A GRAÇA E A CRUZ DE CRISTO
ROMANOS 3.21-26
Franklin Ferreira
Contexto
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A ira de Deus revelada sobre toda impiedade
e injustiça:
 sobre
os que ignoram o evangelho e os
poderosos deste mundo (Rm 1.18-32);
 sobre os moralistas (Rm 2.1-16);
 sobre “o homem religioso, o homem da igreja”
(K. Barth) (Rm 2.17-3.8).
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Todos são pecadores, em depravação e
incapacidade total (Rm 3.9-20).
Contexto
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Aqui há um problema que somente Deus pode
resolver. O que Paulo nos diz é que o
problema foi solucionado pela graça de Deus,
que ofereceu Cristo como o meio para
obtenção do perdão, o sacrifício que garante a
nossa aceitação por parte de Deus.
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Tudo o que se requer do pecador é que
receba pela fé aquilo que a graça de Deus
oferece.
1. Olhando o texto
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21: “Justiça de Deus”: Paulo está dizendo que a
forma pela qual Deus exerce sua justiça não é
uma novidade, mas era conhecida pelos antigos:
“pela lei e pelos profetas” (cf. Rm 4.1-25).
21-22: “Mediante a fé em Jesus Cristo”: O meio
pelo qual a justiça de Deus é recebida é
exposto: pela fé. A fé é meio o meio estabelecido
por Deus para obter-se a salvação – não a base,
que é a obra de Cristo.
A fé não um fim em si mesmo. Antes, é o
reconhecimento que todos somos mendigos.
1. Olhando o texto
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“Não há distinção”: assim como aqui não há distinção
entre judeus e gentios (ou entre quaisquer categorias
em que se divide a humanidade) com relação ao
pecado, assim em 10.12 “não há distinção” entre eles
com relação à misericórdia de Deus.

23: O alcance da justificação pela fé é universal,
sendo potencialmente eficaz para todos, sem
distinção racial (judeu/gentio).
1. Olhando o texto
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“Todos pecaram”: As duas palavras são idênticas
às do fim de 5.12, mas, ao passo que lá o
contexto sugere que a referência é à participação
de todos na “desobediência do primeiro homem”,
aqui temos uma afirmação do fato de que todos os
homens, como indivíduos, pecaram.
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“Carecem da glória de Deus”: cf. Is 43.7 – “os criei
para minha glória”.
1. Olhando o texto
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24-26: A base é a obra de Cristo realizada na
cruz: graça, redenção, sangue, propiciação,
perdão: “Deus mesmo entregou a si mesmo para
salvar-nos dele mesmo” (John R. W. Stott).

Este é o clímax da argumentação que Paulo vem
desenvolvendo desde o início da epístola: Deus é
justo ao condenar o pecado, seja de quem for, e é
justo, no sentido de justificar o pecador, através
da redenção que há em seu Filho por meio da fé.
“Assim, Paulo serviu-se da linguagem do tribunal de
justiça (‘justificados’), do mercado de escravos
(‘redenção’) e do templo (‘assento da misericórdia’)
para fazer justiça à plenitude do ato da graça de
Deus em Cristo. Perdão, libertação, expiação – são
postos ao alcance do homem pela livre iniciativa de
Deus, e podem ser assimilados mediante a fé. E a
fé, neste sentido, não é uma espécie de obra
especialmente meritória à vista de Deus. É aquela
singela é sincera atitude para com Deus que o
acredita por Sua palavra e aceita Sua graça de bom
grado e com gratidão”
F. F. Bruce
1. Olhando o texto
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“Para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na
sua tolerância, deixado impunes [tendo passado
por alto] os pecados anteriormente cometidos”: A
redenção de Cristo tem eficácia retrospectiva,
bem como prospectiva.
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O ensino do Novo Testamento é absolutamente
uniforme ao afirmar que é Deus quem propicia,
expia, satisfaz e reconcilia. Nenhum destes atos
parte da criatura. O próprio Deus é o agente ativo
e originador da graça.
2. Ideia central
Todas as graças que nos estabelecem
como novos seres humanos provem da
morte de Cristo na cruz, que, por meio
da fé somente, nos justifica, redime e
propicia por pura e livre graça gratuita, e
esta graça é oferecida a todos, homens e
mulheres, sem distinção racial ou social.
“Portanto, meu querido irmão,
aprenda Cristo e o aprenda
crucificado; aprenda a orar a
ele, perdendo toda a esperança
em si mesmo, e diga:
Tu, Senhor Jesus, és minha
justiça, e eu sou teu pecado;
tomaste em ti o que não era e
deste-me o que não sou”.
Martinho Lutero
3. Aplicações
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CREIA NO EVANGELHO!
John Bunyan: Cristão estava sobrecarregado e
cansado, com um imenso fardo nas costas. Mas
ele correu até um lugar elevado, onde havia uma
cruz. Quando Cristão se deparou com a cruz, o
fardo caiu de suas costas e rolou até o sepulcro –
caiu lá e nunca mais foi visto. Cristão se viu feliz
e aliviado, com imensa alegria.
Cristão diz que o Senhor lhe
“concedeu descanso, através de
seu sofrimento e vida, através de
sua morte”. Ele se surpreendeu
que aquela cruz pudesse aliviá-lo
de seu fardo. Ele olhava e chorava.
Três seres resplandecentes
apareceram, e o primeiro disse:
“Seus pecados estão perdoados”;
o segundo o despiu de seus trapos
imundos e o vestiu com nova
roupa; e o terceiro deu a ele um
sinal na testa e um rolo selado,
para que ele lesse em sua
peregrinação. Ele deu três pulos
de alegria e cantou: “Bendita a
cruz! E o túmulo! E mais bendito
seja o homem que vergonha e dor
por mim sofreu!”
3. Aplicações
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ESTUDE O EVANGELHO!
Karl Barth: “A Escritura Sagrada, (...) o único
testemunho de revelação real e competente de
Deus, (...) diz que, tendo-nos Deus procurado no
milagre de sua condescendência em Jesus
Cristo, cujas testemunhas são os profetas e os
apóstolos, todos os nossos esforços por
encontrá-lo por nossa iniciativa não só perderam
seu sentido, mas se provaram impossíveis”.
3. Aplicações
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REPUDIE O QUE NÃO É EVANGELHO!
Martinho Lutero: “O guarda de um bordel público
é menos pecador que o pregador que não entrega
o verdadeiro Evangelho, e o bordel não é tão ruim
assim como a igreja do falso pregador. (...) Isto os
surpreende? Lembrem-se de que a doutrina do
falso pregador não causa nada mais que dia-a-dia
desviar e violar almas recém-nascidas no batismo
— cristãos jovens, almas tenras, noivas virgens,
puras e consagradas a Cristo. Considerando que
o mal é feito espiritualmente e não fisicamente
como num bordel, ninguém o observa: mas Deus
está incomensuravelmente descontente”.
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