A AUSÊNCIA DE ARBORIZAÇÃO EM ALGUMAS ÁREAS DE DENSA URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE MANAUS:
AVENIDA DJALMA BATISTA.
A AUSÊNCIA DE ARBORIZAÇÃO EM ALGUMAS ÁREAS DE DENSA
URBANIZAÇÃO DA CIDADE DE MANAUS: AVENIDA DJALMA BATISTA.
Thiago Oliveira Neto
UFAM
[email protected]
Fernanda Marques de Almeida
UFAM
[email protected]
O CLIMA DAS CIDADES
RESUMO:
Este artigo propõe estudar a relação da ausência de árvores numa avenida de grande fluxo de veículos
e de alta densidade de urbanização com a presença de construções, ambos favorecem para elevar a
temperatura neste local. A avenida e umas das principais da cidade e recentemente foram plantadas
mudas de árvores no seu canteiro central.
A cidade de Manaus passou por um processo de expansão territorial nos últimos 40 anos,
com o advento da instalação da Zona Franca, onde o aumento populacional fez com que surgissem
novos prédios, conjuntos, ruas e entre outras obras humanas foram erguidas na cidade, onde
priorizamos uma das principais avenidas, que se situa na zona centro-sul que sofreu essa urbanização
de forma intensificada e que não houve uma atenção do poder público em criar medidas que visasse à
plantação de árvores nestes ambientes que tiveram uma mudança no uso do solo que perdeu sua
cobertura vegetal e foi substituída por construções que usam materiais como cimento e asfalto que
absorvem com uma maior intensidade a radiação solar em decorrência de sua cor.
Sua expansão resultou em locais com pouca até chegando à ausência de cobertura vegetal,
nestes ambientes se encontra um fluxo intenso de veículos automotores, e de forma explicita o uso do
concreto e do asfalto, nestes locais, o escoamento rápido das águas de origem pluviométrica colabora
ainda mais, para tornar o ambiente com sensação térmica mais elevada, já se tivesse uma cobertura
vegetal desenvolvida, como em outras avenidas, resultando em um ar mais úmido é num intervalo de
tempo maior.
Nesta avenida, em seu canteiro central varias muda de árvores foram plantadas
recentemente, porém, a avenida e larga com duas pistas de 3 faixas para a passagem de veículos,
analisando esse fator seria plausível da largura das pistas que vão ficar apenas parcialmente
sombreadas quando as árvores plantadas recentemente estiver na fase adulta, dessa forma seria
necessário a implantação de colocar árvores nas laterais da mesma, cobrindo uma maior faixa de
asfalto e propiciando sombra que resultará em conforto ambiental a sociedade.
O desenvolvimento urbano e a falta de planejamento ocasionaram alguns problemas, entre
eles a presença de ilha de calor na cidade de Manaus, mais especificamente na Avenida Djalma
Batista, é detentora atual dessa problemática um assunto a ser abordado neste trabalho.
Palavras chaves: urbanização, avenida e cobertura vegetal.
ABSTRACT
This article proposes to study the relationship of the absence of trees in an avenue of large
traffic flow and high-density development with the presence of buildings, both favor to raise the
temperature on this site. The avenue and one of the main city and recently planted tree seedlings in its
median.
The city of Manaus went through a process of territorial expansion in the past 40 years, with
the advent of the installation of the Free Zone, where the population growth has spurred new
buildings, complexes, streets and among other human works were erected in the city, where prioritize
one of the main avenues, which is located in the central-south suffered this form of urbanization
intensified and there was no attention of the government to create measures that called for the planting
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REVISTA GEONORTE, Edição Especial 2, V.2, N.5, p.1 – 7, 2012.
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of trees in these environments that have had a change in land use that lost its cover and was replaced
by buildings that use materials such as cement and asphalt that absorb with greater intensity solar
radiation due to its color.
Its expansion has resulted in low until reaching the absence of vegetation in these
environments is a heavy flow of vehicles, and explicitly the use of concrete and asphalt, these
locations, the fast flow of water source collaborates rainfall further, to make the environment with
higher thermal sensation, already had a cover designed, as in other avenues, resulting in a more humid
air is a longer time interval.
In this avenue in their median changes from several trees were planted recently, however, the
wide boulevard with two lanes and 3 lanes for the passage of vehicles by analyzing this factor would
be plausible to the width of the tracks that will appear only when partially shaded Recently planted
trees are in adulthood, thus would require the deployment of putting trees on the sides of it, covering a
greater range of asphalt and providing shade that result in environmental comfort society.
Urban development and the lack of planning caused some problems, including the presence
of heat island in the city of Manaus, specifically on Avenida Djalma Batista, current holder of this
problem is a matter to be addressed in this paper.
Keywords: urbanization, avenue and vegetation cover.
ARTIGO
A discussão a cerca das ilhas de calor numa cidade localizada no meio da floresta
amazônica, onde já a estudos sobre essa problemática, mesmo assim problemas como este se agrava
com o intenso processo de urbanização com poucas ações tomadas em curto prazo.
Em decorrência do fator de expansão urbana que a cidade de Manaus vivenciou a pós a
criação da Zona Franca, gerou um processo rápido e desordenado de urbanização que resultou em
problemas diversos um deles a retirada de cobertura vegetal, isso reflete nos dias atuais em grandes
avenidas como a Djalma Batista, além de estar numa parte central da cidade e uma via detentora de
uma camada de asfalto que se compreende por 6 seis faixas três sentido ao centro e outras sentido
bairro, e uma das principais vias da cidade onde estão localizados 3 shoppings de grande movimento e
outros estabelecimentos comerciais.
Em decorrência de manter um fluxo continuo e alguns horários tradicionais (manha e na
final da tarde) onde o fluxo de veículos automotores aumenta, de forma intensa são associados à
temperatura absorvida pelas construções gera um ambiente sem conforto térmico o que vai agravando
com o passar dos anos, devido três fatores: o aumento no número de veículos e da construção
empreendimentos e de forma quase ausente à quantidade de árvores que nesta avenida se torna
rarefeita.
A retirada quase total da cobertura vegetal associado à urbanização leva a uma mudança do
uso do solo, essas atividades humanas geram impactos locais, tais como a mudanças na composição da
atmosfera, no balanço de umidade e modificações no ecossistema. Um claro indicador dos efeitos no
clima local de uma área urbana é a formação das chamadas Ilhas de Calor Urbanas. SOUZA, (2008, P
10).
Os principais materiais utilizados na construção civil que segundo SOUZA (2008, PP. 1011) é o asfalto, concreto, metais e os vidros. Esses materiais detém a capacidade térmica diferente da
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cobertura vegetal, o que levará a ter diferenças de temperaturas principalmente à noite quando a
superfície passa a liberar maior quantidade de calor para a atmosfera.
A gênese desses problemas de conforto térmico na cidade e oriunda da ausência de políticas
medidas públicas que planejasse a partir de observações de ruas da própria cidade, onde está presentes
árvores maioria no centro da cidade, nesses locais e perceptíveis um conforto térmico proporcionado
tanto pela sombra quanto ao clima que se torna mais úmido.
A visualização do objeto de estudo e a interpretação dos conceitos aplicados à climatologia
urbana, partindo do principio em que este local estudado sofre e esta sofrendo um processo intenso de
urbanização que vai se perdendo a pouca cobertura vegetal é não se planta nesses locais novas árvores
o que agrava o problema, que recentemente foram plantadas sementes de diversas espécies no canteiro
central da avenida.
Os problemas em grandes centros urbanos esta diretamente ligada a diminuição na radiação
solar que era refletida uma parcela quando tinha a cobertura vegetal sua ausência acarreta no aumento
na emissão de radiação infravermelha levando a diminuição nos valores de fluxo de calor latente e
aumento nos valores de fluxo de calor sensível, o aumento no armazenamento de energia em
superfície pelas ações antrópicas entre elas os prédios e obstáculos diversos, além da adição de
emissões de calor através de veículos. SOUZA, (2008, p. 11).
Um agravante que tem a tendência de aumentar, devido à comercialização de veículos que
obedece a uma escala de crescimento de 9 a 10% por ano em Manaus, embalada nas políticas tomadas
pelo governo para incentivar a produção e consumo, o que resulta a 516.632 veículos circulando na
cidade tornando a cidade com maior frota de veículos na região norte, de acordo com Jornal D24am
(2011).
A dinâmica urbana dando ênfase ao número de veículos na cidade e o estado em que se
encontram algumas principais avenidas, que além de comportar vários veículos circulando na mesma e
detentora de pontos comerciais que varia de pequenos a grandes como alguns Shoppings que se
localiza na Avenida Djalma Batista.
As circulações atmosféricas locais entre regiões mais quentes e mais frias de uma área
urbana, essas ocorrem de forma local é está diretamente relacionada com o armazenamento
diferenciado de energia em superfície no caso em construções já realizadas, outras circulações locais e
referente a uma área urbana, podem interagir diretamente com brisas fluviais neste caso o Rio Negro
está a uma aproximação de 5km coma área onde se localiza o Conjunto Eldorado na Avenida Djalma
Batista.
O conceito de ilha de calor de acordo com JUNIO (2005, p 18 apud BRAGA, 2003) e
oriundo do aquecimento das cidades em relação às áreas circunvizinhas isso e o resultado da
modificação das estruturas do espaço através de vários fatores desde a remoção da cobertura vegetal, a
concentração de construções tornando o ambiente urbano com características marcantes e o
lançamento e concentração de poluentes e micropartículas na atmosfera.
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De acordo com LOMBARDO (1985), a diminuição intensa da cobertura vegetal, associada
ao aumento de absorção térmica das construções e a impermeabilização do solo que provoca uma
drenagem instantânea das águas oriundas da precipitação pluviométrica, gera são os maiores
responsáveis pela emissão de calor e poluentes dos veículos, além de provocar a elevação da
temperatura e consequentemente a diminuição da umidade do ar nesses locais.
As construções realizadas visam apenas a drenagem da água na superfície pavimentada,
podendo aumentar o risco de eutrofização dos recursos hídricos JUNIOR, (2005, p. 25), além da
temperatura volta ou continua no mesmo patamar antes da precipitação, a chuva praticamente perde o
papel fundamental que é deixa o ambiente úmido, o que passa ocorrer quando neste ambiente
urbanizado tem a presença de vegetação.
De acordo com VITTE, (2004, pp. 50-52) o tempo meteorológico é uma combinação
momentânea dos atributos da atmosfera, num clima tropical, vê-se que eles são caracterizados pela
presença de um período chuvoso, e nesses ambientes a formação do espaço urbano, estar
intrinsecamente vinculado aos interesses financeiros tem prevalecido e gerado alterações rápidas nos
fluxos de matéria e energia no âmbito dos sistemas socioeconômicos, com repercussão nos
geossistemas, naturalmente tem um ordenamento em seu funcionamento, mas a ação humana gera e
aceleram alguns fatores que altera o clima numa cidade neste caso o micro clima de Manaus.
De acordo com ANJOS, (2002, p 327) um espaço urbano deve ser rico em áreas verdes pode
apresentar um melhor equilíbrio térmico do que as cidades onde elas inexistem ou estão mal
distribuídas, uma vez que a vegetação reduz drasticamente o desconforto causado pelas ilhas de calor.
Neste sentido a cidade de Manaus esta dentro destas cidades que aparentam esse problema, porém,
pode ser compreendido a partir de métodos mais específicos de visualização via satélite que gera um
mapa com as informações obtidas, o que pode demonstra dentro de um mosaico de feições que
representa a malha urbana apresentado por ANJOS temperatura aparente com a ajuda de imagens de
satélite.
Na zona centro sul e bem visível às áreas onde a uma elevada temperatura aparente, uma
dessas regiões e onde se localiza o Conjunto Eldorado que mantém uma temperatura superior a outras
regiões circunvizinhas em torno de 28,6°C, o mesmo e localizado na Avenida Djalma Batista numa
superfície de 64.048,3 m 2 de superfície de ilha de calor ANJOS, (2002, p. 329).
Nesta imagem e possível observa a ausência de árvores no canteiro central na avenida
próximo ao Plaza Shopping.
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G1 Thiago Melo: Avenida Djalma Batista foto tirada há dois anos.
De acordo com o a matéria do G1 Amazonas em que afirma que a cidade de Manaus esta
entre as capitais menos arborizadas, esse problema segundo a própria matéria em que o ecólogo
Emílio Goeldi, afirma que a arborização tem como adjetivo melhorar tanto a qualidade de vida,
tornando um ambiente mais agradável, principalmente em Manaus, que é muito quente, e utilizando
espécies nativas que proporcionaria uma melhoria do ambiente que atualmente gera problemas
causados pelas modificações no meio ambiente. JUNIOR, (2011, p 13).
Os espaços com cobertura vegetal no caso árvores localizadas em lugares públicos e privadas
trazem benefícios potenciais para a qualidade de vida da população urbana que circula e utiliza aquele
espaço, a arborização resulta no controle microclimático, e na melhoria da qualidade do ar e equilíbrio
no ciclo hidrológico.
A questão da necessidade de implantação destes espaços, inicia-se a partir da lógica de que
os fatores urbanísticos associados aos ambientais deve ter como resposta imediata sobre as áreas
verdes que podem ser implantadas em locais de grande circulação de pessoas.
Considerações Finais.
Contudo neste trabalho foi possível analisar a priori dos motivos que acarretaram o
desenvolvimento e a expansão territorial da cidade, onde a mesma não teve um planejamento o do
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espaço urbano, onde detém lugares com altos níveis de urbanização, isso gera alguns problemas, um
deles a ausência de arborização em algumas vias e a utilização em larga escala de materiais
importantes na construção civil que gera uma absorção de radiação solar o que propicia o surgimento
de ilhas de calor. Toda via a como se minimizar os impactos, com a plantação de árvores nestes locais,
de forma que as mesmas passem a fornecer um conforto térmico a sociedade que frequenta esses
lugares.
Já com o inicio da arborização da avenida tratada neste trabalho, espera-se que o mesmo
ocorra em outros locais da cidade propiciando um clima agradável num ambiente urbanizado, a
questão de clima urbano e cobertura vegetal demonstra uma relação essencial no qual deve-se aplicar
não só a um local especifico, mas as vários locais, praças, cidades, escolas entre outros, assim passa a
melhorar as condições de vida das pessoas que habitam, trabalham ou circula na cidade.
Precipitações pluviométricas que ocorrem neste local onde a água oriunda desse fator é
rapidamente drenada, o que elevasse em pouco tempo a temperatura nas redondezas da mesma
avenida,
REFERÊNCIA
ANJOS, Antonio Mauro G; LOPES, Pabricio Marcos; MARCELINO, Isabela P. V. O. Identificação
de ilhas de calor em Manaus, através do canal termal do sensor theamatic mapper landsat. XII
Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002, pp 327-333.
BRAGA, W. V. O que é o fenômeno das ilhas de calor, muito comum em metrópoles? há alguma
forma de evitá-lo?. Divino. Minas Gerais. 2003.
FREITAS, M. I. C. de. Universidade e comunidade na gestão do meio ambiente. Rio Claro. Páginas e
Letras Editora Gráfica. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São
Paulo. p. 5-7. 2000.
LOMBARDO, A M. Ilha de calor nas metropoles. Hucitec, São Paulo, n. p.45-56, 17 jun. 1985.
JUNIOR, Cezanildo Araújo. 2001. Ilhas de calor urbanas. Monografia apresentada ao Curso de
Graduação em Física do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do Ceará.
Fortaleza, 59p.
JUNIOR, Vilázio Lelis. 2005. Análise qualitativa da relação ilhas de calor/cobertura vegetal como
instrumento de gestão pública. Mestrado em Sistema Integrado. Centro Universitário Senac, São
Paulo, 114p.
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PEDROSO, Cleidimar. Manaus e Belém são as capitais menos arborizadas, indica IBGE. Jornal
Eletrônico Diário 24 AM, Disponível em:
<http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2012/05/manaus-e-belem-sao-capitais-menos-arborizadasindica-ibge.html> Acesso em: 2 de setembro de 2012.
VELASCO, G. D. N. 2003. Arborização viária x sistemas de distribuição de energia elétrica: avaliação
dos custos, estudo das podas e levantamento de problemas fitotécnicos. 2003. 94 f. Dissertação
(Mestrado em Agronomia)-Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz, Universidade de São
Paulo. Piracicaba.
VITTE, Antonio Carlos; GUERRA, Antonio José Teixeira. 2004. Reflexões sobre a Geografia Física
no Brasil. Rio de Janeiro, Bertrand.
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