95
TABELA 2.35.
SEGUNDO PRINCIPAL ROTEIRO COMERCIALIZADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 95
TABELA 2.36.
TERCEIRO PRINCIPAL ROTEIRO COMERCIALIZADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 96
TABELA 2.37.
TURISTAS ATENDIDOS POR SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 96
TABELA 2.38.
ORIGEM DOS CLIENTES DO SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO, POR
PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................... 98
TABELA 2.39.
DISTRIBUIÇÃO DOS INVESTIMENTOS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO
POR SETOR E VALOR – BELO HORIZONTE – 2010 (EM PERCENTUAL) .......................................................... 99
TABELA 2.40.PRÁTICAS AMBIENTAIS REALIZADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO DE
BELO HORIZONTE/MG PESQUISADOS - 2010 ............................................................................................. 100
TABELA 2.41.
PRINCIPAL MERCADO EMISSOR DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 100
TABELA 2.1.42.
MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................. 101
TABELA 2.43
PARCERIAS FORMAIS ENTRE ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS COM OS SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................ 101
TABELA 2.44.
PARTICIPAÇÃO RELATIVA DOS SETORES EMISSIVO E RECEPTIVO NAS VENDAS DOS SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 105
TABELA 2.45.
ÁREA DE ATUAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE – BELO HORIZONTE –
2010
105
TABELA 2.46.
FROTA TOTAL DE VEÍCULOS E DE ASSENTOS OFERTADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
DE TRANSPORTE – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................. 106
TABELA 2.47.
MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE –
BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 110
−
−
XII
TABELA 2.48.
MEIOS DE COMERCIALIZAÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
TRANSPORTE – BELO HORIZONTE –2010 ................................................................................................... 110
TABELA 2.49.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE CAPACIDADE DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA
EVENTOS BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................ 116
TABELA 2.50 AVALIAÇÃO DO ACESSO AOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO
PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE – 2010. ............................................................................................. 139
TABELA 2.51 AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO URBANA, TURÍSTICA E INTERPRETATIVOA POR PARTE DOS
GESTORES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO – BELO HORIZONTE – 2010
.................................................................................................................................................................... 140
TABELA 2.52 VOLUME* DE RECURSOS INVESTIDOS ENTRE 2007 E 2010 PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
LAZER E ENTRETENIMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................................. 144
TABELA 2.53 PRINCIPAIS NECESSIDADES PARA MELHORAR A QUALIDADE DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, NA PERCEPÇÃO DE SEUS GESTORES – 2010 ............... 144
TABELA 2.54 PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL ADOTADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................... 145
TABELA 2.55 MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................... 146
TABELA 2.1.56 MEIOS DE COMERCIALIZAÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................... 146
TABELA 2.57 SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, QUE MANTÊM
PARCERIAS COM OUTROS ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS – 2010 ............................................................. 147
TABELA 2.58 AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DOS POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA DE BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 151
TABELA 2.59 NÚMERO TOTAL ANUAL DE VISITANTES NOS POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA DE BELO
HORIZONTE – 2007, 2008 E 2009 ............................................................................................................... 153
TABELA 2.60 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS EMPRESÁRIOS/DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE
HOSPEDAGEM DE BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................. 156
TABELA 2.61 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE EM
CURSOS DE CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO ESPECÍFICOS –-2010 ......................................................... 157
TABELA 2.1.62 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, EM
BELO HORIZONTE, QUANTO À PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU
NEGÓCIO OU FUNÇÃO - 2010 ..................................................................................................................... 158
TABELA 2.63 OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE SOBRE
TEMAS SELECIONADOS E A IMPORTÂNCIA PARA O SEU APRIMORAMENTO PROFISSIONAL– 2010.......... 159
TABELA 2.64 INDICAÇÃO DE CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO RELACIONADOS AO SEU NEGÓCIO OU FUNÇÃO
QUE OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DECLARARAM QUE PRETENDEM FAZER - BELO HORIZONTE
– 2010 ......................................................................................................................................................... 159
TABELA 2.65 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL
GERENCIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 160
TABELA 2.66 ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE POR NÚMERO DE EMPREGADOS 2010 ............................................................................................................................................................ 162
TABELA 2.67 ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE/MG, POR NÚMERO
DE EMPREGADOS BILÍNGUES - 2010 .......................................................................................................... 163
TABELA 2.68 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO
OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE - 2010 .......... 163
TABELA 2.69 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO
OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM PESQUISADOS EM BELO
HORIZONTE/MG - 2010 .............................................................................................................................. 163
TABELA 2.70 AVALIAÇÃO DO QUADRO DE PESSOAL DOS ESTABELECIMENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010 .. 164
TABELA 2.71 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM
EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 164
TABELA 2.72 FUNÇÕES COM MAIOR DIFICULDADE DE RECRUTAMENTO COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA,
SEGUNDO DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010 ......... 165
TABELA 2.73 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA SEGUNDO
DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010 .......................... 166
TABELA 2.74 ESTRATÉGIAS PARA FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE PESSOAL ADOTADAS PELOS EQUIPAMENTOS
DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE– 2010 ......................................................................................... 166
−
−
XIII
TABELA 2.75 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM
EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 167
TABELA 2.76 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS AS EMPRESAS DE HOSPEDAGEM ENFRENTAM MAIOR
DIFICULDADE PARA MANUTENÇÃO DO EMPREGADO – BELO HORIZONTE - 2010 .................................... 167
TABELA 2.77 RAZÕES DA ALTA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS NA OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS
EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................. 168
TABELA 2.78 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE –
2010 ............................................................................................................................................................ 168
TABELA 2.79 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS EQUIPAMENTOS DE
HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE - 2010 .............................................................................................. 169
TABELA 2.80 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DOS
EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................. 169
TABELA 2.81 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO
EMPRESARIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM
PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010 .............................................................................................. 170
TABELA 2.1.82 OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE, SOBRE
OS BENEFÍCIOS GERADOS PELAS ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL – 2010 . 170
TABELA 2.83 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS EMPRESÁRIOS/DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE
GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................................ 172
TABELA 2.84 CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO EM TEMAS ESPECÍFICOS DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS
DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE - 2010 ....................................................................................... 173
TABELA 2.85 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS GASTRONÔMICOS QUANTO
A SUA PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU NEGOCIO/FUNÇÃO - BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 174
TABELA 2.86 INDICAÇÃO DE CURSO DE APERFEIÇOAMENTO RELACIONADOS A NEGÓCIO OU FUNÇÃO QUE OS
DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DECLARARAM QUE PRETENDEM FAZER - BELO HORIZONTE - 2010
.................................................................................................................................................................... 175
TABELA 2.87 PRINCIPAIS CARÊNCIAS/DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO/CAPACITAÇÃO PARA O NÍVEL
GERENCIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS GASTRONÔMICOS EM BELO
HORIZONTE – 2010. .................................................................................................................................... 176
TABELA 2.1.88 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL
GERENCIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010.
.................................................................................................................................................................... 176
TABELA 2.89 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE, POR NÚMERO
TOTAL DE EMPREGADOS – 2010 ................................................................................................................ 178
TABELA 2.90 CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS GASTRONÔMICOS, POR NÚMERO DE EMPREGADOS
BILÍNGUES SEGUNDO INFORMAÇÃO DOS DIRIGENTES, BELO HORIZONTE - 2010 ................................... 179
TABELA 2.91 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO
OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS - BELO HORIZONTE - 2010 ...................................... 179
TABELA 2.92 AVALIAÇÃO QUANLITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO
OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS - BELO HORIZONTE - 2010 ...................................... 179
TABELA 2.93 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELAS EMPRESAS, SEGUNDO SEUS DIRIGENTES
- BELO HORIZONTE – 2010. ......................................................................................................................... 180
TABELA 2.94 FUNÇÕES EM QUE É MAIS DIFÍCIL RECRUTAR EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA,
SEGUNDO OPINIÃO DOS GESTORES – BELO HORIZONTE - 2010 ................................................................ 180
TABELA 2.95 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO
PRETENDIDA, SEGUNDO OPINIÃO GESTORES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 181
TABELA
2.96
ESTRATÉGIAS
ADOTADAS
PELOS
EQUIPAMENTOS
SELECIONADOS
PARA
FORMAÇÃO/CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................ 181
TABELA 2.97 FAIXA DE TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS ESTABELECIMENTOS DE
GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................................ 182
TABELA 2.1.98 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS OS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA DE BELO
HORIZONTE ENFRENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA MANTER OS EMPREGADOS – 2010 ...................... 182
TABELA 2.99 RAZÕES DA ALTA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS NA OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS
EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA PESQUISADOS – BELO HORIZONTE - 2010 ....................................... 183
TABELA 2.100 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE GASTRONOMIA EM RELAÇÃO AO
MERCADO DE BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................... 183
−
−
XIV
TABELA 2.101 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS EQUIPAMENTOS DE
GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE - 2010................................................................................................ 184
TABELA 2.102 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL SEGUNDO
INFORMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS SELECIONADOS – BELO HORIZONTE - 2010 ......... 184
TABELA 2.103 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO
EMPRESARIAL, SEGUNDO OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 185
TABELA 2.104 OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA SOBRE OS BENEFÍCIOS
GERADOS PELAS ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL - BELO HORIZONTE - 2010
.................................................................................................................................................................... 185
TABELA 2.105 COMPOSIÇÃO DA AMOSTRA PESQUISADA DE ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO, BELO HORIZONTE - 2010............................................................... 188
TABELA 2.106 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS EMPRESÁRIOS E DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE
AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ......................................................................................... 188
TABELA 2.107 PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO ESPECIFICO, DOS DIRIGENTES
DOS EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE - 2010.................................................. 189
TABELA 2.108 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO
PESQUISADOS QUANTO À SUA PARTICIPAÇÃO FUTURA EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO
SEU NEGOCIO OU FUNÇÃO - BELO HORIZONTE – 2010. ............................................................................ 189
TABELA 2.109 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS
DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010. ..................... 190
TABELA 2.110 PRINCIPAIS CARÊNCIAS OU DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA O
NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 191
TABELA 2.111 CLASSIFICAÇÃO, POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS, DOS ESTABELECIMENTOS DE
AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ......................................................................................... 192
TABELA 2.112 CLASSIFICAÇÃO POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES, DOS ESTABELECIMENTOS DE
AGENCIAMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE/MG –2010 ........................................................... 193
TABELA 2.113 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL,
SEGUNDO OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 .. 193
TABELA 2.114 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO
OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ................... 193
TABELA 2.115 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELOS ESTABELECIMENTOS DE
AGENCIAMENTO EM DE BELO HORIZONTE – 2010. ................................................................................... 194
TABELA 2.116 FUNÇÕES COM MAIOR DIFICULDADE DE RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A
QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM
BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 194
TABELA 2.117 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO
PRETENDIDA, SEGUNDO OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO PESQUISADOS EM
BELO HORIZONTE - 2010............................................................................................................................. 194
TABELA 2.118 ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELOS EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO PARA FORMAÇÃO OU
CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS – BELO HORIZONTE –- 2010 ................................................................ 195
TABELA 2.1.119 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS ESTABELECIMENTOS DE
AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE/MG, EM 2010 .............................................................................. 195
TABELA 2.120 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS OS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO
HORIZONTE ENFRENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA A MANUTENÇÃO DO EMPREGADO - 2010 ........... 196
TABELA 2.121 RAZÕES DA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PARA OS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS
DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................... 196
TABELA 2.122 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 196
TABELA 2.123 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS ESTABELECIMENTOS DE
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENDAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ...................................... 197
TABELA 2.124 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL SEGUNDO OS
GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ......................... 197
TABELA 2.125 PERCEPÇÃO DOS GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE AGENCIAMENTO SOBRE A
IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS GERADOS PELAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS EM BELO HORIZONTE –
2010 ............................................................................................................................................................ 198
−
−
XV
TABELA 2.1.126 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS GESTORES DOS EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM
DECORRÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 198
TABELA 2.127 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DE TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS A
PARTICIPAR EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU NEGÓCIO OU FUNÇÃO - BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 200
TABELA 2.128 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL
GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE –
2010. ........................................................................................................................................................... 201
TABELA 2.129 CLASSIFICAÇÃO POR NÚMERO TOTAL DE EMPREGADOS DOS ESTABELECIMENTOS DE
TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................. 202
TABELA 2.130 CLASSIFICAÇÃO, POR NÚMERO DE EMPREGADOS BILÍNGUES, DAS TRANSPORTADORAS
PESQUISADAS EM BELO HORIZONTE/MG – 2010....................................................................................... 202
TABELA 2.131 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL,
SEGUNDO OS DIRIGENTES DAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE - 2010 .............. 203
TABELA 2.132 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO
OS DIRIGENTES DAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE - 2010 ................................ 203
TABELA 2.1.133 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM
BELO HORIZONTE –2010 ............................................................................................................................. 203
TABELA 2.134 ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS PARA FORMAÇÃO OU
CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS EM BELO HORIZONTE –- 2010 ............................................................ 204
TABELA 2.135 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NAS TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM
BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 204
TABELA 2.136 RAZÕES DA ROTATIVIDADE DOS EMPREGADOS DOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE
TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010.................................................................................................... 205
TABELA 2.137 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 205
TABELA 2.138 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS ESTABELECIMENTOS DE
TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................. 205
TABELA 2.139 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS, SEGUNDO OS
DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE – 2010 .......... 206
TABELA 2.140 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA
EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................... 208
TABELA 2.141 CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO EM TEMAS ESPECÍFICOS DOS DIRIGENTES DOS
ESTABELECIMENTOS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 .... 208
TABELA 2.142 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS
QUANTO À SUA PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU NEGOCIO OU
FUNÇÃO - BELO HORIZONTE - 2010............................................................................................................ 209
TABELA 2.143 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS E CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL
GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010. ....... 210
TABELA 2.144 PRINCIPAIS CARÊNCIAS E DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PARA O
NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO
HORIZONTE - 2010. ..................................................................................................................................... 210
TABELA 2.145 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS POR NÚMERO TOTAL DE
EMPREGADOS – BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................................. 212
TABELA 2.146 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS POR NÚMERO DE
EMPREGADOS BILÍNGUES SEGUNDO OS DIRIGENTES – BELO HORIZONTE – 2010 .................................... 212
TABELA 2.147 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL,
SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010
.................................................................................................................................................................... 213
TABELA 2.148 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO
OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010 ........... 213
TABELA 2.149 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA
EVENTOS SEGUNDO SEUS DIRIGENTES - BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................ 213
TABELA 2.150 FUNÇÕES COM MAIOR DIFICULDADE DE RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A
QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS
EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 214
−
−
XVI
TABELA 2.151 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO
PRETENDIDA, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 214
TABELA 2.152 ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS NA FORMAÇÃO OU
CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS - BELO HORIZONTE - 2010................................................................... 215
TABELA 2.153 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA
EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................... 216
TABELA 2.154 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS OS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS
ENFRENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA MANUTENÇÃO DO EMPREGADO – BELO HORIZONTE – 2010 . 216
TABELA 2.155 RAZÕES DA ALTA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS NA OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................. 217
TABELA 2.156 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 217
TABELA 2.157 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................................. 217
TABELA 2.1.158 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL, SEGUNDO OS
DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010.................. 218
TABELA 2.159 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS, SEGUNDO OS
DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010.................. 218
TABELA 2.160 PERCEPÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS SOBRE A
IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS GERADOS PELAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES – BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 219
TABELA 2.161 FAIXA ETÁRIA E ESCOLARIDADE DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................. 221
TABELA 2.162 CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO EM TEMAS ESPECÍFICOS DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ........................................ 221
TABELA 2.163 INTERESSE E PROGRAMAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO QUANTO À SUA PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO LIGADOS AO SEU
NEGOCIO/FUNÇÃO - BELO HORIZONTE – 2010 .......................................................................................... 222
TABELA 2.164 INDICAÇÃO DE CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO RELACIONADOS AOS SEUS NEGÓCIOS OU
FUNÇÃO QUE OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DECLARARAM PRETENDER FAZER - BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 223
TABELA 2.165 PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES FORMADORAS OU CAPACITADORAS DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL
GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 223
TABELA 2.166 PRINCIPAIS CARÊNCIAS OU DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO/CAPACITAÇÃO PARA O
NÍVEL GERENCIAL, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ...................................................................................... 224
TABELA 2.1.167 PREFERÊNCIA DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO SOBRE MODALIDADE DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO – BELO HORIZONTE – 2010 ...... 224
TABELA 2.168 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO EM VISITAS TÉCNICAS A ESTABELECIMENTOS SIMILARES - BELO HORIZONTE – 2010 225
TABELA 2.169 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO, POR NÚMERO
TOTAL DE EMPREGADOS – BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................................ 226
TABELA 2.170 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO POR NÚMERO
DE EMPREGADOS BILÍNGUES SEGUNDO OS DIRIGENTES - BELO HORIZONTE – 2010 ............................... 226
TABELA 2.171 AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL,
SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 .................................. 227
TABELA 2.172 AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA OFERTA DE MÃO DE OBRA, POR GRUPO OCUPACIONAL, SEGUNDO
OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS EM BELO HORIZONTE - 2010 ................................................... 227
TABELA 2.173 PRINCIPAL FORMA DE RECRUTAMENTO UTILIZADA PELOS EQUIPAMENTOS, SEGUNDO SEUS
DIRIGENTES - BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................... 227
TABELA 2.174 FUNÇÕES COM MAIOR DIFICULDADE DE RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A
QUALIFICAÇÃO PRETENDIDA, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ...................................................................................... 228
TABELA 2.1.175 FATORES QUE DIFICULTAM O RECRUTAMENTO DE EMPREGADOS COM A QUALIFICAÇÃO
PRETENDIDA, SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010......................................................................... 228
−
−
XVII
TABELA 2.176 ESTRATÉGIAS ADOTADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO
PARA FORMAÇÃO OU CAPACITAÇÃO DOS EMPREGADOS – BELO HORIZONTE - 2010 .............................. 229
TABELA 2.177 TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA DOS EMPREGADOS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010......................................................................... 229
TABELA 2.178 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÕES NAS QUAIS OS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO ENFRENTAM MAIOR DIFICULDADE PARA MANUTENÇÃO DO EMPREGADO – BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 230
TABELA 2.179 RAZÕES DA ALTA ROTATIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS NA OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 .................... 230
TABELA 2.180 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO
EM BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................... 230
TABELA 2.181 POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS CONCEDIDOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
PARA LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................... 231
TABELA 2.182 PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL, SEGUNDO OS
DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO HORIZONTE –
2010 ............................................................................................................................................................ 231
TABELA 2.183 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES,
SEGUNDO OS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO PESQUISADOS
EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 232
TABELA 2.184 PERCEPÇÃO DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO
SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS GERADOS PELAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES –
BELO HORIZONTE - 2010............................................................................................................................. 232
TABELA 2.185 LOCAIS DAS ENTREVISTAS DA PESQUISA DE DEMANDA TURÍSTICA EFETIVA EM BELO HORIZONTE,
POR CATEGORIA E TIPO DE ATRATIVOS, SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS - 2010....................... 257
TABELA 2.186 FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................ 258
TABELA 2.187 NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ...................................... 258
TABELA 2.188 RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE –2010 ..................... 259
TABELA 2.189 RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE –2010 ........................ 259
TABELA 2.190 ORIGEM DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................ 259
TABELA 2.191 CONTINENTE DE ORIGEM DE TURISTAS ESTRANGEIROS EM BELO HORIZONTE – 2010 .............. 260
TABELA 2.192 REGIÕES DE ORIGEM DOS TURISTAS BRASILEIROS EM BELO HORIZONTE – 2010. ...................... 260
TABELA 2.193 ESTADOS DE ORIGEM DOS TURISTAS DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL EM BELO HORIZONTE –
2010 ............................................................................................................................................................ 260
TABELA 2.195 GÊNERO DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE SEGUNDO O ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO
SUDESTE - 2010........................................................................................................................................... 261
TABELA 2.196 FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE SEGUNDO O ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO
SUDESTE, EM PERCENTUAL - JULHO DE 2010 ............................................................................................ 261
TABELA 2.197 GRAU DE ESCOLARIDADE DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE SEGUNDOO O ESTADO DE
ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL - 2010 ........................................................................... 262
TABELA 2.198 FAIXA DE RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE SEGUNDO O
ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL – 2010 ........................................................ 262
TABELA 2.199 FAIXA DE RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, SEGUNDO O
ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL – 2010 ........................................................ 263
TABELA 2.200 MOTIVAÇÕES DAS VIAGENS TURÍSTICAS A BELO HORIZONTE DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE
– 2010 ......................................................................................................................................................... 263
TABELA 2.201 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO SEXO DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ........ 264
TABELA 2.202 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, EM
PERCENTUAL – 2010 ................................................................................................................................... 264
TABELA 2.203 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO ESCOLARIDADE DOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, EM
PERCENTUAL – 2010 ................................................................................................................................... 265
TABELA 2.204 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO RENDA BRUTA INDIVIDUAL DOS TURISTAS EM BELO
HORIZONTE EM PERCENTUAL – 2010 ........................................................................................................ 265
TABELA 2.205 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS EM BELO
HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ....................................................................................................... 266
TABELA 2.206 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO CONTINENTES DE ORIGEM DOS TURISTAS ESTRANGEIROS
EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ....................................................................................... 266
TABELA 2.207 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO REGIÕES DE ORIGEM DO BRASIL DOS TURISTAS EM BELO
HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ........................................................................................................ 267
−
−
XVIII
TABELA 2.208 MOTIVAÇÕES DE VIAGEM SEGUNDO ESTADOS DE ORIGEM DOS TURISTAS DA REGIÃO SUDESTE
EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL - 2010 ........................................................................................ 267
TABELA 2.209 MEIOS DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS POR TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................. 268
TABELA 2.210 MEIOS DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS SEGUNDO MOTIVAÇÃO DE VIAGEM TURÍSTICA PARA BELO
HORIZONTE DOS TURISTAS, EM PERCENTUAL - 2010 ................................................................................ 269
TABELA 2.211 MEIOS DE HOSPEDAGEM UTILIZADOS PELOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE, SEGUNDO O
ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL – 2010 ....................................................... 269
TABELA 2.212 MEIOS DE TRANSPORTE DE ACESSO A BELO HORIZONTE UTILIZADOS PELOS TURISTAS – 2010 271
TABELA 2.213 FORMAS DE VIAGEM SEGUNDO AS MOTIVAÇÕES DE VIAGEM DOS TURISTAS EM BELO
HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................................... 272
TABELA 2.214 FORMA DE VIAGEM SEGUNDO ESTADOS DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE DOS TURISTAS EM
BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................................................... 272
TABELA 2.215 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS FATORES POR SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA SELEÇÃO DO
DESTINO PELOS TURISTAS EM BELO HORIZONTE – 2010 .......................................................................... 273
TABELA 2.216 FREQUÊNCIA ABSOLUTA DOS GRAUS DE INFLUÊNCIA DE CADA FATOR NA SELEÇÃO DO DESTINO
BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS – 2010 ............................................................................................... 274
TABELA 2.217 FREQUÊNCIA RELATIVA DOS GRAUS DE INFLUÊNCIA DE CADA FATOR NA SELEÇÃO DO DESTINO
BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS – 2010 ................................................................................................ 275
TABELA 2.218 FORMA DE ORGANIZAÇÃO DE VIAGEM, SEGUNDO AS PRINCIPAIS MOTIVAÇÕES DE TURISTAS
PARA BELO HORIZONTE – JULHO DE 2010 ................................................................................................. 275
TABELA 2.219 FORMA DE ORGANIZAÇÃO DE VIAGEM, SEGUNDO ESTADOS DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE DE
TURISTAS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................. 276
TABELA 2.220 TEMPO DESPENDIDO NA PREPARAÇÃO DA VIAGEM POR TURISTAS DE BELO HORIZONTE – 2010
.................................................................................................................................................................... 276
TABELA 2.221 GASTOS NA PREPARAÇÃO DA VIAGEM POR TURISTAS DE BELO HORIZONTE – 2010 ................. 277
TABELA 2.222 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS GASTOS POR ITENS DE DESPESA DURANTE A VIAGEM A BELO
HORIZONTE PELOS TURISTAS – 2010 .......................................................................................................... 278
TABELA 2.223 AVALIAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS VISITADOS PELOS TURISTAS ENTREVISTADOS EM BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 280
TABELA 2.224 GRAU DE SATISFAÇÃO DOS TURISTAS EM RELAÇÃO A EQUIPAMENTOS, SERVIÇOS E OUTROS
ASPECTOS RELACIONADOS AO TURISMO EM BELO HORIZONTE, EM PERCENTUAL – 2010 ...................... 281
TABELA 2.227 RECOMENDAÇÃO DO DESTINO A AMIGOS OU PARENTES, POR TURISTAS EM BELO HORIZONTE,
SEGUNDO SUA MOTIVAÇÃO DE VIAGEM, EM PERCENTUAL – 2010 .......................................................... 282
TABELA 2.228 RECOMENDAÇÃO DO DESTINO A AMIGOS OU PARENTES, POR TURISTAS EM BELO HORIZONTE,
SEGUNDO SEU ESTADO DE ORIGEM DA REGIÃO SUDESTE, EM PERCENTUAL – 2010 ............................... 282
TABELA 2.229 FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE - 2010 ................................ 288
TABELA 2.230 NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE - 2010 ............... 288
TABELA 2.231 RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010
.................................................................................................................................................................... 288
TABELA 2.232 RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010289
TABELA 2.233 PAÍS DE RESIDÊNCIA PERMANENTE DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010
.................................................................................................................................................................... 289
TABELA 2.234 LOCAL DE RESIDÊNCIA PERMANENTE DOS TURISTAS BRASILEIROS POTENCIAIS PARA BELO
HORIZONTE (MG) ENTREVISTADOS – JULHO DE 2010 ............................................................................... 290
TABELA 2.235 GÊNERO DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 . 290
TABELA 2.236 FAIXA ETÁRIA DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO –
2010 ............................................................................................................................................................ 291
TABELA 2.237 NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO
PAULO – 2010 ............................................................................................................................................. 291
TABELA 2.238 FAIXA DE RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA
PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010........................................................................................................ 291
TABELA 2.239 FAIXA DE RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA
PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010........................................................................................................ 292
TABELA 2.240 DISTRIBUIÇÃO DO GÊNERO, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS
PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................. 293
TABELA 2.241 DISTRIBUIÇÃO DA FAIXA ETÁRIA POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS
PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................................................. 293
TABELA 2.242 NÍVEL DE ESCOLARIDADE POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA
BELO HORIZONTE (MG) ENTREVISTADOS – JULHO DE 2010 ...................................................................... 294
−
−
XIX
TABELA 2.243 FAIXA DE RENDA BRUTA INDIVIDUAL MENSAL, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS
TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................. 294
TABELA 2.244 FAIXA DE RENDA BRUTA FAMILIAR MENSAL, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS
POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................. 294
TABELA 2.245 ESTADOS DE RESIDÊNCIA PERMANENTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS
POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................. 295
TABELA 2.246 MEIOS DE TRANSPORTE MAIS UTILIZADOS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE
– 2010 ......................................................................................................................................................... 295
TABELA 2.247 FORMA DE VIAGEM MAIS USUAL DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 . 295
TABELA 2.248 MÉDIA ANUAL DE DIAS DE VIAGENS A NEGÓCIO DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 296
TABELA 2.249 MÉDIA ANUAL DE DIAS DE VIAGENS A LAZER DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE
– 2010 ......................................................................................................................................................... 296
TABELA 2.250 MEIOS DE HOSPEDAGEM MAIS UTILIZADOS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE
– 2010 ......................................................................................................................................................... 296
TABELA 2.251 MEIOS DE HOSPEDAGEM MAIS UTILIZADOS POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS TURISTAS
POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE (MG) ENTREVISTADOS –JULHO DE 2010 ......................................... 297
TABELA 2.252 MEIOS DE HOSPEDAGEM DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE COM RESIDÊNCIA
PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010........................................................................................................ 297
TABELA 2.253 NÚMERO DE TURISTAS QUE JÁ VISITARAM BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO
TURÍSTICA DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE – 2010 .................................................... 298
TABELA 2.254 NÚMERO DE VEZES QUE ESTEVE EM BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA
DOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................................... 298
TABELA 2.255 NÚMERO DE TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO QUE JÁ
VISITARAM BELO HORIZONTE– JULHO DE 2010 ......................................................................................... 298
TABELA 2.256 NÚMERO DE VEZES QUE OS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO
PAULO ESTIVERAM EM BELO HORIZONTE– 2010 ....................................................................................... 299
TABELA 2.257 PERÍODO DA ÚLTIMA VISITA A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS, EM
PERCENTAGEM – 2010 ............................................................................................................................... 299
TABELA 2.258 MOTIVAÇÃO PRINCIPAL DA ÚLTIMA VIAGEM A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS,
EM PERCENTAGEM – 2010. ........................................................................................................................ 299
TABELA 2.259 AVALIAÇÃO DA ÚLTIMA VIAGEM A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS, EM
PERCENTAGEM – 2010 ............................................................................................................................... 300
TABELA 2.260 GRAU DE SATISFAÇÃO COM ATRATIVOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS RELATIVOS À
ÚLTIMA VIAGEM A BELO HORIZONTE – 2010............................................................................................. 300
TABELA 2.261 CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO MAIS UTILIZADOS NA ÚLTIMA VIAGEM REALIZADA A BELO
HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS, EM PERCENTAGEM – 2010 .................................................... 301
TABELA 2.262 FATORES E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA ESCOLHA DE BELO HORIZONTE COMO DESTINO DE
VIAGEM NA PERCEPÇÃO DOS ENTREVISTADOS – 2010 ............................................................................. 302
TABELA 2.263 RECOMENDAÇÃO DA VIAGEM A BELO HORIZONTE NA PERCEPÇÃO DOS ENTREVISTADOS QUE JÁ
VISITARAM O DESTINO – 2010 ................................................................................................................... 302
TABELA 2.264 RECOMENDAÇÃO DA VIAGEM A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS COM
RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO QUE JÁ VISITARAM O DESTINO – 2010 ................................. 303
TABELA 2.265 RECOMENDAÇÃO DA VIAGEM A BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS QUE JÁ
VISITARAM O DESTINO, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA – 2010 ...................................................... 303
TABELA 2.266 PRINCIPAL MOTIVO PARA RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS
POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA– 2010 ................... 304
TABELA 2.267 PRINCIPAIS MOTIVOS PARA NÃO RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS
POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO – 2010 ................................................................................ 305
TABELA 2.28 PERCEPÇÕES DOS TURISTAS POTENCIAIS SOBRE OS MOTIVOS PARA NÃO TEREM AINDA VIAJADO A
BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................................................... 306
TABELA 2.269 MOTIVOS PERCEBIDOS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA NUNCA TER VIAJADO A BELO
HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA – 2010 ....................................................................... 306
TABELA 2.270 MOTIVOS PERCEBIDOS PARA OS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO
PAULO PARA NUNCA TEREM IDO A BELO HORIZONTE – 2010................................................................... 306
TABELA 2.271 FATORES QUE LEVARIAM A VISITAR BELO HORIZONTE E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA
PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010......................................................................................... 307
TABELA 2.279 FATORES QUE LEVARIAM A VISITAR BELO HORIZONTE E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA
PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS DE MOTIVAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL – 2010 ......................... 308
−
−
XX
TABELA 2.280 FATORES QUE LEVARIAM A VISITAR BELO HORIZONTE E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA
PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS MOTIVADOS POR EVENTOS – 2010 ........................................... 308
TABELA 2.281 FATORES QUE LEVARIAM A VISITAR BELO HORIZONTE E SEU GRAU DE INFLUÊNCIA NA
PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 ......... 309
TABELA 2.282 EXPECTATIVA DOS TURISTAS POTENCIAIS ENTREVISTADOS QUE AINDA NÃO VISITARAM BELO
HORIZONTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ATRATIVOS, INFRA-ESTRUTURA, PREÇOS, EQUIPAMENTOS E
SERVIÇOS TURÍSTICOS – 2010 ..................................................................................................................... 310
TABELA 2.283 EXPECTATIVA DOS TURISTAS HISTÓRICO-CULTURAIS POTENCIAIS QUE AINDA NÃO VISITARAM
BELO HORIZONTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ATRATIVOS, INFRAESTRUTURA, PREÇOS, EQUIPAMENTOS E
SERVIÇOS TURÍSTICOS – 2010 ..................................................................................................................... 311
TABELA 2.284 EXPECTATIVA DOS TURISTAS POTENCIAIS DE EVENTOS QUE AINDA NÃO VISITARAM BELO
HORIZONTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ATRATIVOS, INFRAESTRUTURA, PREÇOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
TURÍSTICOS – 2010 ..................................................................................................................................... 312
TABELA 2.285 EXPECTATIVA DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO QUE
AINDA NÃO VISITARAM BELO HORIZONTE EM RELAÇÃO AOS SEUS ATRATIVOS, INFRAESTRUTURA,
PREÇOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS TURÍSTICOS – 2010 ....................................................................... 313
TABELA 2.286 GRAU DE CONHECIMENTO DE BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA DOS
TURISTAS POTENCIAIS – 2010 .................................................................................................................... 313
TABELA 2.287 GRAU DE CONHECIMENTO DE BELO HORIZONTE DOS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA
PERMANENTE EM SÃO PAULO ENTREVISTADOS – 2010 ............................................................................ 314
TABELA 2.288 IMAGENS ASSOCIADAS À CIDADE DE BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010 .. 314
TABELA 2.289 IMAGENS ASSOCIADAS À CIDADE DE BELO HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA
DOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010 ............................................................................................................. 315
TABELA 2.290 IMAGENS ASSOCIADAS À CIDADE DE BELO HORIZONTE PELOS TURISTAS POTENCIAIS COM
RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 ................................................................................... 315
TABELA 2.291 AÇÕES SUGERIDAS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA MELHORAR A IMAGEM DE BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 316
TABELA 2.292 AÇÕES SUGERIDAS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA MELHORAR A IMAGEM DE BELO
HORIZONTE, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA – 2010 ....................................................................... 316
TABELA 2.293 AÇÕES SUGERIDAS PELOS TURISTAS POTENCIAIS ENTREVISTADOS COM RESIDÊNCIA
PERMANENTE EM SÃO PAULO PARA MELHORAR A IMAGEM DE BELO HORIZONTE – 2010 ..................... 317
TABELA 2.294 PRINCIPAIS DESTINOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE TURISMO CULTURAL
NA PERCEPÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010 ................................................................................... 317
TABELA 2.295 PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS CULTURAIS,
NA PERCEPÇÃO DE TURISTAS POTENCIAIS DE MOTIVAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL E DE EVENTOS – 2010
.................................................................................................................................................................... 317
TABELA 2.296 PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE TURISMO
CULTURAL DE ACORDO COM OS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO –
2010 ............................................................................................................................................................ 318
TABELA 2.297 PRINCIPAIS DESTINOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE NEGÓCIOS E EVENTOS
NA PERCEPÇÃO DE TURISTAS POTENCIAIS–2010 ....................................................................................... 318
TABELA 2.298 PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE
NEGÓCIOS E EVENTOS, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO DOS TURISTAS POTENCIAIS – 2010 ............................ 319
TABELA 2.299 PRINCIPAIS DESTINOS TURÍSTICOS COMPETIDORES DE BELO HORIZONTE PARA FINS DE
NEGÓCIOS E EVENTOS DE ACORDO COM OS TURISTAS POTENCIAIS COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM
SÃO PAULO – 2010 ..................................................................................................................................... 319
TABELA 2.300 DISTRIBUIÇÃO DA MALHA RODOVIÁRIA NO ESTADO DE MINAS GERAIS - 2009 ......................... 338
TABELA 2.301 MÉDIA MENSAL DO NÚMERO DE PASSAGEIROS EM TRANSPORTE PÚBLICO NA CIDADE DE BELO
HORIZONTE, POR TIPO DE SERVIÇO, 2005-2009 ........................................................................................ 343
TABELA 2.302 INDICADORES DOS SERVIÇOS DE ÁGUA DE BELO HORIZONTE .................................................... 351
TABELA 2.303 PERFIL DO SISTEMA DE ESGOTO EM BELO HORIZONTE - 2008 .................................................... 354
TABELA 2.304 SITUAÇÃO DO MONITORAMENTO DE CORPOS RECEPTORES EM BELO HORIZONTE - 2010 ....... 355
TABELA 2.305 UTILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA DIRETA E INDIRETA, POR ATIVIDADE, NA FUNÇÃO DE LIMPEZA
URBANA EM BELO HORIZONTE - 2008 ....................................................................................................... 357
TABELA 2.306 UTILIZAÇÃO DE VEÍCULOS PRÓPRIOS OU DE EMPRESAS CONTRATADAS, POR ATIVIDADE, NA
FUNÇÃO DE LIMPEZA URBANA EM BELO HORIZONTE - 2008 .................................................................... 357
TABELA 2.307 DISTRIBUIÇÃO AREAL DAS BACIAS HIDROGRAFIAS EM BELO HORIZONTE - 2010 ....................... 361
TABELA 2.308 SITUAÇÃO DO LEITO DAS DRENAGENS DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DE BELO HORIZONTE - 2008
.................................................................................................................................................................... 361
−
−
XXI
TABELA 2.309 NÚMERO DE CELULARES POR CÓDIGO DDD - 2010 ..................................................................... 366
TABELA 2.310 DENSIDADE DA TELEFONIA MÓVEL POR CÓDIGO DDD - 2010 .................................................... 366
TABELA 2.311 DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES ASSISTENCIAIS DO SERVIÇO ÚNICO DE SAÚDE DE BELO
HORIZONTE, SEGUNDO TIPO - 2006 E 2007 ............................................................................................... 372
TABELA 2.312 UNIDADES ASSISTENCIAIS CONTRATADAS/CONVENIADAS DA REDE SUS-BH – 2007 .................. 373
TABELA 2.313 NÚMERO DE LEITOS DE INTERNAÇÃO EM BELO HORIZONTE EM MAIO/2010 ............................ 373
TABELA 2.314 POPULAÇÃO RESIDENTE POR SITUAÇÃO DE DOMICÍLIO - BELO HORIZONTE - 1970, 1980, 1991 E
2000 ............................................................................................................................................................ 420
TABELA 2.315 ÁREA TOTAL, POPULAÇÃO E DENSIDADE DEMOGRÁFICA – BRASIL, MINAS GERAIS, REGIÃO
METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E BELO HORIZONTE - 2007 .......................................................... 420
TABELA 2.316 DISTRIBUIÇÃO POPULACIONAL, ÁREA E DENSIDADE DEMOGRÁFICA POR REGIONAL
ADMINISTRATIVA – BELO HORIZONTE - 2000 ............................................................................................ 422
TABELA 2.317 ESTRUTURA ETÁRIA E RAZÃO DE DEPENDÊNCIA – BELO HORIZONTE – 1991 E 2000.................. 424
TABELA 2.318 INDICADORES DE LONGEVIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE – BELO HORIZONTE – 1991 E
2000 ............................................................................................................................................................ 425
TABELA 2.319 IDH MUNICIPAL E INDICADORES DE EDUCAÇÃO, LONGEVIDADE E RENDA – BELO HORIZONTE –
1991 E 2000 ................................................................................................................................................ 425
TABELA 2.320 VALOR ADICIONADO (VA), POR SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA, IMPOSTOS, PRODUTO
INTERNO BRUTO A PREÇOS CORRENTES DE MERCADO (PIBPM) E PIB PER CAPITA – BELO HORIZONTE 2000 – 2007 ................................................................................................................................................ 426
TABELA 2.321 ARRECADAÇÃO MUNICIPAL – IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS
(ICMS), OUTRAS RECEITAS E TOTAL – BELO HORIZONTE – 2001 A 2004.................................................... 428
TABELA 2.322 DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DO EMPREGO FORMAL – BELO HORIZONTE – 1986, 1996, 2006 ........ 428
TABELA 2.323 PESSOAL OCUPADO TOTAL E ASSALARIADO, SALÁRIOS E OUTRAS REMUNERAÇÕES E SALÁRIO
MÉDIO – BELO HORIZONTE – 2006, 2007 E 2008 ....................................................................................... 429
TABELA 2.324 ESTIMATIVAS E TAXAS DO MERCADO DE TRABALHO - BELO HORIZONTE– 1996-2002............... 430
TABELA 2.325 INDICADORES DE RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE – BELO HORIZONTE – 1991 E 2000 ........ 431
TABELA 2.325 PARTICIPAÇÃO DO SETOR TURÍSTICO NA ARRECADAÇÃO DO ISSQN – BELO HORIZONTE –
2008/2009 .................................................................................................................................................. 432
TABELA 2.326 BACIAS HIDROGRÁFICAS DE ATUAÇÃO DO DRENURBS POR REGIONAL, FASE DE IMPLANTAÇÃO,
EXTENSÃO, ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ATINGIDA – BELO HORIZONTE ATÉ O ANO DE 2010. ... 435
TABELA 2.327 PRINCIPAIS PROJETOS DESENVOLVIDOS PELOS PROGRAMAS DA FMC – BELO HORIZONTE/MG –
2008 ............................................................................................................................................................ 444
TABELA 2.329 NÚMERO DE ESCOLAS POR REDE ESCOLAR – BELO HORIZONTE – 2008 ..................................... 447
TABELA 2.330 NÚMERO DE MATRÍCULAS POR REDE ESCOLAR – BELO HORIZONTE – 2008 .............................. 448
TABELA 2.331 TAXA DE ANALFABETISMO POR FAIXA ETÁRIA – BELO HORIZONTE – 2000 ................................ 448
TABELA 2.331 NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO JOVEM – BELO HORIZONTE – 1991 E 2000 ..................... 449
TABELA 2.332 NÍVEL EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO ADULTA (25 ANOS OU MAIS) – BELO HORIZONTE - 1991 E
2000 ............................................................................................................................................................ 450
TABELA 2.333 INDICADORES SOCIAIS DO IDH – REGIONAL PAMPULHA - 2000 .................................................. 458
TABELA 2.334 ACESSO A SERVIÇOS BÁSICOS – REGIONAL PAMPULHA - 2000 ................................................... 458
TABELA 2.335 PARQUES MUNICIPAIS EM BELO HORIZONTE – REGIONAL PAMPULHA - 2010 ........................... 462
TABELA 2.336 ÁREAS VERDES ADMINISTRADAS PELA FUNDAÇÃO ZOOBOTÂNICA EM BELO HORIZONTE –
REGIONAL PAMPULHA – 2010 .................................................................................................................... 463
TABELA 2.337 PARQUES MUNICIPAIS EM BELO HORIZONTE – REGIÃO DO CENTRO E DA SAVASSI - 2010 ........ 466
TABELA 2.338 PARQUES MUNICIPAIS EM BELO HORIZONTE – REGIÃO DO ALTO MANGABEIRAS - 2008 .......... 469
TABELA 2.339 PARQUES MUNICIPAIS – REGIÃO DO BAIRRO SANTA TEREZA - 2008 .......................................... 471
TABELA 2.340 PARQUES MUNICIPAIS – REGIÃO DO EXPOMINAS E PARQUE DA GAMELEIRA, BELO HORIZONTE 2008 ............................................................................................................................................................ 473
TABELA 2.341 PARQUES MUNICIPAIS DE BELO HORIZONTE, POR REGIONAL ADMINISTRATIVA - 2010 ............ 483
TABELA 2.342 VULNERABILIDADE NATURAL NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE - 2008 ................................ 491
TABELA 5.1 DIMENSIONAMENTO DO INVESTIMENTO TOTAL E DO PRODETUR NACIONAL NO PLANO DE
DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – 2011 .................. 591
TABELA 5.2 RESUMO DOS INVESTIMENTOS DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO
SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – 2011 ............................................................................................... 594
TABELA 5.3 AÇÕES PRIORITÁRIAS E CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO
INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – PDITS-BH – 2011-2016 ........................ 595
−
−
XXII
Lista de quadros
QUADRO 2.1
QUADRO 2.2.
QUADRO 2.3.
QUADRO 2.5.
QUADRO 2.6.
QUADRO 2.7.
QUADRO 2.8.
CATEGORIA, TIPO, SUBTIPO E HIERARQUIA DOS ATRATIVOS DE BELO HORIZONTE – 2010 .... 26
ATRATIVOS CULTURAIS POR TIPO, SUBTIPO E HIERARQUIA – BELO HORIZONTE – 2010 ........ 27
CAPACIDADE MÁXIMA DE CARGA DOS ATRATIVOS CULTURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 .. 36
ATRATIVOS NATURAIS POR TIPO, SUBTIPO E HIERARQUIA – BELO HORIZONTE – 2010 .......... 42
ÁREA TOTAL DOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010...................................... 43
AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO NOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010........... 44
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010
45
QUADRO 2.9.
TEMPO ESTIMADO DE VISITAÇÃO NOS ATRATIVOS NATURAIS PESQUISADOS –BELO
HORIZONTE –2010 ........................................................................................................................................ 46
QUADRO 2.10. PRINCIPAIS ATIVIDADES OFERECIDAS E EVENTOS OCORRENTES NOS ATRATIVOS NATURAIS –
BELO HORIZONTE – 2010 .............................................................................................................................. 47
QUADRO 2.11. PRÁTICAS LIGADAS À GESTÃO AMBIENTAL NOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE –
2010
.................................................................................................................................................. 48
QUADRO 2.12. REALIZAÇÕES TÉCNICAS E CIENTÍFICAS POR TIPO, HIERARQUIA – BELO HORIZONTE – 2010 .. 51
QUADRO 2.13. SISTEMA TARIFÁRIO DOS ATRATIVOS DE REALIZAÇÕES TÉCNICAS E CIENTÍFICAS – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 53
QUADRO 2.14.
EVENTOS PERMANENTES, POR TIPO, SUBTIPO E HIERAQUIA – BELO HORIZONTE – 2010. 54
Quadro 2.15.
Organizadores, natureza da propriedade e data de criação dos eventos – Belo Horizonte –
2010.......................................................................................................................................................................56
QUADRO 2.16. AVALIAÇÃO DOS GESTORES SOBRE A SINALIZAÇÃO EM GERAL E SUA ADAPTAÇÃO A
NECESSIDADES ESPECIAIS – BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................................. 58
QUADRO 2.17. FREQUÊNCIA E ÉPOCA DO ANO DE OCORRÊNCIA DOS EVENTOS PERMANENTES– BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 59
QUADRO 2.18. ORIGEM DOS VISITANTES AOS EVENTOS PERMANENTES EM PERCENTUAL – BELO
HORIZONTE– 2010 ........................................................................................................................................ 59
QUADRO 2.19. AVALIAÇÃO SOBRE O ESTADO GERAL DOS ESPAÇOS OCUPADOS PELOS EVENTOS – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 61
QUADRO 2.20. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, POR SUBTIPO, NOME DA REDE E ÂMBITO DE
ATUAÇÃO – BELO HORIZONTE –2010 ........................................................................................................... 68
QUADRO 2.21. CATEGORIA SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO COMERCIALIZAÇÃO – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 94
QUADRO 2.22. PARTICIPAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM AÇÕES SETORIAIS –
BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 102
QUADRO 2.23
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA TRANSPORTE, POR ANO DE INÍCIO DAS ATIVIDADES –
BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 104
QUADRO 2.24. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS, POR TIPO, NATUREZA DA PROPRIEDADE E ANO
DE INÍCIO DAS ATIVIDADES – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................. 112
QUADRO 2.25. SITIO ELETRÔNICO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS PESQUISADOS- BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 114
QUADRO 2.26. AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS, POR PARTE DOS GESTORES, DOS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS
PARA EVENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 115
QUADRO 2.27. FACILIDADES EM ÁREAS SOCIAIS, POR SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS – BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 117
QUADRO 2.28. ACESSIBILIDADE AOS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NOS SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................... 118
QUADRO 2.29. PARCERIAS FORMAIS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS PESQUISADOS COM
OUTROS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS - BELO HORIZONTE - 2010 ......................................... 125
QUADRO 2.30 SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO PESQUISADOS EM BELO
HORIZONTE, POR TIPO E ANO DE INÍCIO DAS ATIVIDADES – 2010 ............................................................ 129
QUADRO 2.31. RELAÇÃO DE USO E DE PROPRIEDADE DOS EQUIPAMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 132
QUADRO 2.32. SITUAÇÃO DE PROTEÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 133
QUADRO 2.33 AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS OFERECIDOS NOS EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE
BELO HORIZONTE, NA PERCEPÇÃO DOS GESTORES – 2010 ....................................................................... 134
−
−
XXIII
QUADRO 2.34 FACILIDADES OFERECIDAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 135
QUADRO 2.1.35 OFERTA DE ATIVIDADES REGULARES PELOS EQUIPAMENTOS DE LAZER PESQUISADOS EM BELO
HORIZONTE- 2010 ....................................................................................................................................... 136
QUADRO 2.36 OFERTA DE SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO, POR TIPO DE CONTRATO, NOS ESTABELECIMENTOS DE
LAZER PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010.................................................................................... 137
QUADRO 2.37 ACESSIBILIDADE A PESSOAS ESPECIAIS E ÁREAS ACESSÍVEIS NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
LAZER PESQUISADOS EM BELO HORIZONTE - 2010.................................................................................... 138
QUADRO 2.38 TEMPO NECESSÁRIO PARA USUFRUIR DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, POR TIPO DE EQUIPAMENTO – 2010. ...................................... 143
QUADRO 2.39 TIPOS DE PARCERIAS E PARCEIROS POR EQUIPAMENTO DE LAZER EM BELO HORIZONTE - 2010
.................................................................................................................................................................... 148
QUADRO 2.40 OUTROS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS – POSTOS DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS DE BELO
HORIZONTE PARA O PDITS, POR TIPO, SUBTIPO E LOCALIZAÇÃO – 2010 .................................................. 150
QUADRO 2.41 MÊS DE MAIOR E MENOR MOVIMENTO DOS POSTOS DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS DE BELO
HORIZONTE ................................................................................................................................................. 152
QUADRO 2.42 PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS DE CAPACITAÇÃO PARA O NÍVEL GERENCIAL, NA
OPINIÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE – 2010 ......... 161
QUADRO 2.43 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM
DECORRÊNCIA DE SUA PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO OU ASSOCIAÇÃO – BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 171
QUADRO 2.44 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA
DECORRENTES DE SUA PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO/ASSOCIAÇÃO – BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 186
QUADRO 2.45 SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO DE BELO HORIZONTE – 2010 ...................... 188
QUADRO 2.1.46 FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS, SEGUNDO OS
GESTORES DOS ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 197
QUADRO 2.47 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS ESTABELECIMENTOS DE TRANSPORTE
TURÍSTICO DECORRENTES DE SUA PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES DE REPRESENTAÇÃO E ASSOCIAÇÃO –
BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 206
QUADRO 2.48 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS
EM DECORRÊNCIA DE SUA PARTICIPAÇÃO EM ENTIDADES REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES – BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 219
QUADRO 2.49 BENEFÍCIOS ESPERADOS PELOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO,
EM
DECORRÊNCIA
DE
SUA
PARTICIPAÇÃO
EM
ENTIDADES
REPRESENTATIVAS/ASSOCIAÇÕES - BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................... 233
QUADRO 2.50 CONTEÚDO E CARGA HORÁRIA DO CURSO OPERADOR DE TRANSPORTE PÚBLICO DE
PASSAGEIROS – BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................................. 245
QUADRO 2.51 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DOS CURSOS DE QUALIFICAÇÃO DO CAPACITUR – BELO
HORIZONTE/MG - 2010 .............................................................................................................................. 252
QUADRO 2.52 OFERTA DE CURSOS NA ÁREA DE TURISMO EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................ 254
QUADRO 2.54 ATRATIVOS MAIS PROCURADOS EM BELO HORIZONTE NA PERCEPÇÃO DOS AGENTES EMISSIVOS
ENTREVISTADOS EM SÃO PAULO – 2010.................................................................................................... 323
QUADRO 2.55 CLASSIFICAÇÃO DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE TRANSPORTES DAS RODOVIAS QUE SERVEM
BELO HORIZONTE – 2009 ............................................................................................................................ 338
QUADRO 2.56 COMPARATIVO ENTRE ACESSO RODOVIÁRIO E TURISMO DE BELO HORIZONTE E SUA REGIÃO
METROPOLITANA - 2009............................................................................................................................. 339
QUADRO 2.57 DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TERMINAIS AEROPORTUÁRIOS QUE SERVEM
A BELO HORIZONTE - 2010 ......................................................................................................................... 347
QUADRO 2.58 SISTEMA DE PRODUÇÃO DE ÁGUA DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE E
PERCENTUAL DESTINADO À CAPITAL DO ESTADO - 2008 .......................................................................... 351
QUADRO 2.59 DESCRIÇÃO DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO LOCALIZADAS EM BELO HORIZONTE 2010 ............................................................................................................................................................ 354
QUADRO 2.60 DESCRIÇÃO GERAL DA SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA PÚBLICA URBANA EM BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 358
QUADRO 2.61 CONCEPÇÕES NA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS URBANOS................................................... 363
QUADRO 2.62 IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE DRENAGEM URBANA EM BELO HORIZONTE - 2010 ............ 363
−
−
XXIV
QUADRO 2.63 UNIDADES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA E DE PRONTO-ATENDIMENTO EM BELO HORIZONTE 2009 ............................................................................................................................................................ 371
QUADRO 2.64 UNIDADES DE PRONTO-SOCORRO EM BELO HORIZONTE -2009 ................................................. 371
QUADRO 2.65 SÍNTESE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM BELO HORIZONTE EM MAIO/2010 ................................. 373
QUADRO 2.66 ESTRUTURA DE DELEGACIAS POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS EM BELO HORIZONTE E ALGUNS
MUNICÍPIOS VIZINHOS - 2010 .................................................................................................................... 377
QUADRO 2.70 OBRAS COM RECURSOS DO PAC – BELO HORIZONTE - 2010 ...................................................... 433
QUADRO 2.71 PROJETOS SUSTENTADORES RELACIONADOS ÀS POLÍTICAS URBANAS, PRINCIPAIS OBJETIVOS E
RESULTADOS ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ........................................................................... 437
QUADRO 2.72 ÁREAS IMPLANTADAS DO BH CIDADANIA, POR REGIONAL ADMINISTRATIVA – BELO HORIZONTE–
2010 ............................................................................................................................................................ 439
QUADRO 2.73 NÚMERO DE FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS PELO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA EM BELO HORIZONTE–
2008 ............................................................................................................................................................ 440
QUADRO 2.74 AÇÕES DE GERAÇÃO DE EMPREGO E INTERMEDIAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA DESTINADAS À
POPULAÇÃO – BELO HORIZONTE - 2008..................................................................................................... 441
QUADRO 2.75 PROJETOS SUSTENTADORES RELACIONADOS À AMPLIAÇÃO DA CIDADANIA, PRINCIPAIS
OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ..................................................... 442
QUADRO 2.328 PROJETO SUSTENTADOR RELACIONADO À CULTURA, PRINCIPAIS OBJETIVOS E RESULTADOS
ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ................................................................................................. 445
QUADRO 2.76 PROJETOS SUSTENTADORES RELACIONADOS À EDUCAÇÃO, PRINCIPAIS OBJETIVOS E
RESULTADOS ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ........................................................................... 452
QUADRO 2.77 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG - REGIÃO DA PAMPULHA -2008 ........................... 461
QUADRO 2.78 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NO COMPLEXO
DA PAMPULHA, BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................................. 464
QUADRO 2.79 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG - REGIÃO DO CENTRO E DA SAVASSI, BELO
HORIZONTE - 2008 ...................................................................................................................................... 466
QUADRO 2.80 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NA REGIÃO DO
CENTRO E DA SAVASSI, BELO HORIZONTE - 2010 ....................................................................................... 467
QUADRO 2.81 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG - REGIÃO DO ALTO MANGABEIRAS, BELO
HORIZONTE - 2008 ...................................................................................................................................... 468
QUADRO 2.82 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NA REGIÃO DO
ALTO MANGABEIRAS, BELO HORIZONTE - 2010 ......................................................................................... 470
QUADRO 2.83 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG – BAIRRO SANTA TEREZA, BELO HORIZONTE -2008
.................................................................................................................................................................... 471
QUADRO 2.84 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NO BAIRRO
SANTA TEREZA, BELO HORIZONTE - 2010 ................................................................................................... 472
QUADRO 2.85 INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS – ZEE/MG - REGIÃO DO EXPOMINAS E PARQUE DA
GAMELEIRA, BELO HORIZONTE - 2008 ....................................................................................................... 473
QUADRO 2.86 PRINCIPAIS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS, POR TIPO DE ATIVIDADE, NA REGIÃO DO
EXPOMINAS E PARQUE DA GAMELEIRA, BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................ 474
QUADRO 2.87 PROJETOS SUSTENTADORES RELACIONADOS À GESTÃO AMBIENTAL PÚBLICA, PRINCIPAIS
OBJETIVOS E RESULTADOS ESPERADOS ATÉ 2012 – BELO HORIZONTE ..................................................... 488
QUADRO 2.88 COMPONENTES E VARIÁVEIS UTILIZADAS NO ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DE MINAS
GERAIS – ZEE/MG - 2008 ............................................................................................................................ 490
QUADRO 2.89 DIRETRIZES DO PLANO DIRETOR DE BELO HORIZONTE PARA POLÍTICAS PÚBLICAS SETORIAIS –
2010 ............................................................................................................................................................ 494
QUADRO 2.90 ÁREAS DE RESULTADO, PROJETOS SUSTENTADORES E ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS – PROGRAMA BH
METAS E RESULTADOS – BELO HORIZONTE - 2010 .................................................................................... 500
QUADRO 2.91 ATRATIVOS DE BELO HORIZONTE, POR TIPO E SUBTIPO, SEGUNDO A ATRATIVIDADE EFETIVA E
POTENCIAL - 2010 ....................................................................................................................................... 506
QUADRO 2.92 PRINCIPAIS ATRATIVOS DE BELO HORIZONTE POR CATEGORIA, TIPO E SUBTIPO, SEGUNDO
SEGMENTOS DE DEMANDA TURÍSTICA ASSOCIADOS - 2010 ..................................................................... 508
QUADRO 2.93 QUADRO DE ESTRATÉGIAS DE CRUZAMENTO DA MATRIZ SWOT – PDITS/BH - 2011 ................. 533
QUADRO 4.1 ESTRATÉGIAS DE PRODUTO TURÍSTICO – PDITS-BH - 2011 .......................................................... 555
QUADRO 4.2 ESTRATÉGIAS DE COMERCIALIZAÇÃO – PDITS-BH - 2011 .............................................................. 557
QUADRO 4.3 ESTRATÉGIAS DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS – PDITS-BH - 2011 .............................. 558
QUADRO 4.4 ESTRATÉGIAS DO QUADRO INSTITUCIONAL – PDITS–BH - 2011 ................................................... 559
QUADRO 4.5 ESTRATÉGIAS DE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL – PDITS–BH - 2011 ................................................. 560
−
−
XXV
QUADRO 5.1 ESTRUTURAÇÃO DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DE MAIOR IMPACTO EFETIVO OU POTENCIAL E DE
EQUIPAMENTOS E CRIAÇÃO DE PRODUTOS TURÍSTICOS ........................................................................... 563
QUADRO 5.2 CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA MÃO DE OBRA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS E ATRATIVOS
TURÍSTICOS ................................................................................................................................................. 567
QUADRO 5.3 POLÍTICAS DE APOIO AO SETOR PRIVADO ASSOCIADO AO TURISMO........................................566
QUADRO 5.4 INTEGRAÇÃO DA OFERTA .............................................................................................................. 567
QUADRO 5.5 COMERCIALIZAÇÃO DO DESTINO BELO HORIZONTE ..................................................................... 570
QUADRO 5.6 FACILITAÇÃO DA MOBILIDADE INTERURBANA E INTRAURBANA .................................................. 572
QUADRO 5.7 MELHORIA DOS TERMINAIS DE PASSAGEIROS RODOVIÁRIOS E AEROVIÁRIOS............................ 575
QUADRO 5.8 GARANTIA DE CONDIÇÕES ADEQUADAS DE SANEAMENTO NA REGIÃO DA PAMPULHA ............. 576
QUADRO 5.9 SEGURANÇA TURÍSTICA, SERVIÇOS DE ATENDIMENTO MÉDICO E SISTEMAS DE EVACUAÇÃO
FRENTE A EMERGÊNCIAS ............................................................................................................................ 576
QUADRO 5.10 ATUALIZAÇÃO DE NORMAS TURÍSTICAS E DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIAS DAS AUTORIDADES DE
TURISMO..................................................................................................................................................... 579
QUADRO 5.11 ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO TURÍSTICO ........................................... 581
QUADRO 5.12 CONSOLIDAÇÃO DO ÓRGÃO CONSULTIVO DO SETOR ................................................................ 583
QUADRO 5.13 DESENVOLVIMENTO DE CONTAS SATÉLITE EM TURISMO E SISTEMAS DE ACOMPANHAMENTO DE
PROGRAMAS E DE POLÍTICAS DE INVESTIMENTO PÚBLICO NO SETOR...................................................... 583
QUADRO 5.14 EXPLORAÇÃO TURÍSTICA SUSTENTÁVEL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO MUNICIPAIS E
ESTADUAIS .................................................................................................................................................. 585
QUADRO 5.15 NORMAS AMBIENTAIS COMPLEMENTARES RELACIONADAS À ATIVIDADE TURÍSTICA ............... 585
QUADRO 5.16 PROPOSTAS DE ESTUDOS DE CAPACIDADE DE CARGA E DE LEVANTAMENTO DE INDICADORES
AMBIENTAIS ................................................................................................................................................ 586
QUADRO 5.17 SENSIBILIZAÇÃO DA POPULAÇÃO LOCAL QUANTO AO TURISMO .............................................. 587
QUADRO 5.18 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E CRIAÇÃO DO COMPLEXO TURÍSTICO DA SERRA
DO CURRAL ................................................................................................................................................. 594
QUADRO 5.19 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO ESPAÇO CULTURAL
MULTIUSO NO PARQUE MUNICIPAL .......................................................................................................... 596
QUADRO 5.20 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO MUNICIPAL DE
EVENTOS ..................................................................................................................................................... 597
QUADRO 5.21 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO
INTERPRETATIVA ......................................................................................................................................... 598
QUADRO 5.22 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E REQUALIFICAÇÃO E TRATAMENTO
PAISAGÍSTICO DA REGIÃO DO BARRO PRETO – POLO DA MODA ............................................................... 599
QUADRO 5.23 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO TURÍSTICA E
INDICATIVA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE ..................................................................................... 600
QUADRO 5.24 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO DE REFORMA E REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE
ATENDIMENTO AO TURISTA MERCADO DAS FLORES ................................................................................. 601
QUADRO 5.25 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DE PONTOS DE INFORMAÇÃO E
ASSISTÊNCIA AO TURISTA ........................................................................................................................... 601
QUADRO 5.26 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PLANO DE MARKETING E IMPLANTAÇÃO DAS AÇÕES
ESTRATÉGICAS ............................................................................................................................................ 603
QUADRO 5.27 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROJETO E IMPLANTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL DA BELOTUR....................................................................................... 606
QUADRO 5.28 DETALHAMENTO - ESTRUTURAÇÃO DA UNIDADE DE COORDENAÇÃO DE PROJETO NO
MUNICÍPIO .............................................................................................................................................. 60705
QUADRO 5.29 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO
SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – PDITS-BH ........................................................................................ 606
QUADRO 5.30 DETALHAMENTO - REALIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO DOS RECURSOS TURÍSTICOS
(INVTUR) ..................................................................................................................................................... 607
QUADRO 5.31 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO PDITS-BH ......... 608
QUADRO 5.32 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS E DOCUMENTAIS
DO TURISMO,SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS E DE PROGRAMAS E
POLÍTICAS DE INVESTIMENTO PÚBLICO NO SETOR TURÍSTICO .................................................................. 609
QUADRO 5.33 DETALHAMENTO - ELABORAÇÃO DA CARTILHA DO PROJETO BH VAI ATÉ VOCÊ - SENSIBILIZAÇÃO
TURÍSTICA E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO .............. 610
QUADRO 5.34 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
CRIAÇÃO DO COMPLEXO TURÍSTICO DA SERRA DO CURRAL ..................................................................... 611
−
−
XXVI
QUADRO 5.35 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DO ESPAÇO CULTURAL MULTIUSO NO PARQUE MUNICIPAL ............................................ 611
QUADRO 5.36 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO MUNICIPAL DE EVENTOS ................................................................................. 612
QUADRO 5.37 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA I ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE CONVENÇÕES CIDADE NOVA ................................................................... 612
QUADRO 5.38 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
REFORMA DO EXPOMINAS ......................................................................................................................... 612
QUADRO 5.39 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO INTERPRETATIVA ................................................................................... 613
QUADRO 5.40 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
REQUALIFICAÇÃO E TRATAMENTO PAISAGÍSTICO DA REGIÃO DA SAVASSI .............................................. 613
QUADRO 5.41 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
REQUALIFICAÇÃO E TRATAMENTO PAISAGÍSTICO DA REGIÃO DO BARRO PRETO – POLO DA MODA ...... 613
QUADRO 5.42 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
TRATAMENTO URBANÍSTICO E PAISAGÍSTICO DA LAGOA E ENTORNO...................................................... 614
QUADRO 5.43 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICO
E MATERIAL PARA A REALIZAÇÃO DA CAPACITAÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS DOS SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS E ATRATIVOS TURÍSTICOS ............................................................................................... 614
QUADRO 5.44 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS
DE INCENTIVOS PARA INVESTIMENTO E FOMENTO À CRIAÇÃO DE PRODUTOS E PROJETOS EMPRESARIAIS
.................................................................................................................................................................... 614
QUADRO 5.45 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA CRIAÇÃO DE INCENTIVOS
FISCAIS, RELATIVO AO ISSQN SOBRE A VENDA DE INGRESSOS E ESTANDES .............................................. 615
QUADRO 5.46 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA PROMOÇÃO DO
FORTALECIMENTO DA BASE EMPRESARIAL DO TURISMO ......................................................................... 615
QUADRO 5.47 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO TURÍSTICA E INDICATIVA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE ............ 615
QUADRO 5.48 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE
REFORMA E REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO DE ATENDIMENTO AO TURISTA MERCADO DAS FLORES ...... 615
QUADRO 5.49 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DE PONTOS DE INFORMAÇÃO E ASSISTÊNCIA AO TURISTA .............................................. 616
QUADRO 5.50 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE
VIABILIDADE E DE DEMANDA PARA IMPLANTAÇÃO DO TERMINAL TURÍSTICO DE BELO HORIZONTE ...... 616
QUADRO 5.51 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PLANO DE
MARKETING E IMPLANTAÇÃO DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS ........................................................................ 617
QUADRO 5.52 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
REFORMA E AMPLIAÇÃO DO ANEL RODOVIÁRIO ....................................................................................... 617
QUADRO 5.53 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
AMPLIAÇÃO DA LINHA DO METRÔ ............................................................................................................. 618
QUADRO 5.54 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DO BRT ÁREA CENTRAL...................................................................................................... 618
QUADRO 5.55 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO AS OBRAS DO BOULEVAD ARRUDAS - TEREZA CRISTINA .................................................. 618
QUADRO 5.56 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DO BRT AVENIDAS ANTONIO CARLOS E PEDRO I .............................................................. 618
QUADRO 5.57 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DO BRT DA AVENIDA CRISTIANO MACHADO .................................................................... 619
QUADRO 5.58 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DO BRT AVENIDAS PEDRO II E CARLOS LUZ ....................................................................... 619
QUADRO 5.59 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DA RODOVIÁRIA DO BAIRRO SÃO GABRIEL ....................................................................... 619
QUADRO 5.60 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE DO AEROPORTO INTERNACIONAL TANCREDO NEVES................................ 620
QUADRO 5.61 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA EXECUÇÃO DAS OBRAS DE
SANEAMENTO AMBIENTAL NA REGIÃO DA PAMPULHA ............................................................................ 620
QUADRO 5.62 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
APERFEIÇOAMENTO DA SEGURANÇA DE ATRATIVOS, SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS E
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS. ..................................................................................................... 620
−
−
XXVII
QUADRO 5.63 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA REDUÇÃO DA INFORMALIDADE
NO SETOR DE TRANSPORTE NOS EQUIPAMENTOS DE LAZER .................................................................... 620
QUADRO 5.64 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA CONTROLE A PRESENÇA DE
AMBULANTES NOS EQUIPAMENTOS DE LAZER .......................................................................................... 621
QUADRO 5.65 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DO REAPARELHAMENTO DA
ACADEMIA DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS E CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA .... 621
QUADRO 5.66 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
IMPLANTAÇÃO DAS ATIVIDADES DE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL DA BELOTUR ............................ 621
QUADRO 5.67 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA NORMATIZAÇÃO DE
ATRIBUIÇÕES E FUNÇÕES DO COMTUR-BH ................................................................................................ 621
QUADRO 5.68 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA CRIAÇÃO DE UM FUNDO
MUNICIPAL DE TURISMO ............................................................................................................................ 622
QUADRO 5.69 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ESTRUTURAÇÃO DA UNIDADE
DE COORDENAÇÃO DE PROJETO NO MUNICÍPIO ....................................................................................... 622
QUADRO 5.70 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
NORMATIZAÇÃO DA BELOTUR COMO ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL
DE TURISMO (PMT) ..................................................................................................................................... 622
QUADRO 5.71 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PLANO DE
DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL DE BELO HORIZONTE – PDITS-BH ........... 622
QUADRO 5.72 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO
DO PLANO MUNICIPAL DE TURISMO .......................................................................................................... 623
QUADRO 5.73 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA REALIZAÇÃO E ATUALIZAÇÃO
DO INVENTÁRIO DOS RECURSOS TURÍSTICOS (INVTUR) ............................................................................ 623
QUADRO 5.74 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROGRAMA
DE GESTÃO AMBIENTAL DO PDITS-BH........................................................................................................ 623
QUADRO 5.75 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA FORTALECIMENTO DA
ATUAÇÃO DO COMTUR-BH NO PLANEJAMENTO TURÍSTICO ..................................................................... 623
QUADRO 5.76 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE
INFORMAÇÕES ESTATÍSTICAS E DOCUMENTAIS DO TURISMO,SISTEMA DE MONITORAMENTO E
AVALIAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS E DE PROGRAMAS E POLÍTICAS DE INVESTIMENTO PÚBLICO NO
SETOR TURÍSTICO........................................................................................................................................ 623
QUADRO 5.77 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE
MANEJO NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE INTERESSE TURÍSTICO EM BELO HORIZONTE................. 624
QUADRO 5.78 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO PROJETO E
CONCESSÃO DO PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL .................................................................... 624
QUADRO 5.79 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE
CAPACIDADE DE CARGA DA ORLA DA LAGOA DA PAMPULHA E REGULAMEN-TAÇÃO DO USO DA ORLA
PARA EVENTOS. .......................................................................................................................................... 624
QUADRO 5.80 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA DEFINIÇÃO DOS INDICADORES
AMBIENTAIS PARA O TURISMO EM BELO HORIZONTE E MONITORAMENTO ............................................ 625
QUADRO 5.81 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA REALIZAÇÃO DE CAMPANHAS
DE SENSIBILIZAÇÃO E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS REGIONAIS DE BELO HORIZONTE ........................ 625
QUADRO 5.82 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA PROMOÇÃO DE PROGRAMAS
DE SENSIBILIZAÇÃO QUANTO À RECICLAGEM E À LIMPEZA URBANA ........................................................ 625
QUADRO 5.83 IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PREVISTOS EM DECORRÊNCIA DA ELABORAÇÃO DA CARTILHA DO
PROJETO BH VAI ATÉ VOCÊ - SENSIBILIZAÇÃO TURÍSTICA E DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA REDE
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO .............................................................................................. 629
QUADRO 5.84 PROJETOS DE CRIAÇÃO DE ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS, MEDIDAS PREVISTAS DE
MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO
DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH – 2011 ............................................................... 629
QUADRO 5.85 PROJETOS DE ESTRUTURAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PRINCIPAIS ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS
TURÍSTICOS, MEDIDAS PREVISTAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS, INDICADORES DE
ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH –
2011 .......................................................................................................................................................... 6331
QUADRO 5.86 PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE GESTORES E PROFISSIONAIS PARA ATRATIVOS, SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS, MEDIDAS PREVISTAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS,
INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH –
2011 ............................................................................................................................................................ 633
−
−
XXVIII
QUADRO 5.87 POLÍTICAS DE APOIO AO SETOR PRIVADO ASSOCIADO AO TURISMO, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E
CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO E
FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ........................................................................................ 63634
QUADRO 5.88 AÇÕES DE INTEGRAÇÃO DA OFERTA, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS
PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE
INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ............................................................................................................... 635
QUADRO 5.89 ESTRATÉGIA DE COMERCIALIZAÇÃO TURÍSTICA, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS
IMPACTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO E FONTES DE INFORMAÇÃO –
PDITS-BH - 2011 .......................................................................................................................................... 636
QUADRO 5.90 PROJETOS DE FACILITAÇÃO DA MOBILIDADE INTRAURBANA E INTERURBANA, MEDIDAS DE
MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E
MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ............................ 63937
QUADRO 5.91 PROJETOS DE MELHORIA DO ATENDIMENTO DOS TERMINAIS RODOVIÁRIOS E AEROVIÁRIOS DE
PASSAGEIROS, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE
ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011
................................................................................................................................................................ 64139
QUADRO 5.92 PROJETO DE GARANTIA DE INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO BÁSICO, MEDIDAS DE
MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E
MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 .............................. 6420
QUADRO 5.93 PROJETOS DE GARANTIA DE SEGURANÇA TURÍSTICA, DE SERVIÇOS DE ATENDIMENTO MÉDICO E
DE SISTEMAS DE EVACUAÇÃO EM CASO DE EMERGÊNCIAS, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS
IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E
FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 .......................................................................................... 6431
QUADRO 5.94 PROJETOS DE ATUALIZAÇÃO DE NORMAS TURÍSTICAS E DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIAS DAS
AUTORIDADES DE TURISMO, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS,
INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO
– PDITS-BH - 2011 ..................................................................................................................................... 6442
QUADRO 5.95 PROJETOS DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO TURÍSTICO, MEDIDAS DE
MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E
MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ............................ 64543
QUADRO 5.96 PROJETO DE CONSOLIDAÇÃO DO ÓRGÃO CONSULTIVO DO SETOR, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E
CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS
IMPACTOS E FONTE DE INFORMAÇÕES – PDITS-BH - 2011 .................................................................... 64644
QUADRO 5.97 PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE CONTAS SATÉLITE EM TURISMO E SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO,ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS E DE POLÍTICAS DE INVESTIMENTO
PÚBLICO NO SETOR, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE
ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011
................................................................................................................................................................ 64644
QUADRO 5.98 PROJETOS DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAIS EM
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS,
INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO
– PDITS-BH - 2011 ................................................................................................................................... 64745
QUADRO 5.99 PROJETO DE PROPOSIÇÃO DE NORMAS AMBIENTAIS COMPLEMENTARES, MEDIDAS DE
MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO E
MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011 ............................ 64846
QUADRO 5.100 PROJETOS DE ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE CAPACIDADE DE CARGA E DE LIMITES ACEITÁVEIS
DE ALTERAÇÃO E LEVANTAMENTO DE LINHAS BASE DE REFERÊNCIA DE INDICADORES AMBIENTAIS,
MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE
ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011
.................................................................................................................................................................... 646
QUADRO 5.101 PROJETOS DE ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS DE SENSIBILIZAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL,
MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTROLE DOS IMPACTOS PREVISTOS, INDICADORES DE
ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS E FONTES DE INFORMAÇÃO – PDITS-BH - 2011
................................................................................................................................................................ 64947
QUADRO 6.1 - RESUMO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DO PDITS/BH, LINHAS DE BASE, FONTES, METAS E
MECANISMOS DE AFERIÇÃO ....................................................................................................................... 652
−
−
XXIX
Lista de gráficos
GRÁFICO 1.1 NÚMERO ESTIMADO DE TURISTAS EM BELO HORIZONTE, POR ANO, NO PERÍODO 2010–2020 .... 10
GRÁFICO 1.2 OFERTA ESTIMADA DE MEIOS DE HOSPEDAGEM* EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020
...................................................................................................................................................................... 12
GRÁFICO 1.3 OFERTA ESTIMADA DE UNIDADES HABITACIONAIS* EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–
2020 .............................................................................................................................................................. 13
GRÁFICO 1.4 TAXA DE OCUPAÇÃO ESTIMADA DOS MEIOS DE HOSPEDAGEM DE BELO HORIZONTE NO PERÍODO
2010–2020 .................................................................................................................................................... 14
GRÁFICO 1.5 QUANTIDADE DEMANDADA DE UNIDADES HABITACIONAIS (UHS) EM BELO HORIZONTE NO
PERÍODO 2010–2020 .................................................................................................................................... 15
GRÁFICO 1.6 - OFERTA E DEMANDA PREVISTA DE UNIDADES HABITACIONAIS EM EQUIPAMENTOS DE
HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE ATÉ 2020 ........................................................................................... 16
GRÁFICO 1.7 ESTIMATIVA DA RECEITA GERADA PELAS ATIVIDADES TURÍSTICAS E PARCIALMENTE TURÍSTICAS
EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2010–2020 (EM MILHARES DE REAIS) ................................................. 18
GRÁFICO 1.8 ARRECADAÇÃO EFETIVA E ARRECADAÇÃO PREVISTA DE ISS DE ATIVIDADES TURÍSTICAS E
PARCIALMENTE TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2007–2020 ............................................. 19
GRÁFICO 1.9 RENDA DERIVADA PELA RECEITA TURÍSTICA, EM MILHARES DE REAIS, EM BELO HORIZONTE NO
PERÍODO 2010–2020 .................................................................................................................................... 20
GRÁFICO 1.10 ESTABELECIMENTOS EFETIVOS E PREVISTOS DE SETORES TURÍSTICOS E PARCIALMENTE
TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2006–2020 ....................................................................... 22
GRÁFICO 1.11 EMPREGADOS EFETIVOS E PREVISTOS DE ESTABELECIMENTOS DE SETORES TURÍSTICOS E
PARCIALMENTE TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO 2006–2030 ............................................ 22
GRÁFICO 2.1.
AVALIAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DOS ATRATIVOS CULTURAIS PESQUISADOS – BELO HORIZONTE
–2010
...................................................................................................................................................32
GRÁFICO 2.2.
MESES DE MAIOR MOVIMENTO NOS ATRATIVOS CULTURAIS, SEGUNDO OS GESTORES, POR
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................... 33
GRÁFICO 2.3.
MESES DE MENOR MOVIMENTO NOS ATRATIVOS CULTURAIS, SEGUNDO OS GESTORES, POR
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................... 34
GRÁFICO 2.4 TIPO DE PESQUISA REALIZADA COM SEUS VISITANTES PELOS ATRATIVOS CULTURAIS – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 35
GRÁFICO 2.5.
VOLUME DE RECURSOS INVESTIDO(1) NOS ATRATIVOS CULTURAIS – BELO HORIZONTE –
2007-2010 37
GRÁFICO 2.6.
DESTINO DOS INVESTIMENTOS QUE SERÃO REALIZADOS NOS ATRATIVOS CULTURAIS – BELO
HORIZONTE – 2010 A 2015 ........................................................................................................................... 38
GRÁFICO 2.7.
NÚMERO DE ATRATIVOS QUE REALIZAM PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 39
GRÁFICO 2.8.
MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS ATRATIVOS – BELO HORIZONTE – 2010 ............... 39
GRÁFICO 2.9.
NÚMERO DE ATRATIVOS QUE MANTÊM PARCERIAS FORMAIS COM OUTROS ATRATIVOS E
EQUIPAMENTOS DO MUNICÍPIO – 2010 ...................................................................................................... 40
GRÁFICO 2.10. ORIGEM DOS VISITANTES NOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010 ................. 46
GRÁFICO 2.11. MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS ATRATIVOS NATURAIS – BELO HORIZONTE – 2010
49
GRÁFICO 2.12. PARCERIAS FORMAIS ENTRE ATRATIVOS NATURAIS E OUTROS ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS
– BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................................................... 50
GRÁFICO 2.13. FREQUÊNCIA TOTAL AOS EVENTOS PERMANENTES NOS ANOS DE 2007, 2008 E 2009 – BELO
HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................................................... 62
GRAFICO 2.14. MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS EVENTOS PERMANENTES EM PERCENTUAL – BELO
HORIZONTE –2010 ........................................................................................................................................ 64
GRAFICO 2.15. PARCERIAS FORMAIS ENTRE ATRATIVOS E EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS COM OS EVENTOS
PERMANENTES – BELO HORIZONTE 2010 .................................................................................................... 65
GRÁFICO 2.16. EXISTÊNCIA DE GERÊNCIAS, POR TIPO, NOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM
PESQUISADOS, EM PERCENTUAL – BELO HORIZONTE –2010....................................................................... 70
GRÁFICO 2.17. FACILIDADES OFERECIDAS NAS UNIDADES HABITACIONAIS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
DE HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................. 71
GRÁFICO 2.18 PERCENTUAL DE EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM QUE OFERECEM FACILIDADES EM ÁREAS
COMUNS E DE LAZER POR TIPO DE FACILIDADES – BELO HORIZONTE/MG – 2010 ..................................... 72
−
−
XXX
GRÁFICO 2.19. MESES DE MAIOR MOVIMENTO INFORMADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
HOSPEDAGEM, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 .................................. 74
GRÁFICO 2.20. MESES DE MENOR MOVIMENTO INFORMADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
HOSPEDAGEM, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 .................................. 74
GRÁFICO 2.21. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM QUE REALIZAM PRÁTICAS DE GESTÃO
AMBIENTAL – BELO HORIZONTE – 2010 ....................................................................................................... 77
GRÁFICO 2.22. VOLUME TOTAL DE INVESTIMENTOS INFORMADO PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE
HOSPEDAGEM – BELO HORIZONTE - 2007-2010 .......................................................................................... 78
GRÁFICO 2.23
MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM,
POR NÚMERO DE EQUIPAMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................. 80
GRÁFICO 2.24. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM QUE MANTÊM PARCERIAS FORMAIS COM
SERVIÇOS TURÍSTICOS DE BELO HORIZONTE – 2010 .................................................................................... 81
GRÁFICO 2.25. MÊS DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA, POR
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................... 86
GRÁFICO 2.26. MÊS DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA DE BELO
HORIZONTE POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS - 2010 ......................................................................... 87
GRÁFICO 2.27. NÚMERO MÉDIO DE REFEIÇÕES SERVIDAS NOS EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA, POR
DIA DA SEMANA – BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................... 87
GRÁFICO 2.28. GASTO MÉDIO DOS CLIENTES EM SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA, POR
CATEGORIA DE EQUIPAMENTO – BELO HORIZONTE –2010 ......................................................................... 88
GRÁFICO 2.29. TIPOS DE PESQUISAS REALIZADAS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA –
BELO HORIZONTE –2010 ............................................................................................................................... 88
GRÁFICO 2.30. VOLUME DE RECURSOS INVESTIDOS EM DEZESSEIS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA
GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE – 2007-2010........................................................................................ 89
GRÁFICO 2.31. NÚMERO DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA QUE REALIZAM PRÁTICAS DE
GESTÃO AMBIENTAL – BELO HORIZONTE - 2010 ......................................................................................... 90
GRÁFICO 2.32
MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA
– BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................................................................ 91
GRÁFICO 2.33
SERVIÇOS TURÍSTICOS QUE MANTÊM PARCERIAS FORMAIS COM OS SERVIÇOS E
EQUIPAMENTOS PARA GASTRONOMIA – BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................... 92
GRÁFICO 2.34
MÊS DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO,
PESQUISADOS POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010 .................................... 97
GRÁFICO 2.35. MÊS DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO, POR
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS – 2010 ........................................ 98
GRÁFICO 2.36. FROTA DOS SERVIÇOS E E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE, POR TIPO DE VEÍCULO – BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 107
GRÁFICO 2.37. MESES DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE, POR
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE –2010 .................................................................. 108
GRÁFICO 2.38. MESES DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE, POR
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 108
GRÁFICO 2.39. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE QUE REALIZAM PRÁTICAS DE GESTÃO
AMBIENTAL – BELO HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................... 109
GRÁFICO 2.40 AVALIAÇÃO DO ESTADO GERAL DE CONSERVAÇÃO DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA
EVENTOS – BELO HORIZONTE –2010 .......................................................................................................... 118
GRÁFICO 2.41. MESES DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS POR
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 119
GRÁFICO 2.42. MESES DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS, POR
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 120
GRÁFICO 2.43. ORIGEM DOS CLIENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS – BELO HORIZONTE
– 2010
121
GRÁFICO 2.44. PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS – BELO
HORIZONTE – 2010 ..................................................................................................................................... 123
GRÁFICO 2.45
MEIOS DE PROMOÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS
PESQUISADOS, POR NÚMERO DE EQUIPAMENTOS – BELO HORIZONTE –2010 ........................................ 124
GRÁFICO 2.46. MEIOS DE COMERCIALIZAÇÃO UTILIZADOS PELOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA
EVENTOS PESQUISADOS - BELO HORIZONTE - 2010................................................................................... 124
GRÁFICO 2.47 MESES DE MAIOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO
DE BELO HORIZONTE, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – 2010. ..................................................... 141
−
−
XXXI
GRÁFICO 2.48 MESES DE MENOR MOVIMENTO NOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E
ENTRETENIMENTO DE BELO HORIZONTE, POR NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS – 2010. ...................... 141
GRÁFICO 2.49 VALOR DOS INGRESSOS DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO DE
BELO HORIZONTE – 2010. ........................................................................................................................... 142
GRAFICO 2.50. ORIGEM DOS VISITANTES NOS POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA DE BELO HORIZONTE– EM
PERCENTUAIS – 2009 .................................................................................................................................. 152
GRAFICO 2.51 NÚMERO TOTAL ANUAL DE VISITANTES NOS POSTOS DE INFORMAÇÃO TURÍSTICA DE BELO
HORIZONTE – 2007, 2008 E 2009 ............................................................................................................... 153
GRÁFICO 2.52 PERCENTUAL DE DIRIGENTES DE EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM, POR ESCOLARIDADE, EM
BELO HORIZONTE – 2010 ............................................................................................................................ 157
GRÁFICO 2.53 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM BELO HORIZONTE
EM CURSOS DE CAPACITAÇÃO – 2010 ........................................................................................................ 157
GRÁFICO 2.54 PREFERÊNCIA DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM SOBRE MODALIDADE DE
CURSOS DE CAPACITAÇÃO - BELO HORIZONTE - 2010 ............................................................................... 158
GRÁFICO 2.55 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DE EQUIPAMENTOS DE HOSPEDAGEM EM VISITAS TÉCNICAS BELO HORIZONTE - 2010............................................................................................................................. 162
GRÁFICO 2.56 PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE CAPACITAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE
GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE – 2010 ........................................................................................... 174
GRÁFICO 2.57 PREFERÊNCIA DOS GESTORES DOS EQUIPAMENTOS DE GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE
SOBRE MODALIDADE DE CURSO DE CAPACITAÇÃO – 2010 ....................................................................... 177
GRÁFICO 2.58 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS GASTRONÔMICOS EM VISITAS TÉCNICAS
A ESTABELECIMENTOS SIMILARES - BELO HORIZONTE - 2010 ................................................................... 178
GRÁFICO 2.58 PARTICIPAÇÃO EM CURSOS DE CAPACITAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS DE
AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010......................................................................................... 189
GRÁFICO 2.59 PREFERÊNCIA SOBRE MODALIDADE DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO, DOS DIRIGENTES DOS
ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010
.................................................................................................................................................................... 191
GRÁFICO 2.60 PARTICIPAÇÕES EM VISITAS TÉCNICAS A ESTABELECIMENTOS SIMILARES, DE GESTORES DOS
SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE AGENCIAMENTO EM BELO HORIZONTE – 2010 ..................................... 192
GRÁFICO 2.61 FAIXA ETÁRIA DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE TURÍSTICO
EM BELO HORIZONTE – 2010...................................................................................................................... 199
GRÁFICO 2.62 ESCOLARIDADE DOS DIRIGENTES DE TRANSPORTADORAS TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE –
2010 ............................................................................................................................................................ 200
GRÁFICO 2.62 PREFERÊNCIA SOBRE MODALIDADE DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO DOS DIRIGENTES DAS
TRANSPORTADORAS TURÍSTICAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................ 201
GRÁFICO 2.63 PARTICIPAÇÃO EM VISITAS TÉCNICAS A ESTABELECIMENTOS SIMILARES, DE DIRIGENTES DAS
TRANSPORTADORAS EM BELO HORIZONTE – 2010 ................................................................................... 202
GRÁFICO 2.64 PREFERÊNCIA DOS DIRIGENTES DOS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS SOBRE
MODALIDADE DE CURSOS DE CAPACITAÇÃO EM BELO HORIZONTE – 2010.............................................. 211
GRÁFICO 2.65 PARTICIPAÇÃO DOS DIRIGENTES DOS EQUIPAMENTOS PARA EVENTOS EM VISITAS TÉCNICAS A
ESTABELECIMENTOS SIMILARES EM BELO HORIZONTE – 2010.................................................................. 211
GRÁFICO 2.66 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PRINCIPAIS MEIOS DE DIVULGAÇÃO QUE INFLUENCIARAM NA
ESCOLHA DO DESTINO BELO HORIZONTE, NA PERCEPÇÃO DE TURISTAS - 2010 ....................................... 279
GRÁFICO 2.68 TIPOS DE TURISMO EM VIAGENS A LAZER PREFERIDOS PELOS TURISTAS POTENCIAIS PARA BELO
HORIZONTE - 2010 ...................................................................................................................................... 292
GRÁFICO 2.69 PERCEPÇÃO DO TOTAL DE ENTREVISTADOS SOBRE OS MEIOS DE DIVULGAÇÃO QUE MAIS
INFLUENCIARAM SUA DECISÃO DE VISITAR BELO HORIZONTE EM SUA ÚLTIMA VIAGEM AO DESTINO –
2010 ............................................................................................................................................................ 301
GRÁFICO 2.70 PRINCIPAIS MOTIVOS PARA RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE SEGUNDO OS TURISTAS
POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO – 2010 ................................................................................ 303
GRÁFICO 2.71 PRINCIPAIS MOTIVOS PARA RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE SEGUNDO OS TURISTAS
POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO, COM RESIDÊNCIA PERMANENTE EM SÃO PAULO – 2010 304
GRÁFICO 2.72 PRINCIPAL MOTIVO PARA RECOMENDAR O DESTINO BELO HORIZONTE PELO TOTAL DE TURISTAS
POTENCIAIS QUE JÁ CONHECIAM O DESTINO, POR TIPO DE MOTIVAÇÃO TURÍSTICA - 2010 ................... 305
GRÁFICO 2.73 CLASSIFICAÇÃO DE BELO HORIZONTE EM RELAÇÃO A OUTROS 81 MUNICÍPIOS BRASILEIROS
QUANTO À OFERTA DE SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO – 2003 A 2008 ............................................ 349
GRÁFICO 2.74 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA SETUR-MG SEGUNDO NÍVEL DE ESCOLARIDADE
(TOTAL=63) ................................................................................................................................................. 386
GRÁFICO 2.75 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA SETUR-MG POR TIPO DE CONTRATAÇÃO (TOTAL=63) . 386
−
−
XXXII
GRÁFICO 2.76 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA BELOTUR SEGUNDO NÍVEL DE ESCOLARIDADE
(TOTAL=153) ............................................................................................................................................... 391
GRÁFICO 2.77 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA BELOTUR, POR TIPO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO
(TOTAL=153) ............................................................................................................................................... 391
GRÁFICO 2.78 DISTRIBUIÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA BELOTUR, SEGUNDO VÍNCULO EMPREGATÍCIO E NÍVEL
DE ESCOLARIDADE (TOTAL=153) ................................................................................................................ 392
GRÁFICO 2.79 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE BELO HORIZONTE EM REGIONAIS
ADMINISTRATIVAS - 2000 ........................................................................................................................... 422
GRÁFICO 2.80 PIRÂMIDE ETÁRIA DA POPULAÇÃO DE BELO HORIZONTE – 1991 .............................................. 423
GRÁFICO 2.81 PIRÂMIDE ETÁRIA DA POPULAÇÃO DE BELO HORIZONTE – 2000 .............................................. 423
GRÁFICO 2.82 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DOS SETORES ECONÔMICOS NA
FORMAÇÃO DO PIB MUNICIPAL – BELO HORIZONTE – 2007 ..................................................................... 427
GRÁFICO 2.83 EVOLUÇÃO DO PIB PER CAPITA EM BELO HORIZONTE NO PERÍODO DE 2000 A 2007 ................ 427
GRÁFICO 2.84 EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DOS SETORES DE ATIVIDADE ECONÔMICA NO NÚMERO DE
EMPREGOS FORMAIS – BELO HORIZONTE – 1986, 1996 E 2006 ................................................................ 429
GRÁFICO 2.85 EVOLUÇÃO DA PIA, DA PEA, POPULAÇÃO OCUPADA E DESEMPREGADOS EM BELO HORIZONTE –
1996 – 2002 ................................................................................................................................................ 430
GRÁFICO 2.86 TAXA DE ANALFABETISMO TOTAL – BH, RMBH, MG, SUDESTE E BRASIL - 2000 ......................... 449
−
−
XXXIII
Lista de figuras
FIGURAS 2.1 A 2.8 ATRATIVOS CULTURAIS DE BELO HORIZONTE ......................................................................... 28
FIGURAS 2.9 A 2.10 ALGUNS PARQUES NATURAIS DE BELO HORIZONTE ............................................................. 42
FIGURAS 2.11 IMAGENS DO CENTRO DE CONVENÇÕES MINASCENTRO, EM BELO HORIZONTE ....................... 113
FIGURAS 2.12 A 2.16 ALGUNS SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO EM BELO
HORIZONTE ................................................................................................................................................. 130
FIGURA 2.17: AEROPORTO QUE SERVE A BELO HORIZONTE - AEROPORTO INTERNACIONAL TANCREDO NEVES 2010 ............................................................................................................................................................ 347
FIGURA 2.18 SISTEMA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE ...................................................................................... 476
FIGURA 2.19 CAMADA DE VULNERABILIDADE NATURAL – ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO - BELO
HORIZONTE - 2008 ...................................................................................................................................... 491
FIGURA 3.1 - CLASSIFICAÇÃO GERAL DAS RODOVIAS – MINAS GERAIS - 2010 ................................................... 542
FIGURA 3.2 - CAMADA DE VULNERABILIDADE NATURAL DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO PARA
BELO HORIZONTE - 2008............................................................................................................................. 550
−
−
XXXIV
Lista de mapas
MAPA 2.3.1 CONTEXTO METROPOLITANO DE BELO HORIZONTE
340
MAPA 2.3.2 MEIOS DE ACESSO AO MUNICÍPIO
341
MAPA 2.3.3 DOMICÍLIOS SEM ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM BELO HORIZONTE
349
MAPA 2.3.4 DOMICÍLIOS SEM ACESSO A REDE DE ESGOTO OU FOSSA SANITÁRIA
352
MAPA 2.3.5 DOMICÍLIOS SEM COLETA DE LIXO EM BELO HORIZONTE
356
MAPA 2.3.6 BACIAS HIDROGRÁFICAS EM BELO HORIZONTE
358
MAPA 2.3.7 ÁREAS SUJEITAS À INUNDAÇÃO EM BELO HORIZONTE
361
MAPA 2.3.8 ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM BELO HORIZONTE
364
MAPA 2.3.9 SISTEMA DE SAÚDE EM BELO HORIZONTE
369
MAPA 2.3.10 SEGURANÇA PÚBLICA EM BELO HORIZONTE
373
MAPA 2.5.1 ÁREAS VERDES EM BELO HORIZONTE
413
MAPA 2.5.2 REGIONAIS ADMINISTRATIVAS EM BELO HORIZONTE
415
MAPA 2.5.3 ROTEIROS TURÍSTICOS EM BELO HORIZONTE
450
MAPA 2.5.4 ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE TURÍSTICA EM BELO HORIZONTE
451
MAPA 3.1 INSERÇÃO METROPOLITANA E ACESSOS A BELO HORIZONTE
538
MAPA 3.2 MAPA DE ABRANGÊNCIA DOS CIRCUITOS TURÍSTICOS PRÓXIMOS A BELO HORIZONTE
539
MAPA 3.3 ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE TURÍSTICA EM BELO HORIZONTE
540
−
−
XXXV
APRESENTAÇÃO
Este documento contém o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de
Belo Horizonte (PDITS-BH), contratado pela Empresa de Turismo de Belo Horizonte
(BELOTUR) à Fundação João Pinheiro (FJP)1.
O PDITS é um instrumento de planejamento do turismo para áreas turísticas selecionadas e
insere-se no âmbito do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur
Nacional), do Ministério do Turismo, constituindo-se em ferramenta para a obtenção de
empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O PDITS-BH, em função da abrangência de seu diagnóstico e do conjunto de estratégias e
ações resultantes, pode ser considerado como um marco no planejamento do turismo de
Belo Horizonte, constituindo-se em um instrumento de planejamento estratégico de
importância fundamental para orientar e promover o processo de desenvolvimento turístico
sustentável na Capital mineira.
A elaboração do Plano é regida por termo de referência, e sua metodologia contempla a
realização de pesquisas de nível primário e secundário. Inicialmente, foi realizada uma
pesquisa bibliográfica e documental envolvendo estudos já realizados e dados secundários
existentes sobre os aspectos socioambientais, infra-estruturais, institucionais e do mercado
turístico de Belo Horizonte. Em uma segunda etapa foram realizadas pesquisas para a
coleta dos dados primários necessários sobre a oferta e a demanda turística (efetiva e
potencial), abrangendo alguns aspectos qualitativos da comercialização do produto turístico
de Belo Horizonte, e os aspectos institucionais relacionados ao turismo. A pesquisa
diagnóstica da oferta turística foi realizada através da aplicação de questionários e
entrevistas semi-estruturadas junto a gestores de atrativos e serviços e equipamentos
turísticos de Belo Horizonte e de representantes de entidades do setor turístico municipal. A
pesquisa de demanda turística efetiva foi realizada através da aplicação de questionários
junto a uma amostra aleatória de turistas em postos de informação, principais atrativos e
eventos turísticos. Já a pesquisa de demanda potencial foi realizada através da aplicação de
questionários fechados junto a uma amostra aleatória de turistas que circulavam no saguão
do Aeroporto de Congonhas em São Paulo, considerado o de maior fluxo de passageiros
domésticos no país. Foi realizada ainda uma pesquisa qualitativa sobre alguns aspectos da
comercialização do produto turístico de Belo Horizonte, através da aplicação de entrevistas
semi-estruturadas, junto à gestora do Espaço Minas Gerais em São Paulo e a gestores de
agências e operadoras do emissivo em São Paulo, que trabalhavam e não trabalhavam com
o produto turístico ―Belo Horizonte‖. A pesquisa institucional foi realizada através da
aplicação de entrevistas semi-estruturadas junto a Belotur, representantes do Conselho
Municipal de Turismo e do trade turístico de Belo Horizonte, dentre outras instituições. A
metodologia das pesquisas referentes aos componentes do mercado turístico, infraestrutura
básica e serviços gerais, quadro institucional e aspectos socioambientais está detalhada nas
diferentes partes que compõe o diagnóstico.
No primeiro capítulo, apresentam-se os objetivos do PDITS. Para tanto, descreve-se,
introdutoriamente, o contexto mais amplo das políticas de desenvolvimento turístico do país,
do estado de Minas Gerais e do município de Belo Horizonte que fornecem os contornos e
direcionamento mais gerais para o PDITS-BH, com destaque para o Plano Nacional de
Turismo (PNT), para o Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur
Nacional), para o Plano Setorial de Turismo de Minas Gerais e para o Programa BH Metas e
Resultados. De forma consistente com os objetivos das políticas nacional e estadual do
turismo e do planejamento estratégico adotado pela Prefeitura de Belo Horizonte descrevese, posteriormente, os objetivos do PDITS-BH, geral e específicos (instrumentais e
1
−
Contrato de Prestação de Serviços de Consultoria Técnica Especializada – FJP/PROC 551/09
−
1
finalísticos). Por fim, descrevem-se as projeções e metas para o alcance dos objetivos
finalísticos propostos pelo PDITS-BH nos horizontes de curto, médio e longo prazo.
No segundo capítulo, apresenta-se o diagnóstico estratégico da área e das atividades
turísticas. Nas seções 2.1 e 2.2 aborda-se o mercado turístico de Belo Horizonte.
Inicialmente, detalha-se a metodologia da pesquisa de oferta turística utilizada e
desenvolve-se a análise, envolvendo os atrativos turísticos, os serviços e equipamentos
turísticos e a capacitação da mão de obra para o turismo. A análise dos atrativos abrange as
categorias ―Atrativos culturais‖, ―Atrativos naturais‖, ―Realizações técnicas‖ e ―Eventos
permanentes‖, que compõem o conjunto mais relevante da oferta turística de Belo
Horizonte. A análise dos serviços e equipamentos turísticos e da capacitação de seus
recursos humanos abrange sete setores: Hospedagem, Gastronomia, Agenciamento,
Transporte, Eventos, Lazer e Entretenimento, e Outros Serviços e Equipamentos. Na
seqüência, detalha-se a metodologia da pesquisa de demanda turística de Belo Horizonte,
tanto a efetiva quanto a potencial, e desenvolve-se a análise, que inclui aspectos qualitativos
da comercialização do produto turístico de Belo Horizonte.
Na seção 2.3, procede-se a análise da infraestrutura básica e dos serviços gerais
encontrados na Área Turística de Belo Horizonte. Avaliam-se as redes viárias de acesso ao
município, os sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de limpeza
urbana, a situação da rede de drenagem pluvial, os sistemas de transporte urbano e de
comunicação, a cobertura da rede de iluminação pública e dos serviços de saúde, além da
situação da segurança pública.
Na seção 2.4, efetua-se a análise do quadro institucional de Belo Horizonte, compreendendo
os órgãos e as instituições públicos e privados envolvidos na gestão do turismo em Belo
Horizonte, os impactos e as limitações das políticas públicas e da capacidade de gestão
pública sobre o desenvolvimento do turismo, a organização e a coordenação do processo de
planejamento turístico, a legislação urbanística, ambiental e turística que incidem sobre o
município, assim como o quadro dos incentivos para o investimento privado turístico.
Na seção 2.5, é feita a análise dos aspectos socioambientais na Área Turística de Belo
Horizonte. Inicialmente, contemplam-se o contexto histórico de formação do município, o
meio físico e biótico, a dinâmica populacional recente, uma análise econômica setorial de
Belo Horizonte, bem como os órgãos setoriais municipais responsáveis pelas políticas
públicas de cunho socioambiental – políticas urbanas, políticas sociais, cultura, patrimônio
histórico e cultural e educação. Em seguida, identificam-se os impactos ao meio ambiente já
causados pela atividade turística, os aspectos da gestão ambiental pública e da gestão
ambiental em empresas privadas, os instrumentos de planejamento e controle territorial e os
aspectos relacionados à participação e inclusão de diferentes grupos sociais no
desenvolvimento do turismo.
Na seção 2.6, apresenta-se a consolidação do diagnóstico estratégico, que está estruturada
em quatro subseções. Na primeira subseção analisou-se os produtos turísticos e os
segmentos de turismo atuais e potenciais em relação aos mercados-meta. Esta análise
determinou os produtos e segmentos consolidados em Belo Horizonte que apresentam
maior possibilidade de crescimento e que devem ser sustentados e reafirmados, e os
produtos emergentes ou não-explorados que apresentam maior potencial de crescimento,
nos quais se devem concentrar esforços. Na segunda subseção foi realizada a identificação
de áreas críticas de intervenção e dos atores locais que são necessários mobilizar nos
componentes: produto turístico; comercialização, infraestrutura e serviços básicos;
fortalecimento institucional; e gestão socioambiental. A terceira subseção abordou o
posicionamento atual de Belo Horizonte no mercado turístico versus o seu posicionamento
potencial, abrangendo os fatores motivadores de visitação e imagens associadas ao destino
Belo Horizonte e a estratégia de posicionamento indicada. Na quarta seção são
apresentadas as matrizes SWOT, ferramenta utilizada para a definição de estratégias.
−
−
2
No terceiro capítulo, realiza-se a validação da seleção da Área Turística, destacando a
importância dos atrativos ou recursos turísticos, os aspectos de acessibilidade e
conectividade, o nível de uso atual e potencial da Área Turística, as condições físicas e os
serviços básicos do município, além do quadro institucional e os aspectos legais referentes
ao turismo em Belo Horizonte.
No quarto capítulo, formulam-se as estratégias de desenvolvimento turístico do PDITS-BH,
resultantes do esforço do diagnóstico e da construção de matrizes SWOT, além das
possibilidades de financiamento por parte do Prodetur Nacional, relacionadas em seu
Regulamento Operacional. Estas estratégias refletem os objetivos propostos para o
desenvolvimento do turismo no município e descrevem-se por componente: produto
turístico, comercialização, infraestrutura e serviços básicos, fortalecimento institucional e
gestão socioambiental.
O quinto capítulo apresenta o Plano de Ação do PDITS-BH, subdividido nas seções: visão
geral e ações previstas; dimensionamento do investimento total; seleção e priorização das
ações propostas; descrição das ações a serem realizadas durante os dezoito primeiros
meses de financiamento do Prodetur Nacional, e avaliação preliminar dos impactos
ambientais dos projetos propostos. Em seguida, é apresentado o Programa de Gestão
Ambiental do PDITS-BH, que consta de indicadores de monitoramento e avaliação dos
impactos ambientais das ações propostas pelo plano e medidas mitigadoras previstas.
No sexto capítulo, descreve-se o sistema proposto para o acompanhamento e avaliação do
programa. O sétimo capítulo descreve os principais resultados, recomendações e sugestões
advindas do processo de participação pública e validação do PDITS-BH. O oitavo capítulo
apresenta, de forma sintética, as conclusões gerais do PDITS-BH.
−
−
3
1. FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS DO PDITS-BH
1.1. Introdução
A formulação dos objetivos do PDTS-BH deve se dar a partir da compreensão da inserção
deste instrumento de planejamento no contexto mais amplo das políticas de
desenvolvimento que afetam o setor turístico em vigor nos âmbitos federal (PNT e Prodetur),
estadual (PMDI e Plano Setorial de Turismo de Minas Gerais) e municipal (BH Metas e
Resultados)
O Plano Nacional de Turismo (PNT) 2007–2010 apresenta uma pluralidade de ações,
estratégias e medidas que estimularão o turismo interno, gerando emprego, renda,
desenvolvimento e inclusão social, para reduzir as desigualdades regionais e fazer do Brasil
um país de todos.
O Programa de Planejamento e Gestão da Regionalização (PPGR), do PNT, prevê ações
relacionadas ao planejamento das regiões turísticas nas 27 Unidades Federadas.
Contempla atividades de articulação, sensibilização, mobilização, elaboração e
implementação dos planejamentos estratégicos das regiões turísticas. Por meio da
institucionalização de instâncias de governança regionais, atua na formação de redes e na
monitoria e avaliação do processo de regionalização, nos níveis municipal, estadual e
nacional.
Foram selecionados 65 destinos turísticos indutores, contemplando 59 regiões turísticas em
todas as Unidades da Federação. Estes destinos serão organizados, visando à obtenção do
padrão de qualidade internacional, constituindo-se, assim, em modelos de destinos
indutores do desenvolvimento turístico regional. O município de Belo Horizonte foi escolhido
como um dos destinos turísticos do estado de Minas Gerais (Brasil; Fundação Getúlio
Vargas; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, 2008b, p. 4-9).
No contexto da política nacional de turismo, o Prodetur financia programas regionais de
turismo para a captação de recursos no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O
objetivo principal do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur
Nacional) é gerar condições que facilitem a consecução das metas do Plano Nacional de
Turismo. Mais especificamente, o programa visa contribuir para o aumento da
competitividade dos destinos turísticos brasileiros e consolidar a política nacional de turismo.
Com esses fins, o Prodetur Nacional apóia o financiamento de projetos de desenvolvimento
turístico, organizados em cinco componentes, relacionados, respectivamente, ao produto
turístico, à comercialização turística, ao fortalecimento institucional relacionado à gestão
turística municipal, à infraestrutura e serviços básicos de apoio no destino e à gestão
ambiental relacionada aos recursos que constituem a base da atividade turística e aos
impactos dos diversos investimentos turísticos.
O acesso aos recursos do Prodetur Nacional depende da elaboração de um Plano de
Desenvolvimento do Turismo Sustentável (PDITS) para cada pólo turístico que se pretende
desenvolver. O PDITS, tal como conceituado no Termo de Referência do Programa, é um
―instrumento de planejamento do turismo em uma área geográfica selecionada, que tem por
objetivo principal orientar o crescimento do setor em bases sustentáveis, em curto, médio e
longo prazo, estabelecendo as bases para a definição de ações, as prioridades, e a tomada
de decisão. Deve, portanto, constituir o instrumento técnico de gestão, coordenação e
condução das decisões da política turística e de apoio ao setor privado, de modo a dirigir
seus investimentos e melhorar a capacidade empresarial e o acesso ao mercado turístico‖.
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−
4
O desdobramento do modelo nacional de gestão pública descentralizada, participativa e
com inclusão social no estado de Minas Gerais e o papel a ser exercido pelos atores do
setor público, do setor privado e do terceiro setor são os elementos necessários e
fundamentais para compreender o desempenho institucional e o nível da eficácia, eficiência
e efetividade administrativas da política estadual do turismo.
O Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI 2007–2023), ao buscar a
consolidação de estado com foco em resultados, apresenta uma pluralidade de objetivos
estratégicos e de iniciativas voltados: ao fortalecimento do sistema de planejamento e
gestão urbana, especialmente das cidades-pólo; à construção da governança metropolitana
em busca da ampliação da inserção nacional e internacional da RMBH; ao favorecimento
para o estado de Minas Gerais de uma moderna e inovadora rede de produção e
disseminação cultural e artística nas cidades-pólo; e à identificação e fomento de destinos
turísticos estratégicos (PMDI-2007, p.44).
O Plano Setorial de Turismo de Minas Gerais contém diretrizes, programas e ações para a
Secretaria de Turismo de Minas Gerais (Setur-MG) para o período de 2007 a 2010. Criada
em 1999, em atendimento à reivindicação do setor turístico, a Setur-MG desenvolve hoje um
conjunto de programas e ações de organização e apoio à atividade. Conta em sua estrutura
organizacional com três superintendências, que coordenam várias diretorias, nas seguintes
áreas: Planejamento, Gestão e Finanças; Desenvolvimento, Pesquisa e Informações
Turísticas; e Política e Fomento do Turismo. A Prominas, empresa pública, administra o
Expominas e o Minascentro, entre outros equipamentos no estado. No período 2007–2010,
a Setur-MG deu continuidade e implementou ações decorrentes de sua missão institucional
(Setur, 2006, p. 30).
A prefeitura municipal busca realizar ações voltadas para a integração da Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e para solucionar os problemas de interesse
comum, como por exemplo: saúde, transporte e meio ambiente. A estrutura administrativa
municipal introduz conceitos e práticas na gestão das políticas sociais do município para
garantir os direitos sociais de intersetoralidade, descentralização e informatização (Belotur,
2005, p. 27-30).
No âmbito do planejamento estratégico para a gestão de Belo Horizonte, a Prefeitura
construiu o programa BH Metas e Resultados, que abrange 12 áreas de resultados e 40
projetos sustentadores, os quais balizarão as políticas e as ações da Prefeitura entre 2009 e
2012. O programa tem como objetivo alcançar maior eficácia nas ações, nas políticas
urbanas e sociais e em todos os serviços públicos. O BH Metas e Resultados se
complementa com o planejamento estratégico BH 2030. Os 40 projetos sustentadores serão
complementados e reforçados a partir da elaboração do Plano Plurianual de Ação
Governamental (PPAG), enviado à Câmara Municipal para análise, e do Orçamento
Municipal para cada exercício financeiro. Os projetos sustentadores que se relacionam
diretamente à atividade turística são:
● Projeto Sustentador 18: Turismo em BH – visa consolidar a cidade como destino turístico,
por meio da ampliação do turismo de lazer e de negócios de porte médio e da melhoria dos
instrumentos e mecanismos de atração turística. Até 2012, os resultados esperados
correspondem notadamente ao aumento do número de eventos captados anualmente, da
taxa média de ocupação hoteleira, do tempo médio de permanência do turista na cidade de
Belo Horizonte e da implantação de um novo Centro de Convenções. A Belotur é o órgão
responsável da implantação deste projeto.
● Projeto Sustentador 19: Copa 2014 – tem por objetivo assegurar a infraestrutura
necessária para que Belo Horizonte possa sediar jogos e eventos da Copa das
Confederações em 2013 e da Copa do Mundo de 2014, mediante a articulação de
instituições e demais entes federados, com vistas ao compartilhamento de esforços para a
−
−
5
execução do projeto. O que se busca é a realização da Copa de 2014, projetando Belo
Horizonte no cenário internacional como pólo turístico sustentável.
O município de Belo Horizonte é o responsável pela captação de recursos no Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), sob o marco do programa Prodetur Nacional.
Para tal, selecionou toda sua área municipal para ser incluída neste programa como área
turística, para a qual deverá ser elaborado o PDITS. A área turística foi aprovada pelo
Ministério do Turismo e pelo BID. Este plano traduz o instrumento de planejamento do
turismo, o qual visa orientar o crescimento do setor de forma sustentável, no curto, médio e
longo prazos, estabelecendo as bases para a definição de ações, as prioridades e a tomada
de decisão.
A elaboração do PDITS baseia-se em uma visão integrada da área turística, em seus
aspectos relacionados ao meio ambiente, cadeia produtiva, infraestrutura, serviços básicos
e gestão do destino. A partir do diagnóstico da situação atual, o PDITS propõe objetivos,
metas, estratégias e ações voltados para o desenvolvimento sustentável da atividade
turística, que resultem na melhoria da qualidade de vida para a população local.
Em função do exposto e das necessidades evidenciadas pelo diagnóstico realizado,
sugerem-se os objetivos gerais e específicos para o PDITS-BH, agrupados em função de
seu caráter instrumental ou finalístico.
1.2. Objetivos do PDITS-BH
1.2.1. Objetivo geral
Promover o desenvolvimento sustentável do turismo de Belo Horizonte, com foco nos
segmentos do turismo cultural e de negócios e eventos, visando à obtenção de um padrão
de qualidade internacional, ao aumento da competitividade do destino, à geração de
emprego, renda e à melhoria da qualidade de vida da população local.
1.2.2. Objetivos específicos
1.2.2.1.
Instrumentais





−
Aprimorar a estruturação do produto turístico, a partir da criação e da melhor
qualificação dos atrativos, de espaços de eventos e de outros serviços e
equipamentos turísticos, além de capacitar a mão de obra empregada e
potencialmente empregável no setor, com a inclusão de desempregados e
jovens.
Melhorar a divulgação e comercialização do produto turístico de Belo
Horizonte, com foco simultâneo e segmentado no turismo cultural e de
negócios e eventos
Melhorar a infraestrutura e os serviços públicos, especialmente as condições
de acesso ao município, de mobilidade urbana e de acessibilidade aos atrativos
e equipamentos turísticos, o saneamento urbano, com especial foco na região
da Pampulha, e a efetividade dos sistemas de segurança pública na cidade.
Fortalecer as instituições e a governança relacionadas à gestão do setor do
turístico.
Contribuir para o equilíbrio ambiental urbano e promover a sustentabilidade da
atividade turística.
−
6
1.2.2.2.
Finalísticos

Aumentar o fluxo turístico estadual, nacional e internacional para o município.

Aumentar o tempo médio de permanência do turista na cidade.

Aumentar as unidades habitacionais e o número de leitos.

Incrementar os investimentos por empresas e serviços turísticos privados e
públicos.

Aumentar a receita do turismo.

Ampliar a receita tributária municipal oriunda das atividades turística.

Aumentar a renda derivada pela receita turística e pelos investimentos.

Aumentar o número de empregos gerados pela atividade turística.
Prevê-se que o PDITS-BH tenha suas ações iniciadas entre 2011 e 2012 e que sua
execução ocorra ao longo de cinco anos.
As metas específicas para os objetivos finalísticos a serem alcançadas no curto, no médio e
no longo prazo foram estabelecidas em função de projeções elaboradas a partir da base de
dados atualizada gerada no diagnóstico do PDITS-BH.
1.3. Projeções e metas para os objetivos finalísticos
Como a base de dados para as projeções e o estabelecimento de metas é anual, definemse as metas para dois anos, até 2014, como sendo de curto prazo e as para cinco anos, até
2017, como de médio prazo. A título de referência para ações futuras, são também
projetadas metas para oito anos, até 2020, como de longo prazo, as quais devem ser
ajustadas quando da elaboração de um plano municipal de turismo, em 2017, ao término da
execução do Pdits-BH.
1.3.1. Cenários
Para as projeções, foram considerados três cenários distintos. O pessimista, em que não se
executa o PDITS-BH; o realista, em que se executa o plano em um ambiente de expansão
das atividades turísticas; e o otimista, em que se executa o plano com base em um cenário
de forte expansão das atividades turísticas, em função de um contexto externo mais
favorável. Busca-se com isso permitir que as projeções efetuadas ocorram em um intervalo
específico entre o cenário pessimista e o otimista.
No cenário otimista, o País continua a crescer de forma acelerada, as economias americana
e europeia voltam a crescer, solucionando seus graves problemas fiscais, e a China e a
Índia não sofrem nenhum problema econômico, mantendo ou diminuindo muito
moderadamente as atuais taxas de crescimento de seu produto interno. Neste quadro,
ocorre forte expansão das atividades turísticas, e Belo Horizonte se consolida como
importante pólo turístico nacional, otimizando os investimentos previstos em seu PDITS, os
efeitos da realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo e demais
instrumentos de planejamento.
No quadro realista, a economia mundial apresenta problemas, mas não entra em fase
recessiva. A China continua a crescer, mas não tão fortemente como agora. O setor de
turismo continua a crescer no Brasil e no mundo, mas de forma mais moderada do que no
cenário otimista. Os investimentos previstos no PDITS-BH são realizados, em sua maioria,
de forma consistente, e o setor apresenta crescimento sustentável e bastante satisfatório até
2020, também beneficiando-se dos efeitos da Copa das Confederações e da Copa do
−
−
7
Mundo. Este quadro ainda permite a consolidação da Capital mineira como importante
destino turístico do País.
No cenário pessimista, não se considera a implementação do PDITS–BH no prognóstico. A
economia mundial não consegue se recuperar totalmente, também apresentando taxas de
crescimento bastante moderadas, o que permite que o turismo internacional também cresça
moderadamente. Ao mesmo tempo, o País apresenta taxas medianas de crescimento, com
o aprofundamento da distribuição de renda. O turismo interno continua a crescer, porém de
forma mais moderada. A não implementação do PDITS–BH impede que a Capital mineira se
beneficie de todos os potenciais frutos advindos das realizações da Copa das
Confederações e da Copa do Mundo no Brasil. Como resultado, as atividades turísticas
locais continuam a se expandir, mas em ritmo menor que aqueles previstos nos dois
cenários anteriores.
As projeções a serem utilizadas para referenciar as metas do PDITS–BH são as do cenário
realista.
1.3.2. Projeções para as variáveis dos objetivos finalísticos nos três cenários
a) Aumento do fluxo turístico estadual, nacional e internacional para o município
A partir dos dados da pesquisa do diagnóstico, estimou-se que 2,26 milhões de turistas
visitaram Belo Horizonte em 2010. A pesquisa de demanda realizada indicou que dos
turistas que visitam a Capital mineira 46,7% utilizaram o transporte aéreo como meio de
acesso; 28,8%, automóveis; 22,8%, ônibus; 1,7%, outros meios de transporte. Para estimar
o número futuro de turistas/ano a visitarem Belo Horizonte, buscou-se estimar a evolução
passada para cada um destes grupos separadamente. Isso permitiu gerar o número de
turistas que visitaram a Capital mineira a partir de 2003. Assim, foi possível quantificar as
relações existentes entre este montante total estimado de visitantes e a evolução do produto
interno bruto do País. Dadas as previsões existentes para a evolução futura deste produto,
foi possível estimar a evolução do número de turistas que visitarão Belo Horizonte até 2020.
Fez-se este exercício (estimação desagregada somada posteriormente e não estimação dos
valores já agregados) devido à forte substituição ocorrida na última década envolvendo o
transporte rodoviário e o aéreo.
Inicialmente, estimou-se a série histórica do número de turistas que visitarão a Capital
mineira por via aérea. Para tanto, utilizou-se o número de passageiros nos aeroportos da
Região Metropolitana de Belo Horizonte: Carlos Partes, Pampulha e Confins. Os dados
foram disponibilizados pela INFRAERO, desde 2003. Pressupõe-se que o número de
turistas que visitaram a Capital mineira via transporte aéreo evoluiu de acordo com este
número de passageiros. Ou seja, o número de turistas que visitaram Belo Horizonte por via
aérea a partir de 2003 teria apresentado a mesma taxa de crescimento observada para a
evolução do número de passageiros nos aeroportos da RMBH.
Para se estimar o volume de turistas que visitaram a Capital mineira via automóveis, utilizouse a evolução do faturamento das empresas de locação de veículos desde 2003
(disponíveis nos Anuários da ABLA – Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis
até 2008). Pressupôs-se que o número deste grupo de turistas cresceu na mesma
proporção deste montante. A elasticidade-produto deste faturamento variou ligeiramente ao
redor de 0,89 (ou seja, para cada um por cento de aumento no produto brasileiro o
faturamento destas empresas cresceria 0,89%). Este cálculo permitiu estimar este
faturamento para 2009 e 2010 (dados faltantes).
Utilizaram-se os dados relativos ao número de passageiros usuários do terminal rodoviário
de Belo Horizonte para estimar a evolução do número de turistas que visitaram a Capital
mineira por transporte rodoviário. Estes dados estão disponibilizados a partir de 1996 pela
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres (até 2007). Estes apresentam clara
−
−
8
tendência de queda no período. Sua elasticidade-produto também se mostrou relativamente
estável, situando-se em (-0,77). Ou seja, para cada crescimento de 1% no produto nacional
estes passageiros decairiam em 0,77%. Utilizou-se este parâmetro para estimar os dados
faltantes para os anos entre 2008 e 2010. Por fim, pressupôs-se que o número destes
turistas evoluiu, desde 2003, de acordo com o número de passageiros citados.
Pressupôs-se que a evolução do restante 1,7% de turistas que utilizam outros meios de
transportes foi igual à observada para os três grupos descritos de forma conjunto; ou seja,
apresentou o mesmo comportamento agregado dos restante 98,3% dos turistas.
O número estimado de turistas que visitaram Belo Horizonte em 2003 foi 1,45 milhão. Como
já foi dito, este chega a cerca de 2,26 milhões em 2010. A série teria apresentado 55% de
crescimento no período: 6,5% a.a., em média. Este número apresentou uma elasticidade em
relação ao produto de 1,42 (variando entre 1,20 e 1,63). Ou seja, para cada 1% de
crescimento do produto brasileiro o número de turistas que visitariam Belo Horizonte
cresceria 1,42%.
Para construir os cenários futuros utilizou-se previsão do FMI de que a economia brasileira
deve crescer 4% ao ano até 2020. Pressupôs-se que a elasticidade-produto do número de
turistas seria 1,2 no cenário pessimista, 1,42 no cenário realista e 1,63 no cenário otimista.
Fez-se exercício alternativo, em que a elasticidade-produto ficou fixa (em 1,42) e as taxas
de crescimento futuras da economia brasileira seriam de 3,5% (cenário pessimista), 4%
(cenário realista) e 4,5% (cenário otimista). As séries estimadas se mostraram muito
próximas. Assim, decidiu-se utilizar as primeiras.
Dada a previsão de construção de um novo Centro de Convenções em Belo Horizonte (com
previsão de inauguração em março de 2014) e a realização da Copa do Mundo no Brasil em
2014, fez-se um ajuste nas séries estimadas, de forma a incorporar os potenciais novos
turistas que deverão vir à Capital mineira a partir daquele ano. Como o Centro de
Convenções apresenta capacidade para 9 mil pessoas, pressupôs-se que no cenário
pessimista este centro comporte, em média, 7 mil pessoas, de segunda a quinta, durante as
53 semanas do ano. No cenário realista, este número sobe para 8 mil. Por fim, no cenário
otimista este número cresce para 9 mil. Como a Fundação Getúlio Vargas (2009) havia
identificado que somente 62% dos participantes dos eventos realizados nos centros de
convenção e exposição de Belo Horizonte eram turistas em 2009, esta foi a proporção
utilizada para ajustar o número de turistas que visitariam Belo Horizonte a partir de 2014.
Estes cenários, uma vez concretizados, implicariam o crescimento do total de turistas por
ano em Belo Horizonte para algo entre 4,5 milhões e 5,4 milhões em 2020 (5 milhões no
cenário realista). Espera-se que o número de turistas que visitarão Belo Horizonte em 2014
varie entre 3,6 milhões e 4,1 milhões (3,9 milhões no cenário realista). Já em 2017 o número
de turistas que visitarão a Capital mineira variaria entre 4,1 milhões e 4,7 milhões (4,4
milhões no cenário realista). A tabela 1.1 e o gráfico 1.1 mostram as estimativas anuais que
embasam as metas de curto, médio e longo prazo.
A taxa média de crescimento do número de turistas que visitarão Belo Horizonte variaria
entre 7,22% a.a. e 9,2% a.a. (8,22% a.a. no cenário realista). Entretanto, este crescimento é
fortemente influenciado por 2014, em que se espera que este número cresça mais de 40%
nos três cenários analisados. No cenário pessimista, este crescimento seria de 4,81% em
2011 e de 3,80% em 2020; no realista, de 5,68% em 2011 e 4,43% em 2020. Por fim, no
cenário otimista, estes números seriam 6,56% e 5,06%, respectivamente.
−
−
9
Tabela 1.1 Número estimado de turistas em Belo Horizonte, por ano, no período 2010–2020
Ano
Cenário
Realista
2.257.489
2.385.784
2.521.371
2.664.663
3.867.619
4.027.661
4.196.798
4.375.547
4.564.455
4.764.099
4.975.089
Pessimista
2.257.489
2.366.075
2.479.884
2.599.168
3.644.269
3.775.303
3.912.641
4.056.584
4.207.452
4.365.576
4.531.306
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Otimista
2.257.489
2.405.493
2.563.202
2.731.250
4.093.275
4.284.080
4.487.395
4.704.039
4.934.887
5.180.870
5.442.980
Fonte: Dados coletados na Infraero (2003-2011); Anuário da Associação Brasileira de Locadora de Automóveis
(ABLA) (2003-2008); Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) (1996-2007), pesquisa da
Fundação João Pinheiro, 2010.
Elaboração: Fundação João Pinheiro
Gráfico 1.1 Número estimado de turistas em Belo Horizonte, por ano, no período 2010–
2020
6.000.000
5.500.000
5.000.000
4.500.000
4.000.000
3.500.000
3.000.000
2.500.000
2.000.000
2010
2011
2012
2013
2014
Pessimista
2015
2016
Realista
2017
2018
2019
2020
Otimista
Fonte: Dados coletados na Infraero (2003-2011); Anuário da Associação Brasileira de
Locadora de Automóveis (ABLA) (2003-2008); Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) (1996-2007), pesquisa da Fundação João Pinheiro, 2010.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
b) Aumento do tempo médio de permanência do turista na cidade
Na pesquisa diagnóstica realizada sobre a oferta turística em Belo Horizonte, a maioria dos
hotéis (25%) informou que a taxa de permanência média de hóspedes está na faixa de 2
dias. Já para a maioria dos apart-hotéis (37,5%) essa taxa é de 3 dias. A taxa de
permanência média de turistas informada, considerando todos os 36 hotéis e os 16 aparthotéis pesquisados, foi de 2,9 dias/turista.
−
−
10
Na pesquisa de demanda efetiva, a taxa média de permanência para todos os meios de
hospedagem, incluindo casas de parentes e amigos, e outros, foi de 7,4 pernoites. Em parte,
essa média reflete também o fato de a pesquisa ter ocorrido em mês de médias de estadias
mais longas.
Optou-se, então, por definir metas qualitativamente, com base no perfil do turismo de Belo
Horizonte. Pressupõe-se aqui que as ações a serem implementadas farão com que a cada
ano 5% dos turistas que vêm para negócios e eventos – que representam 27,6% do total da
demanda – fiquem mais um dia na Capital mineira.
Assim, as taxas médias de permanência em hotéis e apart-hotéis que balizam as metas
para o curto, o médio e o longo prazo serão de 3,2 em 2014, 3,4 em 2017 e 3,5 em 2020.
Quando se consideram todos os meios de hospedagem, estas taxas passam para 7,5 em
2014, 7,6 em 2017 e 7,7 em 2020, no cenário realista.
c) Incremento das unidades habitacionais e número de leitos
Pelos dados da RAIS, existiam 228 hotéis e similares em Belo Horizonte. No Inventário da
Oferta Atual de Unidades Habitacionais dos Meios de Hospedagem em Belo Horizonte e em
seu Entorno, realizado pelo IPEAD para a Belotur em 2010, foram identificados 428 meios
de hospedagem apenas em Belo Horizonte. Deste universo, o Inventário abrangeu 107
meios de hospedagem caracterizados como hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues, que
traduz o universo aqui considerado para efeito das projeções do PDITS. Juntos, estes 107
meios de hospedagem ofertavam 8.144 unidades habitacionais (UHs), compostas de 9.900
leitos de solteiro e 4.668 leitos de casal.
Conforme dados divulgados pela PBH em abril de 2011 (revista hotéis, 2011)2, havia 41
projetos hoteleiros, sendo 8 em fase de construção, 22 em fase de licenciamento e 11 em
fase de negociação. Considerando apenas os 30 projetos em fase de construção ou de
licenciamento, havia a previsão de acréscimo de 6.819 apartamentos até a Copa do Mundo
de 2014, com investimentos de R$ 1.573 bilhão. Caso os 41 projetos se viabilizem, seriam
novas 9.411 UHs na cidade. Não se informou o número de leitos. Em maio de 2011,
segundo informado na mídia (Valor Econômico, 2011)3 pelo presidente do Comitê Executivo
da Copa do Mundo da Prefeitura de Belo Horizonte, Tiago Lacerda, existiriam 44 novos
projetos hoteleiros em Belo Horizonte, sendo 14 em construção e 30 em fase de
licenciamento. Caso todos estes sejam efetivamente construídos e entrem em atividade,
estima-se que seriam criadas 10.118 UHs e investidos de cerca de R$ 2,577 bilhões.
Dois caminhos podem ser utilizados para se estimar o montante de investimentos futuros no
setor de hospedagem em Belo Horizonte. O primeiro, que estará sendo utilizado aqui como
referência complementar para o setor, consiste em utilizar as informações atualmente
existentes sobre os projetos. No segundo caminho, estima-se o aumento na quantidade
demandada, presumindo-se que a quantidade ofertada no mercado hoteleiro tende a se
ajustar para atender a esta demanda. É o cenário realista oriundo deste método que indicará
as metas do PDITS-BH.
No primeiro caso, supôs-se que, no cenário pessimista, somente 25 novos meios de
hospedagem seriam implantados em Belo Horizonte; no cenário realista, 35; e no cenário
otimista, 44. Pressupõe-se, ainda, que 8 projetos serão inaugurados em 2012, 22 (caso
ocorram) em 2013 e o restante em 2014.
2
Fonte: www.revistahoteis.com.br. Disponível em:
http://aeroportodeconfins.wordpress.com/2011/04/12/belo-horizonte-podera-ter-41-novos-hoteis-e-investimento-de-r-2-362bilhoes-para-copa-do-mundo-de-2014/. Acesso em 14-06-2011
3
Valor Econômico – Belo Horizonte corre risco de super oferta após a Copa de 2014. São Paulo, 31/05/2011.
−
−
11
O número de UHs em Belo Horizonte alcançaria, então, 13,7 mil em 2014 no cenário
pessimista, 16,1 mil no realista e 18,3 mil no cenário otimista. Caso não ocorram novos
investimentos no futuro, estes parâmetros ficariam estabilizados. As estimativas realizadas
nessa perspectiva estão descritas na tabela 1.2 e nos gráficos 1.2 e 1.3.
Tabela 1.2 Oferta estimada de meios de hospedagem* e de unidades habitacionais em Belo
Horizonte no período 2010–2020
Meios de Hospedagem
Cenário
Cenário
Cenário
pessimista
realista
otimista
107
107
107
107
107
107
115
115
115
132
137
137
132
142
151
132
142
151
132
142
151
132
142
151
132
142
151
132
142
151
132
142
151
Ano
2010*
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Cenário
pessimista
8.144
8.144
9.734
13.775
13.775
13.775
13.775
13.775
13.775
13.775
13.775
UHs
Cenário
realista
8.144
8.144
9.734
14.963
16.141
16.141
16.141
16.141
16.141
16.141
16.141
Cenário
otimista
8.144
8.144
9.734
14.963
18.262
18.262
18.262
18.262
18.262
18.262
18.262
*Nota: Referente a hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues
Fonte: Ipead/Belotur, 2010; PBH, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Gráfico 1.2 Oferta estimada de meios de hospedagem* em Belo Horizonte no período
2010–2020
160
150
140
130
120
110
100
90
2010
2011
2012
2013
2014
Cenário pessimista
2015
2016
Cenário realista
2017
2018
2019
2020
Cenário otimista
*Nota: Referente a hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues
Fonte: Ipead/Belotur, 2010; PBH, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
−
−
12
Gráfico 1.3 Oferta estimada de unidades habitacionais* em Belo Horizonte no
período 2010–2020
20.000
18.000
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
2010
2011
2012
2013
2014
Cenário pessimista
2015
2016
Cenário realista
2017
2018
2019
2020
Cenário otimista
*Nota: Referente a hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues
Fonte: Ipead/Belotur, 2010; PBH, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Na tabela 1.3, observa-se que o número de leitos de solteiro, estimado em 9.900 em 2010,
se situaria entre 16.745 e 22.200 (19.622 no cenário realista) em 2020, enquanto o número
de leitos de casal se situaria entre 7.895 e 10.467 (9.252 no cenário realista).
Tabela 1.3 Oferta estimada de leitos de solteiro e de casal em Belo Horizonte no período 2010–
2020
Ano
2010*
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Cenário
pessimista
9900
9900
11833
16745
16745
16745
16745
16745
16745
16745
16745
Leitos de solteiro
Cenário
realista
9900
9900
11833
18189
19622
19622
19622
19622
19622
19622
19622
Cenário
otimista
9900
9900
11833
18189
22200
22200
22200
22200
22200
22200
22200
Cenário
pessimista
4668
4668
5579
7895
7895
7895
7895
7895
7895
7895
7895
Leitos de casal
Cenário
realista
4668
4668
5579
8577
9252
9252
9252
9252
9252
9252
9252
Cenário
otimista
4668
4668
5579
8577
10467
10467
10467
10467
10467
10467
10467
*Nota: Referente a hotéis, apart-hotéis, pousadas e albergues
Fonte: Ipead/Belotur, 2010; PBH, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
A taxa da ocupação hoteleira, descrita na tabela 1.4 e no gráfico 1.4, cairia em 2012 e 2013
e subiria a partir de então, alcançando em 2014 (cenário pessimista), 2015 (cenário realista)
ou 2016 (cenário otimista), nível próximo do verificado em 2010. Sem o acréscimo de novos
leitos, o crescimento da demanda começaria a pressionar a capacidade de oferta já a partir
de 2014 e a taxa de ocupação em 2020 alcançaria 97% (cenário pessimista), 91% (cenário
realista) ou 88% (cenário otimista). A taxa de ocupação fica maior no cenário pessimista,
porque a oferta de novos leitos cresce menos que o número de turistas relativamente aos
outros cenários. No cenário otimista, o número de turistas, em relação a outros cenários,
cresce menos que a oferta de novas UHs, diminuindo sua taxa de ocupação.
−
−
13
Tabela 1.4 Taxa de ocupação estimada dos meios de hospedagem de Belo Horizonte no
período 2010–2020
Ano
2010*
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Cenário pessimista
0,68
0,73
0,65
0,50
0,71
0,75
0,80
0,85
0,90
0,94
0,97
Taxa de ocupação
Cenário realista
0,68
0,74
0,67
0,47
0,64
0,69
0,73
0,78
0,83
0,87
0,91
Cenário otimista
0,68
0,74
0,68
0,48
0,60
0,64
0,69
0,74
0,79
0,84
0,88
*Nota: Referente aos meios de hospedagem constantes da pesquisa da ABIH-MG
Fonte: ABIH, 2010.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Gráfico 1.4 Taxa de ocupação estimada dos meios de hospedagem de Belo
Horizonte no período 2010–2020
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
2010
2011
2012
2013
2014
Pessimista
2015
2016
Realista
2017
2018
2019
2020
Otimista
Fonte: ABIH, 2010.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
No segundo método, utilizado aqui como referência para as metas a serem definidas para o
setor, estima-se a evolução da quantidade demandada de UHs a partir do fluxo futuro
esperado de turistas para a cidade. Neste caso, o número necessário de UHs ficaria entre
9.786 e 10.991 em 2014 (10.385 no cenário realista), entre 11.651 e 13.510 em 2017
(12.567 no cenário realista) e entre 13.425 e 16.126 em 2020 (14.740 no cenário realista). A
tabela 1.5 e o gráfico 1.5 mostram os números encontrados.
−
−
14
Tabela 1.5 Quantidade demandada estimada de Unidades Habitacionais (UHs) em
Belo Horizonte no período 2010–2020
Ano
Quantidade de UHs
Cenário pessimista
Cenário realista
Cenário otimista
5.542
5.940
6.367
6.824
9.786
10.367
10.988
11.651
12.358
12.934
13.425
5.542
5.989
6.473
6.996
10.385
11.060
11.786
12.567
13.407
14.115
14.740
5.542
6.039
6.581
7.171
10.991
11.764
12.602
13.510
14.495
15.349
16.126
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Fonte: Ipead/Belotur, 2010; ABIH-MG.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Gráfico 1.5 Quantidade demandada de Unidades Habitacionais (UHs) em
Belo Horizonte no período 2010–2020
18.000
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Pessimista
2016
Realista
2017
2018
2019
2020
Otimista
Fonte: Ipead/Belotur, 2010; ABIH-MG.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Neste segundo método, a demanda de leitos em Belo Horizonte, discriminados os leitos do
tipo solteiro e do tipo casal, seria aquela apresentada na tabela 1.6.
−
−
15
Tabela 1.6 Demanda por leitos de solteiro e de casal em equipamentos de hospedagem de Belo
Horizonte – 2010–2020
Leitos de casal
Cenários
Pessimista
Realista
3.861
3.861
4.139
4.173
4.436
4.510
4.755
4.875
6.818
7.236
7.224
7.706
7.656
8.212
8.118
8.756
8.611
9.341
9.012
9.835
9.354
10.270
Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Otimista
3.861
4.208
4.585
4.997
7.658
8.197
8.781
9.414
10.100
10.695
11.236
Leitos de solteiro
Cenários
Pessimista
Realista
8.189
8.189
8.778
8.851
9.409
9.566
10.085
10.339
14.460
15.347
15.320
16.344
16.237
17.417
17.217
18.570
18.262
19.811
19.113
20.857
19.838
21.781
Otimista
8.189
8.924
9.725
10.597
16.242
17.385
18.623
19.965
21.419
22.682
23.830
Fonte: Ipead/Belotur, 2010; ABIH-MG.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
O gráfico 1.6 ajuda a visualizar a comparação entre a oferta e a demanda previstas de UHs
em Belo Horizonte até 2020. A demanda tende a crescer mais que a oferta a partir de 2014
e a se aproximar de um hipotético equilíbrio a partir de 2020. Todavia, como o cenário entre
2014 e 2020 é de aumento crescente da taxa de ocupação hoteleira, é provável que haja
novo incremento da oferta, estimulado pela demanda. As projeções efetuadas e o gráfico
em questão não captam este possível movimento de ajuste do mercado, uma vez que o
número de UHs previsto é satisfatório para atender à demanda projetada, não havendo
necessidade de ajustá-lo.
Gráfico 1.6 - Oferta e demanda prevista de unidades habitacionais em equipamentos de
hospedagem em Belo Horizonte até 2020
20.000
18.000
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Demanda cenário pessimista
Demanda cenário realista
Demanda cenário otimista
Oferta cenário pessimista
Oferta cenário realista
Oferta cenário otimista
Fonte: Ipead/Belotur, 2010; ABIH-MG.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
−
−
16
d) Incremento dos investimentos por empresas e serviços turísticos privados e
públicos
De acordo com os cenários já descritos de expansão da oferta de UHs em Belo Horizonte e
os dados divulgados pela PBH (revistahotéis, 2011)4, os investimentos planejados para a
expansão da infraestrutura hoteleira de Belo Horizonte, em termos de novos equipamentos,
seriam de R$1,28 bilhão no cenário pessimista, R$1,93 bilhão no cenário realista e R$2,58
bilhões no cenário otimista.
Caso se considere o incremento esperado da quantidade demandada de UHs, descrito
anteriormente, e supondo que o investimento médio por UH gerada seja de R$ 250 mil (nível
médio observado nos atuais projetos em construção, licenciamento ou negociação), os
investimentos que ocorrerão em novos hotéis em Belo Horizonte até 2020 variariam entre
R$1,35 bilhão (cenário pessimista) e R$2,03 bilhões de reais (cenário otimista). No cenário
realista, este seria de R$1,68 bilhão. Ambos os métodos geram resultados próximos, apesar
de apresentarem metodologias de cálculos totalmente distintas.
Há que se considerar ainda que 23,1% dos equipamentos de hospedagem entrevistados na
pesquisa de oferta turística do PDITS-BH em 2010 têm metas de expansão ou ampliação de
UHs, embora a maioria não tenha especificado essas metas.
A pesquisa da oferta turística de Belo Horizonte do PDITS-BH revelou ainda outras boas
perspectivas de investimento pelo setor privado nos próximos cinco anos. No setor de
serviços e equipamentos de gastronomia, 25 deles (64% dos estabelecimentos do setor
pesquisados) disseram que têm plano de investimento, sendo que a soma dos
investimentos planejados para este período em 14 equipamentos que informaram essa
intenção chega a R$2,5 milhões. No setor de serviços e equipamentos de agenciamento, 7
(70% dos estabelecimentos do setor pesquisados) têm intenção de investir, valores que
podem alcançar R$1.000.000,00. No setor de serviços e equipamentos de transporte, 2
(40% dos estabelecimentos do setor pesquisados) têm intenção de investir, mas não
informaram valores. No setor de serviços e equipamentos para eventos, 5 (42% dos
estabelecimentos do setor pesquisados) das empresas pesquisadas informaram ter intenção
de investir, sem informar valores. No setor de serviços de lazer e entretenimento, 12 (41,4%
dos estabelecimentos do setor pesquisados) têm intenção de investir. Os valores de
investimento previstos em 6 chegam a R$8,6 milhões. No total, esses investimentos em
hotéis e outros equipamentos informados somam R$1,71 bilhão.
De outro lado, o PDITS-BH prevê investimentos públicos e privados totais de R$5.857,41
bilhões, sendo que R$316 milhões em produtos turísticos, R$13 milhões em estratégias de
comercialização, R$4,365 milhões em fortalecimento institucional, R$5,515,86 bilhões em
infraestrutura geral e serviços básicos e R$8,104 milhões em aspectos ambientais.
Há que se considerar que as obras de reforma do estádio Mineirão deverão consumir
recursos da ordem de R$684 milhões e que isso também representa um reforço à
atratividade de Belo Horizonte.
Sem considerar outros possíveis investimentos privados sobre quais não foi possível se
obter informações, no total, estimam-se investimentos públicos e privados de R$2,70 bilhões
em atividades mais diretamente ligadas ao setor turístico, além de R$5,51 bilhões em infraestrutura geral e serviços básicos incluídos no PDITS-BH, totalizando R$8,2 bilhões.
4
Revistahotéis, 2011, op. cit.
−
−
17
e) Incremento da receita do turismo
Considerando o gasto médio de R$91,40 por turista/dia na Capital mineira, identificado na
pesquisa de demanda turística do PDITS–BH (que deve permanecer constante em termos
reais), os fluxos estimados de turistas por ano e a permanência média estimada, prevê-se
que os gastos turísticos em Belo Horizonte alcancem em 2020 entre 3,2 e 3,8 bilhões de
reais (R$ 3,5 bilhões no cenário realista).
Em 2014, a receita gerada pelo turismo se situaria entre R$2,5 bilhões e R$2,8 bilhões
(R$2,6 bilhões no cenário realista). Esta alcançaria um valor entre R$2,8 bilhões e R$3,3
bilhões três anos depois, em 2017 (R$3 bilhões no cenário realista).
A tabela 1.7 e o gráfico 1.7 exibem as estimativas anuais que embasam as metas de curto,
de médio e de longo prazo.
Tabela 1.7 Estimativa da receita gerada pelas atividades turísticas e parcialmente turísticas em
Belo Horizonte no período 2010–2020
Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Renda gerada pelas atividades turísticas (em reais)
Cenário pessimista
Cenário realista
Cenário otimista
1.526.874.951
1.606.320.724
1.690.019.275
1.778.206.168
2.503.094.761
2.603.573.268
2.709.389.376
2.820.839.281
2.938.236.334
3.061.912.077
3.192.217.343
1.526.874.951
1.619.701.309
1.718.292.124
1.823.014.508
2.656.504.468
2.777.607.104
2.906.159.781
3.042.637.550
3.187.546.767
3.341.427.217
3.504.854.401
1.526.874.951
1.633.081.895
1.746.799.507
1.868.569.333
2.811.498.269
2.954.442.478
3.107.389.743
3.271.061.973
3.446.234.552
3.633.740.399
3.834.474.348
Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Milhares
Gráfico 1.7 Estimativa da receita gerada pelas atividades turísticas e parcialmente
turísticas em Belo Horizonte no período 2010–2020 (em milhares de reais)
4.000.000
3.500.000
3.000.000
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
2010
2011
2012
2013
2014
Pessimista
2015
2016
Realista
2017
2018
2019
2020
Otimista
Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
−
−
18
f) Incremento da receita tributária municipal oriunda das atividades turísticas
As atividades turísticas também alavancariam a arrecadação municipal, particularmente
aquela relativa ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) de atividades
turísticas e parcialmente turísticas. A partir do cálculo da arrecadação de ISSQN gerada por
tais atividades em 2008 e 2009 pelo Instituto Kultur para a Setur-MG (2011)5, calculou-se a
elasticidade dessa arrecadação relativa ao número de turistas em Belo Horizonte em 1,02,
ou seja, a cada aumento em 1% do número de turistas esta arrecadação cresceria 1,02%.
Essa arrecadação deve saltar de 34 milhões de reais em 2009 para algo entre 78,5 milhões
e 94,6 milhões de reais (86,3 milhões no cenário realista) em 2020. Em 2014, este montante
se situará entre 62,8 milhões e 70,7 milhões (66,7 milhões no cenário realista). Três anos
após, em 2017, estes valores alcançariam algo entre 70,1 milhões e 81,5 milhões (75,7
milhões no cenário realista). A tabela 1.8 e o gráfico 1.8 reportam as estimativas anuais que
embasam as metas de curto, médio e longo prazo.
Tabela 1.8
Arrecadação efetiva e arrecadação prevista de ISSQN de atividades turísticas e
parcialmente turísticas em Belo Horizonte no período 2008–2020 (em reais)
Ano
Efetivo
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
33.078.806
34.310.028
38.514.725
Cenários de arrecadação prevista
Pessimista
Realista
Otimista
38.514.725
40.410.864
42.400.353
44.487.787
62.796.555
65.107.587
67.531.758
70.074.629
72.742.038
75.540.108
78.475.263
38.514.725
40.755.029
43.125.646
45.634.156
66.720.031
69.545.826
72.535.004
75.697.054
79.042.017
82.580.519
86.323.802
38.514.725
41.099.194
43.857.090
46.800.050
70.687.204
74.059.724
77.657.115
81.494.441
85.587.777
89.954.277
94.612.247
Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Gráfico 1.8 Arrecadação efetiva e arrecadação prevista de ISS de atividades turísticas e
parcialmente turísticas em Belo Horizonte no período 2007–2020
100.000.000
90.000.000
80.000.000
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
2007 2008 2009
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Efetivo
Pessimista
Realista
2017 2018 2019 2020
Otimista
Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
5
−
Instituto Kultur - Indicadores para o Monitoramento dos Efeitos das Políticas Públicas de Turismo. Vol. 1. 2011.
Versão preliminar.
−
19
g) Incremento da renda derivada pela receita turística e pelos investimentos
De acordo com Fundação João Pinheiro (2004), 45,17% dos gastos em turismo se
transformam em renda efetiva (salários, excedente operacional bruto e rendimentos de
autônomos). O restante seria pagamento dos insumos intermediários utilizados e dos
impostos.
Dados os cenários descritos, é possível inferir que a renda derivada das receitas turísticas
deve ficar entre R$1,4 bilhão e R$1,7 bilhão em 2020 (R$1,6 bilhão no cenário realista). Em
2014, esta deve se situar entre R$1,1 bilhão e R$1,3 bilhão (R$1,2 bilhão no cenário
realista). Três anos depois, em 2017, estes números seriam, respectivamente, R$1,3 bilhão,
R$1,4 bilhão e R$1,5 bilhão. A tabela 1.9 e o gráfico 1.9 mostram os números encontrados.
Não foi possível auferir a renda derivada dos investimentos a serem feitos na Capital
mineira, uma vez que não existe estimativa para este multiplicador.
Tabela 1.9 Renda derivada pela receita turística em Belo Horizonte no período 2010–2020
Cenário pessimista
Cenário realista
Cenário otimista
689.689.415
725.575.071
763.381.706
803.215.726
1.130.647.904
1.176.034.045
1.223.831.181
1.274.173.103
1.327.201.352
1.383.065.685
1.441.924.574
689.689.415
731.619.081
776.152.552
823.455.653
1.199.943.068
1.254.645.129
1.312.712.373
1.374.359.381
1.439.814.875
1.509.322.674
1.583.142.733
689.689.415
737.663.092
789.029.338
844.032.768
1.269.953.768
1.334.521.667
1.403.607.947
1.477.538.693
1.556.664.147
1.641.360.538
1.732.032.063
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Milhares
Gráfico 1.9 Renda derivada pela receita turística, em milhares de reais, em
Belo Horizonte no período 2010–2020
1.800.000
1.600.000
1.400.000
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
2010
2011
2012
2013
2014
Pessimista
2015
2016
Realista
2017
2018
2019
2020
Otimista
Fonte: Instituto Kultur/Setur-MG, 2011.
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
−
−
20
h) Incremento dos empregos gerados pela atividade turística
Conforme dados do Instituto Kultur/Setur-MG (2011), havia um total de 10.362
estabelecimentos formais vinculados às atividades turísticas e parcialmente turísticas em
Belo Horizontea em 2009, responsáveis por 114.345 empregos formais. Comparando-se os
dados entre 2006 e 2009, apurou-se que a elasticidade do número de estabelecimentos em
relação ao número de turistas que visitaram Belo Horizonte seria de 0,61 e a dos empregos,
de 1,03. Isso significa que para cada 1% de aumento do número de turistas aumenta o
número de estabelecimentos em 0,61% e o dos empregos formais em 1,03%. Dada a
evolução esperada do número de turistas, foi possível estimar a evolução destas duas
variáveis até 2020.
Em 2020, o número de estabelecimentos formais de atividades turísticas e parcialmente
turísticas deve alcançar entre 17.261 e 19.437 (18.335 no cenário realista). Em 2014, este
número deve situar-se entre 15.100 e 16.773 (16.102 no cenário realista). Em 2017, ficará
entre 16.127 e 17.767 (16.943 no cenário realista). O número de empregos formais gerados
por esta atividade deve situar-se em 2014, entre 209.928 e 236.433 (223.106 no cenário
realista). Já em 2017, este número deve situar-se entre 234.402 e 272.797 (253.303 no
cenário realista). Por fim, em 2020, este deve alcançar algo entre 262.669 e 316.971
(289.074 no cenário realista).
A tabela 1.10 e os gráficos 1.10 e 1.11 mostram os valores estimados para as duas séries.
Tabela 1.10
Ano
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
Empregados e estabelecimentos efetivos e previstos de setores turísticos e
parcialmente turísticos em Belo Horizonte no período 2006–2020
Número de estabelecimentos
Cenário
Cenário
Cenário
Efetivos
pessimista
realista
otimista
9.300
9.605
10.128
10.362
10.362
10.362
10.362
11.119
11.119
11.119
11.445
11.504
11.563
11.780
11.903
12.025
12.126
12.315
12.506
15.100
15.706
16.310
15.431
16.102
16.773
15.773
16.514
17.259
16.127
16.943
17.767
16.493
17.389
18.299
16.871
17.853
18.855
17.261
18.335
19.437
Número de empregados
Cenário
Cenário
Cenário
Efetivos
pessimista
realista
otimista
95.867
103.671
108.032
114.345
114.345 114.345 114.345
128.438 128.438 128.438
134.797 135.951 137.106
141.471 143.904 146.358
148.476 152.322 156.235
209.928 223.106 236.433
217.698 232.609 247.778
225.850 242.664 259.882
234.402 253.303 272.797
243.376 264.560 286.577
252.791 276.471 301.281
262.669 289.074 316.971
Fonte: Rais 2006-2009. Instituto Kultur/Setur, 2011
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
−
−
21
Gráfico 1.10 Estabelecimentos efetivos e previstos de setores turísticos e
parcialmente turísticos em Belo Horizonte no período 2006–
2020
21.000
19.000
17.000
15.000
13.000
11.000
9.000
7.000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Efetivo
Pessimista
Realista
Otimista
Fonte: Rais 2006-2009. Instituto Kultur/Setur, 2011
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Gráfico 1.11
Empregados efetivos e previstos de estabelecimentos de setores
turísticos e parcialmente turísticos em Belo Horizonte no período 2006–
2030
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Efetivo
Pessimista
Realista
Otimista
Fonte: Rais 2006-2009. Instituto Kultur/Setur, 2011
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
−
−
22
1.3.3. As metas para os objetivos finalísticos
Na Tabela 1.11, são especificadas as metas projetadas para os objetivos finalísticos do
Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável de Belo Horizonte (PDITSBH).
Tabela 1.11 Síntese de objetivos finalísticos e metas de curto, médio e longo prazo do PDITS-BH no
período 2010–2020
Metas
Ano Base
2009 (1) e
2010 (2)
Curto prazo
2014
Médio prazo
2017
Longo prazo
2020
2.257.489 (2)
3.867.619
4.375.547
4.975.089
7,4 (2)
7.5
7,6
7,7
2,9 (2)
3,2
3,4
3,5
Incremento do número de UHs
8.144 (2)
10.385
12.567
14.740
Incremento do número de leitos
9.900 solteiro
4.668 casal
(2)
15.347 solteiro
7.236 casal
18.570 solteiro
8.756 casal
21.781 solteiro
10.270 casal
-
-
8,20
-
1.526.874.951 (2)
2.656.504.468
3.042.637.550
3.504.854.401
Incremento da receita tributária
municipal do turismo (em reais)
34.310.028 (1)
66.720.031
75.697.054
86.323.802
Incremento da renda derivada do
turismo (em reais)
689.689.415 (2)
1.199.943.068
1.374.359.381
1.583.142.733
Incremento do número de
empregos formais do turismo
114.345 (1)
223.106
253.303
289.074
Aumento no número de
estabelecimentos turísticos formais
10.362 (1)
15.706
16.943
18.335
Objetivos Finalísticos
Aumento do fluxo turístico (número
de turistas/ano)
Aumento do tempo médio de
permanência do turista (número de
dias)
Aumento do tempo médio de
permanência do turista em hotéis e
apart-hotéis (número de dias)
Incremento do investimento em
turismo (em bilhões de reais)
Incremento da receita do turismo
(em reais)
Elaboração: Fundação João Pinheiro (FJP)
Notas: (1) Ano base 2009
(2) Ano base 2010
−
−
23
2. DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO DA ÁREA E DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS
2.1. Análise do mercado turístico - oferta
O PDITS, conforme orienta seu Termo de Referência, prioriza o levantamento e a análise
dos principais equipamentos, atrativos e produtos turísticos de maior relevância ou potencial
turístico capazes de gerar, efetiva ou potencialmente, impactos mais expressivos no turismo
do destino.
O objetivo da pesquisa sobre a oferta turística de Belo Horizonte consiste em avaliar o
estado atual dos principais atrativos e equipamentos turísticos, o que, juntamente com as
conclusões derivadas da análise da demanda turística, permite a identificação dos principais
gargalos e potencialidades existentes da estrutura turística. Tal conhecimento é importante
para identificar que tipo de intervenção é necessária para melhorar a qualidade turística do
município e que ações precisam ser priorizadas.
De modo a abranger as variáveis e as especificações contidas no Termo de Referência do
PDITS, foi necessário entrevistar os gestores dos atrativos e equipamentos selecionados, os
representantes da Belotur e das principais entidades representativas do setor turístico de
Belo Horizonte e as principais instituições formadoras de mão de obra para o setor turístico
da Capital, para de captar informações objetivas e suas percepções sobre as entidades que
representam e sobre necessidades em termos de capacitação. Dessa forma, a pesquisa foi
quali-quantitativa e baseou-se na utilização de dois instrumentos: questionários
estruturados, dirigidos aos gestores dos atrativos e equipamentos; e roteiro semiestruturado
de perguntas, para obter uma abordagem mais qualitativa com os representantes das
principais entidades e instituições formadoras relacionadas ao setor turístico local.
A amostra de atrativos e equipamentos pesquisados foi intencionalmente selecionada com
base no critério de maior relevância e potencial turístico das atividades que compõem a
oferta turística direta, a partir da listagem inicial dos atrativos da cidade e de sua valorização
hierárquica, conforme descrito na seção 2.1. Para tanto, foram utilizadas fontes secundárias
disponíveis, tais como: programação e guias turísticos, pesquisa documental e consulta em
sites. Na prática, nem todos os gestores dos atrativos e equipamentos pré-selecionados se
disponibilizaram a participar da pesquisa no período de sua realização. A amostra final ficou
composta por 39 atrativos (excluindo-se apenas dois eventos pré-selecionados) e 153
equipamentos turísticos, totalizando 192 unidades.
Neste estudo, foram contempladas quatro categorias de atrativos turísticos e sete de
serviços e equipamentos turísticos. Na tabela 2.1, apresentam-se essas categorias e o
número de unidades (atrativos e serviços e equipamentos) pesquisadas em cada uma delas.
Os critérios específicos para a seleção da amostra, com base no universo identificado, serão
apresentados na análise de cada categoria e tipo, no corpo do relatório.
A realização das 192 entrevistas com os responsáveis pelos atrativos e equipamentos préselecionados, com base nos questionários estruturados, ocorreu entre os dias 12 de julho de
2010 e 10 de agosto de 2010. Já a pesquisa com os representantes das principais entidades
e instituições formadoras relacionadas ao setor turístico local ocorreu de julho a novembro
de 2010. As entrevistas foram agendadas previamente com os sujeitos das pesquisas e
realizadas nos locais e horários de sua preferência. No caso dos gestores de cada atrativo
e/ou equipamento, foram realizadas por uma equipe de pesquisadores especialmente
treinados e preparados para aplicar os questionários específicos do PDITS. As entrevistas
com os representantes das entidades e instituições formadoras relacionadas ao setor
turístico, executadas por técnicos devidamente capacitados, tiveram duração média de 45
minutos. Em geral, os gestores e os responsáveis pelas entidades abordadas se mostraram
bastante disponíveis e interessados nos resultados do diagnóstico.
−
−
24
Tabela 2.1
Tipo e número de atrativos e equipamentos turísticos de Belo
Horizonte – 2010
Categoria de atrativos e serviços e equipamentos
Unidades
Atrativos
39
Atrativos culturais
19
Atrativos naturais
4
Realizações técnicas, científicas e artísticas
3
Eventos permanentes
Serviços e equipamentos
13
153
Serviços e equipamentos de hospedagem
52
Serviços e equipamentos para gastronomia
39
Serviços e equipamentos para agenciamento
9
Serviços e equipamentos para transporte
5
Serviços e equipamentos para eventos
12
Serviços e equipamentos para lazer e entretenimento
29
Outros serviços e equipamentos
Total
7
192
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os pesquisadores seguiram orientação e roteiro padronizados, com o objetivo de viabilizar
análises comparativas. Para tanto, buscou-se coletar, sempre que possível, o mesmo
padrão de informações nos diversos segmentos. No entanto, ocorreram dificuldades na fase
de levantamento de dados: alguns estabelecimentos selecionados não se disponibilizaram a
participar das entrevistas e da pesquisa no período, e, em algumas situações, as
informações que não estavam disponíveis durante as entrevistas e que ficaram de ser
encaminhadas posteriormente não foram enviadas. As informações fornecidas nas
entrevistas foram comparadas com as pesquisas de gabinete e campo.
2.1.1. A hierarquização dos atrativos turísticos
A hierarquização é um procedimento importante para identificar o potencial turístico de cada
atrativo e para, posteriormente, priorizar os recursos e as ações relativos à oferta turística.
Contemplando a avaliação de cada atrativo, foi realizada com base na metodologia proposta
inicialmente pela Organização dos estados Americanos (OEA), a qual é utilizada pela
Embratur.
Esta metodologia define os seguintes níveis de hierarquia:
o Hierarquia I: Identifica o atrativo complementar a outro de maior interesse,
capaz de motivar fluxos de visitantes locais.
o Hierarquia II: Identifica um atrativo turístico de algum interesse, capaz de
estimular fluxos regionais ou locais, atuais ou potenciais e de interessar a
visitantes nacionais ou internacionais que cheguem ao destino por outras
motivações turísticas.
o Hierarquia III: Atrativo turístico muito importante, em nível nacional, capaz de
motivar um fluxo, atual ou potencial, de visitantes internacionais ou nacionais,
por si só ou em conjunto com outros atrativos.
o Hierarquia IV: Atrativo turístico de excepcional valor e de grande importância
para o mercado turístico internacional, capaz por si só de motivar grandes
fluxos de visitantes atuais ou potenciais, tanto internacionais quanto
nacionais.
−
−
25
Os atrativos foram hierarquizados com base em análise e avaliação criteriosas por parte da
equipe multidisciplinar de especialistas e profissionais ligados ao turismo e áreas afins. Para
tanto, os profissionais consideraram, à luz dos conceitos expostos, os dados secundários
disponíveis e os coletados por meio dos formulários de pesquisa da oferta turística de Belo
Horizonte, especialmente as informações sobre o volume e a origem dos turistas atuais,
além de projetos e intervenções possíveis e potencialmente modificadores da realidade
turística dos atrativos.
Nenhum atrativo de hierarquia IV foi identificado no município de Belo Horizonte. Como a
amostra foi selecionada em função de sua importância turística, nenhum atrativo de
hierarquia I, os quais foram contemplados neste Pdits. A lista dos atrativos turísticos de
hierarquia I, os quais não serão objeto de análise neste plano, encontra-se no apêndice. As
hierarquias de cada um dos 39 atrativos pesquisados, por categoria, tipo e subtipo, estão
sintetizadas no quadro 2.1.
Quadro 2.1
Categoria, tipo, subtipo e hierarquia dos atrativos de Belo Horizonte – 2010
Tipo
Feiras e mercados
Subtipo
Mercado livre
Arquitetura civil
Edificações
Atrativos Culturais
Arquitetura religiosa
Biblioteca
Centro cultural
Instituições culturais
Museu/ Memorial
Eventos Permanentes
Atrativos
Naturais
Reali
zaçõ
es
técni
cas,
cientí
ficas
e
artísti
cas
Zoológico
Aquário
Planetário
Montanhas
Fonte:
−
Unidades de
Conservação
Não se aplica
Não se aplica
Não se aplica
Serras
Municipais
Municipais
Municipais
Estaduais
Desportivas
Desportivas
Gastronômicas/ de
produtos
Gastronômicas/ de
produtos
Artísticas/ culturais
Artísticas/ culturais
Artísticas/ culturais
Artísticas/ culturais
Artísticas/ culturais
Artísticas/ culturais
Artísticas/ culturais
Artísticas/ culturais
Outras feiras
Atrativos
Hierarquia
Mercado Central
II
Conservatório Mineiro de Musica
Palácio da Liberdade
Casa do Baile
Igreja São Francisco de Assis
Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem
Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
Casa Fiat da Cultura
Centro Cultural UFMG
Centro de Cultura de Belo Horizonte
Fundação Clóvis Salgado
Museu de Ciências Naturais – PUC Minas
Museu das Telecomunicações
Museu de Artes e Ofícios
Museu Mineiro
Museu Histórico Abílio Barreto
Museu de História Natural e Jardim Botânico
Museu de Arte da Pampulha
Museu das Minas e dos Metais
Zoológico
No Mundo das Águas
Espaço TIM do Conhecimento
Conjunto paisagístico da serra do Curral
Parque das Mangabeiras
Parque Municipal Américo Renê Gianetti
Parque Ecológico da Pampulha
Parque Estadual da Baleia
Volta Internacional da Pampulha
Meia Maratona Linha Verde
II
III
III
III
II
II
II
II
II
II
II
II
II
II
III
III
III
II
III
III
III
II
II
II
Festival Gastronômico Brasil Sabor
II
III
III
III
III
Expo-Cachaça;
Axé Brasil
Realizações diversas
Casa Cor Minas
Campanha de Popularização do Teatro e da Dança
Festival Internacional de Dança (FID)
Festival Internacional de Teatro de Bonecos
Festival Internacional de Teatro de Palco e Rua
Festival Internacional de Quadrinhos
Festival de Arte Negra
Feiras e exposições
Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena
Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur)
−
III
III
III
III
III
III
III
III
II
III
26
2.1.2. Análise dos atrativos turísticos
2.1.2.1.
Atrativos culturais
Foram selecionados 19 atrativos culturais, com base em sua relevância turística para o
município. Destes, 13 (68%,4%) são instituições culturais (8 museus, 1 biblioteca e 4 centros
culturais), 5 (26,3%) são edificações tombadas 3 de arquitetura civil e 2 de arquitetura
religiosa) e 1 (5,3%) pertence ao tipo ―Feiras e Mercados‖ (mercado livre).
São atrativos de Hierarquia II, 14 (73,7%), o que indica que a maior parte da oferta turística
efetiva tem capacidade de estimular fluxos regionais ou locais, atuais ou potenciais, e de
interessar a visitantes nacionais ou internacionais que cheguem ao destino por outras
motivações turísticas. Belo Horizonte também apresenta 5 (26,3%) atrativos culturais,
vinculados ao conjunto da Pampulha e da Praça da Liberdade, que foram avaliados como
de Hierarquia III, isto é, têm importância em nível nacional e são capazes de motivar um
fluxo, atual ou potencial, de turistas internacionais ou nacionais, por si só ou em conjunto
com outros atrativos. Os dados sobre tipos, subtipos e hierarquias dos atrativos culturais
pesquisados podem ser observados no quadro 2.2.
Quadro 2.2. Atrativos culturais por tipo, subtipo e hierarquia – Belo Horizonte – 2010
Tipo
Feiras e mercados
Subtipo
Mercado livre
Atrativo
Hierarquia
Mercado Central
II
Conservatório Mineiro de Música
II
Palácio da Liberdade
III
Casa do Baile
III
Arquitetura
religiosa
Igreja São Francisco de Assis
Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem
III
II
Biblioteca
Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
II
Casa Fiat da Cultura
II
Centro Cultural UFMG
II
Centro de Cultura de Belo Horizonte
II
Fundação Clóvis Salgado
II
Museu de Ciências Naturais – PUC-Minas
II
Museu das Telecomunicações
II
Museu de Artes e Ofícios
II
Museu Mineiro
II
Museu Histórico Abílio Barreto
II
Museu de História Natural e Jardim Botânico
II
Museu de Arte da Pampulha
III
Museu das Minas e dos Metais
III
Arquitetura civil
Edificações
Centro cultural
Instituições
Culturais
Museu/Memorial
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As figuras 2.1 a 2.8, apresentadas a seguir, ilustram alguns dos principais atrativos culturais
de Belo Horizonte.
−
−
27
Figuras 2.1 a 2.8 Atrativos culturais de Belo Horizonte
Figura 2.1: Mercado central – Robert Serbinenko
– maio de 2010
Figura 2.3 Casa do Baile - Henry Yu – maio de
2010
Figura 2.2: Praça da Liberdade, ao fundo, o
Palácio da Liberdade – Robert Serbinenko – maio
de 2010
Figura 2.4: Igreja de São Francisco – Robert
Serbinenko – maio de 2010
Figura 2.6: Museu das Artes e Ofícios – Henry
Yu – maio de 2010
Figura 2.5: Centro Cultural da UFMG – Robert
Serbinenko – maio de 2010
−
−
28
Figura 2.8: Museu de História Natural da UFMG –
Miguelo Aun – maio de 2010
Figura 2.7: Museu Histórico Abílio Barreto UFMG
– Robert Serbinenko – maio de 2010
Do total de 19 atrativos, 8 (42,1%) foram criados há mais de 60 anos (entre 1895 e 1945),
sendo eles: o Conservatório Mineiro de Música (1925), o Palácio da Liberdade (1897), a
Casa do Baile (1943), a Igreja São Francisco de Assis (1943), a Catedral da Boa Viagem
(1932), o Museu Mineiro (1940), o Museu Histórico Abílio Barreto (1943) e o Museu de Arte
da Pampulha (1943); 7 (36,8%) têm entre 13 e 56 anos de existência (entre 1954 e 1997),
sendo eles: o Mercado Central (1964), a Biblioteca Pública Luiz de Bessa (1954), o Centro
Cultural UFMG (1986), o Centro de Cultura de Belo Horizonte (1977), a Fundação Clóvis
Salgado (1970), o Museu de Ciências Naturais – PUC Minas (1983) e o Museu de História
Natural e Jardim Botânico (1968); e 4 (21,1%) têm até 10 anos (a partir de 2000), sendo
eles: o Museu de Artes e Ofícios (2005), a Casa Fiat de Cultura (2006), o Museu das
Telecomunicações (2007) e o Museu das Minas e dos Metais (2010).
Apenas 4 (21,1%) dos atrativos pesquisados não são abrangidos por nenhuma legislação de
proteção: Mercado Central, Casa Fiat de Cultura, Museu das Telecomunicações e Museu de
Ciências Naturais – PUC Minas. Dos atrativos culturais 15 (78,9%) são bens tombados.
Destes, cinco são tombados em nível federal (Casa do Baile, Igreja São Francisco de Assis,
Museu de Arte da Pampulha, Museu Histórico Abílio Barreto), sete em nível estadual
(Museu Mineiro, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Palácio da Liberdade, Museu das
Minas e dos Metais, Museu de Artes e Ofícios, Fundação Clóvis Salgado, Catedral Nossa
Senhora da Boa Viagem) e três em nível municipal (Conservatório Mineiro de Música,
Biblioteca Pública Luiz de Bessa e Centro Cultural UFMG). Não informou o nível desse
tombamento um atrativo, apesar de declarar que tem proteção como patrimônio (Museu de
História Natural e Jardim Botânico). A tabela 2.2 apresenta estes dados.
−
−
29
Tabela 2.2.
Situação de proteção dos atrativos culturais por subtipo, com âmbito de tombamento
– Belo Horizonte –2010
Proteção por tombamento
Número de
atrativos
Municipal
Estadual
Federal
Sem
proteção
Mercado livre
1
0
0
0
1
Arquitetura civil
3
1
1
1
0
Arquitetura religiosa
2
0
1
1
0
Biblioteca
1
1
0
0
0
Centro cultural
4
1
2
0
1
Museu/Memorial
8
0
3
2
2
Total
19
3
7
4
4
Subtipo
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Dos atrativos, 13 (68,4%) pertencem à administração pública, sendo quatro do âmbito
municipal (Casa do Baile, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Museu de Arte da Pampulha
e Museu Histórico Abílio Barreto), quatro do federal (Conservatório Mineiro de Música,
Centro Cultural UFMG, Museu de História Natural e Jardim Botânico e Igreja São Francisco
de Assis) e cinco do estadual (Palácio da Liberdade, Museu das Minas e dos Metais, Museu
Mineiro, Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Fundação Clóvis Salgado).
Quanto ao acesso do público aos atrativos, 13 (68,4%) permitem a expansão do volume de
visitantes sem investimentos extras nas condições de acesso, sendo eles: Catedral Nossa
Senhora da Boa Viagem, Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Cetro Cultural UFMG, Centro de
Cultura de Belo Horizonte, Conservatório Mineiro de Música, Palácio da Liberdade,
Fundação Clóvis Salgado, Museu Mineiro, Museu das Telecomunicações, Museu de Artes e
Ofícios, Museu Histórico Abílio Barreto, Museu de História Natural e Jardim Botânico e
Museu das Minas e dos Metais; 2 (10,5%) consideram que é regular (Igreja São Franciso de
Assis e Museu de Arte da Pampulha), e 2 (10,5%) que é precário (Casa Fiat de Cultura e
Casa do Baile). Em 11 (57.9%) atrativos, os gestores informaram que as condições de
acesso não atendem às necessidades atuais, sendo que suas principais demandas estão
relacionadas a falta de linha de transporte com itinerário turístico cultural, excesso de
congestionamento e carência do metrô como meio de transporte ferroviário. Constatou-se
que o acesso até a Igreja São Francisco de Assis pode ser feito por duas linhas de ônibus
que chegam até ou próximo ao local. Embora não exista estacionamento, há um recuo na
avenida principal que permite a parada de carros com dificuldade de encontrar vagas
disponíveis no período de 18h até às 21h, já no caso do Museu de Arte da Pampulha o
transporte mais adequado é o particular, pois o transporte público passa próximo ao atrativo.
Há um pequeno estacionamento no museu. Nos casos apontados como precário, dentre as
dificuldades enfrentadas para se chegar até a Casa Fiat de Cultura pode se apontar a
distância do centro da cidade e a quantidade de linhas de ônibus que só passam próximo ao
atrativo, enquanto para se chegar até a Casa do Baile o modo mais fácil é com a utilização
de transporte particular, pois só há uma linha de ônibus que faz tal trajeto. Não há
estacionamento no atrativo e nem próximo, portanto, os carros ficam obrigatoriamente
estacionados em frente a garagens, o que tumultua o trânsito local.
Destes atrativos, 16 (84,2%) podem ser considerados acessíveis a pessoas com
necessidades especiais, 2 (10,5%) parcialmente acessíveis (Centro Cultural UFMG e Museu
Histórico Abílio Barreto) e 1 (5,3%), não acessível (Catedral Nossa Senhora da Boa
Viagem). Isso significa que 15,8% desses atrativos têm problemas de acessibilidade.
O meio de transporte mais utilizado para acesso aos atrativos é o ônibus, apontado por 12
(63,2%) dos entrevistados, seguido por automóveis particulares por 5 (26,3%) e taxi por 2
(10,5%).
−
−
30
Conclui-se que para a maior parte dos atrativos o acesso atual, principalmente o transporte
público, é bom e com potencial de expansão imediata em relação à capacidade. Mas,
quando questionados sobre a qualidade - ou seja, se atendem às necessidades atuais -, os
entrevistados, em sua maioria, informaram que melhorias são necessárias.
A tabela 2.3 apresenta a existência de três tipos sinalização nos atrativos culturais,
conforme dados fornecidos pela BHTrans – órgão regulador do transporte e tráfego de Belo
Horizonte: sinalização urbana, sinalização turística e sinalização interpretativa.
Tabela 2.3.
Existência de sinalização, por tipo e avaliação da sinalização nos atrativos
culturais – Belo Horizonte – 2010
Número de
atrativos
Subtipo
Existência por tipo de sinalização
Urbana
Turística
Interpretativa
Mercado livre
1
1
1
0
Arquitetura civil
3
3
2
1
Arquitetura religiosa
2
1
1
0
Biblioteca
1
0
0
0
Centro cultural
4
1
0
0
Museu/Memorial
8
4
4
5
19
10
8
6
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Tabela 2.3.1
Existência de sinalização, por atrativo cultural – Belo Horizonte - 2010
Atrativo
Existência por tipo de sinalização
Urbana
Turística
Interpretativa
Mercado Central
1
1
0
Conservatório Mineiro de Musica
1
0
0
Palácio da Liberdade
1
1
0
Casa do Baile
1
1
1
Igreja São Francisco de Assis
1
1
0
Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem
1
0
0
Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
0
0
0
Casa Fiat da Cultura
0
0
0
Centro Cultural UFMG
0
0
0
Centro de Cultura de Belo Horizonte
0
0
0
Fundação Clóvis Salgado
1
0
0
Museu de Ciências Naturais – PUC Minas
1
0
1
Museu das Telecomunicações
0
1
1
Museu de Artes e Ofícios
0
1
1
Museu Mineiro
0
0
0
Museu Histórico Abílio Barreto
1
1
1
Museu de História Natural e Jardim Botânico
0
0
0
Museu de Arte da Pampulha
1
1
0
Museu das Minas e dos Metais
0
0
1
10
8
6
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os gestores também avaliaram a sinalização dos atrativos culturais sob várias perspectivas:
sinalização urbana quanto a sua adequação e estado de conservação; sinalização turística
−
−
31
(sinalização com padrão internacional: fundo marrom com pictogramas); e sinalização
interpretativa (informações, explicações e descrições sobre o atrativo/equipamento).
Conforme mostra o gráfico 2.1, parte expressiva dos atrativos culturais ainda não conta com
sinalização ou é mal sinalizada, na percepção dos gestores. A sinalização urbana é ruim ou
não existe em 9 (47,4%) atrativos; a sinalização turística é ruim ou não existe em 11
(57,9%); e a sinalização interpretativa é ruim ou não existe em 13 (68,4%).
Foram identificados os seguintes aspectos que levaram às constatações da qualidade da
sinalização dos atrativos culturais para as indicações ruim ou não existe: 1) falta de
sinalização indicativa em pontos diversos de alguns corredores principais e secundários e
também ao longo dos trajetos até o destino desejado; 2) Sinalização fragmentada, faltando
continuidade nas informações fornecidas ao longo de determinados trajetos, especialmente
nos pontos de decisão, provocando o extravio dos usuários; 3) Falta de placas de présinalização, antecipando aos motoristas as indicações das conversões que serão efetuadas
mais adiante, às vezes nas proximidades de pontos críticos de decisão; 4) Em outros
corredores, existe sinalização de atrativos turísticos mas faltam indicações de bairros, vias e
serviços (hospitais, órgãos públicos, universidades, etc.).
Gráfico 2.1. Avaliação da sinalização dos atrativos culturais pesquisados
– Belo Horizonte –2010
100%
90%
80%
70%
60%
Não tem sinalização
50%
Mal sinalizado
40%
Bem sinalizado
30%
20%
10%
0%
Urbana
Turística
Interpretativa
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
A disponibilidade de sinalização para pessoas com necessidades especiais foi um
importante ponto negativo identificado na pesquisa. Em 16 (84,2%) atrativos a sinalização
interpretativa não tem qualquer tipo de adaptação.
O estado de conservação dos atrativos culturais foi avaliado pelos gestores como ―bom‖ em
15 (78,9%) casos devido ao estado de conservação apresentado tanto em área externa e
interna, limpeza diária, disponibilidade de serviços de manutenção das instalações físicas,
―regular‖ em 3 (15,8%) (Museu de Ciências Naturais PUC-Minas, Museu de Arte da
Pampulha e Museu Mineiro) pelo desgaste nas instalações físicas e no caso do Museu de
Arte da Pampulha também por questões de infiltrações; e ―ruim‖ em 1 (5.3%) caso (Centro
Cultural UFMG) pela indisponibilidade de serviços de manutenção das instalações físicas e
estado de conservação da construção que abriga o atrativo. Tais informações foram
comprovadas durantes as visitas e validadas nas oficinas do PDITS BH.
O planejamento estratégico é uma ferramenta bastante difundida na gestão dos atrativos
culturais de Belo Horizonte (tab. 2.4), estando presente em 14 (73,7%) atrativos (já
concluídos ou em elaboração). Apenas em 4 (21,1%) não existe: Igreja São Francisco de
Assis, Palácio da Liberdade, Mercado Central e Museu de Ciências Naturais PUC-Minas.
−
−
32
Tabela 2.4.
Situação de elaboração de planejamento estratégico nos atrativos culturais
de Belo Horizonte – 2010
Número
de
atrativos
Subtipo
Possui planejamento?
Sim
Não
Não sabe
Não respondeu
Em elaboração
Mercado Livre
1
0
1
0
0
Arquitetura Civil
3
1
1
1
0
Arquitetura religiosa
2
1
1
0
0
Biblioteca
1
1
0
0
0
Centro cultural
4
2
0
1
1
Museu/Memorial
8
5
1
2
0
19
10
4
4
1
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
Os atrativos diferem em seu período de maior ou menor movimento ao longo do ano. Os
meses de maio e julho – este último, tradicionalmente, de férias escolares de inverno –
foram identificados por um número maior de gestores como sendo de maior movimento
(gráf. 2.2).
Gráfico 2.2.
Meses de maior movimento nos atrativos culturais, segundo
os gestores, por número de estabelecimentos – Belo
Horizonte – 2010
6
Número de atrativos
5
4
3
2
1
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
Julho é o mês de menor movimento para a maior parte dos atrativos culturais de Belo
Horizonte, na opinião de 7 gestores, seguido de janeiro (5) e fevereiro e dezembro (4). Estes
meses são tipicamente associados a férias escolares, quando boa parte dos turistas de
Minas Gerais e São Paulo (maior emissor para Minas e Belo Horizonte) se desloca para
outros destinos (gráf. 2.3).
−
−
33
Gráfico 2.3.
Meses de menor movimento nos atrativos culturais,
segundo os gestores, por número de estabelecimentos –
Belo Horizonte – 2010
7
Número de atrativos
6
5
4
3
2
1
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
O fato de o mês de julho ser apontado como o de maior e o de menor frequência reflete,
provavelmente, a especificidade da dinâmica de visitação dos diferentes atrativos, tal como
percebido pelos gestores. O período de maior movimento nos atrativos culturais coincide
com os fins de semana e os feriados (57,9% dos casos).
Um ponto positivo a destacar é que em 11 (57,9%) atrativos culturais (Mercado Central,
Casa do Baile, Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem,
Centro Cultural UFMG, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Conservatório Mineiro de
Música, Palácio da Liberdade, Museu Histórico Abílio Barreto, Museu Mineiro, Museu de
História Natural e Jardim Botânico) o ingresso é gratuito e que dos 8 (42,1%) que cobram
em 6 o ingresso custa R$6,00 ou menos. O maior valor cobrado (média de R$ 50,00) coube
ao atrativo Fundação Clovis Salgado, que também oferece atrações mais econômicas e até
gratuitas. Quando interrogados sobre o valor cobrado em relação a equipamentos de outros
destinos competidores, sete desses oito gestores avaliaram que Belo Horizonte está no
mesmo nível de preços ou, até, mais baixo.
Em 18 (94,7%) atrativos são previstas visitas guiadas. O único que não oferece é a Catedral
de Nossa Senhora da Boa Viagem. Em 13 (68,4%) casos, as visitas são conduzidas apenas
em português e em 4 (21,1%) também em inglês (Casa do Baile, Casa Fiat de Cultura,
Museu de Artes e Ofícios, Museu das Minas e dos Metais). Isso reflete uma oferta ainda
pouco estruturada para atender turistas internacionais de diferentes procedências, que já
somam 12,0% da demanda turística de Belo Horizonte, segundo pesquisa realizada em
julho de 2010.
Quanto à disponibilização de material, 17 (89,5%) atrativos oferecem instruções de visitas
impressas. Os dois atrativos que não oferecem instruções impressas são a Catedral Nossa
Senhora da Boa Viagem e Centro de Cultura de Belo Horizonte. Apenas sete dos atrativos
contam com instruções impressas disponíveis em inglês (Museu das Minas e dos Metais,
Museu de Arte da Pampulha, Museu Histórico Abílio Barreto, Casa do Baile, Casa Fiat de
Cultura, Igreja São Francisco de Assis e Museu das Telecomunicações).
−
−
34
Gráfico 2.4 Tipo de pesquisa realizada com seus visitantes pelos
atrativos culturais – Belo Horizonte – 2010
Outras
16%
Perfil do cliente
26%
Satisfação/
qualidade
16%
Perfil do cliente e
Satisfação/
Qualidade
21%
Não realiza
pesquisas
21%
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
Apenas 4 (21,1%) atrativos não realizam qualquer tipo de pesquisa com os visitantes, sendo
eles: Conservatório Mineiro de Música, Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem, Centro de
Cultura de Belo Horizonte, Centro Cultural UFMG). 4 (21,1%) atrativos realizam pesquisa de
perfil do cliente e satisfação/qualidade. 5 (26%) realizam pesquisa de perfil do cliente. 3
(16%) realizam pesquisa de satisfação. Entre as pesquisas realizadas, as mais comuns
foram: de perfil de cliente e a pesquisa de satisfação (gráf. 2.4).
Para 14 entrevistados (73,7%), até 10% dos visitantes dos atrativos tem origem
internacional e até 25%, origem nacional. Em todos os casos, o público principal é local,
seguido de uma demanda regional. Um número significativo de atrativos (10% da amostra)
não soube responder a este item, por falta de sistematização de informações sobre a própria
demanda. Em alguns, os gestores informaram que o turismo internacional é responsável por
metade do movimento, como a Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha, que oferece
visitas guiadas apenas em português, mas o material impresso está disponível também em
inglês e espanhol.
Em 12 (63,1%) dos atrativos, existe uma capacidade de carga pré-estabelecida, limitando o
número máximo de visitantes nesses atrativos de uma só vez. O quadro 2.3 mostra a
capacidade de carga dos atrativos.
Os cartões de crédito mais aceitos nos atrativos culturais pesquisados são: Visa,
Mastercard, Diners e Amex. Esta modalidade de pagamento não é aceita em 7 (63,6%) dos
11 atrativos de Belo Horizonte, em razão de a maioria dos atrativos ter visitação gratuita ou
cobrar preços baixos. Mas o oferecimento desta opção é importante por ser uma das mais
utilizadas pelos turistas.
O número médio de visitantes dos atrativos entre 2007 e 2009 ficou entre 130 mil e 145 mil
pessoas por ano, verificando-se ligeiro aumento em 2008. O cálculo dessa média foi
realizado a partir da resposta de 10 atrativos, desconsiderando aquele que poderia distorcer
o resultado, o qual informou receber algo em torno de 10 milhões de visitantes/ano. Entre os
10 atrativos considerados, 7 possuem um volume anual de visitantes inferior a 100 mil
pessoas (tab.2.5).
−
−
35
Quadro 2.3. Capacidade máxima de carga dos atrativos culturais – Belo Horizonte –
2010
Subtipo
Atrativos
Mercado livre
Mercado Central
Conservatório Mineiro de Música
Arquitetura civil
Palácio da Liberdade
Casa do Baile
Igreja São Francisco de Assis
Arquitetura religiosa
Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem
Biblioteca
Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa
Casa Fiat de Cultura
Centro Cultural UFMG
Centro cultural
Centro de Cultura de Belo Horizonte
Fundação Clóvis Salgado
Museu de Ciências Naturais – PUCMINAS
Museu das Telecomunicações
Museu de Artes e Ofícios
Museu Mineiro
Museu/Memorial
Museu Histórico Abílio Barreto
Museu de História Natural e Jardim Botânico
Museu de Arte da Pampulha
Museu das Minas e dos Metais
Capacidade de Carga
(Número de pessoas)
20
80
50
500
20
3000
50
1000
30
720
300
500
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Tabela 2.5. Número médio de visitantes por ano informado nos atrativos culturais pesquisados
em milhares de pessoas – Belo Horizonte – 2007 a 2009
Tipo
Subtipo
Atrativo
Feiras
e
Mercado livre
mercados
Mercado Central
Edificações
Conservatório Mineiro de Música
Instituições
culturais
Arquitetura civil
Ano
2007
2008
2009
10.000 10.000 10.000
15
15
15
Palácio da Liberdade
30
30
30
Casa do Baile
(1)
NS
NS
NS
Arquitetura
religiosa
Igreja São Francisco de Assis
NS
NS
NS
Catedral Nossa Senhora da Boa Viagem
NS
NS
NS
Biblioteca
Biblioteca Pública Estadual Luiz de
Bessa
NS
NS
NS
Centro cultural
Casa Fiat da Cultura
Centro Cultural UFMG
Centro de Cultura de Belo Horizonte
Fundação Clóvis Salgado
Museu/ Memorial
Museu de Ciências Naturais –Puc Minas
Museu das Telecomunicações
Museu de Artes e Ofícios
Museu Mineiro
Museu Histórico Abílio Barreto
Museu de História Natural e Jardim
Botânico
Museu de Arte da Pampulha
Museu das Minas e dos Metais
250
250
250
42
7
24
NS
NS
NS
670
770
698
50
50
50
NS
30
110
120
NS
100
10
10
NS
NS
60
65
NS
NS
NA (2)
NA
10
NS
70
75
NA
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Nota: (1) NS: Não sabe ou não respondeu. (2) NA: Não se aplica.
−
−
36
Como a maior parte dos atrativos culturais pesquisados é gratuita ou tem algum tipo de
incentivo governamental, 15 entrevistados (78,9%) deixaram de fornecer dados sobre
faturamento, investimentos planejados e valor agregado da atividade. Em relação ao capital
investido, 9 (47,4%) entrevistados informaram que não há participação estrangeira, 9
(47,4%) não responderam à pergunta, e 1 (5,3%) declarou contar com participação
internacional, proveniente de Liechtenstein, limitada a 30% (gráf.2.5).
Gráfico 2.5.
Volume de recursos investido(1) nos atrativos culturais
– Belo Horizonte – 2007-2010
R$ 18.000.000,00
R$ 16.180.000,00
R$ 16.000.000,00
R$ 12.980.000,00
R$ 14.000.000,00
R$ 12.000.000,00
R$ 10.000.000,00
R$ 9.975.000,00
R$ 10.070.000,00
R$ 8.000.000,00
R$ 6.000.000,00
2007
2008
2009
2010*
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Nota: (1) Investido até a conclusão da pesquisa, em agosto de 2010.
Apenas 6 gestores dos atrativos Casa Fiat de cultura, Catedral Nossa Senhora da Boa
Viagem, Museu de Artes e Ofícios, Centro de Cultura de Belo Horizonte, Museu Mineiro e
Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG informaram os recursos investidos
entre 2007 e julho de 2010. No conjunto, o volume de recursos envolvidos nestes atrativos
chegou a quase R$ 50 milhões no período (gráf. 2.1.5).
Possuem planos de investimentos para os próximos cinco anos, 12 (63,2%) atrativos, e não
possuem, 5 (23,3%). Deixaram de responder, 2 (10,6%).
O valor total de investimentos é desconhecido por 15 (78,9%) atrativos, contra 4 (21,1%)
que afirmaram conhecer. O montante estimado em R$58 milhões nos próximos anos, sendo
que 50% serão destinados à compra de móveis, materiais, equipamentos e tecnologia,
seguindo-se reforma e construção, com 29%. Investimento em gestão ambiental é uma boa
surpresa, aparecendo em terceiro lugar, com 10% (gráf. 2.1.6).
Declararam que têm metas de expandir o atendimento nos próximos cinco anos, 13 (68,4%),
contra 3 (15%) que não as têm. Deixaram de responder 3 (15,8%) atrativos. As metas de
expansão estão relacionadas ao número de visitantes que usufrui do atrativo.
Para isso as estratégias principais são:
Atração de um número maior de visitantes;
Aumento da capacidade de atendimento (área utilizada)
Diversificação da oferta, com produtos complementares;
Ampliação dos dias e horários de funcionamento;
Aumento do número de funcionários.
−
−
37
Gráfico 2.6.
Destino dos investimentos que serão realizados nos atrativos
culturais – Belo Horizonte – 2010 a 2015
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
Para 13 (68,4%) entrevistados, a melhoria dos serviços está condicionada ao
desenvolvimento dos seguintes pontos:
Ampliação do espaço, incluindo salas, oficinas, depósitos (37%);
Adequação de sanitários (11%);
Melhoria da segurança e do estacionamento (11%)
A gestão de qualidade é um item presente em 11 (57,9%) atrativos, sendo que em um
(5,3%) o processo está em implantação (Museu das Minas e dos Metais, Museu de Artes e
Ofícios, Museu das Telecomunicações, Fundação Clóvis Salgado, Casa Fiat de Cultura,
Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Palácio da Liberdade, Museu de Ciências Naturais – PUC
minas, Casa do Baile, Museu de Arte da Pampulha e Museu Histórico Abílio Barreto). A
maioria dos atrativos utiliza sistema de gestão de qualidade próprio. Aqueles geridos pelo
governo estadual adotam o acordo de resultados como ferramenta de gestão de qualidade e
apenas um (5,3%) optou pelo sistema ISO implementado (Casa Fiat de Cultura).
Afirmaram possuir também sistema de gestão ambiental, 11 (58,9%) atrativos, e um (5,3%)
que está implantando esse sistema (Museu das Minas e dos Metais, Museu de Artes e
Ofícios, Museu das Telecomunicações, Fundação Clóvis Salgado, Casa Fiat de Cultura,
Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Palácio da Liberdade, Museu de Ciências Naturais – PUC
minas, Casa do Baile, Museu de Arte da Pampulha e Museu Histórico Abílio Barreto)..
Dentre as práticas mais comuns destacam-se, em ordem de importância: campanhas para
reduzir o consumo, reaproveitamento de recursos, coleta seletiva de lixo, utilização de
fontes alternativas de energia, educação ambiental e tratamento de esgoto, além de outras
práticas (gráf. 2.7).
Belo Horizonte e a região metropolitana são identificados como a principal origem de
visitantes para 15 (78,9%) dos gestores dos atrativos; São Paulo, para 6 (31,69%); e interior
de Minas, para 5 (26,3%).
Para 18 (94,7%) gestores, o turismo cultural é o principal segmento do turismo em Belo
Horizonte, para um (5,3%), é o turismo de negócios e eventos.
−
−
38
Gráfico 2.7.
Número de atrativos que realizam práticas de gestão
ambiental – Belo Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Nenhum atrativo cultural utiliza promotores de vendas para divulgar seus produtos ou
serviços. Participam de feiras, quatro (21,1%). O veículo de promoção mais utilizado é a
internet, seguindo-se: folhetos, rádio e jornais (gráf. 2.8). Apenas 13 (68%) possuem site na
internet, contra 6 (31,6%) que não têm.
Gráfico 2.8.
Meios de promoção utilizados pelos atrativos – Belo Horizonte
– 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
Em 12 (63,2%) atrativos, os materiais promocionais são apresentados apenas em
português; 7 (36,8%) oferecem material em inglês (Museu das Minas e dos Metais, Museu
de Arte da Pampulha, Museu Histórico Abílio Barreto, Casa do Baile, Casa Fiat de Cultura,
−
−
39
Igreja São Francisco de Assis e Museu das Telecomunicações), e 3 (15,8%), além do inglês,
disponibilizam material também em outros idiomas (Museu das Telecomunicações, Museu
das Minas e dos Metais e Igreja São Francisco de Assis).
A integração com agências de viagens é reduzida. Apesar de três (15,8%) atrativos
informarem que integram roteiros turísticos comercializados, apenas um (5,3%), a Igreja São
Francisco de Assis, informou que recebe um volume expressivo de turistas (60%) por
intermédio de agentes ou operadores. A internet foi citada por apenas dois (10,6%)
atrativos, ainda assim com participação muito baixa. Para o atrativo Museu de História
Natural e Jardim Botânico UFMG, 10% das vendas ocorrem via internet, ao passo que a
Igreja São Francisco de Assis mencionou informou que 20%.
Os principais canais identificados foram: central de reservas, para 8 (42,1%) atrativos; e
venda direto ao cliente, para 7 (36,8%). A principal dificuldade apontada pelos gestores foi a
falta de divulgação, para 4 (21,1%) gestores, aparecendo também a reclamação de que os
veículos especializados em cultura são muito poucos. A ausência de uma política cultural
para os museus foi citada por um (5,3%) gestor.
A integração entre os atores da atividade turística em Belo Horizonte ainda é baixa. Poucos
atrativos declararam que adotam a estratégia de estabelecer parcerias.
O gráfico 2.9 apresenta o número de atrativos culturais que reconhecem a existência de
parcerias formais com as diferentes atividades do ambiente turístico.
Gráfico 2.9.
Número de atrativos que mantêm parcerias formais com outros
atrativos e equipamentos do município – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apenas três (15,8%) atrativos (Igreja São Francisco de Assis, Museu de Arte da Pampulha e
Casa do Baile) integram roteiros turísticos comerciais, todos multi-destinos, oferecidos por
agências receptivas de Belo Horizonte, como complemento às cidades históricas. As
principais agências citadas foram: Maxturismo, CVC, Ouro Preto Turismo, Agotur Turismo e
Pampulha Turismo.
A segurança desses atrativos para os visitantes foi avaliada positivamente por quase todos
os gestores dos atrativos, sendo que considerado ―seguro‖ por 12 (63,2%) e ―muito seguro‖
por 6 (31,6%), este último grupo composto por: Fundação Clóvis Salgado, Palácio da
Liberdade, Casa Fiat de Cultura, Museu das Minas e dos Metais, Museu de Artes e Ofícios e
Museu das Telecomunicações. Para um (5,3%) gestor, apesar de seu atrativo (Igreja Nossa
Senhora da Boa Viagem) possuir vigias e estar localizado próximo a uma delegacia de
−
−
40
polícia, a avaliação foi ―pouco seguro‖, uma vez que não há nenhum tipo de vigilância
eletrônica no local.
Considerações sobre a análise dos atrativos culturais
Belo Horizonte, cidade com uma oferta turística cultural diversificada, une atrativos do fim do
século XIX a estruturas modernas e contemporâneas.
O conjunto arquitetônico da Pampulha e o Circuito Cultural da Praça da Liberdade
constituem seus atrativos culturais de maior atratividade, por sua relevância histórica,
qualidade e singularidade, os quais têm potencial para se destacarem como produtos
turísticos que atendem à oferta nacional e complementam outros produtos de interesse da
oferta internacional. Assim, merecem atenção especial quanto à resolução de algumas de
suas principais necessidades, levantadas nesse estudo: Casa do Baile, Igreja São Francisco
de Assis, Museu de Arte da Pampulha, Museu das Minas e dos Metais e Palácio da
Liberdade.
Alguns dos pontos fortes extraídos do conjunto dos atrativos culturais que emergiram da
pesquisa estão relacionados a: preços, estado de conservação e acessibilidade. Os
atrativos culturais, em grande parte, oferecem acesso gratuito ou cobram valores bastante
acessíveis (até R$6,00 por pessoa), o que os coloca em posição de vantagem em relação
aos seus principais destinos competidores, identificados pelos próprios gestores. O estado
de conservação da maior parte dos atrativos pode ser considerado bom, além de permitirem
acesso a pessoas com necessidades especiais. Contudo, há pontos a melhorar nestes e em
outros quesitos. Por exemplo, muitos atrativos ainda não aceitam cartão de crédito, têm
limitações em termos de acesso a deficientes e precisam de reformas.
A gestão de qualidade foi citada uma prática reconhecida por vários atrativos, porém sem
seguir um padrão e tampouco refletir uma busca ideal por melhora da qualidade dos
serviços. Em muitos casos, foi citada como um sistema próprio, sem padrões ou critérios
devidamente definidos.
As principais demandas dos atrativos estão relacionadas a mobilidade urbana e a transporte
coletivo, na medida em que faltam linhas de metrô e sequer existe um itinerário turístico.
Somam-se a esses fatores: falta de locais adequados para embarque e desembarque de
turistas; carência de estacionamento; e excesso de congestionamentos em áreas turísticas.
A sinalização urbana e a segurança também foram citados pela maioria dos entrevistados
como aspectos que precisam ser melhorados com urgência.
As formas de promoção e comercialização dos atrativos foram citadas como inadequadas às
necessidades do mercado turístico, pois nenhum deles mantém agentes de divulgação
externos e muito poucos participam de feiras e eventos do setor, o que se reflete em baixa
participação nos pacotes turísticos comerciais.
A maioria dos gestores não soube informar sobre o volume de recursos que será investido
em atrativos culturais. Informações fornecidas pelos os gestores dos Museu de Ciências
Naturais – PUC-Minas, Casa Fiat de Cultura, Museu de Artes e Ofícios, Museu de História
Natural e Jardim Botânico – UFMG revelam que um volume considerável de investimentos
será destinado a eles nos próximos cinco anos. Portanto, a estruturação desses atrativos
será importante para o desenvolvimento turístico de Belo Horizonte. Tais investimentos
precisam estar associados, de forma complementar, a outros investimentos de outros
setores para que exista uma oferta turística mais completa e capaz não só de atrair um
número maior de turistas, mas, principalmente, de manter por mais tempo esse turista no
destino. Para isso, os gestores pontuaram a necessidade de aumentar a integração entre o
setor, aproximando os diferentes atores e permitindo uma troca de experiências mais
frequente e sólida.
−
−
41
2.1.2.2.
Atrativos naturais
A amostra inicial pretendida nesta categoria foi obtida da seleção intencional dos seis
atrativos naturais de maior relevância turística para o município, com base nas listas de
montanhas, lagos/lagoas, parques municipais e parques estaduais existentes em Belo
Horizonte, a saber:
Montanhas: Conjunto Paisagístico da Serra do Curral
Lagoas/Lagos: Lagoa da Pampulha
Parques municipais: Parque Municipal das Mangabeiras, Parque Municipal
Américo Renê Giannetti e Parque Ecológico da Pampulha
Parques estaduais: Parque Estadual da Baleia
O uso turístico atual da região da Pampulha está mais vinculado aos atrativos culturais
presentes no Complexo Arquitetônico da Pampulha. A lagoa é mais um componente
complementar daquela paisagem, que só atingirá seu potencial de exploração turística como
atrativo natural após a recuperação ambiental da represa. Por essas razões, a lagoa será
abordada na seção relativa à parte sócioambiental. Dos 6 atrativos naturais inicialmente
levantados, 5 foram incluídos na pesquisa de oferta turística efetiva do município de Belo
Horizonte (quadro 2.5).
Quadro 2.5. Atrativos naturais por tipo, subtipo e hierarquia – Belo Horizonte – 2010
Tipo
Subtipo
Atrativos Naturais pesquisados
Hierarquia
Montanha
Serras
Conjunto Paisagístico da Serra do
Curral
III
Parque Municipal das Mangabeiras
III
Parque Municipal
Giannetti
II
Municipais
Unidade de Conservação
Estaduais
Américo
Renê
Parque Ecológico da Pampulha
II
Parque Estadual da Baleia
II
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As figuras 2.9 e 2.10 ilustram alguns parques de Belo Horizonte.
Figuras 2.9 a 2.10 Alguns parques naturais de Belo Horizonte
Figura 2.9: Parque das Mangabeiras – Praça das
Águas – Robert Serbinenko – maio
de 2010
−
Figura 2.10: Parque Municipal Américo Renné
Giannetti – Robert Serbinenko –
maio de 2010
−
42
O Parque Municipal das Mangabeiras e o Conjunto Paisagístico da Serra do Curral são
atrativos naturais de Hierarquia III, isto é, aqueles que têm importância em nível nacional e
são capazes de motivar um fluxo, atual ou potencial, internacional ou nacional, por si só ou
em conjunto com outros atrativos. A hierarquização neste nível justifica-se pelo fato de o
Conjunto Paisagístico da Serra do Curral ser alvo de projeto turístico pela Prefeitura de Belo
Horizonte, que objetiva transformar este recurso turístico, de forma associada ao Parque
das Mangabeiras, em produto-estrela do turismo da Capital, prevendo-se infra-estrutura e
benfeitorias de apoio ao turista, centros de observação do acervo paleontológico e trilhas de
interpretação ambiental, dentre outros atrativos.
O Parque Municipal Américo Renê Giannetti, o Parque Ecológico da Pampulha e o Parque
Estadual da Baleia são atrativos de Hierarquia II, ou seja, aqueles que têm capacidade de
estimular fluxos regionais ou locais, atuais ou potenciais e de interessar a visitantes
nacionais ou internacionais que cheguem ao destino por outras motivações turísticas.
O Parque Municipal das Mangabeiras, o Parque Municipal Américo Renê Giannetti e o
Parque Ecológico da Pampulha são unidades de conservação municipais abertas ao
público. As duas primeiras são administradas pela Fundação de Parques Municipais e a
última, pela Fundação Zoobotânica.
O Parque Estadual da Baleia, unidade de conservação de propriedade pública estadual, é
administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Ainda não está aberto à visitação
pública, apresenta elevado potencial de exploração turística por ser uma das maiores áreas
de conservação do município. Pretende-se transferir a gestão do Parque Estadual da Baleia
para a Prefeitura Municipal. Assim, ele passará a integrar o mosaico de unidades de
conservação de Belo Horizonte, localizado ao longo da serra do Curral.
Entre os atrativos naturais, apenas o Parque Ecológico da Pampulha não dispõe de
legislação de proteção. As unidades de conservação municipais possuem legislação
municipal própria e a unidade de conservação estadual possui legislação estadual. Os
atrativos naturais do município somam uma área de 637 hectares (quadro 2.6).
Quadro 2.6. Área total dos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010
Atrativo natural
Área (em hectares)
Conjunto Paisagístico da Serra do Curral
242
Parque Municipal das Mangabeiras
245
Parque Municipal Américo Renê Giannetti
18
Parque Ecológico da Pampulha
30
Parque Estadual da Baleia
102
Total
637
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
O Parque Municipal Américo Renê Giannetti, unidade de conservação mais antiga da
Capital, encontra-se aberto ao público desde 1897; o Parque Municipal das Mangabeiras,
desde 1982; e o Parque Ecológico da Pampulha, a mais recente unidade de conservação,
desde 2004. O Parque Estadual da Baleia ainda não está aberto à visitação6.
O acesso rodoviário aos atrativos naturais foi considerado ―bom‖ por seus gestores para três
parques municipais devido às condições das ruas e outras vias de acesso, existência de
transporte público (linhas de ônibus que atendem aos atrativos) e tempo de deslocamento e
―regular‖ para o Parque Estadual da Baleia, devido a inexistência de linhas de ônibus que
atendem o atrativo. O único atrativo que oferece acesso pelo metrô é o Parque Municipal
6
−
Informações acerca dos parques municipais podem ser encontradas no site da Prefeitura de Belo Horizonte
(www.pbh.gov.br) e informações sobre o Parque Estadual da Baleia podem ser acessadas pelo site
www.parquesdeminas.gov.br.
−
43
Américo Renê Giannetti e por sua localização central conta com diversas linhas de ônibus
do transporte público coletivo.
Quanto ao acesso ao atrativo por trilhas, apenas o Parque Municipal das Mangabeiras e o
Conjunto Paisagístico da Serra do Curral oferecem esta possibilidade, segundo o gestor
entrevistado, o qual o considera ―bom‖, embora não seja conhecido do grande público e não
possa ser devidamente avaliado no âmbito deste estudo.
Quanto à sinalização geral, três itens foram considerados: sinalização urbana, sinalização
turística e sinalização interpretativa. A sinalização urbana foi analisada quanto à adequação
e ao estado de conservação; a turística quanto à adequação ao padrão internacional (fundo
marrom com pictogramas); e a interpretativa quanto às informações, explicações e
descrições oferecidas sobre o atrativo. Os itens foram avaliados quanto a: existência de
sinalização e adaptação da mesma a deficientes físicos (quadro 2.7).
Quadro 2.7. Avaliação da sinalização nos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010
Nome do atrativo
Sinalização
Urbana
Turística
Interpretativa
Parque Municipal das Mangabeiras
Bem sinalizado
Bem sinalizado
Mal sinalizado
Parque Municipal Américo Renê
Giannetti
Mal sinalizado
Mal sinalizado
Mal sinalizado
Parque Ecológico da Pampulha
Bem sinalizado
Bem sinalizado
Bem sinalizado
Parque Estadual da Baleia
Não sinalizado
Não sinalizado
Não sinalizado
Conjunto Paisagístico da Serra do
Curral
Bem sinalizado
Mal sinalizado
Mal sinalizado
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O Parque Estadual da Baleia, por ser uma unidade de conservação fechada ao público, não
dispõe de sinalização turística e interpretativa. Caso venha a integrar a oferta efetiva de
atrativos de Belo Horizonte, deverá ser implantada. No Parque Municipal, a sinalização geral
foi avaliada como ―mal sinalizada‖ nos três níveis de análise, sendo esta uma importante
recomendação para a adequação turística do atrativo. O projeto da Prefeitura de implantar
um complexo turístico na serra do Curral deve sanar o problema de má sinalização turística
e interpretativa do atrativo. Quanto à adequação da sinalização a deficientes físicos,
nenhum atrativo possui sinalização urbana adaptada. Quanto à sinalização turística e
interpretativa, apenas o Parque Ecológico da Pampulha possui adequação para deficientes.
Quanto à acessibilidade ao atrativo, à exceção do Parque Estadual da Baleia, todos os
atrativos têm período de visitação permanente, estando abertos ao público durante todo o
ano. Apenas o Parque das Mangabeiras e Conjunto Paisagístico da Serra do Curral
possuem restrições à entrada de animais. Os meios de transporte mais utilizados para
acesso aos atrativos são: ônibus e automóveis. Para o Parque das Mangabeiras e Conjunto
Turístico da Serra do Curral, o transporte coletivo foi considerado ―insuficiente‖.
Quando à necessidade de adaptação para receber pessoas com necessidades especiais,
para três gestores o atrativo está ―parcialmente adequado‖. Apenas o Parque Ecológico da
Pampulha encontra-se plenamente adequado à visitação dessas pessoas. A mobilidade na
área externa e a adequação de restaurantes e lanchonetes foram os aspectos citados como
menos adaptados. Todos os atrativos possuem adequação dos sanitários, à exceção do
Parque das Mangabeiras.
Para os gestores, os atrativos estão em bom estado de conservação geral e não se
encontram descaracterizados, à exceção do Conjunto Paisagístico da Serra do Curral, cuja
avaliação foi considerada ―ruim‖, tendo sido classificado como ―descaracterizado‖.
−
−
44
O planejamento estratégico tem sido priorizado na gestão pública municipal. Isso inclui a
gestão dos atrativos naturais. Os parques municipais possuem planejamento estratégico em
fase de elaboração (Parque das Mangabeiras e Conjunto Paisagístico da Serra do Curral)
ou em execução (Parque Municipal e Parque Ecológico da Pampulha), porém o único que
possui plano de visitas é o Parque das Mangabeiras.
Quanto à capacidade de carga máxima, apenas o Parque Municipal e o Parque das
Mangabeiras possuem esse tipo de estimação: 5 mil pessoas para o primeiro e 8 mil para o
segundo, na Praça das Águas.
O quadro 2.8 discrimina os instrumentos de planejamento para os atrativos naturais.
Quadro 2.8. Instrumentos de planejamento dos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010
Instrumentos de planejamento
Atrativo
Planejamento
Estratégico
Plano de
Visitas
Capacidade de Carga
Parque Municipal das
Mangabeiras
Em fase de elaboração
Sim
8.000 pessoas
(na Praça. das Águas)
Parque Municipal Américo
Renê Giannetti
Em execução
Não
5.000 pessoas
Parque Ecológico da
Pampulha
Em execução
Não
Não se aplica
Parque Estadual da Baleia
Não possui
Não
Sem informação
Conjunto Paisagístico da
Serra do Curral
Em fase de elaboração
Não
Sem informação
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Dos cinco atrativos, apenas o Parque das Mangabeiras e o Conjunto Paisagístico da Serra
do Curral possuem plano concreto de investimento para os próximos cinco anos. Entretanto,
investimentos nas áreas de reforma e construção, treinamento, materiais e equipamentos,
projetos de gestão ambiental e turismo estão previstos nos parques municipais das
Mangabeiras, Municipal Américo Renê Giannetti e Conjunto Paisagístico da Serra do Curral.
No Parque Ecológico da Pampulha, não está previsto nenhum tipo de intervenção.
O investimento global previsto para o Parque das Mangabeiras e o Conjunto Paisagístico da
Serra do Curral nos próximos cinco anos foi estimado pelo gestor em R$30 milhões: R$12
milhões para reforma e construção; R$1,5 milhão para treinamento; R$8 milhões para
materiais e equipamentos; R$4,5 milhões para projetos de gestão ambiental; e R$4 milhões
para o setor de turismo.
O Parque Municipal Américo Renê Giannetti é alvo de investimentos do Prodetur para a
implantação do Espaço Cultural Multiuso em seu interior. Estão previstos investimentos de
R$11,5 milhões: reforma e construção, R$7 milhões, treinamento, R$2 milhões, projetos de
gestão ambiental, R$1,5 milhão e projeto de irrigação, R$1 milhão.
Os investimentos em atrativos naturais terão como fontes de recursos a iniciativa privada, a
Prefeitura Municipal, o Governo do Estado e o Governo Federal. O Parque das Mangabeiras
é o único atrativo que possui metas de expansão e espera ampliar sua área para 347
hectares após a anexação do Parque Estadual da Baleia.
O tempo estimado de visitação aos atrativos variou entre uma hora e dez horas (quadro
2.9).
−
−
45
Quadro 2.9. Tempo estimado de visitação nos atrativos naturais pesquisados –
Belo Horizonte –2010
Atrativo
Tempo estimado
Parque Municipal das Mangabeiras
10 horas
Parque Municipal Américo Renê Giannetti
1 a 2 horas
Parque Ecológico da Pampulha
2 horas
Parque Estadual da Baleia
Não se aplica
Conjunto Paisagístico da Serra do Curral
6 horas
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto à origem dos visitantes, o gestor do Conjunto Paisagístico da Serra do Curral estima
que 25% dos visitantes são estrangeiros e 40% são brasileiros. O Parque Ecológico da
Pampulha apresenta um público diferenciado, sendo 10% de origem internacional, 20% de
origem nacional, 15% de origem regional e 55% de origem local. O público do Parque das
Mangabeiras é predominantemente local (70%), assim como do Parque Municipal Américo
Renê Giannetti (85%) (gráf. 2.10).
O ingresso em todos os atrativos naturais em funcionamento no município é gratuito
O Parque Municipal das Mangabeiras e o Parque Municipal Américo Renê Giannetti
oferecem visitas guiadas, apenas em português. Todos os atrativos, exceto o Parque
Municipal Américo Renné Gianetti, disponibilizam instruções de visita impressas, em
português. Os momentos de maior visitação em todos os atrativos naturais foram os feriados
e as férias escolares.
O Parque das Mangabeiras oferece instruções de visitas também em inglês. Os parques
municipais, em geral, oferecem atividades culturais e de educação ambiental ao longo do
ano (quadro 2.10).
Gráfico 2.10. Origem dos visitantes nos atrativos naturais – Belo
Horizonte – 2010
90
80
70
60
50
%
40
30
20
10
0
Parque Municipal
Américo Renê
Giannetti
Parque Municipal das Conjunto Paisagístico Parque Ecológico da
Mangabeiras
da Serra do Curral
Pampulha
Internacional
Nacional
Regional
Local
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
46
Quadro 2.10. Principais atividades oferecidas e eventos ocorrentes nos atrativos naturais – Belo
Horizonte – 2010
Atrativo
Principais atividades e eventos
Parque Municipal das Mangabeiras
Seresta, Jornada nas Estrelas, Semana da Criança e
Projeto de Férias
Parque Municipal Américo Renê
Giannetti
Tai-chi-chuan, capoeira, teatro, circo, música, FIT,
Concerto no Parque, Conexão Vivo, Semana da Ciência e
Tecnologia, Amostra Plural da Secretaria de Educação.
Parque Ecológico da Pampulha
Projeto Bicicleta para Todos, educação ambiental,
Aniversário do parque, Semana da Criança, Férias
Escolares
Parque Estadual da Baleia
Não se aplica
Conjunto Paisagístico da Serra do
Curral
Seresta ao Pé da Serra, Fantástico Mundo das Crianças
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os equipamentos e serviços existentes nos atrativos foram classificados como ―bom‖,
―regular‖, ―ruim‖ e ―não oferece‖.
No Parque Municipal das Mangabeiras foram classificados como ―regulares‖ as portarias, a
iluminação, os sanitários, a quadra de esportes, o estacionamento, a cantina/restaurante e o
salão de exposição. Essa classificação foi atribuída pelo estado de conservação tendo em
vista o tempo de uso das instalações físicas e aquisição dos equipamentos. Os vestiários
foram considerados ―ruins‖ pelo desgaste existente e pela necessidade de reformas.
A avaliação do Parque Municipal Américo Renê Giannetti apontou como ―bom‖ os itens
portarias, iluminação, sanitários, quadra de esportes e salão de exposição devido ao estado
de conservação, atividades de manutenção, reformas e benfeitorias realizadas
recentemente. Já a cantina/restaurante foi avaliada como ―regular‖, pela baixa capacidade
operacional no atendimento aos visitantes.
No Parque Ecológico da Pampulha foram avaliados portarias, iluminação, sanitários,
vestiários, estacionamento, cantina/restaurante, salão de exposição e as bicicletas
oferecidas no projeto Bicicleta para Todos e classificados como ―bons‖, tendo em vista que
os equipamentos e instalações físicas encontram-se em bom estado de conservação e com
serviços de manutenção freqüentes e não há necessidade de reformas ou intervenções.
Tais considerações justificam-se pela recém criação do Parque e aquisição de seus
equipamentos.
O conjunto paisagístico da Serra do Curral está em fase de estruturação e não possui
diversas facilidades, por isso não foram avaliadas.
Em relação à segurança dos atrativos, todos os parques oferecem vigilância física, por meio
de guardas, e três (Parque Municipal das Mangabeiras, Parque Municipal Américo Renê
Giannetti e Conjunto Paisagístico da Serra do Curral) oferecem vigilância eletrônica
monitorada. Todas as unidades de conservação possuem equipamentos contra incêndios e
quatro possuem ronda policial ou estão localizadas próximo a um Batalhão de Polícia, à
exceção do Parque Estadual da Baleia.
Os atrativos que realizam pesquisas com os visitantes são: Parque Municipal das
Mangabeiras, Parque Ecológico da Pampulha e Parque Municipal Américo Renê Giannetti.
Os dois primeiros avaliam apenas a satisfação do visitante e o último, apenas o perfil do
visitante.
Quanto aos Sistemas de Gestão de Qualidade, dois gestores informaram que adotam o
sistema de gestão de qualidade de resultados e o sistema de gestão de qualidade de
−
−
47
treinamento de funcionários. Todavia, não especificaram nada sobre a origem ou a
metodologia desses sistemas, o que indica uma possível falta de entendimento sobre o que
seja um sistema de gestão de qualidade.
Quanto à existência de sistema de gestão ambiental, o Parque Municipal das Mangabeiras
foi a única unidade de conservação declarou possuir sistema em execução, além de plano
de manejo e programa de educação ambiental. O Parques Municipal Américo Renê
Giannetti e o Parque Ecológico da Pampulha possuem sistemas de gestão ambiental em
implantação. Os gestores foram questionados quanto à implantação de práticas ligadas à
gestão ambiental das unidades de conservação. O Parque Municipal das Mangabeiras e o
Parque Municipal Américo Renê Giannetti são as unidades de conservação que adotam
práticas de gestão ambiental mais consolidadas no município. As práticas mais comuns nos
parques são: tratamento de efluentes e redução do consumo de energia e água (quadro
2.11).
Quadro 2.11. Práticas ligadas à gestão ambiental nos atrativos naturais – Belo Horizonte – 2010
Atrativos
Parque Municipal
das Mangabeiras
Parque
Municipal
Américo
Renê
Giannetti
Parque
Ecológico da
Pampulha
Parque
Estadual
da Baleia
Conjunto
Paisagístic
o da Serra
do Curral
Separação seletiva
de lixo
Em implantação
Não
Em
implantação
Não
Não
Fontes alternativas
de energia
Não
Não
Em
implantação
Não
Não
Reaproveitamento
de recursos
Em implantação
Não
Em
implantação
Não
Não
Sim
Sim
Em
implantação
Não
Sim
Em implantação
Sim
Em
implantação
Não
Não
Programa de
Pesquisa
Científica em
parceria com
Universidades
Sim
Em
implantação
Não
Não
Ações
Tratamento de
efluentes
Redução de
consumo
Outros
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto à promoção e comercialização dos atrativos naturais, Belo Horizonte e Região
Metropolitana são os principais mercados para três dos quatro atrativos em funcionamento,
sendo Minas Gerais o principal mercado apenas para o Parque Ecológico da Pampulha.
Os principais meios de promoção utilizados pelos atrativos podem ser visualizados no
gráfico 2.11.
Quanto à promoção e comercialização dos atrativos naturais, Belo Horizonte e Região
Metropolitana são os principais mercados para três dos quatro atrativos em funcionamento,
sendo Minas Gerais o principal mercado apenas para o Parque Ecológico da Pampulha.
Os principais meios de promoção utilizados pelos atrativos podem ser visualizados no
gráfico 2.11.
−
−
48
Gráfico 2.11. Meios de Promoção utilizados pelos atrativos naturais –
Belo Horizonte – 2010
Fonte:
Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Nenhum atrativo natural utiliza promotores de vendas para divulgar seus produtos ou
serviços. Apenas o Parque Municipal Américo Renê Giannetti participa de feiras. As formas
de promoção mais utilizadas pelos atrativos naturais foram: folhetos, rádio, jornal e internet,
por três dos quatro atrativos em que há algum meio de promoção. Para o Parque Estadual
da Baleia, que ainda não está em funcionamento, não houve informação relativa a este item.
Nenhum atrativo oferece materiais promocionais em dois ou mais idiomas.
Para a finalidade de comercialização, não há integração dos atrativos com agências de
viagens. A internet foi apontada como o principal canal de comercialização por dois dos
quatro atrativos, contribuindo com 70%: Parque Municipal das Mangabeiras e Conjunto
Paisagístico da Serra do Curral. Os demais atrativos são comercializados 100% por
intermédio de clientes diretos.
A integração entre o Parque Municipal Américo Renê Giannetti e o Parque Ecológico da
Pampulha com demais atores da atividade turística em Belo Horizonte é incipiente. O
Parque Municipal das Mangabeiras e o Conjunto Paisagístico da Serra do Curral realizam
parcerias formais, com postos de informação, meios de hospedagem, bares e restaurantes,
com outros atrativos/equipamentos do destino. As duas unidades de conservação, no item
Outros, citaram parceria com o Serviço Social do Comércio (SESC), a Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerias (PUC-Minas), a Empresa Municipal de turismo
(Belotur) e a Secretaria Municipal de Educação – Departamento de esportes (SMED
Esportes).
O gráfico 2.12 apresenta as parcerias formais das duas unidades de conservação com as
diferentes atividades do ambiente turístico.
−
−
49
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Gráfico 2.12. Parcerias formais entre atrativos naturais e outros
atrativos e equipamentos – Belo Horizonte – 2010
Parque Municipal das Mangabeiras
Conjunto Paisagístico da Serra do Curral
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apenas dois dos cinco atrativos integram roteiros turísticos comerciais, oferecidos por
agências de turismo e de eventos de Belo Horizonte. Os gestores, entretanto, não souberam
nomear as agências que comercializam os roteiros.
Considerações sobre os atrativos naturais
Os atrativos naturais identificados em Belo Horizonte são, principalmente, unidades de
conservação, uma vez que a área do município é predominantemente urbanizada. A
existência de unidades de conservação com área limitada e gestão centralizada pode
facilitar a gestão desses locais. No entanto, a gestão e o planejamento desses espaços
devem ser aperfeiçoados, com a elaboração e execução de planos estratégicos e planos de
manejo. As práticas de gestão ambiental também precisam ser incentivadas, na medida em
que os atrativos naturais podem servir de exemplos de sustentabilidade ambiental para
outros atrativos e equipamentos do destino.
Assim como ocorre com outros atrativos turísticos de Belo Horizonte, os atrativos naturais
têm o público principal concentrado no mercado local e no regional, O Conjunto Paisagístico
da Serra do Curral, de forma associada ao Parque das Mangabeiras, foi avaliado como
atrativo de hierarquia III pelo estudo. Em função do projeto previsto pela Prefeitura, tem
potencial para atrair um público mais diversificado e um percentual significativo de público
nacional e internacional.
Os eventos e as atividades regulares são bastante comuns nos atrativos naturais, o que
aumenta a efetividade de uso do espaço e permite ampliar sua atratividade, podendo refletir
em aumento de satisfação do público. Contudo, para se atingir este fim, é necessário
selecionar e promover os eventos de forma compatível com a natureza do ambiente e sua
motivação primária.
Para que os atrativos possam ser reconhecidos como turísticos e, de fato, diversificar a
oferta turística de Belo Horizonte, também precisam se integrar melhor à oferta das
agências de viagem receptivas, adequando seus serviços às exigências dos turistas e dos
operadores.
−
−
50
2.1.2.3.
Realizações técnicas e científicas
As realizações técnicas e científicas compreendem, dentre outros: parques tecnológicos,
parques industriais, museus tecnológicos, centros de pesquisas, usinas, planetários,
aquários, viveiros, exposições técnicas e artísticas, ateliês, zoológicos e jardins botânicos.
Nesta categoria, foram selecionados para pesquisa, no âmbito deste PDITS apenas os
atrativos mais representativos e de maior relevância turística, em sua categoria, existentes
no município de Belo Horizonte e indicados no quadro 2.12 de acordo com sua tipologia e
hierarquia atribuída.
Quadro 2.12. Realizações Técnicas e Científicas por tipo, hierarquia – Belo
Horizonte – 2010
Tipo
Atrativos
Hierarquia
Zoológico
Zoológico Municipal
III
Planetário
Espaço Tim/ UFMG
III
Aquário
No mundo das águas
II
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os atrativos da categoria ―Realizações Técnicas e Científicas‖ se dividem em três tipos:
Zoológico, Planetário, e Aquário. A classificação hierárquica, na qual a importância relativa
está em ordem crescente, indicou que os atrativos Zoológico e Planetário estão na categoria
III. Ou seja, têm importância em nível nacional e são capazes de motivar um fluxo, atual ou
potencial, internacional ou nacional, por si só ou em conjunto com outros atrativos. O
Zoológico se insere nesta categoria, porque pode ser considerado atrativo contíguo a outros
que formam o complexo da Pampulha, que, como conjunto, apresenta maior potencial de
atração, a ser plenamente alcançado, desde que receba os recursos e ações necessárias
para esse fim. De forma similar, o Planetário foi classificado como de hierarquia III, em
função de ser contíguo a outros atrativos que formam o complexo cultural e turístico
implantado na Praça da Liberdade e que tem potencialmente grande capacidade de atração
turística. Já o Aquário foi avaliado como sendo de hierarquia II, o que indica que é capaz de
estimular fluxos regionais ou locais, atuais ou potenciais e de interessar a visitantes
nacionais e internacionais que cheguem ao destino por outras motivações turísticas.
O Zoológico é de propriedade pública, o Planetário tem gestão compartilhada público e
privada e o Aquário é de propriedade privada.
Todos os atrativos analisados têm sítio na internet e apenas o Zoológico conta com
endereço de e-mail, já que a administração do Planetário e do Aquário não soube responder
sobre a existência de endereços de e-mail.
O Zoológico desenvolve suas atividades na capital mineira desde 1959 O Aquário e o
Planetário são mais recentes, tendo iniciado em 2004 e 2010.
O Zoológico possui condição de tombamento ou status de proteção específica municipal,
definido em lei desde 1997. Aquário e Planetário não possuem nenhuma diretiva legal de
proteção, ainda que o primeiro esteja inserido em área tombada Conjunto Arquitetônico da
Praça da Liberdade.
O estado de conservação dos atrativos foi considerado ―bom‖. Alguns elementos relativos a
infraestrutura, serviços e facilidades disponíveis foram analisados mais detidamente.
Em relação à infraestrutura, itens como ―estado geral da portaria‖, ―estado geral da
iluminação‖, ―estado geral de segurança‖ e ―estado geral dos sanitários‖ foram considerados
―bons‖ em 100% dos atrativos da categoria. Outros elementos analisados, ainda de infraestrutura, demonstraram comportamento heterogêneo. No item ―estado geral do
−
−
51
estacionamento‖ o Zoológico foi classificado como ―bom‖ pela capacidade de carga,
facilidade de localização e proximidade, já o Aquário foi considerado ―regular‖ devido a
quantidade de vagas disponíveis. O Planetário não oferece estacionamento.
Quanto aos serviços de alimentação, dois itens foram investigados: ―estado geral de cantina
ou lanchonete‖ e ―estado geral do restaurante‖. Sobre o primeiro item, Zoológico e
Planetário tiveram conceito ―bom‖ devido a capacidade de atendimento aos visitantes e
horários de funcionamento e o Aquário foi considerado ―regular‖, tendo em vista que a
lanchonete atende em horários específicos. Sobre o segundo, apenas o Zoológico foi
avaliado, tendo recebido o conceito ―bom‖, devido a existência de um restaurante com
capacidade de atendimento aos visitantes e disponibilidade de horários compatíveis com o
funcionamento do Zoológico. Em todos, é vedada a venda de alimentos por ambulantes.
Todos atrativos possuem salas multiuso ou de exposição, consideradas ―boas‖ no Aquário e
Planetário devido a sua capacidade de atender aos visitantes tanto em espaço físico quanto
na disponibilização de equipamentos (datashow, televisão, projetor e DVD), e ―regular‖ no
Zoológico devido às condições físicas das instalações. Lojas de suvenir existem apenas no
Aquário e no Zoológico, sendo consideradas ―boas‖, ou seja, com produtos diversificados e
atendimento em horários de funcionamento compatíveis com os das visitas.
Outras facilidades também podem ser encontradas nos atrativos, como é o caso de espaços
de lazer e de educação ambiental no Zoológico, e programa de observação nas noites de
quinta-feira no Planetário.
A questão da acessibilidade a pessoas com necessidades especiais também foi alvo de
pesquisa. Zoológico e Aquário atendem a esse quesito e Planetário possui acessibilidade
parcial apenas. A mobilidade geral nos espaços internos e externos dos atrativos está
presente em todos os analisados.
A principal forma de acesso aos atrativos se dá por vias urbanas, sendo o item considerado
―bom‖ para todos os locais investigados e suficiente para atender às necessidades atuais
devido às condições das ruas e outras vias de acesso, existência de transporte público
(linhas de ônibus que atendem aos atrativos) e tempo de deslocamento. No entanto, se
considerado o aumento da demanda, serão necessários novos investimentos, à exceção do
Aquário. Outros acessos, como ferroviário, aéreo ou por trilha não se aplicam a estes
atrativos de realizações técnicas e científicas.
Quanto aos recursos de sinalização, vários itens foram avaliados. Os dois primeiros dizem
respeito a ―adequação e estado de conservação da sinalização‖ e ―sinalização turística em
padrões internacionais‖. Apenas Zoológico é bem sinalizado, ao passo que Planetário e
Aquário não possuem sinalização. Quanto a sinalização interpretativa, Zoológico e
Planetário são bem sinalizados, aquário não. Em nenhum atrativo há ou não se aplica a
sinalização adaptada para deficientes físicos.
Junho é o mês de maior movimento no Zoológico, e dezembro, o de menor. No Aquário,
julho é o mais movimentado, e fevereiro, o menos. O Planetário, por ter menos de um ano
de atividade, não dispõe dessas informações. Em todos os atrativos, o período de férias
escolares é indicado como o de maior movimento.
Quanto ao sistema de cobrança, todos os atrativos cobram ingressos, que variam de R$2,00
a R$12,00, ocorrendo diversas modalidades de descontos e isenções (quadro 2.13). O
cartão de crédito, com suas múltiplas bandeiras, é a forma de pagamento aceita somente no
Aquário Mundo das Águas.
Para todos os atrativos, a investigação de campo indicou a predominância de visitantes
locais ou regionais, ainda que público de origem nacional e internacional tenha sido
−
−
52
registrado. No Zoológico, 90% do público visitante é de origem local, no Planetário, 60%. No
Aquário, não foram obtidas respostas sobre esta questão.
Os três atrativos realizam planejamento estratégico. O sistema de gestão de qualidade é
utilizado no Zoológico e no Planetário, sendo que o primeiro utiliza o sistema de gestão
interna, e o segundo não soube informar. Projetos de gestão ambiental inexistem em todos
atrativos, ainda que programas específicos de educação ambiental sejam realizados no
Zoológico.
Quadro 2.13. Sistema tarifário dos atrativos de realizações técnicas e científicas – Belo
Horizonte – 2010
Atrativo
Zoológico de Belo
Horizonte
Espaço TIM/UFMG
– Planetário
No Mundo das
Águas
Ingresso normal
(R$)
Ingresso
infantil
Ingresso
para
maiores de
60 anos
Ingresso
para
Grupos
Ingresso para
eventos
corporativos
2,00 (dias úteis e
sábados);
4,00 (domingos e
feriados)
Sim
Sim
Sim
Não
6,00
Não
Não
Não
Sim
12,00
Sim
Não
Sim
Não
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
A capacidade de carga, ou o número máximo de visitante simultâneos, nos atrativos
também foi avaliada. O Zoológico não possui capacidade máxima de carga definida, o
Planetário tem capacidade para 180 pessoas, e o Aquário, para 60 pessoas.
As informações sobre o total de visitantes por ano para a seqüência histórica informada
permitem apenas uma análise superficial, já que a maioria dos gestores dos atrativos não
soube informar ou declarou que não se aplica (caso do Planetário). O zoológico recebeu 24
mil visitantes em 2007, igual número em 2008 e 2009.
Os recursos aplicados nos atrativos provêm de fontes bastante heterogêneas. No Zoológico,
a principal fonte de recurso é o orçamento próprio; no Planetário, é a parceria entre a
UFMG, a TIM, e o governo de Minas Gerais; e no Aquário, de sua bilheteria.
O Zoológico realizou até junho de 2010 um investimento de R$1.477.000,00, mas os
gestores não souberam informar quanto foi investido entre 2007 e 2009. No Planetário,
houve investimentos desde 2007, ano em que foram investidos R$7 milhões, contra R$6
milhões em 2008 e R$1 milhão em 2009, Em 2010, no primeiro semestre, investiu-se R$1,5
milhão. No Aquário, houve uma constante de R$50 mil nos investimentos.
Zoológico e Planetário têm planos concretos de investimentos para os próximos cinco anos.
R$12 milhões no primeiro e R$9 milhões no segundo.
Considerações sobre as realizações técnicas e científicas
Embora tenham sido identificadas e analisadas apenas três realizações técnicas que se
enquadram nesta pesquisa, duas - zoológico e planetário - estão no nível de hierarquia III e
têm grande potencial turístico. Por isso, merecem atenção especial neste plano.
A investigação indicou a necessidade da realização de investimentos em infraestrutura em
todos os atrativos. Quanto a estacionamento, apenas o Zoológico obteve classificação
―bom‖, contra ―regular‖ de aquário. Planetário não oferece estacionamento. A inexistência de
estacionamento em Planetário é uma limitação que deve ser considerada. Este atrativo está
inserido em um local chave do turismo da Capital, a Praça da Liberdade, próxima ao centro
−
−
53
da cidade. O aumento da demanda por vagas e o grande número de veículos em visita ao
atrativo podem agravar a fluidez do trânsito da região, já bastante comprometida.
Recomenda-se que este aspecto seja avaliado no contexto geral do circuito no qual o
atrativo se insere, e não de maneira isolada.
A questão de acessibilidade aos deficientes físicos foi avaliada como ―boa‖ por Zoológico e
Aquário. É evidente que alguns atrativos, por questões intrínsecas a sua natureza, oferecem
limitações à inclusão de deficientes. No entanto, para um atrativo categorizado como de
hierarquia III e, portanto, dotado, supostamente, de características de forte atração, a
questão de acesso aos deficientes deve ser bem estudada. Quando possível, soluções
alternativas devem ser oferecidas.
A sinalização turística dos atrativos existe apenas no Zoológico. É um problema a ser
abordado. Independente de análises estatísticas, a observação direta nas ruas da cidade já
indica a gravidade dessa situação.
2.1.2.4. Eventos permanentes
Os eventos permanentes da cidade de Belo Horizonte selecionados para esta pesquisa
pertencem, de acordo com a classificação da oferta turística do INVTUR, do Ministério do
Turismo, aos tipos ―Realizações Diversas‖ e ―Feiras e Exposições‖ da categoria Eventos
Permanentes. Foram contemplados os subtipos Feira Cultural, Feira de Gastronomia,
Outras Feiras, Realizações Artísticas e Culturais e Desportivas. Inicialmente, foram
intencionalmente selecionados 15 eventos de maior relevância atual e potencial para a
atividade turística. Desse total, 13 gestores se dispuseram a participar da pesquisa,
constituindo a amostra efetivamente trabalhada (quadro 2.14).
Quadro 2.14. Eventos permanentes, por tipo, subtipo e hieraquia – Belo Horizonte – 2010
Tipo
Feiras e
Exposições
Subtipo
Hierarquia
Nome do evento
Feira de Arte, Artesanato e Produtos de Variedades da
Avenida Afonso Pena
Feira Cultural
III
Feira de
Gastronomia
III
Outras Feiras
II
Festival Gastronômico Brasil Sabor
III
Festival Internacional de Teatro de Bonecos
III
Campanha de Popularização do Teatro e da Dança
III
FID - Fórum Internacional de Dança
III
FIT - Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua
III
FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos
III
Axé Brasil
II
Casa Cor Minas
II
FAN - Festival de Arte Negra
III
Meia Maratona da Linha Verde
III
Volta Internacional da Pampulha
Artísticas e
Realizações Culturais
Diversas
Desportivas
Expocachaça Feira e Festival Internacional da Cachaça
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A hierarquia destes eventos está no nível III para 10 (76,9%), sendo que apenas 3 (23,1%)
se inserem no nível da hierarquia II. Isso tem um significado importante para este segmento
em especial, pois representa um conjunto expressivo de atrativos, distribuídos em diferentes
épocas do ano.
A maior parte dos eventos permanentes de Belo Horizonte é recente, sendo 1 (7,7%) de
1983, 6 (46,2%) da década de 1990 e 3 (23,1%) da década de 2000. Em 2 (15,4%), não foi
−
−
54
possível obter a informação. O mais antigo dos eventos pesquisados, a Feira de Arte,
Artesanato e Produtos de Variedades da Avenida Afonso Pena, foi criado em 1969.
Sobre a natureza da propriedade dos organizadores do evento, 6 (46,2%) gestores disseram
ser de caráter privado, 4 (30,8%) do Poder Público municipal e 2 (15,4%) de sindicatos e
associações.
Sobre os espaços onde são realizados os eventos, 8 (61,5%) são públicos e 2 (15,4%) são
privados. Os outros 3 (23,1%) ocorrem em diferentes lugares de Belo Horizonte, que podem
ser públicos ou privados, citando-se: Festival internacional de Teatro, Palco e Rua,
Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e Fórum Internacional de Dança (quadro
2.15).
Quadro 2.15. Organizadores, natureza da propriedade e data de criação dos eventos – Belo Horizonte
– 2010
Subtipo
Nome do evento
Organizador
Feira cultural
Feira de Arte, Artesanato
da Avenida Afonso Pena
PBH – Regional
Centro Sul
Feira de
gastronomia
Festival Gastronômico
Brasil Sabor
Abrasel – Associação
Brasileira de Bares e
Restaurantes
Outras feiras
Expocachaça – Feira e
Festival Internacional da
Cachaça
Artísticas e
culturais
Desportivas
Propriedade
Local do
Organizador
evento
Data de
criação
Pública
Municipal
Avenida
Afonso Pena
1969
Associações
Restaurantes
diversos
2006
Cachaça do Brasil
Particular
Serraria Souza
Pinto
1998
FAN – Festival de Arte
Negra
Fundação Municipal de
Cultura
Pública
municipal
Vários
1995
Festival Internacional de
Teatro de Bonecos
Catibrum Teatro de
Bonecos
Particular
Vários
2000
Campanha de
Popularização do Teatro e
da Dança
Sinparc
Sindicatos
Vários
1983
FID – Fórum Internacional
de Dança
Joaquina cultura
Na
Vários
Nr
Axé Brasil
DM Promoções
Eventos Ltda.
Particular
Mineirão
1998
Casa Cor Minas
Casa Cor Minas
Gerais
Particular
Locais
diversos
(residências)
2005
Festival Internacional de
Teatro, Palco e Rua de
Belo Horizonte
Fundação Municipal de
Cultura
Pública
municipal
Vários
1993
FIQ – Festival Internacional Fundação Municipal de
de Quadrinhos
Cultura
Pública
municipal
Serraria Souza
Pinto
1999
Meia Maratona da Linha
Verde
By Japão Promoções e
Eventos
Particular
MG10
2009
Volta Internacional da
Pampulha
Jescom Serviços/Rede
Globo
Particular
Avenida
Otacílio
Negrão de
Lima
1999
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Todos os gestores (100%) afirmaram que o evento possui site para informação e contato.
Dos organizadores de eventos, 9 (69,2%) afirmaram que o acesso atende plenamente às
necessidades atuais e 3 (23,1%) que não atende (Volta Internacional da Pampulha, Axé
Brasil, Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena). Desses últimos, dois (15,4%)
(Volta Internacional da Pampulha, Axé Brasil) citaram como principais deficiências os meios
−
−
55
de transporte deficientes e a necessidade de maior eficiência na organização do fluxo de
trânsito.
Para 8 (61,5%) organizadores, o acesso ao atrativo permite expansão no volume de
visitantes sem investimento extra, um (7,7%) não respondeu (Casa Cor Minas) e apenas 4
(30,8%) (Volta Internacional da Pampulha, Axé Brasil, Feira de Arte, Artesanato da Avenida
Afonso Pena e Meia Maratona da Linha Verde) disseram que não permite expansão, citando
como principais deficiências: estacionamento complicado e necessidade de execução de
obras viárias para facilitar o escoamento de veículos; limitação da capacidade de espaço
físico; e necessidade de uma linha de metrô eficiente e melhoria de acesso.
Em 6 (46,2%) eventos, o meio de transporte mais utilizado para o acesso é o ônibus, sendo
eles FAN – Festival de Arte Negra, Festival Internacional de Teatro de Bonecos, FID –
Fórum Internacional de Dança, Axé Brasil, Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de
Belo Horizonte, FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos, e em 4 (30,8%), o automóvel,
sendo eles Volta Internacional da Pampulha, Meia Maratona da Linha Verde, Campanha de
Popularização do Teatro e da Dança e Festival Gastronômico Brasil Sabor. Em 3 (23,1%),
não foi informado, sendo eles Expocachaça – Feira e Festival Internacional da Cachaça,
Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena e Casa Cor Minas .
Tabela 2.6.
Avaliação do acesso aos eventos permanentes – Belo Horizonte – 2010
Tipo de acesso
Avaliação (%)
Bom
Regular
Rodoviário
76,9
15,4
7,7
Ferroviário
38,5
7,7
7,7
Aéreo
15,4
46,2
Não Tem/
Não aplica
Precário
46,2
38,5
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Dos organizadores de eventos, 9 (69,2%) informaram que realizam planejamento
estratégico; e 3 (23,1%), que não possuem, sendo eles Festival Internacional de Teatro de
Bonecos, Festival Internacional de Quadrinhos e FAN – Festival de Arte Negra. Não
respondeu, um (7,7%) (Campanha de Popularização do Teatro e da Dança).
Em 7 (53,8%) eventos permanentes o ingresso é pago, em 3 (23,1%) é gratuito (FIQ Festival Internacional de Quadrinhos, Festival de Arte Negra e Festival Internacional de
Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte); em um (7,7%), há ingressos pagos e gratuitos (FID
– Fórum Internacional de Dança); em um (7,7%), Feira de Arte, Artesanato da Avenida
Afonso Pena, não há ingressos. Deixou de responder um (7,7%) (Festival Internacional de
Teatro de Bonecos). Nos eventos pagos, o preço varia de R$ 2,00 a R$ 200,00. Os valores
informados por 4 (30,8%) dos organizadores de eventos foram de R$2,00 a R$20,00, por 3
(23,1%), de R$ 30,00 a R$ 60,00 e por um (7,7%) de R$ 200,00.
A acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades especiais foi identificada em 9
(69,2%) eventos e em 3 (23,1%) acessibilidade parcial. Deixou de responder um (7,7%)
gestor (tab. 2.7).
−
−
56
Avaliação da qualidade geral do evento e da acessibilidade a pessoas portadoras
de necessidades especiais – Belo Horizonte - 2010
Condutor
Sanitários
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
X
x
4
9
x
NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA
x
x
x
Não
x
Sim
x
Não
x
Sim
x
Casa Cor minas
Total
Informações
x
Não
x
Sim
x
Não
Sim
x
Axé
Festival Internacional de
Teatro, Palco e Rua de Belo
Horizonte
FIQ - Festival Internacional de
Quadrinhos
Meia Maratona da Linha
Verde
Volta Internacional da
Pampulha
Locais para
alimentação
Não
x
Sim
x
Sim
x
x
Festival internacional de
teatro de bonecos
Campanha de Popularização
do Teatro e da Dança
FID - Fórum Internacional de
Dança
Equipamento
Acessibilidade
geral
Parcial
Feira de Arte, Artesanato da
av. Afonso Pena
Festival Gastronômico Brasil
sabor
Expocachaça - Feira e
Festival Internacional da
Cachaça
Boa
Excelente
Nome do evento
FAN - Festival de Arte Negra
Acessibilidade a pessoas com necessidades especiais
Qualidade do
evento
Tabela 2.7.
3
x
X
x
9
9
x
x
3
6
x
x
6
10
x
x
x
2
12
x
0
7
6
Nota:(NA) : Não se aplica
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apenas uma parte dos eventos permanente analisados oferece tarifas especiais: 3 (23,1%)
para maiores de 60 anos (Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Expocachaça
– Feira e Festival Internacional da Cachaça e FID – Fórum Internacional de Dança), 3 (23,1%) para
crianças (Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Expocachaça – Feira e Festival
Internacional da Cachaça e FID – Fórum Internacional de Dança) e 2 (15,4%) não especificadas
(Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e Expocachaça – Feira e Festival
Internacional da Cachaça).
Quanto à sinalização geral, três itens foram considerados: sinalização urbana, sinalização
turística e sinalização interpretativa. A sinalização urbana foi analisada quanto à adequação
e ao estado de conservação; a sinalização turística, quanto à adequação ao padrão
internacional (fundo marrom com pictogramas); e a sinalização interpretativa, quanto às
informações, explicações e descrições oferecidas sobre o atrativo. Os itens foram avaliados
quanto à existência de sinalização e à adaptação dela a deficientes físicos (quadro 2.16).
−
−
57
Nome do evento
Sinalização
urbana
Sinalização
turística
Sinalização
interpretativ
a
Sinalização
turística
Sinalização
interpretativ
a
Sinalização
urbana
Quadro 2.16. Avaliação dos gestores sobre a sinalização em geral e sua adaptação a
necessidades especiais – Belo Horizonte – 2010
Adequação
Adaptação a pessoas
conservação com necessidades
sinalização
especiais
Feira de Arte, Artesanato da av. Afonso Pena
Festival Gastronômico Brasil Sabor
Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça
FAN – Festival de Arte Negra
Festival Internacional de Teatro de Bonecos
Campanha de Popularização do Teatro e da Dança
FID – Fórum Internacional de Dança
Axé Brasil
Casa Cor Minas
Festival Internacional de Teatro, Palco E Rua De Belo
Horizonte
FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos
Meia Maratona da Linha Verde
Volta Internacional da Pampulha
1
1
1
1
2
NR
3
2
3
2
2
1
1
1
NR
3
3
2
2
1
2
1
2
NR
3
2
3
NAD
AD
NAD
NAD
NAD
NR
NAD
NAD
NAD
NAD
NAD
AD
AD
NAD
NR
NAD
NAD
NAD
NAD
AD
AD
AD
NAD
NR
NAD
NAD
NAD
1
1
2
AD
AD
AD
1
1
2
1
2
2
1
2
2
AD
NR
NAD
AD
NR
NAD
AD
NR
NAD
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Legenda: Adequação conservação – sinalização:
1
Bem sinalizado.
2
Mal sinalizado.
3
Sem sinalização.
Adaptação a pessoas com necessidades especiais:
AD Adaptado.
NAD Não adaptado.
Uma avaliação geral do conjunto de eventos pesquisados sobre a sinalização disponível ou
sua demanda encontra-se na tabela 2.8.
Tabela 2.8.
Tipo de
sinalização
Avaliação da sinalização nos eventos permanentes – Belo Horizonte – 2010
Avaliação
Avaliação dos gestores dos eventos permanentes (em %)
Sinalização urbana
Sinalização turística
Sinalização interpretativa
Bem sinalizado
Adequação e Mal sinalizado
estado de
conservação Não sinalizado
Não respondeu
53,8
38,5
38,5
23,1
38,5
30,8
15,4
15,4
23,1
7,7
7,7
7,7
Adaptação
Adaptado
para pessoas
Não adaptado
com
61,5
53,8
46,2
23,1
30,8
38,5
15,4
15,4
15,4
necessidades
especiais
Não respondeu
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os eventos ocorrem, em sua maioria, anualmente, em determinado período. Um único
evento (7,7%) apresenta freqüência semanal, a Feira de Arte, Artesanato e Produtos de
Variedade da Avenida Afonso Pena, todos os domingos. Os meses de maior movimento são
outubro e dezembro e os de menor são janeiro e fevereiro. A periodicidade é anual em 8
(61,5%), semanal em um (7,7%) e bienal em 3 (23,1%). Deixou de responder um (7,7%)
(quadro 2.17).
−
−
58
Quadro 2.17. Frequência e época do ano de ocorrência dos eventos permanentes– Belo Horizonte
– 2010
Tipo
Nome do evento
Época de ocorrência ou maior
movimento
Frequência
Feira cultural
Feira de Arte, Artesanato da av.
Afonso Pena
Semanal
Maior movimento de abril a maio
Feira de Gastronomia
Festival Gastronômico Brasil
Sabor
Anual
Início de Maio
Outras feiras
Expocachaça – Feira e Festival
Internacional da Cachaça
Anual
Abril a maio
FAN – Festival de Arte Negra
Bianual
Normalmente, em outubro
Festival Internacional de Teatro
de Bonecos
Anual
Normalmente, na primeira quinzena
de julho
Campanha de Popularização do
Teatro e da Dança
Anual
NR
FID – Fórum Internacional de
Dança
Anual
Setembro, outubro e novembro
Axé Brasil
Bianual
NA
Casa Cor Minas
Bianual
Entre abril e agosto
Festival Internacional de Teatro,
Palco e Rua de Belo Horizonte
Anual
Sempre em abril
FIQ – Festival Internacional de
Quadrinhos
Anual
Entre agosto e setembro
Meia Maratona da Linha Verde
Anual
Abril
Volta Internacional da Pampulha
Anual
Novembro/dezembro
Artísticas e Culturais
Desportivas
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Legenda: NA: não se aplica
NR: não respondeu
A frequência aos eventos é predominantemente de visitantes locais. Apenas um evento
desportivo anual tem frequência internacional expressiva. A frequência de visitantes
nacionais ou regionais ocorre em quatro eventos, mas a predominância da visitação é local
na maioria dos eventos (quadro 2.18).
Quadro 2.18. Origem dos visitantes aos eventos permanentes em percentual – Belo Horizonte– 2010
Tipo
Feira
cultural
Feira de
gastronomia
Outras
feiras
Artísticas e
culturais
Desportivas
Nome do evento
Origem dos visitantes (em %)
Internacional Nacional Regional Local
Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso
Pena
NS
NS
NS
NS
Festival Gastronômico Brasil sabor
NR
NR
NR
NR
5
22
15%
60
NS
NS
NS
NS
2
10
10
78
NR
NR
NR
NR
0,5
0,5
1
98
Axé Brasil
0
45
0
55
Casa Cor Minas
Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua
de Belo Horizonte
FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos
0
2
8
90
NS
NS
NS
NS
NR
NR
NR
NR
Meia Maratona da Linha Verde
NR
NR
NR
NR
Volta Internacional da Pampulha
50
60
15
20
Expocachaça – Feira e Festival Internacional
da Cachaça
FAN - Festival de Arte Negra
Festival Internacional de Teatro de Bonecos
Campanha de Popularização do Teatro e da
Dança
FID – Fórum Internacional de Dança
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
59
Em 11 (84,6%) eventos são oferecidos guias ou instruções de visita impressas: 7 (63,6%)
oferecem guias em inglês e 4 (36,4%) apenas em português (Festival Gastronômico Brasil
Sabor, Festival de Arte Negra, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança e Axé
Brasil) . Apenas um (7,7%) afirmou não oferecer guias (Feira de Arte, Artesanato da Avenida
Áfono Pena). Deixou de responder, um (7,7%) (Meia Maratona da Linha Verde).
Os tipos de pesquisa mais praticados durante os eventos permanentes de Belo Horizonte
são: pesquisa de perfil do cliente, por 6 organizadores. Não se realiza nenhuma pesquisa
em 3 eventos. Para outros 4 não se obteve informação.
A duração dos eventos é variável: 6 (46,2%), entre 2 e 12 horas (Meia Maratona da Linha
Verde, Volta Internacional da Pampulha, Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena,
FIQ – Festival Internacional de Quadrinhos, Festival Internacional de Teatro de Bonecos e
FAN – Festival de Arte Negra); 6 (46,2%) entre 7 e 30 dias. Deixou de responder, um (7,7%)
(Axé Brasil).
Quanto a restrição à visitação, 7 (53,8%) organizadores de eventos afirmaram que não
existe; e 5 (38,5%) que existe (Festival Gastronômico Brasil Sabor, Axé Brasil, Campanha
de Popularização do Teatro e da Dança, Meia Maratona da Linha Verde, Volta Internacional
da Pampulha). Deixou de responder, um (7,7%) (Casa Cor Minas). Entre as restrições
apontadas estão a entrada de animais e a entrada de crianças. Há limite quanto ao número
de visitantes em 7 (53,8%) eventos, e em 5 (38,5%) não há limites (Feira de Arte,
Artesanato da Avenida Afonso Pena, Meia Maratona da Linha Verde, Volta Internacional da
Pampulha, Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte e FAN – Festival
Arte Negra). Deixou de responder, um (7,7%) (Casa Cor Minas).
Aceitam cartões de crédito 7 (53,8%) eventos, contra 3 (23,1%) que não aceitam (Meia
Maratona da Linha Verde, Volta Internacional da Pampulha, FID – Festival Internacional da
Dança). Deixaram de responder ou a questão não se aplica 3 (23,1%) (FIQ - Festival
Internacional de Quadrinhos, Festival de Arte Negra e Festival Internacional de Teatro,
Palco e Rua de Belo Horizonte). O preço cobrado em relação àqueles praticados pelos
destinos competidores foi assim avaliado: mais alto por 3 (23,1%); mais baixo por 3 (23,1%)
e similar por 3 (23,1%). Não cobram ingresso 3 (23,1%). Deixou de responder, um (7,7%).
A Expocachaça tem 120 expositores; o Festival Gastronômico Brasil Sabor, 70, e a Feira de
Arte, Artesanato e Produtos de Variedades da Avenida Afonso Pena, 2.324. Como as outras
realizações não têm expositores, a informação não se aplica.
O valor do aluguel por metro quadrado para exposição foi informado por apenas 2 (15,4%)
gestores: R$160,00 e R$298,00. Esses valores podem servir apenas como referência, pois
não reflete a realidade do destino.
A avaliação dos espaços onde se realizam os eventos e dos serviços oferecidos foi
considerada ―boa‖ para espaço geral do evento, portaria, iluminação, segurança, sanitários e
sala de exposição ou multiusos e ―regular‖ para os estacionamentos (quadro 2.19). A
avaliação foi baseada em estado de conservação das instalações físicas utilizadas pelos
eventos, capacidade operacional das cantinas, lanchonetes e restaurantes, qualidade dos
equipamentos oferecidos, existência de segurança contratada para o evento, limpeza e
manutenção dos sanitários, horário de funcionamento e existência de lojas de souvenir.
−
−
60
Quadro 2.19. Avaliação sobre o estado geral dos espaços ocupados pelos eventos – Belo Horizonte
– 2010
Axé Brasil
Casa Cor Minas
Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo
Horizonte
FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos
Meia Maratona da Linha Verde
Volta Internacional da Pampulha
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Legenda: NR
1
Bom
2
Regular
3
Ruim
4
2
1
1
1
1
NR
2
NR
1
4
1
1
4
1
1
2
1
1
4
1
1
1
2
1
2
1
1
2
2
2
1
2
3
1
2
1
2
1
4
2
4
2
3
1
1
4
1
4
4
4
4
4
2
1
2
1
4
1
1
2
2
2
1
2
1
1
1
1
1
2
3
1
4
2
1
1
3
1
3
4
1
4
2
4
4
4
4
3
4
4
1
1
1
1
4
4
1
1
4
4
1
1
2
1
4
1
1
1
1
1
2
2
NR
4
4
NR
4
4
1
1
1
1
1
1
1
4
1
NR
4
1
Souvenir
Sala de exposição ou
multiuso
FID - Fórum Internacional de Dança
Sanitários
Campanha de Popularização do Teatro e da Dança
Segurança
Festival internacional de Teatro de Bonecos
Restaurante
FAN - Festival de Arte Negra
Cantina lanchonete
Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça
Estacionamento
Festival Gastronômico Brasil Sabor
Iluminação
Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena
Portaria
Nome do Evento
Conservação espaço
Avaliação do estado geral dos setores
Não oferece
Dispõem de planos concretos de investimentos para os próximos cinco anos 7 (53,8%)
eventos (Axé Brasil, Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Meia Maratona da
Linha Verde, Volta Internacional da Pampulha, Expocachaça - Feira e Festival Internacional
da Cachaça, Festival Gastronômico Brasil Sabor e Casa Cor Minas), contra 6 (46,2%) que
não os tem. O volume desses investimentos foi informado por apenas dois gestores (15,4%)
(Axé Brasil e Volta Internacional da Pampulha) e os valores foram R$3 milhões e R$
5milhões. As fontes principais serão as leis de incentivo a cultura, recursos próprios fruto da
bilheteria e recursos de patrocinadores públicos e privados.
Em relação à previsão de expansão, 10 (76,9%) organizadores declararam que já
estabeleceram metas de crescimento, e 3 (23,1%) que elas não existem (Feira de Arte,
Artesanato da Avenida Afonso Pena, Festival internacional de Teatro de Bonecos e FIQ Festival Internacional de Quadrinhos). Dentre os dez primeiros dois têm metas de aumentar
a área ocupada pelos eventos, dois o número de visitantes, e um tem o número de visitantes
e área ocupada. Os outros cinco não informaram suas metas.
−
−
61
A metragem da área dos eventos nos últimos três anos foi informada por apenas 3 (23,1%)
organizadores (tab. 2.9).
Tabela 2.1.9. Área em metros quadrados dos eventos permanentes – Belo Horizonte – 20072010.
Evento
Área informada (m²)
2008
2009
2007
2010
Casa Cor Minas
2.000
6.000
5.000
-
Expocachaça Feira e Festival Internacional da
Cachaça
8.000
8.000
8.000
5.000
20.500
20.500
20.500
150.000
Axé Brasil
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O número de visitantes ou participantes em cada evento nos últimos três anos foi informado
por 9 (69,2%) organizadores (gráfico 2.13).
Gráfico 2.13. Frequência total aos eventos permanentes nos anos de 2007, 2008 e 2009 –
Belo Horizonte – 2010
Volta Internacional da Pampulha
Festival Internacional de Teatro de Bonecos
Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua*
Festival Internacional de Quadrinhos – FIQ*
Festival de Arte Negra*
Axé
Feira da Av. Afonso Pena
ExpoCachaça Feira e Festival Internacional da Cachaça
Casa Cor Minas
0
50.000
100.000
150.000
2007
200.000
250.000
2008
2009
300.000
350.000
400.000
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Nota: * Festivais bienais.
O número de expositores dos eventos de Belo Horizonte nos últimos três anos foi informado
por 4 (30,8%) organizadores. A cada ano, ocorrem alterações nesses números (tab. 2.10).
Tabela 2.10 Número de expositores dos eventos permanentes entre 2007 e 2009 – Belo
Horizonte – 2010
Evento
Número de expositores
2007
2008
2009
Festival Gastronômico Brasil Sabor
100
100
90
Expocachaça Feira e Festival Internacional da Cachaça
120
120
120
2.600
2.450
2.324
12.000
15.000
9.000
Feira de Arte, Artesanato e Produtos de Variedades da
Avenida Afonso Pena
FID – Fórum Internacional de Dança
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
62
Para aprimorar a qualidade dos serviços, 9 (69,2%) organizadores informaram que novas
instalações são necessárias (Feira de Arte, Artesanato da Avenida Afonso Pena,
Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça, Festival Gastronômico Brasil
Sabor, Meia Maratona da Linha Verde, Volta Internacional da Pampulha, Campanha de
Popularização do Teatro e da Dança, Festival internacional de Teatro de Bonecos, FID Fórum Internacional de Dança, Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo
Horizonte). Eles citaram as seguintes demandas:
Centro de treinamentos específicos para a área gastronômica;
Mais teatros;
Estacionamento;
Mais profissionais técnicos;
Novos locais para a realização de eventos em Belo Horizonte;
Falta de um local de referência para o evento;
Mudança no leiaute da feira para atender às exigências legais.
Os sistemas de gestão de qualidade estão presentes em 4 (30,8%) equipamentos; em
implantação em 1 (7,7%); e ausente em 8 (61,5%). Entre os sistemas de qualidade
implantados, foram citados: vigilância sanitária, pesquisa de avaliação disponível no site,
TOTVS e planejamento estratégico da entidade. Essas respostas demonstram que alguns
gestores estão fazendo confusão entre gestão de qualidade, gestão estratégica e sistema
de gestão.
Os sistemas de gestão ambiental estão presentes em apenas quatro (30,8%) equipamentos
e ausentes em 9 (69,2%). Dentre as práticas mais comuns citam-se: coleta seletiva de lixo e
políticas de redução de consumo de água ou energia (tab. 2.11).
Tabela 2.11. Práticas ambientais realizadas pelos eventos permanentes – Belo Horizonte –
2010
Realização (em %)
Ações
Não
Sim, ou em
Implantação
Não respondeu
Coleta seletiva de lixo
23,1
61,5
15,4
Reaproveitamento de recursos
38,5
46,2
15,4
Fontes alternativas de energia
53,8
30,8
15,4
Tratamento de efluentes
53,8
15,4
30,8
Políticas de redução de consumo (água,
energia)
30,8
53,8
15,4
Outra prática para gestão ambiental
46,2
38,5
15,4
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Outras práticas citadas: projeto Papa óleo; doação de material reciclável; programa Carbono
0; conscientização, fiscalização e registro fotográfico em parceria com universidade.
A região geográfica do principal mercado emissor de turistas e participantes para os eventos
não foi informada por um (7,7%) dos organizadores. Entre os 12 (92,3%) eventos que
informaram os principais mercados emissores, Belo Horizonte e região metropolitana foi
identificado como o principal, seguindo-se Interior de Minas Gerais e Rio de Janeiro (tab.
2.12).
−
−
63
Tabela 2.12. Principal mercado emissor dos eventos permanentes – Belo Horizonte – 2010
Frequência (em %)
Principal mercado emissor
Não
respondeu
Sim
Não
Belo Horizonte e região metropolitana
53,8
38,5
7,7
100,0
Interior de Minas Gerais
30,8
61,5
7,7
100,0
São Paulo
15,4
76,9
7,7
100,0
Rio de Janeiro
30,8
61,5
7,7
100,0
Resto do Sudeste do Brasil
7,7
84,6
7,7
100,0
Distrito Federal/ Região Centro-Oeste
0
92,3
7,7
100,0
Região Sul do Brasil
0
92,3
7,7
100,0
23,1
69,2
7,7
100,0
0
92,3
7,7
100,0
15,4
76,9
7,7
100,0
Região Nordeste do Brasil
Região Norte do Brasil
Exterior
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O segmento alvo principal das ações de promoção turística dos eventos permanentes
pesquisados é, para 7 (53,8%) organizadores o turismo cultural; para 4 (30,8%), o turismo
de negócios e eventos (Casa Cor Minas, Expocachaça Feira e Festival Internacional da
Cachaça, Festival Gastronômico Brasil Sabor e Axé Brasil) ; e para 1 (7,7%), tanto o turismo
cultural quanto o turismo de estudos e intercâmbio (FIQ - Festival Internacional de
Quadrinhos). Não respondeu, um (7,7%) (FID – Festival Internacional de Dança).
Entre as ferramentas de promoção mais utilizadas para a divulgação dos eventos estão:
folhetos, jornal e internet. A participação em feiras e a utilização de promotores de vendas
são estratégias menos comuns (gráf. 2.14).
Grafico 2.14. Meios de promoção utilizados pelos eventos permanentes em
percentual – Belo Horizonte –2010
100,0
92,3
92,3
92,3
90,0
76,9
80,0
69,2
70,0
61,5
60,0
50,0
40,0
30,8
30,0
23,1
20,0
Outros
Promotores de
vendas
Internet
TV
Rádio
Jornal
Revistas
especializadas
Folhetos
0,0
Participação em
feiras
7,7
10,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os materiais são oferecidos em dois ou mais idiomas em 5 (38,4%) eventos (Expocachaça
Feira e Festival Internacional da Cachaça, Festival internacional de Teatro de Bonecos, FID
−
−
64
- Fórum Internacional de Dança, Casa Cor Minas, FIQ - Festival Internacional de
Quadrinhos), sendo o inglês em todos e o espanhol em um.
Em relação aos canais de comercialização utilizados, em apenas um evento (Expocachaça)
as agências e operadores respondem por volume significativo, que chega a 80% do total.
Em outros três eventos (Festival Gastronômico Brasil Sabor, Fórum Internacional de Dança FID e Axé) a internet responde por 60% ou mais do volume total comercializado e em um
evento (Casa Cor) 100% dos clientes chegam diretamente ao evento, sem reserva ou
ingressos comprados anteriormente. Não informaram quais as principais formas de
comercialização 8 (61,5%) organizadores de eventos.
Dos gestores, 6 (46,2%) (Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça,
Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, Casa Cor Minas, Volta Internacional da
Pampulha, Meia Maratona da Linha Verde, FID - Fórum Internacional de Dança)
reconheceram que há dificuldades para a comercialização dos eventos, apontando como as
principais:
Obtenção de patrocínio
Divulgação em jornais e TV
Cursos de divulgação
Falta de apoio do governo
Falta de patrocínio e interesse dos governos.
A integração dos eventos permanentes de Belo Horizonte com outros atrativos e
equipamentos turísticos do destino é pouco expressiva. Os meios de hospedagem e os
bares e restaurantes são os equipamentos mais integrados aos eventos (gráf. 2.15).
Grafico 2.15. Parcerias formais entre atrativos e equipamentos turísticos com os
eventos permanentes – Belo Horizonte 2010
70,0
60,0
50,0
46,2
46,2
40,0
30,0
23,1
20,0
23,1
15,4
23,1
15,4
10,0
Outros
Outros atrativos
ou equipamentos
Meios de
hospedagem
Serviços de
lazer e
entretenimento
Transportadores
turísticos
Atrativos
turísticos
Operadoras
0,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As principais vantagens dessas parcerias, segundo os organizadores são:
Descontos ou brindes oferecidos aos clientes
Realização de cursos, palestras, eventos e rodadas de negócios
Redução no custo dos ingressos
Pacotes promocionais para os participantes
Descontos em locação de automóveis e hospedagem
Patrocínios e tarifas especiais
−
−
65
Apenas 3 (23,1%) entrevistados afirmaram ter agente de divulgação turística fora de Belo
Horizonte. Citaram: Festival Panorama do Rio de Janeiro; a Yescom Serviços, de São
Paulo; Nova Mídia da Bahia. Destacam-se como benefícios dessas parcerias: otimização de
custos, fortalecimento do setor, troca de produção cultural e de público, e praticidade e
conforto dos participantes, além de outros na área de comunicação.
Do ponto de vista turístico, nenhum dos eventos pesquisados faz parte de roteiros
comercializados por agentes ou operadores. Como a maior parte dos organizadores
informou que o público principal é de Belo Horizonte e região metropolitana, pode-se afirmar
que os eventos permanentes da Capital estão direcionados à população local. Apesar de
alguns apresentarem atratividade turística nacional, ainda não estão organizados em
produtos turísticos completos, aptos a serem promovidos e comercializados em outros
mercados.
Os organizadores assim percebem o nível de segurança dos seus eventos: para 4 (30,8%)
―muito seguro‖ (Axé Brasil, Volta Internacional da Pampulha, Meia Maratona da Linha Verde
e Expocachaça - Feira e Festival Internacional da Cachaça) tendo em vista a contratação de
empresas privadas para cuidar da segurança do evento, para 7 (53,8%), ―seguro‖ que
contam com apoio das forças de segurança públicas, e para 2 (15,4%) ―pouco seguro‖
(Festival internacional de Teatro de Bonecos e FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos)
que não contam com empresas privadas nem com a presença das forças de segurança
públicas.
Quanto aos pontos fortes dos eventos realizados em Belo Horizonte, os organizadores
citaram: incentivo à cultura, relacionamento com a história, a dança e a gastronomia de
forma democratizada e acessível; e geração de empregos e circulação da renda em outros
segmentos, como o comércio e a alimentação. Quanto aos pontos fracos, citaram: pouca
atratividade turística de Belo Horizonte; indisponibilidade de espaços; e falta de incentivos
governamentais.
Considerações sobre a análise dos eventos permanentes
Os eventos permanentes de Belo Horizonte são positivos para a população local, que se
beneficia de maior acesso à cultura e de seus impactos na economia local. São
diversificados quanto a período de realização e preços. Entre janeiro e março, ocorre menor
concentração desses eventos. Os preços dos ingressos são variados, de modo que podem
atender um amplo perfil de público.
Do ponto de vista turístico, os eventos esportivos, musicais, gastronômicos, de dança e
outras mostras constituem uma oferta turística variada e distribuída ao longo do ano, mas
ainda não são oferecidos pelos canais tradicionais de comercialização turística. Apesar de
as pesquisas realizadas pela Belotur apontarem certa participação de turistas nos eventos
de Belo Horizonte (Caracterização da Demanda Turística de Belo Horizonte, Belotur, 2009),
esta pode ser bastante incrementada. Para tanto, é importante que os organizadores
utilizem mais canais de comunicação com esse público, como participação em feiras e
manutenção de agentes de divulgação externos.
Poucos foram os eventos que informaram o número de visitantes, a área ocupada e o
número de expositores. Todavia, a partir dos dados é possível perceber que não há um
crescimento constante no setor e que cada evento apresentou tendências diferentes ao
longo dos últimos anos: de crescimento, de estagnação e de redução em sua abrangência.
Os eventos são muito dependentes do Poder Público, que em alguns casos é o próprio
organizador e em outros é o incentivador (leis de incentivo à cultura). Portanto, as
estratégias públicas têm influência decisiva no fortalecimento e na continuidade desses
eventos, que também precisam ser entendidos como atrativos turísticos capazes de
−
−
66
movimentar os setores de hospedagem, alimentação e comércio em geral, uma vez que
trazem bons resultados sociais e econômicos para o município.
A divulgação desses eventos ainda está muito restrita aos meios tradicionais de abordagem
da população local. Para atrair um número maior de turistas, será necessário utilizar outros
meios de divulgação e comercialização, principalmente, mediante o estabelecimento de
parcerias com outros atrativos e equipamentos turísticos da cidade, como já é utilizado por
alguns eventos que conseguem diversificar mais a origem de seus visitantes.
Para melhorar a qualidade desses eventos, os organizadores apontaram dificuldades
associadas a: disponibilização de espaços para a realização de grandes eventos; falta de
profissionais técnicos; e opções de acesso, incluindo transporte público e estacionamento.
Tais dificuldades se somam à falta de incentivos públicos, reduzindo a presença e a
abrangência dos eventos que poderiam ser mais bem aproveitados tanto pela população
local quanto pelos equipamentos turísticos de Belo Horizonte.
2.1.3. Análise dos serviços e equipamentos turísticos
2.1.3.1. Serviços e equipamentos de hospedagem
Os meios de hospedagem incluem todos os hotéis e estabelecimentos similares, capazes de
oferecer qualquer tipo de alojamento. Dados da Relação Anual de Informações Sociais
(RAIS) do Ministério do Trabalho, para Belo Horizonte revelam que em 2009 havia 228
hotéis e similares, que empregavam 4.574 pessoas, e 150 outros tipos de alojamentos, que
empregavam 594 pessoas. No total, eram 444 estabelecimentos de hospedagem formais
que empregavam 5.168 trabalhadores em Belo Horizonte. No sistema de cadastro de
pessoas físicas e jurídicas que atuam na cadeia produtiva do turismo (Cadastur) do
Ministério do Turismo, entretanto, constavam apenas 42 serviços e equipamentos de
hospedagem cadastrados em setembro de 2010.
Em 2010 a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de
Minas Gerais (IPEAD), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) (2010), atendendo
a demanda da Belotur, realizou o ―Inventário da Oferta Atual de Unidades Habitacionais dos
Meios de Hospedagem em Belo Horizonte e em seu Entorno‖, abrangendo
estabelecimentos de Belo Horizonte, da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH),
do Colar Metropolitano de Belo Horizonte (CMBH) e de municípios em um raio de 100
quilômetros a contar de Belo Horizonte. O objetivo deste inventário era identificar algumas
variáveis básicas, sobretudo no que tange a infraestrutura e a serviços disponíveis nesses
equipamentos, que incluem hotéis, pousadas, hotéis-fazenda, apart-hotéis, motéis, hotéis
históricos, albergues e colônia de férias. Foram identificados 428 meios de hospedagem
apenas dentro do município de Belo Horizonte, dos quais 118 foram destacados para
pesquisa pelo Ipead,assim distribuídos: hotéis - 61,86%; apart-hotéis flats ou condohotéis 18,64%; motéis - 11,02%; pousadas - 5,08%; albergues - 2,54%; e hotel de lazer, resort ou
hotel fazenda - 0,85%. Nesses 118 estabelecimentos foram contabilizadas 8.601 unidades
habitacionais, 9.920 leitos de solteiro e 5.125 leitos de casal.
A partir desses e de outros levantamentos, baseados em guias turísticos, publicações e
informações disponibilizadas para a Belotur e ABIH-MG, chegou-se a um total de 87 meios
de hospedagem (incluindo hotéis, apart-hotéis. flats, albergues e colônia de férias) que
deveriam ser pré-selecionados como amostra a ser pesquisada, escolhida de forma
intencional, por terem, a princípio, maior relevância e impacto na oferta turística na Capital,
atendendo a critério recomendado no Termo de Referência do PDITS.
Durante o mês de julho de 2010, todos os 87 meios de hospedagem pré-selecionados nas
pesquisas secundárias foram contatados, via telefone, e-mail ou visitas pessoais.
−
−
67
Dispuseram-se a responder à entrevista 52 gestores, constituindo a amostra efetivamente
trabalhada.
Entre os 52 equipamentos pesquisados, 36 (69,2%) são hotéis, sendo um classificado como
histórico, e os outros 16 (30,8%) são flats ou apart-hotéis. Para efeitos de análise estatística,
o hotel histórico será incluído no subtipo Hotel, para preservar suas informações individuais.
O quadro 2.20 apresenta a listagem dos equipamentos por subtipo, incluindo, quando se
aplicar, as redes ou cadeias hoteleiras vinculadas e o âmbito de atuação, tal como
informado pelos entrevistados.
Quadro 2.20. Serviços e equipamentos de hospedagem, por subtipo, nome da rede e âmbito de
atuação – Belo Horizonte –2010
Subtipo
Equipamento
Hotel histórico Amazonas Palace Hotel
Caesar Business Belo Horizonte
Hotel Ibis
Mercure BH Lourdes
Mercure Lifecenter
Ouro Minas Palace
Belo Horizonte Othon Palace
Bristol Metropolitan
Bristol la Place Hotel
Boulevard Plaza
Express - Hotel Boulevard
Park - Hotel Boulevard Park
Hotel Nacional Inn
Promenade BH Platinum
Royal center
Sol Belo Horizonte
Hotel financial
Thess Flex Square
Hotel
Ambassy
Augustus
Belo Horizonte Plaza
BH Palace
Bragança
Brasil Palace
Classic
Comodoro Tourist
Frimas
Hotel Gontijo
Hotel Wimbledon
Kit Hotel
Liberty Palace
Savassinho
Serrana Palace Hotel
Sorrento
Via Contorno
Metrópole
Promenade Volpi Residence
Formule 1
Mercure BH Minas Centro
Bristol Golden Plaza Apart
Apart-Hotel Bristol Pampulha Lieu Apart
Promenade Champagnat Resid
Promenade Janelli Residence Service
Royal Golden Tower Apart.
Royal Savassi Boutique Hotel
−
Nome da Rede
Âmbito de
atuação da rede
Não faz parte de rede
Pousadas do Brasil
Não se aplica
Accor
Internacional
Summit
Hotéis Othon
Rede Bristol
Boulevard Hotéis
Nacional
Nacional Shelton Golden Park
Promenade
Royal Hotéis
Western
Não respondeu
Thess
Local/ Regional
Não faz parte de cadeia ou
Não se aplica
rede
Promenade
Accor
Internacional
Rede Bristol
Promenade
Nacional
Royal Hotéis
−
68
San Diego Convention Suites
Le Flamboyant Home Service
Villa Emma Residence
Hotelaria Vetor Sul Ltda
Mk Apart Hotel
San Francisco Flat Service
Savassi
Arco
Clan Hotéis
Local/ Regional
Não faz parte de cadeia ou
Não se aplica
rede
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Entre os hotéis, flats e apart-hotéis, 23 equipamentos (44,2%) são independentes e não
fazem parte de nenhuma cadeia de hotéis e 29 (55,8%) operam em rede, dos quais 18 são
parte de rede nacional de hotéis, 8 são de redes internacionais e 3 são de redes regionais
ou locais.
Na atividade hoteleira, nem sempre quem administra o hotel é o proprietário dos imóveis. Da
amostra, 29 (55,8%) equipamentos são administrados pelo proprietário, 7 (13,5%) são
espaços alugados, 5 (9,6%) são arrendados, 1 (1,9%) é franqueado, e 9 (17,3%) têm outra
relação não especificada com o proprietário. Deixou de responder, um (1,9).
Segundo os gestores, 7 (13,5%) meios de hospedagem funcionam em edificações
tombadas pelo patrimônio histórico no município. Destes, o Brasil Palace é o mais antigo,
tendo sido inaugurado em 1934. A média de idade dos equipamentos é de 19 anos, sendo
que 3 (5,8%) iniciaram as atividades entre 1934 e 1957 (os históricos Brasil Palace, Hotel
Financial e o Amazonas Palace Hotel); 5 (9,6%) entre 1972 e 1978, 11 (21,2%) entre 1981 e
1990; 17 (32,7%) entre 1992 e 2000; e 14 (26,9%) entre 2001 e 2009. Deixaram de
responder 2 (3,8%). Do total de equipamentos pesquisados, 61,5% foram abertos nos
últimos vinte anos.
O cadastro oficial no Cadastur, do Ministério do Turismo, é obrigatório para os hotéis, flats e
apart-hotéis, sendo requisito para participação em uma série de iniciativas e programas do
governo. No entanto, 9 (17,3%) gestores informaram que os hotéis onde trabalham não
possuem o registro oficial e 2 (3,8%) não responderam se têm ou não esse registro, o que é
um dado preocupante.
A classificação dos hotéis não obedece a um critério único. Os 22 (42,3%) gestores que
informaram que o hotel utiliza classificação, citaram mais de cinco tipos: ABIH, Ministério do
Turismo, Embratur, Guia 4 rodas, classificação própria e classificação da rede hoteleira. Isso
inviabiliza comparações entre os equipamentos. Em 30 (57,7%) situações os próprios
gestores declararam que não adotam nenhuma classificação. Dessa forma, não é prudente
considerar esta autoclassificação neste estudo, ficando esta questão para ser ajustada a
partir da adesão dos estabelecimentos à recente classificação recentemente proposta pelo
Ministério do Turismo. Reconhece-se que há no momento a necessidade de mais hotéis de
categoria superior (quatro ou cinco estrelas) para atender às necessidades de um público
mais exigente, normalmente associado ao turismo de eventos.
O organograma e a existência de gerências hierarquizadas nos equipamentos de
hospedagem tendem a ser mais complexos em equipamentos de maior porte. O gráfico 2.16
apresenta o número de equipamentos de hospedagem pesquisados que declararam possuir
cada uma das gerências identificadas (geral, recepção, governança, eventos,alimentos e
bebidas, administrativo, outras). Dos 52 estabelecimentos, 47 (90,4%) têm uma gerência
geral, e 5 (9,6%), outras formas de gestão. Em termos de gerências específicas, 31 (59,6%)
possuem gerência de governança, 29 (55,8%) gerência administrativa, 28 (53,8%), gerência
de recepção, 19 (36,5%), gerência de eventos; 19 (36,5%), alimentos e bebidas; e 16
(30,8%), outros tipos gerência. Em geral, os hotéis apresentam proporção menor de
gerências em relação aos apart-hotéis, o que é indicativo de sistemas de gestão mais
simples, com menor especialização de funções, normalmente, relacionados a
estabelecimentos mais tradicionais e de menor porte.
−
−
69
Gráfico 2.16. Existência de gerências, por tipo, nos equipamentos de
hospedagem pesquisados, em percentual – Belo Horizonte –
2010
Outras
Administrativo
Alimentos e bebidas
Eventos
Governança
Recepção
Geral
0,0
10,0
20,0
30,0
Hotel
40,0
50,0
60,0
70,0
Apart-hote/Flat/Condohotel
80,0
90,0
100,0
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010.
Os meios de hospedagem de Belo Horizonte pesquisados têm entre 15 e 384 unidades
habitacionais (UHs), com uma média de 97 UHs por equipamento. Os equipamentos
selecionados comportam 4.966 UHs e 7.894 leitos. Quatro equipamentos não informaram a
quantidade de leitos que dispõe.
Nos 52 hotéis e apart-hotéis, 24 (46,2%) possuem UHs adaptadas para pessoas portadoras
de necessidades especiais. Entre as 4.966 UHs identificadas, 58 (1,2%) são quartos
adaptados. A tabela 2.13 apresenta a quantidade de equipamentos que possuem UHs
adaptada, por número de UHs, e por subtipo de hospedagem analisado. Informaram que
não têm nenhuma UH adaptada 53,8% dos meios de hospedagem. Em hotéis, a
percentagem de equipamentos (36,1%) e de UHs adaptadas (1,4%) é proporcionalmente
maior que em apart-hotéis (31,3% e 1,2%, respectivamente). Os hotéis com o maior número
de quartos adaptados foram Wimbledon e Ouro Minas, com 8 e 13 UHs, respectivamente.
Tabela 2.13. Informações sobre número de UHs e acessibilidades especiais nos serviços e
equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte – 2010
UHs adaptados para
Classe de número de UHs necessidades especiais
(em %)
(em %)
Número de
equipamento
s
Total
de
UHs
Hotel e hotel histórico
36
3586
27,8
41,7 25,0
5,6
36,1
1,4
Apart-hotel/Flat ou
Condohotel
16
1380
31,3
43,8 18,8
6,3
31,3
0,5
Total
52
4966
28,8
42,3 23,1
5,8
34,6
1,2
Subtipo
0a
50
51 a
100
101
a
200
mais Equipamentos Número
de 200 que dispõem de UHs
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010.
Conforme os gestores, 50 equipamentos (96,2%) têm internet nos quartos e 42 (80,8%)
oferecem TV. A tabela 2.1.14 e o gráfico 2.1.17 mostram a frequência relativa e frequência
absoluta dos tipos de facilidades nas unidades habitacionais dos meios de hospedagem
pesquisados.
−
−
70
Tabela 2.14. Facilidades oferecidas nas unidades habitacionais dos serviços e
equipamentos de hospedagem em percentagem – Belo Horizonte–
2010
Facilidades oferecidas pelos meios de
hospedagem pesquisados (em %)
Facilidades
Oferecem
Não oferecem
TV
80,8
19,2
Internet
96,2
3,8
Telefone
98,1
1,9
Frigobar
96,2
3,8
Ar-condicionado
90.4
9,6
Cofre Privativo
61,5
38,5
Facilidades para executivos
78,8
21,2
Adaptador de voltagem
40,4
59,6
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010.
Entre as facilidades disponíveis em áreas comuns e de lazer dos equipamentos de
hospedagem, a que tem maior incidência é estacionamento: 42 (80,8%). Apesar de esta
facilidade ser muito importante em boa parte de Belo Horizonte, sobretudo nas regiões mais
centrais, 9 (17,3%) dos equipamentos não a oferecem. Destaca-se ainda a incidência de 41
(78,8%) restaurantes, 32 (61,5%) manobristas, 28 (53,8%) piscina de adultos (embora, em
sua maioria, sem aquecimento), 29 (55,8%) bares e lanchonetes e 22 (42,3%) saunas a
vapor.
A tabela 2.14 e o gráfico 2.17 mostram a frequência dos tipos de facilidade oferecidos nas
áreas sociais nos meios de hospedagem.
Gráfico 2.17. Facilidades oferecidas nas unidades habitacionais dos
serviços e equipamentos de hospedagem – Belo
Horizonte – 2010
Adaptador de Voltagem
21
Facilidades para
Executivos
41
Facilidades
Cofre privativo
32
Ar Condicionado
47
Frigobar
50
Telefone
51
Internet
50
TV
42
0
10
20
30
40
50
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010.
−
−
71
Tabela 2.15. Facilidades oferecidas nas áreas comuns e de lazer dos serviços e
equipamentos de hospedagem em percentagem – Belo Horizonte – 2010
Facilidades nas áreas sociais (em %)
Equipamentos que
Equipamentos que não
Não
oferecem
oferecem
Respondeu
78,8
19,2
1,9
55,8
42,3
1,9
80,8
17,3
1,9
61,5
36,5
1,9
21,2
76,9
1,9
53,8
44,2
1,9
19,2
78,8
1,9
5,8
92,3
1,9
11,5
86,5
1,9
42,3
55,8
1,9
Facilidades
Restaurante
Bar/ Lanchonete
Estacionamento
Manobrista
Cambio
Piscina adulto
Piscina infantil
Piscina aquecida
Sauna seca
Sauna a vapor
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010.
As áreas para a realização eventos em equipamentos de hospedagem são cada vez mais
importantes para a hotelaria em Belo Horizonte, no contexto de grande demanda por este
tipo de espaço. Em função, também, das perspectivas deste setor, merecem aqui uma
análise mais particularizada. Dentre os equipamentos pesquisados, 37 (71,2%) possuem
salas para realização de eventos, contra 12 (23,1%) que não oferecem. Não informaram 3
(5,8%). Possuem apenas uma sala 10 (19,2%); 20 (38,5%) entre 2 e 5 salas, e um tem até
26 espaços para eventos (tab. 2.16).
Gráfico 2.18 Percentual de equipamentos de hospedagem que
oferecem facilidades em áreas comuns e de lazer por tipo
de facilidades – Belo Horizonte/MG – 2010
90
80
70
60
%
50
40
30
20
10
id
a
aq
ue
c
se
ca
Pi
sc
in
a
Sa
un
a
in
fa
nt
il
am
bi
o
C
Pi
sc
in
a
R
Fa
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Es
ta
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on
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en
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de
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s
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La
nc
ho
ne
te
Pi
sc
in
a
ad
ul
Sa
to
un
a
a
va
po
r
0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010.
−
−
72
Tabela 2.16. Frequência dos espaços para eventos existentes nos serviços e
equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte – 2010
Frequência
Quantidade de espaços para eventos
Abs.
Não oferece espaço para eventos
Um espaço para eventos
Dois espaços para eventos
Entre três e cinco espaços para eventos
Entre seis e dez espaços para eventos
Entre onze e vinte espaços para eventos
Vinte e seis espaços para eventos
Não respondeu
Total
12
10
6
14
3
3
1
3
52
%
23,1
19,2
11,5
26,9
5,8
5,8
1,9
5,8
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto à capacidade dos espaços, 25 (48,1%) gestores apontaram 86 espaços com
capacidade para receber de 21 a 50 pessoas. Este tipo de espaço foi o mais encontrado. Há
44 espaços que têm capacidade entre 51 e 100 pessoas e 36 espaços com capacidade para
até 20 pessoas. Comportam entre 101 e 300 pessoas 12 espaços e 6 espaços são para
mais de 300 pessoas. O Ouro Minas informou ter um espaço com capacidade de realizar
evento para até 2 mil pessoas. Em geral, predominam equipamentos com capacidade para
atender eventos de pequeno porte.
Em relação à acessibilidade das salas de eventos para pessoas portadoras de
necessidades especiais, 36 (69,2%) hotéis informaram que são acessíveis, contra 4 (7,7%)
que não. Para 12 (23,0%) equipamentos a pergunta não se aplica, em função de não
disporem de espaço para eventos.
Com base na tabela 2.17, tem-se que a taxa de ocupação anual de 2009 foi, em média, de
66,9%. Em dias úteis foi de 78,4% e em fins de semana, 52,3%. A taxa anual de ocupação
média dos apart-hotéis foi de 70,8%, mais alta do que a de hotéis, 65,3%. A taxa de
ocupação média informada para o primeiro semestre de 2010, 73,6%, é superior à mesma
taxa para todo o ano de 2009. Em dias úteis, foi de 81,1% e em fins de semana, de 58,6%.
No período, os apart-hotéis também tiveram taxa de ocupação média (76,0%) mais alta do
que a de hotéis (72,0%). Embora a comparação entre as taxas dos dois anos seja
comprometida pela diferença do número de meses sendo considerados em cada ano, é
provável que parte da diferença observada entre a média dos dois períodos seja reflexo da
melhora nos cenários da atividade econômica mundial e nacional, após o momento mais
agudo da crise oriunda do mercado imobiliário e financeiro norte-americano.
Tabela 2.17. Taxa média de ocupação anual em dias úteis e em fins de semana dos serviços e
meios de hospedagem, por subtipo de hospedagem, em percentagem – Belo
Horizonte - 2009 e primeiro semestre de 2010
Taxa média
de ocupação
Hotéis
Apart-hotéis
Total
Média Geral
2010
2009
(1o semestre)
65,3
70,8
66,9
72,0
76,0
73,6
Dias úteis
2010
2009
(1o. semestre)
78,2
78,8
78,4
79,3
83,8
81,1
Fins de semana
2010
2009
(1o. semestre)
54,5
47,0
52,3
62,7
52,5
58,6
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A taxa de ocupação dos serviços e equipamentos de hospedagem varia em função não só
do perfil de equipamento, de seu estado de conservação, de suas estratégias de promoção
−
−
73
e comercialização e do período da semana, como também do período do ano, em função da
sazonalidade da atividade.
Para a maior parte dos gestores, os meses de maior movimento são setembro, outubro e
novembro, e os de menor movimento são janeiro e dezembro. A distribuição do período de
maior e menor movimento é muito similar ao longo do ano. Identificam o período de maio a
novembro como o de grande movimento 14 (26,9%) equipamentos, contra 38 (71,7%) que
apontaram janeiro como um mês de pior movimento (gráf. 2.19 e gráf. 2.20).
Gráfico 2.19. Meses de maior movimento informado pelos serviços e
equipamentos
de
hospedagem,
por
número de
estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010
50
40
30
16
20
14
8
10
0
8
11
13
16
19
11
5
2
Ag
os
to
Se
te
m
br
o
O
ut
ub
ro
No
ve
m
br
o
De
ze
m
br
o
Ju
lh
o
Ju
nh
o
M
ai
o
Ab
ril
M
Ja
ne
i
ar
ço
ro
Fe
ve
re
ir o
0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Gráfico 2.20. Meses de menor movimento informado pelos serviços e
equipamentos
de
hospedagem,
por
número de
estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010
50
38
40
30
20
12
8
10
2
2
2
5
2
3
2
2
2
Ag
os
to
Se
te
m
br
o
O
ut
ub
ro
No
ve
m
br
o
De
ze
m
br
o
Ju
lh
o
Ju
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o
ai
o
M
Ab
ril
ar
ço
M
Fe
ve
re
ir o
Ja
ne
i
ro
0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Segundo os gestores, a taxa de ocupação dos hotéis no mês de maior movimento varia de
60% a 100% e de 20% e 79% no mês de menor movimento. Para 25% dos hotéis a taxa de
permanência média de hóspedes é de 2 dias. Já para 37,5% dos apart-hotéis é de 3 dias.
A tabela 2.18 apresenta as faixas de permanência média dos hóspedes e da tarifa média
geral, na alta e na baixa temporada, segundo os gestores dos equipamentos de
hospedagem pesquisados.
−
−
74
Tabela 2.18. Faixas de permanência média de dias de hóspedes e valor médio de diária na alta e
baixa temporada nos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte –
2010
SUBTIPO
Total de equipamentos
Permanência dias
Valor médio da diária
Valor da diária média
na alta temporada
Valor da diária média
na baixa temporada
Hotel e hotel
histórico
Abs.
%
Apart-hotel/Flat ou
Condohotel
Abs.
%
Total
Abs.
%
52
100,0
36
69,2
16
30,8
1
2
5,6
2
12,5
4
7,7
2
9
25,0
3
18,8
12
23,1
3
3
8,3
6
37,5
9
17,3
4 e mais
4
11,1
4
25,0
8
15,4
NR
1
2,8
1
6,3
2
3,8
Até R$100
2
5,6
1
6,3
3
5,8
R$101 a R$200
11
30,6
9
56,3
20
38,5
Mais de R$200
3
8,3
5
31,3
8
15,4
NR
1
2,8
1
6,3
2
3,8
Até 100
2
5,6
1
6,3
3
5,8
R$101 a R$200
8
22,2
6
37,5
14
26,9
Mais de R$200
5
13,9
8
50,0
13
25,0
NR
1
2,8
1
6,3
2
3,8
Até R$100
5
13,9
1
6,3
6
11,5
R$101 a R$200
8
22,2
13
81,3
21
40,4
Mais de R$200
2
5,6
1
6,3
3
5,8
NR
3
8,3
1
6,3
4
7,7
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A taxa de permanência média, considerando todos os meios de hospedagem foi de 4,0%. A
dos hotéis foi de 4,5% e a dos apart-hotéis, 2,9%. Em um hotel essa permanência chegou a
60 dias. Trata-se de um caso único na amostra. Excluindo-se este outlier, a permanência
média informada ficou em 2,9 dias, assim como a dos hotéis e a dos apart-hotéis.
O valor da diária média dos hotéis varia entre R$70,00 e R$289,00, podendo oscilar entre
R$70,00 e R$333,50 no período de alta temporada e entre R$60,00 e R$289,00 no de baixa
temporada. A média ponderada é de R$167,16, sendo R$159,13 para os hotéis e R$184,27
para os apart-hotéis. Na baixa temporada, a média da diária é de R$149,14, sendo
R$138,69 para os hotéis e R$167,16 para os apart-hotéis. Na alta temporada a média de
diária geral média é de R$182,57, sendo R$170,62 para os hotéis e R$204,07 para os
apart-hotéis.
Com relação a tarifas especiais, 38 (73,1%) oferecem para grupos; 35 (67,3%) para
convênios corporativos, 31 (59,6%) para crianças, e 9 (17,3%) para idosos. Não oferecem
nenhum tipo de tarifa especial 5 (9,6%). As tarifas promocionais são oferecidas por 45
(86,5%) equipamentos, principalmente nos finais de semana, feriados e em dezembro e
janeiro, períodos de menor demanda.
Aceitam pelo menos um tipo de cartão de crédito 51 (98,1%) equipamentos de hospedagem.
O Visa é o mais aceito, 51 estabelecimentos (98,1%) seguido pelo Mastercard, 50 (96,2%),
Dinners, 42 (80,8%) e Amex, 40 (76,9%). Apenas um (1,9%) equipamento não aceita
nenhum tipo de cartão de crédito.
A pesquisa de perfil de cliente ou hóspede é realizada por 21 (40,4%) meios de
hospedagem. A pesquisa de satisfação é realizada por 37 (71,2%). Informaram que não
−
−
75
realizam nenhum tipo de pesquisa 10 (19,2%). Isso indica que há ainda muito a ser
melhorado em termos de uso de ferramentas de gestão importantes.
Forneceram dados sobre faturamento anual dos equipamentos 25 (48,1%) gestores, com
variação de R$21.000,00 a R$23.990.000,00.
A tabela 2.19 apresenta os equipamentos de hospedagem pesquisados por faixa de
faturamento anual. A média de faturamento anual foi de R$3.791.579,00 por equipamento.
Tabela 2.19. Faturamento anual dos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo
Horizonte – 2010
Faixa de faturamento anual
Frequência
Abs.
%
Até R$ 610.000,00
7
13,5
Entre R$ 1 e R$ 2 milhões
4
7,7
Entre R$ 2,1 e R$ 4 milhões
6
11,5
Entre R$ 4,1 e R$ 6 milhões
3
5,8
Acima de R$ 6 milhões
5
9,6
Não sabe ou não respondeu
27
51,9
Total
52
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A margem de lucro dos empreendimentos foi informada por 18 (34,6%) gestores, sendo 9 de
hotéis e 9 de apart-hotéis. A margem informada varia entre 10 e 60%. As maiores
frequências foram 10%, 19% e 20%, informadas por 3 gestores - 5,8% de citações de cada
taxa (tab. 2.20).
Tabela 2.20. Margem de lucro dos serviços e equipamentos de hospedagem – Belo
Horizonte –2010
Faixa de margem de lucro
Frequência
Abs.
%
Até 10%
3
5,8
Entre 11% e 19%
5
9,6
Entre 20% e 29%
5
9,6
Entre 30% e 34%
3
5,8
Acima de 50%
2
3,8
Não sabe ou não respondeu
34
Total
52
65,4
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apesar de apresentarem maior valor médio de diária e de taxa média de permanência de
hóspedes, a margem de lucro informada por apart-hotéis é menor do que para de hotéis. A
margem de lucro média encontrada foi de 24,1%, sendo a de hotéis 25,8% e a de aparthotéis 22,4%. A menor margem informada para os apart-hotéis pode estar refletindo maiores
custos de gestão, na medida em que seus gestores informaram ter maior número de
gerências, o que é indicativo de estruturas mais complexas.
O capital estrangeiro está presente em apenas 2 (3,8%) equipamentos, enquanto 41
(78,8%) não têm nenhuma participação internacional nos seus investimentos. Não
souberam ou não responderam a essa pergunta 9 (17,3%). O percentual de participação
não foi informado por nenhum gestor e a origem do capital foi informada por apenas um
deles, que disse que é proveniente da França.
−
−
76
Sobre a evolução do número de UHs e de leitos entre 2007 e 2010, não houve nenhuma
alteração significativa que mereça análise mais profunda, pois o aumento verificado ocorreu
em função da abertura de um novo hotel, em 2009. Apesar de os gestores terem informado
que houve pouca alteração no número de leitos e de UHs e na capacidade instalada para
eventos nos últimos anos, 25 (48,1%) declararam que há necessidade de novas instalações
para aprimorar a qualidade dos serviços e 24 (46,2%), que não é necessário. Não souberam
ou não responderam 3 (5,8%). Entre as necessidades de novas instalações, podem-se
citar: construção de academia e sauna, ampliação de área de eventos e restaurante,
reformas em banheiro comum para economia de água, expansão de salas de eventos,
construção de mais hotéis (novos hotéis ou rede), expansão física, reformas, troca de
móveis, colchões e camas, ampliação no número de quartos e de leitos, reforma da cozinha,
instalação de sala de leitura, sala de TV e sala de reunião, implantação de copa noturna,
construção e ampliação de estacionamento e criação de sala de jogos.
Os sistemas de gestão de qualidade são utilizados por apenas 23 (44,2%) equipamentos: 6
utilizam o sistema ISSO; 2, utilizam softwares de parceiros externos (citaram sistema Volux,
Lince e Delphos); e 15 (28,8%) realizam práticas isoladas de pesquisa com clientes, cursos
constantes ou sistemas de qualidade próprios. Esses números indicam que há grande
espaço para aperfeiçoamento nesses campos da gestão.
Sistemas de gestão ambiental estão presentes em 19 (36,5%) e em implantação em 4
(7,7%). As práticas isoladas de gestão ambiental, não necessariamente presentes em um
padrão sistematizado, são mais comuns: 42 (80,8%) realizam práticas de redução de
consumo, 28 (53,8%) tratamento de esgoto, 25 (48,1%) coleta seletiva de lixo e
reaproveitam recursos; e 24 (46,1%) fontes alternativas de energia (gráf. 2.21).
Gráfico 2.21. Serviços e equipamentos de hospedagem que
realizam práticas de gestão ambiental – Belo
Horizonte – 2010
45
40
42
35
30
25
20
28
25
25
24
15
10
9
5
0
gia
mo
rsos
got o
e lixo
ener
onsu
recu
e es
va d
de c
as de
o de
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seleti
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t
v
e
n
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ta
ç
e
m
a
rn
itam
redu
Cole
Trata
s alt e
rove
ca de
Fonte
Reap
Polí ti
os
Outr
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os investimentos realizados nos equipamentos de hospedagem entre 2007 e 2010 foram
informados por 17 (32,7%) gestores. O volume variou entre R$3.000,00 em 2008 e
R$2.300.000,00 até agosto de 2010 em um único equipamento (tab. 2.21).
−
−
77
Tabela 2.21. Investimentos realizados nos serviços e equipamentos de hospedagem –
Belo Horizonte – 2007-2010
Faixas de Investimentos realizados
Frequência absoluta
2007
2008
2009
R$ 0,00
2
2
0
0
Até R$11.000,00
3
3
3
2
Entre R$ 12.000,00 e R$ 30.000,00
2
1
2
2
Entre R$ 50.000,00 e R$ 100.000,00
4
2
3
5
Entre R$ 110.000,00 e R$ 250.000,00
3
5
6
5
Entre R$ 290.000,00 e R$ 600.000,00
2
3
4
4
Acima de R$ 790.000,00
2010
1
1
1
3
Não sabe ou não respondeu
35
35
33
31
Total
52
52
52
52
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O gráfico 2.22 apresenta a evolução dos recursos investidos nos últimos três anos pelos
equipamentos. A inflexão observada em 2008, pode ser atribuída a um reflexo da crise da
economia norte-americana e da mundial no período.
Gráfico 2.22. Volume total de investimentos informado pelos serviços e
equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte - 2007-2010
R$ 7.000.000,00
R$ 5.785.976,72
R$ 6.000.000,00
R$ 5.000.000,00
R$ 3.781.484,00
R$ 4.000.000,00
R$ 3.807.832,11
R$ 3.000.000,00
R$ 2.863.972,83
R$ 2.000.000,00
R$ 1.000.000,00
R$ 0,00
2007.
2008.
2009.
2010.
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apenas 12 (23,1%) equipamentos informaram que têm metas de expansão ou ampliação de
UHs ou leitos (apenas três especificaram essas metas); e 37 (71,2%), que essas metas não
existem. Não souberam ou não responderam 3 (5,8%).
Em função do cenário de crescimento da economia e do turismo de Minas Gerais e do
aumento da demanda hoteleira de Belo Horizonte projetado para os próximos anos e
incrementado pelo advento da Copa do Mundo de 2014, é provável que a ausência de
metas de expansão por parte da maioria dos empresários hoteleiros esteja refletindo cautela
diante dos anúncios de novos projetos hoteleiros em análise pela prefeitura. Segundo
noticiam jornais e revistas, seriam 35 hotéis (Estado de Minas, 2010), envolvendo novos
atores e bandeiras internacionais de vários padrões. Mesmo que muitos dos projetos em
análise não cheguem a sair do papel, o mero anúncio já prenuncia maior competição entre
os hotéis na cidade. Aqueles que não investirem e se modernizarem certamente tenderão a
perder mercado no futuro.
−
−
78
Informações veiculadas na imprensa dão conta que alguns hotéis antigos estão em vias de
ser vendidos, aproveitando o momento oportuno do mercado, como é o caso do Hotel
Normandy. Entretanto, é sabido que com o anúncio da Copa do Mundo de 2014 no Brasil
alguns hotéis antigos do Centro da Capital tomaram novo fôlego para investir em reformas e
restaurações, como o Hotel Financial, que está investindo cerca de R$ 15 milhões em obras,
e o Brasil Palace Hotel, que deve investir cerca de R$ 1 milhão na capacitação de
funcionários e em adaptações nos apartamentos, e já contando com cerca de 50% da
ocupação fechada com a Fifa para 2014 (Hoje em Dia, 16-11-2010). Com essas operações
de retrofit, alguns desses hotéis almejam melhorar seu padrão, alcançando uma
classificação que seria equivalente a até três estrelas.
Os mercados emissores de turistas para os equipamentos de hospedagem estão assim
distribuídos: São Paulo, 42 (80,8%); interior de Minas Gerais, 19 (36,5%); Região
Metropolitana de Belo Horizonte, 4 (7,7%); Rio de Janeiro, 2 (3,8%); Distrito Federal e
Região Centro Oeste, 4 (3,8%); Região Sul, 4 (3,8%); Região Nordeste, 1 (1,9%); e o
exterior, 1 (1,9%) (tab. 2.22).
Tabela 2.22. Principais mercados emissores de turistas dos serviços e
equipamentos de hospedagem na percepção de seus gestores –
Belo Horizonte – 2010
Principais mercados emissores
Frequência
de citações
Belo Horizonte e região metropolitana
Percentagem
sobre os
entrevistados*
4
7,7
Interior de Minas Gerais
19
36,5
São Paulo
42
80,8
Rio de Janeiro
2
3,8
Distrito Federal e Região Centro Oeste
2
3,8
Região Sul
2
3,8
Região Nordeste
1
1,9
Região Norte
0
0
Exterior
1
1,9
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010.
* Percentagem calculada sobre os 52 entrevistados.
O turismo de negócios e eventos foi apontado por 47 (90,4%) gestores como o segmento
alvo principal dos equipamentos; o turismo cultural, por 4 (7,7%); e turismo de saúde, por 1
(1,9%), cuja localização, na área hospitalar, é bastante atrativa para pessoas em busca de
tratamentos de saúde (tab. 2.23).
Tabela 2.23. Segmento alvo principal dos serviços e equipamentos de
hospedagem em suas ações de divulgação – Belo Horizonte
– 2010
Segmentos alvo
Frequência
Abs.
%
Turismo de negócios e eventos
47
90,4
Turismo cultural
4
7,7
Turismo de saúde
1
1,9
Total
52
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
79
A internet é a ferramenta de promoção mais utilizada, citada por 46 (88,4%) equipamentos
(todos possuem site). Seguindo-se: folhetos, por 32 (61,5%) e promotores de vendas, por 26
(50%) (gráf. 2.23)
É importante que os serviços e equipamentos de hospedagem de Belo Horizonte trabalhem
em forte parceria com as agências de viagens e outros equipamentos e serviços turísticos.
Na amostra, 42 (80,8%) desses equipamentos informaram que parte de suas reservas é
feita por agentes e 3 (5,8%) que nenhuma reserva é feita por esse canal (tab. 2.24).
Gráfico 2.23 Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos de
hospedagem, por número de equipamentos – Belo Horizonte – 2010
50
46
40
32
30
26
24
20
22
15
10
10
6
0
Folhetos
Revis tas
es pecializadas
Jornal
Radio
TV
Internet
Prom otor de Participação
Venda
em feiras
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Tabela 2.24. Percentual de reservas dos serviços e equipamentos de
hospedagem, por agências de viagens – Belo Horizonte – 2010
Percentual de reservas
Nenhuma reserva realizada por
agentes
Frequencia
Abs.
%
3
5,8
10
19,2
Entre 11% e 20%
9
17,3
Entre 21% e 30%
4
7,7
Entre 31% e 40%
7
13,5
Entre 41% e 50%
7
13,5
Entre 51% e 60%
2
3,8
Entre 61% e 70%
3
5,8
Não sabe ou não respondeu
7
13,4
Até 10%
TOTAL
52
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Em 5 (9,6%) equipamentos as agências são responsáveis por 50% ou mais do volume de
reservas realizados; em onze (21,2%) o contato telefônico ou central de reservas é
responsável por mais da metade do volume de reservas e em 4 (7,7%), a internet tem
participação em pelo menos metade do volume de reservas. Essa análise pode indicar uma
presença, ainda tímida, do ambiente on-line na comercialização de serviços de
hospedagem.
Apesar da alta taxa de ocupação dos hotéis de Belo Horizonte na atualidade, 10 (19,2%)
equipamentos dizem ter dificuldades em sua comercialização, citando como principais
aquelas dificuldades relacionadas a preço e concorrência, uma vez que, segundo os
−
−
80
gestores, os clientes consideram os valores muito elevados para o padrão de serviços que
oferecem. Alguns reclamaram do comissionamento das agências de viagens e outros
apontaram a necessidade de reformas. Citou a falta de sinalização como fator que dificulta a
comercialização do equipamento, um (1,9%).
As parcerias formais entre os meios de hospedagem e outros serviços e equipamentos
turísticos ainda são bastante tímidas. A parceria com agentes operadores se destaca, fato
assinalado por 32 (61,5%) hotéis (gráf. 2.24).
Gráfico 2.24. Serviços e equipamentos de hospedagem que
mantêm parcerias formais com serviços turísticos de
Belo Horizonte – 2010
50
40
32
30
17
20
10
9
11
8
10
0
Agencias/
Operadoras
Atrativos
Turísticos
Transportadores Serviços de
Meios de
lazer e
Hospedagem
entretenimento
Outros
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Possuem agentes de divulgação turística fora de Belo Horizonte 29 (55,8%), dos quais 6 são
independentes e 26 fazem parte de cadeia ou rede. Apesar de a maioria dos equipamentos
que fazem parte de rede possuir agentes de divulgação externos, tal participação não
garante esse benefício. É o caso de 5 equipamentos que operam em rede e que estão entre
os 23 que informaram não possuir agentes de divulgação externos.
Tabela 2.25. Cidades onde estão os agentes de divulgação externo dos
serviços e equipamentos de hospedagem – Belo Horizonte –
2010
Cidades
São Paulo
Rio de Janeiro
Vitória
Belém
Salvador
Guaxupé - MG
Brasília
Porto Alegre
Macaé
Outros (todo o Brasil, própria da rede,
convênios com revistas)
Frequência*
Abs.
%
19
10
3
1
1
1
1
1
1
36,5
19,2
5,8
1,9
1,9
1,9
1,9
1,9
1,9
9
17,3
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
* Sobre o total de 52 informantes
−
−
81
Os agentes de divulgação de 5 (9,6%) hotéis têm presença nacional e estão em todo o País.
São Paulo foi a cidade mais citada, com representantes de 19 (36,5%) equipamentos.
Outras cidades também merecem destaque (tab. 2.1.25).
Afirmaram que integram roteiros turísticos comercializados fora de Belo Horizonte 10
(19,2%) equipamentos, dos quais 6 são montados em conjunto com outras cidades e 4 são
pacotes em que Belo Horizonte é o destino final único. O comissionamento desses agentes
varia de 0% e 15%, sendo que 22 (42,3%) gestores informaram que a comissão de 10% é
como mais usual.
A percepção de 43 (82,7%) gestores é que os equipamentos que gerenciam são seguros
para seus hóspedes; 6 (11,5%) muito seguros e 3 (5,8%) pouco seguros.
Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos de hospedagem
O crescimento da taxa de ocupação média dos equipamentos nos últimos anos revela que
os investimentos realizados neste segmento também foram crescentes e que devem ser
impulsionados por mais investimentos, visando à Copa do Mundo de 2014 e à demanda
oriunda do crescimento econômico projetado para o País para os próximos anos.
Alguns equipamentos apontaram a necessidade de reformas. Embora a oferta de
estacionamento esteja presente na maioria deles, os gestores de hotéis apontaram esta
dificuldade como um grande gargalo nas operações de seus hotéis. Este é um problema em
que o Poder Público poderia atuar, estimulando negócios e parcerias.
A categorização desses equipamentos ainda não segue nenhum padrão, o que prejudica a
competitividade de Belo Horizonte e o acesso a informações por parte dos turistas, uma vez
que cada estabelecimento utiliza uma categorização própria, muitas vezes diferente, como a
do Guia 4 Rodas. Este problema tende a diminuir com a implementação da classificação
oficial já anunciada. Sabe-se, todavia, que há necessidade de hotéis de padrão superior
(quatro ou cinco estrelas) para atender às necessidades de turistas mais exigentes, como
normalmente é associado ao turismo de eventos.
A possibilidade de grande incremento na oferta hoteleira de Belo Horizonte no curto e no
médio prazo, em função dos novos projetos de hotéis de diferentes padrões na cidade,
tende a aumentar a concorrência no mercado e a busca de mais qualidade e por menores
preços no segmento. Investimentos estruturais e nas áreas de gestão estão no
planejamento de vários gestores e vários já estão em execução.
A gestão dos equipamentos de hospedagem ainda carece de mais instrumentos gerenciais,
uma vez que nem todos têm informações e dados sobre ocupação, investimentos ou perfil
de clientes. Outras deficiências de gestão, como falta de categorização oficial e baixa
preocupação com padrões de qualidade, incluindo sistemas de gestão, são fatores que
precisam ser desenvolvidos e incentivados, de modo a melhorar a imagem da cidade para
os turistas.
Para se adequarem à legislação atual e às exigências dos turistas internacionais, os hotéis,
com poucas exceções, precisam investir mais em acessibilidade, garantindo que suas áreas
sociais e serviços, sejam adaptados às pessoas portadoras de necessidades especiais,
além de aumentar a oferta de UHs.
A questão ambiental também é uma exigência do mercado que valoriza as empresas que
adotam práticas ecológicas em sua rotina. As campanhas de redução de consumo são
necessárias, mas insuficientes para suprir as demandas do planeta e desse perfil de cliente
que também exige consumo responsável por parte de seus prestadores de serviços. É
necessário que os equipamentos hoteleiros invistam mais em sistemas de gestão ambiental.
−
−
82
Boa parte dos equipamentos informou ter dificuldades em sua comercialização,
relacionadas, sobretudo, aos valores muito elevados para o padrão de serviços que
oferecem. Nesse sentido, cabe buscar simultaneamente tanto a elevação do padrão de
qualidade dos serviços quanto medidas de gestão que permitam maior oferta de promoções
com diárias competitivas.
A taxa de ocupação relativamente alta observada para boa parte dos serviços e
equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte se concentra, principalmente, nos dias
úteis, refletindo a força do turismo de negócios e eventos para a Capital. Além do desafio de
aumentar a ocupação nos fins de semana, esta taxa pode reduzir se a demanda não
acompanhar os novos investimentos que estão sendo realizados em função da Copa do
Mundo de 2014.
Como alternativa primária, há o segmento de lazer – mais especificamente, e o cultural -,
que é um nicho importante, principalmente se se considera toda a diversidade dos atrativos
culturais existentes na Capital. Este segmento pode ser ainda mais valorizado pela
existência de alguns hotéis que funcionam em edificações tombadas.
A diversificação da oferta turística de Belo Horizonte, a partir do incremento de novos
produtos turísticos, principalmente culturais, é fundamental para consolidar a cidade como
destino. Essa diversificação precisa atrair pessoas de diferentes locais e com outras
motivações para se hospedarem em períodos diferentes dos atuais ―turistas de negócios e
eventos‖. Para isso, os empresários, a sociedade e o Poder Público precisam incentivar os
investimentos em gestão e acompanhamento, para que se possa conhecer melhor o público
e a demanda atual e potencial, de forma a modelar corretamente os investimentos e a
divulgação dos diferentes produtos turísticos de forma contínua.
Apesar de a maioria dos equipamentos possuir agentes de divulgação externos trabalhando
diretamente nos principais mercados emissores, essa estratégia poderia estar ainda mais
presente entre os equipamentos da cidade, de modo a facilitar a atração de turistas para o
destino. Um trabalho direcionado especificamente a esse público pode ajudar a compor a
imagem que Belo Horizonte tem interesse em transmitir para os turistas potenciais.
O número de parcerias dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte com outros
serviços, equipamentos e atrativos turísticos da cidade é significativo, mas ainda precisa ser
fomentado. A operação em rede e o trabalho integrado podem permitir maior eficiência no
aprendizado coletivo, mediante a troca de experiências e de informações.
2.1.3.2.
Serviços e equipamentos para gastronomia
Os serviços e equipamentos para gastronomia, segundo a categorização do Inventário da
Oferta Turística (INVTUR), do Ministério do Turismo, incluem: restaurantes, bares, cafés,
lanchonetes, casas de chá, confeitarias, cervejarias, quiosques, barracas, sorveterias e
casas de suco. Dados da RAIS para Belo Horizonte apontam a existência, em 2009, de:
3.807 restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, que
empregavam 31.720 pessoas; 34 estabelecimentos de serviços ambulantes de alimentação,
que empregavam 214 pessoas; e 274 serviços de catering, bufê e outros serviços de comida
preparada, que empregavam 5859 pessoas. No total, são 4.115 estabelecimentos formais
de serviços de alimentação, que empregavam 37.793 trabalhadores em Belo Horizonte em
2009.
O PDITS considera apenas os equipamentos de maior relevância para a atividade turística
atual e potencial. Nesta amostra, contemplam-se aqueles que constam de guias e festivais
gastronômicos (Festival Brasil Sabor e Comida de Buteco) relacionados à atividade turística
na Capital mineira. Dos 61 equipamentos previstos, 39 (63,9%) responderam aos
questionários que embasam esta pesquisa. Destes, 22 (56,4%) são restaurantes, 15
−
−
83
(38,5%) são bares, cafés ou lanchonetes, 1 (2,6%) é confeitaria e 1 (2,6%) é cervejaria. O
número de equipamentos pesquisados por categoria e tipo de classificação encontra-se
disposto no tabela 2.26.
Tabela 2.26. Serviços e equipamentos para – Belo Horizonte – 2010
Categoria
Número de empresas
pesquisadas
Tipo
Bares, Cafés, Lanchonetes
Serviços e equipamentos para
Casas de chá, Confeitarias, Cervejarias
gastronomia
Restaurantes
15
2
22
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010 .
São privados 35 (89,7%) equipamentos; 1 (2,6%) pertence a sindicato e 3 (7,7%) não
informaram. Os equipamentos para gastronomia apresentam significativo grau de integração
com a oferta nacional: 10 (25,6%) integram cadeias ou redes (9 são redes de âmbito
nacional e um não informou); e 28 (71,8%) não operam em rede. Não respondeu, 1 (2,6%).
Nenhum estabelecimento faz parte de cadeia internacional (tab. 2.1.27).
Tabela 2.1.27.
Natureza da propriedade dos serviços e equipamentos de gastronomia e sua
inserção em redes ou cadeias – Belo Horizonte – 2010
Tipo
Natureza da
propriedade
Particular
Pertence a cadeia ou rede
Outra
Bares/Cafés/Lanchonetes
Casas de
chá/Confeitarias/Cervejarias
Âmbito da rede
Sim
Não
NR
Nacional
Não
informou
2
12
3
2
-
2
0
1
1
1
-
Restaurantes
21
1
7
15
6
1
Total
35
4
10
28
9
1
1
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Melhorar o acesso aos equipamentos foi uma demanda presente nas observações dos
entrevistados, na medida em que os congestionamentos e a dificuldade de estacionamento
prejudicam o fluxo de clientes, aumentando o tempo de deslocamento, o que reduz o tempo
livre do turista e dificulta sua chegada aos equipamentos.
Segundo os gestores, 16 (41,0%) equipamentos podem ser considerados acessíveis a
pessoas com necessidades especiais, outros 16 (41,0%) não são acessíveis; e 7 (17,9%)
são parcialmente acessíveis. A partir desses dados pode-se afirmar que 23 (59,0%)
apresenta deficiências quanto à acessibilidade. Em relação às áreas acessíveis, a da
entrada foi apontada como a mais acessível, já que 20 (51,3%) equipamentos têm esse item
adaptado e os cardápios são os menos acessíveis, uma vez que apenas 5 (12,8%)
oferecem cardápios com adaptação (tab. 2.28).
−
−
84
Tabela 2.28. Avaliação dos gestores sobre a qualidade dos serviços e a acessibilidade para pessoas
com necessidades especiais nos serviços e equipamentos para gastronomia, por tipo –
Belo Horizonte – 2010
Qualidade geral
dos serviços
Acessibilidade
para pessoas
com
necessidades
especiais
Espaços com acessibilidade
Parcial
Não
Entrada
Sanitários
Mobília
Cardápios
Outra
Excelente
Tipo
Bares, Cafés, Lanchonetes
7
8
0
5
4
6
9
5
3
0
0
Casas de
chá/Confeitarias/Cervejarias
1
1
0
2
0
0
1
2
2
1
0
Restaurantes
9
12
1
9
3
10
10
9
8
4
0
17
21
1
16
7
16
20
16
13
5
0
2,6
41,0 17,9 41,0
51,3
41,0
33,3
12,8
0
Total
%
Boa NR
43,6 53,8
Sim
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010.
A tabela 2.29 mostra que existem espaços para eventos em 22 (56,4%) equipamentos.
Tabela 2.29. Disponibilidade de espaços para eventos e para estacionamento, por tipo de serviços e
equipamentos de gastronomia – Belo Horizonte – 2010
Tipos
Possuem
espaços para Capacidade
eventos
média para
eventos
Sim
Não
Possuem estacionamento próprio
Sim com
Sim sem
manobrista manobrista
Não
Bares/Cafés/Lanchonetes
8
7
160
3
2
10
Casas de chá/Confeitarias/Cervejarias
1
1
0
1
0
1
Restaurantes
13
9
184
7
3
12
Total
22
17
167
11
5
23
56,4
43,6
-
28,2
12,8
59,0
%
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Em média, os espaços para eventos têm capacidade para 184 pessoas. A casa com maior
capacidade consegue realizar eventos para até 700 pessoas. Oferecem estacionamento,
com capacidade para até 200 carros em um mesmo restaurante e média de 102,75 vagas
16 (41,0%) estabelecimentos.
A especialidade mais comum entre os restaurantes foi comida brasileira, apontada por 13
(33,3%) gestores, seguindo-se: comida mineira, 7 (17,9%); comida italiana, 5 (12,8%);
churrascaria, 4 (10,3%); comida alemã, 3 (7,7%); e comida francesa, argentina e chinesa, 1
(2,6%) cada uma.
Entre os equipamentos de gastronomia, 29 (74,4%) oferecem serviço ―a la carte‖ e 4
(10,3%), ―buffet livre‖ (tab. 2.30).
−
−
85
Tabela 2.30. Tipo de serviço principal dos serviços e equipamentos para
gastronomia – Belo Horizonte – 2010
Quantidade
Tipo de Serviço
Abs.
%
A la carte
29
74,4
Buffet livre
4
10,3
Por quilo
2
5,1
Delivery
1
2,6
Outro
1
2,6
Não respondeu
2
5,1
Total
39
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A quantidade de mesas dos estabelecimentos varia de 6 a 120 mesas, com uma média de
51. O número de cadeiras varia de 12 a 450, com uma média de 200. A capacidade total
varia de 12 e 1.000 pessoas, com uma média de 274.
Em relação à capacidade de atendimento, o número de mesas para cada garçom varia de
1,53 a 15,0. O maior número é encontrado nos Bares e Lanchonetes. A média encontrada
na amostra é de 5,4 mesas por garçom, ou um garçom para atender, em média 20 pessoas,
considerando que cada mesa comporta 4 pessoas. Não existem estudos consolidados que
considerem a relação entre número de garçons por mesa e satisfação do cliente. Portanto,
esse número é apenas uma referência, sendo insuficiente para avaliar qualitativamente a
oferta desses serviços.
Informaram possuir planejamento estratégico 25 (64,1%) restaurantes, bares cafés,
cervejarias e confeitarias; 7 (17,9%) não possuem essa ferramenta; e 4 (10,3%) informaram
estar com o planejamento em elaboração. Não souberam responder, 3 (7,7%).
Para a maior parte dos equipamentos de gastronomia, dezembro é o mês de maior
movimento. Janeiro, fevereiro e julho, tipicamente meses de férias escolares, foram
apontados como os de menor movimento (gráf. 2.25 e gráf. 2.26).
Gráfico 2.25. Mês de maior movimento nos serviços e equipamentos
de gastronomia, por número de estabelecimentos –
Belo Horizonte – 2010
Número de Equipamentos
30
24
25
20
15
10
5
3
2
5
4
5
6
5
6
4
1
0
o
o
em
br
D
ez
ub
r
o
N
ov
ut
em
br
br
o
O
o
em
st
Se
t
Ag
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lh
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Ju
nh
o
Ju
ai
o
M
il
Ab
r
ar
ço
M
iro
re
Fe
ve
Ja
ne
i ro
0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
86
Gráfico 2.26. Mês de menor movimento nos serviços e equipamentos
de gastronomia de Belo Horizonte por número de
estabelecimentos - 2010
18
16
Número de Equipamentos
16
14
14
12
10
8
8
6
4
3
2
2
1
1
0
0
0
0
0
O
ut
ub
ro
No
ve
m
br
o
De
ze
m
br
o
br
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Se
te
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os
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lh
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Ju
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o
ai
o
M
Ab
ril
ar
ço
M
Ja
ne
i
ro
Fe
ve
re
ir o
0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O número de refeições servidas em um único estabelecimento no mesmo dia varia entre 10
e 1.000 refeições. Não informaram o número médio de refeições servidas 6 (15,4%).
Sábado foi o dia que apresentou maior volume de serviço, seguido de domingo e sexta-feira
(gráf. 2.27). Ainda em relação ao número de refeições servidas, considerando todas as
citações de segunda a sexta-feira, o número de 80 refeições por dia foi citado 24 (61,5%)
vezes e o de 100 refeições, 20 (51,3%).
Belo Horizonte é a principal origem dos clientes, citada em 31 (79,5%) estabelecimentos,
seguida de São Paulo, por 13 (33,3%).
Gráfico 2.27. Número médio de refeições servidas nos equipamentos
para gastronomia, por dia da semana – Belo Horizonte –
2010
236,6
250,0
230,7
214,5
200,0
139,5
156,4
127,6
150,0
100,9
100,0
50,0
0,0
Segunda
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sabado
Domingo
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
87
O gasto médio por pessoa varia de R$ 15,00 a R$ 140,00, ficando a média em R$50,44,
considerando apenas os 36 estabelecimentos cujos dados foram disponibilizados. Entre os
restaurantes, a média foi de R$ 64,40 e entre os Bares/Cafés/Lanchonetes R$28,23 (gráf.
2.28).
Gráfico 2.28. Gasto médio dos clientes em serviços e equipamentos
para gastronomia, por categoria de equipamento – Belo
Horizonte –2010
R$ 63,00
R$ 70,00
R$ 50,44
R$ 60,00
R$ 50,00
R$ 28,23
R$ 40,00
R$ 30,00
R$ 20,00
R$ 10,00
R$ 0,00
Média Geral
Restaurantes
Bares/ Cafés
Lanchonetes
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Uma pequena parte dos equipamentos para gastronomia oferece tarifas especiais. Apenas
10 (25,6%) têm tarifas para grupos; 8 (20,5%) oferecem tarifas especiais para crianças; e 9
(23,1%), para convênios coorporativos. Oferecem tarifas promocionais, 23 (59,0%), em
geral, disponibilizadas em função do período de menor movimento (dias de semana), para
convênios coorporativos e aniversariantes.
A principal pesquisa realizada com visitantes é a de avaliação da qualidade dos serviços,
encontrada em 21 (53,8%) equipamentos, seguindo-se a pesquisa de perfil do cliente, em 3
(7,7%); não realizam pesquisas 16 (41,0%); e realiza outro tipo de pesquisa (não
especificada) 1 (2,6%) confeitaria e não respondeu a essa pergunta1 (2,6%) restaurante
(gráf. 2.29).
Gráfico 2.29. Tipos de pesquisas realizadas pelos serviços e
equipamentos para gastronomia – Belo Horizonte –
2010
Perfil do cliente
e Avaliação de
Qualidade
7,7%
Não Respondeu
2,6%
Outras
2,6%
Avaliação de
qualidade
46,2%
Não realiza
pesquisas
41,0%
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
88
Os cartões de crédito são aceitos por 37 (94,9%) estabelecimentos, enquanto apenas 2
(5,1%) - Bares com capacidade mais reduzida - não aceitam nenhum tipo de cartão de
crédito.
Quanto aos preços de seus equipamentos em comparação com os praticados por outros
equipamentos similares em destinos competidores, 18 (46,2%) gestores responderam que
têm o mesmo nível de preços; 10 (25,6%) que os preços são mais baratos e seis (15,4%),
que os preços são mais elevados. Não responderam 5 (12,8%).
Os dados sobre faturamento não foram disponibilizado por 22 (53,8%) gestores. Afinal são
dados bastante sensíveis. Entre os 17 (43,6%) locais que responderam sobre o volume de
faturamento no último ano, a média foi de R$1.499.351,00, com lucratividade entre 4% e
40%. O faturamento declarado mais baixo foi de R$120.000,00 e o mais alto,
R$4.578.972,00. Informaram que a margem de lucro é de 40%, 2 (5,1%); entre 15 e 25% 6
(15,4%); e entre 4% e 12%, 7 (17,9%). Não souberam ou não responderam, 24 (61,5%).
Apenas 1 (2,6%) gestor declarou que 40% do capital investido é estrangeiro, dos Estados
Unidos; e 2 (5,1%) não responderam sobre participação internacional. Informaram que não
possuem nenhuma participação externa, o que configura uma oferta turística gastronômica
predominantemente nacionalizada, 36 (92,3%).
Realizaram investimentos nos últimos três meses 16 (41,0%) equipamentos (gráf. 2.30).
Não responderam ou deixaram de responder 23 (59,0%).
Quando perguntados sobre os planos, 25 (64,1%) gestores responderam que há planos de
investimento para os próximos cinco anos. A soma dos investimentos em 14 (35,9%)
equipamentos chega a R$ 2,5 milhões, sendo 41,2% em reforma e construção. planejados
nos próximos cinco anos. Declararam que os recursos para investimentos serão
provenientes de capital próprio, fruto das vendas ou do próprio faturamento, 14 (35,9%); de
crédito bancário ou financeiras, 6 (15,4%) bares e restaurantes; e de parcerias ou patrocínio
com fornecedores, 5 (12,8%). Não responderam, 3 (7,7%).
Gráfico 2.30. Volume de recursos investidos em dezesseis
serviços e equipamentos para gastronomia – Belo
Horizonte – 2007-2010
R$ 1.700.000,00
R$ 1.515.000,00
R$ 1.500.000,00
R$ 1.300.000,00
R$ 1.025.000,00
R$ 1.100.000,00
R$ 900.000,00
R$ 935.000,00
R$ 700.000,00
R$ 915.000,00
R$ 500.000,00
R$ 300.000,00
2007
2008
2009
2010*
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
* Obs: Investidos até agosto de 2010.
Alta carga tributária e elevados custos operacionais são também reclamações recorrentes.
Os gestores afirmam que a falta de incentivo dificulta e até inviabiliza novos investimentos.
−
−
89
Em relação às metas de ampliação da capacidade de atendimento nos próximos cinco anos,
24 (61,5%) gestores responderam afirmativamente. Destes, 12 planejam a ampliação física
do espaço, o que inclui reforma 6 têm meta de, no mínimo, dobrar a capacidade de
atendimento); 2 irão investir em novos produtos ou novas unidades; 4 irão investir apenas
em número de funcionários, sem necessariamente aumentar o espaço físico; e 6 irão
expandir o atendimento não souberam informar suas metas de ampliação.
Em seu conjunto, os dados sobre rendimento e perspectivas de investimento revelam um
cenário, de forma geral, bastante positivo para a amostra de restaurantes, bares e similares.
Acrescente-se que 23 (59,0%) gestores declararem que há necessidade de novas
instalações para aprimorar a qualidade de seus serviços.
Os sistemas de gestão de qualidade estão presentes em 21 (53,8%) equipamentos; 1
(2,6%) está com sistema em implantação; e 15 (38,5%) não têm esse sistema. Não
souberam responder 2 (5,1). Entre os sistemas de qualidade implantados, há 6 restaurantes
com certificação realizada por consultorias externas, 2 que seguem as determinações dos
órgãos regulatórios (ANVISA e Programa de Alimento Seguro) e 10 têm sistemas próprios
de gestão, realizados pelos gerentes por meio de treinamentos constantes, sendo que 3 não
informaram qual sistema utilizam.
Os sistemas de gestão ambiental estão presentes em 21 (53,8%) estabelecimentos, que
nem sempre são os mesmos que possuem sistema de gestão de qualidade. Dentre as
práticas mais comuns estão: campanhas para redução de consumo de água ou energia, a
coleta seletiva de lixo, reaproveitamento de recursos (com destaque para a coleta e o
reaproveitamento do óleo de cozinha, citado por 6 estabelecimentos) e tratamento de esgoto
(gráf. 2.31).
Gráfico 2.31. Número de serviços e equipamentos para gastronomia que realizam
práticas de gestão ambiental – Belo Horizonte - 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apontaram o turismo de negócios e eventos como o segmento principal para suas ações de
promoção 26 (77,7%) equipamentos de gastronomia: 8 (20,5%) turismo cultural, turismo de
saúde; 1 (2,6%) ecoturismo; e 3 (7,7%) outros. Tendo em vista a importância do turismo de
lazer (notadamente centrado em equipamentos de entretenimento e cultura) apontado pelo
estudo de demanda efetiva e potencial, esse foco deveria ser objeto de maior ajustamento.
−
−
90
Possuem site na internet 32 (82,1%) equipamentos, e 7 (17,9%) não utilizam esta
ferramenta para facilitar a comunicação com parceiros ou clientes. Entre as ferramentas de
promoção mais utilizadas estão: internet, revistas especializadas, folhetos, jornal e rádio
(gráf. 2.32).
Gráfico 2.32 Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos
para gastronomia – Belo Horizonte - 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os materiais são oferecidos em dois ou mais idiomas por 10 (25,6%) equipamentos, sendo
que o mais comum, presente em todos os 10 restaurantes, é o inglês.
As principais formas de comercialização citadas são: central de reservas própria, para 23
(59,0%) entrevistados; chegada direta do cliente, para 14 (35,9%); internet, para 13 (33,3%);
e agências de viagens, 5 (12,8%) (tab. 2.31).
Tabela 2.31. Serviços e equipamentos para gastronomia que
comercializam por meio de agências de viagens e
percentual de participação desse canal de comercialização –
Belo Horizonte – 2010
Estabelecimentos
Volume de clientes por
agências de viagens (em %)
Buteco do Maranhão
Churrascaria Fogo de Chão
Dona Lucinha I
Ambrosio‘s
20
2
10
5
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apenas 2 (5,1%) equipamentos têm dificuldades em sua comercialização. Seus gestores
citaram a falta de acesso à internet e o excesso de concorrência como fatores causadores.
Os bares e restaurantes de Belo Horizonte não estão muito integrados à oferta turística da
cidade.
O gráfico 2.33 apresenta o número de equipamentos para gastronomia que reconhecem a
existência de parcerias formais com as diferentes atividades do ambiente turístico, em que
se destacam os meios de hospedagem e as agências operadoras.
−
−
91
Gráfico 2.33 Serviços turísticos que mantêm parcerias formais com os serviços
e equipamentos para gastronomia – Belo Horizonte – 2010
10
9
9
10
8
8
7
6
5
4
5
4
4
3
2
2
1
0
Agencias/
Operadoras
Atrativos
Turísticos
Transportadores Serviços de
Meios de
turísticos
lazer e
hospedagem
entretenimento
Equipamentos
para
gastronomia
Outros
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A partir das informações sobre a integração da oferta turística, podem-se destacar cinco
restaurantes e um bar que, de fato, utilizam estratégias de parcerias simultâneas com hotéis
e agências de viagens para atrair efetivamente turistas, diversificando o público que atende
atualmente: Ambrosio‘s, Buteco do Maranhão, Fogo de Chão, Dona Lucinha 1, Paladino e
Maria das Tranças.
Um dos gestores informou que existem conflitos com as agências e as operadoras de
turismo quanto ao recebimento, porque elas querem pagar o mínimo e quando há qualquer
problema demoram de três a quatro meses para solucioná-lo.
Em relação às operadoras de cartão de crédito, 6 (15,4%) gestores informaram que existem
conflitos. Cinco respostas referem-se às taxas cobradas e três, ao mau funcionamento ou à
falta de manutenção das máquinas.
Os restaurantes Minas Tênis Clube e Dona Lucinha têm um agente de divulgação fora de
Belo Horizonte, mas apenas um deles informou quem é e onde se localiza (uma agência de
comunicação em São Paulo).
Seis estabelecimentos integram roteiros turísticos. Segundo os gestores, as agências que
os comercializam são de Belo Horizonte, sendo que duas também atuam em São Paulo.
Entre os equipamentos comercializados por agências, quatro informaram que compõem
pacotes em que Belo Horizonte é o destino final único e dois, que compõem pacotes em que
Belo Horizonte é parte de pacotes multidestinos.
Em relação à segurança para os trabalhadores e os clientes, os estabelecimentos foram
avaliados como ―muito seguros‖ por 10 (25,6%) gestores, ―seguros‖ por 25 (64,1%); e
―pouco seguros‖ por 4 (10,3%). A pesquisa identificou ainda a presença de vigilantes
privados em 19 (48,7%) estabelecimentos; e vigilância eletrônica em 30 (76,9%). A
segurança também foi avaliada sob o ponto de vista de sua localização. Informaram que
existe ronda policial no local ou estão próximos a batalhão de polícia 28 (71,7%) gestores.
Considerações sobra a análise dos serviços e equipamentos de gastronomia
A oferta gastronômica de Belo Horizonte é diversificada. Contempla desde opções
econômicas a outras mais sofisticadas, que atendem a diferentes paladares e preferências.
−
−
92
Todavia, essa oferta está muito mais direcionada aos cidadãos aqui residentes. O turismo é
visto como uma atividade complementar, cujo público é pouco significativo, e com reduzida
capacidade de produzir mudanças na oferta desses serviços atualmente.
Em função da baixa importância que o turismo representa para a maioria dos equipamentos,
o segmento de negócios e eventos foi apontado como o foco principal de suas ações de
promoção. Esse foco merece mais atenção e poderia ser mais bem ajustado se se
considera a relevância do turismo de lazer (mais centrado nos equipamentos de
entretenimento e cultura) identificada no estudo de demanda efetiva e potencial realizado
em 2010.
O setor movimenta um volume considerável de recursos. Existem restaurantes que chegam
a servir mil refeições em um único dia. A existência de redes e cadeias, em sua maioria de
âmbito nacional, é outro fator positivo, que aumenta a competitividade de Belo Horizonte
como destino turístico.
Entre os bares e restaurantes de Belo Horizonte pesquisados, os programas de gestão
ambiental são bastante frequentes. Merece destaque o reaproveitamento de óleo de
cozinha, que, em parte, é fruto do projeto ―Papa óleo‖ da Associação Brasileira dos Bares e
Restaurantes (ABRASEL).
O crescimento econômico, de modo geral, tem beneficiado o setor. Os gestores querem
ampliar a capacidade de atendimento de seus empreendimentos. A maior parte deles
informou que os recursos para esses investimentos serão próprios, indicando, porém, certa
dificuldade de acesso às linhas de financiamento existentes. De outro lado, há reclamações
sobre a alta carga tributária e os elevados custos operacionais, que dificultam e até mesmo,
inviabilizam novos investimentos.
O trânsito tem relação direta com a oferta gastronômica. Os congestionamentos e a
dificuldade de estacionamento, segundo os gestores, prejudicam o fluxo de clientes. No
caso dos turistas, a demora para chegar aos locais impacta negativamente na imagem do
destino.
Também merece atenção o fato de os materiais promocionais, em geral, não serem
produzidos em outros idiomas. A relação entre os equipamentos de alimentação e as
agências de viagem é ainda incipiente, o que dificulta a formação de produtos turísticos
estruturados e completos.
2.1.3.3. Serviços e Equipamentos de Agenciamento
Os serviços e os equipamentos de agenciamento, segundo a categorização do Inventário da
Oferta Turística (INVTUR) do Ministério do Turismo, incluem as agências de viagem e as
agências de viagem e turismo (operadoras turísticas).
Dados da RAIS de 2009 apontam para a existência em Belo Horizonte de 387 agências de
viagem, que empregavam 2.110 pessoas; 5 operadores turísticos (agências de viagem e
turismo), que empregavam 9 pessoas; 16 serviços de reservas e outros serviços de turismo
não especificados, que empregavam 58 pessoas. No total, são 408 estabelecimentos
formais de agenciamento que empregavam 2.177 trabalhadores em Belo Horizonte em
2009.
Para os efeitos desta pesquisa, foram consideradas, inicialmente, apenas as agências que
operam o turismo receptivo na cidade de Belo Horizonte, atendendo às exigências do
PDITS, que considera tão somente os equipamentos de maior relevância para a atividade
−
−
93
turística atual e potencial. Em Belo Horizonte, foram identificados 19 desses equipamentos
cadastradas no Cadastur e em diferentes programas do setor7.
A partir desse levantamento, foram selecionadas 11 agências de perfil mais receptivo, das
quais 10 (90,9%) responderam aos questionários que embasam esta pesquisa (quadro
2.21).
Quadro 2.21. Categoria Serviços e Equipamentos de Agenciamento comercialização –
Belo Horizonte – 2010
Tipo
Agências de
viagem
Agências de
viagem e turismo
Nome
Brasil Aventuras Expedições
Trilhas de Minas
Beagatur Turismo
Condotti Turismo
Primotur Turismo Ecológico
Arte y Vida Turismo
Tauanã Turismo Ecopedagógico Esporte e Aventura
CVC
Master Turismo
Pampulha Turismo
Ano de início
das atividades
1995
2000
1984
1996
1998
1988
1991
2009
1987
1958
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Iniciaram suas atividades na década de 1990, 4 (40%); na década de 1980, 2 (20%); a partir
do ano 2000, 2 (20%); e uma (10%) no ano de 1958. Não respondeu, 1 (10,0%). As dez
agências são privadas, sendo que 5 (50%) pertencem a redes ou cadeias de agências, das
quais 3 são internacionais, 1 nacional e 1 local, e 5 (50,0%) operam isoladamente.
O Registro Oficial fornecido pelo Ministério do Turismo/EMBRATUR é obrigatório. Todas as
agências pesquisadas estão registradas. Em relação ao tipo de serviço que oferecem 7
(70%) operam turismo receptivo e turismo emissivo e 3 (30%) operam exclusivamente o
serviço receptivo.
Informaram que não trabalham com pacotes exclusivos da cidade de Belo Horizonte 6 (60%)
agências. Ou seja, seus pacotes sempre incluem outros destinos, como as cidades
históricas, alguns municípios da região metropolitana de Belo Horizonte, como Nova Lima,
Brumadinho e Sete Lagoas, além de parques (Ibitipoca, Inhotim e Canastra), Araxá, Estrada
Real e outras regiões do País. Oferecem roteiros só com Belo Horizonte 4 (40%) agências.
A tabela 2.32 apresenta o quantitativo de agências que trabalham com diferentes produtos e
pacotes, incluindo ou não a cidade de Belo Horizonte.
Tabela 2.32. Roteiros oferecidos pelos serviços e equipamentos de agenciamento – Belo
Horizonte – 2010
Tipo de roteiro
7
−
Cidades que incluem
Quantidade
Abs
%
Roteiros que incluem
apenas Belo Horizonte
City-Tour em Belo Horizonte
4
40
Roteiros para outras
cidades que incluem Belo
Sabará, Brumadinho, Serra do Curral, Nova
Lima, Ouro Preto, Diamantina, Inhotim,
9
90
Participam do programa ―Minas Recebe‖ da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, e/ou
participam da campanha ―BH espera por você‖ do Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau e/ou
participam do projeto ―BH + 1 Dia‖ da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais
(ABIH/ MG)
−
94
Horizonte
Tiradentes, Sete Lagoas
Roteiros para outras
cidades do interior de
Minas que não incluem
Belo Horizonte
Vale Verde, Ouro Preto, Mariana, Parques
(Ibitipoca e Canastra), Cidades Históricas,
Estrada Real
7
70
Outros roteiros
Rio de Janeiro, Paraty, Salvador, Foz do
Iguaçu, Amazônia, Araxá, Praias do
Nordeste, Brasil inteiro
6
60
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apesar de a seleção intencional da amostra considerar apenas agências receptivas, 4 (40%)
informaram que mais de 90% do seu movimento atual é proveniente do turismo emissivo e 6
(60%) têm 60% ou mais do seu movimento concentrado no turismo receptivo, sendo que 3
trabalham exclusivamente com turismo receptivo - ou seja, 100% de suas vendas são para
pessoas que chegam de outras regiões (tab. 2.33).
Tabela 2.33. Participação relativa do turismo receptivo no total dos serviços e
equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010
Participação do turismo receptivo no volume
de vendas totais
Quantidade
Abs.
%
Até 10%
4
40
Entre 60% e 70%
2
20
80%
1
10
100%
3
30
Total
10
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A pesquisa identificou os três principais roteiros comercializados pelas agências receptivas.
As tabelas 2.34, 2.35 e 2.36 apresentam os principais roteiros citados.
Tabela 2.34. Principal roteiro comercializado pelos serviços e equipamentos de
agenciamento – Belo Horizonte – 2010
Roteiro
Quantidade
Abs.
%
Cidades históricas
5
50
Porto Seguro
2
20
Canastra, Caraça e Caratinga
1
10
Serra do Cipó
1
10
Não respondeu
Total
1
10
10
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010.
Tabela 2.35. Segundo principal roteiro comercializado pelos
equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte – 2010
Roteiro
−
serviços
e
Quantidade
Abs.
%
Belo Horizonte
1
10
Brasília
1
10
Caraça
1
10
Circuito das Grutas
1
10
−
95
Ecológico (Cipó e Carrancas)
1
10
Natal
1
10
Pantanal
1
10
Tiradentes e São João Del Rey
1
10
Não respondeu
2
20
10
100
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Tabela 2.36. Terceiro principal roteiro comercializado pelos serviços e equipamentos
de agenciamento – Belo Horizonte – 2010
Quantidade
Roteiro
Abs.
%
Estrada Real
2
20
Belo Horizonte
1
10
Diamantina
1
10
Inhotim
1
10
Maceió
1
10
Parque Estadual Intervales, Itatiaia e Ubatuba
1
10
Portugal
1
10
Não respondeu
2
20
10
100
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Oferecem serviços de excursão, city tour e traslado 9 (90,0%). O serviço de locação de
veículos é oferecido por 6 (60,0%).
O valor médio dos principais roteiros comercializados varia entre R$170,00 e R$2.200,00
nos dez equipamentos, com média de R$912,00. O valor que mais se repete é R$800,00
citado por 2 (20%) agências. O tempo médio de duração desses roteiros varia entre um e
dez dias, com média de 4,75 dias. Apesar de o valor médio de roteiro mais alto
corresponder ao de duração mais longa, existem roteiros com a mesma duração que são
mais caros do que outros, sendo que o valor por dia oscilou entre R$ 68,00 e R$ 285,70.
A quantidade de turistas atendidos pelas agências foi analisada, mas não foi possível
estabelecer uma tendência a partir dos dados analisados. Em 2 (20%) equipamentos, o
volume de turistas se manteve entre 2007 e 2009 e em 1 (10%) houve crescimento. Acusou
ligeira queda nesse montante 1 (10%) em 2009 e 1 (10%) iniciou suas atividades em 2009.
Não informaram o número de turistas atendidos 5 (50%) agências.
A tabela 2.37 apresenta os quantitativos de atendimento das agencias relativos à duração
dos roteiros e ao atendimento aos turistas entre 2007 e 2009, sendo este último dado
informado por apenas 4 (40,0%) equipamentos.
Tabela 2.37. Turistas atendidos por serviços e equipamentos de agenciamento – Belo
Horizonte – 2010
Tipo de equipamento
Agências de viagem
Agências de viagem e turismo
Total geral
−
Duração média dos
roteiros
(em número de dias)
Volume médio de turistas
recebidos nos últimos três anos
(em número de pessoas)
2007
2008
2009
7
150
150
130
3,8
770
880
2220
-
920
1030
2350
−
96
Média geral
4,8
230
257,5
587,5
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O perfil dos turistas também foi avaliado durante a pesquisa. Afirmaram que a faixa etária
média dos clientes situa-se entre 39 e 52 anos 5 (50%) agências; que tem a maior parte dos
clientes entre 53 e 65 anos, 2 (20%); entre 26 a 38 anos, uma (10%); acima de 65 anos, 1
(10%). Não soube responder, 1 (10%).
Ainda em relação ao perfil dos clientes, 4 (40%) equipamentos têm clientes com renda entre
5 e 12 salários mínimos (até R$6.000,00); 2 (20%) entre 2 e 5 salários (até R$2.500,00), 1
(10%) entre 12 e 25 salários (até R$ 12.000,00) e um (10%) acima de 25 salários mínimos.
Não souberam responder 2 (20%).
Em quatro (40%) equipamentos a maior parte dos clientes é de Belo Horizonte e região
metropolitana; em 3 (30%) brasileiros de outras regiões; e em 3 (30%) turistas
internacionais.
Com relação à permanência média dos turistas em seus roteiros, quatro (40%) agências
disseram ser de sete dias ou mais, para três (30%) entrevistados essa permanência média
varia entre três e seis dias, dois (20%) informaram que a média é de um dia e outro (10%)
declarou ser de dois a três dias.
Oferecem roteiros que estão parcialmente preparados para atender pessoas portadoras de
necessidades especiais 3 (30%) equipamentos; não oferecem nenhum roteiro que possa
atender a esse público, 7 (70,0%); e 1 (10%) tem roteiros específicos, desenhados
especialmente para deficientes auditivos, cadeirantes e amputados.
Informaram que possuem planejamento estratégico 4 (40%) agências, que não possuem, 3
(30%); e que o planejamento está em elaboração, 3 (30%).
Julho e setembro foram considerados pela maioria os meses de maior movimento e janeiro
e dezembro, tipicamente de férias escolares, os de menor movimento (gráf. 2.34 e gráf.
2.35).
Gráfico 2.34 Mês de maior movimento nos serviços e equipamentos
de agenciamento, pesquisados por número de
estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
97
Gráfico 2.35. Mês de menor movimento nos serviços e equipamentos de
agenciamento, por número de estabelecimentos – Belo
Horizonte – Minas Gerais – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O valor dos pacotes comercializados varia na baixa e na alta temporada. Para 4 (40%)
agências, cresce entre 10 e 25%, para 2 (20%) 50%; e para 3 (30%) não há alteração. Não
tem informações sobre a mudança dos valores 1 (10%).
Quanto à concessão de tarifas especiais, duas agências (20%) têm para maiores de 60
anos, 4 (40%) para convênios corporativos, 6 (60%) para crianças e 8 (80%) para grupos.
Quanto às tarifas promocionais, 6 (60,0%) as disponibilizam em função da baixa temporada,
para diminuir a sazonalidade e conquistar novos clientes.
O percentual de origem dos clientes das agências (internacional, nacional regional e local)
está distribuído na tabela 2.38.
Tabela 2.38. Origem dos clientes do serviços e equipamentos de agenciamento, por
percentual de participação – Belo Horizonte – 2010
Classe de
participação
Internacional
Abs.
%
Não tem (0%)
Até 10%
5
50
Entre 11 e 20%
1
10
Entre 21 e 30%
1
10
Nacional
Abs.
Regional
%
Abs.
Local
%
2
20
5
50
4
40
4
40
Abs.
%
4
40
1
10
1
10
1
10
1
10
Entre 31 e 40%
Entre 41 e 50%
Entre 51 e 60%
1
10
Entre 61 e 70%
Entre 71 e 80%
1
10
1
10
Entre 81 e 90%
Acima de 91%
1
10
1
10
1
10
Não respondeu
1
10
1
10
1
10
1
10
10
100
10
100
10
100
10
100
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os cartões de crédito não são aceitos por 3 (70%) dos dez estabelecimentos, o que gera
dificuldades para seus clientes.
−
−
98
Responderam sobre o volume de faturamento no último ano 6 (60,0%) gestores, todos
locais, cujo valor individual oscilou entre R$120.000,00 e R$167.000.000,00, com
lucratividade entre 0% e 40%. Nenhuma empresa tem participação de capital estrangeiro, o
que configura uma oferta turística de agências completamente nacionalizada. Deixaram de
responder 4 (40,0%) gestores.
A pesquisa de perfil de cliente é realizada em 4 (40%) equipamentos; e em 7 (70%), é
conduzida pesquisa de avaliação de qualidade/satisfação. Não realizam nenhum tipo de
pesquisa 2 (20%).
Declararam que não houve investimento em 2007, 2008 e 2010, 3 (30,0%) agentes.
Declararam ter investido R$10.000,00, R$60.000,00 e R$1.600.000,00, cada um, em 2007,
3 (30,0%) agentes, tendo aumentado para R$20.000,00, R$70.000,00 e R$2.500.000,00, na
mesma ordem, em 2008. Declararam ter investido R$20.000,00, R$50.000,00,
R$130.000,00 e R$2.800.000,00, 4 (40,0%) agentes. Declararam que realizaram
investimentos de R$20.000,00 e R$40.000,00 em 2010, 2 agentes. Não responderam 4
(40,0%) agentes.
Quanto à existência de um plano concreto de investimento para os próximos cinco anos, 7
(70,0%) agentes responderam que sim e 2 (20,0%) que não existe. Não respondeu 1
(10,0%). O volume desses investimentos oscila entre R$10.000,00 e R$1.000.000,00,
concentrando-se em materiais e equipamentos (tab. 2.39).
Tabela 2.39. Distribuição dos investimentos dos serviços e equipamentos de agenciamento por
setor e valor – Belo Horizonte – 2010 (em percentual)
Valores (em R$mil)
Setores
0
(zero)
Até 5
Até 50
Reforma e
construção
20
10
Treinamento
40
Projetos de
gestão ambiental
Até
150
Até
250
Até
600
NS
NR
Total
20
-
-
-
10
40
100
-
10
-
-
-
10
40
100
40
-
-
10
-
-
10
40
100
Materiais e
equipamentos
10
10
-
10
10
10
10
40
100
Outro setor
40
-
-
-
-
-
10
50
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A origem dos recursos para investimentos é própria em 6 (60%) equipamentos e 1 (10%)
gestor informou que irá recorrer a financiamentos. não informaram a fonte dos recursos 3
três (30%).
As metas de ampliação dos equipamentos estão presentes em 7 (70,0%) equipamentos,
relacionando-se a: aumento da frota, diversificação dos produtos, expansão do serviço
receptivo, construção de pousadas e contratação de mais funcionários. Informou que não
tem metas de ampliação ou expansão 1 (10,0%). Não respondeu, 1 (10,0%).
Para melhorar a qualidade dos serviços prestados, os equipamentos, segundo seus
gestores, precisam aumentar a estrutura física e treinar e desenvolver pessoas.
Os sistemas de gestão de qualidade estão implantados em 3 (30%) equipamentos (ISO
9001, SGS e pós-vendas-interno) e em implantação 2 (20%). Não têm esse sistema 5
(50%).
−
−
99
Os sistemas de gestão ambiental estão implantados em 3 (30%) equipamentos e em
implantação em 1 (10%). Não têm nenhum sistema de gestão ambiental 6 (60%). Dentre as
práticas mais comuns citam-se: políticas de redução de consumo de água ou energia e
outras práticas, como a de plantar uma árvore para cada pacote vendido (tab. 2.40).
Tabela 2.40.Práticas ambientais realizadas pelos serviços e equipamentos de
agenciamento de Belo Horizonte/MG pesquisados - 2010
Ação
Coleta seletiva de lixo
Reaproveitamento de recursos
Fontes alternativas de energia
Tratamento de efluentes
Políticas de redução de consumo (água, energia)
Outra prática para gestão ambiental
Situação (%)
Sim
Em implantação
50,0
10,0
50,0
20,0
10,0
10,0
90,0
60,0
-
Não
40,0
50,0
80,0
80,0
10,0
40,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Na opinião dos agentes, a região geográfica de origem do seu principal mercado emissor de
clientes é a própria cidade e a região metropolitana, citada por 7 (70%), seguindo-se pelo
restante da região Sudeste, por 4 (40,0%), e São Paulo e o exterior, por 3 (30,0%) (tab.
2.41).
Tabela 2.41. Principal mercado emissor dos serviços e equipamentos
de agenciamento – Belo Horizonte – 2010
Principal mercado emissor
Agências (%)
Belo Horizonte e Região Metropolitana
70,0
Interior de Minas Gerais
20,0
São Paulo
30,0
Rio de Janeiro
20,0
Restante da Região Sudeste
40,0
Distrito Federal/ Região Centro-Oeste
10,0
Região Sul
20,0
Região Nordeste
10,0
Região Norte
10,0
Exterior
30,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O segmento alvo das agências é: para 4 (40,0%) o turismo cultural, para 3 (30,0%) o turismo
de negócios e eventos; para 2 (20,0%) o ecoturismo; e para 1 (10,0%) o turismo de
aventura.
Essa informação reflete a diversidade da oferta turística de Belo Horizonte e de Minas
Gerais, já que algumas agências trabalham também com outros destinos em Minas que não
incluem Belo Horizonte.
Entre as ferramentas de promoção mais utilizadas estão: internet, folhetos e participação em
feiras (tab. 2.1.42).
−
−
100
Tabela 2.1.42.
Meios de promoção utilizados pelos serviços e
equipamentos de agenciamento – Belo Horizonte –
2010
Meios de promoção
Agências que utilizam (%)
Folhetos
80,0
Revistas especializadas
50,0
Jornal
20,0
Rádio
10,0
TV
10,0
Internet
90,0
Promotores de vendas
50,0
Participação em feiras
70,0
Outros
20,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apenas 4 (40,0%) agências oferecem os materiais em dois ou mais idiomas. A língua mais
comum é o inglês, presente em todas as quatro, seguindo-se o espanhol, em três.
Para 4 (40,0%) equipamentos a principal forma de comercialização é a central de reservas
própria (telefone); para 2 (20,0%) são as operadoras, que respondem por mais de 70% de
suas vendas; para 1 (10,0%) é o walk-in (clientes que chegam direto à loja); e para 1
(10,0%) é a internet, responsável por 85% de seus negócios. Não souberam informar as
principais formas de comercialização 2 (20,0%).
Informaram que há dificuldades em sua comercialização 6 (60,0%) agências que citaram os
problemas e necessidades:
 aumentar os pontos de venda;
 chegar com eficiência ao mercado consumidor;
 dificuldades de parcerias com órgãos públicos;
 dificuldades financeiras;
 excesso de concorrência;
 valor elevado para comercialização.
A integração das agências de viagem com outros atrativos e equipamentos turísticos do
destino é bastante expressiva (tab. 2.43). Destacam-se como os principais benefícios
dessas parcerias levantados durante a pesquisa foram: melhores tarifas e preços mais
competitivos, melhor qualidade dos serviços prestados, maior organização dos roteiros,
melhor divulgação da marca, ampliação do canal de comercialização, agendamento prévio
de visitas e possibilidade de oferecer vários serviços ao cliente em um só lugar.
Tabela 2.43
Parcerias formais entre atrativos e equipamentos
turísticos com os serviços e equipamentos de
agenciamento – Belo Horizonte – 2010
Atrativo ou equipamento parceiro
Agências com parceria (%)
Operadoras
70,0
Atrativos turísticos
90,0
Transportadores turísticos
90,0
Serviços de lazer e entretenimento
80,0
Meios de hospedagem
100,0
Companhias aéreas
80,0
Serviços de gastronomia/ alimentação
80,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
101
Em relação à organização e à integração dos equipamentos com as estratégias públicas e
do trade, 6 (60%) agentes participam pelo menos um programa ou ação oficial de incentivo
receptivo, sendo que cinco participam do ―BH + 1 dia‖, três do ―Minas Recebe‖, dois do
―Minas de Ouro‖, dois de promoções da Abeta, um do ―Vai Brasil‖ e um da rede de negócios
de BH (quadro 2.22).
Quadro 2.22. Participação dos serviços e equipamentos de agenciamento em ações setoriais – Belo
Horizonte – 2010
Participação em programas e ações setoriais
Nome do estabelecimento
Programa
―BH + 1 dia‖
Campanha
―BH espera por
você‖
Programa
―Minas
Recebe‖
Arte y Vida Turismo
Beagatur Turismo
X
Brasil Aventuras Expedições
Condotti Turismo
X
Master Turismo
X
X
Pampulha Turismo
X
X
Primotur Turismo Ecológico
X
Tauanã Turismo Ecopedagógico Esporte e Aventura
X
X
Trilhas de Minas
X
WJ Viagens e Turismo (CVC)
X
Total
5
2
4
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os conflitos com operadores, citados por 3 (30%) gestores, estão relacionados a: câmbio
que utilizam, entrada dos operadores no mercado de trabalho dos agentes e oferta de
lugares e de descontos para compra direta.
Em relação às operadoras de cartão de crédito, apenas 1 (10%) gestor informou que
existem conflitos e que a dificuldade é em relação aos estornos. Já em relação às
companhias aéreas, 3 (30%) gestores declararam que existem conflitos, tais como:
dificuldade de remarcação, cancelamento de reservas, falta de lugares e falta de
atendimento direto às agências.
Têm agentes de divulgação fora de Belo Horizonte 5 (50,0%) equipamentos, cujos
benefícios são: divulgação do trabalho, maior volume de vendas, novos mercados e
relacionamento.
Quanto ao nível de segurança dos equipamentos, 2 (20,0%) agentes os consideram ―muito
seguros‖; 5 (50,0%) ―seguros‖; e 3 (30,0%) ―pouco seguros‖. Os equipamentos considerados
―muito seguros‖ contam com a presença de vigilantes privados, vigilância eletrônica e ronda
policial no local ou estão próximos a batalhão de polícia. No caso dos equipamentos
―seguros‖ contam com vigilância eletrônica e localização próxima a batalhão de polícia e os
―pouco seguros‖ contam apenas com vigilância eletrônica.
Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos de agenciamento
Os serviços e equipamentos de agenciamento de Belo Horizonte estão integrados ao trade.
Em sua maioria, operam em rede com outros equipamentos do Brasil e, até mesmo, do
exterior.
O movimento emissivo, mesmo nas das agências receptivas, ainda é muito expressivo. Belo
Horizonte é um pólo mais emissor do que receptor de turistas. O segmento alvo principal
−
−
102
das agências é o turismo cultural, seguido do turismo de negócios e eventos, do ecoturismo
e do turismo de aventura. Isso reflete o fato de algumas agências trabalharem também com
outros destinos em Minas Gerais que não incluem Belo Horizonte.
Os pacotes comercializados variam em duração e preço. Há opções para diferentes públicos
no que diz respeito tanto à motivação da viagem quanto ao nível de gastos. Entre os roteiros
comercializados pelas agências receptivas, ainda predominam roteiros que operam outras
cidades do estado sem incluir Belo Horizonte entre os destinos. Ou seja, a Capital funciona
mais como um pólo de chegada aérea, de onde os turistas são distribuídos para outros
destinos do interior. Nesse sentido, é necessário trabalhar melhor o receptivo, para que os
turistas possam desfrutar dos atrativos e equipamentos de lazer da cidade. Nesse sentido,
as agências de Belo Horizonte devem empenhar-se para oferecer aos turistas experiências
diferenciadas, com opções de preços variados, para atender a uma ampla camada de
clientes.
A origem dos turistas é variada. Em alguns casos, procurar atendê-los torna-se o principal
interesse de algumas agências. Esses nichos de mercado estão sendo trabalhados com o
apoio de agentes de divulgação externa, que contribuem com a comercialização dos
pacotes também para públicos de outras regiões do Brasil
É necessário incrementar a adoção no setor de sistemas de gestão de qualidade e gestão
ambiental capazes de contribuir para a competitividade do destino. Muitas agências
pesquisadas informaram a existência de dificuldades financeiras, excesso de concorrência
e valor elevado cobrado para comercialização dos produtos.
−
−
103
2.1.3.4.
Serviços e equipamentos para transporte
Os serviços e equipamentos para transporte, segundo a categorização do INVTUR do
Ministério do Turismo, são separados em quatro tipos: transportadoras turísticas; locadoras;
taxis; e outros.
Dados da RAIS para Belo Horizonte apontam para a existência em 2009 de: 101
estabelecimentos de transporte rodoviário coletivo sob fretamento e outros, empregando
2.175 pessoas; 164 locadoras de automóveis sem condutor, empregando 1.464 pessoas; 24
locadoras de outros meios de transporte sem condutor, empregando 168 pessoas; 55
estabelecimentos de transporte rodoviário de táxi, empregando 443 pessoas; e 14
estabelecimentos de transporte aéreo não regular, empregando, 349 pessoas. No total,
essas atividades somavam 358 estabelecimentos formais, empregando 4.599 trabalhadores.
Considerando todo o transporte aeroviário, rodoviário, aquaviário e ferroviário usado tanto
para os turistas quanto para a população local, o total de estabelecimentos de serviços e
equipamentos para transporte em Belo Horizonte em 2009 era de 668, empregando 32.038
trabalhadores.
A infraestrutura e os serviços gerais de transporte são objeto de análise no item 2.3.1 deste
PDITS. Belo Horizonte conta com uma satisfatória e moderna frota de táxis, que oferece
serviços de qualidade. Os condutores vêm sendo objeto de constantes ações de
capacitação, inclusive em idiomas estrangeiros, para melhor atender o turista. A cidade
conta também com um bom número de locadoras de meios de transporte, incluindo aquelas
de grande porte que operam em rede no território nacional, com excelente padrão de
qualidade, como Localiza, Avis e Hertz Rent a Car.
Seguindo os critérios do PDITS, a pesquisa aplicada a gestores de serviços e equipamentos
de transporte centrou-se em um segmento tipicamente turístico e de grande relevância para
o setor: o de transportadores turísticos. Foram selecionadas inicialmente sete empresas de
maior relevância atual e potencial para Belo Horizonte neste segmento. Tal seleção foi
intencional, tomando-se por base o Cadastur, do Ministério do Turismo, os receptivos
cadastrados no programa ―BH Espera por Você‖ e os profissionais especialistas que atuam
na área.
Da amostra inicial intencionalmente selecionada, cinco participaram da pesquisa de campo
respondendo ao relatório, passando a constituir a amostra efetivamente trabalhada. Dessa
amostra, a empresa Pampulha Turismo também foi pesquisada enquanto serviço e
equipamento para agenciamento, uma vez que atua em ambos os setores.
No quadro 2.23 encontra-se a relação dos cinco estabelecimentos pesquisados e os anos
em que foram inaugurados.
Quadro 2.23 Serviços e equipamentos para transporte, por ano de início das
atividades – Belo Horizonte – 2010
Tipo
Transportadoras Turísticas
Equipamento
Início de atividades
Banana Veloz
1993
Expresso Biagini
1997
Pampulha Turismo
1958
T8T Traslados e Fretamentos
2008
Vip Locação de Vans
2004
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os equipamentos pesquisados iniciaram suas atividades há pelo menos dois anos, sendo
que um na década de 50, dois na década de 90 e dois nos últimos dez anos. A pesquisa
−
−
104
indicou que todas as transportadoras turísticas são particulares, não integram cadeia ou
rede e possuem registro oficial no Ministério do Turismo/Embratur, estando devidamente
formalizadas e legais.
Todos os equipamentos para transporte trabalham tanto com transporte receptivo quanto
com o transporte emissivo. O volume de vendas para o setor receptivo de cada
transportadora turística varia entre 70% e 15% e para o setor emissivo, entre 75% e 30%
(tab. 2.44).
Tabela 2.44. Participação relativa dos setores emissivo e receptivo nas
vendas dos serviços e equipamentos de transporte – Belo
Horizonte – 2010
Empresa
Participação (%)
Receptivo
Emissivo
Banana Veloz
70,0
30,0
Expresso Biagini
30,0
70,0
Pampulha Turismo
60,0
40,0
T8T Translados e Fretamentos
15,0
75,0
Vip Locação de Vans
70,0
30,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Todas as transportadoras turísticas são especializadas em locação de veículos e serviço de
translado e, também, oferecem city tour pela Capital mineira. À excessão de uma, todas
oferecem serviço de excursão e roteiros turísticos. A comercialização de pacotes,
excursões, roteiros e city-tours, segundo a Embratur, é responsabilidade exclusiva das
agências de viagem. Isso cria conflitos entre as agências e as transportadoras. Para
minimizar esses conflitos e viabilizar a comercialização de roteiros de forma legal, as
transportadoras também podem ser cadastradas como agências de viagens. A área de
atuação de todas as transportadoras é o território nacional.
As quatro transportadoras turísticas que oferecem roteiros oferecem Belo Horizonte
isoladamente e em conjunto com outras cidades. Três empresas não informaram quais são
as cidades que compõem com Belo Horizonte o roteiro juntamente. O gestor que respondeu
a essa pergunta afirmou que o roteiro integra o Museu de Arte Contemporânea Inhotim.
Duas transportadoras turísticas ofertam também roteiros para o interior de Minas Gerais
sem incluir a Capital, sendo que os principais destinos são as cidades históricas (Ouro
Preto, Mariana, Congonhas, São João del Rei, Tiradentes e Diamantina foram citadas), além
de Araxá e Grutas. Um equipamento oferece outros roteiros, destinados a outros estados e,
até mesmo, a outros países não especificados.
A tabela 2.45 apresenta a quantidade de transportadoras turísticas que oferecem os
diferentes tipos de roteiros.
Tabela 2.45. Área de atuação dos serviços e equipamentos de transporte – Belo
Horizonte – 2010
Tipo de roteiro
Quantidade de transportadoras
Abs.
%
Apenas Belo Horizonte
4
80,0
Outras cidades, incluindo Belo Horizonte
4
80,0
Interior de Minas Gerais, sem incluir Belo Horizonte
2
40,0
Roteiros em outros estados e/ou países
1
20,0
Não oferecem roteiros
1
20,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
105
Considerando as quatro transportadoras que oferecem roteiros turísticos, dois gestores
citaram os três principais roteiros vendidos, um citou apenas o mais vendido e um (20%)
não citou nenhum dos roteiros comercializados por sua empresa. Entre os sete roteiros
citados, quatro são destinados às cidades históricas, dois à Capital mineira e um a outras
cidades não especificadas. Diamantina, Ouro Preto e Tiradentes merecem destaque dentre
as cidades históricas, pois foram citadas isoladamente entre os três roteiros mais vendidos.
As cidades históricas têm participação importante no volume de serviços dos
transportadores e todos os quatro equipamentos que disponibilizaram a informação sobre os
três principais roteiros, têm essas cidades entre eles, chegando representar 60% do volume
total de roteiros comercializados em determinado equipamento. Belo Horizonte, incluindo o
traslado aeroporto/hotel/aeroporto, também merece destaque. Em um dos equipamentos
isso representa 40% do volume total de serviços, enquanto em outro chega a 60%.
O valor médio dos roteiros comercializados foi informado por apenas dois gestores,
situando-se entre R$400,00 e R$800,00. Dois não souberam responder. Um gestor, cujo
serviço principal é o transporte de funcionários para empresas, informou que o valor médio
que cobra é R$2.000,00. O tempo médio de duração desses roteiros é de um dia em dois
equipamentos e de quatro dias em outros dois. Já que um não oferece roteiros, esta
pergunta não se aplica.
A pergunta sobre o volume médio de turistas transportados nos últimos anos foi respondida
por apenas um gestor. Por isso, é impossível realizar qualquer avaliação preliminar sobre o
segmento de transportadores turísticos de Belo Horizonte quanto a este quesito. A única
empresa que disponibilizou esses dados registrou um crescimento agudo no volume de
serviço, tendo transportado 10 mil pessoas em 2007, 15 mil em 2008 e 20 mil em 2009.
A frota total das cinco transportadoras é de 117 veículos. O número de veículos de cada
uma varia entre 18 e 37, ficando a média de veículos em 23 por transportadora. O número
de assentos nas cinco frotas soma 1.942 lugares, o que indica que a capacidade média de
atendimento simultâneo a clientes sentados é de 388 clientes por transportadora. O número
de lugares sentados de cada empresa varia entre 280 e 635 (tab 2.46).
Tabela 2.46. Frota total de veículos e de assentos ofertados pelos serviços e
equipamentos de transporte – Belo Horizonte – 2010
Transportadora
Número total de
veículos
Número total de
assentos
Banana Veloz
18
280
Pampulha Turismo
20
302
Expresso Biagini
20
635
T8T Traslados e Fretamentos
22
340
Vip Locação de Vans
37
385
117
1.942
Total
Números médios
23,4
388,4
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A frota total dos cinco equipamentos compõe-se de: 33 carros, 28 vans, 45 micro-ônibus, 10
ônibus e outro veículo
O gráfico 2.36 mostra que a maior parte da frota das transportadoras turísticas é composta
por micro-ônibus (38%), seguida por carros (28%) e vans (24%).
−
−
106
Gráfico 2.36. Frota dos serviços e e equipamentos de transporte,
por tipo de veículo – Belo Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A idade média dos veículos de cada transportadora varia entre um e quatro anos. Três
possuem frota com idade média de dois anos, um tem idade de quatro anos e conta com
uma frota bem recente, com média de apenas um ano, e um caracteriza sua frota como
―nova‖.
Existem na frota sete veículos adaptados para atender clientes com necessidades especiais,
disponibilizados por três empresas. Apenas uma empresa possui roteiros preparados para
receber esse público, embora não ofereça roteiro especifico.
O planejamento estratégico é utilizado apenas por duas das cinco empresas, uma com esse
dispositivo em atividade e uma em processo de elaboração. As pesquisas com visitantes
não são realizadas por duas transportadoras, ao passo que três efetuam apenas pesquisa
de satisfação/qualidade. Como nenhuma das empresas realiza pesquisa sobre o perfil do
cliente, os dados sobre esse assunto são apenas estimativas resultantes da percepção dos
gestores sobre seu público.
Segundo três gestores, seus clientes possuem idade entre 26 e 38 anos. Para outro, seus
clientes possuem entre 39 e 52 anos. Um gestor não soube responder. Em relação à renda
média dos clientes, cada equipamento trabalha com um perfil diferente. Para um gestor,
varia entre 2 e 5 salários mínimos, para outro, entre 5 e 12, e para um outro, entre 12 e 25
salários mínimos. Dois gestores não souberam responder. Os clientes das transportadoras
turísticas de Belo Horizonte são, principalmente, de origem local ou nacional na opinião de
quatro equipamentos. Para outro, são de origem internacional. Os dados sobre a origem
desses turistas internacionais ou a participação desse público no volume total de
passageiros não foram informados.
Segundo a maior parte dos gestores, o período de maior movimento é o segundo semestre,
e o de menor movimento é o primeiro semestre (gráf. 2.37 e gráf. 2.38).
−
−
107
Gráfico 2.37. Meses de maior movimento nos serviços e
equipamentos de transporte, por número de
estabelecimentos – Belo Horizonte –2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Gráfico 2.38. Meses de menor movimento nos serviços e
equipamentos de transporte, por número de
estabelecimentos – Belo Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Para dois gestores o maior movimento ocorre nos feriados, para um, nos fins de semana e
para um, outros. Um não respondeu.
Segundo três gestores, os valores cobrados na alta e na baixa temporada são diferentes,
chegando a alterar em até 40% em um dos equipamentos. Os outros dois gestores
informaram que não há alteração nos preços ao longo do ano. Três transportadoras
oferecem promoções em função da baixa temporada ou no período de janeiro até o
Carnaval.
Nenhuma transportadora oferece tarifas especiais para crianças e para maiores de 60 anos.
Duas oferecem tarifas para grupos, uma com valor diferenciado para convênios corporativos
e a outra para outros públicos não especificados. Dois gestores afirmaram que o nível de
preços é inferior aos preços praticados em destinos concorrentes, dois, que os valores são
mais elevados, e em um, que os preços estão no mesmo nível dos destinos concorrentes.
Três equipamentos de transporte não aceitam cartão de crédito como forma de pagamento;
e dois aceitam os cartões Master Card e Visa. Não há registro de conflitos entre as
empresas e as operadoras de cartões de crédito.
As informações sobre faturamento foram disponibilizadas por três equipamentos. Em 2009,
o faturamento de cada um variou entre R$800.000,00 a R$2.900.000,00. Dois tiveram lucro
−
−
108
de 30% do ano de 2010 (até o momento da entrevista); e um de 45%. Um informou que não
houve lucro. Um não respondeu.
Um equipamento investiu R$100.000,00 desde 2007 até o momento da entrevista, e um,
inaugurado em 2008, investiu em 2009 e em 2010, R$300.000,00 por ano. Três não
souberam ou não quiseram informar.
Duas empresas possuem plano de investimento concreto para os próximos cinco anos,
porém nenhum dos gestores respondeu sobre o valor a ser investido nem em que será
aplicado. A fonte dos recursos para investimentos, segundo os gestores, envolve
financiamento e recursos próprios.
Quatro equipamentos possuem meta de expansão para os próximos cinco anos. Para três,
consiste em aumentar a frota. Foram também citadas como metas: diversificação do
produto, ampliação do número de funcionários, aumento do volume de atendimento e
aquisição de cursos de idiomas para funcionários.
Todos os gestores concordam que é necessário investir em novas estruturas/serviços para
aprimorar a qualidade do atendimento, por exemplo: desenvolvimento de pessoas (3),
necessidade de ampliar a estrutura física (2) e aquisição de novos veículos (2). Um chegou
a afirmar que é necessário mudar tudo.
A gestão da qualidade não é adotada por qualquer dos equipamentos. Já as práticas de
gestão ambiental estão mais difundidas nesse segmento (gráf. 2.39).
Gráfico 2.39. Serviços e equipamentos de transporte que realizam práticas de
gestão ambiental – Belo Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Outras práticas ambientais foram citadas: manutenção adequada dos veículos (1),
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (1) e Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (1).
O estado de São Paulo foi citado por quatro gestores como um dos principais mercados
emissores de turistas clientes, e Belo Horizonte e o interior de Minas por um como mercado
emissor importante de clientes.
O segmento alvo identificado por todos os equipamentos é o turismo de negócios e eventos,
que se destaca em Belo Horizonte.
Todas as empresas possuem site na internet. Folhetos e as revistas especializadas seguem
em importância como os meios de promoção mais utilizados (tab. 2.47).
−
−
109
Tabela 2.47. Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos de
transporte – Belo Horizonte – 2010
Meios de Promoção
Folhetos
Revistas especializadas
Jornal
Televisão
Rádio
Internet
Participação em feiras
Agentes de divulgação turística fora de BH
Outros meios
Número de
empresas que
utilizam
3
3
1
0
0
4
2
2
2
%
60,0
60,0
20,0
80,0
40,0
40,0
40,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os agentes de divulgação turística de dois equipamentos que utilizam esse método são de
âmbito nacional. Em um caso, é também internacional. Os benefícios apontados pelas
empresas são: visibilidade e aumento no volume de vendas.
Os materiais de divulgação de três empresas são disponibilizados em inglês e espanhol.
Isso indica que a maioria dos estabelecimentos se preocupa em divulgar seu produto para a
demanda internacional.
O meio de comercialização em comum para quatro equipamentos é o telefone, que
representa entre 5% e 70% do total de reservas de cada empresa. Um equipamento não
respondeu (tab. 2.48).
Tabela 2.48. Meios de comercialização utilizados pelos serviços e equipamentos de transporte –
Belo Horizonte –2010
Meio de comercialização
Operadoras – Agências de viagens
Portal de internet
Telefone
Walk-in – Clientes diretos
Outros
Número de
empresas que
utilizam
3
2
4
3
2
%
60,0
40,0
80,0
60,0
40,0
Variação da participação
desse meio no volume
total (%)
5,0 – 30,0
15,0 – 60,0
5,0 – 70,0
20,0 – 50,0
10,0 – 30,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Ainda em relação à comercialização, de equipamentos reconheceram dificuldades na
comercialização do seu produto, devido à concorrência e à existência de empresas que
atuam ilegalmente. Isso implica falta de fiscalização no setor de transportes turísticos.
Quatro equipamentos não contam com participação de capital estrangeiro. Um não
informou.
Quatro equipamentos mantêm parceria com agências de turismo de âmbito nacional, com
atrativos turísticos, com transportadores e com serviços de lazer e entretenimento. Três
mantêm ainda parceria com companhias aéreas e com equipamentos de hospedagem e de
gastronomia/alimentação. Apesar de um não manter nenhum tipo de parceria, a pesquisa
revelou que as transportadoras turísticas possuem forte relação com outros setores
necessários ao desenvolvimento da atividade turística.
Entre os três equipamentos que mantêm parceria com companhias aéreas, apenas um
afirmou ter problemas de remarcação, de reserva cancelada e de falta de lugar.
−
−
110
Os gestores qualificaram os serviços prestados por seus equipamentos como ―bons‖ (3) e
―excelentes‖ (2).
A segurança não é um fator que preocupa os gestores, uma vez que reconheceram que
seus estabelecimentos são muito seguros e dois que são seguros.
Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos de transporte
Os serviços e equipamentos para transporte turístico analisados precisam ser melhorados,
quanto à capacitação de pessoas, à modernização e crescimento da frota e à ampliação e
qualificação do espaço físico, para atender à demanda turística. Os equipamentos
reconhecem essa necessidade, tanto que quatro equipamentos possuem metas de
expansão e dois planos concretos de investimento.
Belo Horizonte conta com bom número de serviços e equipamentos formais para o
transporte turístico, havendo, todavia, empresas que atuam ilegalmente. A concorrência
nem sempre é justa. Um gestor reclamou que isso dificulta a comercialização dos serviços,
reivindicando mais fiscalização no setor.
Cada equipamento possui, em média, 23 veículos, totalizando 388 lugares. Esses números
refletem apenas as principais empresas do ramo em Belo Horizonte. Portanto, uma análise
do universo total poderá indicar média mais baixa e a maior necessidade criar de incentivos
para o setor. É válido ressaltar o baixo número de veículos adaptados a pessoas portadoras
de necessidades especiais, o que, indo além das questões humanitárias éticas e legais
envolvidas, diminui a competitividade do destino para este importante segmento. Afinal
apenas 6% da frota total é adaptada (7 veículos entre os 117 existentes nos equipamentos
pesquisados).
O planejamento estratégico é uma ferramenta que precisa ser instituída, para auxiliar no
desenvolvimento do setor. Apenas uma empresa a implantou.
Uma vantagem identificada neste segmento foi o alto índice de relacionamento dos
equipamentos com outros setores do turismo. Isso proporciona ao cliente comodidade,
melhores preços e maior qualidade dos serviços prestados.
Os transportadores turísticos compõem um elo importante da cadeia de produção
turismo. Em grandes eventos, é um serviço muito demandado, principalmente em razão
reduzida mobilidade urbana atual. O desenvolvimento do setor deve estar acompanhado
maior obediência à legislação ambiental e à legislação de acessibilidade para que
veículos estejam adequados aos padrões exigidos por turistas nacionais e internacionais.
2.1.3.5.
do
da
de
os
Serviços e equipamentos para eventos
Os serviços e equipamentos para eventos incluem, segundo a ―Classificação da Oferta
Turística‖ do Invtur, do Ministério do Turismo: ―Centros de Convenções/Congressos‖,
―Parques/Pavilhões de Exposições‖, ―Auditórios/Salões de Convenções‖, ―Empresas
Organizadoras/Promotoras de Eventos‖ e ―Outros serviços/Equipamentos Especializados‖.
Dados de 2009 da RAIS sobre Belo Horizonte apontam: 11 estabelecimentos de aluguel de
equipamentos recreativos e desportivos, empregando 82 pessoas; 197 estabelecimentos de
organização de eventos, exceto culturais e esportivos, empregando 1.535 pessoas; e 2
estabelecimentos de gestão de espaços para atividades artísticas, empregando 364
pessoas. No total, são 210 estabelecimentos formais ligados a essas atividades,
empregando 1.981 trabalhadores.
−
−
111
A amostra da pesquisa dos equipamentos e serviços para eventos em Belo Horizonte foi
intencional, selecionada a partir de publicações relevantes (Belotur, 2005) e de dados
disponibilizados pela Belotur, além de lista de equipamentos cadastrados no Cadastur do
Ministério do Turismo, dentre outras fontes.
Inicialmente, 24 serviços e equipamentos para eventos foram pré-selecionados tendo em
vista sua maior relevância turística no município. Destes 5 são classificados como centros
de convenções, pavilhões de exposições ou espaços para eventos (Expominas, Minas
Centro, Serraria Souza Pinto, Chevrolet Hall, Parque de Exposições Bolívar de Andrade –
Gameleira), 18 eram prestadores de serviços para infra-estrutura de eventos (A Produtora
Audiovisual, Califfa Barracas e Coberturas Pirâmides, Dimensão Montagem Promocionais,
Gravasom e Imagem, Lok Pirâmide, Notre Dame Turismo, Polo BH, Prodel Eventos, Spock
Produções Artísticas, Terra Eventos, BH Som, Entreter, Medianele e Ephata Comunicação,
L&C Eventos, Projectum Som e Vídeo, Prática Montagens Ltda, RBarros, Scout Promoções
e Eventos) e um classificado como ―Outros serviços e equipamentos especializados‖
(Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas - SINPARC). Salienta-se que auditórios e salas
de reuniões de hotéis foram avaliados no âmbito da análise de meios de hospedagem. Dos
estabelecimentos pré-selecionados, 12 (50%) se disponibilizaram para a realização da
pesquisa de campo, que ocorreu entre 20 de julho e 10 de agosto de 2010. Salienta-se que
a pesquisa foi realizada em serviços e equipamentos para eventos com características bem
distintas, com base em seu tipo. Os centros de convenções são caracterizados,
principalmente, por disponibilizarem espaço próprio para a realização de eventos, enquanto
as empresas promotoras e organizadoras, em geral, não possuem espaço próprio e são
responsáveis pelo apoio operacional e pelo fornecimento de equipamentos necessários, tais
como áudio, iluminação, e material impresso, muitos deles fornecidos por serviços
especializados.
O quadro 2.24 expõe os estabelecimentos pesquisados segundo seu tipo, natureza da sua
propriedade e início de suas atividades.
Quadro 2.24. Serviços e equipamentos para eventos, por tipo, natureza da propriedade e ano de
início das atividades – Belo Horizonte – 2010
Tipo
Natureza da
propriedade
Início de
atividades
Particular
2003
Expominas
Pública estadual
2006
Minascentro
Pública estadual
1984
Serraria Souza Pinto
Pública estadual
1997
A Produtora Audiovisual
Particular
2008
L&C Eventos
Particular
2002
Polo BH
Particular
1993
Prodel Eventos
Particular
1990
RBARROS
Particular
1985
BH Som
Particular
1995
Projectum Som e Vídeo
Particular
2001
Sindicato dos Produtores de
Artes Cênicas (SINPARC).*
Sindicato
1983
Estabelecimentos Pesquisados
Chevrolet Hall
Centros de convenções /
Pavilhões de exposições
Empresas organizadoras /
Promotora de eventos
Outros serviços /
Equipamentos especializados
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
* Este sindicato atua também como produtor especializado de eventos de artes cênicas em Belo Horizonte.
A figura 2.11 ilustra o centro de convenção Minascentro, em de Belo Horizonte.
−
−
112
Figuras 2.11 Imagem do Centro de Convenções Minascentro, em Belo Horizonte
Figura 2.12: Centro de Convenções Minascentro – Robert Serbinenko – maio de 2010
Da amostra de 12 estabelecimentos efetivamente trabalhada, 4 (33,3%) enquadram-se nas
categorias de centros de convenções ou pavilhões de exposições, 5 (41,7%) empresas
organizadoras de eventos e 3 (25%) outros serviços/equipamentos especializados
(conforme quadro 2.24).
Segundo os gestores, 8 (66,7%) serviços e equipamentos para eventos são de particulares
e 3 (25%) são públicas estaduais. Todas são centros de convenções. Tem outro tipo de
propriedade (sindicato), 1 (8,3%) (conforme quadro 2.24).
Os equipamentos são relativamente recentes, após a década de 1980. Entre os centros de
convenções, o mais antigo é o Minascentro, criado em 1984, embora funcione em um prédio
do início do século XX, adaptado à função. A Serraria Souza Pinto, criada em 1997,
funciona em prédio da época da fundação da cidade, o qual foi adaptado. O Expominas,
outro equipamento público, inaugurado em 1998, esteve sob administração da Companhia
de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG) até 2003, quando teve sua
área e estrutura ampliadas, sendo reinaugurado em 2006. Sua administração, assim como a
do Minascentro, está sob responsabilidade da Companhia Mineira de promoções
(PROMINAS). O Chevrolet Hall, de propriedade privada, foi inaugurado em 2003. Apenas
um equipamento não é de propriedade particular e privada. Criado em 1983, pertence ao
Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas (SINPARC). O número de equipamentos criados
por períodos pode ser assim apresentado: 3 (25%) na década de 1980; 4 (33%) na década
de 1990; e 5 (42%) após o ano 2000.
Quanto à natureza da relação da entidade gestora com o equipamento, apenas ―A Produtora
Audiovisual‖ respondeu que é locatária. As demais entidades são proprietárias dos
equipamentos. A empresa Polo BH não respondeu.
Todas as empresas possuem sítio eletrônico na internet, no qual informações sobre
estrutura, equipamentos e serviços prestados podem ser encontradas (quadro 2.25).
−
−
113
Quadro 2.25. Sitio eletrônico dos serviços e equipamentos para eventos pesquisados- Belo
Horizonte – 2010
Tipo
Centros de convenções /
Pavilhjões de exposições
Empresas organizadoras /
Promotora de eventos
Outros serviços /
Equipamentos
especializados
Estabelecimentos pesquisados
Chevrolet Hall
Expominas
Minascentro
Serraria Souza Pinto
A Produtora Audiovisual
L&C Eventos
Polo BH
Prodel Eventos
RBarros
BH Som
Projectum Som e Vídeo
Sindicato dos Produtores de
Artes Cênicas (Sinparc) *
Sítio eletrônico
www.chevrolethallbh.com.br
www.minascentro.com.br
www.minascentro.com.br
www.fcs.mg.gov.br
www.aprodutora.com.br
www.fenapel.com.br;
www.eventosserfeliz.com.br
www.polobh.com.br
www.prodeleventos.com.br
www.rbarros.com.br
www.bhsomdtufio.com.br
www.projectumestruturas.com.br
www.sinparc.com.br
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A qualidade dos serviços prestados pelos equipamentos foi avaliada por 10 gestores tendo
sido considerada ―excelente‖ por cinco e ―boa‖ por cinco. No caso de centros de convenção,
a avaliação dos gestores sobre os serviços de seus equipamentos variou entre ―boa‖, para o
Expominas e Minascentro e ―excelente‖, para o Chevrolet Hall e Serraria Souza Pinto
(quadro 2.26).
Sobre os serviços prestados, 3 gestores, cujas empresas não oferecem estacionamento,
avaliaram este item considerando a disponibilidade de estacionamento próximo ao local.
Seis gestores responderam que o estado de conservação dos itens descritos no quadro não
se aplica. A maioria dos gestores que avaliaram o estado de conservação dos equipamentos
os considerou em bom estado de conservação. Oito gestores afirmaram possuir outras
facilidades, como ar-condicionado central, telefonia, apoio operacional e equipamentos
(áudio, luz e vídeo) para eventos.
Das 12 empresas, 7 (58,3%) não possuem espaço próprio para realização de eventos. Entre
as 5 (41,7%) que possuem, quatro são centros de convenções e uma é equipamento
especializado.
−
−
114
Centros de
convenções /
Chevrolet Hall
Estacionamento
próprio
Expominas
Não
Ar condicionado
central, telefonia,
apoio
operacional.
Acesso para
deficientes
Pavilhões de
Minascentro
exposições
Serraria Souza Pinto
Empresas
organizadoras/
Promotora de
eventos
A Produtora Audiovisual
NA NA NA NA NA NA NA NA NA
NA
L&C Eventos
NA NA NA NA NA NA NA NA NA
NA
Polo BH
NA NA NA NA NA NA NA NA NA
NA
Prodel Eventos
Equipamentos
(áudios, luz e
NA NA NA NA NA NA NA NA NA
vídeo) para
eventos
RBarros
NA NA NA NA NA NA NA NA NA
NA
NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA
NA
Outros
BH Som
serviços/
Equipamentos
Projectum Som e Vídeo
especializados
Legenda
Outras facilidades
Loja_souvenir
Sala de exposição
multiuso
Sanitários
Segurança
Restaurante
Cantina/lanchonete
Estacionamento
Iluminação
Estabelecimentos
pesquisados
Portaria
Tipo
Qualidade geral
Quadro 2.26. Avaliação dos serviços, por parte dos gestores, dos equipamentos e serviços para
eventos – Belo Horizonte – 2010
Excelente
Bom
Não
Regular
Ruim
Não oferece
Não se aplica NA
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A informação sobre a quantidade das salas e dos demais espaços para eventos foi
disponibilizada por 4 (33,3%) equipamentos. Varia entre um e dez espaços, que podem ser
alterados mediante a introdução ou remoção de divisórias.
A área total de cada equipamento varia entre 600m² a 72.000m². O maior é o Expominas,
cujo gestor não disponibilizou a totalidade das informações solicitadas, tendo sido
complementadas com informações coletadas na página de equipamento8. Seguem-se o
Minascentro, com seus três andares, a Serraria Souza Pinto e os privados Chevrolet Hall e a
empresa de equipamentos com sua sede própria.
A quantidade de salões, área total dos equipamentos e área disponível para a realização de
eventos também estão especificadas na tabela 2.49.
8
http://minascentro.com.br/br/belohorizonte/index.php
−
−
115
Tabela 2.49. Principais características de capacidade dos serviços e equipamentos para eventos
Belo Horizonte – 2010
Tipo
Estabelecimentos
pesquisados
Centros de convenções /
Chevrolet Hall
Pavilhão de exposições
1.750
Expominas*
24
72.000
Minascentro
10
8.000
30.000
1.750
NA
Não informou Não informou
2.000
1
5.000
2.902
A Produtora Audiovisual
NA
NA
NA
NA
L&C Eventos
NA
NA
NA
NA
POLO BH
NA
NA
NA
NA
Prodel Eventos
NA
NA
NA
NA
RBarros
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
2
600
NA
NA
Outros serviços /
BH Som
Equipamentos especializados Projectum Som e Vídeo
SINPARC
Fonte:
Tamanho da Tamanho da
área coberta
área não
do espaço
coberta do
para
espaço para
exposições e exposições e
feiras
feiras
(em m²)
(em m²)
4
Serraria Souza Pinto
Empresas organizadoras /
Promotoras de eventos
Quantidade
total de
Área
salões,
total do
auditórios e espaço
espaços
(em m²)
para
eventos:
600
NA
657
NA
NA
Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
* informações sobre o Expominas coletadas no endereço oficial: http://minascentro.com.br/br/belohorizonte/index.php
Quanto aos serviços e equipamentos de apoio, os gestores foram questionados sobre a
oferta de serviços de alimentação e a existência do equipamento estacionamento. Metade
dos equipamentos para eventos respondeu que oferece serviço de alimentação terceirizado,
incluindo três centros de convenções e congressos: Chevrolet Hall, Minascentro e Serraria
Souza Pinto. Os demais equipamentos responderam que não oferecem este serviço ou não
responderam.
Quanto à capacidade total de atendimento dos serviços de alimentação, apenas
Minascentro e Projectum Som e Vídeo responderam. O primeiro tem capacidade para
atender 1.000 pessoas e o segundo, 300 pessoas.
No que se refere à oferta de estacionamento, apenas o– Minascentro oferece este serviço
com manobrista. O Chevrolet Hall oferece estacionamento sem manobrista. O Expominas
não respondeu a essa questão, entretanto, informações coletadas no sitio eletrônico do
equipamento esclarecem que oferece estacionamento com capacidade para 2.100 veículos.
Os demais equipamentos responderam que não oferecem este serviço de apoio.
Os gestores foram questionados sobre a oferta de equipamentos para eventos que prevêem
equipamentos com tradução simultânea. Apenas Minascentro, Prodel Eventos e BH Som
oferecem este serviço.
Quanto às facilidades em áreas sociais, os gestores foram perguntados sobre a oferta de 18
equipamentos (quadro 2.27).
−
−
116
Quadro 2.27. Facilidades em áreas sociais, por serviços e equipamentos para eventos – Belo
Horizonte – 2010
Facilidades ofertadas
Chevrolet
Hall
Minascentro
Serraria
Souza Pinto
RBarros
Sinparc
Restaurante
Bar/Lanchonete
Sala de TV/Vídeo
Sala de Leitura
Sala de PC/Internet
Lojas
Salão de Beleza
Guarda de bagagem
Agência de Viagens
Boate
Estacionamento
Manobrista
Facilidades para executivos
Traslados
Calefação/Ar central
Elevadores
Cofres
Câmbio
Fonte:
Legenda:
Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Oferece a facilidade
Não oferece a facilidade
Dos 12 serviços e equipamentos para eventos, 4 (33%) responderam que a questão sobre
oferta de facilidades não se aplica, exatamente as empresas organizadoras/promotoras de
eventos, exceto RBarros, que oferece as facilidades bar/lanchonete, sala de TV/vídeo, sala
de PC/internet, lojas e calefação/ar central. Dos quatro centros de convenção pesquisados,
apenas três oferecem algum tipo de facilidade: Chevrolet Hall, Minascentro e Serraria Souza
Pinto. O gestor do Expominas não forneceu informações acerca das facilidades oferecidas
pelo equipamento. Chevrolet Hall e Minascentro possuem as facilidades bar/lanchonete,
estacionamento, facilidades para executivos, calefação/ar central e elevadores.
Serraria Souza Pinto oferece apenas estacionamento e elevadores, o que se justifica pelo
caráter dos eventos ali realizados. Não oferece estacionamento próprio e considera a
existência de estacionamento próximo ao local. Do total de três equipamentos
especializados/outros serviços, apenas o SINPARC oferece algum tipo de facilidade no
local, a saber, estacionamento, traslados, calefação/ar central e elevadores. Nenhum dos
respondentes oferece as facilidades: restaurante, salão de beleza, guarda de bagagem,
agência de viagens, boate, cofres e câmbio.
Os serviços e equipamentos para eventos foram avaliados pelos gestores quanto a seu
estado geral de conservação e ao grau de descaracterização. Nenhum dos gestores avaliou
o equipamento para eventos como ―descaracterizado‖ e 9 (75,0%) avaliaram o estado geral
de conservação do equipamento como ―bom‖ (gráf. 2.40).
−
−
117
Gráfico 2.40 Avaliação do estado geral de conservação dos
serviços e equipamentos para eventos – Belo
Horizonte –2010
8%
17%
75%
Bom
Regular
Não se aplica
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto ao estado geral de conservação do equipamento, 9 (75,0%) o classificaram como
―bom‖, e 2 (16,7%) como ―regular‖. Respondeu que a questão não se aplica 1 (8,3%). Todos
os centros de convenções avaliaram o estado de conservação do equipamento como ―bom‖.
Das cinco empresas organizadoras e promotoras de eventos, apenas uma respondeu sobre
o estado de conservação, classificando-o como ―regular‖. Uma respondeu que a questão
não se aplica. Em relação aos equipamentos especializados/outros serviços, dos três
gestores entrevistados, apenas um respondeu, classificando-o como ―regular‖. Os seguintes
aspectos foram considerados para a classificação: limpeza das áreas internas e externas,
existência de serviços de manutenção, estado de conservação das instalações físicas,
caracterização histórica e construtiva, condições de salubridade.
Em relação à acessibilidade, 8 (66,7%) equipamentos são acessíveis a pessoas portadoras
de necessidades especiais, 2 (16,7%) não são, e 1 (8,3%) é parcialmente acessível. As
áreas mais acessíveis aos portadores de necessidades especiais são as de acesso, para 9
(75,0%) gestores, e sanitários, para 7 (58,3%). Já a área de menor acessibilidade é a de
restaurantes e bares, onde 33% dos equipamentos não estão adaptados (quadro 2.28).
Quadro 2.28. Acessibilidade aos portadores de necessidades especiais nos serviços e
equipamentos para eventos – Belo Horizonte – 2010
Tipo
Centros de
convenções/
Pavilhões de
exposições
Estabelecimentos
pesquisados
Acessibilidade a pessoas com necessidades especiais
Acesso
Restaurante
Bar
Sanitários
Salão de
eventos
Outra
Chevrolet Hall
Expominas
N/A
Minascentro
Serraria Souza Pinto
A Produtora Audiovisual
Empresas
organizadoras/
Promotoras de
eventos
L&C Eventos
N/A
N/A
N/A
N/A
POLO BH
N/A
N/A
Prodel Eventos
N/A
N/A
N/A
N/A
N/A
RBarros
N/A
N/A
N/A
N/A
N/A
N/A
N/A
Outros serviços/ BH Som
Equipamentos Projectum Som e Vídeo
especializados
SINPARC
N/A
N/A
N/A
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
118
Legenda:
Áreas acessíveis
Áreas não acessíveis
Os Centros de Convenções/pavilhões de exposição são os equipamentos para eventos com
o maior número de áreas acessíveis aos portadores de necessidades especiais. Apenas
Serraria Souza Pinto não possui restaurante/bar adaptado. O tipo de equipamento
―empresas organizadoras/promotoras de eventos‖ é o que apresenta maiores deficiências
de adaptação aos portadores de necessidades especiais. Apenas 1 (8,3%) possui
adaptação no acesso ao equipamento. Em relação aos equipamentos especializados/outros
serviços, 1 (8,3%) equipamento, o SINPARC, está totalmente adaptado a receber
portadores de necessidades especiais e 2 (16,7%) possuem acesso e sanitários acessíveis.
Em relação a gestão do equipamento, visitação e níveis de preço, os gestores foram
perguntados sobre existência de planejamento estratégico, meses de maior e menor
movimento, quantidade de eventos realizados, preços e tarifas disponíveis e origem dos
clientes que solicitaram os serviços. Também, procedeu-se à comparação entre o
equipamento avaliado e equipamentos similares em destinos competidores.
Em relação à existência de planejamento estratégico, 11 (92%) equipamentos possuem este
instrumento; e 1 (8,3%), do tipo empresas organizadoras/promotoras de eventos, tem
planejamento estratégico em elaboração. Isso mostra que o planejamento estratégico é uma
ferramenta bastante difundida entre os serviços e equipamentos para eventos.
No que se refere aos meses de maior movimento, o período de agosto a dezembro é o que
apresenta maior movimentação segundo a maioria dos gestores dos equipamentos. Agosto
e Novembro são os meses de maior movimento para 5 entrevistados (41,7%), setembro,
outubro e dezembro, para 3 entrevistados (33,3%), janeiro, maio, junho, julho e agosto para
2 entrevistados (12,5%) e fevereiro, março e abril para 2 entrevistados (12,5%) (gráf. 2.41).
6
5
4
3
2
1
Ju
lh
o
Ag
os
to
Se
te
m
br
o
O
ut
ub
ro
No
ve
m
De br o
ze
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br
o
Ju
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o
ai
o
M
Ab
ril
0
Ja
ne
i
Fe ro
ve
re
ir o
M
ar
ço
Número de Equipamentos
Gráfico 2.41. Meses de maior movimento nos serviços e equipamentos
para eventos por número de estabelecimentos – Belo
Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Janeiro é o mês de menor movimento, citado por gestores de 6 (50,0%) equipamentos;
fevereiro, para 4 (33,4%); julho, para 1 (8,3%) e agosto, para 1 (8,3%)(gráf. 2.42).
−
−
119
7
6
5
4
3
2
1
0
Ja
n
Fe ei ro
ve
re
iro
M
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ço
Ab
ril
M
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Ju
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o
Ju
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Ag o
Se osto
te
m
b
O ro
ut
N ubr
ov
o
em
D
b
ez r o
em
br
o
Número de Equipamentos
Gráfico 2.42. Meses de menor movimento nos serviços e equipamentos
para eventos, por número de estabelecimentos – Belo
Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto ao período de maior movimento, os dias úteis da semana foram citados por 3
(25,0%) representantes de empresas organizadoras de eventos; os fins de semana por 3
(25,0 e os feriados ou férias escolares por 2 (16,7%). Citaram outros períodos 4 (33,3%).
Quanto ao número de eventos realizados em 2009, os centros de convenções e congressos
- exceto o Expominas, que não respondeu a essa questão – promoveram 408 eventos. O
Expominas é o maior centro para exposições de Belo Horizonte. Dessa forma, a falta de
informações sobre a quantidade de eventos que promoveu reflete na realidade dos números
apresentados. As empresas organizadoras/promotoras de eventos realizaram 4.129 eventos
em 2009, contra 82 dos equipamentos especializados/outros serviços.
Quanto à existência de tarifas promocionais e ao tipo de pesquisa que realizam com os
clientes, 5 (41,7%) possuem tarifas promocionais, especialmente em função do perfil do
evento ou da venda de estandes e de períodos de baixa demanda. A pesquisa de perfil do
cliente é realizada por apenas 1 (8,3%) empresa, enquanto a pesquisa de
satisfação/qualidade é efetuada por 6 (50,0%). Os equipamentos que não realizam nenhum
tipo de pesquisa são quatro (33,3%).
Em relação à origem dos clientes, 9 (75,0%) são de origem local. Os centros de convenção
apresentaram maior diversidade de origem, com percentuais de clientes internacionais,
nacionais, regionais e locais (gráf. 2.43).
−
−
120
Gráfico 2.43. Origem dos clientes dos serviços e equipamentos para
eventos – Belo Horizonte – 2010
SINPARC
PROJECTUM SOM E VIDEO
BH SOM
RBARROS
Prodel Eventos
POLO BH
L&C Eventos
A Produtora Audiovisual
Serraria Souza Pinto
Minascentro
Chevrolet Hall
0
20
40
60
80
100
120
%
INTERNACIONAL
NACIONAL
REGIONAL
LOCAL
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Mais uma vez, o Expominas não forneceu os dados a respeito da origem dos clientes, fato
que influencia as informações aqui apresentadas. Entretanto, sabe-se, que grande parte dos
eventos promovidos pela Expominas e pelo Minascentro em 2009 (32% e 44%,
respectivamente) é de natureza local ou ―não turística‖ (FGV, 2009).
Pode-se observar que os equipamentos possuem clientes de origem variada, sendo que na
maioria dos casos é local. Chevrolet Hall, Polo BH e Sinparc possuem clientes
exclusivamente ou quase exclusivamente locais, enquanto Projectum e L&C eventos
possuem a maioria de clientes de origem nacional. A Serraria Souza Pinto possui 70% de
clientes de origem regional e A Produtora Audiovisual, 50%.
Dos serviços e equipamentos para eventos, apenas 2 (16,7%) aceitam cartões de crédito:
Chevrolet Hall (Mastercard, Diners, Visa e Amex) e Sinparc (Visa).
Sobre os principais destinos competidores, 7 (58,3%) gestores citaram São Paulo e Rio de
Janeiro; as cidades históricas de Minas Gerais são concorrentes para 2 (16,7%)
equipamentos especializados/outros serviços. As cidades de Curitiba, Recife, Fortaleza,
Salvador, Uberlândia e Campinas foram lembradas pelos gestores como destinos
competidores.
O nível de preço dos equipamentos, em comparação com outros equipamentos similares
localizados em destinos competidores, Foi considerado mais barato por 6 (50,0%) gestores;
mais caro por 3 (25,9%); e do mesmo nível por 2 (16,7%). Não respondeu 1 (8,5
Quanto ao capital, sua origem é nacional em todos os equipamentos.
Em relação ao faturamento dos equipamentos e serviços para eventos, trata-se de um setor
de considerável lucratividade no contexto atual. O faturamento anual em 2009 foi informado
por apenas 3 (60,0%) das empresas organizadoras/promotoras de eventos. Variou de
R$112.000,00 a R$7.000.000,00. O faturamento dos equipamentos especializados/outros
serviços foi informado por todos os gestores, variando de R$40.000,00 a R$12.000.000,00.
Os centros de convenções/pavilhões de exposições não informaram o faturamento de 2009.
A margem de lucro sobre o faturamento de 2009 variou entre 15% e 40% nas empresas
−
−
121
organizadoras/promotoras de eventos e entre 2% e 50% nos serviços especializados/outros
serviços.
Faltam espaços de eventos de todos os portes para atender à demanda no setor, em
especial para eventos de grande porte. A capacidade instalada para eventos, em número de
pessoas, no período de 2007 a 2009 foi informada por 5 (41,7%) empresas: 3 (25,0%)
mantiveram a capacidade para eventos ao longo dos anos, sendo duas na categoria centros
de convenções/pavilhões de exposições; e 2 (16,7%) - um centro de convenções/pavilhões
de exposições e um serviço especializado – aumentaram a capacidade. O número de
visitantes, por ano, variou de 14.400 a 500.000 pessoas. Em 2007, o número total de
visitantes foi de 804.400 pessoas, em 2008 foi de 864.400, e em 2009 subiu para 914.400
pessoas.
Segundo os quatro gestores dos centros de convenção/congressos e um gestor de
empresas organizadoras/promotoras de eventos, são necessárias novas instalações para
aprimorar a qualidade dos serviços. Os demais gestores afirmaram não reconhecem esta
necessidade. Nos centros de convenções/congressos, a ampliação da estrutura física de
estacionamento e sanitários e a construção de camarotes e de salas de apoio foram citadas.
Em relação à taxa de utilização do Expominas, medida com base na área total locável e na
área total locada (nos anos de 2007 e 2008), há evidências (FJV, 2009) de que o
equipamento encontrava-se próximo de sua capacidade máximo, com 78% de uso em 2008.
O recorrente agendamento de pequenos eventos (um dia de duração) no meio da semana,
afeta esse quadro, já que prejudica a agenda e a utilização do espaço, tornando mais difícil
o uso do espaço para eventos maiores, que precisariam de mais dias durante a semana
(FJV, 2009). Embora uma melhor gestão da agenda pudesse melhorar um pouco esse
quadro, há que se considerar a implantação de ações que visem a sua expansão ou a
construção de um novo espaço, ainda mais quando se têm em conta a possibilidade de
aumento da demanda pelo espaço e o seu consequente estrangulamento.
Há que se registrar a possibilidade de expansão do Expominas na área do atual Parque de
Exposição da Gameleira, que vem sendo discutida pelo setor e por representantes do
governo do estado. Há, entretanto, certas dificuldades a serem vencidas, devido ao fato de a
área pensada ter proteção do patrimônio. Questiona-se que a expansão necessária
demandaria custosos melhoramentos nas vias de acesso viário ao equipamento e que a
necessidade premente está mais relacionada a centros de convenções propriamente ditos
do que mais áreas para exposições. Para tal, outros lugares que ofereçam melhor condição
de acesso e estrutura de serviços complementares deveriam ser procurados.
Aumentar o volume de atendimento nos próximos cinco anos é a meta de 7 (58,3%)
estabelecimentos; e ampliar a área (para 80m² no caso de A Produtora Audiovisual e para
500m² no caso do Minascentro), de 2 (16,7%).
Possuem a meta de aumentar o número de eventos, 6 (50,0%) empresas, sendo que a meta
individual das empresas varia de 5 a 60 eventos.
Para os próximos cinco anos, 5 (41,7%) empresas declararam possuir plano concreto de
investimento. Declararam que os recursos são próprios ou provenientes de faturamento 8
(66,7%) gestores; 2 (16,7%) que são de empréstimos; 1 (8,3%) que são de patrocínio; e 1
(8,3%) que são do governo. Em função das expectativas do mercado para o setor, as
perspectivas de investimento são boas e a maioria delas alavancada com recursos próprios,
o que é mais um sinal de vitalidade do setor.
A gestão de qualidade é utilizada por 4 (33,3%) equipamentos e em 2 (17%) está em
implantação. Os sistemas já implantados são o 5S, o ISO e política interna. Três centros de
convenção/pavilhões de exposições (Expominas, Chevrolet Hall e Minascentro) afirmaram
que não possuem Sistema de Gestão de Qualidade.
−
−
122
Responderam possuir sistema de gestão ambiental 3 (25,0%) equipamentos, todos do tipo
centros de convenção/pavilhões de exposições. Quanto à utilização de práticas de gestão
ambiental, 8 (66,7%) equipamentos responderam que executam algum tipo de prática. Dos
oito equipamentos para eventos que executam algum tipo de prática ambiental, as ações
mais difundidas são: campanha de redução de consumo, implantada em oito empresas e
reaproveitamento de recursos, utilizado por cinco empresas (gráf. 2.44).
Gráfico 2.44. Práticas de gestão ambiental dos serviços e equipamentos
para eventos – Belo Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Belo Horizonte e Região Metropolitana foi citado por 7 (58,3%) gestores como principal
mercado emissor de clientes; São Paulo, por 6 (50,9%); sudeste, por 3 (25,0%), interior de
Minas Gerais, por 2 (16,7%); Rio de Janeiro por 2 (16,7%); e o exterior, por 1 (8,3%). O
segmento alvo principal, de acordo com 9 (75,0%) estabelecimentos, é o turismo de
negócios e eventos, seguido do turismo cultural, para 2 (16,7%) estabelecimentos.
Quando aos meios de promoção utilizados para divulgação de seus equipamentos, os
gestores utilizam principalmente quatro meios de promoção: internet, folhetos, participação
em feiras e revistas (graf. 2.45).
O meio de promoção mais utilizado pelos equipamentos para eventos é a internet, citada por
11 (91,7%). Apenas o gestor de uma empresa organizadora de eventos não a utiliza.
Seguem: folhetos, por 7 (58,3%), participação em feiras, por 6 (50%) e revistas, por 5
(41,7%).
Quanto ao idioma dos materiais promocionais oferecidos, 7 (58,3%) equipamentos adotam o
inglês (um deles oferece conteúdo também em espanhol) e 5 (41,7%) o português.
−
−
123
Gráfico 2.45 Meios de promoção utilizados pelos serviços e
equipamentos para eventos pesquisados, por
número de equipamentos – Belo Horizonte –2010
11
10
8
7
6
6
5
4
3
3
2
1
TV
O
IN
TO
T
R
AR
E
R
ES
TI
N
D
E
C
E
T
IP
V
A
E
Ç
N
Ã
D
O
A
E
S
M
FE
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A
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O
U
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O
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R
O
M
P
P
TA
S
JO
R
N
A
L
R
Á
D
IO
IS
V
R
E
FO
LH
Fonte:
3
3
0
ET
O
S
Número de serviços e equipamentos
12
Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Em relação ao tipo de comercialização mais utilizado para a reserva dos equipamentos operadoras/agências de viagens, portal/internet, telefone/central de reservas própria, walkin/clientes diretos ou outras formas de reserva - 9 (75,0%) gestores opinaram. Três centros
de convenção/pavilhões de exposições citaram os clientes diretos e o portal de internet; e as
empresas organizadoras e/ou promotoras de eventos e os equipamentos especializados
e/ou outros serviços, as central de atendimento própria e portal de internet (gráf. 2.46).
Gráfico 2.46. Meios de comercialização utilizados pelos serviços e
equipamentos para eventos pesquisados - Belo Horizonte 2010
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Expominas Minascentro
Serraria
Souza Pinto
Polo BH
Prodel
Eventos
Rbarros
BH Som
Projectum
Som e
Video
OPERADORAS/AGÊNCIAS DE VIAGENS
INTERNET
CENTRAL DE RESERVAS PRÓPRIA
WALK-IN/CLIENTES DIRETOS
SINPARC
OUTROS
Fonte:
Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os centros de convenção/pavilhões de exposições e os equipamentos especializados e
outros serviços não apontaram dificuldades para a comercialização do seus espaços e
produtos. Entretanto, 3 (25,0%) gestores, todos de empresas organizadoras/promotoras de
−
−
124
eventos, reconheceram sua existência, relacionadas sobretudo a questões mercadológicas
e de concorrência.
Em estudo anterior (Instituto Kultur - 2009), registrou-se demanda do setor para eventual
redução da alíquota em vigor do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) e,
sobretudo, para a extinção do ISSQN cobrado pela Prefeitura de Belo Horizonte sobre a
inscrição de eventos e exploração de estandes, que não era cobrado em outros destinos
concorrentes e municípios próximos, fator responsável por afugentar os promotores de
eventos. Na perspectiva do setor, essas medidas implicariam a redução da perda de
eventos de Belo Horizonte (situada então na faixa de 50%) e na captação de mais eventos,
com consequentes benefícios econômicos, inclusive sobre a arrecadação de impostos.
Quanto à integração a roteiros turísticos, apenas 1 (8,3%) equipamento a realiza. As
parcerias formais com outros serviços e equipamentos turísticos existem em 8 (67,7%)
equipamentos. Os centros de convenção/pavilhões de exposições apresentam parcerias
com operadoras de viagens, atrativos turísticos, serviços de lazer e entretenimento e com
outros equipamentos. Apesar da existência de parcerias formais entre alguns equipamentos
e outros serviços turísticos, estas ainda não atingiram seu potencial de exploração máximo.
O quadro 2.29 sintetiza as parcerias formais que os equipamentos mantêm atualmente.
Quadro 2.29. Parcerias formais dos serviços e equipamentos para eventos pesquisados com
outros serviços e equipamentos turísticos - Belo Horizonte - 2010
Outros
Estabelecimentos
Atrativos Transportadores Serviços de lazer
Operadoras
atrativos ou
Outros
pesquisados
turísticos
turísticos
e entretenimento
equipamentos
Chevrolet
Hall
EXPOMINAS
Minascentro
Serraria
Souza Pinto
A Produtora
Audiovisual
L&C Eventos
POLO BH
Prodel Eventos
RBARROS
BH SOM
Projectum
Som e Video
SINPARC
Legenda
Fonte:
Possui parceria
Não possui parceria
Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto à segurança dos equipamentos e serviços para eventos, os gestores foram
perguntados sobre: existência de vigilância física, vigilância monitorada, equipamentos para
combate a incêndios e proximidade a ronda policial e/ou batalhão de polícia. Declararam
possuir vigilância física 6 (50,0%), incluindo três centros de convenção/pavilhões de
exposições (Chevrolet Hall, Expominas e Minascentro); vigilância monitorada, 8 (66,7%);
equipamentos para combate a incêndios, 11 (91,7) (apesar de apenas um (8,3%)
equipamento ter declarado não possuir, este fato sugere a necessidade de maior
fiscalização das autoridades competentes sobre este item e a segurança de forma geral).
Avaliaram a segurança de seu equipamento como ―segura‖ 9 (75,0%), avaliaram como
―muito segura‖ 2 (16,7%) e como ―pouco segura‖ 1 (8,5%).
−
−
125
Quanto ao associativismo empresarial, os gestores foram perguntados sobre participação do
equipamento nas entidades de representação/associação empresarial, principais fatores que
dificultam a participação do equipamento nestas entidades e benefícios esperados do
associativismo empresarial. Responderam que participam ativamente nas entidades de
representação/associação empresarial 7 (58,3%), que têm baixa participação 3 (25,0%) e
que a participação inexistente 2 (16,7%). Quanto às dificuldades apresentadas, as
respostam foram variadas, sendo que a burocracia falta de comunicação e pouca efetivação
das entidades foram os principais fatores apontados. Quanto aos benefícios esperados,
para 9 (75,0%) eles são poucos e deveriam ser orientados, principalmente, para a
qualificação profissional, a captação de clientes e a promoção de eventos.
No campo da gestão, há que se mencionar o papel da Rede de Turismo de Negócios de
Belo Horizonte, de criação recente, mas que apresenta iniciativas em curso as quais muito
agregarão para o desempenho do setor. Citam-se como exemplos: identificação do
potencial da cidade para o turismo de negócios e eventos; composição da Agenda
Inteligente de Ocupação dos Espaços para Eventos; planejamento de captações e
disponibilização de Instrumentos de captação de eventos em rede; desenvolvimento de
diferenciais competitivos como forma de apoio à realização de eventos; elaboração de
modelo de projetos de candidatura para captação de eventos e sensibilização dos votantes
dos processos de candidatura ou contratantes; organização e realização de visitas técnicas;
promoção de Belo Horizonte como sede da futura edição de um evento durante a edição
atual do evento, divulgação das oportunidades de negócios às PMEs; e avaliação da
qualidade dos eventos.
Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos para eventos
Em estudo anterior (FGV, 2009), foram levantados os seguintes pontos fortes e pontos
fracos de Belo Horizonte para o desenvolvimento do setor de eventos:
Pontos fortes:
 Segurança: o destino não tem imagem associada a casos de violências contra
turistas e os delitos praticados contra os mesmos são de natureza leve.
 Serviços de apoio à realização de eventos: o destino possui localmente todos os
serviços necessários à realização de eventos (de pequeno a grande porte).
 Oferta de roteiros: localização próxima a uma importante região turística, que pode
alavancar Belo Horizonte, e vice-versa.
 Restaurantes: boa oferta e capacidade de estabelecimentos de alimentação.
 Produção local associada ao turismo: forte no destino e no estado.
 Principal espaço para eventos: moderno e de boas dimensões físicas.
Pontos fracos:
 Sistema de transporte interno: rede de metrô incipiente.
 Trânsito congestionado nos horários de pico e apontado pela maioria dos
entrevistados nos eventos locais como principal ponto negativo do destino.
 Acesso aéreo: aeroporto com gargalos no presente para embarque e desembarque
de brasileiros e estrangeiros.
 Marketing e promoção do destino: inexistência de interação institucionalizada entre
operadores de turismo e gestão público local do destino.
 Principal espaço para eventos: problemas com gestão da agenda e tipos de eventos
realizados (turísticos versus não turísticos).
 Outros espaços para eventos: inexistência de espaços diferenciados já estruturados,
bem como para realizações artísticas e culturais.
 Meios de hospedagem: ausências de hotéis de luxo, problemas com modernização e
capacidade total intermediária.
 Expominas e Minascentro: grande percentual de eventos não turísticos (32% e 44%,
respectivamente).
−
−
126
Ao mesmo tempo em que se consideram as conclusões do estudo da FGV (2009), a
presente pesquisa, de outro lado, atualizou, aprofundou e acrescentou algumas informações
relativos ao diagnóstico dos serviços e equipamentos para eventos, com base no que pode
ser disponibilizado pelos equipamentos pesquisados.
Tais equipamentos possuem características distintas, variando conforme seu tipo. Os
centros de convenções e parques de exposições são caracterizados, principalmente, por
disponibilizarem espaço próprio para a realização de eventos, enquanto as empresas
promotoras/organizadoras, em geral, não possuem espaço próprio e são responsáveis pelo
apoio operacional e pelo fornecimento de equipamentos necessários, tais como áudio,
iluminação e material impresso.
Dentre os pontos positivos apresentados pelos serviços e equipamentos para eventos,
destacam-se: bom estado de conservação dos equipamentos para eventos e sua adaptação
para receber portadores de necessidades especiais, grande difusão do planejamento
estratégico nos equipamentos e serviços; e adoção de algum tipo de prática ambiental pela
maioria dos equipamentos entrevistados.
Reitera-se que a Capital mineira possui serviços e equipamentos capazes de produzir
variados tipos de eventos, incluindo eventos nacionais e internacionais de grande porte e
regionais e locais de pequeno e de grande porte. A presença do Expominas, um dos mais
modernos centros para exposições do Brasil, agrega a Belo Horizonte importante condição
para a captação de determinados eventos de grande porte.
Há, todavia, carência de espaços qualificados para a realização de eventos de todos os
portes, em função da aquecida demanda para o setor. Belo Horizonte precisa aumentar a
oferta desses equipamentos, em especial de eventos de grande porte, de forma simultânea
com a estruturação de outros elementos da infraestrutura e da oferta turística. De outro lado,
em função das boas condições e expectativas de mercado para o setor, as perspectivas de
investimento nos equipamentos analisados são boas, sendo que a maioria delas é
alavancada com recursos próprios, o que é um sinal de vitalidade do setor.
No caso de uma possível expansão do Expominas, contudo, os recursos não estão
assegurados. Há também outros questionamentos. Primeiramente sobre o local de
expansão ventilado, o Parque de Exposição da Gameleira, por este é protegido, e apresenta
limitações de acesso viário. Em segundo lugar, aponta-se a oferta de serviços turísticos
complementares na região.
Argumenta-se, também, que seria mais adequado pensar em mais centros de convenções,
em lugares que ofereçam melhor condição de acesso e estrutura de serviços
complementares. Nesse sentido, qualquer projeto básico relacionado à expansão do
Expominas terá que ser bem discutido com representantes do setor.
No sentido de ajudar a sanar a carência de espaços para eventos na cidade, deve-se
registrar que existe a previsão de entrar em funcionamento, até março de 2014, um centro
de convenção importante, próximo ao Minas Shopping, com capacidade para 9 mil pessoas,
a partir de parceria público-privada. Um Projeto de espaço cultural multiuso no interior do
Parque Municipal René Gianetti também foi encomendado pela Belotur, o qual deverá
agregar espaço importante para oferta de eventos culturais de porte menor. Há, ainda, a
oferta de vários espaços para eventos de pequeno porte no âmbito de vários projetos de
hotéis para a cidade.
Algumas deficiências importantes apontadas na amostra analisada se referem ao reduzido
número de equipamentos com sistemas de gestão de qualidade e gestão ambiental
implantados e ao ainda reduzido uso de parcerias entre serviços e equipamentos para
eventos e demais equipamentos do setor turístico. A presença de serviços de alimentação
−
−
127
terceirizados e de ambulantes em equipamentos de lazer e equipamentos para eventos sem
exigências formais para sua efetivação e sem qualquer controle de padrão de qualidade
afeta a qualidade dos serviços disponíveis. Foram também percebidas deficiências de
segurança dos equipamentos, mais particularmente em itens de prevenção e combate a
incêndios, sendo necessário que as autoridades competentes mantenham fiscalização
constante em relação à segurança dos equipamentos, de forma geral.
Tendo em vista a importância do turismo de negócios para Belo Horizonte, a questão do
fomento ao setor torna-se estratégica e deve ser pensada considerando as políticas nos
destinos concorrentes. Nesse sentido, uma eventual política de redução de alíquotas do
ISSQN para o promotor de eventos e, sobretudo, de extinção do ISSQN cobrado sobre a
inscrição de eventos e exploração de estandes demandada pelo setor, já está sendo
avaliada pelas instâncias pertinentes do Poder Público municipal quanto a sua pertinência e
melhor período para execução, devendo ser considerada também à luz de outras questões
relacionadas, tais como as atuais limitações da capacidade dos centros de convenções e a
estrutura da oferta turística da cidade, de modo geral, para atender a uma maior demanda
de eventos.
Por fim, há que se registrar que a Rede de Turismo de Negócios de Belo Horizonte,
recentemente criada, está no processo de discussão e de implementação de uma série de
iniciativas no campo de gestão, já mencionadas, visando fomentar o desempenho do setor.
No âmbito do processo de captação de eventos, todos as deficiências aqui mencionadas,
precisam ser mitigadas, visando auferir maior competitividade ao setor em Belo Horizonte.
Ao turismo, em particular, interessa aumentar o percentual de realização de eventos
turísticos, já que os eventos locais não turísticos ainda têm participação acentuada nas
estatísticas setoriais.
2.1.3.6.
Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento
Os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento, segundo a classificação do
Inventário da Oferta Turística (INVTUR), do Ministério do Turismo, incluem, entre outros:
parques de diversões e temáticos, parques, jardins, praças, estádios ou ginásios e quadras,
mirante, belvedere, boates e discotecas, casas de espetáculos (teatros), e cinemas.
Dados da RAIS para Belo Horizonte apontam a existência em 2009 de: 36 atividades de
exibição cinematográficas, empregando 464 pessoas; 103 estabelecimentos ligados a artes
cênicas, espetáculos e atividades complementares, empregando 522 pessoas; e 8 parques
de diversão e parques temáticos, empregando 168 pessoas. No total, são 147
estabelecimentos formais ligadas a essas atividades, que empregavam 1.154 trabalhadores
em Belo Horizonte em 2009.
Para os efeitos desta pesquisa, foram selecionados inicialmente 8 teatros, 1 parque de
diversões, 1 mirante, 3 arenas esportivas, 9 cinemas e 12 casas noturnas, considerados
relevantes para a atividade turística atual e potencial de Belo Horizonte. Desses 34 serviços
e equipamentos pré-selecionados, 29 efetivamente se disponibilizaram a participar da
pesquisa, constituindo a amostra efetivamente trabalhada, discriminada no quadro 2.30.
−
−
128
Quadro 2.30 Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados em Belo Horizonte,
por tipo e ano de início das atividades – 2010
Serviços e Equipamentos para Lazer e Entretenimento
Tipo
Parques de Diversões e
Temáticos
Equipamento
Ano de início
Parque Guanabara
1951
Praça Carlos Chagas (Assembléia)
Praça da Estação
Praça da Liberdade
Parques, Jardins, Praças
Praça de Santa Tereza
Praça Diogo de Vasconcelos (Savassi)
Praça Governador Israel Pinheiro (Praça
do Papa)
Mineirão
Estádios, Ginásios, Quadras
Mineirinho
Arena Vivo
Mirantes, Belvederes
Mirante do Alto das Mangabeiras
Top Bar
New Sagitarius
Alambique
Boates, Discotecas
Josefine
Paco Pigalle
Demodee
Teatro Francisco Nunes
Teatro Marília
Grande Teatro Palácio das Artes
Teatro Clara Nunes
Casas de Espetáculos - Teatros
Teatro SESIMINAS
Teatro Alterosa
Galpão Cine Horto
Klauss Viana
Cine Humberto Mauro
Cine-clube Savassi
Cinemas
Cine-clube Belas Artes
Cinemark
NS*
1898
NS*
NS*
NS*
1980
1965
1980
2004
NS*
1960
1976
1990
1990
1991
2008
1950
1964
1971
1990
1990
1993
2005
2009
1978
1988
1992
NR*
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
* NR: Não Respondeu NS: Não Sabe
O conjunto de figuras de 2.12 a 2.16 ilustra alguns serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento de Belo Horizonte.
−
−
129
Figuras 2.12 a 2.16 Alguns serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte
Figura 2.12: Praça Diogo de Vasconcelos
(Savassi) – Henry Yu – maio de
2010
Figura 2.13: Praça da Estação – Marcelo Rosa –
Maio de 2010
Figura 2.14: Praça da Liberdade – Henry Yu –
maio de 2010
Figura 2.15: Praça Governador Israel Pinheiro
(Praça do Papa) – Henry Yu –
maio de 2010
−
−
130
Figura 2.16: Praça Sete de Setembro – Robert Serbinenko – maio de
2010
O início das atividades dos equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte
ocorreu em diferentes datas. O Parque Guanabara, da década de 50, se insere no conjunto
da Pampulha e no Roteiro da Modernidade. As praças pesquisadas, em sua maioria, não
informaram a data de seu início, mas se inserem na malha urbana do início do século XX.
Dentre as praças pesquisadas, são deste período: Praça da Liberdade, Praça da Estação e
Praça Diogo de Vasconcelos. As demais - Praça da Assembléia e Praça do Papa - têm sua
implantação mais recente, nas décadas de 1970 e 1980.
O estádio Magalhães Pinto (Mineirão) foi inaugurado em 1965 e o Mineirinho, em 1980. O
estádio mais recentemente inaugurado é a Arena Vivo, de 2004. O Mirante do Papa não
informou seu início de atividades, mas é da mesma época da Praça do Papa, da década de
1980.
As seis boates e discotecas iniciaram suas atividades entre 1960 e 2008, mas a maioria foi
inaugurada na década de 1990. O Teatro Francisco Nunes, situado no interior do Parque
Municipal, foi inaugurado em 1950, o Teatro Marília em 1964; e o Grande Teatro do Palácio
das Artes em 1970. São importantes marcos das artes cênicas da cidade. Outras três casas
teatrais da amostra analisada são da década de 1990 e duas casas foram inauguradas no
século XXI.
Os cinemas, em sua maioria, são novos, devido à intensa política de substituição ocorrida
nos últimos anos. Os mais tradicionais foram substituídos por unidades situadas no interior
dos shoppings e por cine-clubes. Na amostra pesquisada, a Sala Humberto Mauro,
localizada no interior do Palácio das Artes, é de 1979, um cine clube é década de 1980 e
outro da década de 1990. Uma rede de salas de cinema situada em shopping center
pesquisada não informou a data de inauguração.
Com relação ao começo de suas operações, 1 (3,4%) tem início no século XIX, 2 (6,9%) na
década de 1950; 3 (10,3%) na década de 1960; 3 (10,3%) na década de 1970; 3 (10,3%) na
década de 1980; 7 (24,1%) na década de 1990; e 4 (13,8%) a partir do ano 2000. Não
souberam ou não responderam 6 (20,7%).
São do tipo casas de espetáculo (teatros) 8 (27,6%); do tipo praças/mirantes 7 (24,1%); do
tipo boates 6 (20,7%); do tipo cinemas 4 (13,8%); do tipo estádios/ginásios/quadras 3
(3,4%); e do tipo parque de diversões (1,3%).
−
−
131
Disseram que possuem site 21 (72,4%) e que não possuem 8 (27,6%), que são
basicamente as praças públicas.
Disseram que são proprietários dos estabelecimentos 16 (55,2%); 7 (24,1%) que são
locatários; e 4 (13,8%) que são outra modalidade sem especificar. Não responderam 2
(6,9%).
Todas as praças pesquisadas são equipamentos públicos municipais. O parque de
diversões é privado. Os estádios são em maioria públicos, exceto um, que é privado. Com
relação aos cinemas, os cine-clubes funcionam em prédios alugados, enquanto que a Sala
Humberto Mauro pertence à esfera pública estadual. Com relação às salas de espetáculo,
sua relação de propriedade é bastante variada, sendo que metade do subtipo é privado,
assim como a totalidade das boates e discotecas pesquisadas (quadro 2.31).
Quadro 2.31. Relação de uso e de propriedade dos equipamentos de lazer pesquisados em Belo
Horizonte - 2010
TIPO
Parques- Jardins- Praças
Parques de diversõesEstádios- Ginásios- Quadras
Cinemas
Casas de espetáculos
Boates- Discotecas
Relação de uso
Proprietário
Proprietário
Proprietário
Proprietário
Locatária
Outra
Proprietário
Proprietário
Conveniada
Locatária
Proprietário
Locatária
NR
Quantidade
6
1
1
2
3
1
4
2
1
1
1
3
2
Relação de propriedade
Pública Municipal
Privada
Privada
Pública Estadual
Privada
Pública Estadual
Privada
Pública Estadual
Sindicato
Pública Municipal
Privada
Privada
Privada
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Operam em rede 3 (10,3%) equipamentos, sendo uma rede de cinema, uma de casa de
espetáculo e uma de boate ou discoteca; e 24 (82,8%) não pertencem a nenhuma rede.
Entre os três que responderam pertencer a alguma rede, dois citaram o Cinemark S.A e o
Grupo Germana e um não informou de qual rede faz parte.
Sobre o fato de o espaço do equipamento ser tombado ou ter algum tipo de proteção, 17
(58,6%) gestores afirmaram que não e 10 (34,5%) que sim. Não responderam 2 (6,9%).
Daqueles que afirmaram ser tombados ou ter alguma proteção dois informaram que a data
do tombamento/proteção foi em 1994 e três que foi 1898, 1977 e 2004. Não souberam
informar ou não responderam cinco. Somente um dos equipamentos tem proteção de
âmbito federal enquanto cinco têm proteção estadual e três têm proteção municipal. Um não
soube informar.
O quadro 2.32 descreve com detalhes a situação de proteção dos equipamentos de lazer
em Belo Horizonte. Três praças estão tombadas. Entre os estádios, apenas o Mineirão. As
casas de espetáculos têm a situação mais ampliada em relação ao tombamento, sendo que
das oito, cinco são protegidas.
−
−
132
Quadro 2.32. Situação de proteção dos serviços e equipamentos de lazer pesquisados em Belo
Horizonte - 2010
TIPO
NOME
Praça da Assembleia
Praça da Estação
Praça da Liberdade
Parques- Jardins- Mirante do Alto das
Mangabeiras
Praças
Praça de Santa Tereza
Praça Savassi
Praça do Papa
Parques de
DiversõesTemáticos
EstádiosGinásiosQuadraS
Parque Guanabara
Ocorrência
Sim
Não
TOMBAMENTO
Data
NS
1898
1977
Esfera
Municipal
Estadual
Estadual
Não se aplica
Não se aplica
NS
Estadual
2004
Estadual
NS
1994
NS
NR
1994
NS
Municipal
Estadual
Federal
Municipal
Não se aplica
Não se aplica
Não se aplica
Não se aplica
Não
Mineirão
Sim
Arena vivo
Não
Mineirinho
Belas artes
Sim
Cine-clube Savassi
Cinemas
Cine Humberto mauro
Não
Cinemark
Galpão cine Horto
Grande teatro
Teatro Clara Nunes
Sim
Teatro Francisco Nunes
Casas de
Teatro Marília
Espetáculos
Klauss Viana
Teatro Alterosa
Não
Teatro Sesiminas
Alambique
Demodee
Josefine
BoatesNão
New Sagitarius
Discotecas
Paco Pigalle
Top bar
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os gestores avaliaram os serviços oferecidos por seus equipamentos, segundo a
característica de cada um, primeiramente de maneira geral e posteriormente sobre itens
específicos, como portaria, iluminação, estacionamento (quadro 2.33). Atribuiu-se a nota 4
para ―excelente‖, 3 para ―bom‖, 2 para ―regular‖ e 1 para ―ruim‖. De maneira geral foram
avaliados como excelentes alguns cinemas e casas de espetáculos, sendo que nos itens
específicos, nenhum gestor computou esta nota. Para facilitar a leitura do quadro, foi
utilizada também a gradação por cores.
−
−
133
3
3
Praça da Estação
3
3
Praça da Liberdade
3
3
Praça de Santa Tereza
3
3
Praça Diogo de Vasconcelos (Praça Savassi)
Praça Governador Israel Pinheiro (Praça do
Papa)
3
3
3
3
Cinemas
3
3
3
3
3
3
2
Mineirinho
3
3
1
3
Mineirão
3
3
3
3
3
2
Belas Artes
4
3
3
1
3
Cine-clube Savassi
4
3
3
1
Cine Humberto Mauro
4
3
3
Cinemark
3
2
Galpão Cine Horto
4
3
Grande Teatro Palácio das Artes
3
3
3
Klaus Viana
3
3
4
3
Loja_souvenir
3
3
Sala_exposição_multiuso
Estacionamento
3
4
Casas
de Teatro Aterosa
Espetáculos
Teatro Cara Nunes
BoatesDiscotecas
Sanitários
Praça Carlos Chagas (Praça da Assembleia)
Segurança
2
Restaurante
3
Parques
de
Parque Guanabara
Diversões
Arena Vivo
Estádios
Iluminação
Mirante do alto das mangabeiras
Cantina_lanchonete
Praças
Nome
Portaria
Tipo
Qualidade geral
Quadro 2.33 Avaliação dos serviços oferecidos nos equipamentos de lazer e entretenimento de
Belo Horizonte, na percepção dos gestores – 2010
3
3
3
3
2
3
3
3
3
2
3
3
2
3
3
3
3
2
3
1
2
2
3
3
3
3
3
2
2
3
3
3
2
3
1
1
1
2
3
2
3
2
3
2
3
3
3
3
3
3
3
3
2
3
3
2
2
3
3
3
3
2
3
3
3
2
3
3
2
Teatro Francisco Nunes
2
3
2
Teatro Marília
2
1
1
Teatro Sesiminas
4
3
3
Alambique
4
3
3
2
2
2
Demodee
3
3
3
3
3
3
Josefine
2
3
3
3
3
Nw Sgitarius
3
3
3
3
3
Paco Pigalle
3
3
2
3
3
Top Bar
3
2
2
3
3
3
Legenda
Excelente 4
Bom 3
Regular 2
Ruim 1
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Sobre a existência de outras facilidades, para 12 (41,4%) gestores o equipamento não
oferece e para 17 (58,6%) existem as seguintes facilidades, descritas no quadro 2.1.34.
−
−
134
Quadro 2.34 Facilidades oferecidas pelos serviços e equipamentos de lazer pesquisados em Belo
Horizonte - 2010
TIPO
NOME
Mirante do Alto das
Mangabeiras
Praça Carlos Chagas
(Praça da Assembleia)
Praça da Estação
ParquesJardinsPraças
Parques de
DiversõesTemáticos
EstádiosGinásiosQuadras
Cinemas
Casas de
Espetáculos
BoatesDiscotecas
FACILIDADES OFERECIDAS
OFERECE
TIPO DE FACILIDADES
Não
Não se aplica
Sim
Play ground, coreto
Não
Não se aplica
Praça da Liberdade
Sim
Cooper, fonte,coreto
Praça de Santa Tereza
Praça Diogo de
Vasconcelos (Praça
Savassi)
Praça Governador Israel
Pinheiro (Praça do Papa)
Não
Não se aplica
Não
Não se aplica
Sim
Play ground, mirante
Parque Guanabara
Não
Não se aplica
Arena Vivo
Não
Não se aplica
Mineirinho
Não
Não se aplica
Mineirão
Sim
Visita guiada, visita ao memorial
Belas Artes
Sim
Livraria
Cine-clube Savassi
Sim
Boate
Cine Humberto Mauro
Sim
Gratuidade ou baixo preço, atrações singulares
Cinemark
Não
Não se aplica
Galpão Cine Horto
Grande Teatro Palácio das
Artes
Klaus Viana
Sim
Teatro, cinema
Sim
Livraria, casa de artesanato
Não
Não se aplica
Teatro Alterosa
Não
Não se aplica
Teatro Clara Nunes
Sim
Camarim
Teatro Francisco Nunes
Sim
O ambiente, o parque, jardins do teatro
Teatro Marília
Sim
Teatro Sesiminas
Sim
Alambique
Sim
Demodee
Não
Mezanino, onde ocorre a inauguração dos eventos
Auditório para 100 pessoas, cursos, orquestras,
companhia de dança e coral
Música ao vivo, sonorização mecânica, espaço
para eventos, culinária mineira a la carte
Não se aplica
Josefine
Não
Não se aplica
New Sagitarius
Sim
Scoth bar (bar internacional)
Paco Pigalle
Sim
Espaço para dança
Sonorização mecânica, pista de dança, culinária
Top Bar
Sim
brasileira com menu fixo
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
Oferecem atividades regulares 18 (62,1%) contra 11 (37,9%) que não oferecem. Os
eventos, tais como shows e exposições, ocorrem em 25 (86,2%) equipamentos. Entre as
atividades regulares oferecidas, citam-se: música, dança, exposições, mostra de cinema,
eventos culturais, eventos religiosos, atividades esportivas, cursos, orquestras, coral,
competições, basquete, judô, debates, balé e mágica (quadro 2.35).
−
−
135
Quadro 2.1.35 Oferta de atividades regulares pelos equipamentos de lazer pesquisados em Belo
Horizonte- 2010
TIPO
ParquesJardinsPraças
Parques de
DiversõesTemáticos
EstádiosGinásiosQuadras
NOME
Mirante do Alto das Mangabeiras
Pça Carlos Chagas (Praça da
Assembléia)
Praça da Estação
Praça da Liberdade
ATIVIDADES REGULARES
Oferece
Tipo de atividades
Não se aplica
Não
Não
Não se aplica
Sim
Não
Não
oficinas, fontes, eventos
Praça de Santa Tereza
Pça Diogo de Vasconcelos (Praça
Não
Savassi)
Praça do governador Israel Pinheiro
Não
(Praça do Papa)
Não se aplica
Não se aplica
Sim
Arena Vivo
Sim
Mineirinho
Sim
Mineirão
Sim
Belas artes
Sim
Cine-clube Savassi
Sim
Cine Humberto Mauro
Sim
Cinemark
Sim
Galpão Cine Horto
Klaus Viana
Sim
Sim
Não
Teatro Alterosa
Sim
Teatro Cara Nunes
Teatro Francisco Nunes
Sim
Não
Teatro Marília
Sim
Teatro Sesiminas
Sim
Alambique
Não
Não se aplica
Demodee
Sim
Quinta: movimento balanço; sexta e
sábado: hi-fi a moda da casa
Josefine
New Sgitarius
Sim
Não
Paco Pigalle
Sim
Shows esporádicos às quintas.e
shows de dança às sextas e sábados
Top Bar
Não
Não se aplica
Grande Teatro Palácio das Artes
BoatesDiscotecas
Não se aplica
Parque Guanabara
Cinemas
Casas de
Espetáculos
Não se aplica
Excursão, espaço para festas
Esportes, competições nacionais de
várias modalidades, basquete, judô
Shows eventos religiosos, culturais,
esportes
Atividades esportivas , eventos
culturais e religiosos
Cinema, shows, música, exposições,
mostra de cinema, eventos culturais
Cinema, shows, música, exposições,
mostra de cinema, eventos culturais
Exibição de filmes realização de
debates
Sessões cinematográficas exibidas
de segunda a segunda.
Cursos de teatro, projetos, etc.
Cursos
Não se aplica
A programação é constante
praticamente todos os meses do ano
Seminários, cursos
Não se aplica
Peças teatrais, de balé, musica,
seminários e mágica
Cursos, orquestras, companhia de
dança e coral
Não se aplica
Não se aplica
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
O serviço de alimentação (restaurante ou lanchonete) é oferecido por 13 (44,8%), sendo 9
de natureza própria e 4 terceirizados. A capacidade do atendimento do serviço de
alimentação varia muito em função do tipo de estabelecimento. Por exemplo, o Mineirão
chega a atender 64.800 pessoas. Desses equipamentos, sete não informaram a capacidade
de atendimento. Entre os quatro que oferecem serviço de alimentação terceirizado, apenas
−
−
136
dois disponibilizaram dados sobre o prazo dos contratos: seis meses em um caso e
indeterminado em outro. O trabalho de ambulantes é permitido em oito equipamentos e
proibido em 15. Apenas seis não responderam a essa questão. Sobre a exigência ou
experiência mínima para implantação do serviço de alimentação, seis gestores responderam
que sim e dois que não (quadro 2.36).
Quadro 2.36 Oferta de serviços de alimentação, por tipo de contrato, nos estabelecimentos de lazer
pesquisados em Belo Horizonte - 2010
Tipo
Nome
Parques- Jardins- Praças
Não
Não
Não se aplica
Não se aplica
Praça da Estação
Não
Não se aplica
NR
Praça da Liberdade
Não
Não se aplica
Sim
Praça de Santa Tereza
Não
Não se aplica
NR
Praça Savassi
Não
Não se aplica
Sim
Praça do Papa
Não
Não se aplica
Sim
Terceirizado
Depende do evento
NR
Terceirizado
Não
3600
Não se aplica
Sim
NR
Terceirizado
64800
Belas Artes
Próprio
100
Sim
NR
Cine-clube Savassi
Próprio
160
NR
Terceirizado
Não se aplica
NR
Próprio
NR
NR
3000 a 4000 pessoas/dia
NR
Grande teatro
Próprio
NR
NR
Klauss Viana
Próprio
NR
NR
Teatro Alterosa
NR
NR
NR
Teatro Clara Nunes
NR
NR
NR
NR
NR
NR
Não oferece
NR
NR
Não se aplica
NR
Alambique
Próprio
NR
NR
Demodee
Próprio
NR
NR
Josefine
Não oferece
Não se aplica
NR
Arena vivo
Estádios- Ginásios- Quadras Mineirinho
Mineirão
Cine Humberto Mauro
Cinemark
Galpão Cine Horto
Casas de Espetáculos
Teatro Francisco Nunes
Teatro Marília
Teatro Sesiminas
Boates- Discotecas
Permissão de
trabalho de
ambulantes
Mirante das Mangabeiras
Praça da Assembleia
Parques Diversão Temáticos Parque Guanabara
Cinemas
Serviços de Alimentação
Capacidade de
Oferta
atendimento
New sagitarius
Paco Pigalle
Top Bar
Sim
Sim
NR
NR
Próprio
NR
NR
Não oferece
Não se aplica
Sim
Próprio
120
NR
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apenas 1 (3,4%) equipamento (uma boate) oferece estacionamento com manobrista; 2
(6,9%), os estádios Mineirão e Mineirinho, têm estacionamento sem manobrista. Não têm
estacionamento 25 (86,2%). Não informou 1 (3,4%).
São acessíveis a pessoas portadoras de necessidades especiais (PNEs) 18 (62,1%); 3
(10,3%) não são; e para 8 (27,6%) a acessibilidade é parcial. As áreas mais acessíveis aos
deficientes para os gerentes são: as externas para 23 (79,3%) e os sanitários para 19
(65,5%). Já as áreas de menor acessibilidade são os restaurantes e lanchonetes, que para
12 (41,4%) gestores não estão adaptados (quadro 2.37).
−
−
137
Quadro 2.37 Acessibilidade a pessoas especiais e áreas acessíveis nos serviços e equipamentos de
lazer pesquisados em Belo Horizonte - 2010
TIPO
ParquesJardins- Praças
Parq. Diversões
EstádiosGinásiosQuadras
Cinemas
Casas de
EspetáculosX
BoatesDiscotecas
NOME
Mirante das
Mangabeiras
Praça da Assembléia
Praça da Estação
Praça da Liberdade
Praça de Santa
Tereza
Praça Savassi
Praça do Papa
Parque Guanabara
Arena Vivo
Mineirinho
Mineirão
Belas artes
Cine clube Savassi
Cine Humberto Mauro
Cinemark
Galpão cine Horto
Grande teatro
Klauss Viana
Teatro Alterosa
Teatro clara Nunes
Teatro Francisco
Nunes
Teatro Marília
Teatro Sesiminas
Alambique
Demodee
Josefine
New Sagitarius
Paco Pigalle
Top Bar
Acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades
especiais e áreas acessíveis
Acesso
Área
RestauÁrea
Sanitários Outra
geral
externa
rante
externa
NR
NR
NR
NR
Parcial
X
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
X
X
X
X
X
X
X
X
NR
X
X
X
X
X
X
X
X
NR
X
X
X
X
X
X
X
X
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
Sim
Sim
Sim
NR
X
X
X
NR
X
X
NR
X
X
X
NR
X
X
X
NR
Sim
X
X
X
X
Sim
Sim
Parcial
Sim
Parcial
Parcial
Sim
Não
X
X
X
X
X
NR
NR
NR
X
NR
X
X
NR
X
NR
X
NR
X
NR
NR
X
X
NR
X
X
X
X
X
X
X
NR
Parcial
Parcial
Sim
X
X
NR
Sim
X
Parcial
Parcial
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
NR
X
NR
NR
NR
NR
NR
NR
NR
X
X
NR
NR
NR
NR
NR
NR
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O acesso rodoviário foi considerado bom em 27 equipamentos (93,1%). O acesso ferroviário
foi visto como inexistente em 16 (55,2%) equipamentos. A Tabela 2.50 apresenta a
avaliação do acesso por parte dos gestores. O acesso por trilha não foi considerado, por se
tratar de equipamentos urbanos.
−
−
138
Tabela 2.50 Avaliação do acesso aos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento
pesquisados em Belo Horizonte – 2010.
Avaliação do acesso
Meios de acesso
Bom
Regular
Rodoviário
Ferroviário (trem/metrô)
93,1
27,6
3,4
13,8
Aéreo
37,9
3,4
Precário
Não tem ou
Não se aplica
0
3,4
3,4
55,2
0
58,6
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Para 24 (82,8%) gestores, o acesso atende às necessidades atuais dos equipamentos de
lazer e entretenimento; para 5 (17,2%) não atende. Em 20 (69,0%) equipamentos é possível
expandir o volume de visitantes sem investimentos extras no acesso. Para 9 (31,0%) foram
citadas as seguintes deficiências:
O transporte público é deficiente e a é sinalização ruim.
Há dificuldade de estacionamento e limitação da própria construção.
Falta segurança para estacionar à noite e o preço do estacionamento é alto.
Falta de estacionamento.
Falta metrô.
Falta estacionamento e área de metrô.
O espaço não é adequado e procura-se uma nova área.
A dificuldade de estacionamento foi citada por quatro gestores como um impedimento ao
aumento do volume de clientes.
Para 18 (62,1%) gestores o meio de transporte mais utilizado para o acesso às
proximidades do equipamento é o automóvel; para 8 (27,6%) é o ônibus; para 2 (6,9%) é o
taxi; e para 1 (3,4%) é o metrô (gestor da Praça da Estação).
A sinalização é inexistente ou foi avaliada negativamente por grande parte dos gestores.
Também, foi citada como inadequada para orientar pessoas portadoras de necessidades
especiais (tab. 2.51).
O estado geral de conservação dos equipamentos foi considerado ―bom‖ por 21 (72,4%)
gestores, ―regular‖ por 6 (20,7%) e ―ruim‖ por 1 (3,4%). O último equipamento, além de
deteriorado, está também descaracterizado. Os seguintes aspectos foram considerados
para a classificação: limpeza das áreas internas e externas, existência de serviços de
manutenção, estado de conservação das instalações físicas, caracterização histórica e
construtiva, condições de salubridade.
Possuem planejamento estratégico 15 (51,7%) serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento, 9 (31%) ainda não utilizam essa ferramenta; e 4 (13,8%) estão em processo
de elaboração.
−
−
139
Tabela 2.51 Avaliação da sinalização urbana, turística e interpretativoa por parte dos gestores dos
serviços e equipamentos de lazer e entretenimento – Belo Horizonte – 2010
ADEQUAÇÃO E CONSERVAÇÃO
TIPO
NOME
Sinalização urbana
Ruim
Mirante das Mangabeiras
Praça da Assembleia
ParquesJardinsPraças
Praça da Estação
Praça da Liberdade
Praça do Papa
Parques de
Parque Guanabara
Diversões
EstádiosGinásiosQuadras
Arena vivo
Mineirinho
Teatro Marília
X
X
Josefine
New Sagitarius
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
NR
X
NR
X
NR
NR
X
X
Top Bar
16
X
X
X
X
X
X
X
Paco Pigalle
Total das avaliações
X
X
X
X
X
X
X
Alambique
BoatesDiscotecas
X
X
X
X
X
X
X
NR
X
X
X
X
8
3
NR
X
X
X
X
X
NR
NR
NR
X
X
X
11
Em percentual
55,2 27,6
10,3
37,9
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
NR: não respondeu
Não tem
X
X
X
X
X
X
X
X
Teatro Sesiminas
Demodee
X
NR
Klauss Viana
Boa
X
X
X
X
NR
Cinemark
Teatro Francisco Nunes
Ruim
NR
Cine Humberto Mauro
Teatro Alterosa
Casas de
Espetáculos Teatro Clara Nunes
Não tem
X
X
Cine-clube Savassi
Grande teatro
Boa
X
X
X
X
X
X
Mineirão
Galpão Cine Horto
Ruim
Sinalização interpretativa
X
X
Belas Artes
Cinemas
Não tem
X
Praça de Santa Tereza
Praça Savassi
Boa
X
X
X
X
Sinalização turística
3
13
12
6
9
10,3
44,8
41,4
20,7
31,0
Janeiro é o mês de maior movimento dos equipamentos pesquisados ára 12 (41,4%)
gestores e fevereiro, março e abril são os meses de menor movimento para quatro gestores
(13,8%).
Os gráficos 2.47 e 2.48 apresentam a quantidade de estabelecimentos que informaram os
meses de maior e de menor movimento nos atrativos de Belo Horizonte.
−
−
140
Gráfico 2.47 Meses de maior movimento nos serviços e equipamentos
de lazer e entretenimento de Belo Horizonte, por número
de estabelecimentos – 2010.
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Gráfico
2.48 Meses de menor movimento nos serviços e
equipamentos de lazer e entretenimento de Belo
Horizonte, por número de estabelecimentos – 2010.
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Não responderam ou não souberam informar os meses de maior e menor movimento 8
(27,5%). Isso indica deficiência no planejamento das atividades de lazer e entretenimento de
Belo Horizonte. Sobre o período de maior movimento, 16 (55,2%) gestores identificaram os
fins de semana; e 3 (10,3%) os feriados. Não é possível estabelecer relação entre o tipo de
equipamento e os períodos de maior movimento, portanto cada estabelecimento,
independente de seu tipo, tem características próprias que atraem clientes em diferentes
períodos.
O ingresso é pago em 19 (65,5%) equipamentos e gratuito em 9 (31,0%). Os equipamentos
com entrada gratuita são praças, mirante e uma das casas de espetáculo. O valor dos
ingressos variam de R$4,00 a R$50,00. Em alguns locais, é ajustado de acordo com o
evento ou o dia. A maior parte dos equipamentos oferece opções econômicas de até
R$10,00. As opções mais caras ocorrem em casas noturnas e casas de espetáculos
(teatros).
−
−
141
O gráfico 2.49 apresenta a quantidade de equipamentos por faixa de valores de ingresso.
Gráfico 2.49 Valor dos ingressos dos serviços e equipamentos de lazer
e entretenimento de Belo Horizonte – 2010.
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As tarifas especiais para crianças são oferecidas por 11 (37.9%) equipamentos e para
pessoas acima de 60 anos por 13 (44,8%). Para os grupos, apenas 7 (24,1%) oferecem
alguma tarifa especial. Os convênios corporativos existem em 3 (10,3%). Esses dados são
de grande importância para o setor turístico de Belo Horizonte, tendo em vista a
possibilidade de haver dificuldades na negociação de preços desses serviços junto às
agências de turismo receptivo da cidade.
As promoções são oferecidas em 16 (55,2%) equipamentos, nas seguintes situações:
 Sessão popular (quarta-feira)
 A critério do produtor
 A partir de certo consumo do cliente
 Durante as campanhas populares
 Despedidas de solteiro
 Dias de semana com menor público
 Parcerias com empresa Oi e condôminos
 Pacotes fechados para grupos
 Vendas antecipadas
 Sessão diária das 15:00 horas
Os fatores que influenciam a oferta de promoções são:
 Atração de mais público
 Diversificação dos produtos e da forma de atrair clientes
 Exigência de gratuidade por razões de política cultural
 Perfil e origem do grupo
 Tipo de evento/show
 Demanda dos clientes
Para 9 (31,0%) gestores o nível de preços em relação aos destinos competidores é mais
barato; para 4 (13,8%) é mais caro; e para 3 (10,3%) é semelhante. Não fizeram
comparação de preços 4 (13,8%). Têm acesso gratuito 9 (31,0).
A principal pesquisa realizada com os visitantes é a de avaliação de satisfação/qualidade
dos serviços, praticada por 6 (20,7%) equipamentos; realizam pesquisa de perfil do cliente 2
(6,9%); não realizam 19 (65,5%); e realizam outras pesquisas não detalhadas 2 (6,9%). Não
respondeu 1 (3,4%) e não sabe 1 (3,4%).
−
−
142
O tempo necessário para usufruir os equipamentos varia de 15 minutos a 5 horas. Em 8
(27,6%), 2 horas; em 4 (13,8%), 1 hora; em 3 (10,3%) 90 minutos; e em 2 (6,9%), entre 2 e
3 horas (quadro 2.38).
Quadro 2.38 Tempo necessário para usufruir dos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento de Belo Horizonte, por tipo de equipamento – 2010.
Tipo
Parques de Diversões/ Temáticos
Parques/ Jardins/ Praças
Estádios/ Ginásios/Quadras
Mirantes/ Belvederes
Boates/ Discotecas
Casas de espetáculos
Cinemas
Tempo necessário para usufruir do equipamento
Não respondeu
Entre 1 e 2 horas
Entre 1 e 2 horas e meia
15 minutos
Entre 1 hora e meia e 5 horas
30 minutos a 3 horas
Entre 1 hora e meia e 3 horas
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os visitantes de origem internacional significam 1% da clientela para 9 (31%) equipamentos
de lazer e entretenimento, contra 9% de origem nacional para 7 (24,1%) e 10% origem
regional para 11 (37,9%).
A principal origem dos clientes é local: para 17 (58,6%) equipamentos este público
corresponde a mais de 60% do público total; para 2 (6,9%) a 50%; e para 2 (6,9%) menos
de 50%. Não souberam informar 8 (27,6%).
O período de visitação dos equipamentos é permanente para 26 (89,7%) gestores; e há
restrição à visitação para 13 (44,8%), sendo que, em três a restrição é para crianças e em
um é para idosos (categoria boates e discotecas) e em 13 não especificadas.
Restrições à capacidade máxima de carga existem em 22 (75,9%) equipamentos; e em 7
(24%) não há qualquer controle. O número máximo de pessoas atendidas varia de 108 a
64.800, em função do tipo de estabelecimento. Na categoria de até 500 lugares estão a
maioria dos cinemas e metade das casas de espetáculos. As boates e outras casas de
espetáculos oferecem de 500 a 2.000 lugares. Na categoria de 3.600 a 6.000 estão o
parque de diversão e o ginásio. Com mais de 25.000 lugares estão os estádios.
Os cartões de crédito são aceitos em 13 (44,8%) locais. Não aceitam cartões 7 (24,1%).
Não responderam 9 (31%). Dentre os mais aceitos estão: Visa (37,9%), o Mastercard
(34,5%), Diners (17,2%) e Amex (13,8%).
O faturamento anual dos equipamentos de lazer e entretenimento no último exercício ficou
assim distribuído: 3 (10,3%), da categoria casas de espetáculo, faturaram de R$30.000,00 a
R$300.000,00; 7 (24,1%) entre R$1.000.000,00 e R$ 6.000.000,00; e 1 (3,4%) de
R$12.000.000,00 (categoria Boates/Discotecas). Não responderam 8 (27,6%). Não
souberam 3 (10,3%). Para 7 (24,1%) a pergunta não se aplica (como as praças públicas). A
margem de lucro sobre o faturamento oscilou entre 10% e 40%. Em quatro equipamentos
essa margem é de 20%. Apenas 9 (31,0%) gestores informaram este dado.
Responderam à pergunta sobre participação de capital estrangeiro 18 (62,1%) gestores.
Não tem nenhuma participação externa 17 (58,6%) e 1(3,4%) afirmou que 100% do capital é
dos Estados Unidos.
Em relação aos níveis de investimento, foram poucos os dados colhidos, devido ao fato de a
maior parte dos gestores não saber ou não ter respondido à questão.
A tabela 2.52 apresenta a soma dos valores investidos em dez equipamentos entre 2007 e
2010.
−
−
143
Tabela 2.52 Volume* de recursos investidos entre 2007 e 2010 pelos
serviços e equipamentos de lazer e entretenimento
pesquisados em Belo Horizonte – 2010
Ano
2007
2008
2009
2010 (Até julho)
Soma do valor investido*
R$ 2.250.000,00
R$850.000,00
R$6.345.821,98
R$245.000,00
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
* Volume de investimento informado por 35% dos 29 entrevistados
O número total de visitantes varia entre 12 mil e 770 mil pessoas em um único ano, sem
considerar os grandes estádios e arenas, que não disponibilizaram esses dados. O número
médio de clientes atendidos entre 2007 e 2009 não foi informado por 21 gestores (72,4%), o
que impede qualquer conclusão em relação à visitação desses equipamentos. Com base
nas informações obtidas na pesquisa, é possível concluir que há certa estagnação no
número de clientes das casas de espetáculos (teatros) e uma tendência de crescimento nos
cinemas, mas como as respostas são poucas, é fundamental que os gestores sejam
preparados para obter dados e informações, de modo a gerir melhor os espaços de lazer e
entretenimento de Belo Horizonte.
Para 12 (41,4%) gestores existe plano concreto de investimento para os próximos cinco
anos enquanto para 12 não existe. Não responderam ou não sabem 5 (17,2%).
A soma dos investimentos para os próximos cinco anos em 6 (20,7%) equipamentos é de
R$ 8,6 milhões, a maior parte em reforma e construção, seguido de investimentos em outros
setores. A fonte desses recursos é própria para 6 (20,7%) equipamentos e outras fontes
serão utilizadas em 13 (44,8%). Não responderam 10 (34,5%)
Destaca-se aqui o complexo do Mineirão/Mineirinho, na Pampulha, que está recebendo
investimentos vultuosos do poder público de forma a atender as exigências para receber a
Copa do Mundo de 2014.
Em relação à previsão ou meta de expansão do atendimento para os próximos cinco anos,
10 (34,5%) declararam que não existe previsão; 12 (41,4%), que pretendem expandir no
próprio local; e 4 (13,8%) que irão expandir com novos empreendimentos. Não soube
responder 1 (3,4%). Não responderam 2 (6,9%). As metas de ampliação estão relacionadas
ao aumento do número de visitantes para 6 (20,7%) equipamentos; ao aumento da área
para 4 (13,8%); e à melhor utilização do espaço existente área 1 (3,4%). Não sabem como
será a expansão 18 (62,1%). Não revelaram necessidades de novas instalações para
melhorar a qualidade de seus serviços 12 (41,4%). A tabela 2.53 mostra as principais
necessidades para aprimorar a qualidade dos serviços, apontadas pelos outros 17 (58,6%)
gestores.
Tabela 2.53 Principais necessidades para melhorar a qualidade dos serviços e equipamentos de
lazer e entretenimento de Belo Horizonte, na percepção de seus gestores – 2010
Necessidades
Reformas (ampliação e melhoria)
Equipamentos (informática, áudio, etc.)
Melhoria administrativa
Construção de bares, restaurantes e lojas
Não respondeu
Frequência de equipamentos*
Abs.
%
7
3
1
1
5
41,2
17,6
5,9
5,9
29,4
*Frequencia relativa a 17 gestores respondentes
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
−
−
144
O sistema de gestão de qualidade existe em 5 (17,2%) equipamentos; em 3 (10,3%) está
em implantação; e não existe em 20 (69,0%). Não respondeu 1 (3,4). Os cinco pesquisados
que afirmaram que existe um sistema de gestão citaram: acordo de resultados do estado de
Minas Gerais; ISO; sistema próprio da Oi; Qualidade Total; e sistema de consultoria.
O sistema de gestão ambiental existe em apenas 3 (10,3%) equipamentos de lazer e
entretenimento e em 1 (3,4%) está em implantação. Não responderam e não sabem 2
(6,9%). As práticas mais utilizadas pelos equipamentos são: coleta seletiva de lixo,
tratamento de efluentes e políticas de redução de consumo (água e energia) (tab. 2.54).
Tabela 2.54 Práticas de gestão ambiental adotadas pelos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento de Belo Horizonte – 2010
Práticas
Coleta seletiva de lixo
Reaproveitamento de recursos
Fontes alternativas de energia
Tratamento de efluentes
Políticas de redução de consumo
Outra prática
Frequencia*
Abs.
%
22
7
1
14
17
8
75,9
24,1
3,4
48,3
58,6
27,6
*Frequencia relativa a 29 gestores informantes
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Dentre as outras práticas de gestão ambiental 4 (13,8%) gestores citaram o uso do lixo
orgânico para compostagem e 4 (13,8%) afirmaram ter as seguintes práticas: doar papéis
para a Associação dos Catadores do Papel Papelão e Material Reaproveitável (ASMARE);
incentivar os funcionários a cuidar do jardim; fazer campanha de conscientização e palestra;
e elaborar plano de tratamento acústico.
A principal região emissora de visitantes para os serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento de Belo Horizonte é a própria cidade e região metropolitana, apontada por
25 (86,2%) gestores, seguindo-se São Paulo, citada por 9 (31,0%) gestores e interior de
Minas por 8 (27,6%).
Os segmentos-alvo dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento apontados pelos
gestores nas ações de promoção turística foram: para 12 (41,4%) gestores o turismo
cultural; para 3 (10,3%) o turismo de negócios e eventos; e para 6 (20,7%) outros não
especificados. Não souberam ou não responderam 8 (27,6%). É importante salientar que,
apesar de as casas de espetáculos serem a maioria, outros tipos de equipamentos, como
boates e cinemas, também destacaram a importância deste segmento de turismo cultural
em suas ações de promoção. Em parte, isso é resultado dos eventos culturais e festivais
nacionais e internacionais que ocorrem em Belo Horizonte, permitindo que a cidade também
seja conhecida pelo seu potencial cultural.
Os meios de promoção mais utilizados pelos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento são: internet (86,2%), jornal (55,2%), folhetos e rádio com 51,7% cada um
(tab. 2.55).
−
−
145
Tabela 2.55 Meios de promoção utilizados pelos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento de Belo Horizonte – 2010
Frequência*
Meios de promoção
Abs.
15
7
16
15
12
25
3
2
3
Folhetos
Revistas especializadas
Jornal
Rádio
TV
Internet
Promotores de vendas
Participação em feiras
Outros
%
51,7
24,1
55,2
51,7
41,4
86,2
10,3
6,9
10,3
Frequencia relativa a 29 gestores informantes
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os materiais promocionais são disponibilizados em dois ou mais idiomas apenas em 8
(27,6%) equipamentos. O principal é o inglês.
A principal forma de comercialização dos equipamentos de lazer é a procura do cliente
diretamente no estabelecimento. O telefone também é um canal bastante utilizado para
reservas. A Internet já apresenta certo destaque em alguns equipamentos.
A tabela 2.1.56 apresenta a variação do percentual de reservas realizadas por cada meio de
comercialização. Não souberam informar os meios de comercialização mais utilizados 11
(37,9%) equipamentos.
Tabela 2.1.56 Meios de comercialização utilizados pelos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento de Belo Horizonte – 2010
Meio de comercialização
Operadoras/Agências de viagens
Portal/Internet
Telefone
Walk-in/Clientes Diretos
Outros
Número de
empresas que
utilizam
0
8
3
14
1
Percentual da
amostra
0
27,6
10,3
48,3
3,4
Variação da participação
desse meio no volume
total
0
10 – 50
50 – 80
80 – 100
2
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
Apenas 3 (10,3%) gestores afirmaram que existe alguma dificuldade para a comercialização
do equipamento. As dificuldades listadas foram:
 Não ter um canal de internet direto na bilheteria (informatização).
 Comercialização de cota de patrocínio via incentivo fiscal.
 A prefeitura dificulta alvarás.
As parcerias entre os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento com operadores,
atrativos turísticos, transportadores, hospedagem e outros equipamentos é praticamente
inexistente.
A tabela 2.57 apresenta o número de equipamentos que mantêm parcerias com as
diferentes categorias de serviços.
−
−
146
Tabela 2.57 Serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte, que mantêm
parcerias com outros atrativos e equipamentos – 2010
Equipamentos com os quais mantêm parcerias
Agentes/ Operadores
Atrativos turísticos
Transportadores turísticos
Outros serviços de lazer
Meios de Hospedagem
Outros (promotores de Eventos)
Quantidade
Abs.
%
2
2
2
3
2
4
6,9
6,9
6,9
10,3
6,9
13,8
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Não são os mesmos equipamentos que mantêm parceria com uma ou outra categoria, Isso
significa que aquele equipamento que tem parceria com agências não é necessariamente o
mesmo que mantém parceria com transportadores. O benefício dessas parcerias é a
divulgação mediante o oferecimento de cortesias.
O quadro 2.1.39 apresenta o detalhamento dessas parcerias, por tipo de equipamento
pesquisado em Belo Horizonte.
Com relação a conflitos existentes na gestão, um gestor informou que existem conflitos com
as agências e operadoras de turismo com quem trabalha, mas não especificou o problema.
Em relação às operadoras de cartão de crédito, um gestor informou que o conflito refere-se
a divergência comercial.
Afirmaram que não têm agente de divulgação turística fora de Belo Horizonte 26 (89,7%)
equipamentos de lazer e entretenimento. Apenas 1 (3,4%) gestor teatral afirmou que
mantém parceria com os produtores locais de cada lugar onde há apresentações do grupo,
para permitir maior acesso do público. Não responderam 2 (6,9%).
Integração roteiros turísticos apenas 3 (10,3%) equipamentos de lazer e entretenimento,
todos comercializados por agências de Belo Horizonte. O percentual de comissão paga aos
agentes de viagem sobre os valores das tarifas negociadas em pacotes é zero para dois
(6,9%) equipamentos e varia entre 5% a 10% em 1 (3,4%).
O equipamento é considerado ―seguro‖ em 18 (62,1%) casos, ―muito seguro‖ em 8 (27,6%)
e ―pouco seguro‖ em 2 (6,9%). Isso remete à necessidade de as autoridades responsáveis
fiscalizarem melhor neste quesito. Não informou 1 (3,4%).
Como fatores que dificultam a gestão de seus empreendimentos, os gestores apontaram:
excesso de burocracia e falta de apoio do Poder Público, alta carga tributária, excessivos
gastos operacionais e concorrência informal. Foram citados também: dificuldade por falta de
fornecedores e baixa qualificação dos profissionais.
Como pontos fortes, citaram-se: parcerias com produtores de eventos e elevada renda per
capita de Belo Horizonte. Com o intuito de desenvolver o turismo, que, segundo alguns
gestores, é inexistente em Belo Horizonte, os equipamentos precisam melhorar o acesso
por transporte público e promover mais segurança, para evitar vandalismo e melhores
opções de estacionamento.
Alguns equipamentos identificaram também que é preciso investir mais em divulgação e
implantar vendas via internet, com o intuito de atrair turistas aos seus equipamentos.
−
−
147
- Parques
- Jardins
-.Praças
- Parques de
Diversões
- Temáticos
- Estádios
- Ginásios
- Quadras
- Cinemas
- Casas de
Espetáculos
Mirante do Alto
das
Mangabeiras
Praça da
Assembleia
Praça da
Estação
Praça da
Liberdade
Praça de Santa
Tereza
Praça Savassi
Praça do Papa
X
Qual parceria
Outros
Serviços de lazer
Meios de
hospedagem
Outros atrativos
Transportadores
turísticos
Nome
Atrativos turísticos
Tipo
Operadoras
Quadro 2.39 Tipos de parcerias e parceiros por equipamento de lazer em Belo Horizonte - 2010
Promotores de eventos
X
X
Promotores de eventos
X
Promotores de eventos
X
Promotores de eventos
Parque
Guanabara
Arena vivo
Mineirinho
Mineirão
Belas Artes
Cine-clube
Savassi
X
X
Cine Humberto
Mauro
Cinemark
Galpão Cine
Horto
Grande Teatro
Palácio das
Artes
Klauss Viana
Teatro Alterosa
Teatro Clara
Nunes
Teatro
Francisco
Nunes
Usufrui o cinema sem custo
Usufrui o cinema sem custo
X
Parceria com os demais setores do Palácio
das Artes possibilita integração de atrações
contíguas (no mesmo espaço)
X
X
X
X
X
X
X
X
Convention Bureau: divulgação e
ampliação de público
Cotas de cortesia e marketing cultural
X
Por ser um local bucólico de lazer
Teatro Marília
X
X
Oferece alimentos aos funcionários dos
festivais
X
Cortesia para entrada e políticas de
desconto em consumo para empresas
parceiras
Teatro
Sesiminas
Alambique
X
X
X
-Boates
- Discotecas
Demodee
Josefine
New Sagitarius
Paco Pigalle
Top Bar
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
148
Considerações sobre a análise dos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento
As opções de lazer e entretenimento de Belo Horizonte são variadas e podem proporcionar
diversão cultural, noturna, contemplativa e esportiva aos turistas e cidadãos. Esses
equipamentos oferecem também atividades e eventos ao longo do ano, diversificando ainda
mais a oferta de lazer.
A capacidade desses equipamentos é bastante variada e há espaços que comportam mais
de 64 mil pessoas simultaneamente, incluindo serviços de alimentação. Em relação a
alimentação, um número significativo de equipamentos ainda aceita o trabalho de
ambulantes e em alguns casos não há nenhuma exigência para que esses profissionais
possam trabalhar, o que prejudica a confiabilidade e o padrão de qualidade da cidade
enquanto destino turístico.
Os sistemas de gestão de qualidade e gestão ambiental ainda são muito pouco utilizados e
os equipamentos precisam investir nesses padrões para que a cidade possa aumentar sua
atratividade internacional, uma vez que poucos equipamentos adotam práticas ambientais.
A falta de sinalização foi outro gargalo identificado na pesquisa, uma vez que grande parte
dos equipamentos é mal sinalizada ou não têm sinalização, além de não haver adaptação
para pessoas portadoras de necessidades especiais. A acessibilidade e a questão da
segurança são outros fatores que merecem atenção, para que esses equipamentos possam
se adequar à legislação e às exigências do mercado.
O metrô é um meio de transporte pouco utilizado para acesso aos equipamentos de lazer.
Por diversas vezes, a dificuldade para estacionar foi mencionada pelos gestores. Essas
constatações reforçam ainda mais a conhecida necessidade de investir em mobilidade
urbana.
A internet é uma ferramenta que já foi absorvida para a divulgação e comercialização da
maioria dos equipamentos. Canais mais tradicionais da atividade turística, como agências
de viagem, são pouco utilizados, o que reflete a baixa participação do turismo nesse
segmento, que, de fato, está mais direcionado à população local.
Cabe destacar que o complexo do Mineirão/Mineirinho, na Pampulha, fará juz a
investimentos vultuosos do poder público visando atender as exigências para receber a
Copa do Mundo de 2014.
As informações solicitadas durante a pesquisa, em diversos casos, não foram
disponibilizadas, o que pode indicar deficiência de gestão, já que dados fundamentais para
administração do negócio, tais como volume e origem de visitantes, não são conhecidos. Os
serviços e equipamentos de lazer e entretenimento de Belo Horizonte precisam investir em
pesquisas e informações que irão auxiliar os gestores no desenho de estratégias e nas
tomadas de decisão.
2.1.3.7. Outros Serviços e Equipamentos – Postos de Informação Turística
Segundo a categorização do Inventário da Oferta Turística (INVTUR) do Ministério do
Turismo, na categoria ―Outros serviços e equipamentos‖ estão os equipamentos dos tipos:
Informações Turísticas, Entidades/Associações/Prestadores de serviços turísticos e Outros.
Este item trata dos postos de informações turísticas que atendem à demanda turística de
Belo Horizonte. Neste quesito, foram identificados seis postos de informações turísticas em
−
−
149
Belo Horizonte e um no aeroporto internacional Tancredo Neves, em Confins, sendo todos
geridos pelo mesmo gestor: a Empresa de Turismo de Belo Horizonte (BELOTUR). Para a
obtenção das informações contidas neste relatório, foi entrevistado um único informante,
gestor dos sete equipamentos, situado na Belotur.
O quadro 2.40 apresenta os nomes dos sete equipamentos pesquisados, por tipo e subtipo,
e sua localização.
Quadro 2.40 Outros serviços e equipamentos – postos de informações turísticas de Belo Horizonte
para o PDITS, por tipo, subtipo e localização – 2010
Tipo
Informações
Turísticas
Subtipo
Centro de
Atendimento
ao Turista
Equipamento
Alô Turismo - Posto de
Informação - Belotur
Centro de Referência
Turística Álvaro Hardy –
Veveco
Posto de Informação Mercado das Flores
Posto de Informação Rodoviária
Posto de Informação Aeroporto de Confins
Localização
Rua Pernambuco, 282 –
Funcionários
Av. Otacílio Negrão de Lima, 855 São Luiz
Av. Afonso Pena, 1055 – Centro
esquina com rua da Bahia
Praça Rio Branco – Centro Estação
Rodoviária
Rod. MG – 10 – Confins Aeroporto
Internacional Tancredo Neves,
Confins - MG
Av. Augusto de Lima, 744 – Centro
Posto de Informação Mercado Central
Posto de Informação Turística Tel. 3270-8501
- SETUR - BH Resolve
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Alguns postos pesquisados merecem comentários especiais. Apesar de o nome ―Alô
Turismo‖ remeter a um serviço exclusivamente telefônico e de o número de atendimento ao
turista de Belo Horizonte também ser divulgado como ―Alô Turismo‖, os dados da pesquisa
se referem ao posto de atendimento localizado na sede da Belotur, que oferece atendimento
presencial.
O BH Resolve, inaugurado em setembro de 2010, é uma central de atendimento ao cidadão
que reúne mais de 600 serviços públicos, entre os quais há um posto de informação
turística. As informações disponibilizadas nesta pesquisa são referentes apenas ao posto de
informação turística que está inserido nessa central de atendimento. Por ter sido inaugurado
recentemente, ainda não há dados sobre os atendimentos realizados.
O Aeroporto Internacional Tancredo Neves está localizado no município de Confins – MG.
Como é a principal via de acesso aéreo da Capital, o posto de informações nele localizado
também é gerido pela Belotur e é parte da amostra pesquisada.
Os serviços prestados de atendimento aos turistas nos sete postos de informação
pesquisados foram considerados ―bons‖ pela gestora. Todos os equipamentos desta
categoria são geridos pelo setor público, sendo 5 (71,43%) instalados em propriedades
públicas estaduais, 1 (14,28%) em propriedade privada e 1 (14,28%) propriedade pertence a
uma associação. Esses postos estão instalados dentro de outros equipamentos. Portanto,
não possuem portaria, cantina/lanchonete, restaurante e loja de souvenir próprias.
A Tabela 2.58 apresenta uma avaliação das outras facilidades disponibilizadas pelos
equipamentos em análise.
−
−
150
Tabela 2.58 Avaliação do estado de conservação dos postos de informação turística de Belo
Horizonte – 2010
Itens
Iluminação
Estacionamento
Segurança
Sanitários
Salas para eventos
Abs.
%
Bom
7
100
4
57,1
6
85,7
3
42,8
5
71,4
Estado de conservação
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Regular
Ruim
Não oferece
3
42,9
1
14,3
4
57,1
2
28,6
Total
7
7
7
7
7
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os equipamentos acessíveis aos portadores de necessidades especiais são 4 (57,14%), 2
(28,57%) são parcialmente acessíveis; e 1 (14,3%) não possui adaptação para receber esse
público.
O acesso rodoviário aos equipamentos foi considerado ―bom‖ em todos os 7 (100%). Em
relação ao acesso ferroviário, apenas 1 (14,28%) equipamento foi qualificado como ―bom‖
porque é atendido pelo metrô; para os demais não há acesso por trem ou metrô.
Os meios de acesso atendem às necessidades atuais e permitem a expansão do volume de
visitante. Os ônibus e os automóveis são os meios de transporte principais para esses
equipamentos.
Em relação à sinalização, a principal carência apontada pela gestora foi a má sinalização
turística e interpretativa desses postos de informação. A falta de adaptação dessa
sinalização a pessoas com necessidades especiais foi outro ponto que reforça a
necessidade de promover a adequação desses equipamentos a esse público, uma vez que
nenhum dos postos de informação possui qualquer adaptação de sua sinalização.
O estado de conservação geral de 3 (42,85%) equipamentos foi considerado ―bom‖, com
destaque para o posto do BH Resolve, recém inaugurado, dotado de uma estrutura
tecnológica moderna. O centro de referência turística Álvaro Hardy, na Pampulha e o posto
do Mercado Central também foram avaliados como de ―boa estrutura‖ e ―bem conservados‖.
Em 3 (42,85%) postos, o estado de conservação é ―regular‖, necessitando de reformas
(Mercado das Flores, Rodoviária e Alô Turismo). O posto do Aeroporto de Confins,
importante porta de entrada do turista, teve seu estado geral avaliado como ―ruim‖, uma vez
que a estrutura atual é insuficiente e sua localização tem pouca visibilidade.
Como os postos pertencem a um único gestor, todos possuem um único planejamento
estratégico.
Os meses de maior movimento diferem entre os postos. Em Confins, Veveco, Alô Turismo e
Rodoviária julho é o mês de maior movimento; no Mercado Central é abril; e no Mercado
das Flores é novembro. Um último equipamento não soube informar, porque foi inaugurado
recentemente.
Em Alô Turismo, Confins e Mercado das Flores dezembro é o mês de menor movimento, no
Mercado Central é julho; na Rodoviária é outubro; e no Veveco é novembro. Estes dados
refletem o resultado de pesquisas sistemáticas realizadas pelo gestor em seus
equipamentos, em que a indicação dos períodos de maior e de menor movimento
informados é fruto da percepção dos gestores, sem nenhuma comprovação documental
mais aprofundada (quadro 2.41).
−
−
151
Quadro 2.41 Mês de maior e menor movimento dos postos de informações turísticas
de Belo Horizonte
Postos de Informação
Mês de maior movimento
Mês de menor
movimento
Julho
Novembro
Julho
Abril
Julho
Julho
Dezembro
Dezembro
Dezembro
Julho
Outubro
Novembro
Alô turismo
Mercado das Flores
Confins
Mercado Central
Rodoviária
Veveco
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As pesquisas de satisfação/qualidade e as pesquisas de perfil são realizadas em todos os
sete postos de atendimento. São elas que fundamentam alguns dos dados apresentados,
como: período de maior e de menor movimento, número total de visitantes e origem dos
visitantes.
Cada posto de informação, devido a sua localização, atende a um perfil de público diferente.
O gráfico 2.50 apresenta a origem dos visitantes em percentual de participação no volume
total de cada posto no ano de 2009, de acordo com as pesquisas de perfil realizadas nos
postos de atendimento ao turista.
Alô
turismo
Mercado
das
Mercado
Flores Confins Central Rodoviária Veveco
Grafico 2.50. Origem dos visitantes nos postos de informação turística de Belo Horizonte–
em percentuais – 2009
Local
Regional
Nacional
Internacional
Local
Regional
Nacional
Internacional
Local
Regional
Nacional
Internacional
Local
Regional
Nacional
Internacional
Local
Regional
Nacional
Internacional
Local
Regional
Nacional
Internacional
50%
4%
37%
9%
14%
13%
68%
5%
98%
0%
1%
0%
12%
6%
70%
11%
55%
19%
19%
7%
86%
5%
8%
1%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
* O Posto de Informações BH Resolve inaugurou em 2010 e ainda não há dados disponíveis
Fonte: Pesquisas dos Postos de Informação. Belotur 2010.
A maior parte dos visitantes dos postos Veveco, Mercado Central, Mercado das Flores e Alo
Turismo são de origem local. Os visitantes atendidos nos postos de Confins e da Rodoviária
são, na maioria, de origem nacional. O posto de informações do Mercado das Flores é o que
apresenta maior equilíbrio de origem entre os visitantes, e que apresenta o maior percentual
de visitantes de origem regional, que representa o interior de Minas Gerais.
Entre 2007 e 2009, diminuiu o número total de visitantes atendidos. Em 2007, seis postos
(desconsiderando BH Resolve inaugurado em 2010) atenderam 243.215 pessoas, número
que caiu para 127.030 pessoas em 2009.
−
−
152
A tabela 2.59 apresenta o número total de atendimentos realizados em cada posto nos
últimos três anos, bem como a distribuição percentual do total dos três anos analisados em
cada posto de informação e a relação percentual entre os anos analisados.
Tabela 2.59 Número total anual de visitantes nos postos de informação turística de Belo Horizonte –
2007, 2008 e 2009
Postos de Informação
Alô turismo
Mercado das Flores
Confins
Mercado Central
Rodoviária
Veveco
Total 6 Postos de Informação
% por ano
Numero de visitantes
2007
2008
2009
14.019
10.252
12.982
41.847
29.880
24.859
59.980
58.296
14.930
21.069
30.216
25.884
99.289
121.636
41.967
7.011
16.356
6.408
243.215
268.644
127.030
38,5
42,2
20,3
Total 3 anos
% por PI
37.253
96.586
133.206
77.169
262.892
29.775
636.881
100,0
5,8
15,2
20,9
12,1
41,3
4,7
100,0
Fonte: Pesquisas dos Postos de Informação. Belotur 2010.
* O posto BH Resolve inaugurou em 2010 e ainda não há dados disponíveis
Observa-se que o posto de informação com maior frequencia de visitantes é o situado na
rodoviária de Belo Horizonte, seguido pelo posto de informações do Aeroporto Internacional
de Confins.
O gráfico 2.51 mostra o número total de visitantes em cada posto de informação atuante nos
anos de 2007 a 2009, revelando-se diminuição geral das frequencias no último ano.
Grafico 2.51 Número total anual de visitantes nos postos de informação turística
de Belo Horizonte – 2007, 2008 e 2009
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
Alô turismo
Mercado
das Flores
Confins
2007
Mercado
Central
2008
Rodoviária
Veveco
2009
Fonte: Pesquisas dos Postos de Informação. Belotur 2010.
Os equipamentos não possuem sistema de gestão de qualidade nem de gestão ambiental.
A única prática ambiental que está em implantação é o reaproveitamento de recursos.
Outras práticas, como coleta seletiva de lixo, fontes alternativas de energia, tratamento de
esgoto e políticas de redução de consumo, não são utilizadas por nenhum dos postos de
informação.
Os materiais promocionais, em todos os equipamentos, são disponibilizados em inglês e
espanhol.
−
−
153
Considerações sobre a análise dos postos de informação turística
A realização de pesquisas frequentes, transformadas em séries históricas, é um ponto
bastante favorável dos postos de informação, que aproveitam suas estruturas e seus
serviços para obter informações sobre os turistas e pessoas interessadas na atividade
turística de Belo Horizonte. É importante que essas pesquisas sejam sempre aperfeiçoadas,
de forma a gerar informações adequadas às necessidades do sistema de informação e que
seus resultados sejam incorporados de forma sistemática no sistema de gestão do turismo e
dos postos de informação da Capital.
Em 2008, foram atendidos 121.636 turistas somente no posto da rodoviária. Em 2009, foram
atendidos 127.030 pessoas nas seis centrais de atendimento ao turista. Houve uma queda
significativa no volume total de atendimento em 2009 em relação aos anos anteriores. As
razões para isso merecem ser mais bem investigadas, para possibilitar melhor compreensão
da atividade turística em Belo Horizonte, uma vez que podem estar refletindo alterações no
cenário externo ou algum fator específico que afetou o destino e/ou os atendimentos dos
postos de informação.
Três postos de informação turística não estão totalmente preparados para receber o público
com necessidades especiais. Ações nesse sentido são fundamentais para promover a
adequação desses equipamentos à legislação e às exigências do mercado competitivo
atual.
A sinalização foi mal avaliada em todos os postos de informação, o que aponta uma grave
restrição do destino, uma vez que o acesso aos postos de informação precisa estar bem
claro, para que o turista não tenha dificuldade para encontrar as informações desejadas.
A falta de sistemas de gestão de qualidade ou de gestão ambiental é outro gargalo
percebido nos postos de informação. Eles poderiam seguir padrões mais unificados de
atendimento. Além disso, as práticas ambientais não são muito utilizadas, o que revela falta
de preocupação ambiental por parte de um dos principais impulsionadores da atividade
turística da Capital sobre tema tão relevante no cenário atual.
Apesar de o volume de atendimento a turistas estrangeiros não ultrapassar 11% no posto de
informação de Confins, que é o que mais atende turistas estrangeiros, existe a preocupação
em atendê-los por meio dos materiais de divulgação, que são disponibilizados nos idiomas
inglês e espanhol.
−
−
154
2.1.4. Capacitação de gestores e profissionais dos serviços e equipamentos
turísticos
Este item aborda a demanda e a oferta de qualificação profissional de gestores e
profissionais dos serviços e equipamentos turísticos do município de Belo Horizonte a partir
da mesma amostra analisada no item da 2.1.1 da Oferta Turística deste volume, quanto aos
seguintes setores: Serviços e Equipamentos de Hospedagem, Serviços e Equipamentos
para Gastronomia, Serviços e Equipamentos para Agenciamento, Serviços e Equipamentos
para Transporte, Serviços e Equipamentos para Eventos, Serviços e Equipamentos para
Lazer e Entretenimento, e Outros Serviços e Equipamentos - ―Centros de Informações
Turísticas‖.
A abordagem da demanda de qualificação foi desenvolvida a partir de informações obtidas
pelos gestores dos serviços e equipamentos dos setores da oferta turística analisados, por
meio questionários estruturados e dos procedimentos já especificados neste volume. Foram
coletadas informações relativas a: perfil, capacitação atual, percepções e preferências dos
gestores que atuam no setor; perfil, políticas e estratégias de gestão dos recursos humanos
nos estabelecimentos turísticos; e desenvolvimento e adesão ao associativismo e às
entidades representativas. Neste tópico, mais de que o dimensionamento buscou-se
qualificar a demanda atual com base na identificação de elementos para a compreensão das
necessidades, na avaliação de estratégias adotadas e no mapeamento dos fatores de
sucesso de estratégias e táticas a serem formuladas.
Complementarmente, foram realizadas entrevistas qualitativas com diretores, técnicos de
entidades representativas do setor, instituições formadoras e outros atores relevantes, para
captar suas percepções e informações sobre a demanda e oferta de capacitação nos
setores objeto de análise. A análise da oferta de capacitação foi também enriquecida por
informações coletadas por meio de pesquisa secundária nas instituições relevantes.
Foram entrevistados os representantes das seguintes instituições:












BELOTUR – Empresa de Turismo de Belo Horizonte
ABIH/MG - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais
ABRASEL/MG - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais
SEDESE/MG - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais
SINDIPROM/MG - Sindicato das Empresas de Promoção de Eventos de Minas
Gerais
SINGTUR/MG - Sindicato dos Guias de Turismo de Minas Gerais
SINDETUR - Sindicato de Empresas de Turismo no Estado de Minas Gerais
SINDHORB-BH - Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo
Horizonte
SENAC MINAS - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SEBRAE/MG - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresa
BHC&VB- Belo Horizonte Convention & Visitor Bureau
CEFET/MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
2.1.4.1. O Setor de Meios de Hospedagem
Perfil dos Dirigentes
O primeiro corte na análise deste item buscou identificar o perfil dos dirigentes dos
estabelecimentos. Entre os 52 dirigentes que responderam ao questionário, 41 (78,8%) têm
vinculo empregatício e 11 (21%) são proprietários. São 22 (42,3%) dirigentes são do sexo
feminino e 30 (57,7%) do sexo masculino.
−
−
155
A tabela 2.60 apresenta a faixa etária e a escolaridade dos dirigentes que compõem a
amostra e revela que 25 dirigentes cerca de 48% encontram-se na faixa etária de 21 a 40
anos, característica que potencializa a produtividade dos investimentos em sua qualificação.
Estes profissionais, supostamente, estão em fase bastante dinâmica e abaixo da metade de
sua vida profissional.
Tabela 2.60 Faixa etária e escolaridade dos empresários/dirigentes dos equipamentos de
hospedagem de Belo Horizonte – 2010
FAIXA ETÁRIA
Menos de 20 anos
21 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
61 a 70
Mais de 70 anos
Idade não declarada
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
0
11
14
9
13
3
1
1
52
%
0
21,2
26,9
17,3
25,0
5,8
1,9
1,9
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O gráfico 2.52 apresenta a escolaridade dos dirigentes de equipamentos de hospedagem.
Têm nível de graduação 23 (44,2%), e concluíram curso de graduação 18 (34,6%). Portanto,
41 (78,8%) possuem no mínimo formação de nível universitário, aspecto bastante
auspicioso para a promoção do setor turístico no município, pois esperam-se
comportamentos mais abertos à inovação em gestores com níveis mais altos de
escolaridade.
Além da educação formal, foram também verificados comportamentos e tendências dos
empresários e dirigentes relativos à ampliação de seus conhecimentos e habilidades com
base na participação em cursos de treinamento e capacitação específicos de sua área de
atuação.
O gráfico 2.53 registra a participação dos dirigentes em cursos. Observa-se que apenas 4
(7,7%) dirigentes informaram que não participaram de nenhum curso. De forma geral, podese, concluir que a participação em cursos revela a disponibilidade em ampliar sua
qualificação.
−
−
156
Gráfico 2.52 Percentual de dirigentes de equipamentos de hospedagem, por
escolaridade, em Belo Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Gráfico 2.53 Participação dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem
em Belo Horizonte em cursos de capacitação – 2010
1,92
7,69
13,46
NR
Nenhum
26,92
50,00
participou de 1 curso
participou de 2 cursos
participou de 3 cursos
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.61 evidencia a preferência dos dirigentes do setor por participar de cursos de
capacitação sobre os temas: ―Gestão administrativa‖, 27 (51,9%) e ―Turismo e hotelaria‖, 24
(46,2%). Nenhum participante do setor de hospedagem declarou possuir capacitação em
gastronomia, fato que parece não ser muito problemático, uma vez que esta não é a
atividade principal de seus negócios. Constata-se, também, que a cultura dos gestores
ainda não valoriza a busca de conhecimentos na área de Gestão da qualidade, pois menos
de 10% informou capacitação no tema.
Tabela 2.61 Participação dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte em
cursos de capacitação ou treinamento específicos – 2010
ÁREAS/TEMAS DOS CURSOS
Turismo e hotelaria
Gestão administrativa
Gestão de qualidade
Gastronomia
Outros
PARTICIPAÇÂO EM CURSOS
SIM
NÂO
abs
%
abs
%
24
46,2
28
53,8
27
51,9
25
48,1
5
9,6
47
90,4
0
0,0
52
100,0
18
34,6
34
65,4
TOTAL
abs
52
52
52
52
52
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
157
Estes quantitativos apontam para uma participação razoável dos gestores entrevistados
nestes cursos, especialmente em cursos de Gestão administrativa, por 27 (51,9%), e
Turismo e hotelaria, com 24 (46,2%). Esta participação poderia ser maior.
Os cursos formais concluídos pelos participantes da pesquisa foram citados como ―Outros
cursos‖. Nesta categoria, foram citados os seguintes cursos: Ciências Sociais, Direito,
Informática e Finanças e Controladoria, (1,9%, cada um); Economia (3,8%), participação em
Marketing (9,6%), MBA (5.8%), pós graduação em docência (5,8%), pré medicina (1,9%),
espanhol (1,9%) e hospedagem (1,9%).
Além da qualificação atual, buscou-se identificar as maiores demandas e expectativas deste
público. A tabela 2.62 refere-se à intenção dos dirigentes em participar destes programas de
capacitação relacionados à sua área de atuação.
Tabela 2.1.62 Interesse e programação dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem,
em Belo Horizonte, quanto à participação em cursos de aperfeiçoamento
ligados ao seu negócio ou função - 2010
NÚMERO DE EMPRESÁRIOS
Abs.
%
15
28,8
17
32,7
3
5,8
1
1,9
16
30,8
52
100
QUANDO PRETENDE FAZER CURSO
O quanto antes
Nos próximos dois anos
Entre os próximos dois e quatro anos
NR
NA
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional mediante a participação em cursos
imediatamente ou até os próximos 2 anos corresponde a 32 (61,5%) dirigentes e constitui
importante indicador de demanda a ser atendida por programas de treinamento e
capacitação profissional.
O gráfico 2.54 destaca que 75,7% dos dirigentes pesquisados prefere participar de cursos
presenciais. A aceitação de cursos a distância, via internet, é baixa entre os dirigentes
pesquisados: apenas 2,7% fariam cursos virtuais/internet, enquanto 21,6% preferem cursos
mistos (parte presencial e parte virtual).
Gráfico 2.54 Preferência dos dirigentes dos equipamentos de
hospedagem sobre modalidade de cursos de
capacitação - Belo Horizonte - 2010
21,6
2,7
PRESENCIAL
VIRTUAL
75,7
MISTO
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
158
Uma informação relevante sobre a maior eficácia dos cursos a serem oferecidos prende-se
à expectativa dos entrevistados quando aos temas. Os conteúdos de maior demanda e a
percepção do conjunto dos entrevistados sobre sua importância para o exercício da função
de direção de seus negócios constam na tabela 2.63, na qual se listam os temas mais
citados: Planejamento, por 34 (65,38%), e Gestão de Pessoas, por 29 (55,8%). Os demais
temas citados, apesar de menos atrativos para este grupo, também são importantes, pois
apresentam demanda expressiva.
Tabela 2.63 Opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte sobre
temas selecionados e a importância para o seu aprimoramento profissional– 2010
ÁREAS/TEMAS DOS CURSOS
Planejamento
Gestão de Pessoas
Gestão Financeira
Negociação
Comunicação
Logística
SIM
Abs.
34
29
20
15
22
16
%
65,4
55,8
38,5
28,9
42,3
30,8
IMPORTANCIA
NÂO
Abs.
%
18
34,6
23
44,2
32
61,5
37
71,1
30
57,7
36
69,2
TOTAL
Abs.
%
52
100
52
100
52
100
52
100
52
100
52
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quando à demanda de cursos para aperfeiçoamento na função, formulada de maneira
aberta, apurou-se a predominância de cursos relacionados a Administração, com destaque
para as atividades de planejamento e gestão.
Quando se solicitou a indicação de cursos relacionados a seus negócios (tab. 2.64),
considerando os 23 dirigentes que responderam à questão, destacam-se: Gestão de
Pessoas, com 5 indicações; Administração Hoteleira com 4; Gestão Empresarial e
estratégica, com 3; e Marketing, com 3. Planejamento e Línguas só obtiveram 1 indicação,
cada um. Turismo não recebeu nenhuma indicação.
Tabela 2.64 Indicação de cursos de aperfeiçoamento relacionados ao seu negócio ou função
que os dirigentes dos estabelecimentos declararam que pretendem fazer - Belo
Horizonte – 2010
CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO
Gestão de pessoas
Administração hoteleira
Gestão empresarial e Estratégica
Marketing
Logística
Atualização
Direito
Línguas
MBA em gastronomia
Nr
Planejamento
Pós graduação
Turismo
Total de indicações
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
5
21,7
4
17,4
3
13,0
3
13,0
1
4,3
1
4,3
1
4,3
1
4,3
1
4,3
1
4,3
1
4,3
1
4,3
0
0
23
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
159
A tabela 2.65 destaca as instituições formadoras ou capacitadoras de profissionais de nível
gerencial mencionadas pelos gestores pesquisados como aquelas em que cursaram ou que
gostariam de cursar as suas demandas de capacitação.
A primeira é o SENAC, citado por 18 participantes, seguido por conceituadas escolas de
graduação e pós graduação, como Fundação Getúlio Vargas e Fundação Dom Cabral,
citadas, cada uma, por 10 dirigentes, e Fumec, por oito. O Sebrae foi citado por 6
participantes, indicação mais significativa que as menções a entidades representativas,
como Associação Comercial de Minas Gerais e Fiemg.
Tabela 2.65 Principais instituições formadoras e capacitadoras de profissionais
de nível gerencial, segundo opinião dos dirigentes dos
estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte – 2010
INSTITUIÇÃO FORMADORA/
CAPACITADORA
SENAC
Fumec
Fundação Getúlio Vargas
Fundação Dom Cabral
Newton Paiva
Estácio de Sá
SEBRAE
Faculdades de turismo
UFMG
PUC
Fiemg,
Uma
UniBH
Associação Comercial de Minas Gerais
Faculdade Universo
Fead
Fenac
Fundação João Pinheiro
Ibmec
SENAI
Total de indicações
NÚMERO DE CITAÇÕES
Abs.
%
18
19,1
10
10,6
10
10,6
8
8,5
8
8,5
7
7,4
6
6,4
5
5,3
5
5,3
4
4,2
2
2,2
2
2,1
2
2,1
1
1,1
1
1,1
1
1,1
1
1,1
1
1,1
1
1,1
1
1,1
94
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O quadro 2.42 exibe os comentários dos dirigentes a respeito das principais deficiências dos
cursos de capacitação para o nível gerencial, agrupadas em categorias distintas, para
facilitar a sua leitura e entendimento.
As principais deficiências citadas referem-se à estrutura dos cursos, especialmente quanto à
oferta de aulas práticas que propiciem o exercício de métodos, técnicas e comportamentos
específicos do setor de hotelaria. Algumas observações mencionam que os cursos são
muito amplos e que é necessário haver maior especialização e maior foco. A qualificação
dos professores e instrutores também mereceu destaque.
Foi registrada, também, a falta de constância na oferta de cursos: a graduação em hotelaria,
por exemplo, não esta sendo oferecida pelas escolas de Belo Horizonte. A citação de um
participante merece destaque:
“O principal problema dos cursos é que fazem com que as pessoas acreditem
que, apenas com o curso, o profissional já atuará no nível gerencial”.
−
−
160
Quadro 2.42 Principais deficiências dos cursos de capacitação para o nível gerencial, na
opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo
Horizonte – 2010
CATEGORIA
Estrutura e foco
Recursos
Humanos
Concepção e
qualidade
COMENTÁRIOS
Os cursos oferecem muita teoria e pouca prática.
A estrutura é insuficiente para proporcionar o conhecimento prático de
hotelaria.
Faltam estrutura e visitas técnicas.
Falta de vivência das práticas hoteleiras.
Os cursos são muito teóricos. Poderia haver projetos de empresas
simuladas.
Falta direcionar o curso para o setor específico dentro da hotelaria.
As instituições deveriam aprofundar as disciplinas, enfatizando a
realidade hoteleira.
Os cursos são muito amplos e pouco especializados.
Falta ensino de línguas estrangeiras.
Não ensinam planejamento.
Falta profissional com prática para ministrar as aulas.
Baixa qualificação dos professores.
Carência de mão de obra. As pessoas não são formadas e não têm
capacitação.
Ausência de foco em pequenos hotéis.
Quando o curso é bom, é caríssimo.
Falta de cursos de hotelaria em geral.
Não existe formação de gerente em Belo Horizonte. Não há núcleo ou
setor para capacitar gerentes.
Falta na cidade um bom curso em gestão de pessoas e administração
financeira na área de turismo.
As exigências são pequenas e os profissionais são mal preparados.
Nível técnico das escolas.
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O gráfico 2.55 representa a importância que os dirigentes atribuem às visitas técnicas a
outros estabelecimentos de hospedagem como forma de buscar referências de qualidade
para os seus empreendimentos. Estas visitas podem ocorrer na mesma cidade, a
estabelecimentos fora de Belo Horizonte, em outros estados do Brasil ou no exterior. Esta
atividade fornece padrões e referências aos gestores acerca de padrões de atendimentos e
serviços com padrões diferenciados, visando ao atendimento a clientes habituados ao
padrão internacional.
Da amostra pesquisada, um percentual significativo dos dirigentes (59,62%) participou de
visita técnica a estabelecimentos similares no exterior.
−
−
161
Gráfico 2.55 Participação dos dirigentes de equipamentos de hospedagem em
visitas técnicas - Belo Horizonte - 2010
70,00
60,00
estabelecimento da
mesma rede/cadeia
50,00
outros estabelecimentos
na cidade
%
40,00
65,38
30,00
20,00
46,15
59,62
outros estabelecimentos
no país
48,08
21,15
10,00
0,00
1
outros estabelecimentos
no exterior
não participou
Participação em visitas técnicas
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Entre as ações inicialmente recomendáveis, com o objetivo de sensibilizar e motivar o
empresariado para a melhoria do negócio, o efeito demonstração propiciado por visitas
técnicas é primordial. Assim, o fato de 21,15% dos dirigentes não ter ainda realizado visitas
técnicas a estabelecimento similares merece atenção dos gestores públicos e entidades
capacitadoras.
Quadro de recursos humanos nos serviços e equipamentos de hospedagem
Os 52 estabelecimentos empregam, 2.203 profissionais. A amostra apresenta pequena
participação de microempresas, aquelas com menos de 10 empregados: representam
menos de 6% dos estabelecimentos pesquisados.
De acordo com a tabela 2.66 apenas 3 (5,8%) empresas têm até 10 empregados. Em mais
da metade dos estabelecimentos, o número de empregados é inferior a 30, sendo que nos
intervalos de 11 a 20 são 11 (21,15%) e no de 21 a 30 empregados são 13 (25,0%).
Dois casos são destaque por apresentarem número muito superior à média de empregados
encontrados nos demais estabelecimentos pesquisados. Um estabelecimento tem 180
profissionais e outro tem 296.
Tabela 2.66 Estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte por número de
empregados - 2010
CLASSE DE NUMERO DE EMPREGADOS
Até 10
11 a 20
21 a 30
31 a 40
41 a 50
51 a 60
61 a 70
71 a 80
81 a 90
91 a 100
101 a 200
201 a 300
NR
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
%
3
5,8
11
21,2
13
25,0
9
17,3
4
7,7
3
5,7
1
1,9
1
1,9
2
3,8
2
3,8
1
1,9
1
1,9
1
1,9
52
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
162
Os empregados bilíngues apresentam distribuição bastante irregular, como demonstrado na
tabela 2.67. Em 13 (25,0%) estabelecimentos nenhum empregado é bilíngue, enquanto que
em 23 (44,3%) existem entre um e cinco bilíngues. Situação atípica, mas bastante favorável
é a daquele estabelecimento que declarou possuir 40 profissionais bilíngües. No total, os
estabelecimentos de hospedagem informaram que mais de 290 (10%) profissionais
empregados no setor falam mais de um idioma.
Tabela 2.67 Estabelecimentos de hospedagem pesquisados em Belo Horizonte/MG, por
número de empregados bilíngues - 2010
CLASSE DE NUMERO DE EMPREGADOS BILINGUES
Nenhum
1a5
6 a 10
11 a 15
16 a 20
21 a 25
26 a 30
31 a 35
36 a 40
NR
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
%
13
25
23
44,3
6
11,6
5
9,6
2
3,8
1
1,9
0
0
0
0
1
1,9
1
1,9
52
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As tabelas 2.68 e 2.69 destacam, respectivamente, a avaliação quantitativa e qualitativa da
oferta de profissionais, por grupo ocupacional, e a qualidade deles feita pelos dirigentes dos
estabelecimentos.
Tabela 2.68 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo
opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
SUFICIENTE
Abs.
%
15
28,8
18
34,6
17
32,7
QUANTIDADE
INSUFICIENTE
NR.
Abs.
%
Abs.
33
63,5
4
30
57,7
4
30
57,7
5
%
7,7
7,7
9,6
TOTAIS
Abs.
%
52
100
52
100
52
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Tabela 2.69 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo
opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem pesquisados em Belo
Horizonte/MG - 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
QUALIFICADO
Abs.
6
19
24
%
11,5
36,5
46,2
QUALIDADE
POUCO
NR.
QUALIFICADO
Abs.
%
Abs.
42
80,8
4
29
55,8
4
24
46,2
4
TOTAIS
%
7,7
7,7
7,7
Abs.
52
52
52
%
100
100
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A análise da tabela 2.70 revela diferenças na avaliação quantitativa da oferta de mão de
obra entre os grupos ocupacionais. A pior situação é a dos cargos operacionais,
considerados insuficientes por 33 (63,5%) estabelecimentos. De acordo com a tabela 2.1.70,
estes são, também, avaliados como pouco qualificados por 42 (80,8%) dos equipamentos.
−
−
163
Quanto às funções gerenciais e de supervisão, os entrevistados consideram a situação um
pouco melhor em relação aos aspectos quantitativos e qualificativos. O grupo ocupacional
de supervisão, apesar de um pouco mais bem avaliado, também é citado como pouco
qualificado por 29 (55,8%) gestores.
Tabela 2.70 Avaliação do quadro de pessoal dos estabelecimentos em Belo Horizonte – 2010
AVALIAÇÃO
Muito qualificado
Qualificado
Pouco qualificado
NR
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
%
2
39
10
1
52
3,8
75,0
19,2
1,9
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Outra questão solicita a avaliação da qualificação em geral do quadro de pessoal do
empreendimento, descrita na tabela 2.1.70. Neste item, 41 (78,8%) dirigentes declararam
que seus empregados são qualificados. A avaliação de ―pouco qualificado‖ foi feita por 10
(19,2%) gestores acerca do quadro de pessoal de sua empresa.
Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos
A Tabela 2.71 registra as formas de recrutamento utilizadas pelas empresas pesquisadas. A
utilização de banco de currículo é a principal forma de recrutamento para 26 (50,0%)
gestores. A indicação dos empregados atuais é prática adotada por 15 (28,8%).
Formas mais efetivas de atrair melhores profissionais, como contratação de empresa
especializada na seleção e colocação de recursos humanos, são praticadas por apenas 4
(7,69%) gestores. No entanto, este número pode ser maior, uma vez que duas empresas
que informaram utilizar outras formas de recrutamento pertencem a rede hoteleira e podem
estar utilizando os serviços de empresa de recursos humanos dela.
A baixa utilização do Serviço Nacional do Emprego (SINE) é um aspecto que merece maior
investigação, pois a maioria das políticas públicas de colocação e qualificação de
trabalhadores pressupõe esta forma de recrutamento.
O projeto Usina, do governo do estado de Minas Gerais, capacita trabalhadores
desempregados para cargos ou funções definidos em conjunto com empresários e
entidades representativas e é direcionado para trabalhadores cadastrados no SINE.
Tabela 2.71 Principal forma de recrutamento utilizada pelos estabelecimentos de hospedagem em
Belo Horizonte – 2010
FORMAS DE RECRUTAMENTO
Banco de currículo
Indicação de empregados da empresa
Empresa de recursos humanos
SINE
Outra
NR
Total
FORMA DE RECRUTAMENTO
ABS.
%
26
15
4
3
2
2
52
50,0
28,8
7,7
5,8
3,8
3,8
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
164
A Tabela 2.72 apresenta o grau de dificuldade encontrado pelos dirigentes no processo de
recrutamento de profissionais qualificados para as funções a serem desempenhadas.
As funções identificadas como as mais difíceis são as de recepcionista e camareira. Nas
duas situações, as atividades exercidas pressupõem habilidade no relacionamento com o
cliente e, em alguns estabelecimentos, até mesmo capacidade de comunicação em outro
idioma. Os dirigentes ouvidos citaram vários fatores que dificultam o recrutamento. Alguns
participantes mencionaram mais de uma função.
Tabela 2.72 Funções com maior dificuldade de recrutamento com a qualificação
pretendida, segundo dirigentes dos estabelecimentos de
hospedagem em Belo Horizonte – 2010
FUNÇÃO
Recepção
Camareira
Garçom
Cozinheira
Serviços gerais / faxina
Nível operacional
Nível chefia / gerência
Mensageiro
Manobrista
Manutenção
Nenhuma
Parte contábil
Supervisor de reserva / eventos
Portaria
Maitre
Total de entrevistas
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
23
22
6
6
5
4
4
3
2
2
2
1
1
1
1
52
44,2
42,3
11,5
11,5
9,6
7,7
7,7
5,8
3,8
3,8
3,8
1,9
1,9
1,9
1,9
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo- 2010
As causas das dificuldades descritas pelos entrevistados encontram-se na Tabela 2.73.
Uma justificativa para falta de mão de obra qualificada para a atividade hoteleira, citada por
7 (13,5%) gestores, é a baixa remuneração das funções. Outro fator também reconhecido é
a natureza das atividades, que exige disponibilidade para o trabalho em diferentes turnos e
horários noturnos, além do volume do serviço e do desgaste físico inerente.
A exigência de domínio de outro idioma, de informática e sobre a cidade também
compromete o processo, reduzindo o número de candidatos potenciais. Ocorrem, ainda,
casos de dirigentes que atribuem as dificuldades ao baixo profissionalismo e à falta de maior
compromisso da mão de obra.
−
−
165
Tabela 2.73 Fatores que dificultam o recrutamento de mão de obra qualificada segundo
dirigentes dos estabelecimentos de hospedagem em Belo Horizonte – 2010
FATOR
Falta mão de obra qualificada
Falta de experiência
Falta de profissionais no mercado
Baixa remuneração
Disponibilidade e horário de trabalho
Necessidade de serem bilíngues
Falta de comprometimento / interesse do empregado
Falta de conhecimento de informática / softwares
Volume de serviço / desgaste físico
A empresa é formadora dos seus empregados
Falta de conhecimento sobre a cidade
Não encontra dificuldades
O funcionário já vem com vício (roubo)
Rotatividade
Modelo de administração familiar
Total de citações
FREQUENCIA DE CITAÇÂO
Abs.
%
16
25,8
9
14,5
8
12,9
7
11,3
4
6,5
4
6,5
3
4,8
3
4,8
2
3,3
1
1,6
1
1,6
1
1,6
1
1,6
1
1,6
1
1,6
62
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos
O treinamento em serviço, modalidade mais usual entre os equipamentos ouvidos, reúne 42
(80,8%) empresas (tab. 2.74). Este dado, porém, pode estar superdimensionado se os
dirigentes consideraram nesta classificação as ações relativas a orientação e a
acompanhamento direto na realização das tarefas inerentes à função.
Outros recursos adotados são: a promoção de cursos internos, citado por 25 (48,1%)
gestores, e flexibilização do horário de trabalho dos empregados para que possam participar
de cursos fora da empresa, por 28 (53,8%). Quanto à ajuda financeira para participar de
cursos fora da empresa, apenas 15 (28,8%) gestores informaram que concedem.
Tabela 2.74 Estratégias para formação e capacitação de pessoal adotadas pelos equipamentos
de hospedagem em Belo Horizonte– 2010
ESTRATÉGIA
Promove treinamentos em serviço
Promove cursos internos
Flexibiliza horário para cursos fora da empresa
Dá ajuda financeira para cursos fora da empresa
SIM
Abs.
%
42
80,8
25
48,1
28
53,8
15
28,8
FREQUÊNCIA
NÃO
Abs.
%
7
13,5
24
46,2
21
40,4
34
65,4
N.R.
Abs.
%
3
5,8
3
5,8
3
5,8
3
5,8
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Outras estratégias de formação ou treinamento de pessoal foram citadas por cinco gestores:
acordos e parcerias com institutos de formação, programas de formação gerencial e prática
de o estabelecimento arcar integralmente com os custos do treinamento externo.
−
−
166
Manutenção e remuneração de recursos humanos
O tempo médio de permanência dos empregados nas empresas de hospedagem mais
recorrente é de 1 a 5 anos, revelado por 32 (61,5%) gestores, que pode ser avaliado como
reduzido, ainda mais se somadas as duas empresas em que o tempo de permanência é de
menos de um ano. A segunda faixa mais freqüente é a de 6 a 10 anos (tab. 2.75).
Tabela 2.75 Tempo médio de permanência dos empregados nos estabelecimentos de
hospedagem em Belo Horizonte – 2010
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA NA
EMPRESA – em anos
Menos de 1
De 1 a 5
De 6 a 10
De 11 a 15
De 16 a 20
Mais de 21
Não respondeu
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
2
32
9
3
0
1
5
52
%
3,8
61,5
17,3
5,8
0
1,9
9,6
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.76 indica as funções nas quais as empresas selecionadas enfrentam maior
dificuldade para manter os empregados.
A função de governança ou camareira foi indicada por 22 (42,3%) gestores dos
estabelecimentos como aquela na qual é mais difícil manter os profissionais. Nos casos de
recepcionista e garçom, a dificuldade foi mencionada por 9 (17,3%) gestores.
Tabela 2.76 Identificação de funções nas quais as empresas de hospedagem
enfrentam maior dificuldade para manutenção do empregado – Belo
Horizonte - 2010
SETOR / OCUPAÇÃO
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
Governança ou camareira
Recepcionista
Garçom
Cozinha / cozinheiro
Serviços gerais / faxina
Cargos operacionais
Mensageiro
Todas as funções
Administrativo
Central de reservas
Manobrista
Só existe uma função no hotel
Total
22
9
9
5
5
3
3
3
1
1
1
1
52
42,3
17,3
17,3
9,6
9,6
5,8
5,8
5,8
1,9
1,9
1,9
1,9
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.77 indica as razões apresentadas pelos gestores para a dificuldade de manter os
profissionais nos cargos. Os salários praticados foram citados por 15 (28,8%) como a
principal causa de rotatividade nos estabelecimentos do setor de hospedagem. É
−
−
167
significativo também o número de gestores que consideram a natureza do trabalho como
fator que contribui para a rotatividade: serviço pesado (12) e horário de trabalho (7).
Também, neste setor, foi mencionado o impacto negativo de fatores comportamentais e
culturais, como falta de responsabilidade, baixo comprometimento e interesse dos
empregados, para a manutenção de profissionais na empresa.
Tabela 2.77 Razões da alta rotatividade dos funcionários na opinião dos dirigentes dos
equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte - 2010
RAZÂO DA ROTATIVIDADE
Salário
Serviço pesado
Horário de trabalho e escalas
Falta de qualificação
Falta de experiência
Baixo nível de escolaridade
Profissionais disputados / Grande oferta de emprego
Desejo de receber o seguro desemprego
Falta de comprometimento
Profissionais do sexo feminino (gravidez, problemas fora
do trabalho)
Total de citações
FREQUÊNCIA
Abs.
%
15
28,8
12
23,1
6
11,5
7
13,5
3
5,8
1
1,9
7
13,5
2
3,8
2
3,8
1
1,9
52
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.78 mostra que 25 (48,1%) gestores adotam política salarial no nível mínimo (piso
salarial definido em convenção coletiva da categoria); enquanto 10 (19,2%) praticam
remuneração até 20% acima do piso; e 8 (15,4%) pagam valores 20% acima do piso salarial
da categoria.
Tabela 2.78 Política de remuneração dos estabelecimentos de hospedagem em Belo
Horizonte – 2010
REMUNERAÇÃO
Piso da convenção coletiva da categoria
Até 20% acima do piso
Mais de 20% acima do piso
NR
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
%
25
48,1
10
19,2
8
15,4
9
17,3
52
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto à concessão de benefícios aos empregados, a prática citada pelos estabelecimentos
de hospedagem está descrita na tabela 2.79. Apesar de serem casos legalmente previstos,
o auxílio-alimentação é concedido por 40 (76,9%) empresas e vale-transporte por 49
(94,2%). A assistência à saúde, por meio de seguro ou plano de saúde, é concedida por 35
(67,3%).
A participação nos resultados é pratica declarada por 20 (38,5%) estabelecimentos.
Considera-se que não se pode descartar a hipótese de os participantes terem-se referido à
comissão sobre o faturamento (10%), e não à participação nos resultados.
Além dos benefícios explicitados na questão, 12 (23,1%) estabelecimentos informaram que
oferecem outros benefícios. A maioria mencionou a assistência odontológica, enquanto
outros citam: auxílio-funeral, auxílio-farmácia e cesta básica. O fato de comissão e plano de
−
−
168
carreiras terem sido citados como benefícios é indicador da concepção distorcida de
instrumentos e políticas de gestão de recursos humanos.
Tabela 2.79 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos equipamentos de
hospedagem em Belo Horizonte - 2010
BENEFÍCIO OFERECIDO
Alimentação
Seguro ou plano de saúde
Transporte
Participação nos resultados
Outro benefício
FREQUÊNCIA
Não
Abs.
%
12
23,1
17
32,7
3
5,8
32
61,5
40
76,9
Sim
Abs.
40
35
49
20
12
%
76,9
67,3
94,2
38,5
23,1
Totais
Abs.
%
52
100,0
52
100,0
52
100,0
52
100,0
52
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Associativismo e participação em entidades representativas
Entre os dirigentes dos estabelecimentos pesquisados, 28 (53,8%) participam ativamente de
entidades de representação ou associação; 15 (28,8%) têm participação baixa; e em 3
(5,8%) é inexistente. Não responderam 6 (11,5%) (tab. 2.80).
Tabela 2.80 Participação em entidades de representação e associação empresarial dos
equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte - 2010
NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO
Ativa
Baixa
Inexistente
NR
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
28
15
3
6
52
%
53,8
28,8
5,8
11,5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto aos fatores que dificultam a sua participação os dirigentes fizeram diversas citações,
resumidas na tabela 2.81. Declararam que não há dificuldades 14 (26,9%). Outros citaram
aspectos relativos a: falta de tempo, falhas na comunicação e divulgação da entidade e
insatisfação com o desempenho das entidades.
−
−
169
Tabela 2.81 Fatores que dificultam a participação nas entidades de representação e associação
empresarial, segundo opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem
pesquisados em Belo Horizonte - 2010
FATOR QUE DIFICULTA A PARTICIPAÇÃO
Não há dificuldade
Falta tempo
Conflito de interesses
O custo para participação nas entidades é muito alto
Não houve contato nem interesse deles, só buscam hotéis qualificados
Falta de comunicação e interesse por parte deles
Falta de integração das entidades com a empresa
Baixo retorno das entidades
Pouco retorno das entidades para os empreendimentos
Reuniões inúteis, onde não se decide nada
Beneficiam apenas uma minoria
As decisões são tomadas pelas grandes empresas, sem levar em
consideração a opinião das menores
Falta de visão de trabalho coletivo em muitas pessoas
Muita politicagem
Não respondeu
Total
INDICAÇÕES
Abs.
%
14
26,9
7
13,5
5
9,6
4
7,7
4
7,7
3
5,8
3
5,8
3
5,8
2
3,8
1
1,9
1
1,9
1
1,9
1
1
2
52
1,9
1,9
3,8
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
Apesar das críticas, observa-se que 15 (28,8%) gestores não veem problemas na
participação associativista ou sindical, 21 (40,4%) ainda consideram que são gerados
bastante benefícios (tab. 2.1.82). Entretanto, observa-se que 25 (48,1%) gestores
declararam que os benefícios são poucos.
Tabela 2.1.82 Opinião dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em Belo Horizonte, sobre
os benefícios gerados pelas entidades de representação/associação empresarial –
2010
BENEFÍCIOS GERADOS
Bastante
Pouco
Nada
Não respondeu
Não sabe
Total
TOTAL
Abs.
21
25
3
2
1
52
%
40,4
48,1
5,8
3,8
1,9
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os tipos de benefícios esperados pelos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em
decorrência de sua participação nas entidades representativas e associativas estão
categorizados no quadro 2.43.
−
−
170
Quadro 2.43 Benefícios esperados pelos dirigentes dos equipamentos de hospedagem em
decorrência de sua participação em entidades de representação ou associação –
Belo Horizonte – 2010
CATEGORIA DE BENEFÍCIO

Representatividade








Integração setorial
Marketing e serviços de
comunicação






















Apoio e assessoria na área
administrativa e jurídica






BENEFÍCIO ESPERADO
representação efetiva da classe perante os órgãos
governamentais
buscar políticas publicas que beneficiem as empresas
representação de classe
maior poder de representação perante o governo
representação efetiva dos interesses comuns hoteleiros
voz ativa, ambiente democrático, favorecer de fato as
empresas, tomar medidas e decisões concretas
estreitamento de relacionamento/intercambio com as
associações que são muito distantes
igualdade de benefícios, desenvolvimento para todos.
mais dinamismo. tendo mais comunicação as coisas
funcionariam melhor
troca de informações
parcerias entre hotéis
rede de contatos
maior união e organização
conhecimento maior e mais atualizado do mercado.
integração com as entidades turísticas. troca de informações
mais interatividade entre as empresas, haver idéias de
cooperativismo.
mais cuidado com os atrativos turísticos da cidade
aumento de eventos para a cidade
maior divulgação de Belo Horizonte
crescimento e desenvolvimento do mercado
trazer mais eventos/maior ocupação
melhor divulgação do segmento hoteleiro
despertar outro tipo de turismo alem do de negócios em Belo
Horizonte
divulgação, promoção, marketing; melhor poder de negociação
melhoria nas taxas de ocupação em geral
o aumento de hospedes
visibilidade da marca
maior abertura para comercializações
acesso a mão de obra qualificada,
mais treinamentos e informações da área
projetos para qualificação do pessoal com concessão de
desconto para funcionários
cursos oferecidos gratuitamente
boas políticas
ganhos jurídicos
compras compartilhadas
lucro sustentável através da melhoria da qualidade dos
serviços prestados
atualização e incentivos para o negocio
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos dos
meios de hospedagem
A análise indica que o setor de hospedagem apresenta níveis de escolaridade superiores
aos do setor de gastronomia. 79% dos dirigentes dos equipamentos de hospedagem tem
nível superior, contra 33% do setor gastronômico. Esse aspecto é bastante auspicioso para
−
−
171
a promoção do setor turístico no município, pois esperam-se comportamentos mais abertos
à inovação de gestores com níveis maiores de escolaridade.
Verificou-se razoável participação dos gestores em cursos de capacitação, especialmente
nas áreas de gestão administrativa, por 52%, e turismo e hotelaria, por 46%. No entanto,
especificamente na área de gestão da qualidade a participação foi baixa, pois menos de
10% informou possuir capacitação no tema.
Os resultados revelam que esta participação pode ainda ser ampliada na perspectiva de
preparar os estabelecimentos para o crescimento esperado no setor turístico, em especial,
com a Copa do Mundo de 2014.
A avaliação dos entrevistados sobre os cursos de capacitação oferecidos aponta como
deficiências aspectos relativos à estrutura dos cursos, especialmente quanto falta de aulas
práticas que propiciem o exercício de métodos, técnicas e comportamentos específicos do
setor de hotelaria. Algumas observações apontam que os cursos são muito amplos e que é
necessário haver maior especialização e foco. A qualificação dos professores e instrutores
também mereceu destaque.
Foi registrada, também, a falta de constância na oferta de cursos: a graduação em hotelaria,
por exemplo, não está sendo oferecida pelas escolas de Belo Horizonte.
Quanto à oferta de mão de obra, a pior situação é a dos cargos operacionais. A este
respeito, deve-se considerar que foram mencionadas a exigência de conhecimentos de
outro idioma, de informática e sobre a cidade, reduzindo o número de candidatos
potenciais,e a baixa remuneração das funções. Outro fator também reconhecido é a
natureza das atividades, que exigem disponibilidade para o trabalho em diferentes turnos e
horários noturnos, além do volume do serviço e do desgaste físico inerente.
2.1.4.2.
Serviços e equipamentos de gastronomia
Perfil dos dirigentes
Os questionários foram aplicados por pesquisadores em entrevistas previamente agendadas
com os dirigentes. Em alguns casos, o gestor entrevistado é proprietário e em outros é o
empregado que ocupa cargo de direção. Assim, a amostra contempla, de acordo com os
questionários respondidos, 20 dirigentes com vínculo empregatício e 19 proprietários.
Destes, 10 (25,6%) dirigentes são do sexo feminino e 29 (74,4%) são do sexo masculino,
com faixa etária e escolaridade distribuídas conforme apresentado na tabela 2.83.
Tabela 2.83 Faixa etária e escolaridade dos empresários/dirigentes dos equipamentos de
gastronomia em Belo Horizonte - 2010
ESCOLARIDADE
FAIXA ETÁRIA
Menos de 20 anos
21 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
61 a 70
Mais de 70 anos
Total
Fundamental
1
1
2
Médio
6
7
4
6
1
24
Universitário
7
1
1
2
11
TOTAL
Pósgraduação
1
1
2
Abs.
13
10
7
8
1
39
%
33,3
25,6
18,0
20,5
2,6
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
172
A análise da tabela 2.83 indica que 23 (59,0%) gestores encontram-se na faixa etária de 21
a 40 anos - ou seja, supostamente abaixo da metade de sua vida profissional. O
investimento na qualificação de profissional desta faixa etária é extremamente produtivo,
pois a expectativa é que permaneçam em atividade por mais de vinte anos. Além disso,
trata-se de etapa de vida profissional caracterizada pelo dinamismo inerente a este período
da carreira.
Quanto à escolaridade, 24 (61,5%) gestores têm nível médio e 13 (33,3%) têm curso
superior completo, incluindo dois indivíduos com pós-graduação. Observa-se que a faixa de
21 a 30 anos concentra 7 (17,9%) dos indivíduos com curso superior. Este fenômeno parece
ser decorrente da expansão recente do ensino superior no País.
Chama atenção o fato de 26 (66,7%) gestores apresentarem formação inferior ao terceiro
grau completo, mesmo com o acentuado crescimento recente dos com formação
universitária.
A pesquisa verificou, também, a participação dos entrevistados em cursos especificamente
relacionados a sua atividade, como: Turismo, Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da
Qualidade e Gastronomia, formais ou não.
Ao aprofundar a investigação sobre o perfil dos participantes que não possuem capacitação
nos temas especificamente citados, constatou-se que estes, à exceção de apenas um caso,
possuem escolaridade abaixo de graduação. Este fato parece apontar para a tendência de
indivíduos com maior nível de escolaridade demonstrarem maior interesse em treinamentos
específicos.
A Tabela 2.84 apresenta a capacitação ou treinamento específico a que se submeteram 40
gerentes dos equipamentos de gastronomia.
Tabela 2.84 Capacitação ou treinamento em temas específicos dos dirigentes dos
equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte - 2010
CAPACITAÇÃO OU TREINAMENTO
ESPECÍFICO
Turismo/hotelaria
Gestão Administrativa
Gestão de Qualidade
Gastronomia
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
5
17
9
9
40
%
12,5
42,5
22,5
22,5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A análise dos dados do gráfico 2.56 evidencia a concentração da capacitação dos
participantes da amostra em cursos de Gestão Administrativa, com 17 (42,5%) participantes,
enquanto que em Gestão da Qualidade. Em se tratando de dirigentes, é compreensível a
preferência por temas relacionados à gestão, não justificando, no entanto, a baixa
capacitação de 9 (22,5%) em Gastronomia, principal área de atuação dos estabelecimentos
pesquisados. É recomendável buscar a ampliação dos conhecimentos na área que constitui
o principal foco dos negócios e empreendimentos.
−
−
173
Gráfico 2.56 Participação em cursos de capacitação dos dirigentes dos
equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte – 2010
3% 2%
5%
NR
8%
não participou de nenhum
36%
15%
participou de 1 curso
participou de 2 cursos
participou de 3 cursos
31%
participou de 4 cursos
participou de 5 cursos
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
Para melhorar o desempenho do setor e sua adequação com a consolidação da cidade
como destino voltado para a realização de eventos de porte especial, é requisito tão
importante quanto a qualificação atual a disposição do quadro de dirigentes de participar de
cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio/função.
A tabela 2.1.85 indica o interesse e a programação dos dirigentes dos equipamentos
gastronômicos pesquisados em participar de cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu
negócio/função.
Manifestaram sua intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional mediante a
participação em cursos imediatamente ou em até os próximos dois anos 25 (64,1%). Este
dado constitui um importante indicador do reconhecimento, por parte dos dirigentes
pesquisados, da urgência em ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu
negócio/função, bem como da efetividade da decisão de participar de programas de
treinamento/capacitação gerencial.
Tabela 2.85 Interesse e programação dos dirigentes dos equipamentos gastronômicos
quanto a sua participação em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu
negocio/função - Belo Horizonte - 2010
QUANDO PRETENDE FAZER CURSO
O quanto antes
Nos próximos dois anos
Entre os próximos dois e quatro anos
Não pretende fazer curso
NS
NR
Total
NÚMERO DE EMPRESÁRIOS
Abs.
%
14
35,9
11
28,2
3
7,7
9
23,1
1
2,6
1
2,6
39
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Não pretendem fazer cursos 9 (23,1%) e 3 (7,7%) projetaram a sua capacitação para o
período de dois a quatro anos futuros, revelando-se pouco sensibilizados para a importância
de seu aprimoramento profissional.
A tabela 2.86 indica os cursos de aperfeiçoamento que os dirigentes dos estabelecimentos
selecionados declararam que pretendem fazer.
−
−
174
Tabela 2.86 Indicação de curso de aperfeiçoamento relacionados a negócio ou função
que os dirigentes dos estabelecimentos declararam que pretendem
fazer - Belo Horizonte - 2010
CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO
Administração
Gestão Financeira
Gestão de pessoal
Contabilidade
Planejamento
Gastronomia
Marketing e Comunicação
Atendimento ao Cliente
Idioma estrangeiro
Hotelaria
Negociação
Total
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
10
25,6
5
12,7
3
7,7
3
7,7
1
2,6
8
20,5
3
7,7
1
2,6
3
7,7
1
2,6
1
2,6
39
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto aos temas dos cursos demandados, os dados confirmam a preferência dos gestores
pelas questões administrativas (administração, gestão financeira, contabilidade e
planejamento), que representam mais de 50% das indicações de cursos, seguindo-se os da
área de Gastronomia, que representam 20,5% do total. Surpreende o baixo número de
indicações de cursos relacionados ao marketing, comunicação, atendimento ao cliente e
negociação, áreas de conhecimento essenciais para a ampliação da clientela e dos
negócios.
Apenas três participantes mencionaram interesse em curso de idiomas estrangeiros, apesar
da grande divulgação nos meios de comunicação, congressos, feiras e outros eventos sobre
a importância do domínio de outras línguas no setor turístico, devido ao grande fluxo de
estrangeiros esperados para a Copa de 2014 e as Olimpíadas.
Com o objetivo de compreender melhor os fatores restritivos aos programas e políticas
voltados a formação profissional, foi também investigada a opinião dos entrevistados sobre
as principais carências dos cursos de capacitação destinados ao nível gerencial em Belo
Horizonte. A maior deficiência citada na tabela 2.87, que captou 23 opiniões, refere-se a
pouca ênfase dos cursos e programas em oferecer condições dos participantes praticarem
as habilidades e capacidades ministradas.
−
−
175
Tabela 2.87 Principais carências/deficiências dos cursos de formação/capacitação para o nível
gerencial, segundo opinião dos dirigentes dos estabelecimentos gastronômicos
em Belo Horizonte – 2010.
PRINCIPAIS CARÊNCIAS / DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS
Foco na teoria e pouca prática
Falta foco nas áreas de gestão (financeira, de pessoal, contábil)
Falta de recursos para o estudante (estágios, congressos)
Carência de professores
Cursos superficiais pela carga horária reduzida
Custo elevado dos cursos
Encaminha os profissionais a grandes redes
Não há garantia de emprego
Pequena oferta de cursos virtuais
Poucas opções de cursos
Falta de interesse
Não existe
Total de respostas
NÚMERO DE CITAÇÕES
Abs.
7
4
3
1
1
1
1
1
1
1
1
1
23
%
30,0
17,4
13,0
4,3
4,3
4,3
4,3
4,3
4,3
4,3
4,3
4,3
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A Tabela 2.1.88 apresenta a relação de instituições citadas pelos participantes, totalizando
65 indicações. Revela-se a grande visibilidade do Senac no setor. Nenhuma das faculdades
mencionadas atingiu mais de 7% das citações. Fato ainda surpreendente é a reduzida
menção ao Sebrae, instituição capacitadora voltada especificamente para este público, os
empresários.
Tabela
2.1.88 Principais Instituições Formadoras e Capacitadoras de
Profissionais de Nível Gerencial, segundo opinião dos dirigentes
dos estabelecimentos em Belo Horizonte – 2010.
INSTITUIÇÕES FORMADORAS
E CAPACITADORAS
Senac
Sebrae
CDL
Puc Minas
Newton Paiva
Fumec
Abrasel
Senai
Estácio de Sá
UFMG
UNA
Uni-BH
Outros
Total de citações
NUMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
21
32,3
7
10,8
4
6,15
4
6,15
4
6,15
4
6,15
3
4,6
2
3,1
2
3,1
2
3,1
2
3,1
2
3,1
8
12,2
65
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
As informações coletadas mostram que a aceitação de cursos ministrados a distancia, via
internet (gráf. 2.57) é relativamente baixa entre os gestores: Dos 39, 26 (66,7%) preferem
cursos presenciais, 4 (10,3%) virtuais/internet e 6 (15,4%) cursos mistos (parte presencial e
parte virtual). Não responderam 3 (7,7%).
−
−
176
Gráfico 2.57 Preferência dos gestores dos equipamentos de
gastronomia em Belo Horizonte sobre modalidade de
curso de capacitação – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os programas de capacitação de profissionais no setor de turismo em Belo Horizonte devem
promover e incentivar comportamentos e atitudes empreendedoras capazes de sustentar a
consolidação da cidade como destino turístico habilitado para a realização de eventos do
porte da Copa do Mundo de 2014.
Uma estratégia efetiva para alinhar a cultura empresarial do setor com os padrões de
qualidade e expectativas padrão internacional consiste na promoção de visitas técnicas a
empreendimentos que apresentem características e requisitos coerentes com o
planejamento e as metas estabelecidos. A investigação sobre a adoção desta estratégia,
(gráf. 2.57) revelou que 18 (46,2%) gestores não participaram ainda de visitas técnicas a
estabelecimento similares, nem mesmo na região, e apenas 6 (15,4%) declaram ter
participado de visita técnica no exterior.
Os altos custos deste tipo de programa, aliados à necessidade de o participante apresentar
disponibilidade de tempo para se ausentar por período significativo, são fatores restritivos à
abrangência desta alternativa. Será necessário formular propostas complementares e
capazes de multiplicar os efeitos destas visitas, de forma que possam atingir um número
significativo de empresários. Tal medida é fundamental, pois eles correm o risco de assistir à
ação de novos entrantes como concorrentes, ávidos de aproveitar as novas oportunidades
geradas pelo crescimento (alavancagem) do fluxo turístico dos eventos esportivos, culturais,
científicos e de negócios que a cidade deve se preparar para receber.
−
−
177
Gráfico 2.58 Participação dos dirigentes dos equipamentos gastronômicos
em visitas técnicas a estabelecimentos similares - Belo
Horizonte - 2010
estabelecimento da
mesma rede/cadeia
outros estabelecimentos
na cidade
outros estabelecimentos
no país
46
38
36
outros estabelecimentos
no exterior
15
8
não participou
%
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O Quadro dos recursos humanos nos serviços e estabelecimentos de gastronomia
Os 39 estabelecimentos pesquisados empregam 1.423 profissionais. A amostra apresenta
pequena participação de microempresas.
A tabela 2.89 mostra que 4 (10,3%) empresas têm menos de 11 empregados; 17 (43,6%) de
11 a 30 empregados; 1(2,6%) mais de 80 indivíduos, possuindo um quadro com 103
profissionais.
Tabela 2.89 Classificação dos Estabelecimentos de gastronomia em Belo Horizonte, por número
total de empregados – 2010
CLASSES POR NÚMERO TOTAL DE
EMPREGADOS NO ESTABELECIMENTO
De 01 a 10
De 11 a 20
De 21 a 30
De 31 a 40
De 41 a 50
De 51 a 60
De 61 a 70
De 71 a 80
Acima de 80
Total de estabelecimentos
FREQUÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS
ABS
%
4
10,3
7
17,9
10
25,6
4
10,3
4
10,3
3
7,7
3
7,7
3
7,7
1
2,6
39
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.90 destaca a presença de empregados bilíngues nos estabelecimentos
gastronômicos. A pesquisa mostrou que cerca de 19 (48,7%) estabelecimentos não
possuem empregados bilíngues. O dado surpreende e preocupa, pois os participantes da
amostra foram selecionados, inicialmente, por apresentarem maior visibilidade e potencial
de utilização turística em um destino que já registra 12,9% de turistas estrangeiros, com
tendência crescente, segundo consta do item desta pesquisa relativo à demanda turística.
−
−
178
Tabela 2.90 Classificação dos estabelecimentos gastronômicos, por número de
empregados bilíngues segundo informação dos dirigentes, Belo Horizonte
- 2010
CLASSE POR NUMERO DE
EMPREGADOS BILÍNGÜES
Nenhum
1
2
3
4
5
Mais de 5
Total de estabelecimentos
FREQÜÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS
Abs.
%
19
7
5
3
0
3
2
39
48,7
17,9
12,8
7,7
0,0
7,7
5,1
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As tabelas 2.91 e 2.92 demonstram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação
qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo opinião dos dirigentes
dos estabelecimentos pesquisados.
A avaliação que os entrevistados fazem da oferta de profissionais revela maiores
dificuldades nas funções operacionais. Para 28 (71,8%) gestores foi considerada
―insuficiente‖ e para 32 (82%), ―pouco qualificada‖. O grupo ocupacional de supervisão,
apesar de um pouco melhor, também é citado como problemático, sendo considerado como
―insuficiente‖ por 24 (61,5%) e como ―pouco qualificados‖ por 26 (66,7%).
Tabela 2.91 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo
opinião dos dirigentes dos estabelecimentos - Belo Horizonte - 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
SUFICIENTE
Abs.
%
11
28,2
13
33,3
18
46,1
ASPECTO AVALIADO – QUANTIDADE
INSUFICIENTE
NR.
Abs.
%
Abs.
%
28
71,8
24
61,5
2
5,2
17
43,6
4
10,3
TOTAIS
Abs.
%
39
100,0
39
100,0
39
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Tabela 2.92 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo
opinião dos dirigentes dos estabelecimentos - Belo Horizonte - 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
QUALIFICADO
Abs.
6
10
16
%
15,4
25,6
41,0
ASPECTO AVALIADO – QUALIDADE
POUCO
NR.
QUALIFICADO
Abs.
%
Abs.
%
32
82,0
1
2,6
26
66,7
3
7,7
19
48,7
4
10,3
TOTAIS
Abs.
39
39
39
%
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos
As empresas, em sua maioria, apontam como problema a qualidade da mão de obra e a
dificuldade de contração de bons profissionais. Neste contexto, o processo de recrutamento
−
−
179
torna-se fator estratégico para a captação de profissionais qualificados no mercado,
principalmente em um setor tão específico como o gastronômico.
A tabela 2.93 mostra que 23 (59,0%) empresas pesquisadas recrutam seus profissionais por
meio da indicação dos empregados atuais. Este método, no entanto, além de informal,
restringe o número de candidatos potenciais que a empresa consegue atingir, pois nem
sempre abrange os candidatos com formação profissional. Formas mais efetivas de atrair os
melhores profissionais, como a contratação de empresa especializada na seleção e
colocação de recursos humanos, são práticas relatadas por apenas 3 (7,7%) equipamentos
da amostra. Até mesmo a utilização de banco de currículo foi pouco citada como forma
principal de recrutamento, 7(17,9%). Também a utilização do SINE revelou-se pouco usual.
Tabela 2.93 Principal forma de recrutamento utilizada pelas empresas, segundo seus
dirigentes - Belo Horizonte – 2010.
FORMA DE RECRUTAMENTO
Indicação de empregados da empresa
Banco de currículo
Sine
Empresa de recursos humanos
Outra
Total
FORMA DE RECRUTAMENTO
ABS.
%
23
59,0
7
17,9
4
10,3
3
7,7
2
5,1
39
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.94 apresenta o grau de dificuldade encontrado pelos dirigentes para recrutar
profissionais qualificados para as funções a serem desempenhadas.
As funções identificadas como as mais difíceis de encontrar profissionais qualificados são as
exercidas na cozinha - auxiliar de cozinha; cozinheiro; chefe de cozinha; saladeira; passador
de carne; churrasqueiro, e pizzaiolo - e no atendimento direto ao cliente: garçom.
Tabela 2.94 Funções em que é mais difícil recrutar empregados com a qualificação
pretendida, segundo opinião dos gestores – Belo Horizonte - 2010
FUNÇÃO
Cozinha (chefe de cozinha, passador
de carne, churrasqueiro, pizzaiolo)
Garçom
Atendimento
Gerencial
Caixa
Copeiro
Faxineiro
Metria
Porteiro
Telemarketing
Todos os setores
Total
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
21
15
5
4
1
1
1
1
1
1
1
39
53,8
38,4
12,8
10,2
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
2,5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os fatores citados como dificultadores do processo de suprimento das necessidades de
pessoal são destacados na tabela 2.95. A baixa qualificação da mão de obra foi apontada
por 24 (61,5%) gestores como o principal fator. Também foram citados o caráter pouco
atrativo das funções (jornada de trabalho noturna e trabalho árduo sob condições
−
−
180
desconfortáveis, ocasionando cansaço físico), o baixo profissionalismo e pouco
compromisso da mão de obra. Características específicas dos serviços prestados em alguns
estabelecimentos, que exigem habilidades e capacidades para o preparo de cardápio e a
prestação de serviços diferenciados também foram mencionadas como fatores
dificultadores.
Tabela 2.95 Fatores que dificultam o recrutamento de empregados com a qualificação pretendida,
segundo opinião gestores dos equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte - 2010
TOTAL
FATOR
Baixa qualificação da mão de obra
Falta de profissionais no mercado e concorrência entre as empresas
Cardápio e serviços oferecidos são muito específicos
Falta de experiência profissional
Horário noturno e trabalho no final de semana
Nível de exigência do estabelecimento e do público
Ninguém quer
Falta de profissionalismo
TOTAL
Abs.
24
5
4
3
2
2
1
1
39
%
61,5
12,8
10,2
7,7
5,1
5,1
2,5
2,5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Desenvolvimento e capacitação
A formação e capacitação dos profissionais do setor gastronômico são essenciais para
assegurar a qualidade dos serviços prestados. Nessa perspectiva, a pesquisa procurou
investigar as estratégias utilizadas pelo empregador para treinar e aprimorar os profissionais
contratados.
O treinamento em serviço foi a modalidade mais usual nos equipamentos gastronômicos
para 33 (84,6%) gestores (tab. 2.96). No entanto, é difícil avaliar sua efetividade, pois com
esta denominação os gestores podem estar se referindo a ações muito diferenciadas,
compreendendo desde uma simples orientação até o acompanhamento direto na realização
das tarefas inerentes à função.
Outros recursos adotados são: promoção de cursos internos, para 15 (38,5%), e
flexibilização do horário de trabalho dos empregados para que possam participar de cursos
fora da empresa, para 21 (53,3%). Quanto à ajuda financeira para participar de cursos fora
da empresa, apenas 13 (33,3%) gerentes informaram que concedem.
Tabela 2.96 Estratégias adotadas pelos equipamentos selecionados para formação/capacitação dos
empregados – Belo Horizonte – 2010
TOTAL
SIM
NÃO
TOTAIS
ESTRATÉGIAS E INCENTIVOS
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Dá treinamentos em serviço
Promove cursos internos
Flexibiliza horário para cursos fora da
empresa
Fornece ajuda financeira para cursos fora
da empresa
33
15
84,6
38,5
6
24
15,4
61,5
39
39
100,0
100,0
21
53,8
18
46,2
39
100,0
13
33,3
26
66,7
39
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
É importante ressaltar que os problemas identificados em relação à insuficiência de mão de
obra qualificada só serão solucionados ou minorados caso o empregador se comprometa,
efetivamente, com esse processo, através do incentivo ou, até mesmo, do patrocínio à
participação dos empregados em cursos e programas de treinamento e qualificação.
−
−
181
Manutenção e remuneração de recursos humanos
Se suprir as necessidades de pessoal qualificado recrutando no mercado ou formando os
seus empregados é um desafio no setor gastronômico, ainda mais relevante é manter os
bons profissionais no estabelecimento pelo maior tempo possível.
Ao que parece, não é esta a situação do setor. A alta rotatividade de mão de obra, com
tempo médio de permanência dos empregados na empresa de menos de 1 ano, foi
declarada por 5 (12,8%) gestores, enquanto para 21 (53,8%) os profissionais ficam na
empresa por um período de 1 a 5 anos (tab. 2.97).
Tabela 2.97 Faixa de tempo médio de permanência dos empregados nos estabelecimentos de
gastronomia em Belo Horizonte - 2010
TEMPO MÉDIO DE
PERMANÊNCIA (ANOS)
Menos de 1
1a5
6 a 10
11 a 15
16 a 20
Total
TOTAL
Abs.
5
21
10
2
1
39
%
12,8
53,8
25,6
5,1
2,6
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A Tabela 2.1.98 exibe as funções nas quais as empresas selecionadas enfrentam maior
dificuldade para manter o empregado.
As funções de cozinha e as de atendimento aos clientes foram apontadas por 27 (69,2%) e
9 (23,1%) gestores, respectivamente, como as aquelas em que é mais difícil manter os
empregados.
Tabela 2.1.98 Identificação de funções nas quais os equipamentos de gastronomia de
Belo Horizonte enfrentam maior dificuldade para manter os empregados –
2010
FUNÇÃO
Cozinha e copa (cozinheiro, churrasqueiro, pizzaiolo,
ajudante de cozinha, copeiro, etc.)
Garçom
Serviços Gerais / faxina
Atendimento
Telemarketing
Nenhuma
Total
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
27
69,2
9
4
4
1
2
39
23,1
10,2
10,2
2,5
5,1
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
A Tabela 2.99 indica as razões apresentadas pelos dirigentes participantes da pesquisa
para a alta rotatividade de mão de obra no setor de gastronomia.
Na opinião de 11 (28,2%) gestores, os salários praticados constituem o principal motivo para
a pela alta rotatividade de mão de obra do setor; de 8 (20,5%), as condições árduas e
estressantes do trabalho (serviço pesado) e a falta de qualificação; de 6 (15,4%) a grande
oferta de emprego (profissionais disputados) e a falta de responsabilidade,
comprometimento e interesse dos profissionais; de 2 (5,1%), horário noturno/turnos.
−
−
182
Apenas um dirigente aventou a possibilidade de sua gestão de recursos humanos não ser
adequada à solução dos problemas quando menciona, explicitamente, ―Acho que não
encontramos um balanço entre a remuneração e a qualificação‖.
Tabela 2.99 Razões da alta rotatividade dos funcionários na opinião dos dirigentes
dos equipamentos de gastronomia pesquisados – Belo Horizonte - 2010
FREQUÊNCIA
Abs.
%
11
28,2
8
20,5
8
20,5
6
15,4
RAZÕES DA ROTATIVIDADE
Salário
Serviço pesado
Falta de qualificação
Profissionais disputados / Grande oferta de emprego
Falta de responsabilidade, comprometimento e de
interesse dos profissionais
Grande rotatividade no setor
Horário de trabalho (turnos e horário noturno)
Total
6
15,4
5
2
39
12,8
5,1
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quando o mercado de trabalho apresenta-se restrito, tornando difícil o recrutamento de
trabalhadores com qualificação ou a manutenção dos talentos profissionais existentes nos
quadros da empresa, a política de remuneração reveste-se de importância ainda maior.
Essa política é um dos instrumentos que as empresas utilizam para ampliar sua capacidade
de atração e conservação de talentos profissionais.
A Tabela 2.100 indica que 16 (41,0%) equipamentos adotam política salarial no nível mínimo
(piso salarial definido em convenção coletiva da categoria); 12 (30,8%) praticam
remuneração até 20% acima do piso; 9 (23,1%) pagam 20% acima do piso salarial da
categoria.
Tabela 2.100 Política de remuneração dos estabelecimentos de gastronomia em
relação ao mercado de Belo Horizonte – 2010
REMUNERAÇÃO
Piso da convenção coletiva da categoria
Até 20% acima do piso
Mais de 20% acima do piso
NR
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
%
16
41,0
12
30,8
9
23,1
2
5,1
39
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A Tabela 2.101 destaca a política de remuneração e benefícios concedidos pelos
equipamentos de gastronomia.
Quanto à concessão de benefícios, a prática citada encontra-se ainda muito restrita aos
casos legalmente previstos: alimentação e transporte. A assistência à saúde (seguro ou
plano de saúde) é concedida por apenas 10 (25,6%) equipamentos. A participação nos
resultados surpreende, na medida em que é declarada por 12 (30,8%) estabelecimentos.
Não se pode descartar a hipótese de alguns participantes terem-se referido à comissão
sobre o faturamento (10%), e não à participação nos resultados.
A participação do empregado nos lucros é considerada fator fundamental para o seu
envolvimento e comprometimento com a instituição, pois ele tende a permanecer mais
tempo, além de buscar melhorar a qualidade dos serviços prestados e diminuir os custos.
−
−
183
Neste caso, a eficácia dos programas e ações de desenvolvimento profissional tende a ser
maior.
Tabela 2.101 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos equipamentos de
gastronomia – Belo Horizonte - 2010
BENEFÍCIOS OFERECIDOS
Alimentação
Seguro/Plano de Saúde
Transporte
Participação nos resultados
Outro benefício
FREQUÊNCIA
Não
Totais
Abs.
%
Abs.
%
Sim
Abs.
%
37
10
37
13
4
94,9
25,6
94,9
33,3
10,3
2
29
2
26
35
5,1
74,4
5,1
66,7
89,7
39
39
39
39
39
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Associativismo e participação em entidades representativas
O processo de desenvolvimento da atividade turística pretendido deverá se apresentar de
forma sustentável, capaz de propiciar ganhos e benefícios à população local e de minimizar,
quando não eliminar, os ônus decorrentes da expansão da atividade. Para tanto, a
população e a sociedade local precisam ser sensibilizadas a passar por processos de
alinhamento cultural e mudança de comportamentos.
O que se pretende é o desenvolvimento dos diferentes grupos sociais que compõem a
sociedade local, e não a sua exploração por empreendimentos externos. A organização dos
agentes econômicos é a melhor maneira de viabilizar sua participação ativa no processo de
desenvolvimento do setor turístico, influenciando desde a concepção até a viabilização de
projetos que consolidem Belo Horizonte como destino turístico relevante.
De acordo com a política nacional para o desenvolvimento sustentável das atividades
turísticas, na administração do estado de Minas Gerais e do município existem canais de
participação dos atores sociais envolvidos com o setor: os Conselhos de Turismo. O
Conselho Estadual dispõe de Câmaras Temáticas, sendo uma delas a Câmara de
Capacitação. Tanto no nível estadual como no local, compõem o conselho as principais
instituições representativas do empresariado.
Entre gestores dos estabelecimentos pesquisados, 15 (38,5%) participam ativamente de
entidades de representação/associação; 7 (17,9%) tem baixa participação; e 10 (25,6%)
participação inexistente. Não responderam 7 (17,9%) (tab. 2.102)
Tabela
2.102 Participação em entidades de representação/associação
empresarial segundo informação dos dirigentes dos equipamentos
selecionados – Belo Horizonte - 2010
NÍVEL DE
PARTICIPAÇÃO
Ativa
Baixa
Inexistente
NR
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
15
7
10
7
39
%
38,5
17,9
25,7
17,9
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os fatores mencionados como dificultadores da participação, (tab. 2.103) podem ser
sintetizados em três categorias: falta de tempo dos empresários/dirigentes; desunião do
setor; e críticas e insatisfação com o desempenho das entidades.
−
−
184
Tabela
2.103 Fatores que dificultam a participação nas entidades de
representação/associação empresarial, segundo opinião dos dirigentes
dos equipamentos de gastronomia em Belo Horizonte - 2010
FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO
Não há dificuldades
Falta de tempo do empresário
Falta de divulgação e comunicação com o associado
Pouco representativa e pouca ação
As entidades são fechadas
Existem muitos interesses pessoais, associações desvirtuadas
Desunião do setor
Total de respostas
Total de entrevistas
TOTAL
Abs.
8
6
6
3
2
2
1
28
39
%
20,5
15,4
15,4
7,7
5,1
5,1
2,6
71,8
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apesar das críticas, observa-se que os gestores reconhecem que a participação nas
entidades gera benefícios para as atividades das empresas associadas. A tabela 2.104
revela que 15 (38,5%) consideram que são gerados bastantes benefícios, enquanto que 12
(30,8%) acham que os benefícios são poucos.
Tabela 2.104 Opinião dos dirigentes dos equipamentos de gastronomia sobre
os
benefícios
gerados
pelas
entidades
de
representação/associação empresarial - Belo Horizonte - 2010
Opinião dos Dirigentes
Bastante
Pouco
NR
Nada
Total
TOTAL
Abs.
15
12
7
5
39
%
38,5
30,8
17,9
12,8
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os tipos de benefícios esperados pelos dirigentes, decorrentes de sua participação nas
entidades representativas e associativas, estão categorizados no quadro 2.44.
−
−
185
Quadro 2.44 Benefícios esperados pelos dirigentes dos equipamentos de gastronomia decorrentes
de sua participação em entidades de representação/associação – Belo Horizonte –
2010
CATEGORIA BENEFÍCIO
Representatividade
Integração setorial
Marketing e serviços de comunicação
Apoio e assessoria na área
administrativa e jurídica
Crédito
BENEFÍCIO ESPERADO
 Maior representatividade perante os governos federal,
estadual e municipal
 Representação efetiva da classe
 Rede de contatos
 Participação para desenvolver o turismo
 Reforço à imagem da empresa
 Divulgação do nome e do equipamento em nível
nacional
 Redução de custos/gastos de divulgação
 Mídia institucional, apoio para esses "links" com outras
instituições ligadas ao setor
 Maior retorno do público, maior visibilidade
 Atração de cliente do estrangeiro
 Mais clientes para o restaurante
 Aumento no faturamento, a partir, por exemplo, de
festivais gastronômicos
 Melhoria do negócio e das parcerias
 Serviços e assistência em recursos humanos:
recrutamento e treinamento de pessoal
 Escolas de capacitação de profissionais e associados
 Acesso a mão de obra especializada e a técnicas de
gestão moderna
 Apoio logístico
 Orientação nas áreas gerenciais
 Apoio a busca e o acesso ao crédito
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos de
gastronomia
A análise da qualificação dos profissionais do setor gastronômico relacionada com o turismo
em Belo Horizonte aponta como seu principal problema a insuficiência de profissionais
qualificados, em especial nas áreas finalísticas, como cozinha e atendimento ao cliente.
Nas entrevistas com as instituições formadoras e capacitadoras de mão de obra salientouse a dificuldade para a formação de turmas. O SEBRAE, o SENAC, e a ABRASEL, entre
outras instituições que oferecem cursos na área, reclamam que não conseguem candidatos
suficientes para os cursos que oferecem.
A hipótese relativa aos custos dos programas oferecidos não se constitui em explicação
suficiente, uma vez que este problema aflige também as instituições que operam com
programas subsidiados pelo setor público, como é o caso de programas oferecidos pela
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (SEDESE/MG). Outro
argumento seria a falta de informação, tanto dos dirigentes quanto dos profissionais, sobre
os cursos e as oportunidades oferecidas no mercado, assim como o desconhecimento dos
programas governamentais que disponibilizam recursos para capacitar os setores que
estarão diretamente envolvidos com a realização de grandes eventos como a Copa do
Mundo de 2014.
É necessário superar o impasse relatado. Para tanto, sugere-se a realização de fórum de
discussão e negociação de políticas e ações estratégicas para a abordagem das questões
priorizadas. Este fórum deverá contar com a participação dos conselhos e entidades
−
−
186
representativas dos empresários e dos trabalhadores. Assim, será possível promover cursos
de capacitação e suprir, de fato, as necessidades de mão de obra para o desenvolvimento
do setor e atender às expectativas dos profissionais da área.
No que se refere à gestão de recursos humanos, observou-se que os equipamentos da
amostra não possuem uma política de pessoal que não apenas contemple a captação de
pessoal qualificado, mas que vise à manutenção desse profissional. Predomina uma postura
informal, principalmente em relação ao processo de recrutamento e à seleção de pessoal –
em sua maioria, feita mediante a indicação de outros funcionários. Essa postura também é
observada em relação ao processo de capacitação e treinamento, caracterizado pela prática
do treinamento em serviço. Não há uma política que vise ao crescimento, à capacitação e à
manutenção dos profissionais, com programas regulares de treinamentos e capacitação nas
áreas carentes do setor (gastronomia, atendimento ao cliente, línguas, etc.), bem como uma
remuneração que atraia e retenha talentos.
A abordagem dos problemas de pessoal identificados na pesquisa contempla na dimensão
interna às empresas do setor gastronômico a ampliação da profissionalização da área de
Recursos Humanos. O bom desempenho e o aprimoramento profissional podem ser
incentivados mediante a adoção de política e de mecanismo de gestão de pessoas,
possibilitando ao empregado a percepção da possibilidade de crescer na carreira e de obter
ganhos futuros se permanecer na empresa.
O cenário mudou. Hoje, os candidatos a emprego buscam instituições que ofereçam
oportunidades de crescimento profissional, além de recompensas que justifiquem a sua
colaboração para o negócio da empresa, como remuneração adequada e o fato de se
sentirem desafiados a participar das decisões que envolvem diretamente suas ações.
Uma das consequências dessa indefinição quanto à política de pessoal é o alto grau de
rotatividade entre os profissionais da área finalística, principal sintoma da insatisfação com o
salário, conforme apontado pela maioria dos gestores, e com as condições de trabalho:
serviço pesado e horário, entre outros.
Sugere-se às entidades representativas, que mantenham um banco de candidatos e
convênios com escolas e instituições formadoras. A este respeito ressalta-se a iniciativa do
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte (SINDHORB/BH) de
implantar de escola de formação no âmbito da entidade para treinamento de mão de obra
operacional.
Em entrevista, a direção do sindicato apresentou como justificativa para a implantação da
escola de formação a avaliação de que os cursos atualmente oferecidos pelas diversas
instituições que atuam no mercado local não são adequados às características do setor,
principalmente no que tange a: disponibilidade de tempo requerida do treinando, que não é
compatível com o funcionamento dos estabelecimentos, além dos altos custos. A estratégia
que o sindicato pretende adotar é modular os cursos de acordo com os diferentes graus de
complexidade das tarefas e adequar a carga horária à disponibilidade dos alunos e às
necessidades de seus empregadores. Nesta linha, a capacitação seria continuada,
permitindo acompanhar o desenvolvimento de competências essenciais dos participantes.
Quanto aos custos, a direção mencionou que busca sua redução a partir da constituição de
parcerias e do acesso às linhas de financiamento público.
2.1.4.3. Setor de serviços e equipamentos de agenciamento
Da amostra de serviços e equipamentos de agenciamento de viagens e turismo que atuam
em Belo Horizonte foram efetivamente contemplados na pesquisa 10 estabelecimentos
(quadro 2.45). Todos os serviços e equipamentos de agenciamento pesquisados oferecem,
também, serviços de transporte.
−
−
187
Quadro 2.45 Serviços e equipamentos de agenciamento de
Belo Horizonte – 2010
EQUIPAMENTO
Condotti Viagens e Turismo Ltda.
Brasil Aventura Expedições Ltda
Trilhas de Minas
Beagatur Turismo Ltda.
Primotur Turismo e Promoção de Eventos
Arte Y Vida Turismo
Tauanã Agência de Viagens e Turismo Ltda.
Wj Viagens e Turismo Ltda./CVC
Master Turismo Ltda.
Pampulha Turismo Ltda.
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A metade dos estabelecimentos pesquisados oferece, simultaneamente, serviços receptivos
e emissivos de turistas, três caracterizam-se como prestadores de serviços apenas
receptivo e dois são unicamente emissivos (tab. 2.105).
Tabela 2.105 Composição da amostra pesquisada de estabelecimentos de
serviços e equipamentos de agenciamento, Belo Horizonte 2010
TIPO DE EQUIPAMENTO
Receptivo e emissivo
Apenas receptivo
Apenas emissivo
Total
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS
Abs.
%
5
3
2
10
50
30
20
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Perfil dos dirigentes
Dos dirigentes dos serviços e equipamentos de agenciamento 3 (30,0%) têm vínculo
empregatício (cargos de administração, gerência e coordenação) e 7 (70,0%) são
proprietários diretores. São do sexo masculino 7 (70,0%) e 3 (30,0%) são do sexo feminino.
A faixa etária e a escolaridade dos dirigentes são apresentadas na tabela 2.106.
Tabela 2.106 Faixa etária e escolaridade dos empresários e dirigentes dos
estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010
FAIXA ETÁRIA
Menos de 20 anos
21 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
61 a 70
Mais de 70 anos
Totais
NÍVEL DE ESCOLARIDADE
Médio
Universitário
Pós-graduação
1
1
2
1
1
1
1
2
1
4
5
TOTAL
Abs.
%
1
10,0
3
30,0
3
30,0
3
30,0
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Os dados mostram um perfil de dirigentes que se distribui equitativamente entre as faixas
etárias de 31 a 40 anos, de 41 a 50 e de 51 a 60 anos, com 30,0% cada, perfazendo 90,0%
da amostra. Apenas 1 (10,0%) dirigente está com menos de 30 anos.
−
−
188
O nível de escolaridade dos dirigentes é elevado: 5 (50,0%) têm pós-graduação, 4 (40,0%)
têm curso superior e 1 (10,0%) só possui o nível médio.
Quanto à participação dos dirigentes em cursos de capacitação e treinamento nos temas
investigados: Turismo/Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da Qualidade e Gastronomia
(gráf. 2.58), 2 (20,0%) declararam a participação em três cursos; 5 (50,0%) em dois; e 2
(20,0%) em um curso. Dos participantes 1 (10,0%) informou não ter participado de nenhum
treinamento.
Gráfico 2.58 Participação em cursos de capacitação dos dirigentes dos
equipamentos de agenciamento em Belo Horizonte –
2010
20%
10%
20%
Nenhum
participou de 1 curso
50%
participou de 2 cursos
participou de 3 cursos
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.107. evidencia as áreas ou temas dos cursos de capacitação ou treinamento
específico que atraíram a participação dos dirigentes. O tema relativo a turismo e hotelaria
foi o que atraiu o maior número de participantes do setor, 6 (60,0%), seguido de gestão
administrativa, 5 (50,0%).
Chama a atenção o fato de nenhum dos dirigentes pesquisados ter declarado possuir
capacitação em gastronomia e de apenas 1 (10%) ter curso de gestão de qualidade. Cabe
investigar se o fato é indicador de baixa sensibilidade para a importância desses temas para
a área de atuação ou se a oferta é insuficiente.
Tabela 2.107 Participação em cursos de capacitação ou treinamento especifico,
equipamentos de agenciamento em Belo Horizonte - 2010
Participação em cursos
ÁREAS/TEMAS DOS CURSOS
Sim
Não
abs
%
abs
%
Turismo e hotelaria
6
60,0
4
40,0
Gestão administrativa
5
50,0
5
50,0
Gestão de qualidade
1
10,0
9
90,0
Gastronomia
0
0,0
0
10,0
Outros
0
0,0
0
10,0
dos dirigentes dos
Total
abs
10
10
10
10
10
%
100
100
100
100
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.108 indica o interesse e a programação dos dirigentes dos equipamentos de
agenciamento quanto à sua participação futura em cursos de aperfeiçoamento ligados ao
seu negócio/função.
Tabela 2.108 Interesse e programação dos dirigentes dos estabelecimentos de
agenciamento pesquisados quanto à sua participação futura em
−
−
189
cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negocio ou função - Belo
Horizonte – 2010.
QUANDO PRETENDE FAZER CURSO
O quanto antes
Nos próximos dois anos
Não pretende fazer curso
Total
NÚMERO DE EMPRESÁRIOS
Abs.
%
6
60,0
3
30,0
1
10,0
10
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Manifestaram sua intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional através da participação
em cursos imediatamente ou em até os próximos dois anos 9 (90,0%) gestores contra 1
(10,0%) que não pretende fazer curso. O dado é bastante positivo, ao indicar o
reconhecimento por parte dos gestores da necessidade/importância de ampliar
conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio/função.
Quanto aos temas dos cursos demandados, foram citados: gestão de pessoas, negociação,
programa de gestão de mercado ―Business to Business‖, vendas na área internacional e
línguas.
A tabela 2.109 apresenta a relação de instituições citadas pelos participantes como
habilitadas na capacitação da área. Dessas citações, 60,0% são faculdades. O Sebrae foi
citado por 3 (30,0%) dirigentes e o Senac por 2 (20,0%). Nos demais casos, foi registrada
apenas uma indicação para cada organização capacitadora.
Tabela 2.109 Principais instituições formadoras e capacitadoras de nível
gerencial, segundo os dirigentes dos estabelecimentos de
agenciamento em Belo Horizonte – 2010.
INSTITUIÇÕES FORMADORAS/
CAPACITADORAS
Fumec
Newton Paiva
UFMG
Puc Minas
Fatec
Una
Sebrae
Senac
Abav
AD&R Treinamentos,
Embratur
Amanna Kay
Total
NUMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
4
17,4
3
13,0
3
13,0
2
8,7
1
4,4
1
4,4
3
13,0
2
8,7
1
4,4
1
4,4
1
4,4
1
4,4
23
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Investigou-se, também, a opinião dos entrevistados sobre as principais carências dos cursos
de capacitação profissional destinados ao nível gerencial em Belo Horizonte, para
esclarecer melhor os fatores restritivos aos programas e políticas voltados à formação
profissional. (tabela 2.110)
−
−
190
Tabela 2.110 Principais carências ou deficiências dos cursos de formação e capacitação
para o nível gerencial, segundo os dirigentes dos estabelecimentos de
agenciamento em Belo Horizonte – 2010
PRINCIPAIS CARÊNCIAS / DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS
NÚMERO DE CITAÇÕES
Abs.
%
Falta conscientização das organizações para a necessidade de
desenvolver os colaboradores
Cursos muito gerais, falta oferta específica por segmento
Cursos muito teóricos / acadêmicos
Cursos ensinam a ser empregados e não empreendedores
Professores muito acadêmicos, poucos profissionais
Cursos não buscam as empresas para saberem as reais
necessidades do mercado
Pouca oferta de cursos
Total
1
9,1
2
3
1
1
18,2
27,2
9,1
9,1
2
18,2
1
11
9,1
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Entre as modalidades de cursos de capacitação oferecidas, 7 (70,0%) gestores
manifestaram sua preferência pelos presenciais, seguindo-se 2 (20,0%) pelos cursos mistos
(parte presencial e parte virtual) e 1 (10,0%) pelos via internet, o que mostra a pouca
aceitação de cursos à distância (gráf. 2.59).
Gráfico 2.59 Preferência sobre modalidade de cursos de capacitação, dos
dirigentes dos estabelecimentos de serviços e equipamentos
de agenciamento em Belo Horizonte – 2010
0%
10%
20%
Presencial
Misto
70%
Virtual internet
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A promoção de visitas técnicas a empreendimentos ―modelos‖ foi objeto de investigação
nesta pesquisa, por ser considerada uma estratégia efetiva para alinhar a cultura e a
performance empresarial do setor com os padrões de gestão, competitividade e qualidade
de nível internacional (gráf. 2.60).
−
−
191
Gráfico 2.60 Participações em visitas técnicas a estabelecimentos
similares, de gestores dos serviços e equipamentos de
agenciamento em Belo Horizonte – 2010
não participou
20
outros estabelecimentos no exterior
30
outros estabelecimentos no país
40
outros estabelecimentos na cidade
50
estabelecimento da mesma rede/cadeia
20
0
10
20
30
40
50
60
(%)
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Desses, apenas 20% não participaram de nenhuma visita, 30% visitou outros
estabelecimentos no exterior, enquanto 50% limitou-se a visitas locais.
O quadro dos recursos humanos nos equipamentos de agenciamento
Os dez equipamentos participantes da pesquisa empregam 320 profissionais (tab. 2.111).
As empresas com até 10 empregados representam 80% da amostra. Apenas um
estabelecimento está na faixa de 20 a 30 empregados e outra informou ter um quadro de
260 empregados.
Tabela
2.111 Classificação, por número total de empregados,
estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte – 2010
CLASSE POR NÚMERO TOTAL
DE EMPREGADOS
De 01 a 10
De 11 a 20
De 21 a 30
De 31 a 40
De 41 a 50
De 51 a 60
De 61 a 70
De 71 a 80
Acima de 80
Total de estabelecimentos
dos
FREQUÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS
Abs.
%
8
80,0
1
10,0
1
10
10,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.112 destaca a presença de empregados bilíngues nos estabelecimentos
pesquisados. Em 7 (70,0%) existem, no máximo, três empregados com esta qualificação,
em 2 (20%) não tem nenhum profissional bilíngue e em 1 (10%) existem mais de cinco.
−
−
192
Tabela 2.112 Classificação por número de empregados bilíngues, dos estabelecimentos
de agenciamento pesquisados em Belo Horizonte/MG –2010
CLASSE POR NUMERO DE
EMPREGADOS BILÍNGÜES
Nenhum
1
2
3
4
5
Mais de 5
Total de estabelecimentos
FREQÜÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS
Abs
%
2
2
4
1
20,0
20,0
40,0
10,0
1
10
10,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As tabelas 2.113 e 2.114 mostram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação
qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo a opinião dos
dirigentes dos gestores.
A avaliação quantitativa que os entrevistados fazem da oferta de profissionais revela
maiores dificuldades nas funções de supervisão, considerada insuficiente por 8 (80,0%).
Quanto ao aspecto qualitativo, 8 (80,0%) consideram a oferta de mão de obra do grupo
ocupacional operacional como pouco qualificada.
Tabela 2.113 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional,
segundo os gestores dos estabelecimentos de agenciamento em Belo
Horizonte – 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
ASPECTO AVALIADO - QUANTIDADE
SUFICIENTE
INSUFICIENTE
NR.
TOTAL
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
2
20,0
7
70,0
1
10,0
10
100,0
2
20,0
8
80,0
10
100,0
1
10,0
8
80,0
1
10,0
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Tabela 2.114 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional,
segundo os gestores dos estabelecimentos de agenciamento em Belo
Horizonte – 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
ASPECTO AVALIADO - QUALIDADE
POUCO
QUALIFICADO
NR.
QUALIFICADO
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
2
20,0
8
80,0
4
40,0
5
50,0
1
10,0
4
40,0
6
60,0
TOTAIS
Abs.
10
10
10
%
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos
Os dirigentes dos estabelecimentos, em sua maioria, apontam como problema a qualidade
da mão de obra e a dificuldade de contração de bons profissionais. Neste contexto, o
processo de recrutamento torna-se fator estratégico para a captação de profissionais
qualificados no mercado.
−
−
193
A tabela 2.115 mostra que a forma de recrutamento de mão de obra mais utilizada pelos
equipamentos para agenciamento é o banco de currículo, citada por 7 (70,0%) gestores e a
indicação de outros empregados é adotada por 1 (10,0%). A utilização de empresa de
recursos humanos, forma mais profissional e especializada de recrutar funcionários com
perfil e qualificação adequados e desejáveis para as diversas ocupações, não foi indicada
neste segmento.
Tabela 2.115 Principal forma de recrutamento utilizada pelos estabelecimentos de
agenciamento em de Belo Horizonte – 2010.
FREQUÊNCIA
FORMA DE RECRUTAMENTO
abs.
7
1
2
10
Banco de currículos
Indicação de empregados da empresa
Sine
Empresa de recursos humanos
Outra
Total
%
70,0
10,0
20,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.116 apresenta o grau de dificuldade encontrada pelos dirigentes para recrutar
profissionais qualificados para as funções a serem desempenhadas. Para 4 (40,0%)
gerentes, as funções de venda (40%), e de supervisão e gerência (20%) são as mais difíceis
de encontrar mão de obra qualificada, seguindo-se funções de supervisão e gerência, para 2
(20,0%).
Tabela 2.116 Funções com maior dificuldade de recrutamento de empregados com a
qualificação pretendida, segundo os gestores dos estabelecimentos de
agenciamento em Belo Horizonte – 2010
FUNÇÕES
Vendas
Cargos de supervisão, gerência
Operacional
Receptivo
Guia de campo
Consultoria
Total
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
4
40,0
2
20,0
1
10,0
1
10,0
1
10,0
1
10,0
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
Os fatores que mais dificultam o recrutamento de pessoal com a qualificação pretendida são
destacados na tabela 2.117. A falta de formação e qualificação dos profissionais foi
apontada por 4 (40,0%) gestores como o principal fator, secundado pelo fato de as escolas
não oferecerem cursos específicos.
Tabela 2.117 Fatores que dificultam o recrutamento de empregados com a qualificação
pretendida, segundo os gestores dos estabelecimentos de agenciamento
pesquisados em Belo Horizonte - 2010
DIFICULTADORES
Falta de qualificação dos profissionais
Função exige conhecimentos específicos
Escolas não oferecem cursos específicos
Falta de comprometimento do profissional
Não respondeu
TOTAL
FREQUÊNCIA
Abs.
4
1
3
1
1
9
%
40,0
10,0
30,0
10,0
10,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
194
Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos
A formação e a capacitação dos profissionais são essenciais para assegurar a qualidade
dos serviços prestados e consolidar e propiciar o crescimento constante do turismo de
eventos e negócios em Belo Horizonte. Nessa perspectiva, a pesquisa procurou investigar
as estratégias utilizadas pelo empregador para treinar e aprimorar a formação dos
profissionais contratados (tab. 2.118).
O treinamento em serviço e a flexibilização do horário para cursos fora da empresa são as
principais estratégias citadas por 7 (70,0%) gestores; a promoção de cursos internos por 6
(60,0%); e o fornecimento de ajuda financeira para cursos externos, por 5 (50,0%).
É importante ressaltar que os problemas identificados em relação à insuficiência da oferta
de mão de obra qualificada só serão solucionados ou minorados caso o empregador se
comprometa, efetivamente, com o processo de capacitação, através do incentivo ou mesmo
do patrocínio à participação dos empregados em cursos e programas de treinamento e
qualificação.
Tabela 2.118 Estratégias adotadas pelos equipamentos de agenciamento para
formação ou capacitação dos empregados – Belo Horizonte –- 2010
ESTRATÉGIAS E INCENTIVOS
Dá treinamentos em serviço
Promove cursos internos
Flexibiliza horário para cursos fora da
empresa
Fornece ajuda financeira para cursos
fora da empresa
FREQUÊNCIA
Sim
Não
Abs
%
Abs
%
7
70,0
3
30,0
6
60,0
4
40,0
Total
Abs
10
10
%
100,0
100,0
7
70,0
3
30,0
10
100,0
5
50,0
5
50,0
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Manutenção e Remuneração de Recursos Humanos
Vencidas as dificuldades iniciais para recrutar e, até,, formar um quadro de pessoal
qualificado, organizações se deparam com o novo desafio de manter os bons profissionais
pelo maior tempo possível. O tempo médio de permanência dos empregados nas
organizações pesquisadas é de 1 a 5 anos, conforme declarado por 7 (70,0%) gestores (tab.
2.1.119).
Tabela 2.1.119 Tempo médio de permanência dos empregados
nos estabelecimentos de agenciamento em Belo
Horizonte/MG, em 2010
TEMPO MÉDIO DE
PERMANÊNCIA NA EMPRESA
Menos de 1 ano
De 1 a 5 anos
De 6 a 10 anos
De 11 a 15 anos
De 16 a 20 anos
NR
Total
TOTAL
Abs.
1
7
1
%
10,0
70,0
10,0
1
10
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.120 aponta as funções que geram maior dificuldade para a manutenção do
empregado. As funções de vendas foram apontadas por 4 (40,0%) gestores como as mais
difíceis.
−
−
195
Tabela 2.120 Identificação de funções nas quais os estabelecimentos
de agenciamento em Belo Horizonte enfrentam maior
dificuldade para a manutenção do empregado - 2010
FUNÇÕES
Vendas
Promoção
Guia de campo
Operacional
Qualquer função
Consultoria
NR
Total
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
4
40,0
1
10,0
1
10,0
1
10,0
1
10,0
1
10,0
1
10,0
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.121 relaciona as razões que os gestores apresentaram para justificar a alta
rotatividade de mão de obra no setor de agenciamento. Para 6 (60,0%), a rotatividade dos
profissionais nas agências de turismo está relacionada à falta de profissionais qualificados
no mercado, para 2 (20,0%), aos salários; e para 1 (10,0%) à sazonalidade (tab. 2.121).
Tabela 2.121 Razões da rotatividade dos funcionários para os gestores dos
estabelecimentos de agenciamento em Belo Horizonte - 2010
RAZÕES DA ROTATIVIDADE
Falta de profissional com qualificação no mercado
Salário
Sazonalidade
NR
Total
NUMERO DE CITAÇÕES
Abs.
%
6
60,0
2
20,0
1
10,0
1
10,0
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
A tabela 2.1.122 indica que 2 (20%) gestores adotam política salarial no nível mínimo (piso
salarial definido em convenção coletiva da categoria); 5 (50%), até 20% acima do piso; e 2
(20%) mais de 20% acima do piso.
Tabela 2.122 Política de remuneração dos estabelecimentos de agenciamento em
Belo Horizonte - 2010
REMUNERAÇÃO
Piso da convenção coletiva da categoria
Até 20% acima do piso
Mais de 20% acima do piso
NR
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
%
2
20,0
5
50,0
2
20,0
1
10,0
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.123 destaca a política de remuneração e benefícios concedidos pelos
equipamentos selecionados. Quanto à concessão de benefícios, surpreende observar que
alguns estabelecimentos não oferecem nem mesmo aqueles legalmente previstos, pois
apenas 7 (70,0%) oferecem alimentação e 8 (80,0%) oferecem o transporte Os dados da
pesquisa apontam que 3 (30,0%) oferecem assistência à saúde (seguro ou plano de saúde),
e 5 (50%), participação nos resultados.
−
−
196
Tabela
2.123 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos
estabelecimentos de serviços e equipamentos de agendamento em
Belo Horizonte – 2010
FREQUÊNCIA
BENEFÍCIOS
Sim
Não
Total
OFERECIDOS
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Alimentação
7
70,0
3
30,0
10
100,0
Seguro/Plano de Saúde
3
30,0
7
70,0
10
100,0
Transporte
8
80,0
2
20,0
10
100,0
Participação nos resultados
5
50,0
5
50,0
10
100,0
Outro benefício
1
10,0
9
90,0
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Associativismo e participação em entidades representativas
Conforme a tabela 2.124, o nível de participação dos dirigentes dos equipamentos de
agenciamento em suas entidades de representação e associação é significativo: 6 (60,0%)
participam ativamente; 3 (30,0%) têm uma baixa participação e 1 (10,0%) não participa.
Tabela 2.124 Participação em entidades de representação e associação empresarial
segundo os gestores dos estabelecimentos de agenciamento em Belo
Horizonte – 2010
NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO
Ativa
Baixa
Inexistente
Total
PARTICIPAÇÃO NAS ENTIDADES
Abs.
%
6
60,0
3
30,0
1
10,0
10
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
O quadro 2.1.46 apresenta os principais fatores que dificultam, conforme os gestores, sua
participação nas entidades representativas.
Quadro 2.1.46 Fatores que dificultam a participação nas entidades
representativas, segundo os gestores dos estabelecimentos
de serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte
- 2010
FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO
Desconhecimento
Falta de contato das entidades com as agências
Falta de interesses comuns
Falta de foco
Comodismo dos empresários
Tempo disponível
Questão financeira
Falta de convite
Entidades não escutam as empresas
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.125 indica que 6 (60,0%) gestores consideram que são bastante importantes os
benefícios gerados pelas entidades ou associações; e para 4 (40,0%), são pouco
importantes.
−
−
197
Tabela
2.125 Percepção dos gestores dos estabelecimentos de
agenciamento sobre a importância dos benefícios gerados
pelas entidades representativas em Belo Horizonte – 2010
IMPORTÂNCIA DOS
BENEFÍCIOS
Bastante
Pouco
Nada
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
6
4
0
10
%
60,0
40,0
0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Com o objetivo de fornecer subsídios para o fortalecimento das entidades, a pesquisa
solicitou aos gestores que indicassem os benefícios que gostariam que os estabelecimentos
recebessem em decorrência de sua participação em entidades de representação ou
associativas. A tabela 2.126 informa que 4 (40,0%) gostariam que as entidades fossem mais
representativas.
Tabela 2.1.126 Benefícios esperados pelos gestores dos equipamentos de
agenciamento em decorrência de participação em entidades de
representação e associação em Belo Horizonte - 2010
BENEFÍCIOS ESPERADOS
Maior representatividade
Apoio no crescimento das empresas
Divulgação
Organização e união da classe
Qualificação mão de obra operacional e gerencial
Apoio a linhas de crédito e comercialização
Resultados concretos
Parcerias, acordos que beneficiem o turismo
Total de informantes
FREQUÊNCIA
Abs.
%
4
40
2
20
2
20
2
20
1
10
1
10
1
10
1
10
10
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos de
agenciamento
Os dados mostram um perfil de dirigentes predominantemente nas faixas de idade de 31 a
60 anos, constituindo um quadro bastante equilibrado nas faixas etárias mais produtivas.
O nível de escolaridade dos dirigentes é elevado, bem como a participação em
treinamentos, principalmente nas áreas de Turismo/Hotelaria e Gestão Administrativa. Já a
demanda por capacitação nas áreas de Gestão da Qualidade e Gastronomia ficou aquém
do esperado para o setor de atuação. Este é o setor, entre os pesquisados, que apresenta o
maior percentual de dirigentes com capacitação/formação em turismo.
O interesse e a programação dos gestores dos equipamentos de agenciamento para
participação futura em cursos de aperfeiçoamento, imediatamente ou em até os próximos
dois anos, é dado bastante positivo, pois indica o reconhecimento da
necessidade/importância de ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu
negócio/função.
As principais críticas às instituições capacitadoras referem-se a: cursos muito gerais, falta de
oferta de cursos de capacitação e treinamento específicos, por segmento, e caráter muito
teórico dos existentes. Uma importante medida a ser adotada, já apontada pelos
participantes, é a consulta aos estabelecimentos sobre suas reais necessidades, como
−
−
198
subsidio básico para o desenho e planejamento da oferta de capacitação pelas instituições
capacitadoras.
As funções para as quais é mais difícil encontrar mão de obra qualificada são as de venda
(40,0%) e as de supervisão e gerência (20,0%). A área de vendas é apontada, ainda, como
a que apresenta a maior dificuldade de manutenção de mão de obra.
O salário é o fator apontado na pesquisa como o principal dificultador da permanência dos
empregados no estabelecimento, apesar de já estarem até 20% acima da convenção
coletiva de trabalho. Este fato indica a conveniência de adotar outros benefícios e
estratégias, para incentivar a maior permanência do profissional na empresa.
O porte e a natureza das atividades tornam o associativismo ainda mais importante para
obter escala que viabilize ações que exigem investimentos relativamente maiore, por
exemplo, estruturação de programas específicos de treinamento de capacitação.
A citação de instituições capacitadoras indica a existência de laços funcionais entre os
estabelecimentos pesquisados e outras instituições do setor, por vezes, até mesmo, da
mesma rede ou cadeia.
Se, de um lado, estas relações apresentam um potencial modernizador e dinamizador do
setor, ao ligarem os empreendimentos locais a outros de âmbito nacional e internacional, de
outro, mascaram a necessidade de maior integração com o trade do turismo no município.
As atividades neste segmento apresentam sazonalidade e exigem do profissional
qualificação e conhecimentos específicos. Portanto, as funções de recursos humanos
precisam ser desenvolvidas, utilizando estratégias que viabilizem a profissionalização e a
modernização para atração e manutenção de talentos profissionais, apesar do porte
relativamente pequeno da maioria das agências.
2.1.4.4. Serviços e equipamentos de transporte
Perfil dos dirigentes
Dos 5 dirigentes dos serviços e equipamentos de transporte, 3 têm vínculo empregatício
(cargos de administração, gerência e coordenação) e 2 são proprietários/diretores. São do
sexo masculino 4, e 1 é do sexo feminino.
Gráfico 2.61 Faixa etária dos dirigentes dos serviços e equipamentos de
transporte turístico em Belo Horizonte – 2010
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
menos de 20 anos
de 21 a 30
40
40
de 31 a 40
de 41 a 50
20
de 51 a 60
de 61 a 70
1
mais de 71
(%)
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
199
O gráfico 2.61 mostra o perfil de dirigentes dos serviços e equipamentos de transporte
turístico com idade mais avançada. Apenas um dirigente declara ter menos de 40 anos; na
faixa de 41 a 50 anos, 2 e na de 51 a 60 anos 2.
O nível de escolaridade dos dirigentes é elevado: 4 têm curso universitário e 1 tem pósgraduação. O gráfico 2.62, que mostra a escolaridade dos dirigentes, evidencia a
superioridade dos dirigentes dos serviços e equipamentos de transporte turístico em relação
a outros grupos.
Gráfico 2.62 Escolaridade dos dirigentes de transportadoras
turísticos em Belo Horizonte – 2010
90
80
70
60
fundamental
50
40
médio
80
universitário
30
pós graduação
20
10
0
20
0
0
(%)
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A pesquisa verificou também a participação dos entrevistados em cursos relacionados a sua
atividade, tais como: Turismo, Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da Qualidade,
Gastronomia ou outro, formais ou não. No caso dos dirigentes de transportadoras, todos
declaram ter participado de cursos de capacitação e treinamento em Gestão Administrativa.
Nos demais temas pesquisados, não foi verificada a participação de nenhum deles.
Os conhecimentos na área de Turismo, em particular, são de grande importância para as
empresas que nela atuam. No entanto, entre os dirigentes consultados também não foi
encontrado caso de formação técnica ou universitária em turismo, hipótese que explicaria a
falta de treinamento e de capacitação deles em relação ao tema.
De outro lado, tão importante quanto a qualificação atual são o interesse e a disposição dos
dirigentes para participação futura em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio ou
função, em uma cultura de educação continuada, aspecto retratado na tabela 2.127.
Tabela 2.127 Interesse e programação dos dirigentes de transportadoras turísticas
a participar em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio ou
função - Belo Horizonte – 2010
QUANDO PRETENDE FAZER CURSO
O quanto antes
Nos próximos dois anos
Não pretende fazer curso
Total
NÚMERO DE EMPRESÁRIOS
Abs.
%
2
40
1
20
2
40
5
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Manifestaram sua intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional o quanto antes 2
dirigentes; 1, nos próximos dois anos e 2 não pretendem fazer novos cursos. Os temas de
interesse para capacitação citados foram: Gestão de Pessoas e Gerenciamento Financeiro.
−
−
200
A tabela 2.128 destaca as principais instituições formadoras e capacitadoras de profissionais
de nível gerencial apontadas pelos dirigentes.
Tabela 2.128 Principais instituições formadoras e capacitadoras de profissionais de
nível gerencial, segundo os dirigentes das transportadoras turísticas
em Belo Horizonte – 2010.
INSTITUIÇÕES FORMADORAS/
CAPACITADORAS
UFMG
PUC
Fundação Dom Cabral
Fundação João Pinheiro
Sebrae
Amanna Kay
AD&R Treinamentos
Companhias de turismo
Total
Abs.
2
1
1
1
2
1
1
1
10
NUMERO DE INDICAÇÕES
%
20,0
10,0
10,0
10,0
20,0
10,0
10,0
10,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As carências nos cursos apontadas pelos dirigentes referem-se à falta de foco nas
atividades práticas e a falhas na comunicação. Um entrevistado respondeu que não
conhece as deficiências em questão.
É relevante a observação de um participante que mencionou como aspecto comprometedor
da capacitação do nível gerencial dos estabelecimentos do setor a baixa conscientização
das organizações sobre a necessidade do desenvolvimento dos colaboradores.
O gráfico 2.62 descreve que 2 dirigentes manifestaram sua preferência por cursos virtuais,
via internet. Os cursos presenciais são a opção preferencial de 2. Não houve manifestação
sobre cursos mistos, parte presencial e parte virtual. Não respondeu a questão 1 dirigente.
Gráfico
2.62
Preferência sobre modalidade de cursos de
capacitação dos dirigentes das transportadoras
turísticas em Belo Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Uma estratégia considerada efetiva para incrementar a performance empresarial e a adoção
de padrões de gestão, competitividade e qualidade de nível internacional é a promoção de
visitas técnicas a empreendimentos ―modelos‖.
O gráfico 2.63 mostra que 2 dirigentes nunca participaram de visitas técnicas e 2
participaram de programas de visitas a estabelecimentos modelo na cidade e no País. No
entanto, neste setor nenhum dirigente participou de visitas técnicas no exterior.
−
−
201
Gráfico 2.63 Participação em visitas técnicas a estabelecimentos
similares, de dirigentes das transportadoras em Belo
Horizonte – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quadro dos recursos humanos nos serviços e equipamentos de transporte
Os cinco equipamentos participantes da pesquisa empregam 117 profissionais (tab. 2.129).
Conta com menos de 10 empregados 1; entre 11 e 20 empregados, 1; entre 21 e 30
empregados 2; e entre 41 a 50, 1.
Tabela
2.129 Classificação por número total de empregados dos
estabelecimentos de transporte turístico em Belo Horizonte – 2010
CLASSES POR NÚMERO DE
EMPREGADOS
De 01 a 10
De 11 a 20
De 21 a 30
De 31 a 40
De 41 a 50
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
1
1
2
0
1
5
%
20
20
40
0
20
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.130 destaca a presença de empregados bilíngues nos estabelecimentos. A
pesquisa mostrou que apenas 1 não conta com funcionário bilíngue; 3 contam com dois; e 1
com três. Considerando o número limitado de profissionais bilingues (apenas 9 em um
universo de 117 profissionais, ou 7,7% do total), é recomendável aprimorar esta
competência nos quadros dessas empresas, de forma a estarem mais bem preparadas para
receber grandes eventos internacionais.
Tabela 2.130 Classificação, por número de empregados bilíngues, das transportadoras
pesquisadas em Belo Horizonte/MG – 2010
CLASSE POR NÚMERO DE EMPREGADOS
BILÍNGÜES
Nenhum
1
2
3
Total de estabelecimentos
FREQÜÊNCIA DE ESTABELECIMENTOS
Abs.
%
1
20
0
0
3
60
1
20
5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As tabelas 2.131 e 2.132 mostram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação
qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos
estabelecimentos.
−
−
202
A avaliação que os dirigentes fazem da oferta de profissionais revela maiores dificuldades
nas funções operacionais, que para 4 foi considerada ―insuficiente‖ e em 3 ―pouco
qualificada‖. Para o grupo ocupacional gerencial, a oferta de mão de obra, sob o aspecto
quantitativo, foi considerada ―suficiente‖, sendo também avaliada por 3 como ―pouco
qualificada‖.
Tabela 2.131 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo
os dirigentes das transportadoras turísticas em Belo Horizonte - 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
Suficiente
Abs.
%
1
20,0
3
60,0
3
60,0
ASPECTO AVALIADO - QUANTIDADE
Insuficiente
NR
Abs.
%
Abs.
%
4
80,0
0
0
2
40,0
0
0
2
40,0
0
0
Total
Abs.
5
5
5
%
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Tabela 2.132 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo
os dirigentes das transportadoras turísticas em Belo Horizonte - 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
Qualificado
Abs.
2
3
2
%
40,0
60,0
40,0
ASPECTO AVALIADO - QUALIDADE
Pouco
NR
qualificado
Abs.
%
Abs.
%
3
60,0
0
0
2
40,0
0
0
3
60,0
0
0
Total
Abs.
5
5
5
%
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos
A tabela 2.1.133 mostra que a principal forma de recrutamento de mão de obra utilizada
pelas transportadoras é o banco de currículo, citado por 4 dirigentes, embora também neste
segmento, 1 ainda o faça de modo bastante informal, por meio de indicação dos
empregados atuais.
Não foi registrado nenhum caso de utilização de empresas de RH, uma forma mais
profissional e especializada de recrutar funcionários com perfil e qualificação adequados e
desejáveis para as diversas ocupações.
Tabela 2.1.133 Principal forma de recrutamento utilizada pelas transportadoras turísticas em
Belo Horizonte –2010
FORMAS DE RECRUTAMENTO
Indicação de empregados da empresa
Banco de currículo
Empresa de Recursos Humanos
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
1
4
0
5
%
20
80
0
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os fatores destacados como os que mais dificultam o recrutamento de pessoal com a
qualificação pretendida foram: falta de qualificação dos profissionais e exigência de
conhecimentos específicos, como história, geografia e cultura.
A pesquisa procurou investigar as estratégias utilizadas pelo empregador para treinar e
aprimorar a formação dos profissionais contratados. O treinamento em serviço e os cursos
internos são menos usuais Informaram flexibilizar o horário para cursos fora da empresa 4 e
3 fornecem ajuda financeira ( tab. 2.134).
−
−
203
Tabela 2.134 Estratégias adotadas pelas transportadoras turísticas para formação ou capacitação
dos empregados em Belo Horizonte –- 2010
ESTRATÉGIAS E INCENTIVOS
Dá treinamentos em serviço
Promove cursos internos
Flexibiliza horário para cursos fora da
empresa
Dá ajuda financeira para cursos fora da
empresa
Sim
FREQUÊNCIA
Não
Abs.
%
4
80
3
60
Abs.
1
2
%
20
40
4
80
1
3
60
2
Total
Abs.
5
5
%
100
100
20
5
100
40
5
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Manutenção e remuneração de recursos humanos
Vencidas as dificuldades iniciais para recrutar e formar um quadro de pessoal qualificado, as
organizações se deparam com um novo desafio: manter os bons profissionais pelo maior
tempo possível. É o que parece acontecer com os serviços e equipamentos de transporte
turístico em Belo Horizonte. Diante da reduzida oferta de profissionais com conhecimentos
e habilidades bastante específicos, os estabelecimentos competem pela mão de obra
qualificada, gerando a elevação do índice de rotatividade dos empregados, cujo tempo
médio de permanência nas organizações é de 1 a 5 anos conforme declarado por 4
dirigentes (tab. 2.135).
Tabela 2.135 Tempo médio de permanência dos empregados nas transportadoras
turísticas em Belo Horizonte – 2010
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA NA
EMPRESA
Menos de 1 ano
De 1 a 5 anos
De 6 a 10 anos
De 11 a 15 anos
De 16 a 20 anos
NR
Total
TOTAL
Abs.
0
4
0
0
0
1
5
%
0
80,0
0
0
0
20,0
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As indicações dos entrevistados das funções nas quais os estabelecimentos enfrentam
maior dificuldade para manter o empregado em seu quadro comprovam que a ocupação
mais problemática é a de motorista. Na área administrativa, especificamente nos setores
contábil e de recursos humanos, também foram registradas ocupações com alta
rotatividade.
Na opinião da maioria dos dirigentes, as razoes da rotatividade no setor estão relacionadas
a falta de habilidade e capacitação dos motoristas para o relacionamento com os clientes,
baixos salários e pretensão dos empregados de querer crescer e sair da empresa (tab.
2.136).
−
−
204
Tabela 2.136 Razões da rotatividade dos empregados dos estabelecimentos de
transporte turístico em Belo Horizonte – 2010
FREQUENCIA
Abs.
%
2
40,00
1
20,0
1
20,0
1
20,0
5
100,0
RAZÕES DA ROTATIVIDADE
Não tem qualificação necessária
Salário baixo
Quer sempre crescer e sair da empresa
Sabe dirigir, mas não sabe tratar o cliente
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.137 indica que 4 dirigentes adotam política salarial no nível mínimo (piso salarial
definido em convenção coletiva da categoria), e 1 pratica remuneração até 20% acima do
piso. Nenhum dos estabelecimentos selecionados declarou pagar mais de 20% acima do
piso salarial da categoria.
Tabela 2.137 Política de remuneração dos estabelecimentos de transporte turístico em
Belo Horizonte – 2010
FREQUENCIA
REMUNERAÇÃO
Piso da convenção coletiva da categoria
Até 20% acima do piso
Mais de 20% acima do piso
Não respondeu
Total
Abs.
%
4
1
0
0
5
80,0
20,0
0
0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto à concessão de benefícios (tab. 2.138), 3 dirigentes oferecem, além dos legalmente
previstos, seguro ou plano de saúde, e 1 oferece participação nos resultados.
Tabela 2.138 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos estabelecimentos
de transporte turístico em Belo Horizonte – 2010
FREQUÊNCIA
BENEFÍCIOS OFERECIDOS
Alimentação
Seguro/Plano de Saúde
Transporte
Participação nos resultados
Outro benefício
SIM
Abs.
5
3
5
1
1
TOTAL
NÃO
%
100,0
60,0
100,0
20,0
20,0
Abs.
0
2
0
4
4
%
0,0
40,0
0,0
80,0
80,0
Abs.
5
5
5
5
5
%
100
100
100
100
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
2.1.4.5.
Associativismo e participação em entidades representativas
Os principais fatores que dificultam a participação nas entidades associativas e/ou
representativas estão descritos na tabela 2.139. Citou a falta de tempo 1 dirigente, e 1
acrescentou que é necessário ter dinheiro para participar, no entanto não mencionou se a
referência é à contribuição associativa ou a outro custo relacionado. A representatividade foi
questionada, em contraposição a 1 que declarou não ter dificuldade para participar.
Mencionou a falta de centro de discussão para debater assuntos de interesse comum 1.
−
−
205
Tabela 2.139 Fatores que dificultam a participação nas entidades representativas,
segundo os dirigentes dos estabelecimentos de transporte turístico
em Belo Horizonte – 2010
FREQUÊNCIA
FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO
Não tem dificuldades
Falta um centro de discussão para se debater esses assuntos
Entidades não têm representatividade
Falta de tempo
Tem que ter dinheiro, tempo, etc.
Total
Abs.
%
1
1
1
1
1
5
20
20
20
20
20
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Afirmaram ser bastante importante para o empreendimento os benefícios decorrentes de
sua participação nas entidades representativas 3, e 1 avaliou como ―pouco‖ importantes
estes benefícios. Considera ―nada‖ importantes os benefícios relacionados ao
associativismo ou às entidades representativas 1.
O quadro 2.47 apresenta, de forma sintética, os benefícios esperados pelos dirigentes dos
estabelecimentos de transporte turístico, decorrentes de sua participação em entidades de
representação/associação.
È importante registrar o comentário de um dirigente em relação ao associativismo, pois é
uma concepção que merece abordagem no plano de ação a ser elaborado:
―Querem que você participe, mas o retorno é praticamente
inexistente‖.
Quadro 2.47 Benefícios esperados pelos dirigentes dos estabelecimentos de transporte turístico
decorrentes de sua participação em entidades de representação e associação –
Belo Horizonte – 2010
CATEGORIA DO BENEFÍCIO
Representatividade
Integração setorial
Marketing e serviços de comunicação
Apoio e assessoria na área administrativa
e jurídica










BENEFÍCIO ESPERADO
Representatividade e apoio à classe
União da classe
Debate sobre assuntos e interesses comuns
Força política, poder de barganha
Fortalecimento do contato com o mercado.
Investimentos em centro de convenções
Maior divulgação de Belo Horizonte
Maior visibilidade da empresa
Treinamento para o corpo de funcionários
Desenvolvimento para o nível gerencial
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
−
−
206
Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos de
transporte
Os dados revelaram um perfil de dirigente que recomenda abordagem por meio de
programas e projetos específicos. Como principal característica positiva destaca-se a
escolaridade relativamente alta e como aspecto a ser aprimorado a qualificação específica
nas áreas de Turismo e Gestão da Qualidade.
As ações de capacitação para este grupo de dirigentes devem adotar estratégia
metodológica que propicie aliar à abordagem conceitual a pratica dos métodos e técnicas, a
informação sobre casos de sucesso no setor e visitas técnicas a estabelecimentos de
referência.
Quanto à oferta de profissional, foram indicados como principais problemas a insuficiência
(quantitativa, das funções operacionais) e a qualificação dos grupos de supervisão e
gerencial.
O quadro de profissionais das empresas demanda ainda cursos de relacionamento e
atendimento aos turistas para motoristas, e cursos de línguas. É recomendável aprimorar
esta competência nos quadros das empresas, de forma a estarem mais bem preparados
para receber grandes eventos internacionais
A principal forma de recrutamento de mão de obra utilizada pelos dirigentes é o banco de
currículo, embora também neste segmento 1 ainda o faça de modo bastante informal,
mediante a indicação dos empregados atuais.
Um importante aspecto a ser melhorado refere-se à forma de recrutamento. As dificuldades
já enfrentadas e a perspectiva de desenvolvimento do setor demandam profissionalização e
maior eficácia nas estratégias e nos instrumentos de gestão de pessoas,
A remuneração dos profissionais parece seguir os acordos coletivos. Destaca-se a política
de benefícios concedidos aos trabalhadores. A assistência à saúde surpreendeu
positivamente.
Apesar de o associativismo ser considerado como ―muito importante‖ pelos entrevistados,
ainda há muito a melhorar. Os associados esperam maior representatividade e ações
conjuntas para o desenvolvimento sustentável do turismo como divulgação de Belo
Horizonte e a viabilização de centro de convenções compatível com o tipo de turismo
esperado. É também esperado que as instituições de representatividade e associativismo
contribuam para a qualificação dos profissionais e o desenvolvimento gerencial de seu corpo
de dirigentes.
2.1.4.6.
O Setor de serviços e equipamentos para eventos
Perfil dos dirigentes
Dos 12 dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos pesquisados, 6 (50,0%) têm
vínculo empregatício (cargos de administração, gerência e coordenação), 5 (41,7%) são
proprietários/diretores e 1 (8,3%) é diretor de sindicato. São do sexo masculino 8 (66,7%),
contra 4 (33,3%) do sexo feminino. A faixa etária e a escolaridade dos dirigentes são
apresentadas na tabela 2.140.
−
−
207
Tabela 2.140 Faixa etária e escolaridade dos dirigentes dos serviços e equipamentos para
eventos em Belo Horizonte - 2010
FAIXA ETÁRIA
ESCOLARIDADE
TOTAL
Fundamental
Médio
Universitário
Pós-graduação
Abs.
%
-
1
1
1
3
2
2
4
1
3
1
5
3
4
4
1
12
25,0
33,3
33,3
8,3
100,0
Menos de 20 anos
21 a 30 anos
31 a 40 anos
41 a 50 anos
51 a 60 anos
61 a 70
Mais de 70 anos
Total
-
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Os dados mostram que 7 (58,3%) dirigentes encontram-se na faixa etária de 21 a 40 anos,
portanto em idade e etapa de vida profissional em que o investimento em qualificação
profissional pode ser bastante produtivo, uma vez que a expectativa é de que permaneçam
em atividade por mais de 20 anos e também pelo dinamismo inerente a este período da
carreira.
O nível de escolaridade dos dirigentes é elevado: 3 (25,0%) têm o nível médio e 9 (75,0%),
têm curso superior, 5 dos quais com pós-graduação. Interessante registrar que quatro dos
dirigentes dos cinco espaços para congresso e convenções têm pós-graduação.
A pesquisa verificou também a participação dos entrevistados em cursos relacionados com
a sua atividade, tais como: Turismo, Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da Qualidade,
Gastronomia ou outro, formais ou não.
A análise do perfil dos participantes que não possuem capacitação nos temas
especificamente citados parece confirmar a tendência de indivíduo com nível de
escolaridade mais alto demonstrar maior interesse em treinamentos específicos, observada
na análise dos dados em outros tipos de serviços e equipamentos turísticos objeto da
pesquisa, pois os 2 (16,7%) dirigentes, que declaram não ter participado de nenhum curso
específico têm escolaridade de nível médio.
A tabela 2.141 apresenta o número de dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos
pesquisados por capacitação ou treinamento específico. Seis (50%) dirigentes informaram
ter participado de um curso específico. Informaram ter participado de um curso específico 6
(50,0%); de dois cursos, 4 (33,3%); e 3 (16,7%) não participaram de nenhum curso.
Tabela 2.141 Capacitação ou treinamento em temas específicos dos dirigentes dos
estabelecimentos dos serviços e equipamentos para eventos em Belo
Horizonte - 2010
ÁREAS DE CAPACITAÇÀO
ESPECÍFICA
Turismo / Hotelaria
Gestão Administrativa
Qualidade
Gastronomia
Outros
Total de informantes
NÚMERO DE DIRIGENTES PARTICIPANTES
DE CADA CURSO ESPECÍFICO
Abs.
%
2
16,7
6
50,0
1
8,3
5
41,7
12
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
−
−
208
A análise dos dados da tabela 2.142 evidencia a concentração, compreensível no caso de
dirigentes de empreendimentos, da capacitação dos participantes da amostra em cursos de
Gestão Administrativa, com 6 (50,0%) participantes. Todavia, em Gestão da Qualidade,
tema considerado de grande importância, por buscar garantir a satisfação do cliente e uma
gestão com foco na adequada utilização dos diversos recursos materiais e humanos para a
obtenção de maior produtividade, competitividade e lucratividade, apenas 1 (8,3%) informou
ter capacitação mais específica no campo. Na opção ―outros‖, 5 (41,7%) mencionaram a
realização de cursos em áreas como Projetos Culturais, Publicidade, Comunicação e
mestrado em Educação.
A melhoria constante do desempenho do setor e sua adequação para a consolidação da
cidade como destino voltado para a realização de eventos de porte especial são requisitos
tão importantes quanto a qualificação atual e a disposição do quadro de dirigentes de
participar de cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negócio/função em uma cultura de
educação continuada.
A tabela 2.142 indica o interesse e a intenção dos dirigentes dos serviços e equipamentos
para eventos pesquisados de participar de cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu
negócio/função.
Manifestaram sua intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional mediante a
participação em cursos imediatamente ou em até os próximos dois anos 9 (75,0%). O dado
é bastante positivo ao indicar o reconhecimento, por parte deles quanto à necessidade e
importância de ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio ou função, bem
como a efetividade da sua decisão de participar, no curto prazo, de programas de
treinamento e capacitação gerencial. Os outros 3 (25,0%), declararam que não pretendem
fazer cursos, o que pode indicar uma baixa sensibilização para a importância do
aperfeiçoamento profissional ou pouco interesse diante da oferta de cursos da espécie em
Belo Horizonte.
Tabela 2.142 Interesse e programação dos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos
quanto à sua participação em cursos de aperfeiçoamento ligados ao seu negocio
ou função - Belo Horizonte - 2010
QUANDO PRETENDE FAZER CURSO
O quanto antes
Nos próximos dois anos
Não pretende fazer curso
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
4
5
3
12
%
33,3
41,7
25,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Quanto aos temas dos cursos demandados, os dados da pesquisa sobre os cursos de
aperfeiçoamento que os dirigentes dos estabelecimentos pretendem fazer confirmam o
interesse deles pela área administrativa (Administração e Gestão Financeira), mencionados
por 3 (25,0%) dos dirigentes. Declararam a intenção de fazer curso de pós-graduação
(mestrado em Turismo, pós-gradução em Marketing ou Relações Internacionais e MBA em
Comunicação) 3 (25,0%).
Embora representem áreas de conhecimento importantes para a ampliação da clientela e
dos negócios, os cursos específicos nas áreas de Marketing e Comunicação aparecem
apenas com uma indicação cada uma. Os cursos de Atendimento ao Cliente e de
Negociação não foram citados. Nenhum participante mencionou interesse em curso de
idiomas, apesar da grande importância do domínio de outras línguas no setor turístico,
sobretudo para receber o grande fluxo de estrangeiros esperados para a Copa do Mundo de
2014 e os Jogos Olímpicos.
−
−
209
A tabela 2.143 apresenta a relação de instituições de formação/capacitação profissional
para o nível gerencial citadas pelos participantes, em que a presença das diversas
faculdades (12 citações) e de instituições como a FJP, FDC e FGV, (quatro ou 20% das
citações) reflete o elevado nível de escolaridade dos dirigentes entrevistados.
Tabela 2.143 Principais instituições formadoras e capacitadoras de profissionais de nível
gerencial, segundo os dirigentes serviços e equipamentos em Belo Horizonte - 2010.
INSTITUIÇÕES FORMADORAS /
CAPACITADORAS
PUC
UNA
UFMG
Newton de Paiva
Fundação Getúlio Vargas
Sebrae
Fumec
Estácio de Sá.
Belotur
Fundação Dom Cabral
Fundação João Pinheiro
Senac
FREQUÊNCIA
Abs.
3
3
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
%
25,0
25,0
16,7
16,7
16,7
16,7
8,3
8,3
8,3
8,3
8,3
8,3
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Com o objetivo de esclarecer os fatores restritivos aos programas e às políticas voltados à
formação profissional, foi investigada a opinião dos entrevistados sobre as principais
carências dos cursos de capacitação profissional destinados ao nível gerencial em Belo
Horizonte. A principal carência apontada, com duas citações, refere-se à falta de
capacitação ou preparo didático do corpo docente das instituições formadoras. Quatro
dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos declararam que não conhecem ou
sabem as deficiências dos cursos de formação e capacitação profissional de nível gerencial.
Três deles haviam declarado também que não pretendem fazer cursos de aperfeiçoamento
profissional (tab. 2.144). Isso pode confirmar a baixa sensibilização para a importância de
ampliar conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio ou função, já mencionada.
Tabela 2.144 Principais carências e deficiências dos cursos de formação e capacitação para o
nível gerencial, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos
em Belo Horizonte - 2010.
CARÊNCIA / DEFICIÊNCIA DOS CURSOS
Não sabe
Falta preparo didático / Professor capacitado
Falta de qualidade e profissionalismo nos cursos
Custo dos cursos
Experiência em produção de eventos
Aproximação do aluno com mercado de trabalho
Alunos muito despreparados para realizar os cursos
Não identifica nenhuma
FREQUÊNCIA
Abs.
4
2
1
1
1
1
1
1
%
33,3
16,7
8,3
8,3
8,3
8,3
8,3
8,3
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
O gráfico 2.64 mostra que, assim como ocorreu com os dirigentes de outros serviços e
equipamentos turísticos pesquisados, também neste caso, a maioria - 6 (50,0%) manifestou sua preferência pelos cursos presenciais. Em segundo lugar, aparecem os
−
−
210
cursos mistos (parte presencial e parte virtual), para 3 (25%). Os cursos via internet
aparecem como opção de apenas 1 (8,3%), o que mostra a pouca aceitação de cursos à
distância.
Gráfico 2.64 Preferência dos dirigentes dos serviços e equipamentos
para eventos sobre modalidade de cursos de
capacitação em Belo Horizonte – 2010
8%
17%
25%
50%
Virtual Internet
Presencial
Misto
Não respondeu
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Considerada uma estratégia efetiva para alinhar a cultura e a performance empresarial com
os padrões de gestão, competitividade e qualidade de nível internacional, a promoção de
visitas técnicas a empreendimentos ―modelos‖ foi objeto de investigação nesta pesquisa. De
acordo com os dados apresentados no gráfico 2.65, 4 (33,3%) dirigentes nunca participaram
de visitas técnicas a estabelecimentos similares e 2 (16,7%) participaram de visita técnica a
empreendimentos similares no exterior. O tipo de visita técnica mais frequente é a visita a
estabelecimentos similares no País, realizada por 7 (58,3%), secundado por visitas a
estabelecimentos similares na própria cidade, mencionadas por 4 (33,3%). Apenas 1 (8,3 %)
realizou visita a estabelecimento da mesma rede.
Gráfico 2.65 Participação dos dirigentes dos equipamentos para eventos em
visitas técnicas a estabelecimentos similares em Belo
Horizonte – 2010
Outros estabelecimentos no país
58,3
Outros estabelecimentos no exterior
16,7
Outros estabelecimentos na cidade
33,3
Estabelecimentos da mesma rede/cadeia
8,3
Não participou
33,3
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Quadro dos recursos humanos
Os doze equipamentos participantes da pesquisa empregam 566 profissionais. De acordo
com a tabela 2.145, 4 (33,3%) empregam até 10 empregados; 5 (41,7%) até 20; 3 (25,0%)
entre 21 e 40; 2 (16,7%) 50; e 2 (16,7%), mais de 80.
−
−
211
Tabela 2.145 Classificação dos serviços e equipamentos para eventos por número total de
empregados – Belo Horizonte - 2010
CLASSES POR NÚMERO TOTAL DE
EMPREGADOS NO ESTABELECIMENTO
De 01 a 10
De 11 a 20
De 21 a 30
De 31 a 40
De 41 a 50
De 51 a 60
De 61 a 70
De 71 a 80
Acima de 80
Total de estabelecimentos
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS
Abs.
4
1
2
1
2
2
12
%
33,3
8,3
16,7
8,3
16,7
16,7
100,00
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.146 destaca a presença de empregados bilíngues nos estabelecimentos. A
pesquisa mostrou que 1 (8,3%) não conta com funcionário bilíngüe, e 6 (50,0%) contam com
até dois funcionários bilíngues. No total, foram identificados 47 funcionários bilíngues, o que
representa 8% do total de 566 funcionários permanentes informado. Os dados sugerem a
necessidade de aprimorar esta competência nos quadros desses empreendimentos, de
forma a estarem mais bem preparados para receber grandes eventos internacionais.
Tabela 2.146 Classificação dos serviços e equipamentos para eventos por número de
empregados bilíngues segundo os dirigentes – Belo Horizonte – 2010
CLASSE POR NÚMERO DE
EMPREGADOS BILÍNGUES
Nenhum
1
2
3
4
5
Mais de 5
Total de estabelecimentos
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS
Abs.
%
1
8,3
1
8,3
4
33,3
2
16,7
2
16,7
2
16,7
12
100,00
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
As tabelas 2.147 e 2.148 mostram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação
qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos
estabelecimentos.
A avaliação que os entrevistados fazem da oferta de profissionais revela maiores
dificuldades nas funções operacionais, que para 10 (83,3%) dirigentes foi considerada
―insuficiente‖, e para 8 (66,7%) ―pouco qualificada‖. Para o grupo ocupacional de supervisão,
a oferta de mão de obra, ainda que um pouco melhor, também é considerada bastante ruim,
sendo avaliada por 7 (58,3%) dirigentes como ―insuficiente‖ e ―pouco qualificada‖ por 8
(66,7%). Essa avaliação praticamente se repete em relação à oferta de mão de obra para o
grupo gerencial, considerada ―insuficiente‖ por 8 (66,7%) e ―pouco qualificada‖ por 7
(58,3%).
−
−
212
Tabela 2.147 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo
os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte – 2010
QUANTIDADE
GRUPO
OCUPACIONAL
Suficiente
Abs.
2
4
4
Operacional
Supervisão
Gerencial
Insuficiente
%
16,7
33,3
33,3
Abs.
10
7
8
%
83,3
58,3
66,7
Não
respondeu
Abs.
%
1
8,3
-
Total
Abs.
12
12
12
%
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Tabela 2.148 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os
dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte – 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
Qualificado
QUALIDADE
Pouco
Não respondeu
Qualificado
Total
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
4
3
5
33,3
25,0
41,7
8
8
7
66,7
66,7
58,3
1
-
8,3
-
12
12
12
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos
Os dirigentes dos estabelecimentos, em sua maioria, apontam como problema a qualidade
da mão de obra, pouco qualificada, e a dificuldade de contração de bons profissionais.
Neste contexto, o processo de recrutamento torna-se fator estratégico para a captação de
profissionais qualificados no mercado.
A tabela 2.149 mostra que a forma de recrutamento de mão de obra utilizada pelos serviços
e equipamentos para eventos é mais diversificada. Embora também neste segmento 3
(25,0%) estabelecimentos ainda o façam de modo bastante informal, por maio da indicação
dos empregados atuais, 4 (33,3%) utilizam empresas de RH, uma forma mais profissional e
especializada de recrutar funcionários com perfil e qualificação adequados e desejáveis para
as diversas ocupações. A pesquisa apontou ainda a presença de 3 (25,0%)
estabelecimentos públicos que atuam no setor e utilizam outras formas de recrutamento - ou
seja, recrutam seu pessoal via concurso público e empresa terceirizada. A utilização de
banco de currículo foi citada por apenas 1 (8,3%) e 1 (8,3%) deles não informou a forma de
recrutamento utilizada.
Tabela 2.149 Principal forma de recrutamento utilizada pelos serviços e
equipamentos para eventos segundo seus dirigentes - Belo Horizonte
- 2010
FORMA DE RECRUTAMENTO
Empresa de Recursos Humanos
Indicação de empregados da empresa
Outra
Banco de currículo
NA
Total
FREQUÊNCIA DAS RESPOSTAS
Abs.
%
4
33,3
3
25,0
3
25,0
1
8,3
1
8,3
12
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
−
−
213
A tabela 2.150 apresenta o grau de dificuldade encontrado pelos dirigentes para recrutar
profissionais qualificados para as funções a serem desempenhadas.
De acordo com os dados, as funções para as quais é mais difícil encontrar mão de obra
qualificada são as de nível operacional, com 5 indicações, seguidas pelas funções técnicas
com 3. Foram também mencionadas funções de nível de supervisão/gerencial, como
coordenador de produção, diretor de fotografia e produção executiva para filmes.
Tabela 2.150 Funções com maior dificuldade de recrutamento de empregados com a
qualificação pretendida, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos
para eventos em Belo Horizonte – 2010
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
5
41,7
3
25,0
1
8,3
1
8,3
1
8,3
1
8,3
1
8,3
1
8,3
FUNÇÕES INDICADAS
Funções operacionais, montagem
Funções técnicas, técnico de som, operador de vídeo
Coordenador de produção
Diretor de fotografia
Produção executiva para filmes
Atores
Venda
Nenhuma
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Os fatores que mais dificultam o recrutamento de pessoal com a qualificação pretendida são
destacados na tabela 2.151. A falta de formação e qualificação dos profissionais foi
apontada por 3 (25,0%) dirigentes como o principal fator, secundado pela falta de
experiência na função, mencionada por 2 (16,7%), assim como a pequena oferta de
profissionais muito requisitados no mercado. A reduzida oferta de mão de obra qualificada
parece decorrer também da falta e/ou da qualidade da formação profissional em funções
que exigem conhecimentos e habilidades bastante específicos, conforme apontado pelos
entrevistados.
Tabela 2.151 Fatores que dificultam o recrutamento de empregados com a qualificação
pretendida, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em
Belo Horizonte – 2010
FATORES
Falta de formação / qualificação / treinamento
Falta de experiência
Oferta pequena / Profissionais requisitados
Não há formação específica na área
Escola de formação de artistas não dá base na profissão
Disponibilidade de horário para o trabalho.
Pessoal descuidado com manuseio do material
FREQUÊNCIA DAS RESPOSTAS
Abs.
%
3
25,0
2
16,7
2
16,7
2
16,7
1
8,3
1
8,3
1
8,3
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos
A formação e a capacitação dos profissionais para o setor de eventos, congressos e
convenções são essenciais para assegurar a qualidade dos serviços prestados, consolidar e
propiciar o crescimento constante do turismo de eventos e negócios em Belo Horizonte.
Nessa perspectiva, a pesquisa procurou investigar as estratégias utilizadas pelo empregador
para treinar e aprimorar a formação dos profissionais contratados.
−
−
214
O treinamento em serviço é a principal estratégia utilizada por 10 (83,3%) dirigentes. No
entanto, essa é uma modalidade de formação ou capacitação da mão de obra que pode se
revestir de informalidade e que será mais ou menos eficaz dependendo da forma e da
qualidade da orientação passada ao treinando, já que, às vezes, o profissional recebe essa
orientação de um colega mais antigo na função.
Outras estratégias adotadas pelos estabelecimentos entrevistados são: promoção de cursos
internos, para 7 (58,3%) dos dirigentes; e flexibilização do horário de trabalho dos
empregados para que possam participar de cursos externos, para 8 (66,7%). Mesmo sendo
a estratégia menos utilizada, o número de 5 (41,7%) equipamentos para eventos que
fornecem ajuda financeira para o funcionário participar de cursos externos é bastante
significativo (tab. 2.152).
Deve-se registrar, considerando os diferentes tipos de serviços e equipamentos para
eventos pesquisados, que enquanto dos cinco empreendimentos organizadores e
promotores de eventos quatro declararam dar ajuda financeira para o funcionário realizar
cursos externos em relação aos centros de convenções/congressos acontece o inverso:
apenas um dos cinco empreendimentos declarou conceder ajuda financeira a seus
funcionários para realizarem cursos externos. De modo geral, os organizadores/promotores
são os empreendimentos que utilizam maior número das diversas estratégias pesquisadas.
Tabela 2.152 Estratégias adotadas pelos serviços e equipamentos para eventos na
formação ou capacitação dos empregados - Belo Horizonte - 2010
ESTRATÉGIAS E INCENTIVOS
Dá treinamentos em serviço
Promove cursos internos
Flexibiliza horário para cursos fora da
empresa
Dá ajuda financeira para cursos fora da
empresa
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS
Sim
Não
Total
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
10
83,3
2
16,7
12
100,0
7
58,3
5
41,7
12
100,0
8
66,7
4
33,3
12
100,0
5
41,7
7
58,3
12
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
É importante ressaltar que os problemas identificados em relação à insuficiência da oferta
de mão de obra qualificada só serão solucionados ou minorados caso o empregador se
comprometa, efetivamente, com esse processo, a partir do incentivo ou, mesmo, do
patrocínio à participação dos empregados em cursos e programas de treinamento e
qualificação.
Manutenção e remuneração de recursos humanos
Vencidas as dificuldades iniciais para recrutar e formar um quadro de pessoal qualificado, as
organizações se deparam com um novo desafio: manter os bons profissionais pelo maior
tempo possível. É o que parece acontecer com os serviços e equipamentos para eventos do
setor de turismo em Belo Horizonte, em que, diante da reduzida oferta de profissionais com
conhecimentos e habilidades bastante específicos, os estabelecimentos competem pela
mão de obra qualificada, o que pode gerar a elevação do índice de rotatividade dos
empregados, cujo tempo médio de permanência nas organizações é de 1 a 5 anos,
conforme declarado por 9 (75,0%) dirigentes, de acordo com os dados da tabela 2.153.
−
−
215
Tabela 2.153 Tempo médio de permanência dos empregados nos serviços e equipamentos para
eventos em Belo Horizonte – 2010
FREQUÊNCIA
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA NA EMPRESA
Abs.
9
2
1
12
Menos de 1 ano
De 1 a 5 anos
De 6 a 10 anos
De 11 a 15 anos
De 16 a 20 anos
Total
%
75,0
16,7
8,3
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.154 indica as funções nas quais os estabelecimentos selecionados enfrentam
maior dificuldade para manter o empregado em seu quadro. As funções de produtor de
eventos e de vendas foram apontadas duas vezes cada uma como aquelas em que é mais
difícil manter os empregados.
Tabela 2.154 Identificação de funções nas quais os serviços e equipamentos
para eventos enfrentam maior dificuldade para manutenção do
empregado – Belo Horizonte – 2010
FREQUÊNCIA
FUNÇÕES
Produtor de eventos
Vendas
Funções operacionais
Administrativo
Analistas
Área de vídeo
Eletricista
Atores
Nenhuma
NS
Abs.
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
%
16,7
16,7
8,3
8,3
8,3
8,3
8,3
8,3
8,3
8,3
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.155 mostra as razões apresentadas pelos dirigentes participantes da pesquisa
para a alta rotatividade de mão de obra nos serviços e equipamentos para eventos.
Na opinião de 5 (41,7%) dirigentes, diante da pequena oferta, os profissionais qualificados
são muito disputados pelas empresas, o que pode elevar a rotatividade da mão de obra no
setor. Além disso, razões decorrentes das condições de trabalho contribuem para a
rotatividade, segundo os dirigentes: trabalho cansativo e que exige disponibilidade para
trabalhar durante toda a noite/madrugada (2 ou 16,7%); trabalho temporário (1 ou 8,3%);
instabilidade financeira pois não há piso salarial definido (1 ou 8,3%).
−
−
216
Tabela 2.155 Razões da alta rotatividade dos funcionários na opinião dos dirigentes
dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte – 2010
FREQUÊNCIA
Abs.
%
5
41,7
2
16,7
1
8,3
1
8,3
1
8,3
RAZÕES DA ROTATIVIDADE
Falta pessoal qualificado / Profissionais disputados
Trabalho cansativo, horários de trabalho (noite, madrugada)
Falta estabilidade financeira, não há piso definido
Trabalho temporário
Dificuldades do próprio mercado
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.156 indica que 7 (58,3%) estabelecimentos adotam política salarial no nível
mínimo (piso salarial definido em convenção coletiva da categoria) e 4 (33,3%) praticam
remuneração até 20% acima do piso. Nenhum dos estabelecimentos selecionados declarou
pagar a seus trabalhadores mais de 20% acima do piso salarial da categoria.
Tabela 2.156 Política de remuneração dos serviços e equipamentos para eventos em
Belo Horizonte - 2010
FREQUÊNCIA
REMUNERAÇÃO
Abs.
7
4
1
12
Piso da convenção coletiva da categoria
Até 20% acima do piso
Mais de 20% acima do piso
Não respondeu
Total
%
58,3
33,3
8,3
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.157 destaca a política de remuneração e benefícios concedidos pelos
equipamentos para eventos selecionados.
Quanto à concessão de benefícios, surpreende observar que alguns estabelecimentos, não
oferecem nem mesmo aqueles legalmente previstos, pois apenas 10 (83,3%) oferecem
alimentação e 9 (75,0%) oferecem o transporte. De positivo, a pesquisa aponta elevado
número de organizações - 7 (58,3%) - que oferecem a assistência à saúde (seguro ou plano
de saúde) e, em especial, a participação nos resultados, informada por 8 (66,7%).
Todavia, considerando que a participação nos resultados foi declarada pelos cinco
organizadores/promotores de eventos e três dos cinco centros de convenções/congressos,
que podem oferecer serviços de A&B, é possível que alguns participantes tenham se
referido à comissão sobre o faturamento (10%), e não à participação nos resultados.
Tabela 2.157 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos serviços e equipamentos
para eventos em Belo Horizonte - 2010
FREQUÊNCIA
BENEFÍCIOS
OFERECIDOS
Alimentação
Seguro/Plano de Saúde
Transporte
Participação nos resultados
Outro benefício
Sim
Abs.
10
7
9
8
2
Não
%
83,3
58,3
75,0
66,7
16,7
Abs.
2
5
3
4
6
%
16,7
41,7
25,0
33,3
50,0
NR
Abs.
4
Total
Abs.
%
12
100
12
100
12
100
12
100
12
100
%
33,3
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
−
−
217
Associativismo e participação em entidades representativas
A pesquisa procurou investigar o estágio atual de organização e a efetividade das ações das
entidades representativas dos diversos serviços e equipamentos do setor de turismo na
cidade, bem como o nível de participação dos empreendimentos da área nessas entidades.
Conforme tabela 2.158, o nível de participação dos dirigentes dos serviços e equipamentos
para eventos em suas entidades de representação/associação é significativo: 7 (58,3%)
participam ativamente; 3 (25,0%) têm uma baixa participação e 2 (16,7%) não participam.
Tabela 2.1.158 Participação em entidades de representação/associação
empresarial, segundo os dirigentes dos serviços e
equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010
NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO
Ativa
Baixa
Inexistente
Total
PARTICIPANTES
Abs.
7
3
2
12
%
58,3
25,0
16,7
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Os principais fatores que dificultam a participação, descritos na tabela 2.1.159, foram: pouca
efetividade da atuação da entidade no setor e a burocracia. A maioria dos estabelecimentos
que apontaram tais dificultadores participa ativamente das entidades. Os dois
estabelecimentos que declararam não participar apontaram como dificultadores o alto custo
das mensalidades e a não identificação de ganhos e benefícios com a participação.
Tabela 2.159 Fatores que dificultam a participação nas entidades representativas, segundo os
dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte - 2010
FREQUÊNCIA
FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO
Pouca efetividade das entidades para o setor
Burocracia
Não há dificuldades
Custo mensal alto
Não identifica vantagens ou benefícios
Falta de comunicação por parte das entidades
Os interesses discutidos não são compatíveis
Grupo seleto e fechado, o que não permite que outros
associados participem
Por ser empresa pública, há intensa troca de direção
Abs.
2
2
2
1
1
1
1
%
16,7
16,7
16,7
8,3
8,3
8,3
8,3
1
8,3
1
8,3
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.160 indica que 9 (75,0%) dirigentes consideram que são poucos os benefícios
gerados pela atuação das entidades/associações. Destes, seis declararam participar
ativamente, o que pode ser considerado positivo no sentido de que uma participação atenta
e crítica pode contribuir para o fortalecimento e maior efetividade das associações e
entidades representativas e trazer os benefícios desejados para o setor.
−
−
218
Tabela 2.160 Percepção dos dirigentes dos serviços e equipamentos para eventos
sobre a importância dos benefícios gerados pelas entidades
representativas/associações – Belo Horizonte - 2010
IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS
Pouco importante
Muito importante
Sem importância
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
9
2
1
12
%
75,0
16,7
8,3
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
O quadro 2.48 apresenta, de forma categorizada, os benefícios esperados pelos dirigentes
dos serviços e equipamentos para eventos em decorrência de sua participação em
entidades de representação/associação.
Quadro 2.48 Benefícios esperados pelos dirigentes dos serviços e equipamentos
para eventos em decorrência de sua participação em entidades
representativas/associações – Belo Horizonte - 2010
CATEGORIA DE BENEFÍCIO
Representatividade
Integração setorial
Marketing e serviços de
comunicação
Apoio e assessoria na área
administrativa e jurídica













BENEFÍCIO ESPERADO
Captação de negócios concretos
Relacionamento estratégico
Melhoria da produção local
Envolvimento de todos os setores do negócio
Maior união com prestadores de serviço
Indicação e prospecção de clientes
Maior divulgação e maior força no mercado
Promoção de eventos
Trazer o turista de negócios e oferecer
comodidade ao turista
Plano de saúde e aposentadoria corporativo
Assessoria jurídica
Serviços de cadastro
Profissionalização
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos para
eventos
A análise dos dados da pesquisa sobre a capacitação empresarial e profissional nos
serviços e equipamentos para eventos em Belo Horizonte indica como um dos principais
problemas a oferta de mão de obra no mercado, considerada ―insuficiente‖ e ―pouco
qualificada‖ para todos os níveis de ocupação: operacional, de supervisão e gerencial.
A oferta de mão de obra qualificada para as funções operacionais é a que se apresenta
mais deficiente, em termos tanto de quantidade quanto de qualidade. Os principais fatores
responsáveis por tais deficiências apontados pelos dirigentes são: falta de formação e
qualificação do profissional, falta de experiência na função e concorrência das organizações
diante da pequena oferta de profissionais muito requisitados no mercado. A pesquisa
realizada mostra ainda que o setor conta com grande diversidade de funções técnicas, que
exigem formação e aperfeiçoamento contínuo dos profissionais, os quais lidam com
equipamentos cada vez mais sofisticados, e de quem se esperam soluções práticas,
seguras e, ao mesmo tempo, criativas e inovadoras.
Os dirigentes dos estabelecimentos apontaram a baixa qualidade ou, mesmo, a inexistência
de cursos para a formação e capacitação de profissionais em funções que exigem
conhecimentos e habilidades muito específicos. Confirmando a percepção dos dirigentes, os
representantes das entidades representativas do setor manifestaram sua preocupação com
−
−
219
a necessidade e a importância de os cursos de formação e capacitação profissional
oferecerem uma base teórica sólida e atualizada, complementada pela visão e experiência
da prática do dia a dia da ocupação, sugerindo que tais cursos se destinem
preferencialmente a profissionais que já atuam no setor.
A pesquisa da oferta de capacitação profissional e empresarial para o setor de turismo em
Belo Horizonte identificou dois cursos específicos para o setor de eventos, um oferecido
pelo UNIBH e outro pela Estácio de Sá, ambos em nível de graduação tecnológica.
Diante do reduzido número de profissionais bilíngues no setor (8,3% da mão de obra
permanente) e tendo em vista o desejado incremento do turismo de negócios e eventos de
nível internacional na cidade, os dados da pesquisa sugerem a necessidade de aprimorar
esta competência nos quadros dos empreendimentos, de forma a estarem mais bem
preparados para receber um fluxo crescente de turistas estrangeiros.
No que se refere à gestão de recursos humanos, o setor de serviços e equipamentos para
eventos apresenta um desempenho um pouco mais profissional e atualizado em relação a
outros serviços e equipamentos turísticos pesquisados, ao adotar processos de
recrutamento, desenvolvimento e manutenção do seu quadro funcional mais diversificados e
adequados à captação e retenção dos bons profissionais.
Tais processos, porém, da forma como vêm sendo utilizados, não conseguem reduzir os
problemas existentes em um setor que oferece baixos salários para um trabalho
desgastante e que exige grande disponibilidade do profissional, pois não há uma política
que propicie o recrutamento e a manutenção dos profissionais, com programas regulares de
formação, treinamento e desenvolvimento, nem uma política de remuneração salarial, de
benefícios e de oportunidades de carreira que atraia e retenha talentos. Assim, outro
problema identificado no setor é a elevada rotatividade da mão de obra, cujo tempo médio
de permanência nas organizações varia entre 1 e 5 anos.
Ainda que a gestão de recursos humanos nos serviços e equipamentos para eventos em
Belo Horizonte apresente diversos problemas, como apontado pela pesquisa, um fator
positivo, e que poderá contribuir para melhorar/reverter tal situação é o atual quadro de
dirigentes do setor identificado na pesquisa.
Os dados da pesquisa mostram um quadro de dirigentes na faixa etária de 21 a 40 anos,
com elevado nível de escolaridade e com intenção declarada de investir, no curto prazo, em
aperfeiçoamento profissional, muitos deles em nível de pós-graduação, principalmente nas
áreas de Gestão, Comunicação e Marketing, o que poderá contribuir para a inovação dos
modelos de gestão de pessoas, dos processos internos e da relação com o mercado,
gerando resultados positivos para os empreendimentos e para o setor de eventos, a partir
de maior qualidade dos serviços e produtos oferecidos aos seus clientes, moradores e
visitantes de Belo Horizonte.
Devem merecer também especial atenção nas ações de formação e capacitação
empresarial a serem propostas os temas relativos a associativismo, pois, ainda que 7
(58,3%) dos 12 dirigentes entrevistados tenham declarado que participam ativamente nas
entidades representativas/associações, uma parcela ainda mais significativa, de 9 (75,0%)
dirigentes, classificou como ―pouco importante‖ o resultado da atuação dessas
entidades/associações para o setor.
−
−
220
2.1.4.7.
O setor de serviços e equipamentos de lazer e entretenimento
Perfil dos dirigentes
A amostra de 29 equipamentos contempla 24 (82,8%) dirigentes com vínculo empregatício e
5 (17,2%) proprietários. São do sexo feminino 12 (41,4%) dirigentes e do sexo masculino 17
(58,6%). A tabela 2.161 apresenta também a distribuição por faixa etária e escolaridade.
Os questionários referentes a sete equipamentos de natureza pública (seis praças e um
mirante) foram todos respondidos pelo gerente de Jardins e Áreas Verdes do município de
Belo Horizonte, mas para fins desta pesquisa, cada questionário foi tratado individualmente.
Tabela 2.161 Faixa etária e escolaridade dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento pesquisados em Belo Horizonte – 2010
FAIXA ETÁRIA
(anos)
Menos de 20
21 a 30
31 a 40
41 a 50
51 a 60
61 a 70
Mais de 70
Total
ESCOLARIDADE
TOTAL
Fundamental
Médio
Universitário
Pós-graduação
Abs.
%
-
3
1
4
4
6
3
1
14
1
3
7
11
5
12
4
7
1
29
17,2
41,4
13,8
24,1
3,5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Os dados mostram que 17 (58,6%) dirigentes encontram-se na faixa etária de 21 a 40 anos,
portanto em idade e etapa de vida profissional em que o investimento em qualificação
profissional pode ser muito produtivo, uma vez que a expectativa é de que permaneçam em
atividade por mais de 20 anos, e também pelo dinamismo inerente a este período da
carreira. O nível de escolaridade dos dirigentes é bastante elevado: 25 (86,2%), têm curso
superior, 11 deles com pós-graduação, enquanto apenas 4 (13,8%) têm o nível médio.
A pesquisa investigou também a participação dos entrevistados em cursos relacionados
com a sua atividade, tais como: Turismo, Hotelaria, Gestão Administrativa, Gestão da
Qualidade, Gastronomia ou outro, formais ou não. Todos os 29 dirigentes entrevistados
declararam ter feito um ou mais cursos relacionados a sua área de atuação, o que é
bastante positivo. Informaram ter participado de um curso específico 24 (82,8%) e 5 (17,2%)
de dois cursos específicos.
A tabela 2.162 apresenta o número de dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento pesquisados por capacitação ou treinamento específico.
Tabela 2.162 Capacitação ou treinamento em temas específicos dos dirigentes dos
serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo
Horizonte – 2010
ÁREAS DE CAPACITAÇAO
ESPECÍFICA
Turismo/ hotelaria
Gestão administrativa
Gestão de qualidade
Gastronomia
Outro
NÚMERO DE DIRIGENTES PARTICIPANTES
DE CADA CURSO ESPECÍFICO
Abs.
%
2
6,9
11
37,9
1
3,4
1
3,4
20
69,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
−
−
221
A análise dos dados demonstra o interesse, pode-se dizer, natural no caso de dirigentes de
empreendimentos por cursos na área de Gestão Administrativa, opção de 11 (37,9%).
Apenas 2 (6,9%) têm formação específica na área de Turismo, e 1 (3,4%) em Gestão da
Qualidade, tema considerado importante, por buscar garantir a satisfação do cliente e uma
gestão com foco na adequada utilização dos diversos recursos materiais e humanos para
obtenção de maior produtividade, competitividade e lucratividade. Na opção ―outros‖ dos
temas específicos pesquisados, 20 (69,0%) dirigentes informaram a participação em cursos
tais como: Comunicação Cultural, Publicidade e Propaganda; Marketing, Arquitetura e
Engenharia.
Tendo em vista a melhoria constante da oferta de produtos e serviços turísticos, de forma a
incrementar o desempenho da atividade e consolidar a imagem da cidade como centro de
turismo de eventos e negócios, faz-se essencial a adoção de modelos de gestão modernos
e inovadores. Para isso, é muito importante a disposição dos dirigentes de participar de
cursos de aperfeiçoamento em sua área de atuação.
A tabela 2.163 indica o interesse e a programação dos dirigentes dos serviços e
equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados em participar de cursos de
aperfeiçoamento ligados ao seu negócio/função.
Manifestaram a intenção de buscar o aperfeiçoamento profissional mediante a participação
em cursos imediatamente ou em até os próximos dois anos 19 (65,6%) dirigentes. O alto
índice de intenção de realizar cursos no curto prazo manifestado é um dado bastante
positivo, que, ao indicar o reconhecimento da necessidade/importância de ampliar
conhecimentos e habilidades ligados ao seu negócio/função pelos dirigentes, aponta um
público potencial para futuros programas de treinamento/capacitação gerencial. No entanto,
é elevado o número de dirigentes - 10 (34,5%) - que declararam não pretender fazer cursos.
Isso parece demonstrar baixa sensibilização para a importância do aperfeiçoamento
profissional ou pouco interesse diante da oferta de cursos da espécie em Belo Horizonte.
Tabela 2.163 Interesse e programação dos dirigentes dos serviços e equipamentos de
lazer e entretenimento quanto à sua participação em cursos de
aperfeiçoamento ligados ao seu negocio/função - Belo Horizonte – 2010
QUANDO PRETENDE FAZER
CURSO
O quanto antes
Nos próximos dois anos
Não pretende fazer cursos
Total
NÚMERO DE DIRIGENTES
Abs.
%
9
31,0
10
34,5
10
34,5
29
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.164 indica os cursos de aperfeiçoamento que os dirigentes dos estabelecimentos
selecionados declararam que pretendem fazer.
Com 18% das indicações, mais uma vez, fica claro o interesse dos dirigentes pelos diversos
campos da área administrativa (Gestão de Pessoal, Financeira, da Qualidade, Logística e
Gestão Cultural). Tal diversidade parece indicar o reconhecimento da importância de cada
uma dessas diversas áreas na gestão dos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento, quando, ao lado da área financeira, aparece o interesse nas áreas de
Gestão de Recursos Humanos e de Gestão Cultural. Confirmando o alto nível de
escolaridade dos dirigentes entrevistados, grande parte dos cursos pretendidos situa-se no
nível de mestrado e pós-graduação.
−
−
222
Tabela 2.164 Indicação de cursos de aperfeiçoamento relacionados aos seus negócios ou
função que os dirigentes dos estabelecimentos declararam pretender fazer Belo Horizonte – 2010
NÚMERO DE INDICAÇÕES
Abs.
%
5
17,2
4
13,8
4
13,8
2
6,9
2
6,9
2
6,9
1
3,4
1
3,4
1
3,4
1
3,4
1
3,4
CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO
Gestão financeira
Gestão de pessoas
Gestão cultural
Logística
Administração
Pós-graduação em comunicação
Gestão da qualidade
Aperfeiçoamento em capacitação técnica
Pós-graduação
Mestrado em Ciência Política
Tecnologia de informação
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.165 apresenta a relação de instituições formadoras/capacitadoras citadas pelos
participantes, em que a presença das faculdades, lembradas por 18 (62,1%) dirigentes, e de
instituições como a FDC e FGV reflete o elevado nível de escolaridade dos dirigentes
entrevistados.
Tabela 2.165 Principais instituições formadoras ou capacitadoras de profissionais
de nível gerencial, segundo os dirigentes dos estabelecimentos de
lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010
INSTITUIÇÕES
FORMADORAS/
CAPACITADORAS
Newton Paiva
UFMG
Sebrae
Fundação Dom Cabral
Fundação Getúlio Vargas
PUC
Senac
UEMG
Fumec
Trevisan
Fead,
IEC
Uni-BH
Una
Universidade
NÚMERO DE DIRIGENTES QUE CITARAM A
INSTITUIÇAO
Abs.
6
4
3
3
3
3
2
1
1
1
1
1
1
1
1
%
20,7
13,8
10,3
10,3
10,3
10,3
6,9
3,4
3,4
3,4
3,4
3,4
3,4
3,4
3,1
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Com o objetivo de esclarecer os fatores restritivos aos programas e às políticas voltados
para a formação profissional, foi também investigada a opinião dos entrevistados sobre as
principais carências dos cursos de capacitação profissional destinados ao nível gerencial em
Belo Horizonte.
A análise das carências mencionadas pelos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer
e entretenimento parece indicar a inexistência e a necessidade de oferta de cursos com
conteúdos específicos que atendam às reais necessidades de gestores de espaços públicos
e/ou abertos ao público em geral, essencialmente prestadores de serviços e empregadores
−
−
223
em funções operacionais e técnicas variadas. Mais uma vez, como em outros equipamentos
investigados na pesquisa, aparece a cobrança de uma maior ênfase na visão/vivência
prática da teoria aprendida durante os cursos.
Tabela 2.166 Principais carências ou deficiências dos cursos de formação/capacitação
para o nível gerencial, segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos
de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010
PRINCIPAIS CARÊNCIAS/DEFICIÊNCIAS DOS CURSOS
NÚMERO DE
CITAÇÕES
Abs.
Falta capacitação para lidar com funcionários e gestão de
praças
Cursos com muita teoria e pouca prática
O problema está no profissional (baixa maturidade, pouca
experiência)
Falta formação de caráter gerencial ou foco em administração,
negócios e planejamento
Não sabe responder por falta de conhecimento
Cursos não formam, não capacitam para o mercado
Cursos deveriam explorar mais campos
Oferecer mais cursos de qualidade
Pessoas não formadas tomam espaço das formadas
%
7
24,1
5
17,2
2
6,9
2
6,9
2
1
1
1
1
6,9
3,4
3,4
3,4
3,4
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Os dados da tabela 2.167 parecem confirmar a importância da visão/vivência prática dos
novos conceitos e das novas formas de atuação propostas pela teoria apresentada nos
cursos, pois 20 (69,0%) dos dirigentes declaram sua preferência por cursos na modalidade
presencial, e 10 (34,5%) na modalidade mista (parte presencial e parte virtual), não
aparecendo nenhuma menção a cursos exclusivamente via internet. Os 9 (31,0%) dirigentes
que não responderam à questão são os mesmos que declaram que não pretendem fazer
curso de aperfeiçoamento em sua área de atividade.
Tabela 2.1.167 Preferência dos dirigentes dos serviços e equipamentos de
lazer e entretenimento sobre modalidade de cursos de
capacitação – Belo Horizonte – 2010
NÚMERO DE DIRIGENTES
MODALIDADE DE CURSO
Abs.
%
Presencial
10
34,5
Misto
10
34,5
NR
9
31,0
Total
29
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Considerada uma estratégia efetiva para alinhar a cultura e a performance empresarial do
setor com os padrões de gestão, competitividade e qualidade de nível internacional, a
promoção de visitas técnicas a empreendimentos ―modelos‖ foi objeto de investigação nesta
pesquisa. Diferente da situação identificada pela pesquisa em outros tipos de equipamentos
investigados, apenas 5 (17,2%) dirigentes de serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento nunca realizaram visitas técnicas. É bastante positivo que 22 (75,9%) dos
dirigentes já tenham participado de visitas técnicas no País; 5 (17,2%) no exterior; 8 (27,6%)
na cidade e 3 (10,3%) a estabelecimentos da mesma rede/cadeia. Isso pode indicar
interesse e preocupação em buscar formas de aprimorar a gestão e ampliar e inovar as
possibilidades de uso dos espaços de lazer, tornando-os cada vez mais atraentes e
acolhedores para o público local e para os visitantes.
−
−
224
Tabela 2.168 Participação dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento
em visitas técnicas a estabelecimentos similares - Belo Horizonte – 2010
REALIZAÇÃO DE VISITAS TÉCNICAS
Outros estabelecimentos no país
Outros estabelecimentos na cidade
Outros estabelecimentos no exterior
Não participou
Estabelecimentos da mesma rede/cadeia
NÚMERO DE DIRIGENTES
Abs.
22
8
5
5
3
%
75,9
27,6
17,2
17,2
10,3
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
O quadro dos recursos humanos nos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento
Os 29 estabelecimentos pesquisados empregam 1.203 profissionais. De acordo com a
tabela 2.1.169, 16 (55,2%) equipamentos da amostra têm até 20 empregados. De outro
lado, os 3 (10%) maiores empregadores contam juntos com 680 empregados, ou seja, 56%
do total da mão de obra permanente informada.
Diante da diversidade/especificidades das áreas de atuação dos serviços e equipamentos
de lazer e entretenimento entrevistados (cinemas, teatros, praças e jardins, boates, ginásios
e quadras esportivas), buscou-se, com base na análise dos dados coletados na pesquisa,
identificar a existência de necessidades ou dificuldades próprias de cada uma dessas áreas
em relação à mão de obra utilizada. Todavia, nem sempre isso foi possível, também pela
diversidade e especificidades da oferta de serviços em um mesmo grupo de
estabelecimentos. Como exemplo, o grupo de cinemas conta com estabelecimentos que,
além da exibição de filmes, oferecem espaço para a realização de shows musicais,
exposições e eventos culturais e serviços de alimentação.
Como característica do setor como um todo aparece a oferta de atividades culturais – shows
musicais, eventos culturais, esportivos e religiosos, seminários, cursos -, que demandam
mão de obra operacional, especialmente para a montagem/preparação dos espaços, e
grande variedade de técnicos para serviços mais especializados, como iluminação, som,
cenografia, músicos.
Outra demanda significativa de mão de obra operacional identificada no setor (garçom,
barman e cozinheiro) decorre da oferta de serviços de alimentação em 13 (44,8%) serviços
e equipamentos de lazer e entretenimento pesquisados. A presença de ambulantes em 8
(27,6%) equipamentos, especialmente nas praças e jardins. Ou seja, a oferta de serviços de
alimentação em espaços abertos à população se mostra também significativa. Embora não
se trate de mão de obra empregada diretamente no setor, sua formação/qualificação parece
merecer atenção dentro dos programas a serem propostos.
−
−
225
Tabela 2.169 Classificação dos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento, por número total de empregados – Belo Horizonte
– 2010
CLASSES POR NÚMERO TOTAL DE
EMPREGADOS NO
ESTABELECIMENTO
De 01 a 10
De 11 a 20
De 21 a 30
De 31 a 40
De 41 a 50
De 51 a 60
De 61 a 70
De 71 a 80
Acima de 80
Não respondeu
Total
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS
Abs.
%
11
5
2
1
4
2
3
1
29
37,9
17,2
6,9
3,4
13,8
6,9
10,3
3,4
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.170 destaca a presença de empregados bilíngues nos serviços e equipamentos
de lazer e entretenimento. A pesquisa mostrou que 12 (41,4%) equipamentos da amostra
não possuem empregados bilíngues; sendo que destes 7 são praças e parques municipais.
A existência de apenas 46 profissionais bilíngues no quadro de 1.203 empregados
permanentes dos equipamentos surpreende e preocupa, pois os empreendimentos
participantes da amostra foram selecionados, inicialmente, por apresentarem maior
visibilidade e potencial de utilização turística em um destino que já registra 12,9% de turistas
estrangeiros, com tendência crescente, segundo mostram os dados relativos à demanda
turística levantados nesta pesquisa.
Tabela 2.170 Classificação dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento por
número de empregados bilíngues segundo os dirigentes - Belo Horizonte
– 2010
CLASSE POR NÚMERO DE
EMPREGADOS BILÍNGUES
Nenhum
1
2
3
4
5
Mais de 5
Nao sabe responder
Não respondeu
Total
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS
Abs.
%
12
3
6
1
2
1
1
2
1
29
41,4
10,3
20,7
3,4
6,9
3,4
3,4
6,9
3,4
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
As tabelas 2.171 e 2.172 mostram, respectivamente, a avaliação quantitativa e a avaliação
qualitativa da mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os dirigentes dos
estabelecimentos pesquisados.
A avaliação que os entrevistados fazem da oferta de profissionais revela maiores
dificuldades nas funções de supervisão que, para 15 (51,7%) foi considerada ―insuficiente‖ e
para 16 (55,2%) ―pouco qualificada‖. Para o grupo operacional, a oferta de mão de obra
também recebeu uma avaliação bastante ruim. Embora a oferta de profissionais tenha sido
considerada ―suficiente‖ por 16 (55,2%) dirigentes, ela foi, na mesma proporção,
considerada ―pouco qualificada‖ por 16 (55,2%). A oferta para o grupo gerencial se
−
−
226
apresenta em melhor situação, pois, mesmo sendo considerada ―insuficiente‖ por 14
(48,3%) dirigentes, foi considerada ―qualificada‖ por 14 (48,3%).
Tabela 2.171 Avaliação quantitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os
dirigentes dos estabelecimentos em Belo Horizonte - 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
Suficiente
Abs.
%
16
55,2
10
34,5
11
37,9
ASPECTO AVALIADO – QUANTIDADE
Insuficiente
Não respondeu
Abs.
%
Abs.
%
9
31,0
4
13,8
15
51,7
4
13,8
14
48,3
4
13,8
Total
Abs.
29
29
29
%
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Tabela 2.172 Avaliação qualitativa da oferta de mão de obra, por grupo ocupacional, segundo os
dirigentes dos estabelecimentos em Belo Horizonte - 2010
GRUPO
OCUPACIONAL
Operacional
Supervisão
Gerencial
Qualificado
ASPECTO AVALIADO – QUALIDADE
Pouco
Não respondeu
Qualificado
Total
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
9
9
14
31,0
31,0
48,3
16
16
11
55,2
55,2
37,9
4
4
4
13,8
13,8
13,8
29
29
29
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Políticas e Mecanismos de Recrutamento de Recursos Humanos
Os dirigentes das organizações pesquisadas, em sua maioria, apontam como problemas a
qualidade da mão de obra e a dificuldade de contração de bons profissionais. Neste
contexto, o processo de recrutamento torna-se fator estratégico para a captação de
profissionais qualificados no mercado.
A tabela 2.173 mostra que 10 (34,5%) equipamentos recrutam seus profissionais mediante a
indicação dos empregados atuais, enquanto apenas 2 (6,9%) utilizam empresas de RH,
forma mais profissional e especializada de recrutar funcionários com perfil e qualificação
adequados e desejáveis para as diversas ocupações. Até mesmo a utilização de banco de
currículo foi pouco citada como a forma principal de recrutamento, sendo mencionada por 5
(17,2%) equipamentos. Dentre as outras formas de recrutamento utilizadas o recrutamento
via concurso público é realizado por 4 (13,8%) equipamentos e 1 (3,4%) conta com o
departamento de RH próprio. Não responderam à questão 7 (24,1%).
Tabela 2.173 Principal forma de recrutamento utilizada pelos equipamentos,
segundo seus dirigentes - Belo Horizonte – 2010
FORMA DE RECRUTAMENTO
Indicação de empregados da empresa
Não respondeu
Outra forma de recrutamento
Banco de currículo
Empresa de RH
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
10
7
5
5
2
29
%
34,5
24,1
17,2
17,2
6,9
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
De acordo com os dados da tabela 2.1.174, as funções para as quais é mais difícil encontrar
mão de obra qualificada para 9 (31,0%) dirigentes são de nível técnico e bastante
diversificadas, o que parece indicar uma demanda de formação específica, de prática e de
−
−
227
aperfeiçoamento constante. Citaram funções de nível operacional 4 (13,8%) e as funções de
nível gerencial foram mencionadas por 3 (10,3%) dirigentes. Não percebem dificuldades no
recrutamento de seu pessoal 3 (10,3%).
Tabela 2.174 Funções com maior dificuldade de recrutamento de empregados com a
qualificação pretendida, segundo os dirigentes dos serviços e
equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010
FREQUÊNCIA
Abs.
%
FUNÇÕES INDICADAS
Funções da área técnica (iluminação, som, cenotécnico,
técnico de palco, teatro, projeção de cinema)
Função operacional (serviços gerais, garçom, barman)
Função gerencial
Não percebe dificuldades
Comunicação, produção cultural
Músicos
Atendimento ao público
9
31,0
4
3
3
2
1
1
13,8
10,3
10,3
6,9
3,4
3,4
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Os fatores que mais dificultam o recrutamento de pessoal com a qualificação pretendida são
destacados na tabela 2.175. Os dois principais dificultadores apontados - falta de
qualificação dos profissionais e escassez de mão de obra qualificada no mercado, citados
por 6 (20,7%) dirigentes cada uma - de algum modo se somam e parecem ser, pelo menos
em parte, explicados pela inexistência de cursos para formação profissional na área,
dificultador citado por 4 (13,8%) dirigentes, e pelas especificidades da área cultural,
mencionadas por 2 (6,9%) dirigentes, que exigem a formação de profissionais com
conhecimentos e habilidades bastante específicos. As dificuldades decorrentes do horário
de trabalho e salário pago no setor foram citadas por 2 (6,9%) e 1 (3,4%), respectivamente.
Tabela 2.1.175 Fatores que dificultam o recrutamento de empregados com a
qualificação pretendida, segundo os dirigentes dos estabelecimentos de
serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte –
2010
FATORES
Falta de qualificação
Escassez de mão de obra qualificada no mercado
Não há cursos para formação profissional na área
Especificidades da área cultural
Não percebe dificuldades
Pela dificuldade do horário do trabalho
Salário
Falta de honestidade
Teatro público e depende do pessoal da prefeitura
FREQUÊNCIA
Abs.
%
6
20,1
6
20,1
4
13,8
2
6,9
2
6,9
2
6,9
1
3,4
1
3,4
1
3,4
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Desenvolvimento e capacitação
Considerando a importância da formação e da capacitação profissional para melhorar e
garantir a qualidade dos serviços prestados ao turista em Belo Horizonte, a pesquisa
procurou investigar as estratégias utilizadas pelo empregador para treinar e aprimorar a
formação dos profissionais contratados.
Conforme dados da tabela 2.176, o treinamento em serviço é a principal estratégia utilizada
por 19 (66,5%) estabelecimentos. Esta é uma modalidade de formação ou capacitação da
mão de obra que pode se revestir de informalidade e será mais ou menos eficaz
−
−
228
dependendo da forma e da qualidade da orientação passada ao treinando, já que, às vezes,
o profissional recebe essa orientação de um colega mais antigo na função.
Bastante positivo verificar que 21 (72,4%) estabelecimentos selecionados utilizam mais de
uma das estratégias pesquisadas para a formação e capacitação de seu pessoal, que 17
(58,6%) deles promovem cursos internos e que 17 (58,6%) flexibilizam o horário de trabalho
dos empregados para que possam participar de cursos externos. Mesmo sendo a estratégia
menos utilizada, 11 (37,9%) dirigentes declararam que fornecem ajuda financeira para o
funcionário participar de cursos externos, o que é significativo.
Tabela 2.176 Estratégias adotadas pelos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento para
formação ou capacitação dos empregados – Belo Horizonte - 2010
ESTRATÉGIAS E
INCENTIVOS
Dá treinamentos em serviço
Promove cursos internos
Flexibiliza horário para cursos
fora da empresa
Fornece ajuda financeira para
cursos fora da empresa
Sim
Abs.
19
17
NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS
Não
Não respondeu
Total
%
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
65,5
4
13,8
6
20,7
29
100,0
58,6
6
20,7
6
20,7
29
100,0
17
58,6
6
20,7
6
20,7
29
100,0
11
37,9
12
41,4
6
20,7
29
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Manutenção e Remuneração de Recursos Humanos
Vencidas as dificuldades iniciais para recrutar e formar um quadro de pessoal qualificado, as
organizações se deparam com o novo desafio: manter os bons profissionais pelo maior
tempo possível. É o que parece acontecer com os serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento do setor de turismo em Belo Horizonte, em que, diante da reduzida oferta de
profissionais com os conhecimentos e habilidades bastante específicos exigidos, os
estabelecimentos competem pela mão de obra qualificada. Isso pode gerar a elevação do
índice de rotatividade dos empregados, cujo tempo médio de permanência nas
organizações é de 1 a 5 anos, conforme declarado por 17 (58,6%) dirigentes entrevistados,
de acordo com os dados da tabela 2.177.
Tabela 2.177 Tempo médio de permanência dos empregados nos serviços e
equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010
TEMPO MÉDIO DE PERMANÊNCIA NA
EMPRESA (anos)
Menos de 1
De 1 a 5
De 6 a 10
De 16 a 20
Mais de 21
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
3
17
3
1
5
29
%
10,3
58,6
10,3
3,4
17,2
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.178 indica as funções nas quais os estabelecimentos selecionados enfrentam
maior dificuldade para manter o empregado em seu quadro. Para 12 (41,4%) dirigentes, é
mais difícil manter os empregados do nível operacional, especialmente nos serviços de
alimentação oferecidos. As funções da área técnica, que apresentam maior dificuldade para
o recrutamento de profissionais qualificados, também apresentam dificuldade para a
manutenção do profissional na organização, de acordo com 4 (13,8%) dirigentes. As
funções de nível gerencial foram citadas por 2 (6,9%) dirigentes.
−
−
229
Tabela 2.178 Identificação de funções nas quais os serviços e equipamentos de
lazer e entretenimento enfrentam maior dificuldade para manutenção
do empregado – Belo Horizonte - 2010
FUNÇÕES
Garçom, barman
Funções operacionais, serviços gerais
Área técnica
Não percebe dificuldades
Funções gerenciais
Cozinha, copa
Terceirizados
Portaria
Produção (estagiário)
FREQUÊNCIA
Abs.
%
5
4
4
3
2
2
1
1
1
17,2
13,8
13,8
10,3
6,9
6,9
3,4
3,4
3,4
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
A tabela 2.179 mostra as razões apresentadas pelos dirigentes participantes da pesquisa
para a alta rotatividade de mão de obra no setor de serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento.
Na opinião de 5 (17%) dirigentes, diante da pequena oferta, os profissionais qualificados são
muito disputados pelas empresas, o que pode elevar a rotatividade da mão de obra no setor.
A falta de qualificação dos profissionais é apontada por 3 (10,3%) dirigentes. As condições
de trabalho contribuem para a rotatividade por diversas razões: salário baixo, 3 (10,3%);
trabalho excessivo, 2 (6,9%); horário e trabalho em final de semana, 1 (3,4%). Percebem
como maior dificuldade para manutenção do empregado, a falta de comprometimento dos
profissionais com a empresa 3 (10,3%).
Tabela 2.179 Razões da alta rotatividade dos funcionários na opinião dos dirigentes dos
serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em Belo Horizonte –
2010
RAZÕES DA ROTATIVIDADE
Procura de mão de obra qualificada no mercado é grande
Falta de qualificação
Salário baixo
Falta de comprometimento com a empresa
Trabalho excessivo
Nenhuma dificuldade
Horário, trabalho em final de semana
Aprende cozinha internacional e vai para outra empresa
FREQUÊNCIA
Abs.
%
5
17,4
3
10,3
3
10,3
3
10,3
2
6,9
2
6,9
1
3,4
1
3,4
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo – 2010
Confirmando uma realidade de baixos salários, já percebida em questões anteriores, a
tabela 2.180 indica que 19 (65,5%) estabelecimentos pesquisados adotam política salarial
no nível mínimo (piso salarial definido em convenção coletiva da categoria), enquanto 6
(20,7%) praticam remuneração até 20% acima do piso e 3 (10,3%) declararam pagar a seus
trabalhadores mais de 20% acima do piso salarial da categoria.
Tabela 2.180 Política de remuneração dos serviços e equipamentos de lazer
e entretenimento em Belo Horizonte - 2010
REMUNERAÇÃO
Piso da convenção coletiva da categoria
Até 20% acima do piso
Mais de 20% acima do piso
NR
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
%
19
65,5
6
20,7
3
10,2
1
3,4
29
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
230
A tabela 2.181 destaca a política de remuneração e benefícios concedidos pelos serviços e
equipamentos de lazer e entretenimento selecionados.
Quanto à concessão de benefícios, 28 (96,6%) estabelecimentos oferecem os benefícios
legalmente previstos, ou seja, alimentação e transporte. Ainda que bem menor é significativo
o número de equipamentos que oferecem seguro/plano de saúde: 13 (44,8%). Apenas 3
(10,3%) estabelecimentos oferecem participação nos resultados. Na opção ―outro benefício‖,
os dirigentes mencionaram benefícios como descontos em empresas do grupo e associação
recreativa para uso dos funcionários e seus familiares.
Tabela 2.181 Política de remuneração e benefícios concedidos pelos serviços e
equipamentos para lazer e entretenimento em Belo Horizonte – 2010
BENEFÍCIOS OFERECIDOS
Alimentação
Seguro/Plano de Saúde
Transporte
Participação nos resultados
Outro benefício
Sim
Abs.
28
13
28
3
4
%
96,6
44,8
96,6
10,3
13,8
FREQUÊNCIA
Não
Total
Abs.
%
Abs.
%
1
3,4
29
100,0
16
55,2
29
100,0
1
3,4
29
100,0
26
89,7
29
100,0
25
86,2
29
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Associativismo e participação em entidades representativas
Esta pesquisa procura investigar o estágio atual de organização e efetividade das ações das
entidades representativas dos diversos serviços e equipamentos do setor de turismo em
Belo Horizonte, bem como o nível de participação das empresas da área nessas entidades.
Conforme tabela 2.182, o nível de participação dos dirigentes dos serviços e equipamentos
de lazer e entretenimento pesquisados em suas entidades de representação/associação é
muito baixo. Isso merece atenção especial no sentido de reverter tal situação: 15 (51,7%)
estabelecimentos declararam que não participam; 6 (20,7%) que têm baixa participação; e 3
(10,3%) que participam ativamente.
Tabela 2.182 Participação em entidades de representação/associação empresarial,
segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento em Belo Horizonte – 2010
NÍVEL DE PARTICIPAÇÃO
Ativa
Baixa
Inexistente
NR (Não respondeu)
NS (Não sabe)
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
3
6
15
4
1
29
%
10,3
20,7
51,7
13,8
3,4
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.183 mostra os variados fatores que dificultam a participação dos
estabelecimentos nas entidades de representação/associação declarados pelos dirigentes
entrevistados. Enquanto 12 (41,4%) apontam os dificultadores como aqueles decorrentes do
perfil/organização/forma de atuação das entidades de representação/associação conservadorismo, centralização e burocracia, falta de união no setor, grande número de
entidades, falta proximidade com a realidade do associado, falta de interesse da instituição,
natureza e falta estratégia pública para promover diálogo no setor –, 10 (34,5%) dirigentes
apontam os fatores como aqueles decorrentes do desconhecimento da atuação das
diversas entidades, falta de interesse, falta de tempo, falta de oportunidade e problema
financeiro da parte dos empreendimentos. A situação parece indicar grande necessidade de
−
−
231
sensibilização, conscientização e capacitação tanto das entidades (como lideranças) quanto
dos empreendimentos (como associados) sobre a importância do associativismo para o
desenvolvimento do setor.
Tabela 2.183 Fatores que dificultam a participação nas entidades representativas/associações,
segundo os dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento
pesquisados em Belo Horizonte – 2010
FREQUÊNCIA
FATORES QUE DIFICULTAM A PARTICIPAÇÃO
Abs.
4
3
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
Não tem opinião formada, não sabe responder
Conservadorismo, centralização, burocracia
Falta de união no setor
Falta de tempo, horário
Grande número de entidades
Falta proximidade com a realidade do associado
Falta de interesse
Desconhecimento
Falta de oportunidade
Falta interesse das instituições
Problema financeiro
Natureza da instituição
Falta estratégia pública para promover diálogo no setor
Não há dificuldade
%
13,8
10,3
6,9
6,9
6,9
6,9
3,4
3,4
3,4
3,4
3,4
3,4
3,4
3,4
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Não responderam ou não souberam responder a questão sobre os benefícios gerados pelas
entidades representativas/associações 12 (41,4%) dos dirigentes. Declararam que essas
entidades beneficiam bastante as atividades dos estabelecimentos associados, avaliação
que parece surpreendente diante do nível muito fraco de participação identificado 7 (24,1%)
(tab. 2.184).
Tabela 2.184 Percepção dos dirigentes dos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento sobre a importância dos benefícios gerados pelas
entidades representativas/associações – Belo Horizonte - 2010
IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS
Bastante
Pouco
Nada
NR
NS
Total
FREQUÊNCIA
Abs.
7
6
4
10
2
29
%
24,1
20,7
13,8
34,5
6,9
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O quadro 2.49 apresenta, de forma categorizada, os benefícios esperados pelos dirigentes
dos serviços e equipamentos de lazer e entretenimento em decorrência de sua participação
em entidades de representação/associação.
−
−
232
Quadro 2.49 Benefícios esperados pelos dirigentes dos serviços e equipamentos de
lazer e entretenimento, em decorrência de sua participação em entidades
representativas/associações - Belo Horizonte – 2010
CATEGORIA DE BENEFÍCIO
Representatividade
Integração setorial
Marketing e serviços de
comunicação
Apoio e assessoria na área
administrativa e jurídica
BENEFÍCIO ESPERADO
 Fortalecer o setor turístico, trabalhar questões
políticas, regularização do setor
 Maior comprometimento
 Ter um local de representatividade
 Convergência de interesses individuais
 Participação para desenvolver o turismo
 Parceria seria o principal, união em prol do turismo
de lazer e geração de novos negócios
 Trocar experiências, debater melhorias
 Divulgação
 Divulgar atividades de teatro, melhorar imagem e
atrair mais visitantes, incrementar as ações do
teatro
 Aumento de público, aumento de renda
 Viabilizar mais eventos para a cidade como um
todo
 Consultoria para questões jurídicas e legais,
proteção jurídica
 Esclarecimentos sobre o mercado
 Cursos, treinamentos para funcionários de
maneira geral
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Considerações sobre a análise da capacitação dos serviços e equipamentos de lazer
e entretenimento
A análise dos dados da pesquisa sobre a capacitação empresarial e profissional nos
estabelecimentos de serviços e equipamentos para entretenimento e lazer em Belo
Horizonte indica como um dos principais problemas a oferta de mão de obra no mercado,
considerada ―insuficiente‖ e ―pouco qualificada‖ para todos os níveis de ocupação,
principalmente para as funções técnicas.
A pesquisa realizada aponta que o setor demanda grande diversidade e especificidade de
funções técnicas que exigem formação e aperfeiçoamento contínuo dos profissionais que
lidam com equipamentos cada vez mais sofisticados, e dos quais se esperam soluções
práticas e seguras, e, ao mesmo tempo, criativas e inovadoras. Os dirigentes dos
estabelecimentos, por sua vez, apontam a baixa qualidade ou mesmo a inexistência dos
cursos para formação e capacitação de profissionais em funções que exigem
conhecimentos e habilidades muito específicos.
As dificuldades para captar e manter mão de obra para as funções operacionais (garçom,
barman e serviços gerais), principalmente no caso dos serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento que oferecem alimentação aos seus clientes, parecem ser ainda maiores
pela concorrência com o grande número de serviços e equipamentos do setor de turismo
que atuam com alimentos e bebidas na cidade, especialmente bares e restaurantes e meios
de hospedagem.
Ainda em relação à oferta de alimentação à clientela, foi também identificado na pesquisa
com os serviços e equipamentos de lazer e entretenimento um número significativo de
estabelecimentos que aceitam o trabalho de ambulantes, em alguns casos sem nenhuma
exigência. Isso, como já registrado, pode prejudicar a confiabilidade e o padrão de qualidade
da cidade como destino turístico. Assim, essa é uma mão de obra que, embora atuando de
−
−
233
modo informal, também deverá merecer atenção em programas de formação e capacitação
propostos para o setor.
A pesquisa mostrou a existência de apenas 46 (4%) de funcionários bilíngues no quadro
total de empregados permanentes dos equipamentos, sugerindo a necessidade de
aprimorar esta competência nos quadros dos empreendimentos, de forma a estarem mais
bem preparados para receber um fluxo crescente de turistas estrangeiros.
Bastante positivo o elevado nível de escolaridade dos dirigentes entrevistados, assim como
a intenção declarada de realizar, no curto prazo, cursos de aperfeiçoamento, atualização e
ampliação dos conhecimentos e habilidades necessários à boa gestão dos seus
estabelecimentos. Isso aponta a existência de um público potencial para futuros programas
de capacitação gerencial, interessado especialmente em cursos voltados para a gestão de
pessoas e gestão cultural. No entanto, o setor apresenta também significativo número de
dirigentes que declararam não pretender fazer cursos, o que parece demonstrar baixa
sensibilização para a importância do aperfeiçoamento profissional ou pouco interesse diante
da oferta de cursos da espécie em Belo Horizonte, cenário que, em qualquer das hipóteses,
necessita ser revertido.
Ressalte-se também a necessidade de dedicar especial atenção e cuidados ao baixo grau
de associativismo identificado na pesquisa, com o objetivo de sensibilizar, conscientizar e
capacitar os dirigentes/proprietários dos empreendimentos, de modo a promover o
fortalecimento, a legitimidade e a efetividades das ações das entidades de
representação/associação para o desenvolvimento do setor.
No que se refere à gestão de recursos humanos, a grande maioria dos serviços e
equipamentos de lazer e entretenimento recruta seus funcionários através da indicação dos
funcionários atuais e utiliza o treinamento em serviço como a principal estratégia para
formação da mão de obra. Ainda que os estabelecimentos selecionados tenham declarado
que utilizam também as demais estratégias de formação e desenvolvimento da mão de obra
pesquisadas, tais estratégias não se mostram suficientes para reduzir os problemas
existentes para a captação e manutenção de bons profissionais em um setor em que as
condições de trabalho contribuem para aumentar a rotatividade: baixos salários, trabalho
excessivo, horário noturno e trabalho em final de semana.
Além das dificuldades identificadas na pesquisa com os serviços e equipamentos de lazer e
entretenimento, o desejado crescimento do setor de turismo como um todo deverá aumentar
a demanda e a concorrência das empresas na busca de mão de obra qualificada,
aumentando também o índice de rotatividade e exigindo das empresas uma revisão do
modelo de gestão de pessoal utilizado, com a oferta de maiores salários, oportunidades de
promoção e outras formas de reconhecimento da qualificação do trabalhador capazes de
atrair e manter o profissional, de modo especial em atividades que demandam grande
disponibilidade para trabalhos de natureza desgastante em dias e horários, muitas vezes
incomuns.
2.1.4.8.
Outros serviços e equipamentos: postos de informações turísticas
Na análise dos dados da pesquisa, foi considerado o modelo/estratégias de gestão de
recursos humanos da empresa Belotur, porém os dados sobre capacitação empresarial e
profissional se referem apenas aos funcionários que atuam diretamente nos sete postos de
informações turísticas.
Perfil dos dirigentes
O questionário de pesquisa foi respondido por um gestor com vínculo empregatício e cargo
de chefia no Departamento de Informações Turísticas da Belotur, do sexo feminino, situado
na faixa etária de 51 a 60 anos de idade. Graduada em Turismo e Hotelaria, declarou sua
−
−
234
pretensão de fazer cursos de aperfeiçoamento em sua área de atuação, nos próximos dois
anos, voltados especialmente para a gestão de pessoas, comunicação, relacionamento
interpessoal e negociação. Quanto à modalidade do curso, sua preferência é pelos cursos
presenciais, a mesma preferência declarada pela maioria dos dirigentes dos diversos
serviços e equipamentos entrevistados.
Em sua avaliação, a UNA é uma das principais instituições formadoras ou capacitadoras de
profissionais de nível gerencial para o setor de turismo em Belo Horizonte, merecendo
também destaque a atuação da Belotur e do Ministério do Turismo como órgãos promotores
de programas de formação e aperfeiçoamento e no desenvolvimento profissional e
empresarial para o setor de turismo na cidade.
Quanto às principais carências e deficiências dos cursos de formação e capacitação para o
nível gerencial em Belo Horizonte, considera que os cursos são onerosos e que o
profissional, por ser mal remunerado, teria de investir muito tempo e dinheiro na formação,
sem retorno, pois os salários seriam insuficientes para cobrir o investimento realizado.
Questionada sobre a participação em missão empresarial e visitas técnicas, declarou já ter
participado de visitas técnicas a estabelecimentos similares, mas apenas no País.
Quadro dos recursos humanos no setor outros serviços e equipamentos: postos de
informações turísticas
Em relação à oferta de mão de obra qualificada para o setor de turismo em Belo Horizonte,
a gestora entrevistada considera que para todos os níveis – operacional, de supervisão e
gerencial - a oferta de profissionais é suficiente, porém pouco qualificada.
Os sete postos de informações turísticas contam com 25 funcionários, 15 técnicos de
turismo e 10 estagiários de turismo. Dos 25 funcionários, apenas dez são bilíngues, índice
que parece baixo, considerando tratar-se dos postos de atendimento aos turistas da Capital
do estado, cidade que nos próximos anos deverá sediar eventos de porte internacional.
Na opinião da entrevistada, as principais instituições formadoras e capacitadoras de
profissionais de nível operacional para o setor são o Sebrae e as faculdades. Mais uma vez,
destacou o relevante papel desempenhado por órgãos como a Belotur e a SETUR-MG na
promoção da formação e qualificação da mão de obra para o setor de turismo em Belo
Horizonte.
Comentando sobre as principais carências e deficiências dos cursos de formação e
capacitação para o nível operacional em Belo Horizonte, disse considerar que os cursos são
bons e ressaltou, mais uma vez, seu entendimento de que a grande dificuldade no setor de
turismo é a remuneração, pois o mercado remunera mal os profissionais.
Políticas e mecanismos de recrutamento de recursos humanos
A Belotur é uma empresa pública municipal, que adota como principal forma de
recrutamento de mão de obra a realização de concurso público. No caso dos funcionários
que atuam nos Postos de informações turísticas, como pré-requisito devem ter formação na
área de Turismo. A dirigente entrevistada comentou a dificuldade para recrutar funcionários
para os postos de informação em função da rotina de trabalho e da necessidade de fluência
em outro idioma, uma vez que os cursos de turismo não exigem e não desenvolvem essa
competência.
−
−
235
Desenvolvimento e capacitação
Na formação e desenvolvimento de seus funcionários, a Belotur utiliza várias estratégias.
Promove treinamento em serviço, cursos internos, flexibiliza horário e dá ajuda financeira
para o profissional fazer curso fora da empresa.
Manutenção e remuneração de recursos humanos
O tempo médio de permanência dos funcionários na empresa é de 6 a 10 anos. Na
avaliação da dirigente entrevistada, é difícil recrutar e manter funcionários na função de
atendimento, pois a ocupação demanda um profissional que conheça bem e goste muito da
cidade e do trabalho de informar e orientar moradores e visitantes. Em sua opinião, a
expectativa dos profissionais ao fazer o concurso é diferente da rotina do dia a dia do
trabalho. Enquanto muitos funcionários antigos estão há mais de vinte anos na empresa, a
rotatividade dos funcionários que entraram para a empresa nos últimos concursos tem sido
maior.
Sobre a política de remuneração, declarou que a política de remuneração da empresa está
equiparada em relação ao serviço público municipal.
Considerações finais
Os dados da entrevista realizada com dirigente dos postos de informações turísticas
parecem mostrar uma situação em muitos pontos semelhante àquela apontada por outros
serviços e equipamentos do setor de turismo em Belo Horizonte: oferta de mão de obra
pouco qualificada para um trabalho que oferece como remuneração salários baixos, o que,
por sua vez, aumenta a rotatividade dessa mão de obra.
Tratando-se de empresa pública, o recrutamento do pessoal é feito por concurso público. No
caso dos funcionários dos postos de informação turística, há exigência de formação
específica na área de turismo, o que pode propiciar a constituição de um quadro de pessoal
com perfil e competências necessárias ao um bom desempenho desejado pela empresa.
Todavia, o número de funcionários bilíngues lotados em pontos estratégicos de atendimento
aos turistas parece insuficiente, especialmente diante do esperado aumento do fluxo de
turistas estrangeiros na cidade. Essa poderia ser uma das competências exigidas para a
função.
Destacada pela dirigente entrevistada como uma das principais promotoras de programas
de qualificação profissional para o setor de turismo em Belo Horizonte, A Belotur tem como
diferencial em seu modelo de gestão de recursos humanos o investimento na formação e
desenvolvimento profissional de seus funcionários.
2.1.4.9.
Análise da oferta de capacitação de gestores e profissionais de
equipamentos e serviços turísticos em Belo Horizonte
Este capítulo apresenta os resultados da pesquisa realizada sobre a oferta de capacitação
de gestores e profissionais para o setor de turismo em Belo Horizonte.
A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas com os dirigentes das principais instituições
formadoras e promotoras de capacitação na cidade e as entidades representativas dos
diferentes setores turísticos, cujas informações foram complementadas por pesquisas nos
sites dessas instituições e na mídia impressa - jornais e revistas locais.
As informações sobre a oferta de capacitação na área de turismo são apresentadas em
tópicos segundo o órgão ou entidade promotora. Em seguida, aparecem os cursos de
−
−
236
educação formal de nível médio, universitário e de pós-graduação existentes no município e,
no último item, os comentários e avaliações da equipe técnica.
As Ações de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços
turísticos promovidas pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), entidade privada,
de interesse público, atua nos setores de Comércio e Serviços, Indústria e Agronegócios,
respeitando as peculiaridades, necessidades e diferenças regionais. Uma das 27 unidades
estaduais, o Sebrae-MG está sediado em Belo Horizonte.
Em suas ações, o Sebrae-MG busca orientar empreendedores e empresários para a
abertura e a administração de pequenos negócios, com o desenvolvimento de competências
em gestão, numa perspectiva de educação continuada, para aumentar os níveis de
organização, qualidade, inovação, produtividade e lucratividade. Tal orientação é feita por
meio de cursos (presencial e a distância), consultorias, atendimento coletivo, treinamentos,
palestras, oficinas, seminários, publicações, eventos, premiações e diversos canais
(Internet, TV, rádio) integrados a métodos convencionais e a novas tecnologias.
Em suas ações direcionadas ao setor de turismo, a atuação do Sebrae-MG parte do
princípio de que o turismo é um negócio, e mais que isso, um negócio coletivo que envolve e
oferece oportunidades para diferentes segmentos econômicos do destino turístico.
Sobre a oferta de programas de capacitação empresarial pelo Sebrae-MG em Belo
Horizonte, verificou-se que a oferta de cursos e a disponibilidade de recursos para a
capacitação são grandes - sempre existem recursos do MTur e do próprio Sebrae. Todavia,
o Sebrae-MG tem grande dificuldade de viabilizar projetos de capacitação, diante da baixa
procura e adesão dos empresários. Um exemplo recente foi a oferta do curso Menu
Gourmet, projeto-piloto com possibilidades de envolver até 250 empresas, para o qual só
houve adesão de nove empresas. Citam-se como razões da baixa adesão seria o fato de
que hoje o pequeno empresário é polivalente, o quadro da empresa é muito enxuto e o
empresário não consegue sair da empresa para participar do curso, especialmente na área
de alimentação. Outra razão seria o fato do empresário estar ―saturado‖ diante da grande
oferta de capacitação. Tal ―saturação‖ apareceu por mais de uma vez nas entrevistas
realizadas com representantes das diferentes instituições, sendo, muitas vezes, seguida
pela avaliação de que o curso ―precisa ser muito bom‖ para o empresário participar. As
razões da baixa adesão apresentadas parecem indicar a necessidade de se rever a
proposta e o conteúdo dos programas de capacitação oferecidos, de modo a conseguir a
adesão e a efetiva participação do empresário. Cursos de curta duração e com conteúdo já
muito explorado não se mostram capazes de atrair o empresário. É preciso inovar o
conteúdo e o formato dos cursos, mas também adequar e diversificar os horários de
realização de modo a viabilizar a participação do empresário.
Com relação aos programas de capacitação empresarial com foco na Copa do Mundo de
2014, em 2010 o Sebrae realizou o mapeamento das necessidades, cujas ações de
capacitação estão previstas para 2011, com o cuidado de não gerar uma demanda que
poderá ser frustrada, pois o evento acontece em um único mês, e estão previstos poucos
jogos na cidade. O Sebrae deverá promover ações de capacitação para os diferentes
serviços e equipamentos do setor de turismo:

Hotelaria – O Sebrae nacional em convênio com a ABIH Nacional, promoverá ações
para fortalecer e capacitar os pequenos meios de hospedagem já existentes, dando a eles
condições de melhor receber os turistas.

Bares e Restaurantes – O Sebrae nacional, em convênio com a Abrasel Nacional
deverá, entre outras ações, estimular a formalização e capacitação dos ambulantes,
empreendedores individuais.
−
−
237

Agências – O Sebrae nacional em convênio com a ABAV Nacional desenvolverá
ações para trabalhar o receptivo da Capital.
Uma característica comum aos projetos dos quais o Sebrae participa é a integração e a
conjugação de esforços de diferentes parceiros – empresários, entidades empresariais e
governamentais - para que, de forma orientada e compromissada por todos, possam ser
alcançados os resultados desejados para determinado destino ou segmento turístico.
A seguir, apresentam-se informações de caráter geral sobre alguns dos principais projetos
de capacitação desenvolvidos pelo Sebrae nacional em parceria com o Ministério do
Turismo e entidades representativas dos diferentes serviços e equipamentos turísticos, dos
quais o Sebrae-MG e empresas mineiras e de Belo Horizonte participam.
Projeto Benchmarking em Turismo
O projeto Benchmarking em Turismo – Aprendendo com as Melhores Experiências
Nacionais e Internacionais, uma parceria da ABAV (executora geral do programa), Sebrae e
Ministério do Turismo, e apoio da Embratur, busca qualificar empresários do setor, a partir
da observação e vivência da operação de destinos que são referência no País e no mundo.
O projeto está dividido em duas partes:
Excelência em Turismo (internacional) - aprendendo com as melhores experiências
internacionais. Os destinos são selecionados de acordo com os segmentos prioritários,
definidos no Plano Nacional de Turismo.
Vivências Brasil (nacional) - aprendendo com o Turismo Nacional. Da mesma forma, os
destinos visitados são escolhidos a partir das boas práticas que desenvolvem, de acordo
com os segmentos turísticos prioritários9
No Excelência em Turismo, os empresários terão a oportunidade de conhecer modelos
turísticos de sucesso na República Tcheca (operação em países emergentes), Itália, região
de Toscana (Turismo de Bem Estar), México (Operação de Segmentação Turística) e Peru
(Operação de Turismo de Fronteira e em Comunidades Tradicionais).
Já no Programa Vivências Brasil, os destinos a serem observados são: Armação de Búzios
(Turismo Sol e Praia), Olinda e Recife (Turismo Cultural), Pantanal (Ecoturismo) e São
Paulo (Turismo de Negócios), Brotas e Socorro (Turismo de Aventura) e Gramado (Geração
e organização de eventos criativos).
O projeto Benchmarking em Turismo oferece, gratuitamente, aos empresários selecionados
o custeio da parte terrestre, que inclui hospedagem, transporte local, refeições, visitas e
demais atividades (palestras e reuniões de trabalho). Os participantes pagam apenas as
passagens aéreas, seguro viagem e despesas pessoais (não incluídas no programa).
Em contrapartida, na volta os participantes realizam duas ações de multiplicação do
conhecimento. Para isso, recebem material de apoio contendo apresentações de suporte
sobre o projeto e o destino visitado, manual de orientações para a realização das oficinas de
multiplicação, relatório da viagem realizada e um DVD com as melhores práticas
vivenciadas por ele.
Em 2010, o Sebrae Nacional promoveu uma visita técnica de representantes de entidades
representativas e de empresas à Feira de Negócios Expo Xangai, além de uma visita
técnica à África, para que os participantes pudessem ver experiências e ações que deram
certo e qual o legado da Copa do Mundo de 2010 para aquele país.
9
Disponível em < www.revistaeecotur.com.br > e < www.turismo.gov.br>
−
−
238
Programa de Desenvolvimento Setorial em Agenciamento e Operações Turísticas –
PROAGÊNCIA
Outro programa de capacitação desenvolvido pelo Sebrae nacional, desta vez em parceria
com a ABAV nacional, é o Programa de Desenvolvimento Setorial em Agenciamento e
Operações Turísticas (PROAGÊNCIA). O objetivo deste programa é ampliar a
competitividade e a capacidade de geração de receitas das micro e pequenas agências de
viagens, principalmente aquelas que se dedicam ao turismo receptivo. O Instituto de
Capacitação da ABAV (ICCABAV) atua como parceiro técnico-operacional. 10
A primeira fase do PROAGÊNCIA aconteceu no período de 2005 a 2008. A a segunda fase,
iniciada em agosto de 2009, deverá se estender, em princípio, até maio de 2011.
Os principais benefícios do programa para os empresários, gestores e trabalhadores do
setor de Agenciamento Turístico, especialmente, aqueles que atuam mais diretamente nas
atividades de agenciamento e operações de turismo receptivo, são:
 Capacitação profissional segundo as competências necessárias para a correta
gestão de sua empresa, bem como o apropriado atendimento aos seus clientes.
 Valorização e ascensão profissional através da qualificação nas competências
adquiridas.
 Acesso a informações e dados para consultas, estudos e pesquisas sobre o
segmento e os negócios turísticos em geral.
 Fortalecimento da gestão dos empreendimentos turísticos baseada na
sustentabilidade.
Os cursos são gratuitos e têm duração de duas semanas, na modalidade de e-learning, em
que o aluno aprende e se comunica com o professor via internet. Ao final do curso, os
alunos recebem Certificado de Participação ou, se fizerem a avaliação, o Certificado de
Aproveitamento.
Até maio de 2011, a ABAV, por intermédio do PROAGÊNCIA II, pretende oferecer turmas
dos seis cursos que compõem o seu acervo de Educação à Distância (EaD), como:
 Desenvolvendo o Turismo Receptivo
 Gestão de Pessoas em Agenciamento e Operações Turísticas
 De Agente a Consultor de Viagens
 Gestão de Empresas de Agenciamento e Operações Turísticas
 Negociando adequadamente a oferta turística
 Vendendo produtos e serviços consolidados
O Proagência II tem abrangência nacional, com atuação conjunta envolvendo as 27 ABAVs
e os 27 Sebraes estaduais do País.
Programa de Qualificação de Pequenos Meios de Hospedagem
O Programa de Qualificação de Pequenos Meios de Hospedagem (PMH), um convênio
entre o Sebrae nacional e a ABIH nacional objetiva investir na qualificação dos pequenos
meios de hospedagem para fortalecer as ações de capacitação, gestão, disseminação de
instrumentos de inovação, tecnologia e acesso a mercados durante o período de 2010 a
2012. 11
Os números do PMH são ambiciosos. A proposta é atuar em todas as 12 cidades-sede da
Copa do Mundo de 2014 e outras 20 cidades turísticas no entorno desses municípios. O
projeto pretende atingir aproximadamente mil profissionais diretamente lotados no setor, em
10
Disponível em <www.abav.com.br
11
Disponível em <www.abih.com.br> Acesso em 28.11.2010
−
−
239
quase mil empreendimentos, com a participação de 20 ABIHs estaduais e 27 Sebraes
estaduais.
As metas principais são: melhorar a qualidade da gestão e da competitividade no setor,
oferecendo novas ferramentas de comercialização dos pequenos meios de hospedagem,
como uma central de negócios e incentivos, previstos na Lei Geral das Micro e Pequenas
Empresas; promover treinamentos especializados, melhorando qualitativamente a oferta dos
serviços; e mostrar as vantagens de formalização das empresas atuantes no mercado
informal.
No programa, gestores, coordenadores e colaboradores de empresas hoteleiras serão
capacitados em marketing, competitividade, sustentabilidade e temas ligados à inovação da
gestão, tais como: estratégias de atração e atendimento ao turista, atendimento ao turista
nos meios de hospedagem, estratégias de comunicação e relacionamento com o turista,
gestão de hotéis e pousadas e procedimentos para obtenção de linhas de crédito para o
turismo.
Para o Programa de Qualificação de Pequenos Meios de Hospedagem, a ABIH, o IBH e o
Sebrae entendem que o formato de educação a distância mais adequado é, o e-learning,
pois neste formato é oferecida aos alunos uma plataforma com ferramentas que possibilitam
maior liberdade e customização ou ajuste da disponibilidade de tempo e dos horários, assim
como dos assuntos mais interessantes para cada aluno.
Rede do Turismo de Negócios e Eventos
Outro projeto que conta com a parceria do Sebrae, cuja importância para Belo Horizonte foi
muito enfatizada na entrevista realizada com representante da instituição, é a recente
criação da Rede do Turismo de Negócios e Eventos de Belo Horizonte, no âmbito do Projeto
Estruturador Minas Avança no Turismo de Negócios.
A criação da Rede do Turismo de Negócios e Eventos, que envolve 14 entidades públicas e
privadas, tem por objetivo fortalecer as entidades e empresas que compõem o trade
turístico, com foco no desenvolvimento do turismo como oportunidade de bons negócios em
diferentes áreas da economia. Para tanto, buscará garantir o funcionamento integrado e
cooperado da cadeia produtiva do turismo de negócios e eventos da Grande Belo Horizonte,
com vistas a gerar negócios atrativos para todo o segmento e melhorar a atuação da região
na realização de eventos.
As entidades de classe participantes da Rede são: ABAV-MG, ABEOC-MG, ABIH-MG,
ABRASEL-MG, AC Minas, BHC&VB, CDL-BH, C&VB-MG e SINDIPROM-MG. Todas atuam
em conjunto com a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, Belotur, Sebrae MG,
IEL/Fiemg, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais e
Prominas.
No processo de criação/implantação da Rede, tendo o Instituto Oswaldo Lodi (IEL) como
gestor e executor do projeto e com a consultoria da Fundação Dom Cabral, foram realizadas
oficinas quinzenais para criar um modelo que atenda às necessidades do destino Belo
Horizonte e das empresas participantes, bem como para alinhar informações sobre a oferta
de programas de capacitação oferecidos pelas diversas instituições parceiras, de modo a
evitar sobreposição de ações.
A implantação da Rede do Turismo de Negócios e Eventos prevê duas etapas:
- Etapa de mudança comportamental - iniciada com o pessoal do nível de diretoria das 14
instituições participantes, e que deverá chegar até o pessoal do nível operacional das
entidades representativas e das empresas, mostrando a importância da ação coletiva,
participação e cooperação de todos para o sucesso da captação e da realização do evento.
−
−
240
- Etapa de internalização do fluxo de captação de eventos - cujo objetivo é organizar o trade;
ou seja, propiciar a participação das empresas dos diversos segmentos na captação e
realização dos eventos.
As Ações de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços
turísticos promovidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) é uma entidade nacional,
autônoma, de direito privado, presente no Distrito Federal e em todos os estados.
Considerado referência nacional em educação profissional, sua missão é educar para o
trabalho em atividades de comércio de bens, serviços e turismo.12
O Senac oferece vasta programação de cursos e atividades em 15 áreas de atuação:
 Artes
 Comunicação
 Design
 Idiomas
 Informática
 Meio Ambiente
 Tecnologia Educacional
 Turismo e Hospitalidade
 Comércio
 Conservação e Zeladoria
 Gestão
 Imagem Pessoal
 Lazer e Desenvolvimento Social
 Saúde
 Telecomunicações
Os cursos são oferecidos em três modalidades de ensino:
 Presencial - o processo aprendizagem acontece em uma relação direta e dialógica
entre professor e aluno, em laboratórios ou em salas de aula, utilizando materiais didáticos
diversos (impresso, VHS, CD, DVD e outros).
 Semipresencial - modalidade em que o processo ensino-aprendizagem acontece
em duas fases distintas e complementares: numa há a relação direta do professor com o
aluno e, na outra, o estudo é individualizado, orientado a distância, sem a presença física do
professor.
 A distância - são dois tipos de ações educativas em EaD: formal (cursos a
distância); e aberta (teleconferências e programa radiofônico), abrangendo todas as
modalidades, desde a formação inicial e continuada até a educação superior.
No curso formal a distância, estudantes e professores desenvolvem atividades educacionais
em lugares e tempos diversos. A relação didático-pedagógica se dá com base em meios e
tecnologias de informação e comunicação. O aluno conta com materiais didáticos de
diferentes formatos (impresso, VHS, CD, DVD) e com o acompanhamento de
coordenadores e instrutores especialmente capacitados para essa modalidade de educação.
Senac Móvel - utilizando carretas totalmente adaptadas para servirem de verdadeira escola,
uma vez que reproduz internamente o ambiente real de trabalho nas áreas de Hospitalidade,
Turismo, Informática, Administração, Saúde e Imagem Pessoal. O Programa SENAC Móvel
se desloca para o interior do estado levando a educação profissional com o mesmo padrão
de qualidade oferecido pelas unidades fixas do Senac.
12
−
Disponível em: www.mg.senac.br consultado em 28/11/2010
−
241
Para o setor de Turismo e Hospitalidade, uma de suas áreas de atuação, o Senac oferece
programas de educação profissional nos seguintes segmentos: agenciamento de viagens e
operações turísticas; guiamento de turistas; eventos; lazer e entretenimento; hospedagem e
alimentos e bebidas.
Listam-se alguns dos cursos em Turismo e Hospitalidade oferecidos pelo Senac nos
diversos níveis:
Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores

Aperfeiçoamento para Cozinheiro

Auxiliar de Cozinha

Barista

Camareira em Meios de Hospedagem

Camareira: Prática Profissional

Cerimonial e Protocolo em Eventos

Cozinheiro Básico

Etiqueta Social e Profissional

Garçom Básico

Gestão de Bares e Restaurantes

Gestão e Organização de Cozinhas

Organização de Eventos

Planejamento de Eventos Sociais

Planejamento e Organização do Serviço de Buffet

Recepcionista em Meios de Hospedagem

Serviço de Garçom e Garçonete

Serviços de Garçom – Garçonete Aplicados em Restaurante de Hotel

Sommelier

Técnicas de Serviços para Barman

Técnicas e Práticas em Confeitaria

Técnicas de Produções Culinárias Aplicadas em Cozinha de Hotel

Técnicas de Produções Culinárias Aplicadas em Cozinha de Restaurante Comercial
Educação Profissional Técnica de Nível Médio

Técnico em Agenciamento de Viagens

Técnico em Eventos

Técnico em Guia de Turismo

Técnico em Guia de Turismo – Certificação de Competências
Educação Superior
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Especialização em Gestão Gastronômica e Hoteleira
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MBA em Gastronomia
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MBA em Hotelaria
Certificação de competências
Em atendimento à portaria 71/06 da Secretaria de Estado da Educação, o Senac Minas
oferece certificação de competência profissional nas áreas de Gestão, Saúde,
Hospitalidade, Turismo, Informática e Imagem Pessoal.
Para obter sua certificação profissional, o solicitante dever ter concluído o ensino médio e,
no mínimo, dois anos de experiência profissional comprovada em carteira ou contrato de
trabalho. Para obter a certificação, deverá submeter-se a uma avaliação no Senac Minas, na
modalidade a que se habilitar. O Senac Minas oferece Certificação de Competência
Profissional para a ocupação Técnico em Guia de Turismo.
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242
O Senac Minas oferece ainda o Programa Soluções Corporativas com o objetivo é prestar
ao empresário todo o apoio necessário ao desenvolvimento do seu negócio. O programa é
flexível e apresenta a cada cliente uma solução exclusiva, de acordo com as características
da empresa. A partir do diagnóstico e identificação da melhor solução, de acordo com o
perfil, porte e necessidade da empresa, o Senac propõe atividades planejadas e
disponibiliza assessorias, palestras, consultorias, workshops, treinamentos, teleconferências
e cursos. Os cursos podem ser presenciais, semipresenciais ou a distância, São realizados
no Senac, na própria empresa ou em outro ambiente proposto.
Apresentam-se a seguir alguns dos programas voltados para a educação e capacitação
profissional de jovens de famílias de baixa renda que contam com a participação do Senac
Minas. O Senac Minas oferece aos jovens a oportunidade de participação gratuita em
cursos de formação e qualificação profissional nas áreas de Turismo e Hospitalidade. Tais
programas constituem-se em importante recurso de formação de mão de obra qualificada
para o setor. Todavia, ainda que amplamente divulgados na rede pública de ensino, a
demanda tem sido muito pequena, indicando baixa atratividade do emprego no setor de
turismo.
 Programa Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Educação
Comunitária (ProJovem) - seu público-alvo são jovens de 18 a 24 anos que não
concluíram a oitava série do ensino fundamental e não têm vínculos formais de trabalho. O
programa oferece aos participantes oportunidades de elevação da escolaridade, de
qualificação profissional e de planejamento e execução de ações comunitárias de interesse
público.
 Programa Educando para a Cidadania (PEC) - o Senac oferece gratuitamente cursos
profissionais a jovens de 16 a 24 anos em situação de risco social, de baixa renda e pouca
escolaridade, propiciando a oportunidade de ter uma profissão e de ingressar no mercado
de trabalho. O PEC tem estreita ligação com o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro
Emprego, do Governo Federal e é desenvolvido em parceria com escolas, instituições
públicas e privadas, ONGs e outros.
 Programa Senac de Gratuidade (PSG) – antigo Programa Concessão de Bolsa de
Estudo Senac Minas, é resultado de um protocolo firmado entre o Senac e o Governo
Federal e, por meio do qual pessoas de baixa renda (renda familiar per capita que não
ultrapasse 1,5 salário mínimo federal) têm acesso a vagas gratuitas nos cursos do Senac
em todo o País, da formação inicial ao nível técnico. É voltado para alunos que estejam
cursando ou já tenham concluído a educação básica e trabalhadores empregados ou
desempregados. Os candidatos que satisfizerem as duas condições (aluno e trabalhador)
terão prioridade. As vagas gratuitas são oferecidas integralmente para cursos
disponibilizados no sistema de cadastramento. A realização de cursos sempre irá depender
do número de candidatos cadastrados em cada localidade e turnos disponibilizados pelo
Senac Minas.
 Banco de Oportunidades - espaço de interação do aluno e ex-aluno do Senac Minas
com o mercado de trabalho, dando a ele a oportunidade de encontrar vagas de estágio e
emprego, de acordo com sua área de formação. O Banco oferece também ao empresário o
contato com profissionais qualificados para participar de seus processos seletivos.
Nas entrevistas realizadas, foi constatado que em Belo Horizonte há pouca demanda para
os diversos cursos de formação e qualificação profissional nas áreas de Turismo e
Hospitalidade oferecidos pela instituição, por parte tanto dos empresários quanto do próprio
trabalhador.
Até mesmo para os cursos oferecidos gratuitamente pelo Senac, no âmbito dos diferentes
convênios com o Poder Público federal, estadual ou municipal, amplamente divulgados nas
diferentes mídias e também diretamente nas escolas públicas da Capital, a procura é tão
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pequena que inviabiliza a abertura das turmas. Um exemplo é o curso Técnico em Hotelaria,
oferecido no âmbito do Programa de Educação Profissional (PEP), do governo estadual,
para o qual foi formada uma turma em 2009, mas deixou de ser oferecido em 2010 devido à
baixa demanda. Também no âmbito do PEP não houve número suficiente de inscrições para
o curso de Guia de Turismo, amplamente divulgado na rede pública de ensino. Uma razão
parece ser a pouca atratividade do setor de turismo, que oferece baixos salários e poucos
benefícios para um trabalho desgastante.
Também os cursos oferecidos na modalidade a distância, como os cursos de Hospitalidade
e Organização de Eventos, não apresentam uma demanda representativa.
Como base para a formatação de cursos de formação e capacitação profissional no setor de
Turismo, preparando-o para bem receber os turistas que virão para a Copa do Mundo de
2014, o Senac Minas participou de viagem técnica à África do Sul para ver de perto e buscar
identificar as melhores práticas ali utilizadas na Copa do Mundo 2010, em especial quanto a
infraestrutura e qualidade da recepção aos turistas de todo o mundo nos serviços de
hospedagem, alimentação e transporte. Foram observados também os pontos fracos, para
os quais deverão ser buscadas e propostas soluções, evitando que aconteçam também
durante a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
As ações de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços
turísticos promovidas pelo Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte
O Serviço Social do Transporte (SEST) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do
Transporte (SENAT) são entidades civis, com personalidade jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, criadas em 14 de setembro de 1993, pela Lei 8.706/93, e organizadas pela
Confederação Nacional do Transporte (CNT)13.
O SEST SENAT tem como missão desenvolver e disseminar a cultura do transporte e
promover a melhoria da qualidade de vida e do desempenho profissional do trabalhador,
bem como a formação/qualificação de novos profissionais para alcançar a eficiência e a
eficácia dos serviços a serem prestados à sociedade. Para as atividades de sua área de
desenvolvimento e aprimoramento profissional, o SEST SENAT dispõe de salas de aula,
salas polivalentes, laboratórios de informática, oficinas pedagógicas e auditório.
Considerando as necessidades de atualização profissional e educação permanente do
trabalhador, o SEST SENAT oferece uma gama de cursos nas modalidades presencial ou à
distância (on line). Na formato on line, são oferecidos cursos gratuitos, com oferta
permanente, como:
 Atendimento eficaz
 Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
 Noções de meio ambiente
 Transporte para todos
Atento às necessidades dos profissionais do setor de transporte e do mercado de trabalho, o
SEST SENAT desenvolveu dois cursos de nível técnico: Curso Técnico em Logística e
Curso Técnico em Transporte Rodoviário de Passageiros
O SEST SENAT conta também com o Banco de Talentos, criado para aproximar
empregadores e profissionais e oferecer a oportunidade de uma colocação no mercado de
trabalho, principalmente àqueles capacitados pela instituição.
De acordo com dados do Sindicato dos Condutores Autônomos e Taxistas de Minas Gerais
(SINCAVIR-MG), os motoristas de táxi somam mais de 12 mil trabalhadores em Belo
13
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Disponível em: www.sestsenat.org.br consultado em 28/11/2010
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Horizonte. O perfil desses profissionais está mudando: são pessoas cada vez mais jovens e
com maior grau de escolaridade14.
Todo motorista de táxi, para efetuar o seu cadastro na BHTrans, deve participar do Curso
Operador de Transporte Público de Passageiros, obrigatório para o cadastro inicial e para a
renovação da licença, o que acontece a cada cinco anos. O curso oferecido pelo SEST
SENAT é presencial, com duração de 10 dias e carga horária total de 50 horas.
Quadro 2.50 Conteúdo e carga horária do Curso Operador de Transporte
Público de Passageiros – Belo Horizonte - 2010
MÓDULO
Módulo I
Módulo II
Módulo III
Módulo IV
CONTEÚDO
Relacionamento Interpessoal
Relacionamento Social
Cultural/Turista
Noções de Primeiros Socorros
Respeito ao Meio Ambiente
Convívio Social
Direção Defensiva
Legislação de Trânsito
Regulamento BHTrans
Total
CARGA HORÁRIA
10 horas
5 horas
5 horas
3 horas
2 horas
15 horas
4 horas
6 horas
50 horas
Fonte: Sest Senat - 2010
O custo é de R$110,00 para o primeiro curso realizado, sendo gratuito nas renovações
qüinquenais. É gratuito para os motoristas vinculados a empresas de transporte que pagam
contribuições ao SEST SENAT. As turmas têm de 35/40 participantes. Na unidade SEST
SENAT Contagem são fechadas nove turmas por mês, em convênio com a TransCON e a
BHTrans, que atende taxistas dos municípios de Contagem e Belo Horizonte.
Nas mesmas condições de custos, o SEST SENAT oferece também aos taxistas cursos de
inglês e espanhol, com carga horária de 50 horas e duração de 11 dias. Todavia, conforme
informado, a procura tem sido muito pequena e as turmas não são fechadas.
Considerando a dificuldade apontada por entidades formadoras e já identificada pelo próprio
MTur de atrair e obter a adesão e participação dos motoristas de táxi nos cursos de
qualificação profissional, a oferta de curso Operador de Transporte Público de Passageiros,
obrigatório para a categoria e renovável a cada cinco anos, pode se apresentar como uma
oportunidade de promover tal qualificação, a partir de uma parceria entre os setores de
transporte e de turismo, e adequação de seu conteúdo.
Programas de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços
turísticos promovidos pelo Ministério do Turismo
A qualificação da mão de obra é um dos quatro eixos estratégicos do Ministério do Turismo,
juntamente com a promoção e imagem, requalificação do parque hoteleiro e infraestrutura
turística.
Para a Copa do Mundo de 2014, o MTur mudou sua estratégia de alocação de recursos.
Anteriormente, as Secretarias de Turismo estaduais buscavam recursos do Ministério para o
financiamento de seus programas de formação e qualificação de mão de obra. Atualmente,
o MTur pretende contar também com a parceria de todas as categorias de atividades
representadas no Conselho Nacional de Turismo (CNT) para a implementação das ações de
qualificação profissional. Além dessa parceria, o Ministério buscou também o suporte
pedagógico da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o suporte do Instituto Casa Brasil,
responsável pelo acompanhamento operacional do Programa de Qualificação Profissional
14
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Disponível em <site www.sincavir.org.br> acesso em 18.10.2010
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Bem Receber - Copa 2014. Com tal estratégia, o MTur pretende uniformizar a metodologia e
envolver o setor privado na execução dos programas de qualificação profissional.
Para o MTur, a maior dificuldade hoje, comum a todas as entidades envolvidas, é obter a
adesão ao programa; isto é, trazer e manter o empresário nos cursos. Por isso, definiu que o
primeiro passo para o sucesso do programa de capacitação é buscar atingir e envolver o
empresário por maio da sua entidade representativa em cada estado, para, então, atingir e
envolver os profissionais. A dificuldade de adesão do empresário aos programas de
capacitação profissional foi também apontada por diversos entrevistados, técnicos de
entidades formadoras e dirigentes de instituições representativas.
Se o empresariado, público-alvo dos programas, não se envolver, é difícil convencê-lo da
necessidade de qualificar profissionalmente seus empregados. No entanto, na nova
estratégia, como executores, por intermédio de suas entidades representativas, os
empresários estão diretamente envolvidos e, espera-se, comprometidos em
otimizar/alavancar a execução dos programas de qualificação.
Com base na nova estratégia do MTur, com as secretarias estaduais de turismo, ficaram os
programas de formação e capacitação dos profissionais dos setores sem entidades de
representação no Conselho Federal de Turismo: forças de segurança pública, feirantes e
taxistas.
Em Belo Horizonte, as ações para estes três públicos são desenvolvidas pela administração
municipal por intermédio da Belotur. Os projetos e cursos em desenvolvimento ou execução
são apresentados a seguir.

Forças de segurança pública: Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros,
Guarda Municipal, BHTrans. Muitas vezes, o pessoal das forças de segurança pública não
consegue perceber o seu papel na cadeia produtiva do turismo e não conhece bem o setor
de turismo, sua importância social e econômica. O turista tende a buscar informações com
pessoal uniformizado, até por questão de segurança, mas a maioria dos agentes não está
preparada. Por isso, é importante oferecer esta oportunidade e municiá-los de informações
sobre o turismo, diversidade cultural e diferentes formas de agir de cada raça/povo (por
exemplo, proibição a um homem dirigir a palavra a uma mulher árabe).
Os projetos de capacitação para esse público estão em fase de elaboração e deverão
abordar temas como: Introdução ao Turismo, Importância econômica, a Copa do Mundo de
2014 e Atrativos e História de BH, entre outros. Uma vez que a própria polícia oferece
cursos de idiomas com recursos do Ministério da Justiça, cursos de idiomas não serão foco,
podendo ser oferecida apenas alguma complementação específica.

Feirantes: as ações dos programas de capacitação da Belotur direcionadas aos
feirantes se encontram em fase final de execução pela FATEC/CDL, instituição formadora
vencedora da licitação.
Na primeira etapa, executada pelo Senac-MG, aconteceram os cursos sobre Boas Práticas
na Manipulação de Alimentos. Na etapa final, a FATEC/CDL oferece, desde fevereiro de
2010, o curso Qualificação Empreendedores Feirantes para qualificação dos artesãos das
diversas feiras de artesanato da cidade, com temas como: Excelência em Atendimento,
Turismo e Informações Turísticas e Gestão Empreendedora. A Belotur entende que o
feirante, como empreendedor individual, precisa aprender a ampliar seus conhecimentos
sobre temas como fluxo de caixa, estocagem e custos.
O curso é oferecido na modalidade presencial, com carga horária total de 20 horas e
duração de cinco dias, e, para facilitar/viabilizar a participação dos feirantes, nos turnos da
manhã, tarde e noite. De fevereiro a outubro de 2010, o curso Qualificação Empreendedores
Feirantes já capacitou cerca de 1.400 artesãos.
−
−
246

Taxistas: o taxista, muitas vezes, é o primeiro a ser questionado pelos turistas sobre
onde se hospedar, comer e se divertir. Todavia, em se tratando de cursos de qualificação
profissional, os condutores de táxis são considerados um público difícil de mobilizar. Em
programas de qualificação anteriores promovidos pela Belotur, não foi possível cumprir as
metas estabelecidas, pois o taxista não vê a necessidade de capacitação. Esta é uma
dificuldade a vencer para trazê-los para os cursos. Outra dificuldade decorre das
expectativas frustradas em experiências anteriores, o que parece fazer com que esses
profissionais não acreditem que a Copa do Mundo de 2014 irá trazer retorno para eles. De
fato, durante eventos como Encontro das Américas e BID, os turistas quase não utilizaram
serviços de táxi, e sim carro particular, vans e micro-ônibus. Assim, o taxista não acredita
que no caso da Copa 2014, haverá retorno financeiro que compense o tempo e a receita
que ele deixaria de realizar durante o tempo investido em cursos de qualificação. O MTur
também entende que o taxista é um público mais difícil de ser atraído para os programas de
qualificação profissional e está pensando novas estratégias de mobilização.

Programa Bem Receber Copa:
Bem Receber Copa é um programa de qualificação profissional com investimento de R$ 440
milhões para qualificar 306 mil profissionais da área que terão contato direto com os turistas
durante o Mundial de 2014. Trata-se de um dos mais abrangentes programas de
qualificação do País, que, além de atender as 12 cidades-sede do evento, visa atender aos
65 destinos indutores definidos pelo Programa de Regionalização Roteiros do Brasil do
Ministério do Turismo.
Com o slogan ―O sucesso do Brasil na Copa está em nossas mãos‖, o programa objetiva
promover a qualificação de padrão internacional para profissionais que atuam nas áreas de
entretenimento, hospedagem, locação de automóveis, transporte aéreo regional e
alimentação.
Belo Horizonte, como uma das doze cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, tem a
oportunidade de receber e bem aplicar os recursos financeiros e os programas de formação
e qualificação empresarial e profissional disponibilizados pelo MTur, não apenas com vista a
atender ao Mundial, mas também criar uma cultura de treinamento e de aprimoramento
constante para melhorar o atendimento ao turista, notadamente o estrangeiro.

Programa Bem Receber Copa - Convênio MTur e ABRASEL
Parte integrante do programa Bem Receber Copa, programa de qualificação profissional do
Ministério do Turismo, o Bem Receber Brasil Bares e Restaurante (inicialmente chamado
―Copa na Mesa‖) conta com a parceria da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes –
(ABRASEL) e apoio da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares.15
O projeto prevê a qualificação de 15 mil profissionais de 1500 empresas do setor de
alimentação fora do lar nas cidades-sede do mundial de 2014. O Bem Receber Brasil Bares
e Restaurantes utilizará a estrutura de bares e restaurantes para atender e apoiar os
visitantes, oferecendo uma culinária de boa qualidade e oferecendo também dicas e
informações turísticas.
Os bares e restaurantes são pontos estratégicos, pois o turista, tanto o estrangeiro quanto o
brasileiro, deverá utilizar esses serviços e equipamentos durante a Copa do Mundo. Por
isso, esses locais devem estar preparados para, além de oferecer boa refeição e
15
Informações obtidas no site MTUR, entrevista e material enviado pela ABRASEL-MG, disponível em
<www.turismo.gov.br> Material do programa disponibilizado pela ABRASEL - MG
−
−
247
atendimento, atuar como ponto de apoio na promoção do turismo e poder informar sobre
pontos turísticos, dar dicas e informações sobre onde/como ir, hospitais, postos policiais,
entre outros.
Para preparar esses empreendimentos, o projeto Bem Receber Brasil Bares e Restaurantes
oferece quatro tipos de treinamento, no período de junho de 2010 a março de 2011:
1.
MIT (Multiplicador de Informações Turísticas) – Preparar a empresas qualificadas
para prestar informações aos turistas, além do bom atendimento. O público-alvo são as
lideranças (empresários/ gestores), presentes no dia a dia da empresa e em contato direto
com seus clientes e funcionários. O curso é de 40 horas, entre parte teórica e Fun Tour,
oportunidade para conhecer os atrativos turísticos mais importantes e vivenciar a
experiência de ser turista na cidade. Os MITs receberão material didático complementar
(vídeo aulas e livro) contendo noções básicas de atendimento em inglês e espanhol. Esses
kits de autoaprendizagem também serão utilizados para multiplicar o conhecimento entre os
colaboradores da empresa. Número de vagas por empresa: 2.
2.
Atendimento – Qualificação de profissionais em hospitalidade e atendimento,
orientando-o não só como bem receber, informar e orientar o turista, mas também a
entender a diversidade cultural e tornar sua viagem mais rica e prazerosa. O público-alvo
são o garçom, o maitre, o hostess. O curso é presencial e tem duração de 24 horas.
Número de vagas por empresa: 6
3.
Segurança dos alimentos – Qualificar profissionais em manipulação higiênica e
segura dos alimentos. O público-alvo são os cozinheiros e auxiliares de cozinha. O curso é
presencial e tem 12 horas de duração. Número de vagas por empresa: 2.
4.
PIC (Profissional Individual Cadastrado) – Empreendedores individuais, como
ambulantes, que possuem papel ativo e, muitas vezes, relevantes no contato com os
turistas. Com o objetivo de aprimorar sua capacidade de atender o turista, serão qualificadas
em melhoria do atendimento e segurança dos alimentos. Além disso, serão sensibilizadas
para a importância de prestar apoio e fornecer informações ao turista. O profissional deve
estar inscrito no Programa Brasil Formal e possuir ponto fixo. O curso é presencial e tem
duração de 32 horas. Serão capacitados 30 profissionais por destino.
Após os treinamentos, haverá seleção e preparação de cerca de 100 bares e restaurantes
das 12 cidades-sede para atuar como TIP (Ponto de Informação ao Turista – Tourist
Information Point). Os TIPs são empresas qualificadas como MIT, que se comprometerem e
preencher requisitos específicos e que serão preparadas para ocupar uma posição de
destaque como extensão dos pontos oficias de apoio ao turista. Nesses locais, além de
atendimento qualificado, os turistas poderão encontrar informações básicas sobre o destino,
guias, folhetos e acesso à internet, entre outros serviços.
Em Belo Horizonte, o programa começou com 150 estabelecimentos espalhados pelo centro
de Belo Horizonte e bairros, como Prado, Santa Tereza, Gutierrez, Lourdes, Funcionários,
Sion, Santo Antônio, São Bento, regiões da Savassi e Pampulha, entre outros. Os cursos do
Bem Receber Brasil Bares e Restaurantes são gratuitos e abordarão competências
específicas relativas às funções de gestor, gerente, maitre, recepcionista, garçom, cumim,
copeiro, cozinheiro e auxiliar de cozinha. As empresas, para participarem, não precisam
estar associadas à Abrasel, mas devem ser formais e apresentar o CNPJ.
Na primeira etapa, serão capacitados cerca de 1.500 profissionais em cursos que abordarão
temas como: Qualidade no atendimento, Segurança dos alimentos e Tradução de cardápios
para os idiomas inglês e espanhol. Cada estabelecimento poderá contar com cerca de dez
profissionais qualificados, sendo dois multiplicadores de informações turísticas, seis de
atendimento e dois da cozinha.
−
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Os cursos são presenciais, ministrados por consultores treinados pela Abrasel Nacional, que
utilizam como material didático vídeo-aulas e apresentam situações do dia a dia das
empresas, demonstrando, assim, a prática das rotinas do setor. Belo Horizonte conta com 5
consultores atuando simultaneamente em cinco áreas da cidade, de forma que os
profissionais possam realizar o curso em local próximo ao seu trabalho. Em muitos casos,
uma das empresas participantes cede o espaço para a realização do curso, no período da
tarde.
Ao final do curso, o participante que tiver frequência de 60% e obtiver 60% de
aproveitamento na avaliação receberá um Certificado de Conclusão emitido pela Abrasel e
pelo Ministério de Turismo. Será oferecido também um certificado de participação para os
estabelecimentos cujos profissionais obtiverem pelo menos 75% de presença nos cursos de
qualificação. Além de ter o conteúdo do cardápio traduzido para outro idioma, inglês/
espanhol, o estabelecimento será divulgado (com foto produzida pelo projeto) em guia
eletrônico da Abrasel.
As ações de qualificação dos empreendedores individuais que trabalham como ambulantes
envolverão noções básicas de segurança dos alimentos, qualidade em atendimento e
informações sobre o destino Belo Horizonte e deverão ser iniciadas em 2011. .

Programa Bem Receber Copa - Convênio MTur e ABIH
As informações que compõem este item foram obtidas a partir de pesquisa no site do MTur,
entrevista com a empresa Coordenadora do Programa em BH (Looping Consultoria) e
entrevista ABIH-MG, além do jornal Estado de Minas, reportagem da edição de 22.09.2010,
caderno Economia.
No programa Bem Receber Copa, desenvolvido pelo Ministério do Turismo em parceria com
a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), a expectativa é de investimento em
torno dos R$ 36 milhões, com qualificação de até 20 mil profissionais da hotelaria até 2012.
Os cursos serão realizados a distância, por meio da Escola Virtual dos Meios de
Hospedagem. Os alunos participarão também de aulas presenciais para realização de
quatro oficinas de trabalho. Ao final de cada módulo, haverá avaliação da aprendizagem. A
carga horária é de 200 horas e deverá ser cumprida em seis meses. Os participantes terão
acesso a material didático impresso, em vídeo e em CD-ROM, com aulas de ética,
importância do turismo, diversidade cultural, apresentação e postura profissional, qualidade
no atendimento, temas comuns a todas as ocupações, e aulas com temas específicos de
cada função. Além disso, os profissionais contarão com tutoria via internet e plantões de
dúvidas no local de trabalho. Cabe aos donos dos empreendimentos hoteleiros
disponibilizarem espaço físico e computadores para os profissionais fazerem as aulas. Ao
final dos cursos, os participantes que obtiverem certificações nos três módulos (transversal,
básico e específico) receberão o Certificado de Qualificação Profissional, válido em todo o
território nacional. Os hotéis que capacitarem 80% do quadro de profissionais receberão o
Selo Bem Receber Copa.
Em Belo Horizonte, os hotéis estão montando espaços com o equipamento necessário para
os funcionários realizarem os cursos via internet. De acordo com informação da ABIH-MG,
as inscrições para os cursos foram acima do esperado, pois, das 300 vagas inicialmente
previstas para Belo Horizonte as inscrições chegaram a 500. Cerca de 400 profissionais que
concluíram cursos de mensageiro, capitão-porteiro, recepcionista, governanta e gerência
média em Belo Horizonte receberam seus certificados no dia 30.11.2010, durante o
Congresso Mineiro de Hotelaria.
Considerando que o público-alvo dos cursos do Programa Bem Receber Copa tem por
objetivo a qualificação dos profissionais empregados no setor, é importante registrar que a
formação e qualificação de mão de obra para os prestadores de serviços e equipamentos de
−
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249
hospedagem em Belo Horizonte faz-se essencial também para atender à necessidade de
pessoal qualificado para os empreendimentos em construção (segundo pesquisa realizada
em julho/2010 pela ABIH-MG, há dez novos hotéis em construção na Região Metropolitana
de Belo Horizonte) ou com projetos em fase de aprovação na Prefeitura Municipal.
A formação dessa mão de obra é importante, especialmente quando nos diferentes setores
da atividade econômica – indústria, comércio e prestação de serviços - fala-se em ―apagão
da mão de obra‖, qualificada ou não qualificada em Belo Horizonte. Assim, as empresas,
cada vez mais, precisam assumir a responsabilidade de treinar e qualificar trabalhadores,
além de oferecer melhores salários e mais benefícios, como forma de atrair e manter essa
mão de obra.

Programa OLÁ! TURISTA
Outra oportunidade de qualificação profissional oferecida pelo Ministério do Turismo é o
Programa OLÁ! TURISTA, em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O programa
oferece 80 mil vagas em cursos de inglês e espanhol on line a profissionais de todas as
áreas do turismo, para que haja um atendimento de qualidade aos turistas estrangeiros que
virão ao país durante a Copa do Mundo de 2014.16
Iniciados em julho de 2010, na modalidade a distância, os cursos do Olá! Turista permitem
ao aluno interagir com a escola e com os conteúdos sem limite de acesso. Este tipo de
solução atende desde alunos que não apresentam nenhum conhecimento do idioma até
alunos do nível avançado.
Os alunos terão o prazo de até 12 meses para concluir o curso, a contar da data de
confirmação da inscrição. Aqueles que não realizarem nenhuma atividade durante o período
de trinta dias poderão ser substituídos.
São três os módulos de formação do curso: Módulo Básico (56h), Módulo Profissional (12h)
e Módulo Regional (12h). Ao final de cada um dos módulos, o aluno realiza um teste que
medir seu aprendizado. No final do curso, aquele que cumprir a grade curricular obrigatória
receberá um certificado.
O projeto Olá! Turista também recebeu o selo de referência do turismo. Todos os
empreendimentos e instituições que aderirem a essa capacitação em língua estrangeira
receberão a marca do Ministério do Turismo como forma de identificar quais
estabelecimentos formam a rede capacitada, visando à melhoria do atendimento ao turista.
De acordo com as informações disponibilizadas pela Coordenação Regional do Projeto Olá!
Turista em Minas Gerais, atualmente são 2.644 alunos matriculados residentes em Belo
Horizonte e cerca de 980 alunos matriculados de diversas cidades do entorno. Sobre os
números gerais do projeto, informa que são 78.488 alunos matriculas, sendo 6.461 em
Minas Gerais (8,2%). Até o momento são zero concluintes, pois o projeto está previsto para
12 meses. O perfil dos alunos matriculados é o seguinte: 58% são mulheres; 25% têm idade
entre 21 e 25 anos; 58% concluíram ensino médio e superior completos e 49% auferem
renda de 2 a 5 salários mínimos.
Belo Horizonte sai à frente no quesito idioma estrangeiro na preparação das pessoas que
irão atender os turistas, sendo a primeira cidade-sede a aplicar o Toitec Test, avaliação
internacional sobre a habilidade de comunicação em língua inglesa, para seleção de sete mil
voluntários que estarão presentes nos pontos turísticos, centros de compras, hospitais e
outros locais onde poderão auxiliar e orientar os turistas estrangeiros.
16
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Disponível em <www.turismo.gov.br> Acesso em 228.11.2010 / Material disponibilizado pela Unidade Regional
do Projeto Olá! Turista em MG Revista Encontro (edição de 01.10.2010, Ano VIII, número 112
−
250
As escolas de línguas estrangeiras da cidade estão preparando e oferecendo cursos
especiais para os profissionais que atenderão os turistas nos restaurantes, hotéis,
aeroportos, transporte e comércio. Assim, a oferta de cursos é bastante diversificada (carga
horária, nível de dificuldade, modalidade semipresencial ou a distância), e leva em
consideração a área de atuação do profissional e sua necessidade de comunicação no
contato com o turista. A procura maior é por cursos de inglês, seguido do espanhol, mas
também são oferecidos cursos em outros idiomas como o francês e o italiano.
Ações de capacitação da Secretara de Estado de Desenvolvimento Social
Criado em 2008, o Projeto Usina do Trabalho, coordenado pela Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Social (SEDESE), tem por objetivo melhorar a qualidade de vida de
comunidades carentes e inserir pessoas desempregadas no mercado de trabalho. Os
cursos do Usina do Trabalho são elaborados com base em demandas prévias das
empresas, o que aumenta as chances de inserção das pessoas no mercado de trabalho.17
Para o Mundial de 2014, o projeto Usina do Trabalho busca identificar as necessidades e
formas de atender o mercado de Belo Horizonte. Como uma das primeiras ações, o Usina
do Trabalho está oferecendo o curso de noções básicas de inglês e espanhol, com carga
horária de 60 horas, para preparar taxistas da Região Metropolitana de Belo Horizonte
(RMBH) para o Mundial. O curso será dividido em aulas presenciais e não presenciais. Além
das aulas de inglês e espanhol, oferecerá módulos nas áreas de qualidade na prestação de
serviços e informações turísticas locais. Ao final da capacitação, o taxista passará por uma
avaliação e receberá o selo de qualificação para o táxi. A meta é qualificar nove mil
profissionais, de novembro 2010 até 2014.
Além dos cursos para os taxistas, o Usina do Trabalho deve atender à necessidade de
qualificação em outras áreas, como a área de bares e restaurantes, considerada, assim
como os taxistas, porta de entrada para os turistas.
Esta não é a primeira vez que a Sedese investe na qualificação profissional dos taxistas,
pois já ofereceu cursos de outro idioma (inglês ou espanhol). A instituição formadora
contratada para executar o treinamento foi o Senac-MG. A expectativa era trabalhar 20
turmas. Todavia, embora as cooperativas de táxis tivessem se mostrado interessadas na
realização dos cursos, devido à falta de interesse dos taxistas, foram formadas apenas três
turmas.
Programas de capacitação de gestores e profissionais de equipamentos e serviços
turísticos promovidos pela Empresa Municipal de Turismo/Ministério do Turismo
A Empresa Municipal de Turismo (BELOTUR) tem por finalidade promover o turismo em
Belo Horizonte. É instituição responsável pelos principais programas de aprimoramento
profissional no setor turístico de Belo Horizonte18.
A Belotur, com recursos do Ministério do Turismo, promove, no âmbito do Programa
Permanente Belotur de Capacitação para o Turismo (CAPACITUR), a formação e a
qualificação profissional para o turismo em Belo Horizonte, oferecendo oportunidades para
profissionais que atuam em diferentes serviços, equipamentos e atrativos do setor de
Turismo da Capital. O programa caracteriza-se pela gratuidade dos cursos e pelo conteúdo
17
Disponível em <htpp://social.mg.gov.br> Acesso em 28.11.2010; Disponível em < htpp://sedese.mg.gov.br>
Acesso em 30.11.2010; Entrevista com representante do Usina do Trabalho
18
Disponível em <www.pesquisabelotur.com.br> e Entrevistas com representantes da Belotur e de instituições
formadora parceira.
−
−
251
programático, abordando temas relacionados ao turismo sustentável, atendimento ao turista,
história, cultura, atrativos e infraestrutura e equipamentos turísticos de Belo Horizonte.
O quadro 2.51 lista os conteúdos programáticos dos cursos do Capacitur, abrangendo os
seguintes campos:
Quadro 2.51 Conteúdo programático dos cursos de qualificação do Capacitur – Belo Horizonte/MG
- 2010
ATENDIMENTO
Atendimento
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO CAPACITUR
IDIOMAS - INGLÊS OU
TEORIA DO TURISMO
ESPANHOL
Vocabulário básico pra
O turismo
profissionais do turismo
Noções e técnicas
Fundamentação teórica
Segmentos turísticos
Marketing pessoal
Conversação
Oferta turística
Postura profissional
Comunicação
Como lidar com
reclamações
Textos adaptados ao
turismo
Exercícios
Segurança Turística
Econômica e turismo
Turismo sustentável
Combate à exploração
sexual no turismo
Plano Horizonte: Plano
Estratégico de
Marketing de Belo
Horizonte
BELO HORIZONTE
Histórico da cidade
Roteiros turísticos da
capital
Roteiros turísticos do
entorno
Equipamentos e
infraestrutura
Eventos
Belo Horizonte e o
turismo
Fonte: Belotur – novembro de 2010
Os cursos são oferecidos em diferentes horários, nos turnos da manhã, tarde e noite, por
três instituições formadoras: Senac-MG, FATEC-CDL/BH e Faculdade Estácio de Sá.
A carga horária total é de 40 horas, com duração de 10 dias (cursos diurnos: manhã ou
tarde) e 13 dias (cursos noturnos). Ao final do curso, o participante com frequência mínima
de 75% recebe o certificado de conclusão expedido pela instituição formadora.

CAPACITUR/ Qualificação Empresarial
O curso de Qualificação Empresarial, componente do CAPACITUR, é oferecido pela
FATEC/CDL. Direciona-se aos profissionais de hotéis, bares, restaurantes, agências de
viagem e outros empreendimentos do turismo. Seu objetivo é formar e reciclar profissionais
da área – empresários, líderes, gestores – para uma prestação de serviços de qualidade,
visando a Copa do Mundo de 2014. É oferecido na modalidade semipresencial, com carga
horária total de 50 horas, aula presencial duas vezes por semana e duração de 12 dias.Seu
conteúdo abrange temas como: A comunicação e suas forças nas relações de trabalho;
Liderança e gestão eficaz de equipes, Marketing aplicado ao turismo e Perspectivas para
Copa do Mundo 2014. De setembro a novembro de 2010, foram capacitados cerca de 200
profissionais.
Segundo informações obtidas do setor de qualificação profissional da FATEC/CDL, a
participação de profissionais desempregados é pequena e a maioria dos participantes chega
por indicação da empresa empregadora. Destaca-se a participação das entidades
representativas do setor de turismo, dentre elas a ABRASEL, na divulgação do curso para
os profissionais do setor.

Outras Ações da Belotur: capacitação de agentes de transito e auxiliares de
fiscalização da Regional Centro-Sul da PBH
Outra ação desenvolvida pela Belotur, em parceria com a BHTrans e com a Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte, foi a capacitação de 300 agentes de trânsito e de 300
−
−
252
auxiliares de fiscalização da Regional Centro-Sul da PBH, profissionais que atuam nas ruas
da cidade, devidamente uniformizados, os quais, muitas vezes, são abordados com pedidos
de informações e orientações sobre os seus principais atrativos turísticos.
2.1.4.10.
Educação formal no setor de turismo
Em Belo Horizonte, o CEFET-MG oferece o curso Técnico em Turismo e Lazer, nas
modalidades integrado e concomitante, formando profissionais para atuar nas atividades de:
concepção e articulação da operação turística, organização de produtos e serviços
turísticos, promoção de eventos e de ações de lazer e comercialização de produtos e de
serviços de turismo.
Hoje, a formação dos alunos do curso do CEFET-MG atende principalmente os setores de
agenciamento e de eventos. Todos os alunos fazem estágio obrigatório de 480 horas ou 6
meses, que, atualmente acontecem principalmente nas agências de viagem que ligam
oferecendo oportunidades de estágio.
O curso Técnico em Turismo e Lazer é oferecido há 11 anos e está em fase de
reestruturação, tendo em vista o novo formato e as linhas de formação estabelecidas pelo
novo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos do MEC, que, no eixo Hospitalidade e Lazer,
oferece sete linhas de atuação:
 Técnico em Agenciamento de Viagem
 Técnico em Cozinha
 Técnico em Eventos
 Técnico em Guia de Turismo
 Técnico em Hospedagem
 Técnico em Lazer
 Técnico em Serviços de Restaurante e Bar
As duas linhas mais favoráveis, para oferta de cursos pelo CEFET-MG, com base no perfil e
vocação turística de Belo Horizonte, são: Técnico em Eventos e Técnico em Hospedagem.
O curso Técnico em Hospedagem deverá ser oferecido pelo CEFET-MG a partir de 2010,
com uma turma por ano para cada modalidade, concomitante ou integrado. Serão 36 alunos
por turma, no total de 72 alunos/ano. Dessa forma, a expectativa é de que os alunos da
primeira turma do curso Técnico em Hospedagem, modalidade concomitante estejam
prontos para o mercado de trabalho a partir de 2014, enquanto os alunos do curso na
modalidade integrado deverão entrar no mercado em 2015.
O formato do curso Técnico em Hospedagem deverá ser mais operacional, permitindo ao
aluno conhecer as diversas áreas e processos da hotelaria, de modo a identificar as
possibilidades de carreira no setor. O CEFET-MG não deverá oferecer curso na área de
alimentação.
A oferta de novos cursos de nível técnico no setor de Turismo e Hospitalidade atende à
demanda de uma formação profissional mais próxima às necessidades/realidade do
mercado de trabalho, declarada por grande número de dirigentes dos prestadores de
serviços e equipamentos entrevistados e também por representantes de diversas entidades
representativas do setor de Turismo.
A oferta de cursos na área de Turismo em Belo Horizonte sofreu grande mudança nos
últimos anos. Depois de uma ―superoferta‖ de cursos de graduação e diante da
incapacidade do mercado de absorver grande quantidade de profissionais, cuja formação,
muitas vezes, não atendia às necessidades desse mercado, várias faculdades deixaram de
oferecer ou mudaram o formato dos cursos nas áreas de Turismo e Hospitalidade
oferecidos. De sua parte, os alunos dos cursos de graduação em turismo, quando
chegavam ao mercado, também tinham suas expectativas frustradas e não aceitavam as
−
−
253
oportunidades de trabalho na área operacional, pois a profissão de turismólogo foi durante
algum tempo apresentada como uma das ―profissões do futuro‖, aliada à imagem de
glamour das viagens e da hotelaria.
O Curso de Turismo da Fumec forma sua última turma em 2011. O esvaziamento do curso
começou já em 2005, como abandono do curso e a pouca procura por ocasião do
vestibular. A instituição tentou ainda oferecer curso de graduação tecnológica, mas não
houve demanda. Uma ação mais bem sucedida foi o curso de Concierge, no nível básico de
atualização, que formou duas turmas em 2009. Foram cerca de 40 profissionais, muitos
deles ex-alunos de graduação em Turismo da própria Fumec, da PUC e da UFMG, entre
outras.
A oferta de cursos na área de Turismo pelas instituições que oferecem cursos de nível
técnico e superior em Belo Horizonte é apresentada no quadro 2.52.
Quadro 2.52 Oferta de cursos na área de Turismo em Belo Horizonte – 2010
Área
Instituição
Eventos
Eventos
Gastronomia
Gestão do Turismo
Gestão Gastronômica e Hoteleira
UNIBH
Estácio de Sá
Estácio de Sá
Newton de Paiva
Faculdade Senac-MG
Técnico em Guia de Turismo
Senac-MG
Técnico em Turismo e Lazer
CEFET
Turismo (generalista)
Turismo (generalista)
Turismo (EAD) (generalista)
Turismo (generalista)
Estácio de Sá
PUC Minas
Faculdade
Metropolitana de BH
FEAD
UFMG
Turismo – Gestão em Hotelaria
Fumec
Turismo e Hospitalidade
Turismo e Meio Ambiente
Turismo Sustentável
FUMEC
UNA
Estácio de Sá
Turismo (generalista)
Tipo/Grau
Graduação Tecnológica
Graduação Tecnológica
Graduação Tecnológica
Graduação Tecnológica
Pós-graduação
Educação Profissional
Técnica de Nível Médio
Educação Profissional
Técnica de Nível Médio
Bacharelato
Bacharelado
Bacharelado (Última turma /
Vestibular 2009)
Bacharelado
Bacharelado
Graduação (Última turma /
Vestibular 2009)
Extensão
Mestrado
Pós graduação
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A oferta de cursos, nos diversos níveis, que não formam profissionais de acordo com a
demanda do mercado foi apontada pelos representantes de diversas instituições
entrevistados. Segundo eles, há oferta de muitos cursos, mas são cursos genéricos, que
não preparam o profissional para o dia a dia da profissão e os estagiários têm a teoria, mas
a prática é diferente. Para eles, o que é preciso são programas de capacitação ―de verdade‖,
que possam garantir o diferencial competitivo das empresas com produtos e serviços de
qualidade.
Foi ressaltado também que no caso dos empresários é ainda mais difícil, pois eles não
saem da empresa para participar de cursos/reuniões. Para que isso aconteça, o curso
oferecido tem que ser muito bom. Este é um problema para o desenvolvimento do turismo
em Belo Horizonte.
Sobre a modalidade dos cursos oferecidos, consideram que há dificuldade para o
profissional acompanhar a nova oferta de cursos a distância, via internet, e que uma opção
seriam os cursos semipresenciais. Foi lembrada ainda a dificuldade de participação nos
cursos por problemas de adequação ao horário/dias de maior de atividades no setor (por
exemplo, no setor de Eventos não promover cursos às segundas ou às sexta feiras).
−
−
254
2.2. ANÁLISE DA DEMANDA TURÍSTICA DE BELO HORIZONTE
2.2.1. Análise da demanda turística atual
2.2.1.1. Metodologia
Esta pesquisa de demanda turística de Belo Horizonte resulta de uma série de estudos
anteriores sobre o tema, analisados no ―Relatório Preliminar de Pesquisa Secundária‖, que
consta no apêndice a este relatório. Estes estudos anteriores, embora apresentem
limitações para os propósitos do PDITS, em termos de sua composição amostral,
significância estatística ou grau de aprofundamento, apresentam alguns dados e
informações que foram relevantes para a especificação dos procedimentos metodológicos
da pesquisa realizada.
Uma fonte utilizada para o cálculo inicial da amostra foi o Plano de Marketing Turístico de
Belo Horizonte (BELOTUR, 2007), resultado da parceria Belotur/Chias Marketing, que
estimou o universo de 1,5 milhão de turistas/ano para Belo Horizonte em 2007. Para se
chegar a esta estimativa, o estudo da Belotur considerou o volume de desembarques aéreos
nos aeroportos de Belo Horizonte em 2005 e concluiu que aproximadamente 30% dos
turistas que chegam à cidade utilizam o transporte aéreo.
Primeiramente, com base no universo estimado, obteve-se uma média diária de 4.110
turistas/dia. Como as entrevistas para esta pesquisa de demanda efetiva foram realizadas
num período de quatorze dias seguidos (de 10 a 24/07/2010), o universo de turistas no
período foi estimado em 57.541 turistas.
A técnica de amostragem utilizada para o presente estudo de demanda efetiva foi a
Amostragem Aleatória Simples e a amostra pode ser definida com base na seguinte formula:
N x n0
n = ________
N + n0
e
1
n0 = ______
E2
Em que:
= primeira aproximação da amostra;
=
E erro amostral tolerável;
N = tamanho da população;
n = tamanho da amostra.
Aplicando-se os valores determinados com erro amostral de 5%, tem-se:
1
n0 =
________
2
= 400
0,05
57.541 x 400
n = ___________________ = 400
57.541 + 400
Esses cálculos são feitos com base na distribuição de frequência da curva normal,
estimando-se o desvio padrão.
A partir deste universo, o cálculo da amostra, admitindo-se um erro padrão de 5%, indicava
um total de 400 turistas a serem entrevistados, abrangendo tanto os de meio de semana e
quanto os de fins de semana, durante os 14 dias de pesquisa.
−
−
255
Na prática, foi possível aplicar 393 questionários no fim de semana e 406 durante a semana,
totalizando 799 questionários aplicados, sendo 762 em português e 37 em inglês. Dessa
forma, a quota amostral prevista inicialmente foi superada e o erro padrão atingiu o valor de
apenas 3,5%.
Pode-se considerar que o universo obtido inicialmente, a partir das estimativas da Belotur
para 2005, poderia estar subestimado, em função do crescimento do fluxo turístico desde
então. Dessa forma, dois métodos para atualização desta estimativa de fluxo foram
utilizados.
Pelo primeiro método, atualizaram-se as estimativas anteriores da Belotur, utilizando a
variação no movimento nos aeroportos de Belo Horizonte entre julho de 2005 e julho de
2010. Isso resultou em uma nova estimativa do fluxo turístico para Belo Horizonte de
2.818.235 turistas/ano e 7.721 turistas/dia.
Pelo segundo método, o fluxo turístico de Belo Horizonte foi estimado a partir do número de
UHs e de leitos do Inventário Hoteleiro de Belo Horizonte (IPEAD, BELOTUR 2010), dos
parâmetros relativos a taxa de ocupação hoteleira e número médio de turistas por UHs e da
proporção de turistas hospedados em hotéis em relação ao universo de turistas em Belo
Horizonte, obtidos a partir desta pesquisa de demanda e da pesquisa de oferta, dentre
outras fontes. Com base neste segundo método, calculou-se o fluxo de turistas em Belo
Horizonte em 2.257.489 turistas/ano e 6.184 turistas/dia.
Em qualquer desses métodos e estimativas do universo do fluxo turístico, o erro padrão da
amostra desta pesquisa se manteve em apenas 3,5%.
Salienta-se, entretanto, que, como o período da pesquisa abrangeu um período específico
no tempo - 10 a 24 de julho de 2010 –, uma de suas limitações é não captar as variações do
fluxo e do perfil do turista que possam ocorrer em diferentes períodos do ano.
Os principais sujeitos desta pesquisa de demanda turística foram os turistas efetivos em
Belo Horizonte, identificados nos principais atrativos, postos de informação e espaços de
eventos da cidade. Complementarmente, os gestores de importantes operadoras que
trabalham o receptivo em Belo Horizonte foram entrevistados, visando captar suas
percepções qualitativas sobre a demanda turística de Belo Horizonte.
Foram utilizados dois instrumentos de pesquisa: o questionário estruturado e a entrevista.
Os questionários estruturados foram dirigidos aos turistas efetivos, abordando perfil sócioeconômico, motivações, perfil da viagem, grau de satisfação e sugestões, além de outras
variáveis, como consta no Termo de Referência do PDITS.
As principais operadoras que operam o receptivo em Belo Horizonte foram entrevistadas,
com base em um roteiro de perguntas semiestruturado, para captar suas percepções. As
principais variáveis de análise abordadas nesta pesquisa com as operadoras referem-se a
suas áreas de atuação, origem da demanda, destinos comercializados e formas de
comercialização, perfil dos clientes, motivações da sua visita a Belo Horizonte, pontos
positivos e negativos percebidos em relação ao destino Belo Horizonte e sugestões relativas
a este produto turístico.
Os locais das entrevistas com turistas efetivos abrangeram os principais pontos turísticos de
Belo Horizonte, postos de informação turística da Belotur, incluindo os localizados em
pontos de entrada e saída de turistas, e centros de exposições e convenções onde estavam
acontecendo eventos turísticos. A aplicação dos questionários da pesquisa nos postos de
informação turística foi realizada por funcionários da Belotur, a partir de treinamento
específico.
−
−
256
A Tabela 2.185 descreve a quota de entrevistados por locais de aplicação dos questionários.
Tabela 2.185 Locais das entrevistas da pesquisa de demanda turística efetiva em Belo
Horizonte, por categoria e tipo de atrativos, serviços e equipamentos turísticos
- 2010.
Categoria de atrativo,
serviço e
equipamento turístico
Tipo de atrativo,
serviço e equipamento
turístico
Atrativo cultural
Edificações
Feiras e Mercados
Atrativo cultural
Atrativo cultural
Instit. culturais
Eventos permanentes
Feiras
Outros Serviços e
Equipamentos Turísticos
Informações turísticas –
Centro de atendimento
ao turista
Parques/Jardins/Praças
Serviços e
equipamentos de lazer e
entretenimento
Entrevistas
Local
Igreja São Francisco
Mercado Central
Mercado das Flores
Museu Abílio Barreto
Museu de Arte da
Pampulha
Museu de Artes e Ofícios
Feira Hippie
Aeroporto de Confins
Posto Alô Turismo
Posto Mercado Central
Posto Mercado das
Flores
Posto Rodoviária
Posto Veveco
Praça da Liberdade
Praça do Mirante
Praça do Papa
Parque Municipal
Palácio das Artes
Expominas
Casa de espetáculos
Serviços e
Centros de convençõesequipamentos para
congressos
Minascentro
eventos
Serviços e
Parques/Pavilhões de
Parque de Exposições
equipamentos para
exposições
da Gameleira
eventos
Serviços e
Auditórios/salões de
equipamentos para
convenções
Sesc Venda Nova
eventos
Total
22
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Abs.
%
149
3
1
29
18.6
0.4
0.1
3.6
58
7.3
15
41
7
3
15
1.9
5.1
0.9
0.4
1.9
19
2.5
8
7
147
5
90
29
52
38
1.0
0.9
18.4
0.6
11.3
3.6
6.5
4.8
57
7.1
5
0.6
21
2.6
799
100.0
Dentre os locais onde se deu a pesquisa destacam-se a Igreja de São Francisco, na
Pampulha, com 18,6% dos entrevistados, e a Praça da Liberdade, com 18,4%.
Os eventos que ocorreram nos espaços de eventos durante a pesquisa foram:
Minascentro:
 International Workshop on Addressing the Livelihood Crisis of Farmers: Weather and
Climate Services / Congresso Internacional de Agrometeorologia
 Feira de Malhas de Tricô do Sul de Minas
SESC Venda Nova:
 Congresso Nacional da Aliança Bíblica Universitária do Brasil
Expominas:
 29º Congresso Nacional da Renovação Carismática Católica de Minas Gerais
Parque de Exposições da Gameleira:
 29ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador
−
−
257
Para a confecção desta pesquisa, os dados quantitativos levantados foram digitados e
tabulados com uso do SPSS. As freqüências simples e relativas foram calculadas para
todas as variáveis, bem como para os cruzamentos solicitados no Termo de Referência do
PDITS e outros que se mostraram significativos do ponto de vista da análise estatística e
mercadológica.
Posteriormente, os dados oriundos dos questionários e das entrevistas foram devidamente
sistematizados e analisados tanto de uma perspectiva tanto quantitativa quanto qualitativa,
por meio de estatística descritiva.
Acredita-se que em função dos procedimentos amostrais adotados, do grau de confiança
estatística e do aprofundamento analítico alcançado esta pesquisa de demanda turística
efetiva pode ser caracterizada como sendo a de maior de abrangência, robustez estatística
e profundidade de análise já realizada em Belo Horizonte, até o momento.
2.2.1.2.
Perfil sócioeconômico dos turistas em Belo Horizonte
Do total de 799 turistas, foram entrevistados 52,8% do sexo masculino e 47,2% do sexo
feminino. Todos os entrevistados tinham que ter mais de 18 anos, em função do filtro do
questionário utilizado. Apurou-se que a maior parte dos turistas entrevistados tem entre 24 e
47 anos (56,8%), sendo também relevante a percentagem de jovens entre 18 a 23 anos
(14,1%) (tab. 2.186).
Tabela 2.186 Faixa etária dos turistas em Belo Horizonte – 2010
Faixa Etária (anos)
18 a 20
21 a 23
24 a 29
30 a 35
36 a 41
42 a 47
48 a 53
54 a 59
60 a 65
66 ou mais
Não respondeu
Total
Frequência
Abs.
48
65
145
123
90
96
68
53
32
26
53
799
%
6.0
8.1
18.1
15.4
11.3
12.0
8.5
6.6
4.0
3.3
6.6
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O nível de escolaridade dos turistas em Belo Horizonte apresentado na tabela 2.187 pode
ser considerado alto para o padrão brasileiro, uma vez que 97,5% dos entrevistados têm
pelo menos o ensino fundamental completo e 59,1% têm curso superior ou pós-graduação
completos. Apenas 1,6% não tem ensino fundamental completo.
Tabela 2.187 Nível de escolaridade dos turistas em Belo Horizonte –
2010
Escolaridade
Ensino Fundamental incompleto
Ensino Fundamental completo
Ensino Médio completo
Ensino Superior incompleto
Ensino Superior completo
Pós-graduação completa
Não respondeu
Total
Frequência
Abs.
13
27
104
176
289
183
7
799
%
1,6
3,4
13,0
22,0
36,2
22,9
0,9
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
258
O padrão de renda dos turistas também é relativamente alto. A renda bruta individual
mensal, apresentada na tabela 2.188, está concentrada na faixa de R$1.000,00 até
R$3.000,00, o que corresponde a 28,7% dos entrevistados. Por outro lado, 37,8%
apresentam renda individual mensal acima de R$3.000,00. Com renda bruta individual
acima de R$6.000,00 mensais encontram-se 16,1% dos turistas.
Tabela 2.188 Renda bruta individual mensal dos turistas em Belo Horizonte –
2010
Frequência
Classe de Renda Bruta Individual
%
18,9
28,7
21,7
16,1
14,6
100,0
Abs.
151
229
173
129
117
799
Até R$1.000,00
Acima de R$1.000,00 até R$3.000,00
Acima de R$3.000,00 até R$6.000,00
Acima de R$6.000,00
Não respondeu
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
No que se refere à renda familiar, a tabela 2.189 mostra que os níveis aumentam
substancialmente, revelando a importância da contribuição da geração de renda pelos
diversos membros da família.
Tabela 2.189 Renda bruta familiar mensal dos turistas em Belo Horizonte –2010
Frequência
Classe de renda bruta familiar
Abs.
69
225
185
73
121
126
799
Até R$2.000,00
Acima de R$2.000,00 até R$5.000,00
Acima de R$5.000,00 até R$8.000,00
Acima de R$8.000,00 até R$10.000,00
Acima de R$10.000,00
Não respondeu
Total
%
8,6
28,2
23,2
9,1
15,1
15,8
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.2.5 mostra que predomina a faixa de renda familiar mensal de R$2.000,00 a
R$5.000,00, na qual se encontram 28,2% dos turistas. Além disso, 47,4% apresentam renda
familiar superior a R$5.000,00 e 15,1% acima de R$ 10.000,00. O resultado revela a
existência e a potencialidade de um mercado turístico com alto poder aquisitivo.
Quanto à nacionalidade, conforme visualizado na tabela 2.190, 696 (87,1%) turistas
entrevistados são brasileiros e 103 (12,9%) são estrangeiros. Este resultado revela um perfil
de demanda turística crescentemente internacionalizada e muito mais cosmopolita da
Capital mineira do que o identificado em pesquisas anteriores.
Tabela 2.190 Origem dos turistas em Belo Horizonte – 2010
Origem dos turistas
Brasil
Outros países
Total
Frequência
Abs.
696
103
799
%
87,1
12,9
100,0
*Nota: Se refere ao total dos turistas da America do Sul entrevistados, excluindo brasileiros
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os 103 turistas estrangeiros entrevistados vieram de 35 diferentes países, dos cinco
continentes, sendo 42,7% oriundos da Europa, 22,3% da América do Norte e 18,4% de
países da América do Sul (exceto Brasil), conforme tabela 2.191. Dentre os 103 turistas
estrangeiros entrevistados, 2,5% são procedentes dos Estados Unidos e 1,3% da Argentina,
os maiores países emissores.
−
−
259
Tabela 2.191 Continente de origem de turistas estrangeiros em Belo Horizonte – 2010
Continentes
Frequência
África
América Central
América do Norte
América do Sul *
Ásia
Europa
Oceania
Não se aplica
Total
5
1
23
19
8
44
3
696
799
Percentagem
Sobre o total da
Sobre o total de turistas
amostra
estrangeiros
0,6
4.9
0,1
1.0
2,9
22.3
2,4
18.4
1,0
7.8
5,5
42.7
0,4
2.9
87,1
100,0
100.0
*Nota: Se refere ao total dos turistas da America do Sul entrevistados, excluindo brasileiros
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Com relação aos 696 turistas entrevistados oriundos do Brasil, há também diversificação de
mercados emissivos, sendo que a grande maioria (62,2%) é procedente da região Sudeste,
16,5% da Nordeste, 10,8% da Sul, 6,8% da Centro-Oeste e 3,7% da Norte (tab. 2.192).
Tabela 2.192 Regiões de origem dos turistas brasileiros em Belo Horizonte – 2010.
Região
Sudeste
Nordeste
Sul
Centro-Oeste
Norte
Não se aplica
Total
Frequência
433
115
75
47
26
103
799
Percentagem
Sobre o total da
Sobre o total de turistas
amostra
brasileiros
54,2
62.2
14,4
16.5
9,4
10.8
5,9
6.8
3,3
3.7
12,9
100
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Em relação a todos os estados brasileiros, o de procedência de origem é São Paulo, com
23,0%, seguido de Minas Gerais, com 21,2% e Rio de Janeiro com 6,5%, todos da região
Sudeste (tab. 2.193).
Tabela 2.193 Estados de origem dos turistas da região Sudeste do Brasil em Belo
Horizonte – 2010
Estado
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Espírito Santo
São Paulo
Não se aplica
Total
Frequência
169
52
28
184
103
799
Percentagem
Sobre o total da
Sobre o total de turistas
amostra
da região Sudeste
21,2
39.0
6,5
12.0
3.5
6.5
23,0
42.5
12,9
100,0
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As cidades de residência permanente mais citadas pelos turistas entrevistados foram São
Paulo, com 10,3%, Rio de Janeiro, com 4,0%, Brasília, com 3,0%, Curitiba, com 2,6%,
−
−
260
Fortaleza, com 2,4%, Porto Alegre, com 2,3% e Salvador, com 2,1%. A demanda da cidade
de São Paulo corresponde a 44,8% da demanda oriunda do estado de São Paulo, enquanto
que a demanda da cidade do Rio de Janeiro corresponde a 61,5% da demanda proveniente
do estado do Rio de Janeiro.
Como o principal componente da demanda turística global de Belo Horizonte provém da
região Sudeste do Brasil, é interessante especificar sua composição específica por sexo,
faixa etária, escolaridade e faixa de renda individual e familiar.
Em relação ao sexo, a tabela 2.194 mostra que a maioria dos turistas oriundos da região
Sudeste que visitam Belo Horizonte é constituída de homens (53,6%), refletindo o peso da
maioria de turistas homens provenientes de São Paulo (58,1%) e de Minas Gerais (53,8%),
que são os principais estados emissores da região. Já a maior parcela dos turistas oriundos
do Rio de Janeiro (53,8%) e, sobretudo, do Espírito Santo (64,3%) é constituída de
mulheres.
Tabela 2.195 Gênero dos turistas em Belo Horizonte segundo o estado de origem da
região Sudeste - 2010
Masculino
Estado de origem
Feminino
Total
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Minas Gerais
Rio de Janeiro
91
24
53,8
46,2
78
28
46,2
53,8
169
52
100,0
100,0
Espírito Santo
10
35,7
18
64,3
28
100,0
São Paulo
Total
107
232
58,1
53,6
77
201
41,2
46,4
184
433
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A faixa etária predominante dos turistas oriundos dos estados emissores de turistas da
região Sudeste, conforme visualizada na tabela 2.196, está entre 24 e 29 anos para todos
os estados, com exceção de São Paulo, cuja faixa predominante situa-se entre 30 a 35
anos. Proporcionalmente, os jovens de 18 a 23 anos têm maior peso (25% e 18,7%) entre
os turistas procedentes do Espírito Santo e de Minas Gerais, respectivamente. Já a faixa de
turistas com ―66 anos ou mais‖ é relativamente pouco importante na composição quantitativa
da demanda, sendo proporcionalmente mais relevante entre turistas procedentes do Rio de
Janeiro (4,1%), Minas Gerais (3,9%) e São Paulo (2,4%).
Tabela 2.196 Faixa etária dos turistas em Belo Horizonte segundo o estado de origem da
região Sudeste, em percentual - julho de 2010
Faixa etária
(em anos)
18 a 20
21 a 23
24 a 29
30 a 35
36 a 41
42 a 47
48 a 53
54 a 59
60 a 65
66 ou mais
Total
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Espírito Santo
São Paulo
Total
10,3
8,4
16,8
14,2
11,0
10,3
11,6
9,0
4,5
3,9
100,0
2,0
4,1
24,5
18,4
8,2
12,2
14,3
8,2
4,1
4,1
100,0
7,1
17,9
21,4
3,6
17,9
14,3
3,6
14,3
0,0
0,0
100,0
6,5
5,3
18,2
21,2
15,3
11,2
10,6
4,1
5,3
2,4
100,0
7,5
7,2
18,7
16,9
12,9
11,2
10,9
7,2
4,5
3,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A escolaridade dos turistas oriundos da região Sudeste está descrita na tabela 2.197. A
maioria dos turistas de todos os estados do Sudeste tem escolaridade relativamente
elevada, predominando os que têm no mínimo curso superior incompleto, que perfazem
76,3% do total da região. Destaca-se a percentagem dos turistas que possuem curso
−
−
261
superior completo ou pós-graduação oriundos de São Paulo e Rio de Janeiro, que são
68,5% e 68,0%, respectivamente, seguidos do Espírito Santo (42,8%) e de Minas (36,3%).
Tabela 2.197 Grau de escolaridade dos turistas em Belo Horizonte segundoo o estado de origem
da região Sudeste, em percentual - 2010
Grau de Escolaridade
Fundamental incompleto
Fundamental completo
Médio completo
Superior incompleto
Superior completo
Pós-graduação completo
Total
Minas Gerais
4,2
9,5
25,6
24,4
22,6
13,7
100,0
Rio de Janeiro
0
0
14,0
18.0
36,0
32,0
100,0
Espírito Santo
3,6
0
14,3
39.3
32,1
10,7
100,0
São Paulo
0,5
3,3
9,2
18,5
44,0
24,5
100,0
Total
2,1
5,1
16,5
22,1
34,0
20,2
100,
0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A renda bruta individual mensal dos turistas oriundos da região Sudeste, apresentada na
Tabela 2.198, está concentrada na faixa de R$1.000,00 até R$3.000,00, o que corresponde
a 34,9% dos entrevistados provenientes da região. De outro lado, 41,0% apresentam renda
individual mensal acima de R$ 3.000,00, sendo que destes turistas 15,0% possuemrenda
bruta individual acima de R$6.000,00.
O padrão de renda bruta individual dos turistas é maior entre os fluminenses, já que 54,5%
deles informam que têm renda bruta individual acima de R$ 3.000,00, sendo que destes
turistas 25,0% possuem acima de R$6.000,00. Entre os paulistas, 51.5% têm renda bruta
individual acima de R$ 3.000,00 e 16,1% acima de R$ 6.000,00. O perfil do poder aquisitivo
dos mineiros apresenta-se como o menos favorável entre os estados no cômputo geral.
Apenas 26,9% deles contra 30,4% dos capixabas, têm renda bruta individual acima de R$
3.000,00, embora na faixa de renda acima de R$ 6000,00, encontram-se 11,7% dos
mineiros, pouco acima dos 8,7% dos turistas capixabas encontrados nesta faixa.
Tabela 2.198 Faixa de renda bruta individual mensal dos turistas em Belo Horizonte segundo o
estado de origem da região Sudeste, em percentual – 2010
Estado de origem
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Espírito Santo
São Paulo
Total
Até
R$1.000,00
37,9
9,1
21,7
16,1
24,1
Acima de
R$1.000,00 até
R$3.000,00
35,2
36,4
47,8
32,3
34,9
Acima de
R$3.000,00 até
R$6.000,00
15,2
29,5
21,7
35,4
26,0
Acima de
R$6.000,00
11,7
25,0
8,7
16,1
15,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
No que tange a renda familiar mensal, conforme a tabela 2.199, predomina a faixa de
R$2.000,00 a R$5.000,00, na qual se encontram 35,3% dos turistas provenientes da região
Sudeste. No caso dos turistas oriundos do Rio de Janeiro predominam os de faixa de renda
acima de R$10.000,00 (26,1%) e entre R$5.000,00 até R$8.000,00. Além disso, 50,5% dos
turistas da região Sudeste apresentam renda familiar superior a R$5.000,00 e 15,0% acima
de R$ 10.000,00. É interessante notar que 41,3% dos turistas entrevistados do estado do
Rio de Janeiro e 31,3% do estado de São Paulo, respectivamente, tinham renda familiar
bruta acima de R$ 8.000,00 reais, contra 20,8% dos provenientes do Espírito Santo e 16%
de Minas Gerais. O perfil do turista mineiro em Belo Horizonte no que tange a renda bruta
familiar é o mais desfavorável entre todos os estados do Sudeste.
−
−
262
Tabela 2.199 Faixa de renda bruta familiar mensal dos turistas em Belo Horizonte, segundo o
estado de origem da região Sudeste, em percentual – 2010
Faixas de renda (%)
Estado de
origem
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Espírito Santo
São Paulo
Total
Até R$2.000,00
Acima de
R$2.000,00 até
R$5.000,00
Acima de
R$5.000,00 até
R$8.000,00
Acima de
R$8.000,00 até
R$10.000,00
Acima de
R$10.000,00
22,0
10,9
12,5
8,1
14,2
40,0
21,7
41,7
33,8
35,3
22,0
26,1
25
26,9
24,7
8,0
15,2
12,5
11,9
10,8
8,0
26,1
8,3
19,4
15
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
2.2.1.3. Características das viagens dos turistas em Belo Horizonte
Do 799 turistas entrevistados, 43,1% estavam visitando Belo Horizonte pela primeira vez, o
que indica vitalidade e capacidade do destino para atrair novos turistas. Dentre os turistas
entrevistados que já estiveram em Belo Horizonte, 33,5% informaram ter visitado a cidade
com grande frequência (acima de 12 vezes), o que evidencia que a Capital mineira
apresenta, simultaneamente, significativo fluxo de turistas relativamente ―fiéis‖, que retornam
à capital constantemente, por diversos motivos.
A tabela 2.200 apresenta as motivações que levaram os turistas entrevistados a viajar para
Belo Horizonte.
Tabela 2.200 Motivações das viagens turísticas a Belo Horizonte dos turistas em Belo
Horizonte – 2010
Motivação
Viagem a lazer
Visitar parentes ou amigos
Eventos, congresso, convenções
Compras, negócios
Estudo, intercâmbio, pesquisa
Base para conhecer outras cidades ou atrativos.
Tratamento de saúde
Religião, peregrinação
Outros motivos
Total
Frequência
Abs.
265
213
121
99
45
20
19
10
7
799
%
33.2
26.7
15.2
12.4
5.6
2.5
2.4
1.3
0.9
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
De acordo com 33,2% dos entrevistados, a principal motivação da sua vinda a Belo
Horizonte é a viagem a lazer, seguida pela visita a parentes ou amigos, que motivou 26,7%
da amostra pesquisada. Destaca-se ainda a motivação para participação em eventos
(15,2%), compras e outros negócios (12,4%), que podem ser vistos como subsegmentos do
Turismo de Negócios, motivando 27,6% do fluxo turístico da Capital. No conjunto, as
referidas motivações abrangem 86,6% dos entrevistados.
O fato de lazer, isoladamente, aparecer como a principal motivação de visitas turísticas da
cidade é uma informação importante, em face da conhecida importância do turismo de
negócios na cidade. Todavia, este fato deve ser visto com certa cautela, já que pode estar
refletindo uma proporção maior de turistas de lazer na Capital no mês de julho, quando foi
realizada a pesquisa, relativamente aos meses que não são tradicionalmente de férias
escolares.
−
−
263
Dentre as outras principais motivações citadas, ―estudo, intercâmbio e pesquisa‖ obteve
5,6% das respostas e tratamento de saúde, 2,4%, evidenciando que o potencial da cidade
como polo no campo educacional e no turismo de saúde existe, mas não chega a ser ainda
significativo em termos de fluxo turístico.
Cabe citar ainda que aqueles que alegaram como motivação principal para sua viagem a
Belo Horizonte a utilização do município como ―base para conhecer outras cidades ou
atrativos‖, representaram apenas 2,5% da amostra, que buscam a Ouro Preto e outras
cidades históricas (1,5%), Inhotim (0,3)% e outras destinos (0,7%). Religião ou peregrinação
é a principal motivação para 1,3% dos turistas, enquanto as demais motivações somam
juntas, 0,9% das respostas.
Para explicitar melhor o perfil dos turistas associados a cada motivação, pode-se cruzar esta
variável com as características mais salientes do perfil sócioeconômico dos turistas, em
termos de sexo, idade, escolaridade e renda.
A Tabela 2.201 mostra que predominam turistas homens em todos os tipos de motivação,
com exceção de visita a parentes e amigos e ―outras motivações‖.
Tabela 2.201 Motivações de viagem segundo sexo dos turistas em Belo Horizonte – 2010
Motivação
Visitar parentes e amigos
Eventos, congressos, convenções
Compras, negócios
Viagens para lazer
Outros
Total
Masculino
Abs.
%
98
46,0
66
54,5
56
56,6
153
57,7
48
48,0
421
52,8
Feminino
Abs.
115
55
43
112
53
378
%
54,0
45,5
43,4
42,3
14,0
47,2
Total
213
121
99
265
100
799
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
No que tange a faixa etária, predominam turistas de 24 a 47 anos em todos os quatro
principais tipos de motivação turística apresentados na tabela 2.202. Nestes,
proporcionalmente, os jovens de 18 a 23 anos tem maior peso entre os turistas que viajam
para eventos (15,6%), para visitar parentes e amigos (15,5%) e para compras e negócios
(13,8%). Já a faixa de turistas com ―66 anos ou mais‖ é relativamente pouco importante na
composição quantitativa da demanda, sendo proporcionalmente mais relevante entre
turistas que viajam a lazer (4,5%).
Tabela 2.202 Motivações de viagem segundo faixa etária dos turistas em Belo Horizonte, em
percentual – 2010
Motivações (%)
Faixa de Idade
(anos)
18 a 20
21 a 23
24 a 29
30 a 35
36 a 41
42 a 47
48 a 53
54 a 59
60 a 65
66 ou mais
Total
Visitar
parentes e
amigos
6.8
8.7
15.5
17.4
12.5
11.5
9.7
8.2
6.3
3.4
100,0
Eventos,
congressos,
convenções
5.2
10.4
20.0
15.7
13.0
15.7
7.0
7.8
2.6
2.6
100,0
Compras,
negócios
Viagem a
lazer
Outros
2,3
11,5
21,8
25,3
12,6
11,5
8,0
4,6
2,4
0
100,0
6.5
5.7
18.7
15.4
11.8
15.9
8.9
8.1
4.5
4.5
100,0
11,1
12,2
26,7
10,0
10,0
5,6
12,2
3,3
3,3
5,6
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
264
Em relação a escolaridade, cujos dados estão apresentados na tabela 2.203, destaca-se
que a percentagem dos turistas que possuem curso superior completo ou pós-graduação é
maior entre os turistas de lazer (66,6%), seguida por turistas de eventos (58,9%) e de
compras e negócios (42,3%).
Tabela 2.203
Motivações de viagem segundo escolaridade dos turistas em Belo Horizonte, em
percentual – 2010
Escolaridade (%)
Motivação
Fundamental
incompleto
Fundamental
completo
Médio
completo
Superior
incompleto
Superior
completo
Pósgraduação
completo
Total
1,9
4,7
16,6
22,3
35,5
19,0
100,0
2,5
0,8
10,9
26,9
26,1
32,8
100,0
1
7,2
20,6
18,6
22,7
19,6
100,0
1,5
1,9
9,5
20,5
42,4
24,2
100,0
0,9
2,7
10
22,7
44,5
19,1
100,0
Visitar
parentes e
amigos
Eventos,
congressos,
convenções
Compras,
negócios
Viagem para
lazer
Outros
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os dados relativos a renda bruta individual dos turistas, apresentados na tabela 2.204,
revelam que a maioria dos turistas está na faixa de renda bruta acima de R$1.000,00 até
R$3.000,00, quaisquer que sejam as suas motivações de viagem. A percentagem dos
turistas que possuem renda acima de R$3.000,00 é maior entre turistas de lazer (47,4%),
seguida por turistas de eventos (43,6%) e de compras e negócios (43,0%). Já a
percentagem entre os turistas que dizem possuir renda acima de R$6.000,00, é maior entre
turistas de eventos (22,8%).
Tabela 2.204 Motivações de viagem segundo renda bruta individual dos turistas em Belo Horizonte
em percentual – 2010
Motivações
Visitar parentes e amigos
Eventos, congressos,
convenções
Compras, negócios
Viagens para lazer
Outros
Até 1.000,00
23,0
Faixa de renda (em Reais)
Acima de
Acima de
3.000,00
Acima de
1.000,00 até
até
6.000,00
3.000,00
6.000,00
32,6
25,3
19,1
Total
100,0
24,8
31,7
20,8
22,8
100,0
22,1
16,2
33,0
34,9
36,4
29,5
26,7
29,4
18,2
16,3
18,0
19,3
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Em relação a renda bruta familiar mensal, conforme dados apresentados na tabela 2.205, a
maioria dos turistas está na faixa de renda acima de R$2.000,00 até R$5.000,00, quaisquer
que sejam suas motivações. A proporção dos turistas que possui renda bruta familiar acima
de R$8.000,00 é maior entre turistas de eventos (32,0%), seguida por turistas em visita a
parentes e amigos (31,1%), turistas de lazer (29,3%) e de compras e negócios (25,9%). Já
entre os que dizem possuir renda bruta familiar acima de R$10.000,00, a proporção é maior
entre turistas que visitam parentes e amigos (21,7%), seguido de turistas em lazer (18,8),
turistas de eventos (18.6%) e de compras e negócios (13,6%).
−
−
265
Tabela 2.205 Motivações de viagem segundo renda bruta familiar mensal dos turistas em Belo
Horizonte, em percentual – 2010
Faixas de renda (em R$)
Motivação
Até
2.000,00
Acima de
2.000,00 até
5.000,00
Acima de
5.000,00 até
8.000,00
Acima de
8.000,00 até
10.000,00
Acima de
10.000,00
Total
9,4
31,7
27,8
9,4
21,7
100,0
12,4
27,8
27,8
13,4
18,6
100,0
7,4
8,3
17,6
40,7
33,2
37,6
25,9
29,3
22,4
12,3
10,5
10,6
13,6
18,8
11,8
100,0
100,0
100,0
Visitar parentes e
amigos
Eventos, congressos,
convenções
Compras, negócios
Viagens para lazer
Outros
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quando a motivação dos turistas estrangeiros em Belo Horizonte é cruzada com a origem
dos mesmos, tal com apresentado na Tabela 2.206, alguns dados relevantes se salientam.
Tabela 2.206 Motivações de viagem segundo continentes de origem dos turistas estrangeiros em
Belo Horizonte, em percentual – 2010
Motivação
Visitar parentes e
amigos
Eventos,
congressos,
convenções
Compras,
negócios
Viagens para lazer
Outros
Origem
América
Ásia
do Sul*
África
América
Central
América
do Norte
20,0
0
39,1
21,1
60,0
100,0
8,7
0
0
0
20,0
0
0
Europa
Oceania
Total
0
25,0
66,7
26,5
10,5
71,4
18,2
0
20,6
0
5,3
28,6
9,1
0
6,9
21,7
30,5
42,1
21,0
0
0
20,5
27,2
33,3
0
22,5
23,5
* Nota: Se refere ao total dos turistas da America do Sul entrevistados, excluindo brasileiros
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As principais motivações para vir a Belo Horizonte por parte dos turistas estrangeiros
entrevistados são: visita a parentes e amigos, para 26,5% casos e ―Turismo de Negócios‖
para 27% dos casos, abrangendo os subsegmentos do turismo de eventos (20,6%) e
compras e negócios (6,9%). Isso revela uma faceta ainda pouco conhecida da dimensão
demográfica e da realidade crescentemente globalizada da metrópole mineira.
Da amostra pesquisada, vinham a Belo Horizonte com o fim de visitação a parentes e
amigos 66,7% dos turistas oriundos da Oceania, 39,1% dos americanos, 25% dos europeus,
21,1 % dos sul americanos e 20% dos africanos.
No campo do turismo de negócios, ir a eventos, congressos e convenções era a principal
motivação para 100% dos oriundos da America Central, 71,4% dos asiáticos, 60% dos
africanos, 18,2% dos europeus, 10,5 dos sul americanos e 8,7% dos americanos. Já os subsegmento de ―compras e negócios‖ stricto sensu, ainda que sendo a principal motivação de
28,6% % dos asiáticos, de 9,1 % dos europeus e de 5,1% dos sul americanos, era a
motivação de menor incidência entre os turistas estrangeiros pesquisados.
De outro lado os turistas cuja principal motivação era o lazer em Belo Horizonte
representavam 42,1% dos sul americanos, 33,3% dos oriundos da Oceania, 21,7% dos
americanos e 20,5 % dos europeus.
O fato de lazer ser uma motivação bem mais importante para turistas brasileiros do que para
estrangeiros em Belo Horizonte não chega a surpreender tanto quanto o fato de a motivação
−
−
266
para visitar parentes e amigos na Capital mineira ser mais importante para turistas
estrangeiros do que para brasileiros, conforme revelado na comparação dos dados da
tabela 2.206 com a tabela 2.207, relativa ao cruzamento das motivações de viagem segundo
regiões de origem do Brasil dos turistas de Belo Horizonte.
Tabela 2.207 Motivações de viagem segundo regiões de origem do Brasil dos turistas em Belo
Horizonte, em percentual – 2010
Regiões de origem (%)
Motivação
Visitar parentes e amigos
Eventos, congressos,
convenções
Compras, negócios
Viagens para lazer
Outros
CentroOeste
42,6
Nordeste
Norte
Sudeste
Sul
Total
13,9
26,9
28,4
26,7
26,7
19,1
23,5
3,8
12,0
14,7
14,4
8,5
23,4
6,4
7,8
45,2
9,6
3,8
34,6
30,9
15,7
33,0
10,9
13,3
36,0
9,3
13,2
34,8
10,9
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.208 mostra as principais motivações para vir a Belo Horizonte por parte dos
turistas brasileiros entrevistados são: lazer (34,8%), ―Turismo de Negócios‖ com 27,6% dos
casos - abrangendo os sub-segmentos do turismo de eventos (14,4%), compras e negócios
(13,2%) – e visita a parentes e amigos (26,7%).
Proporcionalmente, a motivação para visitar parentes e amigos em Belo Horizonte é maior
entre os turistas oriundos da região Centro-Oeste (42,6%), seguidos das regiões Sudeste
(28,4%), Norte (26,9%), Sul (26,7%) e Nordeste (13,9%).
O turismo de negócios - participar de eventos, congressos e convenções - atrai 23,5% dos
turistas oriundos da região Nordeste (23,5%), 19,1% da região Centro-Oeste, 14,7% da
região Sul, 12,0% da região Sudeste e apenas 3,8% da região Norte. Já a motivação de
―compras e negócios‖ atrai proporcionalmente mais turistas de regiões de economia mais
pujante e próximas: 15,7% dos turistas procedentes da região Sudeste, 13,3% da região
Sul, 8,5% dos turistas da região Centro-Oeste, 7,8% da região Nordeste e apenas 3,8% da
região Norte.
Os 242 turistas brasileiros cuja principal motivação era o lazer em Belo Horizonte
representavam 45,2% dos turistas oriundos da região Nordeste, 36,0% da Sul, 34,6% da
Norte, 33% da Sudeste e 23,4% da Centro-Oeste.
O foco nos turistas oriundos da região Sudeste do Brasil e suas motivações para viajar a
Belo Horizonte fornecem uma aproximação mais detalhada deste importante mercado,
conforme revelado na tabela 2.208.
Tabela 2.208 Motivações de viagem segundo estados de origem dos turistas da região Sudeste em
Belo Horizonte, em percentual - 2010
Origem (%)
Motivação
Visitar parentes e amigos
Eventos, congressos,
convenções
Compras, negócios
Viagens para lazer
Outros
Minas
Gerais
São
Paulo
Rio de
Janeiro
Espírito
Santo
26,0
32,1
21,2
32,1
Total da
região
Sudeste
28,4
11,8
12,0
13,5
10,7
12,0
24,9
23,7
13,6
10,3
36,4
9,2
9,6
42,3
13,5
7,1
50,0
0,0
15,7
33,0
10,9
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
267
As principais motivações para vir a Belo Horizonte por parte dos turistas da região Sudeste
entrevistados são: viagens a lazer, com 33,0%, visita a parentes e amigos, com 28,4%, e o
turismo de negócios, com 27.7%, abrangendo as motivações do turismo de eventos (12,0%)
e compras e negócios (15,7%).
Curiosamente, a motivação para visitar parentes e amigos em Belo Horizonte é
proporcionalmente maior entre os turistas oriundos de São Paulo (32,1%) e Espírito Santo
(32,1%) do que de Minas Gerais (26,0%). No que tange ao turismo de negócios, ir a
eventos, congressos e convenções atraía 13,5% dos turistas fluminenses, 12,0% dos
paulistas, 11,8% dos mineiros e 10,7% dos capixabas. Já o subsegmento de ―compras e
negócios‖ atraía 24,9% dos mineiros e apenas 10,3% dos paulistas, 9,6% dos cariocas e
7,1% dos capixabas. De outro lado, os 143 turistas da região Sudeste cuja principal
motivação era o lazer em Belo Horizonte representavam 50,0% dos turistas capixabas,
42,3% dos cariocas, 36,4% dos paulistas e de relativamente poucos mineiros (23,7% dos
turistas provenientes do próprio estado).
A tabela 2.209 mostra que os turistas se hospedam principalmente em casas próprias ou de
parentes e amigos (45,3%), seguido de hotéis (39,3%). Juntos, esses meios de
hospedagem são responsáveis por 84,6% das preferências dos entrevistados.
Tabela 2.209 Meios de hospedagem utilizados por turistas em Belo Horizonte – 2010
Meios de hospedagem
Frequência
Abs.
%
362
314
36
24
23
13
8
6
6
7
799
45.3
39.3
4.5
3.0
2.9
1.6
1.0
0.8
0.8
0.9
100.0
Casa própria, de parentes ou amigos
Hotel
Motel, hospedaria, alojamento ou pensão
Casa ou apartamento alugado
Apart-Hotel
Albergue
Pousada
Colônia de férias
Instituições ou casas religiosas
Outro
Total
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quando se cruzam os dados de motivação de viagem com meios de hospedagem utilizados,
várias observações de interesse podem ser feitas a partir da leitura da tabela 2.210.
Dentre aqueles visitam parentes e amigos, 89,7% se hospedam em casa própria, de
parentes ou amigos, 7,5% em hotel, 1,0% em ―outros meios de hospedagem‖, 0,9% em
apart-hotel e 0,9% em casa ou apartamento alugado.
Os que vêm para eventos e congressos se hospedam majoritariamente em hotel (52,1%),
seguidos de ―outros meios de hospedagem‖ (24,0%), casa própria, de parentes ou amigos
(18,2%), apart-hotel (2,5%), pousada (2,5%), casa ou apartamento alugado (0,8%).
Dentre aqueles que viajam motivados por compras e negócios, 61,6 % se hospedam em
hotel, 15,2% em casa própria, de parentes ou amigos, 9,1% em casa ou apartamento
alugado, 8,1% em apart-hotel, 1,0 em pousada, 1,0% em albergue e 4,0% em ―outros meios
de hospedagem‖.
Por último, constata-se que aqueles que vêm para lazer se hospedam majoritariamente em
hotel (51,3%), seguidos de casa própria, de parentes ou amigos (37,4%), apart-hotel (3,0%),
−
−
268
casa ou apartamento alugado (2,6 %), ―outros meios de hospedagem‖ (1,9%), pousada
(1,1%).
Tabela 2.210 Meios de hospedagem utilizados segundo motivação de viagem turística para Belo
Horizonte dos turistas, em percentual - 2010
Motivação
Visitas a parentes,
amigos
Eventos,
congressos,
convenções
Compras, negócios
Lazer
Outro
Total
Tipo de Hospedagem (%)
Casa
própria, de
Aluguel Pousada
Albergue
parentes ou
amigos
Hotel
ApartHotel
7,5
0,9
0,9
0,0
89,7
52,1
2,5
0,8
2,5
61,6
51,3
38,0
8,1
3,0
2,0
9,1
2,6
5,0
39,3
2,9
3,0
Outros
Total
0,0
1,0
26,7
18,2
0,0
24,0
15,1
1,0
1,1
1,0
15,2
37,4
34,0
1,0
2,6
5,0
4,0
1,9
15,0
12,4
33,2
12,5
1,0
45,2
1,6
7,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Dentre aqueles que ficam em hotéis, a maioria está em viagem de lazer, seguido de
eventos, compras e congressos: o chamado ―turismo de negócios‖. Casa própria, de
parentes e amigos é um meio de hospedagem importante não só para os que vêm em visita
a parentes e amigos, mas também para aqueles que viajam também com outras motivações
para Belo Horizonte.
Outros dados interessantes emergem quando se cruzam os meios de hospedagem
utilizados com a origem dos turistas, de acordo com os estados emissores da região
Sudeste, tal como mostrado na tabela 2.211. A grande maioria dos turistas da região se
hospeda em casa própria, de parentes e amigos (48,5%) ou em hotéis (37,6%).
Proporcionalmente, os maiores frequentadores de hotéis em Belo Horizonte são os paulistas
e capixabas (46,2% cada), seguidos dos mineiros (27,8%). Curiosamente, os fluminenses
são os que apresentam menor frequência em hotéis da cidade (25,0%) e maior propensão a
ficar em casa de parentes e amigos (60,7%), em que pese serem a serem os turistas de
maior média de renda individual (tabela 2.211).
Tabela 2.211 Meios de hospedagem utilizados pelos turistas em Belo Horizonte, segundo o estado
de origem da região Sudeste, em percentual – 2010
Tipos de
Hospedagem
Hotel
Apart-hotel
Aluguel
Pousada
Casa própria, de
parentes ou amigos
Albergue
Outros
Total
Minas Gerais
27,8
4,1
3,0
0,6
Estados de Origem da Região Sudeste
Rio de
Espírito Santo
São Paulo
Janeiro
46,2
25,0
46,2
1,9
3,6
2,7
1,9
3,6
2,7
0
0
0
Total da
região
37,6
3,2
2,8
0,2
56,2
44,2
60,7
40,8
48,5
0,6
7,7
100,0
1,9
3,9
100,0
3,6
3,5
100,0
1,6
6,0
100,0
1,4
6,3
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Em relação ao número de pernoites dos turistas entrevistados, calculou-se inicialmente a
média. Mas, como forma identificados valores extremos (outliers), que distorciam essa
média, calculou-se também a mediana, que é muito menos sensível a estes valores
−
−
269
extremos. O fato de a média ser maior do que a mediana significa que os outliers estão
puxando os valores médios para cima. Quando ela é menor, estão puxando para baixo.
O número médio de pernoites por turista foi calculado considerando o total da amostra e,
também, num segundo momento, extraindo-se da amostra os casos extremos (outliers).
Num primeiro momento, simulou-se a média com a retirada de 25% dos casos amostrais
mais extremos, para demonstrar o seu peso na média geral. Posteriormente, trabalhou-se
com extração de 2% dos casos extremos da amostra (outliers), o que é um procedimento
padrão recomendável do ponto de vista estatístico.
Quando se considera o total da amostra, o turista permanece em média 11,5 pernoites em
Belo Horizonte, o que é considerado uma média alta. A mediana neste caso é de cinco
pernoites, indicando que os outliers estão nitidamente puxando os valores médios para
cima.
Quando se desagregam esses números por tipo de hospedagem, vê-se que a média
exclusivamente de turistas hospedados em hotéis no mês da pesquisa foi de 6,4 dias, sendo
a mediana de 3,5, enquanto a média de permanência de turistas hospedados em pousadas
foi de 4 dias e a mediana de 4,5.
Todos os outros meios de hospedagem indicados puxaram essa média para cima: casa ou
apartamento alugado (média de 72,6 dias e mediana de 12,5), albergues (média de 33,7
dias e mediana de 4), apart-hotéis (média de 23,5 dias e mediana de 6), outros (média de
13,1 dias e mediana de 6,5) e casa própria, de parentes ou amigos (média de 10,9 dias e
mediana de 6,5).
Quando se cruza o número de pernoites por tipo de motivação turística, constata-se que, em
média, aqueles que viajam motivados para compras e negócios destacam-se, ficando 25,4
noites por viagem (mediana de 6,5), aqueles que visitam parentes e amigos ficam 10,1
noites (mediana de 5), aqueles que viajam a lazer ficam 6,4 noites (mediana de 4), aqueles
que vêm para eventos e congressos ficam 5,7 noites (mediana de 4,5) e aqueles que viajam
por outros motivos ficam 21,1 noites (mediana de 5).
Também do cruzamento do número de pernoites por principais estados de origem da região
Sudeste extraem-se observações relevantes. A média de pernoites total de turistas da
região é de apenas 6,9 e a mediana de 3,5. Estes números são bem menores do que o
número médio de 11,5 pernoites e a mediana de 5 encontrados quando se consideram
todos os turistas. Dentre os estados, o do Rio de Janeiro tem a maior média de permanência
por viagem (10,6 pernoites e mediana de 3,5). Isso está alinhado ao fato de que se
hospedam predominantemente em casas próprias, de parentes ou amigos, seguindo-se
Minas Gerais (média de 6,9 e mediana de 5), São Paulo (média de 6,3 e mediana de 3,5) e
Espírito Santo (média de 4,0 e mediana de 2,5).
Extraindo-se da amostra total os casos extremos (outliers) na proporção de 25%, o número
médio geral de pernoites por turista cai para 4,2 pernoites, demonstrando que uma parcela
de até 25% dos turistas tem uma média de permanência muito maior do que a da maioria
(75%) dos turistas da amostra. Salienta-se que essa média de 4,2 é próxima à taxa média
de permanência de turistas hospedados apenas em hotéis e apart-hotéis em Belo Horizonte,
tal como identificado pelos empresários do setor nos estudos de oferta turística efetuados
durante o mesmo período, para este diagnóstico do mercado turístico de Belo Horizonte.
Todavia, extraindo-se da amostra os casos extremos (outliers) na proporção de até 2% da
amostra, tal como recomendado no procedimento estatístico mais habitual, a taxa média de
permanência calculada é de 7,4 pernoites, que fica mais próxima da mediana, que se
mantém em 5 pernoites. Essa média é ainda relativamente alta e pode estar refletindo o fato
de que o levantamento se deu em julho, mês de férias escolares e de médias de estadas
mais longas, tradicionalmente.
−
−
270
Quando se desagregam esses números obtidos com exclusão de outliers na proporção de
2%, por tipo de hospedagem, vê-se que a média exclusivamente de turistas hospedados em
hotéis no mês da pesquisa foi de 5,0 dias (mediana de 4) e que a permanência de turistas
hospedados em pousadas foi de 4 dias (mediana de 5). Os outros meios de hospedagem
indicados puxaram essa média para cima: casa ou apartamento alugado, média de 57,2 e
mediana de 10; outros meios de hospedagem, média de 9,7 e mediana de 5,5; casa própria,
de parentes ou amigos, média de 8,3 e mediana de 3; albergues, média de 6,1 e mediana
de 3,5; e apart-hotéis, média de 5,7 e mediana de 4.
Quando se cruza o número de pernoites por tipo de motivação turística, vê-se que, em
média, os que viajam motivados para compras e negócios destacam-se, ficando 18,2 noites
por viagem (mediana de 7), aqueles que viajam por outros motivos (média de 13,6 e
mediana de 4,5), aqueles que visitam parentes e amigos (média de 8,2 e mediana de 5),
aqueles que vêm para eventos e congressos (média de 5,4 e mediana de 4,5) e aqueles que
viajam a lazer (média de 5,3 e mediana de 3,5). Já a média de pernoites total de turistas da
região Sudeste passa a ser de 5,4 e a mediana de 4. Nesse caso, dentre os estados da
região a maior média de permanência passa a ser Minas Gerais (6,3 pernoites por viagem e
mediana de 5), o que se justifica pelo fato de que viajam a Belo Horizonte motivados
principalmente para visitar a parentes e amigos, predominando o hábito de se hospedarem
entre estes ou em casa própria. Seguem-se São Paulo (média de 5 e mediana de 3,5), Rio
de Janeiro (média de 4,3 e mediana de 3,5) e Espírito Santo (média de 3,2 e mediana de
2,5).
O meio de transporte mais utilizado para viagens a Belo Horizonte, segundo os turistas é o
avião (tab. 2.212), preferido por 46,7% dos entrevistados, seguido do automóvel (28,8%).
Como terceira preferência vem o ônibus de linha com 17,9%. A participação de ônibus de
excursão é relativamente baixa (4,9%), enquanto a de outros meios de transporte
corresponde a apenas 1,8% das preferências.
Tabela 2.212 Meios de transporte de acesso a Belo Horizonte
utilizados pelos turistas – 2010
Meios de transporte
Avião
Automóvel
Ônibus de linha
Ônibus de excursão
Trem
Outros
Total
Frequência
Abs.
373
230
143
39
8
6
799
%
46.7
28.8
17.9
4.9
1.0
0.8
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A pesquisa revelou que a maioria dos turistas entrevistados viaja acompanhada. Assim,
enquanto 32,9% viaja sozinhos, 41,9% viaja em família, sendo que dentre esses últimos a
família em viagem é composta de casal sem filhos, em 48,2% dos casos. A parcela dos que
viajam em grupo corresponde a 25,2% dos entrevistados. Destes, 29,9 % compõem-se de 2
pessoas, 35,8% de 3 a 5 pessoas e em 34,3% de 6 ou mais pessoas.
No que tange a motivação, conforme a tabela 2.213, aqueles que viajam a compras e
negócios são os que proporcionalmente mais viajam sozinhos (42,0%), seguidos pelos que
viajam por outros motivos (39,0%) e os que viajam a eventos (34,7%).
−
−
271
Tabela 2.213 Formas de viagem segundo as motivações de viagem dos turistas em Belo
Horizonte – 2010
Formas de viajar
Motivação
Sozinho
Em grupo
Com família
Total
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Visitar parentes e amigos
Eventos, congressos,
convenções
Compras, negócios
70
32,9
16
7,5
127
59,6
213
26,7
42
34,7
60
49,6
19
15,7
121
15,1
42
42,0
31
31,0
27
27,0
100
12,5
Viagens a lazer
70
26,4
62
23,4
133
50,2
265
33,2
Outros
39
39,0
32
32,0
29
29,0
100
12,5
Total
263
32,9
201
25,2
335
41,9
799
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Conforme a tabela 2.214, a maior proporção dos turistas que viajam sozinhos para Belo
Horizonte em relação ao total de turistas por estado de origem da região Sudeste é
constituída de turistas paulistas (37,0%), seguidos de mineiros (30,2%), cariocas (21,4%) e
capixabas (19,2%). Os turistas mineiros em Belo Horizonte são os que viajam mais em
grupo (29,0%), seguido de fluminenses e capixabas (25,0% cada) e dos paulistas (20,1%).
Dos que viajam com família, a maior proporção relativamente ao total de turistas de cada
estado é de capixabas (55,8%), seguido de fluminenses (53,6%), paulistas (42,9%) e
mineiros (40,8%).
Tabela 2.214 Forma de viagem segundo estados de origem da região Sudeste dos turistas em
Belo Horizonte – 2010
Estados de
origem
Minas Gerais
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
Total
Sozinho
Abs.
%
51
30,2
10
19,2
6
21,4
68
37,0
135
31,2
Formas de viajar
Em grupo
Com família
Abs.
%
Abs.
%
49
29,0
69
40,8
13
25,0
29
55,8
7
25,0
15
53,6
37
20,1
79
42,9
106
24,5
192
44,3
Total
Abs.
169
52
28
184
433
%
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Na consideração do destino a ser visitado, 77,1% revelaram que têm o destino Belo
Horizonte como única opção de viagem na ocasião. Dentre os 22,9% que reconheceram
outra opção de destino ―concorrente‖, 33,8% consideraram as cidades históricas de Minas
Gerais, 12,7% consideraram o Rio de Janeiro, 10,7% São Paulo, 2,9% Florianópolis, 2,4%
―outras cidades e áreas turísticas vizinhas em Minas Gerais‖ e 37,2% uma variedade de
outros destinos. Essa informação é interessante, sobretudo, por ratificar a concorrência
(além da complementaridade) de Belo Horizonte com as cidades históricas, além de
destacar a concorrência com o Rio, que pode se dar em vários campos, como o do turismo
de negócios e lazer associado à cultura, em que pese a conhecida importância da capital
fluminense nesses campos, em nível nacional.
A fim de determinar o peso do grau de influência dos principais fatores que poderiam ter
influenciado a decisão da escolha de Belo Horizonte como destino turístico, foram
apresentados 14 fatores para os entrevistados, cada um deles numa escala progressiva de
0 a 10. O valor 0 corresponde à influência nula na decisão - ou seja, mudanças nesses
fatores não irão influenciar a decisão de escolha do destino. O grau de influência igual a 10
representa alto grau de influência do fator na decisão de escolha do destino.
−
−
272
O grau de influência associa-se ao conceito de elasticidade, embora não signifique a mesma
coisa. A elasticidade é representada por um número absoluto, que representa variações
relativas entre duas variáveis. No caso desta pesquisa, não se computaram essas
variações, mas somente o grau de sensibilidade ou de influência de cada fator em relação à
escolha do destino Belo Horizonte.
A tabela 2.215 mostra a participação relativa de cada fator por grau de influência. Destacase o fator ―disponibilidade de bons pacotes de viagem‖, que teve a participação de 16,42%
dos entrevistados, a maior dentre os fatores considerados, cujo grau de influência foi nulo.
Simultaneamente, este fator teve a menor participação - apenas 1,96% - na coluna referente
ao grau de influência dez. Este resultado indica que este fator é o que menos influencia a
decisão de escolha do destino.
Segue como fator que menos influenciou ―material promocional‖, com 11,94% de
participação dos turistas na coluna correspondente ao grau zero, e 3,7% na coluna de grau
10. O destaque destes dois fatores como aqueles que menos influenciaram pode ser devido
à própria escassez de bons pacotes de viagem e de material promocional na divulgação do
destino Belo Horizonte. De outro lado, com grau de influência no valor 10, destacam-se
―hospedagem‖, com participação de 13,2%, atrativos turísticos, com 10,5% e ―eventos‖, com
10,4%. Estes foram os fatores que tiveram maior influência na decisão de visitar o destino
Belo Horizonte. ―Bares e restaurantes‖ vem a seguir, citado por 9,54% dos entrevistados
como o fator que mais influenciou na decisão de vir a Belo Horizonte. Quanto aos outros
fatores, obtiveram um grau médio, concentrado nos valores de 3 a 8.
Tabela 2.215 Distribuição percentual dos fatores por seu grau de influência na seleção do destino
pelos turistas em Belo Horizonte – 2010
Fatores de Influência
Proximidade e facilidade
de acesso
Atrativos turísticos
Eventos
Hospedagem
Restaurantes e bares
Equipamentos de
entretenimento
Disponibilidade de pacotes
de viagem
Qualidade dos serviços em
geral
Preços
Infraestrutura de água, luz
e esgoto
Segurança
Limpeza pública
Material promocional
Outros
Grau de Influência (%)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
5,8
7,5
12,2
12,5
9,0
9,8
6,9
9,1
8,8
5,8
7,9
4,4
5,6
8,0
8,5
8,4
6,9
7,6
10,2
10,2
9,8
10,6
8,0
12,4
13,2
8,1
7,0
8,4
6,5
3,9
4,6
5,2
10,5
6,3
6,8
3,5
7,0
8,0
6,9
5,2
5,6
7,5
8,0
13,2
6,4
5,0
6,6
8,1
7,4
6,5
7,1
6,7
8,1
12,4
9,5
8,7
13,0
10,4
6,6
5,4
7,4
5,6
7,0
6,9
6,0
6,4
16,4
9,9
5,6
4,0
3,0
4,3
3,2
2,8
2,5
2,5
2,0
5,7
3,7
6,6
4,8
7,4
8,7
11,1
10,3
10,4
9,2
6,7
5,5
3,1
8,7
6,6
9,7
11,1
13,5
10,7
10,4
7,6
4,1
7,8
6,8
4,9
8,5
8,0
6,3
8,2
7,2
7,0
9,5
7,9
5,9
4,4
4,9
8,5
9,4
9,0
8,7
9,4
9,6
10,5
6,4
6,9
10,6
9,0
10,7
12,0
8,0
10,2
9,5
8,0
7,6
5,2
11,9
10,6
6,3
6,3
4,4
6,5
5,8
7,4
5,7
4,4
3,7
0,3
0,6
0,4
0,0
1,0
0,2
0,6
0,2
0,3
1,8
6,1
Total
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As tabelas 2.2.31 e 2.2.32 apresentam a distribuição do grau de influência de cada fator, em
valores absolutos e percentuais, respectivamente. Com base nestas tabelas e
considerando-se que o grau de influência no valor de 7 ou superior equivaleria a um alto
nível de influência, o fator ―Outros‖ apresenta-se como o de maior concentração nesta faixa
de influência, com 86,0% das preferências. Entretanto, conforme mostrado na tabela 2.2.30,
−
−
273
a participação do fator ―Outros‖ no total é muito baixa. Vale salientar que na opção ―Outros‖
o item referente à visita a parentes e amigos é o mais citado com 32,3% das respostas.
Seguindo-se em ordem decrescente do grau de influência, conforme disposto nas tabelas
2.216 e 2.217, apresentam-se os seguintes principais fatores, considerando-se o grau 7 ou
superior: atrativos turísticos, com 57,2% das respostas; hospedagem, com 52,4%;
restaurantes e bares, com 50,7%; e qualidade dos serviços com 49,3%. Estes foram os
fatores que apresentaram níveis mais altos de grau de influência.
O fator que menos influenciou na decisão de vir a Belo Horizonte foi a ―Disponibilidade de
bons pacotes de viagem‖, em que se verifica que 71,2% deram o conceito zero e apenas
4,2% deram o conceito 10. Em seguida aparece o item ―Material promocional‖ em que
50,3% optaram pelo conceito zero e apenas 7,8% pelo conceito 10.
Os elementos que registraram o mais alto grau de influência, igual a 10, foram em ordem
decrescente: hospedagem, com 27,5%; atrativos turísticos, com 21,8%; eventos, com
21,7%; e restaurantes, com 19,8%. Seguem-se: infraestrutura de água, luz e esgoto
(16,5%); proximidade e facilidade de acesso, (16,2%); qualidade dos serviços em geral,
(13,8%); equipamentos de entretenimento, (13,5%); e segurança (13,3%). Este resultado
sugere em quais elementos a qualidade dos serviços prestados têm maior influência na
avaliação dos turistas.
Tabela 2.216 Frequência absoluta dos graus de influência de cada fator na seleção do destino
Belo Horizonte pelos turistas – 2010
Fatores de Influência
Frequência Absoluta do Grau de Influência
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total
191
12
35
34
27
105
37
78
109
40
129
797
145
9
23
23
25
74
41
88
126
67
173
794
Eventos
263
20
38
22
21
90
35
34
57
36
171
787
Hospedagem
208
11
10
19
24
74
28
48
93
55
216
786
Restaurantes e bares
Equipamentos de
entretenimento
Disponibilidade de pacotes de
viagem
Qualidade dos serviços em
geral
Preços
Infraestrutura de água, luz e
esgoto
Segurança
211
8
19
22
22
70
38
58
100
85
156
789
288
21
30
18
16
79
30
60
85
41
104
772
542
16
16
11
9
46
17
24
31
17
32
761
188
6
19
13
22
93
60
89
128
63
109
790
182
5
25
18
29
119
73
92
128
52
67
790
258
11
14
23
24
67
44
62
87
65
129
784
195
7
14
23
28
96
47
81
119
72
105
787
Limpeza pública
227
17
26
29
36
86
55
82
99
52
85
794
Material promocional
394
17
18
17
13
69
31
64
70
30
61
784
9
1
1
0
3
2
3
2
4
12
99
136
Proximidade e facilidade de
acesso
Atrativos turísticos
Outros
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
274
Tabela 2.217 Frequência relativa dos graus de influência de cada fator na seleção do destino Belo
Horizonte pelos turistas – 2010
Fatores de Influência
Proximidade e facilidade
de acesso
Atrativos turísticos
Grau de Influência (%)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total
24,0
1,5
4,4
4,3
3,4
13,2
4,6
9,8
13,7
5,0
16,2
100,0
18,3
1,1
2,9
2,9
3,1
9,3
5,2
11,1
15,9
8,4
21,8
100,0
Eventos
33,4
2,5
4,8
2,8
2,7
11,4
4,4
4,3
7,2
4,6
21,7
100,0
Hospedagem
26,5
1,4
1,3
2,4
3,1
9,4
3,6
6,1
11,8
7,0
27,5
100,0
Restaurantes e bares
Equipamentos
de
entretenimento
Disponibilidade de bons
pacotes de viagem
Qualidade dos serviços
em geral
Preços
Infraestrutura de água,
luz e esgoto
Segurança
26,7
1,0
2,4
2,8
2,8
8,9
4,8
7,4
12,7
10,8
19,8
100,0
37,3
2,7
3,9
2,3
2,1
10,2
3,9
7,8
11,0
5,3
13,5
100,0
71,2
2,1
2,1
1,4
1,2
6,0
2,2
3,2
4,1
2,2
4,2
100,0
23,8
0,8
2,4
1,6
2,8
11,8
7,6
11,3
16,2
8,0
13,8
100,0
23,0
0,6
3,2
2,3
3,7
15,1
9,2
11,6
16,2
6,6
8,5
100,0
32,9
1,4
1,8
2,9
3,1
8,5
5,6
7,9
11,1
8,3
16,5
100,0
24,8
0,9
1,8
2,9
3,6
12,2
6,0
10,3
15,1
9,1
13,3
100,0
Limpeza pública
28,6
12,1
13,3
3,7
4,5
10,8
6,9
10,3
12,5
6,5
10,7
100,0
Material promocional
50,3
2,2
2,3
2,2
1,7
8,8
4,0
8,2
8,9
3,8
7,8
100,0
Outros
6,6
0,7
0,7
0
2,2
1,5
2,2
1,5
2,9
8,8
72,8
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
No que se refere à organização da viagem, a pesquisa revelou que a utilização de
programas de incentivo ao turismo foi uma alternativa utilizada somente por 2,1% dos
turistas, enquanto apenas 4,5% dos entrevistados utilizaram algum pacote turístico. Além de
estar relacionado com a alta percentagem de turistas que se hospedavam em casa própria,
de parentes e amigos, o baixo uso de pacotes turísticos, provavelmente, reflete o fato de
que, atualmente, as facilidades crescentes dos meios de comunicação e de informação
tendem a facilitar o planejamento pessoal da viagem. De outro lado, é fato também que Belo
Horizonte é pouco trabalhada por operadores emissivos, como revelado na pesquisa
qualitativa realizada em São Paulo e comentado na segunda parte do relatório da pesquisa,
referente à demanda potencial.
Dos 799 entrevistados, apenas 36 (4,5%) utilizam pacote turístico e 759 (95,0%) não
utilizam. Não responderam à questão 4 (0,5%). Dentre os respondentes que viajam por meio
de pacotes turísticos, a maior frequência (50,0%) é dos que viajam a lazer, seguida dos que
viajam por outros motivos e dos que viajam a fim de participar em eventos (16,6%) (tab.
2.218).
Tabela 2.218 Forma de organização de viagem, segundo as principais motivações de
turistas para Belo Horizonte – julho de 2010
Utilização de Pacote Turístico
Motivação
Sim
Não
Freqüência
Total
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
Visitar parentes e amigos
3
8,3
210
27,7
213
Ir a eventos, congressos, convenções
6
16,7
115
15,2
121
Compras/negócios
3
8,3
95
12,5
98
Viagens a lazer
18
50,0
245
32,3
263
Outros
6
16,7
94
12,3
100
Total
36
100,0
759
100,0
795
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
275
A forma de organização da viagem foi também cruzada com a origem dos turistas segundo
os principais estados da região Sudeste (tab. 2.219).
Tabela 2.219 Forma de organização de viagem, segundo estados de origem da
região Sudeste de turistas para Belo Horizonte – 2010
Utilização de Pacote Turístico
Estados de
Origem
Minas Gerais
Espírito Santo
Rio de Janeiro
São Paulo
Total
Sim
Não
Total
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
2
3
0
4
9
22,2
33,3
0
44,4
100,0
167
49
27
178
421
39,7
11,6
6,4
42,3
100,0
169
52
27
182
430
39,3
12,1
6,3
42,3
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Dentre os 430 respondentes, a maioria dos que utilizam pacote turístico para Belo Horizonte
é paulista (44,4%), seguindo-se os capixabas (33,3%) e os mineiros (22,2%). Sobressai o
fato de que 100% da amostra de fluminenses não utiliza pacote turístico para Belo
Horizonte.
Ainda no aspecto da organização da viagem, 52,7% dos turistas entrevistados afirmaram
que despenderam até 5 dias na preparação da viagem (tab. 2.220). Demandaram de 6 a 30
dias 36,3% e demandaram mais de 30 dias na preparação da viagem, 10,0%, sendo que 8
(1,0%) não responderam a questão.
Tabela 2.220 Tempo despendido na preparação da viagem por
turistas de Belo Horizonte – 2010
Tempo despendido (dias)
Até 5
6 a 10
11 a 20
21 a 30
Acima de 30
Não respondeu
Total
Frequência
Abs.
%
421
128
65
97
80
8
799
52.7
16.0
8.2
12.1
10.0
1,0
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.221 revela que os gastos informados para preparação da viagem concentram-se
na faixa mais baixa, de até R$200,00 (29,5%), ou são, até mesmo, nulos (28,4% das
respostas). Estas duas alternativas representam 57,9% das respostas. Os valores referentes
aos gastos incluem, em média, duas pessoas.
−
−
276
Tabela 2.221 Gastos na preparação da viagem por turistas de Belo
Horizonte – 2010
Classes de valores
Até R$200,00
De R$201,00 a R$500,00
De R$501,00 a R$1.000,00
Mais de R$1.000,00
Não gastou
Não respondeu
Total
Freqüência
Abs.
236
138
88
92
227
18
799
%
29.5
17.3
11.0
11.5
28.4
2,3
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O gasto total diário durante a viagem foi, em média, de R$182,81. Quando se desagrega
essa média por tipo de hospedagem, encontra-se que as médias exclusivamente de turistas
hospedados em imóveis alugados (R$266,52), hotéis (R$250,71) e apart-hotéis (R$248,81)
são mais elevadas, enquanto as médias mais baixas estão entre os que se hospedam em
albergues (R$86,67), outros meios de hospedagem (R$100,51), casa própria, de parentes
ou amigos (R$130,03) e pousadas (R$161,25). O fato de a casa própria e de parentes e
amigos aparecerem como o principal meio de hospedagem utilizado por turistas em Belo
Horizonte contribui, em particular, para baixar a média de gastos turísticos em Belo
Horizonte, uma vez que nessas condições os gastos de manutenção são relativamente mais
baixos.
A média de gastos diários pode ser também analisada em relação a motivações de viagem
e origem de viajantes. A média dos gastos totais diários é maior entre aqueles que viajam
motivados por compras e negócios (R$242,32), seguido pelos que viajam a lazer
(R$215,90), ―outros motivos‖ (R$167,66) motivados por eventos (R$164,25), e em visita a
parentes e amigos (R$131,67).
Em relação aos estados de origem da região Sudeste, a média dos gastos totais diários é
maior entre os turistas paulistas (R$176,71) e fluminenses (R$176,30) em Belo Horizonte,
seguido pelos mineiros (R$163,32) e capixabas (R$145,42). No total, a região Sudeste
apresenta uma média de gastos de R$169,27, inferior à média geral de todas as regiões do
Brasil (R188,07) e à media total de R$182,81. Isso se explica pelo fato de os gastos médios
totais de todas as outras regiões do Brasil, sobretudo em função de gastos com meios de
transporte e hospedagens, serem maiores que os gastos da região Sudeste: A região
Nordeste tem a maior média (R$251,83), seguida da Sul (R$206,15), da Norte (R$200,88) e
Centro-Oeste (R$173,03). No total, os gastos médios para o Brasil (R$188,07) são
superiores ao total médio da região Sudeste (R$169,27) e ao gasto médio total geral, de
R$182,81. Os gastos médios para o Brasil (R$188,07) são também superiores ao gasto total
médio dos turistas estrangeiros em Belo Horizonte (R$144,21). Isso pode ser explicado pelo
fato de boa parte dos estrangeiros se hospedar com parentes e amigos aos quais vêm
visitar.
Considerando que o gasto total diário médio de R$182,81 inclui em média duas pessoas,
conclui-se que os gastos turísticos médios por pessoa estão em torno de R$ 91,40. Como
esperado, as maiores médias de gasto individual são aquelas dos turistas motivados por
compras e negócios (R$121,16) seguindo-se aquelas dos turistas motivados por eventos
(R$117,32), lazer (R$98,14), outros motivos (R$83,33) e visita a parentes e amigos
(R$57,25).
Entre os estados da região Sudeste, os gastos turísticos médios por pessoa são maiores
entre os fluminenses (R$88,15), apesar da grande percentagem deles se hospedar em casa
−
−
277
de parentes e amigos. Isso implica que seus gastos são mais voltados para entretenimento
e gastronomia, dentre outros. Seguem-se, em ordem de importância relativa aos gastos
turísticos médios: os paulistas (R$84,15), mineiros (R$77,77) e capixabas (R$72,71).
A Tabela 2.222 apresenta a distribuição percentual dos gastos durante a viagem com
alimentação, hospedagem, compras, entretenimento e transporte.
Tabela 2.222 Distribuição percentual dos gastos por itens de despesa durante a viagem a Belo
Horizonte pelos turistas – 2010
Faixa de gastos
Não houveram
gastos
Até R$ 50,00
De R$51,00 a
R$100,00
De R$101,00 a
R$150,00
Mais de R$150,00
Total
Alimentação
Itens de despesa (em %)
Hospedagem
Compras
Entretenimento
Transporte
8.1
47.5
27.9
32.8
24.8
52.1
11.0
31.4
39.9
52.8
26.2
11.0
19.2
14.1
11.4
6.5
11.0
6.8
6.6
4.7
7.1
100
19.5
100
14.7
100
6.6
100
6.3
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Em todas as alternativas de gastos consideradas, mais de 50% dos turistas afirmou que
gastou apenas até R$50,00. Nesta faixa, destaca-se o gasto com transporte, no qual se
incluem 52,8% dos turistas, seguidos de alimentação (52,1%) além dos gastos com
entretenimento (39,9%), compras (31,4%) e hospedagem (11,0%).
Nas faixas intermediárias de gastos, de R$50,00 a R$150,00 a frequência de turistas é
decrescente, à medida que aumenta o nível das despesas. As despesas com alimentação e
compras são as principais, nesta ordem. Entretanto, a partir de R$150,00 a frequência de
turistas volta a crescer, principalmente nas despesas relacionadas a hospedagem, que
passa a ser o componente principal de gastos, seguido de compras. Este resultado sugere a
existência de um mercado turístico de maior poder aquisitivo, que se hospeda em hotéis e
com boa propensão a gastos com compras e consumo de serviços de mais qualidade. Este
fato corrobora informação anterior apresentada (vide tabelas 2.2.30, 2.2.31 e 2.2.32), em
que o setor de hospedagem foi considerado o elemento de maior influência na decisão da
escolha do destino Belo Horizonte.
Sobre os meios de divulgação que mais influenciaram em sua decisão da visita a Belo
Horizonte, podendo cada entrevistado indicar até três meios de divulgação como respostas,
foram apuradas 1016 respostas pelos 799 entrevistados, cuja distribuição está apresentada
no gráfico 2.66.
−
−
278
Gráfico 2.66 Distribuição percentual dos principais meios de divulgação que
influenciaram na escolha do destino Belo Horizonte, na percepção de
turistas - 2010
Nota: Os valores percentuais se referem à distribuição das 1016 respostas dadas pelos 799
respondentes
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O meio de divulgação que mais teve influência, indicado por 56,9% dos turistas, foi a
recomendação de amigos e parentes, seguido da internet, com 31,7%.
Em Belo Horizonte, destaca-se as três campanhas promocionais mais importantes lançadas
nos últimos 5 anos. Elas configuram-se como as principais peças utilizadas no
fortalecimento da imagem de Belo Horizonte e somam o investimento de R$1.500.000,00. A
campanha ―Eu amo BH radicalmente‖ (2007) contava com dois focos: incentivar e promover
o sentimento de pertencimento e amor à cidade e o fortalecimento das atividades ligadas
aos esportes radicais e turismo de aventura. Os aspectos ambientais e os locais para prática
de esportes como a Praça do Papa, Parque das Mangabeiras, Parque Municipal foram os
produtos trabalhados. O ―BH + 1 dia‖ (2008, 2009) é fruto de uma campanha para despertar
nos turistas de negócios e eventos o desejo de permanecer na cidade por mais um dia para
conhecer o lado cultural da cidade. Neste caso, as manifestações artístico culturais e os
museus foram os produtos prioritários: Museu de Artes e Ofícios, Campanha de
Popularização do Teatro e da Dança, Praça da Liberdade, Museu Abílio Barreto. Já o
Lançamento da marca turística de Belo Horizonte (2010) foi uma campanha mais expressiva
que tinha como objetivo fixar uma imagem para os turistas e população local que
expressasse o significado de Belo Horizonte como destino turístico e que essa marca fosse
utilizada em todos os materiais e ações desenvolvidas pela cidade. Depreende-se que as
campanhas foram destinadas principalmente para os segmentos de turismo cultural, turismo
de negócios e eventos e turismo de aventura. Entretanto os valores investidos não
conseguiram abranger grande número de ações e ficou restrita ao estado de Minas Gerais.
Ressalta-se a baixa influência percebida pela campanha promocional oficial e por outdoors,
que aparecem com apenas 1,8% e 1,4%, respectivamente. Este fato fica ainda mais
evidenciado em função de apenas 0,9% dos entrevistados ter-se lembrando da campanha
promocional para este ano e 3,1% de campanhas dos anos anteriores.
Dos turistas entrevistados, 12,5% afirmaram que não visitaram atrativo algum, o que é um
número relativamente alto. Como apresentado na tabela 2.223, os atrativos mais visitados
foram a Praça da Liberdade e o Mercado Central, os quais também foram muito bem
avaliados pelos turistas. A Praça da Liberdade foi avaliada como ―excelente‖ por 62,2% dos
−
−
279
visitantes e como ―bom‖ por 33,4%, enquanto o Mercado Central foi avaliado como
―excelente‖ por 54,4% dos visitantes e como ―bom‖ por 38,8%.
Os outros atrativos mais visitados em ordem de importância foram: Igreja de São Francisco,
Feira de Artesanato e o Museu de Arte da Pampulha (MAP), com avaliação de ―bom‖ e
―excelente‖ por 92,8%%, 89,4% e 89,3% dos visitantes entrevistados, respectivamente. Os
outros atrativos citados na tabela foram visitados por menos de 20% dos turistas. Menos de
1% dos turistas avaliou qualquer atrativo como ―ruim‖ ou ―péssimo‖.
Outros atrativos visitados que não constam da tabela incluíram o Parque Municipal, citado
por 35 pessoas e o Palácio das Artes, por 30. Para estes atrativos a avaliação foi, em geral
―excelente‖ ou ―bom‖. Vários outros atrativos foram visitados, mas com freqüência bem mais
baixa e pulverizada. Vários atrativos contíguos muito visitados, como Igreja de São
Francisco, MAP, Casa do Baile, Zoo e Aquário, Lagoa da Pampulha, Mineirão e Mineirinho,
estão concentrados na região da Pampulha.
Tabela 2.223 Avaliação dos atrativos turísticos visitados pelos turistas entrevistados em Belo
Horizonte – 2010
62,2
54,4
33,4
38,8
4,4
6,6
0,0
0,0
0,0
0,2
Número
de
visitantes
452
410
55,4
37,4
6,9
0,3
0,0
361
45,2
60,2
46,6
29,2
42,7
8,8
8,7
0,6
1,5
1,2
0,5
339
206
42,4
25,8
57,0
28,5
11,3
3,3
0,0
151
18,9
40,6
62,9
37,6
33,3
17,3
2,9
3,0
1,0
1,5
0,0
133
105
16,6
13,1
53,5
32,3
13,1
1,0
0,0
99
12,4
62,1
31,6
5,3
1,1
0,0
95
11,9
61,5
38,5
0,0
0,0
0,0
13
1,6
Avaliação (%)
Atrativo
Praça da Liberdade
Mercado Central
Igreja de São
Francisco
Feira de Artesanato
MAP – Pampulha
Zoo/Aquário da
Prefeitura
Casa do Baile
Praça do Papa
Museu Histórico
Abílio Barreto
Museu de Artes e
Ofícios
Participação em
roteiros turísticos
Excelente
Bom
Regular
Ruim
Péssimo
Percentagem
sobre total de
entrevistados
56,6
51,3
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
Quando indagados se participaram de algum roteiro turístico organizado em Belo Horizonte,
os roteiros turísticos oficiais não foram lembrados pelo seu nome, mas pelos atrativos mais
marcantes, mesmo assim por apenas 13 entrevistados (1,6%). Todos foram mencionados,
especialmente: Praça da Estação/Centro (0,5%) e Horizontes da Cidade/Serra do
Curral/Mangabeiras (0.4%) e os demais com apenas 0,1% cada um. Embora pouco
visitados, os roteiros foram avaliados como ―bom‖ ou ―excelente‖.
Os turistas também foram indagados sobre seu grau de satisfação em relação a
determinados equipamentos, serviços e outros aspectos relacionados ao turismo em Belo
Horizonte (tab. 2.224).
De modo geral, os serviços foram bem avaliados, nos níveis ―bom‖ ou ―ótimo‖, variando de
um mínimo de 64,2%, para o preço da hospedagem, ao máximo de 90,5% para qualidade
da comida. A avaliação dos grupos de Hospedagem, Alimentação e ―Outros Aspectos‖ foi
semelhante.
O grupo ―Informação Turística‖ obteve a pior avaliação, o que já havia sido evidenciado em
análise anterior nesta pesquisa, em relação à sua eficácia. Os ―Serviços gerais‖ foram
−
−
280
avaliados, predominantemente, como ―bons‖ ou ―regulares‖, mas transporte urbano e
limpeza pública receberam significativas frequências de avaliação como ―ruins‖ e
―péssimos‖, relativamente a outros itens. Nos grupos Hospedagem e Alimentação, o preço
obteve a pior avaliação. Apesar de reconhecerem a qualidade destes serviços, os turistas
avaliam o preço como ―muito alto‖.
No item ―Outros aspectos citados‖, a ―acolhida da população‖ e as ―áreas verdes‖ obtiveram
os maiores índices no grau de excelente, por 55,0% e 48,5% dos turistas, respectivamente,
além de a imagem urbana ter recebido também expressiva avaliação como ―bom‖ (39,6%) e
―excelente‖ (38,9%).
Tabela 2.224 Grau de satisfação dos turistas em relação a equipamentos, serviços e outros
aspectos relacionados ao turismo em Belo Horizonte, em percentual – 2010
Equipamentos, serviços e outros
aspectos relacionados ao turismo
Excelente
1. Serviços gerais
- limpeza pública
- segurança pública
- transporte urbano
2. Alimentação
- higiene/limpeza
- atendimento
- preço
- qualidade da comida
- infraestrutura/ instalações
3. Informação turística e serviço de guias
- disponibilidade de informação
- qualidade do serviço
4. Hospedagem
- higiene/limpeza
- atendimento
- preço
- infra-estrutura/ instalações
5. Outros aspectos citados
- acolhida da população
- imagem urbana (edificações)
- meio ambiente (áreas verdes)
Bom
Grau de satisfação ( em %)
Regular
Ruim
Péssimo
15,6
13,4
14,4
47,8
57,0
48,8
25,6
23,7
21,2
7,4
4,6
11,0
3,6
1,3
4,6
25,7
29,8
13,1
37,3
23,5
61,4
55,6
50,1
53,2
59,1
9,8
11,8
29,3
8,4
14,7
2,0
2,3
6,0
0,8
1,9
1,1
0,5
1,5
0,3
0,9
25,1
24,4
37,4
43,0
19,3
18,4
9,7
7,5
8,4
6,6
43,3
40,9
23,6
34,6
43,3
44,4
40,6
43,9
10,9
11,3
27,7
17,2
2,0
2,3
4,8
2,6
0,4
1,0
3,3
1,6
55,0
38,9
48,5
37,5
39,6
35,7
6,7
16,3
11,2
0,3
4,2
3,4
0,5
1,0
1,2
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Em relação à expectativa que tinham quanto à oferta de atrativos, equipamentos e serviços
turísticos antes de chegar a Belo Horizonte, 19,8% avaliaram como ―excelente‖, 58,9%,
como ―boa‖ e 11,6% como ―regular‖. Apenas 1,7% avaliou como ―ruim‖ ou ―péssima‖. Após
conhecerem a oferta turística, 32,2% avaliaram como ―excelente‖, 50,8% como ―boa‖, 12,0%
como ―regular‖ e apenas 1,5% como ―ruim‖ ou ―péssima‖. A pesquisa mostrou que a
qualidade da oferta turística de Belo Horizonte superou a expectativa do turista.
Nessa perspectiva, verifica-se que 95,8% dos turistas recomendariam a amigos ou parentes
a viagem a Belo Horizonte. Proporcionalmente, esta frequência é maior entre aqueles que
viajam a lazer (tab. 2.227).
−
−
281
Tabela 2.227 Recomendação do destino a amigos ou parentes, por turistas em
Belo Horizonte, segundo sua motivação de viagem, em
percentual – 2010
Motivação de viagem
Visitar parentes e amigos
Ir a eventos/ congressos/ convenções
Compras/ negócios
Viagens a lazer
Outros
Total
Recomendação a amigos (em %)
Sim
Não
95,3
4,7
94,1
5,9
93,9
6,1
98,5
1,5
93,9
6,1
95,8
4,2
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Entre os estados da região Sudeste, proporcionalmente, a percentagem dos turistas que
recomendariam a cidade é maior entre paulistas, seguido dos capixabas, mineiros e
fluminenses (tab. 2.228).
Tabela 2.228 Recomendação do destino a amigos ou parentes, por turistas
em Belo Horizonte, segundo seu estado de origem da região
Sudeste, em percentual – 2010
Estados da região Sudeste
Minas Gerais
Rio de Janeiro
Espírito Santo
São Paulo
Total
Recomendação a amigos (em %)
Sim
Não
95,3
4,7
90,2
9,8
96,4
3,6
98,3
1,7
96,0
4,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As razões mais citadas pelos entrevistados para a recomendação foram: ―atrativos
turísticos‖, 31,0%; ―cidade bonita‖, 22,9%; ―pessoas acolhedoras‖, 18,8%, ―cidade agradável
e acolhedora‖, 18,0%; ―cultura e lazer‖, 15,5%.
Dentre os 4,2% que não recomendariam, os principais motivos citados foram: ―há lugares
melhores‖, 36,4%; ―falta de atrativos‖, 33,3%; ―limpeza‖, 18,2%; ―sem estrutura‖ e ―trânsito‖,
cada um citado por 12,1%.
O perfil das respostas se associa, de certo modo, às informações contidas na tabela 2.2.39,
que mostra o grau de satisfação em relação a equipamentos, serviços e outros aspectos
relacionados ao turismo.
2.2.1.4. Análise das entrevistas qualitativas realizadas com agências de
turismo receptivo de Belo Horizonte
A fim de complementar os dados da pesquisa de demanda realizada diretamente junto aos
turistas, promoveram-se entrevistas qualitativas com gestores de duas agências de
receptivo de Belo Horizonte, para captar suas percepções sobre alguns aspectos
qualitativos do mercado turístico que comercializa o receptivo do município e de seus
clientes. Em particular, priorizaram-se: imagem do destino, roteiros turísticos e pontos que
mais agradam e desagradam o turista, dificuldades e sugestões relativas à comercialização
de Belo Horizonte como produto turístico.
−
−
282
A seleção dos entrevistados foi intencional. Dentre as 19 agências que operam o receptivo
de Belo Horizonte levantadas no Cadastur e no programa da Secretaria de Estado do
Turismo de Minas Gerais ―BH espera por você‖, foram selecionadas duas das mais
importantes e que se colocaram disponíveis para a entrevista: a Master Turismo e a
Pampulha Turismo.
Criada em 1987, a Master Turismo foi considerada pela revista Exame PME a sexta maior
agência do País. Possui mais de 250 profissionais, distribuídos em dez cidades, nas suas
quinze unidades de negócios. O Grupo Master é formado por: Master Turismo, agência de
viagens de lazer; Master Corporativo, de viagens corporativas; Master Eventos, de viagens
de incentivo e para eventos específicos; Master Receptivo, captação e recepção de turistas
estrangeiros e business para Minas Gerais;, Master Exchange, de cursos especializados e
intercâmbios no exterior; e Master Operadora, operadora turística nacional e internacional.
A Pampulha Turismo é uma das mais tradicionais do setor, recebendo os turistas que vêm a
negócios, lazer ou outros motivos a Belo Horizonte, cidades históricas e outros destinos
mineiros desde 1958, data da sua fundação. Oferece seus serviços de forma personalizada
e corporativa, atendendo com frota própria.
As entrevistas com as duas agências foram realizadas com base em questionários do tipo
qualitativo, com perguntas abertas, em 2 de setembro de 2010.
Análise dos resultados
Sobre a imagem de Belo Horizonte em relação a outros destinos competidores, os
entrevistados concordam que a cidade não é vista como um destino de turismo de lazer. Um
afirmou que as pessoas ―enxergam apenas business‖; ou seja, ―é uma capital comercial com
movimento só nos dias de semana‖ e que para o turismo de lazer ainda é utilizada como
cidade dormitório. O outro completou que Belo Horizonte é só um destino de eventos.
Em relação aos roteiros turísticos apresentados pela Belotur em seu Guia Turístico, ambos
disseram que os desconhecem. Sobre a demanda por esses roteiros em suas empresas,
foram unânimes em afirmar que a maior procura é pelo ―city tour‖, que inclui uma visita à
Pampulha, à praça do Papa e à praça da Liberdade. Um afirmou que ao turista que fica em
Belo Horizonte o dia todo oferece um passeio ao Mercado Central e outro com opções de
compras. O outro afirmou que, se solicitado pelo cliente, oferece uma visita a um museu,
que, geralmente, é o Museu Histórico Abílio Barreto.
O que mais atrai e agrada o turista em Belo Horizonte, conforme um entrevistado, é a
―hospitalidade das pessoas e o astral da cidade‖, além de apreciarem a culinária e a
hotelaria. Para o outro entrevistado, é a ―noite de Belo Horizonte, com seus bares e
restaurantes‖ e a vida agitada.
Quanto ao que mais desagrada, um entrevistado afirmou que recebe poucas reclamações e
que, geralmente, os turistas ficam satisfeitos. O outro disse que é a falta de atrativos
diurnos. Justificou que são poucos os atrativos visitados no ―city tour‖ e que eles acabam
conhecendo muito pouco da cidade.
Sobre as principais dificuldades encontradas para vender melhor o produto BH e atender
melhor seu cliente, um entrevistados declarou que ―Belo Horizonte e Minas Gerais são
destinos caros, com hotelaria muito onerosa, tanto para os brasileiros quanto para os
estrangeiros‖. Reforçou que quando o cliente compara o valor da viagem para Belo
Horizonte e Minas Gerais com outros destinos do Brasil, ―o mesmo período fica duas ou até
três vezes mais caro‖. O segundo entrevistado respondeu que, apesar de a imagem de Belo
Horizonte não ser favorável, tenta incluir o ―city tour‖ em todos os pacotes que comercializa.
Disse que ―os turistas não querem conhecer Belo Horizonte, querem ir direto às cidades
históricas‖, que Belo Horizonte é conhecida como uma cidade só de eventos.
−
−
283
Quanto ao motivo que levaria ou leva uma agência a comercializar Belo Horizonte, um
entrevistado disse que sempre oferece o ―city tour‖ de Belo Horizonte, mas que ―a imagem
não é favorável e não desperta interesse no turista‖. Para ele é necessário divulgar mais e
oferecer ―mais apelo para que o turista queira conhecer Belo Horizonte‖. Na opinião do outro
entrevistado, ―não há conhecimento sobre a variada oferta que existe em Belo Horizonte‖.
As entrevistas realizadas com as agências de turismo receptivo revelam que a imagem da
cidade está sempre associada ao turismo de negócios e eventos. Apesar da menção à
oferta de entretenimento da cidade e ao esforço da Belotur de reforçar a imagem de Belo
Horizonte também na sua dimensão de destino de turismo cultural, a incorporação mais
evidenciada da imagem de turismo de eventos e negócios pelos dois agentes emissivos
reflete o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Belo Horizonte Convention & Visitors
Bureau, desde sua criação, em 1997, juntamente com o ―trade‖ turístico e os órgãos oficiais
de turismo, no âmbito tanto municipal quanto estadual.
−
−
284
2.2.2. Análise da demanda turística potencial de Belo Horizonte
2.2.2.1.
Metodologia
O PDITS, conforme indicado em seu Termo de Referência, deve priorizar a análise e os
investimentos naqueles produtos e mercados que tenham maior impacto no turismo que se
deseja desenvolver, o qual, no caso de Belo Horizonte, está associado principalmente aos
turistas de negócios - que podem ser subdivididos em turistas de eventos/congressos e
turistas de compras e outros negócios - e aos turistas culturais, que apresentam padrão
mais alto de gastos turísticos. Conforme revelado pela pesquisa de demanda turística
efetiva de Belo Horizonte, o meio de transporte mais utilizado para viagens à Capital mineira
é o avião, por 46,7% dos entrevistados, incluindo os turistas de negócios, lazer e cultura.
A pesquisa que visa definir o perfil do turista potencial teve seu foco de trabalho nos portões
de saída de transporte aéreo e abrangeu somente turistas que não estavam em viagem para
Belo Horizonte, mas que podiam ou não já ter visitado o município anteriormente.
Considerando São Paulo o principal pólo emissor, tem-se em seus dois principais
aeroportos, Congonhas e Guarulhos, os locais de maior fluxo de turistas para Belo
Horizonte.
Os dados da Infraero para 2009 apontam o aeroporto de Guarulhos como o de maior fluxo
de passageiros no Brasil. O número de passageiros em vôos domésticos totalizou
13.268.129, sendo superado apenas pelo aeroporto de Congonhas, com 13.699.657.
Entretanto, ao se considerar os vôos internacionais, o aeroporto de Guarulhos lidera, com
um total de passageiros de 21.727.649.
Devido a restrições de ordem institucional, não foi autorizada a pesquisa no aeroporto de
Guarulhos. Assim, a pesquisa restringiu-se ao aeroporto de Congonhas, tendo a Infraero
autorizado o trabalho de dois pesquisadores, por um período de até sete dias. Iniciou-se na
tarde de 13/07/2010 e encerrou-se na manhã de 20/07/2010, captando as informações dos
viajantes que estavam embarcando para qualquer destino que não fosse Belo Horizonte ao
longo de todos os dias da semana.
A técnica de amostragem utilizada foi a aleatória simples, em que o cálculo se deu por meio
de alguns parâmetros conhecidos. Os dados da Infraero de fluxo de passageiros no
aeroporto de Congonhas em 2009 apresentam uma média mensal de 1.141.638
passageiros, considerando embarque, desembarque e conexões. Isso equivale a uma
média diária de 38.055 passageiros. Se considerarmos uma proporção de 30% de
desembarque - ou seja, que se destinam à cidade de São Paulo -, obtém-se um valor médio
diário de 26.639 para as outras duas categorias. Considerando-se os sete dias em que
foram aplicados, obtém-se o universo de 186.473 turistas.
A amostra pode ser definida com base na seguinte fórmula:
Em que:
e:
= primeira aproximação da amostra;
−
−
285
= erro amostral tolerável;
N = tamanho da população;
N = tamanho da amostra.
Aplicando-se os valores determinados com erro amostral de 5%, tem-se:
1
n0 = ________ = 400
2
0,05
186.473 x 400
n=
___________________
= 399
186.473 + 400
No período, foi possível aplicar uma média de 52 questionários por dia, totalizando 371
questionários, o que equivale a um erro de padrão de 5,1%, valor dentro dos critérios
estatísticos aceitáveis.
A pesquisa abrangeu uma série de variáveis solicitadas para o PDITS. Os questionários
para a pesquisa de caráter quantitativo foram estruturados de forma a se caracterizar o
turista e definir seu perfil de renda, gastos, hábitos, motivações e indução.
A abordagem dos entrevistados ocorreu, geralmente, entre as nove horas da manhã e as
cinco horas da tarde, de forma sistemática, buscando-se seguir o princípio da aleatoriedade.
Os locais de abordagem dos potenciais entrevistados foram o salão principal do aeroporto
de Congonhas e o salão que antecede a entrada dos passageiros na área restrita de
embarque. As pessoas abordadas pela equipe eram aquelas que se encontravam sentadas
em bancos selecionados, que possuíam mais de 18 anos de idade e que estavam
esperando pelo momento de embarque com destino diferente da cidade de Belo Horizonte.
Paralelamente à pesquisa quantitativa, procedeu-se a uma pesquisa de caráter qualitativo
com os principais operadores e agentes emissivos de São Paulo, indicados pela ABAV-SP.
A pesquisa qualitativa com operadores e agências representativas abrangeu tanto as que
comercializavam quanto aquelas que não comercializavam Belo Horizonte como produto
turístico, objetivando conhecer melhor a percepção de seus gestores sobre este mercado e
de seus clientes.
Na pesquisa qualitativa, foram realizadas cinco entrevistas em agências e cinco em
operadoras de turismo indicadas entre as maiores e mais antigas empresas do ramo pela
ABAV/SP e que se disponibilizaram para a realização da entrevista. Realizou-se ainda uma
entrevista com a gestora do Espaço Minas Gerais, gerido pelo governo do estado de Minas
Gerais, mais conhecida como ―Casa de Minas‖. Este Espaço tem como uma de suas
funções promover o turismo e a cultura de Minas Gerais em São Paulo. O objetivo da
entrevista foi conhecer sua percepção sobre a imagem que os freqüentadores têm do
destino Belo Horizonte e como a Casa de Minas vê o destino BH.
Nas entrevistas com os gestores das agências e operadoras, foram aplicados questionários
semi-estruturados, contendo perguntas abertas e fechadas. Na Casa de Minas, foi realizada
entrevista com perguntas abertas.
Para a confecção deste relatório, os dados quantitativos levantados foram digitados e
tabulados com uso do SPSS. As freqüências simples e as relativas foram calculadas para
todas as variáveis, bem como para os cruzamentos solicitados no Termo de Referência do
PDITS e outros que se mostraram significativos do ponto de vista da análise estatística e
mercadológica.
−
−
286
Posteriormente, os dados oriundos dos questionários e entrevistas foram devidamente
sistematizados e analisados de uma perspectiva tanto quantitativa quanto qualitativa, por
meio de estatística descritiva.
Tendo em vista seu escopo de demanda turística potencial, esta pesquisa pode ser
caracterizada com o principal levantamento desta natureza disponível para Belo Horizonte.
Não obstante, reconhecem-se suas limitações, associadas ao fato de ser pontual, limitada a
um período específico de coleta de dados e que reflete a dinâmica dos voos e conexões
aéreas então existentes naquele terminal aeroportuário.
2.2.2.2.
Perfil socioeconômico dos turistas potenciais entrevistados
A pesquisa com turistas potenciais no aeroporto de Congonhas abrangendo tanto os que já
visitaram quanto os que ainda visitarão Belo Horizonte, conseguiu captar bem o tipo de perfil
socioeconômico do turista que interessa a Belo Horizonte e que é muito similar ao
encontrado na pesquisa de demanda efetiva apresentada neste volume. Com exceção da
variável gênero, há muitas semelhanças entre o perfil socioeconômico dos turistas nessas
duas pesquisas no que tange a faixa etária, nível de escolaridade e renda.
Em termos do gênero, há uma ligeira predominância de homens na amostra de turistas
efetivos analisada, ao passo que os turistas entrevistados no Aeroporto de Congonhas estão
praticamente representados em partes iguais: 50,9% do sexo masculino e 49,1 % do
feminino.
A tabela 2.229 mostra que os turistas entrevistados em Congonhas situam-se, em sua
maioria, na faixa etária de 24 a 29 anos, com 18,1% das respostas, seguindo-se: a de 30 a
35 anos, com 17,0; de 36 a 41 anos, com 12,9%; e de 42 a 47 anos, com 12,4%. No
conjunto, a faixa etária de 24 a 47 anos corresponde a 60,4% dos entrevistados. Foram
entrevistados os turistas acima de 18 anos.
−
−
287
Tabela 2.229 Faixa etária dos turistas potenciais para Belo Horizonte
- 2010
Faixa etária (anos)
De 18 a 20
De 21 a 23
De 24 a 29
De 30 a 35
De 36 a 41
De 42 a 47
De 48 a 53
De 54 a 59
De 60 a 65
66 ou mais
Não respondeu
Total
Abs.
17
36
67
63
48
46
35
27
19
12
1
371
%
4.6
9.7
18.1
17.0
12.9
12.4
9.4
7.3
5.1
3.2
0.3
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O nível de escolaridade dos turistas revela-se alto para os padrões nacionais. A tabela 2.230
mostra que 61,7% têm ensino superior completo ou pós-graduação completa.
Tabela 2.230 Nível de escolaridade dos turistas potenciais para Belo
Horizonte - 2010
Escolaridade
Ensino fundamental completo
Ensino médio completo
Ensino superior completo
Pós-graduação completa
Não respondeu
Total
Abs.
21
119
154
75
2
371
%
5,7
32,1
41,5
20,2
0,5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.231 mostra que a renda bruta individual mensal concentra-se na faixa de
R$1.000,00 até R$3.000,00, correspondendo a 32,3% dos entrevistados, que 45,8%
apresentam renda individual mensal acima de R$3.000,00 e que 19,9% tem renda acima de
R$6.000,00 mensais.
Tabela 2.231 Renda bruta individual mensal dos turistas potenciais para Belo
Horizonte – 2010
Renda Bruta Individual
Até R$1.000,00
Acima de R$1.000,00 até R$3.000,00
Acima de R$3.000,00 até R$6.000,00
Acima de R$6.000,00
Não respondeu
Total
Abs.
47
120
96
74
34
371
%
12.7
32.3
25.9
19.9
9,2
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A renda bruta familiar mensal (tab. 2.232) reflete o fato de os diversos membros da família
juntos poderem até dobrar a capacidade de gastos do grupo familiar em suas viagens.
Neste caso, 55,3% têm renda familiar acima de R$5.000,00 e 22,4% acima de R$10.000,00.
Apenas 5,4% têm renda familiar abaixo de R$2.000,00.
−
−
288
Tabela 2.232 Renda bruta familiar mensal dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010
Renda Bruta Familiar
Até R$2.000,00
Acima de R$2.000,00 até R$5.000,00
Acima de R$5.000,00 até R$8.000,00
Acima de R$8.000,00 até R$10.000,00
Acima de R$10.000,00
Não respondeu
Total
Abs.
20
110
86
36
83
36
371
%
5.4
29.6
23.2
9.7
22.4
9,7
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.233 mostra que quase a totalidade dos turistas entrevistados tem residência
permanente no Brasil. Apenas 0,9% declararam que são estrangeiros. Embora esta parcela
de estrangeiros seja muito pequena, não se pode concluir apenas com base neste resultado
que a demanda potencial de turistas estrangeiros pelo destino Belo Horizonte seja
insignificante. Isso porque está sendo enfocado apenas o aeroporto de Congonhas, em São
Paulo, como centro emissor de turistas. Dessa forma, esse número baixo reflete as
particularidades do fluxo de turistas no embarque e em conexões neste aeroporto no
período de pesquisa. Caso a realização da pesquisa tivesse sido autorizada também no
aeroporto Internacional de Guarulhos, por exemplo, certamente haveria um número maior
de estrangeiros na amostra analisada.
Tabela 2.233 País de residência permanente dos turistas potenciais
para Belo Horizonte – 2010
Países
Brasil
Itália
México
Paraguai
Não respondeu
Total
Abs.
366
1
1
1
2
371
%
98,7
0,3
0,3
0,3
0,5
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
De forma similar ao resultado encontrado na pesquisa de demanda efetiva, a análise da
amostra de turistas potenciais revela que o estado de São Paulo se destaca como local de
residência permanente 37,2% (a maioria) dos entrevistados, seguindo-se Goiás, Rio Grande
de Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro, sendo que as diferenças entre eles são menores de
1%. No conjunto, os estados da região Sudeste, que é potencialmente a maior fonte
emissora de turistas para Belo Horizonte, representam 50,5% das respostas.
−
−
289
Tabela 2.234 Local de residência permanente dos turistas brasileiros potenciais para Belo
Horizonte (MG) entrevistados – julho de 2010
Local de residência
permanente
São Paulo
Goiás
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Rio de Janeiro
Minas Gerais
Distrito Federal
Paraná
Mato Grosso
Espírito Santo
Bahia
Outros *
Não respondeu
Não se aplica
Total
Abs.
138
26
23
22
20
18
18
16
13
11
11
50
2
3
371
Sobre total da
amostra
37,2
7,0
6,2
5,9
5,4
4,9
4,9
4,3
3,5
3,0
3,0
13,5
0,5
0,8
100.0
%
Sobre total de turistas
brasileiros
37,5
7,1
6,2
6,0
5,4
4,9
4,9
4,3
3,5
3,0
3,0
13,6
0,5
100,0
*Outros estados de residência: Alagoas, Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul,
Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe, Tocantins.
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Como o principal componente da demanda turística potencial de Belo Horizonte, conforme a
amostra objeto de análise, provém de São Paulo, é interessante descrever sua composição
específica por sexo, faixa etária, escolaridade e faixa de renda individual e familiar.
A tabela 2.235 revela uma pequena superioridade de turistas do sexo feminino (52%) nos
casos dos entrevistados com residência permanente em São Paulo, em discordância com o
observado para o total da amostra de turistas potenciais analisada.
Tabela 2.235 Gênero dos turistas potenciais com residência permanente
em São Paulo – 2010
Gênero
Masculino
Feminino
Total
Abs.
%
66
72
138
47,8
52,2
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A faixa etária predominante dos 138 turistas potenciais paulistas captados na amostra é a
de 24 a 29 anos, com uma participação de 20,3% dos entrevistados de residência
permanente em São Paulo, seguindo-se: a de 30 a 35 anos, com 14,5%; e a de 36 a 41
anos, com 13,0%. Considerando-se a faixa etária mais ampla de 30 a 53 anos, incluem-se
47,7% dos turistas potenciais de São Paulo (tab. 2.236).
−
−
290
Tabela 2.236 Faixa etária dos turistas potenciais com residência
permanente em São Paulo – 2010
Faixa Etária
(em anos)
De 18 a 20
De 21 a 23
De 24 a 29
De 30 a 35
De 36 a 41
De 42 a 47
De 48 a 53
De 54 a 59
De 60 a 65
66 ou mais
Total
Abs.
%
5
14
28
20
18
14
14
10
12
3
138
3,6
10,1
20,3
14,5
13,0
10,1
10,1
7,2
8,7
2,2
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O nível de escolaridade analisado dos turistas potenciais paulistas também é alto, com
43,5% apresentando nível superior completo e 20,3% pós-graduação completa. No
conjunto, 63,8% apresentam nível superior ou acima completo e 36,2% apresentam nível
médio ou fundamental completos (tab. 2.237).
Tabela 2.237 Nível de escolaridade dos turistas potenciais com
residência permanente em São Paulo – 2010
Nível de escolaridade
Ensino fundamental completo
Ensino médio completo
Ensino superior completo
Pós-graduação completa
Total
Abs.
8
42
60
28
138
%
5,8
30,4
43,5
20,3
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A renda bruta individual mensal dos turistas paulistas concentra-se na faixa de R$1.000,00
até R$3.000,00, correspondendo a 34,1% dos entrevistados. A faixa de R$3.000,00 a
R$6.000,00 vem a seguir, com 26,1%. Na faixa de renda mais alta, acima de R$6.000,00
mensais, situam-se 18,1% dos turistas que têm residência permanente em São Paulo
(tab.2.238).
Tabela 2.238 Faixa de renda bruta individual mensal dos turistas potenciais com residência
permanente em São Paulo – 2010
Faixas de renda
Até R$1.000,00
Acima de R$1.000,00 até R$3.000,00
Acima de R$3.000,00 até R$6.000,00
Acima de R$6.000,00
Não respondeu/Não sabe
Total
Abs.
17
47
36
25
13
138
%
12,3
34,1
26,1
18,1
9,4
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.239 revela que 50,7% dos turistas têm renda bruta familiar mensal acima de
R$5.000,00. Abaixo deste valor apresentam-se 38,4% dos entrevistados. Com renda bruta
familiar acima de R$10.000,00 mensais encontram-se 22,5% dos turistas paulistas.
−
−
291
Tabela 2.239 Faixa de renda bruta familiar mensal dos turistas potenciais com
residência permanente em São Paulo – 2010
Faixas de renda
Até R$2.000,00
Acima de R$2.000,00 até R$5.000,00
Acima de R$5.000,00 até R$8.000,00
Acima de R$8.000,00 até R$10.000,00
Acima de R$10.000,00
Não respondeu
Total
Abs.
6
47
26
13
31
15
138
%
4,3
34,1
18,8
9,4
22,5
10,9
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
2.2.2.3.
Hábitos de viagem dos turistas
O gráfico 2.68 apresenta a distribuição percentual das 864 respostas formuladas pelos 371
entrevistados sobre o tipo de turismo que preferem em suas viagens a lazer, em que
puderam marcar até três opções, inclusive indicando outros tipos não colocados como
opção de resposta inicialmente.
O turismo de ―sol e praia‖ é o preferido, sendo citado por 70,6%. Seguem-se: o ―históricocultural‖, com 42,0%, que é mais afim ao perfil da oferta turística de Belo Horizonte, e os
―atrativos naturais/ecoturismo‖ com 37,2%, que têm um potencial muito elevado no entorno
de Belo Horizonte, podendo a cidade ser usada como base.
Estes dados podem justificar ações de divulgação mais agressivas para esse público
potencial. Outros tipos de turismo com frequência mais baixa de preferências, mas que
também podem ser atraídos para a Capital, tendo em vista seu perfil de oferta e de seu
entorno, foram: ―eventos‖, citado por 19,1%; ―turismo de montanha‖, com 15,6%; ―rural‖, com
12,7%; ―esportes‖, com 12,4%; e ―aventura‖ com 9,2%. Os demais tipos foram citados por
8,2% dos entrevistados no total.
Gráfico 2.68 Tipos de turismo em viagens a lazer preferidos pelos turistas
potenciais para Belo Horizonte - 2010
*Frequência de respostas por tipo de turismo, dadas por 371 entrevistados.
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
292
Para se compreender melhor o perfil dos 156 turistas associados à motivação ―históricocultural‖ e dos 71 turistas motivados por ―eventos‖, que são mais afins ao público-alvo do
turista pretendido para Belo Horizonte, podem-se cruzar essas motivações com as
características mais salientes do perfil socioeconômico dos turistas, em termos de sexo,
idade, escolaridade e renda.
Os turistas com motivação histórico-cultural apresentam superioridade mais expressiva no
número de pessoas do sexo feminino, com 59% dos casos da amostra analisada. No
turismo de eventos, a proporção é praticamente equivalente, com ligeira predominância de
mulheres (tab. 2.240).
Tabela 2.240 Distribuição do gênero, por tipo de motivação turística dos turistas
potenciais para Belo Horizonte – 2010
Gênero
Masculino
Feminino
Total
Turismo Histórico-Cultural
Abs.
%
64
41,0
92
59,0
156
100,0
Turismo de Eventos
Abs.
%
35
49,3
36
50,7
71
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Tanto no turismo histórico-cultural quanto no de eventos predomina a faixa etária de 24 a 29
anos. O turismo de eventos atrai mais as faixas etárias dos mais jovens em comparação
com o turismo histórico-cultural. Considerando a faixa etária de 18 a 29 anos, o turismo
histórico-cultural abrange 37,0% dos entrevistados, enquanto o turismo de eventos abrange
47,7%. Na faixa etária de 30 a 53 anos, incluem-se 48,4% dos turistas com motivação
histórico-cultural e 35,0% dos turistas de eventos (tab. 2.2241).
Tabela 2.241 Distribuição da faixa etária por tipo de motivação turística dos turistas
potenciais para Belo Horizonte – 2010
Faixa etária
(em anos)
De 18 a 20
De 21 a 23
De 24 a 29
De 30 a 35
De 36 a 41
De 42 a 47
De 48 a 53
De 54 a 59
De 60 a 65
66 ou mais
Não respondeu
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
9
5,7
20
12,8
29
18,5
24
15,3
21
13,4
17
10,8
14
8,9
11
7,0
5
3,2
5
3,2
1
0,6
156
100.0
Turismo de eventos
Abs.
%
9
12,6
9
12,6
16
22,5
9
12,6
6
8,4
4
5,6
6
8,4
7
9,8
1
1,4
3
4,2
1
1,4
71
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O nível de escolaridade dos turistas com motivação histórico-cultural proporcionalmente,
revelou-se mais alto do que o do turista de eventos. O percentual de turistas com nível
superior ou pós-graduação completos foi de 70,5% no primeiro caso e de 56,3% no
segundo. Considerando os ensinos fundamental e médio, o turismo histórico-cultural
apresentou percentagem acumulada de 29,5% enquanto que no de eventos este valor foi de
43,6% (tab. 2.242).
−
−
293
Tabela 2.242 Nível de escolaridade por tipo de motivação turística dos turistas potenciais para Belo
Horizonte (MG) entrevistados – julho de 2010
Nível de Escolaridade
Ensino fundamental completo
Ensino médio completo
Ensino superior completo
Pós-graduação completa
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
5
3,2
41
26,3
69
44,2
41
26,3
156
100,0
Turismo de eventos
Abs.
%
4
5,6
27
38,0
27
38,0
13
18,3
71
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A renda bruta individual mensal concentra-se na faixa de R$1.000,00 até R$3.000,00,
correspondendo a 34,6% dos turistas histórico-culturais e 35,2% dos turistas de eventos. O
resultado revela que 44,8% dos turistas histórico-culturais apresentam renda individual
mensal acima de R$3.000,00 e 50,6% dos turistas de eventos. A faixa de renda mais alta,
acima de R$6.000,00 mensais, revela superioridade dos turistas de eventos,
compreendendo 19,8% e 28,1% dos turistas histórico-culturais e de eventos,
respectivamente (tab. 2.243).
Tabela 2.243 Faixa de renda bruta individual mensal, por tipo de motivação turística dos
turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010
Faixa de Renda Bruta
Até R$1.000,00
Acima de R$1.000,00 até R$3.000,00
Acima de R$3.000,00 até R$6.000,00
Acima de R$6.000,00
Não respondeu
Total
Turismo HistóricoCultural
Frequência
%
16
10,2
54
34,6
39
25,0
31
19,8
16
10,2
156
100,0
Turismo de Eventos
Frequência
9
25
16
20
1
71
%
12,6
35,2
22,5
28,1
1,4
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto à renda bruta familiar mensal, 54,4% dos turistas histórico-culturais e 71,6% dos
turistas de eventos ganham acima de R$5.000,00. Isso confirma o maior poder aquisitivo
dos turistas de eventos. Acima de R$10.000,00 revelaram-se 25,6% dos turistas históricoculturais e 29,5% dos de eventos (tab. 2.244).
Tabela 2.244 Faixa de renda bruta familiar mensal, por tipo de motivação turística dos turistas
potenciais para Belo Horizonte – 2010
Faixa de rendab bruta
Até R$2.000,00
Acima de R$2.000,00 até R$5.000,00
Acima de R$5.000,00 até R$8.000,00
Acima de R$8.000,00 até R$10.000,00
Acima de R$10.000,00
Não respondeu
Total
Turismo históricocultural
Abs.
%
7
4,4
46
29,4
32
20,5
13
8,3
40
25,6
18
11,5
156
100,0
Turismo de eventos
Abs.
2
15
19
11
21
3
71
%
2,8
21,1
26,7
15,4
29,5
4,2
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Mais de 32% dos turistas histórico-culturais e de eventos entrevistados têm residência
permanente em São Paulo, seguido do Distrito Federal. Em relação às outras cidades, há
uma dissonância das origens dos turistas histórico-culturais e os de eventos. No primeiro
caso, os outros estados mais representativos são: Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Goiás e outros com menos de 3,8% de representatividade. No caso do
−
−
294
turismo de eventos, os estados mais importantes, alem de São Paulo e Distrito Federal são:
Rio de Janeiro, Goiás, Bahia, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul (tab. 2.245).
Tabela 2.245 Estados de residência permanente, por tipo de motivação turística dos turistas
potenciais para Belo Horizonte – 2010
Estado
São Paulo
Distrito Federal
Paraná
Rio de Janeiro
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Goiás
Bahia
Minas Gerais
Espírito Santo
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Pará
Rio Grande do Norte
Outros
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
54
34,6
12
7,7
10
6,4
10
6,4
10
6,4
9
5,8
9
5,8
6
3,8
5
3,2
5
3,2
5
3,2
5
3,2
4
2,6
3
1,9
9
5,8
156
100,0
Turismo de eventos
Abs.
%
23
32,4
8
11,3
1
1,4
4
5,6
2
2,8
3
4,2
4
5,6
4
5,6
2
2,8
4
5,6
3
4,2
4
5,6
2
2,8
0
0
7
9,9
71
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O meio de transporte mais utilizado pelos 371 turistas é o avião, com 73,9%, seguindo-se o
automóvel, com 16,2%, o ônibus com 8,4%, e outros meios de transporte, com apenas
1,5%. A participação de ônibus de excursão é muito baixa, apenas 0,8% (tab. 2.246).
Tabela 2.246 Meios de transporte mais utilizados pelos turistas potenciais
para Belo Horizonte – 2010
Meios de transporte
Avião
Automóvel
Ônibus de linha
Ônibus de excursão
Taxi
Outros
Total
Abs.
274
60
31
3
1
2
371
%
73,9
16,2
8,4
0,8
0,3
0,6
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Viajam mais frequentemente desacompanhados 46,6% dos turistas, enquanto 38,5% viajam
com família e 14,8% em grupo. Este resultado indica o potencial do turismo organizado em
grupos, ainda pouco explorado em Belo Horizonte (tab. 2.247).
Tabela 2.247 Forma de viagem mais usual dos turistas potenciais para Belo
Horizonte – 2010
Forma de viagem
Sozinho
Em grupo
Com família
Total
Abs.
173
55
143
371
%
46.6
14.8
38.5
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
As viagens a negócio são muito frequentes entre os turistas potenciais, embora 35,6%
tenham declarado que não realizam sequer uma viagem por ano. Afirmaram que viajam até
15 dias por ano 27,0%; de 16 a 30 dias por ano 13,5%; de 30 a 90 dias por ano, 14,3%; e
mais de 90 dias por ano 9,4% (tab. 2.248).
−
−
295
Tabela 2.248 Média anual de dias de viagens a negócio dos turistas
potenciais para Belo Horizonte – 2010
Número de dias por ano de
viagem a negócio
Nunca viaja
1 a 15
16 a 30
31 a 60
61 a 90
Mais de 90
Não respondeu
Total
Frequência
%
132
100
50
35
18
35
1
371
35.6
27.0
13.5
9.4
4.9
9.4
0.3
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O número médio de dias de viagens a lazer dos turistas é em geral bem superior ao de
viagem a negócios, exceto para o extrato ―acima de 90 dias de viagem/ano‖. Concentra-se
na faixa de 1 a 15 por ano, para 45,0% dos entrevistados, sendo que apenas 3,2%
informaram que nunca viajam a lazer. Afirmaram que viajam de 16 a 30 dias por ano 36,4%.
Em conjunto, estes dois grupos representam 81,4% de turistas que viajam de 1 a 30 dias
por ano. Trata-se de uma parcela de viajantes habituais bem representativa, que
potencialmente pode ser atraída para o destino Belo Horizonte (tab. 2.249).
Tabela 2.249 Média anual de dias de viagens a lazer dos turistas
potenciais para Belo Horizonte – 2010
Número de dias por ano de
viagem a lazer
Nunca viaja
1 a 15
16 a 30
31 a 60
61 a 90
Mais de 90
Total
Abs.
%
12
167
135
36
10
11
371
3.2
45.0
36.4
9.7
2.7
3.0
100.0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Hospedam preferencialmente em hotéis 69,0% dos turistas. Este resultado é superior ao
encontrado na pesquisa de demanda efetiva (39,2%), indicando um público maior
potencialmente maior em termos de gastos turísticos na rede hoteleira. Na segunda
preferência, com 22,6% das respostas, aparece a casa de parentes ou amigos. Os outros
8,4 % utilizam meios de hospedagem diversos (tab. 2.250).
Tabela 2.250 Meios de hospedagem mais utilizados pelos turistas
potenciais para Belo Horizonte – 2010
Meios de hospedagem
Hotel
Apart-hotel
Imóvel próprio ou alugado
Pousada
Casa de parentes ou amigos
Motel, hospedaria, alojamento ou pensão
Albergue
Outros
Não respondeu
Total
Abs.
256
9
7
4
84
5
3
1
2
371
%
69,0
2,4
1,9
1,1
22,6
1,3
0,8
0,3
0,5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quando se cruzam os dados sobre os meios de hospedagem considerando as motivações
de viagem para turismo histórico-cultural e de eventos e o principal estado de residência
−
−
296
permanente de turistas entrevistados (São Paulo), várias observações de interesse podem
ser feitas, a partir da leitura das tabelas 2.251 e 2.252.
Em ambos os tipos de turismo, os meios de hospedagem predominantes são: hotel, para
70,4% da preferência dos turistas de eventos e 68,5% dos turistas histórico-culturais; e casa
de parentes e amigos, para 26,8% dos turistas de eventos e 22,4% dos turistas históricoculturais. Os outros meios de hospedagem são utilizados por menos de 3,5% dos turistas
desses dois segmentos.
Tabela 2.251 Meios de hospedagem mais utilizados por tipo de motivação turística dos turistas
potenciais para Belo Horizonte (MG) entrevistados –julho de 2010
Hospedagem
Hotel
Apart-hotel
Imóvel próprio ou alugado
Pousada
Casa de parentes ou amigos
Motel, hospedaria, alojamento ou pensão
Albergue
Não respondeu
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
107
68,5
5
3,2
3
1,9
1
0,6
35
22,4
2
1,2
2
1,2
1
0,6
156
100,0
Turismo de eventos
Abs.
%
50
70,4
1
1,4
0
0
0
0
19
26,8
1
1,4
0
0
0
0
71
100
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Para 63,0% dos 138 turistas potenciais paulistas o meio de hospedagem é o hotel,
seguindo-se a casa de parentes ou amigos com 31,2%. Os outros meios de hospedagem
são utilizados por menos de 2% dos turistas paulistas (tab. 2.2.65).
Tabela 2.252 Meios de hospedagem dos turistas potenciais para Belo
Horizonte com residência permanente em São Paulo – 2010
Hospedagem
Hotel
Apart-hotel
Imóvel próprio ou alugado
Pousada
Casa de parentes ou amigos
Albergue
Não respondeu
Total
Abs.
87
1
2
2
43
2
1
138
%
63,0
0,7
1,4
1,4
31,2
1,4
0,7
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
2.2.2.4. Percepções dos turistas potenciais sobre Belo Horizonte

Turistas que já visitaram Belo Horizonte
Afirmaram que já visitaram Belo Horizonte 148 (39,9%) dos 371 turistas entrevistados.
Destes, 70,9% de 1 a 5 vezes, 5,4% de 6 a 10 vezes e 20,9% acima de 15 vezes.
As tabelas 2.253 e 2.254 apresentam os cruzamentos das variáveis relacionadas ao número
de turistas potenciais que já visitaram Belo Horizonte e ao número de visitas realizadas,
segundo os principais tipos de motivação turística e o estado de residência permanente,
conforme identificados na pesquisa de acordo com o contexto de Belo Horizonte.
−
−
297
Tabela 2.253 Número de turistas que já visitaram Belo Horizonte, por tipo de
motivação turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte – 2010
Visita anterior a
Belo Horizonte
Sim
Não
Total
Turismo Histórico-Cultural
Abs.
%
63
40,4
93
59,6
156
100,0
Turismo de Eventos
Abs.
%
26
36,6
45
63,4
71
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Dos turistas que já estiveram em Belo Horizonte a lazer, 63 têm como motivação principal o
turismo histórico-cultural e 26 o turismo de eventos (tab. 2.253).
Os turistas com essas duas motivações, em torno de 77%, já vieram de 1 a 5 vezes.
Chamam a atenção a baixa frequência quando se considera o intervalo de 6 a 15 vezes e o
aumento da frequência de turistas que já estiveram em Belo Horizonte acima de 15 vezes
para ambos os tipos de turismo, mas principalmente para o turismo histórico-cultural. Este
resultado sugere certo potencial de fidelização às atividades culturais e de eventos em Belo
Horizonte (tab.2.254).
Tabela 2.254 Número de vezes que esteve em Belo Horizonte, por tipo de motivação
turística dos turistas potenciais para Belo Horizonte - 2010
Número de vezes
De 1 a 5 vezes
De 6 a 10 vezes
De 11 a 15 vezes
Acima de 15 vezes
Não respondeu
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
49
77,7
1
1,6
0
0
12
19,0
1
1,6
63
100,0
Turismo de eventos
Abs.
%
20
76.9
2
7.7
1
3.8
3
11.5
0
0
26
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
No que tange aos turistas de São Paulo, que é o principal estado de residência permanente
dos turistas potenciais entrevistados, 60,1% nunca estiveram em Belo Horizonte. Este
resultado sugere o potencial que a divulgação dos atrativos de Belo Horizonte ainda tem
pela frente para fomentar a vinda de novos turistas (tab. 2.255).
Tabela 2.255 Número de turistas potenciais com residência permanente em
São Paulo que já visitaram Belo Horizonte– julho de 2010
Visita anterior a Belo Horizonte
Sim
Não
Total
Frequência
55
83
138
%
39,9
60,1
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
De forma similar à análise por motivações, entre os turistas entrevistados com residência em
São Paulo que já estiveram em Belo Horizonte, 72,7% já vieram de 1 a 5 vezes. O que
chama a atenção é a baixa frequência quando se considera o intervalo de 6 a 15 vezes,
apenas 7,3%, e o seu aumento considerável acima de 15 vezes, atingindo 20% dos
entrevistados, o que também sugere potencial de fidelização (tab. 2.256).
−
−
298
Tabela 2.256 Número de vezes que os turistas potenciais com residência
permanente em São Paulo estiveram em Belo Horizonte– 2010
Número de Vezes
De 1 a 5 vezes
De 6 a 10 vezes
De 11 a 15 vezes
Acima de 15 vezes
Total
Frequência
40
3
1
11
55
%
72,7
5,5
1,8
20,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Ainda considerando o total de 148 turistas que já visitaram Belo Horizonte, 22,3% estiveram
na cidade pela última vez em 2010, 42,6% entre 2005 e 2009 e 20,3 % antes de 2000. Este
resultado revela um fluxo expressivo de turistas que viajam a Belo Horizonte com frequência
nos últimos anos (tab. 2.257).
Tabela 2.257 Período da última visita a Belo Horizonte pelos turistas
potenciais, em percentagem – 2010
Período da Última Visita a Belo Horizonte
Em 2010
De 2005 a 2009
De 2000 a 2004
Antes de 2000
Não respondeu
Total
Percentagem
22,3
42,6
14,2
20,3
0,7
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O principal motivo informado relativo à última viagem realizada a Belo Horizonte foi
―negócios‖, com 34,5% das respostas do total dos 148 entrevistados que já visitaram a
cidade anteriormente. Somando-se este percentual, com o daqueles que responderam
―eventos‖ (9,5%) e compras (0,7%), resulta que o chamado ―turismo de negócios‖
representou a motivação principal da última viagem a Belo Horizonte para 44,7% do total de
entrevistados. Segue em ordem de preferência o turismo de lazer, com 19,6% das
respostas, e a visita a parentes ou amigos, com 17,6%. As outras motivações citadas
equivalem no conjunto a 18,1%. Apenas 3,4% afirmaram ter visitado algum município ou
atrativo no entorno de Belo Horizonte. Com relação à opção ―outros motivos‖ como principal
motivação da última viagem a Belo Horizonte, destaca-se a visita às cidades históricas Tab.
2.258).
Tabela 2.258 Motivação principal da última viagem a Belo Horizonte pelos
turistas potenciais, em percentagem – 2010.
Motivação
Visitar parentes ou amigos
Estudos / intercâmbios / pesquisas
Ir a eventos / congresso / convenções
Fazer compras
Negócios
Tratamento de saúde
Participar de competições esportivas
Religião / peregrinação
Viagem a lazer
Visitar atrativo ou município do entorno
Outros motivos
Não respondeu
Total
Percentagem
17,6
4,7
9,5
0,7
34,5
2,7
2,0
0,7
19,6
3,4
3,4
1,4
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
299
Na avaliação da última viagem realizada a Belo Horizonte 61,5% dos 148 entrevistados que
se enquadram neste caso afirmaram que a viagem atendeu plenamente a suas
expectativas, e 18,9% que superou suas expectativas. Para 15,5% dos turistas, as
expectativas foram atendidas em parte e 3,4% ficaram decepcionados. No conjunto pode-se
considerar que a avaliação foi satisfatória para 80,4% dos visitantes (tab. 2.259).
Tabela 2.259 Avaliação da última viagem a Belo Horizonte pelos
turistas potenciais, em percentagem – 2010
Avaliação
Superou
Atendeu plenamente
Atendeu em parte
Decepcionou
Não respondeu
Total
Percentagem
18,9
61,5
15,5
3,4
0,7
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A maioria dos entrevistados avaliou como ―bom‖ e, em menor escala, como ―excelente‖, os
atrativos, serviços e outros aspectos turísticos em Belo Horizonte em sua última viagem à
Capital mineira. Considerando simultaneamente os graus de satisfação ―excelente‖ e ―bom‖,
o percentual variou de um mínimo de 28,4% para transporte urbano até 93,3% para a
acolhida da população. O item mais bem avaliado com grau de satisfação equivalente a
―bom‖ foi a infraestrutura de alimentação, com 65,5% das opções, seguido pelos atrativos,
com 64,2% e preço da alimentação com 60,8%.
Como ―excelentes‖ destacaram-se, em ordem de preferência: acolhida da população com
45,3%, qualidade da comida, com 43,9%, e qualidade da hospedagem, com 25,7%. O
serviço que obteve a pior avaliação foi transporte urbano, considerado como ―excelente‖ por
apenas 2,0% dos turistas e como ―ruim‖ ou ―péssimo‖ por 4,8 % (tab. 2.260).
Tabela 2.260 Grau de satisfação com atrativos, equipamentos e serviços turísticos relativos à
última viagem a Belo Horizonte – 2010
Atrativos, equipamentos
e serviços turísticos
Atrativos
Limpeza
Transporte urbano
Segurança pública
Informações turisticas
Acolhida da população
Imagem urbana
(edificações)
Meio-ambiente-verdes
Alimentação
- qualidade
-infraestrutura
- preço
Hospedagem
- qualidade
- infraestrutura
- preço
Excelente
Abs.
%
Bom
Abs.
%
Grau de Satisfação
Regular
Ruim
Abs.
%
Abs.
%
24
15
16,2
10,1
95
77
64,2
52,0
10
40
3
2,0
39
26,4
9
6,1
72
48,6
12
8,1
73
67
45,3
71
24
16,2
29
Péssimo
Abs.
%
Não Resp.
Abs. %
Total
6,8
27,0
2
6
1,4
4,1
1
2
0,7
1,4
16
8
10,8
5,4
148
148
13
8,8
6
4,1
1
0,7
86
58,1
148
25
16,9
4
2,7
2
1,4
36
24,3
148
49,3
15
10,1
5
3,4
0
0,0
43
29,1
148
48,0
5
3,4
0
0,0
0
0,0
5
3,4
148
84
56,8
27
18,2
5
3,4
1
0,7
7
4,7
148
19,6
80
54,1
18
12,2
4
2,7
2
1,4
15
10,1
148
65
43,9
73
49,3
5
3,4
1
0,7
0
0,0
4
2,7
148
35
23,6
97
65,5
8
5,4
1
0,7
0
0,0
7
4,7
148
11
7,4
90
60,8
25
16,9
2
1,4
0
0,0
20
13,5
38
25,7
79
53,4
3
2,0
1
0,7
2
1,4
24
16,2
148
33
22,3
79
53,4
8
5,4
0
0,0
4
2,7
24
16,2
148
8
5,4
67
45,3
22
14,9
5
3,4
1
0,7
42
28,4
148
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto aos meios de divulgação que mais influenciaram sua decisão sobre a última viagem
à Capital mineira, os 148 entrevistados que já visitaram Belo Horizonte, os quais puderam
citar até três opções, afirmaram que a influência dos principais meios de divulgação nessa
decisão foi pequena (gráf. 2.69).
−
−
300
Gráfico 2.69 Percepção do total de entrevistados sobre os meios de divulgação
que mais influenciaram sua decisão de visitar Belo Horizonte em
sua última viagem ao destino – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Indicaram que nenhum meio de divulgação teve influência 48,6%, remetem à influência de
amigos e parentes 39,9%, mencionaram outros meios não relacionados na tabela 18,2%; e
citaram a internet 15,5%.
A agência de viagem foi o canal de comercialização mais utilizado pelos entrevistados em
sua última viagem a Belo Horizonte, com 33,1%, proporção bem mais alta que a verificada
na demanda efetiva, indicando que há mercado potencial para este tipo de intermediação.
Com a popularização crescente da divulgação de informações por meio virtual, a
participação da internet como meio de comercialização e aquisição da viagem tende a
aumentar.
A internet foi o segundo meio mais utilizado pelos entrevistados em sua última viagem a
Belo Horizonte, com 17,6%, enquanto 13,5% fizeram contato direto com transportadora e/ou
rede hoteleira. Juntos, essas iniciativas próprias para aquisição de passagem e/ou
hospedagem totalizam 31,1% das respostas. É também bastante significativo que 25,7%
dos entrevistados informaram que não utilizaram nenhum canal de comercialização (tab
2.261).
Tabela 2.261 Canais de comercialização mais utilizados na última viagem realizada
a Belo Horizonte pelos turistas potenciais, em percentagem – 2010
Canais de comercialização
Internet
Agência de viagem
Operadora de turismo
Contato direto com transportadora e rede hoteleira
Outros
Nenhum
Não respondeu
Total
Abs.
26
49
7
20
6
38
2
148
%
17,6
33,1
4,7
13,5
4,0
25,7
1,4
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A escolha de Belo Horizonte como destino foi influenciada por diversos fatores cujo grau
varia amplamente. Os fatores considerados representam serviços, equipamentos e infraestrutura pública. Inicialmente pode-se afirmar que os fatores que tiveram pouca influência
foram: disponibilidade de pacotes de viagem, material promocional e equipamentos de
entretenimento. Isso ocorre porque esses elementos, numa escala de grau de influência de
−
−
301
0 a 10, apresentam simultaneamente alta percentagem de grau zero e baixa percentagem
de grau 10 (tab. 2.262).
Tabela 2.262 Fatores e seu grau de influência na escolha de Belo Horizonte como destino de
viagem na percepção dos entrevistados – 2010
Grau de Influência (%)
Fator
0
1
2
3
4
5
6
37,2
0,0
0,0
0,7
1,4
18,2
2,7
Proximidade e acesso
35,8
0,0
2,0
0,7
2,0
11,5
4,1
Atrativos turísticos
43,9
0,0
0,7
0,0
1,4
6,8
1,4
Eventos
38,5
0,0
0,7
1,4
2,0
11,5
0,7
Hospedagem
37,2
0,0
0,7
0,7
2,7
6,8
2,7
Restaurantes e bares
48,6
0,0
1,4
2,0
2,0
6,8
3,4
Equipamentos delazer
54,1
0,7
2,0
1,4
1,4
4,1
2,7
Disp. pacotes/viagem
33,8
0,0
0,7
1,4
0,0
8,1
6,1
Qualidade do serviço
33,1
0,0
0,7
0,7
1,4
14,2
5,4
Preços
0,0
0,7
1,4
0,7
9,5
4,7
Infraest água;luz,esgoto 45,3
39,9
0,0
2,0
2,7
1,4
6,1
2,0
Segurança
39,2
0,0
0,7
0,7
2,7
12,2
6,1
Limpeza pública
53,4
0,0
1,4
1,4
1,4
6,1
5,4
Material promocional
40,5
0,0
0,0
0,0
2,0
6,1
2,0
Atrativos do entorno
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Negócios/trabalho
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Tratamento de saúde
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Estudo
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Visitar amigo /parente
Outros
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
3,7
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
7
8
9
10
Não
Resp.
Total
7,4
5,4
6,8
4,1
7,4
6,8
6,8
9,5
11,5
5,4
11,5
8,8
4,7
10,1
0,0
0,0
0,0
0,0
17,6
16,9
14,2
14,2
11,5
11,5
8,1
16,9
12,8
11,5
16,2
14,2
12,8
10,1
17,2
0,0
0,0
0,0
2,7
5,4
6,1
8,1
6,1
2,7
6,1
9,5
8,8
3,4
2,7
2,7
6,1
7,4
0,0
0,0
0,0
0,0
9,5
12,8
16,9
15,5
22,3
10,1
9,5
12,2
8,8
10,1
12,8
9,5
4,1
18,9
82,8
100,0
100,0
100,0
2,7
3,4
2,0
3,4
2,0
4,1
3,4
2,0
2,7
7,4
2,7
3,4
3,4
2,7
0,0
0,0
0,0
0,0
148
148
148
148
148
148
148
148
148
148
148
148
148
148
29
5
3
15
7,4
7,4
0,0
81,5
0,0
27
Restaurantes, hospedagem e eventos apresentam alta proporção de frequências no grau
zero. Suas freqüências de grau máximo também não são baixas.
Outro aspecto importante refere-se aos elementos relacionados a saúde, estudo e visitas a
parentes e amigos. Essas motivações isoladamente são decisivas para a realização da
viagem. Ou seja, os outros elementos não são levados em consideração. Em consequência,
o resultado mostrado na tabela 2.263 revela a concentração das respostas em torno de
100% com o grau máximo. A realização de negócios também tem alto grau de influência,
sendo 82,8 % das respostas situadas no grau máximo de influência e 17,2% no grau 8.
Tabela 2.263 Recomendação da viagem a Belo Horizonte na percepção dos
entrevistados que já visitaram o destino – 2010
Recomendação de Belo Horizonte
Sim
Não
Não respondeu
Total
Frequência
137
10
1
148
%
92,6
6,8
0,7
100,00
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os elementos relacionados à infra-estrutura de serviços públicos mostraram-se de pouca
influência na decisão de visitar a cidade de Belo Horizonte. Nessa perspectiva, verifica-se
que 92,6% dos 148 turistas que estiveram em Belo Horizonte recomendariam a viagem a
amigos ou parentes. Essa percentagem é similar à encontrada quando se consideram
apenas os turistas paulistas que já estiveram em Belo Horizonte (tab. 2.264).
−
−
302
Tabela 2.264 Recomendação da viagem a Belo Horizonte pelos turistas potenciais com
residência permanente em São Paulo que já visitaram o destino – 2010
Recomendação de Belo Horizonte
Sim
Não
Não respondeu
Total
Abs.
51
3
1
55
%
92,7
5,5
1,8
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A percentagem dos turistas que recomendam Belo Horizonte é ainda maior quando se
consideram apenas os 63 turistas entrevistados que já visitaram Belo Horizonte, de
motivação histórico-cultural (95,2%) e, sobretudo, os 26 turistas de eventos (100%) (tab.
2.265).
Tabela 2.265 Recomendação da viagem a Belo Horizonte pelos turistas potenciais
que já visitaram o destino, por tipo de motivação turística – 2010
Recomendação
Belo Horizonte
Sim
Não
Total
de
Turismo histórico-cultural
Turismo de eventos
Frequência
%
Frequência
%
60
3
63
95,2
4,8
100,0
26
0
26
100,0
0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os 137 entrevistados que já visitaram Belo Horizonte deram 139 respostas sobre as
principais razões que justificam a recomendação do destino (gráf. 2.70). A principal razão
dada foi ―população muito acolhedora‖ por 33,6%, seguida de: ―atrativos‖, por 29,9%,
―restaurantes e bares‖, por 16,8% e ―cidade em geral‖, com 6,6%. Este perfil de respostas se
associa, de certo modo, às informações contidas na tabela que mostra o grau de satisfação
em relação aos serviços turísticos.
Gráfico 2.70 Principais motivos para recomendar o destino Belo Horizonte
segundo os turistas potenciais que já conheciam o destino –
2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quando se filtram apenas os 51 turistas que têm residência permanente em São Paulo, já
visitaram Belo Horizonte e recomendariam o destino, o resultado é similar ao apresentado
no gráfico 2.2.4. A principal razão alegada para a recomendação é também o acolhimento
da população, citado por 33.3% deles, seguido-se os atrativos (29,4%) e bares e
−
−
303
restaurantes (21,6%). Os outros motivos tiveram cada participação abaixo de 7% (gráf.
2.71).
Gráfico 2.71 Principais motivos para recomendar o destino Belo Horizonte
segundo os turistas potenciais que já conheciam o destino,
com residência permanente em São Paulo – 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quando se filtram apenas os 153 turistas de motivação histórico-cultural que recomendariam
o destino Belo Horizonte, a ordem de importância se inverte, conforme apresentado na
tabela 2.266 e no gráfico 2.72. Aqueles que recomendariam destacaram mais os atrativos
(35,6%) e a população acolhedora (28,8%). Bares e restaurantes foram considerados por
18,6% dos turistas como o terceiro motivo mais importante para recomendar um amigo ou
parente.
Quanto ao turismo de eventos, a motivação principal para recomendar o destino Belo
Horizonte é a população acolhedora, com 32,0%, seguida dos atrativos, com 24,0%, e bares
e restaurantes com 16,0%.
Tabela 2.266 Principal motivo para recomendar o destino Belo Horizonte pelos
turistas potenciais que já conheciam o destino, por tipo de motivação
turística– 2010
Principais motivos
Gostou dos atrativos
População acolhedora
Bares e restaurantes
Hospedagem
Estradas e vias públicas
Serviços públicos
Outros
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
21
35,6
17
28,8
11
18,6
1
1,7
1
1,7
1
1,7
7
11,9
153
100,0
Turismo de eventos
Abs.
%
6
24,0
8
32,0
4
16,0
1
4,0
2
8,0
0
0
4
16,0
71
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
304
Gráfico 2.72 Principal motivo para recomendar o destino Belo Horizonte pelo
total de turistas potenciais que já conheciam o destino, por
tipo de motivação turística - 2010
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
A Tabela 2.267 indica os motivos citados pelos 10 entrevistados que já conhecem Belo
Horizonte para não a recomendar como destino. O principal é a falta de conhecimento da
cidade, o que sugere a necessidade de maior divulgação para persuadir este público a
desfrutar mais dos atrativos e equipamentos turísticos da Capital mineira. Nenhum outro
fator negativo teve destaque nas respostas dos entrevistados.
Tabela 2.267 Principais motivos para não recomendar o destino Belo Horizonte pelos
turistas potenciais que já conheciam o destino – 2010
Motivos
Serviços públicos ruins
Não gostou das estradas e vias públicas
Faltam informações turísticas
Insegurança
Não conheceu a cidade propriamente
Poucos atrativos
Trânsito e sujeira
Outros
Total de motivos
Frequência*
1
1
1
1
3
1
1
1
10
%*
10,0
10,0
10,0
10,0
30,0
10,0
10,0
10,0
100.0
*Total de motivos dados por 10 entrevistados que já conheciam e não recomendariam a cidade
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Dos turistas de motivação histórico-cultural que conhecem Belo Horizonte e não
recomendam o destino, 66% também alegam como razão o fato de não terem conhecido a
cidade propriamente e 33% apontam o trânsito e a sujeira. Dentre aqueles que têm
residência permanente em São Paulo que conhecem Belo Horizonte e não a recomendam,
as razões são quatro: não conhecem a cidade, serviços públicos ruins, estradas e vias
públicas ruins e outros motivos, cada uma citada por 25%. Nota-se que as respostas dos
paulistas refletem o seu maior grau de exigência em relação a esses atributos,
provavelmente em função da realidade da Capital paulista nestes quesitos.

Turistas que não visitaram Belo Horizonte
Quanto ao principal motivo por não terem visitado Belo Horizonte, dentre os 223 turistas
potenciais apenas 3,6% alegaram falta de interesse. As principais respostas foram ―possuir
outras prioridades de viagem‖ (48,4%), ―falta de oportunidade‖ (19,3%), ―desconhecer os
atrativos‖ (13,9%) e ―falta de informações turísticas sobre a região‖ (11,7%). Todas essas
−
−
305
razões estão, direta e indiretamente, relacionadas à falta de divulgação dos atrativos, o que
induz ao interesse e à definição de prioridades na escolha do destino turístico (tab. 2.268).
Tabela 2.28 Percepções dos turistas potenciais sobre os motivos para não terem
ainda viajado a Belo Horizonte – 2010
Motivo
Desconhece os atrativos
Faltam informações turísticas sobre a região
Possui outras prioridades de viagem
Outros motives
Falta de oportunidade
Falta de interesse
Não respondeu
Total
Abs.
31
26
108
6
43
8
1
223
%
13,9
11,7
48,4
2,7
19,3
3,6
0,4
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quando se considera apenas o total de 93 turistas cuja motivação principal de viagem é
histórico-cultural e que ainda não visitaram Belo Horizonte, 47,3% apontaram a existência
de outras prioridades de viagem; 18,3%, desconhecimento de atrativos; 16,1, falta de
informações turísticas; e 15,1 falta de oportunidade. Quanto aos 45 turistas de eventos que
nunca estiveram em Belo Horizonte, 46,7% citaram como principal motivo ―outras
prioridades de viagem‖; 20,0% o desconhecimento dos atrativos; e 17,8%, falta de
informações (tab 2.269).
Tabela 2.269 Motivos percebidos pelos turistas potenciais para nunca ter viajado a Belo
Horizonte, por tipo de motivação turística – 2010
Motivo
Desconhece os atrativos
Faltam informações turísticas da região
Falta de oportunidade
Falta de interesse
Possui outras prioridades de viagem
Outro
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
17
18,3
15
16,1
14
15,1
2
2,2
44
47,3
1
1,1
93
100,0
Turismo de eventos
Abs.
%
9
20,0
8
17,8
4
8,9
2
4,4
21
46,7
1
2,2
45
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Quanto aos 83 turistas potenciais entrevistados de residência permanente em São Paulo e
que nunca estiveram em Belo Horizonte, 44,6% também apontaram como principal a
existência de outras prioridades de viagem. Outros motivos importantes citados: falta de
oportunidade, com 20,5% das respostas; falta de informação com 15,7%; e
desconhecimento dos atrativos com 12,0% (tab. 2.270).
Tabela 2.270 Motivos percebidos para os turistas potenciais com residência permanente
em São Paulo para nunca terem ido a Belo Horizonte – 2010
Motivo
Desconhece os atrativos
Faltam informações turísticas da região
Falta de oportunidade
Falta de interesse
Possui outras prioridades de viagem
Outro
Total
Frequência
10
13
17
2
37
4
83
%
12,0
15,7
20,5
2,4
44,6
4,8
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Apesar de o desconhecimento dos atrativos ser menor entre os paulistas do que entre os
demais segmentos da amostra, os dados, em seu conjunto, sugerem, mais uma vez, a
−
−
306
deficiência na divulgação dos atrativos turísticos e outras informações sobre as opções de
lazer em Belo Horizonte.
Quanto aos fatores que levariam os 223 turistas potenciais que nunca esteviveram em Belo
Horizonte a visitar a cidade, de acordo com uma escala de grau de influência de 0 a 10,
apurou-se que hospitalidade, gastronomia e atrativos culturais, de modo geral, foram os que
mais influenciariam a sua decisão. Os atrativos culturais mais citados estão associados ao
desejo de conhecer a história e a cultura da cidade, conhecer as cidades históricas,
conhecer a programação cultural e a culinária. São estes também os fatores mais bem
avaliados por aqueles que já visitaram Belo Horizonte. Estes fatores desfrutam de boa
imagem entre estes turistas potenciais e se mostram como de interesse cuja influência pode
ser mais decisiva à medida que receberem uma melhor divulgação.
Os eventos e os serviços e equipamentos de lazer apresentaram grau de influência médio.
A dispersão dos eventos citados foi muito alta, merecendo algum destaque apenas para
shows, de modo geral. Os negócios e os serviços de lazer e entretenimento foram os que
menos influenciaram a decisão de visitar Belo Horizonte, de acordo com os entrevistados
(tab.2.271).
Tabela 2.271 Fatores que levariam a visitar Belo Horizonte e seu grau de influência na percepção
dos turistas potenciais – 2010
Grau de influência (%)
Fator
Atrativos culturais
Negócios
Eventos
Gastronomia
Montanha
Hospitalidade/pessoas
Serviços e
equipamentos de lazer e
entretenimento
Base para visitar outros
municípios
Tot.
18,4
8,1
14,8
22,9
14,8
25,1
Não
Resp
0,4
0,4
0,4
0,9
0,4
0,9
2,7
9,9
2,2
223
9,0
17,5
0,9
223
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
9,0
56,1
31,4
26,5
28,7
13,5
0,0
0,4
0,0
0,9
0,4
0,0
1,3
2,7
1,3
0,4
2,2
2,2
4,0
3,1
2,7
2,2
1,3
1,3
1,3
1,8
2,2
2,7
2,2
1,8
17,5
10,3
17,5
11,2
12,6
13,5
9,0
2,7
5,4
5,8
6,7
5,4
13,0
3,1
13,5
7,6
11,7
9,0
19,3
8,5
7,6
13,9
14,3
19,3
6,7
2,2
3,1
4,9
4,5
8,1
34,1
0,4
3,1
4,9
1,8
18,4
2,7
9,9
9,9
12,6
0,0
0,4
2,2
1,8
13,5
6,3
14,8
21,1
223
223
223
223
223
223
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Embora Belo Horizonte seja intensamente utilizada como base para visitar as cidades
históricas, este aspecto não foi considerado decisivo para receber a visita. Apenas 17,5%
dos entrevistados colocaram este elemento no grau máximo, contra 12,6% no grau mínimo.
Isso contradiz a percepção das agências emissivas e receptivas analisadas em outras
seções deste trabalho de que o interesse por Belo Horizonte é, basicamente, em função de
negócios, de eventos e de servir de base para conhecer cidades históricas, mostrando que
há demanda potencial para o turismo histórico-cultural em particular.
Quando se filtram os 93 turistas que não viajaram a Belo Horizonte e cuja principal
motivação de viagem a lazer é histórico-cultural, a hospitalidade das pessoas foi também o
elemento que mais influenciou, recebendo a escala máxima por 26,9% dos entrevistados.
Os atrativos culturais vêm a seguir, tendo 25,8% dos entrevistados atribuído nota 10.
Gastronomia e eventos seguem em ordem de importância, com 22,6% e 19,4% de opções
com a escala máxima, respectivamente. Outros elementos não especificados têm influência
muito forte (54,6%) na decisão de visitar Belo Horizonte, os quais incluem, entre outros:
visita a parentes e amigos, tratamento de saúde e estudos. O elemento que menos
influenciou foram os negócios, com apenas 7,6% da escala máxima e com 60,9% da escala
zero. Os equipamentos de entretenimento vêm a seguir, com 34,8% como o elemento que
menos influenciou a decisão de visitar Belo Horizonte. Gastronomia apresenta um resultado
singular, uma vez que a nota máxima e a nota mínima apresentam o mesmo valor de 22,6%
(tab. 2.279).
−
−
307
Tabela 2.279 Fatores que levariam a visitar Belo Horizonte e seu grau de influência na
percepção dos turistas potenciais de motivação histórico-cultural – 2010
Fator
Atrativos culturais
Negócios
Eventos
Gastronomia
Montanha
Hospitalidade/pessoas
Serviços e
equipamentos de lazer e
entretenimento
Base para visitar outros
municípios
Outros
Grau de influência (%)
4
5
6
1,1
10,8
5,4
2,2
9,8
2,2
2,2
23,7
4,3
2,2
12,9
5,4
2,2
10,8
5,4
2,2
15,1
8,6
0
6,5
60,9
25,8
22,6
30,1
17,2
1
0
1,1
0
2,2
1,1
0
2
1,1
2,2
2,2
1,1
2,2
1,1
3
1,1
4,3
1,1
1,1
1,1
0
34,8
0
2,2
6,5
0
21,7
12,9
0
1,1
2,2
2,2
4,5
0
0
0
0
Total
7
21,5
0
11,8
10,8
10,8
7,5
8
18,3
6,5
6,5
17,2
14,0
18,3
9
5,6
7,3
3,2
2,2
8,6
3,2
10
25,8
7,6
19,4
22,6
14,0
26,9
4,3
10,9
7,6
1,1
10,9
93
12,9
6,5
17,2
21,5
8,6
15,1
93
0
4,5
13,6
22,7
0
54,6
22
93
93
93
93
93
93
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A escala de influência dos elementos que levariam os 45 turistas motivados por eventos
entrevistados a visitar Belo Horizonte é semelhante à do turista histórico-cultural, com
pequenas diferenças dos percentuais relacionados aos graus da escala. Neste caso, o
elemento que mais influenciou foram os atrativos culturais, em que 22,2% dos entrevistados
optaram pela nota máxima, seguido pela receptividade das pessoas, com 20,5% e eventos
com 20,0%.
Os demais elementos, tal como no caso do turismo histórico-cultural, embora com
frequência baixa de ocorrência, têm influência muito forte na decisão de vir a Belo Horizonte
e independem das motivações discriminadas na tabela. O que menos influenciou foram os
negócios, com 11,1% da escala máxima e com 55,6% da escala zero. Os equipamentos de
entretenimento vêm a seguir como elemento que menos influenciou, com 9,3% de escala
máxima como 34,9% de escala mínima (tab. 2.280).
Tabela 2.280 Fatores que levariam a visitar Belo Horizonte e seu grau de influência na
percepção dos turistas potenciais motivados por eventos – 2010
Fator
Grau de influência (%)
4
5
6
7
8
9
10
Total
8,9
13,3
24,4
8,9
22,2
45
0
2,2
11,1
0
11,1
45
24,4
2,2
20,0
3,3
2,2
20,0
45
15,6
6,7
11,1
20,0
4,4
17,8
45
2,2
15,6
2,2
15,6
8,9
4,4
13,3
45
2,3
22,7
2,3
9,1
22,7
6,8
20,5
45
2,3
2,3
25,6
0
11,6
7,0
2,3
9,3
45
0
2,2
2,2
8,9
11,1
26,7
11,1
2,2
15,6
45
0
0
0
7,1
0
7,1
28,6
7,1
50,0
14
0
1
2
3
Atrativos culturais
2,2
0
0
4,4
0
15,6
Negócios
55,6
0
0
2,2
2,2
15,6
Eventos
15,6
0
0
0
2,2
Gastronomia
17,8
0
0
4,4
2,2
Montanha
28,9
2,2
4,4
2,2
Hospitalidade/pessoas
Serviços e
equipamentos de lazer
e entretenimento
Base para visitar outros
municípios
Outros
9,1
0
2,3
2,3
34,9
2,3
2,3
20,0
0
0
0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A tabela 2.281 apresenta os principais fatores que levariam os 83 turistas paulistas que
nunca estiveram em Belo Horizonte a visitar a cidade. Receptividade das pessoas e
atrativos culturais foram os que mais influenciaram, uma vez que obtiveram a maior
frequência de nota 10, com o valor de 24,1% e, simultaneamente, os menores percentuais
com a escala mínima (10,8% e 7,2%). Gastronomia e montanha seguem em ordem de
importância, com 20,5% e 21,7% de opções com a escala máxima e 26,5% e 21,7% na
escala mínima, respectivamente. Outros fatores, embora tenham sido pouco citados, têm
influência é muito forte. Isso se verifica porque envolvem características como sentimento,
parentesco e, até mesmo necessidade, como o tratamento de saúde com especialistas. O
que menos influenciou foram negócios, com apenas 9,6% da escala máxima e com 57,8%
da escala zero. O resultado sugere que a expectativa dos paulistas em relação a Belo
−
−
308
Horizonte como destino para negócios é muito baixa. Os equipamentos de entretenimento
também têm pouca influência como fator de atração, tendo em vista que 33,7% dos turistas
consideraram como um fator que não exerce qualquer influência e apenas 10,8%
consideram que sua influência é muito forte na decisão de visitar Belo Horizonte.
Tabela 2.281 Fatores que levariam a visitar Belo Horizonte e seu grau de influência na percepção
dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010
Fator
0
1
2
3
Grau de influência (%)
4
5
6
7
8
9
10
Total
Atrativos culturais
7,2
0
3,6
6,0
2,4
15,7
7,2
10,8
20,5
2,4
24,1
83
Negócios
57,8
1,2
1,2
1,2
0
13,3
3,6
2,4
9,6
0
9,6
83
Eventos
34,9
0
2,4
2,4
2,4
16,9
3,6
14,5
8,4
1,2
13,3
83
Gastronomia
26,5
1,2
1,2
2,4
4,8
10,8
3,6
8,4
15,7
4,8
20,5
83
Montanha
21,7
0
2,4
1,2
4,8
9,6
6,0
10,8
20,5
1,2
21,7
83
Hospitalidade/pessoas
Serviços e
equipamentos de lazer e
entretenimento
Base para visitar outros
municípios
Outros
10,8
0
4,8
2,4
2,4
9,6
6,0
9,6
20,5
9,6
24,1
83
33,7
0
3,6
6,0
0
20,5
1,2
10,8
8,4
4,8
10,8
83
11,0
0
0
1,2
2,4
13,4
13,4
14,6
26,8
4,9
12,2
83
3,7
0
0
0
0
7,4
7,4
11,1
29,6
11,1
29,6
27
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
De modo geral, as expectativas dos 223 turistas potenciais que ainda não visitaram Belo
Horizonte em relação aos serviços turísticos é, predominantemente, boa. A qualidade dos
atrativos, os restaurantes, e bares; e o lazer foram os serviços mais bem avaliados pelos
turistas, sendo que mais de 80% os avaliaram como ―excelente‖ ou ―bom‖, cabendo
destaque aos atrativos, com 89,7%.
Com relação à infraestrutura, predominou o conceito ―bom‖, para 50% a 60% dos turistas,
exceto trânsito, para apenas 35,4% dos turistas. Este item recebeu a pior avaliação, sendo
considerado ―excelente‖ ou ―bom‖ por 45,7%, menor percentual registrado, e ―péssimo‖ ou
―ruim‖ por 9,9%, maior percentual registrado nesta categoria.
Receberam conceito ―excelente‖ restaurantes, bares e lazer. Apesar destes destaques, o
conceito ―bom‖ prevaleceu para todos os itens, o que é um fato muito positivo para a
indução de novos fluxos turísticos para a Capital mineira (tab. 2.282).
−
−
309
Tabela 2.282 Expectativa dos turistas potenciais entrevistados que ainda não visitaram Belo
Horizonte em relação aos seus atrativos, infra-estrutura, preços, equipamentos e
serviços turísticos – 2010
Excelente
Serviços Turísticos
Bom
Regular
Ruim
Péssimo
Não Resp.
Não Sabe
Total
Fre
q
%
Freq
%
Freq
%
Freq
%
Freq
%
Freq
%
47
21,1
153
68,6
13
5,8
0
0
0
0
10
4,5
223
- aeroporto
31
13,9
146
65,5
27
12,1
1
0,4
0
18
16
7,2
101
45,3
59
26,5
8
3,6
2
- trânsito
23
10,3
79
35,4
64
28,7
18
8,1
4
- limpeza
34
15,2
122
54,7
42
18,8
3
1,3
0
- segurança
27
12,1
104
46,6
58
26,0
8
3,6
0
0
26
- transporte
22
9,9
117
52,5
49
22,0
3
1,3
1
0,
4
31
- sinalização
turística
34
15,2
117
52,5
31
13,9
1
0,4
0
0
40
23
8,1
16,
6
15,
7
9,9
11,
7
13,
9
17,
9
10,
3
14,
3
223
- rodoviária
0
0,
9
1,
8
0
Qualidade-atrativos
Infraestrutura
37
35
22
- comunicações
36
16,1
115
51,6
15
6,7
2
0,9
1
0,
4
- táxi
30
13,5
140
62,8
20
9,0
1
0,4
0
0
32
- hotéis
43
19,3
130
58,3
16
7,2
4
1,8
0
0
30
- informação
turística
46
20,6
125
56,1
20
9,0
2
0,9
1
0,
4
30
- restaurantes
76
34,1
118
52,9
6
2,7
0
0
0
0
23
- bares
65
29,1
118
52,9
14
6,3
0
0
1
- diversão/ lazer
64
28,7
129
57,8
9
4,0
1
0,4
0
223
223
223
223
223
223
223
223
Equipamentos
0,
4
0
25
20
Mão-de-obra
27
12,1
127
57,0
26
11,7
4
1,8
0
0
39
Custos
20
9,0
103
46,2
64
28,7
6
2,7
2
0,
9
28
13,
5
13,
5
10,
3
11,
2
9,0
17,
5
12,
6
223
223
223
223
223
223
223
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
De modo geral, a expectativa dos 93 turistas potenciais com motivação histórico-cultural que
ainda não visitaram Belo Horizonte em relação a atrativos, infraestrutura, custos,
equipamentos e serviços turísticos neste destino é boa. O percentual daqueles que
afirmaram que têm expectativa boa dos serviços prestados varia de um mínimo de 36,5%
para a rodoviária até o máximo de 66,6% para a qualidade dos atrativos. O nível de
expectativa ―bom‖ para bares e restaurantes foi bem semelhante, em torno de 50,0% dos
entrevistados. Bares foi classificado como ―ótimo‖ por 35,4% e restaurantes, por 33,3%.
Apesar de Belo Horizonte ter uma gastronomia bem conceituada em termos não somente de
bares como também de restaurantes, este resultado sugere que a divulgação das opções de
restaurantes de qualidade já comprovada ainda tem potencial de crescimento. De todos os
serviços apresentados aos turistas, os equipamentos foram os que obtiveram melhor
avaliação. Com exceção da informação turística, todos os outros foram considerados com
bons ou ótimos por mais de 80,0% dos entrevistados. Os hotéis foram considerados nesta
faixa de expectativa por 81,7% dos turistas. No conjunto, os serviços de infraestrutura foram
os que obtiveram a pior avaliação. O conceito ―bom‖ e ―ótimo‖ variaram no conjunto de um
mínimo 44,0% para a rodoviária a um máximo de 76,3% para o aeroporto. A expectativa de
regular ou acima abrangeu mais de 80% das avaliações de todos os serviços (tab. 2.283).
−
−
310
Tabela 2.283 Expectativa dos turistas histórico-culturais potenciais que ainda não visitaram
Belo Horizonte em relação aos seus atrativos, infraestrutura, preços,
equipamentos e serviços turísticos – 2010
Serviços
Turísticos
Excelente
Bom
Regular
Ruim
Péssima
Não resp.
Não sabe
Total
Freq
%
Freq
%
Freq
%
Freq
%
Fr
eq
%
Freq
%
22
23,6
62
66,6
5
5,3
0
0
0
0
4
4,3
93
Aeroporto
16
17,2
55
59,1
14
15,0
1
1,0
0
7
7,5
93
Rodoviária
7
7,5
34
36,5
29
31,1
6
6,4
1
16
17,2
93
Trânsito
8
8,6
36
38,7
26
27,9
9
9,6
1
13
13,9
93
Limpeza
15
16,1
54
58,0
14
15,0
1
1,0
0
0
1,
0
1,
0
0
9
9,6
93
Segurança
13
13,9
48
51,6
19
20,4
2
2,1
0
0
11
11,8
93
Transporte
Sinaliz..turístic
a
Comunicaçõe
s
Táxi
8
8,6
48
51,6
23
24,7
0
0
0
0
14
15,0
93
12
12,9
49
52,6
15
16,1
1
1,0
0
0
16
17,2
93
24
25,8
93
15
16,1
93
Atrativos
Infraestrutura
16
17,2
47
50,5
5
5,3
0
0
1
14
15,0
56
60,2
8
8,6
0
0
0
1,
0
0
Hotéis
20
21,5
56
60,2
2
2,1
0
0
0
0
15
16,1
93
Infor. turística
22
23,6
47
50,5
10
10,7
0
0
0
0
14
15,0
93
Restaurantes
33
35,4
46
49,4
3
3,2
0
0
0
0
11
11,8
93
Bares
Diversão/
Lazer
31
33,3
47
50,5
5
5,3
0
0
0
0
10
10,7
93
28
30,1
53
56,9
5
5,3
0
0
0
0
7
7,5
93
Mão-de-obra
15
16,1
46
49,4
11
11,8
1
1,0
0
0
20
21,5
93
Custos
12
12,9
44
47,3
23
24,7
2
2,1
0
0
12
12,9
93
Equipamentos
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
O perfil da expectativa dos 45 turistas de eventos que não visitaram Belo Horizonte é
semelhante ao do turista com motivação histórico-cultural. Nos dois casos, 33,3% têm
expectativa ótima em relação a beras. Quanto a restaurantes, 31,1% dos turistas de eventos
têm expectativa ótima, índice pouco inferior ao apresentado pelos turistas culturais. Com
relação aos outros equipamentos, as expectativas são semelhantes. Apenas para
diversão/lazer a expectativa do turista de eventos foi um pouco inferior à do turista
cultural.Em relação a hotéis, avaliaram como ―bom‖ e ―ótimo‖ 80,0%, percentual bem
próximo ao dos turistas culturais. As expectativas ―boa‖ e ―excelente‖ variaram de um
mínimo de 44,3% para o trânsito ao máximo de 93,2% para a qualidade dos atrativos. Na
faixa de ―boa‖ e ―excelente‖ obtiveram a aprovação de mais de 80% dos entrevistados os
seguintes serviços além dos atrativos: aeroporto, com 86,5%; hotéis com 80,0%;
restaurantes e bares, com 84,4%; e diversão/lazer, com 88,8%. De modo geral, o item
infraestrutura, é o que apresenta a maior frequência de expectativa regular, variando de
6,6% para o aeroporto a 35,5% para o trânsito. Não ocorreu nenhuma conceituação dos
serviços como ―péssimos‖. Os serviços rodoviária, trânsito e mão de obra tiveram uma
expectativa ruim por menos de 7,0% dos turistas (tab. 2.284).
−
−
311
Tabela 2.284 Expectativa dos turistas potenciais de eventos que ainda não visitaram Belo
Horizonte em relação aos seus atrativos, infraestrutura, preços, equipamentos e
serviços turísticos – 2010
Serviços
Turísticos
Excelente
Boa
Abs.
8
%
17,7
Abs.
34
%
75,5
Aeroporto
8
17,7
31
68,8
Rodoviária
4
8,8
22
48,8
Trânsito
3
6,6
17
37,7
Limpeza
6
13,3
29
Segurança
4
8,8
Transporte
Sinaliz.
Turística
Comunicações
2
Táxi
Regular
%
4,4
Abs.
0
3
6,6
11
24,4
16
64,4
24
4,4
6
Péssima
Não resp.
Não sabe
%
0
Abs.
0
%
0
Abs.
1
0
0
0
0
2
4,4
0
0
35,5
3
6,6
0
7
15,5
0
0
53,3
12
26,6
0
21
46,6
14
31,1
13,3
25
55,5
7
7
15,5
22
48,8
8
17,7
28
62,2
Hotéis
9
20,0
27
60,0
Inform. Turística
9
20,0
25
55,5
Restaurantes
14
31,1
24
Bares
15
33,3
Diversão/ Lazer
12
26,6
Mão de obra
6
Custos
3
Atrativos
Abs.
2
Ruim
Total
%
2,2
45
3
6,6
45
6
13,3
45
0
6
13,3
45
0
0
3
6,6
45
0
0
0
5
11,1
45
0
0
0
0
8
17,7
45
15,5
0
0
0
0
7
15,5
45
2
4,4
0
0
0
0
14
31,1
45
2
4,4
0
0
0
0
7
15,5
45
3
6,6
0
0
0
0
6
13,3
45
6
13,3
0
0
0
0
5
11,1
45
53,3
2
4,4
0
0
0
0
5
11,1
45
23
51,1
3
6,6
0
0
0
0
4
8,8
45
28
62,2
2
4,4
0
0
0
0
3
6,6
45
13,3
24
53,3
5
11,1
1
2,2
0
0
9
20,0
45
6,6
25
55,5
12
26,6
0
0
0
0
5
11,1
45
Infraestrutura
Equipamentos
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A expectativa dos turistas potenciais de residência permanente em São Paulo que não
estiveram em Belo Horizonte em relação a atrativos, infraestrutura, custos, equipamentos e
serviços turísticos neste destino é, de modo geral, boa. Em relação a todos os serviços
mostrados, o percentual daqueles que afirmaram que têm uma expectativa boa varia de um
mínimo de 37,3% para trânsito até o máximo de 73,5% para qualidade dos atrativos.
Considerando as expectativas de ―excelente‖ e ‖boa‖, o percentual de entrevistados variou
de 90,4% para qualidade dos atrativos ao mínimo de 48,1% para trânsito. Além da qualidade
dos atrativos, os itens que apresentaram expectativa ―boa‖ ou ―excelente‖ para mais de 80%
dos entrevistados foram: restaurantes, com 87,9%; bares, com 85,5%; e diversão/lazer, com
90,3%. Outros itens foram considerados ―bons‖ ou ―excelentes‖, com algum destaque para:
hotéis, com 75,9%; informação turística, com 79,5%; e táxi, com 78,4%. Com exceção de
trânsito, todos os itens foram avaliados como ―regular‖ ou acima por mais de 95% dos
entrevistados (tab. 2.285).
−
−
312
Tabela 2.285 Expectativa dos turistas potenciais com residência permanente em São Paulo que
ainda não visitaram Belo Horizonte em relação aos seus atrativos, infraestrutura,
preços, equipamentos e serviços turísticos – 2010
Serviços Turísticos
Excelente
Bom
Regular
Ruim
Péssimo
Não resp.
Não sabe
Abs
%
Total
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
Abs.
%
14
16,9
61
73,5
5
6,0
0
0
0
0
3
3,6
83
Aeroporto
11
13,3
54
65,1
11
13,3
0
0
0
0
7
8,4
83
Rodoviária
8
9,6
39
47,0
25
30,1
2
2,4
1
1,2
8
9,6
83
Trânsito
9
10,8
31
37,3
27
32,5
7
8,4
1
1,2
8
9,6
83
Limpeza
9
10,8
51
61,4
14
16,9
1
1,2
0
0
8
9,6
83
Segurança
10
12,0
40
48,2
22
26,5
3
3,6
0
0
8
9,6
83
Transporte
10
12,0
39
47,0
23
27,7
1
1,2
0
0
10
12,0
83
Sinaliz. Turística
13
15,7
44
53,0
13
15,7
0
0
0
0
13
15,7
83
Comunicações
14
16,9
45
54,2
5
6,0
1
1,2
1
1,2
17
20,5
83
Táxi
12
14,5
53
63,9
6
7,2
0
0
0
0
12
14,5
83
Hotéis
19
22,9
44
53,0
7
8,4
2
2,4
0
0
11
13,3
83
Inform. Turística
18
21,7
48
57,8
6
7,2
2
2,4
1
1,2
8
9,6
83
Restaurantes
30
36,1
43
51,8
3
3,6
0
0
0
0
7
8,4
83
Bares
25
30,1
46
55,4
4
4,8
0
0
0
0
8
9,6
83
Diversão/ Lazer
24
28,9
51
61,4
2
2,4
0
0
0
0
6
7,2
83
Mão de obra
12
14,5
48
57,8
11
13,3
0
0
0
0
12
14,5
83
Custos
8
9,6
38
45,8
23
27,7
3
3,6
1
1,2
10
12,0
83
Atrativos
Infraestrutura
Equipamentos
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010

Avaliação geral dos turistas que já visitaram e que não visitaram Belo
Horizonte
Sobre o grau de conhecimento de Belo Horizonte, para 55,3% dos 371 entrevistados esse
conhecimento é baixo; para 29,4% é médio; e para 13,2%, nenhum. Apenas 1,3% afirmou
que tem alto grau de conhecimento. Este resultado confirma a falta de divulgação dos
atrativos da cidade em outras regiões do País.
Entre os 156 turistas com motivação histórico-cultural e os 71 turistas de eventos
entrevistados esse conhecimento é ainda menor, já que 64,0% e 70,4%, respectivamente,
afirmaram que o seu conhecimento é baixo ou nenhum (tab. 2.286).
Tabela 2.286 Grau de conhecimento de Belo Horizonte, por tipo de motivação
turística dos turistas potenciais – 2010
Grau de conhecimento
Alto
Médio
Baixo
Nenhum
Não respondeu
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
2
1,2
52
33,3
83
53,2
17
10,8
2
1,2
156
100,0
Turismo de eventos
Abs.
%
0
0
21
29,6
41
57,7
9
12,7
0
0
71
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
De forma similar, o grau de conhecimento dos 138 turistas de residência permanente em
São Paulo em relação a Belo Horizonte também é muito baixo: 71% afirmaram que é baixo
−
−
313
ou nenhum. Apenas 2,2% afirmaram que o seu grau de conhecimento é alto e 26,8%
afirmaram possuir conhecimento médio (tab. 2.287).
Tabela 2.287 Grau de conhecimento de Belo Horizonte dos turistas potenciais
com residência permanente em São Paulo entrevistados – 2010
Grau de conhecimento
Alto
Médio
Baixo
Nenhum
Total
Abs.
%
3
37
78
20
138
2,2
26,8
56,5
14,5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Estes resultados sugerem a falta de divulgação dos atrativos da cidade entre os turistas
potenciais de Belo Horizonte. Este tem sido um elemento recorrente manifestado por todos
os turistas entrevistados.
A imagem mais frequentemente associada à cidade é de ―acolhedora, arborizada e bela‖,
citada por 25,1%, seguida de ―cidade grande, centro cultural e comercial‖ (13,7%) e sua
associação com ―Minas em geral‖, com destaque para sua história e culinária (9,4%). A
Lagoa da Pampulha foi o único atrativo lembrado pelo nome, sendo citado por apenas 3,0%.
Ainda se verifica alguma associação da cidade com tranquilidade e características de
interior (6,5%), além de verde e ecológica (4,3%). Outras imagens diversas não
especificadas foram citadas por 24,5% dos entrevistados (tab. 2.288).
Tabela 2.288 Imagens associadas à cidade de Belo Horizonte pelos turistas
potenciais – 2010
Imagens associadas a Belo Horizonte
Acolhedora, agradável, arborizada, bela
Cidade grande, centro cultural e comercial
Minas em geral (história, culinária)
Cidade grande, mas tranquila e com "ar de interior"
Verde, ecológica
Lagoa da Pampulha
Esporte, futebol
Bares
Cidades históricas
Alta qualidade de vida
Trânsito complicado
Referência no tratamento de saúde/visão
Outros
Não respondeu
Total
Abs.
93
51
35
24
16
11
7
5
4
2
2
1
91
29
371
%
25,1
13,7
9,4
6,5
4,3
3,0
1,9
1,3
1,1
0,5
0,5
0,3
24,5
7,8
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A mesma sequência de importância das imagens associadas a Belo Horizonte é válida para
os turistas potenciais entrevistados com motivação tanto histórico-cultural e de eventos,
quanto para aqueles que têm residência permanente em São Paulo, variando apenas as
proporções em cada caso. As três principais imagens associadas a Belo Horizonte
correspondem, juntas, a 46,6% no caso do turismo histórico-cultural e 39,2% de turismo de
eventos, sendo essa diferença atribuída, sobretudo, ao maior número de turistas históricoculturais que destacam a imagem ―acolhedora, agradável, bela e arborizada‖ (21,7%).
Outras imagens diversas não especificadas foram citadas por 29,5% (tab. 2.289).
−
−
314
Tabela 2.289 Imagens associadas à cidade de Belo Horizonte, por tipo de motivação turística
dos turistas potenciais – 2010
Imagens associadas a
Belo Horizonte
Acolhedora, agradável, arborizada, bela
Cidade grande, centro cultural e comercial
Cidade grande, mas tranquila e com "ar de
interior"
Minas em geral (história, culinária)
Verde, ecológica
Esporte, futebol
Lagoa da Pampulha
Alta qualidade de vida
Bares
Cidades históricas
Transito complicado
Outros
Não respondeu
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
34
21,7
21
13,4
Turismo de eventos
Abs.
%
11
15,4
9
12,6
12
7,6
5
7,0
18
8
4
5
1
1
1
1
37
12
156
11,5
5,1
2,5
3,2
0,6
0,6
0,6
0,6
23,7
7,6
100,0
8
4
3
2
1
1
1
0
21
5
71
11,2
5,6
4,2
2,8
1,4
1,4
1,4
0
29,5
7,0
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Entre os turistas de residência permanente em São Paulo, a imagem de uma cidade
acolhedora e agradável foi também a mais citada, tendo sido referenciada por 23,9%.
Seguem em ordem de importância: imagem da cidade como ―cidade grande, centro cultural
e comercial‖, para 17,4%; a associação com ―Minas em geral‖ e com a culinária e a história
de Minas Gerais em particular, para 11,6%. As três principais imagens associadas a Belo
Horizonte correspondem a 52,9%. Embora a cidade tenha uma boa divulgação dos bares,
esta imagem foi associada por apenas 0,6% dos turistas culturais, 1,4% dos turistas de
eventos e 0,7% dos turistas de residência permanente em São Paulo. A lagoa da Pampulha,
considerada como o conjunto arquitetônico mais representativo de Belo Horizonte, teve sua
imagem associada à cidade mais por turistas paulistas, embora também em baixa proporção
(5,8%). Outras imagens diversas não especificadas foram citadas por 20,3% dos
entrevistados (tab. 2.290).
Tabela 2.290 Imagens associadas à cidade de Belo Horizonte pelos turistas
potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010
Imagem associada a Belo Horizonte
Acolhedora, agradável, arborizada, bela
Cidade grande, centro cultural e comercial
Cidade grande, mas tranquila e com "ar de interior"
Minas em geral (história, culinária)
Lagoa da Pampulha
Verde, ecológica
Esporte, futebol
Cidades históricas
Bares
Outros
Não sabe
Total
Abs.
33
24
12
16
8
7
2
2
1
28
5
138
%
23,9
17,4
8,7
11,6
5,8
5,1
1,4
1,4
0,7
20,3
3,6
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Para incrementar a imagem da cidade, 52,6% dos turistas potenciais apontaram ―melhorar a
divulgação e informações turísticas‖, item já foi referido como uma deficiência. Embora a
imagem da cidade fora do estado tenha se revelado como ―boa‖, ainda se verifica certa
−
−
315
depreciação em relação à qualidade e diversidade da infraestrutura e da oferta turística.
Assim, 15,4% dos turistas sugerem melhorar estradas de acesso; 11,1% os serviços
públicos e 8.9% os atrativos (tab. 2.291).
Tabela 2.291 Ações sugeridas pelos turistas potenciais para melhorar a
imagem de Belo Horizonte – 2010
Ações sugeridas
Melhorar/criar atrativos
Melhorar serviços públicos
Melhorar estradas
Melhorar condições de alimentação
Melhorar condições de hospedagem
Melhorar divulgação e informações turísticas
Outros
Não respondeu
Total
Abs.
33
41
57
5
5
195
11
24
371
%
8.9
11.1
15.4
1.3
1.3
52.6
3,0
6,5
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A ação mais importante sugerida para incrementar a imagem da cidade pelos turistas de
motivação histórico-cultural e de eventos também foi ―melhorar a divulgação de informações
turísticas‖ (55,7%, 70,4%, respectivamente). Este resultado reflete o interesse dos turistas
potenciais em conhecer a cidade, mas na condição de obter mais informações sobre os
seus atrativos, sobretudo pelos mais atraídos por eventos. Outras ações citadas com menos
destaque foram: melhorar as estradas, melhorar os serviços públicos e melhorar/criar
atrativos (tab. 2.292).
Tabela 2.292 Ações sugeridas pelos turistas potenciais para melhorar a imagem de Belo
Horizonte, por tipo de motivação turística – 2010
Ação sugerida
Melhorar/criar atrativos
Melhorar serviços públicos
Melhorar estradas
Melhorar condições de alimentação
Melhorar condições de hospedagem
Melhorar divulgação de informações
turísticas
Outras
Não respondeu
Total
Turismo histórico-cultural
Abs.
%
13
8,3
12
7,6
21
13,4
2
1,2
2
1,2
Turismo de eventos
Abs.
%
5
7,0
5
7,0
7
9,8
0
0
1
1,4
87
55,7
50
70,4
7
12
156
4,4
7,6
100,0
0
3
71
0
4,2
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
A ação mais recomendada (51,4%) pelos turistas residentes em São Paulo para melhorar a
imagem da cidade foi ―melhorar a divulgação de informações turísticas‖. Outras ações,
citadas com menos destaque, foram: melhorar as estradas (15,9%); melhorar os serviços
públicos (12,3%); e melhorar/criar atrativos (12,3%) (tab. 2.293).
−
−
316
Tabela 2.293 Ações sugeridas pelos turistas potenciais entrevistados com
residência permanente em São Paulo para melhorar a imagem de
Belo Horizonte – 2010
Ações sugeridas
Melhorar/criar atrativos
Melhorar serviços públicos
Melhorar estradas
Melhorar condições de alimentação
Melhorar condições de hospedagem
Melhorar divulgação de informações turísticas
Outro
Não respondeu
Total
Frequência
17
17
22
1
2
71
3
5
138
%
12,3
12,3
15,9
0,7
1,4
51,4
2,2
3,6
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
De acordo com os entrevistados, os principais destinos considerados competidores de Belo
Horizonte para fins de turismo cultural foram: São Paulo (42,0%), Curitiba (20,2%), Rio de
Janeiro (17,3%) e Brasília (4,9%) (tab. 2.294).
Tabela 2.294 Principais destinos competidores de Belo Horizonte para
fins de turismo cultural na percepção dos turistas
potenciais – 2010
Destinos competidores
São Paulo
Curitiba
Rio de Janeiro
Brasília
Salvador
Bahia
Outros
Não respondeu
Total
Abs.
156
75
64
18
6
5
46
1
371
%
42,0
20,2
17,3
4,9
1,6
1,3
12,4
0,3
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
Os principais destinos competidores para fins de turismo cultural para os turistas de
motivação histórico-cultural e de eventos são também, por ordem de importância: São
Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, em proporção próxima à encontrada para o total da
amostra (tab. 2.295).
Tabela 2.295 Principais destinos turísticos competidores de Belo Horizonte para
fins culturais, na percepção de turistas potenciais de motivação
histórico-cultural e de eventos – 2010
Destinos
Competidores
São Paulo
Curitiba
Rio de Janeiro
Brasília
Salvador
Bahia
Outra cidade
Não respondeu
Total
Turismo Histórico-Cultural
Frequência
%
72
46,1
30
19,2
28
17,9
6
3,8
2
1,2
1
0,6
15
9,6
2
1,2
156
100,0
Turismo de Eventos
Frequência
%
33
46,4
15
21,1
14
19,7
1
1,4
1
1,4
1
1,4
5
7,0
1
1,4
71
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo - 2010
−
−
317
No caso dos turistas de residência permanente em São Paulo, os principais destinos
competidores para fins de turismo cultural se mantêm na mesma ordem de importância dada
aos destinos competidores, mas as frequências dadas já diferem de forma mais substantiva
do total da amostra: São Paulo é o primeiro destino competidor, com 43,5%, seguido de
Curitiba, com 27,5%, e Rio de Janeiro e Brasília com 8,0% cada um. Os três destinos
correspondem a 87% das opções de resposta. Os outros destinos foram citados por menos
de 4% dos turistas cada um. Este resultado revela uma visão peculiar dos turistas paulistas
ao colocar o Rio de Janeiro e Brasília (em função da percepção das suas particularidades)
no mesmo nível de competitividade em relação a Belo Horizonte e bem abaixo de Curitiba,
que apresenta características mais próximas à capital mineira (tab. 2.296).
Tabela 2.296 Principais destinos turísticos competidores de Belo
Horizonte para fins de turismo cultural de acordo com os
turistas potenciais com residência permanente em São
Paulo – 2010
Destino turístico
São Paulo
Curitiba
Rio de Janeiro
Brasília
Salvador
Bahia
Outra cidade
Não respondeu
Total
Abs.
60
38
11
11
2
4
5
7
138
%
43,5
27,5
8,0
8,0
1,4
2,9
3,6
5,1
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
- 2010
Os produtos turísticos que mais se destacam em relação a Belo Horizonte para fins de
turismo cultural foram, no caso de São Paulo: diversidade de eventos, opções de compras,
gastronomia, teatros, museus e equipamentos de entretenimento e lazer. Em segundo
plano, foram feitas referências à infraestrutura (transporte, centro de convenções) e a
negócios em geral.
Em Curitiba, também os eventos, atrativos artísticos e cultura foram os mais citados,
seguidos por infraestrutura, serviços públicos e transporte.
No Rio de Janeiro, os atrativos, como praia e natureza, foram os mais lembrados, seguido
pela diversidade de eventos e opções culturais. Alguns atrativos únicos também foram
citados, como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor.
Em Brasília, foi citado como grandes diferenciais o fato de ser sede do governo e a sua
arquitetura.
Já para fins de negócios e eventos, São Paulo destaca-se amplamente como principal
destino competidor de Belo Horizonte, na percepção de 75,7% dos entrevistados (tab. 2.97).
Tabela 2.297 Principais destinos competidores de Belo Horizonte para fins de
negócios e eventos na percepção de turistas potenciais–2010
Destino
São Paulo
Rio de Janeiro
Curitiba
Brasília
Outros
Não respondeu
Total
Abs.
281
21
18
14
33
4
371
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
−
%
75,7
5,7
4,9
3,8
8,9
1,1
100,0
- 2010
−
318
Os principais destinos competidores para fins de negócios e de eventos, de acordo com os
turistas de motivação histórico-cultural e de eventos analisados, são: São Paulo, Rio de
Janeiro, Curitiba e Brasília. Neste caso, São Paulo, isoladamente, responde por 79,4% das
citações dos turistas histórico-culturais e 77,4% dos de eventos. Os outros três destinos, em
conjunto, respondem por 12,1% da preferência dos turistas culturais e 16,8% dos turistas de
eventos. Os outros destinos foram citados por menos de 4% dos turistas (tab. 2.298).
Tabela 2.298 Principais destinos turísticos competidores de Belo Horizonte para
fins de negócios e eventos, por tipo de motivação dos turistas
potenciais – 2010
Destinos turísticos
São Paulo
Curitiba
Rio de Janeiro
Brasília
Outra cidade
Não respondeu
Total
Turismo histórico-cultural
Frequência
%
124
79,4
5
3,2
9
5,7
5
3,2
6
3,8
7
4,4
156
100,0
Turismo de eventos
Frequência
%
55
77,4
6
8,4
4
5,6
2
2,8
2
2,8
2
2,8
71
100,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
Comparando-se os resultados das tabelas 2.297 e 2.298 verifica-se que, na percepção dos
entrevistados, São Paulo se destaca como principal destino competidor de Belo Horizonte,
sobretudo para fins de eventos. Apesar de ser também visto como principal competidor para
fins culturais, a concorrência com outros destinos, sobretudo Rio de Janeiro e Curitiba, é
maior.
Também na percepção dos turistas potenciais de residência permanente em São Paulo, o
principal destino competidor para fins de negócios e eventos é, destacadamente, com 78,3%
das respostas, a própria cidade de São Paulo. Rio de Janeiro e Curitiba vêm muito abaixo,
com 7,2% e 6,5% respectivamente. Brasília foi citada por apenas 3,6%. Basicamente, os
turistas paulistas reconhecem esses três destinos como uma opção para lazer e cultura (tab.
2.299).
Tabela 2.299 Principais destinos turísticos competidores de Belo Horizonte
para fins de negócios e eventos de acordo com os turistas
potenciais com residência permanente em São Paulo – 2010
Destino turístico
São Paulo
Rio de Janeiro
Curitiba
Brasília
Não sabe
Total
Abs.
108
10
9
5
6
138
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
%
78,3
7,2
6,5
3,6
4,3
100,0
- 2010
Em geral, na percepção dos turistas potenciais entrevistados e dos segmentos analisados
para fins de turismo de negócios e eventos, São Paulo se destaca por apresentar: a maior
população, volume e variedade de atividade econômica e empregos, maior centro de
negócios, diversidade de eventos, opções de compras, gastronomia, teatros, museus e
equipamentos de entretenimento e lazer. Cabe ainda a infraestrutura em geral, como
transporte e centro de convenções. Em relação ao Rio de Janeiro, a natureza e praias ao
lado da infra-estrutura, diversidade de eventos e promoção dos meios de comunicação
foram os produtos e elementos que mais se destacaram. Em Curitiba, destacaram-se a
organização da cidade e a infraestrutura, além da informação turística (em São Paulo,
principalmente). Em Brasília, os elementos mais mencionados foram a qualificação
profissional, o fato de ser a sede do governo federal e a arquitetura.
−
−
319
2.2.2.5.
Percepções das agências de turismo emissivo e das operadoras de
turismo de São Paulo em relação ao destino turístico de Belo
Horizonte e a sua comercialização
Em função da existência de vários tipos de comercialização do destino Belo Horizonte - ou
seja, empresas de turismo que só vendem a passagem aérea e reservam hotel, outras que
só atuam no segmento de turismo de negócios ou corporativo e, ainda, aquelas que vendem
pacotes turísticos para o segmento de lazer -, decidiu-se considerar para fins desta pesquisa
somente as empresas que vendem pacotes turísticos, próprios ou de terceiros, para o
segmento de lazer como as que comercializam Belo Horizonte.
A pesquisa qualitativa com operadoras e agências de turismo emissivo da cidade de São
Paulo que comercializam e que não comercializam pacotes de turismo com destino a Belo
Horizonte/MG teve por objetivo principal conhecer a percepção dessas empresas sobre este
mercado turístico.
A partir de indicação da Associação Brasileira de Agentes de Viagem de São Paulo
(ABAV/SP) das maiores e mais antigas operadoras e agências da cidade de São Paulo que
operam e que não operam com pacotes turísticos para Belo Horizonte, foi possível realizar a
pesquisa em cinco agências de turismo (das quais duas vendem pacotes para BH) e em
cinco operadoras de turismo (das quais duas operam BH).
As empresas entrevistadas que operam Belo Horizonte foram:
- Agências: Solfesta Turismo Ltda.
Grupo ALC Viagens e Turismo
- Operadoras: Sanchat Tour Viagens e Turismo Ltda.
Pomptur
As empresas entrevistadas que não operam Belo Horizonte foram:
- Agências: Mundo Viagens
TTC Travel Turismo e Câmbio
Odyssey South America
- Operadoras: Luxtravel Turismo
Odyssey South America
Marsans Operadora de Viagens
Realizou-se, ainda, uma entrevista com a gestora do Espaço Minas Gerais (mais conhecido
como ―Casa de Minas‖) que se dedica à promoção do estado em São Paulo, com o objetivo
de conhecer sua percepção sobre as potencialidades e dificuldades na sua missão e na
perspectiva do promoção de Belo Horizonte como destino turístico em particular.
Nas entrevistas, realizadas no período de 14 a 20 de julho de 2010, aplicaram-se aos
gestores das agências e operadoras questionários semiestruturados, contendo perguntas
abertas e fechadas. Na Casa de Minas, foi realizada uma entrevista com perguntas abertas.

Análise dos resultados
a) Perfil das empresas entrevistadas e de seus clientes
Das empresas entrevistadas 90,0% têm sua matriz em São Paulo e 10% no Rio de Janeiro;
90% têm sua atuação principal nas áreas internacional e nacional, sendo que quatro atuam
também em nível estadual.
−
−
320
Têm o turismo de lazer como principal segmento de atuação 80%, enquanto 20% atuam no
segmento de turismo de negócios ou corporativo. Das quatro que operam Belo Horizonte,
três atuam no segmento de turismo de lazer e somente uma atua no segmento de turismo
de negócios ou corporativo. Das seis que não operam Belo Horizonte, cinco atuam no
segmento de turismo de lazer e somente uma atua no segmento de turismo de negócios ou
corporativo.
Apenas 30% atendem a clientes de todo Brasil, sendo que uma atende também o cliente
internacional. As demais têm seus clientes no âmbito local ou estadual.
Para 90% a maior parte dos clientes atendidos se enquadra na faixa etária de 26 a 52 anos.
Destas, três citaram também a faixa de idade de mais de 65 anos. Somente uma (10%)
mencionou a faixa de 53 a 65 anos.
Para cinco empresas entrevistadas, as classes econômicas predominantes de seus clientes,
conforme tabela de classes sociais no Brasil (IBGE/2007), estão entre a A (renda domiciliar
mensal superior a R$7.600,00) e a B (renda domiciliar mensal de R$3.800,00 a
R$7.600,00). Em seguida, aparecem a B e a C (esta última definida como a de renda
domiciliar mensal de R$1.900,00 e R$3.800,00) de clientes, conforme informado por dois
entrevistados. Em outra empresa predominam somente clientes da classe A. Já outro
entrevistado disse predominar clientes da classe B. Na última, os clientes são, em sua
maioria, da classe C.
Quanto ao perfil dos clientes das agências e operadoras que vendem pacotes turísticos de
Belo Horizonte, a maioria deles é de âmbito local e estadual, a faixa etária predominante
está entre 26 a 52 anos e a maior parte situa-se entre as classes econômicas A e B. Um dos
entrevistados destacou a preferência da classe B para destinos nacionais e da classe A para
destinos internacionais.
Das duas operadoras que comercializam Belo Horizonte, uma tem como clientes até 5.000
agências em todo o Brasil e no exterior (Cuba, Colômbia, Bolívia, Panamá). Porém, a
demanda pelo destino Belo Horizonte é baixa. Já a outra operadora tem como clientes mais
de 5.000 agências, mas no estado de São Paulo, e a demanda pelo destino Belo Horizonte
é inexistente em termos de clientela mais ampla.
Com relação às três operadoras que não comercializam Belo Horizonte, duas têm até 5.000
clientes em todo o Brasil. Uma declarou que a demanda pelo destino Belo Horizonte é baixa
e a outra afirmou ser inexistente. A operadora que não comercializa o destino respondeu
que tem mais de 5.000 agências como clientes em todo o Brasil e uma demanda baixa pelo
destino Belo Horizonte em termos de clientela mais ampla.
b) Grau de conhecimento e percepções dos entrevistados sobre a imagem e a
comercialização turística de Belo Horizonte
Quanto ao grau de conhecimento da oferta turística de Belo Horizonte pelos entrevistados,
70% declararam que é médio e 30%, que é baixo. Das agências e operadoras que vendem
o destino Belo Horizonte, somente uma afirmou que tem baixo conhecimento da oferta
turística da cidade e três, que têm médio conhecimento. Dos agentes e operadores que não
vendem Belo Horizonte quatro disseram que têm conhecimento médio da oferta turística e
dois, que têm baixo conhecimento dos atrativos e equipamentos locais. Um dos que
afirmaram que têm baixo conhecimento especificou que se referia ao segmento de lazer,
mas que no segmento de negócios ele tem alto conhecimento da oferta turística de Belo
Horizonte.
Sobre sua participação em um Fam Tour em Belo Horizonte, dos quatro entrevistados que
comercializam Belo Horizonte dois responderam que sim e que ficaram satisfeitos, tendo um
−
−
321
deles afirmado que foi junto com as cidades históricas, e dois responderam que não, sendo
que um.afirmou que gostaria de participar e o outro que não teve tempo. Todos os quatro
entrevistados consideram que a realização do Fam Tour é muito importante.
A imagem que os entrevistados têm de Belo Horizonte é positiva, tendo um deles afirmado
que ―é uma Capital com potencial turístico‖. Outros associam a imagem de Belo Horizonte
ao esporte, ao futebol, aos negócios e à arquitetura de Niemayer. Na opinião de dois, a
percepção que seu cliente tem em relação a Belo Horizonte é relativa a negócio, e não a
lazer. Para um terceiro, geralmente, os clientes se surpreendem com a cidade no geral.
Outro declarou que não ter ideia, mas que o cliente está em Belo Horizonte para ir às
cidades históricas.
Quando ao grau de interesse de seu cliente na compra do destino Belo Horizonte, para duas
agências é baixo, para uma que é médio e para a última não tem nenhum interesse. Quanto
às seis agências e operadoras que não operam Belo Horizonte, para quatro é baixo e para
duas é médio. No total, 60% responderam ―baixo interesse‖, 30% ―médio interesse‖ e 10%,
não têm nenhum interesse.
A maioria das empresas atribuiu o baixo interesse mais por conta da rota de passagem e/ou
base de hospedagem para as viagens às cidades históricas ou para negócios, e não como
um destino turístico isolado que atraia pelo lazer que oferece. Um dos que responderam
―médio interesse‖ justificou que Belo Horizonte é pouco divulgada.
Todos os agentes e operadores que comercializam Belo Horizonte declararam que o fazem
conjuntamente com outros destinos. Citaram as cidades históricas próximas de Ouro Preto,
Mariana, Sabará, Congonhas, São João del Rei e Tiradentes.
Quanto ao volume de vendas do destino Belo Horizonte em relação aos outros produtos
oferecidos por sua empresa, os quatro agentes e operadores de turismo apontaram entre
1% a 5% de suas vendas, sendo a região do Nordeste do Brasil o principal mercado.
Das quatro empresas que comercializam pacotes turísticos para Belo Horizonte, para três o
segmento cultural/histórico é o primeiro mais procurado por seus clientes quando o destino é
a Capital mineira e para um o turismo de negócios. Para duas empresas, o segundo
segmento mais procurado é o cultural e para uma é o de lazer. Pode-se concluir que as
empresas que comercializam Belo Horizonte normalmente o fazem de forma agregada ao
roteiro das cidades históricas, associado ao segmento histórico-cultural, e não como um
destino isolado.
Em relação aos cinco atrativos mais procurados de Belo Horizonte, os entrevistados tiveram
dificuldade para listá-los e, principalmente, para informar como seus clientes avaliam esse
destino. Um dos entrevistados recorreu à internet para citá-los enquanto outros fizeram
referências gerais, como o City tour, caminho das cidades históricas e, até mesmo, nomes
de algumas cidades, como Ouro Preto, Congonhas, Mariana e Tiradentes. Essas
referências não foram avaliadas, por isso não aparecem no quadro 2.54 que relaciona os
atrativos mais procurados com a avaliação dos clientes sobre eles, na percepção dos
entrevistados.
−
−
322
Quadro 2.54 Atrativos mais procurados em Belo Horizonte na percepção dos agentes emissivos
entrevistados em São Paulo – 2010
Avaliação
Excelente
Bom
1º lugar
2º lugar
3º lugar
.City tour
.City tour
.Rua do
Amendoim
.Pampulha
.Estádios
Mineirão e
Mineirinho
.Museu de
Mineralogia
.Museu de
Artes da
Pampulha
4º lugar
.Mercado Municipal
.Gastronomia
5º lugar
.Praça do
Papa
.Igreja São Francisco
.Estádios
.Feira de Artesanato
da Av. Afonso Pena
Regular
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP). Pesquisa de campo
.Mercado Municipal
- 2010
Os entrevistados informaram que o City tour é o produto mais procurado em Belo Horizonte,
considerado ―excelente‖ pelos seus clientes. Seguem-se a região da Pampulha e a rua do
Amendoim, considerados ―bons‖. Depois, aparecem o Mineirão, o Museu de Mineralogia e o
Museu ―Niemayer‖ (referindo-se ao Museu de Arte da Pampulha), avaliados como ―bons‖, a
igreja de São Francisco, na Pampulha, a Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena e os
estádios Mineirão e Mineirinho, também avaliados como ―bons‖.. O Mercado Municipal e a
gastronomia aparecem na sequência, tendo sido avaliados como ―excelentes‖. Na
percepção de um entrevistado, contudo, o Mercado Municipal é avaliado com ―regular‖.
Mereceu destaque também a Praça do Papa, avaliada como ―excelente‖.
Para quem vende Belo Horizonte, os principais pontos positivos do destino citados foram a
gastronomia, e os atrativos, com destaque para as atrações culturais. A infraestrutura e os
hotéis também foram considerados ―bons‖. Como pontos negativos, apontou-se que os
hotéis são velhos e precisam melhorar em matéria de serviços e qualidade, cobram caro e
que têm pouca visibilidade para o cliente, precisando de mais promoção. Citou-se, ainda,
que a segurança pode melhorar.
Para os agentes e operadores que não comercializam Belo Horizonte, os pontos positivos
citados foram: a cidade é agradável, tem uma boa vida noturna e boa infraestrutura para
negócios, principalmente na parte de hotelaria e do aeroporto de Confins, que o povo é
receptivo e que há boa oferta gastronômica e cultural. O ponto negativo citado foi que Belo
Horizonte tem pouca atração cultural ou não divulga as que têm. Houve referência à longa
distância de Confins até o centro da cidade e à necessidade de criar uma melhor sinalização
turística. Também foi citado que Belo Horizonte precisa ampliar a parte de atrativos e hotéis,
principalmente em época de congresso, quando é difícil fazer reservas.
Quanto às fontes de informação utilizadas pelos quatro agentes e operadores que
comercializam Belo Horizonte, a internet foi citada por três entrevistados; o guia turístico, por
dois; o Guia 4 Rodas, por um; as operadoras de turismo, principalmente a CVC, por um.
Para todos os entrevistados que vendem o destino Belo Horizonte, as fontes de informação
utilizadas atendem a suas necessidades de informação.
Quanto às dificuldades para a comercialização do destino Belo Horizonte, três empresas
responderam que elas não existem, enfatizando que em relação à parte aérea e à
hospedagem o receptivo é bom. Um entrevistado observou que ―os parceiros são bastante
fiéis, acabam facilitando para poder atender. Atendem muito bem e não têm dificuldade. São
bons de negócios‖. Um entrevistado, porém, fez a seguinte observação: ―Quando precisa
não encontra dificuldades; a CVC atende. As outras operadoras devem encontrar
dificuldades, porque a CVC domina o mercado, como a Agaxtur, Visual, TAM Viagens, etc.‖
−
−
323
O entrevistado que apontou dificuldades para comercializar Belo Horizonte reclamou que o
custo é muito alto e que ―a relação comercial com os meios de hospedagem é complicada.
Estão acostumados a lidar com o corporativo. É o único lugar do Brasil que cobra diária para
guia e motorista. Falta promoção também.‖
Sobre a existência de problemas entre as agências e operadoras e os fornecedores de
serviços em Belo Horizonte, os entrevistados citaram que os agentes receptivos oferecem
poucas boas opções e que estas são muito caras. Em especial, comentaram que a hotelaria
poderia disponibilizar as tarifas on line, para facilitar a consulta ou via de e-mail periódico,
assim como procurar trabalhar com preços valores mais baixos e não cobrar diárias de
guias e motorista. Também comentaram que os restaurantes não estão acostumados a
fazer grupos, que há problemas em relação à cortesia de guia e motorista e à não oferta de
preços especiais.
Para as agências e operadoras de viagens, os três principais destinos concorrentes de Belo
Horizonte são: Curitiba, citada cinco vezes; Brasília, citada quatro vezes; e as cidades de
São Paulo e Porto Alegre, citadas três vezes cada uma. Com duas citações cada uma,
aparecem as cidades de Foz do Iguaçu e Vitória. Salienta-se que destes destinos
competidores a região do Sul do Brasil é apontada como o terceiro mercado em importância
para os entrevistados e a região Centro Oeste como o quinto, ambos avaliados como ―bons‖
ou ―excelentes‖.
Para incrementar a comercialização da cidade como destino turístico, três empresas que
comercializam Belo Horizonte citaram a necessidade de promover Fam Tour (viagem de
familiarização no destino) e maior divulgação do destino. Duas consideram que é importante
realizar de workshop. Uma explicou que ―após o Fam Tour, deve-se carregar o site com o
máximo de informações sobre horários de ônibus para as cidades históricas e opções
rodoviárias para o corporativo. E só depois de realizado isso, fazer o workshop‖. Foi
sugerido que a divulgação deveria ser feita para os operadores, pois são eles que
organizam os roteiros, e que deveria ter mais informações dos roteiros e pacotes de
visitação. Outro sugeriu que ―ninguém sai daqui pra ver BH. A divulgação de BH teria que
ser junto com as cidades históricas‖. Várias outras sugestões foram ainda mencionadas:
visitar as operadoras e ―forçá-las‖ a incluir mais noites livres em Belo Horizonte; a criação de
tour regulares e produtos que sejam comercializados, como os passeios de três horas a
R$35,00 existentes em São Paulo. Um entrevistado afirmou ainda que ―Minas tem muita
riqueza de personagens históricos para interagir com os visitantes‖, exemplificando que ―na
Espanha usam os personagens como atrativos em teatros de rua‖. Lembrou também que a
terceira idade não deveria ser esquecida, já que é mais fácil de comercializar, a preços
baratos. Outro gestor fez a seguinte observação: ―Os fornecedores locais têm que comprar a
ideia de transformar BH em destino turístico e se aliarem à Secretaria e à Prefeitura nestas
ações.(...) Sem isso, não adianta nada.‖ Outras sugestões feitas abrangeram a reforma de
hotéis, treinamento da mão de obra e qualidade nos serviços.
Para as agências e operadoras que não comercializam Belo Horizonte como destino de
lazer, a pergunta sobre o que as levaria a incluir a Capital mineira teve quatro respostas que
citaram maior divulgação dos atrativos da cidade e lazer.
Um entrevistado afirmou que não há procura para Belo Horizonte isoladamente, e por isso
não comercializa o destino. Sugeriu divulgar mais Belo Horizonte como cidade de lazer,
sobretudo para os que não conhecem a cidade e não a vêem como destino turístico. Para
um entrevistado, ―não se ouve falar de atrativos de lazer em BH. Acho que está faltando isso
para chamar a atenção do público‖. Outro entrevistado comentou que ―não comercializa
Belo Horizonte porque o segmento que trabalha é o lazer, e Belo Horizonte é uma cidade
mais procurada para negócios‖, enfatizando que deveria haver mais divulgação para buscar
o turismo de lazer, como fazem as cidades de Buenos Aires e Nova York‖.
−
−
324
Sugeriu-se a divulgação de pacotes de fins de semana, de ―sightseeing‖ (visita a lugares
turísticos, excursão), como em São Paulo, Paris, Nova York, Londres e Roma. Foi também
mencionado que ―a Secretaria de Turismo deveria divulgar mais BH pelos meios de
comunicação que achar mais viável, (...) fazer eventos para divulgar a cidade, usar todo o
tipo de mídia‖. Conforme outro entrevistado, é necessário motivar o turista a viajar; ou seja,
incrementar a divulgação para o consumidor final: ―Ele força as agências/operadoras a se
informarem. Tem que ser os dois: propaganda e a parte operacional técnica; ou seja, o Fam
Tour para os agentes junto com a divulgação para o consumidor. Dessa forma, a ideia seria
a de oferecer pacotes de fins de semana, sightseeing e workshop‖.
Outra sugestão das agências e operadoras que não comercializam o destino Belo Horizonte:
trabalhar mais seu lado cultural, já que é uma cidade que tem bons restaurantes e boa
infraestrutura.
Um entrevistado sugeriu vender o destino com as cidades históricas ou com as estâncias
hidrominerais e que o preço do pacote aéreo teria de ser com um valor aproximado do
rodoviário. Em relação a preços, houve outras sugestões: ―fazer parceria com as
companhias aéreas, hotéis e vender mais barato, com outras cidades‖; e realizar
―promoções a preços baixos, para que as pessoas possam viajar‖, especialmente nos fins
de semana, quando a demanda turística é menor.
Inaugurado em setembro de 2009, na cidade de São Paulo, o Espaço Minas Gerais, ou
Casa de Minas, é um projeto da Secretaria Estadual de Turismo, em parceria com o BID,
com diretrizes definidas para o trabalho de promoção e captação de eventos e negócios
para Belo Horizonte. Sua gestão responde a três secretarias estaduais: Desenvolvimento
Econômico, Turismo e Cultura, Tem a função de apoiar as diversas ações promovidas pelas
secretarias nesse espaço. Quanto aos eventos realizados pela Secretaria Estadual de
Turismo, a gestora percebe a presença bem expressiva e o interesse muito grande do trade
turístico de São Paulo, que a cada evento que os agentes e operadores participam a
secretaria sempre leva algo novo às áreas de Ecoturismo, Gastronomia, dentre outras, além
de um material muito bom e rico, e que a imagem que a Casa de Minas passa é a da
hospitalidade. Ela percebe que o paulista tem essa referência do estado. Em sua opinião,
Belo Horizonte é uma cidade de passagem para visitação aos lugares com atrativos
turísticos, como as cidades históricas e os atrativos do entorno, mas lembra que,
atualmente, eventos como o Comida di Buteco e o Forró de Belô (que pode vir a ser um
atrativo) já despertam a intenção de conhecer Belo Horizonte. Entretanto, para a
entrevistada ―Belo Horizonte tem vocação para turismo de negócios. É isso que BH tem que
se especializar, ser o melhor‖. Para ela, a grande preocupação então é ―melhorar BH como
destino de negócios e investir na infraestrutura para a realização de grandes eventos. Deixar
a promoção dos atrativos para os arredores‖. Expressou ainda que ―a proposta da Casa de
Minas é um diferencial e que São Paulo percebe isso. A Casa proporciona a geração de
negócios. Isso é muito bom para o estado e, além disso, estão abrindo mercado‖.
As entrevistas qualitativas com os gestores de agências e operadoras emissivas de São
Paulo revelaram que o fato de Belo Horizonte ser mais divulgada como um destino de
negócios e, consequentemente, ter vários de seus atrativos pouco divulgados é um dos
motivos do baixo interesse de clientes e turistas potenciais e das agências e operadoras de
turismo em comercializar a cidade como um destino de turismo de lazer. A falta de
conhecimento dos atrativos de Belo Horizonte está claramente evidenciada nas respostas.
Mesmo para as agências e operadoras que comercializam o destino Belo Horizonte é difícil
definir um segmento para a cidade, pois dificilmente o comercializam isoladamente. Como
muitas das cidades históricas de Minas encontram-se próximas de Belo Horizonte, a
passagem pela cidade torna-se quase que obrigatória para os roteiros rodoviários e,
principalmente, para os roteiros aéreos, em função da localização dos aeroportos de Confins
e da Pampulha, principais portões de entrada de Minas Gerais. Dessa forma, a Capital do
estado está inserida nos roteiros mais comercializados das cidades históricas, ao qual sua
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325
imagem está sempre associada. Fora disso, Belo Horizonte é, segundo eles e também a
Casa de Minas, mais conhecida como uma cidade de negócios.
O baixo interesse dos clientes percebido pelas empresas entrevistadas, principalmente
aquelas que vendem Belo Horizonte inserida no roteiro das cidades históricas, parece
relacionar-se à pouca divulgação de seus atrativos e da cidade como opção de turismo de
lazer. Nota-se claramente que nos roteiros a ênfase é dada somente às cidades históricas,
enquanto que Belo Horizonte é associada à Capital do estado, dotada de boa infraestrutura
para ―uma parada no caminho‖ em direção às cidades históricas.
Os entrevistados, com base em seu baixo a médio grau de conhecimento sobre Belo
Horizonte, avaliam que a cidade tem como principais pontos positivos a hospitalidade e a
gastronomia, e não uma imagem específica dela. Apesar de ser um ponto positivo e de
essas características serem encontradas na cidade, não foi destacado nenhum de seus
atrativos mais importantes.
Quanto aos pontos negativos de Belo Horizonte, os entrevistados reconhecem a pouca
divulgação de seus atrativos e recomendam que seja trabalhado o turismo de lazer. Há que
se ressaltar as observações sobre a melhoria da infraestrutura hoteleira, a qualidade de
seus serviços e os altos preços cobrados.
Se, de um lado, os hotéis de Belo Horizonte têm alta ocupação durante a semana por causa
do segmento de turismo de negócios, a taxa de ocupação no final de semana poderia ser
incrementada trabalhando-se o turismo de lazer. Para tanto, é importante ―negociar‖ com o
mercado emissor para Minas. Os altos custos, a cobrança de diárias para guias e motorista
(que não costumam ser cobradas em boa parte dos destinos brasileiros) e a falta de
negociação de preços, de cortesias e de promoções foram pontos importantes levantados
pelos emissores que precisam ser atendidos pelo segmento hoteleiro, na medida em que
estão mais acostumados a lidar com o corporativo. A reclamação sobre a negociação de
preços e cortesia estendeu-se também aos restaurantes da cidade.
2.2.3. Conclusões
A pesquisa da demanda turística efetiva em Belo Horizonte foi realizada entre 10 e 24 de
julho de 2010, com erro padrão de 3,5%. Simultaneamente, foi realizada pesquisa qualitativa
com gestores de agências do receptivo de Belo Horizonte, a fim de verificar suas
percepções sobre o mercado turístico da cidade.
A amostra de turistas analisada apresenta um número um pouco maior de entrevistados do
sexo masculino. Predominam turistas entre 18 e 47 anos, com curso superior, renda bruta
individual entre R$3.000,00 e R$6.000,00 e renda bruta familiar acima de R$5.000,00.
O mercado emissivo para Belo Horizonte é diversificado, revelando a dimensão cosmopolita
alcançada pelo destino. Conforme a amostra analisada, surpreendentes 12,9% são de
estrangeiros de todos os continentes, que têm como motivação principal de viagem a Belo
Horizonte a visita a parentes e amigos, seguida do turismo de negócios. Os turistas
estrangeiros são majoritariamente do continente europeu, seguidos da América do Norte e
da América do Sul. Em termos de países de origem, a maioria vem dos Estados Unidos e da
Argentina, nesta ordem.
Os 87,1% de turistas brasileiros em Belo Horizonte que compõem a amostra são oriundos
de todas as regiões do Brasil, principalmente da Sudeste (62,2%), seguida da Nordeste
(16,8%). Os principais estados emissivos para Belo Horizonte são: São Paulo (23%), Minas
(21,2%) e Rio de Janeiro (6,5%). Em termos de municípios de origem dos turistas de Belo
Horizonte, destacam-se São Paulo, com 44,8% da demanda oriunda do estado de São
Paulo, e Rio de Janeiro, que representa 61,5% da demanda proveniente do estado do Rio
de Janeiro.
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326
Dentre os turistas dos estados do Sudeste, salienta-se que o padrão de renda é maior entre
fluminenses e paulistas. Em termos de segmentação por motivação, os turistas de lazer,
eventos e negócios são os que apresentam melhor condições de renda.
Estes dados consubstanciam a existência e a potencialidade de um mercado turístico com
alto poder aquisitivo nos estados mais próximos à capital mineira, sobretudo no eixo RioSão Paulo.
Nos últimos anos, muita ênfase tem sido dada pelo Poder Público e por diversos setores do
trade turístico na concepção de Belo Horizonte predominantemente como destino de turismo
de negócios. No entanto, os dados revelam que, isoladamente, a principal motivação dos
turistas para visitar Belo Horizonte é o ―turismo de lazer‖, seguido do ―turismo de negócios‖,
abrangendo eventos, compras e outros negócios. Ainda que essa proporção possa estar
refletindo o fato de a pesquisa ter ocorrido no mês de julho, os dados indicam a importância
inequívoca do turismo de lazer para a Capital e remete à necessidade de promover
estratégias para se trabalhar ambas as dimensões simultaneamente. Nota-se que o turismo
de lazer em Belo Horizonte tem um peso menor entre turistas estrangeiros do que entre
brasileiros e é também o de maior peso na demanda de todas as regiões e estados do
Brasil, com exceção de Minas Gerais, onde prevalece a demanda por turismo de compras e
negócios.
Outras motivações, como ―estudo, intercâmbio e pesquisa‖, ―tratamento de saúde‖ e a
―utilização de Belo Horizonte com base para conhecer outras cidades e atrativos‖, tem
importância muito pequena no cômputo da demanda atual do turismo de Belo Horizonte,
embora constituam segmentos com bom potencial de crescimento em face das condições
favoráveis da oferta pelo município.
Os turistas em Belo Horizonte se hospedam principalmente em casa própria, de parentes e
de amigos (45,3%), seguido de hotéis (39,3%), sendo este último o meio de hospedagem
preferido dos turistas de negócios e em lazer. Proporcionalmente, os maiores
frequentadores de hotéis em Belo Horizonte oriundos da região Sudeste são os paulistas e
capixabas (46,2% cada um), seguido dos mineiros (27,8%). Os fluminenses são os que
apresentam menor frequência em hotéis da cidade (25,0%) e maior propensão a ficar em
casa de parentes e amigos (60,7%), em que pese ao fato de serem os turistas de maior
média de renda individual e de terem a maior média individual de gastos turísticos na cidade
e a segunda média em termos de gastos totais, atrás apenas dos paulistas, o que implica
que gastam mais com gastronomia, cultura e entretenimento, de modo geral.
Extraindo-se da amostra os casos extremos (outliers) na proporção de até 2%, tal como
recomendado no procedimento estatístico mais habitual, a taxa média de permanência
calculada é de 7,4 pernoites e a mediana é de 7 pernoites. Comparativamente, a média de
pernoites total de turistas da região Sudeste é menor (5,4), sendo que entre os estados
desta região a maior média de permanência é a dos mineiros (6,3), seguida dos paulistas
(5,4), fluminenses (4,3) e capixabas (3,2). Aqueles que viajam motivados para compras e
negócios têm maior taxa média de permanência. De qualquer modo, a taxa média geral de
7,4% de permanência encontrada é relativamente alta, refletindo o fato de que o
levantamento se deu em julho, mês de férias e de médias de estadias mais longas. A média
de pernoites de turistas hospedados em hotéis foi de 5,0 dias, número que pode ser elevado
em face dos outros meses do ano, mas é coerente com a média pouco menor de 4,0
pernoites informada por gestores de hotéis e apart-hoteis que constaram da amostra dos
estudos de oferta no mesmo período.
Na amostra de turistas entrevistados, o avião é o meio de transporte mais utilizado para
viagens a Belo Horizonte, seguido do automóvel e do ônibus de linha.
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327
A maioria dos turistas viaja em companhia de cônjuges ou em grupos de até cinco pessoas.
Dos turistas oriundos da região Sudeste, os mineiros são os que viajam mais em grupo
(29,0%), seguidos de fluminenses e capixabas (25,0% cada um) e dos paulistas (20,1%).
Dos que viajam com família, a maior proporção relativamente ao total de turistas de cada
estado é de capixabas (55,8%), seguido de fluminenses (53,6%), paulistas (42,9%) e
mineiros (40,8%). O segmento de turista de negócios é o que proporcionalmente apresenta
a maior incidência dos que viajam sozinhos (41,4%).
Os fatores que tiveram maior influência na decisão de visitar o destino Belo Horizonte foram,
em ordem decrescente: hospedagem, atrativos turísticos, eventos e restaurantes, seguido
de infraestrutura, proximidade e facilidade de acesso, qualidade dos serviços em geral,
equipamentos de entretenimento e segurança pública.
A utilização de programas de incentivo ao turismo ou de algum pacote turístico para a
viagem a Belo Horizonte é muito baixa. Este dado está associado ao fato de que boa parte
dos turistas tem por motivação visitar parentes ou amigos, a uma tendência geral de maior
planejamento pessoal da viagem por internet e ao fato de Belo Horizonte ser ainda pouco
trabalhada por operadores emissivos. Dentre os que viajam por meio de pacotes turísticos, a
maior incidência é de paulistas e dos que viajam a lazer.
Os gastos sobre a preparação da viagem são baixos e concentram-se na faixa de até
R$200,00, sendo que esta estimativa inclui, em média, duas pessoas. Já o gasto total diário
durante a viagem foi, em média, de R$182,81, sendo a média maior entre aqueles que se
hospedam em imóveis alugados (R$266,52), hotéis (R$250,71) e apart-hotéis (R$248,81);
entre os que viajam motivados por compras e negócios (R$242,32) e lazer (R$215,90); entre
turistas brasileiros (R$ 188,07), oriundos do Nordeste (R$251,83) e Sul (R$206,15), que tem
gastos relativamente mais altos com transporte e hospedagem. Apesar de a região Sudeste
apresentar média de gastos turísticos inferior à média de todas as outras regiões do País,
ela é importante no cômputo do gasto turístico total em função do volume de fluxo dela
originado. Nesta região, a maior média de gastos está entre turistas paulistas (R$176,71) e
fluminenses (R$176,30).
Na faixa de despesas totais com a viagem a Belo Horizonte acima de R$150,00, os gastos
maiores são com hospedagem e compras.
Considerando que o gasto total diário médio de R$182,81 inclui, em média, duas pessoas,
conclui-se que os gastos turísticos médios por pessoa estão em torno de R$91,40, sendo
as maiores médias encontradas entre os turistas motivados por compras e negócios
(R$121,16), seguido dos motivados por eventos (R$117,32) e lazer (R$98,14). Já entre os
estados da região Sudeste, os gastos turísticos médios por pessoa são maiores entre
fluminenses (R$88,15), seguidos dos paulistas (R$84,15) e mineiros (R$77,77).
Os principais meios de divulgação utilizados na decisão de escolha do destino Belo
Horizonte são: recomendação de amigos e parentes e internet. Um número insignificante de
turistas mencionou a influência advinda de campanha promocional oficial, não havendo
lembrança das campanhas na quase totalidade dos casos.
Os atrativos mais visitados foram: Praça da Liberdade, Mercado Central, Igreja de São
Francisco e Feira de Artesanato da Afonso Pena, todos muito bem avaliados pelos turistas.
Os outros atrativos foram visitados por menos de 20%. Menos de 1% avaliou qualquer
atrativo como ‗ruim‖ ou ―péssimo‖.
Boa parte dos atrativos que apresentam frequência de visitação turística relativamente
maior, como Igreja de São Francisco, MAP, Casa do Baile e Zoo-Aquário, mais Lagoa da
Pampulha propriamente dita, Mineirão e Mineirinho, é praticamente contígua e localizada na
região da Pampulha. Isso implica que, na perspectiva da demanda efetiva, esta região está
associada a um complexo turístico que, em seu conjunto, representa a principal força de
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328
atração de turística da cidade, até o momento e, nesse sentido, grande potencial de
desenvolvimento a ser explorado.
Embora bem avaliados, os roteiros são muito pouco visitados e precisam ser repensados, já
que não tem saída comercial, como revelam as entrevistas qualitativas realizadas no
receptivo em Belo Horizonte e no emissivo em São Paulo, conforme apurado nos estudos
de demanda potencial.
De modo geral, os serviços foram também bem avaliados. ―Informação Turística‖ obteve a
pior avaliação dos turistas, sendo sua pouca eficácia também evidenciada. Transporte
urbano e limpeza pública também receberam significativas frequências como ―ruim‖ e
―péssimo‖, relativamente a outros itens. Apesar de reconhecerem a qualidade dos serviços
de hospedagem e de alimentação, os turistas avaliam o preço praticado como ―muito alto‖.
―Acolhida da população‖ e ―áreas verdes‖ foram também citadas e avaliadas como ―outros
aspectos‖ e obtiveram os maiores índices no grau de ―excelente‖, por 55,0% e 48,5% dos
turistas, respectivamente, além de imagem urbana ter recebido também expressiva
avaliação como ―bom‖ (39,6%) e ―excelente‖ (38,9%).
A pesquisa mostrou que a qualidade da oferta turística de Belo Horizonte superou a
expectativa do turista, tendo sido avaliada como ―boa‖ ou ―excelente‖ por 83% dos turistas,
como ―regular‖ por 12,0% e como ―ruim‖ ou ―péssima‖ por apenas 1,5%. As agências do
receptivo entrevistadas também confirmam que, geralmente, os turistas ficam satisfeitos.
Os dados indicam que Belo Horizonte apresenta capacidade para atrair novos turistas (43%)
e de fidelizar esta demanda, já que 33,5% informaram que visitam a cidade com grande
frequência.
Recomendariam a viagem a Belo Horizonte a amigos ou parentes 95,8%.
Proporcionalmente, esta frequência é maior entre aqueles que viajam a lazer e, na região
Sudeste, entre paulistas, seguido dos capixabas, mineiros e fluminenses.
As razões mais citadas para a recomendação pelos turistas foram: ―atrativos turísticos‖
(31,0%), ―cidade bonita‖ (22,9%), ―pessoas acolhedoras‖ (18,8%), ―cidade agradável e
acolhedora‖ (18,0%), ―cultura e lazer‖ (15,5%). Na perspectiva da demanda efetiva e da
fidelização de turistas, esses itens, também lembrados pelos entrevistados do receptivo de
Belo Horizonte, juntamente com os bares e restaurantes da cidade, deveriam merecer
destaque em campanhas promocionais.
Os poucos turistas que não recomendariam a visita a Belo Horizonte (4,2%), citaram como
principais motivos: ―que há lugares melhores‖ (36,4%), ―falta de atrativos‖ (33,3%), ―limpeza‖
(18,2%), ―sem estrutura‖ (12,1%) e ―trânsito‖ (12,1%). Já os entrevistados do receptivo
apontaram a falta de atrativos diurnos e os altos preços da hotelaria e alimentação, o que
torna e cidade cara em relação a destinos concorrentes.
Conjugando-se as razões de não recomendação com outras observações aqui
evidenciadas, pode-se concluir que os pontos fracos mais expressivos da oferta turística de
Belo Horizonte na perspectiva de sua demanda efetiva e que devem merecer atenção
especial por parte dos gestores estão relacionados à baixa comercialização de pacotes e
roteiros relativos à Capital. Isso também se relaciona com a pouca divulgação e a baixa
capacidade de penetração das ―informações turísticas‖ disponibilizadas. Além disso, o
transporte urbano, a limpeza pública e os preços da alimentação e da hospedagem na
cidade são considerados pontos desfavoráveis, que devem ser trabalhados.
Os principais destinos ―concorrentes‖ de Belo Horizonte apontados pelos entrevistados
foram: cidades históricas de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, em função da
diversidade de seus atrativos e opções culturais. No plano da concorrência, isso aponta para
a necessidade de Belo Horizonte reforçar sua imagem perante os principais mercados
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329
emissores como cidade com boa estrutura e opções para a realização de eventos e viagens
a lazer, além de base ideal para visitar cidades históricas.
Os destinos mais importantes para a divulgação desta imagem incluem os mercados de São
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que são os principais emissores. Em Minas, Belo
Horizonte ainda é pensada muito como turismo de negócios. Apesar de os turistas oriundos
do estado do Rio de Janeiro apresentarem a média de gasto turístico individual mais alta
entre os estados do Sudeste, o fluxo emissivo proveniente deste estado para Belo Horizonte
é ainda pequeno, em face de sua proximidade e importância econômica. Dessa forma, a
demanda turística potencial deste estado para Belo Horizonte é enorme e relativamente subexplorada em relação a outros mercados emissores. Além disso, a região Nordeste e a Sul
do Brasil, por apresentarem as médias mais elevadas de gastos turísticos em Belo
Horizonte e terem fluxos turísticos ainda pouco expressivos para a Capital mineira, também
são mercados potenciais a explorar.
Os dados da pesquisa de demanda efetiva, por si só, não estimulam o investimento no
mercado emissivo internacional, já que, ao contrário do que se poderia esperar, as
motivações de viagem e os meios de hospedagem utilizados por turistas estrangeiros em
Belo Horizonte são, na maior parte dos casos, associados à visita a parentes e amigos na
cidade, e por isto, esses turistas apresentam menor média de gastos do que brasileiros.
Como a base de oferta turística de atrativos de Belo Horizonte, tal como avaliada no item 2.1
deste relatório, tem capacidade de atrair fluxos turísticos majoritariamente regionais e
nacionais, uma política para atrair fluxos de turistas estrangeiros mais expressivos tenderia
a ser pouco eficaz e de baixo custo-benefício. Assim, o recomendável, a partir tão somente
dos dados de demanda efetiva apresentados, seria focar no mercado nacional e, tal como
argumentado, mais particularmente nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais, além das regiões Nordeste e Sul do País, enfatizando-se os pontos positivos e
apreciados pelos turistas, por meio de mídias e estratégias de marketing com maior
capacidade de penetração.
A pesquisa de demanda potencial foi realizada no aeroporto de Congonhas, considerado o
de maior fluxo de passageiros domésticos no País. As entrevistas foram realizadas durante
sete dias corridos, iniciada na tarde de 13.07.2010 e encerrada na manhã de 20.07.2010,
captando as informações dos viajantes que estavam embarcando para qualquer destino que
não fosse Belo Horizonte ao longo de todos os dias da semana, mas que podiam ou não já
ter visitado o município. A pesquisa tem um erro padrão de 5,1%, valor aceito pelos critérios
estatísticos aceitáveis.
Simultaneamente realizou-se uma pesquisa de caráter qualitativo com os principais
operadores e agentes emissivos de São Paulo, indicados pela ABAV-SP, abrangendo tanto
os que comercializavam quanto os que não comercializavam Belo Horizonte como produto
turístico, visando captar suas percepções sobre o mercado da Capital mineira.
A pesquisa com turistas potenciais logrou captar bem o tipo de perfil socioeconômico do
turista que interessa a Belo Horizonte e que é muito similar ao encontrado na pesquisa de
demanda efetiva realizada, apresentada neste volume.
Para esclarecer melhor o perfil dos turistas potenciais entrevistados cuja origem era São
Paulo e cuja motivação de viagem principal era ―Histórico-cultural‖ ou ―Eventos‖, que são
características mais afins ao público-alvo do turista pretendido para Belo Horizonte, optou-se
por cruzar essas variáveis com algumas variáveis relativas a perfil socioeconômico, hábitos
de viagem, preferências e avaliações relevantes.
Com exceção da variável gênero, há muitas semelhanças entre o perfil socioeconômico dos
turistas efetivos e potenciais nas duas pesquisas realizadas no que tange a faixa etária,
nível de renda e de escolaridade.
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330
No caso da demanda potencial, o perfil da amostra de turistas potenciais quanto ao gênero
apresenta praticamente a mesma proporção entre ambos os sexos. Predominam turistas
entre 24 e 47 anos, com renda bruta individual entre R$1.000,00 e R$6.000,00, renda bruta
familiar entre R$2.000,00 e R$8.000,00 e curso superior. Destaca-se que o nível de
escolaridade dos turistas com motivação histórico-cultural é mais alto do que os que têm
motivação para eventos.
Apenas 0,9% dos entrevistados afirmou que tem residência permanente fora do País, o que
pode ter sido influenciado pelo fato de Congonhas concentrar exclusivamente voos
nacionais. Quanto aos estados de residência permanente dos turistas nacionais, 37,5%
citaram São Paulo; Goiás, 7,1%; Rio Grande do Sul, 6,2%; Santa Catarina, 6,0%; Rio de
Janeiro, 5,4%; Minas Gerais, 4,9%; e Distrito Federal, 4,9%. Os outros estados situam-se
abaixo de 4,5%.
Nas viagens a lazer, o tipo de turismo preferido é o turismo de sol e praia, de acordo com
70,6% dos turistas. Seguem em ordem de preferência o turismo histórico-cultural, com
42,0%, que é mais afim ao perfil da oferta turística de Belo Horizonte, e o segmento de
atrativos naturais/ecoturismo com 37,2%, que têm um potencial muito grande no entorno de
Belo Horizonte.
O avião é o meio de transporte preferido por 73,9% dos turistas potenciais pesquisados,
seguidos do automóvel, por 16,2% e o ônibus de linha, por 8,4%. Costumam viajar sozinhos
46,6%, enquanto que 38,5% viajam com a família e 14,8% em grupo. Os dados mostram
que mais da metade dos turistas viaja em alguma forma de grupo, fato que pode ser
explorado pelos receptivos na forma de roteiros ou outros tipos de turismo de grupos.
Para os turistas potenciais, as viagens a lazer são mais freqüentes do que as de negócios.
Para fins de lazer, 45,0% viajam de 1 a 15 dias por ano e 36,4% viajam de 16 a 30 dias por
ano. Informaram que nunca viajam 3,2%. De outro lado, 35,6% afirmaram que nunca viajam
a negócios, 27,0% viajam de 1 a 15 dias por ano com este fim e 13,5%, de 16 a 30 dias por
ano. Este resultado revela que, de maneira geral, a demanda potencial para turismo de lazer
é maior que a de turismo de negócios, na perspectiva do mercado emissor.
Entre os turistas potenciais, 69,0% se hospedam prioritariamente em hotéis e 22,6% em
casa de amigos e parentes. No caso dos turistas paulistas, esta distribuição é menos
vantajosa para o destino: 63,0% se hospedam em hotéis e 31,2% em casa de parentes e
amigos.
Afirmaram já terem visitado Belo Horizonte 39,9%, sendo que a maioria destes já esteve
neste município de 1 a 5 vezes. Este dado corrobora o resultado da demanda efetiva que
indicava a capacidade de fidelização do turista de Belo Horizonte.
Dos turistas que afirmaram já ter visitado Belo Horizonte em sua última viagem, 34,5%
vieram a negócios. Estes, em conjunto com os que vieram para eventos e compras totalizam
44,7%. O turismo a lazer representou 19,6% e a visita a parentes e amigos, 17,6%. Embora
o turismo de lazer apresente menor participação do que o de negócios na última viagem a
Belo Horizonte, o número de dias por ano despendidos no primeiro é, em média,
relativamente maior do que o de negócios. Estes resultados, juntamente com o encontrado
na demanda efetiva, que aponta uma proporção mais expressiva de turistas motivados por
lazer em Belo Horizonte, indica o potencial de turismo emissivo de lazer para Belo Horizonte
ainda subexplorado.
De modo geral, a avaliação da última viagem a Belo Horizonte pelos turistas é muito boa:
para 61,5% atendeu plenamente às expectativas e para 18,9% superou as expectativas.
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Na viagem, os turistas, em sua maioria, avaliaram como ―bom‖ e, em menor escala, como
―excelente‖ os atrativos, serviços e outros aspectos turísticos em Belo Horizonte. Apesar de
os preços dos serviços de alimentação terem sido considerados altos pelos turistas efetivos,
a oferta gastronômica da cidade, que também aparece bem avaliada na demanda efetiva,
proporciona uma experiência positiva marcante na viagem turística a Belo Horizonte que
pode ser mais bem explorada. O transporte urbano marca essa experiência turística
negativamente e deve ser objeto de maior atenção pelo Poder Público. Assim, o item com
maior grau de satisfação equivalente a ―bom‖ foi a infraestrutura de alimentação, com 65,5%
das opções, seguido pelos atrativos, com 64,2%, e preço da alimentação, com 60,8%. Com
o grau de ―excelente‖ destacaram-se em ordem de preferência: acolhida da população com
45,3%; qualidade da comida, com 43,9%; e qualidade da hospedagem, com 25,7%. No
outro extremo, o serviço que obteve a pior avaliação foi transporte urbano, avaliado como
―excelente‖ por apenas 2,0% dos turistas e como ―ruim‖ ou ―péssimo‖ por 4,8%.
Na percepção de 48,6% dos turistas que já estiveram em Belo Horizonte, nenhum dos
meios de divulgação influenciou nessa sua decisão de viagem, enquanto 39,9% citaram a
influência de amigos e parentes, 18,2% a utilização de outros meios não relacionados na
tabela e 15,5% a internet.
A agência de viagem, com 33,1%, foi o canal de comercialização mais utilizado em sua
última viagem a Belo Horizonte. Juntamente com as operadoras turísticas, com 4,7%,
respondem por 38,4%. Este dado contrasta com a pequena proporção de turistas efetivos
que utilizam pacotes para Belo Horizonte, indicando que há mercado potencial ainda
subexplorado para utilização deste canal de comercialização.
Alguns elementos foram apresentados aos turistas potenciais para que avaliassem o grau
de influência na escolha do destino Belo Horizonte. Os elementos que tiveram menor
influência foram: disponibilidade de pacotes de viagem, material promocional e
equipamentos de entretenimento, além de elementos relacionados à infraestrutura de
serviços públicos. Apesar de pouco importantes, estes elementos foram avaliados como
pontos negativos da oferta turística de Belo Horizonte na perspectiva da demanda efetiva.
Por isso, merecem cuidado para efeito de imagem e fidelização do destino. Os resultados da
pesquisa da demanda efetiva mostram que as motivações relacionadas a saúde, estudo e
visitas a parentes e amigos, isoladamente, são decisivas para a realização da viagem a Belo
Horizonte. A realização de negócios também tem alto grau de influência.
Recomendariam a viagem a amigos e parentes 92,6% dos turistas que visitaram Belo
Horizonte. No caso dos turistas de eventos, 100% recomendariam o destino Belo Horizonte.
As principais razões para a recomendação foram ―população muito acolhedora‖ (33,6%)
―atrativos‖ (29,9%), ―restaurantes e bares‖ (16,8%) e ―cidade em geral‖ (6,6%). Estes fatores
são similares aos encontrados na pesquisa de demanda efetiva e corroboram a indicação
dos elementos que devem ser enfatizados em campanhas promocionais de Belo Horizonte,
juntamente com a qualidade dos serviços de gastronomia, hospedagem, entretenimento e
lazer, de modo geral.
Considerando a pequena parcela dos que não recomendariam, a principal razão dada foi
não conhecer bem a cidade (30%), o que em si não sugere explicitamente algum aspecto
negativo, mas salienta a falta de divulgação dos atrativos da cidade.
Dos turistas potenciais que nunca estiveram em Belo Horizonte, 3,6% alegaram falta de
interesse; 48,4% ―possuir outras prioridades de viagem‖; 19,3%, ―falta de oportunidade‖;
13,9% ―desconhecer os atrativos‖; e 11,7% não dispor de informações turísticas sobre a
região. Os motivos citados relacionam-se à falta de divulgação dos atrativos, o que pode
induzir o interesse dos turistas em conhecer o destino Belo Horizonte. Este mesmo cenário
se apresenta, com pequenas diferenças, quando se destaca o turismo por motivação
cultural e de eventos e os turistas com residência permanente em São Paulo.
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Os fatores que mais influenciariam a visita a Belo Horizonte, apurados com base em uma
escala crescente de 0 a 10 foram: hospitalidade, gastronomia e atrativos culturais. Os
atrativos culturais estão associados ao desejo de conhecer a história e a cultura da cidade
como um todo, as cidades históricas, a programação cultural, os eventos e a culinária. Estes
aspectos, de modo geral, foram bem avaliados por estes turistas potenciais e se revelam
como elementos cuja influência pode ser decisiva à medida que tiverem melhor divulgação.
Para os turistas, negócios pouco influenciaram a decisão de visitar Belo Horizonte. A
receptividade das pessoas e os atrativos culturais foram os elementos que mais
influenciaram. O elemento que menos influenciou foi ―negócios‖. Ao contrário do que
normalmente se pensa, este resultado sugere que a expectativa dos paulistas em relação a
Belo Horizonte como destino de negócios é baixa. Se o lazer e a cultura foram os atrativos
que mais atrairiam os paulistas para Belo Horizonte, na pesquisa de demanda efetiva foram
os mineiros os principais turistas a negócios em Belo Horizonte. Este dado rompe com
estereótipos e indicam novas diretrizes de comunicação e marketing para a comercialização
turística de Belo Horizonte.
A expectativa dos turistas que ainda não visitaram Belo Horizonte em relação aos serviços
turísticos é predominantemente boa, sobretudo para a qualidade dos atrativos, restaurantes,
bares e lazer. O trânsito surge mais uma vez como o item com a pior expectativa.
Para os turistas paulistas, os itens que se destacaram com expectativa boa ou excelente
para mais de 80% foram: qualidade dos atrativos com 90,4%; restaurantes, com 87,9%;
bares, com 85,5%; e diversão/lazer com 90,3%.
Para 55,3% dos turistas o grau de conhecimento de Belo Horizonte é baixo, para 29,4% é
médio e para 13,2% nenhum. Apenas 1,3% afirmou que tem alto grau de conhecimento.
Este resultado reflete a deficiência dos meios de divulgação dos atrativos da cidade em
outros estados e a grande demanda potencial a ser trabalhada a partir de mais iniciativas de
divulgação. Ao analisar-se o grau de conhecimento por tipo de motivação, o nível de
conhecimento revela-se ainda menor, já que 64,0% dos turistas histórico-culturais e 70,4%
dos turistas de eventos afirmaram que seu conhecimento é baixo ou nenhum. Esta mesma
perspectiva verifica-se com os turistas paulistas, visto que 71% afirmaram que seu
conhecimento é baixo ou nenhum e apenas 2,2% que seu grau de conhecimento é alto.
Quanto à imagem associada à cidade por 25,1% dos turistas potenciais citaram ―acolhedora,
arborizada e bela‖; 13,7% de ―cidade grande, centro cultural e comercial‖; e 9,4%, de ―Minas
em geral‖, com destaque para sua história e culinária. A Lagoa da Pampulha foi o único
atrativo lembrado pelo nome, citado por 3,0%. Ainda se verifica alguma associação da
cidade com tranquilidade e características de interior. Todas essas imagens têm conotação
positiva e devem ser reforçadas na divulgação de Belo Horizonte.
Entre as ações sugeridas para melhorar a imagem de Belo Horizonte, 52,6% apontaram a
divulgação da cidade; 15,4% as estradas de acesso; 11,1% os serviços públicos; e 8,9%, os
atrativos. Este resultado também se verifica ao se destacar a opinião dos turistas com
motivação histórico-cultural e de eventos e os turistas com residência permanente em São
Paulo.
Os principais destinos considerados competidores de Belo Horizonte para fins de turismo
cultural foram: São Paulo, com 42,0%; Curitiba, com 20,2%; Rio de Janeiro, com 17,3%; e
Brasília, com 4,9%. Este mesma sequência de importância dos destinos competidores foi
citada pelos turistas paulistas, embora dando menos importância ao Rio de Janeiro (8%) e
igual destaque ao Distrito Federal (8%).
Os produtos turísticos que mais se destacam em relação a Belo Horizonte para fins de
turismo cultural foram: no caso de São Paulo, diversidade de eventos, opções de compras,
gastronomia, teatros, museus, equipamentos de entretenimento e lazer; de Curitiba,
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333
eventos, atrativos artísticos e cultura;e do Rio de Janeiro, os atrativos como praia e
natureza. Alguns atrativos únicos também foram citados, como o Pão de Açúcar e o Cristo
Redentor. Em Brasília, foram citados como grandes diferenciais o fato de ser sede do
governo e a sua arquitetura.
São Paulo tem amplo destaque como principal destino competidor de Belo Horizonte para
fins de negócios e eventos, conforme 75,7% dos entrevistados.
De acordo com os turistas com motivação histórico-cultural e de eventos, neste caso os
principais destinos competidores são: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. São
Paulo destaca-se com 79,4% das citações dos turistas histórico-culturais e 77,4% dos de
eventos. Os outros três destinos juntos correspondem a 12,1% da preferência dos turistas
culturais e 16,8% dos turistas de eventos. Para 78,3% dos turistas paulistas, São Paulo e o
maior destino competidor de Belo Horizonte para fins de negócios e eventos.
No caso de São Paulo, o maior competidor, os produtos turísticos que mais se destacaram
foram: maior população, volume e variedade de atividade econômica e empregos e o fato de
ser o maior centro de negócios e de oferecer diversidade de eventos, opções de compras,
gastronomia, teatros, museus e equipamentos de entretenimento e lazer. Foi mencionada
também a infraestrutura em geral, como transporte e centro de convenções, itens que
devem ser mais trabalhados em Belo Horizonte.
No geral, tanto a pesquisa de demanda efetiva quanto a potencial indicam grande potencial
turístico para Belo Horizonte, associado ao turismo de lazer e cultural, além de eventos e
negócios em geral, sobretudo nos mercados de São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. Para
que este potencial se realize, será necessário trabalhar os pontos mais débeis da oferta
turística, avaliados tanto por turistas efetivos e potenciais quanto pelos gestores
entrevistados na pesquisa da oferta turística, bem como divulgar os pontos fortes indicados
por essas fontes nos mercados constituídos por São Paulo, Minas e Rio, além de mercados
potenciais nas regiões Nordeste e Sul do Brasil.
A perspectiva advinda da pesquisa qualitativa realizada com agentes emissivos e receptivos
em São Paulo e em Belo Horizonte, respectivamente, agrega ainda alguns pontos e
sugestões importantes.
Os agentes emissivos entrevistados têm, em geral, baixo ou médio grau de conhecimento
da oferta turística de Belo Horizonte, sobretudo em relação ao segmento de lazer. A imagem
que eles e seus clientes têm de Belo Horizonte é positiva, mas mais associada a negócios e
à de um ponto de passagem para as cidades históricas, e ambos têm baixo ou médio
interesse na comercialização da Capital mineira isoladamente até o presente, talvez porque
seja pouco divulgada. Por isso, Belo Horizonte responde apenas por 1% a 5% do percentual
de venda dos agentes, sendo a região do Nordeste do Brasil seu o principal mercado.
A maioria dos agentes informou que o segmento histórico-cultural é o primeiro mais
procurado por seus clientes quando o destino é a Capital mineira, sendo que as empresas
que comercializam Belo Horizonte normalmente o fazem de forma agregada ao roteiro das
cidades históricas, e não como um destino isolado.
Em relação aos atrativos mais procurados de Belo Horizonte, foram citados o City tour e a
região da Pampulha com certo destaque. A avaliação que têm dos atrativos da cidade, em
geral, é boa, com exceção do Mercado Municipal, que foi avaliado como ―regular‖.
Para quem vende Belo Horizonte, os principais pontos positivos do destino citados foram:
gastronomia, atrativos, atrações culturais em particular, e infraestrutura. Como pontos
negativos foram citados os serviços e a qualidade de parte dos hotéis, que são velhos e com
preço alto, e a pouca visibilidade do destino, que precisa de mais promoção. Foi citado,
ainda, que a segurança poderia melhorar.
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334
Para os agentes e operadores que não comercializam Belo Horizonte os principais pontos
positivos citados foram: a cidade é agradável e o povo acolhedor; boa vida noturna; boa
oferta gastronômica e cultural; e boa infraestrutura para negócios, principalmente no que se
refere a hotelaria e aeroporto. Os pontos negativos citados foram: pouca atração cultural; e
não divulga as que têm. Houve menção à longa distância de Confins até o centro da cidade
e à necessidade de uma melhor sinalização turística. Também foi citado que Belo Horizonte
precisa ampliar a parte de atrativos e hotéis, principalmente em época de congresso.
Uma dificuldade citada sobre a comercialização do destino Belo Horizonte é que o custo é
muito alto e que a relação comercial com os meios de hospedagem é dificultada pelo fato de
estes estarem mais acostumados a lidar com o corporativo, faltando promoções e cortesias,
que ocorre na maioria dos destinos no Brasil, como as referentes à cobrança de diária para
guia e motorista. Problema similar ocorre com os restaurantes, que também não estão
acostumados a trabalhar com grupos. Citaram, ainda, que os agentes receptivos oferecem
poucas boas opções, que elas têm custo elevado e que a hotelaria poderia disponibilizar as
tarifas on line, para facilitar a consulta.
Na opinião das agências e operadoras de viagens, os três principais destinos concorrentes
de Belo Horizonte são: Curitiba, Brasília, São Paulo e Porto Alegre, além das cidades de
Foz do Iguaçu e Vitória. Salienta-se que a região do Sul do Brasil foi apontada como terceiro
mercado em importância e a região Centro Oeste como o quinto, ambos avaliados como
―bons‖ ou ―excelentes‖, de forma geral.
Com relação ao que poderia ser feito para incrementar a comercialização da cidade como
destino turístico, citou-se a necessidade de realizar uma Fam Tour (viagem de familiarização
no destino) e de promover uma maior e melhor divulgação do destino e roteiros para
operadores e clientes, inclusive de forma associada às cidades históricas. Outras sugestões:
negociar com as operadoras mais noites livres em Belo Horizonte; criar tour regulares e
produtos que sejam comercializados, inclusive para a terceira idade, a preços baratos;
reformar alguns hotéis; treinar a mão de obra; e melhorar a qualidade nos serviços. Para
agências e operadoras que não comercializam Belo Horizonte como destino de lazer, a
pergunta sobre o que as levariam a comercializar a Capital mineira como destino turístico
teve como principal resposta a maior divulgação dos atrativos da cidade, por meio de
eventos e de todo tipo de mídia, destacando suas opções como destino de lazer, sobretudo
para os que não conhecem a cidade e não a vêem como destino turístico.
Sugeriu-se a divulgação de pacotes de fins de semana e de ―sightseeing‖ (visita a lugares
turísticos, excursão), de preferência elaborado de forma que o preço do pacote aéreo tenha
um valor aproximado do rodoviário. Em relação a preços, houve sugestões no sentido de
fomentar parcerias com companhias aéreas e hotéis para reduzir o preço e incluir outras
cidades no pacote, além de realizar promoções a preços baixos, especialmente nos fins de
semana, quando a demanda turística é menor.
No caso da Casa de Minas, detectou-se uma visão muito atrelada a Belo Horizonte como
destino de negócios, como acontece com os agentes. Este espaço poderia ser trabalhado
no sentido de ampliar sua visão e de incrementar ações para promover a cidade também
como destino de cultura e lazer.
De modo geral, na opinião dos entrevistados, Belo Horizonte tem grande potencial turístico.
Porém, apenas ter uma imagem positiva não faz com que o turista procure conhecê-la. É
necessário melhorar os seus atrativos, os equipamentos e os serviços turísticos para
incrementar o segmento de turismo de lazer, que é incipiente na cidade.
A privilegiada localização de Belo Horizonte, praticamente no centro do País, e os altos
recursos advindos do setor de eventos motivaram sua maior divulgação como uma cidade
de negócios e de eventos. Apesar de nos últimos anos ter havido maior divulgação da
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335
diversidade da oferta turística local e de seu entorno nos vários segmentos existentes, o
foco no turismo de eventos e negócios reflete não só a imagem do mercado interno de
Minas Gerais como também de maior pólo emissor para o estado, como se pode observar
na pesquisa de turismo potencial realizada com os agentes de turismo emissivo de São
Paulo.
O quase generalizado desconhecimento dos roteiros turísticos que constam no Guia
Turístico de Belo Horizonte, editado pela Belotur, pode estar refletindo tanto problemas de
divulgação quanto de aderência à realidade comercial do setor turístico local. O plano de
marketing elaborado para divulgar a oferta turística local na forma de roteiros não parece ter
contemplado devidamente as necessidades do mercado interno do receptivo turístico,
fazendo com que esses roteiros não fossem comercializados no seu conjunto ou
parcialmente.
A pouca divulgação da oferta turística de Belo Horizonte no mercado contribui para que a
bela vista da cidade, a arquitetura de Niemeyer e a Praça da Liberdade, usufruídos, muitas
vezes, em city tour praticamente panorâmico, seja, geralmente, aquilo que se oferece no
receptivo em Belo Horizonte. As riquezas divulgadas nos fôlderes promocionais como a
história, o artesanato, as pedras preciosas, a gastronomia e outros atrativos são pouco ou
quase desconhecidas pelo turista que vivencia o principal roteiro turístico comercializado.
Podem-se relacionar esses resultados com a opinião dos emissores paulistas quando
disseram ter pouco conhecimento e interesse pelos atrativos turísticos de Belo Horizonte.
Alguns pontos positivos de Belo Horizonte, como a hospitalidade e a gastronomia, também
coincidem com a opinião dos agentes emissivos de São Paulo, assim como o alto preço
cobrado pela hotelaria local, considerado alto em relação a outros destinos nacionais e, até
mesmo, internacionais.
Pode-se concluir que é necessário realizar um planejamento integrado, visando à sinergia
entre as políticas públicas e privada, de modo a promover, divulgar e comercializar a oferta
turística de Belo Horizonte nos diversos segmentos existentes, que não são incompatíveis
entre si.
As ações de promoção e divulgação devem ser trabalhadas em três vetores: a) valorizar a
cidade para a população; b) convencer os fornecedores dos serviços turísticos que eles e o
destino como um todo só terão a ganhar, se for trabalhada e vendida como turismo de
negócios, mas também de lazer e cultura; c) divulgar e estimular os mercados emissores
para o estado e motivar o consumidor final.
Os fornecedores locais têm que comprar a ideia de consolidar Belo Horizonte como um
destino turístico e se aliarem ao setor público e à sociedade como um todo nessas ações.
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336
2.3. ANÁLISE DA INFRAESTRUTURA BÁSICA E DOS SERVIÇOS GERAIS DA
ÁREA TURÍSTICA
O diagnóstico da infraestrutura básica de Belo Horizonte teve por foco o incremento da
atividade turística. Busca evidenciar os pontos potencialmente positivos e as carências do
município. Diante do esperado incremento da demanda pelos serviços e pelas estruturas
existentes, pretende-se identificar a necessidade de incremento, reforço, reformulação ou
implantação. Os itens pesquisados e diagnosticados são aqueles apontados pelo Termo de
Referência do projeto, agrupados por afinidade temática.
2.3.1. Rede viária
A dimensão Rede de Acesso Viária é composta pelas variáveis: aeroviária (aeroportos e
heliportos), rodoviária (transporte e mobilidade urbana) e outros tipos de acesso (aquaviário
e ferroviário por exemplo). O estudo do acesso envolve a análise das estruturas físicas
existentes e previstas (aeroportos, avenidas, obras de arte, etc.), vistas como elementos
estáticos, e os planos de integração e gerenciamento dessa rede.
O relatório Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento
Turístico Regional, considerando Belo Horizonte um dos destinos, classificou a cidade em
posição abaixo da média de outras capitais brasileiras em relação a acesso. Na escala
definida por este trabalho, Belo Horizonte obteve 69,2 pontos, enquanto a média das
capitais brasileiras foi de 69,9 pontos, pressionada, sobretudo, por deficiências rodoviárias e
de viabilidade urbana. No mesmo trabalho, a pontuação média nacional para acesso foi de
50,8. (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2008).
Condições adequadas de chegada e partida do destino e de locomoção eficiente são
fundamentais para a atração e manutenção da atividade turística, sobretudo em locais com
vocação para o turismo de negócio e de eventos ou indutores do turismo regional (caso de
Belo Horizonte), onde as condições de acesso são determinantes.
2.3.1.1. Transporte rodoviário
O estado de Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do Brasil, com cerca de 270 mil
quilômetros, incluindo rodovias municipais (88%), estaduais (8,5%) e federais (3,5%). Pela
sua situação geográfica central, Belo Horizonte, abriga importantes eixos rodoviários
federais, que combinados com as rodovias estaduais e municipais, representam uma rede
viária densa e diversificada.
Os eixos federais - BR-040, no seu trecho referente à Rio de Janeiro - Belo Horizonte –
Brasília; a BR-262, que vem desde Corumbá, passa por Brasília até Belo Horizonte e Vitória;
e a BR-381, que liga São Paulo a Belo Horizonte e daí a Governador Valadares; mais a BR356, entre Belo Horizonte – Itabirito; Rodovias que permitem o acesso rodoviário à Belo
Horizonte dos principais emissores de turistas, conforme destacado na pesquisa de
demanda (Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo). Todas as BRs em seu trecho mineiro
encontram-se em estado regular de condição de tráfego devido às condições de
pavimentação, desgaste e ondulações que requerem investimentos contínuos para ajustes
das vias e ocorrência de alguns buracos, com operação tapa buracos em andamento. Além
de sua relevância enquanto eixo rodoviário, estas rodovias servem de acesso a áreas
turísticas em Minas Gerais, como Ouro Preto e outras cidades históricas e Inhotim.
As rodovias estaduais com alta relevância para o turismo são a MG-010, em dois trechos
específicos – a Linha Verde, entre Belo Horizonte e o aeroporto internacional de Confins, em
ótima condição de uso tendo em vista a conclusão da obra em 2005 que contou com
investimentos de R$130 milhões. Já o trecho a partir de Confins até o município histórico de
Conceição do Mato Dentro, que percorre o importante atrativo Parque Nacional da Serra do
Cipó, está em condição de uso regular devido à necessidade de recuperação asfáltica da
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337
via. A MG-050, entre Betim e São Sebastião do Paraíso, apesar da alta relevância turística,
por interligar a capital mineira ao Sul do estado, encontra-se em condição de uso regular,
devido às mesmas condições expostas anteriormente.
No que diz respeito às malhas estadual e federal, a distribuição é sintetizada pela tabela
2.300.
Tabela 2.300 Distribuição da malha rodoviária no estado de Minas Gerais - 2009
Rede rodoviária (Km)
Jurisdição
Federais delegadas
Estaduais
Total
Federal (DNIT)
Total Geral
Estadual
(DER/MG)
Pavimentada
Não Pavimentada
Total
2.252
15.644
17.896
8.141
26.037
403
7.118
7.521
618
8.139
2.655
22.762
25.417
8.760
34.176
Fonte: DER-MG, 2009
Apesar dos investimentos em infraestrutura feitos pelos governos federal e estadual para
Minas Gerais nos últimos anos, 73,7% da malha rodoviária federal e estadual estão em
situação regular, ruim ou péssima na classificação baseada nos atributos pavimentação,
sinalização e geometria da via. Todas as rodovias federais que dão acesso a Belo Horizonte
apresentam condição regular (CNT, 2009). Com base na análise macro dos estudos CNT
(2009), a única rodovia estadual radial (origem em Belo Horizonte) avaliada foi a MG-050,
que liga a Capital mineira à divisa com São Paulo, no município de São Sebastião do
Paraíso (MG), classificada como ―regular‖ (quadro 2.55).
Quadro 2.55 Classificação da Confederação Nacional de Transportes das rodovias que
servem Belo Horizonte – 2009
Rodovia
BR-040
BR-262
BR-381
MG-050
Geral
regular
regular
regular
regular
Pavimento
bom
bom
bom
regular
Sinalização
regular
regular
bom
regular
Geometria
regular
regular
regular
péssimo
Fonte: CNT, 2009
As rodovias estaduais que servem Belo Horizonte com origem na Capital ou na RMBH têm,
na perspectiva de otimização do turismo, baixa relevância, exceto a MG-010 (parte Linha
Verde) e a MG-050 (liga a capital ao sudeste do estado), esta administrada pela Parceria
Público Privada (PPP), ambas importantes vias de acesso para Belo Horizonte. Relevantes,
porém de modo secundário, destacam-se as vias de acesso a Caeté e Rio Acima, bem
como o acesso alternativo a Sete Lagoas. O quadro 2.56 apresenta a correlação entre as
vias, sua condição e relevância no contexto turístico da Capital mineira (ver também mapa
2.3.1).
O incremento da atividade turística em Belo Horizonte, levando em conta sua vocação para
o turismo de negócios e encontros e de centro dispersor do turismo regional, exige a oferta
de boas condições viárias. É especialmente necessário para aquele público originado de
distâncias inferiores a 300 quilômetros da Capital, que, prioritariamente, se desloca por
rodovias, e para aqueles turistas que aportam em Belo Horizonte e dispersam para circuitos
turísticos de municípios próximos.
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338
Quadro 2.56 Comparativo entre acesso rodoviário e turismo de Belo Horizonte e sua região
metropolitana - 2009
Rodovia
Trecho mineiro
Condição
MG-010 A
MG-010 B
MG-050
BR-040
BR-262
BR-381
MG-424
MG-435
BR-356
MG-030
MG-020
MG-040
MG-060
MG-260
MG-323
MG-432
MG-431
Belo Horizonte - Confins (Linha Verde)
Confins - Conceição do Mato Dentro
Betim - São Sebastião do Paraíso
Rio de Janeiro - Belo Horizonte - Brasília
Corumbá - Belo Horizonte - Vitória
São Paulo - Governador Valadares
Entrocamento MG-010 - Sete L
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