POLÍTICll. CIENTÍf'ICll. E TECNOLÓGICll.
O HIV-1: principal causador da AIOS
Hantavírus: transmitido por roedores
INVESTIMENTO
Rede de investigação
Laboratórios selecionados
receberão US$ 8 milhões
para seqüenciar quatro vírus
dos coordenadores da VGDN. Os laboratórios vão se incumbir da tarefa
de seqüenciar o DNA de amostras de
quatro vírus presentes no Estado:
HIV-1, principal causador da Aids;
HCV, agente transmissor da hepatite C; Hantavírus, responsável por
uma misteriosa e rara síndrome pulmonar; e o vírus respiratório sincicial, VRS, que provoca infecções no
trato respiratório, principalmente
em crianças. O investimento na formação e funcionamento da rede é de
US$ 8 milhões, distribuídos ao longo
de três anos.
Política de prevenção- Qual a importância desse trabalho? Sem o mapeamento do código genético de uma
quantidade significativa dos vírus
que circulam- e infectam- a população de um determinado lugar, é
impossível estabelecer as variedades
dominantes dos agentes patológicos
nesse local. Conhecer as cepas mais
comuns dos vírus presentes no Estado permitirá a formulação de uma
melhor política epidemiológica de
prevenção e tratamento das doenças,
além de gerar importante conhecimento para a pesquisa científica. Ao
capacitar laboratórios de várias cidades de São Paulo a lidar com vírus, a
VGDN persegue ainda o objetivo de
dotar o Estado de um conjunto de laboratórios que, no futuro, poderão
ser utilizados de forma permanente e
corriqueira pela Secretaria de Estado
da Saúde.
acordo com o grau de
competência e condições de segurança no manuseio de vírus demonstrados no momento de sua insRede de Diversidade Genética
crição, os 18 laboratórios escolhidos
de Vírus (VGDN, sigla em inforam divididos em três níveis. No
glês para Virai Genetic Diversity NetL1, o mais básico, foram selecionawork) está formada. Sua configuradas 12 instituições, que inicialmente
ção inicial vai contar com 18
estão aptas a trabalhar apenas com
laboratórios, dez situados na região
os vírus HIV-1 e HCV. No L2, foram
metropolitana de São Paulo e oito
agrupados cinco laboratórios, que
em cidades do interior (veja quadro
estão em condições de liabaixo). Esses laboradar com esse dois agentes
tórios foram selecionaOS LABORATÓRIOS DA VGDN
patológicos mais o VRS.
dos entre as 35 proposNIVELL1
Osvaldo Augusto Brazil Esteves Sant' Anna
Apenas um centro alcantas apresentadas à
Instituto Butantan
Alberto José da Silva Duarte
çou o estágio mais avançaFAPESP, financiadora
Faculdade de Medicina da USP
SangWon Han
Unifesp
David Jamal Hadad
do do projeto, o L3, estando projeto, que abriu
Secretaria de Estado da Saúde
NIVEL L2
do, portanto, capacitado
em dezembro passado
tdimo Garcia de Lima
Cláudio Sérgio Pannuti
Faculdade de Medicina de São José
a
fazer análises laboratoedital convocando insFaculdade de Medicina da USP
do Rio Preto
riais
com os quatro vírus.
tituições interessadas
Eurico de Arruda Neto
Fábio Caldas de Mesquita
Faculdade
de
Medicina
de
Ribeirão
Preto
"Como
já prevíamos, a
em participar da iniSecretaria Municipal de Saúde de São Paulo
da USP
Fernando
Lopes
Gonçales
Junior
rede começa com uma
ciativa. "Conseguimos
João Manuel Grisi Candeias
Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
Instituto de Biociências da Unesp/Botucatu
configuração
heterogêatrair para a rede cenFia ir José Carrilho
Mirthes Ueda
Faculdade de Medicina da USP
nea.
Nossa
meta
é ir, aos
tros de pesquisa das
Instituto Adolfo Lutz
José Fernando Garcia
aprimorando
o
poucos,
principais regiões do
Paula Rahai/Eioiza Helena Tajara da Silva
Medicina Veterinária da Unesp/Araçatuba
Instituto de Biociências, Letras e Ciências
desempenho
das
unidaEstado. Talvez a única
José Luiz Caldas Wolff
Exatas da Unesp/São José do Rio Preto
Universidade de Mogi das Cruzes
des que estão na base da
região importante que
Leonardo José Richtzenhain
NIVEL L3
VGDN. Em 2002, quereficou de fora foi SanFaculdade de Medicina Veterinária
Benedito Antônio Lopes da Fonseca/
e Zootecnia da USP
mos que todos os laboratos", diz Eduardo MasLuiz Tadeu Moraes Figueiredo
Maria Ines de Moura Campos Pardini
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
tórios
estejam no nível L2",
sad, da Faculdade de
Faculdade de Medicina da Unesp/Botucatu
da USP
diz Eduardo Massad.
•
Medicina da USP, um
A
Três níveis- De
PESQUISA FAPESP · MAIO DE 2001
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Rede de investigação - Revista Pesquisa FAPESP