www.usinasitamarati.com.br Publicação da Usinas Itamarati • Nova Olímpia - Mato Grosso - nº 33 - Dezembro/2010 Início da década de 1980. Nascia no Centro-Oeste, em agropecuário do Grupo Itamarati, que enfrentou muitos pleno cerrado mato-grossense, um empreendimento que viria desafios decorrentes das condições inóspitas da região naquele tornar-se um dos maiores do setor sucroenergético brasileiro período e da total falta de infraestrutura e mão de obra e um dos mais importantes marcos na história da região. especializada. Uma usina para produção de etanol é construída no coração Mas a percepção que Olacyr de Moraes tinha do Estado da América do Sul pelo Grupo Itamarati, em total integração o levou a apostar neste investimento. “Tinha certeza de que o com suas atividades agropecuárias, imprimindo o caráter de Mato Grosso se tornaria um grande produtor agrícola, pois tem pluralidade que a acompanharia em toda sua trajetória. terras abundantes, clima regular, solo de grande fertilidade, Essa história tem raízes em outras épocas. As primeiras empresas do Grupo Itamarati, ligadas aos setores de transporte além de uma população em franca expansão desde aquela época”, conta Olacyr de Moraes. e construção civil, nasceram ainda na década de 1950, O Grupo Itamarati passou, então, a implantar um em São Paulo, pelas mãos do empresário paulista Olacyr ambicioso projeto. Criou um complexo agroindustrial integrado, Francisco de Moraes. Foi ele que, em 1967, vislumbrou com a aquisição de várias fazendas na região e investimento novos caminhos para os negócios no distante Estado do Mato em pesquisa. Buscando a modernização da agricultura Grosso. Destilarias Itamarati S/A no Centro-Oeste, o Grupo apostou em seu potencial de Com interesse voltado para a agropecuária, o empresário desenvolvimento e trilhou os novos caminhos com ousadia. investiu no setor e criou em Barra do Bugres (MT) a ORPECA S/A - Organização Pecuária da Amazônia, um projeto de cria, Acervo do Arquivo Público do Estado de Mato Grosso recria e engorda de gado. Este foi o primeiro empreendimento Destilaria A fábrica de açúcar A empresa parte para nova fase de expansão em 1993, com a instalação da fábrica de açúcar, que passou a Impulsionada pelo Proálcool (Programa Nacional do funcionar com energia própria (cogerada a partir do bagaço da Álcool), em 1980 surge a Destilarias Itamarati S/A. O que cana). Nesse ano, a Destilarias passa a denominar-se Usinas também levou o Grupo a investir no setor sucroenergético, Itamarati S/A. como relata o próprio Olacyr de Moraes, foi o fato do Mato Grosso, na época, importar do Estado de São Paulo aproximadamente dois milhões de sacas de açúcar para consumo interno. Uma moderna destilaria é montada, com capacidade de produção de 35 milhões de litros de etanol. Um projeto arrojado para as atividades de todo o Estado. A construção da empresa gerou euforia na população; as pessoas viam ali o embrião do desenvolvimento. “Isso criou nos moradores uma perspectiva de crescimento, com criação de empregos e geração de renda”, conta o empresário. O novo cenário causou impacto. Empresas começaram a chegar, assim como equipamentos e maquinário pesado. O açúcar produzido é beneficiado e empacotado na unidade de Assari (distrito de Barra do Bugres), numa estrutura adaptada do que originalmente era um conjunto de silos para armazenagem e secagem de arroz, outro projeto de Olacyr de Moraes, que também foi pioneiro do cultivo de soja e algodão no Centro-Oeste. Nessas três décadas, a Usinas Itamarati já foi considerada a maior produtora do Brasil de etanol carburante e cana moída, e tornou-se uma das maiores do setor sucroenergético. Competitiva e saudável, com foco na sustentabilidade, atua na produção de etanol, açúcar e energia elétrica, atingindo os mais altos índices de desempenho do país, com o percentual de 97,5% de colheita mecanizada e 80% de cana crua. Pessoas de outros Estados se instalavam na região. Crescendo A empresa alcançou importantes conquistas. Foi a primeira ao lado da Destilarias, o distrito de Nova Olímpia se do mundo no setor sucroenergético a receber a certificação ISO transformaria em cidade, oficialmente em 1986. Com o 9001:2000 em qualidade na produção de açúcar, etanol e, uso da mais moderna tecnologia, a Destilarias Itamarati posteriormente, em energia elétrica. Em 2001, a UISA passa contava também com um corpo técnico de renome nacional, a comercializar o excedente de energia cogerada para a rede responsável por sua implantação. concessionária do Estado do Mato Grosso. Em 2007, entra no Em 1983, depois de cultivar sete mil hectares de canade-açúcar, tem início a primeira safra da Usinas Itamarati, Estrada aberta na década de 1970 para viabilizar o processo de colonização de Mato Grosso Acervo da Usinas Itamarati Usinas Itamarati: 30 anos de ousadia mercado de créditos de carbono e, nesse mesmo ano, recebe a certificação ambiental ISO 14.001. com a produção de 150 mil litros de etanol por dia. O Emprega atualmente em torno de três mil pessoas, novo empreendimento gerou na época mais de 300 novos a maioria mão de obra fixa, moradores das cidades de empregos diretos e cinco mil indiretos, abrindo nova fronteira Arenápolis, Barra do Bugres, Denise, Nova Olímpia, Tangará no desenvolvimento do Estado do Mato Grosso. da Serra e dos distritos de Assari e Progresso. UISA 30 anos Rodrigo Petterson Portas abertas Chegamos ao final de 2010 com um balanço favorável de nosso desempenho. Embora Renovando caminhos tenhamos sofrido os revezes da estiagem JornalCana O mesmo pioneirismo que alavanca e deste ano, que nos trouxe enormes desafios diferencia, às vezes demanda altos sacrifícios. financeiros e operacionais ao reduzir cerca de Foi o que aconteceu com o Grupo Itamarati, 15% da produtividade de nossos canaviais, a que passou por uma série de dificuldades empresa manteve sua posição no mercado e foi a partir de um determinado período. Nesse favorecida pelos bons preços de comercialização momento, a Usinas Itamarati precisou do açúcar e etanol. desenhar novos caminhos e se renovar. Em comemora 30 anos no dia 11 de dezembro. O pioneirismo e a ousadia que 2004 houve uma completa reestruturação e teve início uma nova fase. marcam a empresa desde o seu nascimento certamente se devem ao espírito “A Usinas Itamarati apresentava visionário de seu fundador, o empresário Olacyr Francisco de Moraes, e à equipe estrutura moderna e flexível, porém passava de profissionais que se envolveu neste projeto. Na marcha rumo à colonização por um período delicado. Não conseguia do Mato Grosso, o Grupo Itamarati começou bem antes. No final da década de mais se sustentar na força do passado e 60 iniciou seu processo de fixação no Estado. Terras inóspitas foram exploradas, sua capacidade de investimento estava estruturas construídas onde nada havia. comprometida”, relembra Ana Cláudia de É com orgulho que hoje vemos o papel fundamental exercido pelo Grupo e, em Moraes, sócia controladora, que preside o especial, pela Usinas Itamarati, no desenvolvimento do Estado do Mato Grosso e Conselho de Administração da UISA. Depois em seu avanço tecnológico. A Usinas continua crescendo e influenciando a vida de seis anos de trabalho árduo, a nova rota cotidiana de milhares de pessoas, e os passos neste caminho são orientados foi ajustada. pela sustentabilidade, uma cultura abraçada por toda a empresa. Temos uma O olhar agora se volta para o futuro. relação de respeito com o meio ambiente, com nossos fornecedores e clientes, “O com a comunidade e, sobretudo, com nossos empregados. potencialidade, a exemplo da produção de setor sucroenergético tem grande Com muita satisfação, recebemos recentemente os prêmios MasterCana energia limpa através da biomassa da cana- Social, o MasterCana Brasil em Responsabilidade Social e o Certificado em de-açúcar e do próprio etanol”, analisa Sylvio Responsabilidade Social do Mato Grosso, como reconhecimentos ao trabalho Nóbrega Coutinho, diretor presidente da desenvolvido, que se expande como uma grande rede, envolvendo cada Usinas Itamarati. vez mais projetos e pessoas. A área de TI também teve destaque, resultado Ele aponta que a proposta estratégica da implantação do Sistema de Gestão de Segurança da Informação, sendo da empresa é investir em áreas essenciais agraciada com os prêmios MasterCana Centro Sul e MasterCana Brasil. à operação, como plantio, renovação de Agora em novembro, o Açúcar Itamarati recebeu o Prêmio Top of Mind – RDM/BSB Brasil, como a marca mais lembrada do Mato Grosso e a Usinas Itamarati, o Prêmio Visão da Agroindústria, pelo desempenho da área logística. Estes prêmios se completam ao mostrar o expertise da empresa no escoamento de sua produção de açúcar e etanol. Além da excelência em qualidade, a Usinas Itamarati nestes últimos anos investiu pesado na distribuição de seus produtos e hoje conhece como poucos o Centro-Oeste e Norte do País. E, mais recentemente, tem investido também no mercado peruano, com bons resultados e excelentes perspectivas. Nada mais oportuno que a comemoração dos 30 anos da Usinas Itamarati para elogiar o trabalho dos empregados pioneiros da empresa, exemplos de garra Ana Cláudia de Moraes, sócia controladora da Usinas Itamarati Arquivo pessoal Encerraremos o ano com um evento significativo: a Usinas Itamarati canaviais, em máquinas e equipamentos agrícolas, com o objetivo de modernizar e elevar a produtividade de seus canaviais Sr. Olacyr Francisco de Moraes, projeto pioneiro e inovador e a capacidade industrial. Segundo Sylvio Coutinho, “esse projeto vai elevar a empresa a um outro patamar de uso de tecnologia, diretamente com a empresa, analisa o futuro com motorização de moendas, atualmente de seu projeto visionário. “Houve dificuldade operadas por turbinas, assim como o aumento com o pioneirismo, quando não existia da produtividade da cana em mais de 15%”. infraestrutura e condições adequadas. Mas, O fundador da Usinas Itamarati, Olacyr a Itamarati conquistou um mercado cativo Francisco de Moraes, hoje não mais envolvido muito importante”, avalia ele. entanto, para manter esta trajetória vitoriosa é preciso o esforço e o empenho de todos. Cada um de nós faz parte desta história e ela se renova dia a dia. Entre os muitos desafios que nos esperam no próximo ano, se destaca a renovação da frota do Corte, Carregamento e Transporte, através da aquisição de novas colhedoras e tratores, com o objetivo de efetivar a colheita mecanizada em 98% e atingir o índice de 85% de cana crua. Que em 2011, possamos dar continuidade a essa caminhada com sucesso. Neste ano que se encerra, agradeço a colaboração de nossos empregados e parceiros, assim como às suas famílias, desejando um Natal de muita luz e paz. Que tenhamos muita garra neste ano que se inicia. Sylvio N. Coutinho Diretor Presidente 02 Rodrigo Petterson e coragem a serem seguidos. Temos hoje uma usina moderna e competitiva. No UISA 30 anos Pluralidade e expansão no Sudoeste do Mato Grosso em Nova Olímpia – à época era ainda apenas “Olímpia” –, Arquivo pessoal no Centro-Oeste brasileiro. Escolhe o Mato Grosso e se instala filhas (Edna e Ednalva). Os filhos deram a ele 18 netos e dois bisnetos. Aos 71 anos, Mané Baiano afirma ter orgulho de ter feito parte da história do Grupo Itamarati, durante 35 anos. Carlos Lugli O ano era 1957. O jovem Manoel Oliveira de Almeida deixa sua cidade na Bahia e parte em busca de uma vida nova pertencente ao município de Barra do Bugres. A gleba havia que em 1986 foi elevada a município. Na enxada, abriu ruas e estradas. “Também já arranquei um tanto de mato para fazer campo de futebol. Fui eu quem trouxe a primeira bola pra cá”, diverte-se Mané Baiano, como ficou conhecido por estas bandas. Apaixonado por futebol, ele até virou nome de ginásio de esportes na cidade. Em 1969, ele trabalhava na derrubada de matas para fazer pasto. Foi nessa época que o empresário Olacyr de Moraes comprou a Fazenda Guanabara. Mané Baiano passou a cuidar do gado para ele. Com o passar do tempo, o empresário ampliou suas fazendas na região e Mané Baiano lembra da dificuldade em se deslocar de algumas delas até o vilarejo de Olímpia, o transporte era complicado. Casado com dona Maria, com quem teve oito filhos, ele decidiu deixar a fazenda em 1974. “Era muito longe. Voltei para a cidade e comprei um bar, o único na época que vendia bebida gelada”, recorda. Uma nova realidade no cerrado Não demorou muito e Mané Baiano estava de volta ao Grupo Itamarati para acompanhar a criação de um empreendimento que viria mudar a história de toda a região. Em 1980, Olacyr de Moraes resolveu implantar um novo negócio e deu início à instalação da Destilarias Itamarati. Dois anos depois, começaram a montar a estrutura. Nova Olímpia entrou em expansão, ganhou construções e loteamentos, centro comunitário, posto de saúde e telefônico, correios, além de hospital e das primeiras agências bancárias. Com a instalação da destilaria e o plantio de lavouras de cana nas redondezas, a região aproveitou as oportunidades de trabalho. A vida nas cidades vizinhas de Denise, Arenápolis e Nortelândia também mudou com a construção da empresa. Com a instalação da empresa, Mané Baiano passou a desempenhar nova função: deslocar-se até a Bahia para buscar mão de obra para o corte de cana. Viajava dias, acompanhado de um dos filhos. “Quando acabava a safra lá no Nordeste, começava aqui. Então eu buscava o pessoal que já tinha experiência no corte.” Nem todos se adaptavam à região, voltando para suas cidades. Outros terminavam a safra e iam para casa buscar mulher e filhos, trazendo-os para o Centro-Oeste. “Até hoje tem baiano aqui que fui eu quem trouxe”, comenta. “O pessoal do Nordeste era o que mais se adaptava. Tinha gente de Sergipe e Uma terra de muitos sotaques A mudança provocada na região e a influência que a Itamarati passou a exercer no desenvolvimento das cidades contribuíram para o avanço tecnológico e a melhoria na vida cotidiana. Novos imigrantes vieram de estados do Nordeste, de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, trazendo suas experiências. Nova Olímpia tornou-se uma cidade de muitos sotaques e culturas diferentes. A Usinas Itamarati marcou a história de Mané Baiano – assim como a de praticamente todos da região. Ao lado, o pioneiro em foto de 1974 Mané Baiano recorda que trazia homens de várias partes do Brasil para trabalhar no corte da cana, e acabava encaminhando os mais jovens para a indústria. Um deles era Adauto Gomes de Almeida. “Daltinho veio da Bahia para trabalhar como cortador de cana. Transferi o rapaz para a indústria e botei na cabeça dele que era preciso estudar.” Pertencente a uma família de 12 irmãos, Adauto chegou ao Mato Grosso em 1986. Foi direto para o campo, onde plantou e cortou cana. Pouco depois, preparou a documentação e, pelas mãos de Mané Baiano, foi contratado na indústria como ajudante na fabricação de adubo. Três meses mais tarde, surge uma vaga na destilaria e a oportunidade de trabalhar na fabricação de etanol. “Comecei como ajudante e cheguei a encarregado”, conta. Foi nesse setor que Adauto sentiu a real necessidade de estudar. Concluiu o curso supletivo e entrou para a faculdade de Pedagogia. Não parou por aí. Fez duas pós-graduações em Psicopedagogia e, recentemente, concluiu sua especialização em “Pós-gestão Sucroalcooleira” na Universidade Federal do Mato Grosso. Há três anos, exerce a função de supervisor de produção. “Comecei de baixo e hoje ocupo um cargo almejado por muitos. Minha autoestima profissional cresceu. Quando faço essa reflexão, tenho um orgulho muito grande”, comenta ele, que coordena uma equipe de 49 empregados diretos. Ele conta que quando chegou a Nova Olímpia, a cidade tinha um hotel, um mercado e um posto de telefone. “A usina cresceu muito, num curto espaço de tempo, e ajudou a região a se formar.” Hoje, Adauto é casado e tem dois filhos. A família é seu alicerce, mas ele não esquece o apoio dos amigos e da equipe de trabalho. “Em minha trajetória no Mato Grosso, muito alagoano que fixou família e aqui permanece até hoje. A Oportunidade nos estudos foi o que buscou Severino Freire Alves. O alagoano chegou a Nova Olímpia em 1990, em busca de uma vida profissional melhor. Depois de trabalhar oito anos no corte de cana, tornou-se auxiliar de campo no preparo de solo e chegou a operador de máquinas agrícolas. “Como a tecnologia no campo estava avançada, era preciso mais, para não ficar pra trás”, destaca Severino, referindo-se à necessidade de buscar aprimoramento no trabalho. Foi então que ele começou a estudar. Há seis anos integrou-se ao EJA (programa de Educação de Jovens e Adultos) e está cursando a 6ª série. Ele estuda à noite e acorda às seis da manhã para trabalhar. O filho mais velho, de 14 anos, dá uma força nos estudos. A mulher de Severino também retomou as aulas e, junto com ele, participa do EJA. O operador diz que todo esforço compensa. “Minha vida melhorou, a condição financeira também, e pude buscar minha Severino, no controle da colhedora mulher no Nordeste. de cana: tecnologia e aprendizado Meus dois filhos nasceram na cidade. Tudo isso foi possível aqui dentro”, destaca o profissional, que completou duas décadas na empresa. operar uma moderna colhedora de cana, que exige do Mané Baiano, hoje aposentado, continua a acompanhar operador, atenção, habilidade e capacitação. E ele não a trajetória da Itamarati. “A empresa abriu oportunidades pretende estacionar. Já tem um novo desafio a vencer dentro para mulheres, para rapazinho que quer aprender e também da empresa. “Quero ir para o transporte.” incentiva o empregado a ler e a escrever. Isso é bom para a Seu Manoel construiu sua vida junto de Nova Olímpia e da Itamarati. Viu a empresa transformar-se numa grande usina, onde trabalhou até 2005. Na UISA também estão duas de suas Qualificação e crescimento Severino, que está com 36 anos, orgulha-se de hoje cidade de Nova Olímpia cresceu junto com a empresa.” região.” tive a confiança da família do seu Manoel Baiano, que me acolheu. Lutei para chegar aqui, mas a Itamarati sempre deu oportunidades a quem quer crescer”. Adauto: Profissionais como Severino e Adauto, que tiveram a do corte da oportunidade de se qualificar e ocupar novas funções dentro de cana para a uma empresa como a UISA, são exemplos de como é possível, supervisão de produção com dedicação e esforço, transformar-se através da educação. 03 Carlos Lugli Pioneiro na região, Manoel ajudou a construir a cidade, Carlos Lugli sido fundada pouco antes, em 1954, por imigrantes paulistas. UISA 30 anos Eu faço parte desta história O crescimento da Usinas Itamarati foi acompanhado Carlos Lugli por muitos profissionais ao longo de suas três décadas. Mas são poucos os que presenciaram essa trajetória antes mesmo de seu início. Crachá número 20, José de Fátima Borges – o Zezão – foi um dos primeiros da empresa e já trabalhava no Grupo antes da criação da UISA. Começou em 1979, na área de manutenção da Fazenda Guanabara. No final de 1982, ele trabalhou a empresa ter se transformado em polo regional de variedades do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) em 2006, um dos 11 polos existentes no Brasil inteiro. Depois de tantos anos dedicados à pesquisa, Catarino viu com satisfação a realização, agora em novembro, da primeira reunião técnica do polo regional. “Fiz e continuarei fazendo parte de histórias de progresso em nossa empresa”, comemora ele. na terraplenagem para a construção da indústria, no processo de instalação da Destilarias Itamarati. Patrimônio Zezão lembra das dificuldades com transporte Paulista, vindo do interior, Ernesto Valdomiro Possari entrou no Grupo Itamarati em 1977. Hoje, aos 69 anos, “Dr. Ernesto” – como é conhecido na empresa – avalia que seus 33 anos de trabalho junto ao Grupo são um verdadeiro patrimônio que reúne experiência, convívio, companheirismo e aprendizado. demorava duas horas no rádio, tentando falar com São Paulo. O transporte, nem se fala. Por isso ficava até 30 dias na fazenda, sem ir para Nova Olímpia”. Porém, nada impediu que na região se erguesse uma moderna destilaria, com projeto de implantação e equipamentos nacionais, capaz de produzir 35 milhões de litros de etanol. Segundo ele, a estrutura começou a funcionar com Zezão trabalhou na terraplenagem da Destilarias Itamarati uma moenda, uma caldeira e um gerador pequenos. “Em setembro de 1983, passaram a primeira cana na destilaria. Com as duas mil toneladas moídas num Ele se emociona ao falar da Usinas Itamarati. “Tenho orgulho dessa empresa, faço parte dela, porque eu ajudei a formar. A Itamarati é minha vida e meu sustento. Quero ver a empresa cada vez melhor”, diz. Com 31 anos de Grupo Itamarati, Zezão comemora sua trajetória: “Vi muita gente passar por essa indústria. Minha história no trabalho foi aqui, onde colhi bons frutos, fiz boas dia, eram produzidos 150 mil litros de etanol. Hoje, produzimos essa quantidade em 40 minutos”, compara. Dentro da indústria, ele passou por quase todas as áreas e adquiriu experiência para dividir o aprendizado com outros profissionais. “Aqui temos um desafio constante, produzir sempre mais com menos. E é disso que eu gosto”, ressalta. O mineiro José Borges chegou ao Mato Grosso, em 1972, com 15 anos. A família se instalou em Nova Olímpia. “Mais tarde, meu pai faleceu e deixou minha mãe e seis irmãos pra eu cuidar. Só depois pude sair de casa e formar minha própria família”, conta Zezão, que é casado e tem dois filhos. Aos 56 anos, ele trabalha como coordenador técnico de utilidades. “Sou igual a uma pessoa que está começando agora. Não quero me acomodar. Gosto de desafios”. amizades e conquistei respeito”, finaliza. Pesquisa e Crescimento Carlos Lugli Tempo similar de empresa tem Egidio Venturin, conhecido como “Catarino”. Formado como Técnico em Agropecuária, em Santa Catarina, foi contratado por Alberto Keiti Nomura para trabalhar no Grupo Itamarati em fevereiro de 1978, ainda no Mato Grosso do Sul. Dois anos depois integrou-se à equipe de pesquisa. Um fato que marcou a vida de Catarino foi quando Nomura – então presidente da recém-implantada Destilarias Itamarati – precisou deslocar parte da equipe de Ponta Porã (MS) para o Mato Grosso. Catarino lembra que pediu para vir, sendo prontamente atendido por ele. “Minha equipe são vocês”, disse Nomura à época, o que deixou Catarino muito feliz. Em 1987 foi transferido para Denise (MT). Arquivo pessoal Já no Mato Grosso, Catarino trabalhou com diversas culturas de grãos e, em 1993, passou a pesquisar especificamente a cana-de-açúcar. “Continuo até hoje. A pesquisa não pode parar, será sempre uma sequência de trabalhos em busca de melhores resultados.” Catarino: há 30 anos na pesquisa 04 Aos 53 anos, Egidio Venturin é supervisor de pesquisa da Usinas Itamarati, e acompanhou com orgulho Atual diretor jurídico da UISA, o advogado trilhou a maior parte de sua carreira junto ao Grupo Itamarati. Começou como contador numa empresa de informática do Grupo em São Paulo e, meses depois, foi transferido para o Banco Itamarati. “O ‘contador geral’ do Banco adoeceu e fui chamado para substituí-lo. Após um tempo acabei assumindo definitivamente o cargo”, conta Dr. Ernesto. Casado e pai de dois filhos, passou a trabalhar posteriormente como advogado junto à Ferronorte, Constran, Mape e a empresas da área agrícola, incluindo a Usinas Itamarati. “Fui gerente jurídico da UISA até o final de 2004, quando me convidaram para ser Diretor Jurídico”, relembra. Segundo Dr. Ernesto, apesar das dificuldades na implantação da Destilarias Itamarati, a empresa veio suprir uma grande carência no mercado do Centro-Oeste e Norte. “O exemplo de empreendedorismo e desprendimento de Olacyr de Moraes e sua equipe, com disposição para o novo, abriu espaço para que outras empresas viessem e se instalassem na região, o que provocou crescimento Dr. Ernesto: desde 1977 econômico e social”. no Grupo Itamarati O advogado pontua que, desde a sua fundação, a UISA vem contribuindo para a implantação de novas tecnologias e para o aprimoramento constante de suas atividades. “Para isso, tem adotado políticas de responsabilidade socio ambiental, respeito à legalidade, à comunidade e, principalmente, compromisso com os empregados”, diz. “Considero-me uma pessoa de sorte, ao vir do interior de São Paulo, com pouca experiência e ter sido recebido com tanto carinho e respeito”, analisa Dr. Ernesto, ao olhar para o passado. Arquivo pessoal e comunicação: “Para fazer compras da empresa, Sustentabilidade Uma rede que só faz aumentar voluntário da “Turma do Bem”, graças ao relevante trabalho Em sua trajetória, a Usinas Itamarati tem dado passos Carlos Lugli firmes quando o assunto é sustentabilidade. Para a UISA, crescer é fundamental, desde que com respeito ao meio ambiente e contribuindo para a qualidade de vida de seus trabalhadores e da realizado. O Florescer priorizou o atendimento aos filhos dos empregados através da criação da escolinha de esportes, cuja comunidade. A Política de Responsabilidade Social faz parte de finalidade é desenvolver aptidões nas modalidades de futebol, seu planejamento estratégico, o que significa investimentos em vôlei, atletismo e capoeira. programas e projetos que priorizem a saúde, educação, esporte, “Para alcançar nossos objetivos, todos os participantes cultura e geração de renda. dos projetos passam por palestras formativas de saúde, ética e Como há 30 anos, a empresa continua tendo influência civismo, de modo a contribuir para o desenvolvimento integral do direta sobre a região e a vida de milhares de pessoas. A gerente ser humano”, conclui Verônica. de Recursos Humanos da Usinas Itamarati, Cinthia Xavier Martins de Lima, explica que a empresa tem o olhar voltado para Criando oportunidades a comunidade – priorizando jovens, crianças e mulheres, através dos projetos – e para seus empregados, aos quais desenvolve Professor Fábio Lemes e seus alunos do Projeto Estrelas de Denise Para a Usinas Itamarati, a responsabilidade social deve ações de capacitação e treinamento, visando o crescimento e Nova Olímpia. Atrás dele, Igor Dezinho, destaque no Sub-13 em olhar primeiro para dentro da própria empresa. Segundo a Campo Grande (MS) profissional e a melhoria da qualidade de vida. gerente de RH, Cinthia Lima, além de capacitar e melhorar a qualidade de vida de seus empregados, é preciso também abrir No planejamento de Recursos Humanos da Usinas espaço para a formação de novos profissionais. Itamarati, um grande desafio é a capacitação dos trabalhadores Para a presidente do Instituto Florescer, Verônica Boechat rurais. “A empresa tem compromisso formal em escolarizar seus Coutinho, o trabalho de voluntariado amadureceu desde sua A empresa desenvolve programas para profissionalizar empregados e inseri-los em outras funções. Em poucos anos, eles implantação. O que era um grupo informal de voluntários jovens da comunidade, como o Projeto Caminhar (voltado a não poderão mais exercer atividades braçais, pois a mecanização assumiu, agora em novembro, um novo formato estrutural, maiores de 18 anos, com ensino médio completo), que oferece no processo produtivo é inevitável. Nosso compromisso social é passando a Instituto (uma Associação, pessoa jurídica de direito um ano de treinamento em função operacional. Além dele, o capacitar e motivar este trabalhador”, explica Cinthia Lima. privado, sem fins lucrativos). O próximo desafio é fortalecer “Jovem Aprendiz” abre as portas da empresa para jovens de 18 ainda mais os projetos implantados, dando aos participantes, a 24 anos. Atualmente, a UISA tem 60 aprendizes em três cursos sempre que possível, a condição de caminharem de forma técnicos, gerando qualificação e possibilidade de aproveitamento autossustentável. no mercado de trabalho ou na própria empresa. Para isso, a empresa apoia vários projetos educacionais nas escolas municipais e estaduais como o EJA (Educação de Jovens e Adultos), que estimula seus profissionais a darem continuidade aos estudos. E, em parceria com o SESI, a UISA “A Usinas Itamarati acredita muito no Florescer, é um de também desenvolve o programa “Escrevo Meu Futuro”, que seus principais patrocinadores e estimula o envolvimento de seus além de incentivar o retorno aos bancos escolares, promove a empregados, comprometidos com o voluntariado. O que faz o alfabetização. projeto dar certo são as pessoas e o conjunto que elas formam Há mais de um ano, Thiago Moreira de Lima tornouse aprendiz de mecânico na Usinas Itamarati. Em 2008, quando trabalhava como repositor em um supermercado de Nova Olímpia, procurou o programa, buscando uma área que Carlos Lugli nas ações”, avalia Verônica. O programa atende hoje 342 trabalhadores, que estão Atualmente, o Instituto Florescer conta com 12 projetos, anos, esses empregados já tenham atingido o nível médio atendendo 511 pessoas, entre crianças, jovens e mulheres. completo. Eles poderão ser aproveitados em outras funções e Tem por finalidade “contribuir para a promoção integral do crescer na empresa, melhorar sua qualidade de vida e de sua ser humano, despertando a consciência dos direitos e deveres família”, enfatiza Cinthia Lima. do cidadão; defender, preservar e conservar o meio ambiente; Elizabete, trabalhar em benefício das inclusões sociais por meio da saúde, que tinha Rodrigo Petterson investindo em seu crescimento. “A nossa meta é que, em dois educação, cultura, esporte e lazer, em defesa dos direitos humanos de crianças, jovens e adultos; combater a pobreza, a medo de choque, hoje é fome, toda e qualquer forma de discriminação e preconceito, seja aprendiz de de origem, raça, religião, sexo, cor, idade”, detalha a presidente eletricista do Instituto. Uma das ações que o Florescer desenvolve há três anos em parceria com a UISA, entre tantas outras, é o Projeto Estrelas, que oferece aulas de judô a 129 crianças dos municípios de Denise e Nova Olímpia. “Nosso objetivo, a princípio, não é criar campeões. É manter essa garotada de olho no futuro”, diz o Programa “Escrevo Meu Futuro”: qualidade de vida e crescimento profissional professor responsável, Fábio Leme. pudesse dar a ele uma profissão. O curso de Mecânico Diesel veio a calhar. “Quando era pequeno tinha vontade de ser mecânico. Minha mãe sempre me incentivou”, relembra Thiago – o penúltimo de uma família de oito irmãos. O aprendiz de mecânico, que aos 21 anos trabalha com máquinas agrícolas, abraçou a oportunidade e pretende se especializar na área. As mulheres também têm ampliado sua participação Outro projeto que tem despertado sorrisos de crianças e na empresa. Em 2005, o quadro funcional contava com 136 adolescentes da comunidade é o Dentista do Bem. Trazido para profissionais. Hoje, elas já são 216. Elizabete Maria de Lima, 22 Cidadania e Educação a região em 2007 pelo Instituto Florescer, conta com quatro anos, é uma das candidatas a engrossar o time feminino. Há três O leque de projetos desenvolvidos pela Usinas Itamarati tem dentistas em Nova Olímpia, dois em Denise e três em Tangará meses ela entrou para a turma de Eletricista de Manutenção, por da Serra. meio do Programa Jovem Aprendiz. Foi incentivada pelo pai, o aumentado significativamente. São muitas as ações, e o número de pessoas atendidas - tanto interna quanto externamente - Entusiasmada, uma das coordenadoras do projeto na cresce na mesma proporção. “Buscamos apoiar programas região, Maria Madalena de Oliveira, diz que quanto mais motorista Paulo José de Lima, empregado da UISA há 10 anos. Elizabete concluiu o 3º ano do Ensino Médio e pretende compatíveis com a nossa política de investimento social, sempre cuida dos pacientes, mais quer se dedicar a eles. “É muito fazer outros cursos técnicos de eletricista. Pensa ainda em cursar junto com a equipe de voluntários do Instituto Florescer, que gratificante ver uma criança sorrir após o tratamento”, orgulha-se. Administração de Empresas. “A Usinas Itamarati é uma empresa desde 2006 apoia as ações, trabalhando na base dos projetos e Representado por Maria Madalena, o município de Nova Olímpia de grande porte. Tenho que dar valor a essa oportunidade e me viabilizando parcerias”, observa a gerente de RH. foi o único do Mato Grosso na final do melhor coordenador esforçar. Quem sabe eu possa fazer parte dessa história?”. 05 Retrospectiva 2010 Universo UISA A Indústria do Conhecimento, centro Nesta edição comemorativa, a UISA presta uma homenagem a todos que ajudaram a construir 2010. Vitórias cotidianas, avanços de cada um fortalecendo equipes, aprendizado, reconhecimento do setor sucroenergético, respeito, comemoração e multimídia que promove o acesso à informação e cultura, é um projeto do SESI solidariedade. Algumas ações simbólicas apresentam aqui um panorama – apenas em parceria com a representativo – do imenso universo que se tornou a Usinas Itamarati e sua gente. Um Usinas Itamarati. Foi feliz Natal a todos e que 2011 traga força para enfrentar os novos desafios! inaugurada em maio, em Nova Olímpia A 1ª Semana de Em março, a Responsabilidade Celebração Socioambiental da Usinas Ecumênica Itamarati, de 7 a 11 de tradicionalmente junho, foi um espaço abriu a safra para discussão e troca 2010/2011 na de experiências. O evento Usinas Itamarati reuniu trabalhadores de toda a empresa e convidados da região Em setembro, a área de meio ambiente da Usinas Itamarati efetuou o plantio de mudas nativas, ação direcionada às Ao abrir a safra crianças de Nova Olímpia e deste ano, a Usinas Denise, em comemoração ao Dia Itamarati promoveu a da Árvore. reunião “Perspectivas de Safra 2010/2011”, com a presença da imprensa, autoridades A Usinas Itamarati conquistou e representantes da o Prêmio MasterCana Social setor e da comunidade 2010. A presidente do Instituto Florescer, Verônica Boechat Coutinho, recebe o prêmio em Sertãozinho (SP) A aula inaugural dos programas EJA (Educação de Jovens e Adultos) e “Escrevo Meu Futuro” foi realizada em julho, no Gercafi de Nova Olímpia, reunindo mais de 400 trabalhadores Abertura oficial das aulas da nova turma de capoeira, no Distrito do Assari, uma iniciativa do Instituto Florescer em parceria com a Usinas Itamarati Usinas Itamarati desenvolve a segunda etapa do Programa Jovem Aprendiz. Na foto, Thiago Moreira de Lima, aprendiz de mecânico Um dos assuntos tratados na Semana de Segurança, e m setembro, foi a importância do uso do cinto e da cadeirinha de segurança 06 Cirilo Carlos Monteiro de Oliveira, gerente de Tecnologia da Informação (TI) da Usinas Itamarati, recebe o Prêmio MasterCana Desempenho 2010 em sua área Maria Madalena de No Dia das Oliveira, do projeto Crianças, a Dentista do Bem: comemoração finalista na escolha reuniu filhos de nacional do melhor empregados de coordenador voluntário toda a região nas da “Turma do Bem”, cidades de Denise ocorrida em São Paulo e Nova Olímpia no mês de outubro O programa Educação Financeira, em parceria com o SESI, formou quase Equipe da Usinas Itamarati prestigia a inauguração do 30 multiplicadores no mês Atacado Modelo, em de outubro e treinou mais Tangará da Serra, no de 100 empregados da área mês de julho administrativa Entrega de prêmios no “Futebol da Indústria”, evento beneficente que arrecadou cerca de 450 kg de alimentos para as famílias carentes de Nova Olímpia A 4ª Semana Tecnológica da Usinas Itamarati aconteceu No dia 16 de dezembro, a UISA realiza o 6º Seminário em outubro, com palestras do CCQ (Círculo do Controle de Qualidade), com a de profissionais do CTC, apresentação dos melhores trabalhos do ano Dedini, EdeniQ e de Josias Messias (foto), presidente do JornalCana De 13 a 17 de dezembro, acontece a 6ª Semana Integrada de Saúde e Segurança da Usinas Itamarati Orientação médica no campo: trabalhadores assistiram nos alojamentos a palestras O Açúcar Itamarati participa do tradicional passeio ciclístico da Rede de Supermercados Comper, no mês de outubro, em Cuiabá. A atividade reuniu centenas de pessoas de conscientização e prevenção na área da saúde A Usinas Itamarati esteve representada no MasterCana Brasil pelas áreas de “Tecnologia da Informação” e O “Natal Encantado - 30 Anos “Responsabilidade de Usinas Itamarati” está Social”, vencedoras do programado para Prêmio em 2010 9 de dezembro, com muitas surpresas para a criançada 07 Logística A forte presença do Açúcar Itamarati nas regiões O gerente de logística da UISA, Jean Carli da Silva, Centro-Oeste e Norte do Brasil, com participação de viveu a experiência anterior de coordenar o trabalho de três mercado acima de 80% em alguns estados, revela o centros de distribuição, entre eles Sinop (MT) e Manaus desempenho eficiente da comercialização e logística no (AM). Por isso, ele também ressalta a importância de escoamento do produto, área na qual a Usinas Itamarati conhecer de perto o funcionamento de cada unidade. tem expertise atualmente. “Esse foi o grande acerto: saber o que o cliente precisa e O projeto contribuiu para que, pelo quinto ano iStockphotos UISA abre caminhos de eficiência pelo Centro-Oeste e Norte como gosta de ser atendido”, confirma Jean. consecutivo, o Açúcar Itamarati recebesse o Prêmio Top lembrada no Mato Grosso. Na avaliação do gerente geral de vendas da Usinas Itamarati, Paulo César Leite, o resultado do Prêmio Top of Mind está diretamente atrelado ao nosso market share, pois a eficiência de logística no abastecimento do produto tem relação direta com a lembrança da marca junto aos consumidores, além dos investimentos em qualidade e na área de marketing. A Usinas Itamarati também acaba de ser contemplada com o Prêmio Visão da Agroindústria, na área de logística. Crescimento monitorado Somente depois de atingir o mercado do Pará, que é o ponto mais distante de abastecimento da empresa no Norte do Brasil, é que a UISA investiu no canal industrial, direcionando para ele um volume anual de 1 milhão e 200 mil sacas de 50kg. Para o varejo, a Usinas Itamarati mantém um fornecimento de 3,8 milhões de sacas. A Em uma das rotas para a região Norte, os carregamentos de empresa fecha esta safra com uma produção de 4,66 açúcar são levados de caminhão até Porto Velho (RO), seguindo milhões de sacas de açúcar e perspectiva de chegar a 5,2 em barcaças pelo Rio Madeira até Manaus (AM), Santarém e milhões em 2011/2012. O que diferencia o trabalho da UISA, segundo Paulo A competitividade logística proporcionou outro César, é o know-how adquirido em um conjunto de avanço. “Começamos a exportar para o Peru, fornecendo ações envolvendo comercialização e logística, qualidade, à região de Iquitos de 12 a 15 mil toneladas de açúcar, conhecimento dos parceiros, garantia de fornecimento ou seja, 300 mil sacas de 50kg por ano”, detalha Paulo do produto no mercado durante os 12 meses do ano e a César. Para atingir a Amazônia peruana, as barcaças concepção dos Centros de Distribuição (CDs), instalados saem de Porto Velho (RO), vão até Manaus (AM), de onde nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará. seguem pelo Rio Solimões até o Peru, em um trajeto que Belém (PA) Acervo da Usinas Itamarati of Mind RDM/BSB Brasil, como a marca de açúcar mais leva de 30 a 35 dias. Desde o início da comercialização do açúcar em 1993, os Centros de Distribuição da UISA foram implantados gradativamente, de acordo com o crescimento da produção. “Em função das dificuldades logísticas para o mercado externo, a empresa definiu que toda a produção, empacotamento e comercialização do açúcar teriam uma estrutura própria e atenderiam o mercado vocacional (Mato Grosso, Acre, Rondônia, Amazonas, Pará e Roraima)”, conta Paulo César. Dessa forma, foram criados Centros de Distribuição com equipes de vendas focadas na qualidade e no atendimento ao varejo e atacado. Ao gerar empregos, manter fortes vínculos de parcerias e conviver com as culturas locais, a Usinas Itamarati tem uma participação efetiva nas regiões em que mantém Centros de Distribuição. “Visitamos anualmente os CDs com o intuito de estreitar o relacionamento com o cliente. Como sabemos das dificuldades enfrentadas, buscamos melhorias que atendam às necessidades locais.” Para que tudo saia dentro dos prazos e conforme combinado com o cliente, a empresa desenvolveu parcerias estratégicas. “Temos frotas fidelizadas o ano todo, o que nos dá tranquilidade para os escoamentos rodoviário e fluvial tanto na safra quanto na entressafra”, informa Paulo César. No período de seca, com a baixa dos rios, a UISA antecipa o escoamento, uma vez que as balsas reduzem o fluxo de transporte. Acervo da Usinas Itamarati Centros de distribuição estratégicos O desempenho na distribuição dos produtos da Usinas Itamarati é motivo de destaque nos 30 anos da empresa. “Conseguimos desbravar uma região com muita dificuldade, mas com grande êxito. Temos qualidade do produto, uma política de comercialização eficiente e equipes muito comprometidas em cada Centro de Distribuição”, conclui o gerente Paulo César. O crescimento do mercado do etanol, decorrente do advento dos veículos flex, também levou a Usinas Itamarati a migrar para seu mercado vocacional. Paulo César destaca que “atualmente a empresa direciona 90% da produção de etanol para essa região, na modalidade FOB”. Descarregamento do Açúcar Itamarati em Santarém (PA) Publicação da Usinas Itamarati S/A Usinas Itamarati S/A Fazenda Guanabara • Caixa Postal 60 • Nova Olímpia (MT) • CEP 78.370-000 • Fone: (65) 3332 3672 • Fax: (65) 3332 3670 www.usinasitamarati.com.br • www.acucaritamarati.com.br 08 Coordenação de Produção: Daisy Gontijo • Edição: Jackeline Seglin - Londrina - PR - E-mail: [email protected] • Jornalista Responsável: Jackeline Seglin (MTB/PR 3225) • Diagramação: Visualitá • Envie sugestões de assuntos para o jornal através do e-mail [email protected] - Fone: (65) 3332 3670 - Fax: (65) 3332 3546