ÍNDICE 2009 - O ANO DE ALEXANDRE PATO............................................... 2 SEDE PRÓPRIA - CARTÃO DE VISITA ............................................. 3 PATRONAGEM DO CTG ALEXANDRE PATO ................................... 4 ATA DE FUNDAÇÃO DO CTG ALEXANDRE PATO .......................... 5 O TRADICIONALISTA ALEXANDRE PATO ....................................... 6 A FAMÍLIA PATO ................................................................................ 7 IMAGENS DA VIDA DE ALEXANDRE PATO...................................... 9 FRANCISCO DIMORVAN DUTRA VIEIRA ........................................ 10 RÁDIO CACIQUE 60 ANOS................................................................ 13 CHAMA CRIOULA EM LAGOA VERMELHA ...................................... 15 DEPOIMENTO GUARACI FEIJÓ VIEIRA .......................................... 16 DEPOIMENTO PAIXÃO CÔRTES ..................................................... 18 DEPOIMENTO LEDA MARIA BORGES MOREIRA ........................... 21 DEPOIMENTO FERNANDA LISBOA VIEIRA .................................... 22 DEPOIMENTO JOÃO HORÁCIO BARRETO DA COSTA .................. 24 FINALISTAS DO CONCURSO LITERÁRIO 2009 .............................. 27 CHICO FIALHO .................................................................................. 33 PERSONALIDADES LAGOENSES ................................................... 36 EVOLUÇÃO TERRITORIAL DE LAGOA VERMELHA ....................... 44 BR470 ................................................................................................. 45 PONTE DO BARRACÃO .................................................................... 48 NÍVIO CASTELLANO ......................................................................... 50 ALMIR MOOJEN NÁCUL ................................................................... 53 FOTOS DO RODEIO DE LAGOA VERMELHA .................................. 56 EFEMÉRIDES DE LAGOA VERMELHA ............................................ 57 PREFEITOS E EX-PREFEITOS ........................................................ 61 SOCIEDADE ORGANIZADA .............................................................. 63 30 Praça Marechal Deodoro, 101 –11º Andar Fone: (51)3210-1180 Fax: (51)3210-2536 (51)935-11222 10 de maio de 2009 PARABÉNS LAGOA VERMELHA Ao resgatarmos a vida e a história de Alexandre de Góes Vieira – ALEXANDRE PATO - recuperamos alguns dos momentos históricos de grande relevância e exemplos de dedicação e devotamento ao interesse público. A edição comemorativa aos 128 anos de Lagoa Vermelha, inclui trajetórias pessoais de Almir Nacul, Archimedes Almeida, Cesar Muliterno, Chico Fialho, Eunice Castelano, Nelson Berthier, Nivio Castellano, e vitórias coletivas de vereadores, prefeitos, deputados, líderes sindicais e instituições. Mas foi na “Revoada dos Patos” que extraímos as melhores provas e exemplos de que por uma boa causa, todos se unem. Na publicação você encontrará textos, ainda em aperfeiçoamento, o que virá depois através do e-mail [email protected] Este trabalho é uma ação parlamentar de quem defende os mais legítimos interesses coletivos de Lagoa Vermelha e responde pelos constantes desafios desta terra, no que nos cabe. Não encontrará promessas de um cenário utópico, mas relatos concretos e o renovado compromisso de ser mais um na frente de batalha. CARTÃO DE VISITA - A inauguração da nova sede do CTG Alexandre Pato, às margens da BR285 em Lagoa Vermelha, transformou o local em ponto turístico e centro da cultura gaúcha regional. Junto ao Parque de Rodeios é o símbolo da união do público com privado, de chimangos e maragatos, acima de eventuais diferenças, unidos pelo mesmo ideal pregado por Paixão Côrtes, Barbosa Lessa e seguidores, desde 1947. Vitória coletiva dos lagoenses, triunfo pessoal das patronagens de Volmir Vieira de Carvalho, Nicanor Lima, Dirceu Rosa, Élio Moreira, Paulo Vieira de Carvalho e dezenas de tradicionalistas de bons costumes. Destaque para o arquiteto/engenheiro Flávio Castelano, autor e executor do projeto e para os que conseguiram recursos para a magnífica obra. Leia sobre a obra e a vida de Alexandre Pato, suplemento comemorativo aos 128 anos de Lagoa Ve r m e l h a , d e distribuição gratuita o u a c e s s e www.appio.com.br FAMÍLIA PATO - Os descendentes de Alexandre de Góes Vieira adotaram o apelido PATO como sobrenome. Joaquim Vieira Pato, filho de Alexandre, casado com Benta Ávila Pato, é pai de Maria Vieira Oliveira (Nininha) e Leonel Vieira Pato. Eles fizeram questão de registrar o sobrenome em cartório, bem como no nome dos filhos e netos. Maria Vieira Oliveira, casada com Perry Quadros Oliveira, tem 7 filhos, Maria Celeste Pato Oliveira, Joaquim Fortunato Pato Oliveira, Luiz Fernando Pato Oliveira, Maria Cristina Pato Oliveira, Jânio Pato Oliveira, João Francisco Pato Oliveira e Maria Edelmira Pato Oliveira. Seu irmão Leonel Vieira Pato, casado com Terezinha Goulart Vieira, tem uma filha, Rita Pato Hoffman, e três netos: Karine Pato Hoffman, Alex Pato Hoffman e Kiele Pato Hoffman. O SONHO NÃO ACABOU - Enquanto as obras prosseguem de Barracão/Pontão, o impasse continua no lote Pontão/Lagoa Vermelha. Os recursos administrativos e judiciais da Construtora Brasil, contra ato do TCU que determinou a rescisão do contrato, podem servir de pretexto para a “falta de vontade política “do governo federal com a principal rodovia da região, não pavimentada. “Os produtores não aguentarão outra safra escoada sobre pedras. Pelo menos um grande produtor jogou a toalha e foi para o Mato Grosso, em busca de cenários menos pessimistas”. AGENDA POSITIVA - Lagoa Vermelha completou 128 anos (10/05), André da Rocha 21 anos (12/05) e Caseiros também 21 anos (09/05). Integram os Coredes Nordeste e Campos de Cima da Serra, vinculados a BR470. Na Consulta Popular, o asfaltamento de André da Rocha/Nova Prata, deve ser prioridade para a maioria dos municípios, bem como a RS126 Ibiraiaras/São Jorge/Guabijú/Nova Araçá. Com a palavra os vereadores, prefeitos, deputados, sindicatos, cooperativas, universidade e a nossa imprensa. Precisamos de um grande acordo Amunorg/Amucser com os Coredes. RESERVA LEGAL - Considerar as áreas de Reserva Permanente na exigida Reserva Legal, prevista em lei, é a solução mais rápida para o impasse criado pelos Decretos Leis do Ministro do Meio Ambiente. A suspensão dos decretos evitará a revolta dos produtores rurais, cada vez em maior escala. No Estado, o ato legislativo poderá demorar mais de 6 meses, se de iniciativa parlamentar, ou trinta dias se for do Executivo. Estamos correndo contra o relógio. A governadora Yeda decidiu encaminhar o projeto, igual ao de Santa Catarina. NÓS PODEMOS - Plagiando Obama "é irresistível a sensação de que unidos, somos mais fortes". Só não funciona onde preponderam os interesses pessoais, partidários e não republicanos. Pensando assim, defendemos a união em torno das administrações municipais na busca de soluções para a nossa BR470, trecho norte e saída sul. Isso afirmamos na inauguração da nova sede do CTG Alexandre Pato, símbolo vitorioso da união de esforços. Se na cultura nativista é possível, o que estamos esperando? 2009 É O ANO DE ALEXANDRE PATO A conclusão de sua sede própria, obra monumental na entrada norte de Lagoa Vermelha, coincide com um dos maiores rodeios já realizados, juntamente com o consolidado Festival do Churrasco e o 128º aniversário de Lagoa Vermelha neste 10 de maio. Este é o melhor momento do nosso Centro de Tradições Gaúchas, casamento perfeito entre a cultura, tradicionalismo, turismo e a economia da região, consagrando a união entre o privado e o público. Este suplemento contém informações sobre o patrono, entidade, sede em construção, história de sua formação, depoimentos de descendentes do homenageado. O concurso literário abriu o debate sobre o personagem e estimulou a pesquisa, leitura e escrita. O folclorista Paixão Côrtes, um dos Notáveis do RS, julgou e premiou as crônicas classificadas, publicadas nas páginas 27/32. As listagens das Personalidades, Efemérides e Sociedade Organizada, poderão ser completadas com novas informações para [email protected]. Ajude-nos a completar esta reportagem. Fizemos o maior Rodeio de todos os tempos. O prazer do tiro de laço e o espetáculo da gineteada misturou-se com as invernadas campeiras, trovas, declamações, gaita e violão. A nova sede no parque de rodeios é uma vitória da união do poder público com o privado. Lagoa Vermelha apresenta o melhor do Churrasco e da Comida Campeira. Famoso pelo corte alongado com todos os tipos de carne, gorda/magra, com osso/sem osso, agarradas ao espeto de guamirim, tem a tradição da escola de Celso Telles e Chico Fialho, página 33. Com habilidade na faca, desossa uma vaca inteira, resultando em manta de charque sem qualquer furo. Na qualidade da carne e no corte especial que Lagoa Vermelha faz a diferença. O CTG Alexandre Pato, sob o comando do Patrão Volmir Vieira de Carvalho e do vice-patrão Dirceu Rosa da Silva, abre as porteiras de sua nova sede. Volmir, descendente dos pioneiros que ocuparam a região, Dirceu casado com uma bisneta de Alexandre Pato, garantem o empenho da comunidade lagoense para o sucesso do grande evento, sempre com a orientação segura de Nicanor Lima, um dos maiores responsáveis por estas transformações. 2 CARTÃO DE VISITA A nova sede na BR-285, no Parque de Rodeios, é uma magnífica obra de engenharia, que harmoniza em suas várias faces e entradas, salão de bailes, restaurante, churrascaria, administração e lazer. Ampla, moderna e quando concluída somará 1.600 m², de acordo com o projeto assinado pelo arquiteto Flávio Castellano. Ao transacionar o antigo salão da avenida Presidente Vargas, a patronagem garantiu parte dos recursos para a obra. A contrapartida foi decisiva para assegurar a tramitação de emendas federais. Em nosso primeiro ano de mandato federal indicamos R$ 240 mil reais em emendas, parte delas já paga, distribuídas nos anos de 2004, 2005 e 2006. Foi o esforço extraordinário e a contínua mobilização do patrão atual Volmir Vieira de Carvalho, e do patrão anterior Nicanor Lima, com suas patronagens, que materializou o antigo projeto dos associados do CTG Alexandre Pato. 3 PATRONAGEM CTG A patronagem atual (2009) : Patrão: Volmir Vieira de Carvalho Vice-Patrão: Dirceu Rosa da Silva 1º Tesoureiro: Paulo C. V. de Carvalho 2º Tesoureiro: João Henrique Cunha 3º Tesoureiro: Juarez F. Moreira Secretário Geral: Rony Diogo Roman Sec. Executivo: Ivanir M. de Lima Conselho Fiscal: João Carlos Ferri Augusto Reginato Pereira de Andrade Miguel Pereira Ramos Suplentes do Conselho Fiscal: Antonio Jacques Machado Leite Cassiano Zanin Zamim Alberto Soares da Silva Dpto. de Projetos e Verbas: Elio Moreira de Souza Dpto. Campeiro: Joaquim Floresmindo N. Hoffmann Nicanor Alves de Lima Pedro Pinto de Oliveira José Carlos Leal da Silva Valeriano de Oliveira Marcos Avila Luis Ori Nunes Lauvir Marques Dpto. Artístico: Joscelaine C. L. Lima Dpto. Cultural: Marilia Dornelles Dpto. Social: Dirceu Rosa da Silva Dpto. de Cavalgadas: Eduardo Mello Dpto. de Marketing: Silvano Cavagnolli Arthur Lindones Nunes Jean Carlo Gobatto 4 Everton Rech Auriomar Ramos Leandro Lourenço de Lima Silvana Cavagnoli Maria Celita Madalozzo Maria Stela Bortoncello Delio Appio Paulo Silva Altamir Souza Marta Lima Cleomar Matheus da Silva Marilia Dornelles Ivanir Mignoni de Lima Luiz Fernando Carvalho Ricardo Salvadori Samir de Avila Renato Spode Evandro da Silva Rudimar Galvan Diretor de Patrimônio: Elio Moreira de Souza José Vieira de Carvalho Adair Manto Dionizio Gomes José Otávio Telles Dpto. de Comida Campeira: Cassiano Castellano Oscar Grau Miguel Accorsi José Adele Alves Campos Leopoldo Spode Dpto. do Doce Campeiro: Romaira Branco da Silva Nora Vieira da Silva Janete Barros Carvalho Lara Simone Carvalho Clarice Oliveira Agregado das Leis: Luis Filipe Zonta Cassiano Castellano Joao Carlos Chiesa ATA DE FUNDAÇÃO O documento abaixo, de grande valor histórico, confirma a fundação do CTG em 30 de setembro de 1953. Reunião de tradicionalistas presidida por Archimedes Almeida decidiu pela fundação do Centro de Tradições Gaúchas. O nome escolhido, Alexandre Pato, fazia parte de uma lista de sugestões que incluiam os nomes de Teodoro Teles, Gustavo Berthier e Alberto Berthier. Pela Ata abaixo referida, Archimedes Almeida, Nelson Berthier e Cézar Muliterno foram designados para a organização jurídica da entidade. Coube a Nelson Berthier o cargo de 1º Patrão do CTG Alexandre Pato. Documento cedido por Thadeu Berthier, filho de Nelson Berthier - 1º Patrão do CTG Alexandre Pato (1953 a 1956). 5 A esquerda, o atual Patrão do CTG Alexandre Pato, Volmir Vieira de Carvalho e a direita o Vice-Patrão Dirceu Rosa da Silva Nova Geração Prendas e peões do CTG Alexandre Pato ALEXANDRE DE GÓES VIEIRA ALEXANDRE PATO Ao estimular estudantes de todos os níveis, na pesquisa e resgate da vida do patrono do CTG Alexandre Pato, contribuímos com a divulgação e promoção de nossa gente. Quem foi Alexandre Pato? Quais as razões do nome que lhe deram? O que fez para ser homenageado? Quais os seus descendentes? Qual a sua origem e árvore de costados? Alexandre Pato é um nome enigmático, cuja vida simples, voltada à comunidade lagoense, fez dele um símbolo da união, generosidade e devotamento às causas comunitárias. Desde sua Fazenda do Posto no Capão Bonito, contribuiu na formação de uma das mais respeitadas entidades tradicionalistas da região. Leia as crônicas participantes do concurso, os depoimentos de alguns convidados e estimule a divulgação deste suplemento, como contribuição à cultura e história de nossa Lagoa Vermelha. 6 A FAMÍLIA PATO Alexandre Pato e Francisca Borges Vieira tiveram 15 filhos, gerando descendência em várias famílias, entre as quais Vieira, Machado e Berthier. FILHOS : Henrique Vieira (Freguês), Vitor Antonio Vieira (Caixeiro), Joaquim Vieira Pato, Otávio Vieira (Zébinho), Leandro de GóesVieira, José Bernardino Vieira Pato (Tio Guri), Etelvina Vieira Pato, Malvina (Chininha), Virgulina Vieira, Avelina (Viluca), Maria Elisa Vieira, Francisca Vieira Borges (Nininha), Maria Gertrudes Vieira (Tuquinha), Analia Vieira (Pequena) e Maria Inácia Vieira (Negrinha). UMA FILHA casou com o tropeiro paulista e deixou grande descendência em Salto - Sorocaba. Entre os netos mais conhecidos, destacamos os irmãos Augusto, Nelson e Nei Berthier, filhos de Gustavo Berthier (Cel. Tida). AUGUSTO BORGES BERTHIER, foi Chefe da Casa Civil. NELSON BERTHIER Diretor da CINTEA e o primeiro patrão do CTG. NEI BERTHIER residente em Lagoa Vermelha, pai de Laercio Berthier, juiz aposentado, advogando em Vacaria. Os irmãos Elvira, Tio Pedrinho e Tio Góes, filhos de Vitor de Góes Vieira (Tio Caixeiro), casado com Leonor de Carvalho Vieira. TIO PEDRINHO – Pedro Augusto Carvalho Vieira. TIO GÓES- João Alexandre de Góes Vieira, nascido em 23/12/1907, músico, casado com Nair Berthier (Filhos: Nara Berthier Vieira, João Alberto Berthier Vieira - Professor Betinho, Nora Berthier Vieira da Silva e Jorge Berthier Vieira - Jorginho). LAURA VIEIRA FEIJÓ, nascida em 11/06/1922, casada com Raul Feijó, não tiveram filhos. CELESTE FEIJÓ VIEIRA, filha de Maria Elisa Vieira e de Arthur Feijó casou-se com Pedro Góes Vieira. 7 AMBROSINA FEIJÓ casada com Israel Farrapo Machado, Diretor de Terras do Estado, mãe de Arthur e Tancredo Feijó Machado. RAUL FEIJÓ, casado com Laura Ávila Pato, teve 5 irmãos: Noêmia, Ambrosina, Francisca (Chiquinha), Celeste e Carlos Feijó. LEDA MOREIRA, casada com Pedro Moreira, mãe de Júlio Cesar, Tito Lívio, Tasso Flávio Moreira e Maria Amélia. BISNETOS DE ALEXANDRE PATO JORGE FEIJÓ MACHADO, gerente regional da CEEE em Vacaria. JORGE BERTHIER VIEIRA, assessor na Casa Civil. JOÃO ALBERTO BERTHIER VIEIRA, professor da UCS. TADEU BERTHIER funcionário aposentado da Caixa Estadual. ARIOSTO BERTHIER funcionário da CINTEA, falecido. NORA VIEIRA DA SILVA casada com o vicepatrão Dirceu Rosa da Silva é bisneta de Alexandre Pato, mãe de Rogério e Sabrina, avó de João Pedro (filho de Sabrina e Ivo Carvalho) tetraneto, na foto ao lado. GUARACI FEIJÓ VIEIRA, gerente do Banrisul, residente em Passo Fundo, organizador da 1ª Revoada dos Patos(2003). JACIRA, casada com Edson Ubiratan Pinto, gerente aposentado do Banrisul, residente em Sapiranga. JOSÉ VIEIRA BUENO, pecuarista, residente em Vacaria. INDALÉCIO VIEIRA BUENO, pecuarista residente em Lagoa Vermelha, uma das lideranças de Capão Bonito. CACILDA VIEIRA BUENO VOLPATO ex-primeira dama do município. FRANCISCO DIMORVAN DUTRA VIEIRA, prefeito pela segunda vez de Capão Bonito, onde residiu seu bisavô Alexandre Pato. JUSSARA DUTRA VIEIRA, líder nacional da educação. ARISTOTE DUTRA VIEIRA, funcionário da Caixa Estadual. 8 Capela da Fazenda da Ramada, onde tudo começou para Alexandre Pato e Francisca Borges Vieira. Fazenda do Posto em Capão Bonito do Sul, onde Alexandre Pato criou seus filhos e seus negócios. Na foto abaixo a sua casa, hoje reformada por Eraldo Pacheco, atual proprietário. Uma longa jornada entre a Ramada, Fazenda do Posto e a última morada na Estância. Sua última morada em Clemente Argolo. No cemitério local repousam seus restos mortais desde 1913, ao lado da esposa e maioria dos filhos. No meio do caminho, o jazigo de Plauto Abreu, deputado e grande batalhador pela BR-470. 9 FRANCISCO DIMORVAN DUTRA VIEIRA O prefeito de Capão Bonito do Sul faz parte da sétima geração dos descendentes de Antônio Borges Vieira, patriarca dos Borges Vieira e um dos fundadores da Vacaria dos Pinhais, casado com Teresa Rodrigues de Jesus, foi um dos primeiros povoadores de toda a região nordeste, em 1765. O Francisco Dimorvan Dutra Vieira é casado com Marlise Marcantonio Vescovi, pais de Débora e Fabiana, oitava geração dos fundadores da região. DIMORVAN – Eleito para a administração do antigo distrito lagoense, hoje município de Capão Bonito do Sul, lugar escolhido pelo seu bisavô Alexandre Pato que comprou e desenvolveu a Fazenda do Posto. Filho de Alexandre Eurico Vieira e Iná Carneiro Dutra, e neto de Otávio de Góes Vieira e Ana Amarante da Luz, bisneto de Alexandre de Góes Vieira e Francisca Borges Vieira, tataraneto de Bernardino de Góes Vieira e Firmiana Ferreira de Jesus. BORGES VIEIRA - A partir do bisavô Alexandre Pato, casado com Francisca Borges Vieira, ascendência conhecida. Tataraneto de Joaquim Genital Batalha, casado com Gertrudes Borges Vieira, quarto neto de Manoel Borges Vieira e Gabriela Correa de Almeida, de CastroPR, quinto neto de João Borges Vieira e Francisca Xavier Ribeiro, de Curitiba-PR, sexto neto de Antônio Borges Vieira (Lisboa) e Teresa Rodrigues de Jesus (Laguna). INÁ CARNEIRO DUTRA (1927-2009) – A ascendência materna é conhecida. Francisco Dimorvan Dutra Vieira é quinto neto de Manoel de Sousa Duarte, da Ilha da Madeira e tronco da família Sousa Duarte e Borges Duarte. A mãe de Dimorvan, Iná Carneiro Dutra, nasceu em 184-1927 em Esmeralda, casada com Alexandre Eurico Vieira, também nascido em 1927, no dia 31 de maio, neto de Alexandre Pato. O casal teve oito filhos: Aristote, Admir, Francisco Dimorvan, Jeanice Beatriz, Carlos Ubiratan, Cleber Oiran, Joana Maria, Otávio Dutra Vieira e Jussara Maria Dutra Vieira, esta alcançou notoriedade no movimento sindical do magistério, liderança nacional da educação, integrante do Conselho do presidente Lula. Iná era filha de Sebastiana Carneiro Duarte. A senhora Iná Carneiro Dutra faleceu em 17/02/09 em Vacaria. 10 SEBASTIANA CARNEIRO DUARTE (1907-1978), casada com Francisco da Silva Dutra, funcionário público que faleceu em Clemente Argolo em 1958. O casal teve quatro filhos, Iná (avó de Dimorvan e Jussara), Teresinha, casada com o dr. Valdemar Alves da Cunha, advogado residente em Novo Hamburgo, Diná, casada com Nei Berthier (pais de Laercio Berthier) e Noé Carneiro Dutra, advogado em Lagoa Vermelha, casado com Alfa Domingues Duarte (pais de Leandro e Leonardo Duarte Dutra). TEODORO CARNEIRO DUARTE – Sebastiana, Onésimo e João Carneiro eram irmãos de Teodoro Carneiro Duarte, funcionário público, com estudos em genealogia, membro do Instituto Genealógico Brasileiro, residente em São Leopoldo, autor da Genealogia da Família Borges Duarte, de onde extraímos estas informações. Onésimo Carneiro Duarte (1905-1928), casado com Honorina Borges Pinto, pais do tradicionalista Onésimo Carneiro Duarte. Sebastiana, Onésimo, Teodoro e João Carneiro Duarte eram filhos de Maria Teodora Borges Duarte. MARIA TEODORA BORGES DUARTE (1880-1958), casada com Egídio Carneiro Borges, capitão da Guarda Nacional, pecuarista de Vacaria (1875-1958). Morreu em 1958, em Clemente Argolo, onde criou os filhos João, Onésimo, Teodoro, Sebastiana, Virginia, Amândio e Anatólio Carneiro Duarte. Maria era filha de João Teodoro de Sousa Duarte. JOÃO TEODORO DE SOUSA DUARTE (1846-1917), Tenente Coronel da Guarda Nacional, pecuarista, político, Conselheiro Municipal, casado com Emerenciana Borges Pereira (1859 - 21/12/1932), filha de Pedro Borges Pereira e Felisberta Teles de Sousa, neta de Francisco Borges Pereira e Ana Joaquina Rodrigues de Jesus e de Felisberto Teles de Sousa e Inácia Borges Pereira. João e Emerenciana tiveram 10 filhos: Antônia, Maria Teodora, Felisbina, Joana, Felisberta, Herculana, Inácia, Ana, Virgínia e Misael. João Teodoro de Sousa Duarte era filho do Major Teodoro de Sousa Duarte. 11 TEODORO DE SOUSA DUARTE (1804-1884) Major da Guarda Nacional, Delegado de Polícia, chefe do Partido Conservador, era casado com Herculana Borges Vieira, filha de Francisco Borges Vieira e Inácia Rodrigues de Jesus, neta de Antônio Borges Vieira, o patriarca. Tiveram 10 filhos: Marciana, casada com Paulino Antônio Alves – Maximília, casada com Claro José de Sousa – Teodoro de Sousa Duarte Junior, casado com Felisbina de Camargo – Marcolina, casada com Barnabé Soares Borges – Virginia, casada com Francisco da Silva Costa – Amândio, casado com Maria de Lima, filha de Fidélis José Ramos – Amabília, casada com Eduardo Borges Pereira – Inácia, casada com Fábio de Sousa Duarte - Adolfo, casado com Rosalina Borges dos Santos e João Teodoro de Sousa Duarte, casado com Emerenciana Borges Pereira. O Major Teodoro de Sousa Duarte, era filho de Manoel de Sousa Duarte. MANOEL DE SOUSA DUARTE (1760-1830), Natural da ilha da Madeira, de onde chegou em 1780 e fixou residência em Vacaria, onde adquiriu grande propriedade. Casou em 1786 com Maria Rodrigues de Jesus, filha de Clara Jorge da Silva e Manoel Rodrigues de Jesus, ela neta de José Campos de Bademburgo, natural de Itú-SP, reconhecido como Pai Adão de Vacaria, onde instalou a primeira propriedade rural, após Tratado de Madri (1750), a Fazenda Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O casal teve cinco filhos, entre os quais Manoel de Sousa Duarte, líder político, casado com Prudência Ana de Jesus e em segundas núpcias com Gertrudes Leme de Sousa Vieira, pai de 16 filhos - Major Teodoro de Sousa Duarte, casado com Herculana Borges Vieira, pai de 10 filhos – Alberto de Sousa Duarte, casado com Inês Ribeiro, pai de José e Augusta Ribeiro de Sousa – Inácia de Sousa Rodrigues, casada com Urbano Antonio de Morais e Manoela de Sousa Rodrigues, casada com José Antônio de Castilhos, pais de Vitorino Antônio de Sousa Castilhos. Da família Sousa Duarte, destacou-se o advogado, Intendente de Vacaria, Deputado Federal de 1946/1951, Presidente da Comissão de Redação da Constituição de 1947 e escritor Manoel de Sousa Duarte (nasceu em 18/09/1883 e morreu em 06/11/1957), autor de “NO PLANALTO, 1930” – disponível em nosso site www.appio.com.br onde também pode ser encontrada a GENEALOGIA DA FAMÍLIA BORGES DUARTE, por Theodoro Carneiro Duarte, janeiro de 1981 (São Leopoldo), de onde extraímos as informações acima referidas. 12 RÁDIO CACIQUE 60 ANOS Registramos na Assembleia Legislativa os 60 anos da Rádio Cacique. “Tarde de domingo, 22/11/1963, não perco de vista a bola, nem mesmo quando levanta poeira na área do Estudantil, atacado pelo Guarani, no clássico da cidade, no Estádio Tapete Vermelho, que pela ausência de gramado, fazia jus ao nome. Engulo um soluço de emoção, quando o plantão informa o assassinato de John Fitzgerald Kennedy, em Dallas-Texas. A morte do presidente americano, que notabilizara-se com a Aliança para o Progresso (Brasil-EEUU), calou as torcidas que ouviam o narradoraprendiz, nas suas primeiras incursões, numa profissão da qual se afastou 40 anos depois”. PRIMEIRO JOGO do locutor-esportivo que chamava a partida de "porfia", o gol de "moldura", o árbitro de "mediador", centro-avante de "center-fower" e o goleiro de "goal-keeper". Os craques desfilavam entre o Chilo na zaga, o Tim e o Marioti no meio campo, os irmãos Lima (Jarbas, Egeu, Léo e Jair) todos na linha de frente. O Edson Pinto fazia reportagens e revezava nas narrações, juntamente com o Aldoir Nepomuceno e o carioca Cid Jorge, com intervenções do Isac Chedid e comentários de quem "mais entendia de leis e de bola, Dr. César Muliterno". SAUDOSOS TEMPOS - Emissora era "estação", o narrador “Speaker” e a Estação, a Rádio Cacique, cujo símbolo, a cabeça de um coroado, tinha tudo a ver com a sua fundação juntamente com o Cinema Guairacá. Ao fazer o Grande Expediente do dia 21, prestei homenagem as 7.543 emissoras do país, das quais 360 no Rio Grande do Sul, verdadeiras trincheiras da liberdade e direitos do homem, da luta pela qualidade, resistindo aos opressores, aos que ameaçam cortar propaganda, quando o comentário ou opinião não lhes agrada. A retidão do caráter, destes "guardas das garantias individuais", atentos nas coxilhas ou nas serras, nos fazem crer mais ainda na justiça. 13 A FORÇA DA VOZ - Sem a força da imagem, que vale por mil palavras, mas com o fascínio da voz que faz companhia aos solitários, consola enfermos, faz rir ou chorar, o rádio (modelo Rádio Cacique) atravessou 60 anos e consolidou-se como uma instituição. Trata-se do mais avançado e poderoso instrumento para "erguer templos à virtude, cavar masmorras aos vícios", combatendo as desigualdades, universalizando e democratizando o acesso à informação. Da velha "galena" aos rádios à bateria no interior, a luz ou à pilha, aos transistores que nos levam à qualquer lugar, o rádio aumentou sua importância e papel na sociedade, sem perder espaço para a TV, celular ou internet. O GRANDE EXPEDIENTE – A sessão da Assembléia Legislativa comemorativa ao 60º Aniversário da Rádio Cacique foi um tributo aos radialistas do Estado, operários da informação e do lazer, que optaram por este serviço, nem sempre com a remuneração adequada, mas quase sempre com portas e janelas abertas às oportunidades mais preciosas que a sociedade pode oferecer. Francisco Appio Appio, com os casais Marina e Paixão Cortês, Eunice Castelano e Archimedes Almeida. Eunice Castellano, Appio e Archimedes Almeida. 14 MAISNOVA LAGOA VERMELHA 104,3 Mhz - Inaugurada no dia 24 de fevereiro de 2009 a emissora integra a Rede Maisnova FM de orientação católica. É a oitava emissora da organização. Na foto, a equipe da Maisnova FM 104,3. CHAMA CRIOULA EM LAGOA VERMELHA FRANCISCO APPIO (setembro/2008) - “Finalmente, depois de sete dias no lombo do cavalo na Encosta Superior do Nordeste, chegou ao final a missão do Piquete 35, que transladou a chama crioula por 160 km (Caxias/Lagoa Vermelha). Os cavalarianos atravessaram dois rios por balsa (Antas e Turvo), percorreram caminhos íngremes e tortuosos, passaram por oito municípios (Caxias do Sul, Flores da Cunha, Nova Pádua, Nova Roma, Antônio Prado, Protásio Alves, André da Rocha e Lagoa Vermelha). Em cada uma das cidades ocorreu ato público da Revolução Farroupilha. A ROTA traçada por tradicionalistas, entre os quais o prefeito Ademir Zanotto (André da Rocha), repetiu o caminho dos imigrantes italianos, ao final do século 19, quando chegaram ao Brasil. A primeira parada foi em Caxias do Sul, mas logo deslocaram-se até Lagoa Vermelha. O Piquete 35 de Lagoa Vermelha, liderado pelo patrão Eduardo Mello, fez a cavalgada pela rota destes imigrantes italianos. Na chegada em Lagoa Vermelha, os cavalarianos foram recepcionados pela gaita e canto de Xiru Pereira. Eduardo Mello repetiu o ritual do ex-patrão Nicanor Lima entregou a cada prefeito e CTG uma lembrança do Piquete 35 e um convite para o Rodeio Nacional de Lagoa Vermelha e Festival Nacional do Churrasco”. ÉLIO MOREIRA - O tradicionalista foi homenageado na Semana Farroupilha de Lagoa Vermelha. Com vínculo com as atividades artísticas, faz parte da mobilização do CTG Alexandre Pato, cuja sede social encontra-se em construção adiantada. A obra conta com recursos próprios (associados) e federais, através de emendas parlamentares de Francisco Appio e do senador Sérgio Zambiasi. 15 Depoimentos de netos e bisnetos de Alexandre Pato. PRIMEIRA REVOADA DOS PATOS GUARACÍ FEIJÓ VIEIRA (21/01/2003) - “Alexandre de Góes Vieira, filho de Bernardino Antônio de Jesus e de Bernardina de Góes Vieira, nasceu em 29 de março de 1843, na Fazenda da Ramada, no Município de Vacaria, dois anos antes da fundação do Município de Lagoa Vermelha. Alexandre Pato, como foi imortalizado pela história, foi casado com Francisca Borges Vieira, com a qual teve 15 filhos, 95 netos, em torno de 300 bisnetos, sendo estimados mais de 1000 descendentes, entre os quais a maioria aqui presente. Sua esposa era uma mulher dinâmica, que gostava muito da atualidade, da modernidade. Uma mulher despachada, coisa rara naquela época. Alexandre viveu muitos anos em Vacaria, foi comerciante, tropeiro, agropecuarista arrendatário de terras, até que em meados de 1897 comprou a Fazenda do Posto, neste município , onde trabalhou, foi tropeiro, agropecuarista, líder e morreu em 1913. Uma de suas lavouras de arroz localizava – se no Lageado dos Ivos, e as outras, também de arroz, localizavam – se na própria Fazenda do Posto. Existem duas versões sobre o apelido ''PATO''. Uma delas, é a de que o apelido ''PATO'' teria sua origem na vinda da família da região da Lagoa dos Patos. A outra versão, é de que Alexandre herdou o apelido ''PATO'' pelo motivo de que seu pai tinha em frente a sede da fazenda uma lagoa, na qual muitos patos se banhavam. 16 Esta lagoa foi denominada “Lagoa dos Patos”, tendo sido ponto de referência para muitos tropeiros que diziam: “Vamos acampar e pernoitar na Lagoa dos Patos, nas terras de Bernardino Pato, pai do cantor e tocador Alexandre Pato”. Esta versão é considerada a correta. E, diga-se de passagem, muitos de seus descendentes mantiveram a tradição da família, pois a história já nos conta que vários deles foram e são músicos dos mais exímios, muitos também são laçadores, tropeiros, dançarinos, atributos estes que eram umas das virtudes de Alexandre Pato. Daí resultou Alexandre “Pato”, o qual muito orgulha nossa cidade, nossa família, e vem estampado com nome de um dos mais antigos CTG’s do Estado. Alexandre de Góes Vieira, ou melhor dizendo, Alexandre Pato foi um gaúcho e é um imortal que muito nos orgulha”. Guaraci Feijó Vieira, 21/01/2003. CERTIDÃO DE CASAMENTO DE ALEXANDRE PATO 17 UM PASSADO, PRESENTE J.C. PAIXÃO CÔRTES (16/01/2009) - “Ao fim da década de 1940 explodiu no Rio Grande do Sul um movimento que visava preservar e vitalizar as manifestações de caráter folclórico ligado ao homem do campo. Teve sua inspiração em programa desenvolvido em 1947 por jovens estudantes do Colégio Júlio de Castilhos, e sua ação se fez através do Departamento de Tradições Gaúchas daquele educandário portoalegrense, com o que se chamou de “Ronda Crioula”. Decorrente desse acontecimento, nove meses depois, fundava-se o 35 Centro de Tradições Gaúchas. Nascia pioneiramente no universo de clubes da sociedade rio-grandense a primeira sigla no mundo: CTG. De moda figurativa, tal qual o sebo que caía da vela do lendário Negrinho do Pastoreio campeando sua “tropilha perdida”, foram nascendo por pagos longínquos e perdidas plagas nossas, entidades luzentes que refletiam a preocupação de projetar nossa identidade gauchesca através de figuras comunitárias que mereciam ser enobrecidas pela sua representatividade histórica. Aqui, ali; de rincão em rincão foram brotando dezenas de Centros de Tradições, até que em 1954 fez-se importante definir os rumos fundamentais que iriam melhor iluminar os horizontes das entidades, dada a alta e profunda responsabilidade cultural, histórica e cívica que os CTGs desempenhariam, não só no nosso Estado, como também no panorama brasileiro. Assim, nesse ano, instalou-se em Santa Maria o Iº Congresso Tradicionalista, tendo como anfitrião o CTG Ponche Verde. E lá, sob a presidência do destacado escritor, poeta e historiador Manoelito de Ornellas, fraternalmente “bateram estribo”, as mais variadas e representativas expressões do regionalismo pampeano. Eu estava lá como um dos “8 históricos” do Julinho e também como fundador do Conjunto Folclórico Tropeiros da Tradição, primeiro grupo artístico profissional de danças regionais nascido no Rio Grande do Sul. Trazia como jovem minhas inquietudes e postava-me ao lado de vaqueanos gaúchos de inúmeras querências. 18 Líderes de facções políticas também fizeram preseça e discutiu-se os elementos basilares do novel Movimento e a filosofia de seus rumos. Foi um notável acontecimento do mais puro e fraternal conviver; debates nobres e de salutar definição do que norteariam os princípios do ser gaúcho. Fazia-se presente, entre os congressistas, José Bernardino Vieira Pato, ou melhor, Seu Guri Pato, lidimamente enroupado com a distinção de um campechano. Singelo gaúcho dos Campos de Cima da Serra, representava com toda a sua autenticidade o CTG Alexandre Pato, nome este que a comunidade do Município de Lagoa Vermelha escolhera para homenagear aquele tido como patrono da gauchada do município. Seu Guri Pato, fazendo parte do elenco dos 15 filhos do patrono, guardava as heranças campestres que dignificavam seu falecido pai, que nascera embalado por clarinadas farroupilhas na centúria de XIX. Homem maduro, mas acolhedor no trato para com os jovens como eu. Por três dias mateamos juntos. Em uma dessas oportunidades, tomei a liberdade respeitosa de lhe perguntar do porquê do seu sobrenome Pato. Ele me respondeu, com um sorriso de honorífica satisfação: Eu descendo dos primitivos da Lagoa dos Patos – a maior do Brasil – e que subiram a Serra tropeando e se fizeram fazendeiros de “milhões de campos”, lá por aquelas terras vermelhas, povoadas de franqueiros, pingos “pêlo duro” e mulas de birivas abrigados com “bitangos”. Hoje, passado mais de meio século, em pleno janeiro de 2009, esta versão me foi confirmada pelo neto de Alexandre Pato, a notável figura do “tio Pedrinho” (Pedro Augusto Carvalho Vieira), que com seus 87 anos continua folheiro com sua gaita, tocando com a maior fidelidade, as “marcas das modas dos antigamentes”, quando ele alegrava os “festos” do mais genuíno folk. Ao “tio Pedrinho” – precioso informante – devo-lhe a oportunidade de conhecer inúmeras fontes nativistas autóctones, das quais recolhi diversas músicas e danças típicas de outrora, até então temas inéditos no cenário lítero-musi-coreográfico gaúcho – tais como “Chico Sapateado”, “João Fernandes”, “Havaneira Marcada”, “Queromaninha”, “Bichinho Graxain”, “Valsaviana”, hoje enriquecendo 19 o Curso que ministrei e que tem por título “100 (cem) Danças”, destinado ao universo tradicionalista. Aliás, “tio Pedrinho” e seu irmão “tio João de Góes” (no bandôneo) juntos como musicistas, preservaram com redobrada altivés, a veia artística do tronco do seu avô Alexandre Pato. Prezado Deputado Francisco Appio Estas expressivas relembranças me vieram a mente, no momento em que Vossa Senhoria mais uma vez, de forma incansável, procura enaltecer figuras, fatos e acontecimentos que mereçam o devido destaque, especialmente do ser humano, e que tenham contribuído para a preservação de nossas tradições e cultura do povo riograndense”. J. C. Paixão Côrtes - Folclorista, 16/01/ 2009. Na foto, Paixão Côrtes pesquisa e ouve Tio Pedrinho florear sua gaita Foto no 1º Congresso Tradicionalista do Rio Grande do Sul em Santa Maria (02/07/1954) da direita para a esquerda: Nelson Berthier, Rosa, José Bernardino Vieira Pato, Miguel Guezel Lima, Osmar e Tio Fermino 20 LEDA MARIA BORGES MOREIRA NETA DE ALEXANDRE PATO LEDA MARIA BORGES MOREIRA (17/01/2009) – “Sou neta, pelo lado materno, de Alexandre Pato e Francisca Borges Vieira. Minha mãe Amália Borges tinha residência em Clemente Argolo, onde casou com Alcides Alves Moreira. Naquele distrito, onde morava meu avô, nasci no ano de 1930, no dia 30 de dezembro. Meus avós paternos eram João Alves da Cruz e Inácia Maria Moreira. Conheci e casei com Pedro Moreira, natural de Muitos Capões, após sua faculdade de direito na Universidade Federal, em 1957. Meus sogros eram João Francisco Moreira e Venância Paula Melo, por sua vez filhos de Bernardino Moreira Leite e Julia Francisca Moreira e do casal Benedite Manoel de Paula e Maria Antunes. Deus nos deu a graça de quatro filhos César Augusto, Tito Livio, Tasso Flávio Moreira, Maria Amélia e nove netos”. Ouvida por Cassiano Paim, contou que sabia pouco sobre a história de Alexandre Pato. Tem certeza que o nome é Alexandre de Góes Vieira e sabe que o apelido do avô tem origem na Lagoa dos Patos. (O Dr. Pedro afirma que não havia família Góes antes da chegada de Alexandre Pato na região). Dona Leda contou que quando ela nasceu, o avô Alexandre Pato já era falecido. Explicou que sua avó disse que Alexandre Pato sempre transmitiu os valores da honestidade, trabalho e união familiar. Outra informação importante é que mantinha os filhos sempre unidos, com a obrigação dos irmãos se visitarem. Quando era pequena, sua mãe visitava a todos os irmãos, havendo reciprocidade de preocupação com o bem estar dos membros da família. Não recorda de qualquer desavença, pois todos eram unidos e conversavam sempre sobre o valor do trabalho. O avô era conhecido pela nobreza dos gestos e por ter sido muito trabalhador e talentoso com as lides do campo. Sempre soube que Alexandre Pato era nascido em alguma região da Lagoa dos Patos. Dona Leda lembrou que “Alexandre Pato teria chegado da região da Lagoa dos Patos, que seus pais eram paulistas ou catarinenses, e teriam vindo com os tropeiros, ou por conta das tropeadas”. 21 Logo após chegarem na região da Lagoa dos Patos, teriam vindo a Santo Antônio da Patrulha, depois a Fazenda do Segredo e só mais tarde a Lagoa Vermelha, onde adquiriram terras, na região de Capão Bonito e Estância. (Leda Maria Borges Moreira - 17/01/2009). O neto do casal Leda e Pedro Moreira foi um dos premiados do Concurso sobre Alexandre Pato. A redação de Pedro Henrique Rizzon Moreira (foto ao lado) está na página 31. Depoimento: FAMÍLIA DE GÓES VIEIRA (PATO) FERNANDA LISBOA VIEIRA (10/01/2009) - “A história da família De Góes Vieira, mais conhecida pela alcunha “Pato”, provavelmente tem sua origem nos Açores, na Ilha São Jorge. Emigraram para o Brasil, estabelecendo-se primeiro em São Paulo, onde nasceu o casal Bernardino Antônio de Jesus e Firmiana Ferreira Vieira, que posteriormente vieram para a Lagoa dos Patos, provavelmente venha daí o apelido Pato, e finalmente estabeleceram-se em Vacaria. O casal Bernardino Antônio e Firmiana tiveram dez filhos, três homens e sete mulheres. Os filhos homens eram os seguintes: Alexandre Antônio, Ozório Antônio e Jerônimo Antônio, das filhas consegui o nome de apenas duas: Amélia Antônia e Gertrudes Antônia de Jesus. Todos os filhos do casal tinham como segundo nome Antônio para os homens e Antônia para as mulheres, homenagem a Santo Antônio o padroeiro da família, costume muito comum nas famílias lusas. Conforme pesquisas realizadas na Cúria Diocesana, descobri algumas informações sobre os dois filhos do casal Bernardino e Firmiana. O filho Ozório Antônio de Góes Vieira, que era meu tataravô, nasceu em 1852, provavelmente em Vacaria. Foi casado com Firmiana Maria Alves, no dia 21 de novembro de 1874, tendo apenas um casal de filhos Ivo e Virgolina. O capitão Ivo de Góes Vieira, em pesquisa ainda em andamento, participou de várias revoluções, pertencia assim como seu pai do Partido Republicano, era pai de Joaquim de Góes Vieira (Quinca) meu saudoso avô paterno. A família residia na Fazenda da Ramada em Vacaria, até hoje existe o cemitério da família com os dois jazigos intactos do casal Ozório Antônio e Firmiana. 22 Segundo relatos orais, Ozório Antônio tinha campos na serra do Rio Pelotas, e sempre levava o gado no inverno para esta região, quando numa manhã fria de junho veio a falecer subitamente. Conforme contam os peões, tiveram que colocar seu corpo sobre um cavalo para cruzarem o rio que no dia chovia muito, levando três dias para chegarem até sua Fazenda na Ramada.Como de costume na época, o velório durava três dias, pois não se enterrava o ente querido sem a presença dos parentes que residiam longe. Era servido durante o velório café com bolo frito, e a noite churrasco. Sempre presentes nos funerais, as senhoras rezadeiras do terço, pois na falta do padre eram elas que faziam seu papel, confortando a família naquele momento difícil. Era nessas ocasiões que os parentes se encontravam e conversavam sobre tudo, desde a perda do falecido até a venda de gado, permutas de campos, etc. Em relação ao outro irmão do meu tataravô Ozório, o Alexandre Antonio de Góes Vieira (Alexandre Pato), obtive na Cúria sua certidão de casamento, conforme anexo, onde o mesmo casou-se no dia 21 de agosto de 1880, às duas horas da tarde, na antiga Igreja da Vila, sua esposa chamava-se Francisca Umbelina Borges Vieira, filha do ourives Joaquim Genital Batalha e de Gertrudes Borges Vieira. O casal teve os seguintes filhos: Etelvina, Henrique, Vitor, Virgolina, Avelina, Malvina, Joaquim, Elisa, Francisca, Otávio, Inácia, Leandro, Maria Gertrudes, Amália e José Bernardino. Segundo informações, Alexandre Antônio estabeleceu-se com sua família em Clemente Argolo, emancipado de Lagoa Vermelha, e está sepultado no cemitério da família naquela localidade, segundo sua bisneta Joara. Existem muitas lacunas ainda sobre a história da família De Góes Vieira, não se sabe se todos os filhos do casal Bernardino Antônio e Firmiana nasceram em Vacaria, muitos relatos orais dizem que todos nasceram na Fazenda da Ramada, mas segundo o óbito de Firmiana ela foi sepultada no cemitério do Morro Agudo no dia 13 de janeiro de 1872, com 50 anos de idade. Ainda há muitos aspectos a serem pesquisados sobre esta família, que com certeza foi uma das pioneiras. A história vive e sobrevive da memória de quem a faz ou a percorre. Os testemunhos vivos dos acontecimentos provam não poder haver o hoje sem o ontem. E assim, na história de sua evolução, o homem não pode deixar de lado seu passado, pois este o diferencia dos demais”. FERNANDA LISBOA VIEIRA - Acadêmica de História, 10/01/2009. 23 HOMENAGEM A ALEXANDRE PATO JOÃO HORÁCIO BARRETO DA COSTA (06/06/1982) - “Relembramos nesta noite a luta pela capatazia da velha Estância de São Pedro do Rio Grande. Convocou-se, por todas as coxilhas riograndenses, a gauchada, para a grande campereada, para reunir, dentro de uma mesma volteada, os princípios e os costumes da gente riograndense. Criou-se o Movimento Tradicionalista. Que não fique ninguém nos ranchos, foi a ordem, e a gente da pousada dos tropeiros, com a cavalhada gorda e delgada, casco aparado, cola atada a cantagalo, tosada de cogotilho, de laço nos tentos, alçou a perna e saiu reunindo nas encostas e nos banhados, direto ao Rodeio que batizaram de Alexandre Pato, peão ilustre desta querência. Reunida a gauchada, de imediato, escolheu-se o Patrão, coube ao seu Nelson Berthier. Montou a cavalo cerrou as chilenas no pingo e gritou com a peonada, pedindo “uma mão” para o serviço. Esse apelo de trabalho foi correspondido, como aquele do famoso “Boi Barroso”, da nossa toada tradicional, “que berra em cima da serra e vai se ouvir na Vacaria”. Enquanto isto Dona Anita cuidava do Rancho e da piazada. Encerrou-se a primeira volteada, e Nelson do Tida pediu para dar uma descansada. No segundo terno da ronta outro Patrão foi indicado. Como não poderia deixar de ser, se o primeiro foi chimango, por certo, o segundo deveria ser maragato, e foi. Filho dileto do Coronel Teodóro Telles, da mais nobre estirpe lagoense, assumiu a patronagem o coronel Octaviano Telles, a quem, com tanta saudade, relembramos. Gaúcho, velho acostumado a lidar com boi roceiro, com manada gaviona, mas que com jeito sempre recolhia no seguro. Gostava do chimarrão, gostava do charque gordo, mas gostava mais de seus amigos. Se esta querência tem o apelido de TERRA DA HOSPITALIDADE muito deve a este peão, e a dedicada patroa Edelvira Fialho Telles – Dona Lelé – que nesta noite muito nos honra aqui comparecendo. De bombacha, tirador, e o pingo bem aperado, disposto a pegar em qualquer ponta, e topar qualquer parada, pela felicidade da fazenda, chegou, da Estância Velha, um gauchão filho do Patrono. 24 Era o José Bernardino Vieira, Guri Pato e/ou Tio Guri. Ele e sua patroa Dona Tiquinha, de inesquecível memória, tem muito a receber da gauchada lagoense. Saido da encosta da serra, carneador e assador igual ao Tio Anastácio, chegou ensinando a peonada de como se assa um churrasco, se declama uma poesia e se dança um chotes: Patrão Cezar Muliterno e patroa Gladis, em dia de Rodeio, sempre faz a ponta. Chefe da Guarda Nacional da “Pousada dos Tropeiros” da Lagoa Vermelha, admirador do que é nosso e de nossa gente, vindouro de outras estâncias, aqui trouxe e recebeu o calor de uma amizade que só ele e esta peonada sabem dar. Entreverado conosco, gineteando o mesmo ideal, o major Esmeraldino Salatino e dona Ezice, começaram a recorrer a sede da estância e viram que o rancho não tinha “quincha” e nem galpão. Com decisão e firmeza, puzeram mãos a obra e levantaram este galpão que nos abriga. Obrigado Salatino e Ezice. Das bandas do Capão Bonito, invernada onde a peonada diz ter sentido o cheiro da pólvora dos combates de chimangos e maragatos, veio, para chefiar a lida, o grande campeiro Patrão Raul Feijó e a patroa Dona Laura. Nas invernadas do nordeste da “Pousada dos Tropeiros”, invernando boi e domando potro chucro, estavam os filhos do major Joaquim Nunes, descendentes da Biriva, amantes da lida de campo. Foi convocado, para prestar serviço, o seu Amantino Nunes de Freitas e sua patroa dona Maria Joana. Já fez com que a peonada usasse o laço que carregava nos tentos desde o pealo de “sobre-lombo” até a armada de quatro braças. Os primeiros precisavam de um descanso, mas havia uma rapaziada pedindo serviço. Tinha muito terneiro de sobre-ano sem tabuleta e muito terneiro novo precisando chiqueiro. Foi convocado Ubirajara Índio do Brasil Muliterno, mais conhecido por Bira, que teve a seu lado a patroa dona Maria de Lourdes. Continuou a campereada um vaqueano destes de tirar Boi-do-mato sem cachorro, com jeito e calma sempre reunia, sempre a dar serviço, mesmo em outras lutas, estava disposto. Refiro-me ao Podalírio de Góes Vieira, “Tio Poda”, e a patroa Carlinda. 25 Moço e impetuoso, sempre disposto a qualquer campereada, por mais demorada que fosse, refiro-me ao Patrão Celso Lima, que, desastrosamente, na luta do dia a dia, tanta falta faz a patroa Ivone, a piazada e a seus amigos. Continuou lidas do campo, sem se descuidar da acordeona, da dança e da poesia, lutando para que a gurizada gostasse das coisas da terra o patrão Luiz Ori Nunes e a patroa Leonilde Emília. Capataziou a nossa Estância, mas foi chamado a prestar serviço na vizinhança, onde vem de longa data auxiliando e orientando a peonada da 8ª Região Tradicionalista, patrão Rui Godinho e patroa Cleci. Destes de que quando a gente vê, já começa a querer bem. Ensinou a peonada a fazer churrasco cuja fama atravessou divisas. Foi entrando meio de agregado da Intendência Municipal e foi levantando as mangueiras para Rodeios e Gineteadas. Anda agora, recorrendo invernadas lá pela Província de Goiás. Falo no Patrão Celso Telles e a patroa Leonilde. Recém saído da escola do garrão deste Rio Grande – da velha Uruguaiana –, voltou para a querência, chegou disposto a ajudar no cuidado dos alambrados para que o aparte fosse feito com segurança, enquanto a patroa ensinava a a piazada a dançar a chimarrita e a chula. Patrão Eraldo Pacheco e patroa Ana Catarina. Também, numa casereada, por motivos de saída do Patrão, assumiram a Estância os vice patrões Joaquim Floresmindo Nunes Hoffmann, patroa Vanilde e Gil Teles Cordeiro e patroa Terezinha. Esta Estância ficou aos nossos cuidados, Patrão Sebastião Vilson. Esteja certo que pode contar com a peonada da Lagoa Vermelha. Abra a porteira e deixe correr a tropa. Não quebre a ponta. Faça o fiador sem susto, e ponteie no mais... Ao seu grito de “venha”, nos empurraremos a “culatra” nessa tropeada eterna do Rio Grande que carrega o passado e o presente para o futuro”. JOÃO HORÁCIO BARRETO DA COSTA (06/06/1982) CONCURSO LITERÁRIO - Realizamos o concurso sobre Alexandre Pato para premiarmos as pesquisas sobre a história de Lagoa Vermelha no ano do seu 128º aniversário, destacando fatos históricos e pessoas. A seguir as crônicas premiadas. 26 ALEXANDRE PATO GAÚCHO POR EXCELÊNCIA (Roselle Karoline Pereira dos Santos) - 1ª COLOCADA Para ser gaúcho não basta ter nascido no Rio Grande, ou habitar estes pampas. Para ser gaúcho, tem que ser altaneiro, guerreiro, desbravador, leal, hospitaleiro, companheiro, bonachão, amar o pago, gostar de lidar com o gado, e também com a plantação e cevar um bom chimarrão em volta do fogo de chão; ser devoto de São Pedro Padroeiro deste rincão. Com muito orgulho e profundo respeito, todo o filho desta terra tira o chapéu fazendo reverências a grandes homens que assinaram seus nomes plantando a tradição neste pago sem porteira. E, que hoje servem de exemplo para essa geração, pois foram gaúchos de alma e coração. É assim que pode ser definido o ilustre senhor Alexandre de Góis Vieira. Alexandre de Góis Vieira conhecido como Alexandre Pato, descendente direto dos primeiros açorianos, nasceu em 29 de março de 1843, nos campos de Vacaria, mais precisamente na Fazenda da Ramada, hoje vizinho município de Muitos Capões. Filho de Bernardinho ou Bernardino Antônio de Jesus, natural da Província de São Pedro, o qual nasceu na Fazenda Lagoa dos Patos, motivo que rendeu-lhe o apelido de Bernardino dos Patos. A mãe de Alexandre Pato era natural de São Paulo/SP. Chamava-se Bernardina de Góis Vieira. Alexandre pato foi casado com Francisca Borges Vieira, descendente de uma tradicional família vacariana. Com quem teve uma numerosa prole, há quem diga que foram quinze filhos, mas, existem dados 27 registrados que mencionam dezesseis, ramificaram-se em mais de seiscentas pessoas que fazem parte de diversas famílias reconhecidas nacionalmente. Sua paixão pela tradição gaúcha se fez presente em todos os dias da sua vida, de modo que o levou á ser um ótimo tropeiro e exímio laçador atividades do cotidiano, destacando-se ainda como agro-pecuarista, desta forma foi um grande colaborador no desenvolvimento da sociedade lagoense. Alexandre Pato faleceu em Lagoa Vermelha no dia 10 de março de 1913, aos setenta anos de idade. Seus restos mortais repousam em Clemente Argolo. Pouco depois, em 30 de setembro de 1953 um grupo de tradicionalistas formado por Nelson Berthier, Demétrio Dias de Morais, Archimedes de Almeida, Esmeraldino Salatino, Círio José Nácul, Ênio Carvalho, José Bernardino Vieira e Mário Castellano Rodrigues fundaram o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Alexandre Pato. E elegeram este nobre Gaúcho para ser o patrono, de tão importante Instituição tradicionalista nos dias atuais. (Roselle Karoline Pereira dos Santos - 25/01/2009) Roselle Karoline Pereira dos Santos, 13 anos, aluna da 8ª série da escola Rainha da Paz (Lagoa Vermelha) é a autora da crônica vencedora do Concurso Literário Alexandre Pato. 28 UM HOMEM CHAMADO ALEXANDRE PATO (Eduardo Borges de Abreu) - 2ª COLOCADO Gaudério, de vida simples e modesta, nasceu Alexandre Pato na Fazenda de Ramada nas proximidades de Vacaria RS. Era filho de Bernardino Antônio de Jesus, o qual nasceu na Fazenda Lagoa dos Patos e sua mãe Bernardina de Góes Vieira era natural de São Paulo. Alexandre foi casado com Francisca Borges Viera, mulher dinâmica e despachada com quem teve quinze filhos. Viveu em Vacaria por muitos anos. Era homem trabalhador, fabricante de socados, fazia laços trançados e, por ter vida campeira, mais tarde mudou-se para Lagoa Vermelha onde adquiriu uma fazenda, tornandose um grande fazendeiro a ali permaneceu até a sua morte. Existem duas versões sobre o tal apelido Pato. A primeira foi o fato de sua família ter vindo da Lagoa dos Patos, e a outra seria por seu pai possuir uma lagoa onde muitos patos se banhavam e onde os tropeiros posavam quando viajavam pela campanha. De um carácter retilínio e um coração generoso, soube respeitar as pessoas sem distinção. Todos que dele se acercavam, logo se cativavam pela sua extrema amabilidade e também por sua franqueza e sinceridade. Por seu legado campeiro, recebeu muitas homenagens, a maior delas tem seu nome gravado no Centro de Tradições Gaúchas em Lagoa Vermelha, fundado em 30 de setembro de 1953. Centro de tradições que a sociedade desfruta, promove a cultura gaúcha, sendo um dos mais importantes e antigo do Estado. Assim sendo homenageado até hoje por tais virtudes e grandes valores deixados para seus descendentes, que se reúnem para não deixar morrer sua história chamando assim de a Revoada dos Patos. (Eduardo Borges de Abreu - 25/01/2009) 29 SONHO DE UMA REALIDADE (Marcina Abreu de Vargas) - 3ª COLOCADA Olá! Tudo bem? Eu nasci, na Fazenda da Ramada em 29 de março de 1843, sou descendente dos primeiros açorianos, que povoaram a nossa região. Sou filho de Bernardino Antônio de Jesus, que era natural de, São Pedro, nasceu na Fazenda Lagoa dos Patos, minha mãe se chamava Bernardina de Gois Vieira, nome parecido com o do meu pai, ela nasceu em São Paulo. Ah! Ia me esquecendo começaram a me chamar de Alexandre Pato porque meus pais moravam na Fazenda Lagoa dos Patos.Segui o exemplo deles, fui aprendendo a ter amor peal terra e pela pecuária. Logo me casei com a Francisca Borges Vieira, que era natural de Vacaria. Fomos morar em Capão Bonito do Sul e tivemos 16 filhos. Sempre procurei ensiná-los a amar e respeitar a terra. Sabes menina, o tropeirismo fez parte da minha existência, a tradição gaúcha que corria em minhas veias era na maior parte demonstrada através do laço. A agropecuária, também fez parte de mim, mas nunca deixei de preservar e de cultuar a tradição, me sentia como um herói, quando estava no lombo de um cavalo e com o laço na mão. Em 1913, quando tinha 70 anos, Deus me chamou, mas mesmo assim estou atento aos acontecimentos. Fiquei muito orgulhoso, com a criação do CTG em Lagoa Vermelha em 30 de setembro de 1953, um dos fundadores, Nélson Berthier, em minha homenagem colocou o nome de CTG Alexandre Pato. Pois é, coincidência ou nãosei que há um jogador com nome de Alexandre Pato, e que faz muito sucesso. Menina aproveitando o momento quero que transmitas a todos os jovens, que tiverem a oportunidade, que façam parte de um CTG e que aprendam a cultuar e preservar, corretamente a nossa cultura gaúcha, rica em detalhes e invejável por todo mundo, usando a bombacha e saboreando um chimarrão. -Marcina, acorde...Era minha mãe me chamando, pois adormeci quando iniciei a leitura e a pesquisa sobre a vida de Alexandre de Gois Vieira. Sonhei que o Alexandre Pato assim chamado, estava sentado em um banco, tomava um chimarrão e conversava comigo por um longo tempo. (Marcina Abreu de Vargas - 23/01/2009) 30 O SEGREDO DA FELICIDADE (Pedro Henrique Rizzon Moreira) - REDAÇÃO DESTAQUE Sou Pedro Henrique Rizzon Moreira, trineto de Alexandre Pato, não estou certo de que este trabalho possa concorrer ao premio do Concurso Literário, mas não resisti à vontade de conhecer mais meu trisavô e pedi a minha avó que me contasse tudo o que lembrava dessa pessoa tão importante para toda nossa família que foi “Alexandre Góis Vieira”, também chamado de “Alexandre Pato”. Portanto, agora tudo o que está escrito são palavras de minha avó Leda Maria Borges Moreira, neta dessa importante figura, pois, ela pode falar com o coração. “Como expôs meu neto, minhas palavras são ditadas por vagas lembranças e muitas emoções. Quando nasci, meu avô já era falecido, mas convivi muito com minha avó Francisca Borges Vieira, que ao ficar viúva, arcou com a responsabilidade de uma família numerosa de 13 filhos, um nome a zelar e uma grande fortuna que pedia trabalho e braço forte. O que posso dizer é que fui criada ouvindo da minha avó e vendo o exemplo dela em relação a família, é que para ser feliz é preciso dedicação ao trabalho, respeito ao próximo e muito amor às pessoas que Deus colocou em nosso caminho, todos fazem parte do nosso dia a dia, enfim pais, filhos, netos e todos com quem convivemos,durante nossa existência. Infelizmente, parece que o vírus da discórdia e da maldade está disseminado no mundo, contaminando as pessoas com a ambição desmedida, o ciúme, a preguiça, a falta de respeito e o desamor; não foi isso que aprendi com minha avó tão querida e respeitada por toda a família, que nos ensinou a viver o amor. 31 Naquele tempo ela nos ensinou a importância da união familiar, o respeito, a dedicação à terra e ao que ela nos proporcionava, pois, dela saia principalmente o alimento. Meu avô cuidou da terra e das atividades pastoris com dedicação. Minha avó continuou seu trabalho, congregou a família até hoje, pelo que todos nós temos um carinho especial para com os parentes. Temos um legado a zelar, que gostaria de transmitir a meus filhos e netos que é um pouco da felicidade que sinto ao ser reconhecido o mérito do meu avô tão querido, que teve uma família tão numerosa e soube conduzi-la com acerto. Na minha lembrança e no meu coração tenho a feliz lembrança da minha infância que foi maravilhosa, cheia de carinho de toda a família onde nunca houve desavenças, nem falta de amor. Todos eram muito unidos e trabalhavam seguindo o exemplo de Alexandre Pato. Gostaria de transmitir à minha descendência, esse segredo: trabalho, respeito, compreensão, muito amor e ser feliz.”. Não é nossa pretensão ganhar o premio que é oferecido, mas a grande oportunidade de publicar meu pensamento, o orgulho de ter herdado alguma coisa do meu trisavô, pois, gosto da terra, do gado e não perco rodeio, acampamento no Parque, logo no primeiro dia. Também pretendo estudar e me formar, trabalhar com dedicação como nos ensinou Alexandre Pato. (Pedro Henrique Rizzon Moreira - 25/01/2009) 32 CHICO FIALHO Nascido em 03 de abril de 1932 em Morro Grande, município de Vacaria, filho de João Júlio Fialho e Adelina Moreira Fialho, Francisco Moreira Fialho conhecido nos meios tradicionalistas por CHICO FIALHO. É famoso por seus saborosos churrascos, é exclusivo também na feitura das mantas de charque, descarneando um boi quase que por inteiro. Já aos 5 anos de idade tropeava com cargueiros para Torres acompanhando seu pai, levando farinha de mandioca, fumo, ervamate, açúcar mascavo e rapadura. Mudou-se para Turvo (Lagoa Vermelha) em 1941, já com 9 anos de idade. Trabalhou desde cedo nas lavouras e quando acabava as lides gostava de acampar nos matos, passava até 3 meses tirando taboinhas para cobrir casas, trabalhou na olaria do pai de onde saíram os tijolos para a construção da Escola Duque de Caxias. Em 1971 mudaram-se para Lagoa Vermelha, para que os filhos pudessem continuar os estudos, mas não se adaptou a vida da cidade e começou a trabalhar como carpinteiro, trabalhou também nos parques de rodeios construindo mangueiras e cercas. Foi laçador em vários quadros de laço, entre eles Chaleira Preta, por 30 anos no Rodeio da Defesa, 1 ano no Rincão dos Maragatos e encerrou laçando para Os Campeiros, parando de laçar em virtude de uma fratura no braço. Resolveu, por conta própria, fazer uma manta de charque de uma rês inteira e teve sucesso já na primeira tentativa. 33 Em 1983 concorreu na Festa Nacional do Churrasco e Comida Campeira, realizado em Lagoa Vermelha, onde obteve a 1ª colocação, sendo vitorioso em outras duas oportunidades. Requisitado por todo o Estado pela sua arte de carnear, também é famoso por sua bem preparada lingüiça campeira, na foto acima, acompanhado de sua filha Léia Fialho, Chico prepara a iguaria enquanto toma seu chimarrão. Hoje com 76 anos, tem 17 netos e 7 bisnetos, viúvo por duas vezes, atualmente vive com Lurdes dos Santos. UM REGALO EM RIMAS Pouca prosa gestos simples Leal com a própria vida Uma jornada comprida Na rude lida campeira Homem de campo e mangueira De vivência bem rural Mas na alma um cabedal De respeito e inteligência Nunca renegou a querência Do velho pago natal Uma faca bem chairada Muita destreza na mão Lá vai cumprir sua missão De charquear um inteiro Amigo, fiel, companheiro Sempre chamado pra festa Chapéu tapeado na testa Nunca procurou atalho Este é taura Chico Fialho Que nesta arte ninguém, ninguém o contesta 34 Seu Chico quando mais moço Sabia fazer proesa No rodeio da defesa Sempre confirmou a armada Oito metros bem botada Laçou, domou, botou pialo Sempre mui bem a cavalo Encilhou o pensamento Seu Chico, receba neste momento Meus versos como um regalo Casamentos, aniversários Festa de igreja e rodeio Seu Chico não tem receio Pois entende da função Vala grande aberta no chão Carne gorda bem cortada Com capricho bem assada Com a lenha pura nativa Que conserva a brasa viva Numa picanha bem oreada Um exemplo de gaúcho Está na Lagoa Vermelha Na carne de gado ou ovelha E linguiça picada a mão Esta é a rica profissão De quem conhece esta lida E na estrada da vida Vai charqueando corredores Temperando seus amores Nas taipas retas compridas Cabelos brancos que o tempo A despacito tingiu Que o rude inverno cobriu Na cor da lua – a melena Seu Chico monarca torena Seu Fialho como é chamado Retrato do nosso Estado Esta rica criatura Que merece uma moldura Pra proteger seu legado Rogo ao Pai Criador Que lhe dê paz e saúde Sei que por traz do seu jeito rude Existe muita bondade Um manancial de verdade Tens em sua prosa franca Por dentro uma alma branca E um coração companheiro Por fora um homem campeiro Um guapo de pátria e pampa Uma família formada De gente séria e batuta E sempre com muita luta Mostrou o caminho certo Hoje uns longe outros mais perto Não esqueceram o caminho De poder lhe dar carinho No brete grande da idade Pois Deus a maior santidade Jamais o deixara andar sozinho Um livro seria pouco Pra dissertar seu trabalho Mas creia Seu Chico Fialho Que o mundo bem lhe conhece Eu sei que o senhor merece Muito mais do que o meu verso Porque és um universo De cultura e gauchismo Exemplo ao tradicionalismo Do nosso mundo perverso E por aqui arremato Meu verso simples e rubro E em cada frase eu descubro Tropas e corredores Quem sabe tropas de amores Perdidas nestas coxilhas Mas a sua raça Farroupilha É a brasa do gauchismo És o tição do civismo Da velha pampa caudilha Os versos “UM REGALO EM RIMAS” são uma composição de XIRU PEREIRA. Tornaram-se um regalo que foi artesanalmente escrita e entregue a grande personalidade que é o senhor CHICO FIALHO. 35 PERSONALIDADES LAGOENSES Lagoenses que notabilizaram-se em suas atividades, além do município. Os nomes estão em ordem alfabética. Para acrescentar novos nomes, informe pelo e-mail [email protected] para inclusão na próxima edição. ALBERTO BERTHIER – Radicado há muitos anos em Vacaria, é reconhecido pelo seu talento como chefe de gastronomia, dirigindo vários e respeitados restaurantes. Único da família Berthier que elegeu-se vereador em Lagoa Vermelha. ALDEMIR APPIO – Nasceu no distrito de Tupinambá, formou-se em agronomia em Pelotas. Em Brasília, pelas mãos do então Ministro da Agricultura Pedro Simon, assumiu a presidência do PROAGRO por vários anos. Hoje executa projetos de agricultura e pecuária no norte da África. ALDOIR NEPOMUCENO - Advogado, radialista, narrador esportivo, locutor e apresentador; dirigiu por muitos anos a Rádio Cacique, jornal Gazeta Popular e agora a Folha do Nordeste. ALGEMIRO TRINDADE VIEIRA – O LAGOA, como é conhecido o mais popular locutor nas emissoras de rádio de Vacaria, fez sua vida profissional incentivando cantores e conjuntos, valorizando pessoas e estimulando a vida artística. Aos 76 anos, anima as madrugadas da Rádio Esmeralda, com criatividade e bom humor. ALMIR NÁCUL – Famoso cirurgião, notabilizou-se em todo o mundo científico da cirurgia plástica pela invenção da Bioplastia, que refaz e corrige sem o uso evasivo do bisturí. Em Guadalajara, no México, presidiu o Encontro Mundial da Bioplastia, que reuniu os maiores nomes do mundo. Fez a conferência de abertura do Simpósio. Famoso por sua habilidade em aperfeiçoar a beleza feminina, é reconhecido pela ajuda que deu a várias misses do Brasil e do Mundo. Sua Clínica em Porto Alegre é freqüentada por celebridades da Moda, Cinema e da Televisão Brasileira. 36 ANA AMÉLIA LEMOS - A mais conhecida e respeitada jornalista gaúcha, está radicada há muitos anos em Brasília, onde instalou e dirigiu a Sucursal da RBS. Mantém Coluna diária na Zero Hora e participações especiais no Canal Rural, RBS TV e Rádio Gaúcha, tanto no Rio Grande do Sul como em Santa Catarina. Reconhecida pelos profundos conhecimentos do Agronegócio é interlocutora do setor produtivo, uma espécie de Embaixadora dos Negócios do Rio Grande do Sul em Brasília. ANITA VIEIRA BERTHIER – Assessora parlamentar, atuou com desenvoltura em Brasília, representando sua terra e sua gente. ANTÔNIO CARLOS LACERDA – Jornalista, implantou a Rede Vida de Televisão no Rio Grande do Sul. ARABY NÁCUL FILHO – Renomado especialista em transplante de fígado, atua em Passo Fundo, onde coordena uma das equipes mais destacadas do Estado, na luta contra a Hepatite. ARAMIS GARCEZ - Delegado de polícia e Procurador do Estado. Atualmente exerce advocacia em Porto Alegre. ARCHIMEDES ALMEIDA – Nascido em Vacaria, viveu praticamente toda a sua vida entre Lagoa Vermelha e Porto Alegre. Foi Diretor do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, integrou a Comissão especial que criou o Banco Central. Na sua gestão, foi um dos criadores da Fundação Banrisul. Advogado renomado, ocupa-se atualmente com a causa de mais de 200 mil pessoas, os herdeiros e sócios minoritários do Banco Sulbrasileiro, já na fase de Liquidação de Sentença. ARTUR LEMOS – Administrador de empresas, exerce função pública na Assessoria Jurídica do Banrisul, em Porto Alegre. 37 AUGUSTO BERTHIER – Foi Chefe da Casa Civil, no governo Jair Soares, função que exerceu com competência e habilidade política, fazendo-se respeitar na mais delicada secretaria de governo. BENITO ARGENTA – Arquiteto/engenheiro, manteve por vários anos a empresa criada por Francisco Argenta, mas optou pela construção civil. Assinou vários projetos importantes na região, especialmente em Caxias do Sul, onde executou muitas obras, por concorrência pública. CARLOS ALBERTO DEFAVERI - Ex-funcionário da Secretaria da Fazenda, é Delegado de Polícia em Vacaria. Nasceu no Tupinambá. CLÁUDIO DAMIN JR – Participa ativamente de movimentos políticos. Autor da obra que resgata a forte nevasca de 1965. Com vocação pela literatura, inicia cedo uma bem sucedida carreira pública. DAVINO NEPOMUCENO – Advogado, professor e escritor, dá grande contribuição ao debate cultural, escrevendo sobre as origens de Lagoa Vermelha e região. Foi destaque na obra Raízes, que resgatou os municípios emancipados de Santo Antônio da Patrulha. Dirigiu por muitos anos o jornal Gazeta Popular de Lagoa Vermelha. EDSON UBIRATÃ PINTO – Funcionário aposentado do Banrisul, foi gerente em várias agências até aposentar-se na função em Sapiranga, onde reside. Foi um dos brilhantes narradores esportivos da Cacique. ELOY LENZI – Deputado Federal em Brasília, exerceu seu mandato no período de março de 1971 à janeiro de 1975. Na década de 70 foi um dos que manteve viva a luta pela anistia, sendo um dos 23 integrantes do grupo “autênticos” da “Anticandidatura” de Ulisses Guimarães. ÉLIO TEODORO – Homem simples, fruto do meio rural, autor de letras de temas regionais e tocador de violão. Entre suas composições destacou-se pelo tema Lagoa Vermelha, que mais tarde tornou-se o hino popular gravado por vários artistas de renome na música e cultura. ÊNIO MELLO – O saudoso jornalista e comentarista foi uma das vozes mais respeitadas durante mais de trinta anos no rádio-esportivo gaúcho e brasileiro. 38 EUNICE CASTELLANO – Radicada em Porto Alegre, faz constantes incursões sobre Agroturismo, o desafio que enfrenta há vários anos, para dotar sua terra Lagoa Vermelha de projetos que divulguem a cultura e o turismo da região. Está empenhada atualmente na defesa da Rota das Araucárias. FIDÉLIS DALCIN BARBOSA – Embora nascido em Montenegro, foi em Lagoa Vermelha que exerceu o magistério, o sacerdócio e iniciou sua vida de escritor. A família de Fidélis realizará um encontro no mês de outubro de 2009 em Carlos Barbosa. FRANCISCO FIALHO – Chico Fialho, como é conhecido, conquistou fama e respeito pela nova forma de cortar e espetar a carne, que faz escolas com vários seguidores. Sempre requisitado para rodeios em CTG’s e Cabanhas. GUARACI FEIJÓ VIEIRA – Funcionário do Banrisul, foi gerente de várias agências. Bisneto de Alexandre Pato, reside em Passo Fundo, mas mantém suas raízes em Capão Bonito e Lagoa Vermelha. HAROLDO GARCEZ – Advogado, promotor público, fez carreira política em Caxias do Sul, onde concorreu em vários pleitos eleitorais. HELENA LACERDA – Líder comunitária, reúne anualmente os lagoenses radicados em Porto Alegre, para encontros de confraternização. IBERÊ DE MESQUITA ORSI - Nascido em Lagoa Vermelha, formado em Direito, foi Secretário substituto da Agricultura e Abastecimento do Estado. Concorreu a deputado estadual. IDIVAR FRANCISCO APPIO – Radialista, funcionário do Banco do Brasil, foi eleito deputado estadual por 4 vezes, mais um mandato de deputado federal. Representa a região na Assembleia Legislativa. INÉLVIS ALEGRETTI DUARTE – Ex-coordenadora regional da Educação e seu marido Luiz Fernandes Duarte residem em Brasília e apoiam as iniciativas regionais junto ao governo federal. ISAACK CHEDID – Radialista na Rádio Cacique nos anos 60, formouse em Direito e exerce a profissão em Passo Fundo. 39 JAIR LIMA - Ex-presidente do MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho). Reside em Farroupilha. JARBAS DE MELO E LIMA – Deputado Estadual por 4 mandatos e Federal em duas legislaturas, uma como titular e outra como suplente, promotor público, presidiu o Internacional e dirigiu a Faculdade de Direito da PUC. JOABEL PEREIRA - Radialista, fez carreira na Rádio Guaíba como repórter esportivo e locutor. Mais tarde, assessor de imprensa do TRE e atualmente da Governadora Yeda Crusius. JOÃO ALBERTO BERTHIER VIEIRA – Na UCS, exerce funções no Corpo Docente da Universidade, além de funções administrativas. JOÃO BATISTA DE MELO FILHO – Um dos mais respeitados da imprensa gaúcha como jornalista, radialista e comentarista esportivo. Vice-presidente da Associação Riograndense de Imprensa - ARI , em Porto Alegre. JOÃO CESAR FORMIGHIERI – Fez carreira militar em Santa Catarina, onde integrou o Tribunal de Justiça Militar, depois de comandar a PM daquele Estado. Reside em Florianópolis. JOÃO FRANCISCO SILVEIRA – Diretor de Mercado da nova empresa OI/BRT no Rio de Janeiro. JOÃO DE GÓES VIEIRA – Da dupla Tio Pedrinho e Tio Góes, neto de Alexandre Pato, excelente tocador de bandoneon. JOÃO PANTALEÃO - Radicado atualmente em Passo Fundo, é autor de muitas músicas, poesias e contos, com criatividade artística que o faz reconhecido como poeta contemporâneo. JOÃO PEDRO STÉDILE - Nasceu em 25 de dezembro de 1953 em Lagoa Vermelha. Foi um dos fundadores e é um dos líderes do Movimento dos Sem Terra (MST). LAÉRCIO BERTHIER – Juiz de Direito, exerceu suas funções em várias cidades gaúchas, mas foi em Vacaria que fez vida pública.Presidiu o Partido Progressista e foi pré-candidato a Prefeito. 40 LANEI LÂNGARO – Jornalista, colunista social e promotor de eventos. LEO GOMES ALMEIDA – Cantor e compositor, atua em Porto Alegre, onde também advoga. LEO LIMA – Desembargador, presidiu o Tribunal Regional Eleitoral. Cogitado para ser presidente do Tribunal de Justiça do Estado. LUIS CARLOS RECH – Jornalista esportivo, apresentador de TV. NELLY LACERDA – Colunista social, empenhada na valorização das pessoas e sua terra. MANOEL ANDRÉ DA ROCHA – Primeiro juiz de Lagoa Vermelha e o primeiro Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. MARCELO SGARBOSSA - Concorreu a vereador por Porto Alegre e atualmente é assessor do Ministro Tarso Genro em Brasília. MILTON ANDRÉ STELLA - Filho do ex-prefeito Milton Stella, é subchefe da Casa Civil do Governo Yeda Crusius. MOACYR SCHMIDT – Radicado como empresário no litoral catarinense, acaba de ser reeleito vereador em Balneário Camboriú. NANCY ANDRIGHI – Dona de uma das mais brilhantes carreiras na magistratura federal, chega ao topo da função, como integrante do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. NEY GARCEZ DE ALMEIDA – Bacharel licenciado em Geografia pela UPF, autor do trabalho “Evolução Territorial de Lagoa Vermelha”. NEREU LIMA – Um dos mais respeitados advogados em Porto Alegre, onde mantém uma das mais procuradas bancas advocatícias. NYLSON PAIM DE ABREU – Embora nascido em Muitos Capões, fez sua vida profissional em Lagoa Vermelha, como estudante bacharel em Direito. Posteriormente em Erechim e, finalmente, em Porto Alegre. Em brilhante carreira na magistratura, foi presidente do TRF da 4ª região, antes de aposentar-se. Advoga em Porto Alegre. 41 OLÍVIA OSÓRIO – Com seu irmão forma a dupla dos Irmãos Osório, com atuação no Estado e fora dele. PAULO GILVANE – Jornalista/radialista, criou a Radioweb. Com o advento da Internet e com núcleos de geração de áudio em Porto Alegre e Brasília, presta serviços a mais de mil emissoras de rádio, com informações atualizadas e competente equipe de trabalho. PEDRO DE GÓES VIEIRA – Exímio tocador de gaita de botão, marcou sua vida como grande artista regional, ao lado do seu irmão João que tocava bandoneon. A dupla Tio Pedrinho e Tio Góes notabilizou-se também fora da região. PEDRO INCERTI - Lagoense, bancário de profissão, licenciado desde 1983, vereador em Caxias do Sul, presidente da Câmara Municipal de Vereadores em 2006. PÉRCIO DE MORAES BRANCO – Pesquisador, escritor, radicado em Porto Alegre, autor de várias obras, a maioria de pesquisa histórica. PERI SILVA – Radialista e cantor, continua atuando em rádio. Notabilizou-se na administração de emissoras na região de Nova Prata. Fez sucesso nos anos 60 e 70 com seu violão. PORCA VÉIA - Élio da Rosa Xavier nasceu em Lagoa Vermelha (Pontão), hoje distrito de São José do Ouro, no dia 2 de março de1952. Filho mais novo do produtor rural Lauro Nunes Xavier e Julieta da Rosa Xavier, ajudou seus pais no campo até os dezesseis anos. Começou a atividade artística com seis anos de idade, por influência de seu pai e de seus tios paternos. Tem 16 CD's gravados. Recebeu o título de Cidadão Lagoense em 2007 e o prêmio João Palma da Silva em 2008. Por telefone comentou que teve a oportunidade de tocar com Tio Pedrinho e Tio Góes em acampamentos e rodeios. REINALDO CHERUBINI – Deputado Estadual de março de 1963 a janeiro de 1967. Avô da atual Procuradora Geral de Justiça Simone Mariano da Rocha. 42 RONALDO SANTINI - Advogado, assessor do Senador Sérgio Zambiasi em Brasília. Nas eleições de 2006 concorreu a uma vaga na Câmara Federal. ROSALINO VIEIRA – Leiloeiro requisitado em vários estados, é um dos mais respeitados nos remates do turfe brasileiro. Vereador reeleito em Lagoa Vermelha. É presidente da Comissão Parlamentar Pró BR470. RUBEM LUDWIG – Nasceu em Clemente Argolo, foi Ministro no Governo Militar. SALETE CAMOZZATO – Nasceu em Lagoa Vermelha, radicada em Sananduva, onde faz vida pública. Foi primeira dama do município na administração de Osvaldo Camozzato, vice-prefeita e atualmente vereadora. No governo Britto foi secretária-adjunta do Ensino Profissionalizante da SEC. SILVANA FIALHO – Assessora Especial do Ministro das Cidades, Márcio Fortes, em Brasília. VALDOMIRO GIARETTA – Embora nascido em Veranópolis, em Lagoa Vermelha exerceu sua vida profissional no Banco do Brasil, por duas vezes candidato a prefeito. Uma de suas últimas funções públicas foi a presidência estadual da CINTEA, na década de 90. VALDIR COLATTO - Nascido em Lagoa Vermelha em 15 de outubro de 1949, Engenheiro Agrônomo, pai de dois filhos. Se elegeu deputado federal pelo PMDB/SC, pela primeira vez em 1989 e atualmente na 4ª legislatura. Foi superintendente do INCRA e atualmente é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso Nacional. XIRU PEREIRA – Nasceu no Distrito de Pizzamiglio, mas foi em Caxias do Sul que construiu sua carreira de radialista, apresentador de TV, cantor e gaiteiro dos mais requisitados. 43 EVOLUÇÃO TERRITORIAL DE LAGOA VERMELHA NEY GARCEZ DE ALMEIDA – Bacharel licenciado em Geografia pela UPF, pós-graduado em Práticas Pedagógicas Interdisciplinares pela Portal Faculdades Instituto Educar Brasil, acaba de publicar a mais completa pesquisa sobre a “Evolução Territorial de Lagoa Vermelha” – Méritos Editora-2008, como conclusão do curso de Geografia. O assunto foi abordado em nossa coluna no jornal Folha do Nordeste de 08/01/2009. DESCENDÊNCIA AÇORIANA – Ney é filho de Jocelin Miguel de Almeida (in memórian) e de Norma Garcez de Almeida, é grato à irmã Laura Helena Garcez de Almeida, pelo apoio e incentivo. Trata-se de uma fonte importante de pesquisas para os interessados nos prêmios do concurso literário sobre Alexandre Pato, o Patrono de nosso Centro de Tradições Gaúchas de Lagoa Vermelha. Leia regulamento e informações em www.appio.com.br ZELIA GUARESCHI FIOREZE, sua professora de Geografia, elogia o trabalho na apresentação do livro, “Ney teve a habilidade de circular pelo tempo e pelo espaço: trouxe a presença do índio, o tropeiro, do imigrante e centrou no território, sua principal preocupação, sem perder de vista o contexto do Nordeste Riograndense”. Zélia tem razão, o trabalho de Ney Garcez abre o foco em Lagoa Vermelha, mas suas lentes alcançam o antigo território, hoje formado por 29 municípios em mais de 8 mil km². Reconhece que Ney está cumprindo o seu papel de geógrafo e de cidadão. Num esforço bem sucedido, brinda-nos com um rico texto para reflexão, destinado aos estudantes e estudiosos, além de constituir-se num desafio para gestores e cidadãos quanto às ações no espaço geográfico. LAGOA VERMELHA foi o município da região que mais se fragmentou ao gerar 9 municípios filhos (Veranópolis, Sananduva, Machadinho, São José do Ouro, Barracão, André da Rocha, Ibiraiaras, Caseiros e Capão Bonito do Sul). Mais 11 municípios netos (Nova Prata, Cotiporã, Fagundes Varela, Vila Flores, Ibiaçá, Paim Filho, Cacique Doble, Santo Expedito do Sul, Tupanci do Sul, Muliterno) e 8 bisnetos (Nova Araçá, Nova Bassano, Paraí, Guabiju, São Jorge, Protásio Alves, Vista Alegre do Prata, São João da Urtiga). Além de mapas são informadas as datas de emancipação. 44 O DESAFIO DA BR470 PARA PREFEITOS ELEITOS NA REGIÃO Em Nova Prata, André da Rocha, Lagoa Vermelha e Barracão, a BR470 subiu no palanque. As obras estão em andamento no lote Barracão/Pontão, mas paradas nos demais trechos. No lote entre Pontão/Lagoa Vermelha há necessidade de nova licitação. O trecho sul Barretos/André da Rocha não tem projeto e foi estadualizado nos governos FHC/Olívio Dutra, pela MP82. AOS TRANCOS E SOLAVANCOS - Os moradores de Lagoa Vermelha e outros 10 municípios têm razões para pensar “que enterraram cabeça de burro” na BR470. Entre trancos, solavancos e avanços, mudou pouco. RODOVIA TRANSVERSAL - Esta demanda histórica (Nova Prata/André da Rocha/Lagoa Vermelha/Capão Bonito/Barracão) é uma transversal estratégica para escoamento da produção gaúcha, para os portos de Santa Catarina e do Paraná. Neste trecho não há mais do que 5 km asfaltados, o privilégio é de Barracão, na saída asfaltada para o Pontão. A BR470 inicia no Pólo de Triunfo (RS) e em SC liga Campos Novos a Itajaí. PONTE DO BARRACÃO - Na década de 90, a conclusão da ponte do Barracão (Governo Britto), apesar de obra federal ainda não ressarcida pela União, viabilizou o projeto, licitação e contratação dos lotes Barracão/Pontão (ERGO) e Pontão/Lagoa Vermelha (Construtora Brasil) com menos de 80 quilômetros. 45 O MELHOR FICOU FORA - Na saída sul Barretos / Turvo / Tupinambá / André da Rocha / Nova Prata, a situação é pior. Parte da estrada foi transferida ao Estado na negociação FHC/Olívio Dutra (MP82 12/2002). Os 15 km contratados pelo Estado em 1998 (André da Rocha/Nova Prata-Construtora Busnello) não foram asfaltados. BANCADA GAÚCHA - Nos últimos anos, as obras da saída Norte viabilizaram-se por Emendas da Bancada Gaúcha. O DNIT não priorizou recursos, alegando impedimento do Tribunal de Contas. Este pretexto foi usado, mesmo quando o TCU levantou o embargo. O Diretor Hideraldo Caron, através dos jornalistas Ana Amélia Lemos (Zero Hora) e Ronaldo Santini (Folha do Nordeste), garante que indicou recursos para Barracão/Pontão. LOTE DE LAGOA ESTÁ FORA – O DNIT não contemplou Pontão/Lagoa Vermelha pela inadimplência da empresa no TCU. Nas denúncias das relações promíscuas entre empreiteiras e funcionários do antigo DNER noticiou a rescisão do contrato. A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE - Conclusão: “A retomada das obras é vital para uma das últimas fronteiras agrícolas do Estado, ainda não servida por asfalto. A esperança é que seja agilizado o processo de rescisão e nova licitação. O atual Diretor Geral do DNIT, Luiz Pagot, conhece muito bem a BR470. Reside no Mato Grosso, mas nasceu em Veranópolis, às margens da reclamada rodovia”. DENÚNCIA NA BR470 - “O TCU aplicou multa de R$15.000,00 ao superintendente do DNIT, que descumpriu a determinação para retificar valores firmados em contrato com a empresa Construtora Brasil SA, para a execução de obras na BR470, no trecho entre Barracão/Lagoa Vermelha. Uma inspeção constatou acréscimo de 19,39% no valor do contrato, de R$29,9 milhões e passou a R$34 milhões. Além da multa, o TCU determinou a anulação do contrato”, noticiou Zero Hora. O contrato foi rescindido e atualmente o trecho aguarda licitação. 46 Barracão - Pontão Obras em andamento com asfalto na BR-470 Pontão - Lagoa Vermelha Avanços e recuos Limeira: parou a galeria e o britador Brita em Clemente Argolo Dúvidas e Protestos: fim de linha no Lajeado dos Ivos. Trecho sem contrato, promessa de nova licitação em fevereiro de 2009 47 PONTE DO BARRACÃO Em 6 de junho de 1996 foi inaugurada a Ponte do Barracão, concluída pelo Governo do Estado. Coube ao governador Antonio Britto e ao governador Paulo Afonso de Santa Catarina, com a presença do ministro Odacir Klein, cortar a fita simbólica da Ponte que mudou o mapa da região. Os deputados da região Achylles Braghirolli e Francisco Appio destacaram-se na luta pela obra e foram lembrados pelos esforços pela construção, que se arrastou por 14 anos. A região ganhou saída para o norte, pois viabilizou a RS 343, sua conexão com a RS 126. A ponte sobre o rio Uruguai tem 600 m de comprimento, seção transversal de 13 m de largura total, constituída por uma pista de 7,20 m de largura, dois acostamentos de 2,50 m cada um e dois guardarodas, cada um com 0,40 m de largura. A estrutura da ponte é constituída de duas partes, sendo o corpo principal com 510 m de extensão (dois vãos de 75 m, um vão de 100 m, outro com 120 m e o central com 140 m de comprimento) e o secundário um viaduto, com 90 m de extensão, constituído por uma viga contínua de dois vãos iguais de 45 m. A obra com esconsidade de 45º em relação ao rio foi construída em concreto protendido pelo processo de "avanços sucessivos" ou "balanços sucessivos". Os pilares de seção retangular vazada, foram construídos com formas deslizantes, dois destes pilares foram executados dentro do leito do rio, com uma altura de 46,63 m cada um. As fundações dos dois pilares executados no leito do rio são em blocos de transição apoiados em tubulões. Os tubulões têm fuste com 1,20 m e base alargada na rocha com 3,60 m. 48 A partir de 1º/06/95 - data do Convênio de Delegação PG-045/95 para execução de obras e serviços em rodovia federal integrante do Plano Nacional de Viação (PNV) - a obra foi delegada ao DAER/RS. Os serviços de supervisão das obras foram desempenhadas pela firma ETEL. Face ao enorme prazo de execução da obra (cerca de 14 anos), período este em que a moeda brasileira sofreu diversas variações de grandeza e da unidade, é difícil de fazermos uma análise aprimorada do custo da obra. Entretanto, como ordem de grandeza, podemos dividir o valor realizado a preços iniciais no mês da proposta pelo valor médio do dólar comercial, no último dia desse mês, obtendo-se assim o valor total de aproximadamente US$ 11.0000.000,00. Na fase final, o Governo do Estado investiu R$ 2.215.264,00 através do DAER/RS, graças ao convênio de delegação de julho de 1995, entre o Ministro Odacir Klein e o Governador Antônio Britto (discurso do Deputado Francisco Appio na Assembléia Legislativa em 10/06/2008). Na foto Nelson Jobim, Antônio Britto, Paulo Afonso Vieira, Francisco Appio e Waldemar Menon. (foto de 06/06/1996). 49 NÍVIO CASTELLANO NÍVIO CASTELLANO, autor do livro EFEMÉRIDES VERMELHENSES, nasceu em Lagoa Vermelha no dia 23 de junho de 1907, filho de José Castellano e Eliza Moojen Castellano. Ingressou na vida pública, em 31 de dezembro de 1924, quando foi nomeado para o cargo de Auxiliar do Secretário do Município de Lagoa Vermelha. Em 26 de dezembro de 1930, por ato do Prefeito Dr. Eurico Lustoza, foi nomeado Secretário do Município. Por mais de vinte anos dirigiu a Secretaria Geral da Prefeitura Municipal. Tomou parte na Revolução de 1930, no posto de 1º tenente ocupou o cargo de Secretário do 2º Destacamento, unidade organizada em 6 de outubro sob o comando do Coronel Gibrail Tigre e integrante da coluna do Nordeste comandada pelo General Valdomiro Lima. Após a vitória da Revolução reassumiu suas funções no Município. Na qualidade de sub-prefeito assumiu a chefia do Governo Municipal, em 14/04/1947, por motivo da renúncia do Prefeito Dr. Abelardo José Nácul. Em 29 de agosto foi confirmado no cargo pelo Governador Walter Jobim permanecendo até 29 de outubro quando exonerou-se para concorrer a vereador. Em 25 de novembro de 1947 foi eleito vereador na legenda o Partido Social Democrático – PSD. Escolhido para Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, ocupou o cargo por 4 anos. Reeleito em sucessivas eleições exerceu a vereança por dezessete anos ao longo dos quais, em diferentes legislaturas, ocupou os cargos de Secretário, Vice-presidente e Presidente do Legislativo Municipal. Este último cargo exerceu-o sete vezes. Reeleito pela última vez em 1963 exerceu efetivamente o mandato até 31 de janeiro de 1969. Sua atividade na vereança foi intensa e profícua. Enquanto esteve na Câmara Municipal foi o vereador que apresentou o maior número de projetos de lei e de indicações. Nos arquivos do legislativo municipal encontraram-se inúmeros pareceres seus proferidos em processos que ali tramitaram durante seus vários mandatos. 50 Ajudou a dirigir o PSD de Lagoa Vermelha desde a fundação até a extinção, foi Secretário por vários anos. Em 1962 foi eleito Presidente do Diretório Municipal. Estava no exercício do cargo quando em conseqüência do golpe militar de 1º de abril de 1964 os partidos políticos foram dissolvidos no Brasil e substituídos por dois partidos oficiais a ARENA (situação) e MDB (oposição). No ano de 1929 iniciou o exercício da profissão de advogado, na qual atuou de forma efetiva durante quarenta anos. Em 23 de dezembro de 1932 foi inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Rio Grande do Sul, Quadro B, sob nº 322. Em 30 de abril de 1981, Nívio Castellano foi agraciado pela Ordem dos Advogados do Brasil Secção Rio Grande do Sul, com a medalha Osvaldo Vergara “em reconhecimento pelos serviços prestados à Ordem e à Classe”. Além de EFEMÉRIDES VERMELHENSES, objeto da presente publicação, Nívio Castellano deixou uma coletânea de discursos, muitos dos quais de rememoração de fatos da história de Lagoa Vermelha, coletânea esta ainda inédita. Também foi colaborador assíduo da imprensa local e correspondente, por muitos anos, do jornal Diário de Notícias de Porto Alegre. Em 9 de dezembro de 1930, Nívio contraiu matrimônio com Suely Ferreira Moojen, filha de Alfredo Augusto Moojen e de Maria Luíza Ferreira Moojen. O casal Nívio e Suely teve um filho e duas filhas: José Carlos Castellano, advogado, casado com Eunice Mello Castellano; Yara Castellano Silveira, casada com João Carlos Silveira, Inspetor aposentado do Banco do Brasil; Rosa Maria Castellano Tramontini, falecida, foi casada com Luiz Antônio Bonotto Tramontini, agropecuarista. 51 São netos: Maria Cristina, professora, casada com Everton Formigheri Tochetto, filha de José Carlos e Eunice; Luiz Roberto, Cláudia e Luiz Fernando, filhos de Rosa Maria e Luiz Antônio; Carlos, médico, e Marilúcia, farmacêutica, filhos de Yara e João Carlos. São bisnetos: Juliano, Rafael, Rodrigo filhos de Maria Cristina e Everton; Felipe, Ricardo e Luiza filhos de Carlos e Maria Cristina; Louise, Letícia e Mateus filhos de Luiz Roberto e Juliana. Nívio Castellano faleceu em Lagoa Vermelha no dia 2 de janeiro de 1982. 1974 - Visita a Lagoa Vermelha do candidato a Governador do Estado Synval Guazelli. Da esquerda para a direita: Breno Vieira, prefeito de Machadinho, Luiz Dal Prá, escrivão em Barracão, Nívio Castellano, Guazelli e Olavo Augusto Moojen. Dr. João Pereira Neto, presidente da Subsecção OAB - Lagoa Vermelha lendo o termo de outorga da Comenda Osvaldo Vergara ao Sr. Nívio Castellano. 52 ALMIR MOOJEN NÁCUL Revoluciona a cirurgia plástica O lagoense Almir Nácul é um dos cirurgiões plásticos mais conhecidos no mundo pela criação da técnica revolucionária da Bioplastia (plástica sem cortes). Em sua Clínica Nácul, situada na Rua Quintino Bocaiúva, em Porto Alegre, instalou o Centro Mundial da Bioplastia, onde orienta profissionais e recebe personalidades do mundo artístico e literário. Sua filosofia de trabalho: Se puder embelezar, embelezo Se não puder embelezar, melhoro Se não puder melhorar, opero Se não puder operar, consolo. (Almir Nácul) A BIOPLASTIA (PLÁSTICA SEM CORTES) A cirurgia plástica convencional é atualmente o recurso mais usado para correções do corpo humano, só que apresenta um problema, ela é uma cirurgia e como toda cirurgia tem cortes e gera cicatrizes, necessitando de cuidados pós-operatório. Pensando na questão, o Prof. Dr Almir Moojen Nácul, cirurgião plástico, desenvolveu a técnica de BIOPLASTIA, que é uma plástica realizada por meio de implante de biomateriais, em níveis profundos, por processo minimamente invasivo. A revolução - O maior feito da nova tecnologia está na solução simples de problemas de difícil solução por métodos convencionais, como casos de sequelas de poliomielite, de HIV e atrofia facial. A Bioplastia está sendo considerada “A Plástica do Terceiro Milênio”. É uma tecnologia revolucionária desenvolvida no Brasil e que está se espalhando, com grande sucesso, pelo mundo inteiro. Através dela, pode-se transformar uma pessoa feia em bonita. 53 Assim como, deixar uma bonita, mais bonita ainda, como foi o caso da miss Rio Grande do Sul, Juliana Borges, que gerou grande polêmica por ter se submetido a 19 plásticas, tendo se elegido Miss Brasil. Assim como ela, mais 7 outras candidatas, com a ajuda da Bioplastia, ganharam o título máximo da beleza brasileira. Através da Bioplastia, podemos devolver o volume perdido pelo processo de envelhecimento, dando um rejuvenescimento muito natural e, pelo jogo de volumes, nós podemos dar equilíbrio e embelezamento. Além disso, hoje, através da técnica do “suspensório nasal de Nácul, cerca de 95% das plásticas de nariz podem ser feitas sem cirurgia. Segundo Dr. Nácul, a Bioplastia, além de rejuvenescer e embelezar, retarda o processo de envelhecimento pela sustentação que é gerada a nível muscular. Vale ressaltar que a técnica também está sendo utilizada com grande sucesso para aumentar ou empinar o bumbum, engrossar as pernas e aumentar o pênis, sem o incômodo de semanas de pós–operatório da cirurgia convencional. Após o procedimento é possível, no mesmo dia, dirigir e até viajar por terra, ar ou mar. “A bioplastia é uma grande contribuição científica para casos que antigamente eram vistos pela comunidade médica como de difícil solução”, lembra Dr. Nácul. A técnica - A Bioplastia não requer internação hospitalar, é um procedimento como ir ao dentista e, após a aplicação, o retorno para casa é imediato. Ela revolucionou a ciência por meio do implante de biomateriais (NewPlastic -microesferas de polimetilmetacrilato). São micropartículas que estimulam a formação de colágeno da própria pessoa. No lugar do bisturi, microcânulas que penetram sem lesar os tecidos, para implantação do biomaterial. O cirurgião utiliza anestesia local (a mesma utilizada pelos dentistas) para fazer um botão anestésico na pele por onde a microcânula penetra conduzindo o biomaterial sem lesionar os tecidos. É possível fazer uma face inteira e o nariz, em uma hora e meia. Pode-se tratar várias regiões em uma só sessão. A microcânula não lesa vasos e nervos, evitando hematomas e equimoses (manchas roxas). O biomaterial não é reabsorvido pelo organismo nem se desloca para outras áreas do corpo, não é alérgico, não se faz necessário o uso de antibióticos. 54 A Bioplastia não tem risco de rejeição e poderá ser aplicada em diversas regiões.A Bioplastia é considerada uma plástica interativa - o paciente pode acompanhar acordado, passo a passo, o desenrolar do processo através de um espelho, podendo participar, opinar e interagir com o cirurgião, durante o procedimento. Além disso, quando o paciente não está seguro daquilo que quer, tem o recurso do teste simulado no qual é aplicada uma substância reabsorvível que permite que o paciente veja o resultado antes da aplicação definitiva. O brasileiro - Dr Nácul é um cientista brasileiro, foi professor assistente na disciplina de Cirurgia Plástica na Universidade de Ciências Médicas ( UCS ). Gaúcho, residente em Porto Alegre, criador desta revolucionária técnica. Cirurgião Plástico, Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Membro de International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), Membro da Federação Ibero-latino-americana de Cirurgia Plástica. DADOS - A Bioplastia é uma técnica criada por um brasileiro e está sendo difundida no mundo inteiro. Dr. Nácul é o professor de todos os médicos plásticos que estão começando a praticar a Bioplastia. - A Bioplastia também exige cuidados por ser um material de implante (micropróteses), portanto, as pessoas devem ter cautela e procurar um profissional habilitado para fazer o procedimento. - A Bioplastia está sendo usada em outras áreas, como odontologia, andrologia, otorrinolaringologia e urologia, na correção de incontinência urinária e no aumento do pênis. O cirurgião lagoense foi admitido na Sociedade Espanhola de Cirurgia Plástica como Membro Honorário. Lançou seu livro BIOPLASTIA, interagindo com o homem. Um dos prefácios é do Dr. Fausto Viterbo, radicado em SP onde exerce a medicina em cirurgia plástica e como professor na Universidade de Botucatu. 55 IMAGENS DO RODEIO 08/02/2009 LAGOA VERMELHA Tio Pedrinho, neto de Alexandre Pato, e Paixão Côrtes no debate sobre a importância dos Rodeios na cultura gaúcha. Foto de 08/02/2009 no Parque do CTG Alexandre Pato. Paixão Côrtes, um dos notáveis do Rio Grande do Sul com um grupo de estudantes do Colégio Julinho (Porto Alegre) criou a Semana Farroupilha, a Ronda Crioula e a Chama Crioula em setembro de 1947. No encerramento do Rodeio Crioulo do CTG Alexandre Pato, foi proclamado o resultado do Concurso Literário sobre a vida do Patrono do tradicionalismo lagoense. Appio justificou a iniciativa como ação Parlamentar pela cultura da região e do Estado. No ato, a presença do deputado lagoense ao lado de familiares do homenageado e do convidado especial Paixão Côrtes. Colaboradores do Concurso Literário Alexandre Pato: Dirceu Rosa, Francisco Appio, Guarací Feijó Vieira e Edson Pinto. As crônicas premiadas encontram-se nas páginas 27 a 32. 56 EFEMÉRIDES DE LAGOA VERMELHA 1750 – TRATADO DE MADRI - Região passa ao domínio português. 1780 - REGISTRO do Passo de Santa Vitória instalado no rio Pelotas. 1842 – JOSÉ FERREIRA BUENO tomou posse junto à lagoa. 1843– JOSÉ FERREIRA BUENO – Construiu a 1ª casa de Lagoa. 1845 – JOSÉ FERREIRA BUENO - Construiu a Capela de São Paulo. 1850 – VACARIA DOS PINHAIS emancipou-se de S. A. da Patrulha. 1857 – LAGOA VERMELHA passou a ser sede do município. 1857 – ESCOLAS ESTADUAIS são criadas em Lagoa Vermelha. 1857– FREGUESIA SÃO PAULO criada com sede em L. Vermelha. 1857 – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA extinguiu o município. 1876 – NOVA EMANCIPAÇÃO com sede em L. Vermelha em 12/04. 1878 – SEDE transferida para Vacaria dos Pinhais, em 01 de abril. 1825 – CASEIROS é instalada como sede da Colônia Militar. 1830 – FUNDAÇÃO DO PONTÃO na BR470 em Barracão. 1857 – FREGUESIA DE SÃO PAULO é criada em 17 de fevereiro. 1881 – LAGOA VERMELHA - emancipação definitiva em 10/05/1881. 1883 –CÂMARA DE VEREADORES foi instalada. 1883 – MUNICIPIO dividido em 3 distritos: Vila, Barracão e Turvo. 1890 – COMARCA instalada pelo juiz Manoel André da Rocha. 1892 – ALFREDO CHAVES (Veranópolis) foi desmembrado da região. 1893 – INSTALADO o município de Lagoa Vermelha em 23/01/1893. 1894 – BARRACÃO passou para Distrito em 16/11/1894. 1898 – ALFREDO CHAVES desmembrou-se definitivamente. 1900 – RIO PASSINHO FUNDO primeira ponte em 12/12/1900. 1904 – SÃO JOSÉ DO OURO rota de tropeiros, acolhe imigrantes. 1906 – LINHA TELEFÔNICA ligação da sede e Capoeiras 09/04/1906. 57 1907 – SANANDUVA é promovida a Distrito, em 06/11/1907. 1910 – IGREJA MATRIZ SÃO PAULO foi inaugurada em 15/01/1910. 1910 – PAIM FILHO acolhe imigrantes italianos. 1914 – ESTÂNCIA foi reconhecida como Distrito em 29/04/1914. 1914 – ESTAÇÃO CLIMATOLÓGICA foi instalada em 06/06/1914. 1916 – CACIQUE DOBLE é criado como distrito em 01/01/1916. 1916 – TURVO denominou-se ANDRÉ DA ROCHA em 14/11/1916. 1918 – FORQUILHA tornou-se Paim Filho, distrito em 02/02/1918. 1919 – CASEIROS foi reconhecido como Distrito em 31/10/1919. 1920 – ESCOLA RAINHA DA PAZ é fundada em 05/02/1920. 1924 – NOVA PRATA emancipa-se oficialmente. 1926 – MACHADINHO Distrito de Lagoa Vermelha em 24/6/1926. 1927 – MAXIMILIANO DE ALMEIDA Distrito em 12/04/1927. 1927 – SÃO JOSÉ DO CARREIRO (Ibiraiaras) distrito em 15/04/1927. 1928 – BANCO DO ESTADO DO R.G. DO SUL fundado em 02/09/28. 1930– BRIGADA MILITAR instalada em L. Vermelha em 06/11/1930. 1932 – PROTÁSIO ALVES 7ºdist. de L. Vermelha, ligado a Nova Prata. 1932 – PARAÍ, 13º distrito de Lagoa Vermelha, anexado a Nova Prata. 1934 – SÃO JOSÉ DO OURO distrito de L. Vermelha em 25/05/1934. 1938 – ASSOCIAÇÃO COMERCIAL foi fundada em 28/06/1938. 1938 – ESTAÇÃO RODOVIÁRIA foi inaugurada em 27/09/1938. 1943 – HOSPITAL SÃO PAULO, funcionamento em 06/02/1943. 1945 – CIRCULO OPERÁRIO LAGOENSE fundado em 01/01/1945. 1945 – MAXIMILIANO DE ALMEIDA, distrito 1927, ligado a M.Ramos. 1948 – SÃO JOÃO DA URTIGA reconhecido distrito em 05/01/1948. 1948 – IBIAÇÁ é criado como Distrito em 15/05/1948. 1948 – RÁDIO CACIQUE fundada em 26/05/1948. 58 1950 – SOC. RECREATIVA LAGOENSE fundada em 07/01/1950. 1952 – ECO LAGOENSE circula como jornal em 09/05/1952. 1954 – BANCO DO BRASIL inaugurou agência em 21/11/1954. 1954 – SANANDUVA teve sua autonomia em 15/12/1954. 1956 – IGREJA SÃO PAULO APÓSTOLO construída e inaugurada. 1957 – COOPERATIVA LAGOENSE fundada em 27/09/1957. 1958 – AEROPORTO inaugurado em 29/09/1958. 1959 - MACHADINHO conquista sua emancipação em 16/02/1959. 1959 – SÃO JOSÉ DO OURO emancipa-se de Lagoa Vermelha. 1963 – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL abriu agência em 20/09/1963. 1961 – PAIM FILHO emancipou-se de Machadinho. 1964 – AABB fundada em Lagoa Vermelha. 1964 – CACIQUE DOBLE emancipou-se em 01/06/1964. 1964 – BARRACÃO passou de distrito a município em 30/05/1964. 1964 – NOVA BASSANO emancipado em 1964. 1964 – NOVAARAÇÁ emancipou-se em 1964. 1965 – IBIRAIARAS promovida a município em 09/07/1965. 1965 - PARAÍ conquistou sua autonomia em 19/07/1965. 1965– IBIAÇÁ, neto de Lagoa Vermelha, emancipou-se. 1965 – DISTRITOS de Chimarrão, Santa Luzia e Tupinambá, criados em 12/08/1965. 1966 – IBIRAIARAS instala o novo município em 29 de maio de 1966. 1970 – AGÊNCIA DO INSS instalada em Lagoa Vermelha, 13/03/1970. 1970 – CORPO DE BOMBEIROS instalado em 24/11/1970. 1970 – CORSAN instalada em Lagoa Vermelha. 1972 – CRT foi instalada em Lagoa Vermelha em 07/07/1972. 1978 – PRIMEIRO RODEIO CRIOULO DE LAGOA VERMELHA. 1980 – CAPÃO BONITO é elevado à Distrito em 5 de fevereiro. 59 1981 – IGREJA DE SANTO ANTÔNIO inaugurada em 21/11/1981. 1982 – COTIPORÃ, neto de Lagoa Vermelha, emancipou-se. 1987 – SÃO JOÃO DA URTIGA conquista sua emancipação. 1987 – FAGUNDES VARELA, neto de L.Vermelha, emancipou-se. 1987 – SÃO JORGE, bisneto de Lagoa Vermelha, emancipou-se. 1987 – GUABIJU, bisneto de Lagoa Vermelha, emancipou-se. 1988 – VILA FLORES, neta de Lagoa Vermelha, emancipou-se. 1988 – PROTÁSIO ALVES emancipou-se em 1988. 1988 – CASEIROS conquista sua emancipação em 9 de maio. 1988 – ANDRÉ DA ROCHA emancipa-se em 12 de maio de 1988. 1988 – VISTAALEGRE DO PRATA emancipou-se. 1991 – FOLHA DO NORDESTE iniciou sua circulação em 10/05/1991. 1992 – SANTO EXPEDITO DO SUL emancipou-se. 1992 – TUPANCI DO SUL, neto de Lagoa Vermelha, emancipou-se. 1992 – MULITERNO, neto de Lagoa Vermelha, emancipou-se. 1996 – CAPÃO BONITO DO SUL é aprovado como município. 2001 – CAPÃO BONITO DO SUL é instalado em 1º de janeiro. A homenagem a Lagoa Vermelha pelo seu aniversário em maio de 2000, gerou a publicação, cuja capa ao lado apresenta em primeiro plano a lagoa que deu nome à cidade. O suplemento literário é uma reportagem sobre a história do município e o seu maior desafio, o asfaltamento da BR470. Acesse a homenagem do deputado Francisco Appio no link PUBLICAÇÕES no site: www.appio.com.br 60 TODOS OS PREFEITOS DE LAGOA VERMELHA Assim que foi criado em 1857, pela lei nº1018, o Município de Lagoa Vermelha e como primeiro passo para a organização administrativa, nomeou uma Câmara de Vereadores que ficou composta dos seguintes membros: Sinfrônio Olímpio Barreto do Amaral; Jorge Guilherme Moojen; Inácio Bueno Candeia; Antônio Rodrigues de Oliveira Diogo; Francisco Pereira de Sousa; Francisco Henrique de Carvalho; Venâncio Antônio Coelho de Moraes Abreu. Em 1878 o Município de Lagoa Vermelha foi suprimido. A Câmara de Vereadores foi recriada quando o Município emancipou-se definitivamente em 10 de maio de 1881, tendo os seguintes membros: Ovídio Guilherme Moojen; João Dias de Carvalho Guimarães; João Antônio Machado; Francisco Pereira de Sousa; Fortunato Xavier de Castro; Antônio Luiz de Matos; Antônio de Oliveira Lemes. Ainda sem candidato ao cargo de Intendente, e até que isto fosse resolvido, foi eleita para governar o Município outra Câmara de Vereadores, intalada no dia 28 de janeiro de 1883, cujos componentes foram: Francisco Ferreira Leão Sobrinho; Alfredo Dias de Moraes; Augusto Edemundo Nunes; Eduardo de Souza Marques; Heleodoro de Moraes Branco; Lopo da Silva Carrão; Elias José de Oliveira. Em 16 de abril de 1890, foi nomeado para o cargo de Intendente, um triunvirato constituído pelos cidadãos: Jorge Guilherme Moojen, José Muliterno e Napoleão Cezar Bueno. Pouco tempo depois retirou-se o Sr. Jorge Guilherme Moojen, sendo substituído pelo Sr. João Lúcio Nunes. No dia 26 de outubro de 1891 foi eleita nova Câmara de Vereadores para administrar o Município, com os seguintes cidadãos: Cândido Dias de Carvalho Guimarães; Zeferino Sales de Bittencourt; ·Afonso Crispim Dias; João Lúcio Nunes; ·Francisco Gentil; Luiz Alves de Souza Marques. 61 Em 03 de junho de 1892, realizou-se a eleição do primeiro Intendente efetivo e assim, sucessivamente, foram eleitos prefeitos até os dias de hoje, conforme mostra a tabela abaixo: NOME Heleodoro de Moraes Branco Adolfo Paim de Andrade Maximiliano de Almeida Francisco Dias de Moraes Sylvio Barbedo Alberto Marques Berthier Maximiliano de Almeida Gabriel Tigre Eurico de Souza Leão Lustoza Firmino Jacques Carlos Aguirre Major Gervásio Rodrigues Libório Pimentel Mário Moreira Libório Pimentel Abelardo José Nácul Hugo Stivalet Pires Sacrovir do Canto Lisboa Adolfo Stella Raul José de Campos Adão Castellano Manuel Vieira da Fonseca Milton José Stella José Carlos Prestes Vieira Manuel Vieira da Fonseca Oscar Menna Barreto Grau Paulo Moysés de Andrade Eli Pegoraro Paulo Moysés de Andrade Moacir Volpato Getúlio Cerioli Fonte: Site Prefeitura Municipal de Lagoa Vermelha 62 PERÍODO 1892 / 1912 1912 / 1914 1914 / 1916 1916 / 1920 1920 / 1924 1924 / 1928 1928 / 1932 1928 / 1930 1930 / 1933 1933 1933 / 1938 1938 1938 1938 1946 / 1947 1948 / 1952 1952 / 1956 1955 / 1956 1956 / 1960 1960 / 1964 1964 / 1968 1969 / 1973 1973 / 1976 1976 / 1980 1983 / 1988 1987 / 1988 1989 / 1992 1992 / 1996 1997 / 2000 2001 / 2004 – 2005 / 2008 atual prefeito SOCIEDADE ORGANIZADA Atual composição do Poder Executivo e Legislativo de Lagoa Vermelha para o período de 2009 a 2012. Prefeito Getúlio Cerioli Vice-Prefeito Partido PDT Germano Ferri PV Vereador Partido Antônio Valdecir Luz Favaro Clóvis Rech João Jairo Pimentel Luis Carlos Kramer Nestor Pereira Barreto Nívio Chaves Rosalino Etevaldo Vieira Sérgio Menegaz Valdir Pomatti PMDB PR PV PP PDT PDT PP PDT PTB 63 AUTORIDADES JURÍDICAS Drª Greice Pratavieira Grazziotin Juíza de Direito da 1ª Vara Dr. Marcos Braga Salgado Martins Juíz de Direito da 2ª Vara Dr. Gerson Lira Juíz de Direito 3ª Vara Drª. Paula Bittencourtte Orsi Promotora de Justiça da 3ª Vara Drª. Danusa Ceccato Defensora Pública AUTORIDADES MILITARES Dr. Celso Rigatti Delegado de Polícia DPPA Drª. Alessandra Matielo Crestani Delegada Regional de Polícia Capitão Rodrigo Schwaab da Silva Comandante da 3ª CIA da Brigada Militar Tenente Adão Dondone Gomes Comandante do Corpo de Bombeiros PRESIDENTES DE ENTIDADES COMERCIAIS Bel. Victor Hugo Muraro Filho Presidente da OAB João Francisco Heineck Presidente da CDL Paulo Cezar Vieira de Carvalho Presidente da CICAS Rogério V. Ferreira Müller Presidente do SICOM João Batista dos Santos Presidente do SINTRACOM Almeri Finger de Castro Pres. Sind. dos Empregados do Comércio Romeu Maurício Benetti Presidente do SINDILOJAS José Otávio Ferreira Telles Pres. Sind. dos Empregadores Rurais Lindomar do Carmo Moraes Pres. Sind. dos Trabalhadores Rurais Eraldo Domingues Presidente da Camila Aldoir Rodrigues Nepomuceno Presidente do Lions Clube Tail Salman Presidente do Rotary Clube Henrique Roso Júnior Presidente do Leo Clube Leonardo Zanin Presidente da ALU Luiz Henrique Zonta Presidente da AABB Lúcia Solange Talamini Pinto Presidente do CEPERS Éderson Nepomuceno Presidente do SIMLA Maria Beloni Antunes Hartmann Presidente da AFUPUMLAVE Sônia Brancher Tonato Presidente da Assoc. dos Deficientes Físicos de Lagoa Vermelha Clóvis Rech Presidente do Círculo Operário Lagoense Loreni Terezinha Alves Padilha Presidente da ALPM Lori Teixeira da Costa Presidente da Assoc. dos Aposentados e Pensionistas Flori Jandir Trevisan Presidente da Assoc. dos Motoristas Ilides Salete Baggio dos Santos Presidente da APAE Miguel Gilberto dos Passos Presidente do UAB Bráulio Joarez Guedes Presidente da ABAMF Marli Salete S. Webber Presidente do Centro Espírita Terezinha de Jesus 64 Márcia Silvana do Carmo Terezinha de Lourdes V. Gerevini Antônio Carlos Lima Ribeiro Oscar Menna Barreto Grau Ivolmir Minozzo Presidente do Centro Cultural Lagoense Presidente da SAMLAVE Presidente da Assoc. Nordeste dos Eng. Agrônomos – ANEA Presidente da Assoc. dos Médicos Veterinários Presidente da Assoc. dos Técnicos Agrícolas Drª. Carmensita Rech Dr. Leonardo Vieira Graziotin Gilson Antônio Teles Cordeiro Lígia Denise Ladwige Muraro Élio Foscarini Presidente da Assoc. dos Odontólogos Presidente da Assoc. Médica de L. V. Presidente da SOPALV Presidente do Grupo Esoteiros Guaianás Presidente da COOPERLAVE CLUBES SOCIAS Clayton Argenta Garcez Presidente do Clube Comercial Leni Maria do Carmo Accorsi Presidente do SER Lagoense PRESIDENTES DE PARTIDOS Ivo Matuela Presidente do PTB Rosalino Etevaldo Vieira Presidente do PP Antônio Valdecir Luz Fávaro Presidente do PMDB Rogério Caetano Dolzan Presidente do PSDB Ivan José Galvani Barreto Presidente do DEM Luiz Henrique Zonta Presidente do PDT Ari Bernardi Presidente do PT Osmar Terres Presidente do PSB Antônio Abelardo Teixeira Presidente do PPS Antônio Araby Abrão Presidente do PHS IGREJAS Pe. Antônio Pilatti Pároco da Igreja Santo Antônio Pe. Cláudio Antônio Prescendo Pároco da Igreja Matriz S. Paulo Apóstolo DIRETORES DE ENTIDADES Bel. Paulo César Sgarbossa Diretor da FENORG Maria Stela Bortoncelo Diretora do Campus UPF LV Onésio Miclei Soares de Oliveira Diretor do Centro Social Urbano JORNAIS Aldoir Rodrigues Nepomuceno Diretor da Folha do Nordeste Renata Abrão Diretora do Jornal O Regional RÁDIOS Jorge Fantinel Diretor da Rádios Cacique e Mais Nova FM Frei Celestino Mazzarolo Gilmar Angelo Zamarchi Altamir da Silva Flávio Antônio Hoffmann Rogério Dolzan Helena Pimentel Argenta Superintendente da Rádio Cacique Diretor da Rádio Lagoa FM Diretor da Rádio Esperança FM Diretor da Rádio Alternativa COORDENADORES Coordenador da Fundação Gaúcha do Trabalho Coordenadora do Lar da Menina 65 GERENTES (BANCOS) Iraci Antoninho Moresco Gerente do Banco do Brasil Jari Barreto dos Santos Gerente do Banco Santander Amarildo da Silva Helmut Gerente do Banco Bradesco Luizmar Zanotto Gerente do Banco Banrisul Luiz Fernando Lindner Gerente da Caixa Econômica Federal Ênio Leal Gerente do Banco Sicredi Norberto Antônio Camargo Gerente da CESA Clodir Osmar Neuman Gerente da ECT GRUPOS TRADICIONALISTAS João Carlos Ferri Coordenador do Grupo Bombacha Branca Sidemar dos Passos Coordenador do Grupo Bombacha Preta Luiz Filipe Zonta Patrão do Grupo de Arte Nativa Eduardo Melo Patrão do Piquete 35 Volmir Vieira de Carvalho Patrão do CTG Alexandre Pato Maria Raquel Rates Patroa do DCT Herança Gaúcha ADMINISTRADORES Álvaro Bagatini Administrador da Fundação Araucária Antônio Névio Cardoso Lopes Administrador do Presídio Regional CHEFES José Aldoir da Luz Costa Chefe da Unidade de Saneamento da CORSAN LV Gilson Antônio Teles Cordeiro Chefe da EMATER Luiz Antônio Ribas Chefe do IPE João alberto Bernardi Chefe do IBGE Leni Maria do Carmo Accorsi Chefe do INSS (Setor Benefício) Osmar Schimidt Chefe da Inspetoria Veterinária Oscar Carbonara Chefe da Fiscalização ICMS Manassés da Costa Toledo Chefe da Agência da Receita Federal Sérgio Bazzo Chefe do Posto da Polícia Rodoviária Federal Paulo Cezar Jacoby dos Santos Assistente Chefe do Posto da Justiça do Trabalho de LV Nestor Pereira Barreto Responsável da Empresa Nova Era ENTIDADES ESPORTIVAS Hildebrando Aramis Bitencourt Presidente da A. A. Portuguesa Paulo Roberto Bossoni Moura Presidente da SER Auri Verde Osvaldo Muller Presidente da SER Santos Irval Dal Castelli Presidente da Assoc. de Veteranos Vasco da Gama 66 CONSELHOS MUNICIPAIS Cácio Fernando Vieira Andrade Pres. Cons. Municipal da Saúde - CMS Mário Miguel da Rosa Muraro Pres. Cons. da Criança e do Adolescente – COMDICA Salate Terezinha Soares de Lima Pres. Cons. Municipal de Educação CME Lenira Bombassaro Pres. Cons. Municipal de Alimentação Escolar - CAE Ivan Melo Pres. Cons. Munic. De Desenvolvimento – COMUDES Cleocir Antônio Chilanti Pres. Cons. Munic. de Agropecuária Edeivilson Vigo Pres. Cons. Munic. de Desporto - CMD João Vicente Barreto da Costa Pres. Cons. Munic. de Turismo José Carlos Muraro Pres. Cons. Munic. de Assistência Social Rosângela Vasques Nezello Presidente do Lar da Menina Helena Pimentel Argenta Coord. Cons. Munic. da Comunidade Getúlio Dutra Pres. Cons. Munic. de Trânsito EDUCAÇÃO INFANTIL – CRECHES/PRÉ-ESCOLA Lemária Ferreira Bueno Coord. Creche Munic. Conceição Pires Cloreci Bonaldi Betoni Coord. Creche Munic. Éderson Leite Zeli Salete Tassi Resp. Creche Munic. Mônica Bonotto Jeane Maria Pegoraro Zago Coord. Esc. Ed. Inf. Cantinho do Saber DIRETORES - ESCOLAS ESTADUAIS Ezonéa Pereira Kramer E.E.E.F. Alda de Lourdes Sebem Leoni Santos Machado E.E.E.F. João Evangelista Saraiva Lúcia Regina Bernardi E.E.E.M. Dr. Araby Augusto Nácul Nelson Mauro Kartabil E.E.E.F. Trajano Machado Selma Inês Bitencourt Tormen E.E.E.F. Duque de Caxias Olinda Moreira e Silva E.E.E.F. Diógenes E. da Cunha - CIEP Ruth Beatriz Bussolotto E.E.E.F. Delfina Loureiro Inês Antonieta I. Biazus E.E.E.M. Presidente Kennedy Rita de Cássia Noé Borges da Costa E.E.E.F. José Ferreira Bueno Andréa Dalcastelli da Luz E.E.E.M. Francisco Argenta Maria de Lourdes Piccoli Bassani E.E.E.F. Dr. Silveira Neto Antônio Abelardo Teixeira E.E. Téc. Agrícola Desidério Finamor DIRETORES – ESCOLAS ESTADUAIS NO INTERIOR Edaniomar Castro de Ávila E.E.E.F. Orozimbo Tondello Sueli de Fátima Fagundes E.E.E.F. Monteiro Lobato Diva Helena Colle E.E.E.F. Luis Sorgato Cleonice Izabel Zotti Mignoni E.E.E.F. João Anselmo Ferreira 67 DIRETORES – ESCOLAS PARTICULARES César Luis Farias Escola Rainha da Paz/Garra Laureci Rosa Stormovski de Andrade Escola CECLEA/UNOPAR Maria Stella Bortoncello UPF Campus de Lagoa Vermelha Loiva Helena Schwantes Stafforti Esc. Ed. Especial Cantinho Esperança APAE PRESIDENTES DAS ASSOCIAÇÕES DE BAIRROS Miguel Gilberto dos Passos União das Assoc. de Bairros -UAB João Batista Pereira de Oliveira Bairro Alto Pedregal Elvisto Pereira de Matos Bairro Boa Vista Jorge Alencar Ferreira Bairro Ernani Dias de Moraes Lorinda Hanke da Rosa Bairro Floresta Paulo Dias Barbosa Bairro Fraternidade Neosa Reginatto Bairro Gentil João Francisco do Nascimento Bairro Industrial Agenor Nunes de Mello Bairro Medianeira Sebastião Gabriel Merib Bairro Manoel Vieira da Fonseca Antônio Lourenço Borges da Cunha Bairro Nunes André Luiz Fim Bairro Nossa Senhora Aparecida Adimir Carlos Lemos da Rosa Bairro Nossa Senhora Consoladora Luiz Antônio Pereira de Souza Bairro Operário Ilide Baggio dos Santos Bairro Oliveira Pedro Padilha dos Santos Bairro Rodrigues Marcos Aurélio de Oliveira Bairro São José Neiva Consoladora Rodrigues Moreira Bairro Suzana Dioroci José Xavier Bairro São Sebastião Abrahão de Jerusalém F. do Amaral Clemente Argolo Américo Bittencourt de Souza Santa Luzia PROJETOS Silvinha Seganfredo AABB Comunidade Onésio Miclei Soares de Oliveira Centro Social Urbano Irmã Rosangela Stefenon Bombeiro Mirim Ana Lúcia Bolsonelo Pastoral do Menor DIRETORES – ESCOLAS MUNICIPAIS Roselene Bozza Dalemolle E.M.E.F. Léa Beatriz Q. Dolzan Lenira Bombassaro E.M.E.F. Marcílio José Machado Rosa de Fátima Scheidt do Prado E.M.E.F. Clóvis Pestana Ivanete de Fátima Dal’Olmo E.M.E.F. Antônio Carlos A. Nácul Marilene Gomes de Oliveira E.M.E.F. João Protásio da Luz DIRETORES – ESCOLAS MUNICIPAIS DO INTERIOR Nilde Pastorello Carneiro E.M.E.F. Adão Castellano Áurea Maria de Fitueiredo Machado E.M.E.F. Antonio Sales Sueli Minozzo Omizzollo E.M.E.F. Avelina Refosco Gomes Marileide Brandão Pinto E.M.E.F. Assis Brasil Sueli Minozzo Omizzollo E.M.E.F. Casemiro de Abreu Maria Aparecida Ferreira Gurdal Bem E.M.E.F. Francisco Gonçalves de Souza Jeane Maria Pegoraro Zago E.M.E.F. Eulália Maria Damasceno Maria Helena Mecca Koike E.M.E.F. Professor Saraiva 68