Observação da Terra Pedro Viterbo Instituto Português do Mar e da Atmosfera Agradecimentos: Carla Barroso1, Isabel Trigo1, Steve English2 1IPMA, 2ECMWF Pavilhão do Conhecimento 201405 O sistema climático global IPCC AR4, 2007 Primórdios Torriceli inventa o barómetro (séc XVI) • Em 1596 Galileu “inventa” o termoscópio • Em 1612 Santorio Santorio inventa o termómetro • Em 1714 Fahrenheit inventou o primeiro termómetro de mercúrio Evolução do sistema de observações Log (número de observações) Satélites 1945 US Weather Bureau Radiosondagens Observações de superfície 1890 Estações clássicas, dados pouco partilhados 1938 Primeiras redes de radiosondagens, soindagens istemática, 1957 Ano geofísico Internacional : aumento da rede de sondagens, especialment e no Hemisfério Sul Primeiros satélites operaciona para perfis da atmosfera (NOAA-2) 1973 1979 Sondagens com satélites de órbita polar; Ventos com órbita estacionária; Maias dados da aviação comercial; Bóias derivantes Paul Poli, ECMWF Hoje Mais satélites, aviões, boias, gliders e drifters oceânicos. Menos radiosondas, mas sondagens mais altas. Melhor conhecimento dos instruments. Mais obervações por hora. 2100 Sencores de oportunid ade: smart phones, UAVs, UAVs, carros, telhados, … A primeira carta meteorológica do mar? Fitzroy, 1863: The Weather Book: A Manual of Practical Meteorology Análise da tempestade “Royal Charter”, 1859 Imagem de satélite METEOSAT 4, combinando alta troposfera e baixa estratosfera, 1980 Fitzroy foi um dos primeiros a alertar para a necessidade dum sistema sinótico de observação e da análise sinótica Comunicações são essenciais • A primeira transmissão do telégrafo de Paris foi feita para Lisboa e os Açores para transmitir dados de meteorologia • Portugal foi um dos primeiros 6 países que participou na primeira troca de dados meteorológicos (1863) • A transmissão foi feita para o Instituto Dom Luiz • A comunidade meteorológica rapidamente estabeleceu um sistema de telecomunicações, que permitiu a partilha de observações na Europa e nos EUA • Esse sistema rapidamente evoluiu para a a Organização Meteorológica Mundial, uma das primeira agências especializadas da ONU Rede meteorológica nacional • • • Portugal tinha, no início do séc. XX, entre 5 e 10 estações meteorológicas A rede tem neste momento cerca de 100 estações no Continente com sensores de temperatura, humidade, pressão à superfície, velocidade e direção do vento A rede de precipitação do IPMA tem cerca de 100 udómetros, com a APA a assegurar cerca de 200 udómetros Evolução das observações convencionais AI M BC P J D Q HE K U N Ships maintaining fixed locations V Q U AI BC D JK HE P N 1958 V 1979 1609 soundings/day Rede de estações de superfície M 1626 soundings/day Rede de radiosondas 2001 1189 soundings/day S. Uppala Paul Poli, ECMWF O volume das observações • Os grandes centros meteorológicos (ECMWF, NCEP, CMA, DWD, MF, …) analisam as observações e usam-nas para criar condições iniciais para modelos de previsãoC • ECMWF: Centro Europeu de As observações limitam o Previsão do Tempo a Médio crescimento dos erros e Prazo permitem que haja previsão do tempo ... De 12 em 12 horas o O ECMWF monitoriza ainda 12 000 000 de observações adicionais. Stephen English, ECMWF SEVIRI 6.2 µm RMS error (m) ECMWF assimila mais de 12 000 000 de dados de observações para corrigir as 100 000 000 variáveis que definem a atmosfera do modelo. Time (hours) Observações convencionais usadas na análise operacional . SYNOP/METAR/SHIP: Pressão nível médio mar (PMSL), vento a 10m, 2m-Rel.Hum DRIBU: PMSL, vento-10m Radiosondagens (TEMP): Vento, Temperatura, Humidade PILOT/Profilers: Vento Nota: Só se usa um conjunto limitado de variáveis observadas; espacialmente sobre terra. Aviação Comercial: Vento, Temperatura Lars Isaksen, ECMWF Satellite data sources used by the operational analysis Sounders: NOAA AMSU-A/B, HIRS, AIRS, IASI, MHS Scatterometer ocean low-level winds: ASCAT GPS radio occultations Imagers: SSMI, SSMIS, AMSR-E, TMI Geostationary+MODIS: IR and AMV Ozone Stephen English, ECMWF Data sources: Conventional Instrument Parameters Height SYNOP SHIP METAR temperatura, temperatura do ponto de orvalho, vento Continente: 2m, Navios: 25m BUOYS temperatura, pressão, vento 2m TEMP TEMPSHIP DROPSONDES temperatura, humidade, pressão, vento Perfil PROFILERS vento Perfil Aviação comercial Temperaturea, pressão, vento Perfis Dados em voo Stephen English, ECMWF Que tipo de satélites são usados em Previsão Numérica? Vantagens GEO (Geoestacionário) - Cobertura regional Desvantagens Não pode haver cobertura com 1 só satélite - Cobertura temporal (imagens de 15 em 15 min) LEO (Low Earth Orbit, Órbita polar) - Cobertura global com apenas um satélite Stephen English, ECMWF Deteção Remota Sensores Ultravioletas Sondadores Polares IR + MW Massa Ocultação de sinais de rádio Sub-mm, IR póximo + visível (e.g. Lidar) Radar e atraso de fase do GPS GEO sondador Infravermelho Humidade Geo IR e Polar MW Imagens Seguimento de padrões em imagens (p. ex. ventos com movimento de nuvens), scatterometers e ventos doppler Vento IR = Infravermelho MW = MicroWave Stephen English, ECMWF Número de produtos de satélites assimilados pelo ECMWF Metop Stephen English, ECMWF Número de produtos de satélites monitorizados pelo ECMWF Metop Stephen English, ECMWF Variáveis de estado do modelo e observações MASSA (temperatura, pressão…) Radiosondas, surface observations, satellite sounders, aircraft ÁGUA (humidade, nuvens, precipitação…) Radiosondas, osbervações de superfície, satélite sondadores e imagens, aviação comercial, radar, lidar DINÂMICA (vento, vorticidade, convergência …) Radiosondas, osbervações de superfície, imagens de satélite, scatterometer/ /radar/lidar, aviação comercial COMPOSIÇÃO (ozono, aerosol…) Sondas de ozono, observações de superície, sondadores SUPERFÍCIE (Tipo de superfície, temperatura, água no solo, heterogeneidade …) Satélites com sistemas ativos e passivos, observações à superfície Stephen English, ECMWF Observações e qualidade das previsões Stephen English, ECMWF Impacto combinado de todos os dados de satélite EUCOS Experiências de sistema de observação(OSEs): 3/4 day 3 days • Sistema de previsão do ECMWF em 2007; • inverno e verão, • Diferentes sistemas de base: • sem dados de satélite (NOSAT), • NOSAT + AMVs, • NOSAT + 1 AMSU-A, • Impacto geral de satélites, • Impacto de sub-sistemas, • Totalidade das observações convencionais. Correlação das amomalias de geopotencial aos 500 hPa Stephen English, ECMWF Radiação Solar A Atmosfera interage com a radiação solar: Absorção; Retrodifusão; Reflexão Interacções da Radiação com a Atmosfera: 100% Topo da Atmosfera Retrodifundida pela atmosfera 6% Absorvida pela Atmosfera 20% Reflectida pelas nuvens 16% 3% Absorvida pelas nuvens Reflectida pela Superf. 4% Absorvida pela Terra 51% ATMOSFERA 19-05-2014 22 Isabel Trigo, IPMA 22 Radiação Solar Efeito da Atmosfera A transmissivade da atmosfera varia fortemente ao longo do espectro electromagnético: Regiões opacas estão associadas a picos de absorção de gases constituintes da atmosfera. UV Infra-Vermelho 100% Visível 50% Radiação “bloqueada” pela Atmosfera 0% 0.1 Ozono 0.3 0.5 0.7 1 5 10 Comprimento de Onda (m) Vapor de Água 15 20 Dióxido de Carbono Isabel Trigo, IPMA 23 Radiação Solar Descendente à Superfície Resolução Espacial Portugal > 4 Km Cabo Verde ~ 3 Km Guiné Bissau ~3 Km Brasil ~ 3.5 Km S. Tomé 3 Km Angola ~3 Km Moçambique ~ 16 Km2 Isabel Trigo, IPMA Moçambique ~ 3.5 Km Radiação Solar Descendente à Superfície FSolar na Land-SAF - MSG/SEVIRI Variação Mensal de DSSF ao longo do ano: Variação da posição do Sol O máximo de DSSF desloca-se: de Sul para Norte de Janeiro a Junho de Norte para Sul, de Julho a Dezembro Nuvens DSSF com valores mais baixos (verdes escurosazuis escuros) Isabel Trigo, IPMA FSolar - Aplicações Radiação Solar diária acumulada 15 Jan 2008 MJ/m2 15 Aug 2008 15 Mar 2008 MJ/m2 MJ/m2 15 Nov 2008 15 Jun 2008 MJ/m2 Isabel Trigo, IPMA MJ/m2 FSolar - Aplicações Evapotranspiração de Referência diária 15 Jan 2008 MJ/m2 15 Aug 2008 15 Mar 2008 MJ/m2 MJ/m2 15 Nov 2008 15 Jun 2008 MJ/m2 Isabel Trigo, IPMA MJ/m2 Temperatura de Superfície - Aplicações Mapeamento de Ondas de Calor MAPEAMENTO DA ONDA DE CALOR NA EUROPA (JULHO 2007) Compósito de LST 19-23 July 2007 Temperatura da Superfície Terrestre sobre a zona Mediterrânica evidenciando as elevadas temperaturas que ocorreram durante a onda de calor na Europa em Julho de 2007 Isabel Trigo, IPMA Temperatura de Superfície - Aplicações Mapeamento de Zonas Urbanas – Ilha de Calor 15 Agosto 2009 00UTC Lagos Interiores Paris Paris Madrid Montanhas Roma Isabel Trigo, IPMA Parâmetros de Vegetação: FVC SEVIRI/MSG versus SPOT/VEGETATION FVC em África Equipa Land-SAF (F. Camacho, J. Garcia-Haro) 30 Isabel Trigo, IPMA Temperatura do mar e cor (concentração de clorofila) www.ipma.pt Saber mais http://www.eumetrain.org/data/3/36/index.htm https://www.meted.ucar.edu/ http://l-zone.info/spacecraft/ http://www.eumetrain.org/data/1/174/course_1_lecture_1.html http://www.zamg.ac.at/eumetrain/CAL_Modules/ForestFires/intro.html http://old.ecmwf.int/newsevents/training/meteorological_presentations/2013/D A2013/index.html