EDUCAÇÃO FORMAÇÃO PROFISSIONAL Universidade Estadual de Goiás revoluciona o ensino superior A Universidade Estadual de Goiás (UEG) chega ao quinto aniversário comemorando conquistas significativas. É a segunda maior instituição universitária pública estadual do País, ficando atrás apenas da Universidade de São Paulo (USP), fundada há 70 anos, conforme levantamento do Ministério da Educação. Com 51 mil alunos, a UEG é a maior universidade goiana e está presente em 50 municípios, com 31 unidades universitárias e 20 pólos de ensino. Criada no dia 16 de abril de 1999, a UEG mudou a história do ensino superior em Goiás, materializando o compromisso do governador Marconi Perillo com a interiorização do ensino universitário, beneficiando milhares de jovens que hoje podem estudar no próprio município onde moram ou em cidades próximas. Os cursos da graduação são totalmente gratuitos. A instituição é credenciada pelo Ministério da Educação, os diplomas são registrados e reconhecidos pelo Ministério. Nos dois últimos anos, foram expedidos mais de 6 mil diplomas. Nos próximos meses o número de profissionais com diplomas registrado pela UEG deve subir para 10 mil. JANEIRO/MARÇO 2004 rados na estatuinte, estabelecem como princípios básicos que a UEG é uma universidade pública, gratuita, democrática e de qualidade. O sucesso e a credibilidade da instituição, reconhecida como uma das maiores obras da administração de Marconi Perillo, se refletem na procura pelo vestibular, que tem mobilizado números recordes de candidatos. Seu primeiro vestibular, em 1999, para o biênio 2000/ 2001, teve mais de 23 mil inscritos. No ano seguinte, o número subiu para 30 mil. O curso de graduação Reitor José Izecias: interiorização do ensino mais concorrido no Estado, o de Fisioterapia, ministrado na unidade de É também a primeira universiGoiânia (Esefego), ultrapassou 77,7 dade brasileira nascida da delibecandidatos por vaga em 2002. Em ração de uma assembléia estatu2003, com as parcerias firmadas, inte, composta paritariamente foi alcançada a marca de 16.073 por professores, funcionários e alunos. A UEG é também a única alunos representantes das 12 fainstituição pública do Estado que culdades isoladas e da Universidarealiza vestibular no meio do ano. de Estadual de Anápolis, unificaO número de vagas oferecidas anudas com a criação da UEG. O estaalmente subiu de 2.260, em 1999 tuto e o regimento geral, delibepara 4.265, no vestibular 2003. ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO 63 Câmpus da UEG em Anápolis, onde milhares de alunos têm oportunidade de fazer um curso superior Modernização Segundo o governador Marconi Perillo, a UEG é instrumento fundamental para assegurar a modernização de Goiás. “Um governo devotado à causa da cidadania e zeloso no seu compromisso com os direitos humanos tem a educação fortemente fincada na sua carta de princípios e na pauta de prioridades. Podemos proclamar, sem risco de presunção, que este governo hasteou muito alto esta bandeira e reverencia a educação como ponto sagrado dos seus deveres”, afirmou durante solenidade de formatura de professores da Rede Estadual, na Universidade. Marconi Perillo ressalta a importância alcançada pela instituição, em tão pouco tempo, no cenário do ensino superior em Goiás. Ele lembra que o governo estadual, desde a lei de criação da UEG, acreditou que a comunidade universitária seria capaz de construir um projeto de universidade solidamente enraizado em Goiás, participativo e democrático. Segundo o reitor José Izecias de Oliveira, os avanços refletem a política de priorização e valorização do ensino superior público, imple- 64 ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO Como vice-presidente da Associação dos Reitores das Universidades Estaduais e membro do Conselho Deliberativo do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), José Izecias diz ter convicção de que nenhuma universidade pública brasileira cresceu tanto, em tão pouco tempo, quanto a UEG O reitor informa que o projeto de transformar em unidade universitária o pólo da UEG, em Aparecida de Goiânia, ganha força a partir deste ano com a construção do prédio. As aulas devem começar a partir de 2005 com oferta de vários cursos regulares. Segundo Izecias, a oferta de cursos regulares na capital é pequena porque o papel da UEG é levar o ensino superior aos estudantes do interior do Estado e não concorrer com a Universidade Federal de Goiás e com instituiNenhuma universidade pública janela ções privadas.Até agora, além da Esefego, há brasileira cresceu tanto, em dois pólos de ensino, tão pouco tempo, quanto a em Goiânia, onde o UEG. Ao todo são 51 mil alunos forte são os cursos seqüenciais e o Prograatendidos em 50 municípios ma de formação de professores. mentada pelo governador Marconi Perillo, desde o início de sua administração. O Estado investiu R$ 5 milhões na construção da sede da UEG, em uma área de 12 mil metro quadrado, no Câmpus Universitário, em Anápolis. Foram realizados investimentos em infra-estrutura física nas unidades e ampliação de laboratórios e bibliotecas. No final do ano passado, o Estado investiu R$ 2,15 milhões na melhoria de bibliotecas e laboratórios. Os representantes de Goiás no Congresso Nacional também apostam no futuro da UEG. A partir deste ano, uma emenda dos 17 deputados federais e três senadores que integram a bancada de Goiás propõe a destinação de recursos da União para a Universidade. A proposta foi idealizada pela deputada Raquel Teixeira. JANEIRO/MARÇO 2004 Multicampi leva ensino a todo o Estado Seguindo uma tendência nacional, a universidade adotou o modelo muticampi e hoje oferece 106 cursos de graduação, distribuídos em 25 modalidades de cursos em sete áreas de ensino. Os novos cursos foram criados em sintonia com as demandas e o potencial socioeconômico de cada Região do Estado. No maior pólo turístico de Goiás, em Caldas Novas, foi criado o curso de Hotelaria e Turismo. Os estudantes de Santa Helena, na Região Sudoeste, que concentra a maior produção agrícola goiana, tiveram acesso ao curso de Administração em Agronegócios. Em Anápolis, onde o Pólo Farmoquímico se transforma em referência nacional com laboratórios de controle de qualidade para validação dos remédios genéricos, foram criados os cursos de Farmácia, Química Industrial e Engenharia Agrícola. Também são exemplos de regionalização do ensino superior, de acordo com as vocações locais, os cursos de Zootecnia, em São Luís de Montes Belos; Agronomia, em Ipameri; Matemática e Informática em Posse e Campos Belos, no Nordeste Goiano, onde é grande a carência de professores. Outra inovação é a criação do Primeiro Curso de Segurança Pública - Habilitação Corpo de Bombeiros. JANEIRO/MARÇO 2004 Unidades universitárias Anápolis (Reitoria) Luziânia Ceres Posse Goianésia Quirinópolis Ipameri Santa Helena Itapuranga Silvânia Jussara Campos Belos Morrinhos Formosa Pires do Rio Inhumas Silvânia Itaberaí São Miguel do Araguaia Jaraguá Caldas Novas Minaçu Cidade de Goiás Porangatu Goiânia Sanclerlândia Iporá São Luís de Montes Belos Itumbiara Uruaçu ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO 65 Tudo pela inclusão e transformação social Inclusão e transformação social são as bases da política de interiorização do ensino superior estadual. Segundo José Izecias, a UEG é uma universidade popular que agrega todos os segmentos da comunidade goiana e responde às grandes provocações na busca de transformação e inclusão social. Desde o início das atividades vem sendo desenvolvido um trabalho com o objetivo de criar vínculos com as comunidades das regiões onde a UEG está inserida. Foram criadas unidades nos municípios do Vale do São Patrício, Médio Norte, além do Nordeste Goiano, onde a juventude, antes, sem oportunidade de estudar, agora dispõe de cursos oferecidos pela instituição e ajuda a comunidade a superar suas dificuldades. A universidade está comprometida coma a melhoria da qualidade do ensino através de programas es- Cursos regulares Áreas de ensino Cursos Administração Administração em Hotelaria Ciências Sociais Aplicadas Ciências Contábeis Ciências Econômicas Administração em Agronegócios Letras – Português/Inglês Geografia Ciências Humanas e Sociais História Pedagogia Arquitetura e Urbanismo Engenharia Civil Informática Engenharias e Tecnologias Química Industrial Sistemas de Informação Tecnologia em Proc. de Dados Ciências – Hab. em Biologia Farmácia Ciências Biológicas e Saúde Educação Física Fisioterapia Agronomia Engenharia Agrícola Ciências Exatas e da Terra Zootecnia Ciências – Hab. em Química Matemática Segurança Pública - Habilitação Serviços Bombeiro Militar 66 ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO Modalidades Bacharelado Bacharelado Bacharelado Bacharelado Bacharelado Licenciatura Licenciatura Licenciatura Licenciatura Bacharelado Bacharelado Licenciatura Bacharelado Bacharelado Tecnólogo Licenciatura Bacharelado Licenciatura Bacharelado Bacharelado Bacharelado Bacharelado Licenciatura Licenciatura Bacharelado peciais como A Universidade Para os Trabalhadores da Educação, que beneficia 23 mil professores das redes Estadual, Municipal e particular de ensino e o Projeto Vaga-Lume de Alfabetização e Valorização Humana, cujo valor social é reconhecido pela Unesco. A cruzada contra o analfabetismo em Goiás, que envolve voluntários, estudantes e professores da UEG, em parceria com a Caixa Econômica Federal, já beneficiou cerca de 60 mil jovens e adultos em Goiás. Além de trabalhar na alfabetização, os universitários da UEG atuam também com jovens e adultos nas primeiras séries do ensino fundamental. A UEG tem participação decisiva também no sonho de melhorar a qualidade do ensino fundamental em Goiás. O Programa A Universidade para os Trabalhadores na Educação – Licentciatura Plena Parcelada, considerado o maior programa de formação de professores do Brasil, está mudando a história em milhares de salas de aula em todo o Estado. Em 2004, o programa deve beneficiar 27,5 mil professores, portadores de diploma do antigo magistério, com habilitação de nível superior. Cerca de 9 mil professores já concluíram os cursos de licenciatura, 16 mil estão matriculados e a universidade está abrindo edital para mais 3,5 mil vagas, com previsão de início das aulas em abril. Um dos destaques dos cursos de licenciatura é a disciplina Novas Tecnologias, onde os professores aprendem noções de informática. O objetivo é avaliar e criticar as novas tecnologias de informação e comunicação, possibilitando que o uso das tecnologias no ensino seja um agente de transformação da educação, levando o professor a JANEIRO/MARÇO 2004 Nova realidade Em 1999, o número de professores do ensino fundamental com habilitação de nível superior não chegava a 12 mil. “Caminhamos no sentido de triplicar este número, tirando Goiás da posição vergonhosa no cenário nacional, com apenas 30% dos docentes com nível superior. Com a licenciatura plena, o porcentual de professores habilitados fica entre 80% e 90%. Com isso, muitas prefeituras já contam com a totalidade dos professores da Foto: Cleomar Nascimento descobrir o lugar didático dessas tecnologias. Para muitos professores, a disciplina proporcionou o primeiro contato com o computador. Também são utilizados outros recursos como televisão, vídeo, máquina fotogrática, CD, retroprojetor e máquina fotográfica. Os cursos de graduação oferecidos pela Universidade compreendem um conjunto de disciplinas que obedecem às diretrizes curriculares e às de formação complementar julgadas necessárias em sua área de saber, destinando-se à obtenção de graus acadêmicos que assegurem condições para os exercícios profissionais. São oferecidos 23 cursos. Unidade da UEG em Goiânia, onde são ofertados cursos seqüenciais rede fundamental de ensino habilitados. Na opinião do reitor, isto representa melhoria geral nas aulas das crianças, não apenas pela capacitação técnica do professor, mas pela elevação de sua auto-estima. Segundo ele, 90% dos beneficiados são mulheres, mães de família que sonhavam com a oportunidade. Os cursos foram viabilizados por meio de convênios com a Secretaria Estadual de Educação, 228 municípios e o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás. Só na rede Estadual de Ensino foram beneficiados 7 mil professores. A contrapartida dos parceiros para que a universidade tenha condições de atender a demanda é de R$ 3.600,00 por aluno, durante todo o curso. O Programa A Universidade Para os Trabalhadores em Educação tem a marca do pioneirismo de Goiás, que saiu na frente e busca sintonia com as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que fixou prazo até 2006 para que todos os professores do País tenham formação superior. Para ingressar no Programa, os professores passam por vestibular específico, com concorrência alta, o que mostra o empenho do professor em melhorar sua formação e atender as exigências da LDB. Os cursos de Pedagogia e demais licenciaturas oferecidos aos professores têm duração de três anos, com aulas intensivas nas férias e nos finais de semana, permitindo que o professor trabalhe normalmente com os alunos. O curso transformou a UEG em uma universidade de portas abertas, que funciona de domingo a domingo, com atividade intensiva nas férias. Já os professores transformaram as salas de aula em laboratórios onde aplicam os conhecimentos adquiridos na Universidade, o que tem reflexo positivo na qualidade do ensino. Cursos seqüenciais Em laboratórios bem equipados, UEG garante qualidade do ensino JANEIRO/MARÇO 2004 Também na perspectiva de inclusão social, foram criados cursos ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO 66 68 Foto: Cleomar Nascimento seqüenciais para atender as demandas de segmentos específicos da sociedade. A grande novidade é a criação do curso superior em Segurança Pública, destinado a 428 policiais, soldados da Polícia Militar, aprovados no Concurso Público, selecionados pela UEG, que já estão estudando na Academia de Polícia. Para Izecias, o curso representa uma nova era no Brasil na área de Segurança Pública. Também os 300 aprovados no Concurso do Corpo de Bombeiros serão beneficiados com o curso Superior em Segurança Pública. Segundo ele, a oferta de ensino universitário aos futuros policiais é apenas o começo. A médio prazo, a proposta é estender aos outros policiais, por meio de cursos técnicos, também com enfoque na questão da cidadania. A meta é dar a toda a corporação formação compatível com o que se espera de quem cuida da segurança e exerce o papel de guardião e protetor da sociedade. Também é destaque entre os cursos seqüenciais o curso de Gestão Pública que já formou cerca de 1.500 gestores. Um grande número de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários municipais, lideranças políticas estão matriculados nos cursos de gestor público. Segundo o reitor, não havia nenhum curso que interessasse diretamente ao segmento político, um setor carente de maior conhecimento em áreas importantes para a melhoria da qualidade de vida da população como sociologia, política e filosofia. Os cursos seqüenciais de nível superior foram criados pela Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, em seu artigo 44, inciso I. Definidos em campo de saber, de diferentes níveis de abrangência, são alternativas de formação voltadas para um tipo de aluno especial – aquele que, após ter concluído o ensino ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO Em Aparecida de Goiânia, UEG mantém um pólo com vários cursos médio, deseja profissionalizar-se em curto prazo, num segmento de um campo de saber. A proposta de inclusão dos cursos seqüenciais na Lei de Diretrizes e Bases da Educação foi iniciativa do senador Darcy Ribeiro. Segundo ele, os cursos seqüenciais representam a libertação das universidades da obrigação de só ministrarem cursos curriculares.Trata-se de uma abertura, principalmente para as áreas de ciência e tecnologia. De acordo com a Lei, os cursos devem ser ministrados por instituição de ensino que possua um ou mais cursos de graduação reconhecidos na área do conhecimento a que se vincula o curso seqüencial. Estão sujeitos a processos de autorização e reconhecimento com procedimentos próprios, que resguardam a qualidade do ensino, ressalvada, quanto à autorização, a autonomia das universidades, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A carga horária não pode ser inferior a 1.600 horas, nem poderá ser integralizada em prazo inferior a 400 dias letivos, ficando, a critério da instituição de ensino, os limites superiores a carga horária e ao prazo máximo de sua integralização. Os estudos realizados nos cursos seqüenciais de formação específica podem ser aproveitados para integralização de carga horária exigida em cursos de graduação, desde que façam parte ou sejam equivalentes às disciplinas dos currículos destes. Na hipótese de aproveitamento de estudos para fins de obtenção de diploma de curCursos seqüenciais so de graduação, o egresso do curso deveFormação Específica em Gestão de Trânsito rá submeter-se previaFormação Específica em Gestão do Agronegócio mente e em igualdade Formação Específica em Gestão Imobiliária de condições, a procesFormação Específica em Gestão Pública so seletivo regularmenFormação Específica em Gestão Sanitária e Ambiental te aplicado aos candidaFormação Específica em Tecnologias Radiológicas tos do curso de graduação pretendido. JANEIRO/MARÇO 2004 Apoio a projetos de investigação científica A Universidade investe também no incentivo à iniciação científica. Os acadêmicos têm oportunidade de participar do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); do Programa de Bolsas de Iniciação Científica da UEG (PBIC), criado em 2001 e implementado em 2002; e do Programa de Voluntários de Iniciação Científica (PVIC), de 2003. Com critérios semelhantes para a concessão das bolsas, esses programas representam um estímulo extra para que os estudantes ingressem no mundo da pesquisa e ao mesmo tempo tem reforçado os grupos de pesquisadores da UEG. O PIBIC contempla instituições de pesquisa e universidades em todo o País que atendam aos requisitos do CNPq, dentre os quais a existência de um programa próprio de iniciação científica, atuação na formação de recursos humanos e CT&I (ciência, tecnologia e inovação), e possuir grupos de pesquisa cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. A UEG ingressou, no ano passado no PIBIC, com a primeira cota de 10 bolsas liberada em agosto, o que tem gerado pesquisas em áreas como Ciências Biológicas, Agrárias, Fisioterapia e Educação. O incentivo é uma bolsa de R$ 240,00 mensais pelo período de um ano. Para acessar o PIBIC o candidato deve apresentar um projeto de pesquisa com orientação de um mestre ou doutor, demonstrar desempenho acadêmico e não ser calouro e nem formando. O professor Plí- JANEIRO/MARÇO 2004 Experimento testa propriedades nio Naves salienta que a disputa tem sido acirrada. Funcionamento O PBIC, programa da própria UEG segue praticamente os mesmos critérios adotados pelo CNPQ, e que já distribuiu 50 bolsas no primeiro ano, com 72 este ano e previsão de mais 100 bolsas de iniciação científica para 2004; o valor da bolsa é de R$ 120,00. O Programa de Voluntários (PVIC) foi criado para atender a demanda excedente de estudantes que mesmo não sendo contemplados com bolsas, pretendam atuar em algum grupo de pesquisa até aparecer uma nova chance. O PVIC destinase aos que não atingiram a pontuação para receber a bolsa, mas possuem projetos consistentes”, destaca Plínio Naves, ressaltando que para os 72 contemplados no PBIC o número de propostas recebidas foi mais que o dobro. A UEG possui 15 grupos de pesquisa cadastrados no CNPq. E toda iniciação científica está vinculada a esses grupos. Existem ainda seis novos grupos em processo de cadastramento. Nesses grupos atuam 68 pesquisadores, sete estudantes e um técnico trabalhando em 40 da jabuticaba linhas de pesquisa. Os grupos estão distribuídos em áreas como Agronomia, Ciências e Tecnologias de Alimentos, Ecologia, Educação, Educação Física, Fisioterapia, Engenharia Agrícola, História, Química, Zootecnia e Economia. Os números dos projetos de pesquisa desenvolvidos no período de 2000-2003 revelam o crescimento da pesquisa e da base científica da instituição, com contribuição desses acadêmicos que estão investindo na consolidação de uma carreira universitária. Em 2000, a universidade contava apenas com 23 projetos, saltando em 2003 para 90, totalizando com os outros anos 186 projetos nas áreas de conhecimento do CNPq. O reitor informa que a perspectiva a partir de agora é de consolidação e melhoria da qualidade dos serviços na Universidade. ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO 69