1 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE T ECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE T ECNOLOGIA EM LOGÍSTICA THAISA ROCHA VIEIRA THALITA ROCHA VIEIRA A engenharia de tráfego na logística de transporte: Um estudo de caso em uma concessionária de rodovias na região noroeste do estado de São Paulo LINS/SP 1º SEMESTRE/2014 2 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE T ECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE T ECNOLOGIA EM LOGÍSTICA THAISA ROCHA VIEIRA THALITA ROCHA VIEIRA A engenharia de tráfego na logística de transporte: Um estudo de caso em uma concessionária de rodovias na região noroeste do estado de São Paulo Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antonio Seabra, para obtenção do Título de Tecnólogo(a) em Logística. Orientador: Prof. Dr. Eduardo Teraoka Tófoli LINS/SP 1º SEMESTRE/2014 3 THAISA ROCHA VIEIRA THALITA ROCHA VIEIRA A engenharia de tráfego na logística de transporte: Um estudo de caso em uma concessionária de rodovias na região noroeste do estado de São Paulo Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antonio Seabra, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Tecnólogo(a) em Logística sob orientação do Prof. Dr. Eduardo Teraoka Tófoli. Data de aprovação: ___/___/___ ____________________________ Orientador (Eduardo Teraoka Tófoli) ______________________________ Examinador 1 (Sandro da Silva Pinto) ______________________________ Examinador 2 (Silvio Ribeiro) 4 A engenharia de tráfego na logística de transporte: Um estudo de caso em uma concessionária de rodovias na região noroeste do estado de São Paulo Thaisa Rocha Vieira 1, Thalita Rocha Vieira 2 Eduardo Teraoka Tófoli 3 1,2 Seabra – Fatec, Lins-SP, Brasil Docente do Curso de Logística da Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antônio Seabra – Fatec, Lins-SP, Brasil 3 RESUMO Pode ser definida como um dos ramos da engenharia que lhe compete à construção, conservação e manutenção de redes rodo-ferroviárias, além de portos e aeroportos, projeto de veículos e logística de transferência de produtos. Sua importância está estruturada na organização do fluxo da movimentação da rodovia através das ferramentas e controles da engenharia do tráfego, pois a qualidade da rodovia beneficia a logística de transporte rodoviário proporcionando a viabilidade dos veículos principalmente dos usuários que prestam serviços. A entrega das mercadorias em perfeito estado na hora e no local correto é primordial. Para atingir esse objetivo, foi realizado uma pesquisa de campo em uma concessionaria de rodovias. Para realizar a pesquisa foi feito uma pesquisa bibliográfica através de livros e artigos e uma pesquisa de campos, buscando coletar através de depoimentos do gerente e colaboradores informações para elaborar essa pesquisa. O estudo realizado mostrou de maneira eficaz que a influência da engenharia de tráfego na logística de transporte rodoviário tem recuperado, conservado, ampliado e modernizado a rodovia, aumentando o nível de segurança dos usuários, condições de viabilidade e interferindo positivamente na logística de transportes de pequenas, médias e grandes empresas. Palavra chave: Engenharia de Tráfego, Logística de Transportes, Importância. ABSTRACT The traffic engineering can be defined as a branch of engineering that task to the construction, upkeep and maintenance of road and rail networks, as well as ports and airports, vehicle design and logistics of moving products. Its importance is structured in organizing the flow of movement through the tools of the highway and traffic engineering controls as quality benefits of highway logistics road transport providing the viability of vehicles mainly for users who provide services. The delivery of goods in perfect condition at the time and in the right location is paramount. Thus, the aim of this work was to verify the influence of the traffic engineering in logistics road transport business To achieve this goal, a survey was conducted in a field Dealers highways. To conduct the survey was done through a literature search of books and articles and research fields, seeking to collect through testimonials manager and employees information to develop this research. The study showed effectively that the influence of the traffic engineering logistics road transport has recovered, maintained, expanded and modernized the highway, increasing the level of user safety, feasibility conditions and interfering positively in the transport 5 logistics of small medium and large Keyword: Traffic Engineering, Transportation Logistics, Importance. companies. 1 INTRODUÇÃO No Brasil a Engenharia de Tráfego evoluiu como um ramo da Engenharia a partir do final da década de 50, face ao aumento do processo de urbanização causado pela industrialização dos centros urbanos, particularmente da indústria automobilística. Segundo Institute of Traffic Engineering – ITE (2008) é o setor da Engenharia que trata do planejamento e do desenho geométrico das ruas, estradas de rodagem com as operações de tráfego, entre outros. Engenharia de Transportes ou Engenharia de Tráfego também pode ser definida como um dos ramos da engenharia, que lhe compete à construção e manutenção de redes rodo-ferroviárias, além de portos e aeroportos, projeto de veículos e logística de transferência de produtos. São os engenheiros em transportes os responsáveis pelo projeto e duplicação de estradas além de desafogação de lugares onde ocorrem congestionamento. (ENGENHARIA DE TRANSPORTES, 2009) Entretanto, falando da engenharia de transporte rodoviário, o qual é predominante no Brasil, entende-se que a engenharia de tráfego é o movimento das pessoas e das mercadorias e o reflexo das diferentes atividades existentes numa sociedade, sendo um fator determinante para a qualidade de vida das pessoas. A engenharia que se ocupa do movimento eficiente e seguro de pessoas e bens na rede viária tem como objeto o estudo da mobilidade (facilidade de deslocação) e como objetivo a otimização do sistema viário garantindo o acesso das pessoas aos locais (acessibilidade). Por outro lado, o sistema de transportes, qualquer que seja a perspectiva que se tome, tem como elementos essenciais o Homem, o veículo e a infra-estrutura. (POZO, 2008) Segundo Pozo, (2008) a logística de transporte rodoviário empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria–prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos usuários a um custo razoável. Diante disso, o objetivo da pesquisa é verificar a influência da engenharia de tráfego na logística de transportes rodoviário empresarial. Na realização da pesquisa utilizou-se pesquisa bibliográfica, através de livros e artigos e uma pesquisa de campo. Dentro dessas análises, a pesquisa de campo foi realizada na empresa Transbrasiliana, localizada na cidade de Lins - SP, onde busca trabalhar com a engenharia de tráfego a fim de, melhorar a segurança viária, realizando controles e análises de fluxo de veículos que passam pela via, ajudando assim, os veículos que transitam nelas. 2 HISTÓRIA DA LOGÍSTICA Ching (1999) afirma que antes de 1950, a logística era caracterizada pela falta de uma filosofia dominante capaz de conduzi-la. Nessa época, a empresa era dividida sob responsabilidade de diferentes áreas, como por exemplo, o transporte estava sob o comando da gerência de produção, enquanto os estoques era de responsabilidade do marketing, finanças ou produção, e o processamento de pedidos era controlado por finanças ou produção. Isso tudo, gerava conflitos de objetivos e responsabilidades para as atividades logísticas e caracterizava a falta de integração logística entre os setores da empresa. Antigamente a movimentação e aquisição de mercadorias eram complexas devido à falta de acessibilidade entre localidades. Os alimentos e outros bens de consumo 6 estavam disponíveis somente em alguns períodos do ano devido à sazonalidade e dificuldade de estocagem. As limitações em relação à ausência de um sistema de transporte e de armazenagem eficientes e eficazes forçavam as pessoas a viverem próximo dos centros produtivos e a consumirem uma pequena parte de mercadorias que tinham acesso (CHRISTOPHER, 1999). Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, “Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas”, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes (CARVALHO, 2002, p. 31). A logística é o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias-primas, estoques durante a produção e produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender aos requisitos dos clientes (BOWERSOX, CLOSS, 1966). Segundo Filho (2001, p. 26) o conceito de Logística é definido como o “processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matéria-prima, estoque durante a produção e produtos acabados”, desde do ponto de origem até o consumidor final, visando atender os requisitos do cliente. Na década de 50, começaram a ser explorados estudos mais específicos sobre a sistemática dos problemas logísticos nos meios, industrial e comercial. Durante mais de trinta anos a logística empresarial vem sendo tratada de forma sistemática, ajudando a resolver problemas ligados à armazenagem, transporte e distribuição de produtos e insumos, bem como problemas de localização e dimensionamento dos meios disponíveis (DEMARIA, 2004). De acordo com Ballou (1993) a contribuição dada pela logística foi a tentativa de encontrar um denominador comum entre oferta e demanda e prover produtos e serviços, quando e onde os clientes (foco da empresa) fizeram seus pedidos e receberam os mesmos na condição requisitada. O Conselho dos Profissionais de Logística (2008) define a logística empresarial como atividade que engloba o recebimento, a expedição, a gestão dos transportes, o manuseio e a armazenagem de materiais, para tal atividade é necessário promover uma organização integrada, gestão de estoques, gerenciamento de terceiros, planejamento das demandas, tanto de compras como de produção e expedição, controle de fretes, de armazenagem, dos seguros e demais despesas típicas destas operações. Nos dias atuais, a logística se tornou uma ferramenta estratégica, um diferencial de competitividade, e esta focada em outros pilares que complementam os primeiros objetivos básicos (DEMARIA, 2004). A flexibilidade dos sistemas de produção e algumas ferramentas mercadológicas buscam atender continuamente as necessidades dos clientes, foco atual da logística, técnicas essas que modificaram os princípios que modelavam à logística, tornando mais amplos, envolvendo, todo o processo, desde a matéria-prima até a chegada do produto final ao consumidor (DEMARIA, 2004). “Atualmente a Logística está bem servida de tecnologias no Brasil. O ponto ainda vulnerável na Logística é o capital humano, que apesar do conceito, relativamente novo no Brasil, em função do pouco tempo, foi menos desenvolvido, que as tecnologias. As organizações chegam a ponto de ruptura do desenvolvimento por falta destes profissionais” (FILHO, 2001, p.86). Logística é atender as necessidades dos clientes, entregando produtos na forma desejada, no tempo desejado, na quantidade requisitada, no menor custo possível, para o cliente correto e na condição desejada (MOURA, 1999). 7 Uma definição adotada por Mossmann (2004) diz que a logística é aquela parte do processo da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e estocagem eficiente e eficaz dos produtos, serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem ao ponto de consumo a fim de atender as necessidades dos clientes. Os objetivos da logística são disponibilizar produtos e serviços no local, no momento em que são necessários para o uso, a um menor custo possível. Para tanto, esta diretamente relacionada com a disponibilidade de materiais (matérias primas e produtos semi-acabados) no local onde são requisitados. A logística envolve a integração de informações, transporte, inventário, armazenamento, manuseio e embalagem de materiais. (MOSSMANN, 2004, p. 36). Na definição dada por Russel (2000) entende-se que a logística cuida para que o cliente final obtenha o produto correto, para o cliente correto e no custo correto. O mesmo autor define logística de outra forma mais completa: Determinação de requisitos de material, compras, transporte, gerenciamento de estoque, armazenagem, movimentação e manuseio de materiais, embalagens, estudos de localização de instalações, gerenciamento da informação, atendimento a clientes e todas as atividades relacionadas a material para clientes internos (manufatura) e para com produtos acabados para clientes externos (varejo). (RUSSEL, 2000, p. 39). É responsabilidade da logística, garantir que o cliente receba seu produto na forma e momento desejado (NOVAES, 2011). A logística é, na verdade, uma evolução que decorre da competição nas atividades humanas, acompanhando e muitas vezes antecipando as mudanças tais como: diversificação da produção, maior competição entre as empresas, pressão para reduzir custos, o local de produção não é o local do consumo, distâncias crescentes, atingíveis, globalização crescente da economia, novas necessidades do cliente ou consumidor (MENEZES, 2000, p. 24). “Com a globalização e o nascimento da Internet no mundo moderno, a logística se mostrou muito mais que necessária. Com isso, as pessoas passaram a adquirir produtos no conforto de suas próprias casas, aparecendo cada vez mais campo para a logística crescer. As empresas de hoje em dia devem estar preparadas para a competição logística a nível mundial, prontas para fazer entregas ao outro lado do mundo em menos de 24 horas, mesmo dentro de seu território local, mudando, assim, o foco de empresas multinacionais” (LARRANAGA, 2003, p. 27). 2.1 CONCEITOS DE LOGÍSTICA Segundo Ballou (1998), a logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Fleury (2000, p. 27) apresenta a logística como um verdadeiro paradoxo. É, ao mesmo tempo, uma das atividades econômicas mais antigas e um dos conceitos gerenciais mais modernos. Desde que o homem abandonou a economia extrativista, e deu início às atividades produtivas organizadas, com produção especializada e troca dos excedentes com outros produtores, surgiram três das mais importantes funções logísticas, ou seja, estoque, armazenagem e transporte.” 8 Para Pires (1999), a logística engloba o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, custos efetivos de fluxos e estoque de matéria-prima, estoque circulante, mercadorias acabadas e informações relacionadas do ponto de origem ao ponto de consumo com a finalidade de atender aos requisitos do cliente. Novaes (2001) comenta que a Logística moderna procura coligar todos os elementos do processo – prazos, integração de setores da empresa e formação de parcerias com fornecedores e clientes – para satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores finais. O conceito de logística para Czinkota (2001, p. 314) também chamada de distribuição física, “a logística envolve planejamento, implementação e controle do fluxo físico de materiais, produtos finais e informações correlatas, dos pontos de origem até os pontos de consumo”, de modo a atender às exigências dos clientes a certo lucro. Quer se escolha usar a expressão distribuição física, logística ou gerenciamento da cadeia de suprimento, o princípio subjacente é a obtenção de uma forte cooperação entre os membros do canal através de um efetivo gerenciamento interorganizacional. Conforme Bowersox (2003), é de competência da logística a coordenação de áreas funcionais da empresa, desde a avaliação de um projeto de rede, englobando localização das instalações inclusive estrutura interna, quantidade, sistema de informação, transporte, estoque, armazenagem, manuseio de materiais até se atingir um processo de criação de valor para o cliente. Christopher (1999, p. 2) refere-se ao conceito de logística da seguinte forma: A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing de modo a poder maximizar as lucratividades presentes e futuras através do atendimento dos pedidos a baixo custo. “Todo o processo logístico, que vai da matéria-prima até o consumidor final, é considerado entidade única, sistêmica, em que cada parte do sistema depende das demais e deve ser ajustada visando o todo” (NOVAES, 2007, p. 13). O processo de integração das informações entre os setores de transporte, estoque, armazenamento e movimentação tem sido considerado um fator estratégico importante na promoção de resultados positivos para a empresa, já que a competência logística é alcançada por meio de um alto nível de gerenciamento (VARGAS, 2005). Com o advento da globalização, devido à constante quebra de barreiras comerciais, o mercado se tornou altamente competitivo, exigindo a busca incessante da excelência e da qualidade dos produtos e serviços para atender ao cliente de forma mais satisfatória. É nesse contexto que o complexo e extenso ramo da logística é desafiado em toda a sua extensão, particularmente quanto à gestão do transporte, por ser este o responsável pela movimentação de mercadorias e estar sendo constantemente influenciado pelas tecnologias emergentes (VARGAS, 2005). Quando se fala em logística, é importante que se conheça os tipos de modais existente. 3 MODAIS DE TRANSPORTE 3.1 Modal Aéreo De acordo com Ballou (2001, p.125) o modal aéreo é “aquele em que as cargas são transportadas por aviões através do espaço aéreo”. O transporte aéreo é um modal ágil e recomendado para mercadorias de alto valor agregado, pequenos volumes e encomendas urgentes. É competitivo para produtos 9 eletrônicos, como por exemplo, computadores, softwares, telefones celulares, etc., e que precisam de um transporte rápido em função do seu valor, bem como de sua sensibilidade a desvalorizações tecnológicas (KEEDY, 2000). 3.2 Modal Ferroviário De acordo com Dias (1993, p. 347) “o modal de transporte ferroviário é aquele realizado através de ferrovias, por vagões, que podem ser fechados, plataformas entre outros”. “No inicio da construção das ferrovias elas eram o meio de transporte mais utilizado, tendo um custo muito baixo quando utilizado para grandes cargas em longas distâncias, mas com o surgimento das rodovias elas foram deixadas de lado e entraram em decadência” (RODRIGUES, 2004). A distância e a densidade do tráfego são fatores determinantes para a viabilização da ferrovia. O parâmetro internacional usual é destinar a ferrovia lotes de mercadoria cuja distância de transporte exceder a 500 km. Portanto, pode-se afirmar que esse é o modal por excelência para grandes volumes de cargas. Outro ponto a ser considerado é que, na maioria das vezes, o tempo de viagem é irregular, em decorrência das demoras para a formação da composição, paradas no percurso, transferências de bitolas, congestionamentos de linhas, etc. a conjugação desses fatores aliada a uma visão imediatista, determinou o desmonte de inúmeros trechos e a sucatização de outros para a construção de rodovias ao longo de seus leitos (RODRIGUES, 2004) De acordo com Rodrigues (2004), o modal ferroviário, por suas características operacionais, apresenta vantagens, como: capacidade para transportar grandes lotes de mercadorias, fretes baixos, de acordo com o volume transportado, baixo consumo energético, adaptação ferro-rodoviária, rodo trilho e o provimento de estoques em trânsito. Em relação às desvantagens, ainda segundo Rodrigues (2004), destacam-se: o tempo de viagem demorado, o custo elevado quando há necessidade de transbordos, a dependência da disponibilidade de material rodante e a baixa flexibilidade de rotas. 3.3 Modal Marítimo As navegações do modal marítimo acontecem nos mares e oceanos. Os veículos utilizados são os navios, barcos, barcaças, entre outras embarcações, de diversos tamanhos, tipos e finalidades, com capacidade de carregarem expressivas quantidades e toneladas. (KEEDY, 2008) “O navio é um veículo adequado para mercadorias comuns, perecíveis e perigosas” (RODRIGUES, 2004, p. 257). Cabe ressaltar que, Keedy (2008), comenta que os navios dividem-se em: a) Navios de carga geral: possuem porões (holds) e pisos ou coberturas (decks) e podem comportar diferentes quantidades de carga. Existem os navios para carga seca como máquina, equipamentos, e para carga com controle de temperatura (reefer), por exemplo, carnes, laticínios, frutas, etc. b) Navios especializados: são definidos pelo tipo de carga: graneleiros sólidos (bulk carrier) como, por exemplo, os produtos agrícolas e graneis; tanques (tanker) apropriados para mercadorias líquidas (petróleo, sucos, produtos químicos); gaseiros adequados para transporte de gás; roll-on roll-off, para cargas rolantes (automóveis, ônibus) e porta-containers (full container ship) especializado no carregamento de container. c) Navios multipropósitos: transportam cargas de mais de um tipo de navio, por exemplo, container e veículos. 10 O valor do frete marítimo é o montante cobrado pelo transporte, mas há também outras despesas que não compõem o valor do frete que devem ser consideradas, pois se formam os custos portuários, como capatazia (THC), taxas cobradas pela arrumação da carga no navio, utilização das instalações portuárias, entre outras. (DIAS e RODRIGUES, 2004). 3.4 Modal Rodoviário De acordo com Nazário (2000), para que o produto seja competitivo é indispensável um sistema de transporte eficiente, pois o custo de transporte é uma parcela considerável do valor deste produto. O transporte rodoviário é um dos mais simples e eficientes dentro dos seus pares. Sua única exigência é existir rodovias. (RODRIGUES, 2003) “O transporte de carga é exercido predominante com veículos rodoviários denominados caminhões e carretas, sendo que ambos podem ter características especiais e tomarem outras denominações” (KEEDY, 2003 p.101). De acordo com Rodrigues (2003), os veículos utilizados no transporte rodoviário são classificados por sua capacidade de carga, quantidade e distância entre eixos. Conforme Keedy (2003), suas capacidades de transporte dependem de sua força de tração, tamanho, bem como quantidade de eixos. O peso do veículo em si é denominado de tara enquanto sua capacidade de carga é a sua lotação, no inglês payload, sendo que somados representam o peso bruto total do veículo. Afirma Rodrigues (2003), a malha federal, composta pelas rodovias conhecidas pelo prefixo BR, compreende: a) Radiais – Começam em Brasília, numeradas de 1 a 100; b) Longitudinais – Sentido Norte-Sul, numeradas de 101 a 200; c) Transversais – Sentido Leste-Oeste, numeradas de 201 a 300; d) Diagonais – Sentido diagonal, numeradas de 301 a 400; e) De ligação – Unem as anteriores, numeradas de 401 a 500. Ainda segundo a visão desse autor, dentre as rodovias federais consideradas de integração nacional, destacam-se as seguintes: a) BR 101 – Cobre o litoral brasileiro desde a cidade de Osório (RS), passando por capitais litorâneas como Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE) e João Pessoa (PB), indo terminar em Natal (RN). b) BR 116 – Começa em Jaguarão (RS), na fronteira com Uruguai e corre paralela a BR 101, um pouco mais ao interior, passando por Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Minas Gerais (MG), Bahia (BA). c) BR 153 – A única que atravessa as cinco micro regiões do país, através de sua parte central, iniciando na cidade de Acegua (RS), na fronteira com o Uruguai, cruzando o território dos estados Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Oeste de São Paulo e de Minas Gerais. 3.4.1 Importância do Modal Rodoviário Segundo Ballou (2007), a administração de transportes é o braço operacional da função de movimentação que é realizada pela atividade logística cujo objetivo é assegurar que o serviço de transporte seja realizado de modo eficiente e eficaz. Para o autor, o transporte é, sob qualquer ponto de vista, seja militar, político ou econômico, a atividade mais importante do mundo. Na operação logística, as atribuições do transporte estão relacionadas, principalmente, às dimensões de tempo e utilidade de lugar. De acordo com Nazário (apud FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2008). 11 As vantagens do transporte rodoviário, apresentadas por Ballou (2007), são: serviço porta a porta, sem necessidade de carregamento ou descarga entre origem e destino; frequência e disponibilidade dos serviços; velocidade e conveniência. Segundo Valente, Passaglia e Novaes (2001), o modo rodoviário atinge, praticamente, todos os pontos do território nacional, sendo o mais expressivo no transporte de cargas, no Brasil. Geralmente, o transporte de carga é realizado por empresas privadas ou transportadoras. A administração das atividades de transporte, em uma empresa, fica por conta dos setores de: administração, operações, finanças, marketing e recursos humanos, podendo, também, haver outros setores vinculados, dependendo da microestrutura da transportadora. Dessas, a diretoria de operações está diretamente ligada à gestão da frota. A administração do transporte contratado de terceiros difere da movimentação realizada por frota própria. Nos serviços contratados, é preciso analisar a negociação de fretes, a documentação da empresa e dos veículos, a auditoria e consolidação de fretes; na frota própria, devem ser gerenciados o despacho, o balanceamento de carga e a roteirização. Com relação à frota própria, uma das razões para a empresa ter ou alugar uma frota de veículos é obter melhor desempenho na entrega e diminuir os custos. “Muitas vezes, o gerente de tráfego deve administrar uma mistura de transporte próprio e de terceiros” (BALLOU, 2007, p. 139). Nesse aspecto, para Novaes (2007), o transporte rodoviário de carga possui uma diferenciação nas operações, segundo a capacidade do veículo, que é chamado de lotação completa e de carga fracionada. Ainda segundo Ballou (20017), a lotação completa corresponde à transferência de produtos entre a fábrica e um centro de distribuição em um veículo maior, completamente lotado. Nesse modo operacional, além do transporte de uma quantidade maior, há três ganhos principais de custo: “o veículo é [...] maior, com custo mais baixo por unidade transportada; por ser mais homogênea, a carga é melhor arrumada dentro do caminhão [...]; eliminam-se inúmeras operações intermediárias [...] com expressiva redução dos custos de movimentação da carga” (NOVAES, 2007, p. 245). A gestão do transporte rodoviário é de relevância na execução eficaz e eficiente das operações de transporte. A logística preocupa-se com os vários aspectos que envolvem o produto, desde a armazenagem e manuseio das mercadorias, até o transporte seguro da carga. O gestor dessas operações deve conhecer todo o sistema de distribuição, interrelacionando essas atividades com as demais informações de outros setores importantes da empresa. A distribuição física de produtos envolve diversos componentes físicos e informacionais, que são: instalações físicas, estoque de produtos, veículos, informações diversas, custos e pessoal. Todos esses componentes estão interligados e é função logística cuidar para que cada elemento seja administrado adequadamente (NOVAES, 2007). A gestão dos veículos de transporte também requer atenção especial. Como os produtos são comercializados em pontos diferentes do local de fabricação, a distribuição requer o uso de veículos, geralmente caminhões, para fazer a transferência dos produtos da fábrica até o depósito do atacadista, ao centro de distribuição do varejista e às lojas. A decisão acerca do tamanho e capacidade dos veículos é função do gestor de operações logísticas, podendo ser a lotação completa para veículos maiores e, em caso de abastecimento de lojas ou freqüência maior nas entregas, opta-se por veículos menores (NOVAES, 2007). Outro elemento necessário para que a empresa seja competitiva e operacional e que deve ser constantemente avaliado pelo gerente logístico é o custo de deslocamento do produto. A transferência de produtos de um local para outro provoca um custo de transporte que é medido, geralmente, pela distância e pela quantidade de carga deslocada. Portanto, faz parte de uma gestão eficaz do setor logístico e do sistema de 12 distribuição a “disponibilidade de uma estrutura de custos adequada e constantemente atualizada” (NOVAES, 2007, p. 254). Para que os modais de transporte sejam eficiente, é necessário que se entenda a engenharia de tráfego. 4 ENGENHARIA DO TRÁFEGO A Engenharia do Tráfego caracteriza-se como uma área de conhecimento interdisciplinar (como de resto toda a Engenharia de Transportes). Uma equipe completa de projetos de tráfego deve ser composta, segundo alguns atores, por: engenheiros civis, engenheiros de estruturas, engenheiros de tráfego, arquitetos, paisagistas, urbanistas, planejadores urbanos, sociólogos, geógrafos urbanos, economistas, matemáticos (matemática aplicada), advogados e analistas de mercado (PIGNATARO, 1973). A área de atuação do especialista em engenharia do tráfego tende a restringir-se às intervenções na via, ou seja, no sistema viário. Suas funções primordiais são estudar informações sobre acidentes, identificar pontos críticos e analisar o método de intervenção que pode reduzir a frequência de acidentes em locais com índices elevados de acidentes (GOLD, 1998). Segundo o Institution of Civil Engineers, da Inglaterra, Engenharia de Tráfego é a parte da Engenharia que trata do planejamento do tráfego e do desenho de vias; do seu desenvolvimento e das facilidades para estacionamento, com o controle do trânsito para proporcionar segurança e a conveniente e econômica movimentação de veículos e pedestres (DUARTE, 2011). A ABNT apresenta a seguinte definição: “é a parte da engenharia que trata do planejamento, do projeto e da operação das vias públicas e de suas áreas adjacentes, assim como do seu uso, para fins de transporte, sob os pontos de vista de segurança, conveniência e economia”. Se tratando dos modos rodoviários, Engenharia do Tráfego é a área do conhecimento que tem como objetos o planejamento, projeto geométrico e operação de tráfego em vias, suas redes, terminais, lotes lindeiros e relações com outros modos de transporte, a Engenharia do Tráfego tem como objetivo assegurar o movimento seguro, eficiente e conveniente de pessoas e bens (PIGNATARO, 1973). Segundo Gold (1998), se comparados com os programas de educação e fiscalização do trânsito, os investimentos em engenharia de tráfego apresentam certas vantagens. Em primeiro lugar, os resultados são imediatos e comprováveis, o que dificilmente ocorre com as campanhas publicitárias ou com os programas de educação de trânsito. Em segundo lugar, os resultados tendem a ser mais duradouros e menos dependentes dos investimentos contínuos de recursos humanos. Quando as medidas de engenharia do tráfego são mais completas e incluem modificações urbanísticas de pequeno porte, os resultados podem chegar a ser ainda maiores. Algumas intervenções em pontos críticos podem reduzir substancialmente a ocorrência de acidentes no local da intervenção, quando não eliminá-los totalmente. Segundo experiências estrangeiras e brasileiras na implantação de um grande número de intervenções viárias de diversos tipos, pode-se esperar uma redução média de aproximadamente 30% na frequência de acidentes nos locais tratados (GOLD, 1998). Conforme Duarte (2011) os profissionais da Engenharia do Tráfego precisam ter formação superior em Engenharia, Arquitetura ou Tecnologia, podendo atuar nas áreas de Planejamento, Projetos, Sinalização e Operação de Tráfego. 5 METODOLOGIAS 13 Para realização dessa pesquisa os autores buscaram verificar a influência da engenharia de tráfego na logística de transportes rodoviário empresarial. Para analisar a importância da engenharia de tráfego na eficácia da logística de transportes rodoviário foi realizada uma pesquisa de campo em uma concessionária de rodovias, localizada na região noroeste paulista. A empresa pesquisada, Concessionária de Rodovias foi fundada por volta de 2006 com o objetivo de ingressar no setor de concessões de rodovias, tanto nas licitações federais como estaduais. O trabalho foi feito por meio de pesquisa bibliográfica e realizado em uma Concessionária de Rodovia, foram levantados dados sobre a empresa, efetuado um questionário e através do mesmo foi montado o estudo de caso. 6 ESTUDO DE CASO 6.1 Caracterização da empresa Segundo Julio responsável pelo setor do Centro de Controle Operacional, a empresa concessionária de Rodovia é uma empresa do grupo BRVias, responsável pela administração da concessão do trecho paulista da BR-153, no total de 321,6 km que se estende da divisa São Paulo - Minas Gerais à divisa São Paulo-Paraná. Sua sede está instalada em Lins. Esse trecho faz parte do Programa de Concessões Rodoviárias do Governo Federal. As suas atividades são regulamentadas e fiscalizadas pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). O grupo que a empresa faz parte, a BRVias foi fundado em 2006, resultado da associação do grupo Splice e do Comporte. O grupo nasceu com objetivo de ingressar no setor de concessões de rodovias, tanto nas licitações federais como estaduais. A primeira atuação do grupo BRVias foi no leilão federal, ocorrido em 9 de outubro de 2007, na Bolsa de Valores de SP, onde fez lances em quatro dos sete lotes de estradas do Programa de Privatização Federal: Fernão Dias (São Paulo/Belo Horizonte); Régis Bittencourt (São Paulo/Curitiba), o trecho de Curitiba a Florianópolis da BR-101; e o trecho paulista da BR-153 (São Paulo). O Grupo BRVias foi vencedor do trecho paulista da BR-153, com o valor de R$ 2,45 de pedágio nas quatro praças prevista no trecho de 321,6 km que se estende da divisa São Paulo - Minas Gerais à divisa São Paulo-Paraná. Para administrar esta concessão, o grupo BRVias criou a empresa Concessionária de Rodovia, com sede em Lins. A BR-153 é a quarta maior rodovia do Brasil, ligando a cidade de Marabá (Pará) ao município de Aceguá (Rio Grande do Sul), totalizando 4.355 quilômetros de extensão. É a principal ligação do Centro-Oeste e do Meio-Norte do Brasil (Pará, Amapá, Tocantins e Maranhão) com as demais regiões do país. Metrópoles como Goiânia e Brasília a utilizam com o principal corredor de escoamento. É também muito utilizada para acender a regiões turísticas como a da estância de Caldas Novas (Goiás), e a cidade histórica de Pirenópolis (Goiás). 6.2 Relato da pesquisa A empresa Concessionária de Rodovia utiliza Sistemas Inteligentes de Tráfego – ITS – são eles: a) GPS que serve para o monitoramento dos veículos de frota da empresa; 14 b) SAT são os analisadores de tráfego que são posicionados na via para recebimento em tempo real, de quais são os tipos de veículos, velocidade, tamanho, entre outras informações; c) PMV (Painel de Mensagem Variável) que são dispositivos para informação ao usuário sobre problemas na via ou veiculação de mensagens institucionais, educativas ou de orientação; d) IVA é um sistema que reconhece pelas câmeras dispostas na via se há veículos parados no acostamento da via ou sobre a faixa de rolamento; e) CFTV (Circuito Fechado de Televisão) na empresa são 109 câmeras de monitoramento; f) Estações Meteorológicas tem equipamentos dispostos na rodovia, com o objetivo de informar dados sobre precipitação, velocidade e direção do vento, neblina, e etc. Todo o ITS é coordenado por técnicos que estão no CCO – Centro de Controle Operacional, que trabalha 24 horas, nos 7 dias da semana. O CCO é responsável pelos atendimentos emergenciais, como acidentes, atendimentos clínicos e demais problemas que comprometam a segurança e conforto do usuário. A logística, no atendimento ao usuário é importantíssima, pois a empresa tem atendimentos a acidentes, panes de veículos, animais na pista e outras tantas ocorrências que ações rápidas devem ser tomadas para garantir a segurança de quem trafega na rodovia. Tem um número de recursos para atender a demanda e a forma de gerar conforto e rapidez ao usuário é utilizar a logística, tornando-a uma aliada na operação de tráfego dentro da empresa. O sistema viário segue um planejamento do órgão competente sobre a via. São realizados estudos de demanda de tráfego, fluxos de pedestres, impactos ambientais, impactos nas comunidades por onde a via será inserida. Sobre ampliação, leva-se em conta as necessidades de adequação e aumento do VDM – média de veículos – de modo evitar congestionamentos, aumentando a capacidade da via, gerando segurança e fluidez no planejamento do sistema viário. O transporte de cargas está ligado diretamente a infra estrutura, pois onde há infra estrutura, há desenvolvimento. É importante lembrar que em estradas conservadas com condições de escoar safras e interligar polos, cria rotas de transporte, influenciando toda a cadeia logística. As áreas da Engenharia do Tráfego existentes na empresa são: a) CCO – Centro de controle operacional – atendimentos emergenciais, monitoramento e coordenação dos recursos operacionais; b) CCI – Centro de controle de informações – concentra todas as informações geradas pelo CCO e demais áreas, consolida e apresenta estudos sobre a concessão; c) Engenharia – cuida das condições do pavimento, obras de arte, instalações e demais itens civis; d) Conservação – Cuida dos sistemas de drenagem da via, poda de vegetação, roçada, limpeza das vias e de placas, etc e) Sinalização viária – cuida de toda sinalização horizontal e vertical da via; f) ITS (manutenção e TI) – cuida de todos os sistemas de monitoramento da via, de maneira manter o CCO com as informações necessárias para a correta operação de tráfego; g) Tráfego – cuida das viaturas operacionais e instalações de atendimento ao usuário, de forma garantir o atendimento, conforto, segurança e fluidez. As melhorias após a concessão são visíveis, basta observar as vias que são cuidadas pelo poder público e as que foram entregues á concessão. Das 10 melhores rodovias no Brasil, 10 estão sob concessão. Melhora no pavimento, na sinalização, 15 serviços de atendimento médico, mecânico e bases de atendimento gratuitos, entre outros serviços operacionais. A empresa tem que levar em conta que onde a infraestrutura é boa e garante deslocamentos seguros há certeza de crescimento das cidades lindeiras. No entanto, o melhor benefício é a certeza de que muitas vidas foram poupadas, pois somente de 2012 para 2013 o número de mortos foi 30% menor. Essa é a maior melhoria. 6.3 Pavimentação e os itens para a logística de transporte rodoviário A pavimentação é uma técnica antiga de cobertura do solo, com inúmeros materiais, que nasceu com o advento da roda e evoluiu com o desenvolvimento dos meios de transporte terrestres. É uma superestrutura constituída por um sistema de camadas de espessuras finitas, construída após terraplenagem com o objetivo de resistir e distribuir ao solo os esforços verticais; melhorar as condições de deslocamento quanto à comodidade e segurança; tornando mais durável a superfície de deslocamento. Outro item é o controle de velocidade, sinalizações, programas de trânsito, sistema de informações aos usuários, entre outros. O programa nacional de controle eletrônico de velocidade (PNCV) tem por objetivo a prestação de serviços necessários ao controle viário nas rodovias federais, mediante a disponibilização, instalação, operação e manutenção de equipamentos eletrônicos, com coleta, armazenamento e processamento de dados estatísticos e dados e imagens de infrações, na forma, quantidades, especificações técnicas. O controle de velocidade é mais uma iniciativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para aumentar a segurança dos usuários de rodovias federais, definido a partir de estatísticas da autarquia. Em todo o mundo, diversos estudos comprovam as vantagens da redução da velocidade para um trânsito mais seguro. Recentemente, a empresa realizou obras de sinalizações para segurança do usuário com iluminação para o usuário ter uma visão melhor, ou seja, uma visão mais ampla, e logo mais todos os trechos, estarão iluminados. Com isso, para manter a fluidez da rodovia, a empresa investe em programas educacionais realizados em escolas, cursos de enfermagem e palestras voltadas especialmente para motoristas de caminhões. 6.4 Monitoramento A rodovia possui equipamentos modernos e câmeras para controle, monitoramento, planejamento e rastreamento do tráfego, através dessas ações a empresa colabora não apenas com mobilidade, mas também com a logística das empresas ensinando o uso correto das rodovias e do próprio bem (veículo de entrega e outros); o rastreamento realizado pela empresa gera segurança aos condutores, pois a rodovia é monitorada em tempo real, em casos de quebra de veículos, roubos, extravios e outros é feito o registro através das câmeras que auxilia as empresas nesses casos mais graves. Assim, através do site da empresa os seus usuários podem se informar sobre as condições e obras realizadas ao longo da rodovia; entrar em contato com a ouvidoria para esclarecer duvidas registrar reclamações sugestões e elogios, pode pesquisar sobre os pedágios e onde eles se localizam; realizar o cálculo da distância de um ponto ao outro, pesquisar sobre a empresa e outros assuntos sobre a rodovia. 7 CONCLUSÃO 16 O transporte rodoviário é predominante em nosso país e é visto que para se obter uma logística eficaz alguns fatores são primordiais como segurança, tempo e entrega na hora, e no local certo devem estar em perfeita harmonia. Dentro das análises realizadas na empresa pesquisada, localizada na região noroeste do estado de São Paulo - SP, pode-se observar que a mesma busca trabalhar com a engenharia de tráfego a fim de, melhorar a segurança viária, realizando controles e análises de fluxo de veículos que passam pela via. A rodovia possui equipamentos modernos e câmeras para controle, monitoramento, planejamento e rastreamento do tráfego, através dessas ações a empresa colabora não apenas como mobilidade, mas também com a logística das empresas ensinando o uso correto das rodovias e do próprio bem. A empresa visa preservar a vida dos usuários investindo na Rodovia e empresa no geral utilizando vários tipos de serviços, campanhas e controles operacionais que viabilizam o pavimento. A importância da engenharia de tráfego na logística de transportes rodoviário envolve a logística porque gerencia a parte do tráfego e atendimento através de estudos como as rodovias de maiores movimentos, os veículos, os volumes de tráfego, a velocidade, o fluxo de tráfego, o controle do tráfego, as sinalizações, os acidentes ocorridos na via entre outros. Neste cenário verifica-se a importância das concessionárias de rodovias para as empresas, pois elas têm o compromisso de manter a rodovia em condições legais e favoráveis de tráfego, além da garantia da entrega e qualidade do serviço em geral. Através da pesquisa, percebe-se que a engenharia de tráfego influência positivamente e é de suma importância na eficácia da logística de transportes rodoviário empresarial porque ela busca manter as estradas em boas condições de uso para que não haja transtornos aos usuários; atendendo bem o mesmo com bom relacionamento entre ambos, atingindo assim o objetivo desse trabalho. Nunca se olhou tanto para logística. Não apenas em função dos gargalos da infraestrutura e do custo no Brasil, mas também devido a problemas que as empresas têm enfrentado em sua rotina do dia a dia. Conclui-se que é somente com a engenharia de tráfego, com seus estudos e aplicações que o conforto e segurança são garantidos. A função de observar, entender e operar o tráfego, levando em conta uma série de variáveis proporciona a fluidez tão importante nos grandes centros. Hoje observa-se que o trânsito é uma das maiores reclamações, justamente por não prever o crescimento da demanda, levando a vias saturadas. Contudo, o conhecimento não termina por aqui, este trabalho pode servir como base para demais pesquisas. Com isso, para pesquisa posterior sugere-se realizar uma pesquisa relacionando o custo de transporte com a utilização da engenharia de tráfego. Sugere-se também que seja feita uma pesquisa avaliando a utilização dos componentes viários (via, veículo e usuário) na utilização da engenharia de tráfego. 8 Referências Bibliográficas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Engenharia de Tráfego – Terminologia – NBR 7032. Rio de Janeiro, 1983. BALLOU, R. H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. BALLOU, R. H. 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